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Aula 03
PC-SP (Papiloscopista Policial) Noções
de Criminologia - 2022 (Pré-Edital)
Autor:
Alexandre Herculano, Diego
Pureza
18 de Janeiro de 2022
02357944579 - DELBER OLIVEIRA ROLEMBERG SOARES
1 
 
Sumário 
1 - PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO .................................. 3 
1.1 - Prevenção primária; prevenção secundária; prevenção terciária ..................................................... 6 
2 - MODELO DE REAÇÃO DO CRIME (DELITO) ....................................................................................... 17 
3 - FATORES CONDICIONANTES DA CRIMINALIDADE ........................................................................... 23 
4 - TEORIAS LEGITIMADORAS DA PENA ................................................................................................ 31 
4.1 - Teorias Absolutas ou Retributivas ................................................................................................. 32 
4.2 - Teorias Relativas, Preventivas ou Utilitaristas ............................................................................... 34 
Prevenção Geral ............................................................................................................................... 34 
Prevenção Especial........................................................................................................................... 35 
4.3 - Teoria Mista, Eclética, Unificadora ou Unitária .............................................................................. 36 
5 - CIFRAS/CORES CRIMINAIS E ESTATÍSTICA CRIMINAL ....................................................................... 38 
5.1 - Cifra negra (cifra oculta) ............................................................................................................... 38 
5.2 - Cifra dourada ............................................................................................................................... 39 
5.3 - Cifra cinza ................................................................................................................................... 40 
5.4 - Cifra amarela ............................................................................................................................... 40 
5.5 - Cifra verde .................................................................................................................................... 41 
5.6 - Cifra azul (Crimes de colarinho azul) ............................................................................................. 41 
5.7 - Cifra rosa ..................................................................................................................................... 42 
5.8 - Cifra branca ................................................................................................................................. 42 
5.9 - Cifra vermelha ............................................................................................................................. 42 
Lista de Questões ................................................................................................................................... 44 
Gabarito .................................................................................................................................................. 61 
RESUMO ESTRATÉGICO: ....................................................................................................................... 62 
Alexandre Herculano, Diego Pureza
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PC-SP (Papiloscopista Policial) Noções de Criminologia - 2022 (Pré-Edital)
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Alexandre Herculano, Diego Pureza
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PC-SP (Papiloscopista Policial) Noções de Criminologia - 2022 (Pré-Edital)
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1 - PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO 
DEMOCRÁTICO DE DIREITO 
Dentro do nosso estudo sobre os itens mais cobrados, este é o terceiro. 
A prevenção criminal poderá será ser feita de várias formas a depender do caso começado de forma 
legislativa (leis), administrativa (polícias) e judicial (cumprimento das leis) desta forma o conhecimento da 
criminalidade deve ser objeto de estudo pautado na Criminologia pois deve-se buscar a fundo toda a 
essência criminal para posteriormente desenvolver técnicas de Política Criminal. 
A prevenção da infração penal poderá ser geral positiva, visando a intervenção na pessoa do delinquente 
com a sua recolocação na sociedade de forma a ressocializá-lo através da credibilidade institucional dos 
órgãos do Estado com a devida correção, este meio de prevenção visa atingir a sociedade como todo com 
o objetivo de reforçar os valores da ordem democrática do Estado. 
O método de prevenção geral negativa visa afirmar e impor o valor do Estado Democrático de Direito a 
sociedade, pois ela direcionada em específico a pessoa do criminoso, onde através da penalização o 
Estado demonstra que o crime será amplamente punido. 
Há, também, a prevenção direta que é a afirmação do próprio Direito Penal através de sua força 
repressora e punitiva e a indireta que visa apenas proporcionar a sociedade condições de vida e qualidade 
de vida através de programas de cultura, lazer e outros. 
Entre a prevenção criminal geral e a especial existe uma diferença que não pode ser esquecida, pois a 
primeira é a afirmação do poder do Estado em face da sociedade como um conglomerado de pessoas e a 
segunda voltada apenas para a pessoa do indivíduo criminoso. 
Assim, entende-se por prevenção delitiva o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito. 
Seja através da educação, meios tecnológicos empregados, etc. A noção de prevenção delitiva não é algo 
novo, suportando inúmeras transformações com o passar dos tempos em função da influência recebida de 
várias correntes do pensamento jusfilosófico. 
O saber criminológico, no Estado Democrático de Direito, orienta-se pela conduta prevencionista, uma 
vez que seu objetivo máximo é evitar o delito e não a simples punição. 
Para que possa alcançar esse verdadeiro objetivo do Estado de Direito, que é a prevenção de atos nocivos 
e consequentemente a manutenção da paz e harmonia sociais, mostra-se irrefutável a necessidade de dois 
tipos de medidas: a primeira delas atingindo indiretamente o delito e a segunda, diretamente. Em regra, 
as medidas indiretas visam as causas do crime, sem atingi-lo de imediato. O crime só seria alcançado 
porque, cessada a causa, cessam os efeitos. 
Alexandre Herculano, Diego Pureza
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1. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) Assinale a alternativa correta sobre o atual estágio de 
desenvolvimento dos estudos criminológicos, em relação ao conceito de prevenção da infração penal 
e ao respeito ao Estado Democrático de Direito. 
a) Não há evidências ou estudos que demonstrem que investimentos tecnológicos nas polícias contribuem 
para a redução dos crimes. 
b) Não há evidências ou estudos que demonstrem que o aumento do número de esclarecimento de crimes 
e prisões contribuiu para a redução dos crimes. 
c) Campanhas de orientação às vítimas de crimes sexuais com o objetivo de que denunciem os agressores 
acabam por aumentar a vulnerabilidade das vítimas. 
d) As mortes decorrentes de oposição à intervenção policial não devem ser equiparadas aos homicídios 
dolosos em geral para fins criminológicos, em virtude de relacionarem-se a condicionantes criminais 
diversas. 
e) Medidas destinadas a priorizar atendimento policial a determinados tipos de crimes ou vítimas em 
decorrência da gravidade ou vulnerabilidade não devem ser adotadas sob pena de violaçãoà igualdade de 
todos perante a lei. 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. Vocês vão perceber que nas letras A, B, C e E 
temos uma sequência de negações inverídicas, o que nos leva a alternativa D. Mas, por outro lado, temos 
que entender que as mortes, quando partem por oposição à intervenção policial, não podem ser 
consideradas como atos dolosos contra tal vítima, pois só através de uma investigação completa, 
independente e imparcial é possível determinar o contexto daquela morto. 
 
2. (VUNESP - 2014 - PCSP) O conceito de prevenção delitiva, no Estado Democrático de Direito, e as 
medidas adotadas para alcançá-la são: 
a) o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito, atingindo direta e indiretamente o delito 
b) o conjunto de ações que visam estudar o delito, atingindo direta e indiretamente o criminoso 
c) o conjunto de ações adotadas pela vítima que visam evitar o delito, atingindo o delinquente direta e 
indiretamente 
d) o conjunto de ações que visam estudar o criminoso, atingindo o ato delitivo direta e indiretamente 
e) o conjunto de ações que visam estudar o crime, atingindo o criminoso direta e indiretamente 
Alexandre Herculano, Diego Pureza
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Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. Falamos que a prevenção do delito é a finalidade 
precípua da criminologia, como manobra de evitar a delinquência e o aumento da criminalidade. Assim, 
objetivando evitar que o crime ocorra, o estudo das modalidades de prevenção delitiva, da etiologia 
criminal, dos modelos de justiça criminal e da vitimologia ganham espaço na ciência biopsicossocial. 
 
Segundo Nestor Sampaio, trata-se de excelente ação profilática, que demanda um campo de atuação 
intenso e extenso, buscando todas as causa possíveis da criminalidade, próximas ou remotas, genéricas ou 
específicas. Tais ações indiretas devem focar dois caminhos básicos: o indivíduo e o meio em que ele vive. 
Em relação ao indivíduo, devem as ações observar seu aspecto personalíssimo, contornando seu caráter e 
seu temperamento, com vistas a moldar e motivar sua conduta. 
O meio social deve ser analisado sob seu múltiplo estilo de ser, adquirindo tal atividade um raio de ação 
muito extenso, visando uma redução de criminalidade e prevenção; até porque seria utopia zerar a 
criminalidade. Todavia, a conjugação de medidas sociais, políticas, econômicas etc. pode proporcionar 
uma sensível melhoria de vida ao ser humano. 
A criminalidade transnacional, a importação de culturas e valores, a globalização econômica, a 
desorganização dos meios de comunicação em massa, o desequilíbrio social, a proliferação da miséria, a 
reiteração de medidas criminais pífias e outros impelem o homem ao delito. 
Porém, da mesma forma que o meio pode levar o homem à criminalidade, também pode ser um fator 
estimulante de alteração comportamental, até para aqueles indivíduos com carga genético-biológica 
favorável ao crime. Nesse aspecto, a urbanização das cidades, a desfavelização, o fomento de empregos e 
reciclagem profissional, a educação pública, gratuita e acessível a todos etc. podem claramente imbuir o 
indivíduo de boas ações e oportunidades. 
Na profilaxia indireta, assume papel relevante a medicina, por meio dos exames pré-natal, do 
planejamento familiar, da cura de certas doenças, do uso de células-tronco embrionárias para a correção 
de defeitos congênitos e a cura de doenças graves, da recuperação de alcoólatras e dependentes 
químicos, da boa alimentação, etc., o que poderia facilitar, por evidente, a obtenção de um sistema 
preventivo eficaz. 
Por sua vez, Nestor Sampaio, arfirma que as medidas diretas de prevenção criminal direcionam-se para a 
infração penal em formação, ou seja, no chamado iter criminis. 
 
Alexandre Herculano, Diego Pureza
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1.1 - Prevenção primária; prevenção secundária; 
prevenção terciária 
O Estado de Direito, ao objetivar a prevenção da criminalidade em prol da paz e da harmonia social, 
utiliza-se de duas importantes medidas como combate ao delito: ações indiretas e diretas. 
 
 
Assim, aprofundando mais um pouco, as medidas indiretas agem sobre o crime de forma mediata, 
procurando cessar as causas e os efeitos do delito. Tais medidas buscam as causas possíveis da 
criminalidade, próximas ou remotas, genéricas ou específicas. As atuações indiretas devem se concentrar 
tanto no indivíduo quanto no meio em que ele vive; algo que a Criminologia Moderna chama de 
prevenção primária e terciária. 
 
 
3. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os itens. 
Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à chamada prevenção primária. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. O processo seletivo de criminalização acontece em duas etapas: 
a criminalização primária e a criminalização secundária. A primária compreende a definição das normas e 
a secundária consiste na imposição das normas. Em regra geral, são as autoridades políticas 
(parlamentares e executivos) que exercem a criminalização primária, enquanto que as autoridades 
judiciais (policiais, promotores, advogados, juízes) realizam a criminalização secundária. 
Quanto à de prevenção, há três tipos, todas distintas entre si, seja quanto e maior ou menor relevância 
etiológica dos programas, seja quanto aos destinatários aos quais se dirigem nos instrumentos e os 
mecanismos que utilizam. 
A prevenção primária procura agir a raiz do conflito criminal, para neutralizá-lo antes que o problema se 
manifeste. (através de uma socialização proveitosa de acordo com os objetivos sociais). 
Para que haja prevenção primária, são necessárias estratégias de política cultural, econômica e social, que 
capacitem os cidadãos de condições sociais que os ajudem a superar de forma produtiva eventuais 
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conflitos. Se, principalmente os governantes dedicassem atenção, respeito e seriedade ao assunto, 
poderia também ser cobrado da sociedade a sua efetiva parcela de contribuição. 
O importante é que está escrito, é Lei, todos conhecem, o triste é que não há cumprimento a risca daquilo 
que poderia ser o fechamento dessa cicatriz que de uma forma ou de outra causa enormes prejuízos ao 
País. 
A chamada prevenção secundária opera onde e quando o conflito acontece, nem antes nem depois. E se 
caracteriza pelas ações policiais, pelo controle dos meios de comunicação, da implantação da ordem social 
e se destina a atuar sobre os grupos e subgrupos que apresentam maior risco de protagonizarem algum 
problema criminal. 
A prevenção terciária se destina única e exclusivamente ao recluso, (população), o condenado. A terciária 
é a aplicação de reclusão sobre o individuo criminoso. Nesse caso a “ressocialização” é voltada apenas 
para o infrator, no ambiente prisional. 
 
Quanto ao indivíduo, as ações devem observar sua característica pessoal, contornando seu caráter e seu 
temperamento, em busca do ajuste de sua conduta. Procura-se analisar o meio social sob seu múltiplo 
estilo de ser, de forma ampla, visando uma redução de criminalidade e a sua prevenção. Observa-se que 
a associação de medidas sociais, políticas e econômicas, entre outras, pode proporcionar uma sensível 
melhoria de vida ao ser humano. 
O meio no qual o indivíduo está inserido pode levá-lo à criminalidade. A importação de culturas e valores, 
a globalização econômica, a criminalidade transnacional; associadas à desorganização dos meiosde 
comunicação em massa, ao desequilíbrio social e à proliferação da miséria são responsáveis por 
impulsionar o homem ao delito. Entretanto, esse mesmo meio pode estimular boas ações e 
oportunidades, seja por meio da urbanização das cidades, da desfavelização e do fomento de empregos; 
seja pela reciclagem profissional e pela educação pública, gratuita e acessível a todos. 
Já as medidas diretas de prevenção criminal possuem o foco na infração penal in itinere ou em 
formação (iter criminis). Destaca-se a importância das medidas de ordem jurídica, como as referentes à 
efetiva punição de crimes graves, incluindo os de colarinho branco; a repressão implacável às infrações 
penais de toda a natureza, substituindo o direito penal nas pequenas infrações pela adoção de medidas de 
cunho administrativo; a atuação da polícia ostensiva em seu papel de prevenção, manutenção da ordem e 
vigilância; o aparelhamento e treinamento das polícias judiciárias para a repressão delitiva em todos os 
segmentos da criminalidade; entre outras. Pelo fato de agirem eminentemente nos delitos, as ações 
diretas são denominadas pela Criminologia de prevenção secundária. 
Parece ser mais correta esta última vertente, sendo difícil conceber uma justiça restauradora em delitos de 
elevada gravidade, a exemplo de infrações penais como o homicídio, latrocínio, etc. Apesar disso, Molina 
afirma que os procedimentos conciliatórios recuperaram a face humana do conflito criminal, redefinindo o 
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próprio ideal de justiça que refuta o caráter excludente do castigo através de uma proposta de soluções 
alternativas, cuja solidariedade e construtivismo deverão nortear as partes na celebração de 
compromissos. 
O modelo integrador redefine o próprio ideal de justiça. Concebe o crime como conflito interpessoal 
concreto, real, histórico, resgatando uma dimensão que o formalismo jurídico havia neutralizado. Orienta 
a resposta do sistema mais à reparação do dano que o infrator causou a sua vítima, às responsabilidades 
deste e às da comunidade, do que ao castigo em si. 
 
