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CARACTERÍSTICAS DO BRASIL E SEU
SISTEMA DE SAÚDE
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Ementa
• Realidade socioeconômica e cultural brasileira;
• Perfil epidemiológico brasileiro, desigualdades sociais e em
saúde no Brasil;
• Determinantes sociais em saúde;
• Transição demográfica e epidemiológica;
• História, princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde;
• Redes de atenção à saúde e ATENÇÃO BÁSICA.
Realidade de Saúde do Brasil
• Grande extensão territorial:
8.515.767km2
• Divisão em 05 regiões:
Norte, Nordeste, Centro-
Oeste, Sul e Sudeste
• Diferentes realidades
socioeconômicas,
geográficas e culturais
Desigualdades no Brasil
• País continental
• Processo de colonização
• Escravidão – fim tardio;
transição para indigência
• Imigrações
• Industrialização – tardia,
dependente
• Urbanização – explosiva
Desigualdades no Brasil
O Brasil abriga 155 mil pessoas nessa
situação, que abrange desde trabalho
forçado ou por dívidas, tráfico humano ou
sexual até casamentos forçados
Cidades: crescimento acelerado, grandes
desigualdades, bolsões de pobreza, apartheid
social
Desigualdades no Brasil
Fonte: IBGE
Desigualdades no Brasil
Fonte: IBGE
Escassez de médicos x Linha da Pobreza
Fonte: Fonte: Estação de
Pesquisa de Sinais de
Mercado
(EPSM/NESCON/FM/UFMG)
*: Considera o número de
médicos equivalente a 40
horas nas especialidades de
clínica médica, saúde da
família e pediatria
Índice de escassez de médicos em Atenção
Primária à Saúde (APS)*
Proporção de domicílios com renda per capita
abaixo da linha da pobreza (R$137)
Transição demográfica
Declínio rápido dos níveis de fecundidade
Declínio do ritmo de crescimento demográfico
Alteração da Estrutura da Pirâmide Etária;
Aumento da Expectativa de Vida
Transição epidemiológica
• Superposição entre as etapas
onde predominam as doenças
transmissíveis e crônico-
degenerativas
• Existe um contraste importante
entre as situações epidemiológicas
das diferentes regiões do país
• Tripla carga de doenças: uma
agenda não concluída de doenças
infecciosas e desnutrição; o
desafio das doenças crônicas e
seus fatores de risco; crescimento
acelerado das causas externas.
Sistema Único de Saúde: o
sistema de saúde do Brasil
Constituição Federal de 1988
“Art. 196. A saúde é direito de
todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas
sociais e econômicas que
visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e
ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e
recuperação.”
SUS: Antecedentes históricos
SUS: princípios
Princípios
DOUTRINÁRIOS
Princípios
ORGANIZATIVOS
SUS: princípios doutrinários
Universalidade
Saúde como Direito de
cidadania e não como
Direito Trabalhista
Equidade
Tratamento diferente para se
chegar a igualdade
Integralidade
Todo (Holística) – Medicina
Integral Tudo (Direito aos três
níveis de assistência)
SUS: princípios organizativos
Descentralização/Hierarquização/Regionalização
Municipalização da saúde
Como garantir o direito do cidadão?
Descentralização Gestão mais próxima da população
Pensar uma rede de assistência onde o cidadão da menor e
mais afastada cidade tenha acesso à tecnologia necessária para
recuperar sua autonomia, em caso de necessidade de saúde.
Níveis de Assistência – Hierarquização
Atenção
Terciária
Atenção
Secundária
Atenção Primária
• Hospitalização, internação
• Alta complexidade (Ex: hospitais
universitários)
Atenção
Terciária
• Ambulatórios de especialidades focais
• Condição de maior necessidade de
tecnologias "duras"
Atenção
Secundária
• Organização em ESF e outras
modalidades com foco no território
• Tecnologias leves e abordagem
biopsicossocial
Atenção
Primária
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Hierarquização e organização em redes
Redes de atenção à saúde no SUS
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Qualificação/Educação
Informação
Regulação
Promoção e Vigilância à Saúde
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Este é o SUS que pouco conhecemos
• Único no mundo a garantir assistência integral e gratuita a popu
lação, incluindo pacientes com HIV, sintomáticos ou não,
renais crônicos e com câncer
• SIH/SUS: maior conjunto de procedimentos executados em hos
pital no mundo pago por um mesmo financiador (Rehen de
Souza, 2002)
• Aproximadamente 1.000.000 de internações por mês –
11.295.000 em 2010
• Mais de 95% de transplantes feitos no Brasil (Brasil, 2003)
Este é o SUS que pouco conhecemos
3,8 bilhões de atendimentos ambulatoriais
896 milhões de procedimentos para diagnóstico
19 milhões de ultrassonografias
11 milhões de sessões de hemodiálise
1,5 milhão de tomografias
6,5 mil transplantes de órgãos sólidos
4,5 milhões de procedimentos hospitalares cirúrgicos
7,1 milhões de procedimentos hospitalares clínicos
619 milhões de atendimentos para aquisição de medicamentos a nível ambulatorial
Fonte: Ministério da Saúde, JAN-DEZ/2017
Atenção Básica no Brasil
Atributos e diretrizes da Atenção Básica
(PNAB 2017)
• Regionalização e Hierarquização
• Territorialização
• População Adscrita
• Cuidado centrado na pessoa
• Resolutividade
• Longitudinalidade do cuidado
• Coordenação do cuidado
• Ordenação da rede
• Participação da comunidade.
Atenção Básica: um panorama (2019)
• 2.599 equipes implantadas
• 5.477 municípios
• 146.966.550 milhões de pessoas cobertas
• 5.040 municípios com Equipes de Saúde
Bucal - ESB
• 24.435 ESB tipo I
• 2.131 ESB tipo II
• 5.502 municípios com Agentes Comunitários
de Saúde – ACS
• 260.563 ACS implantados
• 898.942.350 milhões de pessoas atendidas
Fonte: DAB/SAS/MS – Comp. fev/2019.
https://aps.saude.gov.br/biblioteca/index
Referências
• Conselho Federal de Medicina. Demografia Médica no Brasil 2020 / Coordenação de
Mário Scheffer; equipe de pesquisa: Alex Cassenote, Alexandre Guerra, Aline Gil Alves
Guilloux, Ana Pérola Drulla Brandão, Bruno Alonso Miotto, Cristiane de Jesus Almeida,
Jackeline Oliveira Gomes e Renata Alonso Miotto. – São Paulo: Departamento de
Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP; Conselho Federal de Medicina,
2020.
• Souza, Renilson Rehem. O sistema público de saúde brasileiro. Brasília; Ministério da Saúde;
ago. 2002. 44 p. tab, graf.
• Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988
• Brasil. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990, Dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. 1990
• Brasil. Lei 8142/90 de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da
comunidade no SUS. 1990
• BRASIL. MInistério da Saúde . Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília:
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2017.
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/?lang=pt&q=au:%22Souza,%20Renilson%20Rehem%22
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/BRASIL.%20MInist%C3%A9rio%20da%20Sa%C3%BAde/1010
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/Portaria%20no.%202.436%20de%2021%20de%20setembro%20de%202017/1030
OBRIGADA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
NO BRASIL
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Ementa
• Rede de Atenção à Saúde (RAS)
• Atenção Primárias à Saúde (APS)
• Política Nacional da Atenção Básica
(PNAB)
• Estratégia de Saúde da Família
(ESF)
• Programa Mais Médicos para o
Brasil (PMMB)
Questão orientadora
• D. Maria, 62 anos, é diabética e hipertensa há pelo menos 7 anos, mas há 3
anos não vai ao médico. Acordou um dia com dor nas costas e resolveu procurar
a Unidade de Saúde. Chegando lá, foi orientada a retornar na sexta-feira para
marcar uma consulta para a semana seguinte.
• Ela fez isso, e na segunda-feira estavadiante do médico de família da sua área.
Queria um referenciamento ao ortopedista. O médico lhe sugeriu experimentar
usar diclofenaco durante 4 dias e retomar o tratamento da pressão e diabetes,
além de fazer novo papanicolau e mamografia. Sugeriu também exames
laboratoriais e uma consulta de rotina com o oftalmologista. Os exames foram
coletados pela enfermeira da equipe na semana seguinte.
Questão orientadora
• Em um mês, a paciente retornava ao médico de família com o resultado dos
exames de sangue e o controle da pressão realizado semanalmente. Tanto o
diabetes quanto a pressão alta estavam mal controladas. O médico de família
alterou a dose dos medicamentos prescritos na consulta anterior e orientou nova
sequência de controle de pressão e novo exame laboratorial em 3 meses.
• Nesse meio tempo, foi chamada para o oftalmologista, para a mamografia e fez o
papanicolau com a auxiliar de enfermagem da unidade. Enquanto aguardava o
período determinado pelo médico de família para fazer novos exames, ela
perdeu o genro assassinado pela polícia e ficou extremamente abalada.
Procurou então o médico de família para “pedir um calmante”. Por causa desse
episódio, atrasou a coleta dos novos exames laboratoriais em 2 meses, mas
procurou, então não se descuidar do uso dos medicamentos.
Questão orientadora
• Passados 5 meses da última consulta, coletou novos exames com a mesma
enfermeira e voltou ao médico de família em seguida para retomar o tratamento
da pressão e do diabetes. Segundo relatou ao médico de família, o oftalmologista
dissera que sua vista estava “ok” e que, embora tenha começado uma catarata,
não tinha de operar naquele momento. Aproveitou para queixar-se de dor na
perna esquerda quando caminhava.
• Os exames laboratoriais haviam melhorado consideravelmente, mas o médico
de família detectou um pulso diminuído no membro inferior esquerdo. Ele
solicitou uma ultrassonografia (US) Doppler, resolveu referenciar ao cirurgião
vascular para uma avaliação e orientou espaçar os retornos, já que havia
adquirido um controle aceitável da pressão e do diabetes.
Questão orientadora
• Enquanto aguardava o resultado da US, ela teve um quadro de gripe prolongado
e procurou novamente o médico de família da unidade, tendo sido atendida por
ele no “acolhimento”. Finalmente, realizou a US Doppler com um radiologista,
que mostrou uma obstrução arterial na altura da região poplítea. A paciente
esperou 4 meses e finalmente conseguiu o cirurgião vascular, que sugeriu
programar cirurgia. A paciente ficou assustada e decidiu procurar novamente o
médico de família.
• Combinaram que tentariam o tratamento clínico por meio do controle do diabetes
e da hipertensão, além de cuidados gerais com as pernas, a fim de tentar evitar
a cirurgia. Após 2 anos de seguimento e mais 6 consultas, encontra-se bem, sem
lesão nos membros e com controle clínico da dor na perna esquerda.
APS como um modelo de organização do
sistema de saúde
• Um sistema de saúde é “o conjunto de
organizações, indivíduos e ações cuja
intenção primordial é promover,
recuperar e/ou melhorar a saúde”
• Uma forma de organização dos serviços,
na qual há uma porta de entrada ao
sistema de saúde, que se configura
como espaço de coordenação das
respostas às necessidades dos
indivíduos, suas famílias e comunidade
Rede de Atenção em Saúde (RAS)
APS como um modelo de organização do sistema
de saúde
• APS foi posicionada como um dos elementos da
estrutura operacional de uma rede de atenção à
saúde (RAS): centro comunicador e coordenador
do cuidado.
• Partindo do centro, ela tem a responsabilidade de
fazer a ponte entre os diferentes níveis e pontos
de atenção, assim como integrar ao processo os
sistemas logísticos e de apoio, garantindo a
integralidade de sua atenção.
• A APS possui o papel coordenador, necessário
para a integração do sistema.
APS e sua integração na rede de atenção à
saúde
• Um sistema de saúde constitui-se de redes horizontais interligadas por pontos de
atenção, de distintas densidades tecnológicas, com suas estruturas de apoio e
logística, não havendo hierarquia entre os diferentes pontos de atenção à saúde
• Como exemplos, citam-se unidades de atenção primária, unidades de cuidados
intensivos, hospitais-dia, ambulatórios de cirurgia, ambulatórios de atenção
especializada, serviços de atenção domiciliar. Os serviços de atenção primária
são a porta de entrada ao sistema, e coordenam o conjunto de respostas às
necessidades em saúde da população.
• Um sistema de saúde com forte referencial na atenção primária à saúde é mais
efetivo, é mais satisfatório para a população, tem menores custos e é mais
equitativo – mesmo em contextos de grande iniquidade social.
Conceitos e siglas que geram confusão
• APS – atenção primária à saúde:
“lugar” do sistema de saúde definido
pelos serviços que oferece.
• PSF/ESF – Programa Saúde da
Família/Estratégia Saúde da Família:
programa de 1994 a 1998 e
estratégia do Estado para reorientar
a atenção primária brasileira a partir
de 1998.
• MFC – Medicina de Família e
Comunidade: especialidade médica.
APS: aspectos-chave
• Atenção primária à saúde (APS) é definida como “[...] atenção de primeiro
contato, contínua, global e coordenada que se proporciona à população sem
distinção de gênero, doença, ou sistema orgânico”.
• Prevenção, cuidado a pacientes crônicos e vulnerabilidade social são conceitos
que têm afinidade com a atenção primária, mas não são seus definidores.
• Há vários instrumentos para avaliar a APS, sendo que o mais completo e mais
utilizado no Brasil é o instrumento de Avaliação da atenção primária chamado
PCATool
• O conceito de integralidade utilizado na APS diverge do utilizado em outros
campos
APS: valores, princípios e atributos
Atributos nucleares da APS: acesso de
primeiro contato
• É o princípio soberano, representa a
porta de entrada e o primeiro contato
do paciente com o sistema; outras
nomenclaturas, algumas vezes
entendidas como pejorativas, foram
sendo usadas em parte, ou mesmo
em substituição a este atributo, como
“acolhimento”, “gatekeeper” ou
“porteiro”.
Atributos nucleares da APS: coordenação
do cuidado
• A coordenação envolve a continuidade de
informação dentro do sistema, seja pela
continuidade do profissional, seja via
prontuário médico.
• Importância em três níveis
• Dentro da própria unidade
• Na relação com profissionais que
fornecem consultoria ou acompanhamento
de curta duração
• Na relação com especialistas focais que
vão compartilhar o cuidado com a APS
Atributos nucleares da APS:
longitudinalidade
• Longitudinalidade se relaciona com a
existência de uma fonte regular de atenção
e seu uso ao decorrer do tempo.
• A longitudinalidade, que trata do
acompanhamento do paciente ao longo do
tempo por profissionais da equipe de
atenção primária em saúde (APS), é
considerada característica central deste
nível assistencial.
Política Nacional de Atenção
Básica (PNAB)
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
Política nacional que direciona os trabalhos envolvidos nos
diversos campos da APS
1. Dos Princípios e Diretrizes Gerais da Atenção Básica
2. Das Funções na Rede de Atenção À Saúde
3. Das Responsabilidades
4. Da Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
5. Implantação e Credenciamento das Equipes de Atenção
Básica
6. Do Financiamento da Atenção Básica
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
Dispõe que as UBS deverão assegurar o acolhimento e escuta a9va e
qualificada das pessoas, mesmo que não sejam da área de abrangência da
unidade, com classificação de risco e encaminhamento responsável;
Percentual de financiamento para as eAB (30% da eSF Modalidade 2);
Recursoscondicionados à abrangência da oferta de ações e serviços;
Define prazo máximo de 4 meses para a implantação da equipe credenciada,
com fluxo e critérios para credenciamento de eAB, a ser publicado em
manual específico;
Inclui as Equipes de Atenção Básica Prisional;
Reforça a importância da integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção
Básica: Agentes de Combate as
Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS);
Polí%ca Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017
• Define prazo máximo de 4 meses
para a implantação da equipe
credenciada, com fluxo e critérios
para credenciamento de eAB, a ser
publicado em manual específico;
• Inclui as Equipes de Atenção
Básica Prisional;
• Reforça a importância da
integração entre a Vigilância em
Saúde e Atenção Básica: Agentes
de Combate as Endemias (ACE) e
Agentes Comunitários de Saúde
(ACS);
• ACS e ACE devem compor uma eAB ou uma eSF e
serem coordenados por profissionais de saúde de
nível superior realizado de forma compartilhada
entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde;
• Nas localidades em que não houver cobertura eAB
ou eSF, o ACS deve se vincular à equipe da
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde
(EACS) e o ACE, deve ser vinculado à equipe de
vigilância em saúde do município e sua supervisão
técnica deve ser realizada por profissional com
comprovada capacidade técnica;
• Nº de ACS e ACE estabelecidos por base
critérios demográficos,populacional,
epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo
com definição local;
• Quantitativo de ACS em eSF a depender da
necessidade e perfil epidemiológico local; em
áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco
e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura
de 100% da população com número máximo de
750 pessoas por ACS em eSF;
• Adiciona atribuições comuns aos ACS e ACE e
acrescenta atribuições específicas do ACE;
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
Considera que em caráter excepcional e assistidos por profissional de saúde
de nível superior, membro da equipe, após treinamento especifico e o
fornecimento de equipamentos adequados, os ACS poderão realizar as
seguintes atividades:
• Aferir pressão arterial;
• Realizar a medição da glicemia capilar;
• Aferição da temperatura axilar;
• Técnicas limpas de curativo.
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
Estratégia Saúde da Família
Estratégia de Saúde da Família (ESF)
É componente estruturante do sistema
de saúde brasileiro tem provocado um
importante movimento com o intuito de
reordenar o modelo de atenção no
SUS.
O principal propósito da ESF é
reorganizar a prática da atenção à
saúde em novas bases e substituir o
modelo tradicional, levando a saúde
para mais perto das famílias e, com
isso, melhorar a qualidade de vida da
população.
COMPOSIÇÃO DA ESF: uma equipe multiprofissional, composta
por no mínimo:
• Médico (preferencialmente da especialidade Medicina de Família
e Comunidade);
• Enfermeiro (preferencialmente especialista em Saúde da Família);
• Auxiliar e/ou técnico de enfermagem; e
• Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
• Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de
Saúde Bucal (cirurgião-dentista, preferencialmente especialista
em Saúde da Família e auxiliar ou técnico de saúde bucal) e os
Agentes de Combate às Endemias (ACE).
Estratégia de Saúde da Família (ESF)
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
• São a porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de
saúde;
• Trabalha com território adscrito, com uma população delimitada, sob a sua
responsabilidade;
• Intervém sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta;
• Presta assistência integral, permanente e de qualidade;
• Realiza atividades de educação, promoção, prevenção e recuperação da
saúde.
Estratégia de Saúde da Família (ESF)
ESF: processo de trabalho
• Definição do território de atuação e depopulação sob responsabilidade das UBS e das equipes;
• Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades
de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de
saúde segundo critérios de frequência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui o
planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhado de todos os profissionais e
recomenda-se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida,
sexo e patologias, dificultan- do o acesso dos usuários;
• Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais,
alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de
doenças e danos evitáveis;
ESF: processo de trabalho
• Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de
saúde e análise de vulnerabilidade, tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à
demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências;
• Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita;
• Realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território (salões
comunitários, escolas, creches, praças etc.) e em outros espaços que comportem a ação planejada;
ESF: processo de trabalho
• Desenvolver açõeseducativas que possam interferir no processo de saúde-doença da
população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida
pelos usuários;
• Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e avaliação das ações na
sua equipe, unidade e município, visando à readequação do processo de trabalho e do
planejamento diante das necessidades, realidade, dificuldades e possibilidades analisadas;
• Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o
desenvolvimento de uma atenção integral;
• Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social;
• Realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde
controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma
unidade de saúde, que necessitam de cuidados
Ferramentas da ESF
• Territorialização
• Trabalho em Equipe
• Abordagem centrada na
pessoa
• Abordagem familiar
• Abordagem comunitária
• Gestão da Clínica
• Matriciamento
• Caracterizar a população;
• Identificar os problemas de saúde-
doença;
• Avaliar a situação sócio-econômica e
vulnerabilidade social;
• Vínculo;
• Mapeamento do território vivo –
elementos estáticos e dinâmicos,
barreiras funcionais e sociais;
• Planejamento de ações da equipe;
Ferramentas da ESF: territorialização
Mapa do Território:
• Área geográfica - ruas e avenidas,
acidentes geográficos
• Espaços de interesse comunitário: áreas
de lazer, templos religiosos, áreas de
ocupação, associações
• Equipamentos Sociais (Centro de
Referência de Assistência Social
(CRAS), Centro de Assistência
Psicossocial (CAPS), Creches...)
• Tensões no território
Ferramentas da ESF: territorialização
Atuação das equipes de saúde da família:
Território
• Número definido de famílias
• Território Vivo
• Adscrição: 2000 a 3.500 pessoas, a
depender da vulnerabilidade e perfil
demográfico/epidemiológico
Ferramentas da ESF: territorialização
• O Território da ESF é dividido em áreas
menores chamadas MICROÁREAS;
• Essa divisão segue critérios de natureza
geográfica, demográfica e social.
• Cada MICROÁREA fica sob a
responsabilidade sanitária de um Agente
Comunitário de Saúde.
Ferramentas da ESF: territorialização
• É um processo concomitante e
interdependente da territorialização e da
inserção comunitária;
• Tem objetivo de identificar as condições
de vida, necessidades de saúde e
acesso da comunidade, vinculando o
usuário à ESF;
• Busca por outras informações: lideranças
comunitárias, colaboradores na
comunidade.
Ferramentas da ESF: adscrição da
clientela
• Os ACS são parte integrante da equipe
mínima da ESF;
• Sãoum elo entre as equipes de saúde e a
comunidade, buscam e trazem informações entre
a Unidade de saúde e a população;
• Acompanham mensalmente, em domicilio todas
as famílias
• Desenvolvem de forma constante ações de
promoção da saúde.
QUANTOS AGENTES POR ESF?
Ø O número suficiente para cobrir
100% da população adscrita;
Ø Com um número máx. de 750
pessoas por ACS.
Agente Comunitário de Saúde (ACS)
Núcleo Ampliado de Saúde
da Família e Atenção Básica
• O Nasf é uma estratégia inovadora que tem por objetivo apoiar,
ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção
Básica/Saúde da Família. Seus requisitos são, além do
conhecimento técnico, a responsabilidade por determinado
número de equipes de SF e o desenvolvimento de habilidades
relacionadas ao paradigma da Saúde da Família.
• Deve estar comprometido, também, com a promoção de
mudanças na atitude e na atuação dos profissionais da SF e
entre sua própria equipe (NASF), incluindo na atuação ações
intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção,
reabilitação da saúde e cura, além de humanização de
serviços, educação permanente, promoção da integralidade e
da organização territorial dos serviços de saúde.
NASF-AB: o que é?
• Equipe multiprofissional e interdisciplinar
• Composição conforme necessidades
• Suporte clínico, sanitário e pedagógico
• Atendimentos regulados pelas equipes que atuam na atenção
básica
• Longitudinalidade do cuidado
• Planejamento do cuidado conjuntamente com as equipes
• Contribuição para a integralidade do cuidado
• Discussão de casos
NASF: características
• Equipe multiprofissional e interdisciplinar
• Composição conforme necessidades
• Suporte clínico, sanitário e pedagógico
• Atendimentos regulados pelas equipes que atuam na atenção
básica
• Longitudinalidade do cuidado
• Planejamento do cuidado conjuntamente com as equipes
• Contribuição para a integralidade do cuidado
• Discussão de casos
NASF: características
• Interconsulta
• Construção conjunta de projetos terapêuticos
• Educação permanente
• Intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de
todos os ciclos de vida
• Ações de prevenção e promoção da saúde
• Discussão do processo de trabalho das equipes, dentre outros.
NASF: características
• O apoio matricial será formado por um conjunto de profissionais que não têm, necessariamente,
relação direta e cotidiana com o usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de
referência (equipes de SF). Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de
profissionais considerados essenciais na condução de problemas de saúde dos clientes, eles
deverão acionar uma rede assistencial necessária a cada caso.
• o Nasf está inserido na rede de serviços dentro da APS assim como as equipes de SF, ou seja, ele
faz parte da APS.
• O apoio matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pe- dagógico. A
dimensão assistencial é aquela que vai produzir ação clínica direta com os usuários, e a ação
técnico-pedagógica vai produzir ação de apoio educativo com e para a equipe. Essas duas
dimensões podem e devem se misturar nos diversos momentos.
NASF: matriciamento
Modalidades No. de equipes vinculadas Carga horária*
NASF 1 5 a 9 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 200 horas semanais;
cada ocupação deve ter no
máximo 80 horas semanais.
NASF 2 3 a 4 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 120 horas semanais;
cada ocupação deve ter no
máximo 40 horas semanais.
NASF 3 1 a 2 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 80 horas semanais; cada
ocupação deve ter no máximo 40
horas semanais.
*Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas.
NASF: modalidades
Profissionais do NASF
•Assistente Social
•Professional/Professor Educação Física
•Farmacêutico
•Fisioterapeuta
•Fonoaudiólogo
•Nutricionista
•Psicólogo
•Terapeuta Ocupacional
•Médico Veterinário
•Professor com Formação em Arte e
Educação
•Médico Pediatra
•Médico Acupunturista
•Médico Ginecologista/Obstetra
•Médico Homeopata
•Médico Psiquiatra
•Médico Geriatra
•Médico Internista (Clínica
Médica)
•Médico do Trabalho
•Profissional Sanitarista
Programa Mais Médicos Para
o Brasil
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
O PMMB atua em três frentes principais:
1. provimento imediato de profissionais
médicos
2. melhorias estruturais para a APS
3. mudanças conceituais filosófica na
construção do currículo do curso
médico paralelamente ao aumento
do numero de vagas e de cursos de
medicina.
Eixos do PMMB
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos: eixo de
formação
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
PMMB: Supervisão Acadêmica
• Uma das especificidades do
programa, dentro da proposta de
promover educação permanente, é
por meio da figura do Supervisor
Acadêmico, realizado por um
colega médico, em geral, ligado a
acompanhamento mensal de
uma universidade, que faz
um
grupo
para
de médicos do
dar suporte
programa,
técnico,
acompanhar o seu desempenho
clínico, o processo de trabalho, a
relação com a equipe e com a
comunidade.
PMMB: Supervisão Acadêmica
O momento de supervisão pode ocorrer a
qualquer momento, por meios de
comunicação diversa, para fortalecer o
vínculo entre o supervisor e o supervisionado,
de maneira que esse processo seja
singularizado em todos os aspectos que
possam influenciar no desempenho do
profissional participante do programa.
Para a realização das atividades de Supervisão Acadêmica são previstos momentos próprios, que
se caracterizam enquanto espaços de Educação Permanente, encontro de educação
permanente para qualificação da supervisão acadêmica, encontro de supervisão locorregional,
supervisão periódica in loco.
A Supervisão Acadêmica, tem como
objetivos:
• Fortalecimento da educação permanente
em saúde,
• integração ensino-serviço,
• Fortalecimento da atenção básica;
• Fortalecimento formação de
profissionais
nas redes de atenção à saúde.
PMMB: Supervisão Acadêmica
Supervisão Acadêmica
• O supervisor é sua referencia profossional e
pessoal dentro do programa;
• Estará ao seu lado para dar suporte
nos diversos assuntos da rotina do
servico:
• Dúvidas clínicas
• Processo de trabalho
• Organizaçã da agenda
• Horário de estudos
Conte com seu SUPERVISOR! Ele é seu colega.
• “O resultado mais significativo do Mais Médicos foi levar acesso à saúde para a população,
especialmente em populações vivendo em situação de vulnerabilidade. Isso é outorgar o direito
à saúde previsto na Constituição brasileira”,
• “O programa mostrou que é possível levar médicos para todos os lugares do país. Permitiu ainda
que os profissionais brasileiros, principalmente os mais jovens, perdessem o medo de ir para o
interior. Além disso, a chegada de médicos de 47 nacionalidades, com outros modos de atuar e
outra formação, promoveu um debate sobre a formação de médicos no Brasil”
Programa Mais Médicos – 5 anos
Programa Mais Médicos – 5 anos
Previne Brasil
• Modalidade financiamento da APS desde 2019
• Antigo Financiamento:
• PAB Fixo: base populacional
• PAB Variável: repasses de acordo com credenciamento de determinados
serviços (ESF, Consultório na Rua, etc)
• Incentivo às ações dos ACS
• PMAQ
• Eixos do financiamento do Previne Brasil:
1. Capitação ponderada
2. Pagamento por desempenho
3. Incentivo por base populacional
4. Incentivo à ações estratégicas
Previne Brasil: capitação ponderada
• Repasse financeiro as prefeituras e Distrito Federal com base
na população cadastrada
• O cadastro deve ser feito pelas equipes de Saúde da Família -
eSF, equipes de Atenção Primária – eAP, equipes de Saúde da
Família Ribeirinha – eSFR, equipes de Consultório na Rua –
eCR ou equipes de Atenção Primária Prisional – eAPP
• Cadastro feito pelo CPF ou CNS
• Qualquer profissional da equipe pode fazer cadastro
• Possível a estimativa populacional das equipes
Previne Brasil: pagamentopor
desempenho
• Definição do valor a ser transferido depende dos resultados
alcançados no conjunto de indicadores monitorados e avaliados no
trabalho das equipes de Saúde da Família e de Atenção Primária
• monitoramento desses indicadores, podem ser avaliados os acessos,
a qualidade e a resoluXvidade dos serviços prestados pelas eSF/eAP
Previne Brasil: pagamento por
desempenho
Indicadores Previne Brasil para o ano de 2022:
1 - Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal realizadas, sendo a
1ª (primeira) até a 12ª (décima segunda) semana de gestação.
2 - Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV.
3 - Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado.
4 - Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS.
5 - Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra DiKeria, Tétano,
Coqueluche, HepaOte B, infecções causadas por haemophilus influenzae Opo b e
Poliomielite inaOvada.
6 - Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no
semestre.
7 - Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no
semestre.
Previne Brasil: incentivo financeiro com
base em critério populacional
• O componente Incentivo financeiro com base em critério
populacionalfaz parte da apuração do valor de referência para o
financiamento da APS. O valor do incentivo per capita é definido pelo
Ministério da Saúde anualmente e publicado em portaria. O aporte
estabelecido por município e Distrito Federal leva em conta
estimativa populacional mais recente divulgada pelo IBGE.
Previne Brasil: incentivo à ações
estratégicas
• IncenXvos contemplam a implementação de programas, estratégias e
ações que refletem na melhoria do cuidado na APS e na Rede de
Atenção à Saúde.
Previne Brasil: incentivo à ações
estratégicas
• Programa Saúde na Hora;
• Equipe de Saúde Bucal (eSB);
• Unidade Odontológica Móvel (UOM);
• Centro de Especialidades Odontológicas (CEO);
• Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD);
• Equipe de Consultório na Rua (eCR);
• Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF);
• Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR);
Previne Brasil: incentivo à ações
estratégicas
• Microscopista;
• Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP);
• Custeio para o ente federa9vo responsável pela gestão das ações de
atenção integral à saúde dos adolescentes em situação de privação de
liberdade;
• Programa Saúde na Escola (PSE);
• Programa Academia da Saúde;
• Programas de apoio à informa9zação da APS;
• Incen9vo aos municípios com residência médica e mul9profissional;
• Outros que venham a ser ins9tuídos por meio de ato norma9vo específico.
Bibliografia
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde)
• BRASIL. Ministério da Saúde . PORTARIA No 2.979, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2019Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece novo
modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio da alteração da Portaria de
Consolidação no 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde da Família. v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 39)
• Tratado de medicina de família e comunidade : princípios, formação e prática [recurso eletrônico] / Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro
Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019.
• Lei no 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e no 6.932, de 7 de
julho de 1981, e dá outras providências [Internet]. 2013 [citado 03 Fev 2016]. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/cci vil_03/_ato2011-
2014/2013/Lei/L12871.htm
• BRASIL. MInistério da Saúde . Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2017.
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/BRASIL.%20MInist%C3%A9rio%20da%20Sa%C3%BAde/1010
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/Portaria%20no.%202.436%20de%2021%20de%20setembro%20de%202017/1030
OBRIGADA
O TRABALHO EM EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL NA APS
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Roteiro da aula
• O trabalho em equipe.
• Conceitos relacionados ao desenvolvimento do trabalho em equipe.
• Equipe Multiprofissional de Saúde.
• O trabalho em Equipe Multiprofissional.
• Reunião de Equipe.
• Discussão de casos clínicos na equipe.
• Avanços no trabalho em equipe.
O TRABALHO EM EQUIPE NA APS
• O trabalho em equipe contribui para a obtenção de impactos sobre os
diferentes fatores que interferem no processo saúde-doença.
• A ação mulFprofissional pressupõe a possibilidade da práFca de um
profissional se reconstruir na práFca do outro, ambos sendo
transformados para a intervenção na realidade em que estão
inseridos.
Link para o vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo
CONCEITOS
• Equipe: um grupo de pessoas com habilidades complementares,
compromeFdas umas com as outras e por um objeFvo e projeto
comum.
• Equipe mulFprofissional: aquela que não é centrada em uma única
especialidade.
CONCEITOS
• MulFdisciplinaridade: associação ou justaposição de disciplinas que
abordam um mesmo objeFvo a parFr de disFntos pontos de vista.
• Interdisciplinaridade: busca a superação das fronteiras disciplinares,
estabelecendo um consenso. Troca entre as disciplinas com
integração dos instrumentos, métodos e esquemas conceituais.
CONCEITOS
• Transdisciplinaridade: Princípio teórico que busca uma
intercomunicação entre as disciplinas, tratando efeFvamente de um
tema comum (transversal). Ou seja, na transdisciplinaridade não
existem fronteiras entre as disciplinas.
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE
• Equipe MulFprofissional de Saúde: é composta por diferentes
profissionais, de diferentes áreas da saúde, que trabalham juntos
para oferecer um atendimento completo e personalizado aos
pacientes.
• Cada um desses profissionais possui conhecimentos e habilidades
específicas que complementam o trabalho dos demais.
O TRABALHO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
• Construção de um projeto comum
• ArCculação das ações
• Interação comunicaCva entre os agentes
• Superação do isolamento dos saberes
• Flexibilidade dos diferentes saberes
• Maior autonomia e criaCvidade dos agentes e integração entre disciplinas
REUNIÃO DE EQUIPE
• Planejar um espeço na agenda para reunião de equipe
• Organizar uma pauta para a reunião (pode ser construída durante a
semana anterior)
• Todos devem ter espaço de fala: fazer circular a palavra
• Deve ser um espaço para valorizar o saber de todos
• A reunião de equipe é planejada?
REUNIÃO DE EQUIPE - PLANEJAMENTO
• Obje%vo
• Par%cipantes
• Local, data, hora
• Duração es%mada
• Material necessário
• Agenda
• Pautas
REUNIÃO DE EQUIPE - CONDUÇÃO
• Produzir ata da reunião e realizar a leitura da ata da reunião anterior.
• EsCmular a parCcipação de todos.
• Gerenciar o tempo.
• Tomar decisões.
• Atribuir responsabilidades e apontar pendências.
• Fazer resumo e confirmar se todos compreenderam as combinações.
REUNIÃO DE EQUIPE - ACOMPANHAMENTO
• Acompanhar se as combinações estão sendo cumpridas.
• Construção de pautas de forma coleFva ao longo da semana anterior
(quadro/caderno da equipe).
REUNIÃO DE EQUIPE – O QUE FAZER
• Informes – breve.
• Monitoramento de indicadores (desconstrução da visão de que metas
e resultados são externos à equipe).
• Discussão de casos complexos.
• DiscuFr sobre o monitoramento dos casos existentes.
• Planejamento das visitas domiciliares.
REUNIÃO DE EQUIPE – O QUE FAZER
• Avaliação do processo de trabalho.
• Discussão sobre o papel dos profissionais, incluindo NASF.
• Pactuarencaminhamentos e responsabilidades.
• Educação Permanente da equipe.
REUNIÃO DE EQUIPE – CUIDADO
• Reuniões não planejadas e mal conduzidas podem gerar:
• Perda de credibilidade.
• Transmissões de mensagem erradas.
• Perda de tempo dos envolvidos.
• DesmoFvação e improduFvidade da equipe.
DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS NA EQUIPE
• Casos di_ceis que necessitam de múlFplos olhares para tomada de
decisão e acompanhamento da equipe.
• Fio condutor para a troca de saberes e construção conjunta de um
plano terapêuFco comum.
DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS NA EQUIPE
• A discussão de caso em equipe promove: contribuição dos diversos
componentes da equipe a parFr de diferentes olhares.
• Conhecimento e responsabilização de todos os membros da equipe
pelos casos discuFdos.
AVANÇOS NO TRABALHO EM EQUIPE
• Pensar a Educação Permanente da Equipe a parFr das necessidades
idenFficadas pela própria equipe.
• Responsabilidade de todos os membros da equipe na realização da
educação permanente.
AVANÇOS NO TRABALHO EM EQUIPE
• Avançar na comunicação, no comparFlhamento e na interação
• Entender os conflitos como propulsores da mudança e como parte do
coFdiano do trabalho.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• PEDUZZI, M et al. Trabalho em equipe na perspecCva da gerência de
serviços de saúde: instrumentos para a construção da práCca
interprofissional. Physis Revista de Saúde Cole1va, v21, n2, Rio de Janeiro,
2011. p.629-646.
• BRASIL. Estratégia Saúde da Família. Disponível em:
<h_ps://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-
família>
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/estrategia-saude-da-fam%C3%ADlia
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• JUSTANIMATE. Egghunt. Paul Yan. Youtube, 10 de outubro de 2006.
Disponível em: <hips://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo>.
• PAULA, RA. Relação MulFprofissional do Trabalho em Equipe na
Atenção Básica de Saúde. Curso de Especialização em Atenção Básica
em Saúde da Família. UFMG. 2007.
https://www.youtube.com/watch?v=52M5EfRkBBo
OBRIGADO
O TERRITÓRIO E SUAS
CONDICIONALIDADES
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
ROTEIRO DA AULA
• Conhecendo o território.
• Território Vivo.
• Territórios na APS.
• Territorialização.
• Mapa Inteligente.
• O Território e o Ambiente.
CONHECENDO O TERRITÓRIO
• Imagine-se na seguinte situação: você está se apresentando a sua nova
equipe de saúde e a sua nova comunidade.
• Nesse momento o que é importante que você saiba desse território no
qual você acaba de chegar e pelo qual terá, junto com sua equipe de
saúde, responsabilidade sanitária?
• Veja as imagens a seguir e imagine que você pode estar em qualquer um
desses lugares...
COMEÇANDO A CONHECER MEU TERRITÓRIO
• Quem são as pessoas desse lugar?
• De que elas vivem?
• Como elas vivem?
• Como as famílias se organizam?
• Quem são os líderes dessa Comunidade?
COMEÇANDO A CONHECER MEU TERRITÓRIO
• Quais os locais utilizados para esporte e lazer?
• Quais os traços culturais e religiosos?
• Quais as condicionantes de saneamento e de descarte de lixo?
• Quais os riscos?
• Como é o meio ambiente?
TERRITÓRIO VIVO
• O território apresenta muito mais do que uma extensão geométrica
quando aplicado aos sistemas e serviços de saúde.
• O território tem um perfil demográfico, epidemiológico,
administraOvo, tecnológico, políOco, social e cultural que o caracteriza
e se expressa num território em permanente construção.
(MONKEN e BARCELLOS, 2005)
TERRITÓRIO NA APS
• No território da APS as práOcas de saúde avançam para a integração
das ações de atenção, promoção, prevenção e recuperação, de forma
que as intervenções sobre os problemas sejam também sobre as
condições de vida das populações.
(MENDES, 1993)
TERRITÓRIOS DE SAÚDE DENTRO DOS MUNICÍPIOS
TERRITÓRIOS DE SAÚDE DENTRO DOS MUNICÍPIOS
Manaus é a capital do Amazonas.
Tem 5 Distritos Sanitários de Saúde:
DISA Leste
DISA Norte
DISA Oeste
DISA Sul
DISA Rural
TERRITÓRIOS DE SAÚDE DENTRO DOS MUNICÍPIOS
Natal é a capital do Rio Grande do Norte.
Tem 5 Distritos Sanitários de Saúde:
Distrito Norte 1
Distrito Norte 2
Distrito Sul
Distrito Leste
Distrito Oeste
TERRITÓRIO ÁREA E TERRITÓRIO MICRO ÁREA
Exemplo de uma área de
abrangência de uma
Unidade Básica de Saúde
com 2 Micro áreas
nomeadas de “46” e “48”
TERRITÓRIO MORADIA/FAMÍLIA
TERRITÓRIO MORADIA/FAMÍLIA
TERRITÓRIO MORADIA/FAMÍLIA
TERRITÓRIO MORADIA/FAMÍLIA
TERRITORIALIZAÇÃO
• Ferramenta metodológica que possibilita o reconhecimento das
condições de vida e da situação de saúde da população de uma área
de abrangência.
TERRITORIALIZAÇÃO
• É o reconhecimento e o esquadrinhamento do território segundo a
lógica das relações entre condições de vida, ambiente e acesso às
ações e serviços de saúde (Teixeira et al, 1998).
TERRITORIALIZAÇÃO
• Na organização do processo de trabalho, a territorialização representa
o caminho para fazer o reconhecimento do território vivo com vistas à
organização do processo de trabalho.
TERRITORIALIZAÇÃO - OBJETIVOS
• Conhecer como as pessoas vivem e adoecem e quais são os
determinantes de saúde neste território.
• Compreender as necessidades e potencialidades reais.
• Servir como elemento de planejamento e construção de um modelo
adequado à realidade local.
TERRITORIALIZAÇÃO - OBJETIVOS
• Gerar vínculo com a equipe e a comunidade, bem como incenOvar a
parOcipação popular.
• IdenOficar vulnerabilidades, populações expostas e problemas
prioritários para as intervenções da Equipe de Saúde.
TERRITORIALIZAÇÃO
• Relações entre InsOtuições e atores sociais atuantes no território
sanitário
TERRITORIALIZAÇÃO – IMPORTANTE LEMBRAR
• A territorialização é um ato que deve ser planejado e executado pelo
médico e sua equipe, em consonância e com o apoio da gestão do
município, por vários moOvos, entre eles:
TERRITORIALIZAÇÃO – IMPORTANTE LEMBRAR
• O território de uma área de abrangência de uma Unidade de Saúde
tem limites geográficos que só o gestor municipal e sua equipe têm
competência para determinar.
• Por isso, é importante a presença de um representante da equipe de
gestão no processo de planejamento da territorialização.
TERRITORIALIZAÇÃO – IMPORTANTE LEMBRAR
• Pode acontecer de aquele território já ter sofrido processo de
territorialização e construção de “mapas vivos” anteriormente e esses
produtos podem ser reaproveitados.
• Devemos lembrar que as unidades que estamos chegando tem uma
história de trabalho e de ações e intervenções de saúde anteriores
que devem e podem ser aproveitados por todos os novos médicos.
TERRITORIALIZAÇÃO
• Base para a organização das prá0cas e para o planejamento em saúde:
• Resgatar a história do lugar (cultural, social, econômica) com os
atores sociais do local.
• Resgatar com a gestão local, mapas anteriores e apoio de outras
secretarias.
• Colher dados escritos e guardados com os ACS.
TERRITORIALIZAÇÃO
• Base para a organização das prá0cas e para o planejamento em saúde:
• Ir em campo para definir a delimitação do território geográfico (ruas,
vilas), iden0ficando elementos geográficos (rios, morros, lagoas).
• Iden0ficar Residentes Referência (lideranças, grupos sociais).
• Levantar indicadores de saúde (demanda da equipe: e-SUS AB,
PMAQ, RELATÓRIOS).
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
1. História e idenOdade territorial
• Origens do território
2. Comunidade Humana
• Origens, caracterísOcas demográficas, distribuição no sócio espaço,
segmentos e subgrupos, cultura, escolaridade.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
2. Comunidade Humana
• Organização social e políOca: sujeitos coleOvos, processos de
mobilização, lideranças, associações e grupos.
• Qualidade e Condições de vida: moradias, espaços públicos,
alternaOvas de lazer.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
2. Comunidade Humana
• Indicadores de saúde (morbimortalidade,saneamento básico,
etc.).
3. O “ambiente”: ecossistema(s) e paisagens modificados
• Onde está situada a unidade.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
3. O “ambiente”: ecossistema(s) e paisagens modificados
• Número de famílias/pessoas atendidas.
• Saneamento básico (águas superficiais e profundas, drenagem).
• Relações da comunidade com os serviços ambientais (uso do solo
e mobilidade).
• Formas de deslocamento e vias de transporte.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
4. PolíOcas públicas e projetos comunitários
• Como as políOcas de educação, saúde, trabalho, cultura e lazer,
entre outras, estão acontecendo no território.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
5. Processos de produção no território (e os fluxos que o perpassam)
• AOvidades econômicas (lícita e ilícitas) que ocorrem no território e
em seu entorno, tendo em vista a relevância de seus impactos
sobre a saúde da população e dos ecossistemas.
TERRITORIALIZAÇÃO – ELEMENTOS A SEREM
CONTEMPLADOS
6. Os conflitos sócio ambientais e a percepção da comunidade
• Possíveis problemas e conflitos de poder, de uso e ocupação do
solo, culturais, étnicos, ambientais etc (todos da maior relevância
para a saúde).
TERRITORIALIZAÇÃO - MÉTODO E TÉCNICA DE
COLETA DE DADOS
• Fichas do E-sus.
• Entrevista a moradores anOgos, lideranças comunitárias, a Agentes
Comunitárias(os) de Saúde, a profissionais de saúde da Unidade Básica de
Saúde.
• Fontes de dados secundários IBGE, DATASUS, Secretaria Municipal de
Saúde.
• Diário de campo.
MAPA INTELIGENTE - COMO FAZER?
