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FARMACOLOGIA AULA 6 Profª Deborah Galvão Coelho da Silva CONVERSA INICIAL Uma interação de drogas ocorre quando os efeitos de uma droga são alteradas de alguma forma pela presença de outra, por alimento ou por exposição ambiental. Até recentemente, pouca ênfase havia sido colocada na previsão de potenciais interações medicamentosas durante o processo de desenvolvimento de medicamentos. Agora, porém, mais tempo e energia são dedicados à identificação dessas interações no ambiente pré-clínico; isso é em grande parte devido à descoberta de interações com risco de vida entre os medicamentos comercializados. Além das interações “comuns” entre medicamentos, podemos destacar outras, como interação entre medicações e alimentos, entre medicamentos e materiais biológicos, interações que impactam em resultados laboratoriais, entre tantas outras. Figura 1 – Interações medicamentosas Crédito: Kohyao/Shutterstock. Nesta aula, vamos abordar as principais interações farmacológicas, interações entre medicamentos e alimentos, e interações dos fármacos em parâmetros bioquímicos. MS, que recebeu a prescrição de tetraciclina 500 mg/dia para o tratamento de uma infecção bacteriana, sem saber o tomou todos os dias durante o café da https://www.shutterstock.com/pt/g/KOHYAO 3 manhã, incluindo leite em suas refeições. Após alguns dias de tratamento, percebeu que o medicamento não estava resolvendo. Ao questionar o médico, foi informado de que havia ocorrido interação da tetraciclina com o leite. Qual é o mecanismo dessa interação? TEMA 1 – INTERAÇÃO ENTRE FÁRMACOS É amplamente reconhecido que o risco de desenvolver uma reação adversa a medicamentos (RAM) secundária a uma interação medicamento- medicamento aumenta significativamente com o número de medicamentos que o paciente está recebendo. Uma interação é normalmente descrita pelos medicamentos ou classe de medicamentos que envolve, o mecanismo pelo qual ocorre, o efeito resultante (toxicidade ou perda de eficácia), a gravidade clínica do efeito (menor, moderada ou grave) e a probabilidade de que o resultado adverso seja em decorrência da interação em questão (improvável, possível, suspeito, provável ou estabelecido). As pequenas interações medicamentosas geralmente têm consequências clínicas limitadas e não requerem nenhuma mudança na terapia. Um exemplo de interação menor é aquele que ocorre entre a hidralazina e a furosemida. Os efeitos farmacológicos da furosemida podem ser aumentados pela administração concomitante de hidralazina, mas geralmente não em um grau clinicamente significativo. Enquanto pequenas interações medicamentosas geralmente podem ser desconsideradas ao avaliar um regime de medicação, as interações moderadas geralmente requerem uma alteração na dosagem ou aumento do monitoramento. A combinação de rifampicina e isoniazida, por exemplo, leva ao aumento da incidência de hepatotoxicidade. Apesar dessa interação, os dois medicamentos ainda são usados em combinação com o monitoramento frequente das enzimas hepáticas. As interações graves, entretanto, geralmente devem ser evitadas sempre que possível, pois resultam em toxicidade potencialmente grave. 4 TEMA 2 – ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS E FARMACODINÂMICOS DA INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA Os mecanismos de interação medicamentosa podem ser caracterizados como farmacodinâmicos ou farmacocinéticos. Uma interação farmacodinâmica resulta da interferência de um medicamento por um segundo medicamento em seu local-alvo, ou da alteração de alguma forma da resposta de sua farmacologia prevista. A consequência dessa interação resulta em aditividade, sinergia ou antagonismo do efeito pretendido. As interações farmacodinâmicas não envolvem alterações na concentração do fármaco no plasma ou no local de ação-alvo. As interações farmacocinéticas, entretanto, ocorrem quando um fármaco altera a absorção, distribuição, metabolismo ou eliminação de outro, alterando sua concentração no plasma