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CONCRETO 1 :
 LAJES NERVURADAS UNIDIRECIONAIS
 
 
 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 DISCIPLINA: CONCRETO 1
 PROFESSOR: CARLOS FILHO
 TURNO: MANHÃ
 ALUNA: LARISSA MORAES VIEIRA 
 MATRICULA: 201301264512
 
LAJES NERVURADAS UNIDIRECIONAIS: 
 Uma laje nervurada é constituída por um conjunto de vigas que se cruzam, solidarizadas pela mesa. Esse elemento estrutural terá comportamento intermediário entre o de laje maciça e o de grelha. Segundo a NBR 6118:2003, lajes nervuradas são "lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte." As evoluções arquitetônicas, que forçaram o aumento dos vãos, e o alto custo das formas tornaram as lajes maciças desfavoráveis economicamente, na maioria dos casos. Surgem, como uma das alternativas, as lajes nervuradas.
 Resultantes da eliminação do concreto abaixo da linha neutra, elas propiciam uma redução no peso próprio e um melhor aproveitamento do aço e do concreto. A resistência à tração é concentrada nas nervuras, e os materiais de enchimento têm como função única substituir o concreto, sem colaborar na resistência.
 Essas reduções propiciam uma economia de materiais, de mão de obra e de fôrmas, aumentando assim a viabilidade do sistema construtivo. Além disso, o emprego de lajes nervuradas simplifica a execução e permite a industrialização, com redução de perdas e aumento da produtividade, racionalizando a construção.
LAJES NERVURADAS UNIDIRECIONAIS FORMADAS POR VIGOTAS PRÉ MOLDADAS DE CONCRETO ARMADO:
As lajes com vigotas pré fabricadas, como o nome já caracteriza, são sistemas formados por nervuras cujas vigotas(parte da nervura) são pré moldadas de concreto armado (trilho ou treliça) espaçadas de maneira uniforme por lajotas (normalmente cerâmicas ou de outros materiais como o EPS) e cobertas por uma capa de concreto moldada no local, cuja sua função é garantir a distribuição dos esforços atuantes no elemento, aumentar sua resistência à flexão e nivelar o piso. Desse modo a função da vigota, quando da execução da concretagem da capa, é resistir a ação do seu peso próprio, das lajotas cerâmicas ou materiais de enchimento, do concreto da capa e dos equipamentos utilizados para a concretagem (carrinhos ou gericas).
 A norma NBR 14859-1 (2002) no item 3.1 define vigotas pré fabricadas como elementos estruturais constituídos por concreto estrutural, executadas industrialmente ou no próprio canteiro de obra, mas fora do local definitivo de utilização, sob rigorosas condições de controle de qualidade. Parcialmente ou totalmente envolvida pelo concreto estrutural encontra-se a armadura que irá constituir a armadura inferior de tração da laje, integrando parcialmente a seção de concreto da nervura longitudinal. Destacando-se três tipos: treliça, trilho e trilho protendido.
Vigota tipo treliça (VT)
 A vigota treliçada é formada por uma placa (sapata) de concreto que envolve parcialmente ou totalmente a armadura treliçada, e quando for necessário pode ser complementada com armadura positiva inferior de tração que ficaria totalmente envolvida pelo concreto da nervura. 
Os parâmetros que definem a laje com vigota treliçada são:
- A altura total da laje (h)
- Espessura da capa de concreto (he)
- Intereixo de nervuras (i)
- Espessura das nervuras (bu)
- Tipo de material de enchimento
- Altura da vigota
 A armadura treliçada é constituída de um fio de aço no banzo superior interligado por dois fios de aço laterais em diagonal (sinusóide) a dois fios de aço no banzo inferior.
 
 A altura da treliça pode variar entre 7 e 25 cm. O passo do sinusóide normalmente é de 20 cm e a distância entre as duas barras de aço inferior é geralmente igual a 8 cm. Uma das maneiras de se designar as treliças é o código TR seguido dos seguintes dígitos: um ou dois para representar a altura, e três dígitos para representar a bitola em mm do banzo superior, sinusóide e banzo inferior, respectivamente, sem casas decimais.
 
Desta forma, o código TR16856, designa uma treliça de 16 cm de altura, com 1 fio de 8 mm no banzo superior, sinusóide de 5,0 e dois fios de 6,0 mm no banzo inferior. A fim de garantir uma rigidez mínima a treliça, a norma prescreve uma bitola mínima para o fio do banzo superior, conforme a altura da treliça, dada pela tabela: 
 
 
 
 Corte em laje confeccionada a partir de vigotas do tipo treliça.
Vigota tipo trilho (VC)
 É uma vigota de concreto armado com seção usualmente no formado de um "T" invertido com armadura passiva totalmente envolvida pelo concreto, utilizada para compor as lajes de concreto armado (LC). Sendo os parâmetros que definem a laje confeccionada com vigotas tipo trilho os mesmos da laje tipo treliça. 
 
