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Imunologia Veterinária larivet.resumos Sumário ● Órgãos linfóides secundários ………………………………………………………………….. ● Imunidade INATA ………………………………………………...……………………………… ● Sistema complemento …………………………….…………….……………………………… ● Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) e o papel das células apresentadoras de antígenos (APCs) ……………………………………..……………………………...………… ● Resposta imune humoral ………………………………………………………………….…… ● Anticorpos ………………………………………………………………………………………… ● Reações de hipersensibilidade ………………………………………………………………… ● Promoção da imunidade ……………………………..………………………………………… ● Imunidade contra parasitos e vírus ………………………………………………………….. ● Imunidade contra bactérias e fungos ……………………………………………………… ● Imunologia e bem estar animal ……………………………………………………………… Introdução à imunologia Imunologia: estuda os eventos celulares e moleculares que ocorrem em resposta a presença de microorganismos e macromoléculas estranhas Sistema imune: é composto por células e moléculas responsáveis pela imunidade - função fisiológica é a proteção. Conceitos ● Eugenia: conhecimento do próprio sistema imune desenvolveu para identificar o próprio e reconhecer o não próprio ● Apoptose: eliminação natural das células saudáveis que não se ajustaram ao organismo ● Necrose: morte celular abrupta causada por um agente deletério, onde as células se organizam e se rompem. Tríade das doenças infecciosas Deve haver o equilíbrio, e algum desses tópicos em desequilíbrio abre porta para uma doença. ●Patógenos: são divididos em números finitos de tipos (bactérias, fungos, parasitas e vírus). É um microorganismo capaz de causar uma infecção, e o potencial patógeno é um agente oportunista. Ele pode ser de vida livre, intracelular facultativo e intracelular obrigatório. ● Virulência: soma de características que vai dar ao agente infeccioso uma vantagem na batalha com seus hospedeiros. - O microorganismo mais virulento não causará doença se não tiver acesso a um hospedeiro suscetível. ● Ambiente: A ligação entre agente infeccioso e o hospedeiro final é o ambiente. A transferência para um novo hospedeiro requer uma porta de entrada. Ex: aerossol, secreções intestinais, contato sexual, contato direto, picada de artrópodes. ●Hospedeiro infectado: toda vez que têm um indivíduo infectado, a resposta do hospedeiro é um processo inflamatório(alteração anormal de tecidos ou órgãos causada por dano ou destruição do tecido, tendo componentes imunológicos e não imunológicos). O melhor exemplo de uma resposta inespecífica eficaz é o sistema complemento que é uma cascata de enzimas que no fim resulta na produção de alguns componentes (C7-8-7) - complexo de ataque a membrana. Tipos de inflamação: 1. Inflamação aguda supurativa (neutrófilo e macrófagos) 2. Inflamação granulomatosa (células gigantes, necrose caseosa) 3. Inflamação linfo-histiocítica (linfócitos e macrófagos) 4. Inflamação atópica (basófilos, eosinófilos e mastócitos). Resposta inata É a mais primitiva, resposta imediata contra microrganismos invasores. É um tipo de defesa inespecífica, elas que ativam as defesas adaptativas. - Defesa não celulares inatas: muco, bile, lágrima, urina, lisozimas, sistema complemento, proteína C reativa, citocinas (il-1), resposta febril produzida por marófagos. A defesa celular inata ocorre pelos macrófagos e monocitos, sistema reticuloendotelial (fígado, baço e medula), neutrófilos e células NK. Resposta adaptativa ●É a mais especializada ●Reposta tardía contra microorganismos invasores ●É um tipo de defesas específica ●Baseada na produção de imunoglobulinas (anticorpos) As defesas adaptativas podem ser humoral e celular. A humoral vai ser mediada pelo linfócito B (plasmócito) e a celular mediada pelo linfócito T (TCD4 - produção de citocinas e TCD8 - célula T killer). ÓrgÃos linfóides Linfócito Centro da imunidade adaptativa e das defesas do organismo, eles são capazes de reconhecer e responder a antígenos estranhos. ●São semelhantes entre si morfologicamente. ●Tais moléculas são classificadas pelo sistema de grupamento de diferenciação (CD) - imunofenótipo. ●Tem receptores para citocinas, são produtores de imunoglobulinas e atum no sistema complemento ● Únicas para cada espécie. ●São produzidos na medula óssea e maturados no timo. 3 tipos principais de linfócitos 1. Célula natural killer - minudadeinata 2. Linfócitos T - regulação da imunidade adaptativa e imunidade celular. 3. Linfócito B - produção dos anticorpos Produção de linfócitos Na vida fetal sua fonte ´´e no saco vitelínico e fígado e na vida adulta é na medula óssea. ●órgãos linfóides primários (desenvolvimento de linfócitos): timo, bursa de fabricius, placas de peyer e medula óssea. órgãos linfóides secundários (resposta a antígenos): tonsilas, baço, linfonodos, placas de peyer e medula óssea. No timo há uma atração de linfócitos T e na bursa de fabricius, linfócito B Medula óssea ● É um órgão hematopoiético que contém as células tronco responsáveis por dar origem de todas as células sanguíneas, incluindo os linfócitos. ●Atua como órgão linfóide primária (local em que os linfócitos recém-produzidos podem amadurecer). ●Assim como baço, fígado e linfonodos, a medula óssea também é um órgão linfóide secundário, possuindo muitas células dendríticas e macrofagos, removendo substâncias estranhas da corrente sanguínea. ●Apresenta um grande número de células produtoras de anticorpos - principal fonte dessas proteínas. ● Devido a essas inúmeras funções, a medula óssea é dividida em dois compartimentos, um hematopoético e outro vascular. Esses compartimentos se alternam, como faias de um bolo, em áreas em forma de cunha no interior dos ossos longos. - O compartimento hematopoiético contém as células-tronco que vão dar origem às células sanguíneas, como macrófagos, células dendríticas e linfocitos, sendo circundado por uma camada de célula adventícias. - O compartimento vascular, principal local em que os antígenos são capturados, consiste em seios sanguíneos revestidos por células endoteliais e atravessados por células reticulares e macrófagos. Timo O timo localiza-se na cavidade torácica, estando a frente, porém um pouco abaixo do coração ● Em equinos, bovinos, ovinos. suínos e galinhas eles se esem do pescoço até a tireoide ● O tamanho varia, apresentando maior tamanho no animal recém nascido e reduz o tamanho na puberdade. Em animais adultos é muito pequeno e difícil visualização Estrutura: cada lóbulo é dividido em um córtex rico em linfócitos, de coloração mais escura com uma medula mais clara composta principalmente por células epiteliais. Funções: as células precursoras dos linfócitos T originam-se na medula óssea e depois migram para o timo. No timo, as células multiplicam-se rapidamente. Das novas células formadas, a maioria é destruída por apoptose, enquanto o restante permanece no órgão por quatro a cinco dias antes de saírem para colonizarem os órgãos linfóides secundários. Os linfócitos T que entram no timo tem duas funções consideradas conflitantes: essas células precisam reconhecer antígenos estranhos, mas ao mesmo tempo não podem responder exageradamente aos constituintes normais do organismo (auto antígenos) Existe um processo de seleção em dois estágios na região medular do timo que confere essa habilidade. Processo de seleção do timo: Ocorre em dois estágios na região medular do timo. Os timócitos que possuem receptores capazes de se ligar fortemente a autoantígenos e, dessa forma, causar doenças autoimunes são eliminados por apoptose. E, os timócitos que possuem receptores incapazes de se ligar a moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) de classe II, sendo incapazes de responder a qualquer antígeno processado, também são destruídos. - Esta é a fase da seleção negativa. Por outro lado, as células que não foram eliminadas pela seleção negativa são estimuladas a se desenvolverem um processo denominado de seleção positiva. Por fim, algumas dessas células saem do timo como linfócito T maduros, circulampela corrente sanguínea e colonizam os órgãos linfóides secundários. Bursa de fabricius ●Órgão encontrado somente nas aves, é uma bolsa arredondada localizada acima dacloaca. ●Por diminuir na medida que a ave envelhece é de identificação extremamente difícil em aves mais velhas. Estrutura: apresenta linfócitos rodeados por tecido epitelial que forma uma bolsa que se conecta à cloaca por meio de um ducto. No interior dessa bolsa, dobras no epitélio projetam-se em direção ao lúmen e massas arredondadas de linfócitos, denominadas folículos linfóides, estão espalhadas por todas essas dobras. Cada folículo é dividido em córtex e medular. No córtex localizam-se os linfócitos e plasmócitos e macrofagos. Na junção córtico-medular existe uma membrana basal com uma rede de capilares cujo interior estão localizadas as células epiteliais e essas células são substituídas por linfoblastos e linfócitos no centro do folículo. Células dendríticas neuroendócrinas especializadas com funções ainda desconhecidas circundam cada folículo Órgão linfóide ́ primário que funciona como um local para maturação e a diferenciação das células que compõem o sistema produtor de anticorpos. Assim, os linfócitos que se originam na bursa são denominados de linfócitos B. As células imaturas produzidas na medula migram em direção à bursa e elas multiplicam-se rapidamente, mas cerca de 90% são eliminadas por apoptose no processo de seleção negativa dos linfócitos B autorreativos. Quando o processo de maturação acaba, os linfócitos B sobreviventes se deslocam para os órgãos linfóides secundários. Placas de peyer São órgãos linfóides localizados na parede do ID, sua estrutura e função variam entre as espécies. Em ruminantes, suínos, equinos , caninos e humanos são encontradas na região do íleo. Apresentam folículos linfáticos, cada um circundado por uma bainha de tecido conjuntivo e tem apenas linfócitos B. Nas espécies mamíferos do grupo I, o comportamento da PPS do ílio assemelha-se ao da bursa das aves. Assim, no íleo são locais de proliferação de linfócito B, embora a maioria dessas células sofrem apoptose e as restantes sejam liberadas para a circulação sanguínea. Caso essas PPs sejam cirurgicamente removidas, os cordeiros se tornam eficientes em linfócitos B e não produzem anticorpos órgãos linfóides secundários Ass células do sistema imune devem ser capazes de responder uma grande diversidade de patógenos que um animal eventualmente possa encontrar. É especialmente importante que linfócitos antígenos específicos sejam capazes de encontrar seus antígenos. ●Esses órgãos aumentam de tamanho quando tem uma respostas a um estímulo antigênico. ● A retirada cirúrgica não causa redução significativa da capacidade imune. Exemplos: baço, linfonodos, tonsilas e outros tecidos linfóides presentes nos tratos intestinal, respiratório e urogenital. Esses órgãos apresentam células dentríticas que capturam e processam os antígenos, e linfócitos responsáveis por mediar as respostas imunes. Dessa forma, a estrutura anatômica desses órgãos facilita a captura dos antígenos e assegura uma oportunidade para que os antígenos processados sejam apresentados aos linfócitos. Os órgãos linfóides secundários estão conectados tanto à circulação sanguínea quanto à linfática, permitindo que possam continuar militar os antígenos circulantes. Linfonodos São filtros arredondados posicionados no sistema linfático para que interceptam os antígenos presentes na linfa. Rede radicular repleta de linfócitos, macrófagos e células dentríticas pelo qual penetram seios linfáticos. Assim, atuam como filtros para o fluido linfático. A parte interior do linfonodo está dividido em córtex, medula e uma região intermediária pouco definida, chamada de paracórtex Córtex: Predominância dos linfócitos B dispostos em agregados que recebem o nome de folículos. Nos linfonodos ativos por antígenos, algumas dessas células podem ser epaner para formar focos de celular em multiplicação Paracortex: Predominam linfócitos T e células dentríticas, que formam cordão entre os seios. No centro de cada cordão paracortical, esta uma vênula de endotélio alto (HEV) Esses vasos são revestidos com células endoteliais altas e arredondadas, muito diferentes do epitélio achatado encontrado em outros vasos sanguíneos. Medula: Contém seios de drenagem linfática separados por cordões medulares contendo muitos plasmocitos, macrofagos e linfocitos t de memoria.. Função: facilitar a interação entre as células apresentadoras de antígenos e as células sensíveis a antígenos (linfócitos B e T). Essas células geralmente percorrem distâncias até seu contato preciso. Uma complexa mistura de pequenas proteínas (produzidas por macrofagos), as quimiocinas, orientam essas células. Circulação dos linfócitos: Baço Filtram os antígenos da linfa. ● Considerado um linfonodo especializado nos antígenos de origem sanguínea. ●O processo de filtração remove tanto partículas antigênicas quanto microorganismos de origem sanguínea, debris celulares e hemácias envelhecidas. ● Essa função filtrante associada ao tecido linfático altamente organizado faz do baço um importante órgão no sistema imune. Além da função imunológica, ele armazena hemácias e plaquetas, recicla ferro e responde pela produção das hemácias durante a vida fetal. Assim, apresenta dua formas de tecido: polpa vermelha e polpa branca Vermelha: processo de filtração do sangue e acúmulo de hemácias. Contém grande número de células apresentadoras de antígeno, linfócitos e plasmócitos. Branca: rica em linfócito B e T e local onde ocorre as respostas imunes no baço Função: os antígenos inoculados por via intravenosa são capturados pelo baço, dependendo da espécie, são capturados pelas células dendríticas localizados em áreas especificadas dentro do baço Essas células dentridicas e os macrofagos carreiam o antígeno até os folículos primárias da polpa branca. Essas células colonizam a zona marginal e se deslocam para a polpa vermelha. Esses anticorpos produzidos pelas células rapidamente atingem a corrente sanguínea. No trato intestinal forma a maior concentração de linfócitos no corpo, mas na medula também com grandes números de linfócitos. Caso um antígeno seja inoculado por via intravenosa, boa parte será capturada pelo fígado, baço e medula óssea. Durante a resposta imune primária, os anticorpos são predominantemente produzidos no baço. No final da resposta, as células de memória saem do baço e colonizam a medula. Quando uma segunda dose de antígenos é dada, a medula produz grande quantidade de anticorpos, sendo a principal fonte nos roedores adultos. Imunidade INATA Mecanismos de defesa inicial contra infecções Mecanismos efetores são usados também pela imunidade adaptativa. Características: ● Sempre presentes e prontas para eliminar os microorganismos. ●Reconhecem e respondem somente a microrganismos ●Podem ser desencadeados por células do hospedeiro que estejam danificadas. ● Conferem uma resposta rápida e poderosa contra microorganismos invasores. Primeira linha de defesa (epitélios) ● Barreira física infecção ● Destruição de micróbios por anticorpos produzidos localmente ● Destruição de micróbios e células infectadas pelos linfócitos intra-epiteliais. Segunda linha de defesa (células) ● Células natural killer ● Fazer a lise de células infectadas, células malignas ou estressadas. ● Ativados por Il-2, Il- 12 e IFN- y. Ação: Há um sistema de reconhecimento que reconhece a célula (pois a mesma apresenta um receptor específico) e leva a morte da célula lesionada. O macorfago fagocita o microrganismo e produz a int-12 que ativa a natural killer a produzir int- y, que por sua vez, aumenta a fagocitose e a morte dos microorganismos. Ativação: tem um receptor-inibidor que reconhece as células do organismo, as células normais do organismo expressam um complexo MHC classe I. O vírus inibe a expressão no MHC classe I e a célula não reconhece o próprio e assim, se torna ativada e produz citocinas para destruir essa célula. Células dendríticas● Endocitose, processamento de apresentação de antígenos. ●É encontrada como precursores em potenciais sítios de infecção . ● Principal marcados: CD11 Chi (origem mielóide) e CD11C low (origem plasmocitose) Fagocitos macrofagos Fagocitose, lise intracelular e extracelular, reparo de tecido, apresentação de antígeno, ativação da resposta imune específica. ●Núcleo característico e marcador de membrana CD14 Reconhecimento dos patógenos pelas células da resposta imune inata Macrogafos, mastocitos e células dentríticas reconhecem estruturas que são compartilhadas por classes de microorganismos (PAPAS- padrões moleculares associadas ao patógenos) e que não estão presentes nas células do hospedeiro. Os PAMPAS são essenciais para a sobrevivência e infectividade dos microrganismos. Os receptores de reconhecimento padores na superfície das células fagocitcas reconhecem padrões moleculares associados a patógenos (PAMP) e são ativados por eles. PAMP: LPS, ácido lipoteóico, mananas, glicolipídeos , sequências CpG não metiladas no dna bacteriano e no rna de filamento duplo vírus RNA. O reconhecimento dos patógenos e a destruição tecidual iniciam uma resposta inflamatória. A ligação dos patogenos pelos macrofagos, além de ativá-los, também ativam a resposta induzida da imunidade inata e respostas levam eventualmente, à indução da imunidade adaptativa. Fagocitos neutrofilos ● Fagocitose, lise intracelular, inflamação e dano tecidual. ● Grânulos com lisozima, colagenase e elastase. ● Núcleo característico, vivem cerca de 6 horas. ●Marcador de membrana CD66. ● Principal componente do