 
4. (Criminologia – 2018) Julgue os itens com base na Criminologia. 
A Teoria da Reação Social prevê a reação social estatal por meio de três modelos distintos: primário, 
secundário e terciário. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. 
 
No Estado Democrático de Direito, o poder político estatal é juridicamente limitado, isto é, apenas pode 
ser exercido inserido em determinadas restrições definidas pela ordem jurídico-política constitucional, 
marcada pelas dimensões de legalidade, separação de poderes e proteção aos direitos fundamentais. 
Tal modelo de organização política de poder pressupõe que os indivíduos têm certos direitos 
indispensáveis à própria existência e ao desenvolvimento da personalidade humana, que constituem 
verdadeiras barreiras de proteção contra a utilização arbitrária do poder do Estado. O indivíduo é 
considerado como efetivo sujeito de direito frente à comunidade e do próprio Estado, cuja atividade deve 
estar norteada pelos princípios e garantias impostas pela Constituição Federal. 
A atuação repressiva do Estado em face dos indivíduos que praticam condutas tipificadas como crimes é 
uma atividade indispensável para a manutenção da ordem jurídico-política. Porém, no Estado 
Democrático de Direito, o exercício do poder punitivo estatal é juridicamente limitado pela instituição 
de amplas garantias que devem nortear a edificação e a aplicação da política criminal, como o devido 
processo legal, o contraditório, a ampla defesa, a presunção de inocência, o juiz natural, a motivação das 
decisões, etc. 
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Dessa forma, o processo penal constitui é o instrumento pelo qual o Estado exerce o seu poder punitivo, 
buscando a aplicação da pena ao autor da infração. 
Por outro lado, o processo também pode ser visualizado sob o aspecto da tutela dos direitos 
fundamentais, ou seja, como uma garantia do indivíduo de que não será submetido a uma pena sem a 
observância dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. Com efeito, em uma ordem 
constitucional fundada na instituição de amplas garantias e direitos individuais, como é o caso do Estado 
brasileiro, o processo penal deve necessariamente se desenvolver visando à efetivação dessas premissas. 
O Estado possui o monopólio da aplicação da lei penal. Porém, existem regras constitucionais e legais que 
limitam e determinam como a lei penal possa ser aplicada. Para tanto, deve o Estado Administração, nos 
crimes de ação penal pública, após a produção de uma prova mínima, levar o caso ao Estado Juiz, para que 
este se manifeste sobre a aplicação ou não da sanção penal ao caso concreto. 
A atuação do Estado encontra na Constituição federal e nas leis limitações que impedem que o Estado 
produza todo tipo de prova em face dos acusados. O Estado é o primeiro a ter de respeitar, então, essas 
limitações. 
Prevenção de crime é um conceito aberto. Para alguns é dissuadir o delinquente a não cometer o ato, 
para outros é mais, importa inclusive na modificação de espaços físicos, novos desenhos arquitetônicos, 
aumento da iluminação pública com o intuito de dificultar a prática do crime e para um terceiro grupo é 
apenas o impedimento da reincidência. 
Há três tipos de prevenção, todas distintas entre si, seja quanto e maior ou menor relevância etiológica 
dos programas, seja quanto aos destinatários aos quais se dirigem nos instrumentos e os mecanismos que 
utilizam. 
Vou destacar um quadro que vai ajudar a responder muitas questões, pois esta parte é bem cobrada em 
concursos públicos. 
 
 
Prevenção Criminal 
Primária Secundária Terciária 
A prevenção primária procura agir a 
raiz do conflito criminal, para 
neutralizá-lo antes que o problema se 
A chamada prevenção 
secundária opera onde e 
quando o conflito acontece, 
A prevenção terciária se 
destina única e 
exclusivamente ao recluso, 
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manifeste. (através de uma 
socialização proveitosa de acordo com 
os objetivos sociais). 
Para que haja prevenção primária, são 
necessárias estratégias de política 
cultural, econômica e social, que 
capacitem os cidadãos de condições 
sociais que os ajudem a superar de 
forma produtiva eventuais conflitos. 
Se, principalmente os governantes 
dedicassem atenção, respeito e 
seriedade ao assunto, poderia também 
ser cobrado da sociedade a sua efetiva 
parcela de contribuição. 
O importante é que está escrito, é Lei, 
todos conhecem, o triste é que não há 
cumprimento a risca daquilo que 
poderia ser o fechamento dessa 
cicatriz que de uma forma ou de outra 
causa enormes prejuízos ao País. 
nem antes nem depois. E se 
caracteriza pelas ações 
policiais, pelo controle dos 
meios de comunicação, da 
implantação da ordem social 
e se destina a atuar sobre os 
grupos e subgrupos que 
apresentam maior risco de 
protagonizarem algum 
problema criminal. 
 
(população), o condenado. A 
terciária é a aplicação de 
reclusão sobre o individuo 
criminoso. Nesse caso a 
“ressocialização” é voltada 
apenas para o infrator, no 
ambiente prisional. Das três 
modalidades de prevenção a 
terciária é a que possui o mais 
acentuado caráter punitivo. 
Como a prevenção terciária 
só se dá depois do 
cometimento do crime, 
agindo só na condenação, ela 
é insuficiente e parcial, poisnão neutraliza as causas do 
problema criminal, além do 
que a plena determinação da 
população carcerária, assim 
como os altos índices de 
reincidência não compensam 
o déficit da prevenção 
terciária e suas carências. 
 
 
 
 
5. (2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia) No Estado Democrático de Direito a 
prevenção criminal é integrante da agenda federativa passando por vários setores do Poder Público, 
não se restringindo à Segurança Pública e ao Judiciário. Com relação à prevenção criminal, assinale a 
afirmativa correta: 
A) A prevenção primária se orienta aos grupos que ostentam maior risco de protagonizar o problema 
criminal, se relacionando com a política legislativa penal e com a ação policial. 
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B) A prevenção secundária corresponde a estratégias de política cultural, econômica e social, atuando, por 
exemplo, na garantia da educação, saúde, trabalho e bem-estar social. 
C) A prevenção terciária se orienta aos grupos que ostentam maior risco de protagonizar o problema 
criminal, se relacionando com a política legislativa penal e com a ação policial. 
D) A prevenção secundária tem como destinatário o condenado, se orientando a evitar a reincidência da 
população presa por meio de programas reabilitadores e ressocializadores. 
E) A prevenção primária corresponde a estratégias de política cultural, econômica e social, atuando, por 
exemplo, na garantia da educação, saúde, trabalho e bem-estar social. 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. Esta prevenção procura agir a raiz do conflito 
criminal, para neutralizá-lo antes que o problema se manifeste. 
 
6. (2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Como ações profiláticas contra o crime, a doutrina 
apresenta uma série analítica de prevenções, incidente no estado democrático de direito. A respeito 
de prevenção, julgue o item seguinte. 
A prevenção primária do delito ocorre por meio de implementação de medidas efetivas voltadas à 
ressocialização do apenado. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. Nesse caso seria a terciária! 
 
7. (2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Como ações profiláticas contra o crime, a doutrina 
apresenta uma série analítica de prevenções, incidente no estado democrático de direito. A respeito 
de prevenção, julgue o item seguinte. 
A prevenção terciária do delito aponta suas diretrizes ao efetivo implemento das políticas sociais pelo 
estado social de direito, que consiste na adoção de medidas mais eficazes de prevenção ao delito. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. Seria a primária em que o Estado busca atacar a etiologia do 
delito. Medidas de longo e médio prazo que atuam na raiz do conflito. 
 
8. (2018 - VUNESP - PC-SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial) Assinale a alternativa que apresenta 
um exemplo de política de prevenção criminal prioritariamente terciária. 
a) Previsão do direito do condenado de abreviar o tempo imposto em sua sentença penal, mediante 
trabalho, estudo ou leitura. 
b) Instalação de câmeras de videomonitoramento em um estabelecimento que foi alvo de diversos roubos. 
c) Melhoria na regulação do sistema financeiro para prevenção às práticas de lavagem de dinheiro. 
d) Programas de educação aos jovens para prevenção ao uso de drogas. 
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e) Instalação de iluminação pública em locais com alto índice de criminalidade. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. A prevenção terciária se destina única e 
exclusivamente ao recluso, (população), o condenado. 
 
9. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) A instalação, na cidade de São Paulo, de câmeras de 
videomonitoramento que possuem a funcionalidade de leitura de placas de veículos e cruzamento 
com banco de dados criminais, com o objetivo de identificar veículos utilizados ou que foram objeto 
da prática de crimes pode ser definida, no âmbito do conceito de Estado Democrático de Direito e dos 
modernos conceitos de prevenção criminal do crime, como uma medida prioritariamente de 
prevenção 
a) secundária. 
b) básica. 
c) quaternária. 
d) terciária. 
e) primária. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. A chamada prevenção secundária opera onde e 
quando o conflito acontece, nem antes nem depois. E se caracteriza pelas ações policiais, pelo controle 
dos meios de comunicação. 
 
10. (VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) Entende(m)-se por prevenção primária 
A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis. 
B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco. 
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção familiar e/ou social. 
D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, em sua etiologia. 
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de seu acontecimento. 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. Deve ficar claro que os três modelos se 
complementam e são compatíveis entre si. De qualquer modo os três programas estão ligados entre si e 
se fazem necessários, tanto a curto quanto a médio e longo prazo. Pois tem um objetivo em comum: 
evitar a reincidência. 
 
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Prevenção primária: 
- Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo antes que ocorra; 
- Opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadãos; 
- Reclama prestações sociais e intervenção comunitária; 
- Limitações práticas: falta de vontade política e de conscientização da sociedade. 
 
Prevenção secundária: 
- Política legislativa penal, ação policial, políticas de segurança pública; 
- Atua na exteriorização do conflito; 
- Opera a curto e médio prazo; 
- Dirige-se a setores específicos da sociedade. 
 
Prevenção terciária: 
- Destinatário: população carcerária; 
- Caráter punitivo; 
- Objetivo: evitar a reincidência; 
- Intervenção tardia, parcial e insuficiente. 
 
 
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11. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Telecomunicações e Eletricidade) É correto afirmar que as 
medidas voltadas à população carcerária, com caráter punitivo e com desiderato na recuperação do 
recluso para evitar, por meio da ressocialização, sua reincidência, 
a) integram a prevenção primária, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso, 
diminuindo-se os indicadores criminais. 
b) são relevantes para a criminologia, impactando na diminuição dos indicadores criminais, entretanto não 
podem ser consideradas como medidas de prevenção. 
c) são relevantes para a criminologia e integram a prevenção terciária, visando à recuperação do 
criminoso. 
d) são relevantes para a criminologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso, 
entretanto não podem ser consideradas como medidas de prevenção. 
e) são relevantes para a vitimologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso, 
entretanto não podem ser consideradas como medidas de prevenção. 
Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. Prevenção terciária: o destinatário é população 
carcerária, tem caráter punitivo. O objetivo é evitar a reincidência. 
 
12. (2018 - VUNESP - PC-SP - Papiloscopista da Polícia Federal) O saber criminológico, no Estado 
Democrático de Direito,tem por objetivo evitar a ocorrência do delito; portanto, são aspectos 
importantes de prevenção terciária 
a) o policiamento, a assistência social e o conselho tutelar. 
b) a educação, a religião e o lazer. 
c) a laborterapia, a liberdade assistida e a prestação de serviços comunitários. 
d) as posturas municipais, a classificação etária dos programas televisivos e o civismo. 
e) a cultura, a qualidade de vida e o trabalho. 
Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. São características da prevenção terciária. 
 
13. (2018 - VUNESP - PC-BA - Delegado de Polícia) Assinale a alternativa que contém um exemplo de 
prevenção de infrações penais preponderantemente primária. 
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a) Construção de uma praça com equipamentos de lazer em uma comunidade com altos índices de 
criminalidade e de vulnerabilidade social com o fim de evitar que jovens daquele local, em especial em 
situação de risco, envolvam-se com a criminalidade. 
b) Projeto Começar de Novo, que visa devolver aos cumpridores de pena e egressos a autoestima e a 
cidadania suprimidas com a privação de sua liberdade, por meio de ações de caráter preventivo, educativo 
e ressocializador, atuando, assim, na humanização, a fim de que referido público valorize a liberdade e 
passe a fazer escolhas melhores em sua vida, evitando o retorno ao cárcere. 
c) Implementação de sistemas de leitores óticos de placas de veículos nas ruas e avenidas da cidade de 
Salvador para identificação de veículos relacionados a algum tipo de crime. 
d) Bloqueio que impeça a ativação e utilização de aparelhos de telefonia celular subtraídos do legítimo 
proprietário por meio de uma conduta criminosa. 
e) Melhoria de atendimento pré e pós-natal a todas as gestantes de uma determinada cidade com a 
finalidade de reduzir os índices criminais no município. 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. A prevenção primária procura agir a raiz do conflito 
criminal, para neutralizá-lo antes que o problema se manifeste. 
 
14. (2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia) Dados publicados em dezembro de 2017 pelo 
Ministério da Justiça mostram que o Brasil tem uma taxa de superlotação nos estabelecimentos 
prisionais na ordem de 197,4%. 
 Agência de Notícias, Empresa Brasil de Comunicação. 
Sob o enfoque da prevenção da infração penal no Estado democrático de direito, a superlotação 
carcerária aludida no fragmento de texto anterior é um problema que prejudica a: 
I prevenção primária. 
II prevenção secundária. 
III prevenção terciária. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item II está certo. 
b) Apenas o item III está certo. 
c) Apenas os itens I e II estão certos. 
d) Apenas os itens I e III estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. 
 