e, consequentemente, no sítio de ação-alvo. As interações medicamentosas clinicamente significativas são mais frequentes em decorrência de alterações na farmacocinética, secundárias à modulação do metabolismo da droga. Em alguns casos, uma interação significativa pode resultar de uma combinação de mecanismos farmacocinéticos e farmacodinâmicos. As interações que afetam a absorção do medicamento podem resultar em alterações na taxa de absorção, na extensão da absorção ou na combinação de ambos. As interações que resultam em uma taxa reduzida de absorção geralmente não são clinicamente importantes para os medicamentos de manutenção, desde que a quantidade total do medicamento absorvida não seja afetada. Entretanto, para medicamentos administrados de forma aguda, como sedativos-hipnóticos ou analgésicos, uma redução na taxa de absorção pode causar um atraso no início do efeito farmacológico do medicamento. O grau de absorção de um medicamento pode ser afetado por alterações no tempo de transporte do medicamento ou na motilidade gastrointestinal, pH gastrointestinal, enzima intestinal do citocromo P450 (CYP) e atividade da proteína de transporte e quelação do medicamento no intestino. Em geral, uma mudança na extensão da absorção do medicamento que exceda 20% é geralmente considerada clinicamente significativa. Medicamentos que alteram a motilidade gastrointestinal podem afetar a absorção de drogas, alterando a taxa em que as drogas são transportadas para 5 dentro e através do intestino delgado, o principal local de absorção para a maioria das drogas. Teoricamente, os medicamentos com alta ligação às proteínas (> 90%) podem deslocar outros medicamentos com alta ligação às proteínas dos locais de ligação, aumentando assim a distribuição dos medicamentos. As interações de ligação às proteínas podem ocorrer quando dois ou mais medicamentos com alta ligação às proteínas competem por um número limitado de locais de ligação nas proteínas plasmáticas. Um exemplo de interação é entre ciprofibrato, usado para reduzir o colesterol e os triglicerídeos no sangue, e a varfarina, um anticoagulante comum para ajudar a prevenir coágulos. O ciprofibrato pode aumentar os efeitos da varfarina e causar um sangramento excessivo. Os medicamentos são geralmente eliminados do corpo como fármaco inalterado ou como metabólito. As enzimas hepáticas costumam ser responsáveis pela decomposição dos medicamentos para eliminação do corpo. No entanto, os níveis de enzimas podem aumentar ou diminuir e afetar a forma como os medicamentos são decompostos. Por exemplo, o uso de diltiazem com sinvastatina pode elevar os níveis sanguíneos e os efeitos colaterais da sinvastatina. O diltiazem pode inibir as enzimas CYP450 3A4 necessárias para a degradação da sinvastatina. Níveis elevados de sinvastatina no sangue podem causar efeitos colaterais graves no fígado e músculos. A inibição da atividade enzimática é um mecanismo comum de interações metabólicas clinicamente significativas. A inibição da enzima diminui a taxa de metabolismo da droga, aumentando assim a quantidade da droga no corpo, levando ao acúmulo e potencial toxicidade. A inibição da enzima pode ser descrita por sua reversibilidade, variando de rapidamente reversível a irreversível. As interações em decorrência da inibição metabólica reversível podem ser posteriormente categorizadas em mecanismos competitivos ou não competitivos. Na inibição reversível, a atividade enzimática é recuperada pela eliminação sistêmica do inibidor, de modo que o tempo para a recuperação da enzima depende da meia-vida de eliminação do inibidor. A inibição competitiva é caracterizada pela competição entre o substrato e o inibidor pelo sítio ativo da enzima. A competição pela ligação da enzima pode ser superada aumentando a concentraçãodo substrato, sustentando assim a velocidade da reação enzimática, apesar da presença de um inibidor. 