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Smart Cities no Brasil e em Portugal o estado da arte

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Seção Temática: Compreendendo Cidades 
Inteligentes e Sustentáveis DOI: 10.1590/2175-3369.011. e20190061 
 
MAA é doutora em Economia Aplicada, e-mail: maria.abadia@planejamento.gov.br 
RCD é mestre em Sociologia, e-mail: rdias@iscsp.ulisboa.pt 
PCS é doutor em Antropologia, e-mail: pseixas@iscsp.ulisboa.pt 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 1/15 
Smart Cities no Brasil e em Portugal: 
o estado da arte 
Smart Cities in Brazil and Portugal: the state of the art 
Maria Abadia Alves[a], Ricardo Cunha Dias[b] , Paulo Castro Seixas[b]  
[a] Ministério da Economia do Brasil, Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Brasília, 
DF, Brasil 
[b] Universidade de Lisboa (UL), Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), Lisboa, Portugal 
Como citar: Alves, M. A., Dias, R. C., & Seixas, P. C. (2019). Smart Cities no Brasil e em Portugal: o estado da arte. urbe. 
Revista Brasileira de Gestão Urbana, 11, e20190061. https://doi.org/10.1590/2175-3369.011. e20190061 
Resumo 
Este texto analisa o estado da arte das Smart Cities no Brasil e em Portugal, procurando mapear e 
caracterizar os projetos existentes, identificar os serviços/setores objeto de inovação e os principais 
constrangimentos e desafios nos dois países. Recorrendo a uma revisão da literatura sobre o tema, os 
resultados mostram que, apesar de as Smart Cities configurarem já uma política de modelação urbana, 
evidenciada por índices e rankings, ambos os países parecem não ter ultrapassado uma primeira fase 
(Smart Cities 1.0), ou seja, de infraestruturação tecnológica. Os exemplos de tecnologia integrada como 
suporte de planejamento estratégico urbano (Smart Cities 2.0) é incipiente e a cocriação urbana pelos 
habitantes e city-users (Smart Cities 3.0) reduz-se a casos. 
Palavras-chave: Smart Cities. Portugal. Brasil. Políticas de Cidade. 
Abstract 
This paper analyzes the state of the art of the Smart Cities in Brazil and Portugal, aimed at mapping and 
characterizing existing projects, identifying the services/sectors that are the object of innovation and the 
main constraints and challenges in each country. Based on a review of the literature on the subject, the 
main results showed that although the Smart Cities already have an urban modeling policy, evidenced by 
indexes and rankings, both countries did not seem to have passed a first phase (Smart Cities 1.0), or 
technological infrastructures. Examples of integrated technology as a support for urban strategic planning 
(Smart Cities 2.0) are incipient, and urban co-creation by the inhabitants and city-users (Smart Cities 3.0) 
is reduced to cases. 
Keywords: Smart Cities. Portugal. Brazil. City Policies. 
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
mailto:maria.abadia@planejamento.gov.br
mailto:rdias@iscsp.ulisboa.pt
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
https://orcid.org/0000-0002-3801-1851
https://orcid.org/0000-0002-5322-6885
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 2/15 
Introdução 
As Smart Cities (Cidades Inteligentes) configuram hoje uma importante política de modelação de 
desenvolvimento urbano sustentável (Seixas, 2019). O conceito associa as oportunidades da revolução 
digital, como a crescente difusão e capacidade de computação das novas tecnologias, à inovação social e 
à integração de mecanismos e ações de gestão e planejamento de espaços urbanos (Cunha et al., 2016). 
Na literatura, as classificações de smart cities existentes são geralmente apresentadas em diferentes 
estágios/gerações modelares entre um desenvolvimento urbano “technology-driven” e “citizen-co-creation” 
(Cohen, 2015), configurando polos em tensão (Selada, 2019) entre múltiplas fases intermédias de 
integração tecnológica ao nível da cidade (Leem & Kim, 2013). 
Na prática, as possibilidades/configurações da articulação entre TIC e gestão urbana expressam-se 
em uma grande diversidade de projetos difíceis de classificar, quer pelo nível/escala e o 
alcance/integração territorial das tecnologias adotadas, quer pelo grau/tipo de participação das 
comunidades locais. Para além disso, em alguns países esse movimento ainda não começou, e mesmo nos 
que já existem políticas de Smart Cities, a maioria encontra-se ainda em estágios embrionários marcados 
por projetos-piloto (Robinson, 2016). 
No caso do Brasil e de Portugal, esses países parecem estar em um nível de potencial tecnológico 
similar para o desenvolvimento de Smart Cities. No entanto, a pouca literatura/evidência sobre as 
experiências já desenvolvidas nesses países configura uma lacuna para a qual este texto pretende 
contribuir. Fazendo uma revisão da literatura sobre o tema, a identificação de rankings e índices, bem 
como de projetos, o objetivo deste texto é justamente analisar o estado da arte das Smart Cities no Brasil 
e em Portugal. Para isso, colocaram-se as seguintes questões de partida: 
1. Quais são as cidades “mais inteligentes” desses países? 
2. Quais os serviços/setores objeto de inovação nessas cidades? 
3. Quais os principais constrangimentos e desafios ao desenvolvimento de Smart Cities? 
Numa primeira parte do artigo, analisa-se brevemente o conceito de ‘smart cities’, destacando 
algumas tendências de conceptualização. Numa segunda e última parte, procura-se, então, caracterizar a 
situação das Smart Cities no Brasil e em Portugal, identificando as “smartest cities”, os serviços/setores 
objeto de inovação, bem como os constrangimentos e desafios em cada país. 
Referencial teórico 
As Smart Cities têm ocupado de forma crescente as discussões nos fóruns acadêmicos, mediáticos, 
empresariais e políticos (Mora et al., 2017). A este interesse, porém, não parece ter correspondido um 
maior esclarecimento sobre o termo. Com efeito, para além da multiplicidade de conceitos relacionados, 
tais como ‘wired cities’ (Dutton et al., 1987), ‘cyber cities’ (Graham & Marvin, 1999), ‘digital cities’ (Ishida 
& Isbister, 2000), ‘intelligent cities’ (Komninos, 2002), os quais parecem remeter para diferentes estágios 
tecnológicos (Leem & Kim, 2013), são vários os trabalhos que têm procurado definir teoricamente ‘smart 
cities’ (Albino et al., 2015). Não se pretendendo fazer uma sumarização da extensa bibliografia sobre o 
assunto, parece, de qualquer forma, que o termo ‘smart’ está entre, por um lado, uma lógica de tecnopólis, 
pela utilização nas cidades de novas tecnologias (IoT1; big data2; governança algorítmica; etc.) e, por 
outro, de uma lógica de cidade inovadora, pela inclusão e participação cidadã na governança urbana. 