 
 
 
 Corte em laje confeccionada a partir de vigotas tipo trilho. 
 Vigota tipo trilho protendido (VP)
 Semelhante a vigota de concreto armado com seção "T" invertido, mas com armadura ativa pré tensionada também totalmente envolvida pelo concreto da vigota, utilizadas para compor as lajes de concreto protendido (LP). 
 A NBR 6118/03 também prescreve que: a mesa deve ter espessura maior ou igual a 1/15 da distância entre nervuras e não menor que 3 cm, quando não houver tubulações horizontais. Existindo tubulações de diâmetro máximo de 12,5 mm, o valor mínimo absoluto deve ser 4 cm. A espessura das nervuras não deve ser inferior a 5 cm e nervuras com espessura menos que 8 cm não devem conter armadura de compressão.
 Corte em laje confeccionada a partir de vigotas do tipo trilho protendido.
PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO CONSTRUTIVA DAS LAJES NERVURADAS:
 Durante a montagem das lajes pré fabricadas a estrutura está submetida aos esforços oriundos do peso próprio das vigotas pré-moldadas, dos elementos de enchimento, dos operários e durante a concretagem também tem que resistir ao peso dos equipamentos e o peso do concreto que irá formar a capa e o restante da nervura, que ainda não foi espalhando formando concentração de carregamento em algumas regiões. Por não contar com a resistência conferida pela capa há a necessidade em geral de existir escoramentos (cimbramento), permitindo que a laje suporte as cargas. As escoras devem estar apoiadas sobre base firme, bem contraventadas, permitindo a aplicação de contra-flecha se for necessário. 
Etapas para execução de pavimentos de lajes:
 1º etapa: Nivelamento e acerto do piso que servirá de base para a execução do escoramento, que normalmente é composto por pontaletes e uma tábua que é a guia mestre que devem ser colocadas em espelho, exceto nos casos de escoramentos destinados à nervuras transversais, quando deverão ser posicionados horizontalmente e pontaleteadas, é nesta etapa que são executadas as contra fechas quando necessárias.
2º etapa: Transporte e colocação das nervuras, usando os próprios blocos de enchimento como gabaritos colocando-os nas extremidades da vigotas, garantindo o espaçamento entre as mesmas. A colocação das nervuras pode se dar de duas formas.
· Apoiadas sobre a estrutura de concreto armado, neste caso as nervuras devem ser colocadas sobre as fôrmas, após a verificação se estasestão alinhadas, niveladas, escoradas e já com a armadura colocada e posicionada, as nervuras devem penetrar nos apoios pelo menos 5 cm e no máximo até a metade da largura da viga.
· Apoiada diretamente sobre a alvenaria, neste caso as vigotas devem ficar sobre o respaldo da alvenaria onde deve ser colocada a ferragem formando uma cinta de solidarização, as nervuras devem penetrar nos apoios pelo menos 5 cm, e no máximo até a metade da largura da alvenaria e a concretagem da cinta de solidarização deve ser feito simultaneamente com a execução da capa. É aconselhável o uso de blocos fechados na última fileira para evitar o consumo desnecessário de concreto evitando que o concreto entre por seus furos.
3º etapa: Após a colocação dos elementos de enchimento (lajotas cerâmicas, blocos de EPS ou outros) inicia-se a colocação da tubulação elétrica, caixas de passagem.
4º etapa: Colocação das armaduras de distribuição e negativas respeitando a indicação do projetista (bitola, quantidade e posição), a armadura negativa deve ser apoiada e amarrada sobre a armadura de distribuição (esta colocada transversalmente às vigotas principais), e cuidados especiais devem ser tomados durante a execução e concretagem para que ela permaneça na posição especificada, próxima à face superior da capa e respeitando os cobrimentos exigidos.
5º etapa: Limpeza da interface entre as nervuras e o concreto a ser lançado, retirando-se a areia, pó, terra, óleo, ou qualquer substância que possa prejudicas a transferência de cisalhamento pela superfície de contato. Deve ser sempre feito o umedecimento da interface antes da concretagem.
6º etapa: Concretagem da capa de concreto que deve ser feita tomando alguns cuidados que podem ser agrupados em três aspectos fundamentais em tratamento da interface, adensamento e cura. 
Os seguintes procedimentos devem ser tomados:
 * Colocar passadiços de madeira para evitar que o material de enchimento se quebre permitindo o "vazamento" do concreto.
 * Molhar adequadamente para superior da laje, antes de lançar o concreto.
 * Adensar o concreto suficientemente para que ele penetre nas juntas entre as vigotas e os elementos de enchimento.
 * Efetuar uma boa cura, molhando a superfície da laje de concreto.
7º etapa: Retirada do escoramento, deve ser feita aproximadamente após o concreto adquirir resistência suficiente. Quando houver múltiplos pavimentos, o escoramento do piso inferior não deve ser retirado antes do término da laje superior. É importante verificar se o próximo piso a ser concretado não aplicará no inferior um carregamento excessivo, através do escoramento que nele se apoiará.
 
 Montagem do painel de laje com nervuras treliçadas.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS:
 Além de serem responsáveis pelo consumo de elevada parcela do volume total de concreto utilizado, as lajes desempenham importantes funções nas estruturas do edifício. Assim, a escolha de um sistema estrutural para pavimento de edificação deve ser sempre feita analisando-o aspectos econômicos, de funcionamento, de execução, e os relacionados à interação com os demais subsistemas construtivos da construção. Atualmente, as lajes nervuradas de concreto armado constituem uma das melhores alternativas para construção de pavimentos de edificações, em virtude de apresentarem uma série de vantagens. 
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