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XII FATECLOG
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO AGRONEGÓCIO: 
DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO CONTEXTO ATUAL
FATEC MOGI DAS CRUZES 
MOGI DAS CRUZES/SP - BRASIL
18 E 19 DE JUNHO DE 2021
ISSN 2357-9684
A GESTÃO DA QUALIDADE NA MELHORIA DA
PRODUTIVIDADE EMPRESARIAL
JOSÉ IRAN DOS SANTOS (FATEC LINS)
iransao@yahoo.com.br
REINALDO BELTRÃO (FATEC LINS)
reinaldojunior86@yahoo.com
EDUARDO TERAÓKA TOFOLI (FATEC LINS)
eduardo.tofoli@fatec.sp.gov.br
RESUMO
Com a alta competitividade no mercado, na qual os clientes estão cada vez mais exigentes, tem levado as
empresas a buscarem inovações e soluções a fim de reduzir custos, aprimorar processos, garantir a qualidade e
agilidade, objetivando gerar vantagem competitiva perante os concorrentes. As ferramentas utilizadas para o
aumento da produtividade buscam melhorar o processo produtivo, trazendo essas melhorias através de mudanças
na disposição dos elementos integrantes do processo. Portanto o presente trabalho tem como objetivo, verificar a
importância da gestão da qualidade na melhoria da produtividade empresarial. Para atingir esse objetivo, foi
realizado uma pesquisa bibliográfica, através de livros e artigos científicos, para melhorar o embasamento
teórico e depois foi realizado um estudo de caso em uma empresa do ramo de fabricação de latas. Com a
realização da pesquisa foi possível verificar que a empresa obteve um aumento no volume de produção, uma
redução com o desperdício, redução com perdas de embalagens e uma diminuição com as reclamações dos
colaboradores quanto a postura da atividade (Ergonomia).
PALAVRAS-CHAVE: Qualidade. Processo Produtivo. Produtividade. Melhoria de Processo.
A B S T R A C T
The high competitiveness in the market, which customers are increasingly demanding, has led companies to look
for solutions and innovations in order to reduce costs, improve processes, assure quality and agility, aiming to
generate competitive advantage over competitors. The tools used to increase productivity seek to improve the
production process, bringing these improvements through changes in the layout of the elements of the process.
Therefore the present work aims to verify the importance of quality management in improving business
productivity. In order to achieve this goal, a literature research was carried out, through books and scientific
articles, to improve the theoretical basis and then a case study was carried out in a company of the manufacture
of cans. With the accomplishment of the research it was possible to verify that the company acquires an increase
in the volume of production, a reduction with the waste, losses of packaging reduction and a decrease with the
employees' complaints regarding to the posture of the activity (Ergonomics).
Keywords: Automation. Productive Process. Process Improvement
.
1. INTRODUÇÃO
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As atividades
ligadas à qualidade assumiram diferentes características ao longo do tempo, e com as
transformações no cenário das organizações, a maior preocupação das empresas é como
competir com grandes e repentinas mudanças no mercado. O aumento da produtividade é
muito maior que o simples aumento dos níveis de produção, devendo estar totalmente
integrado ao conceito de qualidade total, oferecendo à organização industrial possibilidade de
alcançar ganhos em todos os aspectos de suas operações.
Slack, Chambers e Johnston, (2002) dizem que algumas empresas utilizam técnicas na
tentativa de reduzir custos e consequentemente seus preços de venda. Já outras, investem em
programas relacionados à qualidade, investimentos tecnológicos e outras técnicas propostas
para se atingir o objetivo desejado. O aumento da produtividade deve ser buscado, então,
através do aumento da qualidade dos produtos ao longo de todo seu ciclo de vida, começando
desde a decisão pela introdução de um novo produto ou processo. Assim, pode-se dizer que: 
“Administração da qualidade total (TQM) talvez seja a abordagem mais significativa
com relação ao aprimoramento da gestão de operação. Deve haver poucos, se houver,
gerentes em qualquer economia desenvolvida que não tenha ouvido falar de TQM” e de seu
impacto na prevenção de erros (SLACK, CHAMBERS E JOHNSTON, 2002, p. 625).
