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Você acertou 2 de 7 questões Verifique o seu desempenho e continue treinando! Você pode refazer o exercício quantas vezes quiser. Verificar Desempenho 1 Marcar para revisão O STF, como fica evidenciado pelo estudo do Direito Constitucional, ocupa posição de destaque na engenharia do Poder Judiciário por causa de sua competência. Diante desse cenário, é acertado afirmar que: A B C D E O STF situa-se na cúpula do Poder Judiciário e exerce a função de Corte Constitucional, a função de órgão máximo do Judiciário nacional e a função de órgão jurisdicional criminal originário, sendo, por isso, que possui três turmas, cada uma responsável por uma dessas funções. São classificadas as competências do STF em originária, ordinária e extraordinária, estando elas no art. 102 que as descreve de forma exaustiva, sem qualquer possibilidade de alargamento. O STF jamais reconheceu que a declaração de constitucionalidade em recurso extraordinário levaria à improcedência da ação direta de inconstitucionalidade com o mesmo objeto, posto que compreende como incorreto o argumento da comunicabilidade das vias difusa e concentrada. Na visão da Corte, é atípica a utilização da modulação temporal dos efeitos da decisão em um recurso extraordinário, exatamente porque nesse tipo de situação se julga um caso particularizado. Ao longo do tempo, vem ocorrendo uma transmutação do recurso extraordinário, de modo a racionalizar os processos na Suprema Corte. Resposta incorreta Opa! A alternativa correta é a letra E. Confira o gabarito comentado! A B Gabarito Comentado É verdade que, ao longo do tempo, tem ocorrido uma transformação do recurso extraordinário, com o objetivo de tornar a jurisdição do STF mais objetiva e racionalizar seus processos. Um exemplo disso é o uso da súmula vinculante. Além disso, a Corte já reconheceu que a declaração de constitucionalidade em recurso extraordinário levaria à improcedência da ação direta de inconstitucionalidade com o mesmo objeto. No entanto, o STF não possui competência jurisdicional criminal originária. Em relação à competência originária, pode-se dizer que é uma competência excepcional e, portanto, a interpretação mais adequada seria restritiva. Por outro lado, seria mais apropriado implementar uma interpretação compreensiva, que admita a complementação de competências constitucionais por meio, principalmente, da interpretação sistemática e teleológica. O STF também entende pela modulação temporal dos efeitos da decisão em recurso extraordinário, em respeito à segurança jurídica e à razoabilidade. 2 Marcar para revisão A respeito do Órgão Especial pode ser dito que: A Constituição foi omissa quanto ao seu tratamento. Tem função delegada do Tribunal Pleno. C D E É imperativo em Cortes com mais de doze integrantes. Exerce competência tão somente administrativa. Compõe-se de dez julgadores oriundos em parte do critério de antiguidade e em parte de eleição. Resposta incorreta Opa! A alternativa correta é a letra B. Confira o gabarito comentado! Gabarito Comentado O Órgão Especial é uma entidade positivada pela Constituição de 1988, que recebe sua competência administrativa e jurisdicional por delegação do Tribunal Pleno. A Constituição permitiu a criação do Órgão Especial (art. 93, XI�. Este órgão pode ser estabelecido quando a segunda instância for composta por mais de 25 julgadores. Sua composição mínima é de 11 e máxima de 25 integrantes. No preenchimento das vagas, metade deve se dar por antiguidade e a outra metade por eleição do Tribunal Pleno. É importante ressaltar que suas competências administrativas e jurisdicionais são delegadas pelo referido Pleno. Portanto, a alternativa correta é a B, que afirma que o Órgão Especial tem função delegada do Tribunal Pleno. A B C D E 3 Marcar para revisão Com relação às Procuradorias-Gerais dos Estados �PGEs), a engenharia constitucional autoriza as seguintes interpretações acadêmicas e jurisprudenciais: Segundo o STF, a defesa dos interesses da pessoa política é de atribuição da PGE. Por similitude com o MP e a DP, os Procuradores do Estado possuem vitaliciedade, adquirindo-se com dois anos de efetivo exercício. Devido à ausência de mandamento constitucional estipulando a criação de uma carreira, pode a unidade federativa criar a Procuradoria de forma livre, aproveitando e escolhendo para exercer a função qualquer pessoa dos quadros de servidores do Estado. Porque representa o Estado, é imprescindível ao Procurador que obtenha procuração, instrumentalizando o respectivo mandato, para bem exercer suas funções. É proibida a criação de Procuradoria Legislativa, porque, como a unidade federativa é uma só, toda atividade de representação judicial e de consultoria jurídica fica nas mãos da PGE. Resposta incorreta Opa! A