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REVISAÇO
SOLDADO
DIREITO PENAL 
PARTE GERAL
DIA 9 / 05 ABR
Licensed to Leticia de Rezende Torres - leticiatorresr@gmail.com - 125.879.257-54
IMPUTABILIDADE
REVISAÇO
SOLDADO
O sucesso é construído passo a passo, e esta última semana é um
passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
1. Teoria Geral do Crime
DIREITO PENAL - GERAL
2. O que é a Culpabilidade?
✅ É o juízo de reprovabilidade acerca da conduta do agente que tenha praticado
um fato típico e ilícito.
•A conduta pode ser dolosa ou culposa
✅Objeto de Estudo = Agente
Se ele praticou fato típico + Ilícito, iremos constatar se praticou também um fato
Culpável
1.Se Sim? Comete Crime
2.Se Não? Não Comete Crime
 
✅Quais os elementos constitutivos da Culpabilidade?
1.Imputabilidade
2.Potencial Consciência da Ilicitude
3.Exigibilidade de Conduta Diversa
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IMPUTABILIDADE
REVISAÇO
SOLDADO
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DIREITO PENAL - GERAL
✅ Não confundir com as Excludentes de Culpabilidade
1.Doença Mental ou Desenvolvimento Mental Incompleto ou Retardo Imputabilidade
2.Menoridade Penal Imputabilidade
3.Coação Moral Irresistível Exigibilidade de Conduta Diversa
4.Ordem Hierárquica Superior Exigibilidade de Conduta Diversa
5.Ausência de potencial consciência da ilicitude (não conhecimento do ato ilícito –
Erro de Proibição: inevitável, escusável, invencível) Potencial Consciência da
Ilicitude 
6.Estado de Embriaguez Completa, desde que por motivo de caso fortuito ou força
maior Imputabilidade
7.Inexibilidade de Conduta Diversa Exigibilidade de Conduta Diversa
3.O que é Inimputabilidade?
✅ Imputabilidade Penal: São as condições PESSOAIS que dão ao agente a
capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de um fato punível. 
✅Deste modo, não haverá culpabilidade quando o agente não for imputável, visto
que o agente não era capaz de entender a ilicitude de sua conduta.
✅ Assim, o inimputável é a pessoa que não pode ser imputável (acusável,
responsabilizado) por determinada conduta.
✅ É o caso:
✔ da menoridade, 
✔ do desenvolvimento mental incompleto ou retardado e 
✔ da embriaguez completa acidental.
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IMPUTABILIDADE
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DIREITO PENAL - GERAL
✅ Elementos:
1.Intelectivo: integridade MENTAL do indivíduo.
2.Volitivo: domínio da VONTADE, ou seja, o agente controla e comanda seus
impulsos.
3.Cronológico: no Brasil, a partir do dia que completa 18 anos.
 4. Momento da Constatação da Imputabilidade
Inimputáveis
 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento. 
 
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,
em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
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IMPUTABILIDADE
REVISAÇO
SOLDADO
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DIREITO PENAL - GERAL
5.Causas
🔵 Desenvolvimento Mental Incompleto ou Retardado
✅ Agente CAPAZ de entender o caráter ilícito: IMPUTÁVEL
✅ Agente PARCIALMENTE CAPAZ de entender: SEMI-IMPUTÁVEL = pena reduzida de
1/3 até 2/3
✅ Agente inteiramente INCAPAZ de entender o caráter ilícito: INIMPUTÁVEL 
🔵 Menoridade
Menores de dezoito anos
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando
sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
✅ Grosso modo, o Código Penal presume que BIOLOGICAMENTE a pessoa com
menos de 18 anos não é imputável.
✅ Ou seja, é adotado nessa condição o CRITÉRIO BIOLÓGICO. Há Presunção
ABSOLUTA de INIMPUTABILIDADE.
✅ Se comete crime no dia que fizer 18 anos, já é IMPUTÁVEL, independe da hora de
nascimento.
✅Crimes Permanentes: inicia como menor e termina como maior. Só poderá ser
responsabilizado pelos fatos cometidos após ter atingido a maioridade.
🔴 Importante ficar atento com uma coisa: embora inimputável, o adolescente pode
perder sua liberdade por meio de aplicação de uma MEDIDA DE SEGURANÇA se
praticar ato infracional (PREVISTO LÁ NO ECA – ART.112)
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IMPUTABILIDADE
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DIREITO PENAL - GERAL
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
I - a emoção ou a paixão; 
✅ A emoção poderá ser considerada uma atenuante da pena
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
III - ter o agente:
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem
de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato
injusto da vítima; 
🔵 Embriaguez acidental completa proveniente de caso fortuito ou força maior
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos
análogos. 
 § 1º - É isento de pena (EXCLUI A IMPTUBALIDADE) o agente que, por
embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da
ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 § 2º - A pena pode ser reduzida (NÃO EXCLUI A IMPUTABILIDADE, MAS REDUZ
A PENA) de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso
fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento. 
🤡 PEGADINHA! Embriaguez CULPOSA nunca exclui a imputabilidade. Ou seja, VAI
FALAR QUE EXCLUI!
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REVISAÇO
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DIREITO PENAL - GERAL
✅ Força maior: indivíduo é OBRIGADO a se embriagar.
✅ Caso fortuito: pessoa que desconhece determinada situação fisiológica que
potencializa os efeitos da bebida – EX: sem saber dos efeitos, ingere Vodka +
remédios.
Resumo de Imputabilidade
✅ É um dos elementos da culpabilidade
✅ Consiste na capacidade mental de entender o caráter ilícito do fato e
determinar-se de acordo com esse entendimento
✅ A legislação penal vigente adotou o critério biológico puro com relação aos
menores de 18 anos, havendo presunção absoluta de sua inimputabilidade.
✅ Causas de exclusão:
a) Menoridade,
b) Anomalia psíquica grave e
c) Embriaguez completa não acidental
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IMPUTABILIDADE
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DIREITO PENAL - GERAL
✅ Emoção e paixão não excluem a imputabilidade
✅ Sistema vicariante ou unitário: ao semi-imputavel será aplicada a pena reduzida
de 1/3 a 2/3 OU a medida de segurança, conforme seja mais adequado ao caso.
