RELATORIO DE MEDIAÇÃO dia 2511

Prévia do material em texto

<p>4</p><p>RELATÓRIO DE AUDIENCIA DE MEDIAÇÃO</p><p>APRESENTAÇÃO SUCINTA</p><p>a) descrever no relatório a data, tempo de mediação, o caso.</p><p>Caso:</p><p>Júlia teve um relacionamento amoroso com Arthur pedreiro, do relacionamento nasceu João que está com 03 anos de idade.</p><p>O casal se separou logo após o nascimento do menor e possuem um único imóvel onde residiam, ambos ajudaram na compra do material de construção da casa que foi avaliado em R$ 50.000,00.</p><p>Júlia procurou o Cejusc para cobrar a pensão alimentícia do filho, pois há 6 meses Arthur (que reside em outra cidade) não deposita qualquer valor bem como quer resolver a questão do imóvel, pois Júlia que saiu de casa.</p><p>Data da mediação:</p><p>11/11/2022</p><p>18/11/2022</p><p>Tempo da Mediação:</p><p>02 sessões cada uma sessão de 2:00h</p><p>b) quais foram os pontos (jurídicos) controvertidos (discutidos) da mediação?</p><p>Ação de execução de alimentos;</p><p>Partilha de bens do casal (01 imóveis no valor de R$ 50.000,00, cinquenta mil reais);</p><p>Falta de pagamento de pensão alimentícia ao menor;</p><p>Venda da casa requerida por Júlia;</p><p>c) apontar quais técnicas foram aplicadas durante a mediação, descrevendo em quem e por que foram aplicadas.</p><p>Afago (aplicada em ambos) pelo mediador;</p><p>Júlia - vendo o lado produtivo e eficiente, positivo da parte.</p><p>Arthur- vendo o lado produtivo,</p><p>Teste de realidade (aplicada Sr.Arthur) pelo mediador;</p><p>Normalização (aplicada com Júlia) pelo mediador;</p><p>Inversão de papéis (aplicada em Sr.Arthur) pelo mediador;</p><p>Recontextualização (aplicada em Sr.Arthur) pelo mediador;</p><p>Sessão privada ou individual (foi aplicada em Sr.Arthur) pelo mediador;</p><p>Audição propostas implícitas (aplicada Sr.Arthur) pelo mediador;</p><p>d) A que resultados as partes chegaram?</p><p>Júlia requereu uma pensão para o filho menor de R$ 300,00(trezentos reais) para custeio de despesas alimentícias, vestuário, remédio etc.</p><p>Quantum indenizatório ainda insuficiente devido a criança ter problemas de intolerância a lactose, e usar produtos específicos para se alimentar.</p><p>Sr. Arthur recorrendo inicialmente da proposta não aceitou, propôs o valor de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), alugando a casa e ficando com a diferença do restante do aluguel após retirar o valor da pensão, todavia, após a segunda sessão de mediação e as técnicas aplicadas pelo mediador, Sr. Arthur chegou à conclusão de dar pensão no valor de R$ 280,00 (duzentos e oitenta reais), mais o compromisso de passar a casa para o nome do menor posteriormente.</p><p>e) Qual(is) técnica(s) poderia(m) ser aplicada(s) e não for(am)?</p><p>· Validação de sentimentos</p><p>· Silêncio</p><p>· Organização de questões e interesses</p><p>· Geração de opções/ perguntas orientadas a geração de opções</p><p>RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO, PRIMEIRO DIA DA SIMULAÇÃO EM SALA DE AULA</p><p>No dia 11.11 houve a primeira simulação em sala de aula, sob orientações da Professora. Os dois primeiros mediadores que fizerem a cerimônia de apresentação, Vitor e Brenda, foram muito felizes em suas palavras e respeitaram os princípios do art. 2 da Lei de Mediação.</p><p>O caso avaliado foi o de Júlia teve um relacionamento amoroso com Arthur pedreiro, do relacionamento nasceu João que está com 03 anos de idade.</p><p>O casal se separou logo após o nascimento do menor e possuem um único imóvel onde residiam, ambos ajudaram na compra do material de construção da casa que foi avaliado em R$ 50.000,00.</p><p>Júlia procurou o Cejusc para cobrar a pensão alimentícia do filho, pois há 6 meses Arthur (que reside em outra cidade) não deposita qualquer valor bem como quer resolver a questão do imóvel, pois Júlia que saiu de casa.</p><p>Os pontos mais debatidos foram: Ação de execução de alimentos;</p><p>Partilha de bens do casal (01 imóveis no valor de R$ 50.000,00, cinquenta mil reais); Falta de pagamento de pensão alimentícia ao menor; Venda da casa requerida por Júlia;</p><p>Vitor passou muita segurança em sua apresentação, com a imparcialidade do mediador, isonomia entre as partes, oralidade, busca do consenso, boa-fé. Na minha opinião, lhe faltou um pouco mais de informalidade, de dar mais autonomia as partes de sua vontade, um pouco de confidencialidade, tudo isso no intuito de fazer as partes se sentirem mais à vontade, mais acolhidas.