• MAPEAMENTO: aplicação do processo cartográfico sobre uma
coleção de dados ou informações, com vistas à obtenção de uma
representação gráfica da realidade percepmvel, comunicada a parOr
da associação de símbolos e outros recursos gráficos.
MAPA INTELIGENTE - COMO FAZER?
• ESQUADRINHAMENTO : definição dos limites geográficos/políOcos.
• PLOTAGEM: colocação da representação osica no mapa, seja a
unidade de saúde, seja o equipamento social, etc.
• Você pode uOlizar o Google Earth (hqps://www.google.com.br/earth/
download/gep/agree.html) ou mesmo uOlizar uma cartolina grande.
https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html
MAPA INTELIGENTE - COMO FAZER?
• O importante é que consiga representar sua área de abrangência
dividida em Microáreas, com o maior detalhamento possível, por ruas
e casas. Lembrando sempre que nossa área de maior interesse é a
família e as pessoas que lá estão, não é mesmo?
• Essas famílias se relacionam com seus vizinhos (a rua), seu bairro (a
micro área) e tudo que lá existe, sejam potencialidades e fragilidades.
MAPA INTELIGENTE - COMO FAZER?
• Esse diagnósOco é fundamental para enriquecimento da nossa
capacidade de intervenção no processo saúde doença no território.
RISCO RELATIVO
Cobertura das Unidades Básicas da Saúde da Família em Manaus
z
z
z e
c
=x̂
Alta renda
Baixa renda
Fonte: CNES - 04/03/2013.
POPULAÇÃO/QUARTEIRÃO
TERRITORIALIZAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA BASE TERRITORIAL PARA
COMPREENSÃO DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA
• Caracterizar a população.
• IdenOficar os problemas de saúde doença.
• Avaliar a situação socioeconômica e vulnerabilidade social.
• Vínculo.
A IMPORTÂNCIA DA BASE TERRITORIAL PARA
COMPREENSÃO DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA
• Mapeamento do território vivo - elementos estáOcos e dinâmicos,
barreiras funcionais e sociais.
• Planejamento de ações da equipe.
A TERRITORIALIZAÇÃO É O FILME DE QUEM É A COMUNIDADE. A PARTIR
DAÍ CABE A EQUIPE, SENTAR COM OS DADOS, REFLETIR, DISCUTIR E
PLANEJAR AS MELHORES AÇÕES PARA A SUA COMUNIDADE!
• Há várias ferramentas para se fazer o PES e o médico e a equipe deve
adotá-las no processo de trabalho o quanto antes.
O TERRITÓRIO E O AMBIENTE
• Qual a responsabilidade da APS?
• “O processo de territorialização realizado pelas equipes de saúde da
família auxilia na idenOficação dos riscos ambientais a que a
comunidade está exposta, de forma que a aproximação entre esses
serviços amplia e qualifica o diagnosOco de risco ambiental e propicia
mais efeOvidade no planejamento das ações de controle ambiental”
(Vidor A.C., 2012)
O TERRITÓRIO E O AMBIENTE
• Exemplos de indicadores que podem ser associados às doenças relacionadas ao saneamento
ambiental inadequado (DRSAI):
• Indicador de Pobreza;
• Taxa de crescimento populacional;
• Taxa de urbanização;
• Renda familiar per capita;
• Coleta de esgoto sanitário;
• Tratamento de esgoto;
• Saneamento inadequado;
• Coleta de lixo;
• Inundações ou enchentes;
• Qualidade da água;
• Água encanada;
• Tratamento de água;
• Coleta de lixo;
• Taxa de mortalidade infanDl;
• Internações por doença diarreica aguda.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM de nº 2.436 de 21 de setembro de 2017.
Aprova a PolíDca Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para
a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível
em: <hVp://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html>.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM de nº 2.488 de 21 de outubro de 2011. Aprova
a PolíDca Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas
para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Disponível em:
<hVp://bvsms.saude.gov.br/ bvs saudelegis gm /2011/prt2488_21_10_2011.html>.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• Borges C, Taveira VR. Territorialização. In: Gusso G, Lopes JM. (Org). Tratado de
Medicina e Família e Comunidade: Princípios, formação e práIca. Porto Alegre:
Artmed, 2012.
• Vidor AC. Vigilância em Saúde. In: Gusso G, Lopes JM. (Org). Tratado de Medicina
e Família e Comunidade: Princípios, formação e práIca. Porto Alegre: Artmed,
2012.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Saúde ambiental: Guia
Básico para Construção de Indicadores. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
OBRIGADO
Acolhimento e Acesso
Avançado
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
OBJETIVOS DA AULA
• Compreender o conceito Acolhimento
• Compreender o conceito de Acesso Avançado.
• Compreender a diferença entre acesso e acessibilidade e a Atenção Primária à Saúde (UBS)
enquanto porta de entrada.
• Compreender o conceito ampliado de acolhimento enquanto prá8ca humanizadora do cuidado.
• Compreender o conceito de escuta qualificada, estratégias de execução e quais profissionais
estão aptos a fazê-la.
• Compreender como implantar o acesso avançado em uma UBS e quais as vantagens de se
trabalhar com o mesmo.
• Compreender como se fazer a gestão de uma agenda.
• Compreender a diferença entre demanda espontânea e programada e como trabalhar de forma
a contemplar as duas demandas da melhor forma.
ØAcolhimento é uma diretriz da PolíAca Nacional de Humanização
(PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um
profissional específico para fazê-lo
ØO acolhimento é uma postura é1ca que implica na escuta do usuário
em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no
processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela
resolução, com a1vação de redes de compar1lhamento de saberes.
compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que
procuram os serviços de saúde. h"p://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html
Acolhimento -
OBJETIVOS
Ø Ampliar o acesso;
Ø Buscar a integralidade da atenção;
Ø Reorganizar o serviço a par9r das necessidades, riscos e vulnerabilidade
dos usuários;
Ø Redefinir relações;
Ø Reavivar conhecimentos ampliando a visão de análise e atuação sobre os
problemas de saúde;
Ø Qualificação e humanização da assistência;
Ø Reconhecer o usuário como sujeito no seu processo saúde-doença.
Para que serve o
acolhimento?• É uma forma de ampliação e facilitação do acesso.
• Facilita a conAnuidade e redefinição dos projetos terapêuAcos dos
usuários.
• Pode servir como um disposiAvo de reorganização do processo de
trabalho em equipe.
Acolhimento x Triagem
“O acolhimento na porta de entrada só ganha sen4do se entendemos como uma
passagem para o acolhimento nos processos de produção de saúde.”
ACOLHIMENTO
-Objetivo: inclusão
sob a ótica do vínculo
e da vulnerabilidade
-Programação X
Imprevisto.
“quem precisa ser
atendido?”
TRIAGEM
- Objetivo : exclusão
“quem não vou
atender?”
“quem não deveria
estar aqui?”
ACOLHIMENTO
“Encontro complexo” entre dois ou mais SUJEITOS
Sujeito Usuário
Co-produção de compromissos singulares a par8r de
necessidades, de interesses e de direitos de cada um desse
sujeitos.
Sujeito
Profissional de
Saúde
“É UMA FORMA DE ATENDER A TODOS QUE PROCURAM OS
SERVIÇOS ROMPENDO COM A LÓGICA DA EXCLUSÃO.”
“
ESCUTAR
ANALISAR
A DEMANDA
RESPONSABILIZAR-SE
E DIVIDIR
RESPONSABILIDADE
DAR RESPOSTAS
AO USUÁRIO E
SUA REDE SOCIAL
OUVIR
PEDIDOS
Dimensões do Acolhimento
COMO POSTURA
• Prevenir,
• Cuidar,
• Proteger,
• Tratar,
• Recuperar,
• Promover
COMO TÉCNICA
• Avaliar riscos e
vulnerabilidade.
• Construir
respostas
posi;vas.
• Usuário como
sujeito a;vo e
par;cipante da
própria saúde
REORIENTADOR DO
SERVIÇO
• Avaliação das
demandas e
construção cole;va
do fluxo dos
serviços
ACOLHER PRESSUPÕE ESCUTARESCUTAR
Desafios
Ø Ampliar o acesso:
Sem sobrecarga para as equipes
Sem prejudicar a qualidade das
ações
Ø Superar a prá9ca profissional centrada na
dimensão biológica e centrada no
profissional.
Ø Formular formas de adaptação a
vulnerabilidade local
Ø Responsabilização de toda a unidade.
Importante Lembrar...
• Um aspecto dos Serviços de Saúde mais valorizado pela população e que
mais gera insa9sfação quando não está ocorrendo de forma adequada é:
↓
O ACESSO
Ø Amplitude de horário;
Ø Ausência de atraso de nomeação;
Ø Ausência de atraso na chegada à UBS.
O Acesso e o Primeiro
Contato
“O princípio do primeiro contato refere-se ao fato de ser o ponto de
entrada mais fácil e próximo do usuário para os serviços de um sistema
de saúde, portanto, a acessibilidade advoga por um local de
atendimento próximo e que não prejudique ou atrase o diagnós@co e as
intervenções necessárias para se resolver um determinado problema de
saúde.”
Brasil. MS. Esteche FF. Módulo: Acolhimento à
demanda espontânea e à demanda
programada. Unidade I – Acolhimento.
Acesso e
Acessibilidade
• Para Donabedian (2003), acesso e acessibilidade a ações e serviços de
saúde têm significados semelhantes. Dizem respeito à capacidade de
obtenção de cuidados de saúde, quando necessário, de modo fácil
e conveniente.
• Acessibilidade ou acesso aparecem como um dos aspectos da oferta
de serviços relativos à capacidade de produzir serviços e de
responder às necessidades de saúde de uma determinada população.
Albuquerque et al. Acessibilidade aos serviços de saúde: uma análise a par8r
dos serviços da AB em Pernambuco. Saúde e Debate. 2014.
Acesso e
Acessibilidade
• A acessibilidade tem duas dimensões:
• Geográfica: refere-se à distância e ao tempo de locomoção dos usuários
para chegar aos serviços, incluindo os custos da viagem, dentre outros.
• Sócio-organizacional: diz respeito a todas as caracterís;cas da oferta que
podem facilitar ou dificultar a capacidade das pessoas no uso dos serviços.
Acesso e
Acessibilidade
• Na dimensão sócio organizacional de acessibilidade, Donabedian
(2003) evidencia a importância da adequação dos profissionais de
saúde e dos recursos tecnológicos u1lizados frente às necessidades
dos usuários.
• Assim, não basta a existência dos serviços, mas o seu uso tanto
no início como na con@nuidade do cuidado. Ou seja, os serviços
precisam ser oportunos, conEnuos, atender à demanda real e ser
capazes de assegurar o acesso a outros níveis de atenção.
Albuquerque et al. Acessibilidade aos serviços de saúde: uma análise a par8r
dos serviços da AB em Pernambuco. Saúde e Debate. 2014.
E o que é o Acesso
Avançado?
• É um modelo de acesso facilitado, em que a pessoa vinculada àquela
equipe consegue um atendimento quando precisa, no horário mais
adequado e com a forma de agendamento mais confortável;
• Mais conhecido como “Faça o trabalho de hoje, hoje!”
• Geralmente a agenda tem 65-75% das vagas para o mesmo dia com
grande capacidade de oferta de consultas.
• Nesse modelo há diminuição do tempo de espera e do absenteísmo
muito comum em marcações a longo prazo.
E isso é possível a partir da reorganização do processo de
trabalho, de pequenos rearranjos nos fluxos da unidade, nas
formas de agendamento e no enfrentamento de alguns
desa?os:
• Abrir mão de uma agenda fragmentada em função de grupos por patologias ou faixas etárias
(dias específicos para gestantes, crianças, hipertensos ou diabéKcos).
• Evitar pré-agendamentos prolongados, pois pode gerar um desperdício de tempo
• Envolver todos os profissionais disponíveis para oferecer os melhores recursos de acordo com as
necessidades da população de sua área.
• A equipe precisa estar mais voltada para as necessidades da população, com uma agenda mais
adequada à procura diária das pessoas (ter diagnós8cos de demandas atualizados);
• Definir quanto tempo será necessário para uma consulta pré-agendada, considerando que esta se
dará para no máximo uma semana e ir diminuindo esse tempo até conseguir chegar “Faça o
trabalho de hoje, hoje!”!
Cuidados para uma equipe que pretende
adotar o acesso avançado
• 1º: O acesso avançado anda junto com o acolhimento e a escuta
qualificada. A escuta qualificada preferencialmente é feita pelo
profissional da enfermagem, porém pode ser feita pelo próprio
médico ou cirurgião den@sta da equipe.
• Por isso, um dos pressupostos, se isso ainda não acontece, para
melhorar o acesso na unidade de saúde, é o maior envolvimento do
enfermeiro no cuidado das pessoas da sua área. Dessa forma, é
importante que cada enfermeiro tenha seu próprio consultório e
que esse seja próximo ao do médico de sua equipe. Essa disposição
dos consultórios facilita o entendimento da vinculação para a equipe
e para a população e também agiliza as interconsultas entre médicos
e enfermeiros.
Cuidados para uma equipe que pretende
adotar o acesso avançado
• 2º: Fluxo do atendimento – ESCUTA RÁPIDA
• Caso o usuário venha para um serviço específico (vacinação, farmácia, coleta
de exame, etc) , ali mesmo ele deve ser direcionado para que já haja
resolu;vidade sem necessidade de passar por nenhuma outra etapa.
• A pessoa passa pela recepção apenas para iden;ficar qual a sua equipe e já é
agendada/encaminhada para ser atendida pelos profissionais de referência.
• A recepção (escuta rápida), nesse modelo, poderá fazer perguntas breves
para iden;ficar a necessidade imediata ou não de consulta.
• Caso tenha necessidade de consulta, nesse momento re;ra-se o prontuário
(se ainda for Vsico) e direciona a pessoa que procura atendimento no dia para
a sua própria equipe (auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos) no
caso do usuário estar procurando por consulta nesse dia.
Escutar significa, num primeiro momento, acolher toda
queixa ou relato do usuário mesmo quando possa parecer não
interessar diretamente para o diagnóstico e tratamento. Mais
do que isto, é preciso ajudá-lo a reconstruir (e respeitar) os
motivos que ocasionaram o seu adoecimento e as correlações
que o usuário estabelece entre o que sente e a vida – as
relações com seus convivas e desafetos.
Importante por exemplo perguntar por que ele acredita que
adoeceu e como ele se sente quando tem este ou aquele
sintoma.
Quanto mais a doença for compreendida e correlacionada com
a vida, menos chance haverá de se tornar um problema
somente do serviço de saúde, mas sim, também, do sujeito
doente.
ESCUTA
QUALIFICADA
• A equipe define quem ficará responsável por fazer a escuta
qualificada.
• Nela,o profissional de nível superior já conseguirá resolver grande
parte das demandas que chegam para a equipe. E aquelas que são
necessárias realmente de serem vistas pelo médico, são direcionadas
pelo médico no mesmo dia.
• A ambiência, o fluxo favorável e estudado para cada unidade e
situação, reuniões de equipe periódicas para revisão de protocolos e
de situações conflituosas e principalmente a vontade de fazer dar
certo é a receita para que o ACOLHIMENTO COM ACESSO AVANÇADO
seja implantado com sucesso.
Agenda Compar,lhada e
Acesso Avançado
27
A AGENDA
ØAs agendas tem um papel fundamental nas a9vidades das unidades,
permi9ndo um acesso pautado na equidade e universalidade;
ØDevem garan9r esse acesso e a qualidade da atenção em saúde a toda a
população;
ØDeve ser construída a par9r de um diagnósAco situacional da realidade
social e epidemiológica da comunidade, associado à análise dos riscos e
vulnerabilidades desse território e levantamento de problemas;
A AGENDA
• O @po de agenda vai depender do @po de processo de trabalho e de
acesso que está funcionando na unidade.
• Mas alguns princípios são básicos:
• Deve sempre ser dialogada e socializada entre todos da equipe;
• Qualquer mudança (férias, afastamento, mudança de horário, etc)
deve ser informada, principalmente para àqueles que ficam na
recepção (escuta rápida);
• Assim, se a equipe está em ACESSO AVANÇADO 100% na agenda não
haverá “consulta agendada” e assim por diante.
AGENDA
Cuidado
Agendado
Cuidado
Con;nuado
A"vidades
Educa"vasReuniões
de
Equipe
Visita
Domiciliar
Demanda
Imediata
Tempo
para
escrever...
EXEMPLO DAS
ATIVIDADES DE UMA
AGENDA
Como viabilizar o acolhimento à demanda
espontânea?
• Toda a equipe é responsável pelo acolhimento.
• Iden@ficar casos de maior risco e vulnerabilidade e facilitar o
acesso dos usuários a uma avaliação mais rápida pelo
profissional mais adequado (escuta qualificada).
• Fluxos de transferência / encaminhamento dos usuários que
necessitam de outros recursos assistenciais.
• Discu@r critérios de risco e organizar a agenda dos profissionais
de modo a contemplar a agenda programada e casos agudos.
• Diálogo com os usuários.
Perguntas que podem ajudar a equipe na
implantação do acolhimento:
• Existe acolhimento na unidade? Quem são os responsáveis? Como é
feito? Como podemos melhorar?
• Como é organizado o fluxo dos usuários na unidade?
• Quais as principais dúvidas e necessidades dos usuários?
• Quais os problemas e conflitos enfrentados pelos pro?ssionais no que
diz respeito ao acolhimento?
• Quais as tentativas de solução desses problemas?
Referências
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea. Cadernos de Atenção Básica; n. 28, V. 1. 1. ed.; 1. reimpr.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento à demanda espontânea. Cadernos de Atenção Básica; n. 28, V. 2. 1. ed.; 1. reimpr.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
• Esteche FF. Acolhimento à demanda espontânea e programada. Programa de Educação Permanente em Saúde da Família –
PEPSUS. Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em https://avasus.ufrn.br/
• Brasil. Ministério da Saúde. Acolhimento nas práticas de produção da saúde(Série B. Textos Básicos de Saúde). 2. ed. 5.
reimp. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010.
• Wolmann A et al. Novas possibilidades de organizar o Acesso e a Agenda na Atenção Primária à Saúde. Prefeitura
Municipal de Curitiba, 2014. Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em
http://arquivos.leonardof.med.br/SaudeCuritiba_CartilhaAcessoAvancado_2014-06-05.pdf
• Murray M, Tantau C. Same-Day Appointments: Exploding the Access Paradigm. Fam Pract Manag. 2000 Sep;7(8):45-50.
Acesso em 02 de fev 2019. Disponível em https://www.aafp.org/fpm/2000/0900/p45.html.
https://avasus.ufrn.br/
http://arquivos.leonardof.med.br/SaudeCuritiba_CartilhaAcessoAvancado_2014-06-05.pdf
https://www.aafp.org/fpm/2000/0900/p45.html
OBRIGADA
ABORDAGENS NA PESSOA, NA
FAMÍLIA E VISITA DOMICILIAR
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Roteiro da aula
1. Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
2. Tipologias familiares e ferramentas de
abordagem familiar: Ciclo de vida familiar,
Genograma, Ecomapa, APGAR familiar, FIRO e
PRACTICE
3. Visita domiciliar
Método Clínico
Centrado na
Pessoa (MCCP)
• Vídeo-aula: Método Clinico Centrado na Pessoa - MSP0672
• Prof. Dr. Gustavo Gusso (FMUSP)
• Duração: 26 minutos
• Disponível em: hRps://www.youtube.com/watch?v=HXuiRefleM8
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
https://www.youtube.com/watch?v=HXuiRefleM8
Aplicação do Método Clínico Centrado na
Pessoa (MCCP)
• Vídeo: IPES e PSOs: Método Clínico Centrado na Pessoa
• Programa de Residência Médica em Medicina de Família e
Comunidade, SMS-RJ -2016
• Duração: 6 minutos
• Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=17-SNbKtKZc
https://www.youtube.com/watch?v=17-SNbKtKZc
Aplicação do Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
•Reflita se há diferença entre as duas abordagens
clínicas?
•Há diferença no tempo de duração dessas consultas?
•Qual abordagem gera melhor resultado na saúde da
pessoa?
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
• Vídeo: Começou uma família…Responsamuitabilidade!
• Produção: Tecendo prosa
• Duração: 2 minutos
• Disponível em: hRps://www.youtube.com/watch?v=8-eSBSVr3Ls
Abordagem familiar
https://www.youtube.com/watch?v=8-eSBSVr3Ls
Abordagem familiar
• Conceitos de família
“A família é um modelo universal para o viver. Ela é unidade de
crescimento; de experiência; de sucesso e fracasso; ela é também a
unidade da saúde e da doença.” Natan W. Ackerman
“A família é o conjunto de pessoas, ligadas por laços de parentesco,
dependência doméstica ou normas de convivência, que residem na
mesma unidade domiciliar. Inclui empregado (a) doméstico (a) que
reside no domicílio, pensionista e agregados.” Ministério da Saúde, Brasil (2001)
Tipos de arranjos familiares
1. Família nuclear bigeracional (pais e filhos);
2. Família extensiva (três ou quatro gerações);
3. Família unitária (uma só pessoa, ex.: viúva sem filhos);
4. Família adotiva temporária;
5. Família adotiva bi-racial / multicultural;
6. Casal residindo separadamente;
7. Família monoparental (filho/s com pai ou mãe);
8. Família homossexual (com ou sem filho/s);
9. Família reconstituída (remarried/step families);
10. Família institucional (instituto com função de criar e desenvolver afetivamente a
criança/adolescente);
11. Famílias com constituição funcional (pessoas vivendo juntas, sem laços legais, mas com forte
compromisso mútuo).
Abordagem familiar
Ferramentas de abordagem familiar
1. Ciclos de vida
2. Genograma
3. Ecomapa
4. APGAR familiar
5. FIRO
6. PRACTICE
Abordagem familiar
Ciclos de vida
FASE DO CICLO DE VIDA
1. Saindo de casa: jovens solteiros
2. O novo casal
3. Família com filhos pequenos
4. Famílias com filhos adolescentes
5. Lançando os filhos e seguindo em frente
6. Famílias no estágio tardio: a velhice
FASE DO CICLO DE VIDA
(Popular)
Família composta por jovem
adulto
Família com filhos pequenos
Família no estágio tardio
Abordagem familiar
Estágios do ciclo de vida familiar de classe média
Estágios do ciclo de vida familiar de classe média
Abordagem familiar
Ciclos de vida
MLS (quatro anos) vem à UBS queixando-se de diarreia e vômitos há
dois dias. Ela está acompanhada de sua irmã de 10 anos. Seu pai (29
anos) está acamado há dois anos, devido a bala perdida que o acertou
na coluna lombo-sacra quando vendia bebidas informalmente na rua.
Sua mãe (30 anos) está trabalhando como doméstica e lavandeira para
manter financeiramente a família. O outro irmão, de dois anos, ficou em
casa, aguardando as irmãs mais velhas retornarem da UBS.
Em qual(is) estágio(s) do ciclo de vida está a família de MLS?Ciclo de vida da família de classe popular
1. Família composta por jovem
adulto
• Adolescente precisa sair de
casa para trabalhar
precocemente
• Tornam-se adultos “sozinhos”
• Processo pode começar por
volta dos 10 anos de idade
2. Família com filhos pequenos
• Etapa de grande acúmulo de
papéis
• Inclui tarefas do novo casal e
da família com filhos
pequenos: novo sistema
conjugal, papéis paternos e
maternos
• Acúmulo de gerações
• Relações menos duradouras
• Reestruturações frequentes
devido a novos
relacionamentos
3. Família no estágio tardio de
vida
• Idosos continuam sustentando
família
• Inexistência do “ninho vazio”
• Homens e mulheres tornam-
se avós mais cedo, ainda com
capacidade reprodutiva
• Acúmulo de gerações no
mesmo ambiente
Exercício 1
Explique como geralmente se caracteriza o ciclo de vida da família da
classe popular
Exercício 1
Explique como geralmente se caracteriza o ciclo de vida da família da
classe popular
Abordagens na pessoa, na família e visita domiciliar
Abordagem familiar - Genograma
Conceito:
O genograma é uma ferramenta
da abordagem familiar que nos
ajuda a demonstrar esquematica e
dinamicamente problemas
biomédicos, genéticos,
comportamentais e sociais que
envolvem a família estudada.
Avalia 5 domínios familiares:
1. O modo de comunicação;
2. As relações;
3. As doenças;
4. Os problemas familiares e
5. As experiências traumáticas.
Abordagem familiar - Genograma
Aplicação:
A aplicação do genograma à clínica
na APS permite visualizar o processo
de adoecer, facilita o plano
terapêutico e permite à família uma
melhor compreensão sobre o
desenvolvimento de suas patologias.
Exercício 2
Observe a figura a seguir:
Sobre as relações familiares
representadas nesse genograma, é
correto afirmar que:
A) Ricardo tem uma relação
conflituosa com Júlio.
B) João tem uma relação de
proximidade com Ricardo.
C) Maria tem uma relação de
distanciamento com Vera.
D) João tem uma relação de muita
proximidade com Ana.
Abordagem familiar
Ecomapa
• Demonstra as relações entre os membros de uma família e a
comunidade e ajuda a avaliar os apoios e suportes disponíveis e
sua utilização pela família.
• Uma família que tem poucas conexões com a comunidade e
entre seus membros necessita maior investimento da equipe
para melhorar seu bem estar.
Informações contidas no ecomapa:
1. a vizinhança (área física);
2.serviços da comunidade (médicos, saúde mental, toxico-dependência,
violência doméstica, conselhos);
3.grupos sociais (igrejas; grupos cívicos: comissão de pais, de bairro;
grupos de convívio, ONG);
4. educação;
5. relações pessoais significativas (amigos, vizinhos, família mais afastada);
6. trabalho;
7. outras (específicas da família e da área em que habita).
Informações contidas no ecomapa:
- membros da família e suas idades no centro do círculo
- utiliza símbolos do genograma
- círculos externos mostram os contatos da família com membros
da comunidade ou com pessoas e grupos significativos
- linhas indicam o tipo de conexão
Abordagem familiar
Informações contidas no ecomapa:
• linhas contínuas: ligações fortes, relações sólidas
• ------------ linhas tracejadas: ligações frágeis, relações tênues
• // linhas com barras ou talhadas: aspectos estressantes,
relações conflituosas
•→ ← ↔ setas: fluxo de energia e/ou recursos
• Ausência de linhas: ausência de conexão
Abordagem familiar - Ecomapa
Abordagem familiar - APGAR familiar
• AdaptaJon (Adaptação),
• Partneship (ParJcipação),
• Growth (Crescimento),
• AffecJon (Afeição) e
• Resolve (Resolução).
O APGAR familiar é um questionário
composto por cinco perguntas, que
pretende quantificar a percepção
que o doente tem do
funcionamento familiar, bem como
esclarecer o tipo de
relação/integração que ele tem com
os membros da família.
Abordagem familiar - FIRO (Orientações
Fundamentais nas Relações Interpessoais)
O FIRO é utilizado para compreender as mudanças no ciclo de vida familiar,
avaliar as alterações conjugais ou familiares, patologias graves e pacientes
terminais. As relações familiares se inserem em três dimensões: inclusão,
controle e intimidade, ou seja, a família pode ser estudada quanto às suas
relações de poder, comunicação e afeto.
Aplicações do FIRO
• Idoso deprimido após a perda do cônjuge
• Transtorno de humor em mulher perimenopáusica
• Adulto começa a beber após aposentar-se por invalidez
• Casal queixa-se de que seu filho está incontrolável com a chegada de um novo
irmão
• Casal queixa-se que a intimidade e as relações sexuais já não são satisfatórias
Abordagem familiar - PRACTICE
.
Exercício 3
Na prática do médico de família, a da abordagem familiar contribui
para o plano de prevenção, de investigação clínica e de tratamento de
casos simples e complexos. O instrumento de abordagem familiar que
identifica todos os sistemas envolvidos e relacionados com a pessoa,
com a família em questão e com o meio onde vivem é denominado:
A) Apgar da família.
B) Genograma.
C) Ciclo vital.
D) Ecomapa.
Visita domiciliar
•Vídeo: Agente Comunitário de
Saúde.
•Duração: 4 minutos
• Fonte: Diário de um Posto de Saúde:
h"ps://www.youtube.com/watch?v=lc_qUXTIj7Q&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=lc_qUXTIj7Q&t=1s
A Atenção Domiciliar proporciona ao
paciente um cuidado ligado diretamente aos
aspectos referentes à estrutura familiar, à
infraestrutura do domicílio e à estrutura
oferecida pelos serviços para esse tipo de
assistência. Assim, evita-se hospitalizações
desnecessárias, diminui o risco de infecções
e a superlotação de serviços de urgência e
emergência, melhora a gestão dos leitos
hospitalares e o uso dos recursos.
Visita domiciliar – Atenção Domiciliar
A Política Nacional de Atenção Domiciliar (PNAD):
=> definiu três níveis de atenção domiciliar (AD1, AD2 e AD3), sendo o
primeiro nível (AD1) de responsabilidade das equipes de Atenção
Primária à Saúde (APS);
Þ valorizou a APS como âmbito privilegiado assistencial e responsável
pela maior parte dos cuidados em AD no Brasil.
Þ reforçou a visita domiciliar (VD) como ação ímpar para o
conhecimento do contexto da pessoa mediante observação ativa,
abordagem familiar e reconhecimento dos determinantes sociais
atuantes.
Visita domiciliar – Atenção Domiciliar
• O (a) Sr.(a) sabia que esse serviço de atenção domiciliar é do SUS?
SIM: 83,98% e NÃO: 15,86%
• Além do atendimento pela Equipe de Atenção Domiciliar, o (a) Sr.(a) e
sua família são acompanhados por uma Equipe de Saúde da Família
SIM: 53,00% e NÃO: 46,11%
• Após a alta do Melhor em Casa houve necessidade de continuidade
de tratamento pela equipe da Unidade Básica de Saúde?
NÃO, NÃO HOUVE NECESSIDADE: 40,99% ; SIM, NA UBS: 36,52% ;
SIM, NO DOMICÍLIO:74% ; SIM, MAS NÃO TEVE ACESSO: 9,65%
• Fonte: DOGES/SGEP/MS (2017)
Visita domiciliar – Atenção Domiciliar
Visita domiciliar – Atenção Domiciliar
Referências
• McWHINNEY, Ian R; FREEMAN, Thomas R. Manual de Medicina de Família e Comunidade de McWHINNEY. 4 ed. Porto
Alegre: ARTMED, 2017, 536 p.2.
• STEWART, Moira et al. Medicina Centrada na Pessoa: transformando o método clínico. 3 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2017,
416 p.3.
• GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios,
Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019,2388p.
• DUNCAN BB; SCHMIDT MI; GIUGLIANI ERJ; DUNCAN MS; GIUGLIANI C, organizadores. Medicina Ambulatorial: Condutas de
Atenção Primária Baseadas em Evidências. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.5.
• STARFIELD, Barbara. Atenção Primária, equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços-tecnologia. Brasília: UNESCO,
Ministério da Saúde, 2002. 726p. [disponível na Internet: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130805por.p df]
OBRIGADA
SAÚDE DE POPULAÇÕES
ESPECÍFICAS E POLÍTICAS DE
EQUIDADE
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
ROTEIRO DE AULA
• Princípio daequidade.
• Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.
• Política Nacional de Atenção à Saúde da População de Rua.
• Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais.
• Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e
das Águas.
• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de
Liberdade no Sistema Prisional.
• Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.
• Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada.
O que é saúde?
“[...] a resultante das condições de alimentação, habitação, educação,
renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade,
acesso a posse da terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de
tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as
quais pode gerar grandes desigualdades nos níveis de vida [...]”
(8ª Conferência Nacional de Saúde)
Princípio da Equidade
• O Estado deve tratar "desigualmente os desiguais", concentrando
seus esforços e investimentos em zonas territoriais com piores índices
e déficits na prestação do serviço público.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DA POPULAÇÃO
NEGRA
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Raça: categoria essa que foi histórica e culturalmente construída e
que é constituída de pessoas que são, efetiva ou potencialmente,
vítimas de desvantagens sociais por efeitos de preconceito e
discriminação relativos a origem étnica ou as marcas visíveis de que
são portadoras a cor ou outras características físicas superficiais
(fenótipo).
(FIGUEROA, 2004)
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• A identidade racial, que tem íntima relação com a influência da
raça/cor na construção da personalidade e dos relacionamentos
sociais, é um dos fatores a ser levado em conta no sentido de
prevenir doenças de modificação dos fatores do meio ambiente que
impedem ações equânimes em saúde.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Racismo: “sistema de relação social que apregoa uma práxis política
de exclusão do diferente, visando manter uma ordem dominante. E o
que mantém simbolicamente essa práxis é medo da perda do poder,
mesmo que esse poder seja micro ou pontual. Dessa forma, o racismo
é um poder excludente”
(SANTOS, 2001)
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Racismo Institucional: “(...) o fracasso coletivo de uma organização em
prover um serviço profissional e adequado às pessoas com certos
marcadores grupais de cor, cultura, origem étnica ou regional, o que
caracteriza esse tipo de racismo é que ele extrapola as relações
interpessoais e ocorre à revelia das boas intenções individuais, implicando
o comprometimento dos resultados de planos e metas de instituições,
gestões administrativas e de governo.”
(PCRI, 2005)
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• 53,6% da população brasileira se autodeclara negra (PNAD, 2014).
• Do total de 1.583 mortes maternas em 2012, 60% eram de mulheres
negras e 34% de brancas.
• Em 2012, a taxa específica (por 100 mil hab.) de homicídios de jovens
negros foi três vezes maior que a referida taxa de jovens brancos.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Dos 39.123 óbitos infantis notificados em 2012, 45% foram de crianças negras e
41% de brancas; esta diferença é maior entre as mortes que ocorrem na primeira
semana de vida, sendo que 47% são de crianças negras e 38% de brancas.
• De 2000 para 2012, a taxa de mortalidade pela doença falciforme dobrou no país,
sendo praticamente influenciada pelas tendências das cor/raças pretas e pardas.
• Em 2012, as maiores taxas de mortalidade por diabetes ocorreram na população
negra (pretas e pardas).
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
MARCOS LEGAIS
• 2003 - Criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial (SEPPIR).
• 2004 - Criação do Comitê Técnico de Saúde da População Negra
(CTSPN).
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
MARCOS LEGAIS
• 2005 - Publicação da Portaria GM/MS 1391, que institui Política
Nacional de Atenção Integral às pessoas com Doença Falciforme.
• 2006 - Aprovação da PNSIPN no Conselho Nacional de Saúde.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
MARCOS LEGAIS
• 2009 - Portaria 992/2009, que instituiu a PNSIPN.
• 2010 - Dia Nacional de Saúde da População Negra: 27 de Outubro.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
• Objetivo:
Promover a saúde integral da população negra, reconhecendo raça,
racismo e racismo institucional como determinantes sociais das
condições de saúde, com vistas à promoção da equidade em saúde.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA
POPULAÇÃO NEGRA
DESAFIOS NO CUIDADO DA SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA:
• Abordagem integral
• Cuidado com equidade
• Reconhecimento das vulnerabilidades
• Combate ao Racismo
• Garantir a abordagem multidisciplinar e intersetorial
POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO À SAÚDE DA
POPULAÇÃO DE RUA
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DA POPULAÇÃO DE RUA
• Considera-se população em situação de rua:
“O grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza
extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência
de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as
áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma
temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para
pernoite temporário ou como moradia provisória.
(Parágrafo Único, Art. 1º. Decreto nº 7.053/2009)
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DA POPULAÇÃO DE RUA
MARCOS LEGAIS
• Política Nacional de Saúde da População em Situação de Rua – Decreto
7.053/2009 (Casa Civil/PR).
• Comitê Técnico de Saúde - Portaria 3.305/2009.
• Portarias MS 122 e 123 de 2011/2012 - Institui as Equipes de Consultório
na Rua (e-CnaR).
• Portaria MS 940/2011 - direito ao atendimento, mesmo sem endereço fixo.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DA POPULAÇÃO DE RUA
• É um dispositivo criado para produzir respostas as necessidades da
população em situação de rua, garantindo a integralidade do cuidado
e a universalidade de acesso ao SUS. Entendendo que população em
situação de rua é um grupo heterogêneo que habita logradouros
públicos, áreas degradadas e ocasionalmente utiliza abrigos e
albergues para pernoitar.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DA POPULAÇÃO DE RUA
DESAFIOS NO CUIDADO DA SAÚDE DA PESSOA EM SITUAÇÃO DE RUA:
• Preconceito.
• Situação de vulnerabilidade.
• Uso abusivo de álcool e outras drogas (Redução de Danos).
• Higiene e Alimentação.
• Doenças predominantes: IST, Tuberculose,
• Adesão ao Tratamento.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DE LÉSBICAS, GAYS,
BISSEXUAIS, TRAVESTIS E
TRANSEXUAIS
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Definições:
• Sexo Biológico: conformação anátomo-fisiológica dos sistema geniturinário.
• Gênero: conjunto de características sociocomportamentais que incidem sobre
corpos sexuados.
• Orientação Sexual: expressão do desejo sexual e afetivo.
• Identidade de Gênero: auto identificação relativa à um gênero (masculino ou
feminino).
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Panorama de Saúde de Mulheres Lésbicas e Bissexuais:
• Cerca de 40% das mulheres não revelam sua orientação sexual.
• Das mulheres que revelam, 28% referem maior rapidez no
atendimento e 17% dizem não ter exames que consideram
importantes solicitados.
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Panorama de Saúde de Mulheres Lésbicas e Bissexuais:
• Cobertura de Rastreamento para Câncer de Colo de Útero cai de
89,7% entre mulheres heterossexuais para 66,7% em mulheres
lésbicas e bissexuais.
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Violência Homofóbica no Brasil:
• O II Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil 2012, registrou 3.084
denúncias de 9.982 violações relacionadas à população LGBT, envolvendo
4.851 vítimas e 4.784 suspeitos.
• 60% eram contra homens gays.
• 62% dos agressores foram identificados como alguém próximo da vítima
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
MARCOS LEGAIS
• 2008 - Publicada a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais.
• 2008 - Primeiro port aria de regulamentação do Processo Transexualizador no
SUS.
• 2011 - Instituição da Cirurgia de Transgenitalização no SUS
• 2013 - Ampliaçã o dos servi ç os ambulatoriais do Processo Transexualizador
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Objetivo Geral:
• Promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais, eliminando a discriminação e o preconceito institucional,
bem como contribuindo para a redução das desigualdades e a
consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo.
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Desafios no cuidado em saúde da População LGBT
• Violência contra essa população.
• Acolhimento não qualificado para atender às
especificidades.
• Legislação deficitária em medidas de proteção.
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
Desafios no cuidado em saúde da População LGBT
• Demanda reprimida de população de Transexuais e Travestis nos
serviços de referência para Processo Transexualizador.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
INTEGRAL DAS POPULAÇÕES
DO CAMPO, DA FLORESTA E
DAS ÁGUAS
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
A QUEM SE DIRIGE
• Povos e comunidades que têm seus modos de vida, produção e reprodução
social relacionados predominantemente com o campo, a floresta, os
ambientes aquáticos, a agropecuária e o extrativismo, como camponeses,
agricultores familiares, trabalhadores rurais, comunidades de quilombos,
populações que habitam ou usam reservas extrativistas, populações
ribeirinhas, populações atingidas por barragens, dentre outros.
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
ACESSO À AGUA, COLETA DE LIXO E ESGOTO
• 47,3% dos domicílios rurais possuem água canalizada em pelo menos 1 dos
cômodos, porém 18% apenas provém de uma rede de distribuição geral.
• 82% da água dos domicílios rurais provém de poços, nascentes e outras fontes.
• 37,4% dos domicílios tem escoadouro de banheiro e sanitário de forma
inadequada.
• 47,3% dos domicílios não possuem coleta de lixo e o descartam de forma
inadequada (enterram ou queimam).
IBGE, PNAD - 2011
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
MARCOS LEGAIS
• Em 2005 foi instituído o Grupo da Terra (Portaria MS/GM nº
2.460/2005) para atender às necessidades de atenção à saúde dessa
população. Objetivo: elaborar a Política Nacional de Saúde Integral
das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF).
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
MARCOS LEGAIS
• Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Redefinição do arranjo
organizacional das equipes de Saúde da Família, Equipe(s) de Saúde da Família
Ribeirinha (ESFR) e da(s) Equipe(s) de Saúde da Família Fluvial (ESFF) para os
municípios da Amazônia Legal e Pantanal Sul Mato grossense, assim como a
definição dos valores de financiamento destas equipes e de custeio das Unidades
Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), considerando as especificidades locais.
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
MARCOS LEGAIS
• Portaria nº 2.866/2011 instituiu a política no âmbito do SUS. É um
instrumento norteador e legítimo do reconhecimento das
necessidades de saúde dessas populações.
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
MARCOS LEGAIS
• Portaria nº 2.311/2014 incluiu o termo “águas” na denominação da
PNSIPCF, que passou a ser denominada Política Nacional de Saúde
Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas
(PNSIPCFA).
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
Desafios no cuidado em saúde da População do Campo, Floresta e
Águas
• Distância no Acesso.
• Monocultura, Agrotóxico e não utilização de equipamentos de
segurança.
• Frágil estrutura de Cobertura de Saúde.
Política Nacional de Saúde Integral das Populações
do Campo, da Floresta e das Águas
Desafios no cuidado em saúde da População do Campo, Floresta e
Águas
• Regimes de trabalho análogo a escravidão.
• Violência no Campo.
Obs.: o Programa Mais Médicos tem sido um diferencial no acesso a
saúde dessa população.
POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
DAS PESSOAS PRIVADAS DE
LIBERDADE NO SISTEMA
PRISIONAL
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Panorama da População Carcerária
• 715.665 pessoas privadas de liberdade
• 595.641 em unidades prisionais
• 220 mil em SP (34%)
Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Panorama da População Carcerária
• 119.359 em prisão domiciliar
• 93% homens
• 7% mulheres
Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Panorama da População Carcerária
• Vagas no sistema prisional: 302 mil.
• Cerca de 25.000 pessoas entram no sistema por ano.
• Crescimento de 235% em 14 anos.
Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
OBJETIVO GERAL:
• Garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema
prisional ao cuidado integral no SUS.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
DIRETRIZES
1. Promoção da cidadania e inclusão das pessoas privadas de liberdade por
meio da articulação com os diversos setores de desenvolvimento social,
como educação, trabalho e segurança.
2. Atenção integral resolutiva, contínua e de qualidade às necessidades de
saúde da população privada de liberdade no sistema prisional, com ênfase
em atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
DIRETRIZES
3. Respeito à diversidade étnico racial, às limitações e às necessidades físicas
e mentais especiais, às condições econômicosociais, às práticas e concepções
culturais e religiosas, ao gênero, à orientação sexual e à identidade de
gênero.
4. Intersetorialidade para a gestão integrada e racional e para a garantia do
direito à saúde.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Perfil de Atendimento e Agravos Epidemiológicos
Emergência sanitária, com prevalência elevada de doenças transmissíveis e não transmissíveis, como:
• Tuberculose;
• HIV/AIDS;
• Hepatites;
• Sífilis;
• Dermatites;
• Hipertensão.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional
Desafios atuais da PNAISP
• 1. Aumentar a cobertura assistencial.
• 2. Qualificar as intervenções intersetoriais.
• 3. Informatizar os serviços, por meio da implantação do novo sistema de
informação da Atenção Básica (estratégia e SUS AB) para monitoramento e
avaliação permanente dos serviços prestados.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
Pessoas Privadas de Liberdade no SistemaPrisional
Desafios atuais da PNAISP
• 4. Ofertar processos de educação permanente e continuada para todas as
equipes de atenção básica prisional.
• 5. Qualificar a gestão das equipes em processos tripartite e intersetoriais.
• 6. Aprimorar a infraestrutura para o atendimento em saúde.
POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS
INDÍGENAS
Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS
• Conswtuição do Brasil (1988), art 231: é reconhecido aos índios sua
organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam compewndo
à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS
• 1ª (1986) e 2ª (1993) Conferências Nacionais de Saúde Indígena:
espaços importantes de discussão e luta pelo direito a atenção à
saúde dos povos indígenas.
Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS
• Lei 9.836, de 23 de setembro de 1999: foi inswtuído o Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena e as diretrizes básicas para a implantação
de Distritos Sanitários Especiais.
Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS
• Portaria 254 (MS), de 31 de Janeiro de 2002: Políwca Nacional de
Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (trouxe algumas diretrizes para
as ações de atenção à saúde indígena que representaram um avanço
no reconhecimento da especificidade cultural e arwculação da
biomedicina com práwcas indígenas tradicionais de cura e cuidado.
Política Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas
MARCOS LEGAIS
• Decreto 7.336, de 20 de outubro de 2010: inswtuiu, na estrutura do
Ministério da Saúde a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI),
transferindo a responsabilidade pela saúde indígena para esta
Secretaria.
BOLSA FAMÍLIA E BENEFÍCIO DE
PRESTAÇÃO CONTINUADA
BeneMcios Assistenciais
• Dentro do Sistema Único de Assistência Social, podem se classificar os benefícios
assistenciais em duas categorias aqueles permanentes - federais, instituídos mediante lei
federal, a exemplo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), criado pela Lei Federal nº
8.742/93 – Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que regulamentou o art. 203, inciso
V, da Carta Política Pátria; e os benefícios eventuais federativos, criados por entes da
federação Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme critérios e prazos definidos
pelo Conselho Nacional de Assistência Social.
BeneMcio de Prestação ConNnuada (BPC)
• O BPC, criado em 1993, é devido ao idoso de 65 anos ou mais de idade, e
ao deficiente, cuja renda familiar seja inferior a um quarto do salário
mínimo. (Art. 20 caput da LOAS).
