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Anna Luísa Barbosa - 76D
CMMG
HEMOGRAMA E ANEMIAS
CONCEITOS BÁSICOS
SANGUE
→ 25% do líquido extracelular
→ Transporte dos diversos elementos pelo
corpo .
→ 7% do peso corpóreo
Produção:
● Feto: saco vitelino, baço, fígado e
medula óssea
● Até 5 anos de idade: todos os ossos
● Adultos: epífises dos ossos longos e
também no externo, na pelve, na
coluna vertebral, nas costelas e no
crânio
→ É a porção circulante do sistema
cardiovascular responsável por transportar
material de uma parte do corpo para outra.
É considerado um tipo de tecido conjuntivo,
por apresentar células separadas
(elementos figurados - células do sangue)
por grande quantidade de matriz
extracelular.
→ 55% do sangue é plasma e 45% são as
células (eritrócitos, leucócitos e plaquetas).
● Hemácias: constituem a maior
quantidade de células do sangue, e
são altamente especializadas no
transporte de O2 e CO2.
● Leucócitos: são divididos em
granulares e agranulares.
•Granulares: neutrófilos, eosinófilos e
basófilos.
• Agranulares: linfócitos e monócitos.
● Plaquetas: são fragmentos
HEMATOPOIESE
Medula óssea vermelha
→ Contém células tronco pluripotentes,
que possuem 2 propriedades: capacidade de
gerar novas células tronco (auto renovação,
que garante a perpetuação dessas células),
e de se diferenciar em células sanguíneas -
progenitores - (processo contínuo e
intenso).
→ Hematopoiese se inicia na fase
intrauterina - nas primeiras semanas de
gestação(somente eritropoiese) e depois o
fígado passa a ser o principal órgão
eritropoiético (até o 5 mês) depois - medula
Anna Luísa Barbosa - 76D
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→ Eritropoese: proeritroblasto ->
eritroblasto basófilo -> eritroblasto
policromático -> eritroblasto acidófilo ->
reticulócitos -> eritrócitos.
ERITROPOIESE
→ Eritropoiese é o processo de produção e
de maturação dos glóbulos vermelhos
(eritrócitos/hemácias) que ocorre na
medula óssea através das células tronco
hematopoiéticas. Em fetos ou pacientes
com anemias graves esse processo ocorre
no fígado ou baço (eritropoese
extramedular).
CONTROLE DA ERITROPOIESE
RETICULÓCITOS
→ Eritrócitos jovens -> anucleados
→ Ribossomo
→ Aspecto mais azulado - acinzentado ->
policromasia
→ Possui um tamanho maior em relação às
hemácias
ERITRÓCITOS (HEMÁCIAS)
→ Discos bicôncavos -> aumenta a
superfície
→ 120 dias de vida - depois disso ela é
distruida pelo sistema fagocitico MN
→ Carrega a hemoglobina que é a principal
responsável pelo transporte do 02
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HEMOGRAMA
→ Avalia quantitativa e qualitativamente os
grupos de células do sangue periférico
● ERITROGRAMA - hemácias
● LEUCOGRAMA - Neutrófilos,
Linfócitos, eosinófilos, basófilos,
monócitos
● PLAQUETAS - modulam a
coagulação
→ Essa avaliação é realizada em 2 etapas:
análise em um equipamento automatizado
(dosagem e contagem das células) e depois
a análise morfológica manual realizada por
uma lâmina corada e levada ao microscópio
para observação (hematoscopia).
HEMOGRAMA - AMOSTRA (PRÉ -
ANALÍTICA)
→ Frasco com tampa roxa: EDTA
(quelante de Ca +) - preserva a morfologia
celular por aproximadamente 6h em temp.
Ambiente e 24h em geladeira (4 C)
→ > 6 hs - alteração da coloração e
lobulação nuclear de leucócitos, citoplasma
perde a definição, formação de vacúolos em
monócitos e segmentados e ainda↑VPM e
Ht,↓ leucócitos e plaquetas (agregação
induzida pelo EDTA)
→ Sangue
● Venoso ou Capilar (escoamento
espontâneo para não alterar a
composição do sangue)
. Lóbulo orelha . Calcanhar . Polpa digital
ERITROGRAMA
● Contagem de hemácias
● Dosagem de hemoglobina
● Determinação do hematócrito
HEMÁCIAS
→ Disco bicôncavo de 8 μm , cuja
conformação aumenta a área de combinação
com oxigênio permite a passagem em
capilares
→ Compõe - se de globina( proteína
simples) e grupo heme, que contém um
átomos de ferro e um pigmento vermelho, a
porfirina.