</p><p>Já na apresentação da Brenda, uma apresentação um pouco mais informal, preenchendo praticamente todos os requisitos do art. 2 da Lei de Mediação, foi uma apresentação de maior destaque para mim. Ela passou muita confiança para as partes, se demonstrou prestativa e muito empática, entendeu que poderia haver receio das partes, insegurança naquele momento e soube lhe dar muito bem com isso, eu que estava de fora observando me senti muito confortável com a fala dela.</p><p>A terceira mediadora, Cláudia, foi desafiada a aplicar a técnica de recontextualização. Essa técnica consiste na qual o mediador estimula as partes a perceberem determinado contexto fático por outra perspectiva. No meu ponto de vista, acho que ela poderia ter estimulado melhor as partes com o ponto "fraco" delas. No caso de Arthur, seu filho, e no caso de Júlia, o reconhecimento de ser uma mulher forte e uma boa mãe.</p><p>O quarto mediador, Marcelo. Aplicou a técnica chamada "gerações de opções/perguntas orientadas a gerações de opções", onde ao meu ver, não obteve tanto sucesso...</p><p>Pois essa é uma das técnicas mais eficientes na mediação, onde o mediador não dar opções da solução do conflito, mas sim, estimula as próprias partes a gerar opções de soluções e elas se sentirem parte do processo com as próprias partes resolvendo suas pendências uma com a outra. Acho que faltou uma orientação melhor, uma estimulação maior que não teve, que logo em seguida a professora Maria Amélia demonstrou na prática assumindo o papel de mediadora.</p><p>A quinta mediadora, Nubia, fez uso da técnica chamada "teste de realidade". Em uma sessão individual com Arthur, ela tratou das necessidades que o filho do casal tinha, com intuito dele arcar com as despesas do filho como foi solicitado por Júlia. Uma boa abordagem, tirando Arthur dos pensamentos que lhe deixavam em zona de conforto.</p><p>O sexto mediador, Thiago, ainda em sessão individual com Arthur, utilizou a técnica do afago. Fez bom uso dessa técnica que se tratava de ir ao lado mais sensível e delicado da parte, ir em um sentimento mais profundo para entender o seu problema e demonstra empatia com ele, fazer com que a parte exponha seu problema e fazer ela vê que outras pessoas também passam por problemas difíceis, e propor uma melhor oferta para ambas as partes. E claro, preservando o princípio da confidencialidade, onde esse sentimento mais profundo não será exposto para a outra parte, facilitando o entendimento da situação para o mediador, fazendo com que ele faça uma melhor orientação.</p><p>O sétimo mediador, Laécio, ficou responsável em passar para Júlia essa nova oferta que foi proposta por Arthur. Que foi de R$ 250,00 até conseguir alugar o imóvel, onde Arthur queria obter lucro junto com Júlia. Oferta que não agradou muito Júlia, e no primeiro dia, não chegamos a um acordo nenhum entre as partes.</p><p>A mediação de conflitos é um procedimento que pode ser judicial ou extrajudicial. No caso em tela, trata-se de uma mediação extrajudicial, insta salientar que existem diversas técnicas que serão utilizadas afim de facilitar e tornar possível a solução do conflito, tais conflitos tratam de direitos protestativos.</p><p>Foram feitas importantes observações pela professora, no início da simulação, que devem ser ressaltadas, sendo estas: o lugar onde as partes e o mediador irão sentar, a configuração e organização da mesa é o ponto de partida, passando implicitamente a mensagem de que ambos estão na mesma posição, sendo o mediador o ouvinte imparcial. Dito isso, a outra observação que se faz necessária frisar, é que o objeto principal é chegar a uma decisão para evitar congestionar o judiciário com tantas demandas.</p><p>1°Dia de simulação 1-Apresentação Do mediador</p><p>2- Momento de ouvir as partes</p><p>3- Técnica de recontextualização</p><p>4-geração de opções/perguntas orientadas</p><p>5- Choque de realidade;</p><p>6- Afago;</p><p>RELATÓRIO</p><p>DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO, SEGUNDO DIA DA SIMULAÇÃO EM SALA DE AULA</p><p>Na segunda aula de mediação, as partes estavam mais integradas, então a solução foi pacifica, porque Sr. Arthur sabia dos problemas que a sua ex-mulher sofria na alimentação do menor.</p><p>Os pontos conseguidos nesta etapa foram:</p><p>Júlia requereu uma pensão para o filho menor de R$ 300,00(trezentos reais) para custeio de despesas alimentícias, vestuário, remédio etc.</p><p>Quantum indenizatório ainda insuficiente devido a criança ter problemas de intolerância a lactose, e usar produtos específicos para se alimentar.</p><p>Sr. Arthur recorrendo inicialmente da proposta não aceitou, propôs o valor de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), alugando a casa e ficando com a diferença do restante do aluguel após retirar o valor da pensão, todavia, após a segunda sessão de mediação e as técnicas aplicadas pelo mediador, Sr. Arthur chegou à conclusão de dar pensão no valor de R$ 280,00 (duzentos e oitenta reais), mais o compromisso de passar a casa para o nome do menor posteriormente.