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15. (2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) A criminologia reconhece que não basta reprimir o 
crime, deve-se atuar de forma imperiosa na prevenção dos fatores criminais. Considerando essa 
informação, assinale a opção correta acerca de prevenção de infração penal. 
a) Para a moderna criminologia, a alteração do cenário do crime não previne o delito: a falta das estruturas 
físicas sociais não obstaculiza a execução do plano criminal do delinquente. 
b) A prevenção terciária do crime implica na implementação efetiva de medidas que evitam o delito, com 
a instalação, por exemplo, de programas de policiamento ostensivo em locais de maior concentração de 
criminalidade. 
c) No estado democrático de direito, a prevenção secundária do delito atua diretamente na sociedade, de 
maneira difusa, a fim de implementar a qualidade dos direitos sociais, que são considerados pela 
criminologia fatores de desenvolvimento sadio da sociedade que mitiga a criminalidade. 
d) Trabalho, saúde, lazer, educação, saneamento básico e iluminação pública, quando oferecidos à 
sociedade de maneira satisfatória, são considerados forma de prevenção primária do delito, capaz de 
abrandar os fenômenos criminais. 
e) A doutrina da criminologia moderna reconhece a eficiência da prevenção primária do delito, uma vez 
que ela atua diretamente na pessoa do recluso, buscando evitar a reincidência penal e promover meios de 
ressocialização do apenado. 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. Prevenção primária: voltada para as origens do 
delito, visando neutralizá-lo antes que ocorra; opera a longo e médio prazo e se dirige a todos os cidadãos; 
reclama prestações sociais e intervenção comunitária; limitações práticas: falta de vontade política e de 
conscientização da sociedade. 
 
16. (2017 - CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia) Considerando que, para a criminologia, o delito é um 
grave problema social, que deve ser enfrentado por meio de medidas preventivas, assinale a opção 
correta acerca da prevenção do delito sob o aspecto criminológico. 
a) A transferência da administração das escolas públicas para organizações sociais sem fins lucrativos, com 
a finalidade de melhorar o ensino público do Estado, é uma das formas de prevenção terciária do delito. 
b) O aumento do desemprego no Brasil incrementa o risco das atividades delitivas, uma vez que o 
trabalho, como prevenção secundária do crime, é um elemento dissuasório, que opera no processo 
motivacional do infrator. 
c) A prevenção primária do delito é a menos eficaz no combate à criminalidade, uma vez que opera, 
etiologicamente, sobre pessoas determinadas por meio de medidas dissuasórias e a curto prazo, 
dispensando prestações sociais. 
d) Em caso de a Força Nacional de Segurança Pública apoiar e supervisionar as atividades policiais de 
investigação de determinado estado, devido ao grande número de homicídios não solucionados na capital 
do referido estado, essa iniciativa consistirá diretamente na prevenção terciária do delito. 
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e) A prevenção terciária do crime consiste no conjunto de ações reabilitadoras e dissuasórias atuantes 
sobre o apenado encarcerado, na tentativa de se evitar a reincidência. 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. A terciária trata-se da ressocialização do apenado 
encarcerado. 
 
17. (VUNESP - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção criminal secundária é aquela que atua 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do trabalho e estudo, evitando sua 
reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de ação policial, programas 
de apoio e controle das comunicações. 
C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e nos direitos individuais e sociais. 
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o recluso com programas 
psicológicos e de assistência social. 
Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. 
 
2 - MODELO DE REAÇÃO DO CRIME (DELITO) 
No trabalho de prevenção que cabe ao Estado no combate à criminalidade, há três níveis de prevenção 
(primário, secundário e terciário) que veremos mais a frente. Como resposta à ocorrência de ação 
criminosa, surgem formas de prevenção aos delitos no Estado Democrático de Direito. Iniciamente, tem-
se a Teoria da Reação Social, que prevê a reação social estatal por meio de três modelosdistintos. São 
eles: dissuasório, ressocializador e restaurador (integrador). 
O modelo dissuasório baseia-se na repressão por meio da punição ao agente criminoso, como forma de 
mostrar a todos que o crime não compensa e que gera sanção. Por esse modelo, aplica-se a pena somente 
aos imputáveis e semi-imputáveis, cabendo aos inimputáveis o tratamento psiquiátrico. 
Os protagonistas neste modelo são o Estado e o delinquente, restando excluídos a vítima e a sociedade. 
As sanções penais somente são aplicadas aos imputáveis e semi-imputáveis, vez que os inimputáveis são 
submetidos a tratamento psiquiátrico. Procura persuadir o delinquente a não praticar o delito por meio da 
intimidação do sistema retributivo. 
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A exclusão da vítima e sociedade por este modelo lhe rende severas críticas de Antonio García-Pablos de 
Molina, devido a importância que exercem no questionamento da gênese e da etiologia do delito, além de 
potencializar os conflitos ao invés de resolvê-los devido ao retribucionismo exagerado. 
O modelo ressocializador prevê a intervenção na vida e na pessoa do infrator, não apenas com a punição, 
mas também com a possibilidade de reinserção social. 
A reação ao delito passa a se preocupar com a utilidade do castigo, também para o delinquente. Avalia a 
efetividade do sistema sob o ponto de vista do real impacto da punição na pessoa do condenado, sem se 
preocupar com os ideais abstratos da pena. Por conseguinte, o paradigma ressocializador faz com que o 
Estado assuma a natureza social da criminalidade, não se conformando simplesmente com a retribuição 
do mal praticado, ou caráter preventivo das penas, exigindo uma intervenção positiva na pessoa do 
condenado, ou seja, do afastamento dos efeitos nocivos da punição. A partir desta premissa de melhoras 
no regime de cumprimento das penas, busca-se preparar o condenado a participar do corpo social sem 
traumas ou condicionamentos. 
 
 
1. (VUNESP - 2014 - PCSP) Em um estado democrático de direito, o castigo do infrator não esgota as 
expectativas que o fato delitivo desencadeia; dessa forma, podem-se apontar, como os objetivos 
científicos mais satisfatórios e adequados na criminologia moderna, a ressocialização do delinquente, 
a (o) ____________________________e a prevenção do crime. Assinale a alternativa que preenche 
corretamente a lacuna. 
A) reparação dos danos à vítima 
B) informação ao cidadão 
C) ressarcimento ao Estado 
D) especialização profissional do delinquente 
E) formação espiritual e religiosa do delinquente 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. A finalidade precípua do estudo criminológico é a 
prevenção do delito, entretanto, subsidiariamente, almeja a criminologia a ressocialização do delinquente 
e a reparação do dano à vítima. 
 
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Já o modelo restaurador (integrador), também conhecido como “justiça restaurativa”, objetiva 
restabelecer o status quo ante, visando à reeducação do infrator, à assistência à vítima bem como ao 
controle social afetado pelo crime. 
Este modelo visa solucionar o problema criminal por meio de ação conciliadora, que procura atender aos 
interesses e exigências de todas as partes envolvidas. Ao compreender o crime como um fenômeno 
interpessoal, defende que as pessoas envolvidas devem participar da solução do conflito por meios 
alternativos, distanciados de critérios legais, e formalismo. 
Segundo especialistas, o processo só será restaurativo se não continuar transmitindo vingança, ou seja, 
não obedecerá o modelo se a recomendação ao fim do processo for de encarceramento do ofensor. 
Portanto, é importante que a recomendação compreenda uma medida de reparação efetiva de danos, 
como um trabalho comunitário que tenha vinculação com o crime praticado, após a confissão, assunção 
de culpa pelo ofensor. 
 
o 
2. (2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia) A criminologia considera que o papel da vítima varia 
de acordo com o modelo de reação da sociedade ao crime. No modelo 
a) clássico, a vítima é a responsável direta pela punição do criminoso, sendo figura protagonista no 
processo penal. 
b) ressocializador, busca-se o resgate da vítima, de modo a reintegrá-la na sociedade. 
c) retribucionista, o objetivo restringe-se ao ressarcimento do dano pelo criminoso à vítima. 
d) da justiça integradora, a vítima é tida como julgadora do criminoso. 
e) restaurativo, o foco é a participação dos envolvidos no conflito em atividades de reconciliação, nas quais 
a vítima tem um papel central. 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. 
 
3. (2017 - CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia) Em busca do melhor sistema de enfrentamento à 
criminalidade, a criminologia estuda os diversos modelos de reação ao delito. A respeito desses 
modelos, assinale a opção correta. 
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a) De acordo com o modelo clássico de reação ao crime, os envolvidos devem resolver o conflito entre si, 
ainda que haja necessidade de inobservância das regras técnicas estatais de resolução da criminalidade, 
flexibilizando-se leis para se chegar ao consenso. 
b) Conforme o modelo ressocializador de reação ao delito, a existência de leis que recrudescem o sistema 
penal faz que se previna a reincidência, uma vez que o infrator racional irá sopesar o castigo com o 
eventual proveito obtido. 
c) Para a criminologia, as medidas despenalizadoras, com o viés reparador à vítima, condizem com o 
modelo integrador de reação ao delito, de modo a inserir os interessados como protagonistas na solução 
do conflito. 
d) A fim de facilitar o retorno do infrator à sociedade, por meio de instrumentos de reabilitação aptos a 
retirar o caráter aflitivo da pena, o modelo dissuasório de reação ao crime propõe uma inserção positiva do 
apenado no seio social. 
e) O modelo integrador de reação ao delito visa prevenir a criminalidade, conferindo especial relevância ao 
ius puniendi estatal, ao justo, rápido e necessário castigo ao criminoso, como forma de intimidação e 
prevenção do crime na sociedade. 
Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. Conhecido como “justiça restaurativa”, objetiva 
restabelecer o status quo ante, visando à reeducação do infrator, à assistência à vítima bem como ao 
controle social afetado pelo crime. 
 
4. (2016 - FAURGS - TJ-RS - Psicólogo Judicial) Para a aplicação do processo de Justiça Restaurativa, é 
imprescindível que 
a) o delito tenha consequências exclusivamente patrimoniais. 
b) o infrator e a vítima tenham vínculos afetivos. 
c) o infrator admita sua culpa. 
d) a vítima tenha menos de 16 anos. 
e) a vítima reconheça sua responsabilização parcial sobre o delito. 
Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. 
 
As vantagens de uma justiça comunitária é que a pacificação social do problema minimiza os efeitos da 
persecução tradicional, afastando o caráter ameaçador das penas, humilhações, e demais consequências 
malfazejas. A solução virá de partes legítimas, e por isso as chances de pacificação revelam-se elevadas. 
Nesse patamar, existe controvérsia relativa ao alcance da justiça integradora quanto a natureza e 
gravidade dos delitos, além do perfil da vítima e delinquente. Há quem defenda a universalidade e 
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generalidade da conciliação e mediação do conflito criminal sem ressalvas, e aqueles que sustentam a 
incidência da justiça comunitária para determinados delitos, e delinquentes primários, de modo a não se 
distanciar da realidade. 
 
 
5. (2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Com relação às teorias da criminologia e à prevenção da 
infração penal no estado democrático de direito, julgue o item subsequente acerca dos modelos de 
reação ao delito. 
O modelo integrador baseia-se na ideia do criminoso racional, que, ao ponderar os malefícios do 
castigo pelo crime cometido, opta por respeitar a lei, especificamente diante da eficácia da lei e dos 
métodos de tratamento penitenciário. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. O Modelo Dissuasório (Clássico ou Retributivo) tem foco na 
punição do criminoso, mostrando que o crime não compensa. O modelo Ressocializador Busca-se a 
recuperação do delinquente, ressocialização (Prevenção Especial Positiva). O modelo Integrador 
(Consensual) baseia-se na formação de acordo, surgindo a Justiça Consensual. 
 
6. (2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Com relação às teorias da criminologia e à prevenção 
da infração penal no estado democrático de direito, julgue o item subsequente acerca dos modelos de 
reação ao delito. 
O cumprimento dos deveres legais por parte do apenado recluso constitui instrumento de reação ao 
delito analisado pelo modelo restaurador: o real impacto do castigo aplicado ao indivíduo no caso 
concreto é capaz de aferir os diagnósticos e de proporcionar adequadas soluções para prevenir a 
reincidência. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. 
 
7. (2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) No que se refere aos métodos de combate à 
criminalidade, a criminologia analisa os controles formais e informais do fenômeno delitivo e busca 
descrever e apresentar os meios necessários e eficientes contra o mal causado pelo crime. A esse 
respeito, assinale a opção correta. 
a) A criminologia distingue os paradigmas de respostas conforme a finalidade pretendida, apresentando, 
entre os modelos de reação ao delito, o modelo dissuasório, o ressocializador e o integrador como formas 
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de enfrentamento à criminalidade. Em determinado nível, admitem-se como conciliáveis esses modelos 
de enfrentamento ao crime. 
b) Como modelo de enfrentamento do crime, a justiça restaurativa é altamente repudiada pela 
criminologia por ser método benevolente ao infrator, sem cunho ressocializador e pedagógico. 
c) O modelo dissuasório de reação ao delito, no qual o infrator é objeto central da análise científica, busca 
mecanismos e instrumentos necessários à rápida e rigorosa efetivação do castigo ao criminoso, sendo 
desnecessário o aparelhamento estatal para esse fim. 
d) O modelo ressocializador de enfrentamento do crime propõe legitimar a vítima, a comunidade e o 
infrator na busca de soluções pacíficas, sem que haja a necessidade de lidar com a ira e a humilhação do 
infrator ou de utilizar o ius puniendi estatal. 
e) A doutrina admite pacificamente o modelo integrador na solução de conflitos havidos em razão do 
crime, independentemente da gravidade ou natureza, uma vez que o controle formal das instâncias não se 
abdica do poder punitivo estatal. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. Como resposta à ocorrência de ação criminosa, 
surgem formas de prevenção aos delitos no Estado Democrático de Direito. Iniciamente, tem-se a Teoria 
da Reação Social, que prevê a reação social estatal por meio de três modelos distintos. São eles: 
dissuasório, ressocializador e restaurador (integrador). 
 
Vou destacar um quadro que vai ajudar a responder muitas questões, pois esta parte é bem cobrada em 
concursos públicos. 
 
 
MODELO DISSUASÓRIO MODELO RESSOCIALIZADOR MODELO RESTAURADOR 
(INTEGRADOR) 
Repressão por meio da 
punição ao agente criminoso, 
mostrando a todos que o 
crime não compensa e gera 
castigo. Aplica-se a pena 
somente aos imputáveis e 
semi-imputáveis, pois aos 
Intervém na vida e na pessoa do 
infrator, não apenas lhe 
aplicando punição, mas também 
lhe possibilitando a reiserção 
social. Aqui a participação da 
sociedade é relevante para a 
ressocialização do infrator, 
Recebe também a 
denominação de "justiça 
restaurativa" e procura 
restabelecer, da melhor 
maneira possível, o status quo 
ante, visando a reeducação do 
infrator, a assistência à vítima 
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inimputáveis se dispensa 
tratamento psiquiátrico. 
previnindo a ocorrência de 
estigmas. 
e o controle social afetado 
pelo crime. Gera a 
restauração, mediante a 
reparação do dano causado. 
 
 
3 - FATORES CONDICIONANTES DA CRIMINALIDADE 
Para boa parte da doutrina, podemos dividir esses fatores em biológicos; psicológicos; e sociológicos. 
Vou destacar alguns quadros que vão ajudar a responder muitas questões. 
 
