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LESÕES FUNDAMENTAIS Mácula: Área de mudança de coloração, não elevada ou deprimida em relação aos tecidos circundantes. Pápula: Lesão sólida, elevada com menos de 5mm de diâmetro. Nódulo: Lesão sólida, elevada, com mais de 5mm de diâmetro. OBS: lesão maior 3cm – Tumor Séssil: crescimento ou tumor com a base como região mais larga da lesão – Lesão Pedunculado: crescimento ou tumor em que a base é mais estreita que a região mais larga da lesão – Lesão móvel. Papilar: crescimento Verrucoso: Crescimento com aparência áspera, verrucosa, geralmente lesões com essas características são endurecidas. Vesícula: Bolha superficial com 5mm de diâmetro, geralmente preenchida por líquido claro. Bolha: vesícula grande, mais de 5mm. Pústula: bolha com exsudato purulento, exemplo espinhas. Úlcera: lesão com perda de epitélio, apresenta aspecto deprimido ou escavado, aparência pseudoamarelada. Erosão: lesão superficial, muitas vezes tem origem da ruptura de vesículas ou bolhas com perda parcial ou total de epitélio. fixa com muitas projeções Patologia Bucal Fissura: ulceração estreita, semelhante a uma fenda ou sulco. Placa: lesões ligeiramente elevadas com a superfície plana. Petéquias: Áreas de hemorragia puntiforme e circular, pequenas machas vermelhas. Equimose: Áreas de hemorragia não elevada, maior que uma petéquia. Telangiectasia: Lesão vascular causada por dilatação de pequenos vasos superficiais. Cisto: Cavidade patológica bem definida contendo líquido ou semissólidos no seu interior, revestida por epitélio. Se apresenta radiolúcida com um alo radiopaco em raiox. ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO LEUCOEDEMA: condição comum na mucosa jugal de causa desconhecida, aspecto esbranquiçado que desaparece com tracionamento, + comum em negros. Características histológicas: aumento da espessura do epitélio com edema intracelular na camada espinhosa. NÃO há necessidade de tratamento. GRÂNULOS DE FORDYCE: glândulas sebáceas que ocorrem mucosa oral (mucosa jugal ou lateral vermelhidão do lábio), cerca de 80% da população, variação anatômica normal. EXOSTOSES: protuberâncias ósseas localizadas na cortical óssea, conhecida como tórus. Características Exostoses vestibulares Assintomáticos Unitária ou múltipla. Características histológicas: massa densa de osso cortical lamelar, osso trabecular internamente. Tratamento só é realizado em casos que tenham efeitos significativos no paciente. TÓRUS PALATINO: exostoses comuns que corre na linha média do palato duto, associação genética e ambiental. Classificação Plano: Base ampla e superfície lisa; Alongado: Crista na linha média ao longo da rafe palatina; Nodular: Múltiplas protuberâncias; Lobular: massa lobulada, porém com uma base único. TÓRUS MANDIBULAR: Protuberância óssea ao longo da superfície lingual da mandíbula, bilateral em 90%. LÍNGUA FISSURADA: caracterizada por numerosas fendas ou fissuras no dorso da língua, relacionada com hereditariedade. Características Aumento da incidência no decorrer da idade Predileção por homens Características histológicas: Papilas separadas por fendas profundas Tratamento com cuidados de higiene oral. células com núcleo picnótico LINGUA GEOGRÁFICA: Condição benigna comum que afeta a língua, 2:1 dos homens, sensibilidade aumentada a alimentos quentes. Características Múltiplas áreas com eritema Atrofia papilas filiformes Assintomática ou sensação de queimação. NÃO necessita de tratamento. LÍNGUA PILOSA: acúmulo de ceratina nas papilas filiformes da superfície dorsal da língua, tem aspecto de pelos, associado a higiene deficiente possui coloração acastanhada com gosto ruim. Características histológicas: alongamento e hiperceratose das papilas filiformes, crescimento bacteriano. Tratamento eliminar fonte bacteriana e reforço da higiene oral. MACROGLOSSIA: aumento da língua, mal formação congênita ou adquirida, pode gera problemas na fala e respiração dependendo do grau da doença. Causas hereditárias: síndrome de down, malformações vasculares, linfangioma, cretinismo. Causas adquiridas: pacientes edêntulos, angioedema, carcinomas. Tratamento depende da causa e gravidade, como fonoaudiologia ou glossectomia. ANQUILOGLOSSIA: freio lingual curto, limitação do movimento da língua, causa dificuldade de fala, mastigação e problemas oclusais (língua presa) VARICOSIDADES: veias dilatadas e tortuosas, relacionado com idade e perda do tônus do tec. conjuntivo, assintomático. PIGMENTAÇÃO MELÂNICA: comum em pacientes de etnia negra. SINDROME DE EAGLE: alongamento do processo estiloide, geralmente bilateral. Sintomas: dor de cabeça, tonturas, desmaios... Tratamento geralmente cirúrgico. DEFEITO DE STAFNE: lesão radiolúcida na região de ângulo da mandíbula, DOENÇA PULPAR E PERIPAPICAL PUPITE: inflamação da polpa, que pode ser aguda ou crônica. Estímulos que causam inflamação pulpar: Dano mecânico: atrição por bruxismo, abfração por uma escovação bruta. Lesão térmica: restauração de amálgama mal feita, restaurações Irritação química: excesso de agentes clareadores ou ácido fosfórico, por exemplo. Efeitos bacterianos: por lesões cariosas, gengivites... AVALIAÇÃO PULPAR Teste de vitalidade - frio: através de algodão e sprays de nitrogênio, sendo dor (positivo) vitalidade pulpar e caso não sinta dor a polpa já está necrosada (negativo). Teste de vitalidade – calor: aquecimento de bastão de guta percha e encostamos no dente, EM DESUSO devido casos de necrose. Teste de percussão – horizontal: batidas horizontais com haste de instrumentais. Teste de percussão – vertical: batidas verticais com haste de instrumentais, resposta negativa em caso de vitalidade. Exames de imagem: radiografia periapical que não mostra alterações em casos de pupite, somente em casos de necrose que se nota espessamento de ligamento periodontal e desaparecimento da lâmina dura. PUPITE REVERSSÍVEL: dente não apresenta mobilidade, possui resposta negativa a percussão e resposta positiva ao teste do frio. Dor somente se a polpa for estimulada, não apresenta alterações no raiox PUPITE IRREVERSSÍVEL: pode ter mobilidade, dor pulsátil. Dor espontânea, caso ocorra estímulo a dor é exacerbada NECROSE PULPAR: caso a pupite não seja tratada evolui para necrose, apresentando sinais radiográficos como espessamento do periodonto e desaparecimento da lâmina dura. PUPITE HIPERPLÁSICA CRÔNICA – PÓLIPO PULPAR: aumento da polpa em cavidades extensas que gera um tecido de granulação envolvendo a polpa, assintomático, frequente em dentes decíduos. Tratamento é remover o agente irritante, em casos de pupite irreversível e necrose é indicado endodontia ou exodontia. DENTINA SECUNDÁRIA: fisiológica causada pela idade DENTINA TERCIÁRIA: frente a um agente agressor, reacionária Aumento da dentina causa diminuição da câmera pulpar. CALCIFICAÇÕES PULPARES: não é rara, associada a desgastes e traumas. Dentículos Cálculos pulpares Calcificações lineares difusas Tratamento só é necessário se estiver afetando em casos de endodontias, por exemplo. GRANULOMA PERIAPICAL: tecido de granulação com inflamação crônica no ápice de um dente não vital (necrosado), assintomático. Características: sem mobilidade, sem sensibilidade a