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<p>Análise do filme “A grande aposta”</p><p>O filme americano “A grande aposta” conta a história de alguns investidores que lucraram muito com uma estratégia arriscada de investimentos durante a crise imobiliária dos Estados Unidos em 2008. Além disso, a produção mostra como Michael Burry, gestor de um fundo de investimentos e a primeira pessoa a prever a crise, chegou à conclusão que o mercado americano estava ruindo.</p><p>A estratégia de Burry se consistia em “apostar” contra o até então, estável mercado hipotecário, já que o investidor notou que a taxa de inadimplência estava em uma onda crescente e que as instituições financeiras emprestavam recursos para indivíduos que não possuíam renda suficiente para arcar com os custos. Ao perceber essa tendência, Michael Burry adquiriu dezenas de “credit-default swaps”, um instrumento que faria ele ganhar dinheiro com a queda do mercado de hipotecas.</p><p>Entretanto, tal estratégia era vista como arriscada pelos investidores de seu fundo, visto que o mercado hipotecário americano era considerado muito estável. Apesar de toda desconfiança, Burry estava certo e lucrou bastante com a crise das subprimes.</p><p>Em relação ao filme, é possível notar que o risco que os investidores correram em todas as operações eram grandes, já que estavam apostando contra algo que nunca havia acontecido. Contudo, esse risco era minimizado na medida em que eles conheciam e estudavam as operações em que estavam investindo. Dessa forma, apesar de estarem sob riscos, conseguiam entender as variáveis necessárias para obter um retorno efetivo sobre os investimentos.</p><p>Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o risco de um investimento pode ser conceituado como “a probabilidade, em uma	aplicação financeira, de se obter rentabilidade diferente daquela esperada no momento inicial do investimento”. Já o retorno, pode ser considerado como o valor final do investimento subtraído de seu valor inicial. Quanto maior o retorno esperado de uma aplicação financeira, maiores os riscos.</p><p>A capacidade que um investidor tem para assumir riscos depende de vários fatores (Vitto.et al, 2020). Conforme material da Anbima, esses fatores são o patrimônio que o indivíduo possui, os seus objetivos financeiros e o tempo necessário para que esses objetivos se concretizem. É natural que uma pessoa que possua mais recursos financeiros do que obrigações assuma riscos maiores no mercado. Outrossim, é possível inferir que quanto mais tempo disponível um investidor dispuser, mais riscos ele pode tomar.</p><p>Todavia, não se pode resumir a análise entre risco e retorno a apenas análises objetivas, pois aspectos subjetivos, ou seja, variável de acordo com características pessoais do investidor, devem ser levados em consideração. A maioria das corretoras ao fazer cadastros de clientes, os conduzem a uma avaliação de perfil de investidor, que normalmente são classificados como conservadores, moderados e arrojados, sendo o último, o cidadão com mais “apetite” ao risco.</p><p>Apesar disso, existem diversas estratégias utilizadas por investidores para mitigar os riscos de suas operações, sem que necessite de renunciar a grandes quantidades de recursos. Uma delas é a diversificação, que consiste em dividir o patrimônio em diferentes ativos, a fim de que, caso haja baixa em determinado investimento, ele não afete a carteira como um todo. Embora a aplicação não faça com que o retorno seja a do ativo mais bem avaliado, essa estratégia evita que os rendimentos sejam iguais a do pior instrumento. Dessa forma, em geral, a diversificação oferece rendimentos melhores que investimentos individuais.</p><p>Entretanto, mesmo com estratégias e experiência, os investidores estão sujeitos a diferentes tipos de riscos no mercado financeiro, já que os fatores macroeconômicos não estão em seu controle e esses fatores são parte importante na obtenção de retornos patrimoniais.</p>

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