✅ Imputabilidade do índio: Os índios, por outro lado, nem sempre serão
inimputáveis. Essa situação depende do grau de assimilação dos valores sociais, a
ser revelado pelo exame pericial. (dependendo da conclusãoda perícia) 
✅ Teoria da actio libera in causa: ocorre quando o agente ingere bebida alcóolica
ou substância entorpecente para ficar encorajado à pratica de um crime ou de uma
contravenção penal. 
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QUESTÕES
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O sucesso é construído passo a passo, e esta última semana é um
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DIREITO PENAL - GERAL
1) Constituem elementos da culpabilidade:
a)inimputabilidade, potencial consciência da lei e inexigibilidade de uma conduta
diversa;
b)maioridade, potencial consciência da lei e inexigibilidade de uma conduta diversa;
c)imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e exigibilidade de uma
conduta diversa;
d)maioridade, potencial conhecimento da ilicitude e exigibilidade de uma conduta
diversa;
e)imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e inexigibilidade de uma
conduta diversa.
2) Analise as hipóteses abaixo relacionadas e assinale a alternativa que
apresenta somente causas excludentes de culpabilidade. 
a)Erro de proibição; embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força
maior; coação moral irresistível. 
b)Embriaguez culposa; erro de tipo permissivo; inimputabilidade por doença mental
ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado. 
c)Inimputabilidade por menoridade; estrito cumprimento do dever legal; embriaguez
incompleta. 
d)Embriaguez incompleta proveniente de caso fortuito ou força maior; erro de
proibição; obediência hierárquica.
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QUESTÕES
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DIREITO PENAL - GERAL
3) Mévio foi vítima de crime de roubo com restrição de liberdade, tendo sido
amarrado. Antes de liberá-lo, Caio, o roubador, fez com que Mévio ingerisse
bebida alcoólica à força, a fim de reduzir a sua capacidade de resistência.
Contudo, ainda que completamente embriagado e sem capacidade de
discernimento sobre o caráter ilícito do fato, após ser liberado e estar a caminho
de casa, Mévio resolveu voltar ao local em que Caio se encontrava e o espancou
até ocasionar sua morte.
 Diante dessa situação, é correto afirmar que Mévio:
a)deverá responder pelo crime de lesão corporal qualificado pelo resultado morte,
em razão do dolo com que praticou as lesões corporais e da culpa quanto ao
resultado morte;
b) deverá responder pelo crime de homicídio doloso, uma vez que o resultado morte
era previsível, havendo, ao menos, dolo eventual;
c) não deverá responder por nenhum crime, ante a exclusão da tipicidade;
d) não deverá responder por nenhum crime, ante a exclusão da ilicitude;
e) não deverá responder por nenhum crime, ante a exclusão da culpabilidade.
4) Marcelo decide sair para beber com os seus amigos. Depois de algumas horas
ingerindo bebidas alcóolicas voluntariamente, deixa o bar e, no caminho de casa,
resolve matar uma pessoa em situação de rua com a qual tinha desentendimento
anterior. Durante o processo, a Defesa de Marcelo alega que ele não tinha
condição de responder pelos seus atos (ausência de culpabilidade), pois estava
completamente embriagado.
 Tendo como base o caso concreto, a tese da Defesa de Marcelo
a) não está correta, pois a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou
substância de efeitos análogos não exclui a imputabilidade penal.
b)não está correta, pois a embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior
não isenta de pena, ainda que ele fosse, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
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QUESTÕES
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DIREITO PENAL - GERAL
c)está correta, pois a embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos análogos,
mesmo voluntária, exclui a imputabilidade penal.
d)não está correta, pois apenas a embriaguez voluntária decorrente do uso de
entorpecentes (drogas) exclui a imputabilidade penal.
e)está correta, de modo que Marcelo não responderá pelo crime na medida em que
tinha desentendimento anterior com a vítima, o que justifica a sua conduta.
5) Esteban, jovem graduando em Direito, viaja com a associação atlética de sua
universidade para festividades em cidade do interior do Estado. Em meio às
confraternizações, substância entorpecente é oferecida a Esteban por seus
colegas. A fim de superar sua timidez, o agente aceita consumir as referidas
drogas, atingindo embriaguez completa. Ao recobrar os sentidos, Esteban tinha
em sua posse um relógio que furtou naquela noite, tendo os colegas lhe contado
que havia também agredido alunos da universidade rival, invadido domicílio e
praticado crime de dano aos pertences dos citados alunos.
Acerca da culpabilidade e da teoria da actio libera in causa, é correto afirmar
que:
a)a embriaguez por caso fortuito ou força maior não atenua nem isenta o réu de
pena;
b)ao passo que a embriaguez voluntária agrava a pena do agente, a embriaguez
preordenada apenas justifica a imposição de pena criminal;
c)Esteban não poderá ser responsabilizado criminalmente, posto que ausente
vontade livre e consciente, em razão da embriaguez completa;
d)o direito penal brasileiro apenas autoriza a punição do agente quando a
embriaguez é preordenada, assim entendida a conduta do agente que se utiliza da
substância para praticar o crime;
e)tratando-se de embriaguez voluntária, culposa ou preordenada, o agente poderá
ser responsabilizado pelas ações praticadas no contexto de embriaguez, fixando-se
como parâmetro para aferição da culpabilidade o momento de consumo da
substância.
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QUESTÕES
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SOLDADO
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DIREITO PENAL - GERAL
6) O conceito analítico de crime o divide em Fato Típico; Ilícito ou Antijurídico e
Culpável. A culpabilidade, por sua vez, é composta pela imputabilidade, pela
potencial consciência da ilicitude e pela exigibilidade de conduta diversa.
Dentre as causas que excluem a imputabilidade penal encontram-se
a)coação física irresistível, menoridade e embriaguez acidental completa.
b)embriaguez acidental incompleta, menoridade e obediência hierárquica.
c)embriaguez acidental completa, menoridade e doença mental.
d)embriaguez preordenada, coação moral irresistível e erro de proibição.
e)coação moral irresistível, exercício regular de direito e menoridade.