percussão, achado radiográfico, pode realizar reabsorção radicular. IMPORTANTE: não é revestido por epitélio Tratamento através da endo do dente afetado, irá diminuir o granuloma. CISTO PERIAPICAL: cavidade patológica com fluidos revestido por epitélio, pode se originar dos cistos epiteliais de malassez, epitélio do trajeto fistuloso. Características: assintomático, aspecto radiográfico semelhante ao granuloma, porém possui epitélio revestindo.Tratamento é necessário a curetagem pois não diminui com tratamento endodôntico. CISTO RESIDUAL: cisto em lugar onde aconteceu uma extração, porém o cisto não foi curetado. raramente observada em raiox ABSCESSO PERIAPICAL: acúmulo de células inflamatórias agudas no ápice de um dente não vital, material purulento se acumula no alvéolo, sensível a percussão e pode ocorrer extrusão do dente associado ao inchaço. Sintomático – agudo Assintomático – crônico Fístula: abcesso encontra caminho para extravasar o pus extra oralmente. Parúlide: fístula com tecido granulação Cone de guta percha ajuda identificar origem do abscesso. Tratamento é a drenagem do abcesso purulento + remoção do foco infeccioso. CELULITE: disseminação aguda de um processo inflamatório agudo para os tecidos moles. Angina de Ludwing: evolução rápida, envolve os espaços sublingual, submandibular e submentoniano podendo percorrer até o mediastino em situações graves. Tratamento consiste em manutenção das vias aéreas, incisão e drenagem, antibioticoterapia e a eliminação do foco infeccioso. Trombose do seio cavernosos: aumento edemaciado periorbitário, tumefação e endurecimento da fronte e nariz. Tratamento cirúrgico. OSTEITES: processo infamatório agudo ou crônico nos espaços medulares ou superfícies corticais além do sítio inicial, abscesso que se estende para os ossos. Aguda: sem processo inflamatório Crônica: respostas com tecido de granulação Tratamento da aguda é antibiótico e drenagem, e da crônica envolve remoção do foco e antibióticos. CISTOS DE DESENVOLVIMENTO CISTO é uma cavidade patológica limitada por epitélio e pode ser preenchida com fluido ou semi sólido. CISTO PALATINO DO RECÉM NASCIDO: Pequenos cistos de desenvolvimento são comuns em recém nascidos Teorias Surgem de pequenas ilhas epiteliais aprisionadas na fusão do processo palatino Remanescentes epiteliais derivados das gland. Salivares menores. Características: pequenas pápulas brancas ou branco amareladas, 1 -3 mm ao longo da rafe palatina e palato mole, 2 ou 6 cistos. Pérolas de Epsteins: Rafe palatina Nódulos de Bohn: Palato duro próximo palato mole Características histopatológicas: cistos preenchidos por ceratina e revestidos por um epitélio pavimentoso estratificado NÃO há tratamento, pois, eles regridem sozinhos. CISTO NASOLABIAL: Cisto do lábio superior lateralmente à linha média. Teorias Remanescente epiteliais retidos ao longo da linha de fusão dos processos nasais Deposição de epitélio do ducto nasolacrimal Características: tumefação do lábio superior, lateralmente a linha média, obstrução nasal, sem dor, pode ocorrer drenagem espontânea, mais comum em mulheres, sem alteração raiox. Características histopatológicas: Revestido por epitélio colunar pseudo-estratificado com células caliciformes e ciliadas. Tratamento excisão cirúrgica. CISTO DO DUCTO NASOPALATINO: cisto no canal incisivo, não odontogênico, Características: mais em homens, tumefação da região anterior do palato, drenagem, assintomático, descoberta radiográfica em forma de coração, 1-2,5 cm. Características histopatológicas: revestimento epitelial variável. característica histológica: epitélio pavimentoso estratificado proveniente de dentes posteriores mandibulares proveniente de dentes anteriores maxilar epitélio pavimentoso estratificado em 75% dos casos intravenoso CISTO EPIDERMOIDE DA PELE: cisto comum de pele, limitado por um epitélio semelhante à epiderme, desenvolvem se após inflamação do folículo piloso. Características: comum cabeça e pescoço, associação com síndrome de Gardner, lesões subcutâneas nodulares flutuantes que podem ou não estar associadas com inflamação. Características histopatológicas: limitada por epitélio escamoso estratificado preenchido com ceratina delgada. CISTO DERMÓIDE: raro, Cisto limitado por um epitélio semelhante à epiderme e contém estruturas anexas da derme na parede do cisto, mais comum em ovários e testículos. Características: linha média do assoalho bucal, tamanhos variados, indolor, crescimento lento. Características histopatológicas: Epitélio escamoso estratificado ortoceratinizado com ceratina abundante. Tratamento remoção cirúrgica, raro malignar. CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO: causa incerta, talvez remanescente do epitélio do ducto do tireoglosso ou da glândula tireoide. Características: Tumefação móvel, flutuante e indolor, a menos que tenha infecção secundária, lateral do pescoço 3- 10 cm, acompanha a deglutição. Características histopatológicas: Epitélio escamoso estratificado ou colunar. Tratamento remoção cirúrgica. CISTO DA FENDA BRANQUIAL: Cisto de desenvolvimento lateral do pescoço, origem incerta, mas acredita-se que é remanescente da fenda branquial. Características: Massa mole, flutuante, que pode variar de 1 a 10 cm de diâmetro, na região lateral superior do pescoço, pode ocorrer dor por infecção, geralmente no lado esquerdo. Características histopatológicas: 90% epitélio escamoso estratificado, podendo ser ceratinizado ou não, apresenta tecido linfoide. Tratamento remoção cirúrgica. CISTO LINFOEPITELIAL ORAL: Lesão incomum da boca que se desenvolve no tecido linfoide oral, semelhante ao cisto da fenda branquial só Características: Cisto firme ou mole a palpação, sendo recoberto por mucosa lisa e não ulceração, parece uma espinha na língua, assintomático. Características histopatológicas: Epitélio estratificada sem projeções para o conjuntivo, presença de tecido linfoide na parede do cisto. Tratamento remoção cirúrgica. DOENÇAS FÚNGICAS CANDIDÍASE Candida albicans pode se apresentar microscopicamente em duas formas: leveduras e hifas, é considerada a infecção fúngica mais comum da mucosa oral. Características: a candidíase pode se apresentar de diversas maneiras na cavidade oral. CANDIDA PESUDOMEMBRANOSA Apresenta-se como placas em aspecto de creme removíveis, podem causar queimação e halitose, presente na mucosa vestibular, língua e palato, Etiologia: associada a imunossupressão e antibióticos. CANDIDÍASE ERITEMATOSA São máculas vermelhas, causam queimação, geralmente localizam se na língua, palato duro ou mucosa vestibular. Etiologia: associada a imunossupressão, uso de antibióticos, xerostomia e idiopática. ATROFIA PAPILAR CENTRAL/GLOSSITE ROMBOIDAL AGUDA Áreas vermelhas e tróficas, assintomáticas na linha média da língua posterodorsal. Etiologia: associa-se a imunossupressão e idiopática. NÃO ESQUECER > HISTOPLASMOSE E TOXOPLASMOSE MEDIANA CANDIDÍASE MULTIFOCAL CRÔNICA Áreas vermelhas associadas com placas brancas, causam sensação de queimação, assintomática, se localizam no platô superior, dorso posterior da língua e comissura bucal. Etiologia: imunossupressão e idiopática. QUEILITE ANGULAR Lesões vermelhas fissuradas, causam irritação e sensação