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<p>UNIVERSIDADE PÚNGUÈ</p><p>Faculdade de Geociências e Ambiente</p><p>VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS E FACTORES DE INFERTELIDADE</p><p>Curso de Licenciatura em GADEC - 1º ano/Pós-Laboral</p><p>Costa Paulo</p><p>Farai Oneasse Cassoche</p><p>Fernando Pita Chitache</p><p>Isaías Tomas</p><p>Lídia Guetinala</p><p>Quentino Joaquim</p><p>Tete</p><p>Agosto, 2024</p><p>Costa Paulo</p><p>Farai Oneasse Cassoche</p><p>Fernando Pita Chitache</p><p>Isaías Tomas</p><p>Lídia Guetinala</p><p>Quentino Joaquim</p><p>VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS E FACTORES DE INFERTELIDADE</p><p>Trabalho de pesquisa da disciplina</p><p>Demografia, apresentado á Faculdade de</p><p>Geociências e Ambiente da Universidade</p><p>Púnguè para fins avaliativos no curso de</p><p>Licenciatura em GADEC.</p><p>Docente: Msc. Inácio Guirione.</p><p>Tete</p><p>Agosto, 2024</p><p>Índice</p><p>1. Introdução ............................................................................................................................... 2</p><p>1.1.Objetivos ........................................................................................................................... 3</p><p>1.1.1.Objetivo Geral ............................................................................................................ 3</p><p>1.1.2.Objetivos Específicos ................................................................................................. 3</p><p>1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 4</p><p>2. Variáveis Demográficas .......................................................................................................... 5</p><p>2.1. Definição das Variáveis Demográficas ............................................................................ 5</p><p>2.2. Principais Variáveis Demográficas .................................................................................. 5</p><p>2.2.1. Fecundidade............................................................................................................... 5</p><p>2.2.1.1. Taxa de Fecundidade Geral (TFG) ..................................................................... 5</p><p>2.2.1.2. Taxa Especifica de Fecundidade (TEF) .............................................................. 6</p><p>2.2.1.3. Taxa de Fecundidade Total (TFT)....................................................................... 6</p><p>2.2.2. Natalidade .................................................................................................................. 6</p><p>2.2.2.1. Taxa Bruta de Natalidade (TBN) ........................................................................ 7</p><p>2.2.3. Mortalidade e Mortalidade Infantil ........................................................................... 7</p><p>2.2.3.1. Taxa Bruta de Mortalidade (TBM) ..................................................................... 8</p><p>2.2.3.2. Taxa Especifica de Mortalidade (TEM).............................................................. 9</p><p>2.2.3.3. Taxa da Mortalidade Infantil (TMI).................................................................... 9</p><p>2.3. Conceitos de Infertilidade .................................................................................................. 10</p><p>2.3.1.1. Causas Ambientais e de Estilo de Vida ............................................................. 10</p><p>2.3.1.2. Causas Femininas ............................................................................................. 11</p><p>2.3.1.3. Causas Masculinas ............................................................................................ 