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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Bacharelado em Engenharia Ambiental Disciplina: Química Analítica Atividade 2 - Relatório aula prática: determinação de carbono orgânico por oxidação pelo dicromato de potássio e titulação do excesso do oxidante por iodometria Discentes Adailton Pereira de Brito RA 574775 Camila Pereira Montovani RA 574694 Catharine Martins Vaurof RA 574996 Daiana Tobias Nunes RA 574856 Elisangela Ferreira Lima RA 574740 Profa. Dra. Andreia Pereira Itapetininga 2015 1. Introdução Um elemento químico extremamente importante é o carbono, sem ele é impossível que haja vida animal ou vegetal. O carbono C, elemento não-metálico tetravalente, está localizado na família 4A da tabela periódica, apresenta o número atômico 6, massa atômica 12. Grande parte do carbono presente na natureza está na forma de compostos, principalmente nos compostos orgânicos, que apresentam o esqueleto de suas cadeias compostas por este elemento. O DNA, as proteínas e outros compostos importantes para a vida são formados por cadeias carbônicas. No solo o carbono pode estar disponível em várias formas, podendo apresentar-se como carvão e como constituinte de moléculas orgânicas complexas como celulose, proteína, restos de tecido vegetal e no húmus, mas a forma orgânica é a que apresenta maior interesse, pois está relacionada diretamente à retenção de nutrientes e à vida microbiana. O método analítico mais utilizado para esta determinação fundar-se na oxidação do carbono orgânico por dicromato de potássio em meio ácido concentrado. O dicromato de potássio em presença de ácido sulfúrico a quente altera-se em dióxido de carbono todas as formas oxidáveis de carbono presentes na amostra. Para aumentar a eficiência da oxidação, utiliza-se excesso do agente oxidante. Após a oxidação do carbono, sobra-se uma determinada quantidade de dicromato de potássio que é determinado por titulação com tiossulfato de sódio. Sabendo-se a quantidade de dicromato de potássio que estava presente no início e a quantidade final após a reação com o carbono, calcula-se a quantidade de oxidante consumida e assim a massa de carbono, ou seja, de matéria orgânica presente na amostra. O uso de reagentes contendo crômio hexavalente tem sido criticado, por causa de suas características carcinogênicas, evidenciadas em estudos de casos com animais e humanos. Contudo, por se tratar de um método clássico de análise quem emprega instrumentos simples, seu baixo custo por amostra e sua utilização por décadas, não tem sido substituído na maioria dos laboratórios (Westphalen, 2013). Nas reações de oxirredução há duas semi-reações: oxidação, onde há perda de elétrons e redução, onde há ganho de elétrons. Nas reações de oxidação tem-se o agente redutor que é o elemento que provoca a redução, sendo que, ele próprio, sofre a oxidação e nas reações de redução tem-se o agente oxidante que é o elemento que provoca a oxidação, sendo que, ele próprio, sofre redução. 2. Objetivo O objetivo dessa atividade é a determinação de carbono orgânico por oxidação pelo dicromato de potássio e titulação do excesso do oxidante por iodometria. 3. Procedimento experimental 3.1. Equipamentos Para este experimento não são necessários equipamentos: 3.2. Materiais e reagentes Para este experimento são necessários os seguintes materiais e reagentes: - amostra; - espátula; - garra; - suporte universal; - 2 balão volumétrico de 100 mL; - 1 pipeta graduada de 10 mL; - 3 pipeta graduada de 5 mL; - 1 pipeta volumétrica de 10 mL; - 2 pipeta volumétrica de 5 mL; - 1proveta de 50 mL; - bureta; - 2 erlenmeyer de 250 mL; - 20 mL de solução de dicromato de potássio 2N; - 10 mL de ácido sulfúrico concentrado; - 10 mL de ácido fosfórico; - 4 mL de solução de iodeto de potássio ao 20%; - solução padronizada de tiossulfato de sódio 0,05N; - 1 mL de solução indicadora de amido; - água destilada; 3.3. Procedimento experimental e métodos de cálculo Para a realização do experimento seguiu-se os passos abaixo: - transferir 0,5 grama da amostra preparada para um balão volumétrico de 100 mL; - com pipeta graduada de 10 mL, adicional 10 mL da solução de dicromato de potássio 2N; - homogeneizar; - utilizando uma pipeta graduada de 5 mL, adicionar 5 mL de ácido sulfúrico concentrado; - aguardar por 30 minutos; - em outro balão volumétrico de 100 mL, adicionar com pipeta volumétrica de 10 mL, 10 mL de de dicromato de potássio 2N; - adicionar com pipeta graduada de 5 mL, 5 mL ácido sulfúrico concentrado; - este será a prova em branco; - aguardar os balões volumétricos esfriarem e completar o volume com água destilada; - deixar em repouso até a decantação da parte sólida; - transferir 5 mL do sobrenadante da amostra