7) Tício, 18 anos, durante a comemoração de sua aprovação no vestibular, ingere
bebida alcoólica com seus amigos em um bar, apesar de não ter, com isso,
qualquer intenção de ficar bêbado ou praticar crimes, mas tão só de comemorar
seu sucesso nos estudos. Apesar disso, em razão da quantidade de cerveja que
optou por ingerir, acaba ficando completamente embriagado e desfere quatro
socos na face do ex-namorado de sua irmã, causando-lhe lesões gravíssimas. 
Considerando a hipótese narrada, é correto afirmar que a embriaguez de Tício
era completa e:
a)involuntária, logo exclui a imputabilidade penal;
b)culposa, logo exclui a imputabilidade penal;
c)voluntária em sentido estrito, não excluindo a imputabilidade penal e devendo ser
reconhecida a agravante da embriaguez preordenada;
d)culposa, mas não exclui a imputabilidade penal;
e)voluntária em sentido estrito, não excluindo a imputabilidade penal, mas não deve
ser reconhecida a agravante da embriaguez preordenada.
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ERRO DE TIPO
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DIREITO PENAL - GERAL
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
✅ A realidade engana o agente
✅ Falsa percepção da realidade
✅ Cuida-se de ignorância ou erro que recai sobre as elementares, circunstâncias
ou qualquer dado agregado ao tipo penal.
✅ No erro de tipo essencial, o ERRO do agente recai sobre um elemento
ESSENCIAL do TIPO PENAL
Ex1.: Estupro de vulnerável Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15
(quinze) anos
✔ Veja que esse TIPO penal contém vários elementos, dentre eles, que a "Vítima”
seja menor de 14 anos. 
✔ Assim, se por uma falsa percepção da realidade, uma agente mantém relações
sexuais com uma jovem de 13 anos (que estava em casa noturna para maiores,
tendo mentido a idade, por exemplo). Claramente esse agente NÃO tinha DOLO em
praticar "estupro de vulnerável", pois esse motivo, seu ERRO exclui do DOLO.
✔ No caso, haveria um ERRO sobre um ELEMENTO ESSENCIAL do TIPO penal: a
idade da "moça".
✔ E nesse caso, o ERRO exclui do DOLO.
Ex.2: Tício se apodera de material na rua, imaginando tratar-se de coisa
abandonada. Na verdade, o material era de Mévio, que reformava a sua casa.
Importante! Tício não sabia que subtraia coisa alheia.
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
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ERRO DE TIPO
REVISAÇO
SOLDADO
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✅ Também se pode notar que, já que agindo devido a erro, o Tício não tinha
intenção alguma em praticar a conduta delitiva, ou seja, não há conduta dolosa.
✅ O erro de tipo, então, exclui o dolo.
✅ Em caso de erro de tipo essencial, o Código Penal reconhece a impossibilidade
de responsabilizar o agente pela conduta dolosa, mas admite a punição por crime
culposo, se houver previsão legal
✅ Havendo ERRO DE TIPO, a possível punir a conduta como crime CULPOSO? A
resposta é DEPENDE.
●
1.Se o ERRO DE TIPO era INEVITÁVEL (invencível), haverá também a exclusão da
CULPA (por isso esse erro também é chamado de DESCULPÁVEL ou ESCUSÁVEL).
 
No entanto, se o ERRO DE TIPO era EVITÁVEL (vencível), o agente poderá ser punido
por CULPA (por isso esse erro também é chamado de INDESCULPÁVEL ou
INESCUSÁVEL). Ressalta-se apenas que haverá crime se prevista punição para a
modalidade culposa.
Atenção! Não podemos confundir erro de tipo com erro de proibição.
DIREITO PENAL - GERAL
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ERRO DE TIPO
REVISAÇO
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DIREITO PENAL - GERAL
✅ ERRO NA EXECUÇÃO
Previsão Legal
Erro na execução (Aberratio Ictus)
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao
invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde
como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º
do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente
pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. 
Conceito: Por acidente ou por erro no uso dos meios da execução, o agente acaba
atingindo pessoa diversa da pretendida.
Ex.: Tício mira seu pai, mas por falta de habilidade no manuseio da arma, acaba
atingindo um vizinho que passava do outro lado da rua.
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ERRO DE TIPO
REVISAÇO
SOLDADO
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CONSEQUÊNCIA DO ERRO NA EXECUÇÃO
1.Aberratio ictus com resultado único
Erro sobre a pessoa 
Art. 20 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta
de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima,
senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
2.Aberratio ictus com resultado duplo (ou unidade complexa)
Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até
metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é
dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o
disposto no artigo anterior.
DIREITO PENAL - GERAL
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ERRO DE TIPO
REVISAÇO
SOLDADO
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✅ ERRO PROVOCADO POR 3º 
Previsão Legal
Erro determinado por terceiro
Art.20 § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
Conceito: No erro determinado por 3º, temos um erro induzido (≠ erro de tipo, o
agente erra por conta própria)
Exemplo: Tício, médico, induz a erro Mevia, enfermeira, fazendo com que ela aplique
veneno no paciente fingindo ser remédio.
CONSEQUÊNCIA DO ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO
Responde pelo crime o terceiro que determina o erro (no nosso exemplo, o Tício
responde por homicídio doloso na condição de autor mediato)
E o agente provocado? DEPENDE DO CASO CONCRETO
1.ERRO INEVITÁVEL? Não responde por nada
2.ERRO EVITÁVEL? Responde por Homicídio Culposo
3.PERCEBEU QUE ERA VENENO E CONTINUOU? Responde por Homicídio Doloso
✅ Dolo Geral/Erro Sucessivo/ Aberratio Causae
Quando ocorre?
O agente, mediante conduta desenvolvida em pluralidade de atos, provoca o
resultado pretendido, porém com outro nexo.
Ex.: Tício dispara (nexo visado) contra Mévio (1º ato). Imaginando que Mévio está
morto, joga seu corpo no mar (2º ato). Mévio morre afogado (nexo real).
