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Metodologias para o ensino de ciências humanas
Prof.ª Maria Helena Bimbatti
Descrição
Referenciais teóricos sobre currículo e a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) e suas implicações em ciências humanas.
Propósito
Viabilizar o acesso às informações que compõem a BNCC, como forma
de promover conhecimentos essenciais das ciências humanas ao fazer
docente em seus aspectos teóricos e práticos.
Objetivos
Módulo 1
BNCC como norteadora da Educação
Reconhecer os princípios norteadores da BNCC.
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Módulo 2
A estrutura da BNCC e as ciências humanas
Identificar as habilidades e competências para ciências humanas.
Introdução
Para iniciarmos nosso estudo, passaremos pelas especificidades
do contexto social, histórico, político e cultural que influenciaram
a criação da BNCC. Discutiremos a sua grande relevância ao país
e aos educadores de todas as unidades escolares, rompendo
fronteiras federativas. Nosso objetivo será fazer com que todos
compreendam a relevância desse documento ao processo
educativo em todo território nacional, articulando: conhecimentos
específicos, conhecimentos pedagógicos e conhecimentos legais
referentes aos aspectos documentais que alicerçam a BNCC.
Em um segundo momento, demonstraremos aspectos relevantes
da estrutura e funcionamento da BNCC, com o objetivo de fazer
com que você consiga reconhecer as características essenciais
desse documento, como possibilidade de ampliação e
complemento ao processo educativo. Essa fase do estudo traz
consigo aspectos descritivos e seus desdobramentos no
contexto escolar.

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1 - BNCC como norteadora da Educação
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os princípios norteadores da BNCC.
Mas para que uma BNCC
O professor Rodrigo Rainha apresenta a BNCC e explica a sua
importância para a educação brasileira.
BNCC, do que estamos falando?
A BNCC foi dividida de maneira bastante complicada no que diz respeito
à sua relação com a educação básica, tendo parte da sua estrutura
voltada para educação infantil e outra para o ensino médio. Além disso,
a mudança do ensino médio para instituir uma formação por itinerários
formativos acabou por gerar possibilidades curriculares escolhidas
pelas das escolas. Esse processo foi mais intenso e complexo o que diz
respeito às ciências humanas.

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Nesse sentido, a BNCC é entendida como uma
competência instrumental de onde boa parte dos
alunos partem e, posteriormente, buscam aprofundar
alguns aspectos de maneira específica e,
posteriormente, buscam aprofundar outras habilidades
e competências. Além disso, no que se relaciona às
ciências humanas, devemos estar atentos à relação de
tempo e à dinâmica de nacionalismo, por exemplo.
À luz desse processo, as ciências humanas passam a ser
compreendidas como uma escolha na formação do aluno e que deve
estar presente nos objetivos e nas propostas curriculares.
Por outro lado, os debates sobre o ensino de ciências humanas
demostram que estas são um importante exercício transdisciplinar e
interdisciplinar que atua não somente dentro de cadeiras ou em aulas
específicas, mas também faz parte de projetos integradores da escola e
de processos de integração e transformação do cotidiano dos alunos.
Conceitos iniciais sobre base
Antes de iniciarmos essa discussão, precisamos retomar alguns
prerrequisitos fundamentais: compreensão de base e de currículo,
trazendo aspectos estruturais. Vamos começar a nossa viajem pela
BNCC, um documento extremamente relevante ao cenário educacional.
Apertem os cintos!
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Podemos notar o conceito de base nas mais diversas atividades. Na
culinária, encontramos a base de um prato; na confeitaria, a base de um
bolo; na engenharia, a base estrutural de um edifício; na beleza, a base
de uma maquiagem; na logística, a base operacional de uma empresa;
entre tantos outros modelos que tomam por base uma estrutura. Agora
podemos trazer esse mesmo conceito ao campo educacional,
considerando inicialmente a grandeza da estrutura geográfica do Brasil.
O Brasil tem características regionais próprias. Em sua magnitude, é
composto por áreas que se diferenciam enormemente em seus
aspectos linguísticos, sociais, econômicos, estruturais, físicos,
climáticos, ou seja, o regionalismo é um aspecto predominante. Essa
característica singular traz demandas muito específicas.
Contudo, sabemos que, consideradas as diferenças, é preciso trazer
uma estrutura educacional, capaz de dar solidez ao movimento
educacional, sem desmerecer o regionalismo. É necessário criar uma
plataforma nacional dialogável, compondo um platô educacional
comum, capaz de considerar a regionalidade e a especificidade de cada
distrito, unificados por meio do direito à aprendizagem e ao
desenvolvimento em sua plenitude. Essa é a principal proposta para a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Cordão (apud PEREZ, 2018) afirma que esse desejo não é recente. Esse
movimento pode ser observado à luz da história da educação brasileira
em seus diferentes marcos legais presentes na Constituição Federativa
do Brasil, em suas várias versões, mesmo as que antecedem a BNCC,
tais como:
1934
A educação pública, na Segunda
República, foi proclamada direito
do cidadão.
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1937
A educação, no Estado Novo de
Getúlio Vargas, se tornou
obrigatória e gratuita.
1946
A educação, na República
Restauradora, se reforça a
importância da obrigatoriedade
da educação primária e sua
continuidade aos níveis
posteriores.
1961
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB)
da Educação Nacional (nº
4.024), aprovada em 1961, que
traz o ensino primário
obrigatório.
1967
A primeira Constituição no
Regime Militar, que institui o
ensino obrigatório dos 7 aos 14
anos e gratuito.
1988
A Constituição Cidadã,
especialmente no artigo 208,
que trata do direito à educação e
universalização do ensino médio
gratuito.
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1996
A Nova LDB define as metas
para a educação básica e
superior e institui o FUNDEF
(Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e Valorização do
Magistério).
1997
O MEC publica os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs)
como referenciais não
obrigatórios para subsidiar a
reelaboração e renovação da
proposta curricular das escolas
e formação de professores.
2007
A Lei nº 11.494 regulamentou o
FUNDEB (Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação
Básica e Valorização do
Magistério), que redistribui os
recursos vinculados à educação
em regime de colaboração entre
a União, estados e municípios
para promover a distribuição de
recursos aplicados a educação.
2009
A Ementa Constitucional nº 59,
com destaque para o inciso I,
ti 208 d fi é d d
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artigo 208, define que é dever do
Estado efetivar a garantia à
educação básica obrigatória e
gratuita dos 04 aos 17 anos,
assegurada a sua oferta gratuita
para todos que não tiveram
acesso em idade própria.
2010
As Diretrizes Curriculares
Nacionais trouxeram normas
obrigatóriaspara a educação
básica com o objetivo de
orientar o planejamento
curricular das escolas e dos
sistemas de ensino.
2014
A Lei nº 13.005 referente ao
Plano Nacional de Educação, foi
sancionada com 20 metas e
respectivas estratégias de
implementação a serem
cumpridas em 10 anos.
2017
O governo federal sanciona a
Reforma do Ensino Médio,
flexibilizando a estrutura em
parte comum e parte obrigatória
a ser aplicada nas escolas (Base
Nacional Comum Curricular)
para o ensino infantil e o ensino
fundamental.
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Traçamos esse legado de marcos para demostrar os movimentos
educacionais em todo território nacional no período de (1934 a 2017) e
suas implicações ao cenário educacional atual.
Comentário
Claro que, nesse percurso, vamos encontrar pelo caminho inúmeras
desigualdades políticas, econômicas, regionais entre outras condições
históricas, sociais e, inclusive, emocionais, sobretudo se considerarmos
o contexto pandêmico e suas consequências negativas ao acesso à
aprendizagem. Sabemos também que essas condições são peculiares a
cada espaço territorial. Apesar disso, torna-se importante a
preocupação com uma plataforma que oferte condições mínimas de
acesso ao saber historicamente promovido pela humanidade.
Segundo Menezes (2019), os documentos supracitados são os
precursores da organização da BNCC, que traz em seu bojo discussões
históricas e sociais, sendo compreendido como um movimento de
evolução do pensamento pedagógico nacional.
Dica
Para refletirmos sobre a dimensão de nosso país, sugerimos dois
clássicos do Rock Nacional: Que país e esse?, do Legião Urbana (1987),
e Alagados, dos Paralamas do Sucesso (1986). Esses dois sucessos
não apenas trazem em seu bojo o descritivo do território nacional em
todas as suas diferenças, mas também nos chamam como nação a
olhar para elas e promovermos movimentos capazes de conscientizar a
todos os brasileiros sobre a importância da união como nação.
Em relação à BNCC, precisamos compreender as implicações desse
documento na aprendizagem e como configurar a escola, por meio de
habilidades e competências, frente ao desafio do acesso ao currículo
para todos os alunos em busca da equidade. A seguir, conversaremos
sobre currículo com o objetivo de entendê-lo para além de uma
formalização educacional.
Conceitos iniciais sobre currículo
Vamos considerar, primeiramente, o currículo como um recurso
importantíssimo para promoção de aprendizagem, depois como uma via
de acesso aos conhecimentos, às habilidades e às competências.
Pensaremos essa condição tendo como base o texto El desarrolho de
um curriculum inclusivo, material promovido pela UNESCO (2004). Seja o
educando público-alvo da educação ou não, o currículo precisa ser um
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portal de acesso ao conhecimento. Por essa razão, sua estrutura não
pode ser rígida.
Instituto UNESCO de Educação (UIE).
Um currículo acessível deve ser baseado em um modelo de
aprendizagem inclusiva, por isso deve estar ajustado aos diferentes
estilos de aprendizagem e enfatizar habilidades e conhecimentos
relevantes para todos os alunos. Por isso, o currículo deve ser flexível o
suficiente para responder às necessidades individuais dos alunos, às
comunidades e a grupos religiosos, linguísticos e étnicos ou a outros
grupos específicos.
A Linha Braille, ou Display Braille, exibe dinamicamente em Braille as informações na tela ligado a
uma porta de saída do computador.
Considerações sobre experiências de aprendizagem
Devemos, como educadores, administrar e avaliar o currículo para que
todos os estudantes tenham o êxito, por isso devemos abranger todas
as experiências de aprendizagem disponíveis para os alunos em suas
escolas e em suas comunidades. Esse movimento envolve o
planejamento do ensino, compreendendo a aprendizagem como uma
oportunidade fundamental ao educando. No entanto, algumas
experiências de aprendizagem são mais difíceis de planificar, pois são
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frutos das interações espontâneas e vivas entre os sujeitos e o
conteúdo, tais como:
Interações entre os alunos.
Interações entre alunos e professores
dentro e fora da sala de aula.
Experiências que ocorrem na
comunidade de aprendizagem - por
exemplo, família ou outras organizações
sociais e religiosas.
Apesar disso, os educadores devem sempre ter em mente a
necessidade de contemplar conhecimentos, habilidades e valores
necessários aos educandos, dentro da concepção pedagógica de cada
país, ou seja, é preciso compreender a orientação educacional nacional
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de forma mais ampla. Dentro desse contexto, o currículo precisa ter
duas características:

