Prévia do material em texto
<p>Estratégia Empresarial</p><p>Ciclo PDCA-Ciclo de Vida da Indústria</p><p>Profª Alzeleni Pio</p><p>alzeleni.tavares@ucam-campos.br</p><p>1</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>“Planejar, depois agir”</p><p>Segundo Mintzberg (2006), há alguns anos o planejamento estratégico tradicional era</p><p>visto como um processo deliberado, de forma que a primeira preocupação da</p><p>organização deveria ser pensar para somente então agir.</p><p>Assim, antes era preciso planejar todas as estratégias para, depois, iniciar a sua</p><p>implementação. Tal entendimento estava presente na maioria dos estudos sobre</p><p>estratégia e privilegiava o ato de pensar em relação ao de executar, já que se acreditava</p><p>que era possível tomar decisões acerca do desconhecido antes mesmo de experimentá-</p><p>lo.</p><p>2</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>Todavia, a estratégia representa um processo de aprendizagem e,</p><p>portanto, não exige grande complexidade inicial, pois se desenvolve aos</p><p>poucos mediante o aprendizado baseado nos atos e nas experiências da</p><p>organização e dos seus consumidores.</p><p>Posto isso, Mintzberg (2006) sugere algumas ações para o</p><p>desenvolvimento do que ele chama de “planejar”:</p><p>3</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>-Escolher entre estabilidade e mudança. O planejamento formal auxilia a</p><p>“programar a estratégia criada” e não a gerar uma nova estratégia, pois pode</p><p>levar a ultrapassar as estratégias já existentes ou até mesmo a copiar aquelas</p><p>adotadas pela concorrência.</p><p>-Detectar a descontinuidade. Ser capaz de perceber as mudanças no ambiente</p><p>configura-se como o verdadeiro desafio da estratégia, o que requer investigar</p><p>os padrões do momento e compreender os seus aspectos principais. O know-</p><p>how tende a se enfraquecer durante os longos períodos de estabilidade que as</p><p>organizações experimentam.</p><p>4</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>-Conhecer o negócio. É indispensável sempre investigar e captar informações que os</p><p>concorrentes não visualizam, além de desenvolver conhecimento pessoal, ou seja,</p><p>sentimento de negócio.</p><p>-Administrar os padrões. O ponto central da estratégia encontra-se na capacidade de</p><p>visualizar padrões emergentes e, assim, auxiliá-los a ter forma ou eliminá-los com a</p><p>consciência sobre a dificuldade de avaliar o novo, embora certa previsão do futuro</p><p>possa ser concebida com base nos problemas que se apresentam no presente.</p><p>-Reconciliar mudança e continuidade. Algumas ideias inovadoras devem ser arquivadas</p><p>até que a empresa esteja preparada para uma revolução estratégica ou, então, para um</p><p>momento de divergência, pois “a vida é vivida para a frente, mas é entendida em</p><p>retrospectiva”.</p><p>5</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>Com o nosso mercado cada vez mais</p><p>exigente, surge o ciclo PDCA a fim de</p><p>melhorar os resultados do processo</p><p>estratégico. Segundo Vieira Filho (2010), esse</p><p>método ultrapassa a máxima “planejar, depois</p><p>agir”, pois compreende outras etapas</p><p>essenciais, que são: planejar, executar,</p><p>controlar e agir, originando a sigla a partir dos</p><p>termos em língua inglesa plan (“planejar”); do</p><p>(“executar”),check (“controlar”) e act (“agir”).</p><p>6</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>O ciclo PDCA tem se destacado no ambiente organizacional como um método</p><p>gerencial que visa a melhoria de ações e soluções de problemas, uma vez que se</p><p>converte em suporte de melhoria contínua e pode ser adotado em qualquer</p><p>espécie de empresa, seja ela organização privada, sem fins lucrativos ou, ainda,</p><p>em um setor público. Esse método cuida de todo o processo de melhoria</p><p>contínua por meio de três passos (MATTOS, 2010):</p><p>7</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>1. aproveitar ao máximo as informações acerca de equipes, orçamento e</p><p>planos atuação disponíveis para o desenvolvimento;</p><p>2. possuir a convicção de que o planejamento é um compromisso geral e</p><p>não uma missão de certa área;</p><p>3. interpretar o andamento de uma obra enquanto planejamento, pois nem</p><p>sempre o cronograma das obras conta com metas que serão atingidas, o</p><p>que torna indispensável conferir novamente o que já foi realizado.