✔ Ocorre uma pluralidade de atos: Ato 1 – Disparo de arma de Fogo ; Ato 2 – Pega o
corpo e joga no mar (aqui de fato ocorre o resultado pretendido)
✔ Não isente o agente de pena, ele responde pelo crime
DIREITO PENAL - GERAL
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QUESTÕES
REVISAÇO
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8) Durante operação policial, Alberto, ao incursionar por uma viela, se depara
com Sérgio portando um guarda-chuva. Devido à tensão do momento, Alberto
pensa que o objeto nas mãos de Sérgio é uma arma de fogo e, em razão disso,
efetua disparo com sua arma, o que leva Sergio a óbito. Nesse caso, é correto
afirmar que a hipótese é de erro de tipo
a)essencial, na modalidade erro provocado por terceiro.
b)acidental, na modalidade erro na execução.
c)acidental, na modalidade erro sobre a pessoa.
d)essencial, na modalidade erro de tipo permissivo.
e)essencial, na modalidade erro de tipo incriminador.
9) Paulo, assustado ao ouvir um barulho vindo da porta de sua casa, e
supondo tratar-se de um ladrão, pega sua arma e dispara 5 tiros sem indagar
quem estaria do outro lado da porta. Após os disparos, abre a porta e se
depara com seu tio, que fora visita-lo sem avisar, morto no chão.
Com relação à teoria do erro, pode-se dizer que estamos diante de uma
hipótese de
a)erro sobre a pessoa.
b)erro na execução.
c)erro de tipo permissivo.
d)resultado diverso do pretendido.
e)erro provocado por terceiro.
DIREITO PENAL - GERAL
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QUESTÕES
REVISAÇO
SOLDADO
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10) No tocante ao erro na teoria do crime, é correto afirmar que:
a)o erro quanto à pessoa contraa qual o crime é praticado não isenta de pena,
considerando-se, neste caso, as condições ou qualidades da vítima
b)o erro sobre a ilicitude do fato, se evitável, não isenta de pena, mas poderá
diminuí-la de 1/3 a 2/3;
c)o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei;
d)o erro determinado por terceiro, se evitável, implica isenção de pena para o
terceiro que determinou o erro;
e)o erro de tipo implica exclusão da culpabilidade na hipótese de estrito
cumprimento de dever legal.
11) Nina faz aula de balé à noite, há mais de 5 anos e costuma ir de bicicleta para
as aulas. Em abril de 2022, após a aula, Nina pegou uma bicicleta, idêntica a
sua, estacionada no mesmo local escuro, e, pensando que era a sua, foi embora
pedalando para casa. Somente no dia seguinte, Nina percebeu que, na realidade,
a bicicleta era de outra aluna, Maria.
 Nesse caso, podemos afirmar que Nina incidiu em
a)erro de proibição, tendo em vista que errou quanto à elementar “coisa alheia” do
crime de furto.
b)erro de tipo, visto que errou quanto à elementar “coisa alheia” do crime de furto.
c)erro de tipo, porque errou quanto à ilicitude do fato.
d)estado de necessidade.
e)estado de necessidade putativo.
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LEGÍTIMA DEFESA
REVISAÇO
SOLDADO
O sucesso é construído passo a passo, e esta última semana é um
passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá
pelo excesso doloso ou culposo.
✅ Quem atua em LEGÍTIMA DEFESA, mesmo praticando um fato típico, não
cometerá um crime. Trata-se de um hipótese de exclusão da ilicitude da conduta. O
fato é típico, mas a conduta é lícita.
👉 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem. 
⚠[Novidade 2019] § único. [...] considera-se também em legítima defesa o agente
de segurança pública que repele AGRESSÃO ou RISCO de agressão a vítima
mantida refém DURANTE A PRÁTICA DE CRIMES.
✅ A legítima defesa é APLICÁVEL mesmo àqueles que podiam fugir da agressão
injusta, mas optam por enfrenta-la.
✅ Ainda não basta que essa AGRESSÃO seja INJUSTA, ela deve ser ATUAL ou
IMINENTE (próxima de ocorrer).
✅ Isso significa que se a AGRESSÃO foi PASSADA (encerrou-se), ou seja, não é
nem atual, nem iminente, a REPULSÃO contra a AGRESSÃO será uma VINGANÇA,
não havendo legítima defesa.
✅ Da mesma forma, não age em legítima defesa quem aceita um desafio para um
duelo.
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LEGÍTIMA DEFESA
REVISAÇO
SOLDADO
O sucesso é construído passo a passo, e esta última semana é um
passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
✅ O agente deve agir nos limites do que é estritamente necessário para evitar
injusta agressão a direito próprio ou de terceiro.
✅ Para a caracterização da legítima defesa, não basta que o agente demonstre ter
repelido uma injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. É
necessário que os meios usados para repelir a injusta agressão sejam
NECESSÁRIOS e MODERADOS.
☑ Legítima defesa putativa
✅ Agente ACREDITAexistirinjustaagressão, masnãohá. Éconsiderado umERRO DE
TIPO, não excluindo a tipicidade, masapenas o dolo.
✅ Ocorre quando o agente imagina, de forma equivocada, existir legítima defesa. É
discriminante putativa, só responde se houver previsão como crime culposo (Art.
20, §1º, CP). Não é excludente de ilicitude.
☑ Legítima defesa SUCESSIVA
✅ Ocorre nos casos de excesso. O inicial agressor passa a ser agredido em razão
de ter se excedido na legítima defesa. Como o excesso constitui uma injusta
agressão, é admitida pelo ordenamento jurídico pátrio.
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QUESTÕES
REVISAÇO
SOLDADO
O sucesso é construído passo a passo, e esta última semana é um
passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
12) João caminhava pelo bairro de sua residência, ocasião em que visualizou um
vizinho de longa data sendo vítima de roubo circunstanciado pelo emprego de
arma de fogo. Ato contínuo, João correu em direção ao autor do fato, desferindo
um soco em seu rosto. O acusado caiu ao solo e logrou se evadir.
