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2 ano - anotações - Direito Internacional

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Direit� Internaciona�
01/03/23
Sociedad� Internaciona�
Surgimento (hipóteses)
● Sempre existiu
● Nem sempre existiu
12 d� Outubr� d� 1492 - Descobert� d� Améric�
Améric� Europ�
Aqu� tu�� não ex����a em 1492 - Cul����
- Rel���ão
- Ro�p��
- Ar�a� de Fog�
- Edu��ção
- Le�s e ci����zação
1648 - Paz de Westfália ↣ Muda o Direito Internacional
1625 - Hugo Grotius (advogado holandês, no meio da guerra de 100 anos escreveu um litro)
Ŧeoria do plano internacional
Negacionista
-Estado - Forma mais elevada
-Falta de autoridade
- Não há órgão legislativo
- Só há guerras
Afirmativas:
Evidências no plano internacional
Coação não é essencial
Ordenamento próprio
Guerra não nega o direito
⇒ Organizações acima dos Estados: OMS, ONU, etc.
Doutrin�⇸
SEÇÃO I – A SOCIEDADE INTERNACIONAL
Desde os primórdios da Humanidade o homem já se apresentava como ser perfeitamente
constituído, com características fundamentais e na posse de qualidades comuns
que transcendiam as divisões que o mundo viria a sofrer após a chamada era das
descobertas, impulsionada pela navegação marítima dos portugueses e, mais
tarde, dos espanhóis.
O agrupamento de seres humanos por várias regiões do planeta fomentou a criação de
blocos de indivíduos com características (sociais, culturais, religiosas, políticas etc.)
em quase tudo comuns. Desse agrupamento humano (cuja origem primitiva é a
família) nasce sempre uma comunidade ligada por um laço espontâneo e subjetivo de
identidade.
Na medida em que essa dada comunidade humana (assim como tudo o que caracterizava a
vida na polis, no sentido aristotélico) passa a ultrapassar os impedimentos físicos
que o planeta lhe impõe (montanhas, florestas, desertos, mares etc.) e a descobrir que
existem outras comunidades espalhadas pelos quatro cantos da Terra, surge a necessidade
de coexistência entre elas. Em consequência, a civilização passa a ter por meta a luta
constante contra as dificuldades dessa coexistência.
Entre povos com características tão diferentes não se vislumbra um vínculo
espontâneo e subjetivo de identidade capaz de unir ou conjugar (como nas relações
comunitárias) os sujeitos que os compõem. O que passa a existir é uma relação de
suportabilidade entre eles, como que numa relação contratual, em que se desprezam
as características sociais, culturais, econômicas e políticas de cada uma das partes,
para dar lugar a uma relação negocial entre elas.
Por isso, desde o momento em que o homem passou a conviver em sociedade, com todas as
implicações que esta lhe impõe, tornou-se necessária a criação de determinadas
normas de conduta, a fim de reger a vida em grupo – lembre-se da afirmativa de
Aristóteles de que o homem é um ser social –, harmonizando e regulamentando
os interesses mútuos.
O Direito, entretanto, em decorrência de sua evolução, passa a não mais se contentar em
reger situações limitadas às fronteiras territoriais da sociedade, que,
modernamente, é representada pela figura do Estado. Assim como as comunidades de
indivíduos não são iguais, o mesmo acontece com os Estados, cujas
características variam segundo diversos fatores (econômicos, sociais, políticos, culturais,
comerciais, religiosos, geográficos etc.).
À medida que estes se multiplicam e na medida em que crescem os intercâmbios
internacionais, nos mais variados setores da vida humana, o Direito transcende os
limites territoriais da soberania estatal rumo à criação de um sistema de
normas jurídicas capaz de coordenar vários interesses estatais simultâneos,
de forma a poderem os Estados, em seu conjunto, alcançar suas finalidades e interesses
recíprocos.
Verifica-se, com esse fenômeno, que o Direito vai deixando de somente regular
questões internas para também disciplinar atividades que transcendem os
limites físicos dos Estados, criando um conjunto de normas com aptidão para realizar
tal mister. Esse sistema de normas jurídicas (dinâmico por excelência) que visa disciplinar
e regulamentar as atividades exteriores da sociedade dos Estados (e também, atualmente,
das organizações interestatais e dos próprios indivíduos) é o que se chama de Direito
Internacional Público ouDireito das Gentes.
Mas, como se verá no decorrer deste Curso, o estudo do Direito Internacional Público
apresenta questões por demais embaraçosas, que somente podem ser resolvidas com uma
parcela de boa vontade dos Estados, aos quais,prioritariamente, esse sistema de
normas jurídicas é destinado.
Sociedade e comunidade.
Formada por Estados e organizações internacionais interestatais, com reflexos
voltados também para a atuação dos indivíduos no plano internacional
A realidade atual do Direito Internacional Público, com a multiplicação das
organizações internacionais e de outras coletividades chamadas não estatais (como
os beligerantes, os insurgentes, os movimentos de libertação nacional etc.), passa ao largo
daquela realidade até então presente no cenário internacional do entreguerras, que
entendia essa mesma sociedade internacional como o conjunto de nações
civilizadas (para falar como o art. 38, § 1º, alínea c, do Estatuto da CIJ).
O conjunto dos atores internacionais poderá constituir uma comunidade internacional?
Para responder à indagação é necessário entender a diferença entre comunidade e
sociedade, tal como pioneiramente versado (no plano da sociologia) por Ferdinand
Tönnies, na obra Gemeinschaft und Gesellschaft, publicada em 1887. Para Tönnies, a
comunidade seria uma forma de união baseada no afeto e na emoção
(Wesenwille) dos seus membros, capaz de criar um vínculo natural e espontâneo
(“essencial”) entre eles; a sociedade, por sua vez, corresponderia ao produto da
vontade “racional” ou “instrumental” (Kürwille) dos associados, nascida de
uma decisão voluntária dos mesmos.
15/03/2023
Conceit� d� DIP
→ os preceitos constitucionais são iguais para todo
mundo, mas sua aplicação se diferem.
→ no que dispõe sobre a matéria de direito
internacional, em todos os países os livros de direito
internacional são iguais, seus preceitos são os mesmos.
→ os países possuem normas diferentes, sistema
jurídicos diferentes, visões de mundo diferentes.
→ A doutrina cria critérios para conceituar o D.I
a) Critério em razão da pessoa → quem é a
pessoa? O Estado. Como foi defini-lo? É aquele
que regula a relação entre os Estados → o
conjunto de normas que regula relações entre
Estados. Os autores esquecem que não há só
estados no cenário internacional, mas existem
organizações, como a ONU por exemplo
b) Técnico-formal
● A elaboração da norma internacional
● Vontade conjugada dos Estados, considerando-se os atos das relações
internacionais, das cortes internacionais ou de um ato unilateral, tendo
reflexo da intervenção fora do país. Comum acordo (direito elaborado juntos).
● Atos unilaterais: um ato unilateral provém de 1 pessoa, e se bifurcam. Atos
unilaterais dos estados não é vontade conjugada. É o estado sozinho
decidindo.
c) Em razão da matéria do D.I:
● Puramente internacionais: diplomacia, fronteira entre estados, Tratados,
arbitragem, guerra, paz.
● Questões que se tornam internacionais: matérias que relacionam o Direito
Internacional com outras temáticas (direito internacional + direito de família,
penal, civil, etc.) Ex: cultura, comércio, meio-ambiente, etc.
○ Portanto, o direito internacional faz relação com diversas matérias,
como por exemplo direito de família, no caso de adoção internacional,
ou seja, não há uma matéria específica no DI.
○ Com a evolução da sociedade, muitas questões que não eram de
direito internacional, passam a fazer parte da sua matéria, como
saúde, meio ambiente, família, cultura e até tributário.
● Em casos que tentam se afirmar genocidio, é muito difícil encontrar
comprovação da intenção, do fato, o genocidio é o mais difícil de se
comprovar, precisando achar um documento que corrobora para tal.
d) âmbito da validade especial na norma internacional
De fato, o consentimento não há de ser necessariamente expresso. Nas relações
internacionais,como nas interpessoais, é razoável admitir a concordância tácita,
bem assim a validade, em certas circunstâncias, de uma presunção do
consentimento.
Eis por que a tese da oponibilidade de regras costumeiras a novos Estados só
configura um disparate quando se pretenda sustentá-la à margem de qualquer
argumento que os envolve, de algum modo, na formação de tais regras
Doutrin�
A sociedade internacional diferencia-se da ordem jurídica interna tanto
sob o aspecto formal quanto sob a ótica material. Sob o ponto de vista
formal, a diferença da sociedade internacional para a ordem interna
baseia-se na sua estrutura, pelo fato de ali não existir um território
determinado, dentro do qual vive certa população, coordenada por um
poder soberano.
Do ponto de vista material, a sociedade internacional jamais se
igualará à sociedade de pessoas (ou, até, à comunidade destas) existente
no Direito interno, uma vez que as matérias que disciplina provêm de um
conjunto de Estados com poderes soberanos limitados (em razão da
própria ideia de descentralização), e não de uma vontade única eleita pelos
seus sujeitos para reger-lhes a conduta (ou, até mesmo, a eles imposta,
como no caso dos governos ditatoriais).
A ordem jurídica da sociedade internacional é coordenada ( sistema de cooperação), os
Estados dependem menos de si próprios e mais da grande aldeia global, que determinam o
caminho a ser seguido, sob pena de sanções que podem ser desde simples advertências ou
até bloqueios e intervenções, e em última análise, isolamento completo pelo rompimento de
relações diplomáticas junto a eventual uso da força.
Noçã� d� sujeit�
● Sujeitos de direito
- Que direitos? Direitos Humanos, direitos brasileiros, direitos internacionais,
etc.
- O que precisa para ser sujeito de direito internacional e quem são?
● Estado: precisa ter fins compatíveis com a sociedade internacional?
Paz, segurança social, harmonia, preservação do ambiente
internacional. O sujeito de direito precisa de uma estrutura peculiar a
si próprio que permita transacionar no direito internacional, para atuar
em seu cenário. → Estrutura: diplomacia, território delimitado,
garantias. Depende de patrimônio próprio material e imaterial.
