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Sistema de Ensino Presencial Conectado
licenciatura em pedagogia
Ana Carla Barbosa da Silva
Ana Carolina de Jesus Rodrigues
Francione Barroso de Souza Borges Rodrigues
Míriam da Silva Tiradentes 
“As práticas de Leitura em uma classe hospitalar”
ITAPERUNA
2020
Ana Carla Barbosa da Silva
Ana Carolina de Jesus Rodrigues
Francione Barroso de Souza Borges Rodrigues
Míriam da Silva Tiradentes 
“As práticas de Leitura em uma classe hospitalar”
Trabalho em grupo apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de: Aprendizagem de Ciências Naturais; Aprendizagem da Língua Portuguesa; Aprendizagem da Matemática; Aprendizagem da Geografia e História; Pedagogia em espaços não escolares; Estágio Curricular em Pedagogia III – Gestão Educacional e Espaços não escolares.
Orientador: Mirela Ramos Moimaz Helbel; Dayse de Souza Lourenco Simões; Mariana Passos Dias; Mirela Ramos Moimaz Helbel; Tatiane Mota Santos Jardim; Natalia Gomes dos Santos. 
 
ITAPERUNA
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
AS PRÁTICAS DE LEITURA EM UMA CLASSE HOSPITALAR.........................4
PROSPOSTA DE TRABALHO DE ENSINO	7
CONCLUSÃO......................................................................................................9
REFERENCIAS	10
INTRODUÇÃO
Esse trabalho traz como temática o “As práticas de Leitura em uma classe hospitalar” fazendo um breve estudo sobre como o pedagogo pode trabalhar em espaços não escolares, a leitura é fundamental para o desenvolvimento e o processo de aprendizagem da criança. O estudo tem também como objetivo apresentar a importância do trabalho do pedagogo fora dos espaços escolares, destacando as possibilidades e os desafios encontrados da atuação do pedagogo nesses espaços, o objetivo maior é a formação humana e não somente o ensino propriamente dito e como se integra as outras áreas do conhecimento, para que a criança seja capaz de desenvolver suas potencialidades.
A Pedagogia hospitalar surgiu em meados de 1935 nos arredores de Paris quando Henri Sellier inaugura a primeira escola para crianças inadaptadas. No Brasil vem crescendo o números de classes hospitalares, a legislação distinguiu através do Estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado, através da Resolução nº. 41 de outubro e 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”.
No desenvolvimento do texto será apresentado um breve estudo de como o pedagogo pode atuar nas classes hospitalares, como poderá desenvolver as atividades e ensino durante a internação do aluno.
Por último apresentamos uma proposta de trabalho de ensino que engloba um projeto de leitura que envolva as crianças levando-as a despertar o gosto pela prática da leitura envolvendo também outras áreas do conhecimento na sala de aula, aprender de forma significativa e tendo acesso ao conhecimento. A criança aprende de acordo com a forma do ambiente, cabe ao Pedagogo proporcionar um ambiente escolar alegre e harmônico, como também criar situações em que ela possa manifestar seu interesse em desenvolver seu potencial.
AS PRÁTICAS DE LEITURA EM UMA CLASSE HOSPITALAR
O processo educativo por muitos anos, foi pertencente apenas à escola, sendo está o exclusivo lugar onde o pedagogo poderia atuar, mas com o grande avanço do desenvolvimento tecnológico, de uma construção de sociedade inclusiva e da igualdade social, fez com que surgisse uma nova forma de pensar a educação, o ensino deixou de ser prioridade da escola, mas também de outros espaços cujo objetivo é a formação humana.
 O acompanhamento pedagógico em classes hospitalares se desenvolve com algumas particularidades, o pedagogo hospitalar trabalha diretamente no hospital e é o condutor que faz a ponte entre o hospital, a equipe pedagógica, o paciente, os familiares, a secretaria de educação e a escola onde a criança ou adolescente está matriculado. Esse profissional é encarregado de: consultar o médico responsável para confirmar se o paciente está apto para receber atendimento pedagógico; conversar com a família sobre o atendimento pedagógico ao paciente-aluno; coordenar e acompanhar as equipes de professores encarregados de realizar atendimento hospitalar e domiciliar; avaliar se as atividades sugeridas pelos professores estão adequadas ao paciente; selecionar e organizar os materiais usados nos atendimentos pedagógicos; incentivar a integração dos professores hospitalares; acompanhar o progresso acadêmico da criança ou adolescente, mesmo depois da alta hospitalar para avaliar a efetividade das atividades pedagógicas.
A prioridade da equipe pedagógica é a criança ou o adolescente, pois trabalham par garantir que o aluno tenha direito a educação e não perca o ano escolar. É necessário que o pedagogo adquira conhecimentos sobre doenças, rotinas, práticas e técnicas hospitalares para preservar a sua saúde e a do paciente-aluno. 
