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PRÁTICAS DE SECRETARIA ESCOLAR
FRANCINEIDE RODRIGUES PASSOS ROCHA
U N I D A D E	4
Você sabia que a escola é um espaço de construção, não apenas de aprendizagem, mas um espaço onde são desenvolvidas inúmeras habilidades, através da convivência com o outro. Um ambiente com muitas representações e subjetividades. Imagina a convivência nesse espaço sem regras, normas e até mesmo Leis? Pois bem, num Estado democrático, as leis vêm afiançar a igualdade dos direitos.
UNIDADE 4| INTRODUÇÃO
Identificar os principais meios e técnicas de acesso à legislação educacional.
Entender a função da secretaria escolar dentro do contexto legal do sistema nacional de ensino, compreendendo a relação entre os níveis de poderes federal, estadual e municipal no que concerne à jurisdição normativa, fiscal e de licenciamento.
Compreender o papel do Ministério da Educação no contexto dos procedimentos e documentação escolar no ensino superior.
Entender o papel da Secretaria Estadual de Educação como órgão regulador direto da educação básica, compreendendo suas exigências documentais e de procedimentos no que concerne à secretaria escolar.
UNIDADE 4| OBJETIVOS
Para Martins (2002, p. 02), a legislação da educação pode ser estimada como o corpo ou conjunto de leis referentes à educação, seja ela literalmente voltada ao ensino ou às questões relativas ao âmbito educacional como, por exemplo, a profissão de orientador/supervisor escolar, a democratização do ensino ou como devem ser as mensalidades escolares.
TÉCNICAS E FORMAS DE ACESSO À LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
Dessa forma, para conhecermos as leis que regulamentam a educação brasileira precisamos entender seus diferentes contextos: histórico, cultural e social da educação. Pois a educação brasileira na atualidade é profundamente influenciada por embates culturais, diversidades e desigualdades sociais. Os contrastes culturais acontecem em razão das características de cada região brasileira, que são refletidas inteiramente na educação nacional e no modo pela qual ela se desenvolve.
A legislação educacional hoje em dia é a única forma de Direito Educacional que identificamos e vivenciamos para garantir o funcionamento da educação brasileira, tendo como referência o processo legislativo determinado no artigo
59 da Constituição Federal que abrange: retificações à Constituição; leis
complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias; decretos legislativos; resoluções e portarias.
O legado da constituição de 1891, abriu caminho para a iniciativa privada no setor educacional quando, de maneira arguciosa, prenunciaram a possibilidade de existência de outros agentes da educação, que não o Estado. Podemos constatar nos seus artigos: artigo 35 e no § 2º do art. 72.
IMPORTÂNCIA DE TERMOS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À EDUCAÇÃO
Mas com a chegada do século XX, muitas mudanças ocorreram, no âmbito social, econômico e político. Com tudo, mais uma vez, as mudanças abraçaram a educação, os ares da Semana da Arte, as manifestações por mais direitos civis e políticos, até chegarmos na década de 1930.
O que vai precisamente nos interessar foram as conquistas em 1932, com o “Manifesto dos Pioneiros”, que defendia princípios e fundamentações de uma educação mais moderna, que favorecia o debate, a descoberta, a ciência e a maior interação entre a escola e a sociedade.
Pautados no movimento da Escola Nova, inspirada nas ideias norte-americana, de orientação abertamente liberal, que ancorava no Brasil colocando a educação escolar na pauta das discussões sociais, políticas e econômicas.
As leis de diretrizes da educação publicadas no Brasil, desde a primeira, de 1961, até a atual, Lei 9.394 de 1996 e mesmo a Lei 5.692, de 1971, em plena
ditadura,	desenha
constitucionalmente
como	regulamentadoras	da	educação	recomendada
em	alguns	momentos	até	reeditando	o
constitucional.	Mas	assinalar-se	por	marcos	de
progressos,	mesmo
texto que
pequenos, na disposição desta educação nacional.
A educação brasileira, pela LDB 9.394/96, incidiu a organizar-se em dois níveis, o básico e o superior (art. 22). A educação básica envolve a educação infantil, que atende em creches às crianças de 0 a 3 anos de idade e na pré-escola, às de 4 e 5 anos (arts. 29 e 30). O ensino fundamental, com nove anos de duração (art. 32), consente às crianças a partir de 6 anos (art. 32). E o ensino médio, última etapa da educação básica, com três anos de duração, quando não ocorre distorção idade/série a matrícula ocorre entre 14 a 18 anos.
Um ponto positivo para a aprendizagem na LDB, que fazer jus a atenção, é, sem dúvida, a organização apresentada às escolas da educação básica. Pelo art. 23, elas podem ser estruturadas em séries anuais; em semestres; ciclos; períodos de estudos alternados; grupos não seriados; enturmados por faixa etária; por competências demonstradas pelos alunos; ou por outros critérios.