Pensando nisso, pode-se dizer que, na verdade, as empresas devem ofertar produtos e
serviços que atendam às necessidades e expectativas do mercado, que sejam úteis, que cubram
custos, que garantam lucros e que tenham preços competitivos. Para que isso aconteça, às
empresas precisam conhecer muito bem o mercado que querem atender ou atendem (nicho de
mercado), verificar a melhor estratégia de atuação, recursos e tecnologia necessárias para a
obtenção de produtos, aquisição e controle de matérias-primas, conhecer a atuação dos
concorrentes, a utilização correta da informação que quando bem utilizada e organizada
representa o meio de integrar as diversas funções, processos e setores e outros tantos
conhecimentos necessários para obter o sucesso desejado. 
A empresa que trabalha com qualidade, consequentemente possui uma melhor
produtividade.
Sabendo disso, o objetivo desse trabalho será de verificar a importância da gestão da
qualidade na melhoria da produtividade empresarial. 
Para atingir esse objetivo foi realizado uma pesquisa bibliográfica, através de livros,
artigos e artigos científicos, assim como, uma pesquisa-ação em uma empresa de embalagem
metálicas, localizada na cidade de Lins - SP
O tema Qualidade e Produtividade nas empresas é uma preocupação crescente em
todas as empresas que buscam ser altamente competitivas em mercados cada vez mais
globalizados.
2. GESTÃO DA PRODUÇÃO E SUA MELHORIA
Segundo Martins e Laugeni (2002), todas as atividades desenvolvidas por uma
empresa visando atender seus objetivos de curto, médio e longo prazo se interrelacionam, na
maioria das vezes de forma complexa. Diante disso, como tais atividades transformam
insumos e matérias-primas em produtos acabados e/ou serviços, demandam recursos que, por
sua vez devem agregar valor ao produto final, isso constitui um dos principais objetivos da
Administração da 
Pode-se dizer então que administrar produção significa lidar com meios de produção,
obtendo deles funcionalidade que permita conseguir bens com qualidade assegurada e o
montante correspondente aos recursos usados (MOREIRA, 2004). 
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Como a concorrência no mercado é acirrada a produção precisa estar sempre atenta a
novas técnicas e melhorar a forma de produzir, e que tudo esteja planejado e controlado, a
produção necessita estar sempre melhorando, e medindo a forma de desempenho mesmo com
a sua classificação de produção ou qualidade sendo boa, ruim ou indiferente a medida do
desempenho é definida como o grau em que a produção atende as necessidades do mercado
(MOREIRA, 2004).
Mesmo quando uma operação produtiva é projetada e suas atividades planejadas e
controladas, o ciclo da produção não está acabado. Todas as operações, não importa quão bem
gerenciadas, são capazes de melhoramentos (SLACK, CHAMBERS e JOHSTON, 2002).
Antes que o processo produtivo e suas operações possam ser melhorados, todos
precisamsaber o quão bom ele já é. A urgência, direção e prioridades de melhoramento serão
determinadas parcialmente pela identificação de seu atual desempenho das operações do
processo produtivo. Todas as operações produtivas, portanto, precisam de alguma forma de
medidas de desempenho, como um pré-requisito para o melhoramento.
2.1 Produtividade
A produtividade é considerada uma sincronia de estratégias das empresas com o
mercado, desta forma (MOREIRA 2012, p. 606), define que “um crescimento da
produtividade implica um melhor aproveitamento de funcionário, máquinas, da energia e dos
combustíveis consumidos, da matéria-prima, e assim por diante”. 
A administração da produção/operações tem sofrido transformações imensas com as
mudanças mercadológicas, alcance de metas estratégicas e competitivas das organizações. As
empresas precisam constantemente aprimorar produtividade, qualidade e eficiência, que exige
uma boa estrutura, comunicação fácil e ambiente de valorização do ser humano
(GONÇALVES; MIRANDA e NEVES, 2012).
A produtividade é assunto importante para gerentes e supervisores, em qualquer nível
da organização. O aumento na produtividade fornece os meios para a redução de custos,
aumento nos lucros, segurança no trabalho e maiores salários. Quase sempre os aumentos na
produtividade requerem mudanças na tecnologia, na qualidade ou na forma de organização do
trabalho, ou em todas em conjunto.
Desta forma, as empresas além de satisfazerem seus consumidores, devem também ser
melhores que seus concorrentes. E uma das maneiras de serem melhores é a utilização da
gestão da qualidade nos processos.
3. GESTÃO DA QUALIDADE
A palavra qualidade tem sua origem do latim qualitate, e o conceito varia de acordo
com a percepção de cada indivíduo assim como o conceito de justiça, liberdade, de modo que,
se perguntássemos para dez pessoas o que para elas significa qualidade, é possível que cada
uma delas dê uma definição diferente, tornando assim um conceito subjetivo (PALADINI,
2004). É importante salientar que o interesse pela qualidade no ramo empresarial, teve sua
origem no Japão por meados dos anos 50, onde seus produtos eram tidos como de má
qualidade, e hoje são referência no mundo inteiro como produtos de qualidade. Considerada
um dos pontos determinantes para o sucesso das organizações. 
