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1º SIMULADO DE LINGUAGENS
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
(CONTEÚDO COMPLETO)
QUESTÕES 100% AUTORAIS
2023
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 45 questões numeradas de 01 a 45, dispostas da seguinte 
maneira: 
questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; 
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às 
questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo 
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique o professor Felipe Pereira :)
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente 
à questão. 
4. O tempo disponível para esta prova é de 1 hora e quarenta e cinco minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA 
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação. 
7. Quando terminar as provas, observe como você se sentiu fazendo o ENEM e se matricule na Plataforma 
Linguagens IHM do Professor Felipe Pereira.
8. Faz 4 anos seguidos que algum elemento do nosso simulado autoral aparece depois IDÊNTICO no 
Enem. Fazer este simulado com máxima atenção pode ser uma oportunidade de você viver o Enem 
antes do Enem. Não desperdice.
1º DIA
CADERNO
1
AMARELO
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, 
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LINGUAGENS NÃO É INTERPRETAÇÃO
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https://cursoenem.profelipereira.com/linguagens-sales?utm_source=simulado&utm_medium=simulado-23-1&utm_campaign=ple-p23
Linguagens | Caderno 1 - AMARELO - Página 2
2023
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LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
Disponível em: https://www.instagram.com. Acesso em: 20 dez. 2022
Os recursos verbais e não verbais do quadrinho promo-
vem um efeito de humor pelo contraste entre
A a vida doméstica e o falecimento da personagem
B a expressão “short break” e o desfecho do quadrinho
C a declaração final da personagem e sua imagem
D a narrativa e a fala contraditória da personagem
E a cena doméstica e a descrição das atividades
QUESTÃO 02 
Disponível em: https://www.mercurynews.com. Acesso em: 10 jan. 2023
Nesse cartum, que retrata Donald Trump em um julga-
mento, o pensamento da personagem mais à direita da 
imagem expressa
A a inteligência jurídica do ex-presidente
B a descoberta de fatos importantes para o julgamento
C a precisão da pergunta do interrogador para o 
interrogado
D a expectativa de um julgamento longo e interessante
E a possibilidade de ouvir respostas longas e duvidosas
QUESTÃO 03 
TikTok banned on U.S. government devices, and the 
U.S. is not alone. Here’s where the app is restricted.
Hong Kong — The U.S. and Canada both issued 
orders this week banning the use of TikTok on govern-
ment-issued mobile devices amid growing privacy and 
cybersecurity concerns about the Chinese-owned video-
-sharing app. TikTok, owned by the larger tech company 
Bytedance, has long maintained that it does not and will 
not share data with the Chinese government and that its 
data is not held in China.
Disponível em: www.cbsnews.com. Acesso em: 31 mar. 2023
A expressão “amid growing privacy and cybersecurity 
concerns” introduz a ideia de
A ações tomadas pelo governo contra o TikTok
B direcionamento da proibição para o governo
C contextualização do banimento da plataforma
D presença de espionagem no governo chinês
E regulação das redes sociais nos Estados Unidos
https://cursoenem.profelipereira.com/linguagens-sales?utm_source=simulado&utm_medium=simulado-23-1&utm_campaign=ple-p23
https://www.mercurynews.com
http://www.cbsnews.com
Linguagens| Caderno 1 - AMARELO - Página 3
2023
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QUESTÃO 04 
Cultural identity is a matter of ‘becoming’ as well as 
of ‘being’. It belongs to the future as much as to the past. 
It is not something which already exists, transcending 
place, time, history and culture. Cultural identities come 
from somewhere, have histories. But, like everything 
which is historical, they undergo constant transforma-
tion. Far from being eternally fixed in some essentialised 
past, they are subject to the continuous ‘play’ of history, 
culture and power. Far from being grounded in a mere 
‘recovery’ of the past, which is waiting to be found, and 
which, when found, will secure our sense of ourselves 
into eternity, identities are the names we give to the dif-
ferent ways we are positioned by, and position ourselves 
within, the narratives of the past. 
Hall, S. Essential Essays, Volume 2: Identity and Diaspora. Duke University Press, 
2019
O texto traça uma definição de identidade cultural que 
leva em conta
A o resgate de um passado bem definido e estável
B a retomada e conservação de manifestações culturais
C a valorização de tradições de um passado
D a recuperação precisa de valores culturais antigos
E posição histórica frente às identidades culturais
QUESTÃO 05 
The Cask of Amontillado
THE thousand injuries of Fortunato I had borne as I 
best could; but when he ventured upon insult, I vowed re-
venge. You, who so well know the nature of my soul, will 
not suppose, however, that I gave utterance to a threat. 
At length I would be avenged; this was a point definitively 
settled — but the very definitiveness with which it was re-
solved, precluded the idea of risk. I must not only punish, 
but punish with impunity.
Disponível em: https://www.ibiblio.org. Acesso em: 10 abril 2023
Nessa passagem de um clássico de Edgar Allan Poe, o 
narrador
A admite que é de sua natureza insultar seus desafetos
B tenta convencer o leitor que sua vingança é justa
C busca minimizar os riscos de suas futuras ações
D jura se vingar de seu algoz sem ser culpabilizado
E instiga o leitor a se tornar cúmplice de um crime
LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Una asociación y varios políticos piden a TV3 que 
se disculpe por una parodia de la Virgen del Rocío 
y del acento andaluz
La Federación de Entidades Culturales Andaluzas 
en Catalunya (FECAy varios políticos andaluces, entre 
ellos Juanma Moreno (presidente de la junta de Andalu-
cía), han denunciado este sábado la emisión de una pa-
rodia de la Virgen del Rocío emitida esta semana en el 
programa humorístico de TV3 Està passant.
En un comunicado, el presidente de la FECAC, Da-
niel Salinero, se ha dirigido al presidente del Consejo 
del Audiovisual de Cataluña (CAC), Xevi Xirgo, para 
que exija a TV3 la “restitución del honor de la Virgen del 
Rocío” y unas “disculpas públicas” en el programa. La 
FECAC, organizadora de la Romería del Rocío en Cata-
lunya, considera que la “mofa” de la Virgen del Rocío en 
Està passant fue de “muy mal gusto” y “merece la más 
enérgica repulsa”.
Disponível em: www.publico.es/espana. Acesso em: 11 abril 2023
Na notícia, o posicionamento de Juanma Moreno (go-
vernador do estado da Andalucía, na Espanhrepresenta
A a adoção de medidas governamentais contra atitu-
des preconceituosas.
B o enfrentamento transgeracional de discursos de 
ódio.
C a apropriação cultural por parte de políticos com viés 
ideológico.
D a legitimação de uma pauta de origem popular.
E a censura contra programas de humor.
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https://www.ibiblio.org
http://www.publico.es/espana
Linguagens | Caderno 1 - AMARELO - Página 4
2023Assista à Aula de Apresentação da Plataforma Linguagens IHM, clique AQUI.
QUESTÃO 02 
La bachata
Te bloqueé en Insta
Pero, por otra cuenta, veo tus historias
Tu número lo borré
No sé pa’ qué, si me lo sé de memoria
Me hiciste daño y así te extraño
Y aunque sé que un día te voy a olvidar
Aún no lo hago, es complicado
To’ lo que hicimo’, me gusta recordar
Ando manejando por las calles que me besaste
Oyendo las canciones que un día me dedicaste
Te diría que volvieras, pero eso no se pide
Mejor le pido a Dios que me cuide
Manuel Turizo. In: La Industria Inc: Colombia, 2022.
Na canção, é feita uma referência ao uso das novas tec-
nologias após o término de um relacionamento. Nesse 
contexto, a palavra “historias”
A representa uma denúncia aos perfis falsos em redes 
sociais.
B nomeia um dispositivo de compartilhamento de 
informações.
C descreve uma ferramenta incomum em redes sociais.
D remonta a um uso inadequado de uma rede social.
E se refere às muitas histórias de decepção amorosa.
QUESTÃO 03 
Somos una especie en viaje
No tenemos pertenencias sino equipaje
Vamos con el polen en el viento
Estamos vivos porque estamos en movimiento
Nunca estamos quietos, somos trashumantes
Somos padres, hijos, nietos y bisnietos de inmigrantes
Es más mío lo que sueño que lo que toco
Yo no soy de aquí
Pero tú tampoco
Yo no soy de aquí
Pero tú tampoco
De ningún lado del todo y
De todos lados un poco
Drexler, J. Salvavidas de Hielo, 2017 (fragmento)
A letra da canção trata da questão da identidade. Os 
versos “Yo no soy de aquí/Pero tu tampoco” configuram 
uma percepção na qual
A o imigrante sofre com a falta de pertencimento. 
B o processo de imigração impossibilita a construção 
de identidade.
C a imigração é vista como parte integrante da identi-
dade humana. 
D a viagem dos imigrantes gera identidades 
transnacionais. 
E a correlação entre território e identidade se fortalece.
QUESTÃO 04 
Disponível em: www.clubdemalasmadres.com. Acesso em: 11 abril 2023
Ao definir um pai como o enunciador da frase entre as-
pas, o texto assume a função social de
A denunciar uma injustiça social institucionalizada.
B criticar a distribuição do trabalho doméstico. 
C propor ações que reduzam a violência de gênero.