● Organizações internacionais: surgem como sujeitos de direito só a
partir do séc. XX. Após a primeira guerra, houve a necessidade de
impedir uma nova guerra. Criar um organismo político de natureza
universal (estados) para que esse ente possa providenciar ações para
evitar o armamento e o hiato entre ricos e pobres– surge a Corte
Permanente da Justiça Internacional e antes dela a OIT. Isso dura até
a 2º guerra mundial. Após 1948 surge a OEA (Organização dos
Estados Americanos).
● Confederações de estados: associação livre de estados que, sem
perder sua representação jurídica internacional, cedem parte de suas
liberdade de ação para uma autoridade internacional, criada para uma
atuação específica (ex:. manutenção da paz, defesa, proteção de
interesses, etc).
→ os Estados são para tratar dos anseios do homem
→ Estados: é para satisfazer os anseios do homem
Os Estados são sujeitos primários da ordem internacional, sendo
seu nascimento um fato histórico. O reconhecimento do Estado é ato
unilateral pelo qual um Estado declara ter tomado conhecimento da
existência de outro, como membro da comunidade internacional.
● Homem: comumente dito como sujeito de direito da DIP
● Cruz Vermelha (1863): O Comitê Internacional da Cruz Vermelha é
uma organização imparcial, neutra e independente, cuja missão
exclusivamente humanitária é proteger a vida e a dignidade das
vítimas de conflitos armados e outras situações de violência, assim
como prestar-lhes assistência.
→ Cada país cristão tem uma cruz vermelha, mas é regulada pela lei
de cada país, já a cruz vermelha internacional, é uma ONG
internacional.
● Beligerantes: Os beligerantes são movimentos contrários ao governo
de um Estado, que visam a conquistar o poder ou a criar um novo
ente estatal, e cujo estado de beli- gerância é reconhecido por outros
membros da sociedade internacional
→ confronto direto, com forças igualitárias
● Movimentos de Libertação Nacional: Os movimentos de libertação
nacional são conhecidos como movimentos que visam a
independência de determinados povos. Podemos citar como exemplo,
a Organização para a Libertação da Palestina, OLP, reconhecida pela
ONU. A OLP é representante dos interesses do povo palestino.
● Santa Sé : representa a cúpula do governo da Igreja Católica,
chefiada pelo Papa e composta por um conjunto de órgãos que
auxilia o Sumo Pontífice em suas atribuições missionárias, e tem
sede no Estado da Cidade do Vaticano.
→ a Sé é a cúpula, a sede do governo religioso, sendo como corpo e
alma, então o Vaticano é o corpo e a Sé é a alma.
A Santa Sé: um caso excepcional. A Santa Sé é a cúpula governativa da Igreja Católica, instalada na cidade de Roma.
Não lhe faltam — embora muito peculiares — os elementos conformadores da qualidade estatal: ali existe um território de cerca
de quarenta e quatro hectares, uma população que se estima em menos de mil pessoas, e um governo, independente daquele do
Estado italiano ou de qualquer outro. Discute-se, não obstante, a sua exata natureza jurídica. O argumento primário da
exiguidade territorial ou demográfica não pode ser levado a sério; a autenticidade da independência do governo encabeçado
pelo Papa, por sua vez, paira acima de toda dúvida. Mas a negativa da condição estatal da Santa Sé parece convincente quando
apoiada no argumento teleológico.
É importante lembrar que a Santa Sé não possui uma dimensão pessoal, não possui nacionais. Os integrantes
de seu elemento demográfico preservam os laços patriais de origem, continuando a ser poloneses, italianos,
suíços e outros tantos.
É amplo o reconhecimento de que a Santa Sé, apesar de não se identificar com os Estados comuns, possui,por legado histórico,
personalidade jurídica de direito internacional.
Ela é parte nas Convenções de Viena sobre relações diplomáticas e consulares, de 1961-1963, e na Convenção de 1969, também
de Viena, sobre o direito dos tratados.
● Quem são:
→ Categorias de Direito :
1. Fundamental (1824)
2. Direitos Humanos (Art 4º ao 5º da CF)
3. Direitos Humanitários→ são direitos de guerra, direitos ao homem em
período de guerra
Sujeitos da DIP
● Noção de sujeito
→ não é só o homem que é sujeito de direito, os animais
também entram, só não vamos perguntar para eles o que eles
acham dos tratados, por isso que dizemos que o homem é
sujeito de direito.
→ “Os sujeitos de direito internacional são os Estados e as
Organizações Internacionais. Sujeitos de direito são aqueles capazes de ser titulares
de direitos e obrigações. No direito internacional, ainda centrado no Estado, apenas
os Estados e Organizações Internacionais (formadas por Estados) têm essa
capacidade.
→ Sugestõe� Profº par� Assistir :
● Documentário : Arquitetura da Destruição.
O documentário narra os ideais estéticos nazistas que serviram de base para as
violentas práticas de homogeneização da nação. A apresentação do Nazismo
como uma ideologia estética é, sobretudo, o tema do documentário, que revela
um lado pouco discutido do regime totalitário nazista.
● Filme: O Triunfo da vontade O congresso Nacional-Socialista alemão de
1934 é o sujeito principal da cena documentada neste filme dirigido pela
alemã Leni Riefenstahl. No início, um bimotor desce dos céus, Adolf Hitler
sai sorridente e é ovacionado pela multidão. Tudo é gigantesco: são paradas,
desfiles monumentais e discursos para um público em total catarse. Um
espetáculo cinematográfico hipnótico e terrificante que retrata com fortes
imagens o poder do regime nazista. Leni Riefenstahl - cineasta oficial do
partido Nazista, ao qual nunca se filiou - dispôs de grandes recursos para
realizar este documentário e criar efeitos grandiosos. Ela dirigiu também
Olimpíadas (Olympia), sobre os jogos Olímpicos de 36, em Berlim, cidade
onde nasceu. Foi uma artista completa, bailarina, atriz e sabia dirigir,editar,
produzir e escrever. Trabalhou com foto-jornalismo durante a segunda grande
guerra e foi presa pelos aliados e acusada de fazer propaganda nazista. Na
década de 50, quando foi inocentada, dedicou seu talento e criatividade a
serviço do jornalismo.
● Livro: Recuerdos de solferino. Este é o livro que impulsionou a criação de um
Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que
agora é mundial, com milhões de membros, tornando o nome de Henry
Dunant conhecido em toda a parte. O relato dele nesta obra comoveu muitas
pessoas e ainda o faz. "Você terminou o livro amaldiçoando a guerra",
escreveram os irmãos Goncourt no século 19.
Estados: é para satisfazer os anseios do homem
Os Estados são sujeitos primários da ordem internacional, sendo seu nascimento um
fato histórico. O reconhecimento do Estado é ato unilateral pelo qual um Estado
declara ter tomado conhecimento da existência de outro, como membro da
comunidade internacional.
29/03/2023
Fontes do Direito Internacional
Artigo 38 - Estatuto da Corte Internacional de Justiça
Características:
● rol não taxativo→ não existem apenas alguns tipos de fontes, tem algo a mais
(atos unilaterais)
● não há hierarquia→ o tratado não é superior aos costumes
Tratado - o tratado é a fonte escrita mais importante, uma lei escrita, mas ela não se
sobrepõem.
Lei escrita → a escrita significa que pensa, no sentido da elaboração
Princípio geral de direito → quem escreveu?
Costume
● Elemento externo e objetivo: composto de algumas partes (ex: atos tidos como
costume tem que ser praticado em longo período, repetitivos e uniformes, genéricos
em tempo e espaço).
● Elemento implícito e subjetivo: convicção das partes de que aquela ação ou não
ação gera uma consequência jurídica.
Equidade (justiça)⇒ ex aequo et bono
● Equidade diferente de igualdade
● 3 tipos de decisões
○ Em conformidade com a lei (secundum legem)
○ a que o caso concreto não existe - lacuna ou analogia - (Praeter legem)
○ Contra legem → Eu não consigo aplicar nenhuma norma, mas tenho que
decidir com direito. O direito que foi me colocado a vista é impossível de
satisfazer ambas as partes
Só se usa com equidade quando as partes concordarem
Atos Unilaterais
● Oriundos do Estado
● Oriundos das Organizações Internacionais
Notificação→ dar ciência a um fato ocorrido a alguém
Doutrin�
ATOS UNILATERAIS - não representam normas, porém meros atos jurídicos, gênero da
notificação, do protesto, da renúncia ou do reconhecimento. No entanto, esses atos
produzem consequências jurídicas, criando obrigações, tanto quanto as produzem a
ratificação de um tratado, a adesão ou a denúncia.
Ato e norma. Todo Estado, entretanto, pode eventualmente produzir ato unilateral de
irrecusável natureza normativa, cuja abstração e generalidade sirvam para distingui-lo do
ato jurídico simples e avulso. É certo, contudo, que o ato normativo unilateral — assim
chamado por promanar da vontade de uma única soberania — pode casualmente voltar-se
para o exterior, em seu objeto, habilitando-se à qualidade de fonte do direito internacional
na medida em que possa ser invocado por outros Estados em abono de uma vindicação
qualquer, ou como esteio da licitude de certo procedimento Tal é o caso das leis ou decretos
com que cada Estado determina, observados os limites próprios.
C�tum�
O direito internacional público, até pouco mais de cem anos atrás, foi essencialmente um
direito costumeiro. Regras de alcance geral, norteando a então restrita comunidade das
nações, havia-as, e supostamente numerosas, mas quase nunca expressas em textos
convencionais.
Na doutrina, e nas manifestações intermitentes do juízo arbitral, essas regras se viam
reconhecer com maior explicitude.
Eram elas apontadas como obrigatórias, já que resultantes de uma prática a que os
Estados se entregavam não por acaso, mas porque convencidos de sua justiça e
necessidade.