Enfim os profissionais pedagógicos devem prestar um atendimento humanizado. Para isso, é necessário usar abordagens individualizadas, atendendo cada indivíduo de forma diferente, respeitar as crenças, desejos e intimidade dos estudantes, transmitir confiança e segurança ao apoiar o aluno durante as atividades pedagógicas, usar técnicas e práticas pedagógicas adequadas à situação do aluno. Afinal, o estudante se encontra em uma situação delicada, fora da rotina normal, longe de oportunidades de socialização e, muitas vezes, com limitações de movimentos.
O professor deve ser a ponte entre o conhecimento e o aluno, ouvimos dizer muitas vezes essa frase pois seu papel é levar o aprendizado onde se faz necessário. Sendo o hospital o ambiente para a atuação entendemos que é preciso serem feitas visitas técnicas para a organização, entendimento e preparo para a realização das atividades pedagógicas. Essas atividades, conteúdos e avaliações serão orientadas pelas escolas dos respectivos alunos, que irão acompanhar seu ano letivo. Cabe ao professor no ambiente hospitalar complementar e humanizar o tratamento clínico das crianças e adolescentes em idade de escolarização através dos métodos educacionais.
O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) assegura o prosseguimento do currículo escolar, recreação, programas de educação e saúde durante a internação e ou tratamento em hospitais.Para desenvolvimento da educação escolar são necessários cuidados especiais como profissionais capacitados e dispostos a trabalhar em equipe, propiciar um ambiente que cative o fascínio para além do delinear entre a vida e a morte. A ação humanitária com respeito, carinho e amor atuante neste ambiente é essencial.
A pedagogia hospitalar vem como uma forma de minimizar os efeitos negativos do quadro clínico e psicológico do paciente, uma vez que auxilia nas suas estabilidades emocionais e na continuidade dos seus estudos para que não fique defasado, trazendo a confiança e a esperança de dias melhores para si.
O pedagogo hospitalar é uma evolução e agente de mudança para um novo contexto no aprimoramento do ambiente hospitalar. A visão de que a escola é só em sala de aula e hospital apenas para tratamento médico é um paradigma que está sendo quebrado com esta evolução da pedagogia, pois faz-se necessário que o homem adapte às suas necessidades. Matos e Mugiatti (2014) diz que: “Em se tratando da família transparece a necessidade de lhe conferira devida importante e incentivo, pois da sua participação depende, em parte considerável, o êxito do tratamento no seu todo”. Então uma forma de humanizar o atendimento é valorizar a família do educando, pois compete a ela uma importante contribuição no tratamento que se espelha no aprendizado.
O Pedagogo é responsável pelo processo de ensino e aprendizagem da criança, e durante o período de internação, deve também dar atenção para seus familiares,na intenção de promover a continuidade ao desenvolvimento escolar da criança e adolescente, colaborando no processo de adaptação no hospital.
Além do aluno, o pedagogo precisar dar um suporte para a família que deve ser um grande aliado para o processo de aprendizagem da criança e do adolescente, o profissional deve promover um “laço” com todos os familiares, tendo como objetivo, maior, facilitar a reinserção do estudante no âmbito escolar, pós-tratamento.
Quando um problema de saúde aflige um integrante da família, desestabiliza a estrutura familiar, pois abala todo o emocional deles e necessidade maior do paciente é ter a companhia de seus familiares, principalmente, pais e/ou responsáveis pela criança e adolescente. É de extrema importância a interação destes alunos-pacientes com outros que passam pelo mesmo problema, bem como, as suas famílias. Desta maneira visa-se a importância de projetos educativos que faça uma interface entre os pacientes e suas famílias para trocas de experiências, com a intenção de maior apoio aos mesmos. Faz-se necessário, também, projetos que melhorem sua perspectiva no tratamento, motivando, à volta às aulas. Neste caso, a participação direta dos pais, nas atividades, contribui com a proposta de reabilitação do aluno, dando continuidade ao seu desenvolvimento escolar para que esse não seja prejudicado futuramente.
Proposta de ensino
	Tema: LER É BOM, EXPERIMENTE!
	Justificativa: A contação de história proporciona aos pacientes, aos acompanhantes e funcionários acesso a momentos lúdicos capazes de transformar a rotina do ambiente hospitalar e, principalmente, favorecer a melhora da evolução do seu quadro clínico.
	Objetivo geral da atividade: Oferecer um espaço de humanização e educação a crianças em situação de vulnerabilidade, transformando o espaço no local onde as crianças possam interessar-se pela leitura e conhecimento proporcionado por um livro, tornando este ambiente mais agradável e próximo da sua realidade como criança. 
	Objetivos específicos da atividade: 
· Compreender o papel do pedagogo e hospitalar; 
· Despertar o interesse pela leitura;
· Desenvolver habilidades de leitura e escrita;
· Participar de diferentes momentos de leitura;
· Reduzir o estresse da criança internada;
· Ouvir histórias;
	Percurso metodológico:
Antes de começar o projeto fazer uma pesquisa para identificar o perfil do paciente e suas condições de saúde.