D valorizar a atuação feminina no mercado de trabalho.
E romantizar a rotina de cuidados exigida na 
parentalidade.
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http://www.clubdemalasmadres.com
Linguagens| Caderno 1 - AMARELO - Página 5
2023
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QUESTÃO 05 
Literaturas indígenas venezolanas
Las nuevas políticas culturales y lingüísticas que se 
gestan en el mundo reconocen la pluralidad de manifes-
taciones existentes en cada país. Es decir, que el patri-
monio literario abarca también las obras redactadas en 
las respectivas lenguas indígenas y vernáculas vigen-
tes en cada una de ellos: esta nueva concepción valora 
la creación humana en las naciones mayoritariamente 
hispanohablantes más allá de las fronteras internas de 
carácter étnico, cultural y lingüístico, poniendo fin a una 
discriminación que ha perdurado durante 500 años.
En el ámbito hispanoamericano, las diversas len-
guas indígenas comienzan a escribirse desde el siglo 
XVI. A veces solamente con fines catequísticos o infor-
mativo, pero también con la intención de crear belleza a 
través de la palabra mediante el hecho literario. En tér-
minos generales, se produce cierta conversión de orali-
dades ancestrales en una representación escrita de va-
riados idiomas indígenas, primordialmente en quechua, 
náhuatl, guaraní, e igualmente en muchas otras lenguas 
menos conocidas.
Disponível em: www.cervantesvirtual.com. Acesso em: 11 abril 2023.
Ao aproximar línguas indígenas do fazer literário, o texto
A reproduz estereótipos em relação a povos originários.
B reduz o preconceito contra povos indígenas.
C legitima a literatura indígena como literatura nacional.
D torna-se um registro autêntico da poética indígena.
E evidencia a diversidade artística e cultural de povos 
ancestrais.
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06 
Estes 10 atletas refugiados competirão nos Jogos 
Olímpicos Rio 2016
O Comitê Olímpico Internacional anunciou hoje a 
seleção de 10 refugiados que irão competir no Rio de 
Janeiro, formando a primeira Equipe Olímpica de Atletas 
Refugiados.
Desde o início dos Jogos Olímpicos modernos, em 
1896, mais de 200 equipes nacionais competiram pela 
glória nos Jogos de Verão e de Inverno. Agora, pela pri-
meira vez, uma equipe composta por refugiados irá com-
petir. O Comitê Olímpico Internacional anunciou hoje a 
seleção de 10 refugiados que irão competir em agosto 
deste ano, no Rio de Janeiro, formando a primeira Equi-
pe Olímpica de Atletas Refugiados. Eles incluem dois 
nadadores sírios, dois judocas provenientes da Repú-
blica Democrática do Congo, um maratonista da Etiópia 
e cinco corredores de meia-distância do Sudão do Sul.
“A sua participação nos Jogos Olímpicos é uma ho-
menagem à coragem e perseverança de todos os refu-
giados em superar a adversidade e construir um futuro 
melhor para si e suas famílias”, disse o Alto Comissário 
da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi. “O ACNUR 
está com eles e com todos os refugiados”. A iniciativa 
acontece em um momento em que cada vez mais pes-
soas – 59,5 milhões na última contagem – foram for-
çadas a fugir de suas casas para escapar de conflitos, 
violação dos direitos humanos e perseguição. Os atletas 
refugiados que os representarão no Rio esperam mos-
trar ao mundo suas capacidades de resiliência e seus 
talentos inexplorados.
Disponível em: https://www.acnur.org/portugues. Acesso em: 31 dez. 2022
A relação entre nacionalidade e competição esportiva 
nos Jogos Olímpicos desencadeou 
A uma abertura para que atletas de uma nação possam 
participar equipes de qualquer outra nação
B um sistema de cotas para atletas que ficam impossi-
bilitados de ter seu país nas olimpíadas
C a criação de um grupo não-competitivo composto por 
atletas refugiados multinacionais
D a possibilidade de alguns atletas disputarem os jogos 
sem a tutela de uma equipe nacional
E o fim da hegemonia das nacionalidades na organiza-
ção dos jogos olímpicos
https://cursoenem.profelipereira.com/linguagens-sales?utm_source=simulado&utm_medium=simulado-23-1&utm_campaign=ple-p23
http://www.cervantesvirtual.com
https://www.acnur.org/portugues
Linguagens | Caderno 1 - AMARELO - Página 6
2023
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QUESTÃO 07 
TEXTO I
A criança precisa poder ter autonomia, o que não 
significa simplesmente ser independente. Fazemos 
essa confusão porque não aprendemos na prática o que 
é ser autônomo. Ser autônomo é se saber capaz de to-
mar decisões por si. É ter chances de falar e fazer por si, 
é dizer o que quer, o que sente, é fazer, tentar e errar. É 
se sentir capaz de cuidar de si. É saber que tem poder 
sobre seu próprio corpo. Se tudo que fizemos foi obede-
cer, sem participar das decisões, sem poder dar nossa 
contribuição efetiva; se não sentíamos que nossos pais 
nos consideravam a esse ponto (porque provavelmente 
não foram considerados), como fazer isso com nossos 
filhos?
BASILE, T. Nossa infância, nossos filhos. Curitiba: Matrescência, 2020.
TEXTO II
Dolto escreveu que a criança deve ser incluída em 
conversas sobre o divórcio dos pais desde os 6 meses 
de idade. Quando um avô ou avó morre, ela dizia que 
até mesmo uma criança pequena devia ir rapidamente 
ao velório. “Alguém da família vai com ela e diz: ‘Voilà, 
é o enterro do seu avô.’ É uma coisa que acontece na 
sociedade.” Para Dolto, “o bem-estar da criança nem 
sempre é o que vai fazê-la feliz, mas sim a compreensão 
racional”, escreveu a socióloga do Massachusetts Insti-
tute of Technology Sherry Turkle no prefácio do livro de 
Dolto, Quando os pais se separam. Turkle escreve que 
aquilo de que uma criança mais precisa,de acordo com 
Dolto, é “uma vida interior estruturada capaz de susten-
tar a autonomia e outros crescimentos”.
DRUCKERMAN, P. Crianças francesas não fazem manha. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2013. Tradução de: Bringing up bébé Formato: ePub
Os dois textos abordam a questão da autonomia na 
infância. Em relação ao texto II, o texto I defende que a 
autonomia
A passa pelo desenvolvimento do autoconhecimento.
B se resume a discutir assuntos complexos com a 
criança.
C consiste em permitir que a criança enfrente o luto.
D desenvolve a resiliência a grandes traumas.
E exige a reconstrução terapêutica por parte dos avós.
QUESTÃO 08 
A academia ao ar livre pode ser notada em diversas 
partes do mundo. Um exemplo é que na China ela foi 
popularizada após os jogos de verão em 2008 com a 
intenção de incentivar a prática de esportes. No Brasil, 
a implementação dessas academias iniciou após o pro-
grama Brasil saudável, lançada pelo ministério da saú-
de em 2005, porém seguindo uma proposta que se foi 
iniciada no RS em 1926 com a criação de uma praça 
de esportes e recreação. Após isto houve um projeto se-
melhante com a criação do movimento conhecido como 
“esporte para todos” em 1960, o que multiplicava o con-
junto. Geralmente na academia ao ar livre contam com 
equipamentos de remo, surf, cavalgada, simulador de 
caminhada, esqui, multiexercitador, pressão de pernas, 
dupla diagonal, rotação vertical e alongador.
As instalações da academia ao ar livre que se inicia-
ram em 2005 foram uma parte de ações previstas pela 
estratégia global de alimentação e atividade física, que 
foi proposta pela OMS (organização mundial de saúdem 
2004. Então houve uma remodelação de aparelhos e até 
mesmo o layout e a utilização de cores mais vibrantes 
como estratégias para incentivar o uso da academia ao 
ar livre sendo apontadas pelos profissionais da saúde 
como eficientes para trabalhar a força muscular e tam-
bém as articulações.
Disponível em: https://www.criartplay.com.br/academia-ao-ar-livre. Acesso em: 31 
dez. 2022
O texto permite relacionar uma prática corporal com 
uma visão ampliada de saúde. O fator que possibilita 
identificar essa perspectiva é o(a)
A implementação de políticas públicas
B diversidade de tipos de exercícios
C benefícios corporais dos exercícios
D melhora da força muscular e articular
E atividade física ao ar livre
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Linguagens| Caderno 1 - AMARELO - Página 7
2023
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QUESTÃO 09 
quero pedir desculpa a todas as mulheres
que descrevi como bonitas
antes de dizer inteligentes ou corajosas
fico triste por ter falado como se 
algo tão simples como aquilo que nasceu com você
fosse seu maior orgulho quando seu
espírito já despedaçou montanhas
de agora em diante vou dizer coisas como
você é forte ou você é incrível 
não porque eu não te ache bonita
mas porque você é muito mais do que isso
KAUR, R. Outros jeitos de usar a boca. São Paulo: Planeta, 2017.