Fornecer uma educação de qualidade para os
alunos, em nível de participação e de
resultados a serem alcançados.

Ter rigor organizacional (espinha dorsal), mas
ser �exível o su�ciente para responder às
diferentes características dos diversos tipos
alunos.
De�nição de aprendizagem
O desenvolvimento de um currículo que inclui todos os alunos. Requer a
compreensão do que é aprendizagem entre os professores e gestores
do sistema educativo, para que as escolas não fiquem bloqueadas em
currículos e práticas de ensino rigidamente organizadas.
As escolas devem compreender que a aprendizagem
ocorre quando os alunos estão ativamente envolvidos,
conectados por meio de propostas educativas que
valorizem suas experiências, assim serão mais
significativas, terão mais sentido e,
consequentemente, favorecerão a compreensão dos
conteúdos abordados.
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Também é importante conhecer a turma e o ritmo de cada educando,
pois esses aspectos favorecerão a execução das atividades e a
concretização dos objetivos propostos. Além disso, facilitam a criação
de ilhas de aprendizagem, a organização de grupos de pesquisa e a
composição de pares, duplas, trios que colaborem com a aprendizagem
do colega em nível inferior.
Essa visão pressupõe que os alunos aprendem de forma mais eficaz
com os seus pares, seja trabalhando em conjunto para compreender um
problema seja quando há ajuda mais avançada para aqueles que estão
em um nível inferior.
A sala de aula precisa ser organizada de acordo com a necessidade.
Dependendo da proposta de atividade, ela pode ganhar um formato, ser
dividida em ilhas, grupos, trios, duplas, círculo, entre outras
conveniências de acordo com a proposta docente. As metodologias
ativas são fundamentais, especialmente no que se refere ao
protagonismo do aluno, à relevância da sua autonomia e ao processo de
ressocialização que a pandemia trouxe em nossa realidade educacional
e social.
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Inclusive, conviver com os pares pode até auxiliar na reorganização
socioemocional, pois muitos alunos sofreram durante a pandemia pelos
mais variados motivos.
Resumindo
Oferecer múltiplas oportunidades para os alunos trabalharem em
conjunto, resolvendo as tarefas da forma que escolherem, favorece a
organização individual e coletiva e, consequentemente, a autonomia na
escolha da melhor forma para se executar uma atividade.
As propostas de atividade também podem enfatizar a resolução de
problemas, assim os alunos terão uma parte importante do trabalhosob
sua própria direção. Dessa maneira, o professor ocupa mais seu tempo
de trabalho com grupos de indivíduos do que oferecendo instruções
para toda a classe, além disso democratiza e flexibiliza o currículo.
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Frente a essas considerações, os americanos desenvolveram uma
abordagem especial, denominada de success for all ou sucesso para
todos, a fim de aumentar a realização nas escolas em zonas
desfavorecidas. Veja alguns pontos dessa proposta:
Os professores são treinados para trabalhar em estreita
colaboração, conectando áreas e diferentes conhecimentos,
favorecendo a transdisciplinaridade, conceito de educação que
compreende o conhecimento de forma plural, que independe da
divisão de disciplinas.
Aprender a ter clareza sobre quais são as competências que eles
querem que os seus alunos desenvolvam, por isso usam
programas de educação desenvolvidos com um alto nível de
interação.
Transdisciplinaridade 
Interação 
Apoio 
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Buscam apoiar constantemente os alunos.
A escola trabalha em estreita colaboração com as famílias.
Na Inglaterra, as estratégias nacionais para literacia e numeracia, por
exemplo, são baseadas, em parte, na abordagem sucesso para todos.
Numeracia
Letramento matemático.
Colaboração 
Exigem que a maioria das
escolas de ensino
fundamental (de 5 a 11 anos)
tenha um tempo para o
ensino da leitura e da
escrita e do cálculo
seguindo um programa
prescrito.
O professor trabalha
intensamente com toda a
turma, ensinando a mesma
competência, mas
produzindo um alto nível de
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interação entre todos os
alunos.
Há oportunidades
estruturadas para se
trabalhar individualmente
e em pequenos grupos.
Há suporte adicional aos
alunos com di�culdade de
aprendizagem.
As estratégias pedagógicas
são baseadas em
interações altamente
planejadas entre o
professor e classe,
destinadas a garantir
aprendizagem de todos.
Não é mais necessário que
os professores conheçam
conteúdos do currículo, pois
consideram mais
importante que eles
entendam as abordagens
de aprendizagem que dão
suporte ao currículo, sendo
capazes de usar diferentes
estilos de ensino frente ao
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Ao discutirmos o currículo como ferramenta educacional que expressa
também o movimento histórico do país, é importante percebermos que
muitos países herdaram currículos, frutos de alianças sociopolítico-
culturais. Na África do Sul, a reforma do currículo ocorreu não só devido
à sua inflexibilidade, mas também devido aos pressupostos do
Apartheid, que não reconhecia as contribuições históricas e culturais da
maioria da população do país.
Formas alternativas de aprendizagem: �exibilidade no
currículo
Independentemente dos fatores e das formas de aprendizagem
valorizadas pela cultura dominante, é preciso considerar as formas
alternativas de aprendizagem, especialmente no que diz respeito à
aprendizagem cooperativa em detrimento da aprendizagem marcada
pela cultura individualista (fruto de currículos prescritos e inflexíveis)
dentro do viés da aprendizagem competitiva. Devemos entender,
enquanto educadores, o quão importante é considerar as diferenças
individuais entre os alunos, bem como as necessidades das diferentes
comunidades, visando desenvolver estratégias para lidar com todos.
O currículo especifica as competências do nível central que os alunos
devem alcançar para completar o nono ano, e um conjunto de
aprendizado cross-content (transdisciplinar): com tempo, espaço, para a
diversidade na natureza, sociedade, meio ambiente, ética e cidadania,
resolução de problemas e educação artística e estética.
As escolas são livres para propor os seus programas
de aprendizagem, incluindo seus próprios horários e
métodos de trabalho.
surgimento diferentes
necessidades.
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É possível que cada escola estabeleça o que vai fornecer em cada etapa
da educação. Contudo, o currículo pode ser modificado, mediante as
características e necessidades de cada escola. E conforme já sabemos,
a flexibilidade é a base para a adaptação do processo de aprendizagem
às necessidades de cada aluno.
Qualquer alteração no currículo deve ser registrada na documentação de
políticas de escola, considerando especialmente os objetivos
educacionais do currículo escolar, o seu plano anual por ano/série, os
ajustes específicos para os alunos com necessidades mais profundas e
específicas e um programa de educação individual (PEI), que só pode
ser alterado com o consentimento dos pais, professores e equipe
escolar.
Importante considerar a liberdade para adaptação curricular, mas essa
liberdade deve ser monitorada, para que o currículo seja acessível e
flexível, porém sem perder a qualidade. É fundamental que a
flexibilidade favoreça o alcance dos objetivos por meio de conteúdos e
métodos apropriados para atender às necessidades de aprendizagem
de seus alunos. Isso pode ocorrer das seguintes maneiras:
A transdisciplinaridade ou interdisciplinaridade é a metodologia
de ensino-aprendizagem que estabelece relações entre
disciplinas ou áreas de conhecimento. Por exemplo: o cálculo
pode ser ensinado nas aulas de História, Geografia, Ciências e
quase qualquer outra área de conteúdo. Todas essas áreas
fornecem uma maior ou menor medida, a oportunidade de
aprender habilidades básicas.
De forma transdisciplinar/interdisciplinar 
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Esses projetos devem oferecer flexibilidade considerável para o
professor projetar currículo.
Os processos de aprendizagem significativas dependem de um
currículo conectado aos interesses e a experiência dos alunos.
Currículos inclusivos com adaptações pertinentes ao seu
desenvolvimento ao nível da escola e com as modificações
cabíveis para responder as necessidades individuais dos
estudantes.
Por meio de projetos de sala de aula 
Considerando o aspecto significativo 
Oferecendo currículos inclusivos 
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Sobre o currículo inclusivo, é importante lembrar que o processo de
adaptação é diferente de modificação:

Adaptação curricular
As adaptações servem
para atender a todos os
estudantes. O
especialista em
adaptação curricular
desempenha um papel
importante no
planejamento
colaborativo no
processo de
adaptações, no entanto,
a responsabilidade
principal é do professor
em sala de aula, que é
quem, de fato, vai
efetivar as adaptações
do currículo. As
adaptações são mais
leves em nível curricular,
o conceito relevante da
adaptação é
proporcionar o acesso.

Modi�cação curricular
As modificaçõe são um
passo além das
adaptações, por se
tratar de mudar o
currículo - adicionar ou
substituir conteúdos
para atender às
necessidades
individuais dos
estudantes. A
modificação deve ser
usada com moderação
e feita de acordo com o
contexto de objetivos
educacionais nacionais
que se aplicam a todos
os alunos. Onde cada
aluno receberá uma
experiência curricular
que atenda às suas
necessidades, mas
dentro do contexto de
um quadro comum e
em salas de aula.
Para isso se efetivar na prática,estratégias são essenciais, pois
garantirão que o aluno progrida através do currículo e que suas

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necessidades e características individuais sejam compreendidas e
tratadas.
Desenvolvimento da avaliação para
uma educação inclusiva
Para que a educação inclusiva seja efetuada, devem-se desconsiderar
sistemas de avaliação cuja principal preocupação é simplesmente
verificar se o aluno atingiu o nível necessário para ser promovido. É
preciso enfraquecer o vínculo entre avaliação e promoção,
desenvolvendo formas flexíveis de avaliação, fundamentadas em
habilidades e promoção do educando, dentro de uma educação
continuada/processual. É fundamental considerar que a eficácia do
currículo depende das habilidades e atitudes dos professores em:
Apoio ao professorado
Adaptar o currículo,
planejar e promover a
participação de todos os
alunos.
Saber como apoiar a
aprendizagem do aluno.
Trabalhar além dos
materiais tradicionais e
com sensibilidade para
diferentes formas culturais
respostas.
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Os professores precisam de mais do que o mero conhecimento. Devem
saber como as crianças aprendem, como entender as diferenças
individuais e como atribuir uma forma de ensino a essas diferenças.
Para isso:

Os professores
Precisam de experiência prática e conhecimento, juntamente com o
suporte contínuo que irá ajudá-los a incorporar técnicas eficazes na sua
prática diária.

Os professores
Não devem apenas se concentrar em seus próprios métodos de ensino,
mas também em como trabalhar com seus colegas, em um trabalho
colaborativo.

Os gestores
Precisam promover espaços nos quais os professores possam se reunir
para compartilhar informações, recursos e experiências, participar de
eventos de desenvolvimento profissional e de acesso ou desenvolver
materiais de ensino.