crua localizada na comissura bucal. Etiologia: idiopática, imunossupressão, ou perda de dimensão vertical. CANDIDÍASE ATRÓFICA CRÔNICA Áreas avermelhadas no palato e gengiva, assintomática. Etiologia: associada a próteses. CANDIDÍASE HIPERPLÁSICA Placas brancas não removíveis, assintomático na mucosa vestibular anterior. Etiologia: idiopática relacionada a imunossupressão. CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA Placas brancas, algumas removíveis na língua, mucosa vestibular e/ou palato, rara. Etiologia: Disfunção imune idiopática herdada ou esporádica SÍNDROME DE CANDIDÍASE ENDÓCRINA Placas brancas a maioria não removível em região da Língua, mucosa vestibular, palato, rara. Etiologia: Distúrbio endócrino se desenvolve depois da candidíase. Características histopatológica: Há visualização das hifas, aumento da paraceratina, aumento dos cristais epiteliais e pequenos micro abscessos Tratamento: antifúngicostópicos Nistatina suspensão oral 100.000ml ----- 1 frasco Bochechar 5-10ml 4 vezes no dia por 2 min, durante 2 semanas e reavaliar. Daktarin gel oral ---- 1 bisnaga Aplicar 4x ao dia no interior da prótese e remover prótese todas as noites Nistatina creme vaginal --------- 1 bisnaga Aplicar 4x ao dia no interior da prótese, durante 45 dias Fluconazol 150mg ------- 1 comprimido Em casos de imunossupressão, durante 1 semana e reavaliar. Antifúngicos sistêmicos Cetoconazol 200mg – 1 comp. por dia, durante 7-14 dias Itraconazol 100mg – 1 capsula por dias, durante 7-14 dias PARACOCCIDIOIDOMICOSE Paracoccidioides brasiliense, afeta 1 a cada 5 homens principalmente fumantes, etilistas crônicos, agricultores, as mulheres tem efeito hormonal protetor. Lesões orais da doença são semelhantes a amoras, geralmente afeta mais de um sitio. Características: insônia, debilidade, inapetência, disfagia, dispnéia (falta de ar), tosse, hemoptise (tosse com sangue), febre, perda de peso, prurido e ardor. Extra oral pode se observar crescimento dos lábios, palidez facial, edema e linfadenopatia cervical. Diagnóstico é dado pela biópsia Características histopatológica: Hiperplasia pseudoepiteliomatosa, ulceração do epitélio sobrejacente com resposta inflamatória granulomatosa, “orelhas do Mickey mouse” Tratamento: depende da gravidade, mas é dado com fluconazol, Itraconazol, sulfonamidas e anfotericina B IV. Highlight INFECÇÕES BACTERIANAS SÍFILIS Infecção crônica mundial causada pelo Treponema pallidium, possui aspecto de couve flor. Principal via de transmissão é o contato sexual e congênito de mãe para filho, sendo os humanos os hospedeiros. Em 1940 a incidência de sífilis diminuiu por vários anos, já em 1960 ocorreu a revolução sexual aumentando o número de casos, no entanto em 2000 com o medo de adquirir AIDS houve novamente a diminuição de casos de sífilis primária e secundária. Em pacientes com sífilis a infecção tem 3 estágios: primária, secundária e terciária. Um paciente acometido pela doença é altamente infeccioso durante os dois primeiros estágios, porém gestantes podem transmitir em períodos de latência que se acontecer nos primeiros períodos causa aborto do feto. Características Sífilis Primária: caracterizada pelo cancro solitários que se apresentam como lesões papulares com uma ulceração central (nódulo ulcerado). Aproximadamente 85% ocorrem em área genitais, 10% anais, 4% orais e 1% extragenitais. As lesões orais são vistas nos lábios, mas podem aparecer na língua, palato, gengiva e amígdalas. A lesão oral se apresenta como uma úlcera de base clara e indolor, raramente com proliferação vascular semelhante a um granuloma piogênico. Linfadenopatia Regional devido o microrganismo se disseminar através dos vasos linfáticos para futura progressão, caso não tratada cicatriza em 3 a 8 semanas. Sífilis secundária: identificada de 4 a 10 semanas após infecção inicial, podem surgir antes da resolução completa da lesão primária. Os sintomas mais comuns são linfadenopatia indolor, dor na garganta, mal estar, cefaleia (dor na cabeça), perda de peso, febre e dor muscular. Um sinal é a erupção cutânea macro papular difusa e indolor nas palmas das mãos, também podem ocorrer na cavidade oral como manchas arroxeadas. 30% dos pacientes apresentam esponjiose intensa na mucosa oral levando a formação de placas brancas que desaparecem e reaparecem. Condilomas de lata: nódulos endurecidos na região genital ou na língua surgem durante esse momento. Ao contrário da primária a sífilis secundária apresenta lesões múltiplas, com resolução espontânea dentro de 10 a 12 semanas. Condiloma de lata Sífilis terciária: Após a secundária os pacientes entram em uma fase de latência que pode durar de 1 a 30 anos, se desenvolve em cerca de 30% dos pacientes. Inclui complicações mais sérias da doença, envolvendo sistema cardiovascular e o sistema nervoso central (SNC) Goma apresenta-se como lesão endurecida, nodular ou ulcerada que causa destruição de tecidos intraorais como palato e língua, caso afete o palato há ulceração conectando a cavidade oral e a nasal. Sífilis congênita: são achados a tríade de Hutchinson (Dentes de Hutchinson em formato de chave de fenda, ceratite ocular e comprometimento auditivo), além de outros diversos achados como nariz em sela, palato arqueado... Pode causar a morte do feto caso a mãe esteja com a sífilis primária ou secundária. As crianças com sífilis podem manifestar dentro de 2 a 3 semanas após o nascimento, os incisivos possuem forma de chave de fenda e os molares em amora com oclusão anormal. Características Histológicas O quadro histopatológico das lesões orais no paciente com sífilis não é específico. Diagnóstico O diagnóstico pode ser feito através de testes rápidos como VDLR que apresentam muitos falsos negativos, então o exame mais preciso para detectar a sífilis é a FTA-ABS. conhecidas popularmente como "placas mucosas" lesões que lembram catapora na palma da mão e pé comunicação entre cavidade nasal e oral Tratamento O tratamento da sífilis necessita avaliação individual e terapia individualizada, é realizado por penicilina que varia de acordo com o estágio da doença. Para sífilis primária, secundária ou latente recente uma única dose de penicilina intravenosa é realizada. Para sífilis terciária a penicilina é administrada duas vezes com intervalo semanal durante 3 semanas, caso seja alérgico a penicilina é administrada doxiciclina 100g 2x ao dia durante 15 dias. TUBERCULOSE Doença infecciosa crônica causada por mycobacterium tuberculosis, no mundo é estimado que dois bilhões de pessoas seja infectado, doença romantizada. A infecção diminuiu com o uso de antimicrobianos, porém nos últimos anos houve um aumento associado ao surgimento de AIDS. Afeta principalmente pacientes imunossuprimidos. Tuberculose primária: ocorre em indivíduos não expostos previamente ao microrganismo, envolvendo quase sempre os pulmões. A disseminação é direta de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias de um paciente com a doença ativa. Incialmente há uma resposta inflamatória crônica inespecífica, formando um nódulo localizado fibrocalcificado no sítio inicial com microrganismos que podem ficar latentes por vários anos. 5 – 10% dos pacientes progridem para a doença