Vattel, destacando o caráter costumeiro das instituições jurídicas internacionais, no
século XVIII, denunciava a modéstia do direito convencional da época, sem outro conteúdo
que a especificação de compromissos bilaterais, e sem maior alcance que o atinente à
relação tópica entre os Estados contratantes
Fundamento do costume: a doutrina e a Corte. Certos autores objetivistas, embora
entendam irrecusavelmente obrigatório para os novos Estados o direito costumeiro
preexistente, universalidade — de toda norma costumeira ditada pelas forças
preponderantes na cena internacional, tanto significando o grupo de Estados
qualitativamente habilitados a exteriorizar seu entendimento e garantir-lhe a eficácia. O
próprio enunciado de semelhantes teses faz supor que seja hoje ocioso contestá-las no
domínio da análise jurídica, dada sua congênita e indisfarçada inconsistência.
05/04/2023
Fonte� d� tratad� internacionai�
Doutrin�
Os tratados internacionais. Os tratados internacionais são, incontestavelmente, a
principal e mais concreta fonte do Direito Internacional Público na atualidade, não
apenas em relação à segurança e estabilidade que trazem nas relações
internacionais, mas também porque tornam o direito das gentes mais representativo
e autêntico, na medida em que se consubstanciam na vontade livre e conjugada dos
Estados e das organizações internacionais, sem a qual não subsistiriam.
Além de serem elaborados com a participação direta dos Estados, de forma democrática,
os tratados internacionais trazem consigo a especial força normativa de regularem
matérias das mais variadas e das mais importantes. Além disso,os tratados
internacionais dão maior segurança aos Estados no que respeita à existência e
interpretação da norma jurídica internacional; ou seja, são a fonte do Direito
Internacional mais direta, clara e fácil de comprovar.
Daí a afirmação de Charles Calvo, nos idos de 1884, de que os tratados “são
incontestavelmente a fonte mais importante e mais irrecusável do direito internacional”,
tendo sido seguido por Joseph Nisot, que atestou serem os tratados “a fonte mais certa do
direito internacional”.
Como fontes do Direito Internacional geral merecem destaque os tratados
multilaterais, concluídos por grande número de Estados para declarar o seu
entendimento sobre determinado Direito vigente, regulamentar pro futuro e de
maneira nova sua conduta, ou ainda (3) com o fim de criar uma organização
internacional.
Os tratados internacionais são superiores às leis internas: eles revogam as
normas domésticas anteriores que lhes sejam contrárias e devem ser observados pelas
que lhes sobrevenham. Todas as leis posteriores – diz claramente Accioly – não devem
estar em contradição com as regras ou princípios estabelecidos pelos tratados; e,
finalmente, qualquer lei interna que com eles se relacionem deve ser interpretada, tanto
quanto possível, de acordo com o direito convencional anterior. Tal reconhecimento da
primazia do direito convencional sobre o Direito interno já foi consagrado – como se viu
Capítulo II, item nº 6 desta Parte I – por inúmeras Constituições contemporâneas e pela
prática internacional.
Número de partes. A simplicidade desta primeira chave classificatória contrasta com a
dimensão de sua importância, ao longo de todo o estudo do direito dos tratados. Aqui nada
mais se leva em conta que o número de partes, o número de pessoas jurídicas de direito das
gentes envolvidas pelo processo convencional. Diz-se bilateral o tratado se somente duas
as partes, e multilateral ou coletivo em todos os outros casos, ou seja, se igual ou
superior a três o número de pactuantes.
É evidente a bilateralidade de todo tratado entre Estado e organização internacional,ou
entre duas organizações, qualquer que seja o número de seus membros.
A organização, nessas hipóteses, ostenta sua personalidade singular, distinta daquela dos
Estados componentes.
Quando se fala de tratados internacionais, falamos da fonte principal do direito
internacional, é a fonte mais utilizada porque é precisa, escrita e retrata fielmente o que as
partes desejam.
“Deve ficar claroque o reconhecimento mútuo da personalidade internacional só
configura pressuposto necessário da celebração de tratados bilaterais.”
A ONU resolveu na década de 60 regulamentar os tratados internacionais, e propôs uma
reunião internacional para formar um tratado internacional sobre tratados → Convenção de
Viena, sobre direitos dos tratados de 1969. Até então, as regras para se realizarem os
tratados era uma prática costumeira, agora temos um roteiro, para saber como ele é e como
age.
Convenção de viena sobre direito dos tratados em 1985 destinando-se a Estados x
Organizações internacionais // Organizações internacionais x Organizações Internacionais
Não se define uma instituição desse porte, mas se conceitua.
é apenas um conceito preliminar simples mas que procura mostrar o que vem a ser tratado
internacional
→ Ato jurídico bi ou plurilateral (não se admite um tratato com apenas 1 pessoa, ninguém
faz acordo consigo mesmo) que sujeitos de DIP (não somente estados, mas também as
organizações internacionais) celebram entre si com o propósito de criar a relações jurídicas
mútuas, regidas pelo DIP.
→ Tratado é acordo, por isso precisa de 2 pessoas, não tem como fazer acordo consigo
mesmo. O tratado pode ser de várias áreas, o que se cria nesse tratado que é importante,
que é o objeto do tratado, tendo como primeira relação à jurídica, no qual será tratado com
mais importância.
Características:
→ Em geral o tratado é forma escrita, a regra é que ele seja escrito, mas há matérias das
mais simples que os tratados possam ser verbais. Na parte escrita há 3 estágios:
● Preâmbulo - Para que serve o preâmbulo da constituição? Ele é o começo, o resumo
daquele texto, está contando a história, os motivos pelos quais aquele texto está
sendo redigido, o preâmbulo induz o leitor a ser motivado para estar de acordo com
aqueles motivos, justificando o motivo de aquele tratado ou texto estar sendo
redigido.
● Parte dispositiva - também chamada de corpo articulado → conjunto de artigos.
● Anexos - contém matéria que não precisa ser necessariamente jurídica, mas serve
para ordenar as provas, para agrupar.
→ Oral - a oralidade dificulta a cobrar o direito, pois não há prova para a cobrança.
→ Um ou mais instrumentos
Classificação
1. Quanto às partes envolvidas no contrato
a. Bilateral → o que interessa é o número de interesses, que pode ser de
diversos países divididos em 2 blocos.
b. Plurilateral
2. Quanto a qualidade das partes
3. Quanto ao objeto:
a. Não militares
b. Militares
4. Quanto à natureza jurídica
a. Tratado lei
b. Tratado contrato
c. Tratado quadro
2º Bimestre
03/05/23
Condições de Validade
→ O que é preciso para que o tratado exista, o que vem acompanhado antes, durante e
depois para que o tratado seja regido.
→ Capacidade das partes: somente as pessoas capazes juridicamente podem fazer
tratados internacionais.
→ Habilitação do agente: significa que ao invés de chamar procuração, no plano
internacional, isso se chama carta de plenos poderes, geralmente funcionário público de
notoriedade e relevância, ou outro ministro de confiança. Quem recebe a carta de plenos
poderes, se chamará plenipotenciário, sem esta carta, somente o Chefe de estado, Chefe
de Governo e Ministro de relações exteriores, podem assinar tratados internacionais.
→ Consentimento: vontade recíproca que são explanadas por livre e espontânea vontade
das partes, sem que sejam coagidas a participar desse processo (elencado na convenção
de Viena de 69).
● Erro: Art. 48 diz que é um vício de consentimento, pois o consentimento tem que ser
livre, então quando há a violação não é puro, sendo sempre feito de boa - fé, quando
não há ciência daquilo que errou. Ex: obrigação de aceitar o tratado ou até por não
ter ciência do que realmente consiste o tratado.
● Dolo: Art. 49 diz que o dolo é um vício que o Estado é levado a fraudar algum
tratado, quando há a intenção de praticar esse dano, então nesse ato há malícia
subentendida do outro.
● Corrupção do agente: Art. 51. Quando o agente é comprado pela outra parte,
precisando de provas para pedir isenção do tratado (pagar alguém para fazer algo)
● Coação do agente: art. 51 diz que é um vício obrigar por meio de força ou de abuso
de poder, para que o agente faça aquilo que outrem deseja, tirando a liberdade de
agir do agente, ficando o tratado suspenso.
● Coação do Estado: consiste na prática de atos de violência ou ameaça, com
objetivo de favorecer a si ou outra pessoa, interferindo em processo judicial,
administrativo ou inquérito policial
Doutrin�
Plenipotenciários. Um terceiro dignitário possui ainda essa qualidade representativa
ampla: trata-se do ministro de Estado responsável pelas relações exteriores, em qualquer
sistema de governo. Aqui, porém, importa destacar certa distinção entre o ministro
especializado e as duas autoridades precedentes. A representatividade do chefe de Estado e
do chefe do governo pode entender-se originária, o que não sucede no caso do ministro, que
a tem derivada. Reina um generalizado sentimento da impropriedade de se ajustar ao chefe
de Estado, ou ao chefe do governo, o rótulo de plenipotenciário, visto que esta expressão
intuitivamente se assemelha a mandatário, e só parece adequada a quem se viu conceder
os plenos poderes — não a quem por natureza detém tais poderes, e a prerrogativa, inerente
ao cargo, de outorgá-los a outrem.
Ressalvada, assim, a plenipotência que, de modo amplo ou limitado — respectivamente —,
recai sobre o ministro das relações exteriores e o chefe de missão diplomática, é certo
que os demais plenipotenciários demonstram semelhante qualidade por meio da
apresentação da carta de plenos poderes. O destinatário dessa carta é, se bilateral a
negociação, o governo copactuante, e sua entrega deve preceder o início da negociação, ou a
prática do ato ulterior a que se habilita o plenipotenciário. O expedidor formal da carta de
plenos poderes é o chefe de Estado, não só nas repúblicas presidencialistas — em que lhe
incumbe simultaneamente a chefia do governo —, mas também, de modo geral, nos sistemas
parlamentares de governo.
O elemento credenciado pela carta de plenos poderes há de ser, normalmente, um
diplomata ou servidor público de outra área. A necessidade da credencial específica,
de todo modo, é tão certa nesse caso quanto no de um particular recrutado pelo governo
para o encargo negocial. Mesmo os ministros de Estado dela não prescindem — à
exceção do titular das relações exteriores.