Em um grande número de publicações, a integração de sistemas/serviços urbanos através das TIC é a 
característica definidora das Smart Cities como um modelo ideal. Na busca por alcançar tal modelo, o que 
se observa na prática é a priorização de setores urbanos e a eleição de focos de atenção 
 
1 Internet of Things (Internet das coisas): objetos/estruturas com capacidades infocomunicacionais avançadas. 
2 Macrodados ou grandes dados: grande conjunto/volume de dados gerados e armazenados pela utilização das TIC. 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 3/15 
(Cunha et al., 2016). Assim, em um dado momento, determinada cidade pode estar comprometida em 
melhorar uma das dimensões/setores da cidade, como, por exemplo, a área de mobilidade, introduzindo 
Sistemas e Serviços Inteligentes de Transporte, uma rede elétrica inteligente (smart grid) ou a implantação de 
sistemas de monitoramento urbano. É a partir desta priorização que se pode depois procurar sinergias entre 
os projetos existentes, para finalmente, em um estágio avançado, integrar tais iniciativas em um plano 
estratégico e de governança, com plataformas digitaisabertas e informação ubíqua (INTELI, 2012; Leem & 
Kim, 2013). As cidades, mediadas por ‘tecnologias infiltradas’, tornar-se-iam, assim, em um ‘metaespaço 
ampliado e intensificado’ pelas capacidades comunicativas e interativas entre pessoas e espaços (Duarte 
& Firmino, 2011). 
Tal mediação é importante desde logo porque a complexidade que caracteriza atualmente os 
problemas urbanos, também chamados de ‘wicked problems3’, implica considerar múltiplos sistemas de 
interação, um conhecimento imperfeito e incertezas sociais e institucionais (Goodspeed, 2015). Dado que 
as soluções tradicionais para esses problemas resultam, por norma, em novos problemas, isso representa 
um enorme desafio no quadro das atuais dinâmicas populacionais, econômicas e ambientais, e suas 
projeções. Como argumenta Goodspeed (2015), a visão dos problemas urbanos como ‘wicked problems’ 
requer monitorização de big data, a inovação local e a participação dos stakeholders (grupos de 
interesse). Desse modo, as ‘smart cities’ definem-se como cidades que criam as condições de governança, 
infraestruturas e tecnologia para produzir inovação social capaz de resolver problemas de crescimento, 
inclusão, sustentabilidade ambiental e qualidade de vida, através da escuta e do envolvimento dos vários 
atores locais: cidadãos, governos, universidades, empresas e associações. 
Por essa razão, a chamada ‘soft infrastructure’ (governança em rede e fóruns de inovação) ganha 
importância para o desenvolvimento de indicadores e métodos de monitorização das dinâmicas urbanas, 
e as redes sociotécnicas, envolvendo os múltiplos atores da cidade na governança urbana, passam a 
configurar um determinante de sucesso das políticas públicas (Frey et al., 2007). Neste quadro, para além 
da infraestrutura tecnológica, algumas pesquisas têm-se centrado na importância da educação, capital 
humano e inovação social e colaborativa (Bencardino & Greco, 2014), colocando as comunidades locais 
como indutores da transformação urbana pretendida (Seixas et al., 2017). 
Assim, embora não exista uma definição inequívoca de ‘smart city’, identificam-se três abordagens 
(Bencardino & Greco, 2014, p. 40): (1) ‘tecnocentrada’ (ênfase em hardware, uso e infraestrutura das 
TIC); (2) ‘centrada nas pessoas’ (ênfase na inovação social e capital humano); e (3) ‘integrada’ (integração 
dos dois pontos anteriores ao nível estratégico da cidade). No quadro desta última abordagem, as ideias 
de comunidades/cidades “inteligentes” e “sustentáveis” aparecem cada vez mais relacionadas. De fato, o 
conceito de ‘smart cities’ parece mesmo estar a ser substituído pelo de ‘smart sustainable city’ (cidade 
sustentável inteligente), definido pela International Telecommunication Union (ITU), a agência das 
Nações Unidas no campo das TIC, como 
[...] uma cidade inovadora que utiliza as TIC e outros meios para melhorar a qualidade de vida, a 
eficiência da operação e serviços urbanos e a competitividade, garantindo as necessidades das 
gerações atuais e futuras em termos econômicos, sociais e ambientais (ITU, 2014, p. 13). 
Esta evolução conceptual foi desenvolvida por Cohen (2015) através de três momentos/gerações de 
Smart Cities: 
Smart Cities 1.0 – technology-driven (impulsionada pela tecnologia): os principais encorajadores 
dos projetos de smart cities são os provedores de serviços TIC, persuadindo as autoridades/gestores 
locais a adotarem as soluções por eles apresentadas. 
 
3 Wicked problems, termo traduzido como ‘problemas complexos’ ou ‘problemas perversos’. 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 4/15 
Smart Cities 2.0 – technology-enabled, city-led (tecnologia habilitada, liderada pela cidade): os 
projetos são liderados pelas autoridades/gestores locais que passam a programar a implementação de 
tecnologias inteligentes e outras inovações em função de um futuro pretendido. 
Smart Cities 3.0 – citizen co-creation (cocriação por cidadãos): os cidadãos assumem uma postura 
ativa e passam a ser os principais indutores e idealizadores dos projetos de inovação e de melhoria da 
qualidade de vida da cidade. 
Apesar da integração idealizada, o relatório Black & Veatch (2016) refere que a maioria dos projetos 
de smart cities são ainda essencialmente promovidos por governos locais, enquanto a integração de 
soluções inteligentes em outras escalas, como a metropolitana/regional, é menos comum. Robinson 
(2016) vai mais longe, dizendo que, passados vinte anos do surgimento do tema, a grande maioria das 
iniciativas continuam a ser projetos-piloto, com fontes de recursos geralmente limitadas a subvenções 
para I&D, disponibilizadas por fundos internacionais ou recursos privados de empresas de tecnologia4. 