11</p><p>3. Conclusão ............................................................................................................................. 12</p><p>Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 13</p><p>2</p><p>1. Introdução</p><p>As variáveis demográficas desempenham um papel crucial na compreensão das dinâmicas</p><p>sociais, econômicas e ambientais de uma população. Elas englobam aspectos como idade,</p><p>gênero, estado civil, nível educacional, ocupação, entre outros, e servem como indicadores</p><p>essenciais para a formulação de políticas públicas, planejamento urbano e desenvolvimento</p><p>sustentável.</p><p>A análise dessas variáveis permite traçar o perfil de uma população, identificar tendências e</p><p>antecipar desafios, oferecendo uma base sólida para a tomada de decisões em diversas áreas.</p><p>Entender a inter-relação entre essas variáveis é fundamental para criar estratégias que atendam</p><p>às necessidades da população de maneira equitativa e eficaz..</p><p>3</p><p>1.1.Objetivos</p><p>1.1.1.Objetivo Geral</p><p>• Estudar acerca das Variáveis Demográficas e Fatores de Infertelidade</p><p>1.1.2.Objetivos Específicos</p><p>• Descrever as Principais Variáveis Demográficas;</p><p>• Identificar os Fatores de Infertilidade.</p><p>4</p><p>1.2. Metodologia</p><p>Para a elaboração deste trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica, que de acordo com Gil (2002,</p><p>p. 44) “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído</p><p>principalmente de livros e artigos científicos”. Embora em quase todos os estudos seja exigido</p><p>algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de</p><p>fontes bibliográficas.</p><p>5</p><p>2. Variáveis Demográficas</p><p>2.1. Definição das Variáveis Demográficas</p><p>São medidas estatísticas que mostram as características e as mudanças de uma população. Elas</p><p>são essenciais para a análise demográfica e para o planejamento social e econômico. A</p><p>fecundidade, a natalidade e a mortalidade são as principais variáveis demográficas, que</p><p>fornecem informações importantes sobre o crescimento, a composição e a distribuição de uma</p><p>população ao longo do tempo (Silva, 2022).</p><p>2.2. Principais Variáveis Demográficas</p><p>2.2.1. Fecundidade</p><p>O termo "fecundidade" refere-se à capacidade biológica de uma mulher de ter filhos. É uma</p><p>variável importante para os estudos demográficos porque tem um impacto direto na taxa de</p><p>crescimento de uma população.</p><p>Bongaarts (2015) afirma que o aumento do uso de métodos contraceptivos e o aumento da</p><p>educação feminina estão fortemente ligados ao declínio das taxas de fecundidade em todo o</p><p>mundo.</p><p>2.2.1.1. Taxa de Fecundidade Geral (TFG)</p><p>A TFG é o quociente, num determinado ano (j), entre o número de nascidos vivos e a população</p><p>feminina dentro do período reprodutivo ou em idade fértil. Usualmente, considera-se idade fértil</p><p>da população feminina a faixa de 15 a 49 anos (Bongaarts, 2015).</p><p>• onde 35Q15f,j, é o número de mulheres de 15 a 49 anos. A idade 15 corresponde ao limite</p><p>inferior do intervalo de idade e 35 a amplitude do intervalo.</p><p>A TFG depende da maior ou menor intensidade (risco) com que as mulheres têm filhos a cada</p><p>idade, assim como da distribuição etária proporcional das mulheres dentro do intervalo de 15 a</p><p>49 anos de idade (Bongaarts, 2015).</p><p>Analogamente a TBN, a TFG não é uma boa medida para se comparar diferenciais de níveis de</p><p>fecundidade entre populações cujas distribuições etárias das mulheres em idade fértil sejam</p><p>diferentes.