 Considerando as disposições do Código Penal, é correto afirmar que João:
a)responderá pelo delito perpetrado, considerando que a legítima defesa de
terceiros, causa dirimente, pressupõe o prévio pedido da parte interessada;
b)responderá pelo delito perpetrado, considerando que inexiste legítima defesa de
terceiros, mas apenas legítima defesa própria, causa dirimente;
c)atuou sob o manto da inexigibilidade de conduta diversa, causa dirimente;
d)atuou sob o manto da legítima defesa de terceiros, causa de justificação;
e)atuou sob o manto do estado de necessidade, causa de justificação.
13) Durante uma manifestação na cidade, a Guarda Municipal é chamada para
auxiliar no patrulhamento e na proteção das pessoas e do patrimônio público.
Glauco, manifestante exaltado, se dirige a Bruno, guarda municipal em serviço,
fazendo um movimento de iminente agressão contra o agente público. Bruno, por
sua vez, usando moderadamente os meios necessários, repele a injusta
agressão, causando uma pequena lesão à integridade física de Glauco.
 Nesse caso, e com base no Código Penal, a conduta de Bruno foi
a)lícita, uma vez que amparado pela excludente de ilicitude da legítima defesa.
b)lícita, uma vez que amparado pela excludente de ilicitude do estado de
necessidade.
c) lícita, uma vez que amparado pela excludente de ilicitude do estrito cumprimento
do dever legal.
d)ilícita, uma vez que é vedado ao agente público agredir, em qualquer hipótese, um
cidadão, ainda que para proteger direito seu ou de outrem de uma agressão atual
ou iminente.
e)ilícita, uma vez que, tendo causado lesão corporal leve em Glauco, o agente
público deve responder pelo crime previsto no Código Penal.
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QUESTÕES
REVISAÇO
SOLDADO
O sucesso é construído passo a passo, e esta última semana é um
passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
14) Leandro saiu para passear com seu cachorro, da raça Pitbull e, quando
estava voltando pra casa, se depara com Jonas, seu antigo desafeto. Ao ver seu
inimigo, atiça seu cachorro para atacá-lo. Diante da agressão injusta, Jonas
saca sua arma e atira no cachorro, matando o animal.
 
Com relação à situação jurídico-penal de Jonas, a tese defensiva que poderá ser
alegada é
a)legítima defesa.
b)estado de necessidade.
c)exercício regular de direito.
d)estrito cumprimento do dever legal.
e)coação física irresistível.
15) Jorge, delegado de polícia, sacava dinheiro em uma agência bancária,
ocasião em que foi abordado por Ronaldo que, fazendo uso de uma faca,
anunciou o assalto, subtraiu o valor sacado por Jorge e fugiu do local com sua
motocicleta. Jorge, armado de um revólver, o perseguiu, localizando-o cerca de
duas horas após os fatos, há cinco quilômetros do local, quando então efetuou
dois disparos contra Ronaldo que, ferido, caiu da motocicleta e morreu no local.
 
Nesse caso, Jorge:
a)ficará isento de pena por ter agido em estrito cumprimento de um dever legal.
b)agiu em legítima defesa, mas deverá responder pelo excesso.
c)ficará isento de pena por inexigibilidade de conduta diversa.
d)estará acobertado pela excludente da legítima defesa.
e)praticou crime de homicídio doloso.
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QUESTÕES
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SOLDADO
O sucesso é construído passo a passo, e esta última semana é um
passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
16) Maria e Júlia são integrantes do Circo “Seja Feliz” e trabalham juntas na
apresentação de arremesso de facas. Um dia, durante o treinamento que sempre
faziam juntas, iniciou-se uma discussão entre elas por ciúmes do dono do circo,
Astolfo, que, na verdade, sempre preferiu Maria em seu espetáculo.
 Durante a discussão, Maria percebeu que Júlia, completamente descontrolada,
colocou a mão no bolso. Maria pensou que Júlia iria arremessar uma faca em sua
direção. Ato contínuo, pensando estar em defesa de sua vida, Maria arremessou
e atingiu Júlia com uma faca, causando-lhe lesões. Após, constatou-se que Júlia
tinha apenas um lenço em seu bolso e iria utilizá-lo para enxugar suas lágrimas.
Nessa hipótese, é correto afirmar que Maria agiu em
a)legítima defesa.
b)legítima defesa putativa.
c)estado de necessidade.
d)estado de necessidade putativo.
e)exercício regular de direito putativo.
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ESTADO DE NECESSIDADE
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passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
✅ Quem atua em ESTADO DE NECESSIDADE, mesmo praticando um fato típico, não
cometerá um crime. Trata-se de um hipótese de exclusão da ilicitude da conduta. O
fato é típico, mas a conduta é lícita.
1.Quando alguém age em Estado de Necessidade?
👉 Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
exigir-se. 
☑ O primeiro elemento é a existência de um PERIGO ATUAL NÃO PROVOCADO e
INEVITÁVEL.
✅ Se o perigo foi provocado pelo agente, não haverá estado de necessidade.
✅ Se o perigo era evitável, ou seja, se o agente podia de outro modo evitar o perigo,
não haverá estado de necessidade.
⚠ Classificações
Dependendo de quem sofre com a conduta em estado de necessidade:
✅ ESTADO DE NECESSIDADE DEFENSIVO – é o próprio causador do perigo.
✅ ESTADO DE NECESSIDADE AGRESSIVO – é o terceiro não causador do perigo
✅ ESTADO DE NECESSIDADE RECÍPROCO: a situação em que, após um navio
naufragar, seus tripulantes se agridam mutuamente, no intuito de se apoderarem de
uma bóia que flutue no oceano.
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ESTADO DE NECESSIDADE
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passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
☑ O segundo elemento é que o objetivo do agente deve ser SALVAR DIREITO
PRÓPRIO OU ALHEIO CUJO SACRIFÍCIO NÃO ERA RAZOÁVEL EXIGIR. Em outros
termos, a conduta deve ser proporcional.
👉 § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços.
🔴 Nesse caso, não haverá estado de necessidade. Poderá haver um redução de
pena.
🔴 Direito de MAIOR valor NÃO há exclusão, podendo haver redução da pena.