 
CONDICIONANTES BIOLÓGICOS 
Fatores bioquímicos 
Os estudos neste grupo causal 
procuram dosar algumas 
substância possivelmente 
envolvida com o 
comportamento violento, 
como por exemplo, o 
colesterol, a glicose, 
hormônios e alguns 
neurotransmissores. 
Fatores neurológicos 
Esses estudos associam 
desordens do comportamento 
com eventuais alterações 
cerebrais, essencialmente no 
hemisfério esquerdo. Os estudos 
parecem apontar na identificação 
das disfunções neuropsicológicas 
relacionadas ao comportamento 
violento estar presente no lobo 
frontal e nos lobos temporais. 
Fatores psicofisiológicos 
O enfoque psicofisiológico se 
baseia essencialmente na 
avaliação da função cerebral, 
como por exemplo o 
Eletroencefalograma e o 
Eletrocardiograma, 
trabalhando sobretudo em 
contexto laboratorial. Falta, 
no momento, uma meta-
análise de outros tipos de 
investigação da função 
cerebral. 
 
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CONDICIONANTES PSICOLÓGICOS 
Personalidade 
Segundo Porot, personalidade é a síntese de 
todos os elementos que concorrem para a 
conformação mental de uma pessoa, de modo a 
conferir-lhe fisionomia própria. Em termos 
gerais podemos dizer que é o hardware da 
pessoa. 
Neuroses 
As neuroses manifestam-se por alterações 
frequentes, geralmente sem base anatômica 
conhecida, que não alteram a personalidade. 
Caracterizam-se por perturbações afetivas, 
inadaptação à realidade e sensação de 
insuficiência afetiva e social, dentre outras. 
 
CONDICIONANTES SOCIAIS 
Há vários fatores sociais que podem desencadear a criminalidade, são eles: 
✓ sistema econômico; 
✓ pobreza; 
✓ miséria; 
✓ malvivência; 
✓ fome e desnutrição; 
✓ civilização; 
✓ cultura; 
✓ educação; 
✓ escola; 
✓ analfabetismo; 
✓ migração e imigração; 
✓ política; 
✓ etc. 
 
 
A vertente sociológica da criminalidade alcança níveis de influência altíssimos na gênese delitiva. Se for 
verdade que os avanços da engenharia genética, com a progressiva decodificação do genoma humano, 
podem contribuir para o esclarecimento definitivo de propulsões criminógenas herdadas, não é diferente, 
também, que a multiplicidade de fatores externos desencadeia um fator criminógeno, muitas vezes 
ausente no homem. Vejamos alguns desses fatores sociais. 
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Outro fator é a pobreza. As estatísticas criminais demonstram existir uma relação de proximidade entre 
a pobreza e a criminalidade. Não que a pobreza seja um fator condicionante extremo de criminalidade, 
tendo em vista a ocorrência dos chamados “crimes do colarinho branco”, geralmente praticados pelas 
camadas mais altas da sociedade. 
Por outro lado, nos crimes como roubo, furto, etc., a imensa maioria dos assaltantes é semialfabetizada, 
pobre, quando não miserável, com formação moral inadequada. Segundo Nestor Filho, percebe-se que 
nutrem ódio ou aversão àqueles que detêm posses e valores. Esses sentimentos fazem crescer uma 
tendência criminal violenta no indivíduo. 
Nesse sentido, as causas da pobreza, conhecidas de todos – má distribuição de renda, desordem social, 
grandes latifúndios improdutivos etc. –, somente funcionam como fermento dos sentimentos de exclusão, 
revolta social e consequente criminalidade. Por conseguinte, a repressão policial tem valor limitado, na 
medida em que ataca as consequências da criminalidade patrimonial e não as causas, justificando, no mais 
das vezes, as premissas da criminologia crítica ou radical. 
É bem verdade que, se a pobreza pode facilitar a vida delitiva, a abastança também, caso contrário não 
haveria crimes do colarinho branco, lavagem de dinheiro, delitos ambientais, corrupção do Poder Público 
etc. 
 
 
8. (VUNESP - PC-SP - Atendente de Necrotério Policial) A respeito dos fatores condicionantes e 
desencadeantes da criminalidade, é correto afirmar que 
A) apenas os jovens pobres cometem crimes, o que não é o caso dos jovens de classes sociais mais 
abastadas. 
B) a desagregação familiar vivida por uma criança ou adolescente necessariamente o conduzirá a uma 
carreira criminosa na vida adulta. 
C) de acordo com as estatísticas, a mulher comete menos crimes que o homem. 
D) não há qualquer constatação de aumento na prática de crimes em períodos de guerras ou revoluções. 
E) a baixa produtividade escolar, o analfabetismo e o precoce abandono escolar são características 
raramente observadas nos criminosos de classes sociais baixas. 
Comentários: A alternativa CD é o gabarito da questão. Segundo estudos, as mulheres cometem menos 
crimes que os homens. Entretanto, quando delinque, costuma ser mais cruel que o homem. 
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9. (FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL – VUNESP) Pode-se citar como um dos fatores sociais 
desencadeantes da criminalidade: 
a) as condições favoráveis de habitação ou moradia. 
b) o desemprego, no caso dos crimes do colarinho branco. 
c) a migração, pela facilidade de adaptação em hábitos e culturas locais. 
d) o crescimento populacional ordenado e planejado. 
e) a pobreza, no caso dos crimes contra o patrimônio. 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. Questão que induzia o candidato a erro tendo em 
vista citar nas cinco alternativas, fatores criminógenos sociais. Assim, competia avaliar a explicação do 
respectivo fator citado para analisar se estava certo ou errado, restando a alternativa “E” como correta 
tendo em vista que a pobreza incentiva a prática de crimes patrimoniais. 
 
Ressalte-se que o subemprego ou desemprego disfarçado (“vendedores de balas em semáforos”, por 
exemplo), à vista da baixíssima remuneração e da instabilidade pessoal e familiar que proporciona, não 
deixa de ser um fator coadjuvante na escala ascendente da criminalidade. 
Seguindo, dentre os fatores sociais de criminalidade, destaca-se a ação dos meios de comunicação em 
massa, sobretudo da televisão. As concessionárias de rádio e televisão, nas respectivas programações, 
descumprem um fundamento constitucional do Estado brasileiro: os programas da mídia devem voltar-se 
para o respeito aos valores éticos da pessoa humana e da família. 
Outro fator é a migração como movimento interno populacional dentro de um país pode causar 
dificuldades de adaptação em face da diferença de costumes, usos, hábitos, valores etc. de uma região 
para outra. 
O crescimento populacional desordenado ou não planejado figura como fator delitógeno também. O 
crescimento desmedido da população de dada área fortalece o índice de desempregados e de 
subempregados, desencadeando o fenômeno pelo qual se aumenta a criminalidade na exata medida em 
que as condições econômicas aumentam a pobreza, incidindo aí a componente social. 
Então, quanto mais fermento (pobreza), maior o tamanho do bolo (criminalidade), ocorrendo aquilo que 
se chama de “fermento social da criminalidade”! 
Outro fator é a discriminação que é o preconceito em ação, em atividade. A doutrina da superioridade 
baseada em diferenças raciais é cientificamente falsa, moralmente condenável, socialmente injusta e 
perigosa. Não existe justificação para a discriminação racial, em teoria ou na prática, em lugar algum. 
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A discriminação entre as pessoas por motivo de raça, cor ou origem étnica é um obstáculo às relações 
amistosas e pacíficas entre as nações, sendo capaz de perturbar a paz e a segurança entre os povos e a 
harmonia de pessoas vivendo lado a lado, até dentro do mesmo Estado, muitas vezes causando 
escaramuças e guerrilhas. 
A existência de barreiras raciais repugna aos ideais de qualquer sociedade humana digna e concretizada 
em um Estado de Direito. Segundo Nestor Filho, depois da abolição da escravatura, o que se viu foram três 
consequências: 
- a MIGRAÇÃO (não só de negros, mas de brancos espoliados); 
- a FAVELIZAÇÃO (nos morros e na periferia das grandes cidades); e 
- finalmente a INSTALAÇÃO DA CRIMINALIDADE nesses espaços. 
 
A migração e a imigração sempre trazem consequências para a convivência social. Tanto para aqueles 
que chegam, quantos para aqueles que já estão situados no lugar escolhido pelos imigrados e migrados. 
Esse convívio pode gerar conflitos sociais, pois novos costumes, usos, valores e hábitos são trazidos para 
dentro da nova coletividade escolhida. 
A dificuldade de absorver novos imigrantes e migrantes no mercado de trabalho provoca o aumento da 
pobreza e da miséria, sendo fatores que desencadeiam a criminalidade. A mobilidade de um grupo de 
pessoas de um país a outro, influi na criminalidade da segunda geração de imigrantes, estatisticamente é 
maior nos filhos de pais de nacionalidades diferentes. Há um conflito de cultura, pois são obrigados a viver 
duas vidas distintas: uma em casa e outra no trabalho, na rua ou na escola. 
 
 
10. (Polícia Civil - SP - 2013 - Auxiliar de Papiloscopista Policial - VUNESP) Assinale a alternativa 
correta quanto aos fatores condicionantes e desencadeantes da criminalidade. 
A) A migração pode causar dificuldades de adaptação em face das diferenças culturais, hábitos e valores, 
bem como um excedente de mão de obra, propiciando uma alta taxa de desemprego, o que influencia na 
criminalidade. 
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B) O desrespeito entre as pessoas quanto a raça, cor, sexo e etnia não são fatores relevantes que 
propiciam a criminalidade na sociedade. 
C) O crescimento populacional ordenado ou planejado, a presença do poder público em todas as áreas 
sociais e a educação de qualidade são fatores desencadeantes da criminalidade. 
D) As condições desfavoráveis de habitação e moradia propiciam a promiscuidade, o desaparecimento de 
valores, o desrespeito ao próximo e a baixa autoestima,portanto, não são fatores desencadeantes da 
criminalidade. 
E) A distribuição de renda adequada, a mão de obra qualificada e um sistema de ensino de qualidade 
favorecem a criminalidade. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. A migração e a imigração sempre trazem 
consequências para a convivência social. Tanto para aqueles que chegam, quantos para aqueles que já 
estão situados no lugar escolhido pelos imigrados e migrados. 
Esse convívio pode gerar conflitos sociais, pois novos costumes, usos, valores e hábitos são trazidos para 
dentro da nova coletividade escolhida. 
A dificuldade de absorver novos imigrantes e migrantes no mercado de trabalho provoca o aumento da 
pobreza e da miséria, sendo fatores que desencadeiam a criminalidade. A mobilidade de um grupo de 
pessoas de um país a outro, influi na criminalidade da segunda geração de imigrantes, estatisticamente é 
maior nos filhos de pais de nacionalidades diferentes. Há um conflito de cultura, pois são obrigados a viver 
duas vidas distintas: uma em casa e outra no trabalho, na rua ou na escola. 
 
Quem se propõe a estudar a criminalidade da mulher não encontrará material adequado e profícuo, 
existindo certa negligência no assunto. 
Já a educação e o ensino são fatores inibitórios de criminalidade. No entanto, sua carência ou defeitos 
podem contribuir para estabelecer um senso moral distorcido na primeira infância. Assim, a educação 
informal (família, sociedade) e a formal (escola) assumem relevância indisfarçável na modelagem da 
personalidade humana. 
Outro ponto importante nesse estudo é o conceito de mal-vivência. Assim, entende-se por mal-vivência, 
no dizer do douto Hilário Veiga de Carvalho (1973), um grupo polimorfo de indivíduos que vivem à 
margem da sociedade, em situação de parasitismo, sem aptidão para o trabalho, em razão de causas 
endógenas e exógenas que representam um perigo social. 
Os mal viventes não passam de um subproduto das sociedades desumanas em que vivem. Ou ainda, não 
passam, na maioria, de pessoas mentalmente anormais, perturbadas ou fisiologicamente doentes. Existe 
outro grupo de mal viventes que se originam nas famílias de alcoólatras, e por serem incapazes para o 
trabalho regular adentram frequentemente na embriagues, perdendo a noção de dignidade. 
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11. (ATENDENTE DE NECROTÉRIO – 2014 – VUNESP) Entende-se por___________________ um grupo 
polimorfo de indivíduos que existe à margem da sociedade, em situação de _______________ , sem 
aptidão para o trabalho, por razões de ordem biológicas ou pela exclusão social. Assinale a alternativa 
que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho. 
a) parasitismo ... espírito de rebeldia 
b) mimetismo ... pleno emprego 
c) mimetismo ... espírito de rebeldia 
d) mal-vivência ... parasitismo 
e) mal-vivência ... pleno emprego 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. Entende-se por mal-vivência, no dizer do douto 
Hilário Veiga de Carvalho (1973), um grupo polimorfo de indivíduos que vivem à margem da sociedade, em 
situação de parasitismo, sem aptidão para o trabalho, em razão de causas endógenas e exógenas que 
representam um perigo social. 
 
12. (FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL – VUNESP - PCSP) Entende-se por mal vivência: 
a) o jovem que sai de casa antes de completar dezoito anos. 
b) o grupo polimorfo de indivíduos que vivem à margem da sociedade. 
c) a família que discute constantemente. 
d) o homem que bate na mulher. 
e) o filho que agride os pais. 
Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. Etimologicamente, mal vivência é classificado 
como fenômeno criminológico caracterizado por indivíduos considerados parasitas sociais, ou seja, 
aqueles que vivem à margem da sociedade em situação vegetativa como por exemplo os dependentes 
químicos da Cracolândia, portadores de sofrimento mental e moradores de rua (mendigos). 
 
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Na verdade, segundo Nestor Filho, são seres excluídos, doentes biológica e socialmente. O Estado os 
incrimina por vadiagem (art. 59 da Lei das Contravenções Penais), mas, a criminologia sabe que esses 
seres infelizes são uma consequência da sociedade discriminatória e violenta em que vivem. 
A demonstrar que as condições econômicas são o fator maior de discriminação entre os homens, 
referendadas, inclusive, pelo direito penal, verifique-se, a título de humor tão somente, o parágrafo único 
do art. 59 da LCP, ao afirmar que a superveniência de renda que assegure ao condenado meios bastantes 
de subsistência, extingue a pena. Em outras palavras, como alertava há mais de meio século o professor 
Afrânio Peixoto (1953): um vagabundo pobre é um vagabundo, mas um vagabundo rico é um rico 
excêntrico. 
Contribuem para esse estado de patologia social dois tipos de fatores: BIOLÓGICOS e MESOLÓGICOS, a 
saber: biocriminoso puro (pseudocriminosos – são aqueles que apresentam apenas fatores biológicos); 
biocriminoso preponderante (difícil correção – são aqueles que tendem ao delito motu próprio; já 
apresentam alguns fatores mesológicos, mas em baixa quantidade); biomesocriminoso (correção possível 
– são aqueles que sofrem influências biológicas e do meio, mas não é possível definir quais os fatores que 
mais pesam na conduta delituosa); mesocriminoso preponderante (correção esperada – são aqueles 
fracos de caráter); e mesocriminoso puro (são aqueles que apresentam fatores mesológicos e agem de 
forma antissocial por força de ingerências do meio externo). 
 