→ 120 dias
CONTAGEM
Impedanciometria - Passagem de partículas
em suspensão (num líquido condutivo)
através de pequena abertura gera o pulso
elétrico, o que gera a contagem da partícula
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HEMOGLOBINA
→ Transporte O2 e CO2;
→ 1g hg transporta 13,4mL de O2/1000
mL de sangue - VR: 12, se <10 hipocromica
→ Tetrâmero: 2 cadeias alfa proteína e 2
subunidades b - proteínas (HgA )
→ Hg fetal até os 6 m de idade
MÉTODO: Colorimétrico
● Dosagem: manual ou automática
(hemolisa a hemácias)
● Solução de Drabkin (ferrocianeto
de K e cianeto de K+)
● FeCi - oxida hb → metemoglobina
que c/ cianeto → composto
cromogênico→ cianometemoglobina
● Leitura em espectrofotômetro
● Resultado expresso em g/ dL
HEMATÓCRITO
→ É a razão entre o volume ocupado pelas
hemácias e o volume total de sangue
→Micro hematócrito X hematócrito
automatizado:
→ Micro hematocrito: tubo 75 mm/1,2 mm;
fundo; plasma aprisionado
→ Contador eletrônico: Ht = VCM X Hm
ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS
→ Volume corpuscular médio (VCM) =
hematócrito x 10/hemácia (milhão)
● Expressa a média de volume dos
eritrócitos
● Permite a classificação de anemias
em Micro, normo e macrocitose
→ Hemoglobina Corpuscular Média
(HCM)= hgx10/hm(milhão)
● quantidade média de hemoglobina
por eritrócito
● Permite a classificação em
hipocrômicas e normocrômicas
● hiperlipidemia e leucocitose > 50
mil pode falsamente elevar o HCM
→ Concentração de Hemoglobina
Corpuscular Média (CHCM) = Hgx100/ht
● quantidade relativa de hemoglobina
na hemácia pelo tamanho
● Permite a classificação das anemias
em normocrômica, hipocrômica
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CMMG
→ Índices fornecidos pelos contadores
automáticos:
● Red cell distribuition width (RDW):
Indica a variação do tamanho das
hemácias (anisocitose)
● As medidas são computadorizadas
● Permite a classificação das anemias
microcíticas
CONTAGEMDE RETICULÓCITOS
→ Fornece de forma indireta a velocidade
que está acontecendo a eritropoiese na
medula
→ VR: 0,5% a 1,5% ou 25.000 a 75.000
→ Permite classificar as anemias em:
● Regenerativas
● Hiporregenerativas
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ANEMIAS
Diminuição da massa eritrocitária funcional
e laboratorialmente diminuição da Hg
→ ELA É UM SINAL, NÃO O
DIAGNÓSTICO
• Heme: ferropenia ou ferro livre devido a
defeito na produção do grupo heme
sideroblástica -> DEFEITO na produção
do grupo heme -> ferro não consegue
aderir a hemoglobina
• Globinas: defeitos herdados ou adquiridos
na produção da globina (talassemia)
→ Geralmente não é um diagnóstico maior
e sim consequência
● Crianças: carências nutricionais
● Adultos: sangramentos, doenças
inflamatórias ou disabsortivas e
neoplasias
● Hemoglobinopatias
● Desnutrição
• Sintomas: astenia e fraqueza são os mais
comuns, sendo associada à
morbimortalidade em crianças e mulheres
diminuição da produtividade em adultos e
repercussão cognitiva e comportamental
em crianças
• Aguda (perda sanguínea): taquicardia,
hipotensão postural, tontura, mal estar
• Crônica: adaptação, que pode manter o
paciente assintomático
• Exame Físico: palidez de mucosa (NÃO
há concordância entre examinadores, nem
relação palidez/anemia) -> DICA: olhar a
língua do paciente
ABORDAGEM INICIAL
→ Realização de Eritrograma , Verificar:
Hg, VCM, HCM e CHCM
→ Se Hemoglobina Inferior ao VR =
Anemia
• Se VCM inferior a VR (<80) = Anemia
Microcítica
• Se VCM dentro VR (80 a 100) = Anemia