Além da função poética da linguagem, observa-se a ma-
nifestação predominante da função
A fática
B expressiva
C metalinguística
D referencial
E apelativa
QUESTÃO 10 
Cerca de 1.820 livros de Jorge Amado e José Lins 
do Rego foram queimados no estado da Bahia por de-
cisão do interventor interino (máxima autoridade política 
do estado, designada pelo presidente Getúlio Vargas), 
sob acusação de propaganda comunista, entre eles 808 
exemplares de Capitães de Area, 223 do romance Mar 
Morto e 89 da obra Cacau.
GRECCO, G. Palavras que resistem. Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, 2021. 
(adaptado)
Nesse trecho de um livro historiográfico, a manifestação 
da norma padrão se evidencia pelo(a)
A uso de linguagem denotativa e objetiva.
B referência a obras clássicas da literatura nacional.
C especificação da quantidade de livros queimados.
D empenho em reconhecer o valor de autores 
brasileiros.
E presença de sinais de pontuação.
QUESTÃO 11 
Pelos padrões atuais, a prática de atividade física 
é uma parte importante do comportamento saudável e 
os profissionais ligados à atividade física devem estar 
cientes que o sedentarismo está se tornando uma ques-
tão cada vez mais preocupante. Muitas vezes por causa 
da nossa sociedade, que coloca o trabalho em primei-
ro lugar, pautado no lema de que temos que viver pra 
trabalhar e não trabalhar pra viver. Se assim fosse te-
ríamos tempo e vontade para aderir a outras atividades 
que também são significativas para nossa vida como é o 
caso da atividade física.
A prática destas atividades numa perspectiva de 
condicionamento físico contribui para uma vida mais 
significativa e completa. Apesar de constituir em ativi-
dade extremamente corriqueira na vida diária, se reve-
la, do ponto de vista fisiológico complexo, uma vez que 
envolve interação de todos os sistemas que compõem o 
organismo vivo, como: sistemas neuromuscular, cardior-
respiratório, hormonal, digestório e renal.
Sabe-se que a atividade física regular e adequada 
a cada indivíduo pode gerar respostas fisiológicas be-
néficas, mas que varia de acordo com a individualidade 
de cada praticante. O profissional de Educação Física 
tem o dever e o intuito de colaborar com essas popu-
lações especiais que necessitam de uma programação 
de musculação diferenciada e personalizada para que 
o exercício contribua, para a diminuição dos fatores de 
risco associado a cada um deles.
Disponível em: https://www.efdeportes.com. Acesso em: 31 dez. 2022
A reflexão trazida pelo texto, que aborda a prática de 
atividades físicas, está fundamentada na 
A exigência constante de profissionais acompanhando 
as atividades
B necessidade de adequação das práticas aos diferen-
tes corpos
C percepção pessoal como meio de escolha de ativida-
des físicas
D implementação de programas governamentais para 
saúde do corpo
E permanência de estereótipos sociais sobre o corpo e 
sobre exercícios
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Linguagens | Caderno 1 - AMARELO - Página 8
2023
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QUESTÃO 12 
Há em Porto Alegre pouca variedade de brinquedos 
adaptados e, muitas vezes, esses brinquedos não estão 
localizados em lugares públicos. Isso dificulta a pesqui-
sa, pois o acesso aos usuários e aos brinquedos se res-
tringe ao que cada ambiente permite. A fim de conhecer 
brinquedos inclusivos doados para praças públicas, foi 
realizada uma viagem para São Paulo/ SP. Isso foi im-
portante para se aproximar do público-alvo do projeto e 
conhecer as dificuldades e sugestões de quem enfrenta 
essa realidade.
Com o estudo desse assunto, pretende-se verificar 
a necessidade da criação de um novo produto para as 
praças públicas que amplie a participação das crianças 
cadeirantes nesses espaços e que estimule crianças 
com e sem deficiência a brincarem juntas e a convive-
rem, promovendo, assim, a inclusão destas.
Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle. Acesso em: 31 dez. 2022
Ao abordar as possíveis influências da adaptação de 
brinquedos de parque sobre a inclusão de crianças, o 
texto assinala o 
A potencial positivo do uso desses aparelhos
B gasto público necessário para a implementação
C ganho publicitário oriundo de doações de brinquedos
D novo produto a ser adaptado para parques infantis
E processo de inclusão e melhora física das crianças
QUESTÃO 13 
Disponível em: www.to.gov.br. Acesso em: 09 abril 2023
Ao abordar a temática da violência infantil, o cartaz se 
utiliza de recursos verbais e não verbais para
A apresentar canais de denúncia de casos de violência 
contra crianças.
B conscientizar a população sobre as causas da violên-
cia contra crianças.
C descrever as consequências legais para pais e mães 
violentos.
D incentivar as crianças a reagirem contra a violência.
E apresentar a perspectiva dascrianças vítimas de 
violência.
QUESTÃO 14 
O dia 23 de julho marca 49 anos do polêmico jogo 
entre Inglaterra x Argentina, válido pelas quartas de final 
na Copa do Mundo de 1966, disputado no velho está-
dio de Wembley. O capitão argentino Rattín contestou a 
marcação de uma falta com o árbitro alemão Rudolf Krei-
tlein, que não entendia nada de espanhol e decidiu usar 
o dedo indicador para colocar o jogador para fora, expul-
sando-o de campo diante da reclamação acintosa. Em 
fúria, o argentino chegou a pedir um tradutor em campo, 
mas não adiantou, já estava expulso. Para polemizar, 
Rattín sentou na cadeira reservada para a Rainha, que 
naquele dia não foi ao estádio, e ainda quebrou o mastro 
da bandeirinha inglesa do escanteio.
Com três idiomas em campo: o inglês da seleção 
anfitriã, o espanhol dos argentinos e o alemão do árbitro, 
criou-se um problema de comunicação que precisava de 
solução. O chefe dos árbitros na Copa de 70, o inglês 
Keen Aston, ficou com o desafio de resolver o proble-
ma. Ao desembarcar na Cidade do México encontrou a 
solução.
Disponível em: https://www.espn.com.br. Acesso em: 31 dez. 2022
Uma das principais mudanças nas regras do futebol, de-
correntes do processo identificado no texto, refere-se à
A falta de regras estabelecidas
B contrariedade às regras estabelecidas
C impossibilidade de continuar a partida
D coibição de jogadas violentas
E criação de uma nova linguagem comum
QUESTÃO 15 
Kyle, infelizmente, não resistiu e morreu minutos 
após o parto. Neste mesmo dia, um menino recém-nas-
cido foi abandonado na estação de bombeiro da cidade 
pelo seu pai, William que não possuía condições financei-
ras, mentais ou saúde o suficiente para criá-lo. Seja por 
sorte ou destino, este bebê foi salvo pelos bombeiros e 
levado ao hospital onde os Pearsons estavam e acabou 
achando seu caminho para a família. Jack e Rebecca, se-
guindo o conselho do Doutor K (Gerald McRaney), médi-
co que trouxe os bebês ao mundo, pegaram o limão mais 
azedo que a vida os ofereceu e transformaram-no numa 
bela limonada, ou melhor, em uma linda família. Quatro 
anos depois da estreia, This Is Us continua excelente.
Disponível em: www.personaunesp.com.br. Acesso em: 10 abril 2023
O texto é exemplar de um gênero discursivo que cumpre 
a função social de
A interpretar a obra a partir de acontecimentos da 
narrativa.
B apresentar o resumo da obra de modo impessoal.
C avaliar a obra de forma opinativa.
D convencer o leitor a assistir à série.
E classificar a obra como um destaque.
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QUESTÃO 16 
O momento que marcou a primeira fase da carreira 
de Walter Franco foi a apresentação da música Cabe-
ça, de sua autoria, no Festival Internacional da Canção 
de 1972. Uma música totalmente fora dos padrões da 
época, baseada em vozes superpostas e repetições de 
fragmentos da letra, quase incompreensível. Cabeça foi 
reconhecida por Astor Piazzola com o comentário: “Isso 
é uma revolução!”. Depois de toda a polêmica, Walter 
Franco foi contratado pela Continental para fazer o seu 
primeiro disco e escolheu como produtor o papa da Tro-
picália, Maestro Rogério Duprat.
Sem dúvida, um disco ousado que revolucionou os 
conceitos de melodia, silêncio e ruído. O crítico Tarik 
de Souza comentou: “Foi o mais ousado projeto sono-
ro autoral de nossa música popular, inclusive em nível 
de vanguarda internacional.” Neste disco, lançado em 
1973, aparecia uma nova versão de Cabeça e canções 
como Mixturação, Água e Sal e Me Deixe Mudo, que 
o poeta Augusto de Campos considera “a canção com 
maior registro de silêncio já feita no Brasil. E com re-
cursos de tratamento da palavra que a aproximam da 
poesia concreta”.
LIMA, M. Disponível em: https://barulhodeagua.com. Acesso em: 31 dez. 2022
Walter Franco foi fundamental para a renovação da mú-
sica brasileira, fato que se deu por
A retomar elementos estéticos da tropicália nas com-
posições e na produção
B agrega elementos de diversas linguagens artísticas 
em sua música
C tentar reproduzir os arranjos de vanguarda por meio 
da voz
D apresentar uma produção inusitada, com faixas total-
mente silenciosas
E inovar nas apresentações, tornadas verdadeiras pro-
duções teatrais
QUESTÃO 17 
Texto I
O pintor Mark Rothko é um dos principais nomes do 
Expressionismo Abstrato (ou simplesmente Escola de 
Nova York), ao lado de pintores como Jackson Pollock. 
