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Peticionar ao sistema interamericano Quem é Legitimado a peticionar para a Comissão interamericana A pessoa afetada Familiares da pessoa afetada Entidade não governamental Denúncia de outro Estado Quem é responsabilizado Estado A reparar a violação (pedidos de perdão, assistência de saúde, educação ou moradia; investigação dos fatos, sanção dos responsáveis, indenizações) e a evitar repetição dos mesmos fatos (modificar legislação, política de memória, medidas simbólicas como monumentos) Indivíduos não são responsabilizados penalmente EXemplos tratamento anti-retroviral e cuidados médicos diante VIH-SIDA (medidas cautelares - El Salvador, Chile, Argentina, Nicarágua, Guatemala e Honduras); que a legislação discriminatória contra as mulheres seja reformada (em conformidade com as recomendações da Comissão Interamericana no caso María Eugenia Morales de Sierra v. Guatemala); novos julgamentos de pessoas condenadas sem as garantias do devido processo (caso Castillo Petruzzi v. Peru); que as pessoas sejam libertadas (Caso Loaiza Tamayo v. Peru e as recomendações da Comissão no caso do General José Francisco Gallardo Rodríguez v. México); que os salários perdidos e outros benefícios trabalhistas sejam pagos aos trabalhadores demitidos injustificadamente (caso Baena Ricardo e outros v. Panamá); que a legislação que promoveram a impunidade fique sem efeito (caso Barrios Altos v. Peru) que seja adotada legislação relativa à proteção das crianças (Caso Villagrán Morales e outros Vs. Guatemala) Procedimento Peticionar à Comissão Interamericana em contraditório contra o Estado Condições de admissibilidade: Não é necessário que a vítima ou seus familiares deem consentimento para terceiros peticionarem O denunciado deve ser Estado parte da Convenção Americana ou da OEA Objeto da denúncia: direito protegido pela Convenção Americana, Declaração Americana ou outro tratado interamericano de direitos humanos que dê competência e o Estado tenha ratificado Vítimas são as pessoas que estejam sujeitas à jurisdição do Estado denunciado Esgotamento dos recursos internos (ver a seguir) E. Esgotamento dos recursos internos: interpuseram e esgotaram os recursos judiciais oferecidos pela jurisdição interna do Estado em questão e que são adequados para proteger o direito violado Relacionar o recurso judicial adequado e eficaz “pode tornar-se ineficaz se estiver subordinado a exigências processuais que o tornem inaplicável, se, de fato, não tiver potencial para vincular as autoridades, for perigoso para as partes interessadas tentarem fazê-lo ou não for aplicado de forma imparcial” (Caso Velásquez Rodríguez) O peticionário não precisa ser a parte quem esgotou os recursos internos Exceções à regra do esgotamento de recursos de jurisdição interna: (Artigo 46.2 da CADH) Falta do devido processo legal interno para a proteção do direito quebrado Negação de justiça ou incapacidade de acesso a recursos internos por parte das supostas vítimas Atraso injustificado na decisão de recursos internos F. Tempo oportuno de apresentação: até 6 meses após o esgotamento dos recursos internos G. Ausência de outro processo internacional ou duplicidade de demandas (litispendência) H. Fatos denunciados e dados do peticionário (não é necessário advogado) Artigo 28 do Reg. da Comissão (Requisitos) a. o nome, a nacionalidade e a assinatura do denunciante ou denunciantes ou, no caso de o peticionário ser uma entidade não-governamental, o nome e a assinatura de seu representante ou seus representantes legais; b. se o peticionário deseja que sua identidade seja mantida em reserva frente ao Estado; c. o endereço para o recebimento de correspondência da Comissão e, se for o caso, número de telefone e fax e endereço de correio eletrônico; d. uma relação do fato ou situação denunciada, com especificação do lugar e data das violações alegadas; e. se possível, o nome da vítima, bem como de qualquer autoridade pública que tenha tomado conhecimento do fato ou situação denunciada; f. a indicação do Estado que o peticionário considera responsável, por ação ou omissão, pela violação de algum dos direitos humanos consagrados na Convenção Americana sobre Direitos Humanos e outros instrumentos aplicáveis, embora não se faça referência específica ao artigo supostamente violado; g. o cumprimento do prazo previsto no artigo 32 deste Regulamento; h. as providências tomadas para esgotar os recursos da jurisdição interna ou a impossibilidade de