☑ Por fim, pessoas que tem o dever de enfrentar o perigo não podem alegar estado
de necessidade para PROTEGER DIREITO PRÓPRIO.
👉 § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.
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QUESTÕES
REVISAÇO
SOLDADO
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passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
17) João e Guilherme estavam a bordo de uma lancha, a caminho de uma praia
paradisíaca, ocasião em que o marinheiro Jonatan acabou por colidir em uma
pedra. Com a lancha afundando, João e Guilherme se jogaram ao mar, momento
em que visualizaram um único colete salva-vidas. Após uma breve luta corporal,
João conseguiu permanecer com o bem, enquanto Guilherme, desamparado, veio
a óbito.
 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, João atuou sob o
manto do(a):
a)exercício regular de um direito, causa de exclusão da culpabilidade;
b)inexigibilidade de conduta diversa, causa de exclusão da culpabilidade;
c)legítima defesa, causa de exclusão da culpabilidade;
d)estado de necessidade, causa de justificação;
e)legítima defesa, causa de justificação.
18) Sérgio, andando na rua perto de sua residência, se depara com um cachorro
de rua que parte em sua direção para ataca-lo. Muito assustado, Sérgio pega um
canivete em seu bolso e mata o animal.
 
Com relação à situação jurídico-penal de Sérgio, a tese defensiva que poderá
ser alegada é
a)legítima defesa.
b)estado de necessidade.
c)exercício regular de direito.
d)estrito cumprimento do dever legal.
e)coação física irresistível.
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TENTATIVA
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1.Crime Consumado e Crime Tentado
✅ O crime consumado ocorre quando todos os elementos necessários para sua
configuração estão presentes e o resultado esperado é alcançado.
✅ Já o crime tentado acontece quando o agente inicia a execução do crime, mas
não consegue concluí-lo por circunstâncias alheias a sua vontade. 
✅ A punição para a tentativa é geralmente menor do que para o crime consumado.
✅ Nem todos os crimes permitem tentativa. Essa é a diferença básica entre crime
consumado e crime tentado.
Art. 14 - Diz-se o crime: 
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; 
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias
alheias à vontade do agente. 
☑ Situação Hipotética
✅ Você saca a arma, chega a dar alguns tiros (que não matam a vítima), mas é
impedido de prosseguir no ataque com a chegada da polícia. Em outras palavras,
iniciou-se a execução, mas o crime não se consumou por circunstâncias alheias a
sua vontade. Trata-se de um CRIME TENTADO.
✅ Você responderá por homicídio? Sim, por TENTATIVA DE HOMICÍDIO. A punição
será a do homicídio diminuída de um a dois terços.
☑ Punibilidade da Tentativa
✅ Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a
pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
✅ Há DOLO de consumação, isto é, o agente tinha VONTADE de alcançar a
consumação. Um ponto importante da tentativa é que a consumação do crime não
ocorre devido a CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À VONTADE DO AGENTE.
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TENTATIVA
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☑ CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA
• Crimes culposos nos tipos culposos, existe uma conduta negligente, mas
não uma vontade finalisticamente dirigida ao resultado incriminado na lei. Não
se pode tentar aquilo que não se tem vontade livre e consciente, ou seja, sem
que haja dolo. 
• Crimes habituais são aqueles que exigem uma reiteração de condutas para
que o crime seja consumado. Cada conduta isolada é um indiferente para o
Direito Penal. 
• Crimes omissivos próprios o crime estará consumado no exato momento da
omissão. Não se pode admitir um meio termo, ou seja, o sujeito se omite ou
não se omite, mas não há como tentar omitir-se. No momento em que ele devia
agir e não age, o crime estará consumado. 
• Crimes unissubsistentes são aqueles em que não se pode fracionar a
conduta. Ou ela não é praticada ou é praticada em sua totalidade. Ex.: injúria
verbal
• Crimes preterdolosos são aqueles em que há dolo no antecedente e culpa
no consequente. Ex. lesão corporalseguida de morte. Havendo culpa no
resultado mais grave, o crime não admite tentativa. 
• Crimes de atentado são aqueles em que a própria tentativa já é punida com
a pena do crime consumado, pois ela está descrita no tipo penal. 
Ex. art. 352 do CP evadir-se ou tentar evadir-se.
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10594654/artigo-352-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91614/codigo-penal-decreto-lei-2848-40
TENTATIVA
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ESPÉCIES DE TENTATIVA
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2.Crime Impossível – Crime Consumado e Tentado
✅ O crime impossível, também chamado de tentativa inidônea, impossível, inútil,
inadequada ou quase crime, acontece quando alguém tenta cometer um crime, mas
não consegue porque o meio usado é totalmente ineficaz ou o objeto é
absolutamente impróprio.
Crime impossível
CP, art. 17 – Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
✅ A tentativa não é punida. No entanto, é importante que a ineficácia ou
inadequação sejam absolutas, sem nenhuma possibilidade de o crime ser
consumado.
✅ No crime impossível, a pessoa não é penalizada pela tentativa frustrada de
cometer um crime devido à completa ineficácia do método ou à inadequação do alvo.
✅ Diferente da tentativa, onde o crime é iniciado, mas não é concluído por
circunstâncias externas.
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TENTATIVA
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3.DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou
impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
✅ Na desistência voluntária, o agente decide parar de cometer um ato por vontade
própria, enquanto no arrependimento eficaz, o agente realiza o ato, mas depois se
arrepende e impede o resultado.
✅ Esses conceitos excluem a punição pelo ato planejado, desde que o resultado
não ocorra.
✅ O agente ainda é responsabilizado pelos atos já praticados. 
4.Arrependimento Posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
✅ O arrependimento posterior é um instituto no qual uma pessoa que comete um
crime sem usar violência ou ameaça grave pode ter sua pena reduzida se reparar o
dano causado ou restituir a coisa antes do recebimento da denúncia ou queixa. 
✅ Se a vítima recusar a reparação, isso não impede a aplicação da redução da
pena. A rapidez na reparação determina o grau de redução, variando de um terço a
dois terços da pena original.