pus. Eventos na migração dos leucócitos para os locais da infecção Os leucócitos percorrem um caminho desde o lúmen do vaso até o tecido intersticial seguindo uma sequência de eventos, como: a adesão ao endotélio; transmigração para dentro do endotélio (diapedese); migração para o tecido intersticial através de estímulos quimiotáticos. O primeiro evento no recrutamento leucocitário é a indução de moléculas de adesão na célula endotelial. Mediadores como a histamina, trombina e PAF estimulam a redistribuição da P-selectina de seu estoque intracelular nos grânulos, para a superfície celular. Enquanto isso, quimiocinas, produzidas no local da injúria, entram nos vasos sanguíneos ligados à proteoglicanas e ficam dispostas em altas concentrações na superfície endotelial. Estas quimiocinas agem ativando os leucócitos. Na transmigração ou diapedese, as quimiocinas agem permitindo a aderência de leucócitos e estimulando-as a migrarem para os espaços interendoteliais, de acordo com o gradiente de concentração química, que é o local da injúria ou infecção. Certamente moléculas homofílicas de adesão, presentes nas junções intercelulares do endotélio, estão envolvidas na migração de leucócitos. Etapas da fagocitose O micro-organismo ativa uma resposta do macrofago que reconhece ele como antígeno estranho e por invaginação forma o fagossomo. O fagosssomo se funde com o lisossomo rico em enzimas digestivas, ocorre a digestão dos patógenos e os resíduos vão pro exterior da célula. Ao mesmo tempo da digestão, os organismos separam em partes para apresentar os linfócitos. Enzimas presentes nos lisossomos: Oxidase facocítica (superoxido e radicais livres), óxido nítrico, proteases lisossomais - Doença de granuomatos crônica: eficiência da oxidase fagocitica, presença de granulomas ao redor dos microbios. Citocinas da imunidade inata ● Interleucinas: proteínas solúveis secretadas que funcionam como mediadores de reações imunes. As principais são a 1 (febre) e 12 (ativa as células NK). ● Macrogafos: princial fonte de citocinas na imunidade inata, ação autócrina (propria celular produz para se auto estimular) X ação parácrina (produz para atuar em outro microorganismo) Inflamação Reação do sistema imune inato nos tecidos vascularizadas que envolve o recrutamento e ativação de leucócitos e de proteínas plasmáticas no local de infecção, exposição a toxinas ou lesão celular. Processo iniciado por dano tecidual causado por fatores endogenos e exogenos. - endógenos: necrose tecidual e fratura óssea - exógenos: mecânica (trauma) químico (queimadura) e biológico (picada de inseto) Objetivo da inflamação: oferecer células e moléculas efetoras no sítio da infecção, proporcionar barreira física para prevenir a propagação da infecção e promover o reparo dos tecidos infectados. células envolvidas na adesão fagocitária: lectinas (presente no endotelio vascular), integrinas (presente nos leucocitos CD11a, CD11b, LFA1), ICMs (superfamilia das imunoglobulinas-endotélio vascular ICAM 1 e ICAM 2). Quatro passos do extravasamento de leucócitos: 1. rolamento: ligação de lectinas do endotélio ao receptor específico dos leucócitos. 2. ativação: quimiocinas se ligam a receptores nos leucócitos e desencadeiam um sinal de ativação 3. adesão: parada induzida pela mudança conformacional das integrinas dos leucócitos ligando-se firmemente às ICAMs. 4. migração: leucócitos atravessam o endotélio e migram pelo tecido adjacente (diapedese). Efeitos sistêmicos da inflamação Papel da imunidade inata na resposta adaptativa sistema complemento O sistema complemento é o conjunto de aproximadamente 30 proteínas plasmáticas que podem ser ativadas através de uma reação em cascata, isto é, cada componente ativado pode ativar outro componente do sistema complementar. As ptn são produzidas por heátocitos, monocitos, macrofagos, células epiiteliais dos tratos gastrointestinais e geniurinário ●Tem múltiplas funções tanto na imunidade inata ou adquirida ● As proteínas do sistema complemento são encontradas no soro normal. O plasma contém fibrinogênio e o soro não ●Pode ser ativado por meio de três via diferentes: são duas vias relacionadas a imunidade inata, a via alternativa e via das lectinas e adaptativa, a via clássica ●As vias inatas são ativadas pelo reconhecimento de padrão molecular associada a patógenos (PAMPs) microbianos ●A via clássica é ativada por anticorpos ligados aos antígenos estranhos. ●Os componentes do sistema complemento, especialmente C3b, liga-se covalentemente aos microorganismos invasores e os opsonização ●Os componentes do sistema complemento podem formar um complexo terminal proteico e abrir orifícios nesses organismos complexos de ataques a membrana. ●Estimula a inflamação pela liberação do potente quimiotático C5a. ●As deficiências de alguns componentes do sistema complemento levam ao aumento da susceptibilidade à infecções. O SC são um conjunto de ptn termolábeis presentes no plasma que aumentavam a opsonização da bactéria pelos anticorpos e permite estes matam a bactéria. Daí o nome complemento (complemento à atividade bacteriana do anticorpo) Três vias de ativação do SC Característica gerais Nomenclatura das ptns: Letra C seguido do número. Na via alternativa de ativação do C, os componentes são denominados por letras, B,D e P. - A medida que vai ocorrendo a ativação, fragmentos são gerados, sendo que os fragmentos maiores recebem denominação b e os menores a, por exemplo C4B e C4a. Ativação da via clássica ●C1: primeira ptn da via clássica e pra ela ser ativada deve existir o anticorpo ligado ao antígeno ● IgG e igM são as classes de AC com maior capacidade de fazer fixação do SC. ● igG4, igA, igE, e IgD não ativam o SC Ativação da via alternativa ●Como acontece? Quando proteínas do sistema complemento são ativadas nas superfícies dos patógenos pelos PAMPs. Não depende de anticorpos Tem 3 fatores para ativação 1- fator b: pré ativador de C3 2- fator D: enzima que existe no organismo na forma ativada e cliva o fator b, formando Bb 3- properdina: é uma das ptns reguladoras da via alternativa, sendo sua principal função estabilizar a convertase. Esses componentes ativam a via alternativa através da ligação de uma ou mais moléculas de c3b na sua superfície. Ativação da via lectina Os ativadores são resíduos terminais de manose expressos por bactérias, fungos e leveduras - ativada na ausência de anticorpos - ativação:patógenos com resíduo de manose liga-se a MBL. A MBL complexada com proteases associadas a manose (MASPs), cliva c4 e c2 para formar c4c2a (c3 convertase). - A partir de c3: identifico a vida clássica Funções do SC 1. Aumenta a fagocitose e promove opsonização. 2. Potencializa a inflamação (c3a, c5a, c4a) - são anafilatoxinas - faz a vasodilatação 3. Remoção de complexos imunes Consequências biológicas da ativação do sistema Complemento ●C2A aumento da permeabilidade vascular ●C3a e C5a libera mediadores de mastócitos, eosinófilos, e basófilos, extravasamento e quimiotaxia de leucócitos ● iC4b, C4a - opsonização ●C5b67 - quimiotaxia de leucócitos ● C3b - regulação imune, opsonização, neutralização viral, solubilização e eliminação de complexos imunes. Deficiência do sistema complemento c1, c2 ou c4: aumento da susceptibilidade à doença autoimune. Risco aumentado de infecções por bacterias piogenicas properdina, fator B ou D: Infecções piogênicas C5b- C9: infecções recorrentes por Neisseria Deficiência do fator H: Ativação descontrolada da via alternativa: depleção de c3. - Síndrome hemolítica urêmica. C3: falha na função fagocitaria, falha na montagem de uma resposta imune adaptativa normal, maior susceptibilidade a infecções recorrentes. Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) e o papel das células apresentadoras de antígenos (APCs) Apresentação e reconhecimento de antígenos As células apresentadoras de antígenos usam receptores denominados moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (mhc) para ligar a apresentar os antígenos. - Processamento e apresentação do antígeno são processos que ocorrem no interior da célula e que resultam na fragmentação de proteínas (proteólise), associação dos fragmentos com moléculas do MHC, e expressão das moléculas "peptídeo-MHC" na superfície onde elas poderão ser reconhecidas pelo receptor de célula T na célula T. Entretanto, a etapa que leva à associação de fragmentos de proteína com moléculas de MHC diferem no MHC classe I e classe II. Moléculas de MHC classe I apresentam produtos de degradação derivados de proteínas intracelulares (endógenas) no citosol. Moléculas de MHC classe II apresentam fragmentos derivados de proteínas extracelulares (exógenas) que estão localizadas em um compartimento intracelular. As moléculas de mhc são codificadas por genes localizados no complexo principal de histocompatibilidade. As moléculas clássicas são altamente polimórficas, ou seja, demonstram uma enorme gama de variações estruturais hereditárias, o que permite que cada um animal responda ao grupo diferente de antígenos. Células apresentadoras de aníigenos: Macrófago, células dentriticas e linfócitos T As moléculas de MHC classe I são encontradas em todas as células nucleadas. Sua função é apresentar antígenos endógenos para os linfócitos T CD8+. Já o de classe II, são encontradas nas células apresentadores de antígenos profissionais, ou seja, células dentriticas, macofagos e linfócitos B. Sua função é apresentar antígenos exógenos para os linfócitos T CD4+. A região de classe III contém uma mistura dos genes que codificam componentes do sistema complemento. Quais são as moléculas que podem desencadear uma resposta imune específica? A resposta imune inata é desencadeada pela reconhecimento de pamps Com isso há o desenvolvimento de uma resposta inflamatoria , com mobilização de celulas agociticas Embora proteja o organismo nem sempre garante a resistência à infecção. O reconhecimento de outras moléculas estranhas, que não PAMPS, poderia promover uma resposta imune mais potente. Uma resposta de defesa ideal deveria aprender com a experiência e, após de um determinado tempo, desenvolver procedimentos mais eficientes de combate a invasões subsequentes - anticorpos de memória Essa resposta adaptativa é a função do sistema imune adquirido. Imunógeno: agente capaz de induzir resposta imunológica Antígeno: agente capaz de se ligar especificamente a componentes da resposta imunológica. Todo antígeno é capaz de induzir uma resposta imune adaptativa? Fatores que afetam a imunogenicidade de um antígeno: Estranheza - “self” / “non-self”, Tamanho (quanto maior a molécula), maior ingenuidade, complexo estrutural, estabilidade estrutural, estabilidade química, dose; via de administração e genética do hospedeiro Haptenos: moléculas pequenas, incapazes de estimular a imunogenicidade. Porém, quando ligadas a moléculas maiores, como proteínas conseguem desencadear a resposta imune Epítopos ou determinantes antigênicos Parte do antígeno reconhecida especificamente pelo sistema imune Uma mesma molécula possui vários epítopos diferentes - Lineares: reconhecidos mesmo quando há desnaturação proteica - Conformacionais Como ocorre o reconhecimento desses antígenos pelas células da resposta adaptativa? Linfócito B - humoral Reconhecimento de antígenos nativos através de moléculas de imunoglobulinas na superfície da célula B - Epitopos lineares e conformacionais Linfócitos T- Celular Reconhecimento de antígenos degradados apresentados pelas proteínas de classe do MHC presentes na superfície celular - Epitopos lineares Ao contrário dos anticorpos ou receptores de celular B, os receptores de células T somente reconhecem o antígeno que for processado e apresentado pelo compõem e a histocompatibilidade principal. Objetivo da faogcitose Destruir os antigos através das enzimas hidrolíticas e compostos tóxicos. Ao apresentar o Ag e apresentá-lo ao LTH a fim de induzir a resposta aferida. Funções das células apresentadoras de antígenos: ●Endocitar antígenos ●Fragments ro antígenos em pequenos peptídeos ●Ligar os péptidos ao MHC ●Ativar os linfócito virgens Moléculas de MHC clase I se divide em: - Classe la - polimórficas - Classe I - não polimórficas 1. classe lb, lc, ld 2. Moléculas de MHC clase II Duas cadeias: alfa e beta Aspectos o MHC ● As moléculas de mhc são ligadas a membrana celular ● O reconhecimento pelos LT requer um contato célula- célula ● Peptídeos do citosol associaram-se a MHC Classe I e são reconhecidos pelos Lt citotóxicos ● Peptídeos de vesículas associam a MHC classe II e são reconhecidos pelo LT helper ●Um peptídeo deve estar associado ao mhc do indivíduo pois no contrário, a resposta imune não vai ocorrer. ●Linfócitos T maduros devem ter um receptor que vai reconhecer o peptídeo associado ao MHC. ●Cada molécula de MHC tem somente um sítio ligante, assim diferentes peptídeo podem se ligar a uma mesma molécula de mhc, porém somente uma vez (ligações degenerado) Moléculas de MHC e doenças Os alelos do MHC determinam a susceptibilidade a doenças infecciosas e autoimunes - deficiências das moléculas do MHC levam a maior susceptibilidade a infecções. - A variabilidade genética aumenta a gama de Ag reconhecidos. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Resposta imune humoral Hospedeiro infectado- Resposta adaptativa - É mais especializada - Resposta tardía contra microorganismos invasores - É um tipo de defesa específica - Baseada na produção de imunoglobulinas Visão geral da imunidade adaptativa 1. Células dendríticas processam o antígeno e apresentam esse antígeno aos linfócitos T (ou T helper) auxiliares nos linfonodos 2. Linfócitos T auxiliares irão lberaritocinas que tornaram efetores linfócitosnaive B ou T 3. Plasmócitos (linfócitos B ativados) ou linfócitos T citotóxicos irão responder à infecção produzindo anticorpos ou indo até a célula infectada e a destruindo junto com o invasor. Defesas adaptativas celulares (humoral e celular) ●Humoral: mediada pelo linfócito B ●Celular: linfócito T ●TCD4 - produção de citocinas ●TCD8- célula T killer Antígeno Substância que evoca a formação de anticorpos em um animal que é imunizado com esse antígeno específico. Determinantes antigênicos ou epítopos: são estruturas moleculares que são imunogênicos e que são reconhecidas pelos anticorpos. Imunoglobulinas Moléculas produzidas pelo linfócito B que possui especificidade única. Estrutura básica do anticorpo - Composto por quatro cadeias polipeptídicas - Dois sítios de ligação do antígeno - Cadeias unidas por pontes de sulfetos - Duas cadeias: leves e pesadas - Cada cadeia tem um domínio e ele é variável e um constante. Produção: Pelos linfócitos B, inicialmente ele se transforma em plasmócito e depois em linfócitos B de memória Tipos de imunoglobulinas São divididas em 5 classes: IgM, igG, IgA, IgE, IgD - IgG1: principal igg do soro - ativa o complemento - IgG2: resposta a antígenos polissacarídeos - IgG3: resposta secundária, neutralização viral IgG …………………………………………………………………………………. Mais comum, sugere de 4 a 6 semanas de exposição, transplacentária Aumenta em: infecções granulomatosas crônicas, infecções de todos os tipos, hiperimunização, doenças hepáticas, disproteinemia e outros... Diminui em: agamaglobulinemia, aplasia linfóide, deficiência seletiva de IgG, IgA, mieloma de IgA, proteinemia de bence jones, leucemia linfocítica crônica IgM ……………………………………………………………………………... Primeira imunoglobulina produzida pelo feto, primeira imunoglobulina que aparece após a imunização ou infecção. É composta por 5 monômeros IgA ……………………………………………………………………………... Encontrada nas superfícies de mucosas e secreções extracelulares (imunoglobulinas de porta de entrada). IgE ……………………………………………………………………………. Ativa síntese de mediadores peptídicos da hipersensibilidade Ativa a degranulação dos mastócitos e basófilos Presentes em IgD …………………………………………………………………………….. Presente em pequenas quantidades o soro, está presente na superfície dos linfócitos B imaturos como receptor de antígeno Aumenta em: infecções crônicas, mielomas de IgD. Anticorpos monoclonais ●Os antígenos são um mosaico de determinantes antigênicos ●Anti-soro policlonal ●Anticorpos monoclonais são anticorpos altamente específicos, preparados de um único clone de linfócitos purificados que atua contra um epítopo específico. Produção: 1. seleção do antígeno 2. Imunização do animal 3. Fusão de linfócito esplênicos com células de mieloma (célula cancerosa que se multiplica) 4. Formação de híbridos produtos de anticorpos 5. Clonagem de híbrido mais isolados desejados 6. Triagem de anticorpos através de técnicas seletivas 7. Produção em massa dos anticorpos desejados. Interações Ag- Ac O anticorpo reconhece a estrutura bacteriana e faz a ligação antígeno- anticorpo (nesta ligação pode ter ligação não covalente e reversíveis) Características das interações Ag- Ac: - Afinidade: força de interação entre um único sítio de ligação Ag- Ac (em um único epítopo). - Avidez: força de interação total entre o Ac e Ag, é a soma das afinidades de todos epítopos envolvidos. - Especificidade: Habilidade de reconhecer - Reação cruzada: dois antígenos diferentes apresentam epítopos estruturalmente semelhantes ou Ac específicos para um epítopo se liga a um epítopo não relacionada, mas , com propriedades químicas similares. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. AA Linfócitos ●Encontrado em órgãos linfóides, no sangue espalhados sob as superfícies mucosas ●Podem ser identificados por suas moléculas de superfície, característica e comportamento ●Diversas subpopulações pode ser identificadas pela análise de seu fenótipo Tipos de linfócitos Receptores celulares CD (grupamentos de diferenciação) ● Linfócitos T - T citotóxicos (CD8+) - Th1: estimula a resposta citotóxicas - Th2: estimula a resposta humoral - produtora de anticorpos - Th17 : regulam a inflamação - Tregulador : regulação negativa ● Linfócitos B ● Células NK Linfócito B - neutralização, fagocitose, ativação do sistema complemento > humoral Linfoco T auxiliar - ativação dos macrfagos, infalamção, atiação dos linfócitos B e T > celular Linfócito T citotóxicos - destruição da célula infectada > celular Linfócito t regulador - supressão da resposta imunológica > celular célula assassinas naturais - destruição da célula infectada > inata Expansão clonal 1. Os clones de linfócitos amadurecem nos órgãos linfóides na ausência de antígenos 2. Os clones maduros específicos para diversos antígenos entram nos tecidos linfóides 3. Os clones específicos para determinado antígeno são ativados pelo antígenos 4. Ocorrem respostas imunológicas específicas para o antígeno A seleção positiva e negativa dos linfócitos na maturação evita a autoimunidade. A seleção positiva tem baixa afinidade com antígeno próprio e a seleção negativa, alta afinidade com o antígeno próprio. Ativação dos linfócitos 1. entrada de agentes infecciosos 2. célula apresentadora de antígeno 3. captação de antígenos no tecido pela linfa 4. ativação de linfócitos e início das respostas imunes adaptativas 5. migração de células efetoras e transporte de anticorpos através do sangue para o sítio da infecção. Tipos de resposta humoral ● T dependente: resposta a ag proteicos, depende do linfócito T auxiliar. ● T independente: resta a ag polissacarídeos, lipídios e outro ag não proteicos, não há envolvimento com o linfócito auxiliar *não se ligam a moléculas do MHC) Estimulação de anticorpos via Th - Se liga a antígenos proteicos vía MHC II. - Produz interleucina 4 para ativar o LB. - Linfócito B apresenta antígeno e se liga por CD28. - Ig dos LB é um receptor de alta afinidade. - LB se ligam a um antígeno protéico e todos estão apresentados para o LT. Estimulação via antígeno ( t independente) - Só se lia a antígeno não proteicos - Ligação de antígenos as igM e igD transmembrana - Não utiliza o mhc como ligação ao linfócito - Realiza mudança de classe - Faz maturação da afinidade Apresentação do Ag pelos linfócitos B para células T auxiliares 1. Reconhecimento da célula B do antígeno protéico nativo 2. Endocitose do antígeno mediada por receptor 3. Processamento e apresentação do antígeno 4. Reconhecimento da célula T do antígeno. peptídeo processado e dos co-estimuladores Ativação dos linfócitos B mediadas por células T auxiliares Resposta imune celular ●Moléculas de reconhecimento sensibilizam a membrana dos linfócitos T (pelas APC) ●Os linfócitos sensibilizados são efetores nos casos de: - Hipersensibilidade do tipo tardia - Rejeição de transplante - Reação do transplante contra o receptor - Resistência por parte dos tumores - Imunidade contra inúmeros agentes bacterianos e virais - Certas doenças auto-imunes - Nos fenômenos de citotoxidades ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………….………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Reações de hipersensibilidade Resposta imune exagerada, que trazem danos ao invés de benefícios ao hospedeiro. Classificados como : I, II, II e 4. As 3 primeiras são mediadas por anticorpos e a quarta é de base celular. Tipo I ………………………………………………………………….. Reação de tipo imediata- alergia ● O antígeno é denominado alérgeno, e de modo geral, não causa danos ao organismo. ● Principal fator desencadeante: genética ● Os sintomas dependem do sítio de contato ● Este tipo de reação ocorre quando o indivíduo tem predisposição a formar IgE no lugar de IgG na resposta secundária. Desencadeada pela degradação de mastócitos, liberação de histamina que leva as manifestações clínicas da hipersensibilidade do tipo I. Altas concentrações em pele e superfícies de membrana mucosas. 1. Fase sensibilização: contato alérgico, apresentação de Ag, indução de resposta, produção de IgE, sensibilização dos mastócitos, 2. Fase efetora: degranulação de mastócitos e liberação de mediadores inflamatórios. Ações dos mediadores inflamatórios Histamina - principal mediador pré-formado - Liga-se a receptores presentes em diferentes tipos celulares - Atua sobre: células do músculo liso (contração), células endoteliais (aumento da permeabilidade vascular e vasodilatação), células epiteliais da mucosa (aumento da produção de muco) TNFa Ativa células endoteliais a expressarem moléculas para adesão de leucócitos Citocinas - IL4, IL3 - estimula e amplifica a resposta de Th 2 - IL3, IL5, GM-CSF - proliferação e ativação de eosinófilos. Sintomatologia Ativação dos mastócitos tem diferentes efeitos nos diferentes tecidos. ●Gastrintestinal: diarreia, vómitos ● Vias aéreas: edema e secreção mucosas nas passagens nasal. Congestão e bloquear as vias aéreas ●Vasos sanguíneos: líquido aumentado nos tecidos, causando aumento do fluxo de linfa até os linfonodos, aumenta as célula e ptn dos tecidos e aumenta a resposta efetora na região Tipo II …………………………………………………………... É desencadeada pela interação Ag- Ac, onde o antígeno pode ser uma célula ou tecido. ● São mediadas por anticorpos das classes IgG e IgM, que reconhecem moléculas na superfície de células ou tecidos específicos do próprio organismo, havendo destruição celular pela via clássica do sistema complementar. Ex: anemia hemolítica por transfusão de sangue incompatível, doença hemolítica do potro recém-nascido. Induzida por agentes exógenos - anemia hemolítica imunomediada Nas infecções antígenos de patógenos + hemáceas = alteram as hemácias tornando-as alvos do sistema imune (fixação de complemento e/ou fagocitose por células mononucleadas). Tipo III ………………………………………………………. Acontece através dos antígenos solúveis ●Causada pelo depósito de complexos Ag- Ac em tecidos. Vasculite imunomediada Tipo IV …………………………………………………………………………………. Não há movimento do complexo Ag - Ac, por isso é denominada de base celular ou hipersensibilidade do tipo retardada. ●O termo retardada se contrapõe ao imediato do tipo I, e está relacionado ao período de 48/72 horas, necessário para o estabelecimento do processo. Essa demora está relacionada ao fato de que, em geral, ocorre em regiões não muito vascularizadas, e a migração de células é bem mais lenta do que a dispersão de Acs. ●A interação ocorre entre o Ag e o linfócito T e macrófagos e/ou monócitos. O linfócito T citotóxico (Tc) causa dano celular direto enquanto o T colaborador (Th) libera citocinas que ativam o Tc, macropagos e monócitos. A formação do granuloma significa persistência ao Ag, por características estruturais como por exemplo, parede lipídica que dificulta a fagocitose, e a formação de histiócitos circundados por linfócitos Th1 ativados. Estagios de uma reação de hipersensibilidade tardia 1. O antígeno é injetado no tecido subcutâneo e processado pelas células locais apresentadoras de antígenos. 2. Uma célula efetora reconhece o antígeno e libera citocinas, que agem sobre o endotélio vascular 3. O recrumamento de fagocitos e plasma para o local da injeção de antígeno produz uma lesão visível. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. promoção da imunidade Soros hiperimunes: preparos em espécies homólogas ou heterológico (frequentemente - cavalos) Produção de soro antiofídico Problemas na imunidade passiva Soros são constituídos por anticorpos de cavalos para serem usados em espécies de heteróloga. Essas igs são tratadas com pepsina para descrição da porção Fc, enquanto a porção da molécula da Ig necessária para neutralizar a toxina é mantida intacta para reduzir reações de hipersensibilidade. ● Probabilidade de ocorrência de hipersensibilidade dos tipos i (Anafilático) e III (doença do soro) ● Inferência a proteção ativa contra o mesmo antígeno usado por ex. como vacina. O que se espera de uma vacina? Prevenir a infecção, prevenir a doença clínica, ser protetora para mãe, feto e neonato, ser livre de reação adversa. Estável, ter baixo custo, aceitável para vacinação em massa, gerar uma resposta forte e duradoura Tipos de vacinas Atenuada (vivas) ●Via de administração oral ou parenteral ●Quantidade baixa de microsongamiso ●Sem adjuvante ● Duração da imunidade longa ● Anticorpos IgA e IgG ● Com resposta celular ●Efeitos colaterais: sintomas brandos da infecção ● Baixo custo Inativadas (mortas) ● Via de administração parenteral ● Quantidade baixa de microrganismo ● Com adjuvante ● Duração a curta prazo ● Anticorpos IgG ● Sem resposta celular, apenas humoral ● Efeito colateral: dor no local da aplicação ● Alto custo Vacinas com microorganismo vivo 1. Vacinas com microorganismo patogênico 2. Vacinas com microrganismo de outra espécies 3. Vacinas de microorganismos atenuados: Vírus de interesse > amplifica > passagem em células de animais heterólogos para atenuar o vírus > aplicação do vírus no animal com resposta celular e humoral. Vacinas com microrganismo morto Também chamadas de não replicativas, limitada ao estímulo de RI humoral ● Inativadores, mais conus: formaldeído, propiolactona, derivados de etilenoimina ● Necessita de reforços ● Necessita de adjuvantes ● Boa opção quando não se consegue atenuação do agente ● Permite vacinas gestantes ● Pode ser utilizado em imunocomprometidos. Métodos de inativação: Físico (calor, UV, Rx, Raios gama) e químicos ( etanol, óxido de etileno, beta-propiolactone…) Desvantagens: Somente imunidade humoral repetidas doses, custo mais elevados, bactérias inativadas podem causar inflamações. Elege a proteína > purifica e identifica os epítopos > sintetiza os peptídeos > usa a proteína para vacinar o animal Proteínas recombinantes 1. PCR do antígeno de interesse. 2. Clonagem em vetor de expressão ara bactéria levedura, células 3. Transformação de bactéria, levedura com o plasmídeo 4. Purificação do antígeno recombinante e adição de adjuvantes. Vacinas conjugadas Utilizam porção do microorganismo geralmente carboidrato conjugado a uma proteína carreadora. Vantagem: segurança pois nãotem o microorganismo e desvantagens a baixa imunogenicidade natural. Adjuvantes mais comuns: ● Sais inorgânicos ● Adjuvante de Freund ● LPD bacteriano ● Lipossomos Erros em resposta à vacinação Reações adversas: Nem todo sintoma pós vacinação é uma reação vacinal, a maioria das reações vacinais são brandas e transitórias Imunidade adquirida passiva Imunidade adquirida Ativa …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….……………………………………………………………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….……………………………………………………………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….……………………………………………………………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….……………………………………………………………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………………………………….. Imunidade contra parasitos e vírus Contra parasitas: ● Protozoários: leishmania, toxoplasma, trypanosoma, neospora spp… ● Helmintos: Cooperia, Ostertagia, Trichuris….. ● Artrópodes: sarna demodécica, sarna sarcóptica, dermatite por picada de pulgas, infestações por carrapatos, infecções de moscas… Parasitas ……………………………………………………………………………... Capazes de evitar a resposta imune do hospedeira por tempo suficiente, no mínimo, para ocorrer sua reprodução parasitária. Um parásito bem sucedido irá regular a resposta imune do hospedeiro para permitir a sobrevivência e ao mesmo tempo permite que outras respostas aconteçam prevenindo a morte do hospedeiro por outras infecções. Muitos parasitas utilizam vias metabólicas ou vias de controle do sistema imune do hospedeiro para seus próprios propósitos. Imunidade inata ● Evitam o reconhecimento por células sentinelas ● Bloqueiam a ativação do sistema complemento ● Consegue eitar a fagocitose por neutrofilos e macrofagos ● Interferem na sinalização da células sentinelas de defesa ● Conseguem degradar peptídeos antimicrobianos ● Conseguem manipular o meio intracelular das células sentinelas de defesa ● Conseguem bloquear a função da células NK Imunidade adquirida ● Conseguem bloquear o reconhecimento e o procedimento do antígeno ● Conseguem interferir na maturação e sinalização dos linfócitos ● Realizam variação antigênica ● Afetam a regulação da imunidade adquirida de forma a prejudicá-la Protozoários ……………………………………………………………. A adaptação ocorrida entre protozoários e hospedeiros é refletida no compartilhamento de citocinas entre ambos - sucesso de adaptação. Em geral, as respostas imunes mediadas por anticorpos protegem contra os protozoários extracelulares, enquanto as mediadas por células controlam os protozoários intracelulares. O fator de crescimento epitelial e interferon gama podem potencializar o crescimento do trypanosoma brucei, enquanto a interleucina-2 e o fator estimulador das colonias de granulocitos e macrofagos pode proover o crescimento da leishmania amazonensis Imunidade inata O mecanismo de resistência inata aos protozoários são parecidos com aqueles que previne invasões bacterianas e virais, embora a influência da espécie tenha um significância muito maior, existe adaptação entre espécies. Imunidade adquirida ● Assim como outros invasores, os protozoários estimulam tanto as resposta imunes mediadas por anticorpos como células ● Em geral, os anticorpos controlam os número de parasitas no sangue e fluidos teciduais, enquanto as respostas mediadas por células são direcionadas amplamente contra parasitas intracelulares. ● A imunidade protetora contra os protozoários Apicomplexa, é normalmente mediada por respostas Th1 - resposta celular com ativação de linfócitos TCD8+ e ativação de macrófagos em M1 (produção de óxido nítrico - letais para protozoários intracelulares em geral). - As respostas mediadas por Th1 que resultam na ativação de macrofagos são importantes em muitas doenças causadas por protozoários, nos quais os organismos são resistência à destruição intracelular Células T na erradicação de infecções Evasão da resposta imune em protozoários Apesar de sua antigenicidade, os protozoários parasitas conseguem sobreviver em seu hospedeiro utilizando múltiplos mecanismos de evasão adquiridos ao longo de milhões de anos de evolução. Uma delas envolve torna-se menos antigénio, e a outra envolve a capacidade de alterar antígenos de superfície rápida e repetidamente (evasão da imunidade adquirida). Principal deles - sobrevivência em macrófagos, entre outros mecanismos… Helmintos ………………… ………. Parasitos obrigatórios completamente adaptados ao hospedeiro, cuja sobrevivência depende do encontro de algumas forma de acomodação no hospedeiro De forma geral, eles não se replicam no interior do hospedeiro, assim o nº presente em um indivíduo será o mesmo dos parasitos que tiveram acesso ao hospedeiro. O tamanho da carga parasitária no hospedeiro é controlado por fatores genéticos e pela resposta do hospedeiro a esses parasitas. Alguns animais podem ser predispostos a uma infecção como fatores genéticos, comportamentais, nutricionais e ambientais Imunidade inata ● Fatores inatos de origem no hospedeiro que influenciam a carga de helmintos incluem idade, sexo e princialemnte antecendentes geneticos ● A quitina é abundante nas cutículas de helmintos e exoesqueletos de artrópode e as quinases desempenham um papel na resistência a helmintos e artrópodes parasitas. A quitinase é produzida por mastocitos, macrofagos, eosinófilos e neutrófilos. Imunidade adquirida ● Respostas mediadas por células Th2 são a resposta normal protetora aos heleno parasitas. Aqueles que não conseguem controlar a sua carga parasitária e tornam-se conhecimento incentivados montam uma resposta TH1. ● Para o sistema imune combater, eles devem empregar células que podem destruir a cutícula intacta ou atacar através dos pontos fracos na sua superfície como seu trato digestivo. ● Eosinoiflos, neutrófilos e macrofagos sao defensores chave contra larvas migratórias, cobertas por IgE. ● Apesar da resposta mediadas por eosinófilos dependente deIgE ser provavelmente o mecanismo mais significativo, outras imunoglobulinas também podem desempenhar papel protetor. Os mecanismos envolvidos incluem neutralizaçao mediada por anticorpos da proteases larvares, o bloqueio dos poros anal e oral da larva por imuncomplexos, a prevenção da muda e a iniciação do desenvolvimento larval por anticopos direcionados contra antigenos da cutícula ● Os antígenos dos vermes estimulam a resposta Th2 e as Th1 podem ser de uso benéfico protetor. No entanto, o linfócitos T citotóxico pode atacar helmintos que estavam profundamente embebidas na mucosa intestinal ou que estejam fazendo migração tecidual Evasão da imunidade por helmintos Os verme possuem uma cutícula espessa que protege contra danos causados pela maioria das células protetoras. Entretanto, os eosinófilos parecem ser os únicos capazes de causar namos e destruir helmintos. Os helmintos são mais suscetíveis ao ataque durante a migração dos tecidos, assim, a maioria das estratégias de evasão funciona no estágio larval. Os mesmos se adaptam de forma eficaz para sobreviver e funcionar na presença de um sistema imune totalmente funcional no hospedeiro. Os helmintos que vivem nos tecidos podem reduzir a sua antigenicidade pela absorção de antígenos do hospedeiro em sua superfície e mascarando os antígenos parasitários. Outro mecanismo de evasão é o uso da variação antigênica sequencial . Alguns parasitas interferem com o processamento de antígenos. Artrópodes ……………………………………………………………………………………….. Imunidade aos artrópodes parasitas como carrapatos e pulgas também parece ser função da resposta TH2 Sarna demodécica Animais com sarna demodécica generalizada apresentam função normal de neutrófilos e respondem normalmente à vacinas, porém há disfunção da ação de linfócitos T citotóxicos com a formação de granulomas e dermatite alérgica de contato no local onde se encontra o ácaro. Imunidade contra vírus Vírus são: ● Microrganismo intracelulares obrigatórias. ● Existencia ameaçada por sua destruição pelo sistema imunológico ou pela morte dos hospedeiros. ● Os vírus e seu hospedeiro foram sujeitos a um rigoroso processo de seleção e adaptação ● São selecionados por sua habilidade em escapar defesas imunes do hospedeiro ao mesmo tempo em que os animais são selecionados por sua resistência às doenças causadoras e patógenos ● Um hospedeiro muito competente é o principal alvo para a próxima geração do vírus ● As doenças virais tendem a ser letais quando o vírus encontra pela primeira vez sua espécie hospedeiro ou infecta a espécie errada. ● Uma vez que o vírus e seus hospedeiros tenham interagido por muito tempo, a doença resultando a infecção tende a ser cada vez mais branda. Resposta imune contra vírus 1. Fase intracelular (replicação): morte celular, ativação de nucleases - destruição do material genético, secreção de IFN- Y. 2. Resposta mediada por células NK: reconhecimento de células com baixa expressão de MHC-1 liberação de perforinas e granzimas 3. Fase extracelular (antes da infecção ou apos a lise): Impede a entrada e adesão do vírus, opsonização (fagocitose) e ativação do complemento que melhora a opsonização a lise do envelope viral Resposta imune humoral ● Os capsídeos virais e as proteínas do envelope são antigênicos, tanto que grande parte das respostas imunológica antivirais é dirigida contra esses componentes ● Os anticorpos podem impedir a invasão celular bloqueando a adsorção dos vírions às células alvo, estimulando a fagocitose dos vírus, desencadeando a virose mediada pelo sistema complemento ou causando o agrupamento dos vírus que reduz o número de unidades infecciosas disponíveis para invasão celular. - A ligação com anticorpos não destrói os vírus, já que o rompimento dos complexos vírus-anticorpos pode liberar vírus infecciosos. Resposta imune celular …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….