• Esse é um benefício de assistência social, ou seja, quem está solicitando
não precisa ter contribuído com a Previdência Social, por isso ele é
chamado de benefício e não de aposentadoria, e sua ajuda equivale a um
salário mínimo.
Bolsa Família
• O Programa Bolsa Família foi instituído pela Lei nº 10.836/2004,
regulamentada pelo Decreto nº 5.209/2004 e veio como uma
necessidade de unificar as ações governamentais de transferência de
recursos do Governo Federal.
Bolsa Família
Características do Programa Bolsa Família:
• Atende a família e não a membros isolados.
• Pagamento direto à família, por cartão bancário, de preferência para a
mulher.
• A família tem autonomia no uso do recurso financeiro.
• Conjuga esforços das três esferas de governo.
Bolsa Família
Características do Programa Bolsa Família:
• Integração com programas próprios dos Estados e Municípios.
• Deve existir um compromisso/contrapartidas para a percepção dos benefícios.
• Políticas de saúde e educação como condicionalidades.
• Gestão descentralizada e intersetorial.
• Fiscalização por meio da articulação com os órgãos de Controle Social.
Bolsa Família
O Programa Bolsa Família compreende a concessão de benefícios de
pagamentos mensais, portanto, de trato sucessivo, às famílias consideradas
pobres ou extremamente pobres, com requisitos para concessão e
manutenção estabelecidos em lei federal, com valor definido, de caráter
temporário, não gerando direito adquirido uma vez que devem ser revistos a
cada dois anos para avaliação da elegibilidade das famílias para o
recebimento desses benefícios.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Painel de Indicadores do SUS. Temático Saúde da População Negra; v.7, n.10. Brasília:
Ministério da Saúde, 2016. p.82.
• BRASIL. 8ª Conferência Nacional de Saúde: quando o SUS ganhou forma. 2019. Disponível em:
<http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/592-8-conferencia-nacional-de-saude-quando-o-sus-ganhou-
forma>.
• FIGUEROA, A. Contextualização conceitual e histórica. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE SAÚDE DA POPULAÇÃO
NEGRA, 2004, Brasília. Caderno de textos básicos... Brasília: Seppir, Ministério da Saúde, 2004. p.11-45.
• SANTOS, I. A. A responsabilidade da escola na eliminação do preconceito racial: alguns caminhos. In: CAVALLEIRO,
E. (Org.). Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2001. p. 97-113.
http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/592-8-conferencia-nacional-de-saude-quando-o-sus-ganhou-forma
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma
política para o SUS. 3.ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2017.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da população em situação de rua: um direito humano.
Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo
e da Floresta. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014. Institui a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS). Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/pri0001_02_01_2014.html>.
• BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. 2ed. Brasília:
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2002.
• BRASIL. Bolsa Família. Disponível em: <https://bfa.saude.gov.br/>.
• BRASIL. Benefício de Prestação Continuada (BPC). Disponível em: <https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-
programas/assistencia-social/beneficios-assistenciais/beneficio-assistencial-ao-idoso-e-a-pessoa-com-deficiencia-
bpc>.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/pri0001_02_01_2014.html
https://bfa.saude.gov.br/
https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/assistencia-social/beneficios-assistenciais/beneficio-assistencial-ao-idoso-e-a-pessoa-com-deficiencia-bpc
OBRIGADO
INTRODUÇÃO À SAÚDE
INDÍGENA: POLÍTICA NACIONAL
DA SAÚDE INDÍGENA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
ROTEIRO DA AULA
• Introdução à Saúde Indígena
• Marcos Legais
• A Polí:ca Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.
• Territorialização/Sociodiversidade
• Perfil Epidemiológico
• Antropologia e Atenção Diferenciada
INTRODUÇÃO À SAÚDE INDÍGENA
ÍNDIO
• Qualquer membro de uma comunidade indígena, reconhecido por ela
como tal.
COMUNIDADE INDÍGENA
• Aquela fundada em relações de parentesco ou vizinhança entre seus
membros, que mantem laços histórico-culturais com as organizações
sociais indígenas pré-colombianas.
(SESAI, 2017)
RELAÇÕES DE PARENTESCO OU VIZINHANÇA
• Relações de afinidade, filiação, parentesco ritual ou religioso, e, mais
geralmente, definem-se nos termos da concepção dos vínculos
interpessoais própria daquela comunidade.
(SESAI, 2017)
INTRODUÇÃO À SAÚDE INDÍGENAMARCOS LEGAIS
Cons%tuição do Brasil (1988), art. 231:
• É reconhecido aos índios sua organização social, costumes, línguas crenças e
tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
compe%ndo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
1ª (1986) e 2ª (1993) Conferências Nacionais de Saúde Indígena:
• Espaços importantes de discussão e luta pelo direito a atenção à saúde dos povos
indígenas.
MARCOS LEGAIS
Lei 9 836 de 23 de setembro de 1999:
• Foi ins4tuído o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena e as diretrizes básicas para a
implantação de Distritos Sanitários Especiais.
Portaria no 254 (MS), de 31 de Janeiro de 2002 - Poli4ca Nacional de Atenção à Saúde dos
Povos Indígenas (PNASPI):
• Trouxe algumas diretrizes para as ações de atenção à saúde indígena que representaram
um avanço no reconhecimento da especificidade cultural e ar4culação da biomedicina
com prá4cas indígenas tradicionais de cura e cuidado.
MARCOS LEGAIS
Decreto no 7.336, de 20 de outubro de 2010:
• Ins]tuiu, na estrutura do Ministério da Saúde a Secretaria Especial de
Saúde Indígena (SESAI), transferindo a responsabilidade pela saúde
indígena para esta Secretaria.
DESTAQUES
• O Subsistema de Saúde Indígena tem como base os Distritos
Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), cujas delimitações geográficas
contemplam aspectos demográficos e etnoculturais, estando sob
responsabilidade do gestor federal.
DESTAQUES
• A estrutura do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) é composta
pelos Polos Base (PB), Casas de Saúde Indígena (CASAI) e pelas
Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), estas situadas dentro das
aldeias indígenas.
DESTAQUES
• Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) devem contar com
uma rede interiorizada de serviços de atenção básica, organizada de
forma hierarquizada e ar]culada com a rede de serviços do SUS, para
garan]r a assistência de média e alta complexidade.
• O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à
Saúde Indígena.
DESTAQUES
• A assistência à população indígena aldeada é realizada mediante a atuação
de Equipes Mul:disciplinares de Saúde Indígena (EMSI) nos moldes da
Estratégia Saúde da Família.
• As EMSI são compostas por médicos, enfermeiros, odontólogos, auxiliares
de enfermagem e Agentes Indígenas de Saúde (AIS). Outros profissionais,
de saúde ou não, podem atuar juntamente com a EMSI, de acordo com a
realidade local.
POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DOS POVOS INDÍGENAS (PNASPI)
PROPÓSITO
• Garan%r aos povos indígenas o acesso à atenção integral à saúde, de acordo com
os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, contemplando a diversidade
social, cultural, geográfica, histórica e polí%ca de modo a favorecer a superação
dos fatores que tornam essa população mais vulnerável aos agravos à saúde de
maior magnitude e transcendência entre os brasileiros, reconhecendo a eficácia
de sua medicina e o direito desses povos à sua cultura.
POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO À SAÚDE
DOS POVOS INDÍGENAS (PNASPI)
TERRITORIALIZAÇÃO/SOCIODIVERSIDADE
• Propõe-se um modelo de atenção organizado de forma diferenciada,
tendo como base Distritos Sanitários, cons]tuídos em territórios
especiais que obedecem a critérios socioculturais geográficos
históricos e polí]cos, mas que, não necessariamente, correspondem à
divisão administra]va dos estados e municípios.
TERRITORIALIZAÇÃO/SOCIODIVERSIDADE
• Os indígenas são povos dis]ntos, pois possuem uma historicidade
própria e anterior à conquista da América pelos europeus, diferentes
formas de se relacionar com a sociedade nacional, outros valores e
outra visão de mundo, inclusive sobre os modos de adoecer, cuidar e
tratar as doenças.
TERRITORIALIZAÇÃO/SOCIODIVERSIDADE
• O Brasil tem a maior sociodiversidade do planeta pois há indígenas
em todo o território nacional, compondo 241 etnias e cerca de 180
línguas faladas (ISA, 2013).
• São desiguais sob o ponto de vista da renda, acesso à educação,
saúde, trabalho e a situação de exclusão em que se encontram.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
• Os indicadores de saúde dos povos indígenas são de 2 a 3 vezes
piores que a media nacional. O Coeficiente de Mortalidade Infan]l,
por exemplo, pode ser maior do que 100/1000 nascidos vivos em
algumas regiões e as principais causas de morte são evitáveis por
medidas de atenção primária.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
• Há ainda, um predomínio de doenças infectocontagiosas, porém com um
incremento das doenças crônico degenera%vas, consequências de más condições
de saneamento e mudança de hábitos e do modo de vida tradicional.
• As condições higiênico sanitárias encontradas em diversas áreas indígenas, fazem
com que a diarreia apresente-se como doença endêmica, com frequentes surtos
epidêmicos e com alto impacto na mortalidade de menores de 5 anos de idade.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
• Entre as populações indígenas do Brasil a tuberculose ainda é um
agravo importante, apresentando altos índices de incidência e
podendo ser até 10 vezes maior do que a encontrada na população
não indígena.
ANTROPOLOGIA E ATENÇÃO DIFERENCIADA
• A construção de um modelo de atenção diferenciada para os povos
indígenas requer que os profissionais de saúde desenvolvam uma postura
reflexiva e antropológica nas suas intervenções em saúde. Essa postura é
necessária para que eles se mantenham abertos para ouvir e aprender
através do que o outro está comunicando sobre sua experiência de doença
e para que possam rela:vizar seu conhecimento numa tenta:va de
construir uma atenção diferenciada que respeite os conhecimentos e
prá:cas de saúde do grupo indígena.
ATENÇÃO DIFERENCIADA
• Na atenção à saúde indígena há diferentes sistemas de cura, e neles
estão inseridos outros atores, fundamentais na lida com o processo
de adoecimento, como a parteira, pajé́, rezador, raizeiro, entre outros,
definidos como especialistas tradicionais, além dos saberes e prá]cas
cole]vas de autoatenção, sendo necessário o constante diálogo entre
esses diferentes conhecimentos.
ATENÇÃO DIFERENCIADA
• Assim, o diálogo intercultural, a escuta qualificada, a criação de
vínculo e a par]cipação dos indígenas como protagonistas do cuidado
à saúde são fundamentais para atuação em contextos interculturais.
1 – Alagoas/Sergipe
2 – Altamira
3 – Alto Rio Juruá
4 – Alto Rio Negro
5 – Alto Rio Purus
6 – Alto Rio Solimões
7 – Amapá e Norte do Pará
8 – Araguaia
9 – Bahia
10 – Ceará
11 – Cuiabá
12 – Guamá-TocanLns
13 – Kayapó Mato Grosso
14 – Kayapó Pará
15 – Leste Roraima
16 – Médio Rio Solimões e Afluentes
17 – Manaus
18 – Maranhão
19 – Mato Grosso do Sul
20 – Minas Gerais e Espírito Santo
21 – Médio Rio Purus
22 – Interior Sul
23 – ParinEns
24 – Pernambuco
25 – Porto Velho
26 – PoEguara
27 – Rio Tapajós
28 – Litoral Sul
29 – TocanEns
30 – Vale do javari
31 – Vilhena
32 – Xavante
33 – Xingu
34 - Yanomami
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REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Polí8ca Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas. 2ed.
Brasília: Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2002.
• GARNELO, L; PONTES, AL (Org). Saúde Indígena: uma introdução ao tema. Brasília: MEC-SECADI, 2012.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Saúde Indígena (SESAI). Disponível em:
<hRps://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sesai>.
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sesai
OBRIGADO
VIGILÂNCIA DO ÓBITO DE
POVOS INDÍGENAS
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
ROTEIRO DE AULA
• Vigilância do Óbito
• Legislação
• Óbito por suicídio
• Códigos CID-10 de maior frequência.
VIGILÂNCIA DO ÓBITO
• A vigilância do óbito compreende-se no conceito de vigilância
epidemiológica que engloba o conhecimento dos determinantes dos
óbitos maternos, infanPs, fetais e com causa mal definida e a
proposiçãode medidas de prevenção e controle.
LEGISLAÇÃO
• A competência dos DSEI no que se refere à alimentação de óbitos e
nascimentos no SIM e SINASC, refere-se exclusivamente aos eventos
ocorridos em aldeias indígenas, sendo que os eventos envolvendo
indígenas, ocorridos fora destes territórios são de competência dos
gestores Estaduais e Municipais do SUS, e seus registros nestes
sistemas, estarão acessíveis aos DSEI por meio de retroalimentação.
(Portaria nº 116/2009)
LEGISLAÇÃO
• A distribuição de Declaração de Óbito (DO) para DSEI, cuja área de
abrangência extrapole os limites de uma UF, será de responsabilidade
do órgão responsável pela Coordenação Nacional do Subsistema de
Saúde Indígena no SUS, no Ministério da Saúde, mediante pactuação
com a SVS/MS.
(Portaria nº 116/2009)
LEGISLAÇÃO
• No caso de óbito natural ocorrido em aldeia indígena, com assistência
médica, a DO emi8da terá a seguinte des8nação:
• 1ª via: Distrito Sanitário Especial Indígena;
• 2ª via: representante/responsável da família do falecido, para ser u?lizada na
obtenção da Cer?dão de Óbito junto ao Cartório do Registro Civil, o qual reterá o
documento; e
• 3ª via: Unidade No?ficadora, para arquivar no prontuário do falecido.
(Portaria nº 116/2009)
ÓBITO POR SUICÍDO
• Nos casos de óbito por suicídio, como acontece nos casos de morte por causas
externas, a DO deverá ser emi8da pelo IML ou por médicos ou profissionais
inves8dos na função de perito legista eventual pela autoridade judicial ou policial
(Portaria GM/MS nº 116/2009, ar8go 19, inciso V).
• No entanto, em muitos casos, as terras indígenas localizam-se em áreas de diTcil
acesso ao IML e por questões étnico-culturais a família do(a) falecido(a) não
autoriza a autópsia.
ÓBITO POR SUICÍDIO
• Para as situações onde não houver IML ou profissionais peritos,
visando à agilidade no acesso à informação por parte do DSEI,
orienta-se que se preencha:
• Ficha Complementar de Inves8gação/No8ficação de Tenta8vas e Óbitos por
Suicídio em Povos Indígenas (SESAI/MS)
• Ficha de Inves8gação de Óbito com Causa Mal Definida (IOCMD/SVS)
• Autópsia Verbal (SVS)
ÓBITO POR SUICÍDIO
• A uPlização da Ficha de InvesPgação de Óbito com Causa Mal
Definida – IOCMD/SVS visa facilitar o acesso à informação por parte
do DSEI, enquanto é finalizado o processo de invesPgação e avaliação
do óbito pelo Comitê de InvesPgação do Óbito do Estado.
FLUXO DE INFORMAÇÕES
• Uma via (primeira via, original) de cada instrumento, incluindo a via
da Autópsia Verbal, deverá ser encaminhada à sede do DSEI.
• A segunda via da Ficha de InvesPgação de Óbito por Causa Mal
Definida e a segunda via da Ficha Complementar da SESAI deverão ser
anexadas ao prontuário do paciente.
FLUXO DE INFORMAÇÕES
• As informações dos instrumentos deverão ser inseridas no módulo
demográfico do SIASI.
• A Ficha de InvesPgação de Óbito por Causa Mal Definida, bem como a
Autópsia Verbal, deverão ser encaminhadas ao Grupo Técnico Distrital
de InvesPgação de Óbito Indígena.
Fonte: SESAI (2019)
O QUE FAZER
1. Notificação e Comunicação ao DIASI.
2. Respeitar o processo de luto da família.
3. Investigar o óbito, conforme o fluxo da V.O. e preenchimento da ficha
complementar da SESAI.
4. EMSI + SM: escuta qualificada de familiares e amigos.
O QUE FAZER
5. Genograma do risco de suicídio.
6. IdenPficação de pessoas em risco.
7. PTS elaborado por SM + EMSI + família (se possível).
8. IdenPficação de pontos de suporte.
CÓDIGOS CID-10 DE MAIOR FREQUÊNCIA
• Autointoxicação: X60 a X69
• Enforcamento: X70
• Afogamento: X71
• Disparo de arma de fogo: X72 a X74
• Lesão por meio de objeto perfurocortante: X78
• Lesão por precipitação de lugar elevado: X80
CÓDIGOS CID-10 DE MAIOR FREQUÊNCIA
• Lesão por impacto de veículo a motor: X82
• Lesão por meios não especificados: X84
• As situações em que a intenção de provocar a própria morte não é clara, mas
suspeitada, também deverão ser registradas nos sistemas de informação. Este
registro é realizado pelos códigos Y10 a Y34.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Portaria nº 116, de 11 de fevereiro de 2009. Regulamenta a coleta de dados, fluxo e
periodicidade de envio das informações sobre óbitos e nascidos vivos para os Sistemas de
Informações em Saúde sob gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/2009/prt0116_11_02_2009.html
• BRASIL. Ministério da Saúde.Manual de Investigação/Notificação de Tentativas e Óbitos por
Suicídio em Povos Indígenas. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/2009/prt0116_11_02_2009.html
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
OBRIGADO
Preenchimento da Declaração
de Óbito - Exercícios
Caso 1
Mulher com 25 anos, apresentou dor em baixo ventre e
hemorragia transvaginal. Três horas depois evoluiu para
abortamento espontâneo, sendo submetida à
curetagem, na 20ª semana de gestação, em
ambulatório. No dia seguinte, apresentou um quadro
séptico, permanecendo internada por 13 dias. Evoluiu
para insuHciência renal, coma e óbito.
Caso 2
Mulher com 39 anos, 5 gestações anteriores, na 15ª semana
de gestação, com história de pequenos sangramentos. Foi
internada com diagnóstico ecográ@co de mola hidatiforme e
submetida a esvaziamento uterino por aspiração a vácuo e
curetagem uterina, com retirada de grande quantidade de
material com vesículas. Apresentou sangramento intenso. Ao
ser encaminhada para histerectomia, houve choque
hipovolêmico e evoluiu a óbito.
Caso 3
Homem, 75 anos, cumprindo quarentena domiciliar
após diagnóstico conHrmado para covid-19 e com
sintomas típicos da doença, sofreu queda por
escorregão dentro do banheiro. Foi recolhido pelo
serviço de resgate e encaminhado ao hospital, onde fez
cirurgia em virtude de traumatismo cranioencefálico.
Morreu após dois dias.
Caso 4
Homem de 59 anos, tabagista, portador de dislipidemia,
hipertensão arterial e obesidade, apresentou intensa dor
em região precordial iniciada há 24 horas, com piora
progressiva. Deu entrada no serviço de saúde e evoluiu
a óbito poucas horas após, sem resposta a manobras de
reanimação. Eletrocardiograma evidenciou Hbrilação
ventricular.
Caso 5
Homem de 70 anos, obeso e portador de diabetes tipo
II, iniciou quadro de tosse, febre, mialgia e desconforto
respiratório progressivo, com necessidade de ventilação
mecânica invasiva. Evoluiu à óbito devido à insuHciência
respiratória aguda. Realizou RT-qPCR, que foi detectável
para SARS-CoV-2.
REGISTROS MÉDICOS
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
ROTEIRO DE AULA
• Receituários Médicos
• Atestado Médico
• Comunicação de Acidente de Trabalho
• Declaração de óbito
• Estratégia e-SUS AB e Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC)
RECEITUÁRIOS MÉDICOS
Receita Simples:
• Validade por 30 dias
• Pode ser válido por até 6 meses de tratamento no
caso do registro na receita de uso contínuo
Prescrição de antimicrobianos:
• Duas vias
• Receita com validade de 10 dias.
RECEITUÁRIOS MÉDICOS
• Legislação: legível em letra clara, de forma e por extenso.
Dados essenciais:
• Cabeçalho: impresso onde se encontra o nome e endereço do profissional
ou da ins?tuição, registro profissional e CPF (pode estar no carimbo).
• Superinscrição: nome do paciente, endereço e idade, quando per?nente. É
opcional a inscrição do símbolo “RX”, ou “uso interno” (enteral) / ”uso
externo” (parenteral).
RECEITUÁRIOS MÉDICOS
• Inscrição: nome do fármaco, forma farmacêuQca e concentração.
• Subscrição: quanQdade total a ser consumida (se medicamentos
controlados deve ser escrita também por extenso, entre parênteses).
• Adscrição: orientações do profissional para o paciente.
• Data e assinatura.
RECEITUÁRIO DE CONTROLE ESPECIAL OU C
• Validade: 30 dias em todo o território nacional.
• duas vias
• quantidade permitida: 05 ampolas para
injetáveis, e quantidade correspondente a 60
dias de tratamento paraoutras formas
farmacêuticas.
• Máximo: 3 (três) substâncias ou
medicamentos;
• Medicamentos: anticonvulsivantes,
antidepressivos, antimicrobianos, analgésicos
potentes (opióides).
RECEITUÁRIO DE CONTROLE AZUL OU B
• B1 (psicotrópicos): vale por 30
dias após a data da prescrição;
• B2 (psicotrópicos anorexígenos):
30 dias após prescrição; 30 dias
de tratamento;
• Apenas no Estado!
• Medicamentos: diazepam,
clonazepam, lorazepam, etc.
RECEITUÁRIO DE CONTROLE AMARELO OU A
• Tem 30 dias de validade após a
prescrição (todo território nacional)
• Mais u?lizados por especialistas
focais.
• Uso para psicotrópicos e
entorpecentes (medicamentos de
alto poder de dependência)
• Medicamentos: morfina, fentanil,
midazolam, oxicodona,
me?lfenidato (ritalina),
ALGUMAS QUESTÕES IMPORTANTES
• Lembrar que, no Brasil, não é raro encontrar pacientes com dificuldade de
ler e compreender as receitas;
• Algumas unidades de saúde montam fluxos específicos em suas farmácias
(duas vias, renovação de prescrição, etc).
• A renovação de receitas é um fator importante a ser organizado no
processo de trabalho, visto que é um mo?vo muito frequente de consulta.
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
Capítulo III - Responsabilidade Profissional
• É VEDADO AO MÉDICO:
• Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem
a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de
Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de
receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.
ATESTADO MÉDICO
RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658 2002
• Art. 1º O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo
seu fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo
importar em qualquer majoração de honorários.
ATESTADO MÉDICO
RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658 2002
• Art. 2º Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha
própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos
realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de
informações dos médicos peritos das empresas ou dos órgãos
públicos da Previdência Social e da JusQça.
ATESTADO MÉDICO
RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658 2002
• Art. 5º Os médicos somente podem fornecer atestados com o
diagnósQco codificado ou não quando por justa causa, exercício de
dever legal, solicitação do próprio paciente ou de seu representante
legal.
ATESTADO MÉDICO
RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658 2002
• Parágrafo único: No caso da solicitação de colocação de diagnóstico,
codificado ou não, ser feita pelo próprio paciente ou seu
representante legal, esta concordância deverá estar expressa no
atestado.
ATESTADO MÉDICO
• Tipos de Atestados Médico:
• 1. Atestado de Óbito (D.O)
• 2. Atestado por Doença (15 dias)
• 3. Atestado para Repouso à Gestante (120 dias)
• 4. Atestado por Acidente de Trabalho
• 5. Atestado para Fins de Interdição
• 6. Atestado de Aptidão Física
• 7. Atestado de Sanidade Física e Mental
• 8. Atestado para Amamentação
• 9. Atestado de Comparecimento
• 10. Atestado para Internações
CUIDADO COM
ATESTADOS
RETROATIVOS
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
CAT
Preenchimento da CAT: Comunicação de acidente de trabalho
• Emissão pela empresa, trabalhador ou médico
• Não necessita de afastamento do trabalho
• Caráter epidemiológico, social e trabalhista
• Estabilidade de 12 meses após retorno ao trabalho
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
CAT
• Até 15 dias à empregador
• > 15 dias à INSS
DECLARAÇÃO DE ÓBITO (D.O.)
Capítulo X - Documentos Médicos
• É VEDADO AO MÉDICO:
• Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente ,
ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no
último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em
caso de necropsia e verificação médico legal.
DECLARAÇÃO DE ÓBITO (D.O.)
Capítulo X - Documentos Médicos
• É VEDADO AO MÉDICO:
• Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.
DECLARAÇÃO DE ÓBITO (D.O.)
Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico:
• Preencher os dados de identificação com base em um documento da
pessoa falecida. Na ausência de documento, caberá, à autoridade
policial, proceder o reconhecimento do cadáver.
• Registrar os dados na DO, sempre, com letra legível e sem
abreviações ou rasuras.
DECLARAÇÃO DE ÓBITO (D.O.)
Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico:
• Registrar as causas da morte, obedecendo ao disposto nas regras
internacionais, anotando, preferencialmente, apenas um diagnóstico
por linha e o tempo aproximado entre o início da doença e a morte.
• Revisar se todos os campos estão preenchidos corretamente, antes
de assinar.
DECLARAÇÃO DE ÓBITO (D.O.)
Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico:
O QUE NÃO SE DEVE FAZER:
• Assinar DO em branco.
• Preencher a DO sem, pessoalmente, examinar o corpo e constatar a
morte.
DECLARAÇÃO DE ÓBITO (D.O.)
Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico:
O QUE NÃO SE DEVE FAZER:
• Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte como parada
cardíaca, parada cardiorrespiratória ou falência de múltiplos órgãos.
• Cobrar pela emissão da DO.
DECLARAÇÃO DE ÓBITO (D.O.)
DECLARAÇÃO DE ÓBITO - EXEMPLOS
Paciente diabé?co, deu entrada no pronto socorro às 10h com história de
vômitos e sanguinolentos desde às 06 da manhã. Desde às 08h com tonturas
e desmaios. Ao exame lsico, descorado +++/4+ e PA de 0 mmHg. A família
conta que paciente é portador de esquistossomose mansônica há 5 anos e
que 2 anos atrás esteve internado com vômitos de sangue e recebeu alta
com diagnós?co de varizes de esôfago, após exame endoscópico. Às 12h
apresentou parada cardiorrespiratória e teve óbito verificado pelo médico
plantonista, após o insucesso das manobras de reanimação.
DECLARAÇÃO DE ÓBITO - EXEMPLOS
Paciente masculino 65 anos, hipertenso há 35 anos sem tratamento regular.
Há 2 anos iniciou quadro de dispneia aos esforços. Procurou atendimento,
sendo diagnosticado cardiopatia hipertensiva, iniciando tratamento. Há 2
meses iniciou quadro de Insuficiência Cardíaca Congestiva, e hoje, evoluiu
com quadro de Edema Agudo de Pulmão, falecendo após 5h. Há 2 meses
também foi diagnosticado com neoplasia de próstata.
ESTRATÉGIA e-SUS AB
• Reestruturação dos sistemas de informação do SUS em busca de um
SUS eletrônico.
• Alimentam o Sistema de informação em Saúde para a Atenção Básica
(SISAB).
ESTRATÉGIA e-SUS AB
Obje?vos:
• Registros individualizados.
• Integração de informações.
• Informa?zação das unidades.
• Redução do retrabalho na coleta de dados.
• Aprimoramento da gestão e da coordenação do cuidado.
ESTRATÉGIA e-SUS AB
COLETA DE DADOS SIMPLIFICADA (CDS)
IMPORTANTE:
Condição importante
para o pagamento da
bolsa!
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO CIDADÃO (PEC)
PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO
SOAP: Forma de Registro utilizada na APS
Características e funções do prontuário:
• Obrigação médica.
• Deve estar Legível.
• Documento do paciente.
• Sob a guarda do serviço assistencial ou do Médico.
• Proteção legal da equipe.
• Melhora do cuidado do paciente.
• Data, hora, assinatura e registro profissional.
SOAP
“Subjetivo” (S)
Nessa parte se anotam as informações recolhidas na entrevista clínica sobre o motivo da
consulta ou o problema de saúde em questão.
Inclui as impressões subjetivas do profissional de saúde e as expressadas pela pessoa que
está sendo cuidada.
Se tivermos como referencial o “método clínico centrado na pessoa” (MCCP), é nessa
seção que exploramos a “experiência da doença” ou a “experiência do problema”, vivida
pela própria pessoa, componente fundamental do MCCP.
“Objetivo” (O) Nessa parte se anotam os dados positivos (e negativos que se configurarem importantes)
do exame físico e dos exames complementares, incluindo os laboratoriais disponíveis.
SOAP
“Avaliação”(A)
Após a coleta e o registro organizado dos dados e informações subjetivas (S) e objetivas
(O), o profissionalde saúde faz uma avaliação (A) mais precisa em relação ao problema,
queixa ou necessidade de saúde, definindo-o e denominando-o.
Nessa parte se poderá utilizar, se for o caso, algum sistema de classificação de problemas
clínicos, por exemplo, o CIAP.
“Plano” (P)
A parte final da nota de evolução SOAP é o plano (P) de cuidados ou condutas que serão
tomados em relação ao problema ou necessidade avaliada.
De maneira geral, podem existir quatro tipos principais de planos:
1) Planos Diagnósticos: nos quais se planejam as provas diagnósticas necessárias para
elucidação do problema, se for o caso;
2) Planos Terapêuticos: nos quais se registram as indicações terapêuticas planejadas para
a resolução ou manejo do problema da pessoa: medicamentos, dietas, mudanças de
hábitos, entre outras;
3) Planos de Seguimento: nos quais se expõem as estratégias de seguimento longitudinal
e continuado da pessoa e do problema em questão;
4) Planos de Educação em Saúde: nos quais se registram brevemente as informações e
orientações apresentadas e negociadas com a pessoa, em relação ao problema em
questão.
CASO 1
Mario Alberto, 42 anos, chega ao consultório solicitando um atestado
médico para poder receber a pensão de sua mãe, Dona Marta. Mario
informa que Dona Marta recentemente sofreu um AVC, estando, no
momento, restrita ao domicílio, apresentando dificuldades para ir até o
banco receber seu benefício.
CASO 2
Marlene, 28 anos, procura atendimento com seu filho, João Pedro de 8
anos, para solicitar um atestado médico que o autorize a realizar as
aulas de educação física na escola.
CASO 3
Kelly, gestante de 28 semanas, comparece a consulta de pré-natal
acompanhada do marido Joel. Ao final da consulta, Kelly solicita um
atestado médico para Joel, uma vez que ele faltou ao trabalho para
acompanhar o atendimento do pré-natal.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• MADRUGA, CMD; SOUZA, ESMS. Manual de orientações básicas para prescrição médica. 2ed.
rev. ampl. Brasília: CRM-PB/CFM, 2011.
• CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1658 de 19/12/2002. Normatiza a emissão
de atestados médicos, e dá outras providências. Disponível em:
<https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2002/1658>
• BRASIL. Estratégia e-SUS Atenção Primária. Disponível em: <https://sisaps.saude.gov.br/esus/>.
• BRASIL. O que é Prontuário Eletrônico do Cidadão? Disponível em:
<https://aps.saude.gov.br/noticia/2300>.
https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2002/1658
https://sisaps.saude.gov.br/esus/
https://aps.saude.gov.br/noticia/2300
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Registrar Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT. Disponível em: <https://www.gov.br/pt-
br/servicos/registrar-comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat>.
• BRASIL. Ministério da Saúde. A declaração de óbito: documento necessário e importante. 3 ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2009.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Declaração de Óbito: manual de instruções para preenchimento. Brasília:
Ministério da Saúde, 2022.
https://www.gov.br/pt-br/servicos/registrar-comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat
OBRIGADO
Aspectos Éticos e Legais
da Prática Médica
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
EMENTA DA AULA
Princípios da bioé.ca e sua aplicação da
APS (aborto, violência contra criança,
mulher e idoso);
Código de É.ca Médica;
Lei 12.871/2013;
Estatuto da criança e do adolescente,
Estatuto do idoso;
Organização da prá.ca médica
(conselhos, sindicatos e
sociedades médicas);
Aspectos é.co-legais do
trabalho mul.profissional;
Características do trabalho médico
• O Brasil contava, em janeiro de
2018, com 452.801 médicos, o
que corresponde à razão de 2,18
médicos por mil habitantes.
• Na mesma data o número de
registros de médicos nos Conselhos
Regionais de Medicina chegava a
491.468.
• A diferença de 38.667 entre o
número de médicos e o de registros
refere-se às inscrições secundárias
de profissionais registrados em
mais de um estado da federação.
Características do trabalho médico
A média da idade do conjunto dos
médicos em atividade no País é de
45,4 anos, com desvio-padrão
igual a 13,7. Essa média vem
caindo ao longo do tempo,
apontando para o juvenescimento
da Medicina no Brasil. A tendência
é resultado principalmente do
aumento da entrada de novos
médicos em função da abertura de
mais cursos de Medicina.
Características do trabalho médico
• O hospital é o local preferido de
trabalho de quase 80% dos recém-
formados, revelou o estudo,
enquanto 50% pretendem trabalhar
em consultório parVcular.
• O médico geralmente atua
concomitantemente em mais de
um local ou em diferentes
empregos.
• O interesse por trabalhar em
Unidades Básicas de Saúde e
Estratégia Saúde da Família varia
entre as regiões: é a preferência de
mais de um terço dos formados no
Nordeste e Norte, mas diminui no
Sudeste e Sul.
Características do trabalho médico
Principios da Bioética e sua aplicação na APS:
caso clínico
Rafaela tem 13 anos, estuda na Escola Municipal do bairro e é acompanhada
pela equipe da Unidade Básica de Saúde de Mangueirão. D. Márcia, mãe de Rafaela,
tem se queixado a Drª Gabriela que sua filha está muito quieta ultimamente, não quer
se alimentar e tem notado que a mesma tem perdido peso. No dia anterior, chorando
muito, confessou à mãe que teve sua primeira relação sexual há um mês, num
momento de intimidade com seu namorado da época, a contragosto, porque o
mesmo a forçou quando ela desistiu “no meio do caminho”. D. Márcia vem a
unidade em busca de orientação de como deve agir nessa situação.
a) Descreva como a equipe deve acolher a mãe e a paciente nessa situação:
b) Quais as medidas que devem ser tomadas, clínicas e de notificação?
Principios da Bioética e sua aplicação na APS:
caso clínico
Júlia é uma criança de 2 anos de idade que vive com sua mãe de 16 anos e
seu companheiro de 18 anos, ambos usuários de drogas e envolvidos com o tráVco
no bairro. Na última tentativa de visita de Cidinha, a ACS que acompanha a família, a
mesma identiVcou que Júlia estava com manchas roxas pelo corpo, em péssimo
estado de higiene e chorava muito aos pés da mãe, que no momento parecia
“transtornada” e sem paciência. Na frente de Cidinha empurrou a criança gritando
para se calar. Cidinha ao voltar para sua unidade, muito preocupada e sem saber o
que fazer, passa a situação para Drª Gabriela e para a Enfª Janaína.
Diante dos preceitos do ECA como deve agir a equipe nesse caso?
Estatuto da criança e do adolescente e Estatuto do
Idoso
Código de Ética Médica
Capítulo III - Responsabilidade Profissional
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 11. Receitar, atestar ou emiLr laudos de forma secreta ou ilegível,
sem a devida idenLficação de seu número de registro no Conselho
Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco
folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros
documentos médicos.
Art. 14. PraLcar ou indicar atos médicos desnecessários ou
proibidos pela legislação vigente no País.
Código de Ética Médica
Capítulo IV - Direitos Humanos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 23. Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração,
desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob
qualquer pretexto.
Art. 24. Deixar de garanLr ao paciente o exercício do direito de decidir
livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua
autoridade para limitá-lo.
Código de Ética Médica
Capítulo V - Relação com Pacientes e Familiares
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 37. Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame
direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e
impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo
imediatamente após cessar o impedimento.
Art. 38. Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados
profissionais.
Código de Ética Médica
Art. 42. Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre
método contraceptivo,devendo sempre esclarecê-lo sobre indicação,
segurança, reversibilidade e risco de cada método.
Capítulo VII - Relação entre Médicos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 52. Desrespeitar a prescrição ou o tratamento de paciente,
determinados por outro médico, mesmo quando em função de chefia
ou de auditoria, salvo em situação de indiscutível benefício para o
paciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico
responsável.
Código de Ética Médica
Art. 65. Cobrar honorários de paciente assisLdo em insLtuição que se
desLna à prestação de serviços públicos, ou receber remuneração de
paciente como complemento de salário ou de honorários.
Capítulo IX - Sigilo Profissional
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do
exercício de sua profissão, salvo por moLvo justo, dever legal ou
consenLmento, por escrito, do paciente.
Código de Ética Médica
Parágrafo único. Permanece essa proibição:
a)Mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente
tenha falecido;
b)Quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o
médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu
impedimento;
c)Na invesLgação de suspeita de crime, o médico estará impedido de
revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal.
Código de Ética Médica
Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de
idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o
menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não
revelação possa acarretar dano ao paciente.
Art. 75. Fazer referência a casos clínicos idenLficáveis, exibir pacientes
ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de
assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com
autorização do paciente.
Código de Ética Médica
Art. 76. Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame
médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de
empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde
dos empregados ou da comunidade.
Capítulo X - Documentos Médicos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 80. Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional
que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à
verdade.
Código de Ética Médica
Capítulo X - Documentos Médicos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou
quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no úlLmo
caso, se o fizer como plantonista, médico subsLtuto ou em caso de
necropsia e verificação médico-legal.
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.
Código de Ética Médica
Capítulo X - Documentos Médicos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 85. PermiLr o manuseio e o conhecimento dos prontuários por
pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua
responsabilidade.
Art. 86. Deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou a seu
representante legal quando aquele for encaminhado ou transferido
para conLnuação do tratamento ou em caso de solicitação de alta.
Código de Ética Médica
Capítulo X - Documentos Médicos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente.
§ 1º O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para a boa
condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem
cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do médico
no Conselho Regional de Medicina.
§ 2º O prontuário estará sob a guarda do médico ou da insLtuição que
assiste o paciente.
Código de Ética Médica
Capítulo X - Documentos Médicos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 88. Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe
fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar
explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem
riscos ao próprio paciente ou a terceiros.
Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando
autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou
para a sua própria defesa.
Código de Ética Médica: Transcrição de receita
médica
"O art. 37 do CEM é bastante enfático ao proibir a prescrição de
tratamentos ou outros procedimentos sem exame direto do paciente
(anamnese + exame físico).
• Em casos excepcionais, por exemplo, de medicações de uso
prolongado ou anticonvulsivantes, o médico poderá prescrever como
continuidade, ou seja, outro especialista fez uma prescrição anterior".
Código de Ética Médica
Lei 5.991/73. Capítulo VI. Do Receituário
• Art. 43. O registro do receituário e dos medicamentos sob regime de
controle sanitário especial não poderá conter rasuras, emendas ou
irregularidades que possam prejudicar a verificação da sua
autenLcidade.
• Carimbo, não há exigência legal, mas na práLca não é aceita sem
carimbo.
Algumas questões importantes e
frequentes nas nossas ESF...
1.Lembrar que no Brasil não vai ser raro encontrar pacientes com
dificuldades em ler e em compreender as receitas;
2.Algumas Unidades montam fluxos específicos em suas farmácias
(sempre em duas vias, renovação de prescrição congnua, prescrição de
enfermagem...);
3.A renovação de receitas é um fator importante a ser organizado no
processo de trabalho visto que é um moLvo muito frequente de
consulta;
4.Muito raramente você encontrará um farmacêuLco trabalhando na
sua Unidade de Saúde e a dispensação/acesso aos medicamentos em
muitas equipes fica prejudicada pela ausência desse profissional.
Código de É)ca Médica
Capítulo III - Responsabilidade Profissional
É VEDADOAOMÉDICO:
Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma
secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu
número de registro no Conselho Regional de
Medicina
da sua jurisdição, bem como assinar em branco
folhas
de receituários, atestados, laudos ou quaisquer
outros
documentos médicos.
Atestado Médico
RESOLUÇÃO CFM n.º 1.658/2002:
Art. 1º O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu
fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo importar em qualquer
majoração de honorários.
Art. 2º Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou
prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que
possa atender às pesquisas de informações dos médicos peritos das empresas ou
dos órgãos públicos da Previdência Social e da Jus.ça.
Art. 5º Os médicos somente podem fornecer atestados com o diagnós.co
codificado ou não quando por justa causa, exercício de dever legal, solicitação do
próprio paciente ou de seu representante legal.
Parágrafo único No caso da solicitação de colocação de diagnós.co, codificado
ou não, ser feita pelo próprio paciente ou seu representante legal, esta
concordância deverá estar expressa no atestado.
Atestado Médico
• Tipos de Atestados
1.Atestado de Óbito (D.O)
2.Atestado por Doença (15 dias)
3.Atestado para Repouso à Gestante (120 dias)
4.Atestado por Acidente de Trabalho
5.Atestado para Fins de Interdição
6.Atestado de Ap.dão Física
7.Atestado de Sanidade Física e Mental
8.Atestado para Amamentação
9.Atestado de Comparecimento
10.Atestado para Internações
CUIDADO COM
ATESTADOS RETROATIVOS!!!
DECLARAÇÃO DE ÓBITO
Situação clínica
Sílvia é médica do PMM na cidade de Currais Lindos. Durante seu
descanso no fim de semana (estava fora da cidade) a secretária
municipal de Currais Lindos entra em contato com a mesma porque S.
Severino, 98 anos, paciente acompanhado pela equipe de Dra. Sílvia e
por ela há mais de 2 anos, morreu em casa (sua filha o encontrou sem
vida ao amanhecer). A secretária de saúde exige que a médica emita a
DO de qualquer jeito porque não existe outro médico acessível naquele
momento.
Se você fosse Drª Sílvia, como agiria frente a essa situação.
p
O médico tem responsabilidade
ética e jurídica pelo
preenchimento e pela
assinatura da DO, assim como
pelas informações registradas
em todos os campos deste
documento. Deve, portanto,
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/df/2015/agosto/14/Declaracao-de-Obito-
WEB.pdf
revisar o documento antes de
assiná-lo.
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/
Tipos de óbito
• Causa Natural: doença ou condição
• Causa Externa / Morte não natural:
• Violência ou suspeita de violência;
• Homicídio;
• Acidente.
Quem deve emitir: causa natural
Quem deve emitir: causa externa
Declaração de Óbito (D.O)
Capítulo X - Documentos Médicos
É VEDADO AO MÉDICO:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou
quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no úlLmo
caso, se o fizer como plantonista, médico subsLtuto ou em caso de
necropsia e verificação médico-legal.
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.
Declaração de Óbito (D.O)
Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico (O MÉDICO DEVE):
1.Preencher os dados de identificação com base em um documento da pessoa
falecida. Na ausência de documento, caberá, à autoridade policial, proceder o
reconhecimento do cadáver.
2.Registrar os dados na DO, sempre, com letra legível e sem abreviações ou
rasuras.
3.Registrar as causas da morte, obedecendo ao disposto nas regras internacionais,
anotando, preferencialmente, apenas um diagnóstico por linha e o tempo
aproximado entre o início da doença e a morte.
4.Revisar se todos os campos estão preenchidos corretamente, antes de assinar.
Declaração de Óbito (D.O)
Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico
O QUE NÃO SE DEVE FAZER:
1.Assinar DO em branco.
2.Preencher a DO sem, pessoalmente, examinar o corpo e constatar a morte.
3.Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte como parada cardíaca,
parada cardio-respiratória ou falência de múltiplos órgãos.
4.Cobrar pela emissão da DO.
Quando emitir
• 1. Em todos os óbitos (naturais ou violentos).
• 2. Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento,
independentemente da duração da gestação, do peso do recém-
nascido e do tempo que tenha permanecido vivo.
• 3. No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20
semanas, ou o feto com peso igual ou superior a 500 gramas, ou
estatura igual ou superior a 25 centímetros.
Quando não
emi+r
Óbito fetal, com gestação de menos de 20 semanas, ou peso menor
que 500 gramas (ABORTO), ou estatura menor que 25 cengmetros.
Óbito, quando declarar ?
foi causa
natural?
sim
Causa Externa:
encaminhar ao
IML
foi assistido?
não
a causa está
bem
definida?
simsim
não não
médico assistente
ou substituto
fornece
Serviço de Verificação de Óbito
Regulamentação Específica - PMMB
Os médicos do Programa Mais Médicos são regulamentados
por legislação específica (Lei 12.871, de 22 de outubro de
2013)
Lei 12.871, de 22 de outubro de 2013
Art. 16. O médico intercambista exercerá a Medicina exclusivamente no âmbito das
a.vidades de ensino, pesquisa e extensão do Projeto Mais Médicos para o Brasil,
dispensada, para tal fim, nos 3 (três) primeiros anos de par.cipação, a revalidação
de seu diploma nos termos do § 2o do art. 48 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro
de 1996.
•§ 2º A par.cipação do médico intercambista no Projeto Mais Médicos para o
Brasil, atestada pela coordenação do Projeto, é condição necessária e suficiente
para o exercício da Medicina no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil, não
sendo aplicável o art. 17 da Lei no 3.268, de 30 de setembro de 1957.
Lei 12.871, de 22 de outubro de 2013
•§ 3º O Ministério da Saúde emi.rá número de registro único para cada médico
intercambista par.cipante do Projeto Mais Médicos para o Brasil e a respec.va
carteira de iden.ficação, que o habilitará para o exercício da Medicina nos termos
do § 2o.
