Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

3ºAula
Aula Prática: Apresentação do 
Laboratório
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• conhecer as normas de conduta para trabalho em laboratório e os principais equipamentos utilizados;
• produzir uma solução com o uso de alguns dos equipamentos apresentados.
Caros(as) alunos(as),
Nesta aula, iremos apresentar o laboratório, conhecer os 
seus principais aspectos necessários às práticas experimentais 
que serão desenvolvidas. Na primeira seção, apresentaremos as 
normas essenciais para manter a segurança dos trabalhos em 
laboratório. Em seguida, veremos algumas das simbologias 
que as representam e listaremos as vidrarias e os equipamentos 
básicos recorrentemente utilizados. Na seção 2, serão expostas 
as principais definições relacionadas às soluções e demonstradas 
três soluções, sendo duas com soluto sólido, o cloreto de 
sódio e o nitrato de cálcio, e uma com solução líquida, o ácido 
clorídrico. 
Bons estudos!
Química Geral e Experimental 24
Seções de estudo
1. Normas de segurança do laboratório e apresentação 
das vidrarias e equipamentos básicos
2. Demonstração de uma solução
1 - Normas de segurança do 
laboratório e apresentação das 
vidrarias e equipamentos básicos
Os laboratórios de química são locais com risco de 
acidentes devido ao manuseio de uma grande quantidade de 
substâncias e equipamentos. Não são locais necessariamente 
perigosos, contudo é necessário atentar-se as normas de 
segurança realizando o trabalho de modo cuidadoso 
(OLIVEIRA et al., 2007; DA SILVA et al., 1990). 
Podemos então definir as seguintes regras para a 
utilização dos laboratórios:
1. ouça atentamente as instruções do professor ou de 
seu auxiliar;
2. realizar alterações nas atividades planejadas apenas 
com a consulta prévia ao professor ou seu auxiliar;
3. não comer ou beber no laboratório;
4. não correr e manter condutas adequadas de 
comportamento;
5. a entrada no laboratório apenas é permitida com o 
uso do jaleco;
6. não fumar;
7. não utilizar lentes de contato, ou utilizar óculos de 
proteção obrigatoriamente;
8. evite o contato direto nos produtos químicos, não 
prove e não cheire, a não ser que seja orientado pelo 
professor;
9. não utilize anéis, pingentes e outros acessórios;
10. caso possua cabelo cumprido, prenda-o;
11. utilize sempre calçado fechado;
12. evite interação com as substâncias desconhecidas;
13. mantenha as bancadas limpas e organizadas, e o 
chão limpo e seco;
14. não obstrua os locais de livre circulação;
15. realize as atividades em pé, acompanhado de outras 
pessoas;
16. lave as mãos com frequência, no início, durante e no 
fim do trabalho;
17. evite manusear aparelhos elétricos com as mãos 
úmidas;
18. deve ser verificada a voltagem de todos os aparelhos 
elétricos, verificando se é apropriada a voltagem 
fornecida pela rede;
19. as substâncias nunca devem ser dispostas no chão 
ou atrás de portas;
20. os produtos sempre devem ser guardados em frascos 
com rótulo elaborado de maneira concisa; 
21. materiais defeituosos não devem ser utilizados;
22. materiais contendo substâncias reativas não devem 
ser agitados fora da bancada;
23. soluções de hidróxidos inorgânicos devem ser 
armazenadas em recipientes de polietileno;
24. reagentes explosivos devem ser armazenados em 
locais adequados e não em recipientes de vidro;
25. as substâncias que apresentam riscos à saúde devem 
ser descritas em seu rótulo, com distinção clara e 
objetiva;
26. utilize pequenas quantidades nas experiências, 
conforme indicado;
27. reagentes à água devem ser armazenados em locais 
secos e afastados pontos de água;
28. sempre manter os frascos fechados e em locais 
adequados;
29. os restos das reações devem ser manejados de modo 
apropriado, conforme as indicações do professor ou 
do auxiliar (GERBASE et al., 2005).
O diamante de Hommel convenciona sinais para a fácil 
compreensão dos perigos dos materiais, veja:
Figura 3.2 – Diamante de Hommel – Fonte: (OLIVEIRA et al., 2007).
A periculosidade varia de um máximo igual a 4 a um 
mínimo igual a 0, então a simbologia pode ser complementada 
pela Figura 3.3 para danos especiais.