Além disso, os investimentos em tecnologia inteligente visam principalmente usos comerciais, não sendo, 
portanto, suficientes para promover projetos na escala requerida para uma verdadeira transformação 
urbana e que, em muitos casos, os benefícios econômicos, sociais e ambientais são apenas uma 
colateralidade dos investimentos. 
Assim, para Robinson (2016), medidas emanadas do setor público, como alterar as regras de licitações 
e contratos de forma a incluir critérios de cidades inteligentes, incluir nos contratos de infraestrutura 
incentivos ao desenvolvimento de tecnologia ou ainda condicionar o uso de fundos locais de investimento 
a empreendimentos relacionados às Smart Cities, poderiam ser bastante favoráveis. Estes são 
argumentos importantes para compreender a situação brasileira e portuguesa. 
As cidades mais inteligentes 
Brasil e Portugal são países lusófonos com realidades territoriais distintas, porém, ambos enfrentam 
desafios de urbanização semelhantes. Nos dois casos, a maioria dos habitantes conectada à Internet e 
familiarizada com o uso de TIC vive nas cidades, estando, assim, em estágios similares relativamente ao 
potencial de desenvolvimento de Smart Cities. 
No Brasil, apesar da pouca bibliografia sobre o tema, alguns trabalhos têm procurado mapear as 
“smartest cities”, apresentando, geralmente, metodologias variáveis eestabelecendo rankings e/ou índices. 
Em 2011 e 2012, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) elaborou o 
“Índice Brasil de Cidades Digitais” a partir de um questionário sobre infraestrutura tecnológica 
(equipamentos, cobertura geográfica), disponibilidade de serviços digitais e recursos de acessibilidade 
para pessoas com deficiências físicas ou analfabetas. Em 2011, o questionário foi aplicado a 
75 municípios, tendo sido alargado, em 2012, a 100 municípios (Quadro 1). 
Mais recentemente, em 2016 e 2017, a empresa Urban Systems elaborou o ranking “Connected Smart 
Cities Brasil”. Partindo de 3 dimensões (inteligência, conexão e sustentabilidade) e 11 indicadores 
(mobilidade, urbanismo, ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, 
empreendedorismo e governança), o ranking classificou as três melhores cidades por porte/tamanho. 
São Paulo foi a primeira colocada entre as cidades com mais de 500 mil habitantes; Vitória ficou com a 
melhor posição entre 100 e 500 mil habitantes (5º lugar do ranking geral); e Cajamar, a melhor 
classificada até 100 mil habitantes (36º lugar). 
 
4 No âmbito de fundos internacionais, destacam-se na União Europeia (EU) os fundos do Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de 
Investigação & Inovação, que em 2014 disponibilizou 92,32 milhões de euros para Smart Cities; e de fundos privados: a Cisco, empresa com 
representação no Brasil e em Portugal, que anunciou em 2019 um programa de US$ 1 bilhão para o desenvolvimento de Smart Cities. 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 5/15 
Quadro 1 - Resultados Índice CPqD e Ranking Connected Smart Cities 
Posição Índice CPqD Ranking Connected Smart Cities2011 2012 2016 2017 
1 Belo Horizonte (MG) Curitiba (PR) São Paulo (SP) São Paulo (SP) 
2 Curitiba (PR) Rio de Janeiro (RJ) Rio de Janeiro (RJ) Curitiba (PR) 
3 Porto Alegre (RS) Belo Horizonte (MG) Curitiba (PR) Rio de Janeiro (RJ) 
4 Vitória (ES) Vitória (ES) Brasília (DF) Belo Horizonte (MG) 
5 Ibirapuitã (RS) e Jundiaí 
(SP) Campinas (SP) Belo Horizonte (MG) Vitória (ES) 
6 Campinas (SP) Sorocaba (SP) e 
Anápólis (GO) Vitória (ES) Florianópolis (SC) 
7 Santos (SP) e São Carlos 
(SP) Porto Alegre (RS) Florianópolis (SC) Brasília (DF) 
8 Tarumã (SP) Jundiaí (SP) Barueri Campinas (SP) 
9 São Paulo (SP) Guarulhos (SP) Recife (PE) São Caetano do Sul 
(SP) 
10 Tauá (CE) Santos (SP) Campinas (SP) Recife (PE) 
Fonte: Adaptado de Telesíntese (2011, 2012) e Connected Smart Cities (2015, 2016). 
Przeybilovicz et al. (2014) realizaram outro estudo sobre o perfil das cidades brasileiras no uso e 
infraestrutura de TIC. A pesquisa envolveu 5.565 municípios e informações disponíveis pela Pesquisa de 
Informações Básicas Municipais (Munic) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). Os elementos analisados foram: infraestrutura de TIC da prefeitura, infraestrutura municipal de 
acesso à Internet, e-Administração, e-Serviços, Comunicação com o público e inclusão digital, IDH-M, 
renda per capita e população. Da análise de clusters, surgiram os seguintes grupos: 
Cluster 1 – Ricos e grandes: possuem boa infraestrutura de acesso à Internet, oferecem e-serviços 
aos cidadãos, e a prefeitura possui boa infraestrutura de TIC. Neste cluster estão 12 capitais estaduais 
(São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Cuiabá, Natal e outras). A maioria das cidades deste cluster é da região 
Sudeste e Sul. Apesar de possuir bons recursos de infraestrutura e uso de TIC, apresentaram maus 
resultados na inclusão digital. 
Cluster 2 – Pobres e sem tecnologia: corresponde ao grupo de municípios com piores indicadores 
de uso e infraestrutura de TIC. Não possuem infraestrutura de TIC nem de acesso à Internet, os serviços 
eletrônicos são maus, não promovem a inclusão digital e praticamente não utilizam as TIC na 
administração pública. O maior de número de cidades deste grupo está na região Nordeste, mas cidades 
pobres e sem tecnologia estão presentes em todas as regiões brasileiras. 