•§ 4º A coordenação do Projeto comunicará ao Conselho Regional de Medicina
(CRM) que jurisdicionar na área de atuação a relação de médicos intercambistas
par.cipantes do Projeto Mais Médicos para o Brasil e os respec.vos números de
registro único.
•§ 5º O médico intercambista estará sujeito à fiscalização pelo CRM.
Organização da Profissão
Organizações:
•Conselhos;
•Sindicatos;
•Associações:
As sociedades de especialistas
As associações médicas
Aspectos ético legais da prática
multiprofissional
• O trabalho em equipe é um dos pilares do trabalho na ESF e na APS dia.
Não existe um código de éVca mulVprofissional e invariavelmente ocorre
conflitos pelas diferentes visões de cada profissão e de cada profissional
diante de dilemas éVcos
Dalla MDB, Lopes JMC. É0ca na Atenção Primária à Saúde. In Tratado de medicina de Família e Comunidade, 2012
• CaracterísVcas do trabalho em equipe: cooperação, colaboração e divisão
de responsabilidades.
• No trabalho em equipe, os resultados obVdos são maiores do que a
soma dos resultados individuais, aumentando a eficácia e a eficiência do
atendimento prestado à população.
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho mul0profissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiproUssional
"Então, um trabalho de equipe é você fazer as suas aLvidades, mas
estar sempre consultando e interagindo com os outros profissionais
para o bem-estar da comunidade, da população". (denLsta)
"Para trabalhar em equipe é necessário ter um objeLvo comum, estar
disposto a fazer sua parte bem-feita em prol desse objeLvo, e um
pouco de humildade para reconhecer que você não sabe tudo, que
não vai resolver tudo sozinho, gostar de colaborar". (médica)
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho multiprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiproUssional
• "Eu acho que eles veem meu trabalho na boa. Eventualmente a gente
discute, a gente diverge de alguma coisa, mas aceito as críticas, aceito as
sugestões, e a gente sempre chega a um acordo". (médica)
• "Pelo menos eu já deixei eles bem à vontade para falar sobre isso. Em
reuniões de equipe eu falo: gente, se tiver alguma coisa que, assim, eu
esteja fazendo, a maneira de eu trabalhar não tiver legal para vocês, não
tiver interagindo com vocês, vocês podem falar. A gente pode sentar,
discutir e ver como a gente pode resolver isso". (auxiliar de consultório
dentário)
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho mulHprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
Aspectos ético legais da prática
multiprofissional
"O meu contato maior realmente é com a enfermeira. A gente divide bastante as livres demandas. Ela,
às vezes, absorve, ela atende, me chama e fazemos interconsulta. Oriento, prescrevo e quando tem um
caso que ela pode resolver ela resolve […]. A gente divide o pré-natal. Cada mês é com uma, sendo que
no final eu fico atendendo. A gente divide a puericultura, cada uma alterna as consultas". (médica)
"Se Hver alguma necessidade que eu venha precisar do médico estar avaliando, eu faço uma interconsulta
com a minha médica. A gente trabalha muito bem assim nesta parceria de interconsulta. Porque ela não
tem como absorver todas essas famílias. Se você for contar por baixo são quatro mil e quinhentas
famílias. Eu acredito que tenha muito mais. Hoje eu tento abrir minha agenda para algumas crianças, que
seria mais o caso de pediatria, mas eu estou atendendo, solicito os exames, faço interconsulta com a
médica para todos terem direito e acesso à saúde". (enfermeira)
Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho mulHprofissional na academia de saúde: estudo sobre as formas de
trabalho. Interface (Botucatu) 2013
BIBLIOGRAFIA
1.Código de éBca médica: resolução CFM nº 1.931, de 17 de
setembro de 2009 (versão de bolso) / Conselho Federal de Medicina –
Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2010.
2. Brasil. Ministério da Saúde. A declaração de óbito: documento
necessário e importante / Ministério da Saúde, Conselho Federal de
Medicina, Centro Brasileiro de Classificaçãode Doenças. – 3. ed. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
3.Atestado de óbito: aspectos médicos, estaLsBcos, éBcos e
jurídicos. / Coordenação de Ruy LaurenL e Maria Helena P. de Mello
Jorge. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São
Paulo, 2015.
BIBLIOGRAFIA
4.Dalla MDB, Lopes JMC. ÉBca na Atenção Primária à Saúde. In
Tratado de medicina de Família e Comunidade, 2012.
5. Pereira RCA, Rivera FJU, Artmann E. O trabalho mulBprofissional na
academia de saúde: estudo sobre as formas de trabalho. Interface
(Botucatu) 2013
Obrigado!
Informação e Prática de Saúde
Baseada em Evidências
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Roteiro
1. Informação e Sistemas de Informação em saúde
2. Prática de Saúde Baseada em Evidências (PSBE)
a) Informação indivídual, familiar e comunitária
b) Sistema de informações para gestão da clínica
c) Sistemas de informações nacionais, estaduais e
municipais
Informação e Sistemas de Informação em Saúde
a) Informação indivídual, familiar e comunitária
Prontuário impresso ou eletrônico
ÞRegistro Clínico Orientado por Problemas (RCOP)
ÞSubjetivo, Objetivo, Avaliação e Planejamento (SOAP)
Informação e Sistemas de Informação em Saúde
Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP)
Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano (SOAP)
Sistema de informações para gestão da clínica
• Gestão da Prática Clínica: diz respeito à organização em equipe dos cuidados às
pessoas, famílias e comunidades do território. Inclui: gestão dos períodos de consulta;
acessibilidade às ações e serviços da unidade, incluindo o processo de acolhimento;
cuidado aos grupos com necessidades especiais;organização dos cuidados preventivos
e de promoção da saúde; coordenação, articulação e integração das ações de cuidado
individual e coletivo com as outras unidades e serviços da rede regional de saúde,
como também com recursos e equipamentos próprios da comunidade; avaliação de
processos e resultados com vistas à efetividade e à melhora da qualidade do cuidado,
incluindo a promoção das melhores práticas e a educação permanente dos
profissionais, a gerência de riscos organizacionais e clínicos e a utilização
contextualizada das evidências e protocolos clínicos.
Informação e Sistemas de Informação em Saúde
Eventos vitais:
Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e
Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC)
Epidemiológicos:
Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB)
Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI – PNI)
Sistema de Informação do câncer do colo do útero e Sistema de
Informação do câncer e mama (SISCOLO/SISMAMA)
Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e
Diabéticos (HIPERDIA)
Sistema de Acompanhamento da Gestante (SISPRENATAL)
Regulação:
Sistema de Centrais de Regulação (SISREG II)
Sociais:
Programa de Volta para Casa (PVC) e Bolsa Família
Financeiro:
Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (SIOPS)
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
http://portalsinan.saude.gov.br/
Informação e Sistemas de Informação em Saúde
http://portalsinan.saude.gov.br/
Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS):
http://idsus.saude.gov.br/
Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Brasil (IDB)
http://www.ripsa.org.br/
Informação e Sistemas de Informação em Saúde
http://idsus.saude.gov.br/
http://www.ripsa.org.br/
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Medicina - 2014
Art. 4º Dada a necessária articulação entre conhecimentos, habilidades
e atitudes requeridas do egresso, para o futuro exercício profissional do
médico, a formação do graduado em Medicina desdobrar-se-á nas
seguintes áreas:
• I - Atenção à Saúde;
• II - Gestão em Saúde e
• III - Educação em Saúde.
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Medicina
Seção I - Da Atenção à Saúde
• III - qualidade na atenção à saúde, pautando seu pensamento crítico, que
conduz o seu fazer, nas melhores evidências científicas, na escuta ativa e
singular de cada pessoa, família, grupos e comunidades e nas políticas
públicas, programas, ações estratégicas e diretrizes vigentes.
• Seção II - Da Gestão em Saúde
Art. 6º - III - Tomada de Decisões, com base na análise crítica e
contextualizada das evidências científicas, da escuta ativa das pessoas,
famílias, grupos e comunidades, das políticas públicas sociais e de saúde,
de modo a racionalizar e otimizar a aplicação de conhecimentos,
metodologias, procedimentos, instalações, equipamentos, insumos e
medicamentos, de modo a produzir melhorias no acesso e na qualidade
integral à saúde da população e no desenvolvimento científico,
tecnológico e inovação que retroalimentam as decisões;
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Medicina - 2014
• Seção III - Da Educação em Saúde
Art. 7º - I - aprender a aprender, como parte do processo de ensino
aprendizagem, identificando conhecimentos prévios, desenvolvendo a
curiosidade e formulando questões para a busca de respostas
cientificamente consolidadas, construindo sentidos para a identidade
profissional e avaliando, criticamente, as informações obtidas,
preservando a privacidade das fontes;
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Medicina - 2014
Prática de Saúde Baseada em Evidências (PSBE)
“Uso consciencioso, explícito e judicioso das melhores evidências
científicas correntemente disponíveis para tomar decisões relativas ao
cuidado de pacientes individuais”
Melhor informação
científica disponível
Experiência clínica
Valores e
preferências do
paciente
Fonte: SACKETT DL, ROSENBERG WM, GRAY JA, HAYNES RB, RICHARDSON WS. Evidence-based medicine: what it is and what it isn't. Br Med J. 1996; 312:71-72. Editorial
1. Explorando saúde/doença e o adoecimento
2. Entendendo a pessoa como um todo
3. Elaborando um plano conjunto de cuidado
4. Intensificando a relação médico-pessoa
Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
Prática de
Saúde
Baseada em
Evidência
Sacket; Haines; Guyatt; Tugwell et al
Stewart et all
Decisão compartilhada
Legaré et all
Modelo assistencial – Atributos da APS
• Essenciais: Acesso, Integralidade, Longitudinalidade e Coordenação
• Derivados: Orientação Familiar, Orientação Comunitária e Competência Cultural
Starfield
Tomada de decisão (PSBE)
Como utilizar a PSBE?
1 –Asking
2 –Acquiring
3 –Appraising
4 –Applying
5 –Analyzing
1– Pergunta (PICOT)
2 – Busca de evidências
3– Qualidade da evidência
4 – Aplicação da evidência
5 – Análise do processo
Pergunta estruturada pelo método PICOT:
1. Paciente (ou problema)
2. Intervenção
3. Comparação (se for o caso)
4. Desfecho (Outcome)
5. Tempo
1 - Pergunta (Asking)
19
Sistema
MORE
130+ journais
Avaliação
da qualidade
Área
Clínica
3+ avaliações
válidas
/Área
MORE
Avaliadores
BMJ Clinical Evidence
Refinaria do conhecimento (McMaster PLUS “Refinery”)
2 – Busca de evidências (Acquiring)
Será que alguém já respondeu à sua pergunta?
Portal BVS: https://bvsalud.org/
Portal Saúde Baseado em Evidência: http://www.psbe.ufrn.br/
Colaboração Cochrane: https://www.cochranelibrary.com/
Health Systems Evidence: https://www.healthsystemsevidence.org/
Health Evidence: https://healthevidence.org/
Rx for change: https://www.cadth.ca/rx-change
NICE/NHS/UK: https://www.evidence.nhs.uk/
2 – Busca de evidências (Acquiring)
https://bvsalud.org/
http://www.psbe.ufrn.br/
https://www.cochranelibrary.com/
https://www.healthsystemsevidence.org/
https://healthevidence.org/
https://www.cadth.ca/rx-change
https://www.evidence.nhs.uk/
Síntese
de evidências
Revisão
sistemática
Estudos individuais,
artigos e relatórios
Inovações básicas, teóricas
e metodológicas 22
3 – Qualidade da evidência (Appraising)
Taxonomia dos estudos científicos (CEBM, Oxford)
3 – Qualidade da evidência (Appraising)
4 – Aplicação da evidência (Applying)
Seu paciente é semelhante ao do estudo?
Qualo NNT proporcional para o seu paciente?
Contemplaram-se os valores e as expectativas do paciente?
Aevidência se aplica ao seu paciente?
5 – Análise do processo (Analyzing)
Fizemos a pergunta correta?
Encontramos a melhor evidência?
Fizemos avaliação crítica da validade e da utilidade da
evidência encontrada?
Integramos a experiência à avaliação crítica e aplicamos os
resultados na prática?au
to
-a
ná
lis
e
ALERTA: Desfechos orientados ao paciente
• Resultados de pesquisas com relevância clínica (hard outcome
Ex.: Mortalidade, amputação, fratura, IAM, AVC, qualidade de vida,
internação hospitalar
• Desfechos substitutos (surrogate outcome)
Ex.: biomarcadores (pressão arterial, glicemia, densidade óssea, LDL,
TGL, PSA); Osteoporose
AGREE (Appraisal of Guidelines Research & Evaluation)
Domínios do instrumento
1. Escopo e propósito
2. Envolvivento de atores sociais
3. Rigor do desenvolvimento
4. Clareza da apresentação
5. Aplicabilidade
6. Independência editorial
Avaliação geral de guia clínicos - http://www.agreetrust.org
http://www.agreetrust.org/
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf
Organizadores
Arn Migowski Rocha dos Santos (INCA)
Maria Beatriz Kneipp Dias (INCA)
INCA, 2015
Rastreamento X Diagnóstico
Sem sintomas
Sem História Familiar de 1º grau
Sintomas: Descarga mamilar, nódulo palpável, alteração da pele.
Dinâmica
Você está no Programa televisivo
Mais Evidências.
Levante o braço quando a opção que
anunciada.
você achar verdadeira for
A CB
Situação 1
Mulher, 40 anos, sem riscos para CA de mama, procura a Unidade Básica de Saúde
pedindo uma mamografia.
Diante dessa situação, você:
A) Marcaria consulta médica para que o pedido seja realizado.
B) Informaria que não há necessidade de mamografia antes do 50 anos.
C) Encaminharia diretamente ao mastologista.
Situação 1
Mulher, 40 anos, sem riscos para CA de mama, procura a Unidade Básica de Saúde
pedindo uma mamografia.
Diante dessa situação, você:
A) Marcaria consulta médica para que o pedido seja considerado.
B) Informaria ser desnecessária a mamografia antes dos 50 anos. (Contrária Forte)
C) Encaminharia diretamente ao mastologista.
Mulher, 58 anos, procura a Unidade Básica de Saúde solicitando uma mamografia e
relatando última mamografia realizada há 3 anos.
Diante dessa situação, você:
A) Marcaria consulta médica para que o pedido seja considerado.
B) Informaria ser desnecessária a mamografia antes do 60 anos.
C) Encaminharia diretamente ao mastologista.
Situação 2
Mulher, 58 anos, procura a Unidade Básica de Saúde solicitando uma mamografia e
relatando última mamografia realizada há 3 anos.
Diante dessa situação, você:
A)Marcaria consulta médica para que o pedido seja considerado. (Favorável
fraca)
B) Informaria ser desnecessária a mamografia antes do 60 anos.
C) Encaminharia diretamente ao mastologista.
Situação 2
Recomendação
• O Ministério da Saúde RECOMENDA o rastreamento com mamografia
em mulheres na faixa etária de 50-69 anos.
• Recomendação favorável fraca: os possíveis benefícios provavelmente
superam os possíveis danos
INCA, 2015
• < 50 anos: recomendação contrária forte, os possíveis danos claramente
superam os possíveis benefícios.
• 50 – 59 anos: favorável fraca, os possíveis benefícios e danos provavelmente
são semelhantes.
• 60 – 69 anos: favorável fraca, os possíveis benefícios provavelmente superam
os possíveis danos.
• 70 – 74 anos: contrária fraca, o equilíbrio entre possíveis danos e benefícios é
incerto.
• > 75 anos: contrária forte, danos claramente superam os possíveis benefícios.
Periodicidade
• Rastreamento com mamografia com periodicidade menor do que a
bienal, na faixa etária de 50 – 69 anos
• Recomendação contrária forte, os possíveis danos claramente superam
os possíveis benefícios.
=> O Ministério da Saúde recomenda que a periodicidade do rastreamento
com mamografia nas faixas etárias recomendadas seja BIENAL.
Tradução de
conceitos como
NNT, falso-
positivo e
sobretratamento
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (APS) PARA ALÉMDOS EXAMES
Reuniões educativas sobre câncer, visando:
•
•
•
•
•
À mobilização e conscientização para o cuidado com a
própria saúde
À importância da prevenção e do diagnóstico precoce do
câncer de mama;
À quebra dos preconceitos
À diminuição do medo da doença e à importância de
todas as etapas do processo de detecção precoce
Enfatizar o retorno para busca do resultado e
tratamentos necessários
Busca ativa na população alvo, das mulheres que nunca realizaram o Exame
Clínico de Mama (ECM)
APS PARA ALÉMDOS EXAMES
1. Busca ativa de mulheres na população alvo para a realização de
mamografia
2. Encaminhamento dos casos suspeitos de cancer de mama para a
Unidade de Referência
3. Encaminhamento das mulheres com exame clínico das mamas
alterado, para Unidade de Referência
APS PARA ALÉMDOS EXAMES
4. Busca ativa das mulheres que foram encaminhadas a Unidade de
Referência e não compareceram para o tratamento;
5. Busca ativa das mulheres que apresentaram laudo mamográfico
suspeito para malignidade e não retornaram para buscar o
resultado;
Orientação das mulheres com exame clínico das mamas normal e
de baixo risco para o acompanhamento de rotina.
6.
Referências
GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. Tratado de Medicina de
Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED,
2019,2388p.
DUNCAN BB; SCHMIDT MI; GIUGLIANI ERJ; DUNCAN MS; GIUGLIANI C, organizadores.
Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 4 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2013
Alencar Neto, José Nunes de (org.).Manual de Medicina Baseada em Evidências /
Organizador: José Nunes de Alencar Neto.– 1. ed.– Salvador, BA : Editora Sanar,
2021.416 p.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.Detecção precoce do câncer /
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Riode Janeiro : INCA, 2021.
OBRIGADA
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
DOS PRINCIPAIS GRUPOS
DE MEDICAMENTOS
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
EMENTA DA AULA
1. Marcos legais da assistência
farmacêutica do SUS
2. Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais
3. A RENAME e seus componentes
4. Componente Básico da RENAME
5. Componente Estratégico da
RENAME
6. Componente Especializado da
RENAME
A assistência farmacêutica no SUS
Política Nacional de Medicamentos (Portaria GM/MS n.º 3.916, de 30 de
outubro de 1998)
“O Ministério da Saúde estabelecerá mecanismos que permitam a
contínua atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
(Rename), imprescindível instrumento de ação do SUS, na medida em
que contempla um elenco de produtos necessários ao tratamento e
controle da maioria das patologias prevalentes no País.”
A assistência farmacêutica no SUS
Política Nacional de Assistência Farmacêutica (Resolução do Conselho
Nacional de Saúde n.º 338, de 6 de maio de 2004)
Corrobora a “utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
(Rename), atualizada periodicamente como instrumento racionalizador
das ações no âmbito da Assistência Farmacêutica”.
RENAME
RELAÇÃO
NACIONAL DE
MEDICAMENTOS
Decreto No. 7508 de 28 de junho
de 2011:
“a Rename compreende a seleção
e a padronização de medicamentos
indicados para atendimento de
doenças ou de agravos no âmbito
do SUS”
“a cada dois anos, o Ministério da
Saúde consolidará e publicará as
atualizações da Rename”
1. Relação Nacional de Medicamentos
do Componente Básico da
Assistência Farmacêutica.
2. Relação Nacional de Medicamentos
do Componente Estratégico da
Assistência Farmacêutica.
3. Relação Nacional de Medicamentos
do Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica.
4. Relação Nacional de Insumos.
5. Relação Nacional deMedicamentos
de Uso Hospitalar.
Portaria GM/MS n.º 3.435, de 8 de dezembro de 2021
RENAME 2022
Componente Básico da RENAME
• Possuem financiamento tripartite: União, estados e municípios
transferem os recursos e as secretarias municipais de saúde ficam
responsáveis pela compra e distribuição desses medicamentos.
Os medicamentos desse componente são voltados para os principais
agravos e programas de saúde da Atenção Básica.
Componente Estratégico da RENAME
• São adquiridos exclusivamente pelo Ministério da Saúde, que repassa
aos estados e estes aos municípios
• Foco no tratamento de condições endêmicas, potencialmente graves
ou doenças infecciosas relacionadas à vulnerabilidade social:
tuberculose, hanseníase, malária, leishmanioses, doença de Chagas,
meningites, esquistossomose, filariose, etc
As vacinas fazem parte do componente estratégico
Componente Especializado da RENAME
• São medicamentos que estão contemplados nos Protocolos Clínicos
de Diretrizes Terapêuticas (PCDT)
• Foco no tratamento de condições crônicas de maior complexidade ou
custo de tratamento
Financiamento dividido por grupos
Grupo 1: MS
Grupo 2: Estados
Grupo 3: Municípios
Relação nacional de Insumos e relação
nacional de medicamentos de uso hospitalar
• Insumos: contempla produtos para a área de saúde, relacionados aos
programas do Ministério. Ex: preservativos, DIU, seringas, etc
• Medicamentos de uso hospitalar: descritos em tabelas específicas
acessadas pelo SIGTAP, financiados no âmbito da média e da alta
complexidade
COMPONENTE BÁSICO DA
RENAME
Grupos farmacológicos mais comuns
Trato Alimentar e Metabolismo
• Omeprazol – comp 10 e 20mg
• Lactulose – xarope 667 mg/ml
• Ondasetrona – comp. 4 e 8mg
• Metoclopramida – comp. 10mg e sol. Oral 4mg/ml
• Sais de reidratação oral
• Hidróxido de alumínio
• Nistatina susp. oral
Trato Alimentar e Metabolismo
•Metformina – comprimido 500 e 850 mg
• Glibenclamida – comprimido 5 mg
• Gliclazida – comp. de liberação prolongada de 30 e 60 mg
Trato Alimentar e Metabolismo
• insulina humana NPH – 100 Unidades internacionais
• insulina humana regular – 100 Unidades internacionais
Trato Alimentar e Metabolismo
• Carbonato de cálcio: 500 mg de cálcio
• Carbonato de cálcio + colecalciferol: comp. 500 + 200UI, 500 + 400UI,
600+400UI
• Piridoxina – comp. 40mg
• Tiamina – comp. 300mg
• Retinol (palmitato) – sol. Oral 150000 UI/ml
Sangue e órgãos hematopoéticos
• AAS 100mg
• Ácido fólico – comp. 5mg e sol oral
• Sulfato ferroso – comp. 40mg Fe elementar, xarope 5mg/ml, sol oral
25mg/ml
• Ringer lactato
• SF 0,9%
Aparelho cardiovascular
• Anlodipino – 5 e 10mg
• Atenolol – 50 e 100mg
• Captopril – 25mg
• Carvedilol – 3,125mg a 25mg
• Hidralazina
• Propranolol
• Digoxina
• Isossorbida (mono e dinitrato)
Aparelho cardiovascular
• Espironolactona 25 e 100mg
• Hidroclorotiazida 12,5 e 25mg
• Enalapril 5, 10 e 20mg
• Losartana 50mg
• Sinvastatina 10, 20, 40mg
• Metoprolol
Medicamentos dermatológicos
• Hidrocortisona creme
• Aciclovir creme
• Cetoconazol xampu
• Dexametasona creme
• Miconazol creme
• Sulfadiazina de prata
Aparelho geniturinário e hormônios sexuais
• enantato de noretisterona + valerato de estradiol 50 mg/mL + 5 mg/mL
(injetável mensal)
• Estriol 1 mg/g creme vaginal
• etinilestradiol + levonorgestrel 0,03 mg + 0,15 mg (ACO combinado)
• Levonorgestrel 0,75 mg e 1,5 mg
• Metronidazol gel vaginal
• Miconazol creme vaginal
• Noretosterona 0,35 mg (ACO progestageno)
Preparações hormonais sistêmicas
• Dexametasona comp 4 mg
• Prednisolona sol oral 1 e 3 mg/ml
• Levotiroxina comp 12,5 a 100 mcg
• Prednisona 5 e 20mg
Anti-infecciosos para uso sistêmico
• Amoxicilina
• Amoxicilina + clavulanato
• Penicilina Benzatina
• Cefalexina
• Ceftriaxona
• Ciprofloxacino
• Clartitromicina
• Azitromicina
Anti-infecciosos para uso sistêmico
• Fluconazol
• Metronidazol
• Nitrofurantoina
• Sulfametoxazol/trimetoprim
Sistema musculoesquelético
• Alendronato de sódio 10mg e 70mg
• Alopurinol 100mg e 300mg
• Ibuprofeno 200mg, 300mg e 600mg e suspensão
Sistema nervoso
• Ácido valproico
• Carbamazepina
• Carbonato de lítio
• Clonazepam
• Cloridrato de amitriptilina
• Cloridrato de fluoxetina
• Diazepam
Sistema nervoso
• Fenobarbital
• Haloperidol
• Leodopa + carbidopa
Produtos antiparasitários, inseticidas e repelentes
• Albendazol
• Benzoilmetronidazol
• Ivermectina
• Permetrina
Aparelho Respiratório
• Brometo de ipratrópio
• Budesonida 32 mcg
• Cloreto de sódio (0,9%) – solução nasal
• Cloridrato de prometazina
• Loratadina
• Maleato de dexclorfeniramina
• Sulfato de salbutamol
Categoria “Fitoterápicos”
• Guaco xarope
• Isoflavona de soja
• Unha de gato
• Alcachofra
• Plantago
COMPONENTE ESTRATÉGICO
DA RENAME
Alguns fármacos que prescrevemos em APS mas
que são do componente estratégico ou de ambos
• Albendazol
• Penicilina Benzatina
• Claritromicina
• Azitromicina
• Oseltamivir
• Itraconazol
• Prednisona
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais: Rename 2020. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_medicamentos_r
ename_2020.pdf>.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_medicamentos_rename_2020.pdf
OBRIGADA
IMUNIZAÇÃO E APLICAÇÃO DO
CALENDÁRIO NACIONAL DE
VACINAÇÃO DO MS
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
ROTEIRO DA AULA
• Importância da vacinação.
• História da vacinação no Brasil.
• Quais vacinas encontro no SUS?
• Critérios para vacinação.
• Campanhas
• Segurança das vacinas.
• Vacinas para Grupos Especiais.
• Vacinação para os viajantes.
• Calendário Nacional de Vacinação
QUAL A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO?
• As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger
a pessoa contra doenças transmissíveis.
• Quando adotada como estratégia de saúde pública, elas são
consideradas um dos melhores investimentos em saúde,
considerando o custo-benefício.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO?
• O Programa Nacional de Imunização (PNI) é um dos maiores do
mundo, ofertando, atualmente, 48 diferentes imunobiológicos
(vacinas, imunobiológicos especiais, soros e imunoglobulinas) para
toda a população.
• Contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos,
idosos, gestantes e povos indígenas.
HISTÓRIA DA VACINAÇÃO NO BRASIL
• Em 1973 foi formulado o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
• Em seguimento à erradicação da varíola, inicia-se em 1980 a 1ª
Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite.
HISTÓRIA DA VACINAÇÃO NO BRASIL
• De 1990 a 2003, o PNI fez parte da Fundação Nacional de Saúde. A
partir de 2003, passou a integrar o DEVEP/SVS - Secretaria de
Vigilância em Saúde, inserido na Coordenação Geral do Programa
Nacional de Imunizações (CGPNI).
HISTÓRIA DA VACINAÇÃO NO BRASIL
• O PNI é, hoje, parte integrante do Programa da Organização Mundial
da Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da UNICEF e
contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
QUAIS VACINAS ENCONTRO NO SUS?
• 48 imunobiológicos (vacinas, imunobiológicos especiais, soros e
imunoglobulinas).
• 20 vacinas oferecidas às crianças, adolescentes, adultos, idosos e
gestantes conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
• Destas, 18 são vacinas para crianças e adolescentes ofertadas no
Calendário Nacional de Vacinação.
QUAIS VACINAS ENCONTRO NO SUS?
• 1. BCG,
• 2. Hepa,te B,
• 3. Penta,
• 4. Pólio ina,vada,
• 5. Pólio oral,
• 6. Rotavírus,
• 7. Pneumo 10,
• 8. Meningo C,
• 9. Febre amarela,
• 10. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
• 11. Tetra viral (sarampo, caxumba e rubéola e varicela),
• 12. DTP,
• 13. Hepatite A,
• 14. Varicela,
• 15. Difteria e tétano adulto (dT),
• 16. Meningocócica ACWY,
• 17. HPV quadrivalente,
• 18. dTpa,
• 19. Influenza (esta ofertadadurante Campanha anual) e
• 20. Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23)
CRITÉRIOS PARA VACINAÇÃO
• Toda a população pode se vacinar gratuitamente.
• Comparecer a um Estabelecimento de Saúde com o cartão de
vacinação em mãos.
• A ausência da Caderneta de Vacinação não é um impeditivo para se
vacinar.
CRITÉRIOS PARA VACINAÇÃO
• O cartão de vacinação é o documento que comprova a situação
vacinal do indivíduo, devendo ser guardado junto aos demais
documentos pessoais.
• Nos casos de perda do cartão de vacinação, a orientação é para
procurar o posto de saúde onde recebeu as vacinas para resgatar o
histórico de vacinação e fazer a segunda via
CAMPANHAS
• O Ministério da Saúde promove duas campanhas anuais de vacinação,
em parceria com as Secretarias de Saúde de Estados, Municípios e
Distrito Federal.
• São as campanhas da gripe, realizada no primeiro semestre,
antecedendo o período mais frio do ano, e de atualização da
Caderneta de Vacinação.
CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO POPULAÇÃO-ALVO
Influenza (anual)
Crianças de 6 meses a menores de 5 anos (04 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, povos
indígenas, trabalhadores da saúde, idosos com 60 anos e mais, professores das escolas públicas e privadas,
pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas
com deficiência permanente, profissionais das forças de segurança e salvamento e das forças armadas,
caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso,
trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de
idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
Covid-19
Crianças de 3 e 11 anos, adolescentes de 12 a 17 anos, gestantes, imunocomprometidos, pessoas com
deficiência institucionalizadas, povos indígenas vivendo em terras indígenas, trabalhadores de saúde,
povos e comunidades tradicionais ribeirinhas, povos e comunidades tradicionais quilombolas, pessoas com
comorbidades e gestantes e puérperas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, pessoas
em situação de rua, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade,
trabalhadores da educação do ensino básico, trabalhadores da educação do ensino superior, forças de
segurança e salvamento, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros, trabalhadores de
transporte metroviário e ferroviário, trabalhadores de transporte aéreo, trabalhadores de transporte de
aquaviário, caminhoneiros, trabalhadores portuários, trabalhadores industriais e trabalhadores da limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos.
Poliomielite Crianças menores de 5 anos de idade.
Multivacinação (todas as vacinas do Calendário
Básico de Vacinação da Criança para atualização
de esquema vacinal)
Crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade.
Seguimento contra o Sarampo (a cada 5 anos ou
de acordo com a situação epidemiológica) Crianças menores de 5 anos de idade
SEGURANÇA DAS VACINAS
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - continuidade de
monitoramento da segurança do produto.
• Programa Nacional de Imunização (PNI) - monitoramento dos eventos
adversos pós vacinação.
VACINAS PARA GRUPOS ESPECIAIS
• 52 Centros de Referências de Imunobiológicos Especiais (CRIE).
• Finalidade: facilitar o acesso da população aos imunobiológicos
especiais, principalmente para as pessoas com imunodeficiências
congênita ou adquirida e de outras condições especiais de morbidade
ou pessoas expostas a situações de risco.
VACINAS PARA GRUPOS ESPECIAIS
• Garantir os mecanismos necessários para investigação,
acompanhamento e elucidação dos casos de eventos adversos graves
e/ou inusitados associados temporalmente à aplicação de
imunobiológicos.
VACINAÇÃO PARA OS VIAJANTES
• No Brasil não há obrigatoriedade de comprovação vacinal para entrada no
país.
• Recomendação para que os turistas internacionais atualizem a situação
vacinal previamente à chegada ao Brasil, conforme as orientações do
calendário de vacinação do país de origem ou residência, em especial, as
vacinas contra febre amarela, poliomielite, sarampo e rubéola, difteria e
tétano.
VACINAÇÃO PARA OS VIAJANTES
• Para viagens internacionais, o Ministério da Saúde orienta que o
viajante esteja com a sua situação vacinal atualizada, conforme as
orientações do Calendário Nacional de Vacinação.
• Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP).
VACINAÇÃO PARA OS VIAJANTES
• Temporariamente será exigido o CIVP aos viajantes procedentes ou
que se destinam à República Democrática do Congo e Angola.
• Recomendação do Comitê de Emergência da Organização Mundial de
Saúde (OMS), devido aos surtos de febre amarela urbana em curso
nesses dois países.
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA
IDADE VACINA DOSES DOENÇAS EVITADAS
Ao nascer
BCG dose única Formas graves de tuberculose
Vacina contra hepatite B dose ao nascer Hepatite B
2 meses
DTP + Hib + HB (vacina pentavalente) 1ª dose
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras
infecções causadas pelo Haemophilus influenzae
tipo b e Hepatite B
Poliomielite 1,2,3 (VIP - inativada) 1ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
Rotavírus humano G1P1 - VORH (Vacina
Oral de Rotavírus Humano) 1ª dose Diarreia por Rotavírus
Pneumocócica 10-valente (PCV 10) 1ª dose Pneumonias, meningites, otites, sinusites pelos
sorotipos que compõem a vacina
3 meses Meningocócica C (Conjugada) 1ª dose Meningite meningocócica tipo C
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA
IDADE VACINA DOSES DOENÇAS EVITADAS
4 meses
DTP + Hib + HB (vacina pentavalente) 2ª dose
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras
infecções causadas pelo Haemophilus influenzae
tipo b e Hepatite B
Poliomielite 1,2,3 (VIP - inativada) 2ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
Rotavírus humano G1P1 - VORH (Vacina
Oral de Rotavírus Humano) 2ª dose Diarreia por Rotavírus
Pneumocócica 10-valente (PCV 10) 2ª dose Pneumonias, meningites, otites, sinusites pelos
sorotipos que compõem a vacina
5 meses Meningocócica C (Conjugada) 2ª dose Meningite meningocócica tipo C
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA
IDADE VACINA DOSES DOENÇAS EVITADAS
6 meses
DTP + Hib + HB (vacina pentavalente) 3ª dose
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras
infecções causadas pelo Haemophilus
influenzae tipo b e Hepatite B
Poliomielite 1,2,3 (VIP - inativada) 3ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
9 meses Vacina contra febre amarela (atenuada) dose inicial Febre amarela
12 meses
SRC (tríplice viral)
2 doses
(primeira com SCR e
segunda com SCRV)
Sarampo, caxumba e rubéola
Pneumocócica 10-valente (PCV 10) Reforço Pneumonias, meningites, otites, sinusites pelos
sorotipos que compõem a vacina
Meningocócica C (Conjugada) Reforço Meningite meningocócica tipo C
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA
IDADE VACINA DOSES DOENÇAS EVITADAS
15 meses
(SCRV) 2 doses (segunda da SRC e
primeira da varicela) Sarampo, caxumba, rubéola e varicela
Hepatite A (HA) 1 dose Hepatite A
Poliomielite 1 e 3 (VOP - atenuada) reforço Poliomielite (paralisia infantil)
DTP (tríplice bacteriana) 1º reforço Difteria, tétano e coqueluche
4 anos
DTP (tríplice bacteriana 2º reforço Difteria, tétano e coqueluche
Poliomielite 1 e 3 (VOP - atenuada) reforço Poliomielite (paralisia infantil)
Varicela (monovalente) 1 dose (segunda dose da
varicela) Varicela
Vacina contra febre amarela (atenuada) reforço Febre amarela
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA
IDADE VACINA DOSES DOENÇAS EVITADAS
A partir de 5
anos Pneumocócica 23-valente (PPV 23) 1 dose Meningite, pneumonias, sinusite, otite e
bronquite
A partir de 7
anos Difteria e Tétano (dT)
3 doses
(considerar doses
anteriores com penta e
DTP)
Difteria e tétano
9 a 14 anos Papilomavírus humano (HPV)
2 doses
(com intervalo de 6
meses)
Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18
(recombinante)
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE
IDADE VACINA DOSESDOENÇAS EVITADAS
De 11 a 19 anos
(na primeira
visita ao serviço
de saúde)
Hepatite B
3 doses (iniciar ou completar
o esquema, de acordo com a
situação vacinal)
Hepatite B
dT (Dupla tipo adulto)
3 doses (iniciar ou completar
o esquema, de acordo com a
situação vacinal)
Difteria e tétano
Febre amarela (atenuada) dose única ou reforço Febre amarela
SCR (Tríplice viral)
Iniciar ou completar 2 doses,
de acordo com a situação
vacinal
Sarampo, caxumba e rubéola
Pneumocócica 23-valente (PPV 23) 1 dose Meningite, pneumonias, sinusite, otite e
bronquite
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE
IDADE VACINA DOSES DOENÇAS EVITADAS
9 a 14 anos Papilomavírus humano (HPV)
2 doses
(2ª dose: 6 meses após
a 1ª dose)
Papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18
(recombinante)
11 a 14 anos Meningocócica ACWY (Conjugada) 1 dose Meningite meningocócica sorogrupos A, C, W e Y
a cada 10 anos,
por toda a vida dT (Dupla tipo adulto) reforço Difteria e tétano
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADULTO E IDOSO
VACINA DOSE IDADE RECOMENDADA DOENÇAS EVITADAS
Hepatite B
recombinante
3 doses (iniciar ou completar o esquema, de
acordo com a situação vacinal) - Hepatite B
Difteria e Tétano
(dT)
3 doses (iniciar ou completar o esquema, de
acordo com a situação vacinal) - Difteria e tétano
Febre Amarela
(Atenuada) dose única Dose única para pessoas até 59
anos, não vacinadas. Febre amarela
Sarampo, Caxumba
e Rubéola (SCR)
2 doses (20 a 29 anos)
1 dose (30 a 59 anos)
(verificar situação vacinal anterior)
Sarampo, caxumba e rubéola
Pneumocócica 23-
valente (PPV 23) 1 dose 60 anos (acamados ou
institucionalizados)
Meningite, pneumonias, sinusite,
otite e bronquite
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA GESTANTE
VACINA DOSE IDADE RECOMENDADE DOENÇAS EVITADAS
Hepatite B
recombinante
3 doses
(iniciar ou completar o esquema, de acordo
com a situação vacinal, independentemente da
idade gestacional)
- Hepatite B
Difteria e Tétano
(dT)
3 doses
(iniciar ou completar o esquema, de acordo
com a situação vacinal)
- Difteria e tétano
Difteria, Tétano e
Pertussis acelular
(dTpa)
1 dose
(dose de reforço a cada gestação)
A partir da 20ª semana de
gravidez Difteria, tétano e coqueluche
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações - Vacinação.
Brasília: Ministério da Saúde, 2023. Acesso em: <https://www.gov.br/saude/pt-
br/acesso-ainformacao/acoes-e-programas/programa-nacional-de-imunizacoes-
vacinacao>
• BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Brasília:
Ministério da Saúde, 2023. Acesso em: <https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-az/c/calendario-nacional-de-vacinacao>
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Vacinal - Crianças. Brasília: Ministério da
Saúde, 2023. Acesso em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-
az/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-2022/anexo-
calendario-devacinacao-da-crianca_atualizado_-final-20-09-2022.pdf>
• BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Vacinal - Adolescentes. Brasília:
Ministério da Saúde, 2023. Acesso em: <https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-az/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-
vacinal-2022/anexo-calendario-devacinacao-do-adolescente_atualizado_-final-
20-09-2022-copia.pdf>
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Vacinal – Adulto e Idoso. Brasília:
Ministério da Saúde, 2023. Acesso em: <https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-az/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-
vacinal-2022/anexo-calendario-devacinacao-do-adulto-e-idoso_atualizado_-final-
20-09-2022.pdf>
• BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Vacinal - Gestante. Brasília: Ministério da
Saúde, 2023. Acesso em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-
az/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-2022/anexo-
calendario-devacinacao-da-gestante_atualizado_-final-20-09-2022.pdf>
OBRIGADO
EDUCAÇÃO PERMANENTE
NO PMMB
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
ROTEIRO DA AULA
• Educação Permanente em Saúde e a Política Nacional de Educação Permanente em
Saúde.
• Ofertas Educacionais para o PMMB
• Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes
• Biblioteca Virtual em Saúde da Atenção Básica
• UNA-SUS
• AVASUS
• Supervisão Acadêmica do PMMB
• Portal Saúde Baseada em Evidência
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
• A denominação Educação Permanente em Saúde surge em meados
da década de 1980.
• Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Organização
Pan Americana de Saúde (OPAS).
• A OPAS cria uma diferenciação entre os termos educação permanente
e educação continuada, considerando a última mais reducionista.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
• Na Constituição Federal (Artigo 200):
“ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei, ordenar a formação de recursos humanos na área da
saúde”.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
• Na Reforma Sanitária Brasileira:
• A formação profissional passou a ser reconhecida como fator
essencial para o processo de consolidação.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
• A Secretaria de Gestão de Trabalho e da Educação em Saúde
(SGTES/2003) assumiu a responsabilidade de formular políticas
orientadoras da gestão, formação, qualificação e regulação dos
trabalhadores da saúde no Brasil.
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
PERMANENTE EM SAÚDE
• A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) deve
considerar as especificidades regionais, a superação das desigualdades
regionais, as necessidades de formação e desenvolvimento para o trabalho
em saúde e a capacidade já instalada de oferta institucional de ações
formais de educação na saúde.
(Portaria 1.996/2007)
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
PERMANENTE EM SAÚDE
• A implantação desta Política, implica em trabalho articulado entre o
sistema de saúde (em suas várias esferas de gestão) e as instituições
de ensino.
• A Educação Permanente é aprendizagem no trabalho, onde o
aprender e o ensinar se incorporam ao quotidiano das organizações e
ao trabalho.
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
PERMANENTE EM SAÚDE
• A PNEPS rompe com o conceito de sistema verticalizado para
trabalhar com a ideia de rede, de um conjunto articulado de serviços
básicos, ambulatórios de especialidades e hospitais gerais e
especializados, assegurando adequado acolhimento e
responsabilização pelos problemas de saúde das pessoas e das
populações.
OFERTAS EDUCACIONAIS PARA O PMMB
Portaria Interministerial 1.369 de 08 de julho de 2013
• O Projeto Mais Médicos para o Brasil, tem a finalidade de aperfeiçoar
médicos na atenção básica em saúde, em regiões prioritárias para o SUS,
mediante oferta de curso de especialização por instituição pública de
educação superior e atividades de ensino, pesquisa e extensão, que terá
componente assistencial mediante integração ensino-serviço.
OFERTAS EDUCACIONAIS PARA O PMMB
Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013
• Institui o Programa Mais Médicos com a finalidade de formar recursos
humanos na área médica para o SUS.
OFERTAS EDUCACIONAIS PARA O PMMB
• Carga horária semanal destinada para estudo: 08 horas
• Atividades acadêmicas:
• Curso de Especialização em Saúde da Família.
• Curso de Especialização em Saúde Indígena (DSEI).
• Eixo Aperfeiçoamento e Extensão - 2º ciclo formativo.
PROGRAMA
NACIONAL TELESSAÚDE BRASIL REDES
• Possibilita o fortalecimento e a melhoria da qualidade do atendimento da
Atenção Básica no SUS, integrando Educação Permanente em Saúde (EPS) e
apoio assistencial por meio de ferramentas e tecnologias da informação e
comunicação (TIC).
• É constituído por Núcleos Estaduais, Intermunicipais e Regional, que
desenvolvem e ofertam serviços específicos para profissionais e
trabalhados do SUS.
TELECONSULTORIA
• Esclarecimento de dúvidas sobre procedimentos clínicos, ações de saúde e
questões relativas ao processo de trabalhono formato de pergunta e
resposta entre profissionais de saúde.
• Funciona de duas maneiras: síncrona - realizada em tempo real,
geralmente por chat, webconferência, videoconferência ou serviço
telefônico; assíncrona - realizada por meio de mensagens offline que
devem ser respondidas em até 72 h.
SEGUNDA OPINIÃO FORMATIVA
• Resposta sistematizada, construída com base em revisão bibliográfica,
evidências científicas e clínicas a perguntas originadas das
teleconsultorias.
• As melhores teleconsultorias são selecionadas a partir de critérios de
relevância e pertinência em relação às diretrizes do SUS e publicadas
no Portal BVSAPS (http://aps.bvs.br).
TELE-EDUCAÇÃO
• Atividades educacionais à distância por meio de tecnologias de
informação e comunicação para apoiar a qualificação de estudantes,
profissionais e trabalhadores da área da saúde.
OFERTA NACIONAL DE TELEDIAGNÓSTICO
• Ampliação da oferta de Telediagnóstico no país, possibilitando a
realização de exames com emissão de laudo a distância, diminuindo
custos com deslocamento de pacientes, aumentando a resolubilidade
da Atenção Básica e, ainda, aumentando a oferta em especialidades.
https://aps.bvs.br/rede-de-colaboradores/
Biblioteca Virtual em Saúde da Atenção
Primária à Saúde (BVS APS)
• Prover amplo acesso ao conhecimento científico e técnico atualizado,
relevante e aplicável para APS no âmbito do SUS, para apoiar as
atividades de teleconsultoria, telediagnóstico e tele-educação
realizadas no âmbito do Programa Nacional de Telessaúde Brasil
Redes.
Biblioteca Virtual em Saúde da Atenção
Primária à Saúde (BVS APS)
• Ampliar a visibilidade da coleção de Segunda Opinião Formativa (SOF)
e promover o seu acesso e uso para além do Programa Nacional
Telessaúde Brasil Redes.
http://aps.bvs.br
Sistema Universidade Aberta do SUS
(UNA-SUS)
• O Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) foi criado em 2010
para atender às necessidades de capacitação e educação permanente
dos profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).
https://www.unasus.gov.br/
Sistema Universidade Aberta do SUS
(UNA-SUS)
• Além da Rede UNA-SUS, o Sistema é composto pelo Acervo de
Recursos Educacionais em Saúde (ARES), repositório digital público,
no qual são disponibilizados materiais, tecnologias e experiências
educacionais de livre acesso pela internet.