Figura 3.3 – Danos especiais do Diamante de Hommel – Fonte: (OLIVEIRA et al., 
2007).
Na Figura 3.4, consta essa relação de periculosidade para 
a reatividade: 
25
Figura 3.4 – Reatividade do Diamante de Hommel – Fonte: (OLIVEIRA et al., 2007).
Para a inflamabilidade tem-se:
Figura 3.5 – Inflamabilidade do Diamante de Hommel. Fonte: (OLIVEIRA et al., 
2007).
Quanto aos danos à saúde, dispõe-se a relação de 
periculosidade da Figura 3.6.
Figura 3.6 – Danos à saúde do Diamante de Hommel. Fonte: (OLIVEIRA et al., 2007).
É fundamental o conhecimento dos elementos de 
um laboratório para a realização das atividades propostas. 
Conforme Bellovi (1984) e Fonseca et al. (1997), as principais 
vidrarias e equipamentos de laboratório são demonstradas no 
Quadro 3.1.
Quadro 3.1 – Vidraria de laboratório – Disponível em: 
(<http://www.prolab.com.br/produtos/vidrarias-para-
laboratorio>; <http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/
vidrarias-de-laboratorio-2/>). Acesso em: 26/06/2018.
Balão de fundo redondo 
Utilizado em sistemas de refluxo e 
evaporação a vácuo quando acoplado a um 
rotaevaporador. Também é empregado em 
reações com produtos gasosos.
Balão volumétrico 
Utilizado para o preparo preciso de soluções, 
pois possui volume definido.
Química Geral e Experimental 26
Bastão de vidro 
Pode agitar líquidos ou transferi-los de um 
local a outro. Como o material é vidro, não 
causa reações químicas com a substância em 
contato.
Béquer forma alta 
O béquer pode possuir forma alta ou baixa. 
Utilizado para o preparo de soluções, 
pesagem de sólidos, aquecimento de líquidos, 
reações de precipitação e em recristalizações.
Béquer forma baixa
Possui as mesmas aplicações anteriores, 
porém a sua forma distinta acarreta em 
outras medidas. 
Bureta 
Equipamento calibrado para a medição de 
volume e líquidos de forma precisa. A sua 
graduação é em décimos de milímetro. 
Empregada em titulações.
Condensador de tubo reto 
Condensa vapores. Utilizado em aquecimento 
de líquidos sob refl uxo e para destilação. A 
sua superfície de condensação é pequena. 
Condensador de serpentina
Possui grande área de condensação 
superfi cial. Empregado em resfriamento de 
vapores com baixo ponto de ebulição.
Condensador de bolas 
A água circula no lado externo e o vapor no 
lado interno das bolas do condensador, e 
depois é recolhido na parte inferior.
Cuba de vidro 
Utilizada principalmente para o banho de 
gelo.
Dessecador
Armazena substâncias em locais com baixo 
teor de umidade. Como substâncias sólidas 
para a secagem. Sílica gel contribui para 
manter o seu interior com baixo teor de 
umidade.
Frasco Erlenmeyer 
Pode ser utilizado para titulações, aquecer 
líquidos e dissolver substâncias, como o 
béquer. Permite a agitação de modo manual.
Frasco kitassato
Um dos componentes utilizado na fi ltração 
a vácuo. A saída lateral é conectada a uma 
trompa de vácuo. Também é empregado na 
secagem de sólidos precipitados. 
Frasco para reativos
São frascos incolores, utilizados para reativos 
e substâncias que não se alteram sob a luz.
Funil de separação 
Empregado na separação de líquidos não 
miscíveis na decantação, a torneira auxilia no 
processo.
Funil simples 
Realiza a transferência de uma substância de 
um recipiente a outro. Com o auxílio de um 
papel de fi ltro.
Pipeta graduada
Utilizada na medição de pequenos volumes. 
Não pode ser utilizada para medidas precisas. 
E não pode ser aquecida.
Proveta ou cilindro graduado
Trata-se de um equipamento para medições 
precisas de líquidos. Não pode sofrer 
aquecimento. Os volumes variam de 25 ml a 
100 ml.
Termômetro
Realiza a medição de temperaturas de 
substâncias ou do meio.
Tubo de ensaio
Reações químicas de pequena escala podem 
ser realizadas em tubo de ensaio. Este 
equipamento pode sofrer o aquecimento, 
geralmente realizadosobre o bico de Bunsen.