Objeto juridicamente possível
→ O objeto tem que ser possível dentro da esfera do direito internacional, seguindo os
devidos tratados para que o objeto não seja ilícito ou que não vá em desacordo com o DI.
Processo de conclusão
→ Acordo para se chegar na normas de convenção, tendo como representação o chefe de
Estado ou o chefe de Governo para fazer a negociação dos termos dos tratados, mas sendo
dividido em secretarias para não sobrecarregar esse agentes, esse mandatários são
nomeados pelo próprio chefe de Estado (Ex:. diplomata).
Quem pode agir:
→ Chefe de Estado ou governo
→Plenipotenciários: todos aqueles que podem negociar em nome do governo (diplomata,
ministro das relações exteriores e etc)
→Delegações nacionais: comissões que representam o Estado em competições, experts,
grupos de peritos em áreas diversas.
Da negociação
→ Bilateral
● Idioma: nos casos de idiomas muitos distintos é elegido um idioma que seja mais
comum de aprendizagem (normalmente é em francês ou inglês).
● Local: negociação do lugar a ser tratado os certames (Ex:. acordo entre Alemanha e
Finlândia, uma parte do acordo pode ser realizado na capital da Finlândia e a outra
na Alemanha, ou vice versa).
→ Coletiva
● Idioma
● Local: os Estados se candidatam apresentando seus benefícios para serem
escolhidos como sede de evento
● Regulamento interno: o que pode ser feito e o que não pode.
● Projeto de um tratado
Adoção do texto
→ art. 9 e 10
10-05-2023
Consentimento
→ partes que estão negociando vão determinar que querem um possíveltratado
● Assinatura: rt. 11 da convenção de Viena
○ a manifestação do consentimento em geral é pela assinatura
comprometedora
● Ratificação: caráter discricionário, podendo ser condicional e sem tempo certo
○ importância: limites dos agentes, matéria e separação dos poderes.
○ Ex:. O poder executivo negocia um tratado e vai para o parlamento fiscalizar
(aprovar, não aprovar ou aprovar com reservas, que significa aceitar o
tratado exceto algumas cláusulas), encaminhando um instrumento de
ratificação para o Estado depositário.
● Adesão: quando um Estado não participa da negociação, mas entra no tratado,
normalmente é realizado quando o Estado ainda não foi formado (art. 15).
O aderente é, em princípio, um Estado que não negociou nem assinou o
pacto — e que assim não pode ratificá-lo —, mas que, tomado de interesse por ele,
decide tornar-se parte, havendo-se antes certificado da possibilidade do ingresso
por adesão.A adesão tem por objeto um tratado multilateral. Pactos bilaterais são
naturalmente fechados, e a possibilidade teórica de que um acordo a dois preveja e
comporte o ingresso de terceiro como parte não esconde a realidade da prática
internacional, demonstrativa de que nem todos os tratados coletivos são abertos,
mas virtualmente todos os tratados abertos são coletivos, ainda que de modesto
porte numérico,
→ a manifestação do consentimento em geral é pela assinatura comprometedora
→ critica: se o tratado é multilateral quem deve assinar primeiro?
Não importa quem assinar primeiro, mas o que o documento fala, qual a matéria do
documento, isso no plano internacional. Já no plano nacional, “doméstico”, isso tem uma
observação diferente.
Motivos de Acordos executivos possíveis no Brasil.
1. “que consignam simplesmente a interpretação de cláusulas de um tratado já
vigente”
2. “que decorrem, lógica e necessariamente, de algum tratado vigente e são como
que o seu complemento”.
3. modus vivendi, “quando têm em vista apenas deixar as coisas no estado em
que se encontram, ou estabelecer simples bases para negociações futuras”
Entrada em vigor
SEÇÃO 3 - ENTRADA EM VIGOR DOS TRATADOS E APLICAÇÃO PROVISÓRIA
ARTIGO 24 - Convenção de Viena - cópia do artigo
Entrada em vigor
1. Um tratado entra em vigor na forma e na data previstas no tratado ou acordadas
pelas partes.
2. Na ausência de tal disposição ou acordo, um tratado entra em vigor tão logo o
consentimento em obrigar-se por um tratado seja manifestado por todos os Estados
e organizações negociadores ou, se for o caso, por todas as organizações
negociadoras.
3. Quando o consentimento de um Estado ou de uma organização internacional em
obrigar-se por um tratado for manifestado depois de sua entrada em vigor, o
tratado, salvo disposição em contrário, entrará em vigor em relação ao Estado ou à
organização nessa data.
4. As disposições de um tratado relativas à autenticação de seu texto, à
manifestação do consentimento em obrigar-se pelo tratado, à maneira ou à data de
sua entrada em vigor, às reservas, às funções de depositário e aos outros assuntos
que surjam necessariamente antes da entrada em vigor do tratado, são aplicadas
desde a adoção do texto.
→ os tratados entram em vigor quando todos os países resolverem qual é a data, além de
esperar os outros tomarem conhecimento.
● art. 84 que trata da adesão - entrará em vigor no trigésimo dia da data da adesão ou
da aprovação.
● em outra hipótese os Estados mesmo estipulam uma outra data para a entrada em
vigor do tratado
Registro e publicidade
→ Carta da ONU: 102
● apresentar o tratado ratificado para a secretaria geral da nações unidas para que
fosse devidamente catalogada e publicada (sede da ONU). Portanto, é
imprescindível que seja registrado na ONU o tratado para que ele seja válido.
● caso ele não envie, ele não poderá invocar tal tratado para ele, não sendo
considerado válido.
→ Convenção de Viena: art 80
ARTIGO 80
Retificação de erros em texto ou em cópias autenticadas de tratados
1. Se, depois da autenticação do texto de um tratado, os Estados e organizações internacionais signatários e os
Estados e organizações contratantes concordarem em que nele existe erro, este, salvo disposição em contrário,
será corrigido:
a)mediante a retificação no próprio texto, rubricada pelos representantes
devidamente credenciados;
b)mediante a elaboração ou troca de instrumentos em que estiver consignada a
retificação que se convencionou fazer no texto;
c) mediante a elaboração de um texto retificado da totalidade do tratado, segundo o processo
utilizado para o texto original.
2. Se o tratado tiver um depositário, este deve notificar aos Estados e organizações internacionais signatários e
aos Estados e organizações contratantes a existência do erro e da proposta de retificação e fixar um prazo
apropriado dentro do qual podem ser formuladas objeções à retificação proposta. Se, expirado o prazo:
a) nenhuma objeção tiver sido feita, o depositário deve efetuar a retificação do texto,
rubricá-lo e lavrar a ata de retificação do texto e remeter cópias às partes e aos Estados e
organizações com o direito de se tornarem partes no tratado;
b) uma objeção tiver sido feita, o depositário deve comunicá-la aos Estados e organizações signatários e
aos Estados e organizações contratantes.
3. As regras enunciadas nos parágrafos 1º e 2º aplicam-se igualmente quando o texto autenticado em duas ou
mais línguas apresentar uma falta de concordância que, de acordo com os Estados e organizações
internacionais signatários e os Estados e organizações contratantes, deva ser retificada.
4. O texto retificado substitui ab initio o texto defeituoso, salvo decisão em contrário dos Estados e organizações
internacionais signatários e dos Estados e organizações contratantes.
5. A retificação do texto de um tratado registrado será notificada à Secretaria das
Nações Unidas.
6. Quando um erro for notado numa cópia autenticada de um tratado, o depositário deve lavrar uma ata de
retificação e remeter cópias aos Estados e organizações internacionais signatários e aos Estados e
organizações contratantes.
Revisão dos tratados internacionais
→ bilateral: consenso
● só há a necessidade do acordo e da assinatura de 2 partes
→ multilateral: somente nas relações mútuas
● No caso de haver divergência sobre o consenso, mesmo que sejam contra só por
exemplo 2 Estados, prevalecerá a revisão somente naqueles que adotaram a
revisão. Portanto, aqueles que aceitaram a revisão se forem tratar entre si será
aceito a nova regulamentação, mas caso eles venham negociar com aqueles que
foram contra, prevalecerá a antiga regulamentação.
Interpretação
→ pelas partes, o que se pode mexer:
● será procurado no passado para que seja a base para a criação de uma lei
● observar a intenção das partes pelo texto e pelas atas.
● interpretação gramatical
17-05-2023
Correção da prova
Parte 1:
1) B - a declaração não é de caráter obrigatório
2) E - NDA
3) E - mais de 1 alternativa está incorreta
4) C
5) A
6) D
7) A
8) E
24/05/2023
Direitos e deveres
→ Quando se fala em direitos humanos falamos em 3 fundamentações:
● Fundamentais (independência): amparado pela via constitucional
○ Direito à liberdade (soberania)
○ Aspecto interno: autodeterminação
○ Aspecto externo: igualdade, respeito mútuo, direito de declarar guerra, direito
de fazer tratados e etc.
○ A interdependência econômica é uma relação forte entre os países, pq
nenhum país consegue produzir tudo que consome
○ Parágrafo 3° do art. 27 da carta da ONU, fala sobre certa desigualdade no
que se refere aos países permanentes, atribuindo um direito de veto a eles,
mas não sendo prescrito na carta e sim uma atribuição implícita.
“3. As decisões do Conselho de Segurança, em todos os outros assuntos, serão tomadas pelo
voto afirmativo de nove membros, inclusive os votos afirmativos de todos os membros
permanentes, ficando estabelecido que, nas decisões previstas no Capítulo VI e no parágrafo
3 do Artigo 52, aquele que for parte em uma controvérsiase absterá de votar.”
● Derivados: amparado pela órbita internacional
○ Igualdade
■ Cada estado com voto de igual valor
■ Nenhum Estado pode reclamar da jurisdição do outro
■ Essa igualdade se manifesta no direito de voto
○ Respeito mútuo
“O respeito mútuo define-se como o “direito, que tem cada estado, de ser tratado
com consideração, pelos demais estados, e de exigir que os seus legítimos direitos,
bem como a sua dignidade moral e a sua personalidade física ou política, sejam
respeitados pelos demais membros da comunidade internacional”. Na prática,
contempla o direito de ter seus símbolos, território, instituições, segurança e
população respeitados.”