• Considerado hoje o maior acervo digital em saúde da América Latina.
https://ares.unasus.gov.br/acervo/
Sistema Universidade Aberta do SUS
(UNA-SUS)
• Outro componente do Sistema é a Plataforma Arouca, um banco de
dados nacional do SUS, sob responsabilidade da UNA-SUS/Fiocruz,
que concentra todos os dados dos cursos e suas ofertas.
• Além disso, é um sistema de informação que concentra o histórico
educacional e profissional daqueles que atuam na área da saúde,
funcionando como um cadastro único do profissional no UNA-SUS.
https://www.unasus.gov.br/cursos/plataforma_arouca
AVASUS
• O AVASUS é o ambiente virtual de aprendizagem do Sistema Único de
Saúde, uma plataforma desenvolvida pelo Ministério da Saúde, em
parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
• Tem o objetivo de promover a educação para a saúde.
AVASUS
• Oferece cursos online gratuitos livres e abertos à comunidade, com
foco na qualificação de enfermeiros, médicos, agentes comunitários,
auxiliares de enfermagem entre outros profissionais que trabalham
no SUS.
https://avasus.ufrn.br/
SUPERVISÃO ACADÊMICA DO PMMB
• É um dos eixos educacionais do PMMB, responsável pelo
fortalecimento da política de educação permanente por meio da
integração ensino-serviço no componente assistencial da formação
dos médicos participantes do Projeto.
SUPERVISÃO ACADÊMICA DO PMMB
Objetiva o fortalecimento:
• Da educação permanente em saúde.
• Da integração ensino-serviço.
• Da atenção básica.
• Da formação de profissionais nas redes de atenção à saúde.
• Da articulação dos eixos educacionais do PMMB.
SUPERVISÃO ACADÊMICA DO PMMB
Integram a Supervisão Acadêmica do PMMB:
• O médico participante
• O supervisor acadêmico
• O tutor acadêmico
SUPERVISÃO ACADÊMICA DO PMMB
Espaços de Educação Permanente (EP) na Supervisão Acadêmica do PMMB
• Encontro Locorregional.
• Supervisão In Loco.
• Supervisão Longitudinal.
• Encontro de EP para a qualificação da Supervisão Acadêmica.
Portal Saúde Baseada em Evidências
• O Ministério da Saúde, em parceria com a OPAS/OMS, oferta a todos
os profissionais de saúde do Brasil, bases de dados científicas para
auxiliá-los na tomada de decisão clínica e de gestão.
Portal Saúde Baseada em Evidências
• Possui um METABUSCADOR, que possibilita a busca rápida da
informação em todas as bases de conhecimento, hoje hospedadas no
Portal SBE.
• Uma estratégia que possibilita o acesso às publicações científicas,
categorizadas por Evidências Clínicas, Artigos Científicos e
Ferramentas.
https://psbe.ufrn.br/
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Permanente
em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? Brasília:
Ministério da Saúde, 2018.
• BRASIL. Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes. Disponível em:
<https://aps.bvs.br/programa-nacional-telessaude-brasil-redes/>.
• BRASIL. BVS Atenção Primária em Saúde. Disponível em:
<https://aps.bvs.br/>
https://aps.bvs.br/programa-nacional-telessaude-brasil-redes/
https://aps.bvs.br/
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. UNASUS. Disponível em: <https://www.unasus.gov.br/>.
• BRASIL. AVASUS. Disponível em: <https://avasus.ufrn.br/>.
• BRASIL. Supervisão Acadêmica. Disponível em: <https://www.gov.br/mec/pt-
br/acesso-a-informacao/institucional/secretarias/secretaria-de-educacao-
superior/supervisaoacademica>.
• BRASIL. Portal Saúde Baseada em Evidências. Disponível em:
<https://psbe.ufrn.br/>.
https://www.unasus.gov.br/
https://avasus.ufrn.br/
https://www.gov.br/mec/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/secretarias/secretaria-de-educacao-superior/supervisaoacademica
https://psbe.ufrn.br/
OBRIGADO
Saúde da Mulher
Casos Clínicos
S: Mulher, 25 anos, procura uma Unidade de Saúde da Família (USF), chorosa,
ansiosa, mostrando-se envergonhada e com dificuldade de informar o motivo
da solicitação de atendimento. É recebida pelo Agente Comunitário de Saúde
(ACS), que percebe a necessidade de um acolhimento mais sigiloso, ouvindo
de forma mais reservada e livre de preconceitos. Após a abordagem, a mulher
se acalma um pouco e informa que foi vítima de violência sexual. Nesse
sentido, a ACS encaminha a mulher para atendimento imediato.
O: Não foi realizado exame físico
A: ?
Qual conduta deve ser adotada pelo pro0ssional ao realizar o atendimento clínico?
A. Caso o atendimento seja realizado pelo enfermeiro, ele deve acolher a paciente, coletar a
anamnese, realizar os testes rápidos e, caso todos estejam negativos, liberar a paciente.
B. Caso o atendimento seja realizado pelo enfermeiro, ele deve acolher a paciente, coletar a
anamnese, realizar os testes rápidos e encaminhar para o médico, que poderá prescrever a
medicação de pro0laxia pós-exposição (PEP).
C. Caso a paciente não resida no endereço adscrito da unidade, o pro0ssional que a acolher
deverá noti0car o caso de violência e encaminhar para a unidade de referência para a prescrição do
PEP e seguimento do caso.
D. Caso o episódio de abuso sexual tenha sido há mais de 72 horas, não há mais indicação de
prescrição de contracepção de emergência e nem do PEP.
E. Caso esteja indicada a prescrição de PEP, deve ser prescrito 1 comprimido de
tenofovir/lamivudina (TDF/3TC) 300mg/300mg + 1 comprimido de dolutegravir (DTG) 50mg, 1 vez
ao dia, durante 28 dias, independentemente de o atendimento ter sido realizado por médico ou
enfermeiro capacitados.
S: A mulher retorna na unidade de saúde após quatro
semanas e procura o mesmo ACS que a acolheu no mês
anterior. Informa que gostaria de conversar com o
profissional que a atendeu,pois realizou o tratamento
indicado e está com atraso menstrual.
O: Não realizado
A: ?
A melhor conduta agora seria:
A. Realizar teste de gravidez; se positivo, desestimular a prática do aborto
e solicitar apoio matricial de equipe multidisciplinar, como NASF
B. Realizar testes rápidos (HIV, síWlis, hepatites). Em caso de HIV positivo,
realizar PrEP e encaminhar para apoio matricial de equipe multidisciplinar,
como NASF
C. Realizar testes rápidos (HIV, síWlis, hepatites) e encaminhar para
acompanhamento de psicólogo devido a gravidez psicológica
D. Realizar testes rápidos (HIV, síWlis, hepatites) e teste de gravidez. Em
caso positivo, conversar sobre a possibilidade do aborto legal e solicitar apoio
matricial de equipe multidisciplinar
E. Realizar testes rápidos (HIV, síWlis, hepatites), caso qualquer um dos
exames seja positivo, deve-se encaminhar a mulher para a rede secundária.
S:
A., 38 anos, comparece para consulta de pré-natal com a enfermeira. Conta
que nas últimas semanas tem apresentado queixas de dor de cabeça com
náuseas. Esta é a sua terceira gravidez e nas duas anteriores conta que “a
pressão andou querendo subir”. Trouxe alguns exames solicitados pelo
médico, mas naquele instante da consulta não tinha nenhuma queixa.
O:
Altura=1,62 Peso=89kg IMC=33,91
Idade gestacional=28 semanas
PA=145x95 mmHg (conWrmada em duas medidas)
A: ?
P: ?
Momento 1 do caso
S:
P., 30 anos, comparece na consulta médica trazendo exames de pré-natal de
primeiro trimestre solicitados pela enfermeira da equipe. Contou que tem se sentido
ansiosa pois esta é sua terceira gravidez, não planejada, e tem relatado que o apetite
tem aumentado pois se sente ansiosa. No momento negou intercorrências. Relatou
que nas duas gravidezes anteriores teve que fazer cesárea pois os Hlhos “estavam
grandinhos”.
O:
Altura=1,55 Peso=85kg IMC=35,37
Idade gestacional=22 semanas
Glicemia de jejum=101mg/dl
A: ?
P: ?
Momento 2 do caso
S: Gestante retorna somente na 29ª. Semana, e após as medidas
não farmacológicas apresenta ganho de peso de 5kg no período.
Conta que acha que a barriga está “grande demais” para o tempo de
gravidez
O: glicemias de jejum diárias na última semana com valores entre
135 a 150 mg/dl.
A: ?
P: ?
S:
R.O.P., 23 anos, comparece à consulta de pré-natal com a
enfermeira trazendo exames solicitados. Não possui nenhuma
queixa no momento da consulta.
IG=25 semanas
O: EAS: 10 piócitos por campo
Urinocultura positiva para Escherichia coli, > 100.000 UFC/ml,
sensível à nitrofurantoína e cefalexina
A:?
P:?
C láudia, 15 anos, estudante. Solicita orientação sobre contracepção, pois
iniciou vida sexual. Pede sigilo, pois não quer que os pais saibam. História de
epilepsia, descoberta há 1 ano, sob controle com uso de ácido valproico.
Pergunta: C om relação ao C aso clínico 1, assinale a alternativa correta.
a. Deve-se solicitar a presença do responsável legal para a consulta
b. Está contraindicada contracepção hormonal combinada
c. O uso de métodos naturais costuma ser bem aceito nesta faixa etária
d. É papel do médico de família abordar sobre prevenção de ISTs na
consulta de contracepção
Paula, 35 anos, tabagista 10 cigarros/dia, com três Qlhos. Deseja retomar uso de
pílula combinada, pois iniciou novo relacionamento e não se sente segura com o
coito interrompido (método que está utilizando). Seu companheiro atual não tem
Qlhos e, apesar de já ser mãe de três Qlhos, Paula acha que poderá ter mais. História
de enxaqueca sem aura há 10 anos.
Pergunta: Sobre o Caso clínico 2, quais são os limites da contracepção hormonal
combinada?
a. Enxaqueca com aura é contraindicação absoluta
b. Tabagista ≥ 15 cigarros/dia e ≥ 35 anos é contraindicação absoluta
c. Alteração da libido é uma das complicações possíveis dos contraceptivos
combinados
d. Todas estão corretas
Mariana, 25 anos, operária, vem à consulta pedindo esterilização – “não quero
mais ser mãe”. Teve um primeiro casamento aos 15 anos, no qual teve três
filhos, e um segundo relacionamento aos 21, quando teve mais um filho.
Atualmente, Mariana está solteira e tem certeza de que não quer mais filhos.
Alega que, quando o casamento não funciona, as crianças ficam com a mãe
e que não tem condições de cuidar de mais crianças. Quando exposto à
paciente que um novo relacionamento poderia demandar mais filhos, ainda
assim ela reafirma sua certeza.
Pergunta: Em relação ao C aso clínico 3, quais indicações estão corretas para
a contracepção definitiva?
a. O desejo da paciente prevalece sobre paridade e idade
b. Ter mais de três filhos e relação estável há mais de três anos
c. Ter mais de 25 anos ou dois filhos vivos
d. Passar por avaliação com psicólogo que dê laudo favorável
A respeito do rastreamento do câncer de colo uterino, considere as aQrmativas.
I. Em mulheres com mais de 65 anos de idade, considera-se interromper o
rastreamento se tiverem dois resultados citológicos negativos consecutivos nos
últimos 5 anos
II. Não se recomenda rastrear mulheres com histerectomia/remoção do colo do
útero
III. Deve-se seguir realizando o rastreamento até os 80 anos, se a mulher possuir
vida sexual ativa
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A. Apenas I
B. Apenas I e II
C. Apenas III
D. Apenas II e III
Considerando mulheres acima de 25 anos cujo primeiro exame apresente células
escamosas atípicas de signiQcado indeterminado ou lesão intraepitelial escamosa de
baixo grau, complete as lacunas com V (verdadeiro) ou F (falso).
() A repetição da colpocitologia dentro de 6 meses é o mais recomendado
() A colposcopia deve ser desaconselhada nestes casos
() Devem ser referenciadas de imediato para biópsia
() Devem repetir a colpocitologia a cada 3 anos
Assinale a sequência correta.
a. V – F – V – F
b. V – V – V – F
c. F – F – V – V
d. V – V – F – F
Deve-se referenciar a mulher para realização de colposcopia e possível
biópsia para conWrmação diagnóstica nas seguintes situações, EXCETO:
a. Presença de lesão cervical suspeita ao exame clínico
b. Presença de células escamosas atípicas não pode excluir lesão
intraepitelial escamosa de alto grau (célula escamosa atípica-H)
c. Presença de células escamosas atípicas de signiWcado
indeterminado
d. Lesão de baixo grau persistente – dois exames alterados
Considere as a0rmativas a seguir.
I. Diante de resultados insatisfatórios na amostra, a recomendação é repetir a coleta
II. É considerada insatisfatória a amostra cuja leitura esteja prejudicada por material
acelular ou hipocelular (menos de 10% do esfregaço), bem como por presença de sangue,
piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição
celular (mais de 75% do esfregaço)
III. Após a confecção do esfregaço do exame citológico, gotejar sobre ele o 0xador em no
máximo 8 segundos, de maneira que o esfregaço 0que totalmente coberto. O material
não 0xado resseca, impedindo a leitura da lâmina
Qual(is) está(ão) correta(s)?
a. Apenas I
b. Apenas II
c. Apenas I e II
d. Todas as alternativas
Complete as lacunas com (V) verdadeiro ou (F) falso.
() O câncer de colo uterino não pode ser prevenido, na maioria dos casos
() As lesões intraepiteliais cervicais geralmente não ocasionam sintomas específicos, nem
características clínicas que indiquem a sua presença
() O câncer cervical invasor pode apresentar sintomas como leucorreia, sangramento fora
do período menstrual, sangramento pós-coital e dor em baixo ventre
() A causa primária das lesões precursoras e do câncer do colo uterino é a infecção
persistente ou crônica por um ou mais tipos de HPV “de alto risco” (ou oncogênicos)
Assinale a sequência correta.
a. V – F – V – F
b. F – V – V – V
c. F – F – V – V
d. V – V – F – F
SAÚDE DA MULHER
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
ROTEIRO DE AULA
• Planejamento familiar e reprodutivo.
• Atenção à saúde da gestante.
• Atendimento pré-natal.
• Intercorrências na gestação.
• Aspectos legais e direitos na gestação.
• Combatea violência contra a mulher.
• Prevenção do câncer ginecológico.
PLANEJAMENTO FAMILIAR E
REPRODUTIVO
PRINCÍPIOS GERAIS
• Fortalecimento dos direitos sexuais e reproduEvos.
• Ações educaEvas prevenEvas e clínicas que incluam e valorizem a
parEcipação do homem.
• GaranEa de direitos iguais de consEtuição, limitação ou aumento da prole
pela mulher, pelo homem ou pelo casal (Lei 9263 de 12/01/1996).
• GaranEa de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas
disponíveis para a regulação da fecundidade (Lei 9263 de 12/01/1996).
SAÚDE REPRODUTIVA
• Implica que a pessoa possa “ter uma vida sexual segura e saDsfatória,
tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre
quando e quantas vezes deve fazê-lo.
• Devem, portanto, ser ofertados a homens e mulheres adultos, jovens
e adolescentes, informação, acesso e escolha a métodos eficientes,
seguros, permissíveis e aceitáveis.
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
• Designa um conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais
podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o
nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e adolescentes,
com vida sexual, com e sem parcerias estáveis, bem como aqueles e
aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual.
ABORDAGEM
ORIENTAÇÃO EM SAÚDE
MÉTODOS DISPONÍVEIS NO SUS
ÍNDICE DE FALHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE ESCOLHA
CRITÉRIO DE
ESCOLHA
CRITÉRIO DE
ESCOLHA
ACO Combinado
ACO Minipílula
AC Injetável
AC Emergência
ATENÇÃO!!
• Caso haja vômitos na primeira hora, repetir a dose.
• Usar de preferência nas primeiras 72h.
• Limite de uso: 5 dias.
Indicação de PreservaRvo
SEMPRE
• União Estável
• Único Parceiro
• Idosos
• MúlEplos parceiros
• ...
MÉTODOS DEFINITIVOS
ATENÇÃO A SAÚDE DA
GESTANTE
MORTALIDADE MATERNA
MORTALIDADE MATERNA
REDE CEGONHA
Linha de Cuidados que assegura:
• Às mulheres, direito
• ao planejamento reprodutivo
• a atenção humanizada na gravidez, parto, abortamento e puerpério
• Às crianças, direito
• ao nascimento seguro
• crescimento e desenvolvimento saudáveis
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Acolhimento
• Captação Precoce
• Organização dos atendimentos
• Pré-Natal
ATENDIMENTO DA GESTANTE
• Rodas de Gestantes
• Puerpério
• Papel da Equipe de Saúde
• Atendimento da gestante
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
• Dia do Pré-Natal
• Importância de agenda flexível
• Orientações sobre consulta de urgência
• Livre acesso à UBS e SAMU
• Encaminhamentos
• Outros locais da RAS
• Interface com Maternidade
Distribuição semanal de consultas,
de preferência, em dias e horários
variados
ATENDIMENTO PRÉ-NATAL
PRIMEIROS PASSOS
• Confirmação do diagnósDco de gravidez
• Cadastramento no SISPRENATAL
• Registro dos dados no prontuário e no cartão da gestante
• Classificação de risco gestacional
• Vinculação com a maternidade de referência (se possível)
PARTO HUMANIZADO
• Movimento que visa reposicionar a mulher como protagonista no
momento do parto.
• Construção compartilhada do plano de parto.
• Direito a presença de acompanhante.
PARTO HUMANIZADO
• Crítica a procedimentos invasivos e sem, ou com pouca evidência
científica:
• Episiotomia
• Kristeller
• Vitamina K no recém nascido
• Aspiração no recém nascido
FATORES DE RISCO
Permitem acompanhamento na
APS
• Idade < 15 ou > 35 anos
• Situação familiar insegura
• Não aceitação da gravidez
• Múltliplas cesáreas
• Infecção urinária
• Anemia leve a moderada
Exigem acompanhamento
compar:lhado
• Diabetes
• Anemia falciforme
• Antecedente de TVP
• Anemia grave (hemoglobina < 8)
• Polidramnia
• Oligodramnia
• Síndromes hipertensivas
CONSULTAS
• Mínimo
• 6 consultas
• 1 no primeiro trimestre
• 2 no segundo trimestre
• 3 no terceiro trimestre
Recomendado
• Mensais até a 28ª semana
• Quinzenais da 28ª a 36ª semana
• Semanais da 36ª até o parto
• Compartilhadas com a Enfermagem
Avaliar o risco individual para encaminhar à maternidade com 41 semanas
ANAMNESE
EXAME FÍSICO
Toque e exame especular de acordo com a necessidade, orientadas pela
história e queixas da gestante.
ACOMPANHAMENTO
NUTRICIONAL
ACOMPANHAMENTO
DA ALTURA UTERINA
EXAMES NA GESTAÇÃO
EXAMES NA GESTAÇÃO
EXAMES NA GESTAÇÃO
EXAMES NA GESTAÇÃO
EXAMES NA GESTAÇÃO
Pesquisa de estreptococo:
Não realizar, não há evidência científica de benefício na atualidade.
EXAMES NA GESTAÇÃO
EXAMES NA GESTAÇÃO - RESUMO
EXAMES NA GESTAÇÃO - RESUMO
ULTRASSONOGRAFIA
OBSTÉTRICA
ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA
ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA
CONDUTAS GERAIS
• Suplementação de ferro e ácido fólico
• ferro elementar (40 mg/dia);
• ácido fólico (400 µg/dia ou 0,4 mg/dia).
• Utilizar no período pré-gestacional até o final da gestação.
• Realizar Consulta Odontológica
IMUNIZAÇÃO
IMUNIZAÇÃO
INTERCORRÊNCIAS NA
GESTAÇÃO
ANEMIA
HIPERTENSÃO NA GESTAÇÃO
DIAGNÓSTICO DE ECLÂMPSIA E PRÉ ECLÂMPSIA
Proteinúria
• >300 mg/24h
• Relação proteinúria/creaUnúria > 0,3
• Fita reagente com uma ou mais
cruzes de proteína
Suspeita de Eclâmpsia
• Cefaléia persistente
• Visão turva
• Dor abdominal
• Alterações laboratoriais
• Plaquetopenia
• Ácido úrico >6,0mg/dl
• Alteração TGO TGP
TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO
DIABETES GESTACIONAL
DIABETES GESTACIONAL
Nestes casos, solicitar TTGO independente do valor da glicemia em jejum
DIABETES GESTACIONAL
DIABETES GESTACIONAL
SÍFILIS NA GESTAÇÃO
TESTE RÁPIDO POSITIVO
SÍFILIS NA GESTAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO
à Sífilis tardia (latente e terciária):
Penicilina Benza?na - 2,4 milhões UI, intramuscular, uma vez por semana, por 3 semanas.
SÍFILIS NA GESTAÇÃO
• Intervenção Imediata.
• Em gestantes VDRL é considerado positivo em qualquer título.
• Doença de notificação compulsória.
• Tratar parceiro sempre:
• Se VDRL negativo 2.400.00 UI dose única.
• Se VDRL positivo, considerar como sífilis latente 2.400.000 UI 3 doses com
intervalo semanal.
CONTROLE DE CURA
VDRL mensal na gestação
Após gestação:
• A cada 3 meses no 1º ano
• A cada 6 meses até a estabilização dos títulos
• Títulos devem cair progressivamente até permanecerem negativos ou
inferiores a 1:8
• Se títulos permanecerem baixos e estáveis em 2 oportunidades após
um ano, pode ser dada alta
ALERGIA A PENICILINA
Pacientes gestantes com história de alergia
comprovada a penicilina devem sempre ser
encaminhadas a centros de referência
TOXOPLASMOSE
NA GESTAÇÃO
TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
• Gestante com bacteriúria sintomática ou assintomática deve ser tratada.
• Gestante com clínica de ITU deve ser tratada, lembrando que polaciúria e
urgência podem ser fisiológicos na gestação.
• Bacteriúria não tratada pode progredir para pielonefrite e trabalho de
parto prematuro.
• Rastreamento deve ser feito pela urocultura.
• Se possível, guiar o tratamento pelo teste de sensibilidade.
BACTERIÚRIA NA GESTAÇÃO
ASPECTOS LEGAIS E
DIREITOS NA GESTAÇÃO
LICENÇA MATERNIDADE
• Licença maternidade de 120 dias (CLT) ou 180 dias funcionários
públicos ou privados, a depender da empresa.
• Pode ser iniciada a partir de 36ª semana de gestação.
• Empregado não pode ser demitido durante a gestação e até 5 meses
após o parto, exceto em casos de “justa causa”.
MUDANÇA DE FUNÇÃO
• Em caso de riscos ou problemas de saúde ou do bebê.
• Sem prejuízo do salário e demais direitos.
• Requer atestado médico comprovando necessidade da mudança de
Função.
• Fica garanDda a retomada da função anterior após a licença
maternidade
ATESTADOS
• É proibida a exigência de atestados de gravidez, esterilização e outras
práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da
trabalhadora
• Gestante tem direito de receber declaração de comparecimento sempre
que for às consultas de pré-natal ou fizer algum exame. Apresentando à
sua chefia, tem direito a justificativa de falta ao trabalho.
AMAMENTAÇÃO
• Até o bebê completar6 meses, a mulher tem direito de ser
dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de meia hora
ou por um período de uma hora, para amamentar. Deve acordar com
o empregador a melhor forma de utilizar este tempo.
BOLSA FAMÍLIA
• Famílias beneficiárias tem direito ao benefício variável extra na
gravidez e durante a amamentação.
ESTUDANTES
• Lei 6.202/75 garante à estudante o direito a licença maternidade sem
prejuízo do período escolar.
• A parEr do 8º mês a gestante pode cumprir compromisso escolares em
casa.
• Início e fim do afastamento serão determinados por atestado médico,
apresentado à direção da escola.
• Em qualquer caso é assegurado à estudante gestante o direito a prestação
dos exames finais.
COMBATE À VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL
• Lei Maria da Penha (11.340/2006).
• Prevê que agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão
preventiva decretada quando ameaçarem a integridade física da mulher.
• Prevê medidas protetivas para a mulher que corra risco de morte, como
afastamento do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação
física junto à mulher agredida.
VIOLÊNCIA SEXUAL
• Prevê atendimento integral às víDmas em todos os serviços de
urgência e emergência do SUS.
• Define que a atendimento inclua diagnósDco e tratamento de lesões,
realização de exames para IST e gravidez.
• Prevê uso de anDconcepção de emergência, em casos de estupro.
ATENDIMENTO A MULHERES EM SITUAÇÃO
DE VIOLÊNCIA
SINAIS DE SUSPEITA DE VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER
REDE DE ATENÇÃO A MULHERES EM SITUAÇÃO
DE VIOLÊNCIA
REDE DE ATENÇÃO A MULHERES EM SITUAÇÃO
DE VIOLÊNCIA
ABORDAGEM DA SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
ABORDAGEM DA VIOLÊNCIA SEXUAL
OPÇÕES DISPONÍVEIS
FICHA DE NOTIFICAÇÃO
VIOLÊNCIA SEXUAL
IST NA VIOLÊNCIA SEXUAL
HepaDte B: se não vacinada, vacinar e oferecer imunoglobulina hiperimune.
HIV: TARV por 4 semanas com início no máximo em 72h.
EXAMES NA VIOLÊNCIA SEXUAL
• Anti HIV
• VDRL
• Anti HCV
• HBsAg
• Anti HBs
ABORTAMENTO LEGAL
• É permitido quando a gravidez resulta de estupro/violência sexual ou
em caso de risco de vida à mulher.
• Não é exigido qualquer documento. Como Boletim de Ocorrência
Policial, Laudo de IML ou autorização judicial.
PREVENÇÃO DO CÂNCER
GINECOLÓGICO
RASTREAMENTO CÂNCER DE COLO UTERINO
Quem faz Papanicolau:
• Mulheres dos 25 aos 64 anos que tenham iniciado vida sexual em algum momento
da vida.
Periodicidade do Papanicolau:
• Dois exames com intervalo anual.
• Após dois exames anuais normais, realiza se somente um exame a cada três anos.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
SITUAÇÕES ESPECIAIS
RESULTADO AMOSTRA
CONDUTA
CONDUTA
CONDUTA
CONDUTA
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
• Fatores de Risco
• Idade > 50 anos
• Menarca precoce
• Nuliparidade
• Primeira gestação após os 30 anos
• História pregressa
• História familiar
• Uso de álcool
• Tabagismo
• Terapia de reposição hormonal
• Sedentarismo
• Obesidade
ROTINA DE RASTREAMENTO
MAMOGRAFIA - RESULTADO
MAMOGRAFIA - RESULTADO
MAMOGRAFIA RESULTADO
PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
Evitando ações com benefícios incertos para a paciente e a
protege de ações potencialmente danosas
NÃO solicitando mamografia de rastreamento na
população menor de 50 anos e maior de 70 anos ou com
periodicidade menor de dois anos
Fornecendo informações claras quanto aos beneRcios e riscos
da ação e compar?lhando as decisões com a usuária
Das mulheres submetidas ao rastreamento menos têm morte
evitada por câncer de mama, enquanto mais mulheres
saudáveis serão tratadas desnecessariamente e muitas
experimentarão estressepsicológico por conta de falsos
positivos no exame
Realizando rastreamento de
forma individualizada
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de
Atenção Básica 32. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf>
• BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das
Mulheres. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude
_mulheres.pdf>
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf
OBRIGADO
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
17 - SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
Ciclos de Vida e Gênero
TEMA 17
Saúde da Criança e do Adolescente
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Luana é médica da equipe de saúde indígena no DSEI Yanomami e é vinculada ao Pólo
Base (PB) Missão Marauiá, no município de Santa Isabel do Rio Negro (AM) há 1 ano. A
aldeia visitada leva o mesmo nome do PB.
O povo Yanomami que vive na aldeia Missão Marauiá vive em casas de pau a pique com
telhado de palha, com fogueiras de lenha dentro de casa para cozinhar, para o
aquecimento e para afastar os mosquitos. Suas residências são próximas ao rio local,
onde usam a água para beber, cozinhar e se banhar. Tem bom relacionamento com a
equipe de saúde e a aldeia tem 100% da população vacinada contra a COVID19 e contra
a gripe.
Nesta entrada em área indígena, Luana tem percebido o aumento das queixas de tosse
e coriza entre a população assistida.
O Agente Indígena de Saúde (AIS) José encaminhou para o PB a bebê Maria, de 4 meses
de idade, que está em aleitamento materno exclusivo sob livre demanda pela mãe Tainá,
de 17 anos (G3P3A0, sem uso de anticoncepcional porque não deseja), vive com os pais
e 2 irmãos mais velhos. Maria nunca usou nenhum medicamento alopático ou precisou
de internações.
A triagem realizada pelo enfermeiro Rafael, e registrada na caderneta de vacinação de
Maria, indicou: P: 6,00kg; altura: 58cm; PC: 39,5cm (parâmetros adequados para a
idade). Calendário vacinal completo.
José traduz a consulta para a dra. Luana porque esta população não fala português.
José: “Dra. parece que a Maria está com tosse seca há 3 dias, a mãe acha que ela está
cansada, não teve febre.”
Luana: “José, pergunta pra Tainá se a Maria teve alguma mancha no corpo, se teve
diarréia ou vômito”.
José perguntou e respondeu: “Teve não, doutora.”
Luana: “José, pergunte a Tainá se eu posso examinar a Maria?”
Tainá deitou a bebê na maca de atendimento e abriu espaço para que a médica pudesse
examinar a criança.
Ao exame físico: bebê ativa e reativa, sentada com apoio, ao deitar gira o tronco. Está
corada, hidratada, afebril e responde ao olhar e ao sorriso da examinadora, com
gotejamento nasal anterior +/4.
Fontanela plana.
ACV: RCR2T, BNF não ausculto sopros. FC: 110bpm.
AR: MVUA S/RA. FR: 40irpm.
Abdome: peristáltico, depressível, indolor à palpação superficial e profunda, não palpo
massas ou megalias.
Otoscopia: conduto auditivo externo pérvio, membrana timpânica íntegra e brilhosa,
sem evidência de nível hidroaéreo.
Oroscopia: amígdalas sem hiperemia ou exsudato, gotejamento nasal posterior +/4.
Luana explica os cuidados para o AIS José. Ele traduz para Tainá que gesticula mais do
que o habitual, pega a bebêe finaliza o atendimento.
QUESTÃO 1) Qual o diagnóstico sindrômico do primeiro atendimento da bebê Maria
e por quê?
QUESTÃO 2) Quais cuidados devem ter sido orientados pela dra. Luana no primeiro
atendimento da bebê Maria?
Retornando ao caso clínico:
Quatro dias depois, o AIS José procura a dra. Luana solicitando que ela faça uma visita
domiciliar à bebê Maria porque agora a mãe está muito preocupada com o cansaço da
criança.
Na visita domiciliar a dra. Luana se depara com uma casa típica do território, com a
fogueira acesa e fumaça dentro da casa. Os outros dois filhos mais velhos de Tainá, de 2
e 3 anos, estavam brincando dentro de casa, um deles com tosse seca. A bebê Maria
estava com tosse produtiva no colo da mãe.
Ao exame físico: bebê chorosa, irritada, menos interativa do que na primeira consulta,
no colo da mãe, mamando no peito, mas interrompendo a sucção. Está corada,
hidratada, febril, com gotejamento nasal anterior ++/4.
Fontanela plana, TA: 38 graus.
ACV: RCR2T, BNF não ausculto sopros. FC: 145bpm.
AR: respiração oral e batimento de asa de nariz, MVUA com estertores crepitantes em
base do hemitórax direito. FR: 60irpm.
Abdome: peristáltico, depressível, indolor à palpação superficial e profunda, não palpo
massas ou megalias.
Otoscopia: conduto auditivo externo pérvio, membrana timpânica íntegra e brilhosa,
sem evidência de nível hidroaéreo.
Oroscopia: amígdalas sem hiperemia ou exsudato, gotejamento nasal posterior ++++/4.
QUESTÃO 3) Qual o diagnóstico clínico do segundo atendimento da bebê Maria e por
quê?
QUESTÃO 4) Qual a prescrição indicada e cuidados necessários para o diagnóstico
final?
QUESTÃO 5) Cite e discuta os determinantes sociais do processo saúde-doença
presentes neste caso clínico.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento. Brasília : Ministério da
Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de condutas gerais do Programa Nacional de Suplementação de
Vitamina A. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. – 2. ed. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde - Departamento de
Saúde Materno Infantil. Caderneta da Criança - Menina. Brasília, 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manejo do paciente com diarréia (cartaz). 2021.
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf.
Acesso em: 7 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Boletim
Epidemiológico, Brasília, v. 53, n. 46, dez. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-
epidemiologico-vol-53-no46/view. Acesso em: 8 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Teste do pezinho. Biblioteca Virtual em Saúde, 2023.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/. Acesso em: 8 maio 2023.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas
em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS. POLICY BRIEF #5 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE
COMUNIDADES TRADICIONAIS: O PNAE quilombola. 2021. Disponível em:
https://centrodeexcelencia.org.br/policy-brief-5/. Acesso em: 8 maio 2023.
PUCKETT, R.; OFFRINGA, M. Vitamina K profilática para hemorragia por deficiência de
vitamina K nos recém-nascidos. Cochrane Database of Systematic Reviews, v. 4, 2000.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Nutrologia. Anemia
ferropriva em lactentes: revisão com foco em prevenção. 2012. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/documento_def_ferro2004
12.pdf. Acesso em : 5 maio 2023.
SUBPAV/SPS/INSTITUTO DE NUTRIÇÃO ANNES DIAS. O que você precisa saber sobre a
alimentação saudável para a criança menor de 2 anos. 2010. Disponível em:
https://subpav.org/aps/uploads/publico/repositorio/folder_-
_alimentacao_crianca_menor_de_2_anos.pdf. Acesso em: 7 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023b. Disponível em: https://childmortality.org/data/Brazil.
Acesso em: 8 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023a. Disponível em: https://childmortality.org/data/World.
Acesso em: 8 maio 2023.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For
every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and Foresight,
Florence, April 2023a.
UNICEF - United Nations Children’s Fund. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
UNICEF, 2023b. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel. Acesso em: 8 maio 2023.
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
17 - SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
CASO CLÍNICO 1
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
Ciclos de Vida e Gênero
TEMA 17
Saúde da Criança e do Adolescente
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Luana é médica da equipe de saúde indígena no DSEI Yanomami e é vinculada ao Pólo
Base (PB) Missão Marauiá, no município de Santa Isabel do Rio Negro (AM) há 1 ano. A
aldeia visitada leva o mesmo nome do PB.
O povo Yanomami que vive na aldeia Missão Marauiá vive em casas de pau a pique com
telhado de palha, com fogueiras de lenha dentro de casa para cozinhar, para o
aquecimento e para afastar os mosquitos. Suas residências são próximas ao rio local,
onde usam a água para beber, cozinhar e se banhar. Tem bom relacionamento com a
equipe de saúde e a aldeia tem 100% da população vacinada contra a COVID19 e contra
a gripe.
Nesta entrada em área indígena, Luana tem percebido o aumento das queixas de tosse
e coriza entre a população assistida.
O Agente Indígena de Saúde (AIS) José encaminhou para o PB a bebê Maria, de 4 meses
de idade, que está em aleitamento materno exclusivo sob livre demanda pela mãe Tainá,
de 17 anos (G3P3A0, sem uso de anticoncepcional porque não deseja), vive com os pais
e 2 irmãos mais velhos. Maria nunca usou nenhum medicamento alopático ou precisou
de internações.
A triagem realizada pelo enfermeiro Rafael, e registrada na caderneta de vacinação de
Maria, indicou: P: 6,00kg; altura: 58cm; PC: 39,5cm (parâmetros adequados para a
idade). Calendário vacinal completo.
José traduz a consulta para a dra. Luana porque esta população não fala português.
José: “Dra. parece que a Maria está com tosse seca há 3 dias, a mãe acha que ela está
cansada, não teve febre.”
Luana: “José, pergunta pra Tainá se a Maria teve alguma mancha no corpo, se teve
diarréia ou vômito”.
José perguntou e respondeu: “Teve não, doutora.”
Luana: “José, pergunte a Tainá se eu posso examinar a Maria?”
Tainá deitou a bebê na maca de atendimento e abriu espaço para que a médica pudesseexaminar a criança.
Ao exame físico: bebê ativa e reativa, sentada com apoio, ao deitar gira o tronco. Está
corada, hidratada, afebril e responde ao olhar e ao sorriso da examinadora, com
gotejamento nasal anterior +/4.
Fontanela plana.
ACV: RCR2T, BNF não ausculto sopros. FC: 110bpm.
AR: MVUA S/RA. FR: 40irpm.
Abdome: peristáltico, depressível, indolor à palpação superficial e profunda, não palpo
massas ou megalias.
Otoscopia: conduto auditivo externo pérvio, membrana timpânica íntegra e brilhosa,
sem evidência de nível hidroaéreo.
Oroscopia: amígdalas sem hiperemia ou exsudato, gotejamento nasal posterior +/4.
Luana explica os cuidados para o AIS José. Ele traduz para Tainá que gesticula mais do
que o habitual, pega a bebê e finaliza o atendimento.
QUESTÃO 1) Qual o diagnóstico sindrômico do primeiro atendimento da bebê Maria
e por quê?
Resposta:
Síndrome gripal.
Porque apresenta sinais vitais dentro dos parâmetros de normalidade, sem sinais de
esforço respiratório, febre ou foco infeccioso. Além do curto período de
desenvolvimento dos sintomas.
QUESTÃO 2) Quais cuidados devem ter sido orientados pela dra. Luana no primeiro
atendimento da bebê Maria?
Resposta: A lavagem nasal com soro fisiológico em jato ajuda a descongestionar as vias
nasais e reduzir a descarga nasal. Isso pode ser feito com o auxílio de uma seringa ou um
dispositivo específico para a lavagem nasal. A lavagem deve ser realizada com cuidado
para não causar desconforto ao bebê.
O aleitamento materno sob livre demanda é fundamental para manter o bebê em bom
estado de hidratação, fortalecer o sistema imunológico do bebê e fornecer os nutrientes
necessários para a sua recuperação.
Evitar exposição à fumaça da queima da lenha e de cigarro, assim com de outros
poluentes do ambiente que podem agravar os sintomas respiratórios do bebê. É
importante manter o ambiente livre de fumaça.
Evitar contato com pessoas com sintomas semelhantes: A síndrome gripal é altamente
contagiosa, por isso é importante evitar o contato do bebê com pessoas que apresentem
sintomas semelhantes, como tosse, espirros ou febre. Isso reduz o risco de transmissão
de vírus ou outras infecções respiratórias.
Prescrição de analgesia e antitérmico com paracetamol se houver sinais de dor ou febre,
com posologia de 1 gota por quilo de peso, de 6 em 6 horas.
Retornando ao caso clínico:
Quatro dias depois, o AIS José procura a dra. Luana solicitando que ela faça uma visita
domiciliar à bebê Maria porque agora a mãe está muito preocupada com o cansaço da
criança.
Na visita domiciliar a dra. Luana se depara com uma casa típica do território, com a
fogueira acesa e fumaça dentro da casa. Os outros dois filhos mais velhos de Tainá, de 2
e 3 anos, estavam brincando dentro de casa, um deles com tosse seca. A bebê Maria
estava com tosse produtiva no colo da mãe.
Ao exame físico: bebê chorosa, irritada, menos interativa do que na primeira consulta,
no colo da mãe, mamando no peito, mas interrompendo a sucção. Está corada,
hidratada, febril, com gotejamento nasal anterior ++/4.
Fontanela plana, TA: 38 graus.
ACV: RCR2T, BNF não ausculto sopros. FC: 145bpm.
AR: respiração oral e batimento de asa de nariz, MVUA com estertores crepitantes em
base do hemitórax direito. FR: 60irpm.
Abdome: peristáltico, depressível, indolor à palpação superficial e profunda, não palpo
massas ou megalias.
Otoscopia: conduto auditivo externo pérvio, membrana timpânica íntegra e brilhosa,
sem evidência de nível hidroaéreo.
Oroscopia: amígdalas sem hiperemia ou exsudato, gotejamento nasal posterior ++++/4.
QUESTÃO 3) Qual o diagnóstico clínico do segundo atendimento da bebê Maria e por
quê?
Resposta: Pneumonia bacteriana não especificada.
Porque a criança apresenta taquipneia (FR: 60irpm) e sinal de esforço respiratório por
batimento de asa de nariz e estertor crepitante à ausculta pulmonar.
QUESTÃO 4) Qual a prescrição indicada e cuidados necessários para o diagnóstico final?
Resposta:
A prescrição indicada deve conter:
Amoxicilina 250mg/5ml: Dar pela boca 2ml de 8/8 horas por 7 dias.
Paracetamol 200mg/ml: Dar pela boca 6 gotas de 6/6 horas em caso de dor ou
febre.
Soro Fisiológico 0,9%: Lavar as narinas com jato de seringa de 5ml.
Os cuidados necessários são: manutenção do aleitamento materno sob livre demanda,
evitar a exposição à fumaça e evitar contato com pessoas que não vivem junto ou que
estejam com sintomas gripais ou semelhantes.
QUESTÃO 5) Cite e discuta os determinantes sociais do processo saúde-doença
presentes neste caso clínico.
Resposta: Exposição constante à fumaça: a casa tem estrutura que mantém a fumaça
dentro dos cômodos, e a família não tem possibilidade de mudança desta estrutura por
condições culturais. Importância de conversar com a família sobre manter um fluxo de
ar permanente na residência.
Exposição a outros familiares com síndrome gripal: os irmãos moram juntos na estrutura
familiar desta população. Importância de alertar a família sobre riscos de contaminação
entre as crianças e necessidade de lavagem nasal de todas as crianças (e outros
familiares com coriza) para diminuição da contaminação.
Gravidez na adolescência da mãe, sem possibilidade de uso de anticoncepcional no
momento. A equipe de saúde pode esclarecer dúvidas sobre medidas anticoncepcionais.
Dificuldade de comunicação entre a população e a médica assistente, com dependência
da interpretação da tradução do AIS: necessidade de demonstrar na consulta o
procedimento de lavagem nasal com seringa para que a mãe aprenda e repita em casa.
Importância de manter bom relacionamento com o AIS de modo a incentivá-lo a traduzir
com dedicação ao cuidado.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento. Brasília : Ministério da
Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de condutas gerais do Programa Nacional de Suplementação de
Vitamina A. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. – 2. ed. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde - Departamento de
Saúde Materno Infantil. Caderneta da Criança - Menina. Brasília, 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manejo do paciente com diarréia (cartaz). 2021.
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf.
Acesso em: 7 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Boletim
Epidemiológico, Brasília, v. 53, n. 46, dez. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-
epidemiologico-vol-53-no46/view. Acesso em: 8 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Teste do pezinho. Biblioteca Virtual em Saúde, 2023.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/. Acesso em: 8 maio 2023.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas
em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS. POLICY BRIEF #5 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE
COMUNIDADES TRADICIONAIS: O PNAE quilombola. 2021. Disponível em:
https://centrodeexcelencia.org.br/policy-brief-5/. Acesso em: 8 maio 2023.
PUCKETT, R.; OFFRINGA, M. Vitamina K profilática para hemorragia por deficiência de
vitamina K nos recém-nascidos. Cochrane Database of Systematic Reviews, v. 4, 2000.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Nutrologia. Anemia
ferropriva em lactentes: revisão com foco em prevenção. 2012. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/documento_def_ferro200412.pdf. Acesso em : 5 maio 2023.
SUBPAV/SPS/INSTITUTO DE NUTRIÇÃO ANNES DIAS. O que você precisa saber sobre a
alimentação saudável para a criança menor de 2 anos. 2010. Disponível em:
https://subpav.org/aps/uploads/publico/repositorio/folder_-
_alimentacao_crianca_menor_de_2_anos.pdf. Acesso em: 7 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023b. Disponível em: https://childmortality.org/data/Brazil.
Acesso em: 8 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023a. Disponível em: https://childmortality.org/data/World.
Acesso em: 8 maio 2023.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For
every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and Foresight,
Florence, April 2023a.
UNICEF - United Nations Children’s Fund. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
UNICEF, 2023b. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel. Acesso em: 8 maio 2023.
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
17 - SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
CASO CLÍNICO 2 - RESPOSTA
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
Ciclos de Vida e Gênero
TEMA 17
Saúde da Criança e do Adolescente
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
CASO CLÍNICO 2: SAÚDE DO ADOLESCENTE
A médica Luana está em sua primeira entrada em área indígena e está curiosa com todas
as novidades culturais do Polo Base (PB) Missão Marauiá. Um dos casos atendidos na
manhã de hoje chamou a atenção da doutora.
Tainá, 16 anos, é uma adolescente da etnia Yanomami, que vive em estrutura familiar
com esposo (38 anos) e 2 filhos de 2 e 1 ano de idade.
Dentro da estrutura social que vive, atua na coleta de alimentos e seu marido pesca, as
crianças a acompanham em suas atividades e também brincam livremente na aldeia.