ativa caso estejam em estados imunossuprimidos que é responsável, principalmente pacientes que possuem AIDS. A doença ativa costuma se desenvolver em uma fase tardia com a reativação do microrganismo de uma pessoa previamente infectada – Tuberculose secundária Pode ocorrer disseminação difusa através do sangue, produzindo pequenos focos de infecção semelhante a milho. Características Geralmente a TB primária é assintomática ou apresenta febre e efusão pleural (água no pulmão) As lesões da TB secundária estão no ápice pulmonar, além dos sintomas como febre baixa, mal estar, anorexia, perda de peso, sudorese noturna, hemoptise. Em pacientes com AIDS 50% apresentam lesão extrapulmonar, os sítios extrapulmonares mais afetados da cabeça e pescoço são linfonodos cervicais, laringe e ouvido médio, raramente cavidade oral com ulceras crônicas. A prevalência relatada de lesões orais clinicamente evidentes varia de 0,5% a 5,0%. Também podem apresentar fístulas submandibulares com envolvimento dos linfonodos cervicais. Características histológicas Apresenta áreas de infecção com granulomas, linfócitos, células gigantes multinucleadas com necrose caseosa central. Em indivíduo com TB o granuloma é denominado tubérculo. São utilizadas coloração ácido resistente para identificar os microrganismos como pequenos botões vermelhos. Diagnóstico Através de teste cutâneo da tuberculina pode ser feito o diagnóstico,porém pode apresentar falso negativo. Então são feitos testes através de colorações especiais, cultura ou PCR que identifica o DNA do microrganismo e acelera o processo sem precisar esperar pela cultura. Tratamento O microrganismo pode sofrer mutações tronando-se mais resistente a um único medicamento então se utiliza de uma combinação de antimicrobianos. Um protocolo frequentemente utilizado consiste em oito semanas de pirazinamida, isoniazida, rifampicina e etambutol, seguidas por 16 semanas de isoniazida e rifampicina. A vacina para TB também está disponível pra 85% da população mundial. LEMBRAR DO POEMA PNEUMOTÓRAX. SINUSITE A sinusite é uma das queixas mais comum nos EUA. Primeiramente é necessário o conhecimento da anatomia sinusal, os adultos possuem bilateralmente os seios maxilar, frontal, esfenoidal, etmoidal e mastoide. Com exceção do seio mastoide essas cavidades drenam para o interior do nariz através dos óstios, este complexo ostiomeatal com inúmeras aberturas estreitas é a chave para a doença uma vez que o nariz é o principal depósito do material estranho oriundo do ar. Os seios são revestidos por epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado (cílios são necessários para deslocar a secreção sinusal em direção aos óstios) Tuberculose miliar "popularmente" A maioria das doenças sinusais começa com o bloqueio do complexo ostiomeatal que compromete a drenagem normal e diminui a ventilação e precipita a doença, infecções menos comuns podem ocorrer a partir de área de inflamação de um único seio, como a infecção dentária no seio maxilar. Todos os seios contêm bactérias, com as bactérias já presentes pequenas alterações, como um leve espessamento da mucosa no complexo ostiomeatal, podem causar uma drenagem sinusal inadequada e infecção. Considera-se que 10% a 12% dos casos de sinusite maxilar surjam de uma fonte odontogênica, porém acreditam que a prevalência seja próxima a 30%. Características A sinusite aguda se manifesta como sintomas como cefaleia, febre e dor facial sobre o seio afetado, a secreção nasal pode ter consistência espessa ou fluída com cor clara. Envolvimento do seio maxilar causa dor no zigoma, cefaleia, dor periorbitária... A sinusite crônica apresenta pouca sintomatologia, as queixas frequentes incluem pressão facial, dor ou uma sensação de obstrução, cefaleia, dor na garganta, sincope/tontura e fadiga. No raiox o seio se apresenta turvo e com densidade aumentada, deve ter cuidado para não confundir com infecção odontológica. Deve ser feito exame periodontal completo e vitalidade que costumam excluir ou indicar infecção dentária. Diagnóstico O diagnóstico é feito com radiografias convencionais (incidências de Waters – foco radiopaco no seio no raiox) e través de tomografia computadorizada. Tratamento As opções de tratamento da sinusite aguda incluem sprays hidratantes, descongestionantes, mucolíticos, corticosteroides, antibióticos (amoxilina) ou intervenção mecânica como a lavagem sinusal. FONTE: Neville capitulo infecções bacterianas INFECÇÕES VIRAIS Neville – cap. 7 págs. 465 HERPES VÍRUS HUMANO A família é constituída por uma grande quantidade de vírus DNA de cadeia dupla, sendo o Herpes simples o membro mais reconhecido. Outros membros dessa família de vírus incluem varicela zoster, Epstein-barr, citomegalovírus e outros tipos mais recentes. A palavra herpes deriva da palavra grega que significa arrastar, que faz alusão a infecção recorrente, latente e com poder de disseminação. A infecção primária permanece em latência por toda vida caso não haja uma reativação em pacientes em contato com o vírus em imunossupressão causando infecções recorrentes sintomáticas ou assintomáticas. As partículas virais são liberadas na saliva, secreções genitais podendo infectar novos hospedeiros. VÍRUS DO HERPES SIMPLES Existem dois tipos de herpes simples: HSV-1 e HSV-2, semelhantes na estrutura e mecanismo da doença, mas diferentes pela localização anatômica e epidemiologia. HSV-1 se dissemina por meio da saliva ou lesões periodontais ativas, se adaptando melhor na região fácil, oral e ocular. HSV-1 se adapta melhor na região genital, sendo transmitido por meio de contato sexual. A infecção primária está associada à exposição inicial do indivíduo sem anticorpos contra o vírus, normalmente em jovens é assintomático, em casos sintomáticos o vírus utiliza os axônios para atingir a pele e mucosa periférica. Já a infecção secundária ocorre com a reativação do vírus e de forma sintomática apresentando gengivoestomatite. Aglomerações e má higiene favorecem a exposição HSV-1. HSV-2 representa uma das DST mais comuns no mundo, é importante ressaltar que a infecção pelo HSV-2 está associada a 2 vezes mais chances de contrair HIV. Além de infecções clinicamente evidentes mais de 15% dos casos de eritema multiforme são precedidos 3 a 10 dias antes dos sintomas e acredita-se que mais de 60% dos casos de eritema são causados pela herpes. Em poucos pacientes o herpes apresenta ulcerações aftosas, além de também apresentar associação com carcinomas espinocelulares. Características A gengivoestomatite herpética aguda é o padrão mais comum de infecção primária sintomática em mais de 90% dos casos. Aparecimento abrupto, acompanhado por linfadenopatia cervical anterior, calafrios, febre, náusea, anorexia, irritabilidade e lesões orais dolorosas. No início a mucosa apresenta diversas vesículas puntiformes que se rompem e formam pequenas lesões # exame de vitalidade vírus herpetoviridae avermelhadas, ulceradas, os casos brandos se resolvem em 5 a 7 dias e mais graves podem persistir por 2 semanas. Alguns adultos sintomáticos manifestam faringotonsilites (INFLAMAÇÃO DAS TONSILAS) A infecção nos dedos é conhecida como panarício herpético, é resultado da contaminação dos dedos por