</p><p>6</p><p>2.2.1.2. Taxa Especifica de Fecundidade (TEF)</p><p>A TEF por idade da mulher refere-se ao quociente, em um determinado ano, entre o número de</p><p>nascimentos vivos de mães em uma determinada idade ou grupo etário e o número de mulheres</p><p>nesta mesma idade ou grupo etário (x, x+n).</p><p>Quando não houver nenhuma outra qualificação, incluem-se no numerador da TEF todos os</p><p>nascimentos provenientes de todas as mulheres do grupo etário pertinente, assim como no</p><p>denominador todas as mulheres do mesmo grupo. Com as necessárias adequações no</p><p>numerador e/ou no denominador, pode-se obter TEFs mais refinadas (Bongaarts, 2015). Assim,</p><p>podemos ter: taxa específica por idade e estado conjugal, por sexo, por ordem de nascimento</p><p>etc.</p><p>2.2.1.3. Taxa de Fecundidade Total (TFT)</p><p>Para se avaliar e comparar níveis de fecundidade é bastante difícil trabalhar com um</p><p>conjunto</p><p>de sete TEFs quinquenais para cada população em estudo. Para tal, geralmente, usa-se a TFT</p><p>(Bongaarts, 2015).</p><p>A TFT corresponde ao número médio de filhos que uma mulher teria ao terminar o período</p><p>reprodutivo. Como a TEF refere-se ao número médio de filhos que uma mulher de uma</p><p>determinada idade teria em um ano, vê-se que a TFT depende do conjunto de TEFs:</p><p>Multiplica-se o somatório das TEFs por n (amplitude do intervalo de idade) porque a TEF</p><p>corresponde aos nascimentos por mulher durante 1 ano e cada mulher vive dentro de cada</p><p>intervalo n anos. Se os grupos etários das mulheres forem quinquenais, a TFT será representada</p><p>por:</p><p>2.2.2. Natalidade</p><p>A natalidade é influenciada por diversos fatores, incluindo as condições econômicas, sociais,</p><p>culturais, e políticas. Por exemplo, em períodos de prosperidade econômica, as taxas de</p><p>natalidade tendem a aumentar, enquanto em tempos de crise econômica, podem ocorrer</p><p>declínios significativos.</p><p>7</p><p>De acordo com o relatório das Nações Unidas (2019), as taxas de natalidade global têm</p><p>apresentado uma tendência de queda, especialmente em países desenvolvidos, devido ao</p><p>envelhecimento populacional e ao aumento da urbanização. Essa diminuição na natalidade tem</p><p>implicações significativas para a estrutura etária da população, com um aumento da proporção</p><p>de idosos em muitas sociedades.</p><p>2.2.2.1. Taxa Bruta de Natalidade (TBN)</p><p>A natalidade é medida através da TBN, que é definida como a relação entre o número de</p><p>crianças nascidas vivas durante um ano e a população total. Usualmente esta relação é expressa</p><p>por mil habitantes.</p><p>• onde N é o número de nascidos vivos durante o ano j.</p><p>Tal como no caso da TBM, ao se calcular a TBN adota-se no j denominador a população total</p><p>no meio do ano, como uma aproximação do número de pessoas-ano. Pode-se determinar a TBN</p><p>por sexo, relacionando os respectivos números de nascimento e população.</p><p>A TBN depende da maior ou menor intensidade com que as mulheres têm filhos a cada idade,</p><p>do número das mulheres em idade fértil, como proporção da população total, e da distribuição</p><p>etária relativa das mulheres dentro do período reprodutivo. Portanto, não é um bom indicador</p><p>para se analisar diferenciais de níveis de fecundidade entre populações.</p><p>Diferentemente da TBM, a TBN não é medida de risco, pois nem todas as pessoas incluídas no</p><p>denominador estão sujeitas a se tornarem pais ou mães no ano em questão. Neste campo, a</p><p>medida de risco é dada pelas taxas de fecundidade (Nações Unidas, 2019).</p><p>2.2.3. Mortalidade e Mortalidade Infantil</p><p>A mortalidade é uma indicação importante da saúde geral de uma população é a taxa de</p><p>mortalidade. A mortalidade infantil é um importante indicador das condições de saúde, da</p><p>nutrição e dos cuidados médicos que as crianças têm acesso.