Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

AO JUIZO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE JUAZEIRO/BA
AUTOS Nº: XXXXXXXXXXXXXXX
Tício Lima, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por seus procuradores infra-assinados, nos autos do processo em que o Ministério Púbico lhe move, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelencia, nos termos do art. 593 do CPP, interpor o recurso de:
APELAÇÃO
Requer, ainda, nos termos do art. 600, §4º, do mesmo códex, seja recebido, autuado e remetido o recurso para Instancia Superior, para que seja o subescritor intimado para apresentação de suas razões de apelação perante o órgão colegiado.
Termos em que, 
Pede deferimento
Petrolina, 01 de maio de 2024
Edwarda Alves de Sena
OAB 22175
AO JUIZO RELATOR DA X CAMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
AUTOS Nº XXXXXXXXXXXXXXXX
Ticio Lima, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de seus procuradores infra-assinados, nos autos do processo em que o Ministério Publico lhe move, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, em atendimento aos despachos de fls, 196 e 197, apresentar suas:
RAZÕES DE APELAÇÃO
, que seguem nas laudas em anexo. 
Termos em que, 
Pede deferimento
Petrolina, 01 de maio de 2024
Edwarda Alves de Sena
OAB 22175
AO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DA BAHIA
APELANTE: Ticio Lima
APELADO: Ministério Publico do Estado
VARA DE ORIGEM: 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE JUAZEIRO/BA
Nº DO PROCESSO DE ORIGEM: XXXXXXXXXXXXXXX
RAZÕES DE APELAÇÃO
Ilustres Julgadores, 
Colenda Câmara, 
 I – DOS FATOS 
Na data XX de XXXXX de XXXX, o réu, ora apelante, foi preso em suposto flagrante delito, pela pratica, em tese do crime capitulado no art. 33 C/C art. 40, I, ambos da Lei 11.343/06.
Em sede de audiência de custódia, o delegado representou pela prisão temporária, tendo a mesma sido decretada pelo juízo de direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro/ BA. 
Foram ouvidas três testemunhas que presenciaram os fatos, assim, Ticio foi denunciado e processado, perante a 3ª Vara Criminal da Comarca de Juazeiro/ BA, pois a denúncia foi para lá distribuída (fls. 61). No momento em que o oficial de justiça o foi citar, confundiu o acusado com outro detento, o qual recebeu a contrafé. Em sua defesa preliminar (fls. 58), o réu suscitou a incompetência do juízo, tendo em vista que foi denunciado por tráfico de drogas com a evidencia de transnacionalidade do delito, sendo esta rejeitada, ao argumento de que não houve violação à distribuição da ação penal. 
No que se trata da audiência de instrução e julgamento (fls. 116), duas testemunhas que foram ouvidas pela autoridade policial, retificaram seus depoimentos, dizendo então que não tinham como precisar se o acusado foi o autor do fato. Vale ressaltar que do momento do flagrante em delito até o momento não foi confeccionado o laudo pericial para constatar a ilicitude da substancia. Sendo assim, no final da instrução, o réu negou a autoria delitiva. (fls. 138). Momento em que foi arguida a nulidade da citação, que não foi acatada pelo juiz, com o argumento de que o mesmo acompanhou toda a instrução e pode se defender. (fls. 156)
Desse modo, o juízo da 3ª Vara Criminal proferiu sentença condenatória, condenando a dez anos de reclusão por tráfico de drogas (fls. 177/178), sendo fixado o regime inicial de cumprimento de pena o fechado. O juiz fundamentou a sentença de acordo com o depoimento das testemunhas.
II – DO MÉRITO 
II.I – DA ABSOLVISÃO – AUSENCIA DE PROVAS - PRINCIPIO DO IN DUBIO PRO REO 
Cabe mencionar inicialmente que, até o presente momento, o apelante já amarga mais de 300 dias encarcerado, ou seja, quase um ano, somente por conta deste feito. Ressalta-se que, somente a instrução levou 6 meses, sendo que o feito ficou concluso para sentença por mãos 1 mês, sendo que o feito não demanda qualquer complexidade. Inclusive, tal menção foi objeto de habeas corpus, visando a declaração do excesso de prazo, que foi julgado prejudicado em face a prolação da sentença. 