Desta forma, justifica-se a relevância da análise proposta neste trabalho, que busca
medir a qualidade e mostrar a sua importância, o que, sem dúvida, irá refletir-se na
produtividade empresarial. Pode-se considerar, também, que estudos sobre a Qualidade e a
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produtividade nas
empresas ainda são relativamente escassos no Brasil, apesar dos trabalhos pioneiros já
desenvolvidos sobre o tema.
3.1 A qualidade na produção
A Gestão da Qualidade significa um modo de organização das empresas para garantir
produtos e serviços com qualidade, que envolvem alta conformação às especificações,
aparência atrativa do produto, respostas rápidas às mudanças de especificações, baixas taxas
de defeitos, tempo curto de manufatura e aspectos tecnológicos tais como: tecnologia básica
de processo, tecnologia dos materiais, tecnologia envolvida no processo de manuseio e
tecnologia de produção (BERGAMO, 2000). 
A gestão da qualidade auxilia o setor operacional a administrar redução de perdas e
custos de operação, estrangulamentos das linhas de produção, aprimoramento de métodos e
testes de inspeção, otimização do tempo de produção, definição de manutenções preventivas,
eliminação de retrabalhos e outras tomadas de decisão necessárias para concretizar a gestão
(COLTRO, 1996).
Esses tipos básicos de processos são oficinas de trabalho, produção contínua e
produção por lote. A programação adequada e o controle do fluxo de trabalho são necessários
tanto nas organizações de fabricação quanto de serviços (GONÇALVES; MIRANDA;
NEVES, 2012).
4. METODOLOGIA
Para a realização desse trabalho, os autores se preocuparam em utilizar uma
metodologia correta que os auxiliassem para o atingimento do objetivo do mesmo. Pois,
segundo Yin (2005), a importância da utilização da metodologia cientifica para responder as
questões de uma pesquisa consiste no fato dela aumentar as chances das respostas encontradas
serem precisas e não visadas.
Gil (2002) ressalta que a metodologia científica consiste em uma série de atividades
sistemáticas e racionais para se buscar, de maneira confiável, soluções para determinado
problema. Ressaltam, ainda, que não há ciência sem o emprego deste tipo de modelo.
Porém, com base nos estudos realizados, para alcançar o objetivo deste artigo, foi
realizado um estudo bibliográfico em livros, artigos científicos, revistas e internet, com o
intuito de coletar dados sobre o tema. De acordo com Santos e Candeloro (2006, p. 70) a
“metodologia de pesquisa bibliográfica consiste na busca de elementos para a sua
investigação, em materiais impressos ou editados eletronicamente”.
Santos e Candeloro (2006) salienta que a técnica de pesquisa, no âmbito da
metodologia, é um dispositivo auxiliar na investigação, em especial empírica, ou seja, nas
pesquisas que o acadêmico precisa coletar dados é sempre uma atividade subsequente á
escolha do método de abordagem e de procedimento de um tema de pesquisa a ser
investigado, mas que requer também rigor e sistematicidade na concepção dos instrumentos e,
sobretudo no tratamento do material que foi coletado.
Além da realização do estudo bibliográfico, foi realizado uma pesquisa-ação em uma
empresa de embalagem metálicas, localizada na cidade de Lins – SP, onde foi verificado a
importância da gestão da qualidade na melhoria da produtividade empresarial.
 Uma definição tal como: “pesquisa-ação é um termo que se aplica a projetos em que
os práticos buscam efetuar transformações em suas próprias práticas” (BROWN; DOWLING,
2001, p. 152).
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A pesquisa-ação exige uma estrutura de relação entre os pesquisadores e pessoas
envolvidas no estudo da realidade do tipo participativo/coletivo. A participação dos
pesquisadores é explicitada dentro do processo do conhecer com os cuidados necessários para
que haja reciprocidade/complementariedade por parte das pessoas e grupos implicados, que
têm algo a dizer e a fazer. Não se trata de um simples levantamento de dados (BROWN;
DOWLING, 2001)
Este método tem como característica sua intensidade, leva em consideração principal a
compreensão, como um todo do assunto investigado. Por questão de sigilo, o nome da
empresa pesquisada não será mencionado, passando-se a denominá-la somente como Empresa
X.