Outro documento importante é Plano Nacional de Educação. Podemos afirmar que um Plano Nacional de Educação – PNE tem como objetivo a coordenação racional, lógica e eficaz do universo de ações. Pensado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o PNE estabelece como mecanismo mediador entre a lei maior da educação a LDB e a concretização das metas necessárias para compor um sistema nacional de educação que certifique a todos os brasileiros um ensino de qualidade dirigido por relações democráticas.
A legislação educacional apresenta-se em vários níveis da organização jurídica nacional. Os níveis constitucionais estão distribuídos em nível de lei ordinária, lei complementar e em outros níveis normativos não legislativos, mas que, de acordo com artigo 59 da Constituição Federal agregam o processo legislativo.
PROCEDIMENTOS LEGAIS EXIGIDOS PELOS ÓRGÃOS REGULADORES
FERRAZ (1983, 31), conceitua essa parte do Direito Educacional como uma “coleção de normas e de princípios jurídicos regulamentadores da atividade educacional concebidas pelo Estado e pelas pessoas e entidades particulares, por eles permitidas e fiscalizadas”.
Portanto, o Direito Educacional é um conjunto de normas e princípios que normatizam o comportamento humano unificado e relativo ao fato social educacional. Para isso, o ensino precisa está direcionado à educação formal, ofertada em instituições formais de ensino, nas suas distintas categorias administrativas: públicas ou privadas.
Portanto, a Constituição, quando discorre sobre os membros da Federação, anteviu duas espécies de jurisdições para legislar: a União tem competência privativa e concorrente; os Estados e o Distrito Federal têm competência concorrente e suplementar; e os Municípios têm competência para legislar sobre assuntos de instância local e para assessorar a legislação federal e estadual.
As jurisdições educacionais são divididas entre
Estados	têm	competência	sem	que
a	União,	os	Estados	e	os	Municípios.	Os
se
necessite provar que o assunto é de interesse estadual ou regional. Os Municípios precisam proferir sua competência suplementar e os Estados só depararão com barreiras para legislar em matéria educacional, quando houver ou chegar a existir norma geral federal.
AS JURISDIÇÕES EDUCACIONAIS
No conceito jurídico, segundo Silva (1990), as leis supletivas “são as normas jurídicas literatas para que provejam a vontade das pessoas, quando não a expressam ou a apresentam incompletamente”.
Não se suplementa uma regra jurídica meramente pela aspiração dos Estados questionarem diante da legislação federal. A capacidade suplementaria está acondicionada à necessidade de aprimorar a legislação federal ou diante da comprovação de que existem lacunas ou deficiências na norma geral federal.
As Leis infraconstitucionais não podem partilhar ou conferir competências, a
não	ser	que	a	própria	Constituição
claramente	no	parágrafo	único	do
tenha	previsto	como	o	fez
“Lei
complementar	poderá	permitir	os
Federal artigo Estados
22	ao	constituir	quea	legislar	sobre	questões
características das matérias relacionadas neste artigo”. O artigo 23 do texto constitucional estabelece a competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Os três poderes precisam atuar no que cada um concerne. A autonomia entre os poderes prevista na Constituição não abona de suas responsabilidades. É preciso que cada um faça cumprir as suas atribuições de maneira harmônica, para que, não ocorra a falha de um dos poderes, o que pode inviabilizar outras ações fazendo com que aconteça a trava, a centralização, dificultando ou privando os meios e recursos destinados à educação.
Dessa forma, os conselhos apresentam pareceres pontuais, que se assemelham as jurisprudências dos tribunais, que acumulam uma doutrina a partir das respostas às consultas que, embora particulares, podem gerar normas mais gerais. Entretanto, é importante que os funcionários administrativos realizem também suas consultas aos respectivos conselhos estaduais e municipais quando ocorrerem dúvidas no exercício das suas atribuições e nas reuniões administrativas e pedagógicas que ocorrem na escola.
A educação superior foi reformulada de acordo com as exigências do Estado, a fim de promover a substituição dos domínios burocráticos, que caracterizavam a relação do Estado com a educação superior, por uma
nova	cultura
política	de
gerencial,	que	congregou	a avaliação		como	elemento
estratégico da gestão pública. (CASTRO, 1997).
DOCUMENTOS E PROCEDIMENTOS OFICIAIS PARA O ENSINO SUPERIOR
O sistema de ensino superior no Brasil passa a ser concretizado a partir de dois segmentos distintos: um público e um privado, compreendendo um sistema complexo e diversificado de IES públicas (federais, estaduais e municipais) e privadas (confessionais, particulares, comunitárias e filantrópicas). Essa estrutura do sistema de ensino superior foi após efetivada na Constituição Federal de 1988 e normatizada na Lei Nacional de Diretrizes e Bases de 1996.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), n. 9394/96, prescindir os artigos da Constituição Federal de 1988. No que tange à educação superior a Lei reserva um capítulo, o IV – Da Educação Superior, composto por 15 artigos, do art. 43 ao art. 57, para tratar desse nível de ensino.