■ Não violar fronteira, pq caso isso aconteça vc faz um ilícito, sendo
descumprimento do tratado
■ Acolhimento de estrangeiros -
■ Prestar honras/ respeitar símbolos nacionais (art. 13, parágrafo 1° e
2° da CF) - a bandeira é o distintivo nacional, trazendo representação
ao seu país no âmbito internacional.
■ Cortesia internacional
■ Prerrogativas do chefe de Estado e governo e os agentes
diplomáticos
○ Reclamação internacional
■ Protesto
■ Pedido de arbitragem
■ Recurso às cortes internacionais
○ Defesa conservação
Por exemplo, para países situados próximos a outros mais poderosos e tendentes à
beligerância ou regiões de guerra, a garantia deste direito assume prioridade excepcional em relação
aos demais. De todo modo, o exercício é sempre limitado à existência e conservação dos outros
estados; mesmo nas hipóteses de legítima defesa (nesse ínterim, é dado aos estados travarem
alianças defensivas, como as já mencionadas confederações). A conservação, contudo, também
abrange a ordem interna. A segurança nacional justifica, por exemplo, a instituição de legislação
penal específica, ações policiais, a expulsão de indesejáveis ou impedimento à imigração.
■ Não se confunde com legítima defesa.
■ Posso ter uma força armada para se defender de possível agressão e
conservar o que já se tem.
■ Alianças defensivas
■ Organizar leis e tribunais para expulsar estrangeiros nocivos, aplicar
penas terroristas, impedir ingresso de certos estrangeiros e etc.
● Humanitário: tratado em um conflito armado, visa proteger os direitos humanos.
→toda pessoa que é independente é livre, não está atrelada a nenhuma força, por isso a
ideologia de liberdade e independência colocadas como atributo de uma soberania.
Restrições aos direitos
→ Imunidades de jurisdição
● Poder de Estado, nenhum Estado fica subjugado a outro.
Exemplo: O Brasil, marco de mudança de 1989, uma pessoa com uma missão
diplomática, violou direitos trabalhistas, então era necessário uma
responsabilização destes atos. Nos atos de gestão, passíveis de decisões em
jurisdição de conhecimento, não de execução. Ato de execução, necessário a
relação diplomática, ou auxílio da jurisdição do outro Estado, pois não é de nossa
jurisdição executar casos em outro território.
A imunidade de Jurisdição tem ação costumeira no Brasil, não há tratados que
regulamentam essa questão.
→ Capitulação
● Conjuntos de privilégios e garantias dadas aos estrangeiros e não concedidas aos
nacionais
● Ex:. Juiz conservador da nação inglesa
→Servidões
● Limita soberania por meio de tratados
○ Positiva: permissão de base militar
■ Pescar em águas territoriais
○ Negativa
■ Compromisso de não exercer certos direitos.
■ Ex:. Não construir fortes as margens de um rio internacional divisor de
dois estados, quando houver um tratado entre ambos de navegação
● Arrendamento
○ Estado recebe uma compensação
○ Título oneroso: Canal do Panamá, onde EUA pagavam quantia ao governo
do Panamá
● Neutralidade permanente
○ Não fazer algo obrigatório a todos os Estados
○ Ex:. Suíça, que não participa da ONU porque sua constituição não lhe
permite enviar tropas para fora do território
○ Os países da América em geral são obrigados a defender os outros países
americanos
Deveres
→ obedecer os tratados, as sentenças, as fronteiras e etc.
→ Morais:
● Assistência mútua, boa fé, respeito às decisões dos tribunais internacionais, proibir
atos de agressão a outros estados e a partir de seu território
→ Jurídicos:
● Respeitar existência dos demais estados
● Observar tratados e demais regras de direito internacional
→ Não intervenção
● Por intervenção, pode-se dizer atos abusivos com fim de usurpar prerrogativas
soberanas de outro estado, ou seja, imposição de uma vontade estranha a outro
sujeito da DIP.
“O direito à não intervenção diz respeito ao livre exercício da vontade soberana.
Noutras palavras, o direito de poder gozar de todos os demais direitos sem sofrer
imposições arbitrárias. Contudo, destaca-se que este direito não é absoluto, contemplando
exceções (como a legítima defesa e a defesa de direitos humanos violados, por exemplo).”
A intervenção Humanitária, é permitida nos Direitos Humanos, essa é uma exceção de
direito a intervenção, quando este direito esta sendo infringido em algum Estado.
O princípio da não intervenção é a base dessa doutrina (ESTRADA, 1930), que não
proíbe, observe-se bem, a ruptura de relações diplomáticas com qualquer regime cujo
perfil político ou cujo modo de instauração se considere inaceitável. Cuida-se apenas,
segundo Estrada, de evitar a formulação abusiva de juízo crítico ostensivo sobre governo
estrangeiro. Assim, a outorga de reconhecimento era para ele tão funesta quanto sua
recusa: em ambos os casos as potências estrangeiras teriam praticado ato interventivo no
domínio dos assuntos internos do Estado em questão.
● Um exemplo disso é a Suíça que não intervém em questões bélicas
○ Exceções:
■ Diplomáticas
■ Armadas
■ Individual
■ Coletiva
■ Motivos de humanidade, sendo eles os abusos de guerra civil,
quando provocada abuso de autodeterminação principalmente de
outros povos, proteção de interesses, direitos de estado, cidadãos
estrangeiro, intervenção coletiva quando amparada pela ONU.
31/05/2023
Responsabilidade dos Estados
Conceito
170. Conceito. O Estado responsável pela prática de um ato ilícito segundo o direito
internacional deve ao Estado a que tal ato tenha causado dano uma reparação adequada. É
essa, em linhas simples, a ideia da responsabilidade internacional. Cuida-se de uma relação
entre sujeitos de direito das gentes: tanto vale dizer que, apesar de deduzido em linguagem
tradicional, com mera referência a Estados, o conceito se aplica igualmente às organizações
internacionais. Uma organização pode, com efeito, incidir em conduta internacionalmente
ilícita, arcando assim com sua responsabilidade perante aquela outra pessoa jurídica de
direito das gentes que tenha sofrido o dano; e pode, por igual, figurar a vítima do ilícito,
tendo neste caso direito a uma reparação.Rezek, José Francisco, 2011
→ Violação da norma = dever de reparar
→ Quando o estado não cumpre seus deveres tem que arcar com as responsabilidades.
→ Quem vai decidir isso? é complicado pois não possui lei para reger especificamente isso.
→ Não existe tratado sobre responsabilidade
Fundamento
Fundamento. Não se investiga, para afirmar a responsabilidade do Estado ou da
organização internacional por um ato ilícito, a culpa subjetiva: é bastante que tenha havido
afronta a uma norma de direito das gentes, e que daí tenha resultado dano para outro
Estado ou organização. Muitos são os casos em que a falta consiste apenas na insuficiência
de zelo e diligência no tocante à preservação da ordem pública (daí resultando injúria sobre
pessoas ou bens estrangeiros), ou à garantia de segurança em áreas pelas quais o Estado é
responsável, como seu mar territorial. Igualmente certo, contudo, é que não se admite em
direito das gentes uma responsabilidade objetiva, independente da verificação de qualquer
procedimento faltoso, exceto em casos especiais e tópicos, disciplinados por convenções
recentes. Rezek, José Francisco, 2011
→ Violação da norma= reparação
→ Precisa imaginar quais são os elementos que compõem a responsabilidade
● ato ilícito - regência mínima doutrinária, sendo oato contrário ao direito
internacional.
● imputabilidade - será imputado o ato ilícito ao estado, mas nem todos, diante de um
fato que é ilícito nem sempre se pode vincular esse ato ao estado, então a autoria
do estado e … (completar com a ajuda do áudio)
A imputabilidade. A ação ou omissão caracterizada como ilícita à luz do direito das
gentes deve ser imputável a uma pessoa jurídica inscrita nessa mesma ordem, ou
seja, a um Estado ou a uma organização internacional. Diz-se indireta a
responsabilidade quando o Estado responde pelo ilícito provocado por dependência
sua (tal era o caso dos territórios sob tutela ou protetorado), como na hipótese de
associação (Porto Rico em relação aos Estados Unidos da América), e também nos
modelos federativos. Desse modo, a província federada, embora tenha aquilo
que chamamos de personalidade jurídica de direito público interno, é
inidônea para figurar numa relação internacional: o ilícito que tenha
causado será de responsabilidade da soberania a que se subordina.
Direta, por outro lado, é a responsabilidade do Estado pela ação de seus órgãos de
qualquer natureza ou nível hierárquico: não está excluída a possibilidade de
imputar-se ao Estado o ilícito resultante do exercício de competências legislativas
ou judiciárias.
A ação hostil de particulares não compromete, por si mesma, a responsabilidade
internacional do Estado: este incorrerá em ilícito somente quando faltar a seus
deveres elementares de prevenção e repressão. Se contudo a ordem pública for
turbada por acontecimentos próximos de criar clima de guerra civil, o Estado
estará eximido de seus deveres normais caso alerte os estrangeiros para sua
impossibilidade de preservar a paz social no território ou em parte dele, e para a
consequente conveniência de que se retirem.Rezek, José Francisco, 2011
● dano
Não há falar em responsabilidade internacional sem que do ato ilícito tenha
resultado um dano para outra personalidade de direito das gentes. O dano,
entretanto, não será necessariamente material, não terá em todos os casos uma
expressão econômica. Existem, como veremos, danos imateriais de variada ordem,
suscetíveis de justificar, por parte do Estado faltoso, uma reparação também
destituída de valor econômico.
→ Manifestação
→ Atos dos 3 poderes
● Legislativo: legislar
○ No âmbito internacional é analisada as questões humanas, ambientais e etc,
para se verificar se a lei incorporada por aquele país, não está indo contra os
tratados.
○ Ex:. Caso Alabama → guerra civil nos EUA.
● Executivo
○ Negocia
● Judiciário
○ Não se envolve, pelo princípio de que se ele emitir o juízo de valor dele
anteriormente, não poderá ser chamado para dirimir uma divergência, pois
não será mais imparcial.