Vidro de relógio
Pode ser utilizado em reações químicas que 
envolvam a evaporação em pequena escala. 
Também pode ser empregado para pesagem.
Almofariz e pistilo (porcelana)
Empregado na trituração e pulverização de 
sólidos em pequena escala.
27
 
Cadinho (porcelana)
Neste pode ser realizado o aquecimento 
de substâncias a baixa umidade e grande 
intensidade (calcinação). Suporta temperaturas 
acima de 500°C, e pode ser posicionado 
diretamente sobre o bico de Bunsen.
Cápsula (porcelana)
De porcelana, empregada para a secagem e 
a evaporação de substâncias das soluções, 
geralmente por meio de estufas, onde a 
temperatura aplicada deve ser inferir a 500°C. 
Espátula (porcelana)
Também são encontradas em inox e níquel, 
por exemplo. Realiza a transferência de sólidos.
Funil de Büchner (porcelana) 
Um dos equipamentos que podem integrar 
as filtrações a vácuo, em conjunto com o 
frasco kitassato e o papel de filtro.
Triângulo (porcelana)
Quando o cadinho é colocado diretamente 
em contato com a chama do bico de Bunsen, 
podem ser utilizados os triângulos de porcelana 
como suporte.
Bico de Bunsen (metal)
Aparelho de queima de gás de pequeno 
porte, onde a quantidade de gás e ar pode 
ser ajustada. Empregado, por exemplo, 
no aquecimento de produtos químicos, 
polimento de vidros e esterilização de objetos.
Pinça (metal)
Empregada na manipulação de objetos 
aquecidos.
Tela de amianto
Provoca a uniformização da distribuição 
de calor em uma substância quando 
aquecida por meio de um bico de Bunsen ou 
aquecedores elétricos. 
Tripé (metal)
Apoio para o aquecimento de soluções. 
Empregado em conjunto com a manta 
aquecedora. Apropriado para diversas vidrarias.
Argola ou anel (metal)
Apoia o funil para filtração, por meio de sua 
conexão ao suporte universal.
Garras (metal)
Forma uma braçadeira que prende vidrarias 
como os balões à haste do suporte universal.
Mufa (metal)
De forma semelhante às garras, a mufa 
adapta a haste do suporte universal a 
diversas vidrarias.
Suporte universal (metal)
Sustenta as peças e consequentemente os 
sistemas, como o funil de bromo.
Balança analítica 
Possibilita obter a medida de massas com 
alta precisão. Também há balanças semi-
analíticas, contudo, não possuem alto 
grau de confiabilidade para os resultados 
apresentados.
Banho-maria
É utilizado para o aquecimento de substâncias 
líquidas e sólidas que não permitam que seja 
de forma rápida e irregular, realizando assim 
de forma lenta e uniforme.
Centrífuga
Equipamento empregado para a separação 
rápida e precisa de líquidos e sólidos.
Estufa
Realiza a secagem de materiais, por meio do 
controle com o termostato. Pode alcançar a 
temperatura de 300 °C.
Manta elétrica
Fonte de calor ajustável, operada em conjunto 
com um balão de fundo redondo.
Mufla ou forno
Aparelho de aquecimento, aplicado 
principalmente na calcinação de substâncias, 
operando a temperatura máxima de 1800°C.
Pinça de madeira
Possui a finalidade de segurar tubos de ensaio 
em aquecimento, protegendo o manipulador 
contra queimaduras.
Química Geral e Experimental 28
Pisseta ou frasco lavador
Frasco de plástico usado para lavagem de 
materiais por meio de jatos de água ou álcool, 
por exemplo.
Trompa de Vácuo
Dispositivo no qual há fl uxo de água no seu 
interior, o que provoca o arraste de ar e a 
produção de vácuo no recipiente conectado. 
Como o sentido de fl uxo da água é único, 
deve-se atentar à indicação de posição no 
aparelho. 
2 - Demonstração de uma solução
Definições:
Uma substância pura é uma substância que apresenta 
composição e propriedades características, como a água, o 
ferro, o oxigênio e o sal (NaCl). Uma mistura é um conjunto de 
duas ou mais substâncias, e são homogêneas ou heterogêneas, 
onde estas últimas resultam da combinação das propriedades 
individuais. A fase é uma região distinguível em uma solução, 
por “olho nu” ou microscópio, onde as propriedades são 
iguais. Fases podem ser percebidas por estados físicos 
diferentes (MORA et al., 2006). 