……………………………………………………………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… Imunidade patógeno - específica Bactérias e Fungos Imunidade contra bactéria toxigênicas Nas doenças causadas por bactérias patogênicas, como os clostrídios ou o Bacillus Anthracis, a resposta imune deve não apenas eliminar as bactérias invasoras, mas também neutralizar suas toxinas. Botulismo - fontes de infecção: Conservas caseiras, mel, alimentos mal estocados, contaminação de feridas. Imunidade contra bactérias toxigênicas Imunidade contra bactérias toxigênicas ● Neurotoxina; ● Anticorpos contra toxina; ● Acetilcolina - neurotransmissor. Imunidade contra bactérias intracelulares A principal característica das bactérias intracelulares é a capacidade de sobreviver dentro dos macrófagos. As bactérias podem migrar de uma célula para outra sem se expor ao fluido extracelular por meio de protusões ocasionadas na membrana pelo citoesqueleto. Imunidade inata contra bactérias intracelulares ● A proteção contra as bactérias intracelulares é mediada pelos macrófagos M1 ativados. ● O IFN produzido pelos linfócitos T CD4 do tipo TH1 aumenta a produção de citocinas pró inflamatórias como TNF-A, Il-6, Il-1 e Il-2 liberadas pelas células sentinelas nas imediações da liberação do IFN Imunidade adquirida contra bactérias intracelulares As células dendríticas apresentam antígenos intracelulares aos linfócitos auxiliares TCD4 + do tipo TH1, que produzem IFN y. Esta citocina irá ativar macrófagos m1 a produzir bastante óxido nítrico e outras moléculas similares para a destruição das bactérias intracelulares. - Os linfócitos TCD8 são estimulados através dos linfócitos auxiliares TCD4 + do tipo TH1 a destruir os macrófagos infectados. Imunidade contra bactérias extracelulares ● A proteção contra bactérias invasivas costuma ser mediada por anticorpos dirigidos contra os antígenos de superfície dos microorganismos. ● Para que a fagocitose seja eficaz, a superfície da bactéria deve estar recoberta por uma camada de opsoninas, que podem ser reconhecidas por células fagociticas. ● Essas opsoninas incluem os anticorpos ou componente C3b do sistema complemento, além das opsoninas inatas como a lectina ligante de manose (MBL) ● Os anticorpos atuam como opsoninas eficazes, uma vez que ativam a via clássica do sistema complemento. Imunidade contra bactérias extracelulares 1. Os anticorpos contra os antígenos capsulares (K) podem neutralizar as propriedades antifagocíticas da cápsula bacteriana, permitindo sua destruição por fagócitos. 2. Nas bactérias que não que não possuem cápsula, os anticorpos dirigidos contra os antígenos O atuam como opsoninas. 3. A proteção também pode ser mediada pela produção de anticorpos contra os antígenos de pili F4 (k88) e F5 (k99) de Escherichia Coli. 4. Nesse caso, as imunoglobulinas podem interferir na expressão desses antígenos após a supressão dos pili de aderência, essas cepas de E. coli não podem se ligar À parede intestinal e, assim, deixam de ser patogênicas. Imunidade contra bactérias extracelulares Bactérias extracelulares ● As infecções causadas por bactérias extracelulares são as mais frequentes. Nesses casos os mecanismos de defesa estão relacionados com as barreiras naturais do hospedeiro, a resposta imune inata e a produção de anticorpos. ● A integridade das peles e das mucosas impede a aderência e a penetração de bactérias; o movimento mucociliar elimina bactérias do trato respiratório; O pH ácido do estômago destrói bactérias que penetram pelo trato digestivo alto e na saliva e secreções prostáticas existem substância com atividade antimicrobiana. A participação da imunidade inata ocorre através das células fagocitárias, da ativação do sistema complemento pela via alternativa e da produção de quimiocinas e citocinas (TNF - alfa, IL-1, IL-6).● Adicionalmente a proteína C reativa, proteína de fase aguda produzida principalmente por células hepáticas nas infecções bacterianas, exerce ação variada contra as bactérias. Ao ligar-se aos fosfolipídios de membrana de algumas bactérias a PCR atua como opsonina, facilitando a fagocitose por neutrófilos. Modificação da doença bacteriana por respostas imunes ● A imunidade celular costuma ser necessária para o controle das bactérias intracelulares. ● Macrófagos ativados podem impedir o crescimento desses microorganismos. ● Síntese de IFN- Y por linfócitos Th1 leva a ativação dos macrófagos. ● Macrófagos M1 podem restringir ou curar as infecções. ● Se a respostas imune contra essas bactérias estourar os linfócitos Th2 de maneira inadequada, não haverá desenvolvimento de imunidade mediada por células e haverá geração geração de macrófagos M2 (produção de granulomas), levando a uma doença progressiva e crônica. Evasão da imunidade bacteriana ● A chave para o sucesso da invasão microbiana é a evasão das respostas imunes inatas ● As bactérias empregam um conjunto muito variado de mecanismos para impedir ou atrasar sua destruição. ● Algumas bactérias patogênicas interferem com as vias de sinalização dos receptores TLRs ● Os métodos utilizados incluem a produção de PAMPs modificados que não ativam TLRs Evasão da imunidade inata ● Outra habilidade útil para uma bactéria é a capacidade de resistir a proteínas antibacterianas. Muitas bactérias podem bloquear a fagocitose. ● A aureolina, outra enzima estailicóica, é capaz de destruir catelicidinas ● Algumas evitam seu reconhecimento pelos receptores das células fagoíticas. Evasão da imunidade adquirida Imunidade contra infecções fúngicas ……… …….. Há 3 tipos principais: - Infecções primárias por fungos que afetam a pele ou outras superfícies, como as causadas por Microsporum spp. Ou pela candida spp., e provocam doenças como micoses ou candidíase. - Infecções primárias por fungos dimórficos, que causam, principalmente, doenças respiratórias, como histoplasma capsulatum, blastomyces dermatite e Coccidioides immitis. - Infecções secundárias em animais imunodeficientes, causadas por fungos oportunistas, como Mucorales e Pneumocystis spp. Mecanismos imunológicos inatos ou adquiridos Os mecanismos inatos que são usados no combate a fungos invasores, influem na ativação da via alternativa do sistema complemento, que trai neutrófilos; estas células, por sua vez, tentam destruir as hifas ou pseudo-hifas do fungo. ● O padrões moleculares associados aos patógenos fúngicos (os PAMPs de fungos) atuam por meio do TLR2 ou de uma lectina presente na superfície celular, chamada dectina - 1 , estimulando síntese de IL-23. ● A citocina IL-23 ativa os linfócitos Th17. A IL-17 produzida por esse sintético ativa os neutrófilos e as células endoteliais, promovendo a inflamação aguda. Imunidade adquirida Uma vez estabelecidas, às infecção fúngica poderão somente ser contidas por mecanismos mediados por linfócitos Th1 ● Dessa forma, algumas espécies de Aspergillus são parasitas intracelulares facultativo e as doenças fúngicas crônicas e progressivas estão comumente associadas a defeitos na imunidade celular - linfócitos T e células NK podem exercer um efeito citotóxico direto sobre leveduras, como Cryptococcus neoforman e Candida Albicans. …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….……………………………………………………………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….……………………………………………………………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… Imunologia e bem estar animal Homeostase é a manutenção do meio interno do organismo, para uma série de sistema funcionais de controle Estresse é o estado do organismo no qual, após a ação de agente de qualquer natureza, o organismo responde com uma série de reações não específicas de adaptação. Agressões física, psíquica, infecciosa e outros são capazes de perturbar a homeostase. Modelo geral da resposta biológica 1. Primeira instância: o animal tentará evitar o estímulo estressor 2. Segunda instância: luta ou fuga, estimula sistema cardiovascular, gastrointestinal, glândulas exócrinas, medula adrenal - curta duração > sistema autônomo 3. Terceira instância: o eixo HPA apresenta efeitos de maior duração. Afeta metabolismo, comportamento, sistema imune e reprodução > sistema neuroendócrino. 4. Sua supressão por efeito do estresse seria a principal causa de doenças em animais estressados. especialmente modulado pelo eixo HPA. : sistema imunológico Como funciona o SN? Função sensorial: captação de estímulos internos e externos. Função integradora: processa a informação recebida de órgãos e receptores, guarda a informação e coordena as respostas Função motora: resposta a estímulos Eixo hipotalâmico, hipófise e adrenal Hipotálamo produz o CRH que atua diretamente na adeno hipófise que estimula a produção do hormônio ACTH. O ACTH atua diretamente no córtex adrenal e esse região vai produzir o cortisol que é responsável pela ba parte do metalismo, em momentos de estresse, é responsável pela quebra do glicogênio na produção de energia e acelerar a gliconeogênese, Sistema nervoso autônomo simpático ativa medula da adrenal, aumenta a secreção das catecolaminas acarretando toda a mudança fisiológica como aumento da FC e outros… - Luta e fuga: as catecolaminas são secretadas rapidamente, proporcionando ao organismo a possibilidade de reação muito rápida. Atuação dos hormônios no sistema imune Fatores que vão influenciar as ações do sistema imune: ● Autorregulação realizada pelas citocinas ● Fatores hormonais Neurotransmissores e neuropeptídeos (noradrenalina, serotonina …) Isso ocorre pois os receptores para essas substâncias estão presentes nos leucócitos, interferindo diretamente sobre a atuação dos mesmos. Interleucinas, citocinas e interferons ● A IL-1, o TNF-a, o IFN-a e Y, secretados pelos linfócitos, alteram a função do eixo HHA, induzindo a liberação de catecolaminas ● A IL-1 exerce uma função semelhante aos neurotransmissores ● Uma elevação das citocinas inflamatórias como é o caso das TNF-a, IFN-a e IFN-y, leva ao aumento de CRH, desencadeado maior excreção de ACTH e consequentemente alteração no nível do cortisol Sendo assim ,emoções e estresse podem influenciar uma resposta imune e a ativação do sistema imune pode gerar estresse. Catecolaminas ● Regem sobre linfócitos e monócitos ● Adrenalina e noradrenalina estimula a síntese de mediadores de resposta imune ● Aumentam as proteínas de fase aguda ● Aumentam a proliferação linfocitária ● ADR é estímulo psicológico e NORADR é estímulo físico Cortisol ● Em elevada concentração exercem efeito supressor sobre linfócitos e macrófigos gerando a redução na produção de citocinas, redução do número de linfócitos e diminuição da migração de granulócitos. - No início do estresse há um aumento expressivo do número de neutrófilos na corrente sanguínea, das células NK e posteriormente, acontece uma redução na contagem de linfócitos. A depleção dessas células faz com que o organismos fique suscetível a infecções, metástase e doenças autoimunes. ● O cortisol induz a síntese de lipocortina, que inibe a enzima fosfolipase A2,inibição do processo inflamatório. ● Reduz a produção de IL-2, a proliferação dos linfócitos t e liberada pelos mastócitos e plaquetas de histamina e de serotonina. Reações do sistema imunológico ● Reage ao estresse através de componentes da imunidade eliana e componentes da imunidade adaptativa ● O linfocitos t helper se dividem em th1 e th2, e sua diferenciação conhece por ação das citocinas ● Os glicocorticóides, a adrenalina e noradrenalina inibem a produção da IL-2 e 12, sendo que a 12 é responsável pela diferenciação e a 2 pela proliferação do mesmo. A supressão desses dois fatores é suficientemente capaz de suprimir, fragilizar e reduzir a capacidade do sistema imune a responder estímulos. …………………….………………………………………………….…………………………… …………………….………………………………………………….…………………………… Micologia Animal larivet.resumos Introdução à micologia Reino Fungi - características fisiológicas Fungo é diferente do vegetal, ele não sintetiza clorofila, não tem celulose na parede celular, não armazena amido (reserva). O mesmo tem mais características semelhantes a um animal, como presença de quitina na parede celular e armazena glicogênio (reserva). Importância ● Decompositores ● Indústria farmacêutica e de alimento (biotransformadores) ● Simbiose: - micorrizas (fungos e raízes): proteção, auxilia na absorção de água e minerais do solo. - Líquens (fungos e algas): indicador de pureza ambiental. ● São seres eucarióticos ● Ubíquos: está ou existe ao mesmo tempo em toda parte ● Quimioheterotróficos: compostos orgânicos do substrato como fontes de energia e carbono ● Osmotróficos: se nutrem através da absorção dos alimentos ● Aeróbio ou anaeróbio facultativo: depende da presença do oxigênio para manutenção do seu metabolismo ● Maioria e saprofítica: absorção de substâncias orgânica em decomposição Patogênicos oportunistas Apenas a minoria causa infecção, que são denominadas micoses. Existem mais de 100 mil espécies e apenas 200 são patogênicas. Morfologia Leveduriformes - formas ovais ou esferoidais - São unicelulares - Parede celular formada por polissacarídeos, proteínas e quitina (pouca quantidade) Filamentosos - parede celular formada por quitina, lipídios, proteínas e polissacarídeos. - crescimento apical e multinucleado. Filamentos ●Hifas (septadas ou não septadas): filamento individual ●Micélio (bolor): conjunto de hifas - micélio vegetativo: Digestão extracorpórea. Importante na nutrição do fungo, o fungo se nutre por absorção. Ele libera enzima e degrada as moléculas complexas para deixar mais simples para a absorção. - Micélio aéreo: Reprodutivo. Além de crescer para dentro, também cresce para fora do ambiente. Devido ao vento e outros fatores, se desprendem e caem no solo, essa estrutura que caiu no solo vai se reproduzir e gerar novos fungos. Ciclo de vida ●Reprodução assexuada e sexuada ● Formação de esporos: há esporos assexuais que são formados pelas hifas de um organismo e esporos sexuais que resultam da fusão de núcleo de duas linhagens opostas e cruzamento de uma mesma espécie de fungo. - A reprodução assexuada tem objetivo na disseminação fúngica, pode ser por brotamento ou fissão binária (leveduras). Ou, por esporulação e fragmentação (filamentosos). Reprodução assexuada dos fungos filamentosos O fungo na sua reprodução assexuada vai produzir: 1. Esporangiósporo: estruturas reprodutivas cuja porção terminal é em forma de uma vesícula. No esporângio é onde se encontram os esporos (esporangiósporos). Quando a vesícula se rompe eles são liberados no ambiente. 2. Conidiósporo: é um esporo que além de ficar dentro, fica fora do ambiente. Esporo que participa da reprodução assexuada de fungos, no processo de esporulação. São formados por meio de mitose, e são mais conhecidos pelo nome de conídio. O condio uni ou multicelular não é fechado em uma bolsa, são produzidos em cadeia na extremidade. 3. Artroconídeos: formados pela fragmentação da hifa em segmentos retangulares. 4. clamidoconídios: estrutura de resistência que possui parede dupla e germinam em condições adversas. Podem ser produzidos por fungos filamentosos e leveduras Reprodução sexuada de fungos filamentosos: Quando ocorre a reprodução em espécies geneticamente diferentes são autoestéreis / heterotálica. E quando são espécies geneticamente iguais são chamadas de autoférteis/ homotálicas - Ela é divida em 3 etapas: plasmogamia, cariogamia e meiose e se dá pela fusão de núcleo. As hifas monocarióticas são haploides e se fundem passando ser passa a ser dicariótica (esse processo é chamado de plasmogamia - união dos núcleos). Os núcleos se juntam e passa a ser uma célula diplóide (cariogamia), em seguida sofre a meiose. 