→ Atos de particulares
● Militante que queima a bandeira do país estrangeiro, fazendo com que se concretize
um ato ilícito, podemos verificar que quem praticou o ato ilícito foi um particular,
então a princípio o Brasil não pode ser responsabilizado, a não ser que tenha
alguma entidade policial envolta do local, então ele pode ser responsabilizado pela
inércia diante do fato. Então na primeira hipótese é imputado ao particular o ato
ilícito, mas na segunda hipótese é imputado ao estado o fato da omissão perante o
crime.
Excludentes
→ Legítima defesa
● Quando um país invade o outro ou ataca outro em legítima defesa
→ Represálias
● Ato ilícito de repressão, mas sendo justificado.
● Ex:. Um país que deve outro, mas não paga, o país credor bloqueia um porto
importante do país devedor, sendo esse um ato de represália, mas com justificativa
de inadimplência, então a responsabilidade recai sobre o país devedor.
→ Prescrição
● Existe somente um conceito, mas não um prazo definitivo, pois a vida do homem é
finita, só que do Estado não.
→ Força maior
● Quando a um ato falho, sem culpa daquele que pratica, então se deduz força maior,
ainda que outras vidas corram risco de morte.
→ Consentimento
Reparação
→ Restitutio in integrum
● Restituição integral
● Caso tenha perda total do bem, é só dar outro do mesmo gênero no lugar
→ Sanções internas
● atos falhos de funcionários internos que falam informações incompletas que acabam
prejudicando o terceiro.
○ a sanção será aplicada na jurisdição do país em que o funcionário está a
trabalho
→ Natureza moral: satisfações/desculpas
● Provocação de um dano, mesmo que imputável, pede desculpas pelo problema.
● Ofensa leve sem valor monetário.
→ Indenização: danos direitos
● Dano diretos nos quais exigem ressarcimento
● Nexo de causalidade pelo prejuízo do ato.
Proteção diplomática
→ diferente de asistencia consular
→ é quando um Estado assume como seu um dano produzido por outro Estado a um
particular seu
→4 elementos
● ato ilícito
● imputabilidade
● esgotamento dos recursos internos
○ Quando a empresa esgota todos os seus recursos internos e precisa recorrer
ao seu país para ser amparado (sua empresa continua com o prejuízo).Neste
caso a CIJ, vai conceder o direito a empresa americana, pois não seria justo
conceder o direito para outra empresa, sendo que esta já havia se
estabelecido, no máximo o que poderia ser feito é a substituição.
○ Ex:. ARAMCO, caso Lamia.
● dano
→ Não tem tratado para a proteção diplomática, então quem pode ter direito?
Nós os súditos brasileiro que pedimos, fica na norma costumeira, então na falta de regra
aplica-se o costume e para os nacionais preferencialmente.
→ Na proteção diplomática o Direito é do Cidadão, faculdade do estado. A concessão é
discricionária. Vai estar em curso outros interesses
→ Quando se pode pedir a proteção diplomática:
1. Dano - ocorre dentro do território nacional da diplomacia, com a mesma
nacionalidade.
2. Cobrar
→ Entre o dano e o pedido da cobrança deve ter a mesma nacionalidade, é uma regra
costumeira.
● O que não impede o Brasil por exemplo dar uma proteção diplomática para um
boliviano, contra o Paraguai, em casos de Direitos Humanos, pois não existe regra
proibindo.
Ex - Brasileiro deve 100 mil á portugal, existem vários recursos que podem eximir da dívida,
a ideia é sempre esgotar os recursos internos, para que eu não mova uma ação para
resolver algo que poderia ser resolvida amistosamente.
Seção II — IMUNIDADE À JURISDIÇÃO ESTATAL
Na atualidade vigem a propósito, com aceitação generalizada, duas convenções celebradas
em Viena nos anos sessenta, uma delas sobre relações diplomáticas (1961), outra sobre
relações consulares (1963).
À parte o tema dos privilégios, as duas convenções encerram normas de administração e
protocolo diplomáticos e consulares, dizendo da necessidade de que o governo do Estado
local, por meio de seu ministério responsável pelas relações exteriores, tenha exata notícia
da nomeação de agentes estrangeiros de qualquer natureza ou nível para exercer funções
em seu território, da respectiva chegada ao país — e da de seus familiares —, bem como da
retirada; e do recrutamento de residentes locais para prestar serviços à missão. Essa
informação completa é necessária para que a chancelaria estabeleça, sem omissões, a lista
de agentes estrangeiros beneficiados por privilégio diplomático ou consular, e a mantenha
atualizada: afinal, só o chefe da missão diplomática, com a categoria de embaixador,
apresenta suas credenciais solenemente ao chefe de Estado, e deste se despede ao término
de seu período representativo. As convenções disciplinam, por igual, aquilo que pode
suceder quando o Estado local deseja impor a retirada de um agente estrangeiro — e que
leva por vezes o título impróprio de “expulsão”. Cuida-se, em verdade, de uma disciplina
sumária: sem necessidade de fundamentar seu gesto, o Estado local pode declarar
persona non grata o agente inaceitável, com o que o Estado acreditante (o Estado de
origem) deve imediatamente chamá-lo de volta.
O diplomata representa o Estado de origem junto à soberania local, e para o trato
bilateral dos assuntos de Estado.
Já o cônsul representa o Estado de origem para o fim de cuidar, no território ondeatue,
de interesses privados — os de seus compatriotas que ali se encontrem a qualquer título, e
os de elementos locais que tencionem, por exemplo, visitar aquele país, de lá importar bens,
ou para lá exportar.
Privilégios diplomáticos. No âmbito damissão diplomática, os membros do quadro
diplomático de carreira (do embaixador ao terceiro-secretário) gozam de ampla
imunidade de jurisdição penal e civil.
Os membros do quadro administrativo e técnico (tradutores, contabilistas etc.), desde
que oriundos do Estado acreditante, e não recrutados in loco, distinguem-se dos
diplomatas no que concerne à imunidade de jurisdição civil, aqui limitada aos atos
praticados no exercício de suas funções.
Todos são, ademais, fisicamente invioláveis, e em caso algum podem ser obrigados a depor
como testemunhas. Reveste-os, além disso, a imunidade tributária.
Em matéria penal, civil e tributária, os privilégios dos agentes dessas duas
categorias estendem-se aos membros das respectivas famílias, desde que vivam sob sua
dependência e tenham, por isto, sido incluídos na lista diplomática.
Pessoal de serviços → Apenas aos seus atos de ofício, à sua estrita atividade funcional— o
que significa que, neste caso, não cabe falar em extensão do privilégio ao grupo familiar.
São fisicamente invioláveis os locais da missão diplomática com todos os bens ali
situados, assim como os locais residenciais utilizados pelo quadro diplomático e pelo
quadro administrativo e técnico.
Esses imóveis, e os valores mobiliários neles encontrados, não podem ser objeto de
busca, requisição, penhora ou medida qualquer de execução. Os arquivos e documentos da
missão diplomática são invioláveis onde quer que se encontrem.
Aspectos da imunidade penal. Está visto que os diplomatas e integrantes do pessoal
administrativo e técnico da missão diplomática gozam de imunidade penal ilimitada,
que se projeta, de resto, sobre os membros de suas famílias. Desse modo, até mesmo um
homicídio passional, uma agressão, um furto comum estarão isentos de processo
local, isso não livra o agente da jurisdição de seu Estado patrial.
O consules somente os atos de ofício, sendo assim fica sujeito a penalização.
→ prova dia 23/06
07/06/2023
RECONHECIMENTO DE ESTADOS
→ Se dá a um Estado novo
Natureza declaratória do reconhecimento de Estado. O reconhecimento de que aqui
cuidamos é o ato unilateral — nem sempre explícito — com que um Estado, no uso de sua
prerrogativa soberana, faz ver que entende presentes numa entidade homóloga a
soberania, a personalidade jurídica de direito internacional idêntica à sua própria, a
condição de Estado. Já se terá visto insinuar, em doutrina, que os elementos constitutivos do
Estado não seriam apenas o território, a população e o governo: a soberania seria um
quarto elemento, e teríamos ainda um quinto e último, o reconhecimento por parte dos
demais Estados, ainda que não necessariamente de todos os outros. Essa teoria extensiva
encerra duplo erro. A soberania não é elemento distinto: ela é atributo da ordem jurídica, do
sistema de autoridade, ou mais simplesmente do terceiro elemento, o governo, visto este
como síntese do segundo — a dimensão pessoal do Estado —, e projetando-se sobre seu
suporte físico, o território. O reconhecimento dos demais Estados, por seu turno, não é
constitutivo, mas meramente declaratório da qualidade estatal. Ele é importante, sem
dúvida, na medida em que indispensável a que o Estado se relacione com seus pares, e
integre, em sentido próprio, a comunidade internacional. Mas seria uma proposição teórica
viciosa — e possivelmente contaminada pela ideologia colonialista — a de que o Estado
depende do reconhecimento de outros Estados para existir. A boa tese, a tal propósito, teve o
privilégio de estampar-se em norma de direito internacional positivo, o art. 12 da Carta da
Organização dos Estados Americanos
Rezek, José Francisco, 2011
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
→ Nascimento de um estado independe de ação dos demais
● Cada um tem sua história
● O Brasil surge como Estado em 1816
● O DI não cria Estado, eles vão surgindo, mas não do nada. Geralmente como
colônia e depois vão se tornando Estado soberano.
→ Pressupõe existência anterior do estado reconhecido
● Um Estado pode existir só do ponto de vista jurídico, mas pode não existir do ponto
de vista político.
2. CONCEITO
→ Ato unilateral pelo qual os estados (cada um por si) admitem a existência de outro,
demonstrando sua vontade de considerá-lo membro da comunidade internacional.
● Quem faz o reconhecimento é outro Estado
● Um Estado só trata de relações com outro Estado
3. QUANDO OCORRE
- Regra para ser considerado Estado:
● Território fixo e delimitado
● Governo soberano
● Elemento humano
→ é ato de soberania
● Se é ato de soberania então eu decido quando. Os atos representados pelos atos do
poder executivo são atos adm.