</p><p>A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2021) afirma que, embora a taxa de mortalidade</p><p>infantil tenha diminuído significativamente nos últimos anos, ainda há diferenças significativas</p><p>em várias partes do mundo. A mortalidade infantil em países de baixa renda continua alta devido</p><p>à falta de acesso a cuidados de saúde básicos e à prevalência de doenças infecciosas.</p><p>8</p><p>2.2.3.1. Taxa Bruta de Mortalidade (TBM)</p><p>O total de óbitos ocorridos durante um ano calendário. A relação entre o total de óbitos e a</p><p>população total representa o risco que tem uma pessoa dessa população de morrer no decorrer</p><p>desse ano (OMS, 2021). Esta medida é conhecida como TBM e podemos representá-la por:</p><p>• onde j refere-se ao ano-calendário.</p><p>Explicado o conceito de TBM, com um exemplo: Em Moçambique, foram registrados em 1980</p><p>um total de 177.431 óbitos. A população residente em 1 de setembro de 1980, conforme o Censo</p><p>Demográfico daquele ano, era de 25.040.712.</p><p>Para se calcular a TBM para esse ano é necessário estimar-se a população para 1 de julho de</p><p>1980. Levando-se em consideração a população recenseada em 1 de setembro de 1970</p><p>(17.771.948), estima-se para 1 de julho de 1980 uma população total de 24.925.7642.</p><p>Agora, temos todos os elementos para calcular a TBM de Moçambique para 1980. Aplicando a</p><p>formula temos:</p><p>Para se chegar a esta estimativa, primeiro calculou-se r, taxa media anual de crescimento entre</p><p>1 de setembro de 1970 e 1 de setembro de 1980 (1 de setembro foi a data dos Censos de 1970</p><p>e 1980), conforme equação, encontrando-se r = 0,035 ou 3,5%. Em seguida, estimou-se a</p><p>população para 1 de julho de 1980, através de:</p><p>Q1/7/80 = Q1/9/70 (1 + r)t</p><p>Q1/7/80 = 17.771.948 (1,035)9,833</p><p>Q1/7/80 = 24.925.764</p><p>Observe que entre 1 de setembro de 1970 e 1°- de julho de 1980 há um intervalo de 9 anos e</p><p>10 meses; por isto na equação acima:</p><p>• t = 9,8333.</p><p>Usualmente esta taxa é representada pelo número de óbitos por mil habitantes, para maior</p><p>facilidade de interpretação.</p><p>Então dizemos que a TBM de Moçambique em 1980 era de 7,12 óbitos por mil habitantes.</p><p>9</p><p>O nível da TBM dependerá de dois componentes básicos: a intensidade com que se morre a</p><p>cada idade e a distribuição etária proporcional da população. Do primeiro componente, porque</p><p>em diferentes idades as pessoas estão sujeitas a diferentes riscos de morte (OMS, 2021).</p><p>Por exemplo: os recém-nascidos e os idosos têm maior chance de morrer do que os</p><p>adolescentes. O segundo componente decorre do primeiro, pois se os riscos são diferenciados</p><p>por idade, há de se levar em conta o maior ou menor peso dos diversos grupos etários.</p><p>2.2.3.2. Taxa Especifica de Mortalidade (TEM)</p><p>O conceito de TEM, que se refere ao risco de morte em cada idade ou em cada grupo etário.</p><p>Corresponde ao quociente entre o total de óbitos, num determinado ano, em cada idade ou grupo</p><p>etário e a população correspondente no meio do ano (OMS, 2021). Representamos por:</p><p>onde x refere-se a idade limite inferior do grupo etário, n a amplitude do intervalo do grupo e j</p><p>ao ano em questão.</p><p>O total de óbitos no decorrer de um ano pode ser representado por:</p><p>2.2.3.3. Taxa da Mortalidade Infantil (TMI)</p><p>Ela corresponde ao risco que um nascido vivo tem de vir a falecer antes de completar um ano</p><p>de idade (OMS, 2021). Está implícito neste conceito a idéia de probabilidade.