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<p>Mola</p><p>Hidatiforme</p><p>A mola hidatiforme é um tipo de doença trofoblástica decorrente de uma gestação</p><p>com alteração genética, culminando com multiplicação exagerada das células da</p><p>placenta, que assumem aspecto de gotas d’água (vesículas) ou cacho de uvas.</p><p>A mola parcial acontece quando há a fecundação de um óvulo com material genético</p><p>paterno duplicado, ou seja, dois espermatozóides fecundam um mesmo óvulo</p><p>(triploidia). Neste caso, há a formação de um embrião com malformações</p><p>incompatíveis com a vida que, em geral, não evolui além do primeiro trimestre.</p><p>A Mola hidatiforme completa resulta da fecundação de um óvulo sem núcleo por um</p><p>espermatozóide, com duplicação do material genético paterno. Neste caso, não há</p><p>formação de embrião. Em ambos os tipos de molas, tem-se um crescimento</p><p>trofoblástico desordenado, produzindo quantidades excessivas de gonadotrofina</p><p>coriônica (hCG).</p><p>Diagnóstico clínico e laboratorial</p><p>Deve-se suspeitar de mola hidatiforme nos seguintes casos:</p><p>• Sangramento de primeiro trimestre</p><p>• Gestação não evolutiva à ultrassonografia</p><p>• Altura de fundo de útero maior do que a idade gestacional</p><p>• Sintomas gestacionais exacerbados (náuseas e vômitos)</p><p>• hCG>200.000 mUI/ml</p><p>À ecografia, deve-se suspeitar de mola quando a idade gestacional for incompatível</p><p>(menor do que o esperado), quando há ausência de visualização do embrião</p><p>considerando a idade gestacional, e/ou há presença de massa ou material</p><p>heterogêneo com áreas císticas anecóicas na cavidade uterina. Em caso de imagem</p><p>duvidosa, deve-se repetir a ecografia em uma semana para confirmação de não</p><p>evolução da gestação. Em caso de imagem compatível, deve-se proceder o</p><p>esvaziamento uterino.</p><p>A proliferação trofoblástica exagerada pode continuar mesmo após o</p><p>esvaziamento uterino; no caso de mola completa, 20% dos casos evoluirão</p><p>para neoplasia trofoblástica gestacional e, no caso de mola parcial, esse</p><p>índice é de 0,5 a 5%.</p><p>Em pacientes com mola hidatiforme que apresentem níveis elevados de hCG,</p><p>especialmente acima de 500.000 mUI/mL podem ser visualizados cistos</p><p>tecaluteínicos nos ovários</p><p>deve-se solicitar ecografia transvaginal a todas as gestantes com</p><p>sangramentos de primeiro trimestre, e suspeitar de mola hidatiforme antes de</p><p>tomar conduta expectante em caso de abortamento retido, para evitar</p><p>demora no diagnóstico.</p><p>Não se deve deixar uma gestação molar chegar ao segundo trimestre. É nessa</p><p>idade gestacional que os riscos aumentam para hemorragia, pré-eclâmpsia,</p><p>insuficiência respiratória (caracterizada por embolia pulmonar, edema agudo</p><p>de pulmão), cistos teca-luteínicos e morte.</p><p>Seguimento pós-alta</p><p>Deve-se garantir o seguimento ambulatorial pós-alta, preferencialmente em serviço</p><p>especializado, com prescrição de contracepção imediata (não é necessário esperar cessar o</p><p>sangramento) e realização de hCG seriado semanal ou quinzenalmente. O HCG deve cair</p><p>gradualmente até ficar em níveis normais (abaixo de 5), quando considera-se que a</p><p>paciente está em remissão.</p><p>Visando garantir que não houve evolução para doença trofoblástica gestacional, o hCG</p><p>deve permanecer negativo por mais de 6 meses em caso de mola total, e por pelo menos 1</p><p>mês para mola parcial.</p><p>Mola Hidatiforme X Doença trofoblástica gestacional</p><p>A mola hidatiforme é um tipo de doença trofoblástica gestacional. As</p><p>formas benignas da doença trofoblástica gestacional são representadas</p><p>pela gestação molar, ou seja, mola hidatiforme do tipo completa e do</p><p>tipo parcial. A forma maligna é a neoplasia trofoblástica gestacional.</p><p>Importante ressaltar que a neoplasia trofoblástica gestacional pode</p><p>ter sua origem de uma mola hidatiforme, mas também pode surgir de</p><p>qualquer tipo de gravidez.</p><p>Tratamento</p><p>Definição</p><p>O misoprostol pode ser utilizado para auxiliar o amadurecimento do colo</p><p>uterino em pacientes selecionadas, especialmente quando do diagnóstico precoce</p><p>da MH, antes do aparecimento de sangramento transvaginal e de cólicas no</p><p>baixo ventre.</p><p>A dose não deve ultrapassar 400 μg, e o intervalo de tempo entre a</p><p>introdução do comprimido de misoprostol na vagina e o esvaziamento uterino é</p><p>de no máximo três horas. Caso aconteça sangramento volumoso e cólicas antes</p><p>desse período, deve-se realizar imediatamente o esvaziamento uterino.</p><p>Lembrando que o uso do misoprostol é unicamente para amadurecimento do</p><p>colo e nunca com o objetivo de promover a expulsão do tecido molar, visto que</p><p>a indução de contrações uterinas antes do esvaziamento da MH aumenta o</p><p>risco de evolução para doença persistente e de embolização trofoblástica para</p><p>vasos pulmonares.</p><p>Feito o diagnóstico da mola, o tratamento é o esvaziamento uterino com</p><p>aspiração manual intrauterina (AMIU).</p>

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