Para a contação de histórias montar um cenário numa caixa de papelão enfeitando com muitas cores para atrair a atenção da criança, levar fantoches dos personagens da história fazendo com que essa ganhe vida, depois da leitura, dá uma folha em branco para que a criança junto com seu acompanhante crie um desenho sobre o que mais gostou da leitura.
Passar o filme Turma da Monica - Uma Aventura no Tempo, proporcionando um momento alegre e de distração para a criança, depois do filme criar os personagens com massinha de modelar caseira, assim a criança poderá reproduzir depois a história da forma que ela entendeu.
Montar em seu quarto um cantinho para leitura com livros infantis para que durante o período de internação a criança possa ter livros disponíveis para leitura, (atenta-se ao produzir esse canto com todo material esterilizável).
Criar junto com a criança uma história, estimulando a mesma a imaginação depois que a criança terminar essa narração, o Pedagogo passar essa história para o papel dando vida a imaginação da criança e dá para ela esse livro para que possa continuar a estimular o gosto pela leitura. (Com essa atividade fazer com que a criança se sinta importante, um grande escritor). 
Durante a realização de todas as atividades o pedagogo hospitalar deve proporcionar momentos de divertimento para a criança, sempre respeitando suas limitações. 
	Recursos: Notebook, cola, canetinha, lápis grafite, borracha, folha A4, papel, cartolina, tesoura, lápis de cor, livros de histórias, fantoches, caixa de papelão, massinha de modelar caseira. 
	Avaliação: A avaliação será feita através do acompanhamento e da observação do desenvolvimento do aluno/paciente no decorrer das atividades propostas, afim de promover uma aprendizagem significativa. 
	Referências bibliográficas:
 Filme Turma da Monica - Uma Aventura no Tempo, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-ATiybIuQRQ>. Acesso em 17 de maio de 2020.
CONCLUSÃO
Através de nossos estudos concluímos, que é necessário que nós futuros pedagogos mudar o nosso modo de pensar tradicionalista, devemos rever nossas atitudes perante ao ensino, crendo que esse só pode ser feito na sala de aula, aonde uma criança só aprende se estiver sentada e quieta. Devemos acompanhar também as mudanças da nova sociedade ampliar nosso leque de possibilidades de trabalho, está sempre buscando o novo, com a principal preocupação de informar e formar nossos alunos, tornando-os cidadãos preparados para viver com uma nova visão do ambiente onde estão inseridos.
O objetivo do nosso trabalho foi desenvolver uma atividade que leva a criança a desenvolver o gosto pela leitura e entender o quanto ela se faz importante para sua vida, proporcionando a essas durante seu período de internação hospitalar, momentos prazerosos com a leitura. Proporcionar a ludicidade na contação de histórias, ânsia a participação das crianças, que aprendem brincando e, desta forma, estimulam a imaginação e a concentração, tornando o ambiente hospitalar mais agradável e próximo da sua realidade como criança, melhorando a evolução do seu quadro clínico.
Finalizamos nosso trabalho com a conclusão de que as possibilidades de atuação do profissional formado em Pedagogia vai muito além dos muros escolares e que esse deve sempre proporcionar aos alunos um desenvolvimento saudável e um aprendizado realmente valioso. 
REFERÊNCIAS
AROSA, Armando. Políticas educacionais para atendimento a estudantes hospitalizados: algumas questões. Disponível em: 
<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/politicaseducacionais.pdf > . Acesso em 21 de abril de 2020.
BRASIL. Lei n. 1044/69, de 21 de out. de 1969. DECRETO-LEI Nº 1.044. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 out. 1969. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1044.htm>.Acesso em: 21 de abril 2020.
Direitos da criança e do adolescente hospitalizados. Diário Oficial, Brasília, 17 out. 1995. Seção 1, pp. 319-320.
Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>.Acesso em 10 de abril de 2020.
FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo. O pedagogo em espaços não escolares: novos desafios. Ciência. Porto Alegre: n. 36, p. 87-103, jul./dez. 2004.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? São Paulo: 5. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
MATOS, E.L.M, MUGIATTI, M.T.F. Pedagogia Hospitalar: a humanização integrando a educação e saúde. 7 ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
O papel da literatura infantil para crianças e adolescentes hospitalizados no enfrentamento dos medos infantis. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/cd2011/pdf/5380_3364.pdf. Acesso em 28 de abril de 2020.
Pedagogia Hospitalar: a relevância da atuação do pedagogo. Disponível em: http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/reducacaoemancipacao/article/view/7725. Acesso em 12 de abril de 2020.
Pedagogia Hospitalar: metas e desafios para o pedagogo. Disponível em:<https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/pedagogia-hospitalar-metas-desafios-para-pedagogo.htm. Acesso em 15 de abril de 2020.
 
Pedagogia hospitalar: um breve histórico. Disponível em: <https://fce.edu.br/blog/pedagogia-hospitalar-um-breve-historico/>. Acesso em 15 de abril de 2020.
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