 
13. (FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL – VUNESP - PCSP) Os fatores que contribuem para a 
criminalidade de cunho social são: 
a) biológicos e mesológicos. 
b) ambientais e locais. 
c) oportunistas e costumeiros. 
d) ocasionais e cotidianos. 
e) relevantes e irrelevantes. 
Comentários: A alternativa A* é o gabarito da questão. Questão que era passível de recurso. Nenhuma 
das alternativas está correta! Os fatores de cunho social, exógeno, ambiental ou mesológico que contribui 
para a criminalidade são aqueles provenientes do entorno físico do indivíduo, o meio que o cerca, seu 
ambiente de cotidiano. Foi dado como correta a alternativa A, entretanto, fator biológico NÃO é fator 
social. 
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Segundo Nestor Filho, dentre os fatores biológicos destacam-se: 
“→ MAL–VIVÊNCIA ÉTNICA (povo cigano, que não se adapta às regras sociais de 
convivência útil) 
→ MAL–VIVÊNCIA CONSTITUCIONAL OU ORGÂNICA (impulsão à instabilidade, não 
fincando raízes em lugar nenhum, como ocorre com andarilhos, tropeiros, guias etc.) 
→ MAL–VIVÊNCIA DE NEURÓTICOS, paranoicos, epiléticos, oligofrênicos, que se 
lançam num automatismo ambulatório, saindo a esmo mundo afora.” 
 
Entre os fatores mesológicos, logo no início da vida humana destaca-se a infância abandonada (lares 
desfeitos, pais separados, crianças órfãs). Assiste-se a um número crescente de crianças que ganham as 
ruas, transformando-se em pedintes profissionais, viciados em drogas, criminalizados, sob o tacão do “pai 
de rua”, que as explora economicamente. 
 
Dentre os fatores mesológicos destacam-se: 
→ INFÂNCIA ABANDONADA (lares desfeitos, órfãos, “órfãos de pais vivos”) 
→ NOMADISMO (fluxo migratório de desempregados) 
→ DESEMPREGO, SUBEMPREGO consequência da economia voraz de mercado, da 
globalização, do industrialismo, etc.). 
 
4 - TEORIAS LEGITIMADORAS DA PENA 
 
Apesar de nãoser o único instrumento de controle e combate à criminalidade, a pena é peça 
fundamental do direito na medida em que a norma penal desatrelada da ideia de sanção não apresenta 
utilidade prática a justificar sua própria existência. 
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Sendo o principal instrumento de resposta estatal contra a criminalidade, o importante sobre este 
tema é investigar e entender qual a finalidade da pena. 
O que se busca ao penalizar um criminoso? Vingança? Castigo? Ressocialização? Terapia? A 
resposta de tais indagações dependerá da teoria adotada. 
Para fins de concurso público, importa analisarmos as teorias Absolutas, Relativas e Unificadoras, 
e, ao final, frisarmos qual a teoria adotada por nosso Código Penal. 
 
4.1 - Teorias Absolutas ou Retributivas 
 
Fruto da Escola Clássica e fortemente influenciada pelas filosofias de Kant e Hegel, as Teorias Retributivas 
buscam retribuir o mal causado pelo delinquente com base em sua culpa moral. 
Parte do pressuposto de que, uma vez que o sujeito utilizou o livre-arbítrio para praticar o mal, deverá 
receber também o mal como resposta estatal. 
A pena passa a se justificar como quia peccatum est (“pune-se porque pecou”). 
A essência desse pensamento encontra-se na vingança, na retribuição do mal causado pelo delito que 
antes era promovida pela vítima ou familiares desta (Era da vingança privada), e agora passa a ser exercida 
pelo Estado. 
Utilizamos o plural para nos referirmos às “Teorias Absolutas” pois são compostas/divididas em três 
teorias/vertentes, a saber: 
a) Teoria da Retribuição Divina (defensores: Stahl e Bekker): o Estado pune o pecado do criminoso se 
apresentando como um representante da divindade. 
b) Teoria da Retribuição Moral (defensor: Kant): a pena é imperativo moral de justiça, punindo o 
criminoso que escolheu o mal com pena igualmente maléfica. O valor de justiça é a Lei de Talião: “olho por 
olho, dente por dente”. 
c) Teoria da Retribuição Jurídica (defensor: Hegel e Pessina): considerando que o crime é uma violência 
contra o Direito, a pena como punição seria a resposta violenta contra tal comportamento, justificando-se 
como exigência da razão. Ademais, considerando que o criminoso escolhe racionalmente praticar crimes, 
a possibilidade de receber pena já prevista em lei já estaria compreendida na esfera de escolha do 
criminoso. 
Em síntese: 
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Por fim, importante frisar que a retribuição é personalíssima. Em outras palavras, a pena não pode ser 
cumprida por terceiros, devendo recair exclusivamente sobre o condenado responsável pelo cometimento 
do crime. 
Nesse sentido, vale destacar que a Constituição Federal Brasileira de 1988 apresenta reflexos das teorias 
retributivas (assim como o Código Penal Brasileiro, conforme destacaremos adiante), como medida de 
justiça na correta aplicação da pena. Cite-se: 
Artigo 5º, inciso XLV, da CF/88: 
“Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e 
a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra 
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”. 
 
(VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2013) Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma das 
características da função retributiva da pena, segundo a Teoria Absoluta: 
a) Analogia: pena independente da gravidade do delito. 
b) Duração indeterminada: a duração da pena dependerá, dentre outros fatores, do comportamento do 
apenado. 
c) Infligibilidade: a pena consistirá em aflição corporal. 
d) Derrogabilidade: o delito terá, por consequência, uma punição, ainda que injusta. 
e) Responsabilidade penal individual: a pena não passará da pessoa do condenado. 
 
Teorias Absolutas 
/ Retributivas
Teoria da 
Retribuição Divina 
(Bekker e Stahl)
Estado como 
representante divino
Teoria da 
Retribuição Moral 
(Kant)
Pena como 
imperativo moral
Teoria da 
Retribuição Jurítida 
(Hegel e Pessina)
Pena como exigência 
racional para a 
afirmação do Direito
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Comentários: De fato, a responsabilidade penal é personalíssima, devendo recair exclusivamente sobre a 
pessoa do condenado. Trata-se de característica herdada das Teorias Retributivas e que passaram a 
constar como garantia fundamental na Constituição Federal Brasileira de 1988 (art. 5º, inciso XLV). 
Gabarito: E 
 
4.2 - Teorias Relativas, Preventivas ou Utilitaristas 
 
As Teorias Relativas abandonam a punição do delinquente, ostentando finalidade puramente preventiva, 
por questões de utilidade social. 
Considerando que os criminosos, mais cedo ou mais tarde, voltarão ao convívio social, a pena deverá 
funcionar como instrumento de prevenção de novos delitos, passando um claro recado à sociedade para 
não cometerem crimes, bem como ao próprio criminoso para não reincidir. 
A Prevenção pode ser geral e especial, sendo que ambas subdividem-se em positivas e negativas: 
 
Prevenção Geral 
 
Chamamos de geral a prevenção que é destinada à todos os membros da sociedade. 
A finalidade é que, a partir da aplicação da pena sobre o criminoso, seja apresentado dois claros recados 
para os demais cidadãos: 
(1) não pratiquem crimes; e, 
(2) o Estado está trabalhando pela manutenção da ordem. 
A prevenção geral se subdivide em negativa e positiva: 
 
Prevenção Geral Negativa 
 
Falamos em negativa pois o recado para os demais membros da sociedade é para NÃO delinquirem. 
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Com isso, a pena precisa ostentar característica intimidatória, na busca de desestimular os cidadãos a 
praticarem crimes. 
Não há a preocupação em educar o cidadão com base em valores morais, limitando-se em desestimulá-lo 
por meio do medo, intimidação, demonstração de que o crime não compensará diante da pena sendo 
aplicada à um semelhante que delinquiu. 
 
Prevenção Geral Positiva 
 
Considerando o fato de que o Estado, em regra, detém o monopólio do poder de punir, bem como é o 
responsável por garantir a segurança e ordem social, a pena passa a servir também como o meio de 
manutenção dessa ordem. 
Logo, a pena deverá ser aplicada visando o reestabelecimento da credibilidade estatal – já que o Estado 
fracassou em prevenir o crime, deverá reconquistar a confiança do corpo social ao aplicar a pena sobre o 
transgressor. 
 
Prevenção Especial 
 
Chamamos de especial (ou individual) a prevenção que é destinada à pessoa do delinquente condenado 
em definitivo. 
Mesmo servindo a pena como instrumento de defesa social para esta corrente de pensamento, a sanção 
penal também deverá ostentar caráter pedagógico sobre o condenado buscando evitar futuros novos 
delitos. 
Também se subdivide em Negativa e Positiva: 
 
Prevenção Especial Negativa 
 
Falamos em negativa pois o recado para o condenado é para NÃO reincidir. 
Sendo privado de sua liberdade e de outros valores importantes como a privacidade, intimidade, etc., a 
pena se mostrará incômoda ao condenado. 
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A ideia é que o condenado reflita e perceba que o crime – ainda queegoisticamente – não compensa. 
Com isso, podemos concluir que a Prevenção Especial Negativa visa evitar e reincidência. 
 
Prevenção Especial Positiva 
 
Cediço que mais cedo ou mais tarde o condenado alcançará a liberdade e retornará ao convívio social. 
Voltando a sociedade, apenas a ideia de não delinquir mais é insuficiente, pois será necessário retomar (ou 
criar) laços afetivos, ocupações lícitas como o trabalho, etc. 
Daí surge a prevenção especial positiva com a ideia de ressocialização do condenado, visando torna-lo 
apto ao convívio social. 
A ideia da ressocialização é reforçada especialmente com o correto cumprimento da Prevenção Geral 
Positiva, já que o corpo social cumpre importante papel no processo de ressocialização, recebendo os 
ressocializandos sem preconceitos e estigmas. 
 
Em síntese: 
 
Teorias Relativas ou Utilitaristas 
Prevenção Geral (sobre a Sociedade) Prevenção Especial (sobre o Condenado) 
Negativa Positiva Negativa Positiva 
Caráter intimidatória da 
pena buscando 
desestimular a prática 
de crimes pela 
sociedade. 
A pena deve ser 
aplicada para 
restabelecer a 
credibilidade dos 
destinatários da norma. 
Busca evitar que o 
delinquente cometa 
novos crimes (evita-se 
a reincidência). 
Busca a ressocialização 
do condenado, que, após 
cumprir a pena, deverá 
estar apto ao pleno 
convívio social. 
 
4.3 - Teoria Mista, Eclética, Unificadora ou Unitária 
 
Trata-se da unificação das duas teorias anteriormente estudadas. 
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Busca, a um só tempo, que a pena seja capaz de retribuir ao condenado o mal por ele praticado 
(retribuição), sem prejuízo de desestimular a prática de novos ilícitos penais (prevenção). 
 Há, em verdade, tríplice finalidade: 
1) Retribuição (das Teorias Absolutas ou Retribucionistas); 
2) Prevenção (das Teorias Relativas ou Utilitaristas, em especial a prevenção geral negativa e positiva, e 
prevenção especial negativa), e; 
3) ressocialização (das Teorias Relativas ou Utilitaristas, em especial a prevenção especial positiva). 
É a teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro, conforme previsto em seu artigo 59: 
“Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade 
do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação 
e prevenção do crime”. 
Dessa forma, busca-se a aplicação de pena justa, proporcional ao delito praticado, e, ao mesmo tempo, o 
reestabelecimento da ordem social evitando novos crimes pelos demais cidadãos e evitando a reincidência 
pelo condenado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 - CIFRAS/CORES CRIMINAIS E ESTATÍSTICA CRIMINAL 
 
Com o início do marco científico da Criminologia (século XIX), passa-se a utilizar da estatística criminal 
como fonte de dados visando alcançar visão mais precisa sobre as causas do fenômeno criminal. 
Importa destacar que as estatísticas não são fontes absolutas já que diversos crimes não chegam nem ao 
menos ao conhecimento de autoridades públicas, todavia, não há como negar sua importância, pois com 
base em números é possível se chegar a diagnósticos específicos sobre a criminalidade em determinadas 
regiões. 
A partir dos números, estudiosos da criminologia chegam a conclusões das causas do crime e passam a 
sugerir medidas de prevenção. 
Diante da imprecisão dos números, destaca-se a seguinte classificação em relação aos resultados 
estatístico-criminais: 
➢ Criminalidade real: refere-se ao número de crimes efetivamente praticados (registrados ou não) em 
tempo e espaço determinados; 
➢ Criminalidade Registrada (aparente ou revelada): limita-se aos delitos que efetivamente chegam 
ao conhecimento do Estado (registros em delegacias, Ministério Público, etc.); 
➢ Criminalidade oculta (cifra negra): são os crimes que não chegam ao conhecimento dos órgãos 
estatais, ou seja, trata-se da diferença entre a criminalidade real e a efetivamente registrada. 
Aprofundaremos esta espécie em tópico próprio. 
Como forma de organizar diversas situações e crimes identificadas pela estatística criminal, a doutrina 
apresenta um rol de cifras/cores, tema sempre cobrado em concursos públicos e, em geral, desconhecido 
pela maioria. 
A seguir, passaremos a analisar cada espécie: 
 
5.1 - Cifra negra (cifra oculta) 
 
É também chamada de Zona Escura, Dark Number, Ciffre Noir ou Criminalidade oculta. Conforme já 
destacado, trata-se da diferença entre a criminalidade real e a efetivamente registrada. 
Em outras palavras, são os crimes que não chegam ao conhecimento das autoridades públicas. Isso pode 
acontecer por diversos motivos, valendo mencionar alguns exemplos: 
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➢ Crimes contra a honra: ao exemplo de discussões entre parentes ou vizinhos em que há comumente 
ofensas (crime de injúria) e que não chegam ao conhecimento da polícia por se tratar de algo pouco 
relevante e costumeiro para os personagens do conflito; 
➢ Crimes contra a dignidade sexual: pela própria natureza dos crimes contra a dignidade sexual, ao 
exemplo do estupro, muitas vítimas constrangidas e envergonhadas preferem não contar à ninguém sobre 
o fato que a vitimou; 
➢ Crimes de “colarinho branco”: crimes praticados pela elite empresarial ou por parte da casta política 
dificilmente se tornam conhecidos. Muitos não chegam nem ao menos a serem investigados. 
Cuidado: os crimes de cifra negra, que é gênero, podem ser conjugados com outras 
cifras. É perfeitamente possível, por exemplo, a prática do crime de corrupção por um 
político ou por um empresário (cifra dourada) e que não chega a ser registrado, 
tampouco chega ao conhecimento das autoridades públicas (cifra negra). Logo, para fins 
de concurso público, é importante observar sobre qual detalhe o examinador 
concentrará o enfoque. 
 