● Então o estado emite um ato de reconhecimento, ou seja, um ato administrativo
reconhecendo o outro.
→ Questão de oportunidade e discricionariedade
→ Não deve ser prematuro (doutrina e prática)
→ Povo é qualidade, sendo uma condição de ser. A constituição no seu art. 12 que indica
quem é povo (natos e naturalizados)
4. REQUISITOS
Governo
→ independente de outro estrangeiro
● é um governo que tem vida própria, independente de qualquer outra pessoa.
→ Autônomo na conclusão dos negócios estrangeiros
● autônomo no sentido de eu poder agir sozinho, em relação aos negócios
estrangeiros.
→ Autoridade efetiva sobre o território e população
● Tem que exercer sobre seu povo, fazendo ser válida suas normas, exercer seu
poder jurisdicional.
Território
→ Delimitado
● Exemplo: um território como a Palestina, que são os palestinos, ninguém o
reconhece, vários não o reconhecem, então quando um território é disputado por 2
partes, é difícil reconhecê-lo, pois não se sabe qual parte irá ganhar.
→ Não importa a origem do estado
5. NATUREZA JURÍDICA
a) Teoria constitutiva (um ato constitutivo do Estado, com registro de reconhecimento, todas
as vezes que for reconhecido, será dado como nascimento nessa teoria) Não justifica o
motivo de que se possa nascer vaŕias vezes.
● A personalidade jurídica é dada pelo reconhecimento, exceto quando o estado dá
independência à colônia
CONTRADIÇÕES COM A PRÁTICA
→ É ato retroativo → violação da norma sem sanção
→ Recriação indefinida
→ Irresponsabilidade do não reconhecido
→ Estados impõem sua personalidade mesmo para quem não o reconheceu
→ Controle pelos estados já existentes
Teoria declaratória
→ Ato de constatação
● como no estágio, eles pedem uma declaração de matrícula.
● seria o reconhecimento, um ato de reconhecimento de um Estado não constitui um
estado, só o declara.
Demais itens que podem ser cobrados na prova…mas não foi dado em sala de aula.
6. CARACTERÍSTICAS
→ Incondicional (Carta da OEA, 12 e 13)
→ Ato unilateral
→ Ato irrevogável: não pode ser retirado discricionariamente
● Uma vez que um estado reconhece o outro, só deixa de existir se aquele que foi
reconhecido morre ou deixa de existir.
→ Ruptura diplomática não implica retirada
● quando os EUA rompeu relações com cuba, o reconhecimento continuou.
→ Ato discricionário (aspectos político-jurídicos)
● Um ato administrativo produzido pelo poder executivo. Não se pode cobrar este ato,
pois ele pode não ser oportuno naquele momento o reconhecimento.
→ Ato retroativo
● Quando os EUA reconheceram Angola 10 anos depois, eles reconhecem que surgiu
na antiguidade, não no momento que eles decidiram reconhecer. Retroage ao ato
real do reconhecimento do estado.
7. MODALIDADES
→ expresso
● Quando o país declara em documento único ou específico, declarando a existência.
→ tácito
● eu não escrevo uma linha, mas eu travo uma relação convencional com ele, eu firmo
um tratado internacional com ele, eu envio uma missão diplomática para lá, é
implícito que fiz o reconhecimento
→ individual
● via de regra é individual, mas pode ter coletivo.
→ coletivo
● O Uruguai foi reconhecidocoletivamente entre a Argentina e o Brasil.
8. RECONHECIMENTO DE GOVERNO
→ Pressupõe que estado já reconhecido
● Implica algumas discussões. Não deve ser prematura no reconhecimento de
rupturas, por haver muitos golpes de Estados.
● Alguns países podem não reconhecer alguns governos com rupturas constitucionais,
então eles não querem ser prematuros de reconhecerem aquele governo (tomada
de poder de forma violenta).
→ Houve algum acontecimento na ordem interna
● Golpe de estado → Ex. Turquia (ditadura)
● Fraude de eleições, que mudam a ordem interna do Estado. Se torna um risco ao
governo que apoia o novo governo, pois fortalece o novo governo, inclusive para
atacar o Estado apoiador.
TEORIAS - Deveria ser, mas nem sempre é…
→ TOBAR - (1907- EQUADOR) - aprovação popular
● Era ministro de relações exteriores do Equador em 1907
● Brasil se manteve coeso, sem tomar briga de países vizinhos em disputas de
recursos materiais ou poderes, assim ele se manteve isento das brigas e das
instabilidades políticas internacionais.
● a ideia de Tobar era que as potências de fora quando forem reconhecer um governo
era analisar as circunstâncias desse governo, se o povo apoia o governo, ou seja,
precisa consulta a vontade popular
→ ESTRADA - (1930 - México) - não intervenção nos negócios internos dos estados
● Para ele não deveria existir o reconhecimento do governo pois é uma ingerência
● Teorias de reconhecimento de novo Estado: Art. 4° da Constituição Federal - Trata
especificamente das relações internacionais.
○ Independência Nacional (Constituição do país)
○ Prevalência dos Direitos Humanos (será visto futuramente)
○ Autodeterminação dos povos como princípios da constituição.
○ Não intervenção, o ato de reconhecer o governo é do país, do povo, eles que
escolherão se deve-se admitir o novo governo ou não.
14/06/2023
Órgão das relações entre estados
→ é a diplomacia, ela é necessária pq o estado é uma abstração. Equivalente à procuração,
no ato jurídico.
● Essa abstração precisa ter o elemento carnal, a matéria, as estruturas, para que
todos os estados se relacionem com mais ou menos a mesma intensidade.
● A partir da idade moderna para cá, que é o surgimento dos estados, veremos uma
nova diplomacia.
A) ÓRGÃOS CENTRAIS - Constituição de cada estado enumera
● Relações complexas, porém, mais duradouras.
● Representantes que são enviados para ficarem permanentemente em outros países,
para que a diplomacia se torne também permanente.
● Os órgãos de relações exteriores sofreram 2 partes:
○ centrais núcleo puro do poder que estão a seguir
B) QUEM SÃO (núcleos puros do poder):
● Chefes de estado/governo
○ representação original do país (no brasil é o presidente - chefe de estado e
de governo, como regime parlamentar)
○ Nos países monárquicos existe um presidente, eleito.
● Primeiro-ministro
○ geralmente é um órgão protocolado ele não governa.
○ e o primeiro ministro, este representa o Estado, ele é um órgão protocolar
● Min. Rel. Exteriores
○ Esse é um órgão que é parte do executivo, ele é o segundo na linha, apenas
para relações externas ao Estado.
● Outros Ministérios
○ só atuam internamente, intra fronteiras:
■ Políticas Educacionais, cultura, fazenda, planejamento, judiciário, que
tem atuação interna. Dependendo da agenda de compromisso eles
podem representar sua pasta, desde que o evento aborde o tema
específico.
→ São regulamentados pelas respectivas normas constitucionais, não existe regra, cada
país que decide.
C) CHEFE DE ESTADO / CHEFE DE GOVERNO: o mais credenciado (no Brasil é o
presidente)
→ Prerrogativas: decorrem da imunidade de jurisdição
● Em qualquer país do mundo, são decorrentes da imunidade de jurisdição, ou seja,
não ficamos submetidos à jurisdição de outro país.
→ Não-extraterritorialidade > falta jus imperii
● Fora do território - A norma de um outro país (Bolívia), produz efeito em outro
(Brasil), conforme a lei de introdução, onde for domiciliado, relativo a sua
personalidade jurídica, o juiz brasileiro deve aplicar a lei estrangeira, de acordo com
o domicílio ( EX. Bolívia)
● Soberania, quer dizer que o órgão não se submete a outra lei que não a sua, é isso
que ordena a lei diplomática.
● Imunidade de jurisdição civil: exceto para ações s/ imóveis no estrangeiro -
Ex. Fernando Henrique Cardoso, possui apartamento na França, ser cobrado
com as leis locais sobre o imóvel
○ Simples particular - para o imóvel adquirido pela pessoa do
Fernando Henrique, não se aplica a regra de atuação de presidente,
mas a de simples particular, não tem imunidade de jurisdição. Assim
também funciona nos casos de herança.
○ Relativas a heranças
● Imunidade de jurisdição penal: completa - Matar presidente de outro país,
mesmo estando no país que não é o seu de origem, lei penal não incide
sobre ele no estrangeiro, assim como seus familiares. Expulsão, mas não
condenação segundo as leis do país onde o crime foi cometido.
○ Estende-se à comitiva / familiares acompanhantes
● Inviolabilidade: pessoal - não posso tocar na figura do chefe de estado do
país estrangeiro.
○ Documentos - não posso ler seus documentos
○ Residência / condução - Local onde está hospedado, ou mesmo
ficando em imóvel próprio, quando a viagem for oficial.
○ Invadir a residência não é permitido, enquanto na função de
representante de Estado.
● Isenção fiscal (imunidade diplomática): impostos diretos - mesmo o chefe de
estado que comprar alguma coisa que está fora do protocolo, ele paga com o
próprio dinheiro, impostos diretos aplicados sobre a transação. Os impostos
indiretos, que não é possível identificar no momento da transação, será pago
pelo chefe de estado.
○ Aplica-se as acompanhantes
D) MINISTRO DE RELAÇÕES EXTERIORES - mesma função do Chefe de Estado.
→ é quem realmente conduz a política externa
● FUNÇÕES: designar agentes
○ Assinatura de convênios
○ Proteger interesses do estado no estrangeiro
○ Conferência com representantes estrangeiros - Convocada pelo ministro das
relações exteriores, interesses políticos comerciais com outros estados.
● PRIVILÉGIOS: os mesmos dos agentes diplomáticos
E) AGENTES DIPLOMÁTICOS
→ início com a anuência dos estados interessados
→ tem lugar apenas entre sujeitos de dip
→ Como se processam:
● I - MISSÕES PERMANENTES: embaixadas ou legações
○ composição:
■ Chefe da missão - um diplomata, um ministro, ele representa o país.