1. Basidiósporos: são esperados sexuados externos e originam-se no ápice de uma célula fértil, chamado basídio ou comum. A reprodução dá origem aos filos: Reprodução assexuada de leveduras Brotamento ou fissão binária. 1. Blastoconídios: resultante do processo de brotamento ou gemulação. A célula mãe origina uma gêmula, o blastoconídio que cresce recebe um núcleo após a divisão do núcleo da célula mãe. Reprodução sexuada de leveduras: 1. Ascósporos: algumas leveduras podem originar esporos sexuados, após duas celular sofrerem fusão celular e nuclear, seguida de meiose (ascósporos). Importância dos esporos sexuados ● Possibilita a recombinação ● Classificação/taxonômica ● Adaptação e aperfeiçoamento da espécie (nutriente) ● Diversidade genética Resumindo: esporos assexuais são formados pelas hifas de um organismo, quando esses esporos germinam, formam organismos geneticamente idênticos. Já, os esporos assexuais resultam da fusão de núcleos de tipos opostos de cruzamento, esses organismos apresentarão características e ambas linhagens parentais. Característica morfológica da colônia leveduras ● Pastosa ● Cremosa ●Mucóide Características morfológicas da coluna filamentosos ● Algodonosas ● Pulverulentas ● Crateriformes ● Com pigmentos ● Coloração do micélio vegetativo: epibiótico difrente de endobiótico Macroconídios (parece barcos) e microconídios (parece bolinhas) são critérios de classificação Mecanismo de patogenicidade A patogenicidade medida por componentes, que estimulam diferentes respostas no hospedeiro Hipótese que as toxinas, enzimas e outros metabólitos produzidos in vitro e in vivo pelos fungos patogênicos tenham papéis importantes nas lesões teciduais geradas. Fatores de virulência ●Produção de queratinase por dermatófitos dimorfismo ● Cápsula mucopolissacarideo ● Aderência e invasão ● Distúrbio no sistema imune = inibição citocina ● Produção de melanina: proteção contra produtos oxidantes do tecido e células de defesas Esses fatores asseguram sua sobrevivência e proliferação no hospedeiro, aumenta o poder de penetração e invasão, evade os mecanismos do sistema imune do hospedeiro Colonização e doenças ● Micoses superficiais: limitadas a pele e pelos. ● Micoses cutâneas: camada queratinizada epiderme, pêlos e unhas. ●Micoses subcutâneas: derme e músculos (traumatismo, tumefação). ● Micose sistêmicas: originalmente nos pulmões que podem se disseminar. ● Micose oportunista: tratamento com atb ou imunossuprimido . …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. dermatófitos ●Família arthrodermataceae ●São fungos queratinofílicos- se estabelecem em estruturas que são queratinizadas do organismo ●Parasitam estruturas epidérmicas queratinizadas ●Produtores de queratinase ●Hidrolisam a queratina da pele e fâneros para obtenção de nutrientes ●Não invadem a epiderme. ● Fungos aeróbios que crescem lentamente. Para seu crescimento fúngico é necessário um meio de cultura favorável como o ágar sabouraud dextrose. Crescem também na tº ambiente. Condição não parasitária/ no ambiente ● Produz hifas ramificadas septadas ● Reprodução assexuada (conídios) ● Podem ser macroconídios(estruturas multicelulares semelhantes a vagem) e microconídios (esferas ou bastonetes unicelulares) ●Critérios para diagnóstico Características das colônias e de pigmentações são úteis na diferenciação de dermatófitos Classificação quanto ao reservatório Antropofílicos: aqueles que acometem os homens Zoofílicos: aqueles que acometem os animais Geofílicos: aqueles que acometem o solo. Dermatofitose Em homens é popularmente conhecida como tinea e em animal como “tinha”, sua transmissão pode ocorrer pelo contato direto e indireto (persistência em fômites e nas instalações). Em geral, a tinha regride espontaneamente em algumas semanas ou meses, a menos que complicada por infecção bacteriana secundária ou por fatores constitucionais corporais. Como ocorre o processo infeccioso? É divido em 3 parte Adesão do conídio e germinação e penetração do fungo no estrato córneo 1. Contato com o conídio e adesão do mesmo. 2. A partir do conídio ocorre a germinação da hifa que vence a barreira da pele (filme de gordura sobre a camada córnea) e tem contato com a queratina do estrato córneo. 3. Partes da hifa se diferenciam em artroconídeos 4. Produção de queratinase e hidrólise da queratina 5. Produção de metabólitos e produtos de excreção 6. Ação irritante, alergênica e tóxica 7. Resposta inflamatória local 8. Lesões dos pelos tipo ectothrix: artroconídeos fora do pêlo e endothrix, dentro do pêlo. Diagnóstico laboratorial ● Testes de triagem ● Lâmpada de wood (obs: nem todos produzem metabólitos fluorescentes e alguns sabões e pomadas podem florescer e dar um positivo negativo) ● Exame microscópico: raspagem de pêlo e hifas e artroconídeos. A coleta deve ser pelas margens de qualquer lesão e pegar o pelo com a área intrafolicular - O preparo da lâmina pode ser com hidróxido de sódio, hidróxido de potássio ou calcofluor. - ●Exame histopatológico: não é tão necessário, é útil para diagnosticar casos suspeitos com cultura negativa para fungo. O Isolamento se dá em meio seletivo e deve-se adicionar o pêlo dentro do tubo e a partir dali vai crescer o fungo. - Meio de cultura seletivo: Ágar sabouraud com cloranfenicol e cicloheximida, Dermatophyte teste medium e Rapid sporulation medium A partir desse crescimento fúngico pode realizar uma identificação microscópica adicionando uma gota azul de metileno. Microsporum Canis ………………………… …………... A partir do crescimento tem uma colônia algodonosa amarela com pigmento branco no meio Macroconídios com membrana e septos largos. Microsporum gypseum ………………………… ………….. Colônia pulverulenta creme, semelhante ao canis porém os septos e membranas dos macroconídios são finos Acomete cavalos, cães, roedores e humanos. Microsporum nanum ………………………… … ………... Macroconídios em forma de balão ou raquete, com um septo. - Acomete suínos e está presente no ambiente Identificação bioquímica de Microsporum spp. 1. Urease: observa hidrólise da ureia 2. Perfuração do pêlo humano “in vitro” 3. Produção de conídios em ágar arroz 4. Tolerância ao fungicida benomyl Gênero trichophyton --- Macroconídios alongados e muitos microconídios ovais ou piriformes. Alguns apresentam Clamidoconídios (estrutura de resistência que tem duas paredes) Trichophyton equinum …… …… Colônias planas, com sulcos suaves de cor branca polida Macroconídios raramente são produzidos, mas quando estão presentes são clavados, lisos, de paredes finas. Acomete equinos e humanos. Trichophyton mentagrophytes …… …… Colônia algodonosa branca/creme Macroconídios alongados, clavados, parede fina e lisa Acomete: camundongos, porquinhos da índia, cangurus, gatos, coelhos, cavalos, ovelha coelho. Causam lesões inflamatórias. Trichophyton verrucosum … … Crescimento lento, pequenas, de botão, com coloração branco/creme com uma superfície semelhante a camurça aveludada Hifas largas e irregulares com muitos clamidoconídios terminais e intercalares. Acomete bovinos. Identificação bioquímica de trichophyton spp. 1. Urease 2. Perfuração do eplo humano “in vitro” 3. Crescimento é 37ºC 4. Crescimento em ágar trichophyton de 1 a 7 …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. Aspergillus spp. Fungos filamentosos saprófitas de infecção oportunista. Ele está presente no solo, vegetação, alimentos como ração grãos e vegetais, no ar e água ou objetos expostos, feno, silagem e adubo químico. Eles são resistentes ao calor e à dessecação. ●Hifas hialinas, septadas - diferenciam em estruturas reprodutivas típicas = conídios ●Colônias de cor branca, azul-esverdeada, amarela, cores, marrom e negras. ●Crescimento: aeróbios. ● Reprodução assexuada ●Espécie patogênica: - A, fumigatus: doença em humanos e animais - A. niger, A. flavus e A. terreus (aflatoxina) Transmissão Através da inalação dos esporos, podendo também ser através da ingestão de alimentos contaminados. O diagnóstico é feito por exames de radiografia (pois ele gera uma massa fúngica no pulmão), escarro e diagnóstico de sangue. Aspergilose Aspergiloma: Forma crônica da doença, pode ser assintomática ou expectoração. Pode gerar um processo inflamatório. Manifestação: tosse, perda de peso, dispneia, fadiga e ou presença de hemoptise. A fixação dos fungos na cavidade pulmonar gera uma lesão tecidual. Nessa lesão encontra elementos miceliais vivos e mortos, células inflamatória, fibrina, muco, componentes do sangue, componentes do epitélio em degradação. Diagnóstico histológico: prata-metenamina ou PAS- invasão pelas hifas. Fatores de virulência ● Adesinas: proteínas de superfície (de conídios e de hifas): galactosamina galactano - que se ligam às proteínas da matriz extracelular (colágeno, fibronectina, fibrinogênio e laminina). Permite que o fungo possa aderir à célula do hospedeiro. Função: mascarar o PAMP, inibir a quimiotaxia PMN ●Parede celular: exibe um PAMP que é reconhecido por receptores toll-like na superfície de macrófagos hospedeiros, assim, ocorre a indução de secreção de citocinas inflamatórias. ● Enzimas extracelulares: elastase, proteases e fosfolipases - reduzem os efeitos dos radicais peróxidos produzidos pelas células fagocíticas. ● Aquisição de ferro: sideróforos hidroxamatos - aquisição de ferro das proteínas ligadoras de ferro (transferrina e lactoferrina). - Fusarinina e traiacetilfulsarina C: absorsão do ferro das proteínas ligadoras de ferro do hospedeiro - Ferrocromo - armazenamento do ferro tanto na hifa e conídio. - ● Pigmento (melanina) - inibe a ação de radicais livres Gliotoxina: inibe a atividade de cílios e a fagocitose por macrófagos Infecção em humanos: ●Sinusite ou pneumonia por inalação ●enfermidade cutânea após trauma ou contaminação ● queimaduras: meio de infecção secundária ● doença disseminada por via hematogênica ● Mucormicose rinocerebral: doença fatal Aspergilose bovina ……………………………………………………………………… ● Mastite: inoculação intramamária, abcessos no úbere ● Infecções intra uterinas: via hematogênica - placentite: aborto no final da gestação. Aspergilose aviária ………………………… v…………… ……………… ● Inalação de esporos ambientais, foco primário pulmonar e disseminação hematogênica. ● Gera distúrbios comportamentais e respiração ofegante; ● Pode gerar formação de granulomas caseosos nos sacos aéreos. Ceratomicose equinos ………………………………………………………………… ● A partir de lesão da córnea ● Sinais respiratórios indica aspergilose na bolsa gutural de equinos Em cães ● Osteomielite ● Aspergilose nasal: espirros e secreções sanguino purulentas ● Cães de conformação craniana dolica e mesocefálica tem predisposição. Diagnóstico ● Exame direto: esfregaço com coloração ● Cultura: Ágar dextrose sabouraud ● Teste sorológico: detecção de anticorpos no soro do animal. - Imunoenzimático indireta (ELIZA) ● PCR …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. Sporothrix schenckii Taxonomia ● Ascomycota - características moleculares e morfológica ● Fase teleomórfica de S. schenkii - rDNA 18s - ophiostoma sentonoceras ● Variação nas sequências de genes (codifica: calmodulina, quitina cinase e b- tubulina) - complexo sporothrix ● Sporothrix chilensis ● Micoses subcutáneas profundas ● Fungo - saprófita > vegetal em decomposição ● Dimórfico > micelial (22º a 28ºC) e levedura (35 a 37ºC). Importante para fixação no ambiente e organismo do hospedeiro. - substrato, atmosfera e a temperatura de incubação são condições que auxiliam no dimorfismo do fungo ● Reservatórios naturais: matéria orgânica e solo Distribuição Micose cosmopolita - presente em vários lugares principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Micelial Presente no meio ambiente, aparência membranosa com superfície enrugada, coloração clara e pigmentação escura ou acinzentada. - Hifas delgadas, septadas, hialinas, ramificações com conidióforos. Levedura Tecidos ou meio riscos a 37º Forma fusiforme a ovóide com 2,5 a 5 mm Complexo sporothrix Desenvolvimento em ph diverso - micelial - 3 a 12 - levedura - 2,4 a 9,5 Temperatura ótima de crescimento = 30ºc a 37ºC Transmissão Contato com uma ferida infectada ou exsudatos de um gato infectado Infecção por inalação ou ingestão - extra-cutânea. Zoonoses Gatos são responsáveis pela transmissão zoonótica para humanos por causa do número alto de organismos sporothrix encontrados nos nódulos. ● Isolamento na unha ●Animais infectados transmitem a doença por mordedura e arranhadura. Transmissão “doença do jardineiro” ●Contato traumático (graveto, espinho de flores, etc..) ● Ferimento por perfuração traumática Depende do estado imunológico do paciente e carga microbiana. Fatores de virulência Adesinas ligantes de fibronectinas: (realiza a capacidade de adesão na forma patogênica) - fungos + cel. epiteliais. Enzima: - Proteinases - S. schenkii produz duas proteases I e II. A importância dessas enzimas na patogênese da esporotricose não é conhecida. Hidrólise das células do estrato córneo humano 3 - Termotolerância: inibição a partir de 40 Parede celular: - Lipídio - a porção lipídica S. schenckii a fagocitose por monócitos e macrófagos Melanina - inibidor de radicais livres nos fagolisossomos - fator de resistência a condições desfavoráveis no ambiente (micelial) - Diminuição na eficácia de terbinafina - Aumenta a resistencia a agocitose por macrofagos - Ácidos siálicos - inibem a captação de S. schenckii pelas células fagociticas - direciona as proteínas do S.C, mais para a via degradação que para a produção de fragmentos e opsonização efetivos de anafilatoxinas. Dimorfismo: queda na expressão de B (1,3)-glucana, aumento da expressão de a(1-3)-glucana = correlação com a virulência Ramnose: [] na P.C de células jovens (4-7 dias), relação com a patogenicidade de conídios de S. schenkii Esporotricose em humanos ………………………………………….. ●Lesão inicial: nódulo cutânea ulcerativo ●Canais linfáticos subcutânea = úlceras supurativas ●Raramente, formas disseminadas ocorrem afetando os ossos, articulações, boca, nariz ou rins (imunossuprimidos -pode ser letal ) ●Osteoarticular - infecção secundária devido a disseminação hematogênica, inoculação direta ●Esporotricose pulmonar - prognóstico desfavorável (demora no diagnóstico e fatores coinfecção pelo HIV) Esporotricose em gatos …………………………………………….. ●Contato com solo, vegetais e brigas ●Lesões nodulares (cabeça e cauda) - necrose profunda ●Nódulos secundários (urso dos vasos linfáticos) que ulceram e liberam exsudatos soropurulentos ●Músculos e osso ficam expostos ●Extra-cutâneo - alterações respiratórias As infecções podem se espalhar para outros locais da pele Esporotricose em cães ………………………………………………. ●Lesões cutâneas isoladas ou múltiplas, crostosas e alopecias (cabeça e tronco) ●Evolução - lceras com exsudato purulento ●Doença disseminada = rara ●Sistema respiratório - mais acometido Esporotricose em equinos …………………………………….. ●Esporotricose linfocutânea (+ comum) ●Nódulos ulceram e liberam exsudato amarelado Amostra para exame direto Swab ●Lesões cutâneas: cavidade nasal, lesões exsudativas ●Aspiração de abcessos não ulcerados: purulento ou seropurulento ●Fragmento de lesões: em formol a 10% ou solução salina. Exame direto - Esfregaço: coloração de gram, panótico e fucsina simples - Estruturas leveduriformes - Interior de macrofagos e neutrofios ou extracelularmente - Difícil visualização em humanos e em outras espécies de animais. Exame histopatológico Coloração de rotina: hematoxilina e eosina - inespecífica: evidencia outros agente e protozoários Isolamento Forma micelial ● Ágar sabouraud + cloranfenicol ●5 a 7 dias entre 25 a 30ºC ●Colônias de cor branca: cresce rapidamente tornando-se negras ou marrons, rugosas e dura ●Conídios em forma e peras agrupados ao redor dos conidióforos Leveduriforme ●Ágar infusão cérebro coração +5% sangue ●Ágar sangue +5% ●Ágar BHI ●3 semanas a 37ºC ●Colônias de cor creme a castanho claro Identificação da espécie. Assimilação sacarose e rafinos: Capacidade de uma levedura apresenta de crescer aerobicamente na presença e determinado carboidrato, fornecido como uma fonte de carbono Detecção molecular: Amplificação e seguimento de genes fúngicos - 28s rRNA - Gene CAL Tratamento ●Animais - iodeto de sódio (via oral) ●Cetoconazol (> caninos) e itraconazol pode ser usado ●Humanos = anfotericina B (forma disseminada, osteoarticular, sistêmica do SNC). …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. …………………………………………………. Histoplasma capsulatum Características Fungo saprófita - reservatório natural: solo rico em nitrogênio - Microambientes: cavernas, construções abandonadas, galinheiros, árvores Dimorfismo - Micelial = 25ºC a 30ºC - Levedura = 37 ºC Morfologia Fase Micelial Tipo A (albino) - coloração branca a bege-clara - algodoada - Pouco propágulo Tipo B (brown) - Pouco filamentoso ● Hifas septadas ● Hialinas ● Macroconídeos “tubculados” ● Microconídios “esférico a piriformes” Levedura ● Colônia úmida ● Coloração branco-amarelada ● Rugosas e/ou lisas ● Células ovais unibrotantes de 2 a 4 Mm Transmissão O contágio se dá por via respiratória, quando micrósporos se soltam do Histoplasma capsulatum e, absorvidos pelas vias aéreas, penetram no organismo do hospedeiro e se instalam nos alvéolos pulmonares, que inflamam. ● Disseminação - Linfonodo mediastinal - Sistema fagocícito - mononuclear - ● Estado de latência dentro das granulomas ● Macrofago - evita respostas efetoras do hospedeiro