A Escola de Nova York desenvolveu uma pintura que se 
reduz aos elementos essenciais, dando ênfase às cores 
e formas. Os pintores não construíam uma imagem de 
seus sentimentos, tampouco retratavam suas emoções, 
mas sim faziam um registro pictórico da própria ação de 
se expressar. 
O artista não reduz suas obras a um conceito pu-
ramente estético, como acontece na arte minimalista 
(surgida na década de 50), mas as define como sendo 
profundamente espirituais. Os artistas minimalistas – mo-
vimento que se origina em oposição ao Expressionismo 
Abstrato – afirmam explicitamente que sua arte não é 
uma ação expressiva, é apenas estética. Não há o apelo 
sentimental, espiritual ou um significado. Uma completa 
oposição à identidade artística de Rothko, que não con-
seguia atribuir à arte tal existência neutra e objetiva.
Disponível em: https://arteref.com/pintura/o-mestre-moderno-e-meditativo-mark-
rothko. Acesso em: 31 dez. 2022
Texto II
ROTHKO, M. Orange and Yellow - Albright-Knox Art Gallery, Buffalo, NY, US - Óleo 
sobre tela - 231.1 x 180.3 cm
De acordo com os textos I e II, compreende-se que a 
obra do artista Mark Rothko apresenta uma
A valorização de aspectos sentimentais frente a aspec-
tos teóricos
B decepção com a arte abstrata e com seus colegas 
artistas
C negação da arte abstrata e um retorno à arte 
representativa
D tentativa de criação de uma nova vanguarda com raí-
zes no surrealismo
E atualização dos princípios estéticos da arte dita 
abstrata
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QUESTÃO 18 
Palavras
Antônio Maria escreveu que sempre que alguém 
usa “outrossim” a frase é decorada. Eu mesmo tenho 
uma frase com “outrossim” pronta para usar há uns 20 
anos, mas ainda não apareceu a oportunidade. Quando 
sentir que vou morrer a usarei, mesmo que a ocasião 
seja imprópria, para não levá-la entalada. Às vezes fico 
tentando usar a palavra “amiúde”, mas sempre hesito, 
temendo a quarentena social. E também porque amiúde 
penso que “amiúde” devia ser duas palavras, como em: 
“Ele entrou na sala à Miúde”, ou à maneira do Miúde, 
seja o Miúde quem for.
VERISSIMO, L. F. Crônicas Selecionadas da coluna do Estadão. Disponível em: 
www. docente.ifrn.edu.br. 
Disponível em: 10 abril 2023
Ao se referir a uma suposta “quarentena social”, o autor 
apresenta o que seria a consequência da
A superioridade das palavras eruditas.
B inadequação entre a variedade linguística e a situa-
ção de uso social.
C homogeneidade das situações sociais e variedades 
linguísticas
D regularidade do uso da norma padrão.
E ausência de escolaridade de parte da sociedade.
QUESTÃO 19 
- Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai. Não 
obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de 
ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sos-
segou, deitou-se, fechou os olhos. Fabiano ainda lhe 
deu algumas pancadas e esperou que ele se levantas-
se. Como isto não acontecesse, espiou os quatro can-
tos, zangado, praguejando baixo.
A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso sal-
picado de manchas brancas que eram ossadas.
O vôo negro dos urubusfazia círculos altos em re-
dor de bichos moribundos. 
- Anda, excomungado.
RAMOS, G. Vidas Secas. 1938. Disponível em: www.educabras.com. Acesso 
em: 10 abril 2023
As duas variedades linguísticas usadas no trecho da 
narrativa estão a serviço do/da
A valorização da variedade regional nordestina.
B modo rude como as personagens se tratam.
C referência ao nível de escolaridade do narrador.
D contexto de sofrimento presente na cena.
E distinção entre narrador e personagem.
QUESTÃO 20 
Weingärtner, P. Tempora mutantur, 1889. Museu de Arte do Rio Grande do Sul
A obra de Pedro Weingärtner é representativa da arte 
brasileira na virada do século XIX para o XX, com 
um estilo anterior ao do modernismo. A pintura acima 
demonstra
A estilo realista com a representação de tipos populares
B aderência completa ao estilo realista e aos temas 
clássicos
C inovação na técnica e rompimento com a figura hu-
mana representativa
D recusa da perspectiva buscando inovação subjetiva 
das figuaras
E aplicação perfeita das técnicas acadêmicas e suas 
temáticas
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QUESTÃO 21 
EL GRECO, O Enterro do Conde Orgaz, Óleo sobre tela, 480cmX360cm, Igreja de 
São Tomé, Toledo
Produzida no início do século XVI, a obra maneirista dis-
tingue-se pela
A retomada de padrões clássicos na representação
B união entre figuras terrenas e figuras celestes
C busca pela representação ideal do momento da morte
D clara divisão espacial entre humanos e divindades
E perspectiva usada para aumentar a sensação de 
espaço
QUESTÃO 22 
O argumento ad hominem se caracteriza por um 
ataque à pessoa e não àquilo que ela apresenta como 
conteúdo. Trata-se de uma ferramenta largamente co-
nhecida e praticada. Na linguagem mais popular seria 
como falar mal de alguém em vez de se ater ao que esse 
interlocutor afirma.
A molecagem ad hominem difere do conhecido 
argumento ad hominem porque ela vem carregada do 
“lugar de fala” das redes sociais, um ambiente em que 
raramente a discussão não é ad hominem. 
A molecagem chegou até à mídia científica. A revis-
ta científica britânica Lancet usou termos como “corpos 
com vagina” para se referir a mulheres. Pessoas podem 
sentir o que quiserem em termos sexuais, mas só a mo-
lecagem pode levar a sério a ideia de que mulheres não 
são mais mulheres.
Vejamos outro exemplo, agora à direita. Você já 
percebeu que, quando algum jovem com 30 anos fica 
muito rico no mercado financeiro ou desenvolvendo al-
gum produto digital, ele logo fica muito idiota e boçal? 
Logo começará a falar em meritocracia, anarcocapitalis-
mo ou libertarianismo.
A imprensa sempre teve uma vocação reprimida ao 
ridículo, mas que se escondia por trás da ideia de busca 
por audiência. O grande público sempre teve vocação 
ao medíocre. Hoje essa ideia se traduz no que chama-
mos de engajamento nas redes sociais. A molecagem é 
uma dessas formas, para além do bem ou do mal.
Pondé, L. F. www.gazetadopovo.com.br. Acesso em: 09 abril 2023
O texto traz uma crítica ao uso que a mídia faz da lingua-
gem. Qual passagem melhor exemplifica linguisticamen-
te essa crítica?
A “O argumento ad hominem se caracteriza por um ata-
que à pessoa e não àquilo que ela apresenta como 
conteúdo”
B “A molecagem ad hominem difere do conhecido ar-
gumento ad hominem porque ela vem carregada do 
“lugar de fala” das redes sociais”
C “A molecagem chegou até à mídia científica. A revista 
científica britânica Lancet usou termos como ‘corpos 
com vagina’ para se referir a mulheres.”
D “Você já percebeu que, quando algum jovem com 30 
anos fica muito rico no mercado financeiro ou desen-
volvendo algum produto digital, ele logo fica muito 
idiota e boçal?”
E “O grande público sempre teve vocação ao medío-
cre. Hoje essa ideia se traduz no que chamamos de 
engajamento nas redes sociais.”
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QUESTÃO 23 
Passageira zen budista, flores no cabelo, ying, 
yang, recitando mantras, posição de lótus no banco tra-
seiro, o táxi inundado de paz, clima contemplativo, eu 
respirando fundo, o trânsito parado, tudo parado, ponto 
morto, tudo zen, aroma de patcholi, oiiimmm, sentindo 
a vibe, tocou um Bob Marley no rádio, o universo em 
comunhão, relaxa, respira, segue o fluxo, zen, tudo é 
harmonia, nirvana. De repente um estou: 
BLAAM!
Um motoqueiro passou entre os carros e levou meu 
retrovisor por diante. Abri o vidro do táxi, xinguei, filho 
da p***, safado, mandei à m***, o motoqueiro parou, en-
carou, chamei de corno, ofendi, ele puxou uma arma, 
o motoqueiro estava armado! O tempo fechou, calibre 
38, nublou, relâmpagos, trovões, o motoqueiro apontou 
pra mim, eu fechei a janela, me encolhi, o motoqueiro 
irado, eu em pânico, o dedo no gatilho, o sinal abriu, 
um caminhão buzinou, eu encolhido, o motoqueiro guar-
dou a arma, me chamou de corno, me mandou à m***, 
tudo bem, tudo bem, caminhão buzinando, começou a 
chover, o trânsito andou, o motoqueiro partiu, soltei a 
respiração. 
MAURO, C. Taxitramas. Porto Alegre: Evangraf, 2021. (fragmento)
Ao apresentar uma cena em que um taxista conduz uma 
passageira, o narrador explora um recurso que conduz 
a uma expressividade fundamentada na
A história fantástica consequente de um delírio.
B agressividade inerente ao trânsito.
C correlação de histórias paralelas.
D interrupção do fluxo narrativo. 
E quebra de expectativa.