Cluster 3 – Tecnológicos: são os municípios mais avançados no uso e infraestrutura de TIC. Todos os 
indicadores de TIC são os melhores, da infraestrutura ao uso para o cidadão. Neste cluster está o segundo 
grande grupo de capitais (12), entre elas Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador, 
Fortaleza, Teresina. É um grupo maioritariamente formado por cidades do Sul e do Sudeste. 
Cluster 4 – Medianos: são os municípios que possuem infraestrutura de acesso à Internet e de TIC na 
prefeitura e praticam a inclusão digital, mas que ainda precisam melhorar a oferta de e-serviços, a 
comunicação e a gestão e uso das TIC na administração pública. É o segundo cluster com mais municípios 
(810). As capitais Macapá e Maceió estão neste grupo. 
Cluster 5 – Pequenos interessados: sendo pequenos, fazem uso da TIC na administração pública e 
possuem boa comunicação com o cidadão. Embora precisem melhorar, já oferecem e-serviços e mostram-
se preocupados com ações de inclusão digital. Este é o cluster com mais municípios (866). Grande parte 
deles é do Sudeste e Sul. 
Cluster 6 – Medianos sem tecnologia: apresentam a pior comunicação com o cidadão, são maus com 
na inclusão digital e no acesso à Internet. Também precisam melhorar a oferta de e-serviços e 
infraestrutura de TIC na prefeitura. É grandemente formado por cidades da região Nordeste. 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 6/15 
Sem cluster – formado por 2.438 cidades (44% do total de municípios brasileiros) foram excluídos 
da amostra por não cumprirem critérios de resposta. Desconhece-se a sua situação em relação ao uso e à 
infraestrutura de TIC. 
Embora os trabalhos sintetizados apresentem metodologias diferentes, os resultados permitem 
inferir: a grande concentração espacial dos municípios; e uma predominância das capitais estaduais das 
regiões Sul e Sudeste na implementação de projetos de smart cities (o cluster 3 com os municípios mais 
bem colocados). Dos dois rankings, observa-se, ainda, uma predominância de capitais de estado nos 
primeiros cinco lugares (as exceções são Ibirapuitã, Jundiaí e Campinas nos 5º lugares em 2011 e 2012). 
Entre as não capitais, há uma predominância de cidades do interior do estado de São Paulo. Observa-se 
também que não há cidades da região Norte do país. 
Em Portugal, por seu turno, o “Índice de Cidades Digitais”, desenvolvido pela INTELI em duas edições 
(2012 e 2016), é o principal índice de cidades inteligentes. Em ambas foi utilizada uma amostra de 
municípios integrantes da Living Lab RENER – Rede para Inovação Urbana. A RENER (Rede Portuguesa 
de Cidades Inteligentes) foi criada em 2013 no âmbito do Programa Nacional de Mobilidade Elétrica 
(Mobi-E), tendo as cidades envolvidas funcionado como test-bed (banco de ensaio) para a introdução do 
veículo elétrico em Portugal (INTELI, 2019a). No primeiro momento, a RENER contava com a 
participação de 43 municípios. A partir de 2016, a rede passou a integrar a Associação Nacional de 
Municípios Portugueses (ANMP), com a criação da Seção de Cidades Inteligentes, 
integrando124 municípios (INTELI, 2016). O índice, nas suas duas versões, foi composto por cinco 
dimensões: governança, inovação, sustentabilidade, qualidade de vida e conectividade. A primeira edição 
configurou uma fase-piloto com 20 cidades da rede. Em 2016 o número de municípios foi ampliado para 
36 (INTELI, 2012, 2016). No Quadro 2 apresentam-se os primeiros cinco das duas edições. 
Quadro 2 - Resultado Global Índice de Cidades Digitais 2012-2016 
Posição 2012 2016 
1 Lisboa Porto 
2 Almada Águeda 
3 Cascais Cascais 
4 Aveiro Bragança 
5 Vila Nova de Gaia Guimarães 
Fonte: INTELI (2012, 2016). 
Em 2012, para além da capital, os primeiros lugares foram ocupados por municípios das áreas 
metropolitanas de Lisboa e Porto e em cidades com forte presença universitária (Selada & Silva, 2013). Em 
2016, Lisboa sai dos primeiros 5 lugares e o Porto, sede da segunda maior área metropolitana do país, passa 
para a primeira posição. As demais cidades não constavam em 2012, à exceção de Cascais, e também com 
essa exceção são todas do norte de Portugal. Águeda, Bragança e Guimarães são cidades médias. 
Para além deste índice, a empresa IDC Portugal, em colaboração com a NOVA IMS, publicou, em 2015, o 
estudo “Portuguese Smart Cities Index 2015”, classificando 50 municípios em função do nível de 
desenvolvimento de infraestruturas e processos necessários para as Smart Cities do futuro. A metodologia 
sustentou-se na ponderação entre duas categorias: 1) “Forças Motrizes” (com as dimensões: Pessoas, 
Economia e TIC); e 2) “Vetores de Inteligência” (com as dimensões Smart Government, Smart Buildings, 
Smart Mobility, Smart Services & Living, e Smart Energy & Environment). O estudo identificou três clusters 
de municípios “inteligentes”, classificados como (1) Top; (2) Competidores; e (3) Seguidores, sendo o 
primeiro grupo composto por Lisboa, Oeiras, Porto e Bragança. 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 7/15 
Setores e serviços priorizados 
Relativamente ao Brasil, Cunha et al. (2016) realizaram, em 2015, uma pesquisa com recurso a uma 
amostra não representativa, com 1.664 respondentes de 14 municípios (29%, habitantes de cidades 
médias, 33% de grandes e 38% de megalópoles). Os resultados aferiram ‘Segurança’, ‘Saúde’ e ‘Educação’ 
como os aspetos mais importantes de uma cidade inteligente. Tal deve ser tido em conta no futuro, dado 
que nenhum desses setores é de responsabilidade estritamente local. Assim, projetos que visem 
desenvolver ações nesses setoresterão invariavelmente de contar com a colaboração de entidades 
supralocais, sejam os estados e/ou a União, implicando uma governança multinível. 