H. capsulatum var. farciminosum ● Infecção instalada em feridas cutâneas ● Oriundos de lesões cutâneas ou exsudato nasal e/ou ocular de animais infectados ● Fômites: materiais utilizados em escovação ou os arreios ● Transmissão por artrópodes. Fatores de virulência ● a- 1,3 - glucana: sobrevivência e replicação do fungo no pulmão. Bloqueia o reconhecimento da PAMP por células fagocitárias. - Regula o nº de leveduras dentro dos fagócitos, escape do sistema imune e induz a formação de granuloma - ● Melanina = inibidor de radicais livres; resistência a anfotericina B e à caspofungina 3 ● Proteínas ligadora de cálcio (Cbp) = multiplicaçãoem ambiente com baixo teor de cálcio (quelação de cálcio impede a ação de enzimas lisossomais). ● Antígeno H = estimula a resposta imune mediada por célula, contra a fase de levedura. ● Aquisição de ferro: produção de sideróforos hidroxamatos - remoção do ferro as ptns ligadoras de ferro - ● Acidificação de fagolisossomo: a diminuição da ação das enzimas lisossômicas e aumenta o PH. ph de 6 a 6,5 . ●Antígeno M = catalase; sobrevivência da fase de levedura. Histoplasmose: formas clínicas Subclínica - assintomático principal em pacientes imunocompetentes Aguda - variação de idade, estado imunológico, carga microbiana - Crianças e adultos - Febre alta, cefaléia, tosse seca, mialgia e astenia, dor retroesternal e insuficiência respiratória. - Achados radiológicos: lesões sugestivas infecção primária ou quadro de pneumonia intersticial. A agressiva evolui para óbito entre duas e cinco semanas. Disseminada crônica ……………………………………………… ... .... Lesões nas vias respiratórias e digestivas superiores ● Não comprometimento pulmonar - Evolução lenta acompanhada de febre baixa e intermitente, astenia e emagrecimento. Oportunista …………………………………………………. Pacientes imunocomprometidos - Febre, tosse, dispneia, hepatomegalia, esplenomegalia e anemia Infiltrado intersticial difuso em exames radiológicos - Lesões extrapulmonares - fígado, baço, intestinos, pele, linfonodos. Histoplasmose em animais Gatos -------------------------------------- Apresentam-se clinicamente sadio ou desenvolve doença disseminada ● Fraqueza, letargia, febre, anorexia, emaciação, sinais oculares ● Sinais respiratórios- crônicos e inespecíficos. ● Lesões granulomatosas em pulmões ● Linfadenomegalia periférica ou visceral, esplenomegalia e hepatomegalia ● Lesões ósseas Cães --------------------- ● Inapetência, perda de peso e febre ● Limitados à árvore respiratória: dispneia, tosse e sons pulmonares anormais ● Disseminada = compromete do TGI - diarreia do intestino grosso com tenesmo - Muco e sangue fresco nas fezes. ● Hepatomegalia, linfadenomegalia visceral, esplenomegalia, icterícia e ascite ● Calcificação pulmonar = histoplasmose pulmonar inativa Diagnóstico Amostra - exsudato de lesões mucosas - Pus de qualquer lesões - Sangue - medula óssea - escaro - material de lavado gástrico, quando não se obtém escarro - líquor - Exame direto Giemsa, gram, wright, PAS, prata metenamina de grocott Macrófagos, neutrófilos e nos monocitos do sangue periférico. Cultura Fase micelial - ágar sabouraud dextrose - Ágar mycosel - Até 30 dias - 25ºC - Crescimento micelial branco e macio ou marrom - camurça Microconídios e macroconídios: lactofenol azul algodão, hifas hialinas e septadas. Fase levedura - Ágar sangue - PAgar BHI - 37º C - 1 semana - Umidade apropriada - Coloniais branca-amareladas Imunológico Teste intradérmico pelo histoplasmina - O teste é positivo, com uma induração de 5mm ou mais, após 48 - 72h da intradermorreação com 0,1 mL antígeno de histoplasma. - Sorológico ● Fixação do complemento - antígeno da fase levedura ● Imunodifusão dupla - pesquisa de anticorpos circulantes contra os antígenos M e H ● Radioimunoensaio ou ELISA - deteção e antígeno histoplasmínico. Exames radiológicos - não são específicos. - Técnica moléculas ● Genes que codificam o RNA ribossômico ● Genes que codificam a proteína M Tratamento A duração do tratamento é variável, dependendo da gravidade da infecção e da resposta do paciente. - Anfotericina B - riscos de recaída - Aplicação de formalina (3%) ou fenol (5%) - controle ambiental. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… Candida spp. ● Levedura com formação de blastoconídios e clamidoconídios ● Pode formar pseudo-hifas e hifas verdadeiras (colabora para invasividade e proliferação ativa no hospedeiro) ● Habita a mucosa (trato digestivo e genital) da maioria de mamíferos e aves ● Aeróbio obrigatório; ● Ampla faixa de Ph e temperatura ● Resistente ao congelamento ● Na maioria das vezes a contaminação é endógena (microbiota) ● Normalmente acontece imunossuprimidos ● Habitat: trato digestivo anterior (boca-estômago) ● Infecções no trato genital, unha, pele ● Trato respiratório e septicemia podem ocorrer. A candidíase está vinculada à ● Desequilíbrios imunes e hormonais, antibioticoterapia, rompimento da barreira epitelial ● Diminuição da resistência do hospedeiro à colonização ou intensa exposição dos hospedeiros debilitados ● Deficiência nutricional ● Candidíase mucocutânea crônica. Fatores de virulência A patogenicidade é um processo multifatorial que é regulado por uma rede de fatores de virulência ● Adesinas: Vão se ligar a diferentes receptores do hospedeiro. ● Produção de hifa verdadeira: esconde a b-glucana que é reconhecida, assim causando uma deficiência da indução para síntese de interleucina 12 (citocina) ● Proteinase: invasão do tecido a partir de degradação das células do hospedeiro. ● Fosfolipase: invasão da mucosa epitelial + degradação da membrana ● Glicoproteína: semelhante a endotoxina Transmissão ● Atrito, calor, umidade ● Contato com secreções ● Transmissão vertical (mãe para fetos) Candidíase cutânea …………………………………………………………………. Áreas de dobras da pele, representadas por placas eritematosas e lesões satélites ● Ela pode ser sistêmica - evolui para disseminada. Candidíase Aviária: cavidade oral e trato digestivo - placas pseudomembranosas necróticas emetrial caseoso - dificulta a deglutição e respiração Infecções Gastrointestinais em aves jovem: - doença caquetizante, gastrointestinal , deformação de bico e mortalidade. - Potros e Suínos: lesões ulcerativas do trato digestivos Vacas: mastite Equinos: infecções intestinais, respiratórias e septicemia. Cães e gatos: lesões ulcerativas que não cicatrizam nas mucosas da cavidade bucal, trato gastrintestinal, respiratório, geniturinário. Os cães apresentam lesões em músculos, ossos, ouvidos, pele, trato urinário e em gatos ocorre infecção urinária e esporadicamente causa pleurite purulenta Morfologia de colônia Diagnóstico ● Swab ● Imprints ● Cortes histológicos ● Microscopia Ágar Sabouraud + cloranfenicol: Inibe o crescimento de bactérias CHROMagar: diagnóstico Liberam compostos (cromogéneos) de várias cores na sequência da degradação de enzimas específicas Cultivo em lâmina: Avaliar a presença de clamidoconídio Hidrólise da ureia: avalia a hidroliseda ureia através da enzima urease Tubo Germinativo: avaliação de hifa verdadeira - Teste positivo: filamento fino e cilíndrico, originado do blastoconídio da levedura, no qual não se observa nenhuma zona de constrição, quer na base ou ao longo de sua extensão. - Auxanograma: Capacidade que uma levedura apresenta de crescer aerobicamente na presença de determinado carboidrato, fornecido como uma fonte de carbono Zimograma Capacidade que uma levedura de fermentar carboidrato. - 48h e 1 semana de incubação a 37ºC. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… Cryptococcus neoformans ● Levedura - basidiomiceto de forma globulosa ● Possui cápsula em sua forma leveduriforme que lhe confere proteção - fagocitose. Composição da cápsula: Glucuronoxilomanana (90%), galacto xilomanana ( 5-8%) e manoproteína (1%). ● Vive em superfícies sujas e empoeiradas ● Excrementos ricos em creatina (excremento de pombos). Reservatório: Pombos ● Acomete animais e humanos ● Micose de natureza sistêmica oportunista cresce em meio comuns e em temperatura corporal ou ambiental ●Colônias acinzentadas e esbranquiçadas, com aspecto mucóide. ● Composição antigênica de glucuronoxilomanana ● Diferença entre antígenos: fenotípicas, genéticas e epidemiológicas. ● Sorotipos ( A, B, C, D, AD) - A: C. neoformans var, grubii - A, D, AD - C. neoformans var. neoformans - B e C - C. neoformans var. gattii. Variedade neoformans e grubii - excretas de pombos, poeiras, madeira em decomposição em cavidades de árvores. Zona temperada. Cryptococcus neoformans, é de carácter oportunista, cosmopolita, associada à imunossupressão celular. Cryptococcus gattii, uma infecção primária, de hospedeiro imunocompetente. - + virulento e predileção SNC. Transmissão pela inalação, é respiratória, porém não é contagiosa. - Acomete o sistema nervoso central após… disseminação dos pulmões; - Baixa imunidade - meningite criptocócica sintomas: febre e cefaléia, raramente alteração do nível de consciência Fatores de virulência ● Cápsula (polissacarídeos) - depleção do sistema complemento, reduzida resposta de anticorpos, inibição da migração de leucócitos e da fagocitose. ● Produção de melanina - resistência às células fúngicas contra ataque das células imunológicas efetoras ● Atividade urease- fonte de nitrogênio - sobrevivência no hospedeiro. ● Fosfolipase B1 - aderência ao epitélio pulmonar, sobrevivência e replicação dentro de macrófagos e disseminação através do sistema linfático e hematogênico. ● Manitol - interfer na morte de fagocits pela remoção de radicais hidroxila - minimiza o ambiente hostil do interior do fagolisossomo ● Calcineurina A - crescimento a 37ºC em atmosfera similar a 5% de CO2 e pH 7,3. Síndromes Criptococose 1. Gatos: lesões ulcerativas da mucosa do nariz, boca e seios nasais - Lesões cutâneas ulcerativas - origem hematogênicas - SNC - 2. Em cães - localização mais comum: SNC 3. Bovinos: mastite com destruição do epitélio lactífero (infecção por inoculação). 4. Equino: meningite, granulomas nasais e, ocasionalmente, rinite e pneumonia granulomatosa. Pode gerar donça intestinl, endometrite e aborto. Diagnóstico ● Líquor ● Fragmentos de tecido, ● Aspirados de lesões cutâneas ● Escarros ● Amostras do trato respiratório. 1. Exame direto Com coloração da amostra com tinta, observa-se o brotamento e a cápsula. 2. Cultura ● Ágar sabouraud ● Ágar níger: A enzima fenol-oxidase produzida pelo microorganismo age sobre os compostos di ou poli fenólicos e forma colônias com pigmentação marrom mucóides devido a produção de melanina (doce de leite) ● Ágar uréia: urease hidrolisando a ureia. 3. Auxanograma Capacidade da levedura crescer aerobicamente na presença de terminado carboidrato. 4. Zimograma Capacidade de fermentação de diferentes carboidratos. 5. Aglutinação em Látex Observada a presença do antígeno desta levedura. C. Neoformans XX C. gattii Para diferenciar pode fazer uma prova C.G.B (canavanina-glicina- azul de bromotimol - ph de 5,8 ) - única fonte de carbono e nitrogênio - Incubação a 28ºC - 5 dias. C. gattii: resistente a L- canavanina (metaboliza em produtos não tóxicos) - usa glicina, produz amônia - alteração do PH (alcalinização). Fica azul. C. neoformans - susceptíveis a L- canavanina - não usa glicina. Tratamento ● Fluconazol: anfotericina B, cetoconazol itraconazol, flucitosina, ● Desinfecção de superfícies com solução de cal (máscaras) ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Quimioterapia antifúngica As drogas antifúngicas necessitam de aplicação clínica adequada. Classificação dos anti fungos Natural: antibióticos (produzidos por microorganismos, que inibem ou matam outros microorganismos - Polienos - Griseofulvina Sintéticos ou semi- sintéticos: quimioterápicos (sintetizados em laboratório) - Flucitosina - Derivados eólicos - Alilaminas - Derivados morfolínicos e outros… Quanto a atividade: Fungistática (impede o crescimento) ou fungicida (mata/lisa diretamente as células). - direta ou indiretamente (agentes químicos - característica de modificar a condição local). Quanto ao espectro Amplo e restrito Mecanismo de ação 1. Antifúngicos que atuam na síntese de parede celular - glicana: - Equinocandinas (pasogunfina, micafungina, anidulafungina, aminocandina). Atua no sistema enzimática impedindo a síntese da glicana que constitui a parede celular. 2. Antifúngico que atuam na membrana plasmática: - Poliênicos (anfotericina B e Nistatina). 1º mecanismo - se liga ao ergosterol, forma poros/canais iônicos, que destroem a integridade osmótica da membrana e ocorre a perda de constituintes intracelulares. 2º mecanismo - geração de uma cascata de reações oxidativas desencadeada pela oxidação da própria anfotericina B - dano direto > fungicida - Azóis (imidazóis e triazóis): vão inibir a enzima lanosterol 14- a- demetilase e inibidas, não ocorre a síntese de ergosterol, constituinte da membrana. - Alilaminas (terbinafina, butenafina): acúmulo de esqualeno no citoplasma e falta de ergosterol nas membranas 3. Antifúngicos que atuam na inibição da mitose: - (griseofulvina): interação com os microtúbulos que inibe a mitose 4. Antifúngicos que atuam na síntese do Ác nucleico - Flucitosina: atua como antimetabólito, análogo da pirimidina fluorada (base do DNA). Ele é semelhante a citosina, a única diferença é que ele possui um flúor no carbono 5 do anel. A flucitosina entra na célula fúngica através de uma enzima (permease citosina), quando entra é desanimada pela citosina desaminase. Logo, tornando -se 5-fluorouracil que é convertido em 5- fluoro desoxi uridina monofosfato que compete com o monofosfato de desoxiuridina, a timidilato sintase, que impede a síntese de DNA e proteína. Ou, a 5-fluorouracil pode ser convertido em ácido 5- fluoruridilico, que compete com a uracila na síntese do RNA formando um RNA defeituoso. Resistência antifúngica Resistência aos azóis: 1. mutação no Gene (ERG 11) codificaa enzima-alvo lansterol 14-a-demetilase, assim diminui a afinidade. 2. superexressão de ERG11 resulta na superprodução da enzima-alvo, necessitando maiores concentrações do medicamento dentro da célula. 3. A indução da expressão de genes da principal bomba de efluxo do tipo facilitador (MDR) - expulsa o fármaco de dentro da célula para fora Resistência aos poliênicos Diminuição da quantidade de ergosterol dentro da membrana, gera o acúmulo de outro esterol, diferente de ergosterol, com baixa afinidade pelos poliênicos - fitoesterol. Assim ocorre o mascaramento de ergosterol nas membranas celulares - pede a ligação de moléculas o antifúngico no ergosterol. Resistência a flucitosina 1. Captação diminuída do medicamento (perda da atividade da permease). 2. Perda da atividade enzimática da citosina desaminase 3. Perda da capacidade de converter a 5-FU em 5-FdUMP 4. Alteram ou aumentam os níveis e timidilato sintase que interfere na ligação do constituinte nela, fazendo com que ocorra a síntese de DNA e proteína normalmente Resistência à equinocandinas Mutação no gene fsk1 e fks2 - genes que codificam proteína integral de membrana que atuam no complexo enzimático da síntese da glicana. Resistência às alilaminas Bomba de fluxo a multimedicmentos CDR1. Falhas terapêuticas não parecem resultar da resistência. Testes de suscetibilidade ● Fornecem uma estimativa confiável da atividade dos fármacos contra o organismo ● Correlação com a atividade antifúngica in vivo ● Monitoramento de resistência entre uma população normal susceptível ● Avaliação de novas drogas antifúngicas ● Métodos qualitativos e quantitativo -CLSI Teste qualitativo - antifungigrama 1. Fazer o isolamento fúngico em uma placa com o meio de cultura e a partir dali pega umas 5 colônias de fungos e suspende na suspensão fúngica salina (1 x 10^6 UFC/ml). 2. A suspensão vai adicionar em uma placa de ágar muller- hinton, pega um swab e espalhe a suspensão em 3 diferentes direções. 