QUESTÃO 24 
TEORIA DO NÃO OBJETO
O objeto que se pulveriza no quadro cubista é o ob-
jeto pintado, o objeto representado. Enfim, é a pintura 
que jaz ali desarticulada, à procura de uma nova estrutu-
ra, de um novo modo de ser, de uma nova significação. 
Mas nesses quadros não há apenas cubos desarticu-
lados, planos abstratos; há também signos, arabescos, 
papéis-colados, números, letras, areia, estopa, prego 
etc. Esses elementos indicam duas forças contrárias ali 
presentes: uma, que tenta implacavelmente despojar a 
pintura de toda e qualquer contaminação com o objeto; 
outra, que retorna do objeto ao signo e que para isso 
necessita manter o espaço, o ambiente pictórico nasci-
do da representação do objeto. A esta última tendência 
pode se filiar a pintura dita abstrata, de signo e de maté-
ria, que se exacerba hoje no tachismo.
Disponível em: www.sibila.com.br/mapa-da-lingua/teoria-do-nao-objeto. Acesso em: 
31 dez. 2022
A frase “outra, que retorna do objeto ao signo e que para 
isso necessita manter o espaço, o ambiente pictórico 
nascido da representação do objeto.”, no texto de Fer-
reira Gullar, ao falar sobre o cubismo, representa a
A definição do método que não se contenta com a re-
presentação de objetos
B arte que se propõe a abrir mão de procedimentos 
consolidados
C recusa total ao objeto que se transforma em signo 
sem espaço
D busca por uma arte com formas distorcidas e planos 
geométricos
E pintura que, embora inovadora, mantém os suportes 
tradicionais
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QUESTÃO 25 
CAPÍTULO I
DO TÍTULO
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho 
Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do 
bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumpri-
mentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos 
ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era 
curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente 
maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, 
fechei os olhos três ouquatro vezes; tanto bastou para 
que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no 
bolso.
— Continue, disse eu acordando.
— Já acabei, murmurou ele.
— São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bol-
so, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia 
seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou 
alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não 
gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram 
curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zan-
guei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, 
por graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes: “Dom 
Casmurro, domingo vou jantar com você.” Não consultes 
dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles 
lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado 
e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me 
fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também 
não achei melhor título para a minha narração — se não 
tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O 
meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo 
rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, po-
derá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão 
isso dos seus autores; alguns nem tanto.
ASSIS, M. Dom Casmurro. 1900
No texto, o apelido dado ao personagem incorpora valo-
res humanos relativos à sua
A arrogância frente ao poeta
B personalidade e hábitos sociais
C percepção irônica da situação
D afirmação egocêntrica de seus argumentos
E origem familiar de origem aristocrática
QUESTÃO 26 
Os sotaques se caracterizam por traços segmentais 
e por traços suprassegmentais. Os traços segmentais se 
referem a pronúncias características dos sons da língua: 
por exemplo, o “S chiado” dos cariocas, o “R caipira”, as 
vogais pretônicas abertas dos falares nordestinos são 
traços segmentais. Os traços suprassegmentais têm a 
ver com a prosódia, isto é, com fatores como a entoa-
ção, duração, linha melódica etc.
Os sotaques são as manifestações mais imediatas 
da identidade linguística dos falantes. Ao abrir a boca 
para falar, todo e qualquer falante, de toda e qualquer 
língua do mundo, exibe traços prosódicos característi-
cos de sua variedade linguística, de sua região, de sua 
classe social etc.
BAGNO, M. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São 
Paulo: Parábola Editorial, 2012 (adaptado)
Apesar de ser escrito majoritariamente em norma pa-
drão, é possível notar, no texto, a manifestação da varia-
ção de registro, que se evidencia no trecho: 
A “Os sotaques se caracterizam por traços segmentais 
e por traços suprassegmentais”
B “Os traços segmentais se referem a pronúncias ca-
racterísticas dos sons da língua”
C “por exemplo, o “S chiado” dos cariocas, o “R caipi-
ra”, as vogais pretônicas abertas dos falares nordes-
tinos são traços segmentais”
D “Os sotaques são as manifestações mais imediatas 
da identidade linguística dos falantes.”
E “Ao abrir a boca para falar, todo e qualquer falante, de 
toda e qualquer língua do mundo, exibe traços pro-
sódicos característicos de sua variedade linguística”
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QUESTÃO 27 
Virou o rosto para fugir à curiosidade dos filhos, ben-
zeu-se. Não queria morrer. Ainda tencionava correr mun-
do, ver terras, conhecer gente importante como seu Tomás 
da bolandeira. Era uma sorte ruim, mas Fabiano desejava 
brigar com ela, sentir-se com força para brigar com ela e 
vencê-la. Não queria morrer. Estava escondido no mato 
como tatu. Duro, lerdo como tatu. Mas um dia sairia da 
toca, andaria com a cabeça levantada, seria homem. 
(...)
Tudo seco em redor. E o patrão era seco também, 
arreliado, exigente e ladrão, espinhoso como um pé de 
mandacaru. Indispensável os meninos entrarem no bom 
caminho, saberem cortar mandacaru para o gado, con-
sertar cercas, amansar brabos. Precisavam ser duros, 
virar tatus. Se não calejassem, teriam o fim de seu To-
más da bolandeira. Coitado. Para que lhe servira tanto 
livro, tanto jornal? Morrera por causa do estômago doen-
te e das pernas fracas.
RAMOS, G. Vidas Secas. 1938
Os procedimentos de construção conferem originalidade 
ao estilo do autor e produzem, no fragmento, efeito de 
sentido apoiado na
A polifonia do narrador-personagem
B descrição pormenorizada do ambiente
C polissemia da metáfora com a condição animal
D retomada da estética realista atualizada
E crítica social direcionada ao estado
QUESTÃO 28 
Beijo na Face
Salinda tombou suavemente o rosto e com as mãos 
em concha colheu, pela milésima vez, a sensação im-
pregnada do beijo em sua face. Depois, com um gesto 
lento e cuidadoso abriu as palmas das mãos, contem-
plando-as. Sim, lá estava o vestígio do carinho. Algo tão 
tênue, como os restos de uma asa amarela, de uma bor-
boleta-menina, que foi atropelada nos primeiros instan-
tes de seu inaugural voo. Rememorou ainda o corpo que 
um dia antes estivera em ofertório ao seu lado. Tudo pa-
recia um sonho. Os toques aconteceram carregados de 
sutileza. Carinhos inicialmente experimentados apenas 
com as pontas dos dedos-desejos. Ela estava apren-
dendo um novo amor.
Evaristo, C. Olhos d´água. Rio de Janeiro: Pallas, Fundação Biblioteca Nacional, 
2016. (fragmento)
O elemento que concorre para a estruturação sequen-
cial desse texto é a
A alternância entre verbos no pretérito e no futuro.
B justaposição de construções nominais.
C diversificação de pessoas do discurso.
D caracterização pelo uso de construções adjetivas e 
adverbiais.
E enumeração de ações pela manipulação de diferen-
tes tempos narrativos.
QUESTÃO 29 
Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co’as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!…
– Não negues,
Não mintas…
– Eu vi!…
ABREU, c. A Valsa, 1859
Os procedimentos de construção conferem originalidade 
ao estilo do autor e produzem, no fragmento, efeito de 
sentido apoiado na
A inovação lexical
B regularidade rítmica
C forma do poema
D disposição visual
E emotividade romântica
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QUESTÃO 30 
O VIDIGAL
O som daquela voz que dissera “abra a porta” lan-
çara entre eles, como dissemos, o espanto e o medo. 
E não foi sem razão; era ela o anúncio de um grande 
aperto, de que por certo não poderiam escapar. Nesse 
tempo ainda não estava organizada a polícia da cida-
de, ou antes estava-o de um modo em harmonia com as 
tendências e idéias da época. O major Vidigal era o rei 
absoluto, o árbitro supremo de tudo que dizia respeito 
a esse ramo de administração; era o juiz que julgava e 
distribuía a pena, e ao mesmo tempo o guarda que dava 
caça aos criminosos; nas causas da sua imensa alçada 
não haviam testemunhas, nem provas, nem razões, nem 
processo; ele resumia tudo em si; a sua justiça era infa-
lível; não havia apelação das sentenças que dava, fazia 
o que queria, e ninguém lhe tomava contas. 
ALMEIDA, M.A. Memórias de um Sargento de Milícias, 1853
Inscrito na estética romântica da literatura brasileira, o 
texto descortina aspectos da realidade nacional no sé-
culo XIX ao
A descrever a moral e os costumes dos agentes 
judiciários
B determinar o momento em que a justiça funcionava 
na ilegalidade
C elogiar a coragem e determinação de um legislador 
em busca de ordem
D apresentar, em perspectiva histórica, o funcionamen-
to da justiça
E criticar anacronicamente os abusos da justiça da 
época
QUESTÃO 31 
Erro de Português
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índiotinha despido
O português.