Os professores
Devem ser encorajados a produzir materiais curriculares e devem ser os
próprios professores que devem decidir como aplicá-los de forma mais
eficaz com suas turmas.
Todas essas questões são importantes para entendermos que a base
da BNCC é também dar acesso ao currículo, pois esse é o caminho para
a aprendizagem significativa e sua progressão contínua.
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[...] a cultura escolar e o regimento
pedagógico constituem a identidade
de cada escola, pela qual ela é
reconhecida, escolhida e lembrada.
(MENEZES, 2019, p. 7)
Por essa razão, é importante adotar não apenas um currículo de acesso,
mas também objetivos de aprendizagem pertinentes, capazes de
atender a cada etapa da educação e de acessar o domínio da língua, o
conhecimento da cultura e dos valores sociais. Esse é um dos intuitos
da BNCC.
Em virtude das características que
apresentam e do momento que
estiverem vivendo, cada escola
reagirá de maneira própria a nova
base curricular, com eventuais
ajustes no currículo e na formação
de professores. Por exemplo, ao
recomendar práticas na condução
das aulas em que os estudantes, em
vez de reter informações,
investiguem, julguem, argumentem,
proponham e realizem, de forma
participativa, consciente e solidária,
a BNCC será mais facilmente
recebida em escolas que já educam
com esses princípios formativos.
(MENEZES, 2019, p. 8)
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Nesse sentido, o referido autor ainda argumenta que expectativas de
aprendizagem dinâmicas, que produzam sentido e sejam significativas,
são a base da BNCC, justamente por incentivarem individual e
coletivamente uma aprendizagem significativa e, acima de tudo,
participativa. Esse modelo de aprendizagem é incompatível com
estudantes enfileirados que recebem conhecimentos prontos. Para
algumas escolas, isso demandará reorientação didática,
aperfeiçoamento docente, por meio de muitos diálogos, intervenções e
negociações pedagógicas que proporcionem momentos de reflexão de
práticas pedagógicas aos profissionais da educação.
O papel da BNCC
Menezes (2019) nos lembra que a BNCC não é um currículo, mas, sim, a
base nacional para os currículos escolares brasileiros. Destaca ainda
que é função prerrogativa de escolas e sistemas escolares formular
seus currículos e o modo como eles serão cumpridos, com orientações,
regimentos e projetos pedagógicos capazes de garantir que os objetivos
formativos de cada etapa escolar sejam efetivados, ou seja, cabe à
escola e aos sistemas de ensino:
Contextualizar o currículo
ao seu entorno social e
cultural, tornando
signi�cativas as temáticas
trabalhadas nas
componentes curriculares.
Preparar a sua equipe
pedagógica para dar
coerência aos objetivos
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formativos de forma
interdisciplinar.
Engajar e estimular a
equipe pedagógica e
motivar o corpo discente.
Desenvolver
procedimentos de
avaliação formativa,
capazes de reorganizar o
ensino suprimindo as
de�ciências identi�cadas.
Desenvolver e aplicar
recursos didáticos e
orientações docentes que
auxiliem processo de
ensino e aprendizagem.
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Na educação infantil, isso será expresso nos campos de experiências,
ou nas unidades temáticas, competências e habilidades na educação
fundamental.
Princípios da BNCC: como aplicá-los no cotidiano escolar?
Segundo Perez (2018), a Base Nacional Comum Curricular, aprovada em
dezembro de 2017, tornou-se referência nacional obrigatória para
elaboração curricular, de materiais didáticos, de políticas de formação
docente e avaliativas. Há também o entendimento de competências
essenciais que todas as crianças e jovens têm o direito de desenvolver
em sua escolaridade. Esse processo auxilia a elaboração de materiais e
propostas educativas em nível nacional, o que é muito produtivo para o
processo de desenvolvimento e de continuidade da aprendizagem.
Promover formação
contínua dos docentes.
Aperfeiçoar continuamente
a gestão pedagógica da
escola em permanente
intercâmbio com o sistema
escolar.
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Compreender competências e habilidades implica
desenvolver um estudante ativo, que aprenda a
aprender continuamente, com atividades envolventes e
em interação com os pares, conectando
conhecimentos teóricos com os práticos em seu
processo formativo, especialmente com relação aos
valores e às atitudes aprendidos, desenvolvidos e
aprimorados por meio do convívio em grupo, tais
como: lidar com diferenças, respeitar, argumentar, ter
empatia, comprometimento com o grupo por meio da
ação dialógica.
Educar implica exercer escolhas. O que ensinamos e como ensinamos?
Como modelamos a capacidade do educando? Como colaboramos com
aqueles que têm mais dificuldade? Como acolhemos? Consideramos a
realidade do aluno no processo educativo? Será que estamos
desenvolvendo princípios éticos? Será que estamos sendo éticos em
nossa sala de aula? O ambiente escolar está promovendo autonomia,
propostas de trabalho pedagógico estimulantes que acionem
habilidades e competências? Estamos formando seres humanos que
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levarão essa condição ética para a sua vidae em seu futuro trabalho?
(PEREZ, 2018).
Perez ainda argumenta que a BNCC tem um compromisso com a prática
e que nela estão contempladas características culturais,
socioambientais e até econômicas. A prática traz a realidade para a sala
de aula, e a partir dela gera a trilha do conhecimento aplicando a
componente teórica como solução de problemas reais.
Ou seja, ativando a teoria e a prática por meio de ações significativas
que façam sentido ao estudante.
Muitos consideram o currículo um
documento que contém uma lista de
conteúdo de cada disciplina, O que a
BNCC indica é a necessidade de
construir uma proposta curricular
que assegure as competências e
habilidades e resguarde, nos
objetivos do conhecimento, as
marcas culturais, ambientais e
econômicas de cada região. Além
disso, deve-se garantir que os
princípios e propósitos do projeto
educativo da escola estejam
implícitos e reflitam o debate
democrático entre educadores e, se
possível, da escola com a
sociedade, em especial com os pais.
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(PEREZ, 2018, p. 13)
Nesse ponto, cabe questionar: qual será o papel dos professores no
contexto escolar? Perez (2018) responde a essa questão dizendo que o
papel dos professores é essencial nesse processo, pois eles deverão
traduzir para a prática os conceitos explicitados na BNCC. Desse modo,
sem esses profissionais, os conceitos não se efetivarão. Os professores
deverão dar vida às propostas para que a BNCC não seja um documento
isolado, e sim um referencial aplicado ao cotidiano escolar.
Neste momento, muitos podem estar se perguntando: a escola o que
deve fazer? A escola deve ter ativo um processo democrático capaz de
envolver a todos no trabalho educativo e no bem comum maior: a
aprendizagem. Para isso, é preciso que o modelo de gestão seja
democrático e envolva essa democracia também na elaboração e
execução do projeto político pedagógico (PPP), em toda a extensão
curricular e organização dos espaços educativos e no trabalho coletivo.
Isso pode ocorrer por meio de conselhos ativos com a participação
efetiva de pais e professores e de toda comunidade escolar, inclusive
proporcionando momentos de envolvimento dos próprios estudantes
em seus espaços dialógicos.
Atividade discursiva
Vamos a uma reflexão? Busque na internet a letra da música Coração de
estudante. Escrita por Milton Nascimento e Vagner Tiso, a letra expressa
um sentimento de agonia, de prisão, de algo que precisa ser liberado.