herpes caso não haja a proteção com luvas Mães que beijam os filhos com lesões dermatológicas constituem um vetor, lutadores podem ter lesão por tatame... Na ausência de uma função imunológica apropriada, o herpes recorrente pode persistir e disseminar-se, sendo potencialmente fatal. Pacientes com AIDS relatam ulceras orais persistentes. Características histológicas As células infectadas exibem alterações denominadas degenerações balonizante com células de núcleo claro e aumentado – CÉLULAS DE TZANCK Diagnóstico O diagnóstico é clinico, deve ter cuidado para não confundir com outras doenças. Tratamento O tratamento é realizado com aciclovir em suspensão nos primeiros 3 dias pela técnica de bochechar e engolir 5x ao dia. Aciclovir em pomada também pode ser aplicada nas lesões. Aciclovir 400g 2x ao dia por 5 dias também é uma maneira de tratamento A laserterapia é uma alternativa para a cicatrização mais rápida das lesões. VARICELA A catapora representa a infecção primária causada pelo vírus varicela, sucedido por uma latência e a recidiva possível é a Herpes Zoster. O vírus se dissemina através de gotículas pelo ar ou por conato direto com a doença ativa, sendo sintomático em média 15 dias. Características Apresenta erosões cutâneas maculopapular com poucas ou nenhuma vesícula, febre baixa, vômitos, eritema, coceiras, pústulas. Ao contrário do herpes simples as lesões continuam a surgir por 4 ou mais dias. As manifestações orais e periodontais são comuns, a borda da vermelhidão do lábio e o palato são locais mais frequentes, também aparecem lesões gengivais semelhantes a herpes, porém são indolores. As lesões começam como vesículas que se rompem e formam ulcerações, o número de lesões varia de acordo com a gravidade acometendo de maneira mais grave pacientes imunossuprimidos. A infecçãoem gestantes no início da gestação pode causar abortos espontâneos ou defeitos congênitos. Características histopatológicas As alterações histológicas são idênticas as do herpes com CÉLULAS DE TZANCK Diagnóstico O diagnóstico é clínico, importante diferenciar de herpes. Tratamento O tratamento é através do uso de medicações antivirais por via oral, como aciclovir, valaciclovir e fanciclovir, reduzem a duração e a gravidade da infecção, quando administradas durante as primeiras 24 horas de erupções. Formulações intravenosas são utilizadas em pacientes imunossuprimidos. HERPES ZÓSTER “COBREIRO” É clinicamente evidente após a reativação do vírus da varicela, com o envolvimento do ramo do nervo sensitivo afetado. Acomete 1 a cada 3 indivíduos que já tiveram catapora, aumenta a prevalência com a idade, em pacientes imunossuprimidos, infectados pelo HIV, devido a presença de neoplasias. Características As características podem agrupadas em três fases: prodrômica, aguda e crônica. Durante a replicação viral inicial desenvolvem-se necrose neural e neuralgia intensa (dor), erupção cutânea em 90% dos casos. A dor começa nas áreas do nervo sensitivo afetado e pode ser acompanhada de febre, mal estar e cefaleia. As lesões acompanham o nervo afetado terminando na linha média, dentro de 4 dias as vesículas começam a pustular e ulcerar e forma crostas. As lesões orais podem estar presentes na mucosa móvel ou aderida, afetando o quadrante afetado Características histopatológicas são microscopicamente idênticas as da varicela, com CÉLULAS DE TZANCK. Diagnóstico O diagnóstico é clínico, lembrando de eliminar a possibilidade de varicela. Tratamento O tratamento é realizado por antivirais como fanciclovir. MONONUCLEOSE INFECCIOSA “DOENÇA DO BEIJO” Doença causada sintomática resultante da exposição ao vírus Epstein-Barr, com infecção através de conato intimo como a saliva. O EBV está associado á leucoplasia pilosa oral, linfomas, carcinomas e neoplasias musculares. Características A maioria das crianças são assintomáticas, já a maioria dos adultos apresentam febre, linfadenopatia, faringite e tonsilite. Além da tumefação linfoide outras lesões orais são vistas, como petéquias transitórias no palato, gengivite ulcerativa necrosante é bastante comum. Estudos sugerem que mononucleose infeciosa aumenta o riso de um desenvolvimento posterior de esclerose. Diagnóstico O diagnóstico geralmente é clínico combinados com a presença de 10% de aumento nos linfócitos atípicos. Tratamento Na maioria dos casos a doença regride em 4 a 6 semanas, são utilizados medicamentos para diminuir a sintomatologia, ingestão de líquidos e alimentação adequadas, evitar esportes – TRATAMENTO MÉDICO. VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA O HIV é um vírus RNA de cadeia simples que pertence a família Retroviridae. Existem duas espécies HIV-1 e HIV-2, o primeiro apresenta distribuição mundial enquanto o segundo está predominantemente na África Ocidental. A aids era praticamente 100% fatal porém com a introdução da terapia antirretroviral houve um aumento significativo no índice de sobrevida. Podemos encontrar o vírus nos fluídos corporais, incluindo soro, sangue, saliva, lágrimas, sêmen de pacientes infectados, sendo a via sexual a transmissão mais frequente. A transmissão do HIV pelos fluídos orais ainda é controversa, há casos raros de infecções através da amamentação, no entanto a presença de erosões, ulcerações e lesões pode predispor um indivíduo a transmissão oral. Desde o inicio da epidemia os métodos de rastreamento sanguíneo melhoraram significativamente. A célula alvo do HIV é o linfócito T CD4 + AUXILIAR, embora macrófagos e células dendríticas possam ser infectados. Em pacientes acometidos pelo HIV há formação de anticorpos contra o vírus, mas sem função protetora, o vírus fica em silêncio e promove a morte da célula que deixam de funcionar normalmente, resultando em perda de função imunológica. Características Os estágios incluem fase aguda, fase crônica e AIDS. Na fase aguda o paciente é assintomático ou apresenta uma síndrome retroviral aguda com sintomas que lembram a mononucleose infecciosa (doença do beijo) e as manifestações orais incluem eritema na mucosa e ulcerações focais, durante esse período o HIV não é detectado e apresenta alta taxa de viremia. Durante a fase crônica há diminuição da viremia e o paciente entra em latência, esse período pode durar entre alguns meses até mais de 15 anos. Os principais fatores que tem impacto no tempo de latência são: idade, resposta imunológica do paciente, tipo de exposição sendo a maioria assintomático ou apresentam linfadenopatia. Ao longo do tempo o sistema imune falha no controle do vírus, com aumento da viremia e diminuição das células CD4, resultando a AIDS. A apresentação de sintomas é variável e muitas vezes afetada pela exposição anterior a infecções crônicas, muitas vezes a pneumonia é uma manifestação que leva ao diagnóstico da doença, é frequente diarreia persistente e em 30 a 50% dos pacientes há disfunção neurológica. Lesões orais fortemente associadas a infecção pelo HIV CANDIDÍASE Manifestação oral mais comum causada pelo HIV e normalmente um sinal que leva ao diagnóstico Mais de 90% dos pacientes com AIDS desenvolvem candidíase oral em algum momento, os quatro padrões mais vistos são: candidíase pseudomembranosa, candidíase eritematosa, candidíase