Embora existam já iniciativas nesses três setores, a predominância de projetos observa-se no 
setor da energia. Isso pode ser explicado pela alteração introduzida com as Resoluções nº 414/2010 
(ANEEL, 2010) e 479/2012 (ANEEL, 2012) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que 
transferiu das distribuidoras de energia para os municípios os ativos de iluminação pública. Ainda 
que a gestão do serviço de iluminação pública seja, constitucionalmente, uma competência 
municipal, a resolução obriga os municípios a receber esses ativos e a responsabilizar-se por projetos 
de ampliação, manutenção e modernização da iluminação pública de suas dependências (BNDES, 
2018). Dadas as novas atribuições e o cenário de restrição fiscal vivenciado pelos municípios 
brasileiros, o uso de Parcerias Público-Privadas (PPP) tornou-se a principal opção no país para a 
viabilização de projetos de modernização da iluminação pública. 
Até 2017 existiam já mais de 100 projetos de PPP iniciados pelas municipalidades para a implantação 
de sistemas de iluminação pública inteligente. Modelados a partir de concessões administrativas, o 
investimento médio de um contrato de PPP foi aproximadamente de 273 milhões de reais (Antunes, 2017 
apud BNDES, 2018). É certo que a modernização da iluminação pode viabilizar outros serviços, pois a 
substituição de lâmpadas pela tecnologia LED (Light Emitting Diode) possibilita envolver inteligência na 
rede e tecnologias de sensoriamento no poste, dimerização e acionamento por movimentação e presença, 
alargando o escopo desses projetos. No entanto, trata-se de projetos contingentes dada esta nova 
realidade institucional que não são priorizados pela população, pois a modernização da rede pública não 
é diretamente central para os cidadãos (Cunha et al., 2016). 
Ainda em relação a este setor, é de destacar o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, relativo à 
micro e minigeração distribuída, que permite qualquer consumidor ser um produtor de energia, 
injetando o excedente na rede da distribuidora (Resolução Normativa ANEEL nº. 482/2012). Quando 
este excedente é maior que a energia consumida, o consumidor-gerador recebe um crédito a ser utilizado 
para abater no consumo ou na fatura mensal (ANEEL, 2018). Esse sistema de incentivo ao envolvimento 
do cidadão pode colocar as Smart Cities em outro patamar de desenvolvimento (3.0) com ganhos 
econômicos e ambientais. Em 2017, o número de conexões de micro e minigeração de energia no Brasil 
ultrapassava as 10 mil, destacando-se fortemente a fonte solar. Os estados com mais micro e 
minigeradores eram o de Minas Gerais (2.225 conexões), São Paulo (2.094) e Rio Grande do Sul (1.096) 
(ANEEL, 2017). 
Os municípios brasileiros têm também feito investimentos em outros projetos que podem tornar 
as cidades “mais inteligentes” (Quadro 3). Muitos desses projetos-“piloto” são financiados por 
empresas do setor das telecomunicações. O caso mais conhecido talvez seja o da cidade de Águas de 
São Pedro, município turístico do interior de São Paulo, que recebeu, a partir de 2014, um projeto-
piloto financiado pela Telefônica/Vivo, a maior provedora de serviços de telecomunicações do Brasil 
(Telefônica, 2015). 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 8/15 
 Quadro 3 - Iniciativas de Smart Cities no Brasil 
Cidades Iniciativas 
Fortaleza (CE) • Implementação de GPS em ônibus para maior previsibilidade nos itinerários. 
• Projeto-piloto de partilha de carros elétricos através de IoT. 
Águas de São Pedro (SP) 
• 500 sensores de estacionamento para informar, por meio de aplicativo, a disponibilidade de 
vagas nas principais vias do município. 
• Implantação de iluminação pública inteligente em um dos principais parques da cidade 
para controlar o estado das lâmpadas e sua operação. 
• Câmeras inteligentes de monitoramento das vias públicas, com geração de alarmes. 
• Solicitação online de consultas médicas. 
• Acesso biométrico dos usuários aos registros médicos e consultas, garantindo uma 
comunicação confidencial. 
• Dispositivos móveis nas escolas para alunos e professores. 
Rio de Janeiro (RJ) 
• Centro de Operações Rio (COR), fundado em 2010, integrando cerca de 30 agências da 
cidade que acessam dados de câmeras e sensores, visando melhorar o trânsito e a gestão 
de emergências na cidade. 
• A região da Praça Mauá foi escolhida para as transformações do Programa de Inovação 
Social e Urbana de empresa multinacional de conectividade. Ele apresenta 15 soluções 
inteligentes desenvolvidas pela empresa e startups de tecnologia, e suas principais soluções 
em IoT incluem monitoramento da qualidade do ar, monitoramento e gerenciamento de 
bueiros e sensores de ruído. 
Canoas (RS) 
• Implantação de mais de 30 sensores para detectar ruídos de alerta, como disparos de 
armas de fogo, que avisam automaticamente a Central Integrada de Monitoramento do 
Gabinete de Gestão Integrada Municipal. 
Paulínia (SP) • Instalação de 25 estações de coleta de lixo na cidade, reduzindo até 30% os custos desse 
serviço. 
São José dos Campos (SP) 
• Implantação de sensores climáticos e de detecção de disparos e de ruídos, por exemplo, 
para medir temperatura, umidade e níveis de CO2. 
A cidade também se beneficiará: 
• de uma rede de Wi-Fi pública; 
• de um sistema de iluminação pública inteligente; 
• de um sistema de resposta de emergência, composto por 500 câmeras conectadas; 
• de sistemas de software e de 205 km de cabos de fibra ótica. 
Itu (SP) • Implantação de um sistema inteligente de coleta de resíduos, com 3.300 contêineres 
distribuídos pela cidade. 
Vitória (ES) 
• Implantação da Rede Bem-Estar, que interliga os equipamentos de saúde (unidades de 
saúde, pronto-atendimentos, farmácias, laboratórios, consultórios odontológicos, centros de 
referência e especialidades) em um único sistema. 
• Implantação do “Prontuário Eletrônico”, software que oferece serviços como o de gestão 
de agendamento de retorno de consultas e a avaliação de atendimento via SMS. 
Fonte: Adaptado de Cunha et al. (2016) e Telefônica (2015). 