A condição essencial para que uma reação química 
ocorra, é que haja contato entre duas substâncias, íons ou 
moléculas (ATKINS; JONES, 2012). A água é o principal 
meio onde ocorrem as reações bioquímicas. É considerada 
solvente universal. A concentração de uma solução indica a 
quantidade de um composto na mesma. Pode ser expresso 
nas unidades: g/L (gramas por litro); mg/dL (miligramas 
por decilitro); em porcentual, quando realizar a razão entre a 
massa de um soluto e massa da solução, por exemplo; p.p.m 
(partes por milhão); e M=mol/L (molar). 
As soluções chamadas de concentradas são as que 
apresentam alta proporção entre soluto e solvente na solução, 
enquanto que as diluídas são as que apresentam baixa 
concentração de soluto (ATKINS; JONES, 2012). Uma 
solução está saturada quando não se pode dissolver mais 
soluto. Trata-se de um estado de equilíbrio entre o soluto e 
o solvente. As soluções insaturadas são as que apresentam 
concentração de soluto inferior a apresentada quando a 
solução se encontra saturada. E as soluções supersaturadas 
apresentam concentração de soluto superior a presente na 
solução saturada. 
Tipos de soluções:
De acordo com Mora et al. (2006), uma solução pode ser 
classificada em gasosa, líquida ou sólida, ou seja, é classificada 
conforme o estado físico do solvente. O mesmo formato 
ocorre em soluções líquidas, onde o solvente é liquido. 
Porém, em uma solução sólida, gases podem ser dissolvidos 
no sólido, ou ainda é possível, por exemplo, misturar dois 
materiais fundidos e posteriormente resfria-los, promovendo 
a solidificação. 
As soluções gasosas são constituídas pela mistura 
uniforme de dois ou mais gases, em proporções indefinidas. 
Uma propriedade importante é que, em uma solução 
gasosa, as moléculas se movem de modo rápido e caótico. 
Um exemplo comum é o ar, composto por nitrogênio (N2), 
oxigênio (O2), argônio (Ar), gás carbônico (CO2), água (H2O), 
entre outros compostos. As soluções líquidas possuem o 
mesmo arranjo molecular de uma substância líquida pura. A 
diferença nessas consiste em serem formadas por partículas 
distintas. As partículas que compõem uma solução líquida 
conferem maior organização que a de uma solução gasosa. 
As soluções sólidas podem ser classificadas em 
sólidas substitucionais ou sólidas intersticiais (MORITA; 
ASSUMPÇÃO, 2001). No primeiro caso, a estrutura 
cristalina se apresenta de maneira regular, originada 
arbitrariamente ou por meio de partículas de diferentes 
tamanhos se organizando de modo a preencher a estrutura 
uniformemente. Em estruturas sólidas intersticiais, 
moléculas, íons ou átomos ocupam os espaços do retículo, 
como vértices, fissuras e interstícios. Exemplos comuns de 
soluções sólidas são o aço e o latão.
1. Preparo de soluções: 
2. Para preparar uma solução, devemos:
3. calcular a quantidade necessária;
4. pesar o soluto;
5. com uma pequena quantidade de solvente, realizar 
a dissolução em um béquer ;
6. transferir a solução para um balão volumétrico;
7. proceder com a homogeneização;
8. realizar a padronização (conteúdo abordado na 
aula 6);
9. armazená-la em um recipiente adequado;
10. rotular o recipiente.
Nesta aula, apenas realizaremos a demonstração de 
uma solução. A determinação de sua concentração por meio 
da padronização da substância será demonstrada na aula 6.
Conforme expõe Holler et al. (2009), durante a medição 
para a pesagem do soluto, utiliza-se a balança de precisão 
para os casos que não necessitem de grande rigor. As 
medidas de volume são averiguadas com o uso de: provetas, 
para medições de baixa precisão; pipetas, para medições 
de alta precisão; e balões volumétricos para a realização de 
diluições com precisão de volume.
Morita e Assumpção (2001) expõem os procedimentos 
para a preparação de soluções. Primeiro, realiza-se a 
pesagem do soluto disposto em um vidro de relógio. Depois 
é transferido a um béquer, de volume igual ao pretendido. 