A obra de Oswald de Andrade situa-se na fase inicial do 
Modernismo, cujas propostas estéticas transparecem, 
no poema, por um eu-lírico que
A desafia a lógica verbal
B cria uma identidade brasileira
C critica a colonização portuguesa
D idealiza as origens brasileiras
E subverte a lógica colonizadora
QUESTÃO 32 
Os milhares de trabalhadores em países pobres que 
abastecem programas de inteligência artificial como 
o ChatGPT
Desde que foi lançado, no final de 2022, o programa 
de inteligência artificial ChatGPT despertou admiração 
pelo avanço tecnológico que representa — mas, tam-
bém, temores sobre seus impactos futuros. Mas existe 
uma outra polêmica: as centenas de milhares de traba-
lhadores, muitos de baixa renda, sem os quais sistemas 
de inteligência artificial (Icomo o ChatGPT não exis-
tiriam. Quando você faz uma pergunta ao ChatGPT, o 
programa usa cerca de 175 bilhões de “parâmetros” ou 
variáveis para decidir o que responder.Como já mencio-
namos, esse sistema de IA usa como fonte principal as 
informações obtidas na internet. Mas como distinguir os 
conteúdos? Graças às referências “ensinadas” por seres 
humanos. “Não há nada de inteligente na inteligência ar-
tificial. Ela tem que aprender à medida que é treinada”, 
explica Enrique García, co-fundador e gerente da Digni-
fAI, empresa americana com sede na Colômbia.
Ironicamente, apesar de ser um trabalho essencial 
para o desenvolvimento da IA, o enriquecimento de da-
dos é o elo mais pobre da cadeia produtiva das grandes 
empresas de tecnologia. Segundo reportagem do jorna-
lista Billy Perrigo, a empresa de tecnologia, que tem a 
Microsoft entre seus principais investidores, terceirizou o 
trabalho de enriquecimento de dados por meio de uma 
companhia chamada Sama, com sede em San Francis-
co — que por sua vez contratou trabalhadores no Quênia 
para a atividade. Martha Dark, diretora da organização 
ativista britânica Foxglove — cujo objetivo é “enfrentar 
gigantes da tecnologia e governos, por um futuro onde a 
tecnologia seja usada para beneficiar a todos, não ape-
nas os ricos e poderosos” —, avalia que as empresas de 
tecnologia usam a terceirização para pagar aos trabalha-
dores muito menos do que deveriam. “Todas essas em-
presas são multibilionárias e é francamente inadequado 
que estejam pagando US$ 2 por hora para as pessoas 
que tornam essas plataformas possíveis”, disse ela.
Disponível em: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia (adaptado)
As sociedades têm evoluído concomitantemente ao de-
senvolvimento de tecnologias que buscam, cada vez 
mais, melhorar a gestão das informações. No texto, uma 
consequência negativa desse processo é o fato de ele
A estar alinhado com gigantes globais da tecnologia
B ser um problema futuro para a soberania dos países
C inovar ao utilizar mão de obra barata em outros países
D operar para roubar dados de seus usuários sem o 
consentimento
E utilizar mão de obra precarizada em países de popu-
lação pobre
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QUESTÃO 33 
Proibir uso de redes sociais em escolas estaduais 
de SP é sintoma da desconexão entre escola e 
sociedade
A secretaria de educação do estado de São Paulo 
proibiu o uso de redes sociais e streamings nas escolas 
de sua rede. Há pouco mais de um mês, um comunicado 
foi enviado a cerca de 5,5 mil colégios, informando que 
os acessos a redes sociais, como Tik Tok, Facebook, 
Instagram e Twitter, e streamings estariam suspensos 
via wifi ou internet conectada, ainda sendo possível de 
serem acessadas via dados móveis, apesar da proibi-
ção. A orientação dada aos professores é também para 
coibir o uso dessas plataformas em sala de aula. A de-
cisão é alvo de debate já que o uso de mídias cresce 
cada vez mais entre os jovens e educadores defendem 
que a escola tem que ser protagonista no debate sobre 
a utilização e abusos com as tecnologias da informação. 
Orientada pelo secretário de Educação Renato Fe-
der, a medida proíbe que a conexão da rede local da 
escola seja utilizada para esses fins e que professores 
vetem a utilização do aparelho pelos alunos. Com a pos-
sibilidade de uso de dados móveis próprios e em meio à 
essa difícil mediação, especialistas indicam que a nova 
regra é inócua.
Além disso, a norma tem prejudicado o trabalho dos 
professores. Isso porque a maioria já havia planejado 
suas atividades com a inclusão das redes sociais, já 
que o próprio currículo paulista (documento que orienta 
o que deve ser ensinado nas escolas) prevê a integra-
ção das redes sociais em diversas disciplinas. Espe-
cialista nos estudos de educação formal e não-formal, 
Damione Damito enxerga a decisão como desperdício 
de potencial pedagógico. “É um sintoma da desconexão 
da escola com a vida do indivíduo e da sociedade. As 
redes sociais fazem parte do cotidiano da população e 
quando tiramos algo tão presente e que influencia nas 
decisões, estamos perdendo uma série de oportunida-
des de aprendizagem”, diz Damito, que é membro do 
Google for Education e apresentador do podcast Papo 
de Educador. 
Disponível em: www.lupa.uol.com.br/educacao (adaptado)
Ao problematizar o impacto da presença de redes so-
ciais e streaming na escola, o texto defende que esse 
processo
A apresenta desafios para os professores que repu-
diam as inovações
B é passível de reversão por meio de políticas públicas 
precisas
C se mostra inevitável e coerente com o desenvolvi-
mento tecnológico
D é responsável pelo decréscimo da educação brasi-
leira atual
E serve como catalizador do analfabetismo funcional 
no Brasil
QUESTÃO 34 
Como o Talian é perpetuado quase 150 anos depois 
do início da imigração no Brasil
(Idioma reconhecido em 2014 pelo governo federal vem reto-
mando espaço no século 21 por meio da herança familiar e 
cursos)
O Talian, apesar de ter surgido com a vinda dos 
italianos para o Brasil, há 147 anos, segue na ponta da 
língua e nas casas de muitos moradores da região da 
Serra gaúcha.
É o caso da família Smiderle, no interior de Nova 
Pádua, que até estranha falar o português, que, segun-
do eles, só é falado quando há visita para “não parecer 
que estão falando mal”. Olindo Smiderle, 86 anos, nas-
ceu no Brasil, assim como seu pai, mas com o avô que 
atravessou o Atlântico para chegar ao Brasil, cresceu 
ouvindo o italiano, que logo transformou-se em Talian, 
até então um dialeto nascido no Brasil para facilitar a 
comunicação com os nativos e, desde 2014, reconheci-
do como idioma pelo Ministério da Cultura e pelo Insti-
tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) 
como referência cultural brasileira. 
— Eu era pequeno e lembro que, durante o governo 
de Getúlio Vargas, quem falasse italiano ia preso. Mas 
eu não sabia falar português, era só o italiano. Quando 
a gente saía para o mercado, diziam que éramos burros, 
estúpidos, a pior coisa era ir ao mercado. Passávamos 
por um colono grosso — conta o aposentado, referindo-
-se à Campanha de Nacionalização durante o Estado 
Novo da Era Vargas, um conjunto de medidas para que 
os imigrantes se integrassem à cultura local, dentre elas, 
a proibição de idiomas estrangeiros, como o italiano. 
Leitzke, V. Disponível em: www.gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 09 abril 
2023
Usando como exemplo o caso do Talian, depreende-se 
que o Estado, ao gerenciar o uso da língua,
A age sempre como protetor da diversidade linguística.
B preserva os idiomas pelos quais haja interesse 
econômico.
C é influenciado por fatores sociais, políticos e 
ideológicos.
D manifesta seu posicionamento em guerras 
internacionais.
E é idôneo e busca a integridade territorial.
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http://www.lupa.uol.com.br/educacaohttps://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/talian/
https://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/nova-padua/
https://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/nova-padua/
https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/cultura-e-lazer/noticia/2014/11/talian-e-reconhecido-pelo-iphan-como-referencia-cultural-brasileira-4642921.html
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QUESTÃO 35 
Como a Lupa faz suas checagens?
A Lupa segue uma metodologia de trabalho própria, 
desenvolvida com base em processos de sucesso im-
plantados por plataformas de fact-checking como a ar-
gentina Chequeado e a americana Politifact. A matéria-
-prima principal no processo de produção de conteúdo 
jornalístico são as declarações feitas por atores públicos 
e as informações potencialmente falsas que circulam 
em plataformas de redes sociais e em aplicativos de 
mensagem.
O processo começa com a seleção das frases que 
podem vir a ser checadas e classificadas. Para isso, os 
jornalistas da Lupa observam, diariamente, o que é dito 
por políticos, líderes sociais e celebridades, em jornais, 
revistas, rádios, programas de TV e na internet. Ao sele-
cionar a frase em que pretende trabalhar, a equipe adota 
três critérios de relevância. Dá preferência a afirmações 
feitas por personalidades de destaque nacional, a as-
suntos de interesse público (que afetem o maior número 
de pessoas possível) e/ou que tenham ganhado des-
taque na imprensa ou na internet recentemente. Preo-
cupa-se, portanto, com “quem fala”, “o que fala” e “que 
barulho faz”.