Normocítica
• Se VCM superior ao VR (>100) =
Anemia Macrocítica
• Se HCM ou CHCM inferior ao VR =
hipocromia (Hg acima de 10 g)
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→ RDW: mede a variação do diâmetro da
hemácia
● Se acima do VR = Anisocitose
FERRO
→ adulto 50 mg/kg h, 40 mg/kg em
mulheres
→ 450 ml de sangue 200 mg
→ 15 mg na dieta para 1 mg absorvido, raro
>6
→ Mioglobina 4 - 5% do ferro total
→ Habilidade aceitar e doar elétrons -
imprescindível para diversas reações
biológicas
→ Em excesso reage com o oxigênio
gerando radicais hidroxil e ânions
superóxidos
METABOLISMODO FERRO
→ Do nascimentoaté 2 anos de idade e
durante a adolescência, quando o rápido
crescimento requer grande ingestão de
ferro
→ Durante a gestação, a necessidade de
ferro fetal aumenta a necessidade de ferro
materno (em média de 0,5 a 0,8 mg/dia)
→ A lactação também aumenta a
necessidade de ferro (em média 0,4
mg/dia).
→ A diminuição da absorção de ferro pode
resultar de gastrectomia ou síndromes
disabsortivas como doença celíaca , gastrite
atrófica e cloridria.
→ Fatores que podem desencadear
alterações nos níveis de ferro:
● perda de sangue
● aumento da necessidade do ferro
● diminuição na absorção do ferro
FASES DA METABOLIZAÇÃO DO
FERRO
→ O ferro utilizado pelo organismo é
obtido de duas fontes principais: da dieta e
da reciclagem de hemácias senescentes.
→ Metabolismo do ferro: o ferro dos
alimentos é absorvido no duodeno e jejuno
proximal , apenas 10% do ferro consumido é
absorvido e quando em deficiência de ferro
até 50% pode ser absorvido.
→ O ferro é absorvido pelo enterócito e
então pode ser estocado em moléculas de
ferritina ou pode passar pela ferroportina
(é como um portão que deixa o ferro passar
pro sangue), com isso ele se liga a
transferrina (proteína transportadora de
ferro) que o leva até a medula óssea onde
será utilizado para formação da
hemoglobina. A ferroportina pode ser
inibida pela hepcidina, dessa forma, a
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hepcidina serve como um regulador do ferro
quando seu funcionamento fisiológico.
→ A eliminação do ferro é difícil, pois o
ferro é eliminado por sangramento
gastrointestinal.
FERRO - FONTE OU RECICLADO
→ 90% ou mais do ferro no organismo está
associada à molécula de Hb
→ hemácias senescentes representam (25
mg a 30 mg/dia), degradadas pelos
macrófagos do baço, medula óssea e fígado,
devido a modificações bioquímicas na
superfície
→ Essa quantidade de ferro reciclado é
suficiente para manter a necessidade diária
de ferro para a eritropoese
→ Fe2+: retido no macrófago dentro das
moléculas de ferritina ou transportado para
o plasma onde é oxidado a Fe3+ que será
transportado pela transferrina até a medula
óssea, onde participará da
hemoglobinização de novos eritrócitos
→ Ferro armazenado: ferritina
VEGETARIANO X ANEMIAS
→ Para que a medula óssea produza as
hemácias, ou seja, para que ocorra a
eritropoiese, são necessárias
concentrações suficientes de ferro,
vitamina B12 e folato.
• Se existe uma deficiência desses
elementos essenciais, a produção de
eritrócitos fica diminuída e as
concentrações de hemoglobina caem
→ O ferro dietético de origem animal
(derivado da hemoglobina e da mioglobina) é
chamado de ferro heme, enquanto o de
origem vegetal, não heme.
→ De forma simplificada, a diferença entre
o ferro heme e o não heme é que o primeiro
tem o anel de porfirina em torno dele (como
se fosse uma bolha de proteção), enquanto
o segundo não o tem.