</p><p>Como as crianças nascidas durante um ano, digamos j, só completarão um ano de idade no ano</p><p>seguinte, j + 1, a mortalidade infantil entre os nascidos em um ano-calendário ocorrerá durante</p><p>dois anos consecutivos, j e j + 1.</p><p>No ano j ocorrerão óbitos infantis de nascidos em j - 1 e j, e em j + 1 ocorrerão óbitos infantis</p><p>de nascidos em j e j + 1.</p><p>A TMI referente aos nascidos em j será:</p><p>onde:</p><p>• N = número de nascidos vivos;</p><p>• lOo (nj) = óbitos de crianças abaixo de um ano, nascidas no ano j;</p><p>• j e j + 1 = ano de ocorrência dos eventos.</p><p>10</p><p>2.3. Conceitos de Infertilidade</p><p>A infertilidade pode ser definida como uma doença caracterizada pela incapacidade de obter</p><p>uma gravidez clínica, após 12 meses de relações sexuais regulares e desprotegidas, devido a um</p><p>comprometimento da capacidade de reprodução de uma pessoa, enquanto indivíduo ou com o</p><p>parceiro. Intervenções de fertilidade podem ser iniciadas em menos de um ano, com base em</p><p>história médica, sexual e reprodutiva, idade, aspetos físicos e testes de diagnóstico (Zegers-</p><p>Hochschild et al., 2017).</p><p>Para a Associação Portuguesa de Fertilidade (s.d.), a infertilidade advém de uma falência</p><p>orgânica, decorrente da disfunção dos órgãos reprodutores ou dos gâmetas. O casal é</p><p>considerado infértil quando não alcança uma gravidez, após 12 meses de relações sexuais sem</p><p>uso de métodos contracetivos.</p><p>Ezzell (2016) define infertilidade feminina de acordo com diferentes faixas etárias. Assim, em</p><p>mulheres abaixo de 35 anos, a infertilidade diz respeito à incapacidade de conceber uma criança</p><p>depois de um ano de relações sexuais desprotegidas; entre 35 e 40 anos, à incapacidade de</p><p>conceber depois de seis meses de relações sexuais desprotegidas; com mais de 40 anos de idade,</p><p>à incapacidade de conceber depois de três meses de relações sexuais desprotegidas. A</p><p>infertilidade também se refere à incapacidade de ter uma gravidez de termo (e.g., situações de</p><p>aborto recorrente).</p><p>2.3.1. Fatores de Infertilidade</p><p>A infertilidade é um fator demográfico que pode afetar significativamente a fecundidade e, por</p><p>conseguinte, a taxa de natalidade. A infertilidade é definida como a incapacidade de um casal</p><p>de conceber após um ano de relações sexuais regulares e desprotegidas.</p><p>De acordo com a OMS (2020), cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva no mundo</p><p>enfrentam problemas de infertilidade.</p><p>Os fatores de infertilidade podem ser divididos em causas masculinas, femininas e fatores</p><p>combinados (Sharma et al., 2015).</p><p>2.3.1.1. Causas Ambientais e de Estilo de Vida</p><p>Como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a obesidade, e o estresse, têm sido</p><p>identificados como contribuintes significativos para a infertilidade em ambos os sexos</p><p>(Mascarenhas et al., 2012).</p><p>A infertilidade não só impacta diretamente as taxas de fecundidade e natalidade, mas também</p><p>pode ter implicações psicológicas e sociais para os casais afetados, influenciando sua qualidade</p><p>de vida e bem-estar.</p><p>11</p><p>2.3.1.2. Causas Femininas</p><p>É causada por fatores femininos e engloba alterações ovulatórias; reserva ovárica diminuída;</p><p>malformações anatómicas, endócrinas, genéticas, funcionais ou imunológicas do sistema</p><p>reprodutor; doença crónica e condições sexuais incompatíveis com o coito (Ezzell, 2016).</p><p>2.3.1.3. Causas Masculinas</p><p>É causada por parâmetros ou função anormal do sémen; malformações anatómicas, endócrinas,</p><p>genéticas, funcionais ou imunológicas do sistema reprodutor; doença crónica e condições</p><p>sexuais incompatíveis com a capacidade de depositar sémen na vagina (ZegersHochschild et</p><p>al., 2017).