5. PESQUISA-AÇÃO
5.1 A empresa
Com mais de seis décadas de história, a empresa X é uma das líderes globais da
indústria de alimentos e conta com mais de 200 mil colaboradores no mundo. A companhia é
presente em vários países, com plataformas de produção ou escritórios comerciais, possui um
diversificado portfólio de produtos, com dezenas de marcas reconhecidas em todo o mundo. 
A empresa X também atua em setores relacionados com o seu core business como
couros, biodiesel,colágeno, sabonetes, glicerina e envoltórios para embutidos, bem como
possui negócios de gestão de resíduos, embalagens metálicas e transportes, que apoiam a sua
operação, também é a maior processadora de proteína animal do mundo, mas ela está sob o
“guarda-chuva” da empresa de investimentos da família que administra.
5.2 O problema
O ramo de produtos de embalagens flexíveis e de produtos enlatados, vem se
destacando no mercado interno e exportação de forma crescente. O setor emprega hoje 230
colaboradores, com a capacidade mensal de 1,5 toneladas por mês.
A tecnologia empregada nessa fábrica é de última geração, destacando-se como a mais
moderna do grupo X. Líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de aves e
uma das maiores exportadoras mundial de proteína animal. 
Vende para mais de 150 países. A empresa X é detentora de grandes marcas
exportadas para terceiros, que ao todo reúnem mais de mil tipos de carne enlatada como
salsicha, almôndega, fiambre, bifes em cubo. 
O maior desafio da empresa é manter o produto competitivo no mercado,
principalmente com a entrada de embalagens de outros materiais com custo menor do que o
aço. Atualmente a empresa X também vem alavancando novos produtos destinados à
exportação com marca própria em diversos países como Europa, América do Norte e África.
Para melhor entender o trabalho realizado na empresa pesquisada, localizado em Lins,
será necessário descrever o processo de produção de alimentos industrializados, desde o
recebimento da matéria-prima, até a entrega do produto acabado para a área de expedição. 
5.2.1 Etapas do processo de envasamento de alimentos
A empresa X possui o seguinte processo:
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a) recebimento de
matéria-prima: ao receber a matéria-prima no setor, o produto tem que estar com o
Serviço de Inspeção Federal (SIF) e garantia da qualidade. Sem eles, o produto não
poderá ser descarregado. A matéria-prima tem que estar resfriada com uma
temperatura em média de 7 °C, e a congelada com 0°C;
b) estocagem de Carne: após o recebimento da matéria-prima resfriada a mesma é
estocada na câmera fria com uma temperatura de 1° à 4°C, á congelada com uma
temperatura abaixo de 0°C, tendo capacidade de armazenagem de 270 toneladas
por câmera;
c) moagem: este setor recebe a matéria-prima, que é cubada (cortado em forma de
cubos de 4 a 5 cm) ou moída, conforme o padrão onde é consultado na ficha
técnica, na qual é visto o produto que irá ser feito no dia;
d) cozimento: a carne é colocada no cozinhador com uma temperatura de 98° C ,
levando um tempo de 8 minutos, onde depois é envasado, passa pela pesagem, para
conferir o rendimento entre a carne crua e a carne cozida;
e) envase: depois de feito o cozimento, a matéria-prima passa por uma esteira com um
detector de metal para ser envasada e em seguida revisada e processada; 
f) esterilização: essa etapa é considerada o ponto mais crítico de todo o processo,
através da esterilização é possível garantir que o produto tenha seus nutrientes
preservados e ao mesmo tempo combater as bactérias e microrganismos. O
processo de esterilização se inicia após todos os cestos contendo os produtos serem
guardados na autoclave, são geradas as identidades referentes nos cestos e
consequentemente um apontamento que é enviado para a autoclave onde é iniciado
o processo de esterilização, que se divide em três etapas;
f1) subida: nessa etapa é adicionado água (nível já estabelecido), vapor (faz
aquecimento da água), ar comprimido (para gerar pressão interna), todos
esses procedimentos já são feitos automaticamente através de um
programa para atingir a temperatura necessária para a esterilização;
f2) esterilização: após atingir temperatura e pressão estabelecida através de
uma receita (geralmente com temperatura de 121,5 ºC e pressão de 2.20
bar) o produto fica por um determinado período de tempo que pode variar
de 17 até 300 minutos com temperatura e pressão e determinadas pelo
setor de pesquisa e desenvolvimento durante o processo de esterilização
são feitas verificações periódicas quanto a temperatura e pressão. O nível
de fluxo de água também são essências nessa etapa; 
f3) resfriamento: na última etapa do processo de esterilização, onde é feito o
resfriamento do produto através do trocador de calor, que é abastecido com
água de temperatura ambiente (que vem de duas torres de resfriamento,
após chegar a temperatura de 31 ºC, o processo é finalizado
automaticamente; 
g) rotulagem: depois de o produto passar pela secagem e incubação (onde aguarda
resultados de análises microbiológicas e físico-químicas), os produtos chegam até o
setor de rotulagem, a onde são novamente revisados, encaixotados e palatizados;
sempre seguindo as normas da garantia da qualidade;
h) estocagem de produtos acabados: nesse setor o produto fica aguardando drive e
mapeamento; para ser carregado na data programada pelo cliente.