preparada, utilizando pipeta volumétrica de 5 mL, para um erlenmeyer de 250 mL; - para outro erlenmeyer de 250 mL, transferir 5 mL do sobrenadante da prova em branco, utilizando pipeta volumétrica de 5 mL; - medir em uma proveta de 50 mL, 50 mL de água destilada e adicionar em cada erlenmeyer; - com uma pipeta graduada de 5 mL adicionar 5 mL de ácido fosfórico e com outra pipeta adicionar 2 mL de solução de iodeto de potássio ao 20% em ambos os erlenmeyers; - agitar e deixar reagir por 10 minutos em local escuro e com os erlenmeyers tampados; - titular o iodo livre com solução padronizada de tiossulfato de sódio 0,05N até apresentar coloração amarela claro; - neste ponto, adicionar 1 mL da solução indicadora de amido e continuar a titulação até o aparecimento da coloração verde claro; - anotar o volume gasto na titulação; - calcular: o teor de matéria orgânica da amostra e expresse o resultado em porcentagem (g de matéria orgânica/100 g da amostra). 4. Resultados Os resultados obtidos neste experimento constam na Tabela 1. Amostra Repetição da amostra Massa da amostra Volume de tiossulfato 0,05N (mL) 4 R1 1,040 14,000 14,300 R2 1,000 14,200 14,300 3 R1 1,030 19,000 18,800 R2 1,020 18,900 18,800 Branco R1 19,600 2 19,700 R2 19,700 19,600 Tabela 1. Dados brutos obtidos. Fonte: disciplina de Química Analítica. A seguir é ilustrado na Tabela 2 os dados estatísticos da amostra. Amostra Repetição da amostra Massa da amostra (g) Volume de tiossulfato 0,05N (mL) Amostra Repetição da amostra Massa da amostra (g) Volume de tiossulfato 0,05N (mL) 4 R1 1,040 14,000 Branco R1 19,600 14,300 2 19,700 R2 1,000 14,200 R2 19,700 14,300 19,600 3 R1 1,030 19,000 19,6500 18,800 0,0577 R2 1,020 18,900 0,2938 18,800 1,0225 16,5375 0,0171 2,5014 1,6702 15,1256 Coeficiente de variação Média Desvio padrão Coeficiente de variação Média Desvio padrão Tabela 2. Dados da amostra com os dados estatísticos. Fonte: disciplina de Química Analítica. As reações que ocorrem nesse experimento são: Cr2O7 + 3C + 16H+ → 4Cr3+ + 3CO2 + 8H2O Cr2O7 -2 + 6I- + 14H+ → 3I + 2Cr3+ + 7H2O Para determinar o equivalente de tiossulfato de sódio 0,05N utiliza-se a fórmula: Equivalentes = normalidade do tiossulfato x volume gasto na titulação (mL) (1) Para a amostra tem-se: Equivalentes = 0,05 x 16,5375 Equivalentes = 0,8269 miliequivalentes Para o branco tem-se: Equivalentes = 0,05 x 19,6500 Equivalentes = 0,9825 miliequivalentes Em seguida é necessário encontrar a quantidade o equivalente de dicromato de potássio que reage com a matéria orgânica em 5 mL que vieram do balão volumétrico de 100 mL, para isso seguir a fórmula: Equivalente de dicromato de potássio que reage com a matéria orgânica em 5 mL = equivalentesbranco – equivalentesamostra (2) Equivalente de dicromato de potássioque reage com a matéria orgânica em 5 mL = 0,9825 – 0,8269 Equivalente de dicromato de potássio que reage com a matéria orgânica em 5 mL = 0,1556 miliequivalentes Em seguida é necessário, via regra de três, determinar a quantidade de dicromato de potássio que reage com a matéria orgânica em 100 mL: 0,1556 miliequivalentes – 5 mL x miliequivalentes – 100 mL 5x – 100 * 0,1556 x = 3,112 miliequivalentes 5. Discussão Após os cálculos encontrou-se 3,112 miliequivalentes de matéria orgânica na amostra que é um bom valor e ofereceu evidência com desvio padrão da média 0,0577, com coeficiente de variação 0,2938 o que comprova sua precisão obtida no teste. A reprodutividade foi efetiva nas 3 repetições, embora a exatidão foi avaliada e expressa como incerteza genérica. 6. Conclusão O método idiométrico é uma técnica oxidante eficaz na determinação de Carbono do Dicromato de Potássio, porém não encontramos na literatura se a quantidade de 3,112 miliequivalentes de Carbono na matéria orgânica é uma técnica precisa de determinação de carbono. 7. Referências bibliográficas Carbono. Disponível em:http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/carbono/. Acesso em 20 set. 2015. Carbono orgânico e carbono residual do solo em sistema de plantio direto, submetido a diferentes manejos. Disponível em: http://agraria.pro.br/sistema/index.php?journal=agraria&page=article&op=viewArticle& path%5B%5D=agraria_v6i3a944. Acesso em 20 set. 2015. Material de aula teórica e de aula prática da disciplina de Química Analítica da Universidade Federal de São Carlos, 2015. Westphalen, F. Estudo da oxi-redução. 2013. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/341962/ >. Acesso em: 21 set. 2015. http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/carbono/ http://agraria.pro.br/sistema/index.php?journal=agraria&page=article&op=viewArticle&path%5B%5D=agraria_v6i3a944 http://agraria.pro.br/sistema/index.php?journal=agraria&page=article&op=viewArticle&path%5B%5D=agraria_v6i3a944