3. Com isso, coloca discos de papel filtro com os antifúngicos e vai incubar (levar para estufa - geralmente 16hrs À 27º). Ao retirar vai observar um halo que será medido por uma régua e observar se foi resistente ou sensível. A leitura ocorre de acordo com uma tabela. Teste quantitativa -E-test Determina a concentração mínima inibitória (CIM). Exemplo põe a concentração em uma fita em um gradiente de concentração do antifúngicos, Teste quantitativo - Diluição em caldo ● Leveduras - documento m27-s44 ● Filamentoso - documento m38-A2 ● ;CIM - inibição do crescimento fúngico. Translúcido - o fungo não cresceu naquela concentração Como minimizar a seleção de cepas resistentes? ● Evitar o uso indiscriminado e antifúngicos ● Diagnóstico correto ● Tratamento adequado ● Utilizar dosagens adequadas e suficientes ● Mudar tão lo de antifúngico quando se observa que o fungo possui sinais de resistência ● Fazer teste de susceptibilidade à droga quando necessário. micotoxinas São metabólitos tóxicos secundários que são produzidos por alguns fungos filamentosos. ● Importância em produtos agroalimentares ● Segurança sanitária de alimentos: aflatoxina, Ocratoxina A, Fumonisina, Patulina, Zearalenona e Deoxinivalenol (maiores micotoxinas) Produção de micotoxinas pelos fungos 1. Leg: fase inicial de crescimento, quando o microrganismo tem contato como ambiente 2. Log: fase de crescimento exponencial do microrganismo 3. Estacionária: mesmo nº de microrganismo que cresce é o mesmo que morre. Ocorre alteração de ph, diminuição de nutriente 4. Morte: não há condições ambientais para o crescimento e desenvolvimento do microrganismo A produção das micotoxinas é no final da fase estacionária. Fases de produção de alimentos até o consumo humano Deve haver cuidados na pré e pós colheita pois há fungos que são patógenos de plantas Micotoxinas em alimentos - Grãos e rações (constantemente contaminados) Fatores que favorecem a contaminação: ambientais como umidade do substrato, temperatura do ambiente, métodos de processamento, produção e armazenamento, tipo de alimento, fisiologia e bioquímica do fungo. Exposição Efeitos agudos e crônicos (micotoxicose) ● Dor abdominal ● Dor de cabeça ● Náusea ● Vômito ● Diarreia ● Tontura Transmissão por: inalação, ingestão, contato. Não é transmitida de pessoa para pessoa. A toxicidade depende de: 1. Quantidade ingerida 2. Tempo e via de exposição 3. Possíveis sinergias toxicológica 4. Idade 5. Sexo 6. Estado fisiológico As micotoxinas podem ser carcinogênicas, mutagênicas, teratogênicas, citotóxicas, neurotóxicas, nefrotóxicas, estrogênicas, imunossupressoras. Principais fungos Aflatoxina (Aspergillus spp.) ………………………………. Existem 4 aflatoxinas: - B1, B2 : fluorescência azul violeta - G1, G2 : fluorescência azul esverdeada Carcinogênica - Classe 1 (IARC): B1 É biotransformada no fígado. Também pode ser transformada em aflatoxina M1 e M2 que são metabólitos hidroxilados das aflatoxinas B1 e B2. A ingestão acomete o fígado, é hepatotóxico e a absorção ocorre pelo trato gastrointestinal. B1 tem capacidade de realizar ligação a ácidos nucleicos e nucleoproteínas, causando alterações genéticas também. Afla - Aves São acometidas em aves, ocorre aumento do fígado, baço e rins e atrofia da bursa de fabricius e timo, gerando uma imunossupressão. Fígado: - Coloração amarelada a amarelo - terra - Friável - Hemorragias múltiplas - Deposição de gordura Afla - bovinos Já ocorreu prolapso retal, inchaço dos órgãos , hemorragias, apatia, anorexia depressão Afla - suínos ● Danoso ao rim, baço, pâncreas. ● Redução do ganho de peso ● Redução no consumo da ração ● Diarréia ● Fezes com sangue Em porcas prenhas: anorexia, icterícia, depleção de linfócitos na área do epitélio germinativo. Ocratoxina (Penicillium e Aspergillus sppp.) ……. .. Ocratoxina A, B e C Carcinogênica: classe 2B (IARC): B ● Aspergillus - climas mais quentes e tropicais ● Penicillium - climas mais temperados Café, vinho, frutos secos, cereais e seus derivados. ● Molécula moderadamente estável aos procedimentos ● Ela tem absorção rápida no estômago e lenta no intestino. ● No sangue ela se liga à albumina ● É nefrotóxica. OTA- Aves Análogo à fenilalanina e gera a inibição da síntese de proteína. ● Inibição enzimática (gliconeogênese) - alteração do metabolismo de carboidrato ● Diminuição da concentração de glicogênio - aceleração da decomposição do glicogênio, inibição do transporte ativo da glicose no fígado, inibição da glicogênio sintase Gera perda de peso, redução da conversão alimentar, diminuição de ovos, danos renais - depleção renal de albumina - hipoproteinemia e hipoalbuminemia. Nefropatia - atrofia e degeneração dos túbulos proximais e distais + Fibrose intersticial Efeitos degenerativos no fígado e rim, mudanças generativo do órgãos linfóides, degeneração e edema no cérebro, hemorragia musculares e adenocarcinoma OTA- suínos ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. MICOTOXINAS Fumonisinas ……………………………………………………………………………………… Fusarium verticillioides, F. proliferatum e F. moniliforme. Encontrado em: Milho e sorgo ●Fígado e rim - retêm a maior parte ● Interfere na biossíntese de esfingolipídios e turnover de esfingosina. - Inibidores competitivos: esfinganina N- aciltransferase,Esfingosina N- aciltransferase > análogas de bases esfingídeos, se ligam naquela região onde se ligaria a enzima e promove a desordem. ● São produzidos no R.E FBS - homens Carcinogênica - classe 2B (câncer esofágico) e gera alterações no tubo neural. ● Intoxicação aguda: dor abdominal e diarreia FBs- Equinos Leucoencefalomalácia equina FBs- suínos Edema pulmonar, hidrotórax, lesões hepáticas, lesões hiperplásicas na mucosa esofágica. ● Gestante: Desenvolvimento do feto ● Aumento do peso dos pulmões ● Edema pulmonar ● Distúrbios respiratórios FBs - Aves Diminuição do peso corporal e da média de ganho de peso diário ● Aumento do peso do fígado, proventrículo e moela, e os níveis séricos de cálcio, colesterol e da enzima aspartato aminotransferase ● Atrofia do timo, hiperplasia biliar e necrose hepática ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Zearalenona ……………………………………………………………………………………….. F. gramminearum. F. culmorum F. cerealis. F, esquiseti. F. crookwellense. F. semitectum ● Micotoxina estrogénica não esteróide ● Lactona e ácido fenólico resorcílico ● Fluorescência azul ● Encontrada em: milho, aveia, centeio, cevada, arroz e trigo. Culturas de inverno. ● Metabolização no fígado. Mecanismo de ação: é transportada através da membrana e compete com o hormônio (17B- estradiol) e se liga a receptores citosólicos, formando um complexo ZEA-E-2R que se ligam a receptores nucleares E2 e altera a síntese de mRNA. ● Geram efeitos anabólicos e estrogênicos. Zea- humanos Nascimento de bebês prematuros: telarca prematura e puberca precoce. Aumento da mama na pré puberdade em meninos e pseudopuberdade nas meninas. Zea- suínos ● Edema da vulva, do útero e dos mamilos. ● Prolapso vaginal e infertilidade ● Maior secreção das células endometriais, síntese das proteínas uterinas, peso do trato reprodutivo ● Pseudogestação ● Leitões natimortos ● Machos: atrofia testicular, hipertrofia de glândulas mamárias, edema do prepucio, diminuição da libida, e feminização. Zea- bovinos ● Hiperestrogenismo, redução de fertilidade e repetição de cio. ● Secreção vaginal, edema de glândula mamária, vulva e útero. Morte embrionária e aborto. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Desoxinivalenol …………………………………………………………………… F. graminearum e F. culmorum ●Tricoteceno classe B ●Vomitoxina - consumo por suínos ●Neurotoxina: teratogênica e imunossupressora ● Encontrada em: cereais, trigo, centeio, aeia, cevada, milho e arroz. ● Rápida absorção e distribuição no organismo. O fígado é o primeiro órgão afetado após absorção, seguido do rim, baço, coração e cérebro. Ação: Inibição da síntese proteica - peptidil transferase. - Interfere no alongamento/terminação da síntese Baixa dosagens > estresse ribotóxico - ativa as vias de sinalização das mitogen activated protein kinases (MAPKs) - Maior índice apoptótico - Interferência na fosforilação - transcrição de mRNA e tradução Maiores dosagens ativa o p38 e faz a inibição da síntese protéica. No sistema nervoso leva alteração do a.a tpr que atua na síntese de serotonina, e, quanto mais serotonina no sistema nervoso, gera uma anorexia. - Menor status imunitário - inibição da síntese proteica e levando a depleção dos folículos linfóides. Don- homens Agudo - Náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, perda de peso, dor de cabeça, tontura e febre, imunossupressão. Don- suínos ● Perda da função da parede intestinal - decréscimo da expressão da proteína claudina-4. ● Menor ganho de peso ● Menor taxa de síntese de albumina e linfócitos ● Alterações reprodutivas - menor oócitos e embriões Imunotóxico: Inibidor de síntese proteica, quebras de ingestão e de produção, menor gordura do leite, maior contagem de células somáticas, alterações metabólicas e imunodepressão. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Malassezia spp ● Lipofílicas ● Lipodependentes ● Organismos pleomórfico ● Células globosas ou elipsóides ● Brotamento único “colarete” ● Parede celular espessa, com várias camadas ● Reprodução assexuada ● Aeróbias ● Não ferramentas ● Urease-positivos 1 2 3 1. Furfur ● Branco-fosco textura cremosa ● Formas e tamanhos variáveis ● Cilíndricas ● Ovais e esféricas ● Crescimento de 37ºC a 41ºC ● pH alto Pachydermatis ● Cor creme, com textura macia ● Células ovais pequenas ● Crescimento exacerbado quando se adiciona lipídio ao meio de cultura ● Tº ideal é de 37ºC ● Zoofílica Globosa ● Colônias elevadas, dobradas, rugosas, ásperas e quebradiças ● Amarela clara ● Forma esférica ● Produz filamentos curtos ● Crescimento é limitado a 37ºC Importância Homem: Pitiríase versicolor, uma micose superficial Transmissão: infecções em caso de alimentação parental com lipídios. Animais: ● Otites com secreção escura e odor intenso ● Eritemas cutâneos geralmente com ou sem exsudação ● Prurido, hiperpigmentação, crostas, escamas secas ou úmidas ● Foliculites ● Infecções ungueais ● Dermatites localizadas com ou sem alopécia Transmissão: doença iatrogênica na transmissão da levedura de um cão com otite externa a um paciente humano Patogenia ● Depende da idade, sexo, raça, predisposição genética e fatores geoclimáticos. ● Má nutrição, avitaminoses gravidez, diabetes, corticoterapia prolongada, terapia parental, contraceptivo oral e imunodeficiência > fatores que favorecem Máculas - Hipocrômica: pouca pigmentação, acúmulo de sub. lipídica símile na camada córnea - bloqueia a penetração da luz ultravioleta - Hipercrômica: aumento das melanossomas Fatores de virulência - Fosfolipase: produção de metabólitos do ácido araquidônico - inflamação cutânea com resposta inflamatória. - Melanina: capacidade de colonização e aumento da sobrevivência sobre ou dentro do hospedeiro. - Urease: fonte de nitrogênio. - Protease: mediação do catabolismo de proteína - degradação de alvos proteicas específicos: aquisição de nutrientes e aderência a superfície da pele.- Biofilme: adesão a células epiteliais. Manifestação clínica ● Micose superficial ● Máculas e/ou prurido ● Conhecida como micose da praia ou pano branco ● Não contagiosa ● Maioria assintomática Em animais: M. pachydermatis ● Pele de condutos da orelha externa de cães, gatos e equinos - Devon rex, possui naturalmente um número mais elevado de fungos malassezia spp. Predisposição do animal, alterações no microambiente e nas defesas do animal, microambiente da pele ou conduto auditivo ricos em lipídios e desordens imunológicas tornam os animais mais susceptíveis. O microambiente pode ser alterado por: excessiva produção de gordura, diminuição da qualidade da gordura, aumento da umidade, rachaduras na superfície epidérmica, doenças que levem a inflamação cutânea e alterem a produção de gordura Cães: Lesões dermatológicas localizadas ou generalizadas em ambiente relativamente quente e úmido da pele. Leva o prurido e o odor intenso. - Dermatite localizada: focinho, rosto e orelhas e área ventral e membros. Ligeiramente amareladas a acinzentadas Gatos: com pele oleosa e problemas de ouvidos, diabetes, câncer e vírus imunodeficiência felino são mais susceptíveis. Equino: em um tennessee walking horse foi visto alopecia difusa, não inflamatória, sem exudato ou crosta Diagnóstico laboratorial ● Lâmpada de wood - fluorescência - U 360mm - Metabólitos pityrialactona - Verde-amarelada ● Raspagem da lesão ● Fita durex ● Swab. ● Isolamento - meio dixon (contém ácido. oleico e glicerol) - Ágar sabouraud (azeite de oliva, cloranfenicol , cicloheximida - 35º a 37º de 3 a 6 dias. ● Esculina - hidrólise da esculina > esculetina + glicose. A esculetina ● Catalase - quebra do peróxido de hidrogênio em O2 e água. ● Assimilação do tween 20, 40, 60 e 80 - surfactante não iônico, ésteres de ác. gracos de polioxietileno sorbitol - positivo - zona de precipitação - em ágar sabouraud Tratamento Uso tópico: nistatina, clotrimazol e miconazol Shampoo: iconazol + clorexidina Sistêmico ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Considerações ● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação. ● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens. ● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com o instagram por favor. ● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos e o valor da mesma é apenas pelos conteúdos digitados. ● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário estudar o conteúdo dado em sua graduação também. Bacteriologia Animal larivet.resumos Sumário ● Introdução à Microbiologia …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………. ● Biossegurança ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………... ● Nutrição microbiana ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….... ● Metabolismo microbiano …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….. ●Genética Microbiana …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………... ● Microbiota …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………... ● Identificação de bactérias …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… ●Quimioterapia antimicrobiana ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… ● Staphylococcus spp. ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..………….... ● Streptococcus spp. …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….... ● Enterobacteria ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….. ● Mycobacterium spp. ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….... ● Brucella spp ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………................................. ● Bacillus ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………................................................. ●Clostridium spp ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...................... Microbiologia Área da ciência que se dedica ao estudo de organismos que somente podem ser visualizados no microscópio. A microbiologia é importante pois é base de diversas disciplinas, sendo a metade da biomassa do planeta constituída por microrganismos. Logo, é importante para a sobrevivência dos seres humanos, plantas e animais, doenças infecciosas, reciclagem de resíduos, produção de antibióticos, vitaminas, indústria de alimentos e combustíveis, engenharia genética e etc. Origem dos micro-organismos Primeiros seres vivos a colonizarem a terra, há 3,5 bilhões de anos. As bactérias fotossintetizantes, respiravam dióxido de carbono e liberavam oxigênio, assim surgiu o oxigênio e daí começaram a surgir vidas provenientes do oxigênio. Descoberta: ocorreu em 1665, Robert Hooke observou estruturas chamadas de pequenas caixas que eram células, trazendo a teoria celular que diz que todas as coisas vivas são compostas por células e a partir dessa análise começaram outras investigações baseados nos estudos dele. ● Abiogênese: formas de vida poderiam surgir espontaneamente da matéria em decomposição. Teoria derrubada por Francesco Redi (1968) ● Louis Pasteur (1862): qualquer forma de vida só pode provir de outra pré-existente, mas não pode ser formado de matérias em decomposição. Critérios da patogenicidade Postulados de Koch - A presença de um microorganismo em indivíduos doentes não comprova sua importância patogênica. Só se comprova a partir desse critérios. 1. O microrganismo suspeito estava em todos os casos da doença 2. O micro-organismo é isolado em tal doença e se propaga em culturas puras 3. Produz a doença original em um hospedeiro experimental 4. O microorganismo pode ser isolado como base nessa infecção experimental. Idade de ouro (1857 a 1914) Teve a descoberta de agentes de muitas doenças e a da imunidade na prevenção e na cura das doenças, além dos avanços e estudos de atividades químicas e micro-organismos, técnicas de microscopia e cultivo de micro-organismo e desenvolvimento de vacinas e técnicas de cirurgias. Classificação microbiana: ● Classificação de lineu: classifica os seres vivos de acordo com ass características/semelhanças anatômicas dividendo em reino animalia e plantae ● Classificação de Haeckel: adotou mais um reino, o protista. Primeira letra maiúscula e outras minúsculas, nome em itálico e nome formado por um epíteto genérico (gênero) e um epíteto específico (espécie), e sublinhar. Classificaçãomicrobiana ●Robert Whittaker: Baseada nas características fisiológicas: Tipo de célula, organização celular e nutrição ● Carl Woese: baseado em aspectos evolutivos a partir da comparação de sequências de rRNA Tipos: ●Bactérias ●Vírus ●Fungos BACTERIOLOGIA Bactérias ● Procariontes ● Organismos unicelulares muito pequenos (0,5 e 5 micrômetro) ● Bactérias e as arqueobactérias ● Autotróficos e heterotróficos ● Saprófitas Estrutura a maioria possui paredes celulares Citoplasma, ribossomas, membrana plasmática e núcleiode contendo DNA são as únicas estruturas que TODAS bactérias possuem. 1. Ribossomos: síntese proteína e composto por subunidades (ptn e RNA ribossômico). 2. Nucleóide - cromossomo: informação genética da célula, tem DNA circular e é fechado covalentemente, além disso não possui ptns histonas e outras. Tem estilo semiconservativo (surge a partir de fitas moldes) e seus genes são organizados em Operons. Nucleóide - plasmídeos: pequenas moléculas de DNA de fita dupla, circulares, elementos genéticos extracromossômicos, replicação independente do DNA cromossômico, contêm genes que conferem determinada propriedade especial à célula. Transportam informações genéticas. Inclusões ● Grânulos: As celulas podem acumular certos nutrientes quando eles são abundantes e usá-los quando estão escassos no ambiente ● Vesículas de gás: mantêm a flutuação para receber quantidade suficiente de oxigênio, luz e nutrientes. Geralmente me baterias aquáticas ● Endósporos bacterianos: células desidratadas altamente duráveis, com paredes espessas e camadas adicionais. Serve de proteção contra condições adversas como exposição a muitas substâncias químicas tóxicas, temperatura extremas, falta de água e nutrientes, radiação; Processo de esporulação: sobre uma invaginação formando um septo, havendo a formação de duas membranas plasmática, essas membranas englobam o material genético dentro da célula e dentro dessas membranas formam uma camada de parede celular e uma camada extra de proteína. Essa capa de proteína dá a proteção contra a diversidade de ambiente. A célula vegetativa se rompe e o esposo sai daí. OBS: o ácido dipicolínico é fundamental para a retomada do metabolismo O endósporo podem ser classificados de acordo com sua posição: central, terminal ou subterminal 3. Membrana plasmática: composta de fosfolipídios e proteínas (integrais, de transporte e periférica). Tem como função fazer uma barreira, tem uma permeabilidade seletiva, além da digestão de nutrientes e produção de energia. Possuem enzimas. 