</p><p>12</p><p>3. Conclusão</p><p>As variáveis demográficas, como fecundidade, natalidade e mortalidade, são fundamentais para</p><p>entender as complexas dinâmicas populacionais que moldam a estrutura de uma sociedade. Elas</p><p>não apenas revelam o estado atual de uma população, mas também antecipam mudanças que</p><p>podem impactar a sustentabilidade e o desenvolvimento futuro. A análise detalhada dessas</p><p>variáveis oferece uma base sólida para o planejamento social e econômico, permitindo a criação</p><p>de políticas públicas eficazes que respondam às necessidades emergentes.</p><p>Os fatores de infertilidade desempenham um papel crucial nesse cenário, afetando diretamente</p><p>a fecundidade e, por consequência, as taxas de natalidade. Esses fatores podem ser</p><p>influenciados por uma ampla gama de aspectos, como condições de saúde, fatores ambientais</p><p>e comportamentos sociais. A compreensão profunda desses elementos é vital para formular</p><p>intervenções que não só melhorem a saúde reprodutiva, mas que também garantam um</p><p>crescimento populacional harmonioso e sustentável.</p><p>Além disso, a interação entre variáveis demográficas e fatores de infertilidade ressalta a</p><p>importância de uma abordagem integrada e holística no estudo da demografia. Essa perspectiva</p><p>permite que os impactos de mudanças populacionais sejam antecipados e geridos de maneira</p><p>mais eficaz, promovendo o bem-estar social e econômico de maneira equilibrada e inclusiva.</p><p>Com uma compreensão clara dessas dinâmicas, é possível direcionar esforços para fortalecer a</p><p>resiliência de uma população diante de desafios futuros e assegurar um desenvolvimento</p><p>contínuo e sustentável..</p><p>13</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>Bongaarts, J. (2015). As causas das diferenças educacionais na fecundidade na África</p><p>Subsariana. Anuário de Pesquisa Populacional de Viena, 13, 31-50.</p><p>DOI:10.1553/populationyearbook2015s031.</p><p>Ezzell, C. (2016). Infertilidade em mulheres por faixa etária. Revista de Saúde Reprodutiva,</p><p>7(2), 22-35.</p><p>Mascarenhas, M. N., Flaxman, S. R., Boerma, T., Vanderpoel, S., & Stevens, G. A. (2012).</p><p>Tendências nacionais, regionais e globais na prevalência de infertilidade desde 1990: uma</p><p>análise sistemática de 277 pesquisas de saúde. PLoS Med, 9(12), e1001356.</p><p>Organização Mundial da Saúde (OMS). (2020). Infertilidade. Disponível em:</p><p>https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/infertility</p><p>Organização Mundial da Saúde (OMS). (2021). Estatísticas de Saúde Mundial 2021:</p><p>Monitorando a Saúde para os ODS. Genebra: Organização Mundial da Saúde.</p><p>Silva, J. (2022). Variáveis demográficas e sua importância para o planejamento social e</p><p>econômico. São Paulo: Editora População.</p><p>Sharma, R., Biedenharn, K. R., Fedor, J. M., & Agarwal, A. (2015). Fatores de estilo de vida e</p><p>saúde reprodutiva: assumindo o controle de sua fertilidade. Biologia Reprodutiva e</p><p>Endocrinologia. 11(66), 1-15.</p><p>Nações Unidas. (2019). Perspectivas da População Mundial 2019: Destaques. Nova York:</p><p>Nações Unidas.</p><p>Zegers-Hochschild, F., Adamson, G. D., Mouzon, J. D., Ishihara, O., Mansour, R., Nygren, K.,</p><p>Sullivan, E., & Vanderpoel, S. (2017). Comitê Internacional para Monitoramento das</p><p>Tecnologias de Reprodução Assistida (ICMART) e a Organização Mundial da Saúde (OMS)</p><p>glossário revisado de terminologia ART. Fertilidade e Sterilidade. 99(3), 559-562.</p><p>Capa de DEMOGRAFIA FARAI.pdf</p><p>Trabalho de DEMOGRAFIA.pdf</p>