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QUESTÕES
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19) Cássio, com a intenção de matar Patrício, efetua disparo de arma de fogo em
sua direção, que atinge seu braço e o faz cair no chão. Enquanto caminha na
direção de Patrício para efetuar novo disparo, Cássio percebe a aproximação de
policiais e se evade do local, deixando Patrício apenas com o ferimento no
braço.
 Considerando os fatos narrados, Cássio deverá responder pelo crime de:
a)tentativa de homicídio;
b)tentativa de homicídio, com diminuição da pena pela desistência voluntária;
c)lesão corporal, pois houve desistência voluntária;
d)tentativa de homicídio, com diminuição da pena pelo arrependimento eficaz;
e)lesão corporal, pois houve arrependimento eficaz.
20) De acordo com o Código Penal, diz‐se crime consumado quando nele se
reúnem todos os elementos de sua definição legal. Será tentado quando, iniciada
a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
 A esse respeito, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
 ( ) Crime falho é aquele em que o agente esgota, segundo seu entendimento, todos
os meios que tinha ao seu alcance a fim de alcançar a consumação da infração
penal, que somente não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade.
 ( ) Tentativa incruenta ocorre quando não obstante tenha o agente se utilizado dos
meios que tinha ao seu alcance, não consegue atingir a pessoa ou coisa sobre a
qual deveria recair sua conduta.
 ( ) Tentativa inidônea é aquela em que por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar‐se o crime.
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QUESTÕES
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As afirmativas são, respectivamente,
a)V, V e F.
b)F, V e F.
c)V, V e V.
d)F, F e V.
e)V, F e V.
21) Em dificuldades financeiras, Ana ingressa, com autorização da proprietária
do imóvel, na residência vizinha àquela em que trabalhava com o objetivo de
subtrair uma quantia de dinheiro em espécie, simulando para tanto que
precisava de uma quantidade de açúcar que estaria emfalta. Após ingressar no
imóvel e mexer na gaveta do quarto, vê pela janela aquela que é sua chefe e
pensa na decepção que lhe causaria, razão pela qual decide deixar o local sem
nada subtrair. Ocorre que as câmeras de segurança flagraram o comportamento
de Ana, sendo as imagens encaminhadas para a Delegacia de Polícia.
 Nesse caso, a conduta de Ana: 
a)configura crime de tentativa de furto em razão do arrependimento posterior; 
b)configura crime de tentativa de furto em razão do arrependimento eficaz; 
c)configura crime de tentativa de furto em razão da desistência voluntária; 
d)não configura crime em razão da desistência voluntária; 
e)não configura crime em razão do arrependimento eficaz.
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22) José, pretendendo praticar crime de peculato, ingressa em repartição
pública com a chave que possuía em razão do cargo, na parte da noite, com o
objetivo de subtrair um computador da repartição. Quando estava no interior do
local, todavia, pensa sobre as consequências da sua conduta e que sua família
dependia financeiramente dele, razão pela qual deixa o local sem nada subtrair.
O segurança do local, todavia, informado por notícia anônima sobre a intenção
de José, o aborda na saída da repartição e realiza sua prisão em flagrante.
Considerando as informações narradas, é correto afirmar que a conduta de José:
a)não configura conduta típica em razão do arrependimento eficaz;
b)não configura conduta típica em razão da desistência voluntária;
c)não configura crime em razão do arrependimento posterior;
d)configura tentativa de peculato em razão do arrependimento eficaz;
e)configura tentativa de peculato em razão da desistência voluntária.
23) Jaqueline, namorada de Fábio, descobriu que ele a traiu com sua melhor
amiga. Movida por sentimentos de raiva e vingança, Jaqueline decidiu matar o
namorado. Para isso, Jaqueline preparou para Fábio o drink que sempre fazia nas
noites de sábado, mas, sem que ele soubesse, misturou veneno na bebida, em
quantidade suficiente para matá-lo.
 Após Fábio beber o drink, Jaqueline lembrou dos bons momentos que passaram
juntos ao longo de 5 anos e percebeu que ele sempre foi seu grande amor. Vendo
seu amado perdendoas forças, Jaqueline arrependeu-se e deu a Fábio o
antídoto, salvando-lhe a vida. Fábio não sofreu qualquer dano, pediu desculpas e
o casal reconciliou-se. Nesse caso, podemos afirmar que houve
a)arrependimento posterior.
b)arrependimento eficaz.
c)desistência voluntária.
d)crime tentado.
e)crime impossível.
DIREITO PENAL - GERAL
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QUESTÕES
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24) Após descarregar toda a arma contra a vítima, assim agindo com o escopo
de matá-la, João resolve socorrê-la e a leva para o hospital em seu próprio
veículo. Realizado o atendimento médico adequado, a vítima é salva, inobstante
as lesões graves decorrentes daqueles disparos.
Diante deste quadro, assinale a afirmativa correta. 
a)É hipótese de reconhecimento de desistência voluntária e João deve ser absolvido
por política do legislador. 
b)É hipótese de arrependimento posterior e João deve ter a pena reduzida. 
c)É hipótese de arrependimento eficaz e João deverá responder por lesão corporal
grave. 
d)É hipótese de arrependimento eficaz e João deverá responder por tentativa de
homicídio. 
e)É hipótese de desistência voluntária e João deverá responder por lesão corporal
grave.
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CONFLITOS DE LEIS PENAIS NO TEMPO
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☑ Há basicamente 4 (quatro) situações:
✅ abolitio criminis = Aboliu o Crime
✅ novatio legis in mellius = Nova lei melhorou
✅ novatio legis in pejus = Nova lei prejudicou
✅ novatio legis incriminadora = Nova lei incriminou
☑ 1ª Situação - Abolitio Criminis
✅“Lei Velha” que defina determinado o “FATO A” como CRIME. “Lei Nova” deixou de
considerar crime o “FATO A”, ou seja, a “Lei Nova” ABOLIU esse crime, ocorreu a
abolitio criminis.
✅ Ninguém mais poderá ser punido, pois não existe mais crime. Até mesmo os
casos já decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
👉 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.
Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-
se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.
 
✅ Impõe-se a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, ou seja, impõe o FIM DA PUNIÇÃO.
 
✅ Os efeitos penais são cessados, mas os efeitos civis (extrapenais) persistem
(continuam existindo).
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CONFLITOS DE LEIS PENAIS NO TEMPO
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☑ 2ª Situação - Novatio Legis in Mellius
✅“Lei Velha” que defina determinado “FATO A” como crime sujeito a pena de 10
anos de reclusão.“Lei Nova” diminuiu a pena do “FATO A” para 5 anos, ou seja, a
“Lei Nova” foi MELHOR para o criminoso, ocorreu a novatio legis in mellius.
 
👉 Art. 2º - (...)
Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-
se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.
✅ Na abolitio criminis e na novatio legis in mellius aplica-se o PRINCÍPIO DA
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA.
✅ A lei nova mais benéfica ao autor do crime terá efeitos (ATIVIDADE) no passado
(RETRO), ou seja, aplica-se, inclusive, a fatos ocorridos antes de seu nascimento,
antes de sua ATIVIDADE, logo, será RETROATIVA.
✅ Súmula 611/STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao
juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.
☑ 3ª Situação - Novatio Legis in Pejus
 
✅“Lei Velha” que defina determinado “FATO A” como crime sujeito a pena de 10
anos de reclusão. “Lei Nova” aumentou a pena do “FATO A” para 15 anos, ou seja, a
“Lei Nova” PREJUDICOU o criminoso, ocorreu a novatio legis in pejus.
 
✅ A lei nova gravosa não tem qualquer efeito sobre os fatos passados, ou seja, não
retroage, trata-se do PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL GRAVOSA.
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CONFLITOS DE LEIS PENAIS NO TEMPO
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passo decisivo. Vá com tudo, pois a vitória está ao seu alcance!
☑ 4ª Situação - Novatio Legis Incriminadora
✅“FATO A” que não é considerado crime pelas leis brasileiras. “Lei Nova” passou a
considerar o “FATO A” como CRIME, ou seja, a “Lei Nova” INCRIMINOU tal fato,
ocorreu a novatio legis incriminadora.
✅ A “Lei Nova” é mais GRAVOSA, ou seja, prejudicial ao réu. Não haverá
retroatividade.
✅ Na novatio legis in pejus e na novatio legis incriminadora aplica-se o
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS GRAVOSA.
👉 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
✅ Se uma lei penal nova criar um crime ou aumentar uma pena, estará sendo
mais gravosa, e só será aplicada aos fatos que ocorrerem a partir da vigência da lei
nova.
 
👉 Constituição Federal Art. 5º 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
✅ Assim, se a lei pena for GRAVOSA, ou seja, PREJUDICAR O RÉU, ela não
retroagirá.
✅ REGRA GERAL: lei penal incide sobre fatos ocorridos durante a sua
vigência(tempus regitactum).
✅ Súmula 711 STF - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.
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Lei penal no tempo
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-
se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência.
✅ Na verdade, a lei penal excepcional e a lei penal temporária (CP, art. 3º)
possuem ultratividade, uma vez que se aplicam ao fato praticado durante sua
vigência, embora decorrido o período de sua duração (temporária) ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram (excepcional).
✅ Em outras palavras, ultratividade significa a aplicação da lei mesmo depois de
revogada (não incide o princípio da abolitio criminis).
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QUESTÕES
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25) Mônica foi condenada a 8 (oito) anos de reclusão, em regime inicialmente
fechado, tendo a sentença condenatória transitado em julgado em 2020, quando
se iniciou o cumprimento da pena em estabelecimento prisional. Em 2022, a
legislação penal sofreu modificação, reduzindo a pena máxima do delito
cometido por Mônica para 5 (cinco) anos de reclusão.
Nesse caso, competirá ao Juiz da execução
a)cientificar o Ministério Público e a defesa da condenada acerca do advento da
nova lei mais benéfica, a fim de que seja ajuizada ação de revisão criminal perante
o juízo de origem.
b)informar ao juízode origem sobre o advento da nova lei mais benéfica, a fim de
que proceda à alteração da sentença.
c)a aplicação de lei posterior que, de qualquer modo, favoreça a condenada, desde
que ainda não tenha ocorrido o trânsito em julgado da sentença condenatória.
d)a aplicação de lei posterior que, de qualquer modo, favoreça a condenada.
e)a aplicação de lei posterior que, de qualquer modo, favoreça a condenada, desde
que o crime pelo qual foi condenada não seja hediondo com resultado morte,
hipótese em que os autos devem ser remetidos ao juízo de origem.
26) Manuel praticou crime de sequestro contra a vítima Carla, que se encontrava
em cativeiro há três meses. Durante esse período em que a vítima se encontrava
privada da sua liberdade, entrou em vigor lei penal nova, prevendo aumento de
pena para o crime de sequestro, o qual só cessou após a lei nova ter entrado em
vigor.
 Diante dessa hipótese, quanto à aplicação da lei penal no tempo, é correto
afirmar que:
a)não poderá ser aplicada a lei posterior mais grave, a qual não possui ultratividade;
b)será aplicada a lei penal posterior mais grave, cuja vigência é anterior à cessação
da permanência do crime;
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O sucesso é construído passo a passo, e esta última semana é um
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c)não poderá ser aplicada a lei posterior mais grave, que só retroagirá se for mais
benéfica ao réu;
d)será aplicada a lei penal anterior, em obediência ao princípio tempus regit actum
e)não poderá ser aplicada a lei penal mais grave, pois não se admite a novatio legis
in pejus.
27) Relativamente ao tema da aplicação da lei penal no tempo, analise as
afirmativas a seguir.
 
I. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente,
se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
II. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela os efeitos penais da sentença condenatória, incidindo
o princípio da abolitio criminis aos crimes decorrentes de leis penais
excepcionais e temporárias.
III. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado e já iniciada a execução da pena.
 Está correto o que se afirma em:
a)II, apenas.
b)I e II, apenas.
c)I e III, apenas.
d)II e III, apenas.
e)I, II e III.
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