• Isso quer dizer que quando você se
alimenta do ferro heme, poucas coisas irão
alterar sua absorção – diferentemente do
ferro não heme, que é muito mais vulnerável
a fatores que facilitam ou dificultam a
absorção.
• Por isso existe o conceito de que o ferro
heme é bem absorvido (de excelente
biodisponibilidade)
→ A vitamina B12 e o folato (vitamina B9)
são vitaminas do complexo B fundamentais
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precursores do DNA. De forma resumida,
tanto os folatos como a vitamina B12 são
indispensáveis para a síntese da timidina, um
dos nucleotídeos que compõem o DNA, e a
carência de um deles tem como
consequência menor síntese de DNA.
→ A B12 é o único nutriente que o
vegetariano talvez precise complementar,
mesmo com uma alimentação bem planejada,
por só estar presente em quantidade
significativa nos alimentos de origem animal.
A deficiência de folato acaba sendo menos
frequente porque geralmente reflete uma
ingestão inadequada.
→ pacientes veganos ou vegetarianos ->
ingerem na forma de ferro livre -> deve
recomendar utilizar vitaminas para auxiliar
na digestão do ferro
FERRITINA
→ Ferritina plasmática é proporcional às
reservas de ferro existentes, sendo que
1µg/L corresponde a 8 10 mg de ferro
armazenado intracelularmente
→ Presente em quase todas as células,
fígado, baço, medula, macrófago
Elevada: doenças com acúmulo de ferro,
doenças inflamatórias aguda e crônica,
alcoolismo, neoplasia
→ A cadeia H da ferritina tem atividade
ferroxidase e converte Fe2 em Fe3, após
internalização dentro do complexo ferritina.
L subunidade promove a formação do core
de ferro
→ A hemossiderina é derivada da digestão
lisossômica parcial de moléculas de ferritina
que posteriormente se agrupam, mas que
ainda servem como estoque de ferro na
medula óssea e fígado .
● Em grande quantidade é tóxica
→ ferritina sérica pode ser realizado por
alguns métodos, como (1) ensaio
imunorradiométrico , (2) ensaio de
imunoabsorção enzimática (ELISA), (3)
ensaios imuno quimioluminescente e (4)
métodos imuno fluorimétricos
Anna Luísa Barbosa - 76D
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AVALIAÇÃO DA ANEMIA
MICRO/NORMOCÍTICA COM
FERRITINA NOU ELEVADA
HEMATOLOGIA
→ Reticulócitos: correspondem as
hemácias jovens presentes no sangue
periférico (RNA ribossomal residual)
→ Índice da produção de hemácias
→ Avalia a integridade da Medula Óssea
(Regenerativa)
● precisa dos elementos suficientes
para fabricação de hemácias ->
Ferro, B12, ácido fólico e ferritina
-> elementos para hemácias
● Se vitamina B12, ácido fólico e
ferritina estão normais -> pode ser
problema na medula
→ Valor referência: 0,5 a 1,5% ou 25.000
a 75.000/mm3
Interpretação da contagem de reticulócitos
considerando a presença de anemia e o
tempo de maturação dos reticulócitos
→ > 2% anemia regenerativa = paciente em
tratamento da anemia ou significa que a
medula está produzindo novas hemácias
para resolução da anemia
→ Hipo regenerativa - quando está menor
que 2 -> investigar o porquê
ANEMIA POR DOENÇA CRÔNICA
→ Segunda causa mais prevalente nos
pacientes com anemia
→Ocorre em doenças que causam ativação
imune e inflamação, tais como infecção
crônica, doenças autoimunes e câncer
PODE SER: normocítica/ normocrômica
ou microcítica/ hipocrômica
Ht = 25/40%, Hb = 9/12 g/dl
→ Hipoferremia na presença de estoques
adequados de ferro
MECANISMOS
→ Restrição a mobilização de seus
depósitos e diminuição da absorção
● Produção de interleucinas (IL6) que
estimula a produção de hepcidina
Anna Luísa Barbosa - 76D
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→ Supressão da eritropoiese pelos
mediadores da inflamação
● Redução da produção da
eritropoetina (EPO), assim como da
redução da resposta à sua ação
→Diminuição da sobrevida hemácia
● Eritrofagocitose aumentada, tanto
pelos macrófagos do fígado quanto
do baço
→ Diagnóstico às vezes é dificultado por
sua concomitância com a deficiência de
ferro, ou de outro nutriente, com a
hemorragia, ou pelo fato de o fenômeno
inflamatório não ser evidente
HEPCIDINA
→ TFR1 e TFR2, regulam síntese: o ferro
se liga ao receptor de transferrina1,
deslocando a proteína da hemocromatose.