5.2 - Cifra dourada 
 
Representa a criminalidade praticada pela elite e os crimes de 'colarinho branco' (White-collar crimes), 
definida como práticas antissociais impunes do poder político e econômico (a nível nacional e 
internacional), em prejuízo da coletividade e dos cidadãos e em proveito das oligarquias econômico-
financeiras. 
Parte da doutrina limita esta espécie apenas aos casos em que o fato não chega ao conhecimento das 
autoridades (crimes de colarinho branco impunes e desconhecidos), todavia, prevalece que tal espécie se 
refere à todos os crimes praticados por membros de elites econômico-financeiras, ao exemplo de casos 
como o “Mensalão” (Ação Penal 470) e “Operação Lava-Jato” com a constatação de diversos crimes de 
colarinho branco e que foram efetivamente registrados. 
Ademais, a corrente majoritária se baseia nos ensinamentos apresentados por Edwin Sutherland (criador 
da expressão “crimes de colarinho branco”). 
Exemplos: Crime de lavagem de capitais (Lei 9.613/98); crimes contra o Sistema 
Financeiro Nacional (Lei 7.492/86), crimes contra a ordem tributária, contra a ordem 
econômica e relações de consumo (Lei 8.137/90), etc. 
 
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5.3 - Cifra cinza 
 
Frutos de ocorrências que até são registradas porém não se chega ao processo ou ação penal por serem 
solucionadasna própria Delegacia de Polícia, seja por existir a possibilidade de conciliação das partes, 
evitando assim uma futura denúncia, processo ou condenação elucidando ou solucionando o fato, seja por 
desistência da própria vítima em não querer mais fazer a representação do B.O. registrado por alguma 
razão não chegando aos tribunais. 
Temos alguns exemplos em nosso ordenamento jurídico: 
Exemplos: retratação da vítima retirando a representação em crimes de ação penal 
pública condicionada (art. 5º, §4º c/c art. 24, ambos do Código de Processo Penal); 
hipóteses de perdão do ofendido, renúncia ou perempção nos crimes de ação penal 
privada; aplicação de medias despenalizadores previstas na Lei 9.099/95 como a 
Composição Civil dos Danos, Transação Penal ou Suspensão Condicional do Processo, 
etc. 
Podemos citar também como exemplo, porém com ressalvas, casos relacionados à violência doméstica e 
familiar contra a mulher, pois, atualmente, em crimes perseguidos mediante ação penal pública 
condicionada à representação da vítima, a retratação só é permitida quando realizada em audiência 
especialmente designada para tanto, perante o juiz, antes do recebimento da denúncia e ouvido o 
Ministério Público. Após a conjugação de todos os requisitos, teremos a extinção da punibilidade do 
agressor e estaremos diante de um crime de cifra cinza (crime foi registrado, todavia, finalizado antes do 
início da ação penal). 
 
5.4 - Cifra amarela 
 
Relacionam-se com crimes de abusos ou violências praticadas por funcionários públicos contra 
particulares. 
Parte da doutrina também limita tal modalidade à uma subespécie de cifra negra, defendendo a ideia de 
que cifra amarela seria a etiqueta dos crimes praticados apenas por policiais e não registrados pelas 
vítimas por temor ou medo de represálias, todavia, ousamos discordar nos posicionando ao lado da 
corrente dominante: relacionam-se de forma ampla com abusos e violências praticadas por qualquer 
funcionário público contra particulares, sendo registradas ou não (apenas nesta última hipótese seria 
também subespécie de cifra negra). 
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Exemplo: funcionário público que determina a prisão de particular abusando da própria 
autoridade (famosa “carteirada”). 
 
5.5 - Cifra verde 
 
Consiste nos crimes que não chegam ao conhecimento policial e que a vítima diretamente destes é o meio 
ambiente. 
Exemplos: maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domesticados, pichações de 
paredes, monumentos históricos, prédios públicos; poluição em níveis excessivos, etc. 
São fatos que representam grandes dificuldades de se identificar a autoria delitiva por não se encontrar 
mais o criminoso no local dos fatos, estando assim isento da punição (pena) pelo crime praticado. 
 
5.6 - Cifra azul (Crimes de colarinho azul) 
 
Trata-se do oposto dos crimes de cifra dourada. Crimes de cifra azul (ou blue colar crime) são aqueles 
praticados pelos mais pobres, pertencentes às classes menos favorecidas economicamente. 
Tem origem na revolução industrial, nos EUA, em que os operários utilizavam uniformes característicos, 
que os distinguiam dos patrões (utilizavam macacões com colarinho azul). Eram trabalhadores que 
pertenciam às classes econômicas inferiores. 
Tal expressão já foi, inclusive, utilizada pelo Supremo Tribunal Federal, valendo citar o respectivo trecho 
proferido no caso da Ação Penal 470 (“Mensalão”), pelo Ministro Luiz Fux: 
“O desafio na seara dos crimes do colarinho branco é alcançar a plena efetividade da tutela pena 
dos bens jurídicos não individuais. Tendo em conta que se trata de delitos cometidos sem 
violência, incruentos, não atraem para si a mesma repulsa social dos crimes do colarinho 
azul”. 
Exemplos: a doutrina menciona diversos crimes contra o patrimônio praticado pelos 
mais pobres, como furto, roubo, estelionato, dano ao patrimônio, etc. 
 
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5.7 - Cifra rosa 
 
Relacionam-se com os crimes de motivação/conteúdo homofóbico, que não chegam ao conhecimento das 
autoridades. 
Decorrem de violência contra homossexuais por serem homossexuais (esse vínculo motivacional é 
imprescindível). 
Exemplo: ofensas e lesões contra homossexual imbuído de preconceito. 
 
5.8 - Cifra branca 
 
Relacionam-se com os crimes efetivamente solucionados, abrangendo todas as etapas regulares e 
necessárias da persecução penal. 
Não necessariamente ligada à condenação do réu. O fato de alguém ser absolvido por meio de sentença 
definitiva também é exemplo de cifra branca, então perceba que a ideia é ligada à solução definitiva dos 
casos concretos. 
Exemplo: sujeito é investigado, denunciado, processado, condenado em primeira 
instância, mantida a condenação até última instância e, após, cumprida toda a pena; Ou 
no caso do sujeito que é até processado mas, ao final, absolvido mediante decisão 
transitada em julgado. 
 
5.9 - Cifra vermelha 
 
A doutrina europeia, especialmente a espanhola, apresenta a chamada cifra vermelha e que já vem sendo 
cobrada em concursos públicos no Brasil (a questão já foi apresentada na fase oral da PC/SP em 2018). 
Crimes de cifra vermelha relacionam-se aos homicídios praticados pelos chamados serial killers (assassinos 
em série). São os criminosos – geralmente psicopatas – que matam vítimas cujo modus operandi funciona 
como uma verdadeira assinatura do criminoso, sempre matando com as mesmas características, armas, 
modo de execução, etc., de modo a deixar a própria marca. 
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Exemplo: O sujeito é investigado, denunciado, processado, condenado em primeira 
instância, mantida a condenação até última instância e, após, cumprida toda a pena; ou 
no caso do sujeito que é até processado, mas, ao final, absolvido mediante decisão 
transitada em julgado. 
 
Em síntese: 
CIFRA CINZA 
Crimes que até são registrados 
oficialmente mas que são 
finalizados antes da ação penal. 
 
CIFRA AZUL 
Crimes praticados pela classe 
economicamente menos 
favorecida (crimes de pobres). 
 
CIFRA VERMELHA 
Crimes que relacionam-se aos 
homicídios praticados pelos 
chamados serial killers. 
 
 
 
 
 
 
CIFRA NEGRA 
Crimes que não são 
oficialmente registrados. Não 
chegam ao conhecimento da 
autoridade. 
CIFRA DOURADA 
Crimes praticados por elites e 
castas economicamente 
privilegiadas 
CIFRA AMARELA 
Crimes relacionados à abusos e 
arbitrariedades praticados por 
funcionários públicos. 
CIFRA VERDE 
Crimes contra o meio ambiente, 
tais como maus tratos de 
animais, pichações e poluições. 
CIFRA ROSA 
Crimes de cunho homofóbico e 
que não são levados a 
conhecimento da autoridade. 
CIFRA BRANCA 
Crimes solucionados, 
abrangendo todas as etapas 
regulares da persecução penal. 
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LISTA DE QUESTÕES 
 
1. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) Assinale a alternativa correta sobre o atual estágio 
de desenvolvimento dos estudos criminológicos, em relação ao conceito de prevenção da infração 
penal e ao respeito ao Estado Democrático de Direito. 
a) Não há evidências ou estudos que demonstrem que investimentos tecnológicos nas polícias contribuem 
para a redução dos crimes. 
b) Não há evidências ou estudos que demonstrem que o aumento do número de esclarecimento decrimes 
e prisões contribuiu para a redução dos crimes. 
c) Campanhas de orientação às vítimas de crimes sexuais com o objetivo de que denunciem os agressores 
acabam por aumentar a vulnerabilidade das vítimas. 
d) As mortes decorrentes de oposição à intervenção policial não devem ser equiparadas aos homicídios 
dolosos em geral para fins criminológicos, em virtude de relacionarem-se a condicionantes criminais 
diversas. 
e) Medidas destinadas a priorizar atendimento policial a determinados tipos de crimes ou vítimas em 
decorrência da gravidade ou vulnerabilidade não devem ser adotadas sob pena de violação à igualdade de 
todos perante a lei. 
 
2. (VUNESP - 2014 - PCSP) O conceito de prevenção delitiva, no Estado Democrático de Direito, e as 
medidas adotadas para alcançá-la são: 
a) o conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do delito, atingindo direta e indiretamente o delito 
b) o conjunto de ações que visam estudar o delito, atingindo direta e indiretamente o criminoso 
c) o conjunto de ações adotadas pela vítima que visam evitar o delito, atingindo o delinquente direta e 
indiretamente 
d) o conjunto de ações que visam estudar o criminoso, atingindo o ato delitivo direta e indiretamente 
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e) o conjunto de ações que visam estudar o crime, atingindo o criminoso direta e indiretamente 
 
3. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os itens. 
Na terminologia criminológica, criminalização primária equivale à chamada prevenção primária. 
 
4. (Criminologia – 2018) Julgue os itens com base na Criminologia. 
A Teoria da Reação Social prevê a reação social estatal por meio de três modelos distintos: 
primário, secundário e terciário. 
 
5. (2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia) No Estado Democrático de Direito a 
prevenção criminal é integrante da agenda federativa passando por vários setores do Poder 
Público, não se restringindo à Segurança Pública e ao Judiciário. Com relação à prevenção 
criminal, assinale a afirmativa correta: 
A) A prevenção primária se orienta aos grupos que ostentam maior risco de protagonizar o problema 
criminal, se relacionando com a política legislativa penal e com a ação policial. 
B) A prevenção secundária corresponde a estratégias de política cultural, econômica e social, atuando, por 
exemplo, na garantia da educação, saúde, trabalho e bem-estar social. 
C) A prevenção terciária se orienta aos grupos que ostentam maior risco de protagonizar o problema 
criminal, se relacionando com a política legislativa penal e com a ação policial. 
D) A prevenção secundária tem como destinatário o condenado, se orientando a evitar a reincidência da 
população presa por meio de programas reabilitadores e ressocializadores. 
E) A prevenção primária corresponde a estratégias de política cultural, econômica e social, atuando, por 
exemplo, na garantia da educação, saúde, trabalho e bem-estar social. 
 
6. (2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Como ações profiláticas contra o crime, a doutrina 
apresenta uma série analítica de prevenções, incidente no estado democrático de direito. A 
respeito de prevenção, julgue o item seguinte. 
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A prevenção primária do delito ocorre por meio de implementação de medidas efetivas voltadas à 
ressocialização do apenado. 
 
7. (2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Como ações profiláticas contra o crime, a doutrina 
apresenta uma série analítica de prevenções, incidente no estado democrático de direito. A 
respeito de prevenção, julgue o item seguinte. 
A prevenção terciária do delito aponta suas diretrizes ao efetivo implemento das políticas sociais 
pelo estado social de direito, que consiste na adoção de medidas mais eficazes de prevenção ao 
delito. 
 
8. (2018 - VUNESP - PC-SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial) Assinale a alternativa que apresenta 
um exemplo de política de prevenção criminal prioritariamente terciária. 
a) Previsão do direito do condenado de abreviar o tempo imposto em sua sentença penal, mediante 
trabalho, estudo ou leitura. 
b) Instalação de câmeras de videomonitoramento em um estabelecimento que foi alvo de diversos roubos. 
c) Melhoria na regulação do sistema financeiro para prevenção às práticas de lavagem de dinheiro. 
d) Programas de educação aos jovens para prevenção ao uso de drogas. 
e) Instalação de iluminação pública em locais com alto índice de criminalidade. 
 
9. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) A instalação, na cidade de São Paulo, de câmeras de 
videomonitoramento que possuem a funcionalidade de leitura de placas de veículos e cruzamento 
com banco de dados criminais, com o objetivo de identificar veículos utilizados ou que foram 
objeto da prática de crimes pode ser definida, no âmbito do conceito de Estado Democrático de 
Direito e dos modernos conceitos de prevenção criminal do crime, como uma medida 
prioritariamente de prevenção 
a) secundária. 
b) básica. 
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c) quaternária. 
d) terciária. 
e) primária. 
 
10. (VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) Entende(m)-se por prevenção primária 
A) as ações policiais dirigidas aos indivíduos vulneráveis. 
B) as políticas públicas dirigidas aos grupos de risco. 
C) aquela dirigida exclusivamente ao preso, em busca de sua reinserção familiar e/ou social. 
D) o trabalho de conscientização social, o qual atua no fenômeno criminal, em sua etiologia. 
E) aquela que age em momento posterior ao crime ou na iminência de seu acontecimento. 
 
11. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Telecomunicações e Eletricidade) É correto afirmar que as 
medidas voltadas à população carcerária, com caráter punitivo e com desiderato na recuperação 
do recluso para evitar, por meio da ressocialização, sua reincidência, 
a) integram a prevenção primária, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso, 
diminuindo-se os indicadores criminais. 
b) são relevantes para a criminologia, impactando na diminuição dos indicadores criminais, entretanto não 
podem ser consideradas como medidas de prevenção. 
c) são relevantes para a criminologia e integram a prevenção terciária, visando à recuperação do 
criminoso. 
d) são relevantes para a criminologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso, 
entretanto não podem ser consideradas como medidas de prevenção. 
e) são relevantes para a vitimologia, atacando a raiz do conflito e visando à recuperação do criminoso, 
entretanto não podem ser consideradas como medidas de prevenção. 
 
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12. (2018 - VUNESP - PC-SP - Papiloscopista da Polícia Federal) O saber criminológico, no Estado 
Democrático de Direito, tem por objetivo evitar a ocorrência do delito; portanto, são aspectos 
importantes de prevenção terciária 
a) o policiamento, a assistência social e o conselho tutelar. 
b) a educação, a religião e o lazer. 
c) a laborterapia, a liberdade assistida e a prestação de serviços comunitários. 
d) as posturas municipais, a classificação etária dos programas televisivos e o civismo. 
e) a cultura, a qualidade de vida e o trabalho. 
 
13. (2018 - VUNESP - PC-BA - Delegado de Polícia) Assinale a alternativa que contém um exemplo deprevenção de infrações penais preponderantemente primária. 
a) Construção de uma praça com equipamentos de lazer em uma comunidade com altos índices de 
criminalidade e de vulnerabilidade social com o fim de evitar que jovens daquele local, em especial em 
situação de risco, envolvam-se com a criminalidade. 
b) Projeto Começar de Novo, que visa devolver aos cumpridores de pena e egressos a autoestima e a 
cidadania suprimidas com a privação de sua liberdade, por meio de ações de caráter preventivo, educativo 
e ressocializador, atuando, assim, na humanização, a fim de que referido público valorize a liberdade e 
passe a fazer escolhas melhores em sua vida, evitando o retorno ao cárcere. 
c) Implementação de sistemas de leitores óticos de placas de veículos nas ruas e avenidas da cidade de 
Salvador para identificação de veículos relacionados a algum tipo de crime. 
d) Bloqueio que impeça a ativação e utilização de aparelhos de telefonia celular subtraídos do legítimo 
proprietário por meio de uma conduta criminosa. 
e) Melhoria de atendimento pré e pós-natal a todas as gestantes de uma determinada cidade com a 
finalidade de reduzir os índices criminais no município. 
 
14. (2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia) Dados publicados em dezembro de 2017 pelo 
Ministério da Justiça mostram que o Brasil tem uma taxa de superlotação nos estabelecimentos 
prisionais na ordem de 197,4%. 
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Agência de Notícias, Empresa Brasil de Comunicação. 
Sob o enfoque da prevenção da infração penal no Estado democrático de direito, a superlotação 
carcerária aludida no fragmento de texto anterior é um problema que prejudica a: 
I prevenção primária. 
II prevenção secundária. 
III prevenção terciária. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item II está certo. 
b) Apenas o item III está certo. 
c) Apenas os itens I e II estão certos. 
d) Apenas os itens I e III estão certos. 
e) Todos os itens estão certos. 
 
 
15. (2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) A criminologia reconhece que não basta reprimir o 
crime, deve-se atuar de forma imperiosa na prevenção dos fatores criminais. Considerando essa 
informação, assinale a opção correta acerca de prevenção de infração penal. 
a) Para a moderna criminologia, a alteração do cenário do crime não previne o delito: a falta das estruturas 
físicas sociais não obstaculiza a execução do plano criminal do delinquente. 
b) A prevenção terciária do crime implica na implementação efetiva de medidas que evitam o delito, com 
a instalação, por exemplo, de programas de policiamento ostensivo em locais de maior concentração de 
criminalidade. 
c) No estado democrático de direito, a prevenção secundária do delito atua diretamente na sociedade, de 
maneira difusa, a fim de implementar a qualidade dos direitos sociais, que são considerados pela 
criminologia fatores de desenvolvimento sadio da sociedade que mitiga a criminalidade. 
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d) Trabalho, saúde, lazer, educação, saneamento básico e iluminação pública, quando oferecidos à 
sociedade de maneira satisfatória, são considerados forma de prevenção primária do delito, capaz de 
abrandar os fenômenos criminais. 
e) A doutrina da criminologia moderna reconhece a eficiência da prevenção primária do delito, uma vez 
que ela atua diretamente na pessoa do recluso, buscando evitar a reincidência penal e promover meios de 
ressocialização do apenado. 
 
16. (2017 - CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia) Considerando que, para a criminologia, o delito é um 
grave problema social, que deve ser enfrentado por meio de medidas preventivas, assinale a 
opção correta acerca da prevenção do delito sob o aspecto criminológico. 
a) A transferência da administração das escolas públicas para organizações sociais sem fins lucrativos, com 
a finalidade de melhorar o ensino público do Estado, é uma das formas de prevenção terciária do delito. 
b) O aumento do desemprego no Brasil incrementa o risco das atividades delitivas, uma vez que o 
trabalho, como prevenção secundária do crime, é um elemento dissuasório, que opera no processo 
motivacional do infrator. 
c) A prevenção primária do delito é a menos eficaz no combate à criminalidade, uma vez que opera, 
etiologicamente, sobre pessoas determinadas por meio de medidas dissuasórias e a curto prazo, 
dispensando prestações sociais. 
d) Em caso de a Força Nacional de Segurança Pública apoiar e supervisionar as atividades policiais de 
investigação de determinado estado, devido ao grande número de homicídios não solucionados na capital 
do referido estado, essa iniciativa consistirá diretamente na prevenção terciária do delito. 
e) A prevenção terciária do crime consiste no conjunto de ações reabilitadoras e dissuasórias atuantes 
sobre o apenado encarcerado, na tentativa de se evitar a reincidência. 
 
17. (VUNESP - PC-SP - Papiloscopista Policial) A prevenção criminal secundária é aquela que atua 
A) na recuperação do recluso, visando a sua socialização por meio do trabalho e estudo, evitando sua 
reincidência. 
B) em setores específicos ou de maior vulnerabilidade da sociedade, por meio de ação policial, programas 
de apoio e controle das comunicações. 
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C) na qualidade de vida de um povo, na proteção aos bens patrimoniais e nos direitos individuais e sociais. 
D) nos direitos sociais universalmente conhecidos, como educação, moradia e segurança. 
E) na reparação do dano causado em razão da delinquência, assistindo o recluso com programas 
psicológicos e de assistência social. 
 
18. (VUNESP - 2014 - PCSP) Em um estado democrático de direito, o castigo do infrator não esgota as 
expectativas que o fato delitivo desencadeia; dessa forma, podem-se apontar, como os objetivos 
científicos mais satisfatórios e adequados na criminologia moderna, a ressocialização do 
delinquente, a (o) ____________________________e a prevenção do crime. Assinale a alternativa 
que preenche corretamente a lacuna. 
A) reparação dos danos à vítima 
B) informação ao cidadão 
C) ressarcimento ao Estado 
D) especialização profissional do delinquente 
E) formação espiritual e religiosa do delinquente 
 
19. (2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia) A criminologia considera que o papel da vítima varia 
de acordo com o modelo de reação da sociedade ao crime. No modelo 
a) clássico, a vítima é a responsável direta pela punição do criminoso, sendo figura protagonista no 
processo penal. 
b) ressocializador, busca-se o resgate da vítima, de modo a reintegrá-la na sociedade. 
c) retribucionista, o objetivo restringe-se ao ressarcimento do dano pelo criminoso à vítima. 
d) da justiça integradora, a vítima é tida como julgadora do criminoso. 
e) restaurativo, o foco é a participação dos envolvidos no conflito em atividades de reconciliação, nas quais 
a vítima tem um papel central. 
 
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20. (2017 - CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia) Em busca do melhor sistema de enfrentamento à 
criminalidade, a criminologia estuda os diversos modelos de reação ao delito. A respeito desses 
modelos, assinale a opção correta. 
a) De acordo com o modelo clássico de reação ao crime, os envolvidos devem resolver o conflito entre si,ainda que haja necessidade de inobservância das regras técnicas estatais de resolução da criminalidade, 
flexibilizando-se leis para se chegar ao consenso. 
b) Conforme o modelo ressocializador de reação ao delito, a existência de leis que recrudescem o sistema 
penal faz que se previna a reincidência, uma vez que o infrator racional irá sopesar o castigo com o 
eventual proveito obtido. 
c) Para a criminologia, as medidas despenalizadoras, com o viés reparador à vítima, condizem com o 
modelo integrador de reação ao delito, de modo a inserir os interessados como protagonistas na solução 
do conflito. 
d) A fim de facilitar o retorno do infrator à sociedade, por meio de instrumentos de reabilitação aptos a 
retirar o caráter aflitivo da pena, o modelo dissuasório de reação ao crime propõe uma inserção positiva do 
apenado no seio social. 
e) O modelo integrador de reação ao delito visa prevenir a criminalidade, conferindo especial relevância ao 
ius puniendi estatal, ao justo, rápido e necessário castigo ao criminoso, como forma de intimidação e 
prevenção do crime na sociedade. 
 
21. (2016 - FAURGS - TJ-RS - Psicólogo Judicial) Para a aplicação do processo de Justiça Restaurativa, 
é imprescindível que 
a) o delito tenha consequências exclusivamente patrimoniais. 
b) o infrator e a vítima tenham vínculos afetivos. 
c) o infrator admita sua culpa. 
d) a vítima tenha menos de 16 anos. 
e) a vítima reconheça sua responsabilização parcial sobre o delito. 
 
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22. (2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Com relação às teorias da criminologia e à prevenção 
da infração penal no estado democrático de direito, julgue o item subsequente acerca dos 
modelos de reação ao delito. 
O modelo integrador baseia-se na ideia do criminoso racional, que, ao ponderar os malefícios do 
castigo pelo crime cometido, opta por respeitar a lei, especificamente diante da eficácia da lei e 
dos métodos de tratamento penitenciário. 
 
23. (2019 - CESPE - DPE-DF - Defensor Público) Com relação às teorias da criminologia e à prevenção 
da infração penal no estado democrático de direito, julgue o item subsequente acerca dos 
modelos de reação ao delito. 
O cumprimento dos deveres legais por parte do apenado recluso constitui instrumento de reação 
ao delito analisado pelo modelo restaurador: o real impacto do castigo aplicado ao indivíduo no 
caso concreto é capaz de aferir os diagnósticos e de proporcionar adequadas soluções para 
prevenir a reincidência. 
 
24. (2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) No que se refere aos métodos de combate à 
criminalidade, a criminologia analisa os controles formais e informais do fenômeno delitivo e 
busca descrever e apresentar os meios necessários e eficientes contra o mal causado pelo crime. A 
esse respeito, assinale a opção correta. 
a) A criminologia distingue os paradigmas de respostas conforme a finalidade pretendida, apresentando, 
entre os modelos de reação ao delito, o modelo dissuasório, o ressocializador e o integrador como formas 
de enfrentamento à criminalidade. Em determinado nível, admitem-se como conciliáveis esses modelos 
de enfrentamento ao crime. 
b) Como modelo de enfrentamento do crime, a justiça restaurativa é altamente repudiada pela 
criminologia por ser método benevolente ao infrator, sem cunho ressocializador e pedagógico. 
c) O modelo dissuasório de reação ao delito, no qual o infrator é objeto central da análise científica, busca 
mecanismos e instrumentos necessários à rápida e rigorosa efetivação do castigo ao criminoso, sendo 
desnecessário o aparelhamento estatal para esse fim. 
d) O modelo ressocializador de enfrentamento do crime propõe legitimar a vítima, a comunidade e o 
infrator na busca de soluções pacíficas, sem que haja a necessidade de lidar com a ira e a humilhação do 
infrator ou de utilizar o ius puniendi estatal. 
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e) A doutrina admite pacificamente o modelo integrador na solução de conflitos havidos em razão do 
crime, independentemente da gravidade ou natureza, uma vez que o controle formal das instâncias não se 
abdica do poder punitivo estatal. 
 
25. (VUNESP - PC-SP - Atendente de Necrotério Policial) A respeito dos fatores condicionantes e 
desencadeantes da criminalidade, é correto afirmar que 
A) apenas os jovens pobres cometem crimes, o que não é o caso dos jovens de classes sociais mais 
abastadas. 
B) a desagregação familiar vivida por uma criança ou adolescente necessariamente o conduzirá a uma 
carreira criminosa na vida adulta. 
C) de acordo com as estatísticas, a mulher comete menos crimes que o homem. 
D) não há qualquer constatação de aumento na prática de crimes em períodos de guerras ou revoluções. 
E) a baixa produtividade escolar, o analfabetismo e o precoce abandono escolar são características 
raramente observadas nos criminosos de classes sociais baixas. 
 
26. (FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL – VUNESP) Pode-se citar como um dos fatores sociais 
desencadeantes da criminalidade: 
a) as condições favoráveis de habitação ou moradia. 
b) o desemprego, no caso dos crimes do colarinho branco. 
c) a migração, pela facilidade de adaptação em hábitos e culturas locais. 
d) o crescimento populacional ordenado e planejado. 
e) a pobreza, no caso dos crimes contra o patrimônio. 
 
27. (Polícia Civil - SP - 2013 - Auxiliar de Papiloscopista Policial - VUNESP) Assinale a alternativa 
correta quanto aos fatores condicionantes e desencadeantes da criminalidade. 
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A) A migração pode causar dificuldades de adaptação em face das diferenças culturais, hábitos e valores, 
bem como um excedente de mão de obra, propiciando uma alta taxa de desemprego, o que influencia na 
criminalidade. 
B) O desrespeito entre as pessoas quanto a raça, cor, sexo e etnia não são fatores relevantes que 
propiciam a criminalidade na sociedade. 
C) O crescimento populacional ordenado ou planejado, a presença do poder público em todas as áreas 
sociais e a educação de qualidade são fatores desencadeantes da criminalidade. 
D) As condições desfavoráveis de habitação e moradia propiciam a promiscuidade, o desaparecimento de 
valores, o desrespeito ao próximo e a baixa autoestima, portanto, não são fatores desencadeantes da 
criminalidade. 
E) A distribuição de renda adequada, a mão de obra qualificada e um sistema de ensino de qualidade 
favorecem a criminalidade. 
 
28. (ATENDENTE DE NECROTÉRIO – 2014 – VUNESP) Entende-se por___________________ um 
grupo polimorfo de indivíduos que existe à margem da sociedade, em situação de 
_______________ , sem aptidão para o trabalho, por razões de ordem biológicas ou pela exclusão 
social. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho. 
a) parasitismo ... espírito de rebeldia 
b) mimetismo ... pleno emprego 
c) mimetismo ... espírito de rebeldia 
d) mal-vivência ... parasitismo 
e) mal-vivência ... pleno emprego 
 
29. (FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL – VUNESP - PCSP) Entende-se por mal vivência: 
a) o jovem que sai de casa antes de completar dezoito anos. 
b) o grupo polimorfo de indivíduos que vivem à margem da sociedade. 
c) a família que discute constantemente. 
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d) o homem que bate na mulher. 
e) o filho que agride os pais. 
 