Disponível em: www.lupa.uol.com.br/institucional. Acesso em: 09 abril 2023
Segundo o texto, a agência de verificação de notícias 
LUPA alcança seu objetivo por meio da
A observação do viés político dos agentes públicos e 
de suas declarações
B busca por mapear o contexto de declarações para 
uma percepção precisa
C tentativa de argumentar contra fake news e boatos 
da internet
D identificação de focos de produção de notícias falsas 
e ideológicas
E análise da posição social de perfis divulgadores de 
notícias
QUESTÃO 36 
QR Codes são odiados como cardápio, mas ama-
dos para pagar
Enquanto os QR Codes como meio de pagamento 
são bem aceitos, o mesmo não ocorre para o sumiço 
dos cardápios de bares e restaurantes -agora substituí-
dos pelos quadradinhos, adesivados em mesas ou em 
estandes plastificados.
Nas redes sociais, é comum ver postagens sobre 
esse tipo de uso da tecnologia. Poucas são elogiosas.”O 
inventor do QR Code deve sentir a mesma coisa que 
Santos Dumont sentiu ao ver o avião ser utilizado como 
arma na guerra. Deve ser triste ver sua invenção sen-
do usada para o mal, como, por exemplo, substituir o 
cardápio físico nos restaurantes”, brincou um usuário no 
Twitter.
A insatisfação vem do incômodo de pegar o celular 
durante uma refeição, centralizar o código na câmera 
como um tiro ao alvo e procurar pratos e bebidas como 
numa compra da Amazon. Além disso, quando são ofer-
tados, muitos cardápios digitais são pouco intuitivos
Disponível em: www.br.noticias.yahoo.com. Acesso em: 31 dez. 2022
O texto revela que, quando a sociedade promove o de-
senvolvimento de uma nova técnica, o que mais impacta 
seus usuários é a
A utilização obsoleta
B transferência de função
C usabilidade do recurso
D busca por inovação
E criatividade nefasta
QUESTÃO 37 
WhatsApp age para manter uso do app mesmo que 
conexão seja bloqueada ou interrompida
O WhatsApp anunciou nesta quinta-feira que usuá-
rios que estão em regiões que restringem o acesso à in-
ternet agora poderão usar um servidor proxy, tecnologia 
que derruba essa limitação. Dessa forma, eles poderão 
manter contato com familiares e amigos sem interferên-
cias. A função será disponibilizada gradualmente para 
usuários de iOS e Android.
Segundo o WhatsApp, será possível “se conectar 
por meio de servidores configurados por voluntários 
e organizações do mundo todo dedicados a ajudar as 
pessoas a se comunicarem livremente”. A empresa 
cita como exemplo o Irã que, em setembro, restringiu o 
acesso à internet no país devido aos protestos por cau-
sa que uma mulher morreu após ser presa pela polícia 
dos costumes. “A conexão via servidor proxy mantém o 
alto nível de privacidade e segurança que o WhatsApp 
fornece e as mensagens pessoais permanecem protegi-
das com a criptografia de ponta a ponta”, disse. O aces-
so do WhatsApp usando um servidor proxy, oferecido 
por terceiros, não ocorre de forma automática e os inte-
ressados devem ativar a conexão.
Disponível em: https://g1.globo.com/tecnologia. Acesso em: 31 fev. 2023
O desenvolvimento da sociedade está relacionado ao 
avanço das tecnologias, que estabelecem novos pa-
drões de comportamento. De acordo com o texto, o 
acesso à inter por proxy possibilita
A derrubar eventuais barreiras nacionais na internet
B desabilitar proibições temporariamente em certo 
território
C romper limites morais impostos em relação à 
comunicação
D ignorar potenciais restrições de acesso à internet
E atualizar o recebimento de dados móveis restritos
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http://www.lupa.uol.com.br/institucional
http://www.br.noticias.yahoo.com
https://g1.globo.com/tecnologia
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QUESTÃO 38 
in·ter·pre·ta·ção, substantivo feminino
(latim interpretatio, -onis, interpretação, explicação, 
tradução, decisão, conclusão)
1. Sentido em que se toma o que se ouve ou o que 
se lê, e que se julga ser o verdadeiro.
Disponível em: https://dicionario.priberam.org. Acesso em: 09 abr 2023
Nesse verbete de dicionário, o uso padrão da língua au-
xilia no estabelecimento 
A da subjetividade inerente a qualquer ato de 
interpretação. 
B da precisão do significado de uma palavra.
C das sequências narrativas características do gênero 
textual.
D do processo de contradição como forma de conven-
cimento do leitor.
E da linguagem figurada como poética principal.
QUESTÃO 39 
Trechos do discurso de posse de Oswaldo Aranha 
como Ministro das Relações Exteriores
15 DE MARÇO DE 1938
A minha vida pública é de ontem, contemporânea 
de todos vós. Sabem, assim, Sr. Ministro e todos que 
nos honram com sua presença, que eu não o vim subs-
tituir, mas continuar, mesmo porque neste departamento 
da vida do nosso país, a coerência fez-se continuidade 
e esta tradição, inviolável.
Somos, Vossa Excelência por uma longa e brilhante 
carreira, e eu pela minha missão em Washington, fun-
cionários desta casa.
Considerei sempre, como devem considerar todos 
os brasileiros, uma nobre missão a de vir trabalhar à 
sombra desta casa, viver as suas tradições e comparti-
lhar as suas responsabilidades.
Herança do Império desdobrada pela República, a 
nossa diplomacia é, hoje, uma instituição nacional, in-
violável em sua coerência, sagrada em suas tradições, 
definida em seus fins, clara em seus meios, na qual po-
dem e devem confiar todos os brasileiros como nela têm 
confiado e confiam os demais povos.
O povo brasileiro é um penhor de boa vontade, de 
conciliação, de harmonia e de paz.
A obra pacífica do Brasil, no continente e no mundo, 
não foi, nem é traçada por conveniências ou interesses.
É ideia, é sentimento, é educação e é moral – é ati-
tude tradicional do povo e do Estado brasileiros.
Representando o nosso governo nos Estados Uni-
dos da América do Norte, o maior centro de convergên-
cia das atenções e atividades universais, pude bem me-
dir o respeito por essas nossas tradições e bem avaliar 
o prestígio da nossa conduta continental e internacional.
É só na vontade do povo, na consulta a sua opinião 
e aspirações, que a paz encontra a sua segurança. Os 
governos e os homens nem sempre têm sido bons intér-
pretes dos seus povos. Neste erro tiveram suas origens 
todas as guerras.
Éna subordinação dos governos aos seus povos 
que as nações devem procurar a boa inspiração para os 
seus destinos, e a solução para os problemas da comu-
nhão universal.
O governo atual, malgrado as falsas interpretações 
de quantos ignoram a sua origem e a sua razão de ser, 
fundou a sua política exterior nas fontes mesmas da tra-
dição e da opinião do Brasil.
O eminente chefe da nação tem dado, na política 
internacional do seu governo, as demonstrações mais 
definitivas de sua fidelidade às nossas tradições diplo-
máticas, procurando alargá-las e consolidá-las pelo for-
talecimento de uma política continental de boa vizinhan-
ça e de amizade com os demais povos.
Disponível em: www.gov.br. Acesso em: 09 abril 2023
O discurso de Oswaldo Aranha apresenta características 
de duas funções da linguagem: ora revela a interação 
com seu interlocutor e antecessor, ora consegue elabo-
rar construções frasais com viés estético. Essas duas 
funções manifestam-se, respectivamente, nos trechos:
A “Sabem, assim, Sr. Ministro e todos que nos honram 
com sua presença, que eu não o vim substituir, mas 
continuar” e “A obra pacífica do Brasil, no continente 
e no mundo, não foi, nem é traçada por conveniên-
cias ou interesses.”
B “Somos, Vossa Excelência por uma longa e brilhan-
te carreira, e eu pela minha missão em Washington, 
funcionários desta casa.” e “É ideia, é sentimento, é 
educação e é moral – é atitude tradicional do povo e 
do Estado brasileiros.”
C “Representando o nosso governo nos Estados Uni-
dos da América do Norte, o maior centro de conver-
gência das atenções e atividades universais” e “Os 
governos e os homens nem sempre têm sido bons 
intérpretes dos seus povos.”
D “O governo atual, malgrado as falsas interpretações 
de quantos ignoram a sua origem e a sua razão de 
ser” e “O eminente chefe da nação tem dado, na polí-
tica internacional do seu governo, as demonstrações 
mais definitivas de sua fidelidade às nossas tradi-
ções diplomáticas”
E “É só na vontade do povo, na consulta a sua opinião 
e aspirações, que a paz encontra a sua segurança.” 
e “Neste erro tiveram suas origens todas as guerras.”
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QUESTÃO 40 
O que motivou Fernanda Nobre a expor que tem uma 
relação aberta?
A atriz é casada com o diretor José Roberto Jardim
Por que resolveu falar de seu casamento aber-
to na mídia? Falei por uma questão política mesmo, 
porque a monogamia é opressora para nós mulheres. 
A gente passa anos e anos fingindo que acredita nis-
so. Só que os homens, não estou generalizando, mas a 
maioria dos homens já vive relacionamentos abertos na 
hipocrisia. 
E como ficou a relação de vocês depois de toda 
essa exposição? A gente é superquieto, é muito fecha-
do em nós dois, muito apaixonados. Mas é um posicio-
namento entre nós para não ter mentiras, não tem hipo-
crisia. Desejo todo mundo tem, as coisas vão acontecer, 
a gente só não pode ficar fingindo que não existe. Prin-
cipalmente para nós mulheres, porque é muito fácil para 
os homens lidar com isso. 