Tainá buscou atendimento médico no Polo Base (PB) Missão Marauiá com a queixa de
“fogo no peito”, traduzida assim pelo AIS José.
A dra. Luana não entendeu imediatamente: “José, peça para ela apontar onde está o
fogo?”
Tainá apontou para o abdome na região epigástrica e fez uma fácies de dor.
Sabendo que a dieta da população desta aldeia é rica em mandioca e que ela mesma
andava sofrendo com azia, perguntou à José se ela tinha vomitado.
José: “Dra. ela disse que vomita todos os dias, principalmente de manhã. Mas isso é
porque está grávida.”
Luana ficou espantada pelo fato de uma informação tão importante não ter sido o
motivo principal da consulta.
José explicou que as mulheres indígenas têm maneiras próprias de “descobrir que estão
grávidas” e após Tainá falar e gesticular com José, ele completou: “Ela está dizendo que
tem certeza que está grávida porque está sem menstruar há 2 meses e está com os
peitos grandes”.
Luana se atentou que precisava aprender muito sobre a percepção da gestação para
aquela adolescente que ela tinha acabado de conhecer.
QUESTÃO 1) Discuta os direitos do adolescente durante a consulta médica, levando em
consideração o caso de Tainá.
Resposta: Durante a consulta médica os direitos do adolescente devem ser respeitados,
incluindo o direito à privacidade, confidencialidade, informação adequada e
participação ativa. Os médicos devem garantir um ambiente seguro e acolhedor,
fornecer orientações claras e compreensíveis, e envolver o adolescente na tomada de
decisões relacionadas ao seu cuidado de saúde.
No caso específico do pré-natal, é fundamental que o adolescente tenha acesso a esse
cuidado o mais cedo possível, a fim de garantir uma gestação saudável tanto para a mãe
quanto para o bebê.
QUESTÃO 2) Discuta os aspectos fundamentais da abordagem do adolescente na
consulta médica.
Resposta: A incidência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e gravidezes
indesejadas é influenciada por diversos fatores, como baixa escolaridade, baixa renda e
questões socioeconômicas, políticas e culturais. Muitas meninas iniciam sua vida sexual
precocemente devido à influência descontrolada dos meios de comunicação e à falta de
diálogo familiar e educação sexual adequada, incluindo informações sobre métodos
contraceptivos. Isso leva adolescentes de diferentes contextos a enfrentarem dúvidas,
inquietações, inseguranças e falta de conhecimento nessa fase da vida.
Apesar das orientações sobre métodos contraceptivos, algumas meninas acabam
engravidando. A gravidez na adolescência pode ser uma forma de expressar autonomia,
manter relacionamentos, afastar-se de situações familiares consideradas inadequadas
ou evitar violência. Desse modo, é fundamental ter um olhar centrado na pessoa para
desenvolver um plano terapêutico eficaz e de boa adesão.
É possível promover ações preventivas e sistemáticas de saúde, direcionadas a meninas
e meninos, ao compreender os determinantes sociais envolvidos. A educação em saúde
desempenha um papel crucial nesse sentido, por meio de diálogos claros e objetivos,
fornecendo informações realistas e seguras para uma vida saudável. É importante
também ser uma fonte confiável de conhecimento, levando em consideração os desafios
enfrentados pelos adolescentes atualmente, como o acesso à internet, onde podem
encontrar informações desatualizadas ou inadequadas com especial cuidado às notícias
falsas.
QUESTÃO 3) Discuta a importância da relação entre médico e paciente adolescente e os
determinantes sociais que influenciam esse cuidado.
Compreender a realidade vivida em um determinado território é essencial para oferecer
um cuidado de saúde efetivo e adequado. Nesse sentido, é fundamental desenvolver
habilidades de comunicação para estabelecer um diálogo aberto e empático com a
população local.
Ao interagir com as pessoas, é possível obter informações valiosas sobre as suas
necessidades, expectativas e experiências. Essa troca de informações permite um
diagnóstico mais preciso das demandas de saúde e a identificação de questões
específicas que afetam a população.
Além disso, ao propor planos terapêuticos, é importante fazê-lo de forma humilde e
respeitosa, reconhecendo que cada indivíduo e comunidade possuem suas próprias
realidades, valores e contextos culturais. Não se trata apenas de impor soluções pré-
determinadas, mas de adaptar as abordagens terapêuticas às necessidades e
circunstâncias dos indivíduos envolvidos.
Isso implica em considerar fatores como a disponibilidade de recursos locais, as barreiras
socioeconômicas e culturais que podem impactar o acesso aos serviços de saúde, bem
como a capacidade da população em aderir e seguir os planos terapêuticos propostos.
Portanto, desenvolver habilidades de comunicação eficazes e sensíveis é essencial para
compreender a realidade vivida no território adscrito, diagnosticar adequadamente as
demandas de saúde e propor planos terapêuticos que sejam relevantes e viáveis para a
população atendida. Essa abordagem colaborativa e centrada no paciente é
fundamental para promover um cuidado de saúde efetivo e com resultados positivos.
Referências BibliográficasRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento. Brasília : Ministério da
Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Manual de condutas gerais do Programa Nacional de Suplementação
de Vitamina A. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar.
– 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde - Departamento
de Saúde Materno Infantil. Caderneta da Criança - Menina. Brasília, 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manejo do paciente com diarréia (cartaz). 2021.
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf.
Acesso em: 7 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Boletim
Epidemiológico, Brasília, v. 53, n. 46, dez. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-
epidemiologico-vol-53-no46/view. Acesso em: 8 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Teste do pezinho. Biblioteca Virtual em Saúde, 2023.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/. Acesso em: 8 maio
2023.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas
em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS. POLICY BRIEF #5 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE
COMUNIDADES TRADICIONAIS: O PNAE quilombola. 2021. Disponível em:
https://centrodeexcelencia.org.br/policy-brief-5/. Acesso em: 8 maio 2023.
PUCKETT, R.; OFFRINGA, M. Vitamina K profilática para hemorragia por deficiência de
vitamina K nos recém-nascidos. Cochrane Database of Systematic Reviews, v. 4, 2000.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Nutrologia. Anemia
ferropriva em lactentes: revisão com foco em prevenção. 2012. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/documento_def_ferro2004
12.pdf. Acesso em : 5 maio 2023.
SUBPAV/SPS/INSTITUTO DE NUTRIÇÃO ANNES DIAS. O que você precisa saber sobre a
alimentação saudável para a criança menor de 2 anos. 2010. Disponível em:
https://subpav.org/aps/uploads/publico/repositorio/folder_-
alimentacao_crianca_menor_de_2_anos.pdf. Acesso em: 7 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023b. Disponível em: https://childmortality.org/data/Brazil.
Acesso em: 8 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023a. Disponível em: https://childmortality.org/data/World.
Acesso em: 8 maio 2023.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For
every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and Foresight,
Florence, April 2023a.
UNICEF - United Nations Children’s Fund. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
UNICEF, 2023b. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel. Acesso em: 8 maio 2023.
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
17 - SAÚDE DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
CASO CLÍNICO 2
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
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28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
Ciclos de Vida e Gênero
TEMA 17
Saúde da Criança e do Adolescente
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
A médica Luana está em sua primeira entrada em área indígena e está curiosa com todas
as novidades culturais do Polo Base (PB) Missão Marauiá. Um dos casos atendidos na
manhã de hoje chamou a atenção da doutora.
Tainá, 16 anos, é uma adolescente da etnia Yanomami, que vive em estrutura familiar
com esposo (38 anos) e 2 filhos de 2 e 1 ano de idade.
Dentro da estrutura social que vive, atua na coleta de alimentos e seu marido pesca, as
crianças a acompanham em suas atividades e também brincam livremente na aldeia.
Tainá buscou atendimento médico no Polo Base (PB) Missão Marauiá com a queixa de
“fogo no peito”, traduzida assim pelo AIS José.
A dra. Luana não entendeu imediatamente: “José, peça para ela apontar onde está o
fogo?”
Tainá apontou para o abdome na região epigástrica e fez uma fácies de dor.
Sabendo que a dieta da população desta aldeia é rica em mandioca e que ela mesma
andava sofrendo com azia, perguntou à José se ela tinha vomitado.
José: “Dra. ela disse que vomita todos os dias, principalmente de manhã. Mas isso é
porque está grávida.”
Luana ficou espantada pelo fato de uma informação tão importante não ter sido o
motivo principal da consulta.
José explicou que as mulheres indígenas têm maneiras próprias de “descobrir que estão
grávidas” e após Tainá falar e gesticular com José, ele completou: “Ela está dizendo que
tem certeza que está grávida porque está sem menstruar há 2 meses e está com os
peitos grandes”.
Luana deu início ao pré-natal mas se atentou que precisava aprender muito sobre a
percepção da gestação para aquela adolescente que ela tinha acabado de conhecer.
COMENTÁRIOS
A incidência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e gravidezes indesejadas é
influenciada por diversos fatores, como baixa escolaridade, baixa renda e questões
socioeconômicas, políticas e culturais. Muitas meninas iniciam sua vida sexual
precocemente devido à influência descontrolada dos meios de comunicação e à falta de
diálogo familiar e educação sexual adequada, incluindo informações sobre métodos
contraceptivos. Isso leva a adolescentes de diferentes contextos a enfrentarem dúvidas,
inquietações, inseguranças e falta de conhecimento nessa fase da vida.
Apesar das orientações sobre métodos contraceptivos, algumas meninas acabam
engravidando. A gravidez na adolescência pode ser uma forma de expressar autonomia,
manter relacionamentos, afastar-se de situações familiares consideradas inadequadas
ou evitar violência.
É possível promover ações preventivas e sistemáticas de saúde, direcionadas a meninas
e meninos, ao compreender os determinantes sociais envolvidos. A educação em saúde
desempenha um papel crucial nesse sentido, por meio de diálogos claros e objetivos,
fornecendo informações realistas e seguras para uma vida saudável. É importante
também ser uma fonte confiável de conhecimento, levando em consideração os
desafios enfrentados pelos adolescentes atualmente, como o acesso à internet, onde
podem encontrar informações desatualizadas ou inadequadas.
QUAL A RESOLUÇÃO SUGERIDA PARA ESSA SITUAÇÃO COMPLEXA?
Referências Bibliográficas
RASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento. Brasília : Ministério da
Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Manual de condutas gerais do Programa Nacional de Suplementação
de VitaminaA. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar.
– 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde - Departamento
de Saúde Materno Infantil. Caderneta da Criança - Menina. Brasília, 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manejo do paciente com diarréia (cartaz). 2021.
Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf.
Acesso em: 7 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Boletim
Epidemiológico, Brasília, v. 53, n. 46, dez. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-
epidemiologico-vol-53-no46/view. Acesso em: 8 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Teste do pezinho. Biblioteca Virtual em Saúde, 2023.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/. Acesso em: 8 maio
2023.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas
em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS. POLICY BRIEF #5 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE
COMUNIDADES TRADICIONAIS: O PNAE quilombola. 2021. Disponível em:
https://centrodeexcelencia.org.br/policy-brief-5/. Acesso em: 8 maio 2023.
PUCKETT, R.; OFFRINGA, M. Vitamina K profilática para hemorragia por deficiência de
vitamina K nos recém-nascidos. Cochrane Database of Systematic Reviews, v. 4, 2000.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Nutrologia. Anemia
ferropriva em lactentes: revisão com foco em prevenção. 2012. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/documento_def_ferro2004
12.pdf. Acesso em : 5 maio 2023.
SUBPAV/SPS/INSTITUTO DE NUTRIÇÃO ANNES DIAS. O que você precisa saber sobre a
alimentação saudável para a criança menor de 2 anos. 2010. Disponível em:
https://subpav.org/aps/uploads/publico/repositorio/folder_-
alimentacao_crianca_menor_de_2_anos.pdf. Acesso em: 7 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023b. Disponível em: https://childmortality.org/data/Brazil.
Acesso em: 8 maio 2023.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child
Mortality Estimation, 2023a. Disponível em: https://childmortality.org/data/World.
Acesso em: 8 maio 2023.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For
every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and Foresight,
Florence, April 2023a.
UNICEF - United Nations Children’s Fund. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
UNICEF, 2023b. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel. Acesso em: 8 maio 2023.
Saúde da Criança e do
Adolescente
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Mundo
“Crianças em todos os lugares precisam de sistemas de saúde primários fortes que
atendam às suas necessidades e às de suas famílias, para que –onde quer que
nasçam – tenham o melhor começo de vida e esperança para o futuro”.
Anshu Banerjee, diretor de Saúde Materna, do Recém-Nascido, da Criança e do Adolescente
e do Envelhecimento na Organização Mundial da Saúde. UNICEF (2023).
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo• A maioria das mortes de crianças ocorre nos primeiros cinco anos, e dessas,
metade ocorre no primeiro mês de vida.
• O parto prematuro e as complicações durante o trabalho de parto são as
principais causas de morte.
• Mais de 40% dos natimortos são durante o trabalho de parto – a maioria dos
quais é evitável quando as mulheres têm acesso a cuidados de qualidade durante
a gravidez e o parto.
• Para as crianças que sobrevivem após os primeiros 28 dias, doenças infecciosas
como pneumonia, diarreia e malária representam a maior ameaça.
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Mundo
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
“Embora a covid-19 não tenha aumentado diretamente a mortalidade infantil – com as
crianças enfrentando uma probabilidade menor de morrer da doença do que os
adultos –, a pandemia pode ter aumentado os riscos futuros para sua sobrevivência”.
Alguns impactos da pandemia da COVID19 na rotina de saúde das crianças:
• Interrupções nas campanhas de vacinação;
• Acesso aos serviços de nutrição;
• Acesso aos cuidados primários de saúde;
• Alimentou o maior retrocesso contínuo nas vacinações em três décadas, colocando
os recém-nascidos e as crianças mais vulneráveis em maior risco de morrer de
doenças evitáveis.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Mundo
https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/pandemia-de-covid-19-alimenta-o-maior-retrocesso-continuo-nas-vacinacoes-em-tres-decadas
Conceitua-se Taxa de Mortalidade Infantil como o número de óbitos de
menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população
residente em determinado espaço geográfico e no ano considerado, a
partir da seguinte fórmula:
Número de óbitos de residentes menores
de um ano de idade X 1.000
Número de nascidos vivos de mães residentes
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Mundo
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(UN IGME, 2023a)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Mundo
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(UN IGME, 2023a) (UN IGME, 2023b)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Mundo
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(UN IGME, 2023b)
Epidemiologia –população indígena no Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
BRASIL, 20219
Epidemiologia – mortalidade infan1l na
população indígena
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
BRASIL, 2019
Epidemiologia – mortalidade infantil na
população indígena
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
BRASIL, 2019
Epidemiologia – mortalidade infan1l na
população indígena
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
BRASIL, 2019
Epidemiologia – mortalidade infantil na
população indígena
(UNICEF, 2023b)
Obje1vos de Desenvolvimento Sustentável
Ainda é possível mudar 2030
“Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de
5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo
menos 12 por 1.000 nascidos vivos...”.
As iniciaOvas de operacionalização dos direitos da criança concebem
um entendimento internacional por meio dos ObjeOvos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os ODS são uma agenda de compromissos, negociada pelos países a
parOr de 2013, e foi formalizada pela Organização das Nações Unidas
(ONU) em 2015.
ObjeOvo 3.2 dos ODS:
Esse é um dos objeOvos que deverão orientar as políOcas nacionais e as
aOvidades de cooperação internacional até o ano de 2033 .
(BRASIL, 2022)
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Ainda é possível mudar 2030
O óbito infan\l corresponde àquela morte que ocorre em crianças nascidas vivas até um
ano de idade incompleto (364 dias de vida).
.
O óbito nessa faixa etária é dividido nos seguintes subgrupos:
• neonatal precoce (de 0 a 6 dias);
• neonatal tardio (de 7 a 27 dias);
• pós-neonatal (de 28 até 364 dias).
Cada um desses componentes tem ações específicas visando a sua redução.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
De acordo com o Boletim Epidemiológico Vol.53, No. 46 do Ministério da Saúde:
• Vigilância do óbito infantil:
• aprimorar a notificação da causa básica de óbito, e
• determinar os critérios de evitabilidade.
• Essa estratégia também contribui para:
• aperfeiçoamento dos registros de mortalidade, e
• possibilita a adoção de medidas de prevenção e promoção de saúde.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia –mortalidade infantil - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
continuação
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2022)
As principais causas de óbitos infantis foram as afecções originadas no período
perinatal, com 22.029 no ano de 2015 e 18.468 no ano de 2021.
Nesse grupo, destacam-se os transtornos respiratório e cardiovascular específico,
posteriormente restante de afecções originadas no período perinatal e as afecções
perinatais relacionadas ao feto e ao recém-nascido afetados por fatores maternos.
Observou-se uma diminuição no número de óbitos por doenças infecciosas e
parasitárias (de 1.564 em 2015 para 1.432 em 2021), com ênfase para doenças
infecciosas intestinais (de 454 para 307) e para diarreia e gastroenterite de origem
infecciosa presumível (de 394 para 231).
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
Destaca-se Outras Doenças Bacterianas, com 939 e 655, e a Septicemia, com 613 e
454.
Os óbitos infantis por doenças do aparelho respiratório também apresentaram
uma diminuição no período, passando de 1.678, em 2015, para 1.012, em 2021,
especialmente aqueles por pneumonia (de 1.072 para 530).
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Os índices mostram uma redução na ocorrência de óbitos infantis no período de
2015 a 2020, em todas as Regiões brasileiras.
Em 2020, a pandemia da COVID19 causou a sobrecarga das equipes de saúde, o
que pode ter dificultado o processo de notificação e investigação dos óbitos por
parte das equipes de vigilância.
Em 2016, verificou-se aumento no número de óbitos infantis, mesmo tratando-se
de dados preliminares do sistema. Isso significa que esses números podem ser ainda
maiores, considerando as dificuldades enfrentadas durante a pandemia.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
As mortes infantis, em sua maioria, são consideradas evitáveis, porém
é preciso considerar os desafios a serem enfrentados, como as
diferenças regionais e o acesso oportuno aos serviços de saúde, visto
que há um arranjo de fatores biológicos, sociais, culturais e de falhas
no sistema de saúde, que auxiliam para os elevados números deste tipo
de óbito.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Entre as ações sugeridas para a redução do óbito infan\l, está a
• polí\cas de saúde que assegurem cuidados à gestação, ao parto e ao nascimento,
assim como a
• melhoria no acesso,
• prá\cas e medidas direcionadas à qualificação na rede assistencial à gestante a ao
recém-nascido durante o período pré-natal e pós natal.
Os comitês de prevenção do óbito infan\l são, para além da estratégia de vigilância
de óbito, são instrumentos de controle social da qualidade de atenção à saúde
prestada à mulher e à criança.
As informações originárias da inves\gação do óbito infan\l des\nam-se a iden\ficar
as causas dos óbitos e seus determinantes sociais. (BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2019)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
A redução da mortalidade infantil é ainda um grande desafio. Para isso, é necessária
uma aliança entre todas as esferas de governo, de toda a sociedade e de cada
cidadão.
Ações estratégicas para enfrentamento e prevenção do óbito infantil visam o
aperfeiçoamento dos serviços de saúde para evitar que o óbito infantil aconteça.
(BRASIL, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infantil - Brasil
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
PUERICULTURA
Legenda: Indígenas Kayapó no município de Tucumã, no Pará
Foto: © Agência Brasil
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo• Baixo peso ao nascer (<2500g);
• Prematuros (<27sem);
• Asfixia grave (Apgar <7 no 5min);
• Malformação congênita;
• Crianças internadas ou com intercorrências na maternidade;
• História de morte em crianças na família < de cinco anos.
Situações de Risco e Vulnerabilidade
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo• É um complexo de ações promotoras de saúde, exercidas
contínua o globalmente com foco na criança (contemplando
sua família e comunidade), da gestação ao fim da
adolescência.
Puericultura
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo• Aleitamento materno ausente ou não exclusivo
até o 6º mês de vida;
• Mais do que três filhos morando juntos;
• Ausência de pré-natal;
• Atraso ou não realização de vacinas;
• Atraso no desenvolvimento;
Situações de Risco e Vulnerabilidade
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo• RN de mãe adolescente (< 18anos);
• Residente em área de risco;
• RN de mãe com baixa instrução (< 8 anos de estudo);
• Problemas familiares e socioeconômicos que interfiram na saúde
da criança;
• História de Violência InfanGl.
Situações de Risco e Vulnerabilidade
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
A Primeira Consulta
Considerando a alta taxa de mortalidade nos primeiros dias de
vida, a primeira consulta é providencial para a garantia do cuidado
das crianças.
• Espera-se garantir uma visita domiciliar ainda nesse período de vida;
• O ACS tem um papel importante na captação precoce do RN, nas
orientações sobre os cuidados ao binômio mãe/RN no contexto da
família.
• Pode ser feita pelo médico ou enfermeira, junto com o ACS;
• Consultas para ambos (mãe e RN).
A Primeira Consulta
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
DEVE ACONTECER ATÉ O QUINTO DIA DE
VIDA DO RECÉM NASCIDO!
(BRASIL, 2019)
A Primeira Consulta
• Iden\ficar fatores de risco e vulnerabilidade do
RN;
• Promover e apoiar o Aleitamento Materno
Exclusivo;
• Observar o vínculo mãe-bebê;
• Avaliar a saúde do RN e da mãe;
• Avaliar a Rede de apoio social;
• Orientar sobre o calendário de imunizações;
(BRASIL, 2019)
A Primeira Consulta
• Pactuar o calendário de consultas;
• Fortalecer o vínculo com a equipe;
• Discu\r e incen\var a par\cipação paterna.
• Orientar os cuidados gerais com o RN;
• Teste do pezinho e triagens neonatais:
audi\va, reflexo vermelho, “teste do coraçaozinho”
(geralmente realizados antes da alta hospitalar);
(BRASIL, 2019)
A Primeira Consulta
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Testes de triagem/ rastreamento neonatais
Teste do Pezinho
• Fenilcetonuria;
• Anemia Falciforme;
• G6PD;
• Hipo\reoidismo congênito;
• Fibrose Cís\ca;
(BRASIL, 2023)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Testes de triagem neonatais
(BRASIL, 2019)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Consulta puerperal - até 42 dias após o parto
• Aproveitar a consulta de acompanhamento da criança para
realizar a consulta da mãe;
• Questionar sobre dificuldades advindas da nova situação;
• Observar sinais de depressão pós parto;
• Orientar sobre o aleitamento, observando a pega e
dificuldades;
• Suplementação com Fe elementar (40 mg/dia) até o 3º mês
pós-parto; (BRASIL, 2019)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Consulta puerperal - até 42 dias após o parto
• Examinar as mamas e manejar as principais
complicações (mastite, fissuras…)
• Observar a retração uterina e avaliar os lóquios;
• Examinar períneo e genitais externos;
• Verificar PA, edema de MMII;
• Orientar anticoncepção.
(BRASIL, 2019)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Sobre orientar a amamentação…
(BRASIL, 2015)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(BRASIL, 2015)
Sobre orientar a amamentação…
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Acompanhamento da criança
PODEM EXISTIR PROTOCOLOS MUNICIPAIS DIFERENTES!
Diferentes protocolos – a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda 31
consultas da primeira semana de vida até os 21 anos de idade.
Deve-se avaliar cada criança e suas necessidades individualmente.(Duncan, 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Acompanhamento da criança – proposta do MS
(BRASIL, 2019)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Caderneta de Saúde da Criança
• Dados da criança e da mãe;
• Promoção à saúde da criança e cuidados gerais;
• Prevenção de acidentes;
• Condições do nascimento da criança: Gráficos de antropométricos;
• Tabelas de crescimento e desenvolvimento;
• Calendário vacinal.
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Consultas de Puericultura
Avaliar em todas as consultas:
• preocupações dos pais, esOlo de vida da família e determinantes
sociais de saúde;
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• marcos do desenvolvimento;
• verificar imunização
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Consultas de Puericultura – 1 mês
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização
• observar tônus muscular;
• avaliar tensão das fontanelas;
• testar reflexos: Moro, sucção, fuga a asfixia;
• observar se a criança emite sons e procura sons em seu ambiente;
• fazer manobra de Ortolani e Barlow.
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Consultas de Puericultura – 2 meses
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• observar se a criança emite sons e sorriso social;
• avaliar se a criança abre e fecha as mãos espontaneamente;
• observar se a criança movimenta os membros espontaneamente;
• observar se a criança segura objetos, pelo menos por alguns
segundos - até o 4 mês de vida;
• observar se a criança emite sons “como se Ovesse conversando” –
até o 4 mês de vida.
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Consultas de Puericultura – 4 meses
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• observar se a criança movimenta os membros espontaneamente;
• observar se a criança segura objetos, pelo menos por alguns
segundos;
• observar se a criança emite sons “como se Ovesse conversando”;
• Colocar a criança de bruços, com um objeto a sua frente e observar
se ela se apoia nos antebraços e tenta pega-lo – até o 6 mês de
vida
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Consultas de Puericultura – 6 meses
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• observar se a criança muda de posição espontaneamente (rola);
• observar se a criança tenta alcançar um objeto colocado a sua
frente;
• avaliar se a criança leva objetos a boca;
• observar se a criança vira em direção aos sons em seu ambiente;
• observar se a criança brinca de esconde-achou – até o 9 mês;
• observar se a criança transfere objetos de uma mão para outra
• avaliar se a criança senta sem o apoio das mãos – até o 9 mês;
• observar se a criança fala “mama”, “papa”, “dada” - até o 9 mês.
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Consultas de Puericultura – 6 meses
• Fazer teste para estrabismo.
• Iniciar suplementação de sulfato ferroso se aleitamento materno
exclusivo – até 24 meses de vida.
• Orientar higiene bucal e uso de denOfrício com fluor a parOr da
primeira erupção dental.
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Consultas de Puericultura – 9 meses
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• observar se a criança faz pinça;
• observar se imita gestos;
• avaliar se produz uma conversação incompreensível consigo
mesma – até o 12 mês;
• avaliar se a criança anda com o apoio – até o 12 mês.
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Consultas de Puericultura – 12 meses
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• observar se a criança faz pinça;
• observar se imita gestos;
• avaliar se produz uma conversação incompreensível consigo
mesma – até o 12 mês;
• avaliar se a criança anda com o apoio – até o 12 mês.
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Consultas de Puericultura – 18 meses
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• monitorar aquisição da fala e avaliar audição;
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Consultas de Puericultura – 2 anos
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• monitorar aquisição da fala e avaliar audição;
• monitorar marcos de desenvolvimento;
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Consultas de Puericultura – 3 anos
• peso, estatura, IMC, perímetro cefálico;
• verificar imunização;
• monitorar aquisição da fala e avaliar audição;
• testar acuidade visual.
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
(BRASIL, 2019)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Atraso no Desenvolvimento (DNPM)
• Todos os fatores de Risco e Vulnerabilidade abordados
anteriormente podem levar a atraso no Desenvolvimento (nos
primeiros 12m);
• A esGmulação nos primeiros anos de vida, para crianças com
atraso, melhora seu desempenho, devendo, portanto, seu início ser
incenOvado o mais precocemente possível [B].
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo• Hospitalização no período neonatal.
• Doenças graves: meningite, traumaOsmo craniano e
convulsões.
• Parentesco entre os pais.
• Casos de doença mental na família.
• Fatores de risco ambientais: violência domésOca, depressão
materna, dependência química, suspeita de abuso sexual...
Atraso no Desenvolvimento (DNPM)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
• Presença de alterações feno/picas.
• Fenda palpebral oblíqua.
• Olhos afastados.
• Implantação baixa de orelhas.
• Lábio leporino.
• Fenda palaAna.
• Pescoço curto e/ou largo.
• Prega palmar única.
• 5º dedo da mão curto e recurvado.
Perímetro
cefálico
< -2 escores z
ou
> +2 escores z.
• Hospitalização no período neonatal.
• Doenças graves: meningite,
traumaAsmo craniano e
convulsões.
• Parentesco entre os pais.
• Casos de doença mental na família.
• Fatores de risco ambientais: violência
domésAca, depressão materna, dependência
química, suspeita de abuso sexual...
Atraso no Desenvolvimento (DNPM)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
ConLnua...
Fonte: DUNCAN, SCHMIDT, GIUGLIANI (2004)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
ConLnuação
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Continuação.
Fonte:
Duncan et al. (2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo• Não há documentação cienqfica que comprove que a realização
roOneira de exames laboratoriais em crianças assintomáOcas
tenha qualquer impacto em sua saúde;
• Hemograma se sintomáOco;
• Perfil Lipídico: o rastreio é controverso, nível de evidência D.
Rastreamento em crianças assintomá1cas
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Rastreamento em
crianças
assintomáticas
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Rastreamento em
crianças
assintomá/cas
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo• Suplementação de Ferro:
• For\ficação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido
fólico;
• Recomendação diária de 1 a 2 mg de ferro elementar/kg de peso para
crianças de 6 a 24 meses.
• Apresentação em gotas e em xarope.
Suplementação de Vitaminas e Minerais
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Administrada ao nascer.
● A vitamina K injetável pode prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido.
● A vitamina K ajuda o sangue a coagular, mas a capacidade do corpo de
armazená-la é muito baixa. A doença hemorrágica do recém-nascido (HDN) é
causada por uma deficiência de vitamina K no bebê que acabou de nascer.
Esse problema pode levar o bebê a ter um sangramento que coloca em risco
sua vida no período que vai das primeiras horas depois do nascimento até
alguns meses.
(PUCKETT; OFFRINGA, 2000)
Suplementação de Vitaminas e Minerais
• Suplementação de Vitamina K:
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
● Busca reduzir e controlar essa deficiência nutricional em crianças de 6 a 59
meses de idade e mulheres no período pós-parto imediato
● A xerotalmia e a cegueira noturna são manifestações clínicas da deficiência
grave de vitamina A.
● Visa a redução do risco global de morte em 24%, de mortalidade por diarreia
em 28% e de mortalidade por todas as causas, emcrianças HIV posi\vo, em
45%.
● Em regiões de risco: Nordeste, Norte de Minas Gerais, Vale do
Jequi\nhonha, Vale do Mucuri e Amazônia Legal, desde 2012 contempla
todos os Destritos Sanitários Especiais Indígenas.
(BRASIL, 2013)
Suplementação de Vitaminas e Minerais
• Suplementação de Vitamina A:
Prevenção de Acidentes
(DUNCAN et al., 2022)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Cuidados para
garanOr a
segurança das
crianças a fim
de evitar
acidentes.
(DUNCAN et al., 2022)
Prevenção de Acidentes
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(DUNCAN et al., 2022)
Prevenção de Acidentes
Cuidados para
garantir a
segurança das
crianças a fim
de evitar
acidentes.
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
(DUNCAN et al., 2022)
Prevenção de Acidentes
Prevenção da Desnutrição e Déficit de
Crescimento
(DUNCAN et al., 2022)
“A desnutrição tem sido associada à pobreza,
o que não significa apenas falta de comida,
mas também, muitas vezes, falta de
segurança, es\mulação e afeto.”
A OMS considera como destruição aguda
frave as crianças com peso para a altura ou
IMC/idade entre < -3 desvio padrão, e com
desnutrição moderada as com peso para a
altura ou IMC/idade entre < -2 e > -3 desvio
padrão.
(DUNCAN et al., 2022)
Prevenção da Desnutrição e Déficit de
Crescimento
Esquema alimentar para crianças amamentadas
Fonte: SUBPAV/SPS/Ins1tuto de Nutrição Annes
Dias (2010)
Epidemiologia – mortalidade infan1l
• Mundo
Fonte: SUBPAV/SPS/Ins1tuto de Nutrição Annes
Dias (2010)
Epidemiologia – mortalidade infantil
• Mundo
Fonte: SUBPAV/SPS/Ins1tuto de Nutrição Annes
Dias (2010)
(BRASIL, 2019)
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2012)
Esquema tenta\vo
de procedimentos
no
acompanhamento
de saúde da
criança e do
adolescente
Fluxograma de
acompanhamento
do
desenvolvimento
infantil
• Respeito à cultura e modo de vida destes povos;
• Cumprimento da obrigação legal de compra de no mínimo 30% do recurso do PNAE proveniente da
agricultura familiar com prioridade a estes grupos, podendo chegar em até 100%.
Segurança Alimentar na Infância
(PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS, 2021)
• Garante-se a geração de renda pela
agricultura familiar;
• Garante-se alimentação adequada
contemplando de 30 a 70% do aporte
nutricional de crianças e jovens de
escolas tradicionais;
Imunização
Avaliação das principais
queixas na infância
Criança com febre
Fluograma para crianças de 3 a 36
meses, sem sinais toxêmicos, com
esquema vacinal para Hib e
pneumococo incompleto e
inexistente
Criança com febre
Fluograma para crianças de 3 a 36
meses, sem sinais toxêmicos, com
esquema vacinal para Hib e
pneumococo completo
Diarreia na Infância
Diarreia
• Aumento do número de evacuações
(mais que 3) com fezes aquosas ou de
pouca consistência;
• Bactérias, vírus ou parasitas;
• Costumam ser autolimitadas (2 a 14 dias),
e variam de leve a grave (desidratação e
distúrbios hidroeletrolí\cos);
• Importante causa de desnutrição
em países em desenvolvimento!
(DUNCAN et al., 2022)
No cenário
• Doença muito comum, e também muito vulnerável;
• A rotavirose é a segunda maior causa de morte em menores de 5
anos no mundo;
• Descoberta da vacina melhorou o cenário;
• Na maioria das vezes, a transmissão é feco-oral.
(DUNCAN et al., 2022)
Síndromes
• Diarreia Aquosa Aguda: agente infeccioso que não invade tecido.
Não há sangue ou pus na fezes. Pode desidratar, se não houver
reposição (E. Coli, rotavirus);
• Disenteria aguda: sangue nas fezes, podendo ter muco ou pus.
Invasão da mucosa. Febre, mas menor perda de agua. Shiguela,
Giardia, Entamoeba;
• Diarreia Persistente: > 14 dias (exceto dç celíaca). Dano à mucosa
que prejudica absorção. 20% das diarreias.
(DUNCAN et al., 2022)
Abordagem e Manejo
• Pergunta sobre pessoas próximas com mesmo sintoma é rápido e
eficaz;
• Avaliar gravidade, risco de complicações e desidratação;
• Número de evacuações, caracterísOcas das fezes, febre, náuseas e
vômitos;
• Comparar peso com a úlOma medida (cartão da criança);
• Sinal da dobra cutânea!
• Estado mental, olhos fundos, mucosa oral seca.
(DUNCAN et al., 2022)
• Coproculturas ficam reservadas para os casos de diarreia persistente. De uma
forma geral, exames laboratoriais não são necessários...
• A inves\gação laboratorial é reservada para as crianças com desidratação grave
e que necessitem de hidratação venosa;
• Crianças estáveis hemodinamicamente podem ser tratadas seguramente com
a Terapia de Reidratação Oral (TRO);
• Estratégia de hidratação indicada pelo Ministério da saúde (Atenção Integral
às Doenças Prevalentes da Infância – AIDPI)
(DUNCAN et al., 2022)
Abordagem e Manejo
AIDPI
(Brasil, 2021)
(Brasil, 2021)
(Brasil, 2021)
(Brasil, 2021)
Como preparar o soro de
reidratação oral
(Brasil, 2021)
Lembre-se
• A vacina rotavirus está no calendário vacinal desde 2006, aos 2 e 4 meses.
Ministerio da Saúde
(Brasil, 2020)
Infecção respiratória aguda em crianças
100
Infecção Respiratória Aguda
10
1
• O diagnósOco eOológico das IRA, na práOca, é de diycil comprovação;
• IRA do trato respiratório superior: resfriados, faringites, tonsilites,
oOtes e sinusites;
• IRA do trato respiratório inferior: epigloOtes, laringites, pneumonias e
bronquiolites;
• As de Trato Superior são as mais comuns nas crianças.
(DUNCAN et al., 2022)
Estratégia AIDPI
(DUNCAN et al., 2022)
Resfriado Comum
• Infecção viral aguda limitada ao trato resp. superior;
• Diversos vírus;
• Transmissão por via aérea ou contato;
• Susceptilidade no inicio da vida escolar ou creche;
• Febre (3 dias), secreção nasal hialina que pode tornar-se
amarela;
• Tosse, diminuição do apetite,
irritabilidade;
• Podem aparecer eritemas e
linfadenomegalias.
(DUNCAN et al., 2022)
Complicações do resfriado
• OOtes;
• Exacerbação de asma
• Sinusite
• Doença no trato resp. inferior.
(DUNCAN et al., 2022)
Tratamento e Prevenção
10
5
• Manutenção do aquecimento da criança, higiene nasal frequente com soro
fisiológico, hidratação, umidificação do ar e eszmulo à oferta do leite materno
(em crianças amamentadas) e orientação para retorno ao serviço de saúde
se houver piora do quadro (dificuldade respiratória ou para alimentar-se,
comprome\mento do es tado geral);
• Vacinação contra Influenza;
• Beneficio clinico incerto de an\tussígenos e expectorantes; Pressão pela
prescrição de medicamentos...
• Em diversos lugares do Brasil é comum a u\lização de plantas medicinais
(“lambedores”).
(DUNCAN et al., 2022)
Tratamento e Prevenção
10
6
h{ps://www.youtube.com/watch?v=P8Em8B4SiIc&t=178s
Minuto 2:37
Lavagem Nasal – como orientar:
(DUNCAN et al., 2022)
https://www.youtube.com/watch?v=P8Em8B4SiIc&t=178s
Pneumonia
• Infecção do parênquima pulmonar por vírus, bacterias, parasitas ou fungos;
• Crianças com pneumonia bacteriana zpica apresentam febre, calafrios,
dores abdominais, associadas ou não à dor torácica, e tosse produ\va;
• A taquipneia é um sinal ú\l para o diagnós\co de pneumoniana infância;
• Se a ausculta pulmonar sugerir o diagnós\co de pneumonia, deve-se
pesquisar o possível agente e\ológico por meio de minuciosa história
clínica, dando-se especial atenção para questões relacionadas com viagens,
exposições a animais e pessoas doentes, sobretudo com tuberculose
(DUNCAN et al., 2022)
Padrão FR
108
(DUNCAN et al., 2022)
Síndromes Clínicas Comuns
Sindrome Agente Faixa Etária Manifestações clinicas
Bacteriana
(supurativa)
Streptococcus
pneumoniae, outros
Todas as Idades,
mais comum em
crianças jovens
(menores de seis
anos)
Início súbito, febre
alta/toxemia, achados focais na
ausculta, dor toráxica, dor
abdominal, radiografia de tórax
com infiltrado
AWpica (lactentes) Chlamydia
trachomatis
Menores de três
meses
Taquipneia, hipoxemia leve,
ausência de febre, sibilaância,
radiografia de torax com
infiltrado.
AWpica (escolares e
adolescentes)
Mycoplasma Maiores de cinco
anosInício gradual, febre baixa,
achados difusos na ausculta
respiratória, radiografia com
infiltrado difuso.
Viral MúlLplos vírus Todas as idades,
mais comum entre
três meses e cinco
anos
Sintomas respiratórios das
vias áreas superiores, febre
baixa ou ausente, sibilos ou
achados difusos na ausculta
respiratória. (DUNCAN et al., 2022)
Abordagem e manejo
• Na práOca, diycil diferenciação entre qpica e aqpica;
• Reforçar o exame ysico:
• à palpação, frêmito tóraco-vocal aumentado;
• à percussão, macicez ou sub-macicez;
• à ausculta, murmúrio reduzido com crepitações (ou estertores) e sopro
tubário;
• Lactentes e crianças maiores com infecção respiratória do trato
inferior leve a moderada podem ser tratados com segurança no
domicílio.
(DUNCAN et al., 2022)
• A realização de radiografia de tórax para confirmação do diagnós\co não é
ro\neiramente necessária em crianças com quadro leve de pneumonia, sem
complicações e que serão tratadas ambulatorialmente;
• Reservar para pneumonias graves,
avaliação de complicações
e diagnós\co diferencial.
Abordagem e manejo
(DUNCAN et al., 2022)
Lembre-se
• A escolha da anObioOcoterapia é empírica – a AMOXICILINA é droga
de primeira escolha;
• Macrolídeos (azitromicina) podem ser uOlizados nas crianças maiores
de 5 anos ou suspeita de aOpia;
• Gravidade = hospitalização: Oragem, sonolência, desnutrição,
comorbidades crônicas e baixa idade (< 2 meses). Falha terapêuOca
ambulatorial e internação por incapacidade da família e cuidar;
• Reavaliar a criança 48 horas após o início da terapêuOca.
(DUNCAN et al., 2022)
Tratamento
11
3
• Macrolídeo: 3 a 5 dias
• Amoxicilina: 7 a 10 dias
Idade Medicame
nto
Dose Dia Dose Max
4 meses a 4
anos
Amoxicilina 50 a 100mg/kg dia
(3x)
1g/dia
5 anos ou
mais
Macrolídeo
ou
amoxilicina
10mg/kg/dia
50 a 100mg/kg/dia
500mg
1g/dia
(DUNCAN et al., 2022)
Prevenção
• Vacinação anO-pneumococos e influenza está no calendário
básico;
• Evitar o tabagismo passivo;
• Manter aleitamento materno;
• Medidas de controle da exposição à poluição atmosférica.
(DUNCAN et al., 2022)
JUVENTUDE
Saúde do Adolescente
• Segundo a OMS (1989), a adolescência é representada por
indivíduos na faixa etária entre 10 a 19 anos de idade, e
juventude entre 15 e 24 anos de idade.
• O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (1990), lei nº
8.069/90; no arOgo 2º, considera adolescente a pessoa entre 12
e 18 anos de idade e Segundo o estatuto da juventude, a faixa
etária vai de 15 a 29 anos de idade.
(DUNCAN et al., 2022)
Consulta do Adolescente
O adolescente tem direito à:
• PRIVACIDADE: O direito de ser atendido sozinho, em espaço privado de
consulta.
• CONFIDENCIALIDADE: As informações discu\das na consulta não podem ser
passadas aos seus pais e ou responsáveis sem a permissão expressa do
adolescente.
(DUNCAN et al., 2022)
Consulta do Adolescente
• Situações de exceção.
• A garan\a de confidencialidade e privacidade, fundamental para ações de
prevenção, favorece a abordagem de temas como sexualidade, abuso de
drogas, violência entre outras situações.
• O sigilo médico é um direito garan\do e reconhecido pelo ar\go 103 do
Código de É\ca Médica.
(DUNCAN et al., 2022)
Áreas prioritárias:
• Crescimento e desenvolvimento;
• Sexualidade;
• Saúde Reprodutiva;
• Saúde bucal;
• Saúde mental;
• Saúde do escolar adolescente;
• Prevenção de acidentes.
Consulta do Adolescente
(DUNCAN et al., 2022)
Principais alterações na adolescência
• Síndrome da adolescência normal
• Alterações no
desenvolvimento puberal
• Ginecomastia puberal
• Dismenorreia e Distúrbios
menstruais
• Problemas musculoesquelético
• Dor escrotal
• Gravidez precoce
• DSTs/AIDS
• Violência sexual
• Transtornos
alimentares
• Abuso de substancias psicoativas
(DUNCAN et al., 2022)
Prevenção de doenças e Promoção de Saúde
• Exercício físico
• Alimentação saudável
Saúde Sexual e Reprodutiva
12
3
• Os adolescentes de ambos os sexos têm direito a educação sexual, ao
sigilo sobre sua a\vidade sexual, ao acesso e disponibilidade gratuita
dos métodos.
• Reconhecer a individualidade do adolescente, es\mulando a
responsabilidade com sua própria saúde;
• O respeito a sua autonomia faz com que eles passem de objeto a
sujeito de direito.
(DUNCAN et al., 2022)
• A orientação deve incidir sobre todos
os métodos, com ênfase na dupla
proteção, sem juízo de valor;
• Os profissionais de saúde sentem
dificuldades de abordar os aspectos
relacionados à sexualidade ou à saúde
sexual de seus pacientes.
12
4
(DUNCAN et al., 2022)
Saúde Sexual e Reprodutiva
Algumas recomendações...
• Sempre abordar o tema nos atendimentos;
• Considerar o contexto social, religioso e cultural;
• Prestar suporte emocional e psicológico;
• Orientar e ajudar a desfazer mitos e tabus;
• Realizar ações de educação em saúde sexual e saúde reprodu\va;
• Incen\var o autoconhecimento.
(DUNCAN et al., 2022)
Saúde Sexual e Reprodutiva
Gravidez na Adolescência
• As adolescentes têm iniciado aOvidade sexual cada vez mais cedo;
• Sexualização precoce;
• PerspecOvas de vida e culturais diferenciadas de acordo com o
perfil socioeconômico;
• Planejamento de Vida;
• Toda adolescente grávida é de risco?
(DUNCAN et al., 2022)
Violência na Criança e no Adolescente
(BRASIL,2012)
“A exposição da criança e do adolescente a qualquer forma de
violência de natureza [sica, sexual e psicológica, assim como a
negligência e o abandono, principalmente na fase inicial da sua
vida, podem comprometer seu crescimento e seu
desenvolvimento [sico e mental, além de gerar problemas de
ordem social, emocional, psicológica e cogniGva ao longo de sua
existência.”
• A principal causa de violência contra
crianças, foram por violência sexual
(44%) , seguida da psicológica (36%),
negligência (33%) e violência física
(29%).
• A residência foi o local de maior
ocorrência dos casos de violência
contra crianças
Fonte: SIM/SVS/MS
hAps://childmortality.org/data/Brazil
Violência na Criança e no Adolescente
Quando suspeitar?