Adiciona-seágua destilada para a diluição, com auxílio de 
uma espátula para a lavagem do vidro de relógio. Dessa 
maneira, todas as partículas presas são arrastadas. A solução 
é transferida para um balão volumétrico de mesmo volume 
que a solução a ser preparada. Novamente, com água 
destilada e uma espátula, realiza-se a lavagem, e em seguida 
o volume é preenchido com a água destilada até o menisco 
do balão. Se forem formadas bolhas de ar sobre o menisco, 
deve-se empregar uma pipeta de Pasteur para removê-las - 
caso contrário, a leitura do volume é afetada. Depois é feita a 
29
completa homogeneização por agitação, e a solução resultante 
deve ser guardada em frascos adequados e rotulados com o 
nome, a fórmula química do soluto, a sua concentração, a 
data de produção e a representação de sua isomeria ótica, se 
necessário. 
Como cuidados gerais pode-se citar: a realização da 
secagem do soluto; a correta pesagem com o aparelho 
adequado ao caso; manter as vidrarias limpas e assim não 
comprometer os resultados obtidos; calibrar as vidrarias, 
balanças e termômetros, por meio de calibradores; tratar os 
compostos na temperatura adequada; realizar a correta leitura 
da marca de aferição; e a correta rotulagem (BARROS NETO 
et al., 1998).
As soluções preparadas podem ser ácidas, bases ou 
sais, e para identificar o caráter dessas substâncias, são 
utilizados indicadores ácido-base. São substâncias orgânicas, 
que apresentam cores diferentes em uma solução quando 
há interação com bases ou ácidos. Cada indicador possui 
uma “zona de viragem” para o pH de base e de ácido. Por 
exemplo, a fenolftaleína apresenta a “zona de viragem” entre 
8,2 e 9,8, é incolor em uma solução ácida e rosa carmim em 
uma solução alcalina (HOLLER et al., 2009).
Cálculo de molaridade:
A concentração molar M (ou molaridade) é o número de 
mols n por unidade de volume V :
Onde a concentração molar é dado em mol.L-1 , o número 
de mols é em mol e o volume em . L Logo, o número de mols 
pode ser obtido por n=M.V e a massa total m é dada pelo 
produto entre o número de mols e a massa molar MM :
Em que a massa total é dada em g e a massa molar em 
g.L-1.
O número de mols também pode ser obtido por n=m/
MM. Com n=M.V e m=n.MM , pode ser determinado:
Onde a massa do composto pode ser obtida pelo produto 
entre a concentração molar, o volume ocupado pelo mesmo 
e a sua massa molar.
Procedimento Prático para o preparo de 100mL de 
NaCl a concentração de 0,5M :
Os equipamentos e vidrarias utilizados foram:
1. Proveta.
2. Béquer.
3. Espátula.
E as substâncias utilizadas foram:
1. Cloreto de sódio.
2. Água destilada.
Neste primeiro experimento, iremos utilizar um reagente 
sólido: o cloreto de sódio (NaCl), com massa molar de 58,44 
g.mol-1 , e diluí-lo em 100 mL de água destilada, para formar 
uma solução de com concentração de 0,5 M = 0,5 mol.L-1 . 
Primeiro, precisamos definir o volume da solução a ser 
preparada. No nosso experimento será obtida uma solução de 
100mL de cloreto de sódio (NaCl). Depois é preciso definir a 
quantidade de NaCl a ser pesada, para posteriormente, com o 
auxílio do béquer, diluir o soluto em água destilada até a altura 
do menisco, em um balão volumétrico de 100mL . Como a 
concentração molar desejada para o cloreto de sódio é de 0,5 
M , a massa molar é 58,44 g.mol-1 e o volume a ser preenchido 
no balão volumétrico é de 100mL = 0,1 L , a massa total do 
composto NaCl no sistema contendo cloreto de sódio e água 
destilada é:
Sabemos, então, que serão necessários 2,922g de NaCl 
para que ele seja totalmente diluído em 100mL. Então, 
prossegue-se o experimento, seguindo os procedimentos:
1. Pesar 2,922g de NaCl, de preferência com auxílio de 
uma balança analítica;
2. dissolver o composto em um béquer, com auxílio de 
espátula e aplicando água destilada para retirar todas 
as partículas;
3. transferi-lo a um balão volumétrico de 100mL, 
também com auxílio de uma espátula e água 
destilada;
4. preenchê-lo com água destilada até a altura de seu 
menisco;
5. realizar a homogeneização para que a diluição seja 
completa.