i) expedição: setor onde são feitos os carregamentos do produto final, esses
carregamentos são feitos de uma instrução que é liberada pelo Planejamento e
Controle da Produção (PCP), que especifica a data do carregamento, a data de
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entrega e a
qualidade de caixas ou palhetes por container.
Na análise do processo, foi possível identificar alguns problemas que poderiam ser
solucionados. O trabalho teve início quando, através dessa análise para otimizar a produção
detectou que a linha1, onde processa o envasamento de carne estava com sua produção diária
bem abaixo das outras linhas, e então foi possível perceber a necessidade de uma otimização
no seu processo, pois ainda era feito manualmente. 
A principal finalidade desse projeto focou-se em aprimorar o abastecimento do
produto, que atualmente é feita manualmente através de canecas para realizar o enchimento
das esteiras, gerando:
a) fadiga aos colaboradores;
b) queda de ritmo;
c) baixa produtividade;
d) absenteísmo.
Nesta linha trabalham 14 colaboradores ao total, sendo 8 no início (onde está o foco
principal do problema a ser solucionado), e 6 colaboradores no final do processo. 
Figura 1 - Linha de Produção da empresa X, 2018(início da linha).
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
Conforme a figura, em uma produção de 7.500 unidades essa postura realizada pelo
funcionário se repete aproximadamente 2.500 vezes dia por pessoa, sendo (05 por minuto),
em uma jornada de 8 x 48, onde são usados 8 colaboradores com serviço manuais para
desenvolver o processo de colocação do produto sobre a esteira da linha
5.3 Etapas do projeto
Para a elaboração de um bom projeto é preciso muito conhecimento, habilidades,
ferramentas e técnicas necessárias ao desenvolvimento das atividades do mesmo, além de um
bom gerenciamento para evitar trabalhos repetidos e custos elevados para empresa. 
Na elaboração do projeto e para ter um melhor controle e maior garantia de sucesso,
que ele foi dividido em fases, definindo em cada uma delas as técnicas e pessoas que estarão
envolvidas para sua execução.
A Concepção é a primeira fase, o início do projeto, onde se cria uma ideia, um
rascunho paraaquilo que se deseja, seja para criar ou melhorar algo que já existe. É nessa fase
que se define os objetivos e metas, analisando os recursos disponíveis e necessários, tendo
uma base da viabilidade do projeto para elaboração de uma proposta para desenvolvê-lo.
A segunda fase é o Planejamento. Uma das principais fases, onde se dá início ao
planejamento para implantação do projeto. Nessa fase é realizada a base do projeto, as etapas
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que devem seguir,
determinando como fase, quem deve fazer, quando deve ser feito, para que o projeto possa ser
executado corretamente, analisando os custos e cronograma e a qualidade de cada envolvido
no projeto.
A terceira fase é onde se pões em prática o que se foi planejado. A Execução do
Projeto é uma das fases mais críticas, pois é onde tudo planejado vira realidade. Para uma boa
execução também é necessário que as fases anteriores do projeto tenham sido bem elaboradas,
causando menos problemas e necessidade de refazer algo. 
É uma fase que precisa ser bem acompanhada pelo gerente do projeto e seus
patrocinadores para avaliação e se necessária realização de alterações não percebidas antes.
5.3.1 Etapa 1 – Início do projeto
O Controle e Gerenciamento do projeto é responsável por controlar a execução do
projeto para evitar falhas e que tudo saia diferente do planejado. Nessa fase é muito
importante a comunicação entre o gerente e todos os integrantes do projeto, mostrando o
desempenho e através de relatórios mostrarem as atividades realizadas e as que precisam ser
feitas. 