hiperplásica e queilite angular (principalmente as duas primeiras). A candidíase eritematosa inicia quando a contagem de linfócitos CD4 cai para menos de 400 células/mm3 e é muito mais intensa. O tratamento da candidíase de pacientes com AIDS é mais difícil, a Nistatina é ineficaz a violeta genciana é mais eficaz. O clotrimazol é o medicamento mais eleito para pacientes com uso do antirretroviral e tratamento sistêmico para pacientes imunossuprimidos através de fluconazol. LEUCOPLASIA PILOSA ORAL A presença de LPO em pacientes com HIV é sinal de imunossupressão grave e doença avançada. Clinicamente se manifesta como placa branca não destacável na mucosa, em borda de língua com aparência áspera. Histologicamente apresenta uma espessa camada de paraqueratina com corrugação e projeções finas, além de alterações nas células da camada espinhosa. O tratamento muitas vezes não é necessário, medicamentos para herpes resolvem rapidamente ou são feitas excisões cirúrgicas. SARCOMA DE KAPOSI O Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia do endotélio vascular causado pelo HVH (herpes), sendo a segunda neoplasia mais comum em pacientes com a AIDS. O SK se manifesta com múltiplas lesões de pele ou mucosa oral, com predileção pela face em pacientes com AIDS. Em 22% a cavidade oral é o local inicial. O palato duro, gengiva e língua são os sítios mais afetados, quando afetam o palato ou gengiva a neoplasia pode invadir o osso e provocar mobilidade. No início as lesões são máculas vermelho-purpúreas com o tempo as máculas se tronam placas ou nódulos e tronam-se difusas e exofílica. A biópsia é necessária para diagnóstico definitivo embora o diagnóstico clínico possa ser feito, o inicio do tratamento com antirretroviral induzem a regressão das lesões e pacientes imunocompetentes vão ter a doença em menor proporção. LINFADENOPATIA GENERALIZADA PERSISTENTE A prevalência desse sinal clínico varia, entretanto fica em torno de 70%, consiste em uma linfadenopatia que se apresenta por mais de três meses. Os locais mais frequentes são linfonodos cervicais anteriores e posteriores, submandibulares, occipital e axilares. O linfoma acomete esse grupo de pacientes, a biopsia é indicada. No exame histopatológico possui hiperplasia folicular florida,e indica a progressão para AIDS. LINFOMA NÃO HODGKIN Representa a neoplasia maligna mais comum nos pacientes com AIDS. A maioria dos casos representa neoplasias de células B agressivas, afetando tanto pacientes imunocompetentes como imunossuprimidos. Os linfomas associados a AIDS geralmente são extranodais, as lesões orais são observadas em cerca de 4% dos pacientes com AIDS envolvendo com mais frequência gengiva, palato e língua. O envolvimento intraósseo foi relatado lembrando uma periodontite progressiva com perda de ligamento periodontal e do dente. O tratamento consiste em quimioterapia com antirretrovirais e o prognóstico varia de acordo com o tipo de linfoma. DOENÇA PERIODONTAL ASSOCIADA AO HIV Três padrões de doença periodontal estão fortemente ligados ao HIV: Eritema linear gengival, Gengivite ulcerativa necrotizante (GUN) e Periodontite ulcerativa necrotizante. O eritema linear gengival foi denominado gengivite associado ao HIV, é caracterizado por uma faixa linear de eritema envolvendo a margem gengival livre, apresentam eritema exacerbado a quantidade de biofilme presente. Ligado a reposta imune anormal contra bactérias, o tratamento inclui desbridamento, iodo, clorexida e/ou antifúngico. A gengivite ulcerativa necrosante é a ulceração e necrose de uma ou mais papilas interdentais sem perda da inserção periodontal, há presença de necrose gengival, sangramento, dor e halitose. A periodontite ulcerativa necrosante (PUN) associada com HIV, caracteriza-se pela ulceração gengival e necrose associada à perda rápida e progressiva de inserção periodontal pode afetar todos os dentes, porém a maioria dos casos são dentes isolados. O tratamento da GUN e PUN é baseado no desbridamento, antimicrobianos, controle de dor, além da remoção do tecido necrosado. Nos pacientes com necrose gengival o processo as vezes se estende para cristas alveolares e forma áreas de destruição tecidual – estomatite necrosante. Além das três formas podem apresentar gengivites convencionais, periodontite... e a perda óssea pode ser combatidas com hábitos de higiene profissional e abandono do tabaco. CARCINOMA ESPINOCELULAR Os indivíduos com HIV têm duas vezes mais chances de desenvolver o câncer. Além disso, a prevalência dessas neoplasias malignas aumenta com o grau de imunossupressão e o carcinoma espinocelular tende a ocorrer em uma faixa etária mais jovem Não existem diferença em relação ao carcinoma em paciente com HIV ou não em aspectos clínicos e anatomia, o tratamento é o mesmo com remoção cirúrgica, radioterapia e quimioterápicos porém o prognóstico é mais desfavorável. Diagnóstico A confirmação do HIV é obtida pela detecção dos anticorpos, através de testes rápidos com amostras de fluidos corporais ou sangue. A AIDS é diagnosticada em evidências laboratoriais como a contagem baixa de linfócitos T CD4 inferior as 200 células/ mm3. Tratamento Os tratamentos são realizados por uma variedade de antirretrovirais, existem inúmeras combinações de medicamentos. Com o tratamento há uma evidente diminuição na viremia e uma significativa reconstituição imune. Os pacientes que recebem o tratamento por muito tempo têm risco aumentado para doenças cardiovasculares, hepática, renal e neoplasias associadas. A infecção é incurável, para poder trata de pacientes soro positivo é preciso realizar um teste que mostrem células CD4 acima de 2.000. LESÕES FÍSICAS E QUÍMICAS LINHA ALBA Alteração comum na mucosa jugal associada a pressão das superfícies vestibulares de dentes posteriores, apresenta-se como linha esbranquiçada geralmente bilateral. MORSICATIO BUCCARUM Mastigação crônica da bochecha causam lesões na mucosa jugal, também podem envolver mucosa labial e borda lateral da língua. Frequente em pessoas sob estresse, maior prevalência em mulheres acima de 35 anos. Apresentam com maior frequência bilateralmente, são áreas brancas com superfície dilacerada e irregular. ULCERAS TRAUMÁTICAS Lesões agudas e crônicas da mucosa oral são comuns e podem estar associadas a ulcerações da superfície que cicatrizam em alguns dias. Processo inflamatório crônico com ulceração e eosinofilia - PICUE é um tipo de ulceração crônica na mucosa oral com inflamação profunda e cicatrização lenta, é resolvida com biópsia incisional. Doença de Riga-Fede: ulcerações sublinguais em bebês como resultado do traumatismo crônico da mucosa pelos dentes decíduos anteriores, associado à amamentação. Características Ulcerações traumáticas simples ocorrem com maior frequência na língua, lábios e mucosa jugal. As lesões aparecem como um eritema circundando uma área central recoberta por uma camada pseudoamarelada com uma borda endurecida branca de hiperceratose. predominância em homens, a maioria na língua. A lesão pode permanecer por uma semana ou oito meses possuem aparência de granuloma piogênico. Ulceração eosinofílica atípica ocorre em adultos mais velhos +40 anos, sendo a região da língua a mais afetada. Características