A seguir, será exposto mais um experimento prático, 
porém, o soluto é um líquido, não sendo informada a 
concentração desejada, mas o pH. Por meio deste será 
mensurada a concentração molar da respectiva solução.
Procedimento Prático para o preparo de 100mL de 
HCl com pH=1,0
Os materiais a serem utilizados são:
1. Proveta.
2. Béquer.
3. Espátula.
E as substâncias utilizadas foram:
1. Ácido clorídrico.
2. Água destilada.
Observe que desta vez o soluto será um líquido. A massa 
molar de HCl é conhecida, de valor igual à 36,5g/mol , e o 
volume que desejamos de solução é 100mL . Mas não sabemos 
a concentração molar da solução resultante. Como apenas 
dispomos do pH necessário na solução, a concentração de 
íons H3O
+ pode ser determinada pela equação do pH:
Substituindo pH=1, é encontrada a concentração de 
H3O
+ ([H3O
+]):
Em razão de o HCl ser um ácido forte, este será 
aproximadamente todo ionizado no meio. Isso significa que a 
concentração de HCl é aproximadamente igual a concentração 
de H3O
+. Com isso, no cálculo da massa do soluto líquido, 
considera-se a sua concentração igual à íon H3O
+. Com M=0,1 
mol/L , V=100mL=0,1L e MM=36,5g/mol , denvolve-se:
Química Geral e Experimental 30
Portanto, na solução há 0,365 de HCl . 
No rótulo do HCl pode ser obtida (dentre outras 
informações) a densidade (1,19g/mL) e a concentração em 
massa (37%), o que significa haver 37% de HCl na densidade 
de 1,19 g/mL , o restante é água. Assim, temos disponível de 
HCl:
Então,1mL de ácido clorídrico contém na realidade 
0,44g de HCl , e o volume que precisamos determinar para a 
solução é dado pela razão entre a massa do soluto de (0,365g) 
e a quantidade de HCl por solução concentrada, isto é:
Logo, será necessário 0,83mL de HCl a concentração 
de 37% para a sua diluição em 100mL com água destilada, 
resultando no pH igual a 1,0. Em posse desse dado, segue o 
mesmo procedimento anterior para o cloreto de sódio (NaCl).
Retomando a aula
Chegamos ao fi nal da nossa aula. Vamos recordar?
1 – Normas de segurança do laboratório e 
apresentação de vidrarias e equipamentos básicos
Nesta seção, vimos que sempre é preciso atentar-se as 
orientações do professor ou de seu auxiliar, ter cuidado no 
manuseio de todas as substâncias químicas e das vidrarias e 
equipamentos, garantindo, além da segurança na condução 
dos experimentos, a preservação de sua qualidade. Também 
vimos as simbologias e o diamante de Hommel classificando 
os perigos conforme a inflamabilidade, o risco à saúde, a 
reatividade, o risco específico oferecido, e suas variações de 
periculosidade. Ao fim, listamos as vidrarias e os equipamentos 
mais importantes no laboratório.
2 – Demonstração de uma solução
Nesta seção, revisamos alguns dos conceitos relacionados 
a soluções, como a definição de substâncias puras e fases. 
Aprendemos a condição essencial para a ocorrência de 
reações químicas, que é o contato entre as substâncias. 
Também foram definidas as soluções concentradas, diluídas, 
saturadas, insaturadas e supersaturadas. Foram demonstradas 
duas soluções: uma com soluto sólido, cloreto de sódio; e 
outra com solução com soluto líquido, onde, a partir do pH 
igual à 1 para a solução de ácido clorídrico, determinava-se 
em volume a quantidade de soluto em 100mL de solução, 
no pH referido. Depois de calculadas as massas, em cada 
experimento foi recomendado o procedimento para a diluição 
da solução.
REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM 
LABORATÓRIO
Disponível em: <http://www.blog.mcientifica.com.
br/regras-basicas-de-seguranca-em-laboratorio/>.
Vale a pena acessar
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=kGphJrc14HM >.
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=WsqH1w1gF9I >.
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=BO7zAuORTxw >.
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=e9ZSD4tw758 >. 
Vale a pena assistir
Vale a pena
Minhas anotações

Mais conteúdos dessa disciplina