• Corrimento Vaginal;
• Lacerações;
• Queimaduras (luva, meia, limites bem definidos);
• Lesões físicas, fraturas, equimoses, hematomas (relação temporal e estória
incoerente e estágios diferentes de evolução);
• Alteração no comportamento da criança;
• Valorizar qualquer suspeita do cuidador;
• Quem faz o cuidado?
(DUNCAN et al., 2022)
Violência na Criança e no Adolescente
Materiais Complementares
• Linhas de cuidado para Atenção Integral à Saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em
situação de violência -
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_criancas_familias_violencias.pdf
• Caderneta da criança para portadores de Síndrome de Down -
https://www.cdc.gov/ncbddd/birthdefects/downsyndrome/growth-charts.html
• Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos -
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da_crianca_2019.pdf
• Apresentação sobre mortalidade infantil na Saúde Indígena - https://www.gov.br/saude/pt-
br/centrais-de-conteudo/apresentacoes/2018/apresenta-o-mortalidade-infantil-ind-gena-semin-
rio-sa-de-ind-gena-em-debate-pdf
• Manual Sociedade Brasileira de Pediatria sobre uso de de eletrônicos -
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22246c-ManOrient_-
__MenosTelas__MaisSaude.pdf
https://www.cdc.gov/ncbddd/birthdefects/downsyndrome/growth-charts.html
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da_crianca_2019.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/apresentacoes/2018/apresenta-o-mortalidade-infantil-ind-gena-semin-rio-sa-de-ind-gena-em-debate-pdf
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento. Brasília :
Ministério da Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de condutas gerais do ProgramaNacional de
Suplementação de Vitamina A. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação
complementar. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde - Departamento de Saúde Materno Infantil. Caderneta da Criança - Menina. Brasília, 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manejo do paciente com diarréia (cartaz). 2021. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico, Brasília, v. 53, n. 46, dez. 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no46/view.
BRASIL. Ministério da Saúde. Teste do pezinho. Biblioteca Virtual em Saúde, 2023. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/.
DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 2022. 2424p.
PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS. POLICY BRIEF #5 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DE COMUNIDADES TRADICIONAIS: O PNAE quilombola. 2021.
Disponível em: https://centrodeexcelencia.org.br/policy-brief-5/.
PUCKETT, R.; OFFRINGA, M. Vitamina K profilática para hemorragia por deficiência de vitamina K nos recém-nascidos. Cochrane Database of Systematic
Reviews, v. 4, 2000.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no46/view
https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/
https://centrodeexcelencia.org.br/policy-brief-5/
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Nutrologia. Anemia ferropriva em lactentes: revisão com foco em prevenção. 2012.
Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/documento_def_ferro200412.pdf.
SUBPAV/SPS/INSTITUTO DE NUTRIÇÃO ANNES DIAS. O que você precisa saber sobre a alimentação saudável para a criança menor de 2 anos. 2010.
Disponível em: https://subpav.org/aps/uploads/publico/repositorio/folder_-_alimentacao_crianca_menor_de_2_anos.pdf.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – Brasil. UN Inter-agency Group for Child Mortality Estimation, 2023b. Disponível em:
https://childmortality.org/data/Brazil.
UN IGME. Under-Five Mortality Rate – Total – World. UN Inter-agency Group for Child Mortality Estimation, 2023a. Disponível em:
https://childmortality.org/data/World.
UNICEF - United Nations Children’s Fund, The State of the World’s Children 2023: For every child, vaccination, UNICEF Innocenti – Global Office of Research and
Foresight, Florence, April 2023a.
UNICEF - United Nations Children’s Fund. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. UNICEF, 2023b. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-
desenvolvimento-sustentavel.
Referências
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/documento_def_ferro200412.pdf
https://subpav.org/aps/uploads/publico/repositorio/folder_-_alimentacao_crianca_menor_de_2_anos.pdf
https://childmortality.org/data/World
https://www.unicef.org/brazil/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel
OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
18 - SAÚDE DO HOMEM E DO ADULTO
CASO CLÍNICO - RESPOSTA
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
Ciclos de Vida e Gênero
TEMA 18
Saúde da Homem e do Adulto
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Jonas, homem negro de 55 anos, vem para consulta pois irá iniciar um novo trabalho
como auxiliar administrativo e seu patrão exigiu um atendimento médico para “assinar
sua carteira de trabalho”. Ele está ansioso com o novo emprego, pois estava
desempregado há 3 anos. Ele está tentando ser mais ativo fisicamente e preocupado
com a saúde, começou a frequentar academia há um mês, mas sua última consulta
médica foi há cinco anos. Ele não toma medicamentos e não tem queixas sobre sua
saúde. De acordo com as anotações do educador físico de sua academia, as medidas de
sua pressão arterial sistólica variaram de 150 a 160 e a diastólica de 90 a 100 mm Hg
durante várias semanas. Ele também mediu com um esfigmomanômetro manual no
braço esquerdo, com valor da pressão arterial como 167/95 mm Hg.
Refere consumo de bebida alcóolica aos finais de semana e conta que sua esposa
reclama muito, pois, segundo ela, o Sr. Jonas fica agressivo quando bebe.
Conta que fumou 1 maço de cigarros/dia dos 18 aos 50 anos de idade.
Nega uso de outras drogas, nega internações anteriores
HF: mãe tem 81 anos de idade, trata HAS e ICC - teve um IAM aos 60 anos de idade. Pai
falecido aos 45 anos de cirrose.
O Sr. Jonas, decidido a consultar, foi ao laboratório de análises clínicas e pediu um
“check-up” ao atendente. Os resultados seguem abaixo.
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corado, hidratado, anictérico e
afebril.
Dados vitais: FC 70bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 160×100 mmHg. Peso 89Kg estatura
1,68m
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório: tórax típico, eupneico, expansibilidade e frêmito
toracovocal normais, som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular presente e
universal, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
Extremidades bem perfundidas, pulsos periféricos palpáveis, cheios e simétricos.
EXAMES COMPLEMENTARES
Exames laboratoriais: Hb 16,7 g/dL, Ht 42%, VCM 90 fl, leucocitos 6.800, plaquetas
300.000, creatinina 1,04 mg/dL, ureia 29 mg/dL, sódio 138 mg/dL, potássio 4,5 mg/dL,
glicose 90 mg/dL, colesterol T 201mg/dL HDL 45mg/dL LDL 109mg/dL PSA total
3,6ng/ml
1. Qual das opções a seguir é a melhor maneira de diagnosticar a Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) neste paciente?
A. Você pode diagnosticar a HAS com base em uma única medição manual feita
na entrada do consultório.
B. Você pode diagnosticar a HAS somente se as medições repetidas da pressão
arterial no consultório forem elevadas após um período de três meses de
mudanças no estilo de vida.
C. Você pode indicar que o paciente use um dispositivo de Monitoramento
Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) ou faça o Monitoramento Residencial
de Pressão Arterial para diagnóstico de HAS.
D. Você diz ao paciente que ele não tem pressão alta e deve retornar em um
ano para nova triagem.
A resposta correta é C. A Sociedade Brasileira de HAS aceita, para o diagnóstico de HAS,
medidas em consultório e domiciliares da pressão arterial. A USPSTF encontrou
evidências convincentes de que a MAPA é o melhor método para confirmar o diagnóstico
de hipertensão. Estudos mostram que leituras elevadas de MAPA estão consistente e
significativamente associadasa um risco aumentado de acidente vascular cerebral fatal
e não fatal e eventos cardiovasculares, independentemente das medições de pressão
arterial realizadas no consultório. Os pacientes usam um dispositivo de MAPA por 12 a
24 horas, durante as quais as medições da pressão arterial são feitas e registradas a
cada 20 a 30 minutos. Como a pressão arterial é afetada por vários fatores de curto
prazo, como estresse, emoções, dor, atividade física, medicamentos e a presença de
pessoal médico (conhecida como hipertensão do “jaleco branco”), confirmar o
diagnóstico de hipertensão sustentada requer várias medições tomadas fora do
ambiente clínico. Devido à variabilidade das leituras da pressão arterial, o USPSTF
recomenda a confirmação da pressão arterial elevada com MAPA (o padrão de
referência) ou monitoramento doméstico da pressão arterial antes do início do
tratamento. As desvantagens associadas ao diagnóstico de hipertensão apenas no
consultório incluem o potencial para erros de medição, o número limitado de medições
que podem ser feitas convenientemente e o risco de confusão de hipertensão clínica
isolada. No entanto, pacientes com pressão arterial muito alta ou sinais de lesão de
órgãos-alvo podem precisar de terapia imediata.
2. O paciente pergunta se seu filho de 19 anos deve ser testado para pressão alta.
Com base nas descobertas do USPSTF, qual das seguintes afirmações está
correta?
A. Há boas evidências de que a triagem e o tratamento da hipertensão arterial
em adultos com 18 anos ou mais reduzem substancialmente a incidência de
eventos cardiovasculares.
B. Há boas evidências de que a triagem e o tratamento da pressão alta não
trazem danos.
C. Adultos com 18 anos ou mais com pressão arterial normal e sem fatores de
risco para pressão arterial elevada devem ser rastreados semestralmente.
D. A MAPA é necessária para diagnosticar a hipertensão arterial.
E. Para adultos com menos de 60 anos, o tratamento deve visar um nível de
pressão arterial de 150/90 mm Hg
A resposta correta é A. O USPSTF encontrou boas evidências de que a triagem e o
tratamento da hipertensão arterial em adultos com 18 anos ou mais reduz
substancialmente a incidência de eventos cardiovasculares com poucos danos graves.
Consequentemente, o USPSTF concluiu com alta certeza que o benefício líquido da
triagem para hipertensão arterial é substancial. O USPSTF recomenda que adultos com
40 anos ou mais ou aqueles com risco aumentado de pressão alta, como pressão arterial
normal alta (130 a 139/85 a 89 mm Hg), aqueles com sobrepeso ou obesidade, ou
negros, devem ser rastreados anualmente. Adultos com pressão arterial normal (menos
de 130/85 mm Hg) que não apresentam fatores de risco para hipertensão arterial podem
ser rastreados a cada três a cinco anos. Embora a USPSTF determine que o padrão de
referência para o diagnóstico de hipertensão arterial seja a MAPA, a monitorização
domiciliar da pressão arterial é adequada quando a MAPA não está disponível. Ensaios
controlados randomizados de moderada a alta qualidade demonstram que o tratamento
de pessoas com 60 anos ou mais para uma pressão arterial alvo de 150/90 mm Hg ou
menos reduz a incidência de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e eventos
de doença cardíaca coronária. Para adultos com menos de 60 anos, os estudos
demonstram eficácia semelhante para uma meta de tratamento de menos de 90 mm Hg
diastólica, com a opinião de especialistas recomendando uma meta sistólica de 140 mm
Hg.
3. No seguimento dos cuidados do Sr. Jonas, quais condutas são mais adequadas,
tanto para rastreamento/detecção precoce de outras doenças, como para um
cuidado ampliado do mesmo?
A. O paciente deve repetir o PSA anualmente para rastrear câncer de próstata,
deve realizar colonoscopia bienal para câncer de cólon e fazer tomografia
computadorizada bienal para detectar câncer de pulmão. Também deve ser
encaminhado à psicologia para investigação do comportamento agressivo e
alcoolismo.
B. O paciente deve ser acolhido no sentido de criar vínculo na relação médico
paciente e o consumo de álcool deve ser investigado com vistas ao diagnóstico
e abordagem de etilismo. Deve-se realizar uma primeira colonoscopia e, se
normal, repetir em 10 anos para rastrear câncer de cólon e deve fazer
tomografia computadorizada anual para detectar câncer de pulmão. Não se
indica repetir o PSA.
C. Indica-se convidar a esposa do Sr Jonas para a próxima consulta para abordar
o comportamento agressivo e etilismo. Deve-se solicitar pesquisa de sangue
oculto e, se alterado, indica-se colonoscopia para rastrear câncer de cólon. Deve
fazer tomografia computadorizada anual para detectar câncer de pulmão e
acompanhar o resultado do PSA anualmente. Se PSA alterado, indica-se toque
retal.
D. É fundamental abordar o consumo de álcool, principal fator de risco
cardiovascular presente na história. Também está indicada abordagem do
comportamento agressivo, pois o mesmo pode sofrer de transtorno de
personalidade ou de humor. Deve-se solicitar pesquisa de sangue oculto e, se
alterado, indica-se colonoscopia para rastrear câncer de cólon. Deve fazer
tomografia computadorizada anual para detectar câncer de pulmão e não se
indica acompanhar o resultado do PSA.
A resposta é a opção B. Nesse caso, a abordagem das concepções da masculinidade é
fundamental, no sentido de apoiar o Sr Jonas a lidar com os sentidos que dá aos seus
papéis sociais. A suspeita de sofrimento mental, diante do etilismo, deve motivar o
médico a investigar transtornos do humor, observando que o paciente estava
desempregado até há pouco tempo. Também deve aplicar questionários adequados
para diagnóstico de etilismo, como o CAGE.
É necessário iniciar o tratamento para HAS e calcular o risco cardiovascular do paciente.
Deve-se abordar a dieta, incentivando consumo de fibras solúveis e a redução do
consumo de lipídeos, sal e estimulantes. Também é importante incentivar a prática de
exercícios físicos e, se possível, integrar o atendimento médico ao acompanhamento com
educador físico, contraindicando exercícios extenuantes se PAS > 160mmHg. Deve-se
investigar comportamentos de risco para acidentes, como dirigir embriagado ou em alta
velocidade.
Como rastreamento, há evidências de benefício na realização de colonoscopia a cada 10
anos ou pesquisa de sangue oculto nas fezes a cada 2 anos para rastreamento de câncer
de cólon. Também há recomendação de realização de tomografia computadorizada de
tórax anual para pessoas com história de tabagismo com consumo atual de 20
maços/ano ou mais, ou que cessaram há menos de 15 anos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem:
princípios e diretrizes. Brasília: MS, 2009. Disponível em: <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1944_27_08_2009.html>
DUARTE, M. D. G. et al. Entendendo a prevalência de vítimas do sexo masculino em
acidentes automobilísticos.. In: Anais da III Jornada Nacional de urgência e emergência
LAUEC. Anais...Manaus(AM) Evento Online, 2022. Disponível em:
<https//www.even3.com.br/anais/IIIJORNADA2022/513205-ENTENDENDO-A-
PREVALENCIA-DE-VITIMAS-DO-SEXO-MASCULINO-EM-ACIDENTES-
AUTOMOBILISTICOS>
FIOCRUZ. Painel de Indicadores de Saúde – Pesquisa Nacional de Saúde. Disponível em
https://www.pns.icict.fiocruz.br/painel-de-indicadores-mobile-desktop/
GARCIA, L. P.; FREITAS, L. R. S. Consumo abusivo de álcool no Brasil: resultados da
Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 24, n. 2, p. 227-
237, jun. 2015. Disponível
em: <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
49742015000200005&lng=pt&nrm=iso>.
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e
Comunidade: Princípios, Formação ePrática. Porto Alegre: Artmed, 2019, 2388 p.
SANTANA, V. et al. Acidentes de trabalho não fatais: diferenças de gênero e tipo de
contrato de trabalho. Cadernos De Saúde Pública, v. 19, n. 2, p. 481–493, 2003.
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000200015
SIMÃO, M. O. Mulheres e homens alcoolistas: um estudo comparativo de fatores
sociais, familiares e de evolução. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 4, n. 7,
p. 147–148, 2000. https://doi.org/10.1590/S1414-32832000000200018
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
18 - SAÚDE DO HOMEM E DO ADULTO
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
Ciclos de Vida e Gênero
TEMA 18
Saúde da Homem e do Adulto
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Jonas, homem negro de 55 anos, vem para consulta pois irá iniciar um novo trabalho
como auxiliar administrativo e seu patrão exigiu um atendimento médico para “assinar
sua carteira de trabalho”. Ele está ansioso com o novo emprego, pois estava
desempregado há 3 anos. Ele está tentando ser mais ativo fisicamente e preocupado
com a saúde, começou a frequentar academia há um mês, mas sua última consulta
médica foi há cinco anos. Ele não toma medicamentos e não tem queixas sobre sua
saúde. De acordo com as anotações do educador físico de sua academia, as medidas de
sua pressão arterial sistólica variaram de 150 a 160 e a diastólica de 90 a 100 mm Hg
durante várias semanas. Ele também mediu com um esfigmomanômetro manual no
braço esquerdo, com valor da pressão arterial como 167/95 mm Hg.
Refere consumo de bebida alcóolica aos finais de semana e conta que sua esposa
reclama muito, pois, segundo ela, o Sr. Jonas fica agressivo quando bebe.
Conta que fumou 1 maço de cigarros/dia dos 18 aos 50 anos de idade.
Nega uso de outras drogas, nega internações anteriores
HF: mãe tem 81 anos de idade, trata HAS e ICC - teve um IAM aos 60 anos de idade. Pai
falecido aos 45 anos de cirrose.
O Sr. Jonas, decidido a consultar, foi ao laboratório de análises clínicas e pediu um
“check-up” ao atendente. Os resultados seguem abaixo.
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corado, hidratado, anictérico e
afebril.
Dados vitais: FC 70bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 160×100 mmHg. Peso 89Kg estatura
1,68
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório: tórax atípico, eupneico, expansibilidade e
frêmito toracovocal normais, som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular
presente e universal, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
Extremidades bem perfundidas, pulsos periféricos palpáveis, cheios e simétricos.
EXAMES COMPLEMENTARES
Exames laboratoriais: Hb 16,7 g/dL, Ht 42%, VCM 90 fl, leucocitos 6.800, plaquetas
300.000, creatinina 1,04 mg/dL, ureia 29 mg/dL, sódio 138 mg/dL, potássio 4,5 mg/dL,
glicose 90 mg/dL, colesterol T 201 HDL 45 LDL 109 PSA total 3,6
1. Qual das opções a seguir é a melhor maneira de diagnosticar a hipertensão neste
paciente?
A. Você pode diagnosticar a hipertensão com base em uma única medição
manual feita na entrada do consultório.
B. Você pode diagnosticar a hipertensão somente se as medições repetidas da
pressão arterial no consultório forem elevadas após um período de três meses
de mudanças no estilo de vida.
C. Você recomenda que o paciente use um dispositivo de monitoramento
ambulatorial da pressão arterial (MAPA) por um período de 24 horas e retorne
para uma avaliação de acompanhamento.
D. Você diz ao paciente que ele não tem pressão alta e deve retornar em um
ano para nova triagem.
2. O paciente pergunta se seu filho de 19 anos deve ser testado para pressão alta.
Com base nas descobertas do USPSTF, qual das seguintes afirmações está
correta?
A. Há boas evidências de que a triagem e o tratamento da hipertensão arterial
em adultos com 18 anos ou mais reduzem substancialmente a incidência de
eventos cardiovasculares.
B. Há boas evidências de que a triagem e o tratamento da pressão alta não
trazem danos.
C. Adultos com 18 anos ou mais com pressão arterial normal e sem fatores de
risco para pressão arterial elevada devem ser rastreados semestralmente.
D. A MAPA é necessária para diagnosticar a hipertensão arterial.
E. Para adultos com menos de 60 anos, o tratamento deve visar um nível de
pressão arterial de 150/90 mm Hg
3. No seguimento dos cuidados do Sr. Jonas, quais condutas são mais adequadas,
tanto para rastreamento/detecção precoce de outras doenças, como para um
cuidado ampliado do mesmo?
A. O paciente deve repetir o PSA anualmente para rastrear câncer de próstata,
deve realizar colonoscopia bienal para câncer de cólon e fazer tomografia
computadorizada bienal para detectar câncer de pulmão. Também deve ser
encaominhado à psicologia para investigação do comportamento agressivo e
alcoolismo.
B. O paciente deve ser acolhido no sentido de criar vínculo na relação médico
paciente e o consumo de álcool deve ser investigado com vistas ao diagnóstico
e abordagem de etilismo. Deve-se realizar uma primeira colonoscopia e, se
normal, repetir em 10 anos para rastrear câncer de cólon e deve fazer
tomografia computadorizada anual para detectar câncer de pulmão. Não se
indica repetir o PSA.
C. Indica-se convidar a esposa do Sr Jonas para a próxima consulta para abordar
o comportamento agressivo e etilismo. Deve-se solicitar pesquisa de sangue
oculto e, se alterado, indica-se colonoscopia para rastrear câncer de cólon. Deve
fazer tomografia computadorizada anual para detectar câncer de pulmão e
acompanhar o resultado do PSA anualmente. Se PSA alterado, indica-se toque
retal.
D. É fundamental abordar o consumo de álcool, principal fator de risco
cardiovascular presente na história. Também está indicada abordagem do
comportamento agressivo, pois o mesmo pode sofrer de transtorno de
personalidade ou de humor. Deve-se solicitar pesquisa de sangue oculto e, se
alterado, indica-se colonoscopia para rastrear câncer de cólon. Deve fazer
tomografia computadorizada anual para detectar câncer de pulmão e não se
indica acompanhar o resultado do PSA.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem:
princípios e diretrizes. Brasília: MS, 2009. Disponível em: <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1944_27_08_2009.html>
DUARTE, M. D. G. et al. Entendendo a prevalência de vítimas do sexo masculino em
acidentes automobilísticos.. In: Anais da III Jornada Nacional de urgência e emergência
LAUEC. Anais...Manaus(AM) Evento Online, 2022. Disponível em:
<https//www.even3.com.br/anais/IIIJORNADA2022/513205-ENTENDENDO-A-
PREVALENCIA-DE-VITIMAS-DO-SEXO-MASCULINO-EM-ACIDENTES-
AUTOMOBILISTICOS>FIOCRUZ. Painel de Indicadores de Saúde – Pesquisa Nacional de Saúde. Disponível em
https://www.pns.icict.fiocruz.br/painel-de-indicadores-mobile-desktop/
GARCIA, L. P.; FREITAS, L. R. S. Consumo abusivo de álcool no Brasil: resultados da
Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 24, n. 2, p. 227-
237, jun. 2015. Disponível
em: <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
49742015000200005&lng=pt&nrm=iso>.
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e
Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2019, 2388 p.
SANTANA, V. et al. Acidentes de trabalho não fatais: diferenças de gênero e tipo de
contrato de trabalho. Cadernos De Saúde Pública, v. 19, n. 2, p. 481–493, 2003.
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000200015
SIMÃO, M. O. Mulheres e homens alcoolistas: um estudo comparativo de fatores
sociais, familiares e de evolução. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 4, n. 7,
p. 147–148, 2000. https://doi.org/10.1590/S1414-32832000000200018
Saúde do Homem
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Dados demográficos
População
Masculina
101,9 milhões
População alvo:
20 a 59 anos
56 milhões = 27 % do total e
55% da população masculina
População
Feminina
106,5 milhões
Dados Epidemiológicos
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Dados Epidemiológicos
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Grupo I = enfermidades infecciosas e parasitárias, causas maternas e perinatais,
desnutrição. Grupo II = enfermidades não transmissíveis e enfermidades mentais.
Grupo III = causas externas (exemplo: acidentes, homicídio, suicídio).
Dados Epidemiológicos
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Dados Epidemiológicos
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0.
Dados Epidemiológicos
Dados Epidemiológicos
Dados demográficos
Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS)
apontaram que, em 2010, o número total de consultas médicas
para homens entre 20 e 59 anos de idade apresentado ao gestor
do SUS e registrado no sistema foi de 3.217.197, o que resulta
numa média de 0,06 consulta/homem/ano.
Dados demográficos
Masculinidades e Gênero
• Masculinidades: termo utilizado para contemplar as formas de
representar o masculino – varia de acordo com o contexto cultural e
época;
• Atenção aos estereótipos de gênero;
• Saúde do homem indígena – diversidade de etnias e contexto.
• É importante desenvolver competência cultural para identificar a
identidade de gênero de cada comunidade indígena.
Pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e
Cuidado
Pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e
Cuidado
Pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e
Cuidado
Pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e
Cuidado
Pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e
Cuidado
Pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e
Cuidado
PolíAca Nacional de Atenção Integral da
Saúde do Homem (PNAISH)
• Porque é histórico o desconhecimento sobre as peculiaridades de ser homem
na sociedade;
• Porque os homens morrem entre 5 a 7 anos mais cedo que as mulheres em
diferentes culturas, com diferentes sistemas de saúde disponíveis;
• Porque, na sua maioria, tais mortes são evitáveis à medida que costumam
estar relacionadas a comportamentos adotados por corresponderem a
estereótipo tradicional de masculinidade.
PolíAca Nacional de Atenção Integral da
Saúde do Homem (PNAISH)
A PolíBca Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) tem como
diretriz promover ações de saúde que contribuam significaBvamente para a
compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos
socioculturais e políBco-econômicos, respeitando os diferentes níveis de
desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e Bpos de gestão de
Estados e Municípios.
Obje<vo geral: ampliar e melhorar o acesso da população masculina adulta (20 a 59
anos) do Brasil aos serviços de saúde.
Plano de Ação da PNAISH
• Elaborar estratégias que visem aumentar a demanda dos homens aos serviços
de saúde.
• Sensibilizar os homens e suas famílias, incentivando o autocuidado e hábitos
saudáveis, através de ações de informação, educação e comunicação.
• Associar as ações governamentais com as da sociedade civil organizada, a fim de
efetivar a atenção integral à saúde do homem.
• Fortalecer a atenção básica e melhorar o atendimento, a qualidade e a
resolubilidade dos serviços de saúde.
Plano de ação da PNAISH
• Desenvolver estratégias de educação permanente dos trabalhadores do SUS.
• Avaliar e oferecer recursos humanos, equipamentos e insumos (incluindo
medicamentos) para garantir a adequada atenção à população masculina.
• Analisar de forma articulada com as demais áreas técnicas do MS os sistemas
de informação.
• Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações
através do monitoramento da Política.
PNAISH – eixos temáAcos
• Acesso e Acolhimento
• Saúde Sexual e Saúde ReproduBva
• Paternidade e Cuidado
• Doenças prevalentes na população masculina
• Prevenção de Violências e Acidentes
Barreiras de acesso dos homens aos serviços
de saúde
• EstereóBpos de gênero;
• O pensamento mágico;
• Medo que descubra doenças;
• O papel de provedor;
• O papel de “cuidar”;
• Barreiras Socioculturais;
.
Barreiras de acesso dos homens aos serviços
de saúde
• Estratégias InsBtucionais de comunicação não privilegiam os homens;
• Inadequação dos serviços de saúde:
a) Horários de funcionamento
b) Dificuldades de acesso
c) Presença de mulher no exame do toque retal
.
Eixos temáAcos
• Acesso e Acolhimento:
Objetiva reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na
qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços
masculinos e, por sua vez, os serviços reconheçam os homens como sujeitos
que necessitam de cuidados.
Acesso e Acolhimento
• Acesso e Acolhimento:
Acesso e Acolhimento
Eixos temáticos
• Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva:
Busca sensibilizar gestores, profissionais de saúde e a população em
geral para reconhecer os homens como sujeitos de direitos sexuais e
reproduYvos, os envolvendo nas ações voltadas a esse fim e
implementando estratégias para aproximá-los desta temáYca.
Saúde Sexual e Saúde ReproduAva
Eixos temáAcos
• Paternidade e Cuidado:
ObjeBva sensibilizar gestores, profissionais de saúde e a população em geral
sobre os benedcios do envolvimento aBvo dos homens com em todas as fases
da gestação e nas ações de cuidado com seus filhos, destacando como esta
parBcipação pode trazer saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos
saudáveis entre crianças, homens e suas parceiras.
Paternidade e Cuidado
Desafios
• Envolver e engajar os homens nas tarefas de cuidado (referentes ao cuidado
com as crianças e cuidado de outros nas configurações familiares) -
empoderamento dos homens e das mulheres, maior equidade de gênero e
distribuição dos papéis
• Inserir o homem na lógica dos serviços e na ESF/AB, no pré-natal, parto e
puerpério – conexão, afeto e vínculo
• Compreender o “cuidar” não apenas como uma qualidade feminina –
todos ganham
Eixos temáticos
Situações prevalentes na população masculina
Busca fortalecer a assistência básica no cuidado à saúde dos homens,
facilitando e garanYndo o acesso e a qualidade da atenção
necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos
agravos à saúde.
Eixos temáAcos
Prevenção de Violências e Acidentes
Visa propor e/ou desenvolver ações que chamem atenção para a
grave e contundente relação entre a população masculinae as
violências (em especial a violência urbana) e acidentes,
sensibilizando a população em geral e os profissionais de saúde
sobre o tema.
Situações prevalentes na população masculina
Câncer de próstata:
causas, sintomas, tratamentos e prevenção
Causas ainda desconhecidas, relacionadas com:
• Idade (quanto mais velho maior a probabilidade),
• Hormônio (testosterona),
• Histórico familiar,
• Raça (maior incidência no homem negro),
• Alimentação (dieta rica em gorduras e pobre em vegetais e frutas baixam as
defesas do corpo contra o câncer, o Japão tem menos registros).
Câncer de próstata:
causas, sintomas, tratamentos e prevenção
Impacto
provocado pelo
câncer de
próstata e pelo
tratamento na
vida dos
homens
Câncer de próstata:
causas, sintomas, tratamentos e prevenção
Como prevenir?
• Ter uma alimentação
saudável.
• Manter o peso
corporal adequado.
• Praticar atividade física.
• Não fumar.
• Evitar o consumo de
bebidas alcoólicas.
Sinais e sintomas:
• Dificuldade de urinar;
• Demora em começar e
terminar de urinar;
• Sangue na urina;
• Diminuição do jato de urina;
• Necessidade de urinar mais
vezes durante o dia ou à noite.
Câncer de próstata: Investigação
• Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata,
introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame
permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
• Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quanBdade de uma proteína
produzida pela próstata - Ankgeno ProstáBco Específico (PSA). Níveis altos dessa
proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.
Câncer de próstata: Sinais de alerta
Câncer de próstata: DiagnósAco e tratamento
Câncer de próstata: Estadiamento
• Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo
protegido por uma luva lubrificada no
reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
• Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quanMdade
de uma proteína produzida pela próstata - AnQgeno ProstáMco Específico
(PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da
próstata.
Incidência de câncer entre os homens
Mortalidade de câncer entre os homens
Alcoolismo
• Alcoolismo afeta cerca de 5% das mulheres e 15% dos homens na
população brasileira acima de 15 anos de idade e na maioria dos
países ocidentais.
• Prevalência de consumo abusivo de álcool é 13,7% superior entre
os homens em relação às mulheres.
• Impacto na saúde, vida social, relações familiares.
Tabagismo
No Brasil
Acidentes e violência
Acidentes e violência
Acidentes e violência
Acidentes e violência
Acidentes e violência
• A incidência anual de acidentes de trabalho foi estimada em
5,80%, discretamente maior entre os homens (6,05%) do que
entre as mulheres (5,53%).
• A incidência de acidentes de trânsito é maior no sexo masculino e
está associada ao abuso de álcool, excesso de velocidade e fatores
externos (barreiras na pista, chuva, engarrafamento).
Acidentes e violência
A prevalência de violência entre os homens tem relação com a
concepção de masculinidade?
Abordagem à saúde do homem na aps
• Novembro é o mês de conscienYzação sobre os cuidados integrais
com a saúde do homem. Saúde mental, infecções sexualmente
transmissíveis, doenças crônicas (diabetes, hipertensão) entre outros
pontos devem ser sempre observados pela população masculina.
• Todos os anos, nesse período, 21 países, incluindo o Brasil, preparam
campanhas sobre prevenção e diagnósYco do câncer de próstata,
além de levar informações sobre a prevenção e promoção aos
cuidados integrais com o cuidado da saúde masculina.
• Medida da Pressão arterial;
• Hemograma completo;
• EAS / urina tipo 1;
• Teste de glicemia;
• Atualização da carteira vacinal;
• Verificação da circunferência abdominal;
• Calcular IMC.
Uso de álcool e outras drogas
A prevalência do uso de álccol na população brasileira é de 21,3%
maior entre os homens que entre as mulheres.
Um em cada 4 homens que fazem uso de álcool se tornam
dependentes, ao passo que uma em cada 10 mulheres usuárias de
álcool se torna dependente.
Os homens são maioria entre os usuários de solventes (10,3% x
3,3%). Prevalência geral de menos de 1% da população.
Materiais complementares
hlps://www.youtube.com/watch?v=o-wJowEwGx0
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem: princípios e diretrizes. Brasília: MS, 2009. Disponível em: <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1944_27_08_2009.html>
DUARTE, M. D. G. et al. Entendendo a prevalência de vítimas do sexo masculino em acidentes automobilísticos.. In: Anais da III Jornada Nacional de urgência e
emergência LAUEC. Anais...Manaus(AM) Evento Online, 2022. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/IIIJORNADA2022/513205-ENTENDENDO-A-
PREVALENCIA-DE-VITIMAS-DO-SEXO-MASCULINO-EM-ACIDENTES-AUTOMOBILISTICOS>
FIOCRUZ. Painel de Indicadores de Saúde – Pesquisa Nacional de Saúde. Disponível em https://www.pns.icict.fiocruz.br/painel-de-indicadores-mobile-desktop/
GARCIA, L. P.; FREITAS, L. R. S. Consumo abusivo de álcool no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 24, n.
2, p. 227-237, jun. 2015. Disponível em: <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742015000200005&lng=pt&nrm=iso>.
GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2019,
2388 p.
SANTANA, V. et al. Acidentes de trabalho não fatais: diferenças de gênero e tipo de contrato de trabalho. Cadernos De Saúde Pública, v. 19, n. 2, p. 481–493, 2003.
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000200015
SIMÃO, M. O. Mulheres e homens alcoolistas: um estudo comparativo de fatores sociais, familiares e de evolução. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 4, n.
7, p. 147–148, 2000. https://doi.org/10.1590/S1414-32832000000200018
OBRIGADA
Saúde do Adulto -
Rastreamento
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Rastreamento
Aplicação de testes em pessoas assintomáYcas (em uma população
definida) com o objeYvo de selecionar indíviduos para intervenções
cujo o objeYvo cujo benelcio potencial seja maior que o dano
potencial. Assim, pretende-se reduzir a morbimortalidade atribuída à
condição a ser rastreada.
Rastreamento
• Realizar rastreamentos com evidência, na população alvo.
• Cuidado: “Eu quero ter segurança de que eu não vou ter uma
doença, aí eu faço algo que pode não reduzir a minha chance de ter
a doença, mas está me dando a sensação de que eu estou mais
seguro.”
Rastreamento – alguns princípios
• Doença frequente e com importância clínica, com uma fase pré-
clínica conhecida
• Teste de rastreamento deve ser capaz de identificar a doença na
fase pré-clínica, com baixos índices de falso-negativos e falso-
positivos
• Teste deve ter baixo custo
• A doença deve ter tratamento efetivo
• A história natural da doença deve se traduzir em redução de
mortalidade na população rastreada
• O tratamento não deve ser pior que a doença
Rastreamento - testes
• Confiabilidade: capacidade de um teste ser reprodukvel, ou seja, produzir
resultados consistentes quando realizado várias vezes sob as mesmas condições
• Validade ou acurácia: representa a proporção de acertos e erros de um teste,
ou seja, o quanto os resultados representam a verdade ou se afastam dela.
Rastreamento
Validade
• Sensibilidade: probabilidade de um teste ser posiBvo na presença da doença
• Especificidade: probabilidade de um teste ser negaBvo na ausência da doença
Um bom teste de rastreamento é altamente sensível.
Rastreamento
• Sensibilidade: é a capacidade de um exame ser positivoquando testado entre as
pessoas previamente doentes (verdadeiros positivos).
• Um teste com sensibilidade de 90% significa que 10% dos casos serão falsos
negativos (pessoas com a patologia, porém com exame negativo).
• Um exame com grande sensibilidade é importante para detectar o maior
número possível de indivíduos com a patologia.
• Um exame altamente sensível, quando negativo, descarta a patologia rastreada.
Rastreamento
• A especificidade é a capacidade de um exame ser negativo quando testado
entre as pessoas previamente sadias (verdadeiros negativos).
• Especificidade de 90% significa que 10% dos casos serão falsos-positivos
(exames positivos sem a patologia presente).
• Um exame com grande especificidade é importante para excluir dos
resultados positivos as pessoas saudáveis.
• Um exame altamente específico quando positivo é útil para confirmar a
patologia rastreada.
Rastreamento
• Especificidade e sensibilidade nunca são 100%.
• Há sempre margem de erro.
• Rastreamento = peneiramento.
• Rastrear é diferente de diagnosNcar.
• Aplicar testes de rastreamento significa apenas a fase inicial de peneiramento
de um grupo populacional que deverá ser submeNdo a outras etapas.
Rastreamento
Fonte: adaptado de UK Na.onal Screaning Comitee (2016, p.5)
Rastreamento - a OMS classifica em dois 4pos:
oportunís4co e organizado
Rastreamento
• DiagnósBco precoce x DiagnósBco oportuno.
• DiagnósBco oportuno implica uma abordagem mais centrada na pessoa, no seu
cuidado ao longo do tempo, visando benedcios e evitando danos.
• O processo de diagnósBco é uma ponderação de muitos fatores diferentes,
variando entre pacientes e dependendo das suas singularidades.
• Frequentemente o diagnósBco não é um evento único, mas um processo em
evolução, que deve viabilizar diagnose no momento certo para o paciente em
parBcular em circunstâncias específicas.
Rastreamento e níveis de prevenção
Rastreamento e níveis de prevenção
• Os incidentalomas – diagnósBcos derivados dos achados casuais, sobretudo em
exames de imagem de alta resolução, que em aproximadamente 80% das vezes
não têm consequências clínicas;
• Os sobrediagnósBcos – diagnósBcos corretos de doenças (inclusive câncer) que
não teriam repercussão na vida da pessoa, mas que geram tratamentos, devido
à impossibilidade de disBnção entre casos que evoluiriam para uma doença
clinicamente manifesta e aqueles que permaneceriam em estado de “latência”.
Rastreamento e níveis de prevenção
• Tais exemplos, cada vez mais comuns, são potenciais geradores de significaBvos
danos iatrogênicos e de medicalização excessiva, devido às suas múlBplas
cascatas de intervenções. Eles demandam fortemente P4.
• Como os rastreamentos são ações aplicadas em pessoas assintomáBcas, é
necessário que haja um controle de qualidade de cada uma das etapas devido
aos potenciais danos dos falsos posiBvos, falsos negaBvos e dos seguimentos
das situações de indeterminação, tais como ASCUS, BIRADS III, hipoBreoidismo
subclínico, intolerância à glicose etc.
Níveis de prevenção
Recomendações para rastreamentos
Rastreamento - recomendações
• Tabagismo – população geral
• Atividade fisica – população geral
• Hábitos alimentares – população geral
• Uso prejudicial de álcool – população geral
• Controle de peso – população geral
Detecção precoce do câncer
Detecção precoce do câncer
Para detecção precoce do câncer é necessário conhecer o
comportamento da doença que se deseja rastrear e as características
do teste de rastreamento.
Rastreamento Câncer de Pulmão
Recomenda-se rastreamento de câncer de pulmão com Tomografia
Computadorizada de Tórax anual em adultos entre 50 e 80 anos que
tenham história de consumo de tabaco de 20 maços/ano e fumam
atualmente ou cessaram nos úlYmos 15 anos.
USPSTF, 2022
Rastreamento de
câncer de próstata
Canadian Task Force, 2023
Quais os riscos de não rastrear câncer
de próstata?
Entre os homens que foram
rastreados com PSA, o risco de morrer
de câncer de próstata foi de 5 em
1000
Entre os homens que não foram
rastreados com PSA, o risco de morrer
de câncer de próstata foi de 6 em
1000
Complicações do tratamento de câncer de
próstata:
• 114-214 homens terão complicações como
infecções, cirurgias adicionais e transfusão
sanguínea.
• 127-442 terão disfunção eréBl crônica.
• Mais de 178 terão inconBnência urinária.
• 4 a 5 vão morrer de complicações do
tratamento para o cancer.
Rastreamento de
câncer de próstata
Canadian Task Force, 2014
Rastreamento de câncer de colo uterino
DUNCAN, 2022
Mulheres dos 25 aos 64 anos que tenham iniciado vida sexual em
algum momento da vida.
Periodicidade do Papanicolau:
• Dois exames com intervalo anual.
• Após dois exames anuais normais, realiza se somente um exame a cada três
anos.
• Mulheres > 64 anos que nunca fizeram o exame: dois exames com intervalo de
1 a 3 anos
Rastreamento de câncer de mama
População alvo Periodicidade dos exames de
rastreamento
Mulheres de 40 aos 49 anos ECM anual e, se estiver alterado,
mamografia
Mulheres de 50 aos 69 anos ECM anual e mamografia bianual
Mulheres de 35 anos ou mais e risco
elevado
ECM e mamografia anuais
BRASIL, 2010
Rastreamento de câncer de cólon
• No mundo é a segunda maior causa de morte por câncer entre os
homens e a terceira entre as mulheres .
• Fatores de risco para câncer colorretal:
• Câncer colorretal ou pólipo adenomatoso.
• Doença inflamatória intestinal.
• Sinais e sintomas de câncer colorretal.
• Adultos com síndromes hereditárias que predispõem câncer colorretal.
Canadian Task Force, 2016
Rastreamento de câncer de cólon
Jama, 2021; Canadian Task Force, 2016
Esta ferramenta fornece orientação para profissionais da APS sobre diferentes testes de
triagem, intervalos de triagem e idades recomendadas para iniciar e parar a triagem.
Idade Triagem? Intensidade de recomendação Teste
<50 Não sugerimos triagem
50-59 sim fraca Pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSO) a cada 2 anos OU
sigmoidoscopia flexível a cada 10 anos.
60-74 sim forte PSO a cada 2 anos OU sigmoidoscopia flexível a cada 10
anos.
75+ não fraca
Se o paciente estiver interessado na triagem, discuta opções
e o ajude a tomar uma decisão baseada na sua qualidade de
vida, valores e preferências.
Uma recomendação forte significa que a maioria dos indivíduos serão melhor atendidos pela medida de ação recomendadaˑ
Uma recomendação fraca significa que muitos dos indivíduos gostaria da medida de ação recomendada, porém muitos não
gostariam. Profissionais de cuidados primários devem discutir os danos potenciais e os benefícios da triagem com seus pacientes.
Risco cardiovascular: rastreamento de HAS
• Recomenda-se triagem para hipertensão em adultos com 18 anos ou
mais com medição da pressão arterial no consultório.
• Anual em adultos com 40 anos ou mais e em adultos com risco aumentado
para HAS (como pessoas negras, com pressão arterial normal alta ou com
sobrepeso/obesidade).
• A cada 3-5 anos para adultos de 18 a 39 anos baixo risco para HAS e com
medida prévia de pressão arterial normal.
• Recomendam-se medições de pressão arterial fora do ambiente
clínico para confirmação diagnóstica antes de iniciar o tratamento.
USPSTF, 2021
Risco cardiovascular: rastreamento de
Diabetes
• Em adultos assintomáticos, recomenda-se triagem para pré-
diabetes e diabetes tipo 2 em adultos de 35 a 70 anos com
sobrepeso ou obesidade.
• Sugere-se oferecer ou encaminhar pacientes com pré-diabetes para
intervenções preventivas eficazes.
USPSTF, 2022
Risco cardiovascular: uso de estatina
• Recomenda-se esta,na para prevenção primária de DCV para adultos de 40 a 75
anos com 1 ou mais fatores de risco de DCV (dislipidemia, diabetes, hipertensão ou
tabagismo) e um risco es,mado de DCV em 10 anos 10% ou mais. (recomendação B)
• Recomenda-se esta,na para a prevenção primária de DCV para adultos de 40 a 75
anos que tenham 1 ou mais desses fatores de risco de DCV e um risco es,mado de
DCV em 10 anos de 7,5% a 10%.Aprobabilidade de beneJcio é menor neste grupo
do que em pessoas com um risco de 10 anos de 10% ou maior. (recomendação C)
• A evidência atual é insuficiente para avaliar o equilíbrio de beneJcios e maleJcios de
iniciar uma esta,na para a prevenção primária de eventos cardiovasculares e
mortalidade em adultos com 76 anos ou mais. USPSTF, 2022
Prevenção de fratura patológica
• Rastreamento entre mulheres de mais de 65 anos, centrada no
comparBlhamento da decisão entre a mulher e seu médico.
• As mulheres devem ser informadas dos riscos e apoiadas em suas decisões para
posterior rastreamento, diagnósBco e tratamento.
• Rastreamento é contraindicado em mulheres abaixo de 65 anos e entre homens.
• Use o FRAX para apoiar sua conduta.
Canadian Task Force, 2023
Prevenção de fratura patológica – calculadora FRAX
Canadian Task Force, 2023
Canadian Task Force, 2023
Prevenção de fratura patológica – calculadora FRAX
Disfunção tireoidiana
• Contraindica-se rastreamento para disfunção tireoidiana em adultos maiores
de 18 anos, assintomáticos.
• Essa recomendação não se aplica para gestantes, pessoas com história de
cirurgia ou doença de tireóide, indivíduos em uso de medicações tireotóxicas
(lítio, amiodarona), radioterapia em tireóide ou região cervical prévia, doença
de hipotálamo ou pituitária.
Canadian Task Force, 2023
Recomendações de leitura
• United States Preventive Services Task Force (USPSTF):
https://www.uspreventiveservicestaskforce.org/
• Canadian Task Force (CTF): http://canadiantaskforce.ca/
• National Institute for Health and Care Excellence (NICE):
https://www.nice.org.uk/
• Colaboração Cochrane, que tem um endereço brasileiro:
http://brazil.cochrane.org/
Material complementar
• https://www.buzzsprout.com/1815691/12783159-how-to-prevent-
fragility-fractures-a-guideline-for-family-doctors
• https://canadiantaskforce.ca/tools-resources/videos/
https://www.buzzsprout.com/1815691/12783159-how-to-prevent-fragility-fractures-a-guideline-for-family-doctors
Referências
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento. Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 95 p. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29_rastreamento.pdf
NICE - National Institute for Health and Care Excellence. Cardiovascular disease: risk assessment and reduction, including lipid modification. Clinical guideline [CG181]. 2014.
Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/cg181.
ELSAYED, N.A. et al., American Diabetes Association. 2. Classification and diagnosis of diabetes: Standards of Care in Diabetes—2023. Diabetes Care, v. 46, n. 1, p. 19-40,
2023.
ELSAYED, N.A. et al., American Diabetes Association. 1. Improving care and promoting health in populations: Standards of Care in Diabetes—2023. Diabetes Care, v. 46,
n. 1, p. 10-18, 2023.
Força-Tarefa Canadense sobre Cuidados Preventivos de Saúde. CMAJ, v. 188, n.5, p. 340-348, 2016. Disponível em: https://www.cmaj.ca/content/188/5/340. Acesso
em: 12/05/2023
Força-Tarefa Canadense sobre Cuidados Preventivos de Saúde. Rastreamento do câncer de mama para mulheres sem risco aumentado. 2020. Disponível em:
https://canadiantaskforce.ca/tools-resources/breast-cancer-update/
Força-Tarefa Canadense sobre Cuidados Preventivos de Saúde. Rastreamento do Câncer Colorretal. 2016. Disponível em: https://canadiantaskforce.ca/wp-
content/uploads/2016/05/ctfphccolorectal-cancerpatient-faqfinal-updated160222.pdf.
US Preventive Services Task Force. Screening for Colorectal Cancer: US Preventive Services Task Force Recommendation Statement. JAMA, v. 325, n. 19, 2021. Disponível
em: https://www.uptodate.com/contents/tests-for-screening-for-colorectal-cancer/abstract/56
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_29_rastreamento.pdf
https://www.cmaj.ca/content/188/5/340
https://canadiantaskforce.ca/tools-resources/breast-cancer-update/
https://canadiantaskforce.ca/wp-content/uploads/2016/05/ctfphccolorectal-cancerpatient-faqfinal-updated160222.pdf
https://www.uptodate.com/contents/tests-for-screening-for-colorectal-cancer/abstract/56
OBRIGADA
Saúde da Pessoa Idosa
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
Envelhecimento populacional brasileiro
• A prevalência de brasileiros com
idade > 65 anos aumentará de 7,4%
em 2015 para 20% em 2030 e para
26,7% em 2060 (OMS).
• Pessoas com 60 anos ou mais de
idade passou de 11,3% em 2012
para 14,7% da população em 2021,
com razão de sexos de 78,8 homens
para cada 100 mulheres nessa faixa
etária. (IBGE, 2022)
Envelhecimento populacional brasileiro
• Make Health Last. What will your
last 10 years look like?, 2013. The
Canada Heart and Stroke
Foundation.
• (Faça sua saúde durar. Como serão
os seus últimos 10 anos de vida?)
• https://www.youtube.com/watch?v
=mlY8HFqxRdQ
https://www.youtube.com/watch?v=mlY8HFqxRdQ
Envelhecimento populacional brasileiro
• Maior carga de doenças crônicas e incapacidades funcionais, com
surgimento de novas demandas e o uso mais intensivo dos serviços de
saúde.
• Doenças mais frequentes, porém nem sempre estão associadas à
dependência funcional.
• Envelhecimento X Incapacidades e Dependência
• Envelhecimento = maior vulnerabilidade.
• Conceito de saúde no idoso: presença de doenças ou idade avançada X
ausência de saúde.
(MORAES, 2018)
Envelhecimento populacional brasileiro
• A idade e as doenças crônico-degenerativas elevam o risco de
disfunções e incapacidades.
• A redução dos fatores de risco para doenças crônicas, irá
prevenir mais de 70% dos problemas de saúde, incluindo as
incapacidades.
• Mais de 80% dos gastos em saúde são atribuídos às
doenças crônicas. (MORAES, 2018)
Promover o envelhecimento saudável
Envelhecimento saudável previne,
posterga e minimiza a severidade
das doenças crônicas e das
incapacidades na velhice,
mantendo a autonomia,
independência e sociabilidade e,
consequentemente reduzindo a
pressão sobre o sistema de saúde.
manter estilo de vida ativo
alimentar saudavelmente
manter conexão social
eliminar tabagismo
(BRASIL, 2007)
• Trabalho em grupos com a pessoa idosa.
• Grupos de convivência, de atividade física, etc.
• Promoção de saúde: cessação do tabagismo, etilismo, promoção
de atividade física, orientações para alimentação saudável,
imunização, atividades de lazer e social.
Promover o envelhecimento saudável
(BRASIL, 2007)
Imunização no Idoso
(BRASIL, 2022)
Regra de ouro da alimentação saudável
Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente
processados e preparações culinárias a alimentos
ultraprocessados.
(BRASIL, 2007)
Promover atividade física, atividades de lazer
e social
Aspectos culturais
• Diferenças culturais dos povos
indígenas.
• Sábios - Transmissão de conhecimentos
e aspectos espirituais.
• Memórias, histórias.
• Educadores.
• Preservação e divulgação do
etnoconhecimento.
• Anciãos – muito voltados para dentro
da comunidade.
(ARAÚJO REIS, 2007; RISSARDO, 2014 )
Saúde da pessoa idosa
Define-se saúde como uma medida da capacidade individual de
realização de aspirações e da satisfação das necessidades,
independentemente da idade ou da presença de doenças.
(MORAES E LANNA, 2014)
Declínio funcional
Incapacidades
Idade X Funcionalidade
Idade: NÃO é um bom marcador de declínio funcional
Funcionalidade: bom marcador de vitalidade
Idade: 80 anosIdade: 80 anos
Deficiências
Comorbidades
Avaliação multidimensional da pessoa idosa
(MORAES, 2018)
Capacidade Funcional
• Envelhecer sem nenhuma doença crônica é mais uma exceção do que a regra
(Veras, 2012).
• Novo indicador de saúde = a CAPACIDADE FUNCIONAL.
• Saúde = Funcionalidade global do indivíduo -> a capacidade de gerir a própria
vida ou cuidar de si mesmo.
• A pessoa é considerada saudável quando é capazde realizar suas atividades
sozinha, de forma plena, mesmo que seja muito idosa ou portadora de
doenças (Moraes, 2012).
• Diagnóstico clínico X capacidade funcional
• População heterogênea (MORAES, 2018)
Capacidade Funcional
•Bem-estar e funcionalidade são complementares.
•Presença de:
• Autonomia (capacidade individual de decisão e comando sobre as
ações, estabelecendo e seguindo as próprias convicções) e;
• Independência (capacidade de realizar algo com os próprios meios)
• Permitindo que o indivíduo cuide de si e de sua vida.
(MORAES, 2018)
Capacidade Funcional – Domínios:
• Cognição: é a capacidade mental de compreender e resolver
adequadamente os problemas do cotidiano;
• Comunicação: é a capacidade de estabelecer um relacionamento
produtivo com o meio, trocar informações, manifestar desejos, ideias e
sentimentos. Depende de três subsistemas funcionais: visão, audição e
produção/motricidade orofacial. Esta última é representada pela voz, fala
e mastigação/deglutição;
(MORAES, 2018)
Capacidade Funcional – Domínios:
• Humor/Comportamento: é a motivação necessária para a realização das
atividades e/ ou participação social. Inclui também o comportamento do
indivíduo, que é afetado pelas outras funções mentais, como senso-percepção,
pensamento e consciência;
• Mobilidade: é a capacidade individual de deslocamento e de manipulação do
meio. Por sua vez, a mobilidade depende de quatro subsistemas funcionais: a
capacidade aeróbica e muscular (massa e função), o alcance/preensão/pinça
(membros superiores) e a marcha/ postura/transferência. A continência
esfincteriana é também considerada um subdomínio da mobilidade, pois a sua
ausência (incontinência esfincteriana) é capaz de interferir na mobilidade e
restringir a participação social do indivíduo.
(MORAES, 2018)
(MORAES, 2018)
Avaliação multidimensional da pessoa idosa
– IVCF-20
Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional - IVCF-20
• Primeiro instrumento brasileiro para rastreio da pessoa idosa com fragilidade
(idoso em risco de fragilização e idoso frágil) na APS.
• Ênfase na identificação do idoso de risco e orientações capazes de reservar ou
recuperar sua independência e autonomia.
• Simples e de rápida aplicação: Considerado uma metodologia de Avaliação
Geriátrica Ampla utilizável por qualquer profissional de saúde ou familiares.
(MORAES, 2016)
IVCF-20
(MORAES, 2018)
IVCF-20
(MORAES, 2018)
Índice De Vulnerabilidade Clínico-funcional-
20 (IVCF-20)
(MORAES, 2018)
(MORAES, 2018)
Síntese do resultado do (IVCF-20)
Auto
Percepção
de Saúde
(MORAES, 2018)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa
• Funcionalidade global.
• Cognição/memória.
• Humor/comportamento.
• Mobilidade (alcance, preensão
e pinça/ postura, marcha e
transferência/ continência
esfincteriana).
• Medicamentos.
• Comunicação (visão/ audição/
produção e motricidade
orofacial).
• Sistemas fisiológicos.
• História pregressa.
• Contexto (avaliação
sociofamiliar, do cuidador,
ambiental).
(MORAES, 2018)
FUNCIONALIDADE
Atividades de Vida Diária
ESCALA DE LAWTON-BRODY
Atividades de Vida Diária
BÁSICAS ESCALA DE KATZ
(MORAES, 2018)
(MORAES, 2018)
Avaliação multidimensional da pessoa idosa
• Estado mental: cognição e memória
• Perguntar à família e ao paciente: dificuldade de memória ou
esquecimento.
• Solicitar à pessoa idosa que repita o nome dos objetos e, após 3 minutos,
pedir que os repita.
• Se for incapaz de fazê-lo, aplicar o Mini Exame do Estado Mental (teste
cognitivo).
(MORAES, 2018)
(MORAES, 2018)
(MORAES, 2018)
Interpretação do MEEM
Se exame alterado, prosseguir com investigação de demência.
(MORAES, 2018)
Avaliação multidimensional da pessoa idosa
– HUMOR
• HUMOR:
• Perguntar ao paciente se ele se
sente triste ou desanimado
frequentemente.
• Se positivo, aplicar escala de
depressão geriátrica (GDS-15).
(MORAES, 2018)
GDS
Interpretação:
GDS-5 ≥ 2
GDS-15 ≥ 6
•Suspeita de distúrbio do humor
(BRASIL, 2007)
Avaliação multidimensional da pessoa idosa
– MOBILIDADE
•Perguntar sobre QUEDAS
no último ano:
• => Frequência
• => Circunstâncias
Associadas a alto índice de
morbimortalidade, redução da
capacidade funcional e
institucionalização precoce
(BRASIL, 2007)
Avaliar segurança ambiental
• Escala Ambiental do Risco de Quedas
Triagem
Timed Up and Go
< 10 segundos
Baixa probabilidade de alteração de
marcha e equilíbrio
10 a 20 segundos
Realizar avaliação qualitativa da
marcha (Get Up and Go Test)
20 segundos
Alta probabilidade de alteração de marcha e
equilíbrio contribuindo para queda
Alteração de marcha/equilíbrio:
• Marcha típica: causa única.
• Ausência de padrão típico de marcha: provável
etiologia multifatorial
Crise de queda: “drop attack”
Exame clínico e pesquisa de
hipotensão ortostática
ECG e Ecodopplercardiograma
Excluir cardiopatia estrutural
Holter 24 horas
Tilt Table Test
Tonteira / Vertigem
VPPB: Manobra de Epley
Vertigem com manobra de Dix-Hallpike negativa
• Procurar causas metabólicas
• Encaminhar para avaliação com ORL
IDOSO COM QUEDAS DE REPETIÇÃO
(≥ 2 quedas no último ano)
Avaliar fatores de risco:
• fraqueza muscular;
• déficit visual;
• limitação da mobilidade por doença músculo-esquelética;
• incapacidade cognitiva: demência ou depressão;
• presença de hipotensão ortostática;
• comprometimento em AVD;
• uso de medicamentos relacionados a quedas.
MARCHA NORMAL MARCHA ANORMAL
• Presença de escadas?
• Pisos deslizantes?
• Tapetes?
• Iluminação adequada?
• Corrimão no banheiro?
• Uso de chinelos?
Fazer avaliação ambiental – visita domiciliar:
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Mobilidade
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Mobilidade
(BRASIL, 2007)
• Incontinência urinária:
• Perguntar: “Você já perdeu urina
ou sentiu-se molhado?”
• Uso de fraldas geriátricas
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Mobilidade
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Nutrição
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Nutrição
• Pobreza;
• Isolamento social;
• Depressão;
• Demência;
• Dor;
• Imobilidade;
• Refluxo
gastroesofágico;
Causas frequentes de anorexia e perda de peso em idosos:
• Constipação;
• Alcoolismo;
• Uso de medicamentos;
• Problemas dentários;
• Xerostomia;
• Diminuição do paladar;
• Alterações no reconhecimento de
fome e sede.
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Comunicação
VISÃO AUDIÇÃO FALA
A possibilidade de estabelecer um relacionamento produtivo com o meio,
trocar informações, manifestar desejos, idéias, sentimentos está
intimamente relacionada à habilidade de se comunicar. É através dela que
o indivíduo compreende e expressa seu mundo.
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Comunicação
VISÃO
Você tem problema para ler, dirigir
ou dificuldade para enxergar?
Sim Não
Aplicar
Teste de Jaeguer e
Teste de Snellen
Alterado
Normal
Encaminhar ao
oftalmologista
(BRASIL, 2007)
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa -
Comunicação
AUDIÇÃO
Aplicar
teste do sussuro
Normal Alterado
Fazer
Otoscopia
Cerume
Normal
Fazer lavagem
dos ouvidos e reavaliar
solicitar
audiometria
Reavaliação
anual
(BRASIL, 2007)
Medicamentos e Risco de Polifarmácia
Cerca de 30% dos pacientes idosos empregam 5 ou mais
medicamentos por dia, o que corresponde a polifarmácia.
COLATERAL. Porta dos fundos, 2015
https://www.youtube.com/watch?v=c2Vf1MbO2BU
(MORAES, 2018)
https://www.youtube.com/watch?v=c2Vf1MbO2BU
Promover a prevenção quaternária - combate ao
sobrediagnóstico e ao sobretratamento
Atendimento por diferentes profissionais
Duplicação e interação medicamentosa
Latrogenia
MÉDICO DE FAMÍLIA: coordenação da assistência, manejo do paciente,
revisão regular da medicação, contribuir com a equipe no apoio à família.
Comorbidades
(GUSSO E LOPES, 2018)
“Medicalização” da velhice leva a Polifarmácia
• Excesso de medicamentos.• Interação medicamentosa.
• Dosagem excessiva, ou
insuficiente.
• Fragilidade metabólica: fígado
e rim Dificuldades de acesso.
• Dificuldades na administração.
Promover a prevenção quaternária - combate ao
sobrediagnóstico e ao sobretratamento
(MORAES, 2018)
Pseudo-hipertensão
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
“DA
IDADE”
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
Pseudo-hipertensão
Nifedipina®
Tontura
“Labirintite”
Stugeron®
Parkinsonismo
Levodopa®
Confusão mental
Queda
Fratura de fêmur
“Da idade"
Cuidado com a Cascata Iatrogênica
(Des)Prescrição
• “Mais de 90% dos pacientes estão disposto a interromper o uso de
algum medicamento se seus médicos disserem que isso é
possível”. .
• A desprescrição é o processo planejado e supervisionado de
redução da dose ou interrupção de medicamentos que possam
estar causando danos ou que não sejam mais benéficos.
• A desprescrição faz parte de uma boa prescrição - recuar quando
as doses são muito altas ou interromper medicamentos que não
são mais necessários.
(REEVE et al, 2018)
• No Brasil, ainda não há uma lista de critérios nacionais.
• Vários estudos demonstraram a importância da implantação dos
critérios de Beers e STOPP/START em hospitais e ambulatórios
• A lista de Beers é mais utilizada no momento da prescrição para
prevenir e evitar os medicamentos inapropriados.
• Os critérios STOPP/START são mais úteis no rastreio, com a
finalidade de detectar possíveis erros na prescrição e se há omissão
de medicamentos
(Des)Prescrição
• Ferramenta para tomada de decisão compartilhada para a
desprescrição. Exemplos:
• 1- Inibidor da bomba de prótons:
• https://deprescribing.org/wp-content/uploads/2017/10/PPI-Consult-PtDA-Oct-
11-v2-wt.pdf
• 2- Benzodiazepínicos:
• https://deprescribing.org/wp-
content/uploads/2019/03/deprescribing_algorithms2019_BZRA_vf-locked.pdf
(Des)Prescrição
https://deprescribing.org/wp-content/uploads/2017/10/PPI-Consult-PtDA-Oct-11-v2-wt.pdf
https://www.open-pharmacy-research.ca/wp-content/uploads/deprescribing-algorithm-benzodiazepines.pdf
• STOPP (Screening Tool of Older Persons’ Prescription)
• identificação de prescrições dos medicamentos potencialmente inapropriados,
com foco nos medicamentos que podem causar interações e análise das
prescrições com duplicidade terapêutica.
• START (Screening Tool to Alert to Right Treatment)
• detecta os medicamentos potencialmente omissos (MPO), ou seja,
fármacos que deveriam ter sido prescritos aos idosos e não foram.
• Lista de Beers – Atualizada em 2019 pela Sociedade Americana de
Geriatria.
(Des)Prescrição
(Des)Prescrição
Avaliação Multidimensional da pessoa idosa
– Suporte Social
• Identificar os cuidadores (familiares, vizinhos, amigos,
profissionais que apoiam o idoso) e o suporte social de que
poderia dispor ou dispõe:
• Alguém poderia ajuda-lo caso você fique doente ou incapacitado?
Quem?
• Quem seria capaz de tomar decisões de saúde por você caso não
seja capaz de fazê-lo?
• Anotar nome, endereço, telefone no prontuário do paciente.
(MORAES, 2018)
Avaliação Multidimensional da pessoa idosa
– Cuidar do Cuidador
•Cuidador é a pessoa que presta cuidados à pessoa idosa.
•Frequentemente esse papel é exercido por uma só pessoa.
• Papel da equipe da ESF:
• Apoio à pessoa idosa e ao cuidador.
• Localizar serviços de apoio (Centro dia, Programa acompanhante de
Idoso, Grupo Terapêutico, etc).
• Apoio à família evitando a institucionalização (abrigo ou instituição de
longa permanência). (MORAES, 2018)
Sobrecarga do cuidador: pactuação dos cuidados entre todos os
familiares próximos, evitar sobrecarga de poucos.
• Avaliação de sobrecarga do cuidador:
• Escala de Zarit: https://dms.ufpel.edu.br/casca/modulos/zarit-
main#comp/zarit-main
Avaliação Multidimensional da pessoa idosa
– Cuidar do Cuidador
(BRASIL, 2007; BRASIL, 2013)
Abordar a pessoa idosa vítima de violência
•Diversos tipos de violência podem ser
identificados:
• Física
• Negligência
• Financeira
• Sexual
• Psicológica
• Institucional
(BRASIL, 2007)
• Situações de risco para violência contra idosos:
• Agressor e vítima viverem na mesma casa;
• Filhos serem dependentes financeiramente de seus pais de idade avançada;
• Idosos dependerem da família de seus filhos para sua manutenção e sobrevivência;
• Abuso de álcool e drogas pelos filhos, outros adultos da casa ou pelo próprio idoso;
• Ambiente e vínculos frouxos, pouco comunicativos e pouco afetivos na família;
• Isolamento social dos familiares e da pessoa de idade avançada;
• O idoso ter sido uma pessoa agressiva nas relações com seus familiares;
• História de violência na família;
• Os cuidadores terem sido vítimas de violência doméstica;
• Os cuidados padecerem de depressão ou outro sofrimento psíquico;
Abordar a pessoa idosa vítima de violência
(BRASIL, 2007)
Abordar a pessoa idosa vítima de violência
Abordagem intersetorial
• Centro de Referência de Assistência Social (CRAS);
• Centro de Referência para a Mulher;
• Delegacias Policiais;
• Conselhos Municipais de Direitos das Pessoas Idosas;
• Ministério Público (MP);
• Instituto Médicos Legal (IML);
• Secretaria Municipal de Assistência Social.
DISQUE 100: NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA PARA CASOS DE
VIOLÊNCIA
Referências bibliográficas:
ARAÚJO REIS, D. et al. SAÚDE DO IDOSO INDÍGENA NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista de Enfermagem UFPE, v. 10, n. 8, 2016.
BRASIL. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 2006. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE. Guia prático do cuidador. Brasília: Ministério da
Saúde, 2008. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 205 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação idoso. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-
nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-2022/calendario-nacional-de-vacinacao-2022-adulto-e-idoso/view.
IBGE. Características gerais dos moradores 2020-2021, [online]. 2022. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101957_informativo.pdf.
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2018.
Referências bibliográficas:MORAES, E. N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
MORAES, EN; LANNA, FM. Avaliação multidimensional do idoso. 4ª ed. Belo Horizonte: Folium; 2014.
MORAES, E. N. et al. Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil. Revista de Saúde Pública, v. 50, 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsp/a/HMMB75NZ93YFBzyysMWYgWG/?lang=pt#
MORAES, E. N. et al. Avaliação multidimensional do idoso. SAS. - Curitiba : SESA, 2018.Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
04/avaliacaomultiddoidoso_2018_atualiz.pdf
REEVE, E. et al. Assessment of attitudes toward deprescribing in older Medicare beneficiaries in the United States. JAMA internal medicine, v. 178, n. 12, p. 1673-1680, 2018. Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2706177
RISSARDO, L. K. et al. Las prácticas de cuidado de ancianos indígenas de rendimiento de la salud. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 67, p. 920-927, 2014.
SCOTT, I. A. et al. Reducing inappropriate polypharmacy: the process of deprescribing. JAMA Intern Med. v. 175, n. 5, p. 827-834. 2015. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.0324. PMID:
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OBRIGADA
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
19 - SAÚDE DO IDOSO
CASO CLÍNICO - RESPOSTAS
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
Ciclos de Vida e Gênero
TEMA 19
Saúde do Idoso
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Dona Maria, paciente de 75 anos, feminina, vem à consulta médica por demanda
programada na ESF com queixa de fraqueza. A paciente mora com a filha e neta e tem
6 anos de escolaridade. D. Maria relata um aumento gradual da dificuldade em realizar
suas atividades diárias, como limpar a casa, fazer compras e lavar roupas. Até o ano
passado ela estava acostumada a cuidar de tudo sozinha. D. Maria mora com a filha, que
trabalha fora o dia todo, e com o neto de 3 anos, do qual cuidava durante o dia enquanto
a filha trabalhava. Desde que D. Maria piorou da fraqueza, a filha precisou colocar o neto
na creche o dia todo. Ela relata dificuldade para caminhar dentro de casa, com fraqueza
nas pernas, principalmente no joelho direito, que dói muito há mais de 10 anos e está
cada vez pior. Ela se queixa que está perdendo sua independência e precisa da ajuda da
filha no fim do dia para realizar tarefas que antes eram simples para ela. D. Maria relata
que está precisando de mais assistência nas atividades básicas de vida diária (AVD),
como alimentação, higiene pessoal, vestuário e locomoção. Ela percebe que sua
capacidade de cuidar de si mesma está diminuindo e gostaria de recuperar sua
independência nessas tarefas. Em seu relato, expressa frustração e tristeza com sua
dependência. Ela relata sentir-se limitada e incapaz de participar de atividades que
costumava desfrutar. D. Maria menciona que essas mudanças estão afetando seu
estado emocional e que ela se sente cada vez mais isolada e menos engajada
socialmente. Mesmo as atividades da igreja, da qual sempre participava, não consegue
mais frequentar. D. Maria menciona hipertensão arterial e diabetes tipo 2 como doenças
anteriores. Ela relata que está tomando os medicamentos corretamente para controlar
essas condições, mas sente que mesmo assim seu estado de saúde geral está se
deteriorando. Veio à consulta acompanhada pela vizinha e não trouxe as medicações e
os últimos exames, realizados há 3 meses.
Qual sua conduta diante do caso?
Procuraria explorar os sentimentos e percepções da paciente diante do declínio de seu
estado geral.
Aplicaria o instrumento Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20) para
avaliação multidimensional da pessoa idosa, para compreender qual o nível de
vulnerabilidade da paciente e discutir, com a família e com a equipe de saúde, quais
melhores abordagens do caso.
Solicitaria a presença da filha na consulta, para compreender como são realizados os
cuidados da paciente no cotidiano.
Solicitaria retorno da paciente com os últimos exames, a fim de verificar como está o
controle glicêmico, função renal e perfil lipídico.
CONTINUAÇÃO
A filha, Renata, retorna à consulta com a paciente na semana seguinte e traz os
seguintes exames complementares, realizados há 2 meses:
Exames laboratoriais: Hb 12,3 g/dL, Ht 39%, VCM 92 fl, leucocitos 4250, plaquetas
180.000, creatinina 1,09 mg/dL, ureia 39 mg/dL, sódio 137 mg/dL, potássio 4,5 mg/dL,
glicose 102 mg/dL, colesterol T 198 HDL 45 LDL 100 TSH 2,3
ECG: alterações primárias de repolarização ventricular
Trouxe também uma sacola com todas as medicações utilizadas pela mãe, que contém:
Metformina 500mg; Hidroclorotiazida 25mg, furosemida 40mg, domperidona 10mg,
omeprazol 30mg, Infralax®, Novalgina®, castanha-da-índia 300mg e Dramin®.
Renata explica que a D. Maria toma Metformina 500mg antes do café da manhã e jantar
e Hidroclorotiazida junto com a metformina da manhã e Castanha-da-índia à noite. As
demais medicações ela usa como sintomáticos: furosemida quando se sente inchada;
domperidona e omeprazol quando o estômago dói; Infralax® e Novalgina®; quando o
joelho dói.
Renata está muito preocupada com os exames e nota que a mãe tem esquecido com
frequência de tarefas do dia a dia. Conta que a mesma errou o nome de uma prima
outro dia e esqueceu o café no coador. Acha que a mãe está muito distraída e Renata
chama atenção de Maria o tempo todo, por vezes sem paciência com a mãe. Quer que
a mesma faça uma “tomografia da cabeça”, para descobrir o que está acontecendo.
Junto com Renata, você aplica o IVCF 20, cuja pontuação é de 9 pontos.
Qual sua conduta nessa consulta?
Explicaria à filha que sua mãe está apresentando um declínio funcional e que deve
receber os devidos cuidados.
Abordaria cuidados para prevenção de quedas e dieta, lembrando que o idoso com
diabetes deve evitar longos períodos de jejum (ainda que D. Maria use hipoglicemiante
com baixo risco de hipoglicemia) e alimentos com açúcar e alto índice glicêmico.
Abordaria as preocupações da filha, observando se há riscos de maus tratos, negligência
ou abuso por parte dos familiares.
Aplicaria a Escala Geriátrica de Depressão e o Mini Exame do Estado Mental, para
diagnóstico diferencial de transtorno de humor e declínio cognitivo ou demência.
Abordaria a polifarmácia, contraindicando o uso do AINE (Infralax) para dores comuns e
investigando os sintomas dispépticos, para correto diagnóstico e
prescrição/desprescrição do inbidor de bomba de prótons. Reavaliaria o uso da
Hidroclorotiazida, investigando possíveis efeitos colaterais deletérios (como câimbras) e
lembrando de questionar sobre incontinência urinária - se estiver presente, há benefício
em suspender a medicação.
CONTINUAÇÃO
Ainda na consulta, você Aplica a Escala Geriátrica de Depressão e o Mini Exame do
Estado Mental, com os seguintes resultados:
EGD 8 pontos
MEEM 20 pontos
Diante dos resultados dos testes acima, qual seria sua abordagem?
Na Escala de Depressão Geriátrica,uma pontuação entre 0 e 5 é considerada normal,
pontuação entre 6 a 10 indica depressão leve e entre 11 a 15, depressão severa.
No Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), em pacientes analfabetos, considera-se
alterado se a pontuação foi menor que 18 pontos e, em pacientes com mais de 8 anos
de escolaridade, se for menor que 26 pontos.
Como conduta, abordaria com a paciente suas perspectivas, medos e sentimentos em
relação a sua saúde e cotidiano, procurando ofertar apoio e suporte, construindo vínculo
na relação médico-paciente.
Discutiria com a paciente e familiar acompanhamento psicológico e a introdução de um
antidepressivo da família dos Inibidores de Recaptação de Serotonina
Na perspectiva de alargar a rede de apoio social da D. Maria, a encaminharia ao grupo
de idosos da UBS, sugerindo que a mesma convide sua vizinha, que a tem acompanhado
em saídas curtas.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO REIS, D. et al. SAÚDE DO IDOSO INDÍGENA NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista de Enfermagem
UFPE, v. 10, n. 8, 2016.
BRASIL. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 2006.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html. Acesso em: 8 maio
2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e
saúde da pessoa idosa. Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. SECRETARIA DE GESTÃO DO
TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE. Guia prático do cuidador. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf Acesso em: 8 maio 2023
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção
domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 205 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação idoso. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-
2022/calendario-nacional-de-vacinacao-2022-adulto-e-idoso/view. Acesso em: 9 maio 2023.
IBGE. Características gerais dos moradores 2020-2021, [online]. 2022. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101957_informativo.pdf. Acesso em: 8 maio 2023.
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática.
Porto Alegre: Artmed, 2018.
MORAES, E. N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
MORAES, EN; LANNA, FM. Avaliação multidimensional do idoso. 4ª ed. Belo Horizonte: Folium; 2014.
MORAES, E. N. et al. Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil.
Revista de Saúde Pública, v. 50, 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsp/a/HMMB75NZ93YFBzyysMWYgWG/?lang=pt# Acesso em: 8 maio 2023
MORAES, E. N. et al. Avaliação multidimensional do idoso. SAS. - Curitiba : SESA, 2018.Disponível em:
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
04/avaliacaomultiddoidoso_2018_atualiz.pdf Acesso em: 8 maio 2023
REEVE, E. et al. Assessment of attitudes toward deprescribing in older Medicare beneficiaries in the United States. JAMA
internal medicine, v. 178, n. 12, p. 1673-1680, 2018. Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2706177 Acesso em 8 maio 2023
RISSARDO, L. K. et al. Las prácticas de cuidado de ancianos indígenas de rendimiento de la salud. Revista Brasileira
de Enfermagem, v. 67, p. 920-927, 2014.
SCOTT, I. A. et al. Reducing inappropriate polypharmacy: the process of deprescribing. JAMA Intern Med. v. 175, n. 5,
p. 827-834. 2015. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.0324. PMID: 25798731. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25798731/. Acesso em: 7 maio 2023.
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
19 - SAÚDE DO IDOSO
CASO CLÍNICO
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO III
Ciclos de Vida e Gênero
TEMA 19
Saúde do Idoso
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA:
Dona Maria, paciente de 75 anos, feminina, vem à consulta médica por demanda
programada na ESF com queixa de fraqueza. D. Maria relata um aumento gradual da
dificuldade em realizar suas atividades diárias, como limpar a casa, fazer compras e lavar
roupas. Até o ano passado ela estava acostumada a cuidar de tudo sozinha. D. Maria
mora com a filha, que trabalha fora o dia todo, e com o neto de 3 anos, do qual cuidava
durante o dia enquanto a filha trabalha. Desde que D. Maria piorou da fraqueza, a filha
precisou colocar o neto na creche o dia todo. Ela relata dificuldade para caminhar dentro
de casa, com fraqueza nas pernas, principalmente no joelho direito, que dói muito há
mais de 10 anos e está cada vez pior. Ela se queixa que está perdendo sua independência
e precisa de ajuda da filha no fim do dia para realizar tarefas que antes eram simples
para ela. D. Maria relata que está precisando de mais assistência nas atividades básicas
de vida diária (AVD), como alimentação, higiene pessoal, vestuário e locomoção. Ela
percebe que sua capacidade de cuidar de si mesma está diminuindo e gostaria de
recuperar sua independência nessas tarefas. Em seu relato, expressa frustração e
tristeza com seu a dependência. Ela relata sentir-se limitada e incapaz de participar de
atividades que costumava desfrutar. D. Maria menciona que essas mudanças estão
afetando seu estado emocional e que ela se sente cada mais isolada e menos engajada
socialmente. Mesmo as atividades da igreja, da qual sempre participava, não consegue
mais frequentar. D. Maria menciona hipertensão arterial e diabetes tipo 2 como doenças
anteriores. Ela relata que está tomando os medicamentos corretamente para controlar
essas condições, mas sente que mesmo assim seu estado de saúde geral está se
deteriorando. Veio à consulta acompanhada pela vizinha e não trouxe as medicações e
últimos exames.
Qual sua conduta diante do caso?
CONTINUAÇÃO
A filha, Renata, retorna à consulta com a paciente na semana seguinte e traz os
seguintes exames complementares, realizados há 2 meses:
Exames laboratoriais: Hb 12,3 g/dL, Ht 39%, VCM 92 fl, leucocitos 4250, plaquetas
180.000, creatinina 1,09 mg/dL, ureia 39 mg/dL, sódio 137 mg/dL, potássio 4,5 mg/dL,
glicose 102 mg/dL, colesterol T 198 HDL 45 LDL 100 TSH 2,3
ECG: alterações primárias de repolarização ventricular
Trouxe também uma sacola com todas as medicações utilizadas pela mãe, que contém:
Metformina 500mg; Hidroclorotiazida 25mg, furosemida 40mg, domperidona 10mg,
omeprazol 30mg, Infralax®, Novalgina®, castanha-da-índia 300mg e Dramin®.
Renata explica que a D. Maria toma Metformina 500mg antes do café da manhã e jantar
e Hidroclorotiazida junto com a metformina da manhã e Castanha-da-índia à noite. As
demais medicações ela usa como sintomáticos: furosemida quando se sente inchada;
domperidona e omeprazol quando o estômago dói; Infralax® e Novalgina®; quando o
joelho dói.
Renata está muito preocupadacom os exames e nota que a mãe tem esquecido com
frequência de tarefas do dia a dia. Conta que a mesma errou o nome de uma prima
outro dia e esqueceu o café no coador. Acha que a mãe está muito distraída e Renata
chama atenção de Maria o tempo todo, por vezes sem paciência com a mãe. Quer que
a mesma faça uma “tomografia da cabeça”, para descobrir o que está acontecendo.
Junto com Renata, você aplica o IVCF 20, cuja pontuação é de 9 pontos.
Qual sua conduta nessa consulta?
CONTINUAÇÃO
Ainda na consulta, você Aplica a Escala Geriátrica de Depressão e o Mini Exame do
Estado Mental, com os seguintes resultados:
EGD 8 pontos
MEEM 20 pontos
Diante dos resultados dos testes acima, qual seria sua abordagem?
REFERÊNCIAS
ARAÚJO REIS, D. et al. SAÚDE DO IDOSO INDÍGENA NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista de Enfermagem
UFPE, v. 10, n. 8, 2016.
BRASIL. Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 2006.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html. Acesso em: 8 maio
2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e
saúde da pessoa idosa. Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. SECRETARIA DE GESTÃO DO
TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE. Guia prático do cuidador. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf Acesso em: 8 maio 2023
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção
domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 205 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação idoso. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/calendario-nacional-de-vacinacao/calendario-vacinal-
2022/calendario-nacional-de-vacinacao-2022-adulto-e-idoso/view. Acesso em: 9 maio 2023.
IBGE. Características gerais dos moradores 2020-2021, [online]. 2022. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101957_informativo.pdf. Acesso em: 8 maio 2023.
GUSSO, G., LOPES, J. M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: 2 Volumes: Princípios, Formação e Prática.
Porto Alegre: Artmed, 2018.
MORAES, E. N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
MORAES, EN; LANNA, FM. Avaliação multidimensional do idoso. 4ª ed. Belo Horizonte: Folium; 2014.
MORAES, E. N. et al. Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil.
Revista de Saúde Pública, v. 50, 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsp/a/HMMB75NZ93YFBzyysMWYgWG/?lang=pt# Acesso em: 8 maio 2023
MORAES, E. N. et al. Avaliação multidimensional do idoso. SAS. - Curitiba : SESA, 2018.Disponível em:
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
04/avaliacaomultiddoidoso_2018_atualiz.pdf Acesso em: 8 maio 2023
REEVE, E. et al. Assessment of attitudes toward deprescribing in older Medicare beneficiaries in the United States. JAMA
internal medicine, v. 178, n. 12, p. 1673-1680, 2018. Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2706177 Acesso em 8 maio 2023
RISSARDO, L. K. et al. Las prácticas de cuidado de ancianos indígenas de rendimiento de la salud. Revista Brasileira
de Enfermagem, v. 67, p. 920-927, 2014.
SCOTT, I. A. et al. Reducing inappropriate polypharmacy: the process of deprescribing. JAMA Intern Med. v. 175, n. 5,
p. 827-834. 2015. doi: 10.1001/jamainternmed.2015.0324. PMID: 25798731. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25798731/. Acesso em: 7 maio 2023.
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
28° Ciclo do PMMB
20 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO
TRANSMISSÍVEIS
CASO CLÍNICO 2 - RESPOSTA
BRASÍLIA-DF
14/08 a 01/09/2023
MÓDULO DE ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO (MAAV) DO PMMB
28° CICLO DO PMMB
SUBEIXO IV
Doenças e Agravos
TEMA 20
Doenças Crônicas Não Transmissíveis
COORDENAÇÃO
Camila Zamban de Miranda
Frantchesca Fripp dos Santos
Nilson Massakazu Ando
ELABORAÇÃO
Frantchesca Fripp dos Santos
Juliana Machado de Carvalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Camilo Sobreira De Santana - Ministro da Educação
Denise Pires de Carvalho - Secretaria de Ensino Superior
Gisele Viana Pires - Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde
Francisco de Assis Rocha Neves - Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação
em Saúde
Ana Luísa dos Santos Azevedo - Apoio Central do PMMB
Lucas de Souza Porfirio - Apoio Central do PMMB
HISTÓRIA CLÍNICA
Roberta, uma mulher parda de 66 anos, está em acompanhamento na Unidade de Saúde
ribeirinha em Marechal Thaumaturgo/AC há muitos anos. Veio à consulta médica
queixando de “falta de fôlego e algo ruim por dentro” há mais de um ano e também
reclama que não consegue marcar consulta há meses, pois a equipe de Saúde da Família
não tem ido atender na UBS com regularidade. Neste período, procurou assistência
hospitalar duas vezes, quando pensou que estava com pneumonia “de tanta tosse e
catarro”. Foi tratada com comprimidos e “bombinha”, mas não sabe dizer os nomes das
medicações. No momento da consulta, nega tosse, sibilância ou falta de ar, apesar de
destacar que são sintomas recorrentes.
Não tem histórico de doença cardiovascular (DCV); ela tem um histórico de tabagismo
de 35 maços-ano e tem medições de pressão arterial sistólica consistentemente
elevadas na faixa de 142 a 148 mm Hg, atualmente tratadas com modificações no estilo
de vida. Ela não toma nenhum medicamento.
EXAME FÍSICO
Exame físico geral / Ectoscopia: Bom estado geral, corada, hidratada, anictérica,
eupneica e afebril.
Dados vitais: FC 90bpm, FR 20irpm, Tax 36,6°C, PA 130×90 mmHg. O IMC é 25kg/m2
Exame da cabeça e do pescoço: ausência de achados relevantes.
Exame do tórax e aparelho respiratório: expansibilidade e frêmito toracovocal normais,
som claro pulmonar à percussão, murmúrio vesicular reduzido, sem ruídos adventícios.
Exame do sistema cardiovascular: precórdio normodinâmico, ausência de turgência
jugular patológica, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, em dois tempos, sem
sopros.
Exame abdominal: abdome semigloboso, sem abaulamentos, retrações ou cicatrizes,
RHA presentes, flácido e indolor, ausência de massas ou visceromegalias palpáveis.
Extremidades bem perfundidas, pulsos periféricos palpáveis, cheios e simétricos.
A paciente trouxe exames realizados há 8 meses, descritos abaixo:
Colesterol total: 180 mg/dL e HDL de 50 mg/dL. Usando as equações de coorte
agrupadas do American College of Cardiology/American Heart Association, o risco
estimado de 10 anos de um evento cardiovascular aterosclerótico de Roberta seja de
14,1%.
Há indicação de inciar terapia com estatina para a prevenção primária de Doença
Cardiovascular (DCV) para esta paciente?
A. Sim; Roberta tem pelo menos um fator de risco cardiovascular e seu risco de um
evento cardiovascular em 10 anos é superior a 10%.
B. Talvez; Roberta não tem histórico de DCV, mas seu risco de um evento CVD em 10
anos é superior a 10%.
D. Não; Roberta não tem histórico de evento cardiovascular.
E. Não; Roberta tem mais de 65 anos
A resposta correta é A. Recomenda-se prescrição de estatina para a prevenção primária
de DCV para adultos de 40 a 75 anos de idade que tenham um ou mais fatores de risco
cardiovascular (por exemplo, dislipidemia, diabetes mellitus, hipertensão, tabagismo) e
um risco estimado em 10 anos de um evento CVD de 10% ou mais (recomendação B).
Para adultos de 40 a 75 anos de idade quetêm um ou mais fatores de risco
cardiovascular e um risco estimado de 10 anos de um evento CVD de 7,5% para menos
de 10%, o USPSTF recomenda oferta seletiva de uma estatina para a prevenção primária
de DCV (recomendação C).1 A probabilidade de benefício é menor em indivíduos com um
risco de 10 anos de 7,5% a menos de 10% do que em pessoas com um risco de 10 anos
de 10% ou mais. A USPSTF concluiu que as evidências atuais são insuficientes para
avaliar o equilíbrio entre benefícios e malefícios de iniciar uma estatina para a prevenção
primária de eventos cardiovasculares e mortalidade em adultos com 76 anos ou mais
(declaração I). Todas essas recomendações se aplicam a adultos 40 anos ou mais sem
história de DCV conhecida e que não apresentam sinais e sintomas de DCV.
Quais hipóteses diagnósticas você levantaria para os sintomas de Roberta?
Risco cardiovascular intermediário
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Tabagismo
Diante do resultado do cálculo do risco cardiovascular pela calculadora já citada, a
interpretação é de que a Sra Roberta tem um risco intermediário - entre 10 e 20%. Alto
risco cardiovascular é quando temos um risco de mais de 20%.
A tosse crônica, associada a dispneia aos esforços e sibilância, em paciente tabagista,
deve nos fazer suspeitar de DPOC e os sintomas já nos autoriza a fazer o diagnóstico.
Qual sua conduta diante do caso?
A paciente tem sintomas compatíveis com DPOC, mas diante dos sintomas e do risco
cardiovascular, deve ser indagada sobre sintomas compatíveis com angina, para
investigação de lesão de órgãos-alvo (LOA).
Também deve ser solicitado eletrocardiograma, glicemia, hemograma para investigar
LOAs e espirometria para confirmar diagnóstico e classificar DPOC.
Deve-se calcular o mMRC e aplicar o teste de avaliação de DPOC.
Deve-se abordar o tabagismo, identificando em qual fase ela está para cessação e propor
o tratamento adequado.
Deve-se esclarecer à paciente que ela é portadora de uma doença crônica progressiva
que pode vir a impor limitações na sua vida diária, explorando suas percepções a respeito
do diagnóstico e prognóstico.
Roberta, preocupada com sua saúde, rapidamente vai à cidade e realiza os exames
solicitados pelo médico. Ela está com muito medo de infarto, pois sua vizinha estava
com falta de ar e está internada por esta patologia.
Resultados dos exames complementares:
ECG: Alterações inespecíficas de repolarização ventricular, extra-sístoles ventriculares
Exames laboratoriais: Glicemia 99mg/dL; Hb 11,9 Ht 36% Leucocitos 8900 Bastonetes
300 eosinófilos 102; Plaquetas 310000
Espirometria:
Após leitura do resultado da espirometria, você aplica o teste de avaliação para DPOC,
cuja pontuação é de 9. Na avaliação do questionário mMRC, a paciente soma apenas 1
ponto.
Diante dos resultados dos exames, qual sua conduta?
Discutiria o risco cardiovascular da paciente, explorando suas percepções acerca do
tema e incentivando cuidados no sentido de prevenir eventos cardiovasculares.
Orientaria dieta e atividade física e discutir o caso com a fisioterapeuta e nutricionista
do NASF.
Prescreveria Formoterol inalatório, medicação que reduz morbidade em portadores de
DPOC e tem disponível na rede SUS, entre as medicações do componente especializado
do RENAME.
Reavaliaria a paciente em 3 meses.
≥ 2 exacerbações
moderadas ou ≥1
hospitalização por
exacerbação
GRUPO E:
LABA + LAMA
Considerar LABA +
LAMA + CE se
eosinofilia > 300
0 -1 exacerbação
moderada sem
hospitalização
GRUPO A (mMRC 0-
1; CAT<10):
Broncodilatador
0 -1 exacerbação
moderada sem
hospitalização
GRUPO B (mMRC
≥2; CAT>10):
LABA + LAMA
GOLD, 2023
Referências
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras.
Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. Disponível em: https://abccardiol.org/wp-
content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-116-03-0516/0066-782X-abc-116-03-
0516.x55156.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : diabetes
mellitus. Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 160 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica,
n. 36). Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_m
ellitus_cab36.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília
: Ministério da Saúde, 2014. 156 p. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-brasil/publicacoes-para-promocao-a-
saude/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf/view
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão
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