histológicas Apresentam membrana fibropurulenta que consiste em fibrina com neutrófilos. O fundo da úlcera consiste em tecido de granulação que sustenta um infiltrado inflamatório misto de linfócitos, histiócitos, neutrófilos e, ocasionalmente, plasmócitos. Nos PICUE, o padrão é muito semelhante, entretanto, o infiltrado inflamatório se estende para os tecidos mais profundos e exibe linfócitos e eosinófilos. Ulcerações eosinofílicas atípicas há proliferação celular de células linforreticulares grandes CD30+ Tratamento Remover causa da irritação, são aplicados anestésicos, corticoides, iodo e acetonida de triancinolona para alívio de dor e sintomas. QUEIMADURAS ELÉTRICAS E TÉRMICAS Queimaduras elétricas são menos comuns, podem ocorrer por contato(fatal) e arco (destruição tecidos locais) São mais comuns em crianças, costuma afetar os lábios e comissura, apresenta área indolor e sem sangramento e edemas, podendo gerar necrose dos dentes e malformação dentária devido a contratura da queimação. Queimaduras térmicas são mais comuns no palato e mucosa jugal, ocorrem devido a ingestão de alimento e/ou bebidas quentes, apresentam -se como área de eritema e ulceração. Tratamento Importante imunização para tétano e penicilina para evitar infecção secundária nas queimações elétricas. O principal problema é contratura na abertura da boca. A maioria das queimaduras térmicas não traz grandes consequências e resolve-se sem a necessidade de tratamento. LESÕES QUÍMICAS Queimadura por agentes cáusticos como aspirina Queimadura por peróxido de hidrogênio (agente clareador) Queimadura por formocresol (substancia endodôntica) Queimadura por rolete de algodão (molhar antes de retirar para não causar queimação). Tratamento Prevenção dos riscos, em caso de dor anestésicos tópicos são administrados. NECROSE ANESTÉSICA Pesquisadores acreditam que tal necrose resulte de uma isquemia localizada, embora a causa exata seja desconhecida e possa variar de acordo com o caso. Afeta geralmente palato duro ou o sítio da injeção. QUEILITE ESFOLIATIVA Fissuração e uma descamação persistente do vermelhão do lábio, envolvendo com frequência ambos os lábios. Uma significativa porcentagem dos casos parece estar relacionada ao trauma crônico secundário a hábitos como lamber, morder, picar ou sugar os lábios. Tratamento Nos casos associados a uma causa óbvia, a eliminação de tal causa resulta na resolução das alterações, cremes labiais têm sido bastante eficazes. LESÕES ORAIS POR SUBSTÂNCIAS DE PREENCHIMENTO ESTÉTICO Substâncias são utilizadas para aumentar o volume dos lábios, das bochechas e do queixo ou são utilizadas para minimizar as rugas na testa. Substâncias biodegradáveis:colágeno, gordura, dextran, ácido hialurônico, ácido poli-L-lático. Substâncias permanentes: Silicone líquido, poliacrilamida, polimetilmetacrilato, hidroxiapatita Características As reações mais comuns incluem equimoses, eritema, prurido, dor, infecção localizada, alergia, isquemias. Nódulos semelhantes a neoplasias, geralmente afetam lábios, mucosa jugal anterior, fundo de vestíbulo. IMPORTANTE: saber que quando um preenchedor é injetado na pele, sempre ocorre uma reação inflamatória decorrente do trauma da injeção e/ou resposta do organismo. Após 4 a 5 dias o estímulo inflamatório regride, esse processo depende da substância, do local e do paciente que varia a intensidade desse processo inflamatório que quanto mais intenso maior o risco de complicações. PSEUDOCISTO ANTRAL Achados nas radiografias panorâmicas, lesão em forma de cúpula discretamente radiopaca no assoalho do seio maxilar. Se desenvolve devido acúmulo de exaustado inflamatório abaixo da mucosa do seio. A maioria é assintomática, porém podem relatar dores de cabeça, dores nos seios da face, obstrução nasal, gotejamento pós-nasal e corrimento nasal. Não há necessidade de tratamento. ENFISEMA Introdução de ar dentro dos espaços subcutâneos ou faciais da cabeça e pescoço. O ar forçado pode se espalhar através dos espaços para as áreas retrofaringiana e mediastinal. A introdução de ar dentro dos tecidos tem sido observada após um grande número de procedimentos dentários, porém a maioria dos casos envolve exodontias, endodontia, osteotomias, trauma ou o uso de seringas de ar ou de água. Aumento da face, na tomografia é visualizado bolhas de ar nos tecidos moles. Tratamento O tratamento é feito com antibióticos de amplo espectro quando relacionada aos dentes, o corpo expele o ar em 2 a 5 dias sem maiores dificuldades ANOMALIAS DENTÁRIAS As anomalias dentárias podem ser divididas naquelas que são influenciadas por fatores ambientais, idiopáticas (sem causa conhecida) e as hereditárias. EFEITOS AMBIENTAIS Os ameloblastos são células sensíveis a estímulos externos que podem gerar anomalías na síntese e formação do esmalte dentário. A formação do esmlate passa por três fases principais 1. Formação da matriz: proteínas são depositadas 2. Mineralização: deposição mineral e maior parte das proteínas são removidas Highlight 3. Maturação: os remanescentes de proteínas são removidos O período que ocorre a agressão que determina o tipo de defeito. Defeitos de esmlate podem ser mascarados pela saliva, iluminação ou placa Alterações dos dentes por fatores ambientais Os defeitos visíveis do esmalte são classificados em três grandes grupo: Hipoplasia: fossetas, ranhuras ou largas áreas sem esmalte. Opacificações difusas do esmalte: váriações da tranlucidez do esmalte. Opacificações demarcadas do esmlate: áreas de menor translucidez, aumento da opacidade bem delimitada, esmalte com espessura normal, em graus mais altos podem ser amarelas ou marrons. Hipoplasia de tuner é causada por doença inflamatória periapical dos dentes decíduos adjascentes Áreas afetadas varia de acordo com o grau de injúria, coloração brancas/ marrons até áreas extensas de hipoplasia. Principal área são pré molares (cárie dos molares decíduos) Hipoplasia causada por terapia antineoplásica Mais comum em pacientes menores de 12 anos, devido radioterapia em época de formação dos elementos dentários Diretamente ligado a idade do paciente, forma de terapia, dose e radiação. Radiação em doses de 0,72Gy são associadas com leves alterações do esmalte e dentina. As alterações mais frequentes ão hipodontia, microdontia, hipoplasia radicular e hipoplasia de esmalte Hipoplasia mand: diminui o terço inf da face. Fluorose dental: ingestão de quantidade excessivas de flúor, resulta em significativos defeitos do esmalte (áreas opacas) O flúor produz alteração na estrutura dentária mas apresenta resistência a cárie, 1ppm de flúor reduz os índices entre 50 a 70% de cárie. Há retenção de proteínas na amelogênese levando a hipomineralização, aumento da porosidade. Hipoplasia sifilítica: causada pela sífilis congênita. DESGASTES DENTÁRIOS Perda da superfície dos dentes, processo fisiológico em decorrencia do envelhecimento mas pode ser patológico gerando problemas funcionais, estéticos ou sensibilidade dental. * combinação de fatores Atrição: perda de estrutura dentária pelo contato dos dentes antagonistas durate a oclusão e mastigação, contatos prematuros associado ao bruxismo. Abrasão: Perda da estrutura dentária causada por agente externo, escovação