Este complexo se liga ao receptor de
transferrina 2, aumentando a transcrição
de hepcidina diretamente ou pela ativação
do complexo proteína óssea morfogenética
6 hemojuvelin
→ Síntese hepática de hepcidina pela IL 6,
considerada uma proteína de fase aguda
→ Alvo molecular é a ferroportina:
internalização e degradação lisossomal do
transportador ferroportina e a diminuição
da saída de ferro dos enterócitos duodenais
e macrófagos
→ Deficiência de ferro, hipóxia,
eritroferrone , estrógeno, progesterona e
fator de crescimento, inibem
→Dosagem Espectrometria de massa
Anna Luísa Barbosa - 76D
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ANEMIA COM FERROPENIA
→ Dosagem de ferro sérico: Método
colorimétrico
→ VR: 50 - 160 ug/dL (variação sexo e
idade e dependente da metodologia)
Saturação de Transferrina e Capacidade de
Ligação do Ferro
→ Capacidade de ligação de ferro de soro
insaturado e capacidade de ligação ferro
total (TIBC) são determinadas por meio daadição suficiente de Fe3 + para saturar
locais de ligação do ferro em transferrina .
→ A concentração de ferro sérico é baixa
na deficiência de ferro e em muitas doenças
crônicas, sendo elevada nas síndromes
hemolíticas e nas síndromes de sobrecarga
de ferro. A capacidade de fixação do ferro
aumenta na deficiência de ferro, enquanto a
saturação de transferrina diminui.
● Saturação de transferrina (%) =
(100 × ferro sérico)/TIBC
→Os valores de referência estão entre 20
e 50%.
● Valores baixos podem ser
encontrados na anemia ferropriva e
de doença crônica, e valores
aumentados, em anemias
hemolíticas, sideroblásticas e
megaloblásticas.
TRANSFERRINA
→ conduz o ferro para diversas partes do
corpo
→ para dosar -> desloca a ligação do ferro
com a transferrina
→ Síntese, pelo fígado, inversamente
proporcional aos estoque de ferro
→ A ligação do ferro à transferrina
possibilita o aumento da sua solubilidade e
atenua sua reatividade garantindo o
transporte seguro e liberação para as
células.
● Contém 4mg ligados
● Saturação de Transferrina 20% e
45%
Avaliação laboratorial - Concentração de
hemoglobina no Reticulócito
→ Diminui 2 dias após a baixa do ferro
medular
→Não altera com a inflamação
C Correlação com ferritina
● VR 28 a 35
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Dosagem de Receptores Solúveis de
Transferrina
→ Forma incompleta do receptor tecidual
da transferrina
→ Concentração sérica é proporcional a
expressão medular
→ Eritroblastos e reticulócitos a principal
origem circulante
→ Não são afetados por infecção ou
inflamação ou sexo ou idade e se eleva na
presença de anemia.
→ Pode estar aumentado em situações de
expansão do compartimento eritróide ,
(anemias hemolíticas, SMDs ou uso de
agentes estimulantes da eritropoiese)
→ Diminuído na falência medular, DRC, e
no excesso de ferro
● Método : nefelometria (VR homem
= 2,1 - 4,5 mg/L; mulher = 1.8 a 4.6
mg/L
Hemácias normocíticas e normocrômicas
Poiquilocitose - hemácias de formas
variadas
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Microcitose - Hipocromia
Anisocitose - Macrocitose
Esferócitos
Dacriócito ou hemácias em forma de
lágrima
Eliptócitos
Estomatócitos
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Esquizócitos
Drepanócitos - comum na anemia
falciforme
Hemácias em alvo
Setas vermelhas: Eritroblasto
ortocromático
Bite Cells
Burr Cell
HEMATOSCOPIA
→ FORMA: a variação na forma das
hemácias é denominada poiquilocitose.