alternativa correta é a letra A. Confira o gabarito comentado! Gabarito Comentado A Procuradoria-Geral do Estado �PGE� é uma instituição que tem como função principal representar o Estado em questões judiciais e fornecer consultoria jurídica. A PGE é organizada em carreira e a estabilidade é garantida aos Procuradores após três anos de efetivo exercício. A necessidade de procuração para o exercício de suas funções é dispensada, pois o poder de representação decorre da lei. O Supremo Tribunal Federal �STF� já decidiu que é possível a criação de Procuradoria Legislativa para defender interesses específicos relacionados à autonomia ou independência diante dos outros Poderes. No entanto, a defesa dos interesses da pessoa política é de atribuição da PGE, conforme estabelecido na Ação Direta de Inconstitucionalidade �ADI� 1.557. Portanto, a alternativa correta é a A, que afirma que, segundo o STF, a defesa dos interesses da pessoa política é de atribuição da PGE. 4 Marcar para revisão O MP é regido eminentemente por uma legislação própria. Sobre isso, é possível extrair do desenho constitucional: A B C D E O MPU e os MPs estaduais se regem pela mesma lei que esgota todo seu regime jurídico. A legislação dos MPs estaduais é única e tem aplicação direta ao MPU. A lei nacional do MP é fruto da iniciativa privativa do PGR, chefe nacional de todos os MPs. Existe lei específica de organização do MPU e sua iniciativa para deflagração do processo legislativo é privativa do PGR. As normas específicas de organização dos MPs estaduais são de iniciativa dos respectivos PGJs. Resposta correta Parabéns, você selecionou a alternativa correta. Confira o gabarito comentado! Gabarito Comentado O tema em questão é influenciado pelo art. 128, §5º e do art. 61, §1º, II, "d". A lei nacional do MP, que estabelece as normas gerais, é de iniciativa privativa do Presidente da República. No que se refere à iniciativa legislativa para a organização do MPU, é necessário observar o art. 61, §1º, II, 'd', primeira parte, que confirma a privatividade do Presidente da República. Contudo, a Constituição de 1988 concede A B iniciativa facultativa ao PGR (art. 128, §5º), o que permite afirmar que há iniciativa concorrente. Por outro lado, a iniciativa legislativa para a norma de organização do MP estadual, sob a perspectiva do art. 128, §5º, é do PGJ. No entanto, há uma corrente de pensamento que defende que, se a Constituição do Estado possuir norma semelhante à do art. 61, §1º, II, 'd', a iniciativa será concorrente entre o Governador do Estado e o PGJ. Portanto, a alternativa correta é a E, que afirma que as normas específicas de organização dos MPs estaduais são de iniciativa dos respectivos PGJs. 5 Marcar para revisão A vitaliciedade é uma garantia trazida expressamente pelo texto constitucional. Com relação a ela, doutrina e jurisprudência fazem aportes que a definem. Quanto à vitaliciedade, é correto afirmar que: A vitaliciedade do sistema constitucional brasileiro é igual ao do aplicado no direito norte-americano aos Justices da Suprema Corte (equivalente aos Ministros do STF, aqui no Brasil), podendo o Magistradosó deixar o Tribunal quando do seu falecimento. Como a própria semântica da palavra permite dizer, a vitaliciedade não permite que o Magistrado perca o cargo por meio de decisão judicial transitada em julgado. C D E Os Magistrados que ingressam na carreira na segunda instância ou em Tribunal Superior ou no STF, adquirem vitaliciedade imediatamente, independentemente de período de dois anos de exercício. A vitaliciedade possui um sentido absoluto, significando que nenhum Magistrado pode sofrer impeachment. Para adquirir a vitaliciedade, o Juiz que ingressou na carreira pela via do concurso público precisa passar por um estágio de três anos de efetivo exercício, quando poderá ser reprovado e perder o cargo por decisão do Tribunal a que estiver vinculado. Resposta incorreta Opa! A alternativa correta é a letra C. Confira o gabarito comentado! Gabarito Comentado A vitaliciedade é uma garantia constitucional que se aplica aos magistrados no Brasil. No entanto, ela não é absoluta e nem se assemelha à vitaliciedade do sistema norte- americano. No Brasil, a vitaliciedade pode ser perdida por decisão judicial transitada em julgado e os Ministros do STF podem sofrer impeachment, conforme autorizado pela Constituição. Além disso, a aquisição da vitaliciedade varia de acordo com a instância em que o magistrado ingressa na carreira. Na primeira instância, o magistrado precisa passar por um estágio de efetivo exercício de dois anos para adquirir a vitaliciedade, período no qual o cargo pode ser perdido por decisão do respectivo Tribunal. No entanto, para os magistrados que ingressam na carreira na Questão 7 de 7 1 2 3 4 5 6 7 Exercicio Poder Judiciário e Funções Essenciais À Justiça Sair A B C segunda instância, em Tribunal Superior ou no STF, a vitaliciedade é adquirida imediatamente, sem a necessidade de um período de dois anos de exercício. 