dentária com pasta abrasiva e forte escovação horizontal, também está ligada a hábitos orais como morder lápis, fumos, fio dental de maneira inadequada. Erosão: Perda da estrutura dentária causada por um processo químico somado à interação bacteriana com o dente. *Perimólise: erosão proviniente de secreções gástricas Abfração: lesões em foma de cunha limitadas a região cervical dos dentes, pronfundos, estreitos em forma de V. Geralmente afetam um único dente na sup. vestibular. Tratamento dos desgastes dentários Orientação ao paciente, cuidados com escovação e dentíficios, além de evitar hábitos nocivos. Fazer o uso de placas miorelaxantes – bruxismo Abfração = Ionômero de vidro Abrasão = resina composta. Reabilitações com coroas protéticas, facetas e restaurações REABSORÇÃO INTERNA E EXTERNA Perda da estrutura dentária pela degradação celular; Reabsorção interna = células da polpa dentária Reabsorção externa = células do ligamento peridontal REABSORÇÃO INTERNA Mais rara, é a injúria aos tecidos pulpares e podem causar a comunicação da polpa com o ligamento periodontal. Dentes rosa de mummery é causado pela rebsorção interna estar próxima a área externa do dente. Reabsorção inflamatória: tecido de granulação Reabsorção metaplásica: substituição da polpa por tecido cementóide ou ósseo. REABSORÇÃO EXTERNA Mais comum que a interna, pode estar associada a cistos, traumas, forças mecênicas excessivas (ortodontia), clareamento intracoronários. Perda de estrutura dentária com aspecto comido de traça, com regiões mais radiolucidas no ápice e terço médio das raízes dentárias. Pode simular um dente rosa de mummery se progredir envolvendo o cemento e polpa. Aspectos histológicos: Interna apresenta destruição pulpar e formação de tecido vascular, celularizado e rico em fibras colágenas, com dentinoclastos com inflamação presente. Externa apresenta muitos dentinoclastos nas áreas de reabsorção, podendo ocorrer formação de tecido de granulação. Tratamento: Interna é realizado a endodontia com pasta de hidróxido de cálcio na área reabsorvida, já em casos de perfuração radicular que não apresenta regressão é necessário exodotia. Externa é necessário remover fatores causais da rebsorção. DESCOLORAÇÃO DENTÁRIA POR FATORES AMBIENTAIS Manchas extrinsecas: causadas por tabaco, ferro, alimentos, bebidad, medicações, materiais restauradores Manchas intrinsecas: amelogênese imperfeita, fluorose dental, trauma, medicações, icterícea… DISTURBIOS DA ERUPÇÃO Atraso na erupção: atraso na erupção dentária quando o dente não surge na cavidade oral em 12 meses do período comum ou 75% da raiz está formada e não erupcionou. Condições locais que atrasam erupção: anquilose, arcada de tamanho deficiente, pérolas de esmalte, deficiencia na reabsorção do decíduo, perda rematura do decíduo. Condições sitemicas que atrasam erupção: anemia, paralisia, quimioterapia, drogras, desnutrição, baixo peso ao nascer. Tratamento é a remoção da lesão que podem acarretar atraso na erupção e exposição cirurgica com tratamento ortodontico. Impactação: rara em decíduos,comum em molares e caninos. Pode estar relacionado a cistos, traumas, espessamento do osso, disfunções sistêmicas. Tratamento é o tracionamento ortodontico, remoção cirurgica. Anquilose: fusão do cemento ou dentina no osso alveolar, ausência de ligamento periodontal Comum em primeiro molar decícuo inferior que pode causar a inpactação do dente permanente subjascente. HIPODONTIA: é a falta de um ou mais elementos dentários, mais comum em mulheres. Ligado ao genes PAX9, MSX1 e AXIN2 Anodontia (ausencia de todos dentes permanentes) é rara Oligodontia é a falta de mais de seis dentes + frequente na dentição permanente HIPERDONTIA: presença de supranumerários na dendição permanente 4 molar = disto molar paramolar: 4 molar em região vestibular ou palatina Dentes natais presente no nascimento Dentes neonatais surgem até 30 dias após nascer MICRODONTIA: Dentes são menores que o normal MACRODONTIA: Dentes maiores que o normal. GERMINAÇÃO: um único dente que tentou se dividir em dois FUSÃO: união de dois ou mais dentes vizinhos. CONCRESCÊNCIA: união de dois dentes através do cemento, geralmente ocorre com molares CÚSPIDES ACESSÓRIAS Cuspide de carabelli: cúspide acessória na face palatina da cúspide mesiolingual de um molar. Cúspide em garra: cúspide adicional da face palatina/lingual de dentes anteriores. * não remover em uma vez só pois possui polpa DENTE EVAGINADO: elevação semelhante a cúspide localizada na região de sulco central ou na crista lingual Presença de corno pulpares Associação com incisivos em forma de pá DENTE INVAGINADO:profunda invaginação na superfície da coroa ou raiz do dente, limitada por esmalte. ESMALTE ECTÓPICO Pérolas de esmalte: pode ou não ter polpa Extensões cervicais de esmalte TAURODONTIA: aumento do corpo e da câmera pulpar de um dente multiradicular com deslocamento apical do soalho pulpa e bifurcação das raízes. Hipercementose: áreas de maior concentração de cemento Fatores locais: trauma oclusal anormal, inflamação, ausência do antagonistas, reparo de raízes fraturadas. Fatores sistêmicos: artrite, calcinose, … Cementoblastoma # Hipercementose DILACERAÇÃO: curvatura anormal na raiz em relação a coroa do dente. RAÍZES SUPRANUMERÁRIAS: comum em molares, caninos e pré molares inferiores. AMELOGÊNESE IMPERFEITA Alteração na estrutura do esmalte dentário na ausência de uma alteração sistêmica. Defeito genético: ENAM, MMP20, KLK4, FAM83H Hipoplásica: referente a formação da matriz orgânica Hipomaturada: mineralização da matriz Hipocalcificada: falha na maturação do esmalte Tratamento é a resolução dos problemas estéticos, sensibilidade dentinária e perda da dimensão vertical. Maior chances de lesões cariosas, mordida anterior aberta, erupção retardada, inflamação gengival. Pode ser resolvido com coroas totais e facetas dependendo a gravidade. DENTINOGÊNESE IMPERFEITA Defeito na produção de colágeno, é autossômico dominante e está fortemente relacidonada com osteogênese imperfeita. Afeta tanto decíduos como dentes permanentes; Apresenta pigmentação marrom, transparência distinta. Coroas bulbosas, constrição cervical, raízes delgadas e obliteração precose da câmara pulpar e canais radiculares. * podem apresentar dentes em concha Aspecto histológico: apresenta uma dentina desorganizada não há distinguição dos túbulos dentinários. Tratamento: caso não haja ligação com osteogênese é possível realizar implantes, coroas com pinos também é uma forma de tratar. DISPLASIA DENTINÁRIA Descoberta em 1939 possui dos tipos I e II TIPO I: displasia dentinária radicular, apresenta dentes sem raízes. TIPO II/ dentinogênese imperfeita: displasia dentinária coronária. Aspecto histológico: ODONTOPLASIA REGIONAL/DENTES FANTASMAS Anormalidade de desenvolvimento não hereditária, idiopática, associada a síndromes. Defeitos no esmalte, dentina e polpa. Comum na maxilar, radiografica aparecem dentes fantasmas. apresentam camada muito fina de dentina, com câmara pulpar maior má formação da dentina radicular má formação da dentina coronária, possível formação de cálculos no interior da polpa há má formação total dos dentes, tanto do esmalte como da dentina e polpa