6 Em contraste, a inibição da enzima não competitiva não pode ser superada pelo aumento da concentração de substrato. Na inibição não competitiva, o inibidor se liga a um local separado na enzima, tornando o complexo enzima-substrato não funcional. A inibição metabólica irreversível ou quase irreversível ocorre quando o composto original ou um intermediário metabólico se liga à porção de heme ferroso reduzido da enzima P450, inativando-a. Na inibição irreversível, ou “inibição suicida”, o intermediário forma uma ligação covalente com a proteína CYP ou seu componente heme, causando inativação. Uma série de eventos leva ao aumento da síntese de isoenzimas CYP, com um aumento resultante de sua atividade catalítica. Essa indução enzimática pode aumentar a depuração intestinal e hepática de drogas, posteriormente alterando as concentrações séricas. Na maioria dos casos de indução enzimática, os aumentos na síntese enzimática resultam do aumento da transcrição genética por meio da ativação de receptores nucleares. Alguns anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como a indometacina, podem diminuir a função renal e afetar a excreção de lítio (utilizado no transtorno de humor), sendo necessário o ajuste de dose desse fármaco e monitoramento do paciente. TEMA 3 – INTERAÇÃO FÁRMACO-ALIMENTO A administração com alimentos também pode impactar significativamente a biodisponibilidade e farmacocinética dos medicamentos. A interação alimento-medicamento é um domínio amplo e os alimentos que um paciente ingere podem afetar a taxa e a extensão da biodisponibilidade do medicamento para o corpo. As interações medicamentosas podem resultar em redução, atraso ou aumento da disponibilidade sistêmica do medicamento. Os alimentos podem influenciar a taxa de absorção do fármaco sem afetar a quantidade total absorvida, e tanto a taxa como a extensão da absorção podem ser aumentadas mesmo que a taxa de esvaziamento gástrico seja reduzida. Os alimentos podem influenciar não apenas a absorção, mas também o metabolismo de primeira passagem dos medicamentos no intestino e no fígado. Os alimentos aumentam a biodisponibilidade de vários anti-hipertensivos que incluem propranolol, metoprolol e labetalol, o que pode estar relacionado à 7 redução da depuração pré-sistêmica. Entretanto, no caso do atenolol, o alimento reduz a biodisponibilidade da droga em cerca de 20%. Uma das interações alimentos-medicamentos mais conhecidas é o suco de toranja e os inibidores da HMG-CoA redutase, mais comumente conhecidos como estatinas. O suco de toranja em grandes quantidades pode inibir a enzima citocromo P450 3A4 (CYP3A4) e aumentar os níveis sanguíneos de medicamentos metabolizados por essa via, certos medicamentos como estatinas, por exemplo. Além disso, nem todas as estatinas apresentam essa interação: apenas atorvastatina, sinvastatina e lovastatina são metabolizados pela isoforma CYP3A4. Dessas três estatinas, a atorvastatina é a menos afetada pelo suco de toranja. Assim, as outras (rosuvastatina, pravastatina e fluvastatina) podem ser alternativas aceitáveis para pacientes que consomem regularmente grandes quantidades de suco de toranja. Quando grandes quantidades de suco de toranja são consumidas em combinação com esses medicamentos, os pacientes apresentam um risco aumentado de efeitos colaterais relacionados às estatinas, mais notavelmente toxicidade muscular, que pode se manifestar como mialgia, miopatia ou rabdomiólise. Outras drogas além das estatinas apresentam o mesmo efeito, tal como bloqueadores dos canais de cálcio (anlodipino, nifedipino), inibidores da fosfodiesterase (sildenafila, tadalafila), antidepressivos etc. Os alimentos não apenas afetam o metabolismo das drogas, mas também, em alguns casos, as drogas interagem e alteram o metabolismo dos aditivos alimentares, como a cafeína. Embora seja apropriado considerar a cafeína como uma droga em si, em vez de um aditivo alimentar, alguns pacientes podem desconsiderar o fato de que um alto teor de cafeína é encontrado no café, chá, refrigerantes e outros alimentos e bebidas “energéticos”. Muitos medicamentos comuns interferem no metabolismo da cafeína, resultando em um aumento nos