O aconselhamento jurídico da Educação Superior, estruturado pela legislação e normas recentes, encontra na Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) seu documento legal mais importante, sobretudo no vasto capítulo Da Educação Superior. (SILVA 2007, p. 478).
O financiamento público para a educação é
estabelecido, em geral, em lei para todas as
percentual	da
esferas	do	governo	e	corresponde	a	um
Esse
financiamento
receita deriva
de	impostos.
do	Fundo	Público
Federal, que reúne os recursos financeiros arrecadados da população mediante tributos, impostos e taxas (Amaral, 2003).
O SISTEMA DE ENSINO SUPERIOR
As instituições estaduais são financiadas pelos governos estaduais e o ensino é igualmente gratuito. Essas instituições geralmente são custeadas com recursos dos impostos sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), de acordo com alíquota de cada estado.
Quanto ao financiamento no setor privado depende da cobrança de mensalidades, anuidades e taxas pelos cursos oferecidos (graduação, lato sensu, mestrado, doutorado etc.). A legislação brasileira conferiu às IES privadas a propriedade de fixar suas próprias mensalidades, desvinculando as negociações da área educacional e diferindo para os setores de relação com o consumidor e o produto consumido (Amaral, 2003).
O sistema de ensino superior é composto por IES públicas e privadas. O setor público compreende instituições públicas federais, estaduais e municipais gratuitas e nutridas pelos referentes poderes. O segmento privado é composto por IES distintas, tais como confessionais, comunitárias, filantrópicas e particulares.
As instituições superiores de ensino é os lócus onde se produz conhecimento cientifico, é possui autonomia quanto no que dispõe Art. 207 da CF – “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e cumprirão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”.
A política educacional brasileira tem concentrado, ao longo de sua história, diferentes influências de educadores, países e de organizações internacionais. Acordos e compromissos apresentaram o Brasil como signatário ao longo dos tempos, os quais apontavam de um lado as desigualdades e dificuldades no âmbito educacional, reflexos de políticas públicas mal-empregadas, ou não aplicadas.
DOCUMENTOS E PROCEDIMENTOS OFICIAIS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
No diagnóstico de Mello e Silva (1992), abraça o mesmo pensamento ao citarem que “o primeiro ano do governo Collor, na área educacional, foi caracterizado por ações tópicas, irregulares muitas delas restritas a anúncios de planos ou programas que nunca se concretizaram, ou se quer saíram do papel”. Fazendo essa releitura do governo, no aspecto educacional, é muito parecido com o momento atual que estamos vivendo.
As normativas da reforma do Estado no governo Collor estão explanadas no documento “Brasil: um projeto de reconstrução nacional”, difundido em fevereiro de 1991. Em sumo apresentava uma proposta de Estado que adotava uma postura de apoio a modificação da estrutura produtiva a fim de corrigir os desequilíbrios sociais e regionais.
Mas a reforma estrutural do Estado só veio acontecer realmente no governo de Fernando Henrique Cardoso em 1995, a partir das políticas educacionais foram implantadas as avaliações do ensino, nesse caso do Estado foi o Sistema de Avaliação do Ensino Básico – SAEB, que foi iniciado em 1990, mas foi pensado como instrumento gerador da melhoria da qualidade da educação.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB, regulamentado pela Portaria n. º 931, de 21 de março de 2005, foi implantado
valorização	da	educação	pública,
após	diversas	conferencias	sobre	a
de
qualidade e para todos. O SAEB apresentava uma escala de desempenho em Português e Matemática. Mas esse sistema vai passar por mudanças só nos resta aguardar.
O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - SAEB
Os inúmeros investimentos internacionais e nacionais em programas e metas para a melhoria do ensino. Com isso surge um documento que inspirou a educação brasileira a partir da década de 1990 - a Declaração Mundial de Educação para Todos, a qual foi organizada a partir da Conferência Mundial de Educação realizada em março de 1990 em Jomtien, na Tailândia.
O acontecimento foi caracterizado pela participação de governos, agências internacionais, organismos não governamentais, associações profissionais e autoridades educacionais provenientes do mundo inteiro. Os 155 países dentre eles o Brasil, que firmaram a Declaração e assumiram o compromisso de afiançar a educação básica de qualidade para todas as pessoas.
Os entes federativos dispõem de autonomia, um poder só deve intervir no outro quando os valores destinados à educação e saúde deixam de ser aplicados corretamente, o que está previsto em Leis. Outro ponto, são os programas direcionados a Educação Básica e sua importância na implantação dos recursos como O FUNDEB, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Obrigada!
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