O controle e gerenciamento ocorrem em todas as fases do projeto porém com maior
ênfase na execução e fechamento. O Fluxograma é uma ferramenta fundamental para se
conhecer o processo como um todo, e para isso, ele precisa ser bem feito, ser ao mesmo
tempo completo e sucinto para que todos entendam, desde os diretores até os operadores. 
Figura 2 – Fluxograma das etapas
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
Para dar início ao projeto, a empresa seguiu as seguintes etapas, descritas abaixo:
a) reunião com Engenheiros de Produção, Manutenção e Supervisores: Reunião foi
realizada para apresentar a criação do projeto. Onde teve a preocupação de mostrar
que, aplicada as mudanças, haveria um aumento de produtividade, redução nos
custos e um melhor desempenho do colaborador. E ainda, decisões sobre as
instalações necessárias como: esteira automática, parte elétrica e instalação de um
injetor de água com ar comprimido para melhorar o fluxo do produto nas calhas de
distribuição;
b) projeto de Layout e Instalação: disponibilidade para a instalação da esteira e o
elevador para conduzir o produto até a calha de distribuição;
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c) teste: teste da
linha montada e ajustes necessários para iniciar o projeto. O primeiro teste não foi
satisfatório, foi necessário ajuste nas canaletas e esteiras com instalação de um
injetor de água com ar comprimido para melhorar o fluxo do produto;
d) treinamento dos Colaboradores: realização de palestras teóricas e práticas;
e) teste: realização do teste final já com os colaboradores;
f) análise de resultados ou Feedback do projeto: onde foi constatado que as melhorias
realizadas foram positivas.
Após o término da etapa 1, a empresa deu sequência e passou a segunda etapa.
5.3.2 Etapa 2 – Aplicação do projeto na linha de produção
Foi utilizado como principal mudança para melhorar o processo, uma máquina que
estava parada por falta de desinteresse da empresa para fazê-la funcionar e de mão-de-obra
qualificada que pudesse fazer com que ela rodasse.
Figura 3 - Instalação da Esteira e o início das Calhas na linha de Produção da empresa X,
2018(início da linha e o meio)
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
Imagem do início da linha já automatizada, exercendo a função de levar o produto
para as calhas. Juntamente com o analista de produção e o supervisor de produção, foi
detectado uma oportunidade para fazer uma melhoria, onde foi feito e conseguiu mais rapidez,
redução no desperdício, aumentando a produtividade e a qualidade e melhorando a ergonomia
dos trabalhadores e reduzindo o absenteísmo do mesmo e por fim, reduzindo a quantidade de
colaboradores na linha de produção passando de 14 colaboradores para 10 no seu total.
O produto é colocado na esteira onde é acoplado a um elevador que leva para o
segundo andar, onde fica as calhas para envasamento do produto em embalagens metálicas.
Antes da mudança os colaboradores que levavam o produto direto para o segundo andar nas
mãos e eram necessários 6 colaboradores para isso, hoje somente dois para fazer este serviço.
5.4 Comparações dos resultados
Conforme citado anteriormente neste trabalho, o foco do modelo proposto é gerar um
caminho, uma referência, no desenvolvimento de redução de custos, aumento na
produtividade e reduzir perca do produto. 
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Desta forma, ao se
pensar na melhoria de um produto acabado, pode-se utilizar referências do modelo de
desenvolvimento do processo, para simplificar a linguagem de projetos de melhoria contínua. 
Utilizando o conhecimento adquirido ao se analisar o processo de desenvolvimento de
produto. Segue abaixo as tabelas com as melhorias.
5.5 Resultados finais
Tabela 1 - Linha de Produção Manual da empresa X, 2018(produção atual)
Peso por
pacote (kg)
Velocidade da
Linha por
Minuto
Volume da
Linha por
Hora
Perca de
Varredura por
Turno
Meta Diária
por Turno
Quantidade de
Colaboradores
na Linha
2 Kg 15 Unidades 1.800 Kg 33,770 Kg 7.500 Unidades 14
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
A tabela 1 – Linha de Produção Manual, mostra a produtividade da linha de
produção antes das mudanças, mostrando que se produzia 15 unidades por minutos,
totalizando 1.800 kg de produto por hora produzida tendo uma perca de 33,770 kg de matéria-
prima durante a produção com um alcance de 7.500 unidade produzidas no final do turno
utilizando 14 colaboradores para o processo.