níveis de cafeína no sangue. O ciprofloxacino inibe o metabolismo da cafeína, resultando no aumento dos efeitos da cafeína. Outras fluoroquinolonas não parecem afetar o metabolismo da cafeína e, portanto, podem ser vistas como alternativas para pacientes que consomem grandes quantidades de cafeína durante o dia. As tetraciclinas interagem com a administração simultânea de cálcio e/ou laticínios com alto teor de cálcio. Os bisfosfonatos (alendronato, risedronato e 8 ibandronato) têm baixa biodisponibilidade e pouca droga é absorvida quando administrada com qualquer tipo de alimento ou bebida além da água. Alimentos ricos em proteínas podem interferir ou potencializar a absorção de vários medicamentos. Consumir uma refeição rica em proteínas e tomar propranolol ao mesmo tempo pode aumentar a biodisponibilidade do betabloqueador. A coadministração de proteína e propranolol pode aumentar eventos adversos como bradicardia, hipotensão e, em decorrência da não seletividade para receptores beta-1, broncoconstrição. Dietas ricas em proteínas podem diminuir a concentração e eficácia de carbidopa/levodopa e teofilina, resultando em condições subterapêuticas e exacerbação das condições. Embora não seja um alimento per se, as interações medicamentosas com o álcool são numerosas e importantes. Alguns exemplos são benzodiazepínicos, antidepressivos, barbitúricos, anti-histamínicos, opiáceos, relaxantes musculares, antipsicóticos e anticonvulsivantes. Quando esses medicamentos são tomados concomitantemente com o álcool, os pacientes apresentam um risco aumentado de ataxia, sonolência, depressão respiratória e deficiência motora, o que pode levar a quedas, acidentes e lesões. TEMA 4 – INTERAÇÃO DOS FÁRMACOS EM PARÂMETROS BIOQUÍMICOS A interferência das drogas na análise química clínica é considerada uma questão de contínuo interesse na rotina laboratorial. O aumento do consumo de suplementos vitamínicos e, principalmente, o uso de grandes doses de vitamina C (ácido ascórbico) tornaram-se problemas adicionais para analistas de laboratórios clínicos. O ácido ascórbico é prontamente absorvido do trato intestinal e atinge o plasma em níveis elevados. Quando presente em amostras biológicas, o ácido ascórbico pode interferir na medição dos parâmetros bioquímicos séricos, causando um falso resultado. Esse valor de teste laboratorial alterado pode resultar em um diagnóstico errôneo, uso desnecessário de um tratamento ou uso de uma dose inadequada de medicamento. Esse método é frequentemente utilizado na medição de glicose, colesterol total, triglicerídeos e urato. Além de inibir a reação de Trinder, o ácido ascórbico também pode interferir in vitro e/ou in vivo na determinação de bilirrubina, fosfato, creatinina e das enzimas aminotransferase, lactato desidrogenase e fosfatase alcalina. 9 Alguns medicamentos utilizados 10 dias antes dos exames bioquímicos podem alterar os resultados. Os tipos de interferências podem ser biológicos, a qual se dá como resultado das ações farmacológicas dos medicamentos e/ou dos processos metabólicos durante o processo terapêutico. Ou também do tipo analítica, a qual ocorre interação físico-químicas com reagentes ou as próprias reações analíticas. Os efeitos biológicos manifestam-se de diferentes maneiras, como redução da tolerância a glicose, com o uso de estrogênios; alteram a funcionalidade de órgãos e reações metabólicas, como é o caso da fenitoína, que reduz a secreção de insulina pelo pâncreas. Os efeitos analíticosmanifestam-se na interferência do medicamento com o método de análise: por exemplo, o ácido ascórbico reduz o nível de glicose pelo método da glicose-oxidase. As drogas frequentemente influenciam os processos fisiológicos in vivo e, portanto, afetam os testes laboratoriais. Um medicamento pode ter um efeito intencional ou não intencional em um resultado de teste de laboratório. A razão para solicitar exames laboratoriais frequentemente é monitorar a terapia com drogas, ou seja, uma elevação nos níveis de tiroxina livre em decorrência do tratamento com