</p><p>Os participantes dessa simulação se sobressaíram mostrando que possuem muito conhecimento sobre os procedimentos a ser realizados, e lograram êxito nesta disciplina.</p><p>A solução foi realizada sem muitas contestações, porque o mediador tinha atuado de forma correta, e este método é utilizado para que o mediador orienta as partes, as induz a chegarem por si sós a determinada solução de seus conflitos, na qual as mesmas não sejam prejudicadas, obtendo um resultado positivo para ambas as partes. Mas só cabe ao mediador estimular a resolução do conflito, de forma simples e eficaz, não cabendo tomada de decisão, somente as partes decidirão como obter a solução exata para o conflito existente. Dispõe a resolução nº 125, tratamento adequado aos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário, bem como o novo CPC/2015.</p><p>A mediação possui uma série de vantagens porque ela poderá ser agendada de maneira simples, sem envolver juízes e ter a figura do mediador que é uma pessoa preparada para intervir em situações conflituosas de maneira a impor a neutralidade em suas ações, e deste modo a parte interessada deverá notificar por escrito o Centro, que, deverá definir dia e hora para o seu comparecimento.</p><p>O mediador tem a função intermediária, não coercitiva. Por isso o judiciário flexibiliza através da oportunidade de meios voluntários, consensuais, para resolver os conflitos, antes de partir para o meio coercitivo. Pois para o judiciário, é mais viável uma solução por via consensual do que por uma via litigiosa.</p><p>A mediação familiar funciona como um processo no qual as pessoas envolvidas na desagregação familiar, sejam eles um casal ou outros membros da família, nomeiam uma terceira pessoa imparcial para facilitar uma comunicação melhor entre si e chegar a suas próprias decisões acordadas e informadas sobre algumas ou todas as questões relativas à separação, divórcio, filhos, finanças ou propriedade por meio de negociação. Pois a mediação em matéria de direito da família (como em outras matérias de direito civil e comercial) é definida como um processo estruturado em que duas ou mais pessoas em uma disputa familiar tentam chegar a um acordo sobre a disputa por si mesmas, com a assistência de um mediador.</p><p>Além disso, a busca do melhor interesse dos filhos raramente é deixada apenas para os pais. Seus atos e decisões podem precisar da aprovação de um tribunal ou podem estar sujeitos a uma decisão judicial. Assim, um acordo alcançado pelas partes no processo de mediação de um conflito familiar pode nem sempre ser o fim do conflito em si, uma vez que haverá um processo judicial perante um tribunal de família ou similar. No entanto, existem algumas questões no direito da família com as quais as partes podem concordar, fora de qualquer intervenção judicial. No entanto, a mediação familiar desempenha um papel importante nas disputas familiares. A mediação pode criar um ambiente construtivo para discussão e preservar uma relação amigável e sustentável entre as partes. Isso é especialmente importante quando há crianças envolvidas - direta ou indiretamente. Por outro lado, o relacionamento altamente emocional entre ex-parceiros íntimos pode causar problemas duradouros.</p><p>Os acordos podem não ser alcançados ou podem não durar muito. Nesses casos, a mediação produz ainda mais problemas e não oferece uma solução rápida nem - pelo menos em muitos casos - uma solução econômica. Além disso, na perspectiva dos direitos humanos e das garantias constitucionais, o direito dos familiares de acessar o sistema judicial deve ser respeitado.</p><p>A comunidade (especialmente os tribunais) continua a ser responsável pelo bem-estar dos membros da família, acima de tudo, pelo melhor interesse das crianças. Diz-se que os mesmos argumentos a favor e contra a mediação se aplicam à mediação em todos os litígios jurídicos, não apenas em questões familiares. No entanto, nas disputas familiares, tanto os aspectos positivos como os negativos parecem ter uma preocupação especial: por um lado, é necessário acalmar o ambiente e as emoções dos membros da família em conflito, para ajudá-los a encontrar uma solução pacífica; por outro lado, a extrema vulnerabilidade das pessoas envolvidas, principalmente das crianças, pode levar a um processo de tomada de decisão conflituosa. Portanto, a mediação em conflitos familiares exige salvaguardas e controle especiais.</p>