Esse desejo está claramente ligado ao contexto político vivenciado na
época, em que as pessoas não tinham o direito de ir e vir nem de
expressão. O que você consegue perceber sobre a participação dos
jovens nos processos democráticos escolares?
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
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Os jovens estão sendo chamados para uma participação mais
efetiva nos processos democráticos escolares, os quais serão
levados para a vida em sociedade, a fim de contribuir para uma
comunidade mais consciente e participativa, com valores
proativos que favoreçam o bem comum.
Há um teor histórico sociocultural-econômico que permeava as
discussões por uma sociedade mais viva e participativa, com muitas
lutas sociais, ideológicas, filosóficas, culturais, que oportunizavam uma
sociedade dialógica, tão desejada e que agora pode ser vivenciada em
vários canais sociais.
Perez (2018) afirma, quase que poeticamente, que a dignidade se
manifesta pelos direitos e deveres fundamentais que devem ser
garantidos às crianças e aos jovens, com liberdade de pesquisar,
conhecer, aprender, discutir, organizar, agrupar. É preciso sistematizar,
problematizando e, ao mesmo tempo, propondo soluções.
E o que a BNCC tem a ver com isso? A BNCC apresenta habilidades e
competências como alternativas favoráveis ao trabalho significativo,
coletivo, interdisciplinar, proporcionando a aplicação prática de
pressupostos teóricos de forma criativa, motivadora, considerando a
riqueza dos conhecimentos adquiridos pela sociedade, especialmente
vivências, ambiente e contexto na busca de informações. Desse modo,
produzem-se em novos conhecimentos e transformação social de forma
multidisciplinar.
O papel da BNCC na sociedade do conhecimento
Cabe agora questionar: qual é o papel da BNCC na
sociedade do conhecimento?
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Resposta
A BNCC vem indicar as competências e habilidades consideradas
direitos das crianças e jovens de nosso país de tal modo que possam
acessar o conhecimento produzido historicamente de forma
democrática. A escola é entendida como espaço de riqueza cultural para
todas as crianças, por isso deve motivá-las a interagir com o
conhecimento. O conceito de aprendizagem é ressignificado por meio
de um estudante ativo e participativo, capaz de acessar informações,
aprender por meio da observação, da prática e dos alinhamentos
teóricos com o intuito de se transformar como indivíduo e de se
reorganizar no espaço social de maneira propositiva, buscando
soluções para os problemas de forma ativa.
Para isso, comenta Perez (2018), os educadores precisam propor e viver
nessa atmosfera, promovendo o desenvolvimento da autonomia em sua
intencionalidade educativa. Toda equipe precisa estar envolvida,
inclusive a gestão escolar, entendendo o conhecimento como meio de
desenvolvimento de competências, mobilizando recursos,
conhecimentos, saberes, vivências, hipóteses, argumentos, provocando
entusiasmo e desejo pela construção de conhecimentos e pela
aprendizagem.
É preciso integrar conhecimentos práticos e teóricos, no sentido de
enfrentar problemas com atitudes proativas e éticas, diante das
situações complexas vividas cotidianamente no ambiente escolar. As
áreas do conhecimento precisam se cruzar, por meio de um tratamento
universal, amplo e plural dos conhecimentos e do capital cultural na
composição do conceito comunidade educativa, visando ao
desenvolvimento integral e coletivo dos estudantes, e não de forma
individual.
É preciso praticar esses conceitos por meio de um projeto educativo
claro e coletivo, permeado por uma intencionalidade pedagógica. O
Projeto Político Pedagógico (PPP) precisa dialogar não só com o local
na realidade da escola, mas também globalmente, quebrando fronteiras
e conectando com o senso de cidadania mundial.
A escola é um espaço vivo! Os
documentos que interferem em seu
funcionamento (currículo, PPP e
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outros) devem contemplar presente
e olhar para o futuro.
(PEREZ, 2018, p. 17)
Aí encontra-se a chave para o conceito de desenvolvimento integral do
indivíduo. É preciso proporcionar às crianças e aos jovens condições
para que possam se desenvolver integralmente nas dimensões:

Físicas

Afetivas

Sociais

Culturais
A escola favorece o desenvolvimento integral dos sujeitos quando
promove equidade e reconhece o direito de aprender, respeitando as
diferenças educacionais representadas pelas deficiências, diferenças
regionais, origens étnico-raciais, pela condição econômica, histórica,
geográfica, orientação sexual e religiosa. O ambiente escolar deve
promover a criatividade, a troca de conhecimentos e o diálogo. Por isso,
não pode ficar limitado, é necessário levar as crianças e os jovens a
praças, centros culturais (bibliotecas, museus, monumentos) que
expressem também as manifestações culturais de cada região (PEREZ,
2018).
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A Base Nacional Comum Curricular é um esforço nacional pela
educação. Seu papel é pensar as áreas para além do antigo
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disciplinamento, e as demandas sociais. Sobre o princípio da ação
da BNCC:
Parabéns! A alternativa D está correta.
Consideradas as diferenças regionais brasileira, é necessário
estabelecer uma estrutura educacional, capaz de dar solidez ao
movimento educacional, criando uma plataforma nacional comum
dialogável e compondo um platô educacional comum.
Questão 2
A Base Nacional é um currículo? Esse é um bom debate que todos
devemos pensar, sobre o compromisso e a humanidade da
questão. Que considerações podemos fazer entre a BNCC e o
currículo?
A Não considerar as diferenças regionais.
B
Considerar apenas as diferenças regionais
nordestinas.
C Considerar apenas o currículo paulista.
D
Consideradas as diferenças é necessário constituir
uma plataforma educacional comum e dialogável,
como projeto nacional.
E
Manter a singularidade dos Estados sem qualquer
tipo de integração.
A
Currículo é um recurso importante para promoção
de aprendizagem. A base é um direcionamento, um
suporte, para que a educação possa ser estruturada.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
O currículo deve ser acessível e servir de base para um modelo de
aprendizagem inclusiva. Para tal, deve estar ajustado aos diferentes
estilos de aprendizagem e enfatizar habilidades e conhecimentos
relevantes para todos os alunos.
2 - A estrutura da BNCC e as ciências humanas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as habilidades e competências para
ciências humanas.
B O currículo não tem nenhuma relação com a BNCC.
C
O currículo e a BNCC não dialogam em momento
algum do processo de aprendizagem.
D
É importante desconsiderar o currículo como um
recurso importantíssimo para promoção de
aprendizagem.
E
O currículo não é uma via de acesso aos
conhecimentos, às habilidades e às competências
expressas na BNCC.
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A estrutura da BNCC: educação
básica
Entraremos agora no segundo momento de nossa discussão sobre
BNCC em seus aspectos estruturais. Você compreenderá melhor as
características específicas típicas do documento e os seus
desdobramentos ao cotidiano escolar.
Como operar a BNCC em ciências
humanas?
O professor Rodrigo Rainha vai nos apresentar as características
específicas da BNCC e como essas características são aplicadas pelos
professores de ciências humanas.
Com relação à estrutura da BNCC, é importante esclarecer que a sua
raiz é a aprendizagem. Consequentemente, o aprender ganha o palco de
todo sistema, em seguida os processos formativos, que também são
bem valorizados, ocupando ainda uma posição nuclear na célula
envolvendo:

Elaboração/reelaboração do PPP da unidade
escolar

Formação continuada

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
Planejamento e execução de atividades em
sala de aula
É preciso, em seguida, alinhar e realinhar o currículo. A próxima ação
envolve a formulação de políticas para a formação, materiais didáticos e
avaliação, articulando a implementação da BNCC.
A BNCC na educação infantil
A expressão educação “pré-escolar” (BRASIL, 2017) denotava o
entendimento de que a educação infantil era uma etapa anterior,
independente e preparatória para a escolarização – que se iniciava
somente no ensino fundamental.
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Documentos como a Constituição Federal (1988) consideram que o
atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos é dever
do Estado. Com a promulgação da LDB (1996), a educação infantil se
torna parte integrante da educação básica, situando-se no mesmo
patamar que o ensino fundamental e o ensino médio. Em 2006, por
modificação nessa mesma lei, o ensino fundamental antecipou a
entrada para os 6 anos de idade, assim a educação infantil passou a
atender à faixa etária de 0 a 5 anos.
A educação infantil passa a ser reconhecida como direito de todas as
crianças e dever do Estado, com caráter obrigatório para as crianças de
4 e 5 anos. A Emenda Constitucional nº 59/2009 determina a
obrigatoriedade da educação básica dos 4 aos 17 anos, essa extensão
foi incluída na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 2013,
consagrando plenamente a obrigatoriedade de matrícula de todas as
crianças de 4 e 5 anos em instituições de educação infantil.
Resumindo
A inclusão da educação infantil na BNCC foi um passo muito importante
dentro do processo histórico educacional, marcando sua integração ao
conjunto da educação básica. A entrada da educação infantil passou a
ser entendida como a primeira etapa da educação básica, sendo o início
e o fundamento do processo educacional.
Nas últimas décadas, vem se consolidando, na educação infantil, a
concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como
algo indissociável do processo educativo.
As creches e pré-escolas devem acolher, em suas
propostas pedagógicas, as vivências e os
conhecimentos construídos pelas crianças no
ambiente familiar e no contexto de sua comunidade,
com o objetivo de ampliar o universo de experiências
de conhecimentos e de habilidades e promover novas
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aprendizagens. Desse modo, atuam de maneira
complementar à educação familiar de bebês e das
crianças bem pequenas, envolvendo aprendizagens
muito próximas aos dois contextos – família e escola
–, como a socialização, a autonomia e a comunicação.
Para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças,
a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a
instituição de educação infantil e a família são essenciais. A instituição
precisa conhecer e trabalhar com as culturas plurais, dialogando com a
rica diversidade cultural das famílias e da comunidade (BRASIL, 2017).
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI,
Resolução CNE/CEB nº 5/2009), em seu artigo 4º, definem a criança
como sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e
práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e
coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa,
experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a
sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).
A interação realizada no brincar caracteriza o cotidiano da infância,
proporciona aprendizagens e potencializa seu desenvolvimento
integral, pois expressa afetos, favorece a mediação das frustrações, da
resolução de conflitos e a regulação das emoções.

Expressa afetos

Favorece a mediação das frustrações

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Estimula a resolução de con�itos

Bene�cia a regulação das emoções
As competências gerais da educação básica propostas pela BNCC
apresentam seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento para que
as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar
um papel ativo, trazendo significados sobre si e sobre o mundo social e
natural.
São direitos de aprendizagem e desenvolvimentona educação infantil
(BRASIL, 2017, p. 27):
Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes
grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o
conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e
às diferenças entre as pessoas.
Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes
espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos),
ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais,
seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas
Conviver 
Brincar 
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experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas,
cognitivas, sociais e relacionais.
Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do
planejamento da gestão da escola e das atividades propostas
pelo educador quanto da realização das atividades da vida
cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e
dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e
elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.
Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores,
palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias,
objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando
seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as
artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
Participar 
Explorar 
Expressar 
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Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas
necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses,
descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes
linguagens.
Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural,
constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de
pertencimento, nas diversas experiências de cuidados,
interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição
escolar e em seu contexto familiar e comunitário.
O documento traz a concepção de uma criança ativa
que questiona, levanta hipóteses, conclui, assimila
valores e constrói conhecimentos. Esse indivíduo se
apropria do conhecimento por meio da ação e
interação com o mundo físico e social.
Essa apropriação pode ainda correr por meio de propostas de
aprendizagens carregadas de intencionalidade educativa: quando o
educador organiza propostas baseadas em experiências, permitindo às
crianças conhecerem a si e ao outro, compreenderem as relações com a
natureza, com a cultura, com a produção científica, que se traduzem nas
práticas de cuidados pessoais (alimentação, vestimenta, higienização),
Conhecer-se 
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por meio de brincadeiras, experiências com materiais variados, literatura
e convivência.
Atenção!
Cabe ao educador refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e
monitorar o conjunto das práticas e interações, que garantam a
pluralidade de situações que promovam o desenvolvimento pleno das
crianças, observando a trajetória de cada criança e do grupo: suas
conquistas, avanços, possibilidades e aprendizagens.
Nos registros, feitos em diferentes momentos por professores e pelas
crianças (como relatórios, portfólios, fotografias, desenhos e textos), é
possível verificar a progressão ocorrida durante o período observado,
sem intenção de seleção, promoção ou classificação, mas, sim, de
reunir elementos para reorganizar tempos, espaços e situações que
garantam os direitos de aprendizagem de todas as crianças (BRASIL,
2017).
Resumindo
Segundo Clímaco (2018) a criança precisa de tempos, espaços,
brincadeiras e interações para pensar sobre o mundo em que habita,
observar, criar hipóteses, construir narrativas e expressá-las por meio
das múltiplas linguagens. Na BNCC, a educação infantil não é etapa
preparatória, e sim tem especificidades próprias. Por conta disso, o
documento organiza as aprendizagens através de objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento para cada campo etário, com o
objetivo de garantir o direito de aprendizagem articulado aos campos de
experiências.
Direitos de aprendizagem e
desenvolvimento
A BNCC no ensino fundamental
Competências gerais
Conhecimento 
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O que é: Valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital.
Para: Entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborando com a sociedade.
O que é: Exercitar a curiosidade intelectual e utilizar as ciências
com criticidade e criatividade.
Para: Investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
resolver problemas e criar soluções.
O que é: Valorizar as diversas manifestações artísticas e
culturais.
Para: Fruir e participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.
O que é: Utilizar diferentes linguagens.
Para: Expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias,
sentimentos e produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo.
O que é: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
forma crítica, significativa e ética.
Para: Comunicar-se, acessar e produzir informações e
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e
autoria.
Pensamento científico, crítico e criativo 
Repertório cultural 
Comunicação 
Cultura digital 
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O que é: Valorizar e apropriar-se de conhecimentos e
experiências.
Para: Entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à
cidadania e ao seu projeto de vida com liberdade, autonomia,
criticidade e responsabilidade.
O que é: Argumentar com base em fatos, dados e informações
confiáveis.
Para: Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns, com base em direitos humanos, consciência
socioambiental, consumo responsável e ética.
O que é: Conhecer-se, compreender-se na diversidade humana e
apreciar-se.
Para: Cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo
suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade
para lidar com elas.
O que é: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e
a cooperação.
Para: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos
direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade,
sem preconceitos de qualquer natureza.
O que é: Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação.
Trabalho e projeto de vida 
Argumentação 
Autoconhecimento e autocuidado 
Empatia e cooperação 
Responsabilidade e cidadania 
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Para: Tomar decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
O ensino fundamental está dividido em áreas do conhecimento e
componentes curriculares. Em áreas do conhecimento se encontram as
seguintes disciplinas:
 Linguagens
Com as componentes curriculares:
Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua
Inglesa.
 Matemática
Com a componente curricular:
Matemática.
 Ciências da natureza
Com a componente curricular:
Ciências.
 Ciências humanas
Com as componentes curriculares:
Geografia e História.
 Ensino Religioso
C i l
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No ensino fundamental, cada componente curricular está dividido em
unidades temáticas,as quais têm objetos do conhecimento específicos,
e cada objeto de conhecimento corresponde às diversas habilidades.
Por exemplo: a componente curricular Matemática tem unidades
temáticas, objetos do conhecimento e habilidades específicas.
Essas habilidades da BNCC estão organizadas por componente
curricular e ano escolar, de acordo com um código:
Com a componente curricular:
Ensino Religioso.
O primeiro par de letras
indica a etapa, por
exemplo: educação infantil
(EI), ensino fundamental
(EF) e ensino médio (EM).
O primeiro par de números
indica a componente
curricular; no caso da EI, o
grupo por faixa etária.
O segundo par de letras
indica o campo de
experiência para a EI, já
para o EF indica a
componente curricular.
Por �m, o último par de
números indica a posição
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Exemplo
EF01MA08 ensino fundamental, 1 ano, matemática, posição da
habilidade na componente curricular.
A Geogra�a como componente
curricular
Segundo Barroso (apud PEREZ, 2018), a Base Nacional Comum
Curricular estabelece referenciais de aprendizagens essenciais como
base para o trabalho desenvolvido nas unidades escolares de todo
Brasil, levando-se em conta as especificidades de cada local. As
componentes curriculares de História e Geografia estão localizadas em
uma área denominada ciências humanas, que deve propiciar aos alunos
a capacidade de interpretar o mundo, compreender processos e
fenômenos sociais, políticos e culturais e, mediante os fenômenos
sociais e naturais, os alunos devem ser capazes de atuar com:

Ética

Responsabilidade

Autonomia
As competências específicas para o ensino de Geografia no ensino
fundamental significam a fusão entre as competências gerais e as
competências específicas da área de ciências humanas. O documento
propõe que a Geografia possibilite aos alunos dos anos iniciais do
ensino fundamental:
da habilidade na
numeração sequencial da
componente de cada ano
escolar.
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[...] reconhecer e comparar as
realidades de diversos lugares de
vivência.
(BNCC, 2017, p. 362)
Sendo assim, segundo Barroso (apud PEREZ, 2018), ao final do 5º ano,
os alunos devem estar preparados para realizar essas ações com
autonomia, já que fazem parte dos objetivos da educação formal em
nossa sociedade, configurando-se como fundamento essencial a
participação social junto ao desenvolvimento da cidadania. Já para os
anos finais, a base traz demandas mais desafiadoras, ou seja, amplia a
profundidade das discussões que levem os alunos a não só
compreenderem, mas também atuarem em “processos que resultam na
desigualdade social” (BARROSO apud PEREZ, 2018, p. 39).
A Geografia, enquanto componente curricular, deve oferecer aos alunos
um conjunto de experiências de aprendizagens nas quais possam
desenvolver habilidades necessárias ao alcance desses objetivos. O
importante, segundo Barroso (apud PEREZ, 2018), é desenvolver ao
longo do processo do ensino fundamental o raciocínio geográfico,
ampliando a cada desenvolvimento de competências as habilidades
necessárias para compreensão dos aspectos fundamentais da realidade
(BNCC, 2017, p.357):
Localização
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Atos e fenômenos da
superfície terrestre
O ordenamento territorial
As conexões existentes
entre componentes físicos-
naturais
As ações antrópicas (ação
do ser humano sobre o
meio ambiente)
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“Onde se localiza?” “Por que se localizar?” “Como se distribui?” “Quais
são as características socioespaciais?” Essas questões guiam a
abordagem de fenômenos nas aulas de Geografia.
Partindo da observação de seus lugares de vivências,
os alunos podem estabelecer relações entre o que
ocorre nos lugares em que vivem e em outros lugares
próximos e também distantes.
Exemplo
Uma abordagem dos transportes utilizados no município em que vivem:
um grande conjunto de perguntas pode desencadear exercícios de
raciocínio geográfico. Onde se localiza o município? Por que a estação
de trem se localiza na parte baixa das terras do município? Como as
construções e moradias se distribuem no município? As concentrações
de moradias acompanham a linha de trem? Quais são as características
da vida no município relacionadas à via férrea? São perguntas que
nascem da observação dos elementos dos lugares de vivência. Esses
questionamentos mobilizam a busca por respostas que, por sua vez,
levam à formulação de novas perguntas.
Tal movimento proporciona aos alunos compreender a situação
geográfica como “um conjunto de relações” (BARROSO apud PEREZ,
2018, p.39-40). Com base em uma observação dos seus lugares de
vivência, os alunos verificam se essas relações ocorrem de fato e
levantam explicações para os fenômenos.
O raciocínio geográfico passa por princípios, segundo Barroso (apud
PEREZ, 2018):
 Analogia
Comparação entre os fenômenos geográficos e a
identificação de semelhanças.
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 Conexão
Um fenômeno geográfico nunca acontece
isoladamente, mas em conexão com outros
próximos ou distantes.
 Diferenciação
Variação dos fenômenos de interesse da geografia
pela superfície terrestre, por exemplo o clima.
 Distribuição
Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.
 Extensão
Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência
do fenômeno geográfico.
 Localização
Posição particular de um objeto na superfície, pode
ser absoluta (definida por um sistema de
coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por
meio de relações espaciais topológicas ou por
interações espaciais).
 Ordem
P i í i áfi d i l id d f
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Unidades temáticas
Segundo Barroso (apud PEREZ, 2018), à medida que os alunos
formulam perguntas sobre o que observam, é preciso colocá-los em
contato com os conteúdos e conceitos de Geografia, denominados
objetos de conhecimento, ou seja, segundo a BNCC (2017),
aprendizagens essenciais, ou seja, as habilidades que devem ser
asseguradas aos alunos.
Resumindo
A questão “o que ensinar?” está articulada à “por que ensinar?”. Assim
os objetos de conhecimento são arranjados em unidades temáticas.
Em Geografia, essas unidades temáticas são comuns a todos os anos
do ensino fundamental:
Princípio geográfico de maior complexidade, refere-
se ao modo ou à estrutura do espaço de acordo
com as regras da sociedade que o produziu.
O sujeito e seu lugar no
mundo
Conexões e escalas
Mundo do trabalho
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No ensino fundamental predomina a descrição nas aulas de Geografia,
já nos anos finais a geografia regional e o raciocínio geográfico são
preponderantes. A principal novidade concentra-se em formular
objetivos de aprendizagem capazes de contemplar uma Geografia
escolar analítica que vá além de aspectos descritivos. As aulas não se
limitam à observação do espaço (a estação, a via férrea e as moradias),
envolvendo a classificação desses elementos:
Formas de representação e
pensamento espacial
Natureza, ambientes e
qualidade de vida
Os tipos de transporte e as
funções no espaço urbano
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É muito importante que o professor motive questões aos alunos, as
quais serão o ponto de partida para que eles busquem explicações
sobre os fenômenos e compreendam melhor os aspectos fundamentais
da realidade.
Análise de concentração
urbana
Amplitude imobiliária
Deslocamento de moradias
Construção de novos
loteamentos
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Competências especí�cas de Geogra�a para o ensino
fundamental
Estas são as competências específicas que o aluno do ensino
fundamental deve desenvolver com relação à disciplina Geografia:
Utilizar os conhecimentos geográ�cos para entender a
interação sociedade/natureza e exercitar o interesse
e o espírito de investigação e de resolução de
problemas.
Estabelecer conexões entre diferentes temas do
conhecimento geográ�co, reconhecendo a importância
dos objetos técnicos para a compreensão das formas
como os seres humanos fazem uso dos recursos da
natureza ao longo da história.
Desenvolver autonomia e senso crítico para
compreensão e aplicação do raciocínio geográ�co na
análise da ocupação humana e produção do espaço e
os princípios analogia, conexão, diferenciação,
distribuição, extensão, localização e ordem.
Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das
linguagens cartográ�cas e iconográ�cas, de
diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para
a resolução de problemas que envolvam informações
geográ�cas.
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Utilizar processos e procedimentos de investigação
para compreender o mundo natural, social, econômico,
político e o meio técnico-cientí�co e informacional,
avaliar ações e propor perguntas e soluções,
partindo de conhecimentos geográ�cos.
Construir argumentos com base em informações
geográ�cas, debater e defender ideias e pontos de
vista que respeitem e promovam a consciência
socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao
outro, sem preconceitos de qualquer natureza.
Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia,
responsabilidade, �exibilidade, resiliência e
determinação, propondo ações sobre as questões
socioambientais, com base em princípios éticos,
democráticos, sustentáveis e solidários.
Habilidades especí�cas em Geogra�a para o ensino
fundamental
Exemplo: Geogra�a – 1º ano
Unidade Temática: O
sujeito e seu lugar no
mundo.
Objetivos do
conhecimento: O modo de
vida das crianças em
diferentes lugares.
Situações de convívio em
diferentes lugares.
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Unidade Temática:
Conexões e escalas.
Objetivos do
conhecimento: Ciclos
naturais e a vida cotidiana.
Unidade Temática: Mundo
do trabalho.
Objetivos do
conhecimento: Diferentes
tipos de trabalho existentes
no seu dia a dia.
Unidade Temática: Formas
de representação e
pensamento espacial.
Objetivos do
conhecimento: Pontos de
referência.
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Nas discussões sobre a componente curricular Geografia, existem
unidades temáticas e, dentro dessas unidades temáticas, objetos do
conhecimento. Essas unidades e esses objetos devem ser trabalhados
por meio de habilidades específicas para aquele ano. Essas habilidades
vão se ampliando e se especificando ao longo do ensino fundamental,
tanto para os anos iniciais como para os anos finais, por isso, são
específicas para cada ano escolar.
Unidade Temática:
Natureza, ambientes e
qualidade de vida.
Objetivos do
conhecimento: Condições
de vida nos lugares de
vivência.
 EF01GE01
Habilidades: Descrever características observadas
de seus lugares de vivência – moradia, escola etc.
– e identificar semelhanças e diferenças entre
esses lugares.
 EF01GE02
Habilidades: Identificar semelhanças e diferenças
entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e
l
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lugares.
 EF01GE03
Habilidades: Identificar e relatar semelhanças e
diferenças de usos do espaço público – praças,
parques – para o lazer e diferentes manifestações.
 EF01GE04
Habilidades: Discutir e elaborar, coletivamente,
regras de convívio em diferentes espaços – sala de
aula, escola etc.
 EF01GE05
Habilidades: Observar e descrever ritmos naturais –
dia e noite, variação de temperatura e umidade etc.
– em diferentes escalas espaciais e temporais,
comparando a sua realidade com outras.
 EF01GE06
Habilidades: Descrever e comparar diferentes tipos
de moradia ou objetos de uso cotidiano –
brinquedos, roupas, mobiliários –, considerando
técnicas e materiais utilizados em sua produção.
 EF01GE07
H bilid d D ti id d d t b lh
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Saiba mais
Habilidades: Descrever atividades de trabalho
relacionadas com o dia a dia da sua comunidade.
 EF01GE08
Habilidades: Criar mapas mentais e desenhos com
base em itinerários, contos literários, histórias
inventadas e brincadeiras.
 EF01GE09
Habilidades: Elaborar e utilizar mapas simples para
localizar elementos do local de vivência,
considerando referenciais espaciais – frente e
atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro
e fora – e tendo o corpo como referência.
 EF01GE10
Habilidades: Descrever características de seus
lugares de vivência relacionadas aos ritmos da
natureza – chuva, vento, calor etc.
 EF01GE11
Habilidades: Associar mudanças de vestuário e
hábitos alimentares em sua comunidade ao longo
do ano, decorrentes da variação de temperatura e
umidade no ambiente.
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Ao longo do descritivo dentro do material da BNCC, existem
especificações por ano. Consulte o documento para localizar a estrutura
que envolve o ano de conhecimento. Desse modo, o plano de aula da
componente curricular Geografia vai se modificando ano a ano,
ampliando as habilidades e competências esperadas ao longo do ensino
fundamental.
A História como componente
curricular
Com relação ao ensino de História, Zucchi (apud PEREZ, 2018) afirma
que a BNCC destaca a importância de compreender a construção do
conhecimento histórico. Para isso, alinha que, no ensino fundamental,
esse movimento deve ser realizado em etapas:
Educação infantil
Nos anos iniciais, o
objetivo é que os
estudos possibilitem
aos alunos
desenvolverem o
conhecimento de si e
do outro, ampliando-o
em diferentes tempos e
espaços específicos,
preparando os jovens
para etapa seguinte.
Ensino Fundamental
O objetivo é desenvolver
as habilidades
específicas de cada
objeto de conhecimento
da disciplina, como
considerar a utilização
de diferentes fontes e
tipos de documentos
(escritos, iconográficos,
materiais, imateriais),
capazes de facilitar a
compreensão de tempo
e espaço e das relações
sociais.
Para que o trabalho com fontes seja proveitoso, ou seja, para que
professores e alunos desempenhem o papel de agentes do processo de
ensino-aprendizagem dos conteúdos propostos, devem ser
considerados cinco processos descritos na BNCC (2017):