• Eliptócitos: eliptocitose hereditária,
ferropriva, talassemias
• Esferócitos: esferocitose hereditária,
AHAI
• Estomatócitos: artefato, estomatocitose
hereditária, hemólise
• Hemácias em alvo: Talassemias,
hepatopatias
• Esquizócitos: micro angiopatia (CIVD,
PTT, SHU)
• Drepanócitos: síndromes falciformes
• Acantócitos: hepatopatias, insuficiência
renal
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ANEMIA MACROCÍTICA
Megaloblástica
→ Alteração na síntese DNA e na divisão
celular
→ Assincronia de maturação
núcleo/citoplasma
→ Formação de células de grande tamanho
(VCM↑)
● Deficiência vit B12 ou ácido fólico
(folato)
Anemia megaloblástica- hemograma
- Macrocitose (macroovalócito):
precede a anemia,
- Anisocitose,
- Poiquilocitose,
- Pontilhado basófilo(grumos de
RNA),
- Corpúsculo de Howell - Jolly
(remanescentes da cromatina)
→ Neutrófilos hiperssegmentados (um
neutrófilo com 6 lóbulos ou > 5% dos
neutrófilos com 5 lóbulos)
→ Pancitopenia em estágios avançados
Não Megaloblástica
→ Células de grande tamanho (VCM↑)
→ Sem alteração na síntese DNA e na
divisão celular
→ Sem assincronia de maturação
núcleo/citoplasma
● Uso de álcool, hepatopatias,
medicamentos…
→ tem alteração no número, mas não na
conformação
Anemia megaloblástica - medula óssea
→ Hipercelularidade principalmente série
eritrocítica
→ Índice G/E diminuído
→ Maturação megaloblástica em todas as
linhagens células “gigantes”, assincronia
núcleo-citoplasma, pontes intercitoplasmáticas,
etc
Anna Luísa Barbosa - 76D
CMMG
→ Eritropoiese ineficaz
DEFICIÊNCIA VIT. B12 OU ÁCIDO
FÓLICO
→ As alterações morfológicas do
hemograma e do mielograma na deficiência
de B12 e/ou folato são indistinguíveis
VITAMINA B12
→ Essencial para a síntese DNA
→ Consumo diário 1 - 2µg/dia
→ Produtos lácteos e de origem animal
→ Existe uma reserva de vit. B12 de cerca
de 3000µg
→Deficiência
● Distúrbios neurológicos
● Anemia megaloblástica
● Desnutrição crônica, abuso de
álcool, dietas veganas rigorosas
→ Cirurgia gastrointestinal, gastrite
atrófica, má absorção gástrica, doença de
Crohn , doença celíaca, supercrescimento
bacteriana
ABSORÇÃO E TRANSPORTE DA
VITAMINA B12
→ O complexo F.I. + vit. B12 que será
absorvido na mucosa ileal, que possui
receptores para este complexo.
→ A cobalamina liberada do complexo
penetra na mucosa unida a uma proteína
celular que permite sua interiorização. É
liberada e cedida ao plasma
→ Vit. B12 -> atua no processo de
composição da hemácia
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VITAMINA B12 - METODOLOGIA
Método imunológico:
● Quimioluminescência
● ELISA,
● Fluorimetria
Limitações:
• Ampla variação intraindividual
• Diminui na gestação, uso de contraceptivo
oral, deficiência folato (10%)
● 150 - 400 pg /mL
• Valores:
● associado a alterações
clínico/laboratorial é útil a dosagem
de Malonato e homocisteína
→ Valor Referência: 200 a 900 pg/mL
FOLATO
→ Atuam como coenzimas em eventos
importantes das células como: Doadores de
radical metila para a formação da
metilcobalamina .
→ O tetraidrofolato (resultante da perda
do radical metila) serve como substrato
para a síntese de purina e pirimidina,
importantes na síntese dos ácidos
nucléicos.