■ Membros do pessoal:
● diplomático (funcionário de carreira) , administrativo e técnico
(tradutores, criptógrafos - mensagens codificadas, etc.) e de
serviços (cozinheiro, limpeza etc.) - grandes potências não
contratam para esses serviços pessoas do local, vão trazer de
outros
○ Chefe da missão - cargo de confiança (Deve ser autorizado pelo Estado que
receberá o Embaixador em seu país)
■ não é ingerência nos assuntos do Estado acreditado
■ Funções artigo 3
○ Formas de representação
■ Comum (art. 5 )
● O Estado poderá nomear 1 chefe de representação
■ Múltipla (art. 6)
● Quando se unem alguns Estados soberanos para nomear uma
pessoa que representará todos os Estados (exemplo, Costa
do Marfim, Serra Leoa e Camarões, por não terem condições
de manter 3 embaixadas, se unem e enviam um representante
para os 3, com aprovação do país que receberá a embaixada)
● II MISSÕES TEMPORÁRIAS
○ tratar de questões determinadas
○ Características : caráter representativo
■ Bilateral
■ Limitada
■ Provisória
■ Consensual
■ Independe de prévias relações diplomáticas
● III PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES
○ inviolabilidade pessoal : não pode ser preso/detido circulação impedida só
por motivos de segurança nacional
○ imunidade de jurisdição : penal / civil
○ Isenção tributária
○ Estendem-se aos familiares
○ Pessoal técnico-administrativo
○ Pessoal de serviço : imunidade relativa aos atos praticados no exercício das
funções
● IV PRIVILÉGIOS DAS MISSÕES
○ liberdade de comunicações oficiais
○ inviolabilidade dos locais da missão asilo diplomático
● V- CÔNSULES
○ papel administrativo
○ não são representantes políticos dos estados
○ consentimento mútuo○ independe de relações diplomáticas
○ requerem o EXEQUATUR
○ HONORÁRIOS (electi) - nacional do estado de recepção
○ DE CARREIRA (missi) - nacional do estado de envio
○ PRIVILÉGIOS:
■ inviolabilidade pessoal - pode ser preso por crime grave
■ imunidade de jurisdição - atos oficiais praticados
■ isenção fiscal - igual aos diplomatas
■ local do consulado - inviolável
● mala consular pode ser aberta a pedido do estado
○ funções dos cônsules : artigo 5º
3º Bimestre
09/08/23
Embaixadas apenas uma em cada capital do Estado, esta representa apenas o estado
brasileiro, por exemplo.
O Consulado, faz a função de representar os interesses particulares dos súditos desses
estados, onde se pede o visto, autorização para estudo fora, será o consulado que atenderá
a burocracia da solicitação de interesse privado.
Cônsul de carreira - é um diplomata de carreira.
Auxiliar - tb é um diplomata de carreira.
Prospecção - furar para verificar a quantidade de petróleo é interessante para que se
prossiga com a negociação.
Bacia petrolífera da petrobras fica na plataforma continental da Amazônia, e não temos
liberação da Meio ambiente para atuar, sendo que na Guiana já está funcionando e
ganhando dinheiro com isso, isso é para exemplificar o domínio público do estado.
DOMÍNIO PÚBLICO DO ESTADO
Local onde exerce sua soberania e aplica com exclusividade suas normas.
Fator de defesa militar e econômica.
A jurisdição vai até onde houver a fronteira daquele estado, é crucial para saber até onde
minha lei vale. O estudo de onde pode atuar a lei de cada país
T E R R I T Ó R I O - Contrário ao que se pensa, não significa terrestre, mais até onde vai o
limite de jurisdição, pois abrange marítimo, aéreo, espacial. Nenhum Estado resiste por
muito tempo à sua ausência.Base física do Estado, é seu limite frente aos demais.
É a base física geográfica onde eu exerço a jurisdição. É elemento essencial para se
considerar como estado ( faz parte da tríade de composição de um estado - Povo, território
e Governo).
Não há regra para definir o tamanho. Menor estado do mundo - Vaticano (pedaço de
prédios na capital de ROMA) nem por isso deixa de ser considerado como Estado. É
extremamente poderoso do ponto de vista diplomático.
Incidência de duas leis : nacional e internacional. NO brasil a prevalência é de lei nacional,
mas isso não impede a existência de leis internacionais, os pactos com outros estados, eles
criam outras regras que incidem no nosso modo de viver, de lidar com os problemas
internos. Lei estrangeira é de outro país, Lei internacional é aquela que existam duas ou
mais partes que acordaram sobre aquela lei.
Lei estrangeira = somente quando houver previsão interna. LINDB. Art. 7º.
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o
fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. § 1º Realizando-se o
casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às
formalidades da celebração.
I - D O M Í N I O T E R R E S T R E
O estado quando se fala em território, estado integro, não há interrupção em sua área,
nenhuma ruptura, compacto onde há jurisidção total brasileira. Desmembrado, exemplo
EUA, se eu circular sobre seu trapézio eu não concluo minha jornada americana, tenho que
passar pelo canada para chegar no alaska. A frança tem disponibilidade geográfica na
Europa, mas tem um pedaço na Guiana Francesa, que esta ao lado do Amapá. Não
confunda desmebrado com estado arquipélago. Não pode haver a mesma jurisdição entre
as continuidades geográficas. O Estado encravado é o vaticano, sui generis, é um estado
atipico, muito pequeno, com processo histórico, rico e religioso, juridico, que é encravado,
pois ao redor do vaticano só existe uma lei, a italiana, e somente no território do vaticano é
que vale sua jurisdicação. ou É a porção do globo dentro da qual o Estado exerce suas
competências.
Delimitado por fronteiras (limites)
C O M P O N E N T E S
Solo e sub-solo - petróleo que estão sempre no subsolo, e este pertence a união, aqui no
Brasil. No EUA é propriedade privada.
Rios, lagos e ilhas fluviais
Mares e ilhas oceânicas
Mar territorial
Plataforma continental
Zona econômica exclusiva
Espaço aéreo
Colônias
Embaixadas
Navios e aviões militares
Todos estes acima citados, são componentes do território daquele país. E cada um deles
tem suas regras juridicas.
L I M I T E S
Limites que impedem que os estados invadam o território do outro, tem que haver o limite.
assim podemos concentrar os limites da jurisdição.
Naturais
Rios, lagos, oceano, canais, vales, estreitos, montanhas
Artificiais
linhas geodésicas (meridianos e paralelos) Grau, minuto, segundo, pontes cardeais( rosas
dos ventos). São atividades de espaços únicos, que usam desta técnica, para delimitar
através de tratados de limites, onde os países de fronteiras concordam onde está fixada o
limite, são linhas imaginárias. O limite artificial é político e jurídico. Atividade de delimitar,
demarcar. Delimitação vem primeiro, se assina o tratado, depois a demarcação.
Pontes
Determinado por tratado de limites
D E L I M I T A Ç Ã O
D E M A R C A Ç Ã O
M O D O S D E A Q U I S I Ç Ã O
E P E R D A
1. OCUPAÇÃO (res nullius) :
OBJETO
Terras nunca ocupadas
Terras de formação recente não apropriadas
Terras ocupadas por povos sem mínimo de organização
Terras abandonadas
VALIDADE
Idade Média - Bula papal
Grandes Navegações - bastava o descobrimento
Séc. XVI - acresce um símbolo de tomada de posse (p.ex.: cruz)
Séc. XVII - posse efetiva
consagração - Ato Geral da Conf. Berlim, 1885 NOTIFICAÇÃO
REQUISITOS
Território res nullius
Posse em nome de um Estado e para ele
Posse real e efetiva
Ocupação deve ser notificada aos demais sujeitos de DIP
IMPORTÂNCIA ATUAL
Todas terras já têm dono
Espaço => Lua - URSS - Lunik 2
Sem posse efetiva - não ocupação, juridicamente
2. ACESSÃO - aumento, em geral por causas naturais, onerosa ou gratuita, ocorrida por
tratado. (ex: Acre foi comprado pelo Brasil, pois era território Boliviano),pois havia
consolidada uma população brasileira, apenas o território era boliviano.
França cedeu territórios gratuitamente para a Alemanha.
A L U V I Ã O - causas fluviais de inundação de terras provocada por grande volume de
águas; cheia, enxurrada.
2.GEOLOGIA quantidade de areia, argila, cascalho etc. provenientes de erosão recente e que
são transportados e depositados por correntes de água.
A V U L S Ã O - deslocamento violento de certa porção de terra, que se destaca de uma
propriedade para se juntar ou acrescer a outra. Terremotos.
3. CESSÃO
ONEROSA - Território do Acre , Alaska
GRACIOSA - DECORRE DE UM TRATADO
POPULAÇÃO DEVE SER CONSULTADA
4. PRESCRIÇÃO - Ex a ocupação do Acre de brasileiros, poderia ser conquistado por
prescrição, pois o território não foi requerido pelo estado proprietário, de forma mansa e
pacificamente. Não se manifestou, portanto prescreveu.
Posse contínua e não perturbada por período razoável.
CONDIÇÕES:
posse pública e efetiva
mansa, pacífica e ininterrupta
tempo suficiente para presunção de consentimento tácito do antigo dono
5. CONQUISTA -
Na base da força, uso ilegal da força. Ex Guerra.
Atualmente condenada pelo DIP - Carta da ONU, Art. 2º, § 4º
Não se admite a anexação por via militar
________________________________ Paramos aqui 09 de agosto de 2023____________
II - DOMÍNIO FLUVIAL (rios e lagos)
Rios Nacionais - rio negro, rio tiete e etc. São rios que nascem, correm e morrem no
território nacional.
Rios Internacionais - rio paraná.
● conflitos no oriente médio são regidos em sua maioria por conta da água.
- Contíguos
● rio contíguo é aquele que é vizinho, um exemplo é o rio paraguai, ou seja, o
rio está no meio de 2 países.
● O problema desse rio se dá no fato de as águas serem conjuntas, portanto,
são patrimônio dos 2 países, então pode ocorrer de como ser um rio tão
perto se não houver os cuidados adequados dos 2 lados, 1 pode prejudicar e
poluir o outro.
● Arroio - rio pequeno, um filete de

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