30. (FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL – VUNESP - PCSP) Os fatores que contribuem para a 
criminalidade de cunho social são: 
a) biológicos e mesológicos. 
b) ambientais e locais. 
c) oportunistas e costumeiros. 
d) ocasionais e cotidianos. 
e) relevantes e irrelevantes. 
 
31. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2013) O legislador brasileiro, ao dispor sobre as funções da 
reprimenda pela prática de infração penal no artigo 59 do Código Penal – O juiz, atendendo à 
culpabilidade, aos antecedentes, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e 
consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja 
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime... –, adotou a teoria da: 
a) função reeducativa da pena. 
b) função de prevenção especial da pena. 
c) função de prevenção geral da pena. 
d) função retributiva da pena. 
e) função mista ou unificadora da pena. 
 
32. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2014) Uma das formas que o Estado Brasileiro adota como controle 
e inibição criminal é a pena prevista para cada crime, cuja teoria adotada pelo Código Penal 
Brasileiro é a mista, de acordo com o artigo 59 do Código Penal, que tem como finalidade a: 
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a) prevenção e a retribuição. 
b) indenização e a repreensão. 
c) punição e a reparação. 
d) inibição e a reeducação. 
e) conciliação e o exemplo. 
 
33. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2013) Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma das 
características da função retributiva da pena, segundo a Teoria Absoluta: 
a) Analogia: pena independente da gravidade do delito. 
b) Duração indeterminada: a duração da pena dependerá, dentre outros fatores, do comportamento do 
apenado. 
c) Infligibilidade: a pena consistirá em aflição corporal. 
d) Derrogabilidade: o delito terá, por consequência, uma punição, ainda que injusta. 
e) Responsabilidade penal individual: a pena não passará da pessoa do condenado. 
 
34. (VUNESP – PC/SP – Papiloscopista – 2013) Umas das formas que o Estado Democrático de Direito 
possui para prevenir o crime é a pena. De acordo com a teoria mista que estuda as penas, estas 
têm a finalidade de: 
a) punir o delinquente de forma proporcional ao mal praticado. 
b) trazer mais tranquilidade para a sociedade, uma vez que o criminoso não estará mais nas ruas. 
c) retomar a tranquilidade e a paz pública. 
d) prevenção geral e prevenção especial. 
e) afastar o delinquente da sociedade, para evitar novos crimes. 
 
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==1abfb5==
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35. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2013) No que concerne à prevenção do delito, de acordo com 
o Código Penal Brasileiro, assinale a alternativa correta: 
a) A função da pena é unicamente repressiva, sendo irrelevante sua adequação em face do delinquente 
individualmente considerado. 
b) A função da prevenção especial da pena consiste principalmente na intimidação dos propensos a 
delinquir. 
c) O legislador penal brasileiro adotou a teoria mista, também denominada eclética ou unitária da pena. 
d) A função da prevenção geral da pena consiste principalmente em reeducação do condenado bem como 
em sua ressocialização. 
e) A função da pena é unicamente preventiva, sendo irrelevante sua adequação em face do delinquente 
individualmente considerado. 
 
36. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2014) A criminologia moderna estuda o fenômeno da 
criminalidade por meio da estatística criminal. Nessa seara, a expressão “cifra dourada” designa: 
a) o total de delitos registrados e de conhecimento do poder público que são elucidados. 
b) as infrações penais praticadas pela elite, não reveladas ou apuradas; trata-se de um subtipo da “cifra 
negra”, a exemplo do crime de sonegação fiscal. 
c) as infrações penais de maior gravidade, como, por exemplo, o homicídio, que, ao ser elucidado, permite 
ao poder público planejar melhor suas ações e alterar a legislação. 
d) as infrações penais de menor potencial ofensivo, por enquadrar-se na Lei n.º 9.099/95, a exemplo do 
delito de perturbação do sossego alheio. 
e) o percentual de delitos praticados pela sociedade de baixa renda que não chega ao conhecimento do 
poder público por falta de registro, e, portanto, não são elucidados. 
 
37. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2013) São conhecidas por ____________ os crimes que não são 
registrados em órgãos oficiais encarregados de sua repressão, em decorrência de omissão das 
vítimas, por temor de represália. 
a) estatísticas azuis. 
b) estatísticas brancas. 
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c) cifras douradas. 
d) cifras negras. 
e) cifras cinza. 
 
38. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2013) Os “crimes de colarinho branco” são delitos 
conhecidos na Criminologia por: 
a) crimes contra a dignidade social. 
b) crimes de menor potencial ofensivo. 
c) cifras cinza. 
d) cifras amarelas. 
e) cifras douradas. 
 
39. (VUNESP – PC/SP – Médico Legista – 2014) A expressão “cifra negra”, em Criminologia, 
corresponde ao número de: 
a) erros judiciais (decisões judiciais incompatíveis com a realidade dos fatos). 
b) crimes ocorridos e não reportados à autoridade. 
c) criminosos reincidentes. 
d) prisões efetuadas injustamente. 
e) crimes ocorridos em ambientes públicos, mas cuja autoria permanece ignorada. 
 
40. (VUNESP – PC/SP – Investigador – 2014) A criminologia moderna estuda o fenômeno da criminalidade por 
meio da estatística criminal. Nessa seara, a expressão “cifra dourada” designa: 
a) o total de delitos registrados e de conhecimento do poder público que são elucidados. 
b) as infrações penais praticadas pela elite, não reveladas ou apuradas; trata-se de um subtipo da “cifra 
negra”, a exemplo do crime de sonegação fiscal. 
c) as infrações penais de maior gravidade, como, por exemplo, o homicídio, que, ao ser elucidado, permite 
ao poder público planejar melhor suas ações e alterar a legislação. 
d) as infrações penais de menor potencial ofensivo, por enquadrar-se na Lei n.º 9.099/95, a exemplo do 
delito de perturbação do sossego alheio. 
e) o percentual de delitos praticados pela sociedade de baixa renda que não chega ao conhecimento do 
poder público por falta de registro, e, portanto, não são elucidados. 
 
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41. (VUNESP – PC/SP – Escrivão – 2013) São conhecidas por ____________ os crimes que não são 
registrados em órgãos oficiais encarregados de sua repressão, em decorrência de omissão das 
vítimas, por temor de represália. 
a) estatísticas azuis. 
b) estatísticas brancas. 
c) cifras douradas. 
d) cifras negras. 
e) cifras cinza. 
 
42. (VUNESP – PC/SP – Agente Policial – 2013) Os “crimes de colarinho branco” são delitos 
conhecidos na Criminologia por: 
a) crimes contra a dignidade social. 
b) crimes de menor potencial ofensivo. 
c) cifras cinza. 
d) cifras amarelas. 
e) cifras douradas. 
 
43. (VUNESP – PC/SP – Médico Legista – 2014) A expressão “cifra negra”, em Criminologia, 
corresponde ao número de: 
a) erros judiciais (decisões judiciais incompatíveis com a realidade dos fatos). 
b) crimes ocorridos e não reportados à autoridade. 
c) criminosos reincidentes. 
d) prisões efetuadas injustamente. 
e) crimes ocorridosem ambientes públicos, mas cuja autoria permanece ignorada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1. D 
2. A 
3. E 
4. E 
5. E 
6. E 
7. E 
8. A 
9. A 
10. D 
11. C 
12. C 
13. E 
14. B 
15. D 
16. E 
17. B 
18. A 
19. E 
20. C 
21. C 
22. E 
23. E 
24. A 
25. C 
26. E 
27. A 
28. D 
29. B 
30. A 
31. E 
32. A 
33. E 
34. D 
35. C 
36. E 
37. B 
38. D 
39. E 
40. B 
41. B 
42. D 
43. E 
44. B 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO ESTRATÉGICO: 
O PAPEL DA CRIMINOLOGIA NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO 
SISTEMAS DE PREVENÇÃO DO DELITO 
Prevenção 
Primária 
Trabalha com a concretização de direitos fundamentais (vida, saúde, lazer, trabalho, educação, 
etc.), incidindo sobre a gênese da criminalidade. 
Ligada a medidas de médio a longo prazo. 
Prevenção 
Secundária 
Caracteriza-se pela incidência na iminência do crime ou em momento logo posterior, 
conduzindo a atenção e forças para o momento e local em que o crime é praticado. 
O foco da Prevenção Secundária recai sobre setores sociais que mais podem sofrer com a 
criminalidade, e não sobre o criminoso propriamente dito, relacionando-se com ações policiais, 
programas de apoio e controle das comunicações, etc. 
Ligada a medidas de curto a médio prazo. 
Prevenção 
Terciária 
Se instrumentaliza na fase de Execução da Pena sobre o condenado, ostentando caráter 
punitivo e ressocializador, cuja finalidade é evitar a prática de novos crimes (busca evitar a 
reincidência). 
A aplicação da Prevenção Terciária não se resume ao cumprimento da pena privativa de 
liberdade, motivo pelo qual a conceituamos acima de modo amplo, incidindo sobre toda a fase 
de execução da pena. Com isso, falamos em Prevenção Terciária diante da aplicação de 
qualquer mecanismo estatal a título de pena ou de medida ressocializadora, que visa direta ou 
indiretamente conduzir o condenado futuramente ao convívio social, ou seja, aplicação de pena 
privativa de liberdade ou penas restritivas de direito (penas alternativas). 
MODELOS DE REAÇÃO AO DELITO 
Modelo 
Clássico / 
Retributivo / 
Dissuasório 
Pena possui finalidade de retribuição, passando a ostentar caráter dissuasório, intimidando 
psicologicamente os demais membros da sociedade a não delinquirem com base no medo pelo 
castigo. 
São protagonistas desse modelo: o Estado e o delinquente (a sociedade e a vítima são alocadas 
em posições secundárias, por vezes esquecidas). 
Pena como castigo pelo pecado do delinquente. 
Modelo 
Ressocializador 
Modelo que segue em caminho diametralmente oposto ao anterior, apresenta a pena com 
caráter utilitário, visando a reinserção social do condenado (prevenção especial positiva), 
afastando o caráter retributivo-castigador da pena. 
Justiça 
Restaurativa / 
Modelo 
Integrador 
- Apresenta novos protagonistas do conflito criminal: Vítima e Delinquente; 
- Visa restabelecer o status quo ante do conflito criminal por meio de acordo, assistência à vítima 
e reparação do dano; 
- A reparação do dano gera a sua restauração. 
Para falarmos em justiça consensual, é necessário o preenchimento dos seguintes requisitos 
(para a configuração efetiva da chamada Justiça Criminal Negociada): 
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a) Reparação do dano à vítima (compensação ou assistência); 
b) Assunção da culpa pelo delinquente (de forma confidencial e voluntária); 
c) Presença de um facilitador (mediador judicial). 
TEORIAS LEGITIMADORAS DA PENA 
Teorias 
Absolutas / 
Retributivas 
Parte do pressuposto de que, uma vez que o sujeito utilizou o livre-arbítrio para praticar o mal, 
deverá receber também o mal como resposta estatal. 
A pena passa a se justificar como quia peccatum est (“pune-se porque pecou”). 
São compostas/divididas em três teorias/vertentes, a saber: 
a) Teoria da Retribuição Divina (defensores: Stahl e Bekker); 
b) Teoria da Retribuição Moral (defensor: Kant); 
c) Teoria da Retribuição Jurídica (defensor: Hegel e Pessina). 
Teorias 
Relativas / 
Preventivas / 
Utilitaristas 
As Teorias Relativas abandonam a punição do delinquente, ostentando finalidade puramente 
preventiva, por questões de utilidade social. A Prevenção subdivide-se em: 
Prevenção Geral: 
a) Negativa: Falamos em negativa pois o recado para os demais membros da sociedade é para 
NÃO delinquirem. Com isso, a pena precisa ostentar característica intimidatória, na busca de 
desestimular os cidadãos a praticarem crimes. 
b) Positiva: A pena passa a servir também como o meio de manutenção da ordem social. Logo, 
a pena deverá ser aplicada visando o reestabelecimento da credibilidade estatal – já que o 
Estado fracassou em prevenir o crime, deverá reconquistar a confiança do corpo social ao 
aplicar a pena sobre o transgressor. 
Prevenção Especial: 
a) Negativa: Falamos em negativa pois o recado para o condenado é para NÃO reincidir. Sendo 
privado de sua liberdade e de outros valores importantes como a privacidade, intimidade, etc., a 
pena se mostrará incômoda ao condenado. 
b) Positiva: A prevenção especial positiva apresenta ideia de ressocialização do condenado, 
visando torna-lo apto ao convívio social. 
Teoria Mista / 
Eclética / 
Unificadora / 
Unitária 
Trata-se da unificação das duas teorias anteriormente estudadas. 
Busca, a um só tempo, que a pena seja capaz de retribuir ao condenado o mal por ele praticado 
(retribuição), sem prejuízo de desestimular a prática de novos ilícitos penais (prevenção). 
É a teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro (art. 59 do CP). 
FATORES SOCIAIS DA CRIMINALIDADE 
Teses e 
estudos 
sociológicos 
Segundo a Sociologia Criminal, baseando-se em estudos empíricos, a criminalidade é 
estimulada por fatores sociais negativos, tais como o sistema econômico desigual, pobreza, 
miserabilidade, desnutrição, fome, habitação precária, má educação escolar e/ou familiar e mal 
vivência. 
CRIMINOLOGIA EM CIFRAS/CORES 
Cifra negra 
Crimes que não são oficialmente registrados. Não chegam ao conhecimento da 
autoridade. 
Cifra dourada Crimes praticados por elites e castas economicamente privilegiadas 
Cifra cinza 
Crimes que até são registrados oficialmente mas que são finalizados antes da ação 
penal. 
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Cifra amarela Crimes relacionados à abusos e arbitrariedades praticados por funcionários públicos. 
Cifra verde 
Crimes contra o meio ambiente, tais como maus tratos de animais, pichações e 
poluições. 
Cifra azul Crimes praticados pela classe economicamente menos favorecida (crimes de pobres). 
Cifra rosa Crimes de cunho homofóbico e que não são levados a conhecimento da autoridade. 
Cifra branca Crimes solucionados, abrangendo todas as etapas regulares da persecução penal. 
Cifra vermelha Crimes que relacionam-se aos homicídios praticados pelos chamados serial killers. 
 
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