A Algar Telecom, uma empresa local de telecomunicações, tem também um projeto de implantação de 
um bairro inteligente (bairro da Granja Marileusa) na cidade de Uberlândia (MG), criado para receber 
aplicações de IoT, com infraestrutura de rede de energia e dados, oito dutos de telefonia e redundância, 
e tem mais de 95 casas com monitoramento por vídeo e fibra ótica instalada. Equipado de lixeiras com 
sensores de volume, o bairro originou ainda um micropolo tecnológico e possui espaço de coworking para 
atrair empresas inovadoras (ITF365, 2017). 
Já o projeto Smart City Laguna, criado em Croatá (CE) em 2011, é também de iniciativa privada e 
pretende ser a primeira ‘cidade inteligente social’ do mundo, baseando-se nos pilares de inclusão social, 
planejamento urbano, meio ambiente e tecnologia. Com a construção de casas apoiadas pelo programa 
Minha Casa, Minha Vida5, o bairro prevê o uso gratuito de tecnologias que obtêm informações de base 
local e o monitoramento de recursos como água e energia. O projeto possui já parceiros privados para o 
fornecimento de medidores inteligentes, postes inteligentes, sinal gratuito de Wi-Fi e sistemas de 
segurança (Smart City Laguna, 2019). 
 
5 Iniciativa do Governo Federal do Brasil lançada em 2009 que visa subsidiar/auxiliar a aquisição de casa, levando em conta a renda das 
famílias. 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 9/15 
Por fim, o Sebrae, uma instituição privada sem fins lucrativos que tem por missão auxiliar a 
competitividade e sustentabilidade de pequenos empreendimentos, lançou, em 2016, um projeto-piloto 
cujo objetivo é estimular a interligaçãode dados, acessibilidade, mobilidade urbana, segurança e 
sustentabilidade nas cidades. Atualmente, são apoiados projetos em sete cidades: Campina Grande, 
Campinas, Curitiba, Florianópolis, Maceió, Maringá e Vitória. Até 2019, o Sebrae investirá R$ 10 milhões 
nesses projetos (Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, 2019). 
Quanto a Portugal, a principal inciativa com maior participação municipal está relacionada com a 
mobilidade, através da implantação do projeto Mobi-E. Criado em 2009, o projeto visa promover a 
mobilidade pessoal elétrica por meio de ações que incentivem a adoção de veículos elétricos e a 
construção da infraestrutura necessária para recarregá-los. Nesse momento, o projeto abrange mais de 
50 municípios, ultrapassando os 1.250 pontos de carregamento (Mobi.E, 2019). 
Cascais e Porto apresentaram, em 2016, o maior número de utilizadores de carros elétricos inseridos 
na rede Mobi-E. Em relação à percentagem de novos automóveis elétricos comercializados sobre o total 
de automóveis adquiridos em 2015, destacam-se os municípios de Esposende, Santarém, Leiria, Aveiro, 
Braga e Porto (INTELI, 2016). Vila Nova de Gaia, Cascais e Sintra são os municípios com maior número 
de pontos de carregamento. Castelo Branco, Portalegre e Beja apresentavam a maior proporção de pontos 
de carregamento, em face ao total de veículos elétricos registrados no município em 2016 (INTELI, 2016). 
Tal como no Brasil, os projetos de iluminação pública em Portugal têm também ganhado destaque em 
vários municípios. Porém, diferentemente do caso brasileiro em que o principal motivador é o imperativo 
da lei, no caso português, o principal indutor é a necessidade de diminuir os custos com o serviço. Aqui, 
devem ser tidos em conta os requisitos regulamentares para o acesso aos fundos da Política de Coesão 
da União, Europeia (UE), de que Portugal é Estado-membro. Sendo o Crescimento Inteligente um dos 
eixos da Estratégia Europa 2020 e a sustentabilidade e eficiência no uso de recursos e a modernização da 
administração pública dois dos domínios temáticos do atual Quadro Comunitário de Apoio (2014-2020), 
as iniciativas de modernização ecológica são uma das formas de os municípios mais facilmente acederem 
a fundos comunitários (Dias & Seixas, 2018). 
Segundo os resultados do “Índice de Cidades Digitais” (INTELI, 2016), 44% dos municípios possuem 
também regulação de fluxo luminoso, e 39% detêm sistemas de gestão da iluminação pública. Assim, 
embora muitas das iniciativas de iluminação pública se constituam como projetos-piloto financiados por 
fundos europeus e empresas privadas, há algumas que ultrapassaram já essa fase ou que tiveram desde 
o início o objetivo de fazer uma substituição completa do serviço tradicional por um mais econômico 
através da tecnologia LED, utilizando recursos próprios. Apesar de envolverem um investimento inicial 
significativo, os resultados com a queda dos gastos são relativamente rápidos. Isso, combinado com a 
estabilização da tecnologia LED, tende a incentivar os investimentos também com recursos 
orçamentários próprios (Público, 2016). 
Quadro 4 - Projetos premiados com o selo “A Smart Project for Smart Cities” 2015 
Cidades Iniciativas 
Vila Nova de 
Gaia 
Projeto NoPaper: visa à desmaterialização do processo de licenciamento urbanístico através 
da disponibilização virtual de informação e ferramentas para a instrução em formato digital 
de processos correspondentes a operações urbanísticas de urbanização, edificação ou outros 
procedimentos conexos. 
Torres Vedras 
Projeto bike sharing: projeto de mobilidade urbana que disponibiliza bicicletas aos usuários a 
partir de 11 bikestations situadas em vários locais da cidade, 260 bicicletas convencionais, 30 
bicicletas elétricas e software de gestão. 
Matosinhos 
Sistema de gestão e informação ambiental: visa promover a conservação e valorização 
ambiental dos espaços naturais classificados e incrementar a sua biodiversidade, através de 
um sistema de informação que opera em uma componente infraestrutural, que envolve a 
intervenção para a conservação de espaços naturais através da instalação de um sistema de 
gestão e informação ambiental, na base tecnológica do Sistema de Informação Geográfica 
Municipal. 
Cascais 
Gestão inteligente de resíduos: integra duas tecnologias inovadoras para a gestão de resíduos 
produzidos no município, uma de gestão de resíduos e outra que utiliza sondas de leitura do 
nível de enchimento e comunicação à distância. A combinação dessas duas tecnologias 
permite: planejamento e otimização dos circuitos de recolha; visualização dos circuitos nas 
viaturas, através de computadores de bordo; registro automático das recolhas dos 
contentores; registro de anomalias quando da recolha de resíduos indiferenciado e seletivo. 