fazê-lo de acordo com o artigo 31 deste Regulamento; i. a indicação de se a denúncia foi submetida a outro procedimento internacional de solução de controvérsias de acordo com o artigo 33 deste Regulamento. Trâmite Quando a Comissão recebe uma comunicação, atribui-lhe um número precedido da letra P (petição) e envia uma carta de aviso de recebimento aos peticionários. Em seguida, o grupo de admissão de petições (GRAP) do Secretariado da Comissão analisa se a petição atende aos requisitos para processá-la. Se decidir que a petição atende aos requisitos transmite a petição ao Estado, que terá dois meses para apresentar sua resposta. Caso contrário, antes de notificar o Estado, a Secretaria poderá rejeitar a solicitação ou solicitar mais informações aos peticionários Trâmite Depois de considerar as posições das partes, decide sobre a admissibilidade A Comissão emite o relatório (admissibilidade ou inadmissibilidade, conforme o caso). Em alguns casos, a Comissão adiou o tratamento da admissibilidade para o momento da análise do mérito: a. o caso está em litígio há vários anos e houve discussão ampla da admissibilidade, fatos e direito aplicável; b. que existe ligação estreita entre a admissibilidade e mérito, como a falta de recursos que permitam proteger um direito; c. que o Estado não apontou exceções preliminares reais. Trâmite Se a Comissão adotar relatório de admissibilidade no tratamento de uma denúcia, será disponível às partes para chegarem a uma solução amigável A fase de solução amistosa é um período crucial do processo perante a CIDH que permite ao Estado e ao peticionários avançarem nas medidas de reparação para mitigar a violação dos direitos denunciados Se solução for alcançada, a Comissão publica relatório final nominando sucintamente fatos que motivaram a denúncia e da solução alcançada Se não for alcançada uma solução amigável, a CIDH iniciará o procedimento quanto ao mérito. A partir deste momento a petição é oficialmente “um caso” e um novo número é atribuído. TRÂMITE A Comissão começa a analisar o mérito, com comentário de cada parte A Comissão pode fazer sua própria investigação, com vistas ao País ou requerendo informações específicas, além de promover audiências públicas A Comissão elabora relatório que inclui as suas conclusões e faz recomendações ao Estado em questão. Este documento é conhecido como “Relatório 50” (artigo 50 da Convenção Americana), e é confidencial. A Comissão concede ao Estado prazo máximo de três meses dentro dos quais deve cumprir as recomendações por ele emitidas Quando o prazo concedido ao Estado expirar sem que este tenha cumprido tais recomendações, a Comissão tem duas opções: preparar relatório final para publicá-lo em seu relatório anual ou submete o caso à Corte TRÂMITE Atualmente, a Comissão inclui tabela em seu relatório anual para tornar público o grau de cumprimento dos Estados em relação a casos individuais. Ao contrário da Corte, a Comissão não emite decisões nem relatórios a esse respeito. A Comissão decide enviar o caso à Corte para obter justiça no caso particular, mas também considera a opinião dos peticionários, a gravidade da violação e a necessidade de desenvolver ou esclarecer a jurisprudência do sistema A Comissão para enviar o caso à Corte deverá fazê-lo no prazo de três meses a partir da data em que o relatório original (Relatório 50) foi enviado ao Estado. O relatório original da Comissão é anexado à petição perante à Corte. corte Depois da submissão do caso, assupostas vítimas ou seus representantes poderão apresentar de forma autônoma suas petições, argumentos e provas e continuarão atuando dessa forma durante todo o processo. Se existir pluralidade de supostas vítimas ou representantes, deverá ser designado um interveniente comum Se não houver acordo na designação de um interveniente comum em um caso, a Corte ou sua Presidência poderá, se o considerar pertinente, outorgar um prazo às partes para a designação de um máximo de três representantes que atuem como intervenientes comuns. CORTE A perante a Corte reproduz o exame realizado pela Comissão : admissibilidade, mérito, Reparações A sentença abordará todos os pontos CORTE O Estado responde em até quatro meses Se o Estado interpõe objeções de admissibilidade, as vítimas e a CIDH possuem prazo de mês para contraditar Marcada a audiência, será pública (vítimas, testemunhas, peritos, defesas) As sentenças são definitivas e inapeláveis A Corte supervisiona o cumprimento das sentenças e emite resoluções image1.jpg