Por que acha isso? Historicamente, nossos avós 
transavam com as mulheres do trabalho, colocavam es-
sas mulheres que eles tinham relações num lugar ob-
jetificado, e a mulher para casar que estava em casa 
cuidando dos filhos, essa era monogâmica, fiel, do lar. 
O homem não tinha a mesma relação sexual que tinha 
com a outra. Está tudo errado para os dois lados, para 
a mulher que fica em casa, do lar, que não está vivendo 
experiências, e para essa mulher que está sendo objeti-
ficada por um lugar de desejo. 
Fraguito, G. Entrevista com Fernanda Nobre. Disponível em: www. veja.abril.com.br. 
Acesso em: 09 abril de 2023
Para defender a opinião de que o relacionamento aberto 
é válido e importante, a entrevistada
A compara a intimidade de um relacionamento aberto 
com um relacionamento monogâmico.
B propõe ações práticas para que outros casais abram 
seu relacionamento. 
C apresenta dados estatísticos que comprovem seu 
ponto de vista.
D expressa sua preocupação com as futuras gerações 
femininas. 
E apresenta uma suposta dívida histórica.
QUESTÃO 41 
Esc (Caverna digital)
O que Maria vê
Seu João não vê
Dentro de cada universo
Cada um enxerga e sente
Com seu cada qual
O que Francisco diz
Bia num entendeu
Já tinha visto tanta coisa
Que na sua cabeça tudo logo se perdeu
Me faz lembrar onde estamos
Digitalmente perdidos
Me faz lembrar nosso rumo
Liquidamente entretidos [...]
Lá fora um vendaval (aqui na)
Caverna digital
Ficamos inventando histórias
Uma ilusão perfeita do que era pra ser
Olho que tudo vê
Ela ele você
SCALENE. Magnitite. São Paulo: Red Bull Studios, 2017 (fragmento)
O gênero poesia tem a fruição estética como uma de 
suas funções. Outra função relevante do gênero, explí-
cita nesse trecho de Esc (Caverna digital), é 
A denunciar uma injustiça social.
B refletir acerca de uma obra da sociologia.
C explicar um referente da filosofia.
D criticar um comportamento contemporâneo.
E elaborar rimas internas
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QUESTÃO 42 
Nheengatu, a língua (não tão) perdida comum dos 
índios, dos escravos e dos jesuítas
Antes de ser proibida pelos portugueses, o Nheengatu era a 
língua geral mais falada no país. Descubra como ela influen-
ciou o nosso sotaque.
Batizado de nheengatu, tupi para “língua boa”, este 
idioma permaneceu como língua geral para comunica-
ção cotidiana entre colonizadores, indígenas, escravos 
e colonos de origem portuguesa, até ser proibida pela 
coroa portuguesa no século XVIII.
Seus fonemas foram fundamentais para definir o 
sotaque brasileiro: nossa pronúncia forte de vogais e os 
sons anasalados (em oposição ao sotaque português, 
que têm sotaque áspero e consonantal) podem ser em 
parte herança do nheengatu. 
Há futuro para o nheengatu?
A proibição foi um golpe no uso do nheengatu, mas 
não o extinguiu completamente. Até 1877, o idioma era 
mais usado que o português no Amazonas e no Pará. 
No extremo norte do estado, o município de São Gabriel 
da Cachoeira, que faz divisa com a Venezuela e a Co-
lômbia, tem o nheengatu reconhecido como um de seus 
idiomas oficiais, além do português e do espanhol.
Entre os falantes do idioma, há aqueles que lutam 
pela sua sobrevivência e expansão – e o têm feito usan-
do a internet. No YouTube, é possível encontrar vídeos 
de jovens falantes do nheengatu divulgando o idioma 
em vídeo.
Além disso, há um curso de nheengatu na USP, e 
pesquisadores trabalham para publicar na internet um 
material em áudio, vídeo e texto, além dos livros didáti-
cos, como forma de preservar o Nheengatu.
Freitas, A. Disponível em: www.pt.babbel.com. Acesso em: 09 abril de 2023 
(adaptado)
Da leitura do texto, depreende-se que o patrimônio lin-
guístico brasileiro é
A caracterizado pelas variedades linguísticas do 
português.
B constituído por processos históricos antagônicos.
C exemplificativo da miscigenação da população 
nacional.
D consequência de extinções idiomáticas.
E marcado pela homogeneidade.
QUESTÃO 43 
Não sou das mais obcecadas por redes sociais. Se 
ao sair de casa, percebo que esqueci o celular, não vol-
to, nem sofro. Aceito apenas amigos no meu perfil no 
Facebook. Não deixei de ler livros. Não levo o celular 
para a aula de Pilates nem jamais o deixo em cima da 
mesa de um restaurante. Quase não compartilho o que 
vejo no perfil dos outros, e quando o faço é algo relacio-
nado à cultura – raramente passo adiante comentários 
sobre política. Ainda assim, o diagnóstico universal ser-
ve pra mim também: fiquei viciada, como qualqueroutro 
usuário. Consulto os meus perfis com frequência para 
contar quantas curtidas, quem curtiu, o que comentou, 
essa egotrip vergonhosa que nos estimula e limita ao 
mesmo tempo.
É disso que trata o documentário The Social Dilem-
ma (Netflix), que mistura um pouco de dramaturgia com 
impressionantes depoimentos de ex-diretores do Goo-
gle, Facebook, Twitter, Instagram e demais empresas 
que lidam com inteligência artificial. Enquanto eu assis-
tia, me dei conta de que meu coração disparava, parecia 
que eu estava diante de um filme de terror.
Medeiros, M. Disponível em: www.nsctotal.com.br. Acesso em: 09 abril 2023. 
(adaptado)
O que caracteriza esse texto como resenha crítica?
A o relato pessoal e a subjetividade.
B a análise minuciosa e a criticidade objetiva.
C o uso de redes sociais e a inovação.
D a construção sintática e a pontuação.
E a referência a uma obra audiovisual e a avaliação. 
https://cursoenem.profelipereira.com/linguagens-sales?utm_source=simulado&utm_medium=simulado-23-1&utm_campaign=ple-p23
http://www.pt.babbel.com
http://www.nsctotal.com.br
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QUESTÃO 44 
– O que que vocês acham que tem debaixo do 
tapete de um hospício?
– É louco varrido, entendeu?
“Eu nunca havia entrado num hospital psiquiátrico e 
você vai com o preconceito e a imagem de quem mora 
no Rio tem da Baixada, de desgraça, tragédia. Entrei no 
hospital e senti que a Pinel foi o lugar que mais me enri-
queceu depois da Maxambomba”, disse Valter Filé, um 
dos responsáveis por levar a prática de produção da TV 
popular de Nova Iguaçu ao modelo de atuação da Pinel. 
Uma das propostas com a criação da TV “louca”, como 
lembrou Filé, era trazer a capacidade do riso às pessoas 
e evidenciar que a loucura é uma questão social e não 
apenas psiquiátrica. “Entendemos que, quando ainda 
existe a capacidade do riso, é porque ainda existe uma 
fortaleza, ainda existe um ser humano ali”, disse.
A partir do vídeo, os usuários da TV Pinel viam a 
oportunidade de serem incluídos, ouvidos e de construí-
rem suas próprias narrativas, um trabalho que rompia 
preconceitos, transformava a autoestima e gerava au-
tonomia para aquelas pessoas. O processo criativo dos 
usuários da Pinel, apesar de contar com roteiros, tinha 
na improvisação e no humor a sua principal forma de 
produção de cada programa, entrevista, esquete, série, 
perfis. 
Bonfim, A. Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 09 abril 
2023. (adaptado)
Os textos constroem-se com procedimentos argumen-
tativos que consolidam diferentes intenções comunica-
tivas. O uso da expressão “louco varrido” revela que o 
objetivo principal do autor é
A denunciar o preconceito que vitima os pacientes 
psiquiátrico.
B ridiculizar as pessoas com transtornos mentais.
C amenizar as dificuldades enfrentadas pelos pacien-
tes psiquiátricos.
D criar uma expressão de sentido metafórico.
E subverter o sentido pejorativo original da expressão.
QUESTÃO 45 
No Dia dos Professores, uma análise sobre a violência 
nas escolas do Maranhão
15 de Outubro de 2015
Disponível em: www.smdhvida.wordpress.com. Acesso em: 10 abril 2023
Os textos publicitários, muitas vezes, abordam proble-
mas sociais. Nesse cartaz, observa-se como objetivo 
principal
A a análise de dados estatísticos relativos à violência 
nas escolas.
B a proposição de ações de prevenção e segurança.
C a conscientização da população acerca da violência 
escolar.
D a apresentação de canais de denúncia.
E a deflagração da desvalorização dos professores.
https://cursoenem.profelipereira.com/linguagens-sales?utm_source=simulado&utm_medium=simulado-23-1&utm_campaign=ple-p23
http://www.observatoriodaimprensa.com.br
https://smdhvida.wordpress.com/2015/10/15/no-dia-dos-professores-uma-analise-sobre-a-violencia-nas-escolas-do-maranhao/
http://www.smdhvida.wordpress.com
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