Fonte: Adaptado de INTELI (2016) e Câmara Municipal de Torres Vedras (2013). 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 10/15 
Portugal, como no Brasil, conta ainda com outras experiências de projetos de smart cities. O “Índice de 
Cidades Digitais” (INTELI, 2012, 2016) apresenta uma extensa lista de iniciativas em curso nas áreas da 
governança, inovação, sustentabilidade, qualidade de vida e conectividade. A INTELI (2019b) promove 
também o selo “A Smart Project for Smart Cities”, atribuído a projetos de desenvolvimento urbano com 
soluções inovadoras e inteligentes (Quadro 4). 
Por fim, em Portugal, tal como no Brasil, há um projeto de implantação de uma Smart City (PlanIT 
Valley) próxima ao Porto, idealizado de raiz, mas sem ter ainda saído do estádio de concepção (Smart City 
Hub, 2018). 
Principais constrangimentos e desafios 
No Brasil, dada a crise fiscal do setor público e a escassez de recursos orçamentários, a falta de 
financiamento é um dos principais constrangimentos a uma política de smart cities. Embora as PPP 
tenham aumentado significativamente com a necessidade de se modernizar a iluminação pública 
municipal, há ainda bastantes reticências em relação a este modelo. Como os contratos envolvem valores 
altos e prazos longos, estes precisam ser bem elaborados, e a maioria dos municípios não tem essa 
capacidade técnica, o que pode deixar a administração pública refém por décadas (Cunha et al., 2016). 
Assim, a baixa capacidade técnica dos municípios dificulta a constituição de PPP, sendo também um 
entrave aos projetos de smart cities, pois toda contratação pública implica um documento técnico 
delimitando a pretensão pública (BNDES, 2018). Geralmente denominados Termos de Referência, estes 
documentos indicam as características relevantes a determinada TIC (em requisitos como 
interoperabilidade, cibersegurança, etc.) e promovem a competitividade. A ausência de conhecimento por 
parte do gestor público municipal é, portanto, um obstáculo para uma contratação eficiente (BNDES, 2018). 
Outro aspeto relevante é a baixa capacidade de planejamento de longo prazo do setor público 
brasileiro. Como a implantação de projetos de smart cities requer uma visão de futuro, isso choca com a 
pouca tradição em planejamento de longo prazo no país, sendo que as políticas públicas são grandemente 
influenciadas pelos ciclos eleitorais. Ou seja, é comum acontecer, em qualquer dos níveis de governo 
(Federal, Estadual ou Municipal), que projetos de êxito sejam abandonados pelo governante eleito em 
pleito seguinte apenas porque foi elaborado na gestão de um governo opositor. 
Finalmente, deve-se ressaltar o baixo envolvimento do Governo Federal nos projetos de smart city. 
Devido à peculiar organização federativa brasileira e à complexidade dos problemas urbanos atuais, o 
desenvolvimento desses projetos requer uma colaboração estreita dos três níveis governamentais. 
Em relação ao fomento das sinergias que ocorrem em áreas de predomínio Federal ou Estadual nos 
Municípios (por exemplo, entre mobilidade e saúde), seria importante desenvolver a ferramenta da 
Avaliação de Impacto Regulatório(AIR): processo que procura, a partir da definição de um problema 
regulatório, avaliar os possíveis impactos das opções regulatórias disponíveis para o alcance dos 
objetivos pretendidos (ANVISA, 2019). Aqui, o reforço a que se tem assistido para a eliminação da carga 
regulatória nos projetos de smart cities é relevante, mas não suficiente (ANATEL, 2018). É necessário que 
a AIR se constitua como um instrumento de verdadeira reflexão sobre a atuação e investigação 
necessárias para potenciar a transversalidade/integração de projetos de smart cities, e não apenas como 
uma ferramenta comparativa de opções regulatórias. Avaliar os impactos de políticas de smart cities de 
mobilidade urbana no sistema de saúde é um exemplo de uma ‘abordagem para a transversalidade’ 
(Smart Cities 2.0) que a AIR pode promover. 
No caso português, o financiamento dos projetos é também uma questão central. Como observa 
Catarina Selada: “[...] não há nos orçamentos municipais grande margem de manobra e, como as 
soluções são pouco maduras, também o investimento privado é ainda cauteloso” (Público, 2016). 
No entanto, diferentemente do Brasil, os municípios portugueses têm a possibilidade de acessar 
fundos europeus. Selada & Silva (2013) sumarizam para o período 2014-2020 os fundos disponíveis 
para projetos de cidades inteligentes, totalizando 418.249 M€. Apesar de existentes, esses recursos 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 11/15 
não são diretamente relacionados aos projetos de smart cities (Quadro 5). Para Antônio Almeida 
Henriques, vice-presidente da ANMP, na preparação do Portugal 2030 é preciso que o tema ganhe 
centralidade e passe a incluir os meios necessários para o desenvolvimento das smart cities de forma 
integrada e explícita (SapoTek, 2018). 
Além disso, o acesso aos fundos requer uma capacidade técnica que pode não existir nos municípios. Essa 
ausência pode, como no Brasil, dificultar a contratação de projetos de cidades inteligentes mesmo quando 
estes são desenvolvidos às expensas do orçamento do próprio município. Essa fragilidade pode ser 
ultrapassada pela formação de consórcios intermunicipais e a ampliação das redes colaborativas já existentes. 
Por fim, a territorialização do financiamento comunitário em Portugal, segundo a atual lógica 
europeia, tem evidenciado tensões de alinhamento entre agendas de desenvolvimento entre o nível 
europeu, nacional, regional e local (Ferreira & Seixas, 2017). Em resultado do alto nível de centralização, 
setorialização e polarização da administração pública portuguesa e da inexistência de um verdadeiro 
nível regional de administração/planejamento, é possível que projetos como os de iluminação inteligente 
sejam apenas uma forma de os municípios maximizarem o acesso a fundos comunitário (Dias & Seixas, 
2018). Ou seja, sem um racional estratégico regional, essas iniciativas dificilmente poderão, no futuro, 
ampliar-se para um nível supralocal, configurando um desafio à passagem destes projetos para Smart 
Cities 2.0 e 3.0. 