levotiroxina. Um nível elevado de cromogranina A pode ser indicativo de atividade de um tumor neuroendócrino. No entanto, como um exemplo de efeito indesejado de um medicamento, isso também pode resultar da administração de inibidores da bomba de prótons frequentemente prescritos (omeprazol, pantoprazol etc.). Outro exemplo é um nível elevado de creatinina em pacientes em uso de trimetoprima. Ao inibir a secreção de creatinina, a trimetoprima pode levar a uma elevação na creatinina sérica, independentemente de quaisquer alterações na taxa de filtração glomerular. Essa elevação artificial da creatinina impacta a estimativa da taxa de filtração glomerular e pode, em certos casos, levar erroneamente à conclusão de uma função renal prejudicada. Caso não seja levada em consideração a possível influência indesejada da droga em uso em um resultado de teste de laboratório, pode haver diagnóstico e tratamento incorretos e um acompanhamento desnecessário. TEMA 5 – PRECAUÇÕES PARA INTERAÇÃO ENTRE FÁRMACOS Existem milhares de medicamentos controlados, e cada vez mais novos medicamentos introduzidos ano a ano; centenas de suplementos dietéticos e 10 produtos fitoterápicos disponíveis em farmácias e drogarias. Os consumidores devem estar cientes dos perigos de combinar certos medicamentos e outras substâncias, incluindo suplementos, produtos à base de plantas, alimentos e bebidas. Os pacientes que tomam medicamentos prescritos devem saber que, além dos possíveis efeitos colaterais, é importante estar ciente de como os medicamentos interagem com outros medicamentos, suplementos e certos alimentos e bebidas. Reações particularmente perigosas podem ocorrer quando existe mais de um tratamento sendo feito, havendo a necessidade de tomar dois ou mais medicamentos com propriedades semelhantes. Também é perigosa a situação em que a pessoa ingere drogas com propriedades opostas e que anulam seus benefícios. NA PRÁTICA A interação entre a tetraciclina e o cálcio do leite é um clássico exemplo de interação entre fármaco-alimento. A associação das duas substâncias forma um quelato insolúvel no trato gastrintestinal, e associado aos cátions presentes em derivados lácteos, diminui a absorção do antibiótico em cerca de 50% a 90%, reduzindo a biodisponibilidade eficácia antimicrobiana das tetraciclinas por via oral. FINALIZANDO Vimos, nesta aula, algumas das possíveis interações farmacológicas que podem ocorrer entre diferentes medicamentos, influenciando aspectos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, como aumentar a biodisponibilidade de algum fármaco, diminuir a absorção ou até mesmo competir pela ligação à proteína plasmática. Além disso, vimos também as interações que podem ocorrer entre fármacos e alimentos, interferindo no modo como os medicamentos atuam no corpo. Alguns alimentos podem aumentar ou diminuir os efeitos das drogas, podendo contribuir também para graves efeitos colaterais. Alguns suplementos vitamínicos, e outros minerais podem interferir também na análise bioquímica e parâmetros biológicos mediante testes laboratoriais. Vimos a influência da vitamina C em alguns desses parâmetros e, 11 além dela, podemos também ressaltar a importância de algumas associações que são benéficas para o organismo, como é o caso da vitamina D associada ao cálcio. Embora as diferentes interações existentes possam ser evitadas, ou até mesmo minimizadas, é válido ressaltar que antes de qualquer interferência é necessário avaliar o beneficio dessa interação e seus efeitos em longo prazo. 12 REFERÊNCIAS BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman. 12 ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. CLARK, A. et al. Lippincott’s Illustrated Reviews: Pharmacology. Alphen aan den Rijn: Wolters Kluwer, 2012. v. 5. GOLAN, D. E. et al. Principios de farmacologia. 3. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2014. LULLMANN, et al. Color Atlas of Pharmacology. 5. ed. Stuttgart: Thieme, 2005. RANG, H. P. et al. Rang & Dale Farmacologia. 8. ed. Cambridge: Elsevier, 2016.