6 Marcar para revisão Sobre a cláusula de reserva de plenário, instituto relevante no controle de constitucionalidade, é possível destacar: Tem vez em processos julgados em Turmas Recursais. Encontra aplicação quando se suscita a constitucionalidade de uma norma municipal. É o sobrestamento do feito, implementado por um órgão fracionário do Tribunal, para que este medite e reflita sobre uma questão de ordem constitucional e possa, logo depois, realizar seu julgamento. Corretas �2� Incorretas �5� Em branco �0� D E Só tem espaço quando provocado por terceiro interessado na causa e quando a questão sobre a inconstitucionalidade é veiculada no pedido da demanda. Não pode um órgão fracionário de Tribunal, para não se submeter à cláusula, afastar a aplicação de um dispositivo de lei, deixando de declarar expressamente sua inconstitucionalidade. Resposta incorreta Opa! A alternativa correta é a letra E. Confira o gabarito comentado! Gabarito Comentado O Supremo Tribunal Federal �STF� considera como uma violação à cláusula de reserva de plenário quando um órgão fracionário de Tribunal, para evitar a submissão à cláusula, deixa de aplicar um dispositivo de lei sem declarar explicitamente sua inconstitucionalidade. Isso levou à edição da súmula vinculante nº 10, que afirma: "Viola a cláusula de reserva de plenário �CF, artigo 97� a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte". Este entendimento, por ser sumulado de forma vinculante, permite a apresentação de reclamação ao STF em caso de descumprimento de seu preceito. A cláusula de reserva de plenário não se aplica a processos julgados pelas Turmas Recursais. Quando um integrante de órgão fracionário do Tribunal percebe que seu processo contém uma matéria com inconstitucionalidade, é necessário que, ao reconhecer tal situação, o assunto seja encaminhado ao Tribunal Pleno ou ao Órgão Especial. A B C 7 Marcar para revisão A existência de uma engenharia constitucional na qual o poder não fique concentrado nas mãos de um só agente mostrou-se historicamente importante. No entanto, ainda com um desenho de separação de funções, não existe uma certeza de que aqueles que estão investidos em seus cargos respeitarão os demais. Quando os olhos se voltam ao Poder Judiciário, a situação pode ser mais delicada por conta da falta de domínio da força ou das finanças. Sobre esse contexto, é possível realçar que: A Constituição de 1988 reclama a um só tempo independência e harmonia entre os ramos de poder. Disso, porém, não se deve extrair qualquer normatividade. Não se deve entender como ínsito ao Estado Democrático de Direito que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário compreendam uma temática constitucional com visões distintas. Isso porque apenas aqueles dois primeiros são investidos pela vontade do povo. A manipulação da competência jurisdicional, o impeachment de Ministros do STF por razões não disciplinares e a recusa na implementação de decisões judiciais, tudo para forçar o alinhamento da jurisprudência às preferências políticas de uma maioria, podem ser vistos como investidas ilegítimas sobre o Poder Judiciário. D E Investidas ilegítimas sobre o Poder Judiciário devem ser compreendidas como algo normal e não servem de fundamento para fixação de garantias à Magistratura. O processo de nomeação de Ministros tem previsão constitucional e sempre importa em fragilização do Poder Judiciário. Resposta correta Parabéns, você selecionou a alternativa correta. Confira o gabarito comentado! Gabarito Comentado As ações de manipulação da competência jurisdicional, a busca pelo impeachment de Ministros do STF por razões não disciplinares e a recusa na implementação de decisões judiciais são formas de forçar o alinhamento da jurisprudência às preferências políticas de uma maioria. Essas ações podem ser consideradas como investidas ilegítimas sobre o Poder Judiciário. Essas condutas representam uma afronta à independência dos Poderes, constituem uma ameaça a todos os juízes e destacam a importância das garantias da Magistratura. É fundamental entender que é parte do jogo democrático que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, cada um à sua maneira, desenvolvam e resolvam determinados temas. A Constituição estrutura isso. Por isso, ela pede harmonia entre esses atores. Essas ações prejudicam o Estado de Direito, pois enfraquecem a independência judicial, debilitando a aplicação imparcial do direito. Sob uma perspectiva prescritiva, esses ataques violam a separação de funções e as garantias da Magistratura. Antecipando essas situações, o Constituinte previu as garantias da Magistratura.