</p><p>8</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>Cada vez que o ciclo PDCA é utilizado para a resolução de um problema, para a</p><p>melhoria contínua ou para a padronização de um processo, a complexidade da</p><p>resolução do ciclo total eleva-se. Os planos tornam-se mais atrevidos e com</p><p>maior grau de complexidade de implementação; as metas, mais difíceis de serem</p><p>alcançadas; o treinamento e a qualificação, mais exigentes; etc. Para Lima (2006),</p><p>esse ciclo uniformiza os dados do controle da qualidade, dificulta a ocorrência de</p><p>erros lógicos nas análises e permite que as informações sejam compreendidas</p><p>de maneira mais fácil.</p><p>9</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>Além disso, ele também pode ser empregado como facilitador na transição</p><p>em prol de uma administração voltada à melhoria contínua. Já Silva (2006)</p><p>entende a metodologia PDCA como um recurso de gestão que descreve o</p><p>caminho para que os objetivos traçados sejam atingidos, uma vez que o</p><p>ciclo é constantemente utilizado para rever os objetivos quando eles já</p><p>foram alcançados e para continuar o padrão ao voltar à fase de</p><p>planejamento realizado. Nesse planejamento, são organizadas faixas</p><p>aceitáveis de valores (nível de controle) como um objetivo, isto é, a faixa</p><p>de padrão admissível para certo item de controle (LIMA, 2006).</p><p>10</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>O ciclo de vida da indústria</p><p>O efeito das cinco forças geralmente varia de acordo com os estágios do ciclo</p><p>de vida da indústria. O conceito de ciclo de vida da indústria diz que as</p><p>indústrias são pequenas no seu período de desenvolvimento inicial, em</p><p>seguida passam por um período de rápido crescimento (o equivalente a</p><p>“adolescência” no ciclo de vida humana), culminando num período de</p><p>“rearranjo”.</p><p>Os dois estágios finais são inicialmente um período de crescimento lento ou</p><p>mesmo nulo (“maturidade”) antes do estágio final de declínio (“velhice”).</p><p>Cada um desses estágios proporciona implicações para as cinco forças.</p><p>11</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>O estágio de desenvolvimento é do tipo experimental, geralmente com</p><p>alguns atores exercendo pouca rivalidade direta e com produtos altamente</p><p>diferenciados. As cinco forças geralmente são frágeis, mas, por outro</p><p>lado, os lucros podem ser escasso por conta do alto investimento exigido.</p><p>12</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>O estágio seguinte é de alto crescimento, com pouca rivalidade e muitas</p><p>oportunidades de mercado para todos. Os compradores podem se</p><p>esforçar muito para garantir seu abastecimento e não apresentar muita</p><p>sofisticação em relação aos produtos que consomem, o que diminui seu</p><p>poder. Um aspecto negativo desse estágio de crescimento é que as</p><p>barreiras de entrada costumam ser baixas, já que os competidores</p><p>existentes não angariaram muita escala, experiência ou lealdade do</p><p>cliente.</p><p>13</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>Outro aspecto possivelmente adverso é o poder dos fornecedores no caso de</p><p>haver falta de componentes ou de materiais que negócios em rápido crescimento</p><p>necessitem para expansão.</p><p>O estágio de rearranjo se inicia quando as taxas de crescimento começam a cair,</p><p>de forma que a forças de rivalidade aumentadas expulsam as empresas recém-</p><p>chegadas do negócio. No estágio de maturidade as barreiras de entrada tendem a</p><p>aumentar, já que o controle sobre a distribuição se estabiliza e os benefícios das</p><p>economias de escala e da curva de experiência aparecem. Os produtos ou</p><p>serviços tendem a se padronizar.</p><p>14</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>Os compradores podem se tornar mais poderosos enquanto se tornam</p><p>menos ansiosos pelos produtos ou serviços da indústria e mais</p><p>confiantes para alternar entre fornecedores. Para os atores principais, a</p><p>participação no mercado geralmente é a chave para sobreviver,</p><p>fornecendo uma alavancagem em relação aos compradores e vantagem</p><p>competitiva em termos de custos.</p><p>15</p><p>Fundamentos da Administração</p><p>Por fim, o estágio de declínio pode ser um período de rivalidade extrema,</p><p>especialmente quando há altas barreiras de saída e a queda das vendas força os</p><p>competidores restantes a uma competição em que um come o outro.</p><p>É importante evitar</p><p>depositar fé demasiada na inevitabilidade dos estágios do ciclo de</p><p>vida.