Tabela 2 - Linha de Produção Automatizada da empresa X, 2018(melhoria feita)
Peso por
pacote (kg)
Velocidade da
Linha por
Minuto
Volume da
Linha por Hora
Perca de
Varredura por
Turno
Meta Diária
por Turno
Quantidade de
Colaboradores na
Linha
2 Kg 17 Unidades 2.040 Kg 13,500 Kg 8.500 Unidades 10
Fonte: Elaborado pelos autores (2018).
A tabela 2 – Linha de Produção Automática, mostra a produtividade da linha de
produção depois das mudanças realizadas, mostrando que passou a produzir 17 unidades por
minutos, totalizando 2.040kg de produto por hora produzida, diminuindo perca da matéria-
prima no processo de 33,770kg para 13,500kg com um alcance de 8.500 unidade produzidas
no final do turno, utilizando 10 colaboradores e não mais 14.
5.5.1 Melhorias alcançadas
Novas ferramentas de trabalho emergem daadoção de tecnologias, provocando
mudanças no cenário das organizações. A cultura organizacional passa a ter de considerar a
volatilidade nos processos produtivos. 
Em muitos casos, os operadores encaram a aquisição de novas ferramentas, ou
qualquer outro tipo de mudança como um fator negativo. Nestes casos, é necessário um
projeto de implantação para aceitação de novos métodos, demonstrando as vantagens para a
gerência (qualidade e produtividade) e para os operadores (agilidade e facilidade). 
Para a Empresa X, devido às mudanças implantadas os resultados alcançados podem
ser qualificados como satisfatórios, tendo em vista que, além das economias propiciadas pela
redução do tempo e da mão-de-obra necessária para a fabricação dos equipamentos, o
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aumento da produtividade
e consequentemente da capacidade de produção da empresa. 
Devido aos resultados positivos oferecidos pela implantação de novas ferramentas, a
Empresa mostra o interesse de implantação de novas melhorias, à procura da redução dos
custos de produção (consequência da redução do tempo de produção) e do aumento da
qualidade e da produtividade. 
Para a situação atual da empresa, a melhoria de processo será implantada para o estudo
do layout da nova sede e para a introdução de novos produtos na linha de produção. Segue
abaixo análises das melhorias alcançadas:
a) investimento zero. Pois os recursos utilizados já tinham na empresa;
b) aumento no volume de produção em 13%;
c) redução com o desperdício de varredura em 64%;
d) redução com perdas de embalagens;
e) eliminar as reclamações dos colaboradores quanto a postura da atividade
(Ergonomia); 
f) reduzir os atestados desse posto de trabalho relacionado a dores lombar e coluna.
5.5.2 Melhorias alcançadas na produtividade pela implementação da melhoria da
qualidade
Neste trabalho foi apresentado um pouco sobre o processo de melhoria contínua,
destacando suas origens, pensadores e particularidades. Deu-se destaque a importância de ter-
se uma visão de melhorar continuamente e que esta deve estar presente na cultura da empresa,
sendo aplicável a todos os seus níveis, garantindo produtos e serviços de boa qualidade e
aumentando a competitividade da empresa frente a seus concorrentes. 
Durante o trabalho, foram mostrados modos de se atingir melhorias e garantir que este
processo seja cíclico, em um processo de contínuo aperfeiçoamento. Para tanto, foram
apresentadas ferramentas e métodos que orientam as organizações a alcançar um patamar
superior em seus processos. 
Um projeto de produção está diretamente relacionado ao processo de melhoria da
qualidade. Estes métodos visam à eliminação de desperdícios através da aplicação de algumas
ferramentas e a padronização de processos, sendo feitas novas intervenções sempre que os
resultados se mostrarem fora da área de controle. 
Porém, o principal método utilizado foi o Ciclo PDCA (Planejar, Executar, Verificar e
Agir), base para um processo orientado para a melhoria contínua. Em cada etapa do Ciclo
PDCA, alguns passos devem ser seguidos a fim de se identificar um problema, criar ações
para minimizá-lo ou eliminá-lo, verificar os resultados e padronizar os processos melhorados.
Para cada uma dessas etapas, existem ferramentas que auxiliam sua execução, as chamadas
ferramentas da qualidade. Estas ferramentas foram apresentadas e divididas em dois grupos:
as ferramentas de controle e as ferramentas de planejamento. 
Ao término da revisão bibliográfica, foi feita uma análise do processo de melhoria
contínua com uso do método PDCA aplicada em um projeto de produção. Apesar de o caso
apresentado não ter sido desenvolvido seguindo fielmente os passos definidos pelo Ciclo
PDCA, ao término deste, notou-se que o método acabou sendo usado de forma intuitiva,
sendo que o caso pôde ser apresentado seguindo as etapas do ciclo. Deste modo, fica
evidenciado o quanto o PDCA é representativo em projetos de melhoria, sendo aplicado
mesmo que intuitivamente, em situações diversas. 
