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AVALIAÇÃO – A QUÍMICA NA SALA DE AULA PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Os currículos tradicionais têm enfatizado, na maioria das vezes, apenas aspectos conceituais da química, apoiados numa tendência que vem transformando a cultura química escolar em algo completamente descolado de suas origens científicas e de qualquer contexto social ou tecnológico. Além disso, esses currículos apresentam um número excessivo de conceitos, cuja inter-relação é dificilmente percebida pelos alunos. A quantidade de conceitos – ou definições? – e procedimentos que são introduzidos a cada aula, a cada página da maioria dos livros didáticos, é muito grande para que seja possível ao aluno, em tão pouco tempo, compreende-los e ligá-los logicamente numa estrutura mais ampla que dê significado à aprendizagem da química. Aos alunos fica a impressão de se tratar de: Resposta Marcada : Uma ciência totalmente desvinculada da realidade, que requer mais memória do que o estabelecimento de relações; PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Qual a visão de aprendizagem subjacente aos currículos que enfatizam o ensino de conceitos? É possível a aprendizagem de conceitos como “átomos conceituais” em estruturas complexas, relacionadas logicamente, mas sem relação com os contextos em que essa estrutura foi criada e é utilizada? É possível separar contexto, conteúdo, objetivos e processos usados na aprendizagem de um conceito científico? Se a aprendizagem é vista como dependente da interação entre estrutura conceitual e contexto, é possível pensar uma estrutura conceitual mínima que orientaria o currículo? Por que essa estrutura permanece oculta na maioria dos currículos e textos didáticos tradicionais? Nessa perspectiva, nosso ensino de química tradicional é fruto, na maioria das vezes, de: Resposta Marcada : Um processo histórico de repetição de fórmulas que são bem sucedidas do ponto de vista didático – fazer com que o aluno aprenda alguns procedimentos relacionados à Química, transformando a disciplina num manejo de pequenos rituais. 17/05/2024, 21:05 Course Status – Ibra Educacional https://ava.ibraeducacional.com.br/course-status/ 1/4 PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Nossa química escolar se alimenta principalmente da tradição, o que explica, por exemplo, que se encontre conceitos e sistemas classificação semelhantes em livros de 1830 e nos atuais. Um exemplo é a classificação das reações (ou equações?) químicas em dupla troca, simples troca ou deslocamento, etc. Esse sistema se baseia no dualismo eletroquímico de Berzelius (1812), que propunha que as substâncias resultavam da combinação entre pares de espécies em que uma é eletricamente positiva e a outra negativa2. As reações de dupla troca (AB + CD = AD + CB) e de deslocamento (AB + C = CB +A), ocorreriam porque um radical mais eletropositivo deslocaria o radical menos eletropositivo. Já a partir da teoria de dissociação eletroquímica de Arrhenius (1883), as reações em meio aquoso: Resposta Marcada : Não poderiam mais ser pensadas com dupla troca ou deslocamento, já que todas as espécies em solução estariam dissociadas e não haveria trocas ou deslocamentos, mas combinações entre íons para formar, por exemplo, sais pouco solúveis; PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Ao tratar a química unicamente do ponto de vista formal, o ensino tradicional deixa de lado os fenômenos reais. Nessa química de quadro negro tudo é possível, desde a reação entre dióxido de carbono e água para formar ácido carbônico (que ocorre apenas em pequenas proporções nas condições atmosféricas) até a “reação” entre dióxido de silício e água, para formar ácido silícico, que, se ocorresse nas condições atmosféricas, levaria a crosta terrestre, formada principalmente por silicatos, literalmente por água Ao lado dessas classificações obsoletas permanecem outras sem nenhuma aplicação científica ou tecnológica, como a classificação de pares de espécies atômicas como isóbaros ou isótonos. A esses exemplos somam-se inúmeros outros, presentes no ensino de química, em que regras práticas, como a do octeto, a de distribuição eletrônica, ou ainda as regras para se determinar os números quânticos de um determinado elétron, passam a ocupar o lugar dos princípios químicos que lhes deram origem. Aqui cabe a distinção entre conhecimento ritual, ou de procedimentos, e o conhecimento de princípios, a saber: Resposta Marcada : Conhecimento ritual é um tipo particular de conhecimento relacionado aos procedimentos, ao saber fazer alguma coisa. O conhecimento de princípios é essencialmente explicativo, orientado para o entendimento de como os procedimentos e os processos funcionam, porque