</p><p>Um estágio não acontece previsivelmente após o outro: as indústrias variam</p><p>formidavelmente na duração de seus estágios de crescimento, e outras podem</p><p>rapidamente “desamadurecer” por conta de inovações radicais.</p><p>16</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>A indústria telefônica, baseada por quase um século em linhas fixas, desamadureceu</p><p>rapidamente com a introdução da telefonia celular e por Internet. Anita McGahan faz</p><p>observações sobre a “mentalidade da maturidade”, que pode tornar muitos gerentes</p><p>complacentes e lentos para reagir à nova competição. O gerenciamento em indústrias</p><p>maduras não é necessariamente esperar pelo declínio. Embora um progresso seguro</p><p>através dos estágios não seja inevitável, o conceito de ciclo de vida ainda assim</p><p>lembra os gerentes que as condições irão mudar ao longo do tempo.</p><p>A análise das cinco forças precisam ser revistas com regularidade, principalmente em</p><p>indústrias dinâmicas.</p><p>17</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>Exercício</p><p>1-Microsoft volta munição ao mercado corporativo</p><p>Reconhecida como o maior ícone dos computadores pessoais da história da informática, a Microsoft volta os olhos, ao menos</p><p>até o final do semestre, para o mercado corporativo, ambiente ainda dominado por marcas igualmente poderosas como IBM,</p><p>HP, Oracle e Sun Micro-systems.</p><p>Até junho, a fabricante de software reservou investimentos de R$ 12 milhões em três campanhas com focos diferentes na</p><p>venda de software a empresas brasileiras.</p><p>Diante de companhias munidas de robustas infra-estruturas de tecnologia, o objetivo da divulgação é justamente destacar a</p><p>importância da agilidade que a Microsoft se propõe a oferecer com as novas versões dos softwares Windows XP e Office XP.</p><p>A meta da Microsoft é atingir primeiro as empresas que vêem a tecnologia como um fator importante de gestão e produtividade,</p><p>logo depois é tentar atingir empresas que ainda enxergam a ferramenta como custo e no terceiro momento a campanha tem</p><p>como público-alvo as pequenas e médias empresas.</p><p>a) Embora a Microsoft seja um ícone dos computadores pessoais, que “força” ela representa no mercado de softwares</p><p>corporativos, segundo o modelo das Cinco Forças Competitivas? Descreva em que consiste este modelo.</p><p>18</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>Resposta: O modelo das Forças Competitivas envolve a interação entre cinco forças, a saber: (1)</p><p>poder de negociação dos fornecedores; (2) poder de negociação dos compradores (clientes); (3) ameaça</p><p>de produtos substitutos; (4) ameaça de entrada de novos participantes e (5) competição entre as</p><p>empresas da indústria.</p><p>A ação exercida pelas forças competitivas determina a lucratividade da indústria, pois elas influenciam</p><p>preço, custos e investimentos, fatores básicos para a rentabilidade.</p><p>A importância dos fatores define a estrutura de uma indústria, como também a intensidade das forças</p><p>competitivas, que variam de indústria para indústria, podendo modificar-se à medida que uma indústria</p><p>evolui. Essa análise possibilita o um plano de ação que irá determinar o comportamento da empresa no</p><p>ambiente competitivo. Assim o entendimento da estrutura industrial amplia a capacidade competitiva da</p><p>empresa, pois faz reconhecer que a competição se dá também com clientes e fornecedores pelo poder</p><p>de negociação, atentando-se para a entrada de novos competidores e produtos substitutos na indústria.</p><p>A Microsoft apesar de ser uma empresa de referência no setor, ela atua preferencialmente no segmento</p><p>dos computadores pessoais, assim quando ela pretende atuar no segmento corporativo sua ação se</p><p>constitui como um Novo Entrante.</p><p>19</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>2- Tratando-se da gestão da qualidade, o ciclo PDCA é</p><p>a) uma ferramenta de representação das possíveis causas que levam a um determinado efeito.</p><p>b) um método gerencial para a promoção contínua e reflete a base da filosofia do melhoramento</p><p>contínuo</p><p>c) um diagrama que auxilia na visualização da alteração sofrida por uma variável quando outra</p><p>se modifica.</p><p>d) o desdobramento de dados, a partir de levantamento ocorrido, em categorias e grupos para</p><p>determinar sua composição, objetivando a análise e pesquisa para o desenvolvimento de</p><p>oportunidades de melhorias.</p><p>e) a representação gráfica que mostra a distribuição de dados por categorias.</p><p>20</p><p>Estratégia Empresarial</p><p>21</p><p>Bons</p><p>estudos!!!!</p><p>22</p>