Quadro 5 - Programas com relevo para smart cities em 2014-2020 
Programas Orçamento “Climate earmarking” Descrição 
Horizonte 2020 87.000 M € 35% 
Apoio à atividade de investigação e inovação, 
com foco em áreas como: energia eficiente, 
segura e limpa; transportes inteligentes, verdes e 
integrados; ação climática e eficiência de 
recursos. Irão ser abertos apelos específicos de 
propostas para smart cities. 
COSME 2.500 M € n.a. 
Apoio à competitividade e sustentabilidade das 
empresas europeias, com foco nas PMEs. Pode ser 
utilizado para suportar o desenvolvimento de 
competências e a emergência e expansão de 
empresas fornecedoras de soluções para smart cities. 
Política de 
Coesão 
(FEDER, FSE) 
325.149 M € 
20% do FEDER em cada 
EM em regiões 
desenvolvidas/em 
transição e 6% em 
regiões menos 
desenvolvidas (apenas 
eficiência 
energética/energias 
renováveis) 
Apoio a projetos de 11 objetivos temáticos 
predefinidos, onde se integram: transição para 
uma economia hipocarbônica; adaptação às 
alterações climáticas, e prevenção de riscos, 
transportes sustentáveis, ecoinovação em PMEs. 
LIFE+ 3.600 M € 902 M € 
A componente das alterações climáticas do 
programa pode ser utilizada para promover 
atividades de adaptação e mitigação, incluindo nas 
áreas urbanas. Foca-se em projetos-piloto, boas 
práticas, ações de disseminação e informação, etc. 
Fonte: Selada & Silva (2013). 
Conclusões 
Brasil e Portugal parecem estar em estágios similares no que diz respeito a uma política de smart 
cities. Em ambos os países, projetos-piloto pouco replicáveis e integrados em plataformas únicas de 
gestão são a principal característica. Uma exceção no caso português é a área da mobilidade elétrica 
(projeto Mobi-E), atualmente difundida em todo o país. 
Assim, se adotarmos as três gerações de uma política de smart cities, podemos dizer que ambos os 
países estão ainda numa primeira geração (Smart Cities 1.0), ou seja, as Smart Cities, enquanto políticas 
Smart Cities no Brasil e em Portugal 
urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2019, 11, e20190061 12/15 
de modelação urbana, estão ainda numa fase de pré-ação, configurando projetos mais ou menos isolados 
e muito associada a processos tecnológicos. A agregação de tais projetos numa perspectiva unificada de 
gestão, possibilitando uma verdadeira política de modelação urbana que evidencie uma visão estratégica 
de cidade (Smart Cities 2.0), a existir, encontra-se ainda num estágio de agendamento, configurando casos 
de estudo a ter em conta em investigações em curso. 
Uma lógica de cocriação urbana de base cidadã (Smart Cities 3.0) sustentada por processos 
tecnológicos de acesso cidadão pleno, e cuja informação (“big” and “small” data) por estes inserida serve 
ao contínuo fazer cidade numa visão de planejamento estratégico partilhada em tempo real, é ainda 
apenas uma idealização. Em Portugal, está prevista em 2019 a criação de uma Plataforma de Gestão 
Inteligente de Lisboa (PGIL) com vista à supervisão dos vários serviços do município da capital e para a 
tomada de decisão em tempo real, evidenciando um exemplo de passagem de uma estratégia de primeira 
geração para uma de segunda geração. 
De acordo com os rankings sobre smart cities disponíveis, no Brasil, os municípios em melhor posição 
estão localizados nas capitais e regiões mais desenvolvidas do país. Em Portugal, o principal índice, nas 
suas duas versões, apresentou, no primeiro ano, uma concentração de municípios das duas áreas 
metropolitanas e em cidades universitárias, e, em 2016, prevalência de municípios do norte do país, 
especificamente em cidades médias. 
Quanto aos setores em que se centram os projetos, a iluminação pública e a mobilidade parecem ser 
áreas de destaque. Tanto Portugal como Brasil têm priorizado investimentos em iluminação pública 
inteligente, no primeiro caso motivada pela existência de fundos europeus para o efeito e, no segundo, 
devido a um imperativo legal que obriga as municipalidades a modernizarem o serviço. Ou seja, em 
ambos o motivador inicial não tem sido a melhoria da qualidade de vida dos residentes, embora a 
população possa ser beneficiada de forma colateral, seja com a melhoria do serviço em si ou com a 
poupança de recurso com um serviço mais eficiente. 
Na mobilidade inteligente, Portugal surge com mais iniciativas, não só de mobilidade elétrica, mas 
também nas mobilidades suaves. Uma diversidade de plataformas surgiu nos últimos anos competindo 
entre si pelo mercado urbano da mobilidade suave através de bicicletas e trotinetes. Trata-se, em todo o 
caso, de processos em estádios iniciais, para já ainda com maior atração para o turista do que para o 
habitante e requerendo, portanto, consolidação. 
Quanto aos constrangimentos existentes, o financiamento dos projetos parece ser crucial nos dois 
países. No Brasil há exemplos de investimentos financiados por empresas privadas como objetivo de 
vender os seus serviços e produtos a outros municípios. Esta situação, contudo, não é a ideal, pois limita 
o poder de atuação do gestor público e tem como principal motivador a realização de lucros para o setor 
privado, sendo que os efeitos positivos passam a ser efeitos secundários do processo. Com a atual crise 
fiscal, o uso de orçamentos próprios para a contratação de projetos passa a ser ainda mais difícil no Brasil. 
Mesmo com o aumento de PPP, o país ainda tem fragilidades técnicas importantes que impedem um 
avanço maior no uso desse tipo de instrumento. A possibilidade de recorrer a fundos europeus no 
financiamento de projetos pode ser mais favorável para Portugal. Mesmo que o tema não tenha ainda 
sido colocado de forma central no planejamento europeu, a conscientização dos governos locais sobre a 
sua importância parece indicar que o assunto poderá ser mais valorizado nas rondas de planejamento 
futuras, sendo um maior racional estratégico regional uma das questões a ter em atenção. 
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Editores: Janaina Camile Pasqual Lofhagen, Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR; Christopher 
Hawkins, University of Central Florida – UCF 
Recebido: Mar. 13, 2019 
Aprovado: Abr. 24, 2019 
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