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Identi�car
Capacidade de descrever e
caracterizar determinado
processo, evento ou documento
histórico, localizando-o no
tempo e no espaço de acordo
com as informações disponíveis,de modo que seja capaz de
perceber informações não
explícitas nos documentos
históricos aprimorando o
processo de identificação.
Comparar
Pode ser trabalhado,
inicialmente, por meio das
relações entre eventos,
processos e documentos
históricos com a realidade
imediata do aluno; semelhanças
e diferenças entre os objetos
históricos distintos, salientando
rupturas e continuidades, pois
esse movimento é essencial
para o ensino-aprendizagem de
História.
Contextualizar
Capacidade de reunir saberes e
ações que desenvolvam sua
autonomia de se localizarem no
tempo, no espaço, dentro de
cada cultura, fatos, processos,
acontecimentos e produções de
diversos tipos de documentos
históricos, ou seja, compreender
que acontecimentos, processos
i t hi tó i tã
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Apesar de serem processos cognitivos complexos, é
importante que sejam desenvolvidos desde o ensino
fundamental, instrumentalizando os alunos de acordo
com sua faixa etária.
Zucchi (apud PEREZ, 2018) destaca que o ensino básico tem como
objetivo o desenvolvimento de habilidades associadas aos aspectos
descritos para que os alunos consigam relacionar que o estudo do
passado está vinculado ao presente, tornando-se cidadãos críticos e
autônomos. Para que isso ocorra a contento, é fundamental levar em
conta a experiência dos alunos do ponto de vista social, econômico,
cultural e temporal. Utilizar os conhecimentos prévios como base para
novas aprendizagens é essencial. A seguir, a referida autora apresenta
alguns exemplos.
e registros históricos estão
relacionados a um tempo, um
local e a uma cultura.
Interpretar
Pode ser trabalhado,
inicialmente, através da
apresentação das relações
dimensão espacial e temporal
com a mobilidade das diversas
populações e suas diferentes
formas de inserção e
marginalização nas sociedades
ao longo da história.
Analisar
Capacidade que reúne diversos
conhecimentos e um
posicionamento crítico do
estudante.
Ensino fundamental I - 5º ano 
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Reconhecer a diversidade de povos e culturas e suas
formas de organização – do processo de sedentarizarão à
formação de Estados –, incluindo a compreensão do papel
da religião e da cultura para os povos da antiguidade.
Compreender as diferentes formas de registro e/ou
transmissão da história – as tradições orais, valorização da
memória e do uso de diferentes linguagens –, identificando
as diferentes formas de organizar e medir o tempo.
Reconhecer os patrimônios materiais e imateriais da
humanidade e suas transformações ao longo da história.
A capoeira é uma arte marcial introduzida no Brasil por povos bantus e é considerada
patrimônio imaterial do Brasil.
Aprofundar o entendimento sobre a diversidade de formas
de compreensão, medição e registro do tempo, incluindo
reflexões sobre sintonias e diacronias e o sentido das
cronologias.
Estudar sobre as origens da espécie humana – identificando
as hipóteses científicas sobre o assunto –, seus
deslocamentos e processos de sedentarização –
descrevendo as transformações da natureza pela ação
humana ao longo do tempo.
Reconhecer as lógicas de organização política e social,
formas de trabalho e aspectos culturais dos povos ao longo
da história: Antiguidade Oriental – mesopotâmicos, egípcios
e povos pré-colombianos da América – e Antiguidade
Ocidental – gregos e romanos e a passagem do mundo
antigo para o medieval, considerando o Mediterrâneo como
espaço de integração entre Europa África e Oriente Médio.
Ensino fundamental II - 6º ano 
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Compreender a ampliação das conexões entre a Europa,
América e África na modernidade.
Estudar os aspectos políticos sociais e culturais do século
XV ao final do século XVIII – Renascimento, Reformas
religiosas, expansão marítima, processos de colonização da
América, lógicas mercantis do mundo moderno, escravidão
e emergência do capitalismo.
Focar os estudos na compreensão da conformação da
história do mundo contemporâneo na Europa e na América:
Iluminismo, Revoluções Inglesas, Revolução Industrial, crise
do sistema colonial na América e nos processos de
independência, o Brasil monárquico, nacionalismo,
liberalismo e Revoluções Europeias no século XIX,
imperialismo na África e na Ásia, darwinismo social e o
discurso civilizatório e a questão indígena nas Américas.
Ensino fundamental II - 7º ano 
Ensino fundamental II - 8º ano 
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O Homem Vitruviano, Leonardo da Vinci, 1490.
Estudar a República no Brasil desde a sua formação até a
Constituição de 1988, considerando o protagonismo dos
diferentes grupos e sujeitos históricos.
Relacionar as abordagens da história nacional aos
processos europeus, africanos, asiáticos e latino-
americanos dos séculos XIX e XX, reconhecendo as
especificidades e fazendo aproximações entre os eventos,
incluindo os da história regente.
Estudar ascensão do totalitarismo na Europa e os grandes
conflitos mundiais, a Guerra Fria, as experiências ditatoriais
na América do Sul, os processos de descolonização na
África e na Ásia. O fim da Guerra Fria e o processo de
globalização.
Competências especí�cas de História para o ensino
fundamental
Estas são as competências específicas que o aluno do ensino
fundamental deve desenvolver com relação à disciplina História:
Ensino fundamental II - 9º ano 
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Compreender
acontecimentos históricos,
relações de poder e
processos e mecanismos
de transformação e
manutenção das estruturas
sociais, políticas,
econômicas e culturais ao
longo do tempo e em
diferentes espaços para
analisar, posicionar-se e
intervir no mundo
contemporâneo.
Compreender a
historicidade no tempo e
no espaço, relacionando
acontecimentos e
processos de
transformação e
manutenção das estruturas
sociais, políticas,
econômicas e culturais,
bem como problematizar os
signi�cados das lógicas de
organização cronológica.
Elaborar questionamentos,
hipóteses, argumentos e
proposições em relação a
documentos,
interpretações e contextos
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históricos especí�cos,
recorrendo a diferentes
linguagens e mídias,
exercitando a empatia, o
diálogo, a resolução de
con�itos, a cooperação e o
respeito.
Identi�car interpretações
que expressem visões de
diferentes sujeitos,
culturas e povos com
relação a um mesmo
contexto histórico, e
posicionar-se criticamente
com base em princípios
éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e
solidários.
Analisar e compreender o
movimento de populações
e mercadorias no tempo e
no espaço e seus
signi�cados históricos,
levando em conta o respeito
e a solidariedade com as
diferentes populações.
Compreender e
problematizar os conceitos
e procedimentos
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Habilidades especí�cas para História ao ensino fundamental
Exemplo: História – 1º ano
Unidade Temática: Mundo pessoal - meu lugar no
mundo.
Objetivos do conhecimento: As fases da vida e a ideia
de temporalidade (passado, presente, futuro). As
diferentes formas de organização da família e da
comunidade, os vínculos pessoais e as relações de
amizade.A escola e a diversidade do grupo social
envolvido.
norteadores da produção
historiográ�ca.
Produzir, avaliar e utilizar
tecnologias digitais de
informação e
comunicação de modo
crítico, ético e
responsável,
compreendendo seus
signi�cados para os
diferentes grupos ou
estratos sociais.
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Unidade Temática: Mundo pessoal - eu, meu grupo
social e meu tempo.
Objetivos do conhecimento: A vida em casa, na
escola e as formas de representação social e espacial:
os jogos e brincadeiras como forma de interação
social e espacial. A vida em família, diferentes
con�gurações e vínculos. A escola, sua representação
espacial, sua história e seu papel na comunidade.
Nas discussões sobre a componente curricular História, existem
unidades temáticas e, dentro dessas unidades temáticas, objetos do
conhecimento. Essas unidades e esses objetos devem ser trabalhados
por meio de habilidades específicas para aquele ano. Essas habilidades
vão se ampliando e se especificando ao longo do ensino fundamental,
tanto para os anos iniciais como para os anos finais, por isso, são
específicas para cada ano escolar.
 EF01HI01
Habilidades: Identificar aspectos do seu
crescimento por meio do registro das lembranças
particulares ou de lembranças dos membros de
sua família e/ou de sua comunidade.
 EF01HI02
Habilidades: Identificar a relação entre as suas
histórias e as de sua família e de sua comunidade.
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 EF01HI03
Habilidades: Descrever e distinguir os seus papéis e
as responsabilidades relacionados à família, à
escola e à comunidade.
 EF01HI04
Habilidades: Identificar as diferenças entre os
variados ambientes em que vive – doméstico,
escolar e da comunidade –, reconhecendo as
especificidades dos hábitos e das regras que os
regem.
 EF01HI05
Habilidades: Identificar semelhanças e diferenças
entre jogos e brincadeiras atuais e de outras
épocas e lugares.
 EF01HI06
Habilidades: Conhecer as histórias da família e da
escola e identificar o papel desempenhado por
diferentes sujeitos em diferentes espaços.
 EF01HI07
Habilidades: Identificar mudanças e permanências
nas formas de organização familiar.
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Saiba mais
Ao longo do descritivo dentro do material da BNCC, existem
especificações por ano. Consulte o documento para localizar a estrutura
que envolve o ano de conhecimento. Desse modo, o plano de aula da
componente curricular História vai se modificando ano a ano, ampliando
as habilidades e competências esperadas ao longo do ensino
fundamental.
 EF01HI08
Habilidades: Reconhecer o significado das
comemorações e festas escolares, diferenciando-
as das datas festivas comemoradas no âmbito
familiar ou da comunidade.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Segundo Clímaco (2018), a criança precisa de tempos, espaços,
brincadeiras e interações para pensar sobre o mundo em que
habita, observar, criar hipóteses, construir narrativas e expressá-las
por meio das múltiplas linguagens. Na BNCC a educação infantil
não é etapa preparatória, ela tem especificidades próprias, por isso
o educador deve:
A
Organizar as aprendizagens através de objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento para cada campo
etário, a fim de garantir o direito de aprendizagem
articulado aos campos de experiências.
B
Proporcionar as aprendizagens, mesmo sem
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para
cada campo etário, a fim de garantir o direito de
aprendizagem articulado aos campos de
experiências.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Para Clímaco (2018), o tempo de interação e brincadeiras é
necessário para que a criança pense e avalie o mundo em que vive.
Esse espaço pode ser usado para observação e criação de
hipóteses, além de ser aproveitado para expressão e criação de
narrativas. Portanto, a BNCC considera que a educação infantil não
é etapa preparatória e deve ser organizada em aprendizagem e
desenvolvimento e articulado aos campos de experiências.
Questão 2
Para o ensino de História, a BNCC estimula o trabalho com fontes
seja profícuo. De acordo com Zucchi (apud PEREZ, 2018), é
importante considerar processos para esse movimento: identificar,
comparar, contextualizar, interpretar e analisar. Avalie as afirmativas
a seguir sobre esses processos:
I- Identificar é a capacidade de descrever e caracterizar
determinado processo, evento ou documento histórico.
II- Comparar é estabelecer o que há de semelhante e diferente entre
os objetos históricos distintos, salientando rupturas e
continuidades.
III- Contextualizar é fazer com que saibam as mentalidades
específicas dos diferentes períodos históricos.
IV- Analisar é a capacidade de reunir diversos conhecimentos e um
posicionamento crítico do estudante.
C
Organizar as aprendizagens através de objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento para somente um
campo etário, a fim de garantir o direito de
aprendizagem articulado aos campos de
experiências.
D
Organizar as aprendizagens, através dos campos de
experiências desenvolvimento, sem considerar cada
campo etário.
E
Organizar as aprendizagens, através de objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento para cada campo
etário, sem considerar os campos de experiências.
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Marque a alternativa correta:
Parabéns! A alternativa E está correta.
Identificar: capacidade de descrever e caracterizar determinado
processo, evento ou documento histórico, localizando-o no tempo e
no espaço de acordo com as informações disponíveis.
Comparar: verificar o que há de semelhante e diferente entre os
objetos históricos distintos, salientando rupturas e continuidades,
pois esse movimento é essencial para o ensino-aprendizagem de
História.
Contextualizar: compreender que acontecimentos, processos e
registros históricos estão relacionados a um tempo, um local e uma
cultura. Quem, como, quando, onde, em quais circunstâncias são
questionamentos fundamentais em História.
Analisar: capacidade que reúne diversos conhecimentos e um
posicionamento crítico do estudante.
Considerações �nais
A nova estrutura metodológica tem se tornado um desafio para os
professores no cotidiano escolar. A resistência e o medo de que a BNCC
se torne uma camisa de força só podem ser vencidos estudando e
A Somente I e II estão corretas.
B Somente II e III estão corretas.
C Somente III e IV estão corretas.
D I, II e III estão corretas.
E I, II e IV estão corretas.
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associando o princípio à prática. Neste material, tentamos ser didáticos
nessa construção, mostrando o que é a BNCC, sua estrutura e aplicação
nas ciências humanas. O desafio não é simples, por isso continuar seus
estudos nesse assunto é importante!
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principais aspectos tratados no conteúdo.
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indicamos o plano de aula “Construindo identidades com meu
grupo”, relacionado ao 1º ano do ensino fundamental.
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as seções relacionadas às áreas de História e Geografia.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). Brasília, 2017. Consultado na internet em: 28 mar. 2022.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03221/index.html?brand=estacio# 78/80
BRASIL. Ministério da Educação. Geografia. Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). Brasília, 2017. Consultado na internet em: 28 mar.
2022.
BRASIL. Ministério da Educação. História. Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). Brasília, 2017. Consultado na internet em: 28 mar.
2022.
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2009.
MENEZES, L. C de. BNCC de Bolso. Como colocar em prática as
principais mudanças da educação infantil ao ensino fundamental. [s.l.]:
Editora do Brasil, 2019.
NERSELLO, M. BNCC: entendendo os conceitos de competência e
habilidade. Edify, 13 ago. 2020. Consultado na internet em: 21 mar.
2022.
PEREZ, T. BNCC - A Base Nacional Comum Curricular na prática da
gestão escolar e pedagógica. São Paulo: Editora Moderna, 2018.
UNESCO. El desarollo de um curriculum inclusivo. Temário Aberto sobre
Educación Inclusiva. Santiago-Chile: Oficina Regional de Educação de la
UNESCO para a América Latina y el Caribe, 2004.
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