→ Fontes: folhas verdes escuras, maioria
dos alimentos
→ Fígado e eritroblasto
→ A deficiência:
● Produz sinais: língua edemaciada,
vermelha, dolorosa; estomatite
angular; hiperpigmentação irregular
da pele e das membranas mucosas;
uma pirexia leve persistente (na
ausência de infecção); e uma anemia
megaloblástica
● Desnutrição crônica, abuso de
álcool, dietas com restrição de
proteína), absorção diminuída
acloridria, doença celíaca, espru
tropical, deficiência de zinco,
supercrescimento bacteriano) e
aumento da necessidade de folato
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(primeira infância, gestação,
lactação e malignidade).
ÁCIDO FÓLICO
→ Folato, vitamina B9
→Tetrahidrofolato (THF): forma
metabolicamente ativa
→ Fonte: vegetais verdes, frutas
(termolábil)
→ Absorção: jejuno proximal
→Necessidade: 50 - 100μ g/dia
→ Reserva: 2 - 5 mg
● Reservas orgânicas não são
abundantes, ficam exauridas em 60
dias do início de uma dieta carente
● Síntese purinas e timidilato
METODOLOGIA - AC. FÓLICO
SÉRICO
- Quimioluminescência, fluorimetria, ELISA
- Variação dos níveis com dieta
- Limite inferior do VR - “duvidoso”
● Dosagem de homocisteína:
VR: 3 a 17 ng/mL
2,5 - 4,5 -> dosar homocisteína
HOMOCISTEÍNA
→ A homocisteína é formada a partir da
desmetilação da metionina através de
reações que dependem da S
adenosilmetionina . O seu metabolismo
posterior é dependente de várias vitaminas
do complexo B.
→ A homocisteína pode ser convertida
novamente à metionina, através de uma
reação que é catalisada na maioria dos
tecidos por uma enzima metionina sintase
→ Homocisteína elevada pode lesar o
endotélio vascular e aumentar o risco de
DCV
● Valores de 150 - 350 pg /mL de
vitamina B12 ou de 2,5 4,5 ng /mL
de ácido fólico é útil a dosagem de
homocisteína
VITAMINA B12
→ B12 coenzima na via metabólica que
converte a homocisteína em metionina, que
é a única via de síntese do radical metil
(CH3) no homem (recebendo este radical
metila do metiltetrahidrofolato
→Vitamina B12: cofator para reações
enzimáticas essenciais na síntese do DNA
● Se não possui quantidade adequada
-> acúmulo de homocisteína
HOMOCISTEÍNA - METODOLOGIA
→ Método: cromatografia líquida de alta
performance (HPLC)
→ Indicado quando a concentração sérica
da Vit B12 e/ou de folato forlimítrofe
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→ VR: VR: 5 - 15 micro mol/L
● Concentrações séricas aumentadas
na deficiência de B12 e/ou ácido
fólico
ÁCIDOMETILMALÔNICO
→ O ácido metilmalônico é derivado da
hidrólise do metilmalonil CoA , que consiste
em um intermediário metabólico da
conversão do ácido propiônico a ácido
succínico
→ Valores entre 150 350 pg /mL de
vitamina B12 ou de 2,5 4,5 ng /mL de ácido
fólico pode ser útil a dosagem de ácido
metilmalônico (MMA)
● Concentrações séricas aumentadas
só na deficiência de B12 e não se
altera na deficiência de ácido fólico
METODOLOGIA
→ Método: Cromatografia gasosa +
espectrometria de massa/HPLC
→ Indicado quando a concentração sérica
da Vit B12 estiver entre 200 e 300 pg mL
e/ou de folato for limítrofe (2 a 4 ng mL
→Material: sangue e urina
● VR: VR: 70 - 270 nanomol/L
HOLOTRANSCOBALAMINA
→ Holotranscobalamina = B12- TCII
→ B12 ligada a TCII é a forma ativa da
vitamina, usada para síntese DNA
→ é o melhor indicador da concentração de
B12, mas ainda não está disponível na rotina
dos laboratórios
DEFICIÊNCIA FUNCIONAL DE
VITAMINA B12
→ subclínica: alterações ao hemograma
e/ou clínica inespecífica com:
● níveis normais vit B12
● homocisteína↑
● ácido metilmalônico↑
● holotranscobalamina↓
→ 12 a 30 % dos pacientes com deficiência
de B12 podem ter alterações
neuropsiquiátricas sem anemia
Anna Luísa Barbosa - 76D
CMMG
RESUMODAS ANEMIAS

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