certas conclusões são válidas e necessárias; PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Para um currículo contemplar o pensamento do aluno e os contextos de significação, além de promover o desenvolvimento dos conceitos científicos em si, é necessário que: Resposta Marcada : Ele seja bem dimensionado em relação à quantidade de conceitos a serem abordados. Um currículo que apresente uma estrutura conceitual carregada, como é o caso dos currículos tradicionais, tem como pressuposto que aprender Química é somente aprender o conteúdo químico; 17/05/2024, 21:05 Course Status – Ibra Educacional https://ava.ibraeducacional.com.br/course-status/ 2/4 PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Os currículos tradicionais enfatizam classificações que se baseiam na idéia de que os conceitos podem ser definidos através de atributos essenciais e acessórios. Segundo essa lógica, um determinado conceito pertence a uma classe se compartilha, com todos os membros dessa classe, os mesmos atributos Assim, todos os fenóis compartilham o fato de possuírem um grupo hidroxila ( – OH) ligado ao anel de benzeno. Esses são os atributos essenciais da classe “fenóis”. Através dessa lógica, classificam-se as ligações em iônicas, covalentes e metálicas; as substâncias em simples e compostas; as reações em dupla troca, simples troca, decomposição e síntese etc. Os currículos tradicionais assumem que essas classificações são, de certa forma: Resposta Marcada : Absolutas e fundamentais para a aprendizagem da Química; PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Estudos em sociologia da ciência revelam, que o cerne da prática científica cotidiana é: Resposta Marcada : A resolução de problemas abertos; PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Nos séculos XVII a XIX, ocorreu, na Europa, um extraordinário impulso no desenvolvimento das Ciências, havia uma forte necessidade de estabelecer-se uma sistemática no estudo dos As primeiras tentativas de classificação periódica foram baseadas nas características e propriedades das substâncias elementares. Lavoisier, no seu famoso livro Traité Élémentaire de Chimie apresenta uma tabela contemplando 33 substâncias elementares. No início do século XIX, inúmeros cientistas trabalharam arduamente no processo para determinação dos pesos atômicos, entre eles: Resposta Marcada : Dalton com a sua Teoria Atômica da matéria e construção da 1ª Tabela de Pesos Atômicos em 1803 e publicada em 1808 e Berzelius que como químico analista buscou refinar os pesos atômicos inicialmente propostos por Dalton; 17/05/2024, 21:05 Course Status – Ibra Educacional https://ava.ibraeducacional.com.br/course-status/ 3/4 10 / 10 PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Na primeira metade do século XIX houve entre os químicos uma polêmica sobre os pesos atômicos e pesos equivalentes. Esta discussão começa a ter fim em 1860 com a realização do Congresso de Karlsruhe, na Alemanha. Neste congresso houve a distribuição do artigo Sunto di un Corso di Filosofia Chimica de Cannizzaro que levou ao esclarecimento destas questões, entre os presentes no congresso estavam Mendeleiev e Mais de 30 anos se passaram depois da lei das Tríades de Döbereiner, para que fosse feita outra tentativa em descobrir um padrão entre as substâncias elementares. As novas contribuições vieram de: Resposta Marcada : Alexandre-Emile Béguyer de Chancourtois, WilliamOdling e John Newlands; PONTUAÇÃO TOTAL: 1PONTUAÇÃO OBTIDA 1 Historicamente, o desenvolvimento da análise qualitativa, como disciplina nos cursos de graduação em Química, esteve relacionado à ênfase que era dada à análise de minerais e à determinação de suas composições. A Química Analítica no Brasil teve suas raízes nos ensinamentos da chamada Escola de Rheinboldt. Heinrich Rheinboldt (1891-1955) era docente da Universidade de Bonn e veio para o Brasil quando o nazismo foi implantado na Alemanha. Ele chegou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras em 1935 tendo como principais objetivos organizar a subseção de Química nos moldes da tradição universitária alemã e formar professores de Química para as escolas secundárias. Rheinboldt trouxe para o Brasil a experiência universitária alemã de ensino e pesquisa em Química. Nessa área a Alemanha estava muito à frente dos outros países europeus e dos Estados Unidos, pois sua indústria química era a mais desenvolvida do mundo. Rheinboldt priorizava as aulas de laboratório por acreditar que: Resposta Marcada : A base do ensino de Química era a intuição e que o aluno, para aprender a pensar, deveria vivenciar os fenômenos muitas vezes até se familiarizar com eles. Total 17/05/2024, 21:05 Course Status – Ibra Educacional https://ava.ibraeducacional.com.br/course-status/ 4/4