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ENTREVISTA
1. IDENTIFICAÇÃO 
1.1 IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA
Nome do(a) acadêmico(a): .Paulo Maurício Pestana Souza
Curso: Nutrição. Disciplina: Experiência Profissional - Antropologia e Alimentação 
Nome do Tutor: Helitânia Azevedo 
1.2 DADOS RELACIONADOS À ENTREVISTA
Nome do(a) entrevistado(a):Maria Cira de Almeida
Idade do(a) entrevistado(a): 82 anos
Endereço do(a) entrevistado(a): Rua das Flores, Arari/MA
2. ROTEIRO DE ENTREVISTA
QUESTÃO 1: Onde você nasceu? Onde você nasceu?
Resposta: Eu nasci em São Luís do Maranhão, uma cidade linda e cheia de história.
QUESTÃO 2:Qual a origem da sua família?
Resposta: Minha família é de origem maranhense. Meus pais e avós nasceram e viveram em São Luís, 
mantendo nossas tradições e cultura vivas
QUESTÃO 3: Onde você cresceu? Onde passou a sua infância?
Resposta: Eu cresci em São Luís mesmo, na casa que meus pais construíram com muito esforço. Passei minha infância 
brincando nas ruas de paralelepípedos e nas praias, que sempre foram parte importante da minha vida.
QUESTÃO 4:"Com quem você cresceu? Por quem foi criado?
Resposta :Cresci com meus pais e meus irmãos. Fui criada pela minha mãe, Dona Libânha, uma mulher forte e 
dedicada, e pelo meu pai, Seu Crispim, um homem trabalhador e Rígido.
QUESTÃO 5 Você cozinhava porque gostava ou por necessidade/obrigação?
Resposta:No início, era por necessidade, pois tínhamos uma família grande e muitas bocas para alimentar. Mas com o 
tempo, comecei a gostar de cozinhar e a apreciar o valor de preparar uma boa refeição.
QUESTÃO 6: O que você mais gostava de cozinhar?
Resposta: Sempre adorei fazer pratos típicos da nossa terra, como o arroz de cuxá e o peixe frito. Mas o que eu mais 
gostava mesmo era preparar o Cuxá, que é um prato cheio de sabor e tradição.
QUESTÃO 7: Quais eram as maiores dificuldades (se existiam)? Como era a cozinha na sua casa? Como era 
o fogão, as panelas, os utensílios de cozinha?
Resposta:As maiores dificuldades eram a falta de alguns ingredientes e os utensílios limitados. Nossa 
cozinha era simples, com um fogão a lenha e panelas de barro. Tínhamos poucos utensílios, mas minha mãe 
sabia fazer milagres com o que tinha.
QUESTÃO 8: Tem algum alimento que lhe traz boas lembranças? Que lembre a sua infância ou 
algum momento específico da sua vida?
Resposta: Sim, o cuxá me traz muitas lembranças da minha infância e da minha mãe na cozinha. O cheiro do 
vinagreira e o sabor único sempre me levam de volta àqueles tempos.
QUESTÃO 9: Tem alguma comida típica ou tradicional da sua família ou comunidade onde você 
morava/mora?
Resposta: Sim, na nossa comunidade em São Luís, Também tinhamos a torta de camarão, que é muito 
apreciada.
QUESTÃO 10: Considerando os alimentos que lhe trazem boas lembranças e/ou alguma comida típica da 
sua família, que você faz hoje ou que já tenha feito muito, qual seria esse prato?
Resposta: Seria o cuxá, sem dúvida.
QUESTÃO 11:Qual a origem dessa receita?
Resposta: A receita do cuxá é uma tradição maranhense que vem sendo passada de geração em geração.
QUESTÃO 12:Você aprendeu com alguém? Com quem? É receita de família?
Resposta: Aprendi com a minha mãe. Mesmo que de forma natural é uma receita passada oralmente de mãe 
para filha.
QUESTÃO 13: Como você aprendeu essa receita? Foi por escrito ou de forma oral?
Resposta: Aprendi de forma oral, ajudando minha mãe na cozinha e observando como ela preparava tudo.
QUESTÃO 14: Você já ensinou essa receita para alguém? Se sim, para quem?
Resposta: Sim, ensinei para minhas filhas e netas. É importante manter a tradição viva.
QUESTÃO 15: Tem alguma data específica ou algum dia especial em que você prepare essa receita? 
Isso acontece mais de uma vez ao ano?
Resposta: Sempre tinha costume de fazer quando mais jovem,hoje com 82 anos apenas auxilío minhas filhas e 
netas; em ocasiões especiais não pode faltar, tá chegando as festas juninas e pode ter certeza que vai tem 
muito arroz no Cuxá 
QUESTÃO 16: Quando você prepara essa receita, tem outras pessoas envolvidas nesse preparo? Ou 
você faz sozinha(o)?
Resposta: Como eu disse anteriormente, hoje, Geralmente, minhas filhas e netas fazem praticamente todo o 
trabalho manual enquanto eu vou só auxiliando dando dicas de anos de experiência. É um momento de união 
e aprendizado para todos.
QUESTÃO 17: Tem algum outro alimento ou alguma bebida que acompanhe esse prato?
Resposta: Geralmente, servimos o cuxá com arroz branco e peixe frito. Às vezes, também acompanhamos com 
um bom suco de caju ou uma cerveja gelada, no meu caso fico com o suquinho mesmo( a entrevistada dá 
uma risada nesse momento) 
QUESTÃO 18:Quais os ingredientes usados nessa receita?
Resposta: Os ingredientes principais são a vinagreira, arroz, camarão seco, gergelim, farinha de mandioca e 
temperos como alho e cebola.
QUESTÃO 19: Desses ingredientes, algum deles mudou ou foi adaptado ao longo do tempo?
Resposta: Alguns ingredientes foram adaptados conforme a disponibilidade, mas sempre tentamos manter a 
essência da receita original.
QUESTÃO 20: Atualmente, como você prepara essa receita? Descreve para mim, por favor, o passo 
a passo?
Resposta: ‘’Opa, Agora!!!’’
Primeiro lave a vinagreira e corte-a finamente.
Depois comece a refogar alho e cebola no azeite até dourar.
Adicione a vinagreira e deixe cozinhar até murchar.
Acrescenter o camarão seco e o gergelim torrado.
Misture bem e adiciona a farinha de mandioca aos poucos, mexendo sempre.
 Depois é só cozinhar até formar uma mistura homogênea.
 E pronto agora é servir com arroz branco e peixe frito.
QUESTÃO 21: Isso mudou ao longo do tempo? Essa receita sempre foi preparada dessa forma, desde que 
você aprendeu? Se mudou, o que mudou?
Resposta: A essência da receita permaneceu a mesma, mas alguns detalhes mudaram conforme novos 
ingredientes ficaram disponíveis e a tecnologia avançou.
QUESTÃO 22: Tem alguma dica ou algum segredo para melhorar o resultado dessa receita? Se sim, 
aproveite e me conte agora!
Resposta: O segredo está em usar ingredientes frescos e de boa qualidade. Além disso, é importante torrar 
bem o gergelim e refogar a vinagreira até que fique bem macia. E claro, cozinhar com amor e paciência, como 
minha mãe sempre dizia.