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As ferramentas e
métodos da qualidade presentes no caso foram alocados de acordo com a etapa do ciclo em
que são utilizados. Apesar de nem todas as ferramentas da qualidade terem sido aplicadas ao
caso, este mostrou o quanto elas podem ser úteis para um projeto de melhoria contínua. 
Por fim, o caso mostra como o ciclo PDCA orienta a obtenção de resultados de
melhoria de forma contínua, auxiliado pelas ferramentas da qualidade
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A partir da realização deste trabalho foi verificado a importância do processo de
melhoria aplicado na produção com a otimização do processo produtivo. Como pode ser
observado, foi possível reduzir o custo de produção, através da redução da diminuição de
colaboradores e perca de matéria-prima com a otimização da linha de produção,
possibilitando ainda benefícios para a empresa no que se refere a melhoria de fluxo de
produção, redução do desperdício de tempo e deslocamentos, fatores importantes para a
competitividade das empresas nos dias atuais. 
Enfim, a resposta em termos de competência para alcançar as metas foi satisfatória
para a presente aplicação, podendo ainda ser melhorada. Assim, é sugerida a continuidade da
aplicação da metodologia e do acompanhamento dos resultados, visando gerar conhecimento
ao grupo de trabalho formado para posterior expansão para às equipes e demais linhas de
produção. Isto permitirá à unidade industrial aumentar sua competitividade, contribuindo com
as premissas de expansão contínua da empresa.
Este trabalho limitou-se a aplicar metodologia para resolução de problemas em uma
linha de produção. Deve ser considerado que, para cada máquina, é necessário realizar passo a
passo a metodologia. As ações não podem ser simplesmente replicadas, pois é preciso
conhecer e explorar as causas de paradas em cada equipamento e definir um plano de ação
específico para cada caso.
Outras análises também foram consideradas, como melhorias nos aspectos
ergonômicos dos operadores e ganhos de qualidade. Em relação à ergonomia, os próprios
operadores apontaram melhora, pois com menos paradas o operador trabalha de forma mais
tranquila, sem necessidade de movimentar-se muito, principalmente para recolher embalagens
descartadas após paradas e reinícios de produção. 
Na visão da qualidade, as vantagens dizem respeito a não retenção de produtos para
reanálises ou retrabalhos. No entanto, sugere-se à empresa realizar a mensuração destas
informações para avaliar os impactos nas operações diárias ou em outros indicadores. 
Os resultados apresentados no caso mostram como por meio da aplicação de métodos
e ferramentas simples, pode-se atingir a melhoria de processos. O caso mostrou também, que
mesmo após um processo ser melhorado e atingir um novo patamar, são identificadas novas
oportunidades de melhorias, e a realização destas e das que virão posteriormente, caracteriza
esse processo como um processo de melhoria contínua, que deve ser seguido. 
Assim, a gestão da qualidade se mostra essencial para a melhoria da produtividade
empresarial. Ela podeser atingida por meio da aplicação de métodos simples e de grande
eficácia, que necessitam de conhecimento técnico e que gerarão resultados positivos,
atingindo assim, o objetivo desse trabalho. 
Porém, a melhoria contínua só se torna sustentável quando há o envolvimento e
comprometimento de todos da organização. Sendo assim, é essencial que haja uma cultura
organizacional forte e focada em garantir a melhoria contínua. Esta é uma dificuldade
bastante presente nas organizações que buscam melhorar continuamente, inclusive na empresa
do caso apresentado. A criação e manutenção de uma cultura forte, focada na melhoria
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contínua de todos os seus
processos e em todos os seus níveis, pode ser um tema a ser estudado em próximos trabalhos.
REFERÊNCIAS
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1999.
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COLTRO, A. A gestão da Qualidade trata o Processo Manufatureiro como um potencial alavancados de
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Disponível em: <http://www.regeusp.com.br/arquivos/C02-art04.pdf>. Acesso em: 01/05/ 2017.
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Conceitos, Melhores Práticas e Visão de Futuro. Porto Alegre: Bookman, 2004.
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YIN, R. K. Estudo de caso:
planejamento e método. Porto Alegre: Bookman, 2005.
"O conteúdo expresso no trabalho é de inteira responsabilidade do(s) autor(es)."
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