Ademais, conforme se demonstrará abaixo, não há qualquer prova robusta contra o apelante, capaz de ensejar uma condenação, mostrando que o presente caso é patente de uma ilegalidade, pois demonstram a precária estrutura dos órgãos apuradores e persecutórios, além de rechaçar por completo o Princípio da Presunção de Inocência. Nesse caso, em todos os momentos em que foi ouvido, seja na delegacia, seja na audiência de instrução, o apelante apresentou a mesma versão, de forma firme e contundente, asseverando em todas as oportunidades, sua inocência.
Conforme acima mencionado, o apelante foi preso, na data XXXXXX, em suposto flagrante delito, em uma abordagem de rotina, ao caminhão que dirigia com o propósito de transportar cargas diversas para várias regiões do país, em Juremal, Município de Juazeiro/BA, nessa ocasião foi encontrado 100 quilos de cocaína. É relatado que no ato da abordagem, Ticio Lima negou toda a propriedade da substancia entorpecente, o que pode ser comprovado pelo BOPM (fls. 11). Também confirmado em audiência pelos policiais Militares XXXXXXXXXX e XXXXXXXXXX (fls. 116).
Em audiência de instrução as duas testemunhas, perante ao Juízo de Juazeiro/ BA, retificaram seus depoimentos, agora dizendo que não tinham como precisar se o acusado foi o autor do fato e que o apelante não tinha sequer conhecimento de existência do material, inclusive, forneceu detalhes da empreitada. (fls, 134 e 135). Da mesma forma, o apelante, em interrogatório (fls 123), nega veemente a pratica criminosa, narrando praticamente a mesma versão apresentada pela testemunha retro referenciada. No mesmo passo, as testemunhas ainda falaram que o apelante não tem qualquer envolvimento com a criminalidade, a não ser pelo seu passado como usuário de drogas, o que foi inclusive confessado pelo mesmo em interrogatório.
Ainda assim, sem qualquer prova segura, em total dissonância dos Princípios da Presunção de Inocência – in dubio pro reo, vez que conforme salientado pela própria sentença condenatória, toda a fundamentação se deu com base em indícios (fls. 170). Em relação aos mencionados indícios, repita-se, únicos em termos de prova, o mais contundente foi o depoimento supostamente prestado por XXXXXXXX na DEPOL (fls 05), semo crivo do contraditório e sem a presença de um advogado, ocasião em que XXXXXXXX acusa o apelante. 
Todavia, tal depoimento foi desmentido em sede de audiência de instrução e julgamento (fls 116), ocasião em que o mesmo narra que não prestou tal depoimento, somente “assinou um papel”. Ainda nesse sentido, nota-se que, o depoimento supostamente prestado na DEPOL é completamente dissonante das demais provas produzidas, inclusive na narrativa dos Policiais Militares que realizara a prisão, conforme acima narrado.
Quanto ao laudo pericial para constatar a ilicitude da substancia apreendida, o mesmo ainda não pode ser corroborado, pois, em que prese a determinação da realização de perícia, até o presente momento não aportou nos autos. Isto posto, a Defesa requer que seja a sentença reformada, no sentido de absolver o apelante dos delitos que lhe são imputados, em razão da insuficiência de provas (art. 386, VII, do CPP)
III - DA CONCLUSÃO
1) Inicialmente, a Defesa pede que seja a sentença reformada, no sentido de absolver o apelante dos delitos que lhe são imputados em razão da insuficiência de provas (art. 386, VII, do CPP);
2) Em sede sucessiva, acaso não acolhido o pleito retro, pede reforma da sentença a quo, no sentido de reconhecer a causa de diminuição de pena prevista no art. 33, §4º da Lei 11.343/06, em seu patamar máximo;
3) Em se aplicando o retro requerido, considerando que o apelante ficou preso, em regime fechado por toda a instrução criminal, qual se perfaz num longo lapso temporal, requer a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, bem como sua imediata soltura, com expedição do respectivo alvará.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Petrolina, 01 de maio de 2024
Edwarda Alves de Sena
OAB 22175

Mais conteúdos dessa disciplina