4. Parede celular: rede macromolecular denominada peptideoglicano (mureína), é uma estrutura complexa, semirrígida. Protege contra alterações do ambiente, ancoragem de flagelos e é responsável pela forma da célula. Ela auxilia na divisão em dois grupos: bactérias gram positiva e gram negativa, baseada na técnica de coloração. A bactéria que a camada de peptideoglicano espessa, são as gram positivas, já as gram negativas possuem uma delgada parede celular porém tem uma membrana externa. ● Coloração: Inicialmente adiciona o Cristal violeta, em seguida o iodine que vai dificultar a saída do corante. A gram positiva tem parede mais espessa e a probabilidade de sair é menor e a gram negativa a probabilidade de saída é maior porém tem uma membrana externa que protege. Logo, utiliza-se o álcool para degradar a membrana externa e depois contracora com outro corante. As gram positivas com violeta não tem espaço pra corar, assim, vai corar a outra que estava sem (gram-negativa). A parede celular gram positiva contém ácidos lipoteicóico e os ácido teicóicos que se ligam e regulam o movimento cátions para dentro e fora da célula. Tem papel de crescimento celular impedindo a ruptura extensa de rede e a possível lise celular, fornecem boa parte da especificidade antigênica da parede. Já, a Gram negativa contém uma membrana externa composta por lipopolissacarídeos, fosfolipídeos e lipoproteínas. É importante na evasão da fagocitose e nas ações do complemento, serve de barreira (antibiótico, lisozimas, detergentes, metais pesados, sais biliares e alguns corantes - não fornecem uma barreira para todas as substâncias), e tem sua permeabilidade devido a porina, proteína que formam canais específicos para passagem de determinadas substâncias. Lipopolissacarídeos: Contém lipídios e carboidratos. É composto por: ●Polissacarídeo O: funciona como antígeno, diferencia espécies de bactérias gram - ● Cerne polissacarídeo: é ligado ao lipídio A e contém açúcares incomuns, Fornece estabilidade ● Lipídeo A (endotoxina): responsável pelos sintomas como febre, dilatação dos vasos venosos, choque e formação de coágulos sanguíneos. 5. Cápsula (glicocálix) Polímero viscoso e gelatinoso, é um polissacarídeo, polipeptídeo ou ambos. É produzido dentro da célula e secretado para superfície, impede a fagocitose, permite a adesão e colonização, protege contra desidratação, inibe o movimento dos nutrientes para fora da célula e é fonte de nutrição. 6. Flagelo Apêndice filamentoso que propele as bactérias. Sua morfologia é helicoidal e realiza movimento natatório (rotação) por uma força eletromotriz. 7. Pili/fímbrias Apêndices filamentosos mais cursos, retos e finos que flagelos, consistem em uma proteína denominada pilina. ●Fímbria: aderência ●Pili: transferência de DNA (plasmídeo) Morfologia e arranjo ●Cocos: células bacterianos redondos ●Bacilos: bastonetes ●Outros: vibrião (bastonete curvo), espiral, espiroquetas (saca rolha). ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Biossegurança Conjunto de medidas voltadas para a prevenção, controle, minimização ou eliminação dos riscos presentes nas atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que possam comprometer a saúde do homem (principalmente do profissional), dos animais, a preservação do meio ambiente e/ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Comissão de biossegurança ● Implementar as normas preconizadas a fim de prevenir riscos a funcionários, alunos, pacientes e meio ambiente; ●Padronizar e normatizar procedimentos que regulamentem as normas de segurança; ● Identificar e classificar a área de risco; ●Estabelecer programas de treinamento para prevenção de acidentes e monitorar acidentes de trabalho. Classificação dos laboratórios, segundo Nível de Biossegurança ● Determinado de acordo com o agente biológico ● Não se conhece a patogenicidade do agente biológico ● As características físicas, estruturais e de contenção de um laboratório determinam o tipo de micro-organismo que pode ser manipulado em suas dependências. Nível de Biossegurança 1 (NB1) ………………………… … Adequado ao trabalho que envolve agente com menor grau de risco (Classe de Risco I). Nível de Biossegurança 2 (NB2) …… …… …… Adequado ao trabalho que envolve agente de risco moderado para profissionais e meio ambiente , em geral causadores de doenças infecciosas (Classe de Risco II). Nível de Biossegurança 3 (NB3) … … Adequado ao trabalhode micro-organismo de elevado risco infeccioso (Classe de Risco III) podendo causar doenças sistêmicas e potencialmente letais. Nível de Biossegurança 4 (NB4) … … Adequado ao trabalho de micro-organismo que possuem alto risco de infecção individual e transmissão pelo ar (Classe de Risco IV) e sempre que envolver OGM Comissão de Biossegurança em Saúde • Ajuda na classificação de Risco dos Agentes Biológicos • Padronização e categorização dos microorganismos • Classificar novos agentes que vêm surgindo. Os micro-organismos = risco de causarem danos aos profissionais que trabalham com eles e à coletividade. Classificação do agentes de risco biológico - Critérios – base para classificação de risco!! • a patogenicidade para o homem, • a virulência, • o modo de transmissão, • a endemicidade • a existência ou não de uma terapêutica eficaz. Classe de risco Classe de Risco 1: Grupo de risco com nenhum ou baixo risco individual e coletivo. Um micro-organismo que provavelmente não pode causar doença no homem ou num animal. Classe de risco 2: Grupo de risco com risco individual moderado, risco coletivo baixo. A exposição ao agente patogênico pode provocar uma infecção no homem ou no animal, mas existe um tratamento eficaz, além de medidas de prevenção, com risco de propagação de infecção limitado. Classe de Risco 3: Risco individual elevado, baixo risco comunitário. O agente patogênico pode provocar enfermidades humanas graves, podendo propagar-se de uma pessoa infectada para outra, entretanto, existe profilaxia e/ou tratamento. Classe de Risco 4: Grupo de risco com alto risco individual e coletivo. Um agente patogênico que causa geralmente uma doença grave no homem ou no animal e que se pode transmitir facilmente de uma pessoa para outra, direta ou indiretamente. Nem sempre estão disponíveis um tratamento eficaz ou medidas de prevenção. Classe de Risco Especial ou Classe de Risco 5: O risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente é alto. Aplica-se a agentes, de doença animal, não existentes no País e que, embora não sejam patogênicos de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e na produção de alimentos. Os agentes dessa classe devem ter sua importação proibida e, caso sejam identificados ou suspeitada sua presença no país, devem ser manipulados em laboratórios de contenção máxima, ou seja, NB4. Lei de biossegurança • Lei N° 8.974, de Janeiro de 1995 - Lei de Biossegurança estabelece as diretrizes para o controle das atividades e produtos originados pela tecnologia do DNA recombinante. • Lei Nº 11.105, de 24 de março de 2005 - estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente. Biosseguridade O conjunto de medidas de proteção de uma instituição e dos trabalhadores necessárias para evitar a perda, o roubo, o uso incorreto ou a liberação intencional de patógenos e toxinas (bioterrorismo). Equipamentos de proteção para o laboratório de microbiologia 1. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC • Cabine de segurança Biológica - Classe I – deixam o ar ambiente entrar em contato com o material a ser processado, embora este ar, ao sair da cabine, seja filtrado e saia estéril. - Classe II – Esterilizam o ar que entra em contato com o material a ser processado e o ar que sai da cabine. Maior parte dos laboratórios de microbiologia. - Classe III – São hermeticamente fechadas, trabalhando com ar estéril e pressão negativa. 2. Equipamento de Proteção Individual - EPI Vidrarias Equipamentos Boas Práticas Laboratoriais • Proibido comer, beber, fumar, guardar alimentos e aplicar cosméticos na área técnica • Prender cabelos e evitar o uso de bijuterias e adereços • Vedado o uso de calçados abertos como sandálias e chinelos • Toda amostra biológica deve ser considerada como potencialmente contaminada • Obrigatório o uso de EPIs • Proibido pipetar com a boca • Obrigatória a descontaminação de bancadas antes de depois do desenvolvimento de atividades. Também desinfetar pisos, paredes e outros locais necessários • Proibido reencapar e entortar agulhas após o uso • Nunca manipular material não identificado • Segregar e acondicionar adequadamente os resíduos biológicos e químicos • Depositar todo o material contaminado em recipientes apropriados para autoclavação. Antissepsia as mãos antes e depois Corte e queimaduras Cortes e queimaduras que venham a ocorrer durante o processamento do material devem ser rapidamente cuidados. Pessoas com lesões de pele devem evitar o manuseio de material biológico. Classificação de resíduos A1 Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. • Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio. • Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatível com o processo de tratamento a ser utilizado. Métodos de Esterilização e Desinfecção Métodos físicos - calor, filtração e radiação Métodos químicos - compostos fenólicos, clorexidina, halogênios, álcoois, peróxidos, óxido de etileno, formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético Processo Físico – calor úmido Fervura • Formas vegetativas dos patógenos bacterianos, quase todos os vírus, e os fungos e seus esporos • Temperatura de 100ºC por 10 minutos • vírus da hepatite - sobrevive a até 30 minutos • alguns endósporos bacterianos = mais de 20 horas Autoclavação • Vapor sob pressão = em torno de 15 psi (121ºC) – 20 minutos • Falha = quando o ar não é completamente removido • Micro-organismos e endósporos – exceto príon Pasteurização • Alta temperatura e curto tempo (HTST) - temperaturas mínimas de 72ºC, por 15 segundos • Temperatura ultraelevada (UHT) - temperatura de 140ºC por 4 segundos • Eliminação e diminuição das contagens bacterianas totais Tindalização • Temperatura de 60 a 100ºC por 30 minutos • Resfriamento • Repetições de 3 a 12 dias consecutivos – intervalos de 24h • Eliminação: forma vegetativa – fungo e bactérias Processo físico - calor seco Flambagem • Promove a oxidação dos constituintes celulares Forno Pasteur • Circulação ar quente – controlado por termostato • Esterilização: vidraria vazia, seringas de vidro, agulhas, instrumentos cortantes • 160ºC a 170C, durante 2 horas Incineração • Queima até se tornarem cinzas • Animais e de produtos de origem animal que apresentem risco biológico. • Copos de papel, curativos contaminados, carcaças de animais, sacos e panos de limpeza. Filtração Filtros de membrana • 0,1 mm de espessura • Poros: 0,01μm, 0,22μm e 0,45 μm Os poros do filtro de membrana são menores que as bactérias, e assim, elas são retidas no filtro. Radiação Radiações ionizantes = possui energia para ionizar átomos e moléculas • Raios gama - Raios X - Feixes de elétrons de alta energia • Penetração • Teoria-alvo da lesão por radiação • Partículas ionizantes, ou pacotes de energia, passam através ou junto a porções vitais da célula; isso constitui os “golpes”. • Mutações = morte do micro-organismo O principal efeito é a ionização da água do citoplasma , que forma radicais hidroxila altamente reativos. Esses radicais reagem com os componentes orgânicos celulares, especialmente o DNA. Radiações não-ionizantes • Raio Ultravioleta – Raio Infravermelho • Baixa penetração • Raio UV = Causam danos ao DNA ou RNA do micro-organismo • Raio IV = geramcalor na superfície de contato, e o calor produzido mata o micro-organismo • Controle de ambientes fechados com lâmpada UV (germicida) Processo Químico – Esterilizantes Óxido de etileno • Alta penetração - período de exposição prolongado • Esterilizante em temperatura relativamente baixa • Bactericida, esporicida e virucida O gás é tóxico e explosivo em sua forma pura = misturado a CO2. Aldeídos • Formaldeído = forma líquida ou gasosa por 18 horas • Glutaraldeído = 8 a 12 horas = material de acrílica, cateteres, drenos, nylon, silicone, teflon, pvc, laringoscópicos e outros • Bactericida, tuberculocida e viricida = 10 minutos • Esporicida = 3 a 10 horas Função: Altera os ácidos nucleicos e a síntese de proteínas dos micro-organismos ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Nutrição microbiana As bactérias precisam de nutrientes para se desenvolver e os nutrientes são unidades químicas utilizadas na construção e manutenção da estrutura e organização celular e um organismo. O microorganismo mais adaptado é o consegue utilizar variadas fontes de nutrientes Macronutrientes: são elementos essenciais requeridos por todas as bactérias para a síntese dos constituintes e funções celulares. Micronutrientes ou elementos traços: requeridos em quantidades muito pequenas ou únicas. Fatores orgânicos de crescimento: requeridos em quantidade relativamente baixa, e somente por algumas bactérias que não podem sintetizá-los, devendo ser obtidos do meio natural ou artificial em que vivem. Ex: Vitaminas, aminoácidos, purinas e pirimidinas. Classificação energética dos micro-organismos Quimiotróficos Fototróficos: Comportamento frente ao oxigênio Aeróbicos obrigatório: só crescem na presença do oxigênio. Anaeróbios: não precisam de oxigênio para o crescimento - Anaeróbios facultativos: crescem na presença do oxigênio mas também podem crescer na ausência dele. - Anaeróbios obrigatório: não crescem na presença do oxigênio - Anaeróbios aerotolerantes: creme sem o oxigênio mas toleram a presença de uma quantidade pequena de oxigênio. Microaerófilos: cresce somente na presença do oxigênio mas o oxigênio não precisa estar em grande concentração. Efeitos da temperatura A velocidade da maioria das reações químicas aumenta com o aumento da temperatura. As moléculas movem-se mais lentamente em baixas temperaturas do que em altas (podem não ter energia suficiente para causar uma reação química). ● Psicrófilos: crescem em tº baixas (15ºC), encontrados em oceanos e regiões da Antártica, não causam problemas na preservação de alimentos. ●Psicotróficos: crescem em temperatura de refrigeradores (20 a 30ºC), encontrados em alimentos estragados. ●Mesófilos: bactérias que crescem em temperatura corporal (25 a 40ºC), encontrado no corpo dos animais e são conhecidas como as bactérias patogênicas, elas degradam alimentos. ●Termófilos: vivem em ambiente com tº alta (50 a 60ºC), encontrada em ambiente de águas termais PH A maioria das bactérias crescem melhor em uma faixa estreita de Ph perto da neutralidade. Há também bactérias acidófilos (ambiente ácido) e alcanifilicos (ambiente base). No cultivo em laboratório, com frequência produzem ácidos que algumas vezes interferem com seu próprio crescimento. Efeito da pressão osmótica Bactérias que não crescem na presença de sal são as não halófilas, as que toleram ambiente de sal são as Halotolerantes e os Halófilos extremos são as que vivem em ambientes com muita presença de sal. Meios de cultura É a mistura de nutrientes requeridos para a sobrevivência e crescimento microbiano em um sistema artificial. São utilizados em análises laboratoriais e estudos científicos para o cultivo e identificação de micro-organismos Ágar- ágar ………………………………………………………. Extraído de algas Rhodophyta e passa por um tratamento térmico para retirar impurezas. É a substância usada para cultivar as bactérias, considerado o “alimento delas”. Constituição: agarose e agaropectina (polissacarídeos) Quanto à consistência do ágar-ágar: 1. Sólido (1,5-3g): Permite o isolamento de visualização das colônias que podem apresentar diferentes cores e morfologia. Observação da pureza colônia; 2. Semi-sólido (0,1 - 1,1 g%) menor concentração de ágar-ágar. 3. Líquido (0% de ágar-ágar): crescimento avaliado através da turvação do caldo. Usado para repiques - reativação de colônias; Quanto à composição: Meios sintéticos ou definidos Meios complexos Meio básico Meios de uso em geral servem para cultivo de microrganismos. É usado como base no preparo de outros meios. Meio enriquecido Meio enriquecido com determinados nutrientes que potencializam/favorecem o crescimento de determinados micro-organismos. Meio seletivo Meio com substâncias que inibem o crescimento de microorganismos indesejáveis e seleciona os que se pretende isolar. Meio diferencial Permite que o microrganismo produz reações que podem ser usados na sua diferenciação; Crescimento de divisão celular Ocorre por fissão Binária e envolve um conjunto de proteínas conhecidas como Fts Recrutamento de outras proteínas: formação da P.C Crescimento populacional O tempo de geração varia entre os organismos e de acordo com as condições ambientais. ● O número total de células e a massa duplicam-se, ocorrendo um crescimento exponencial (potência de 2). Fases de crescimento Curva de crescimento: crescimento das células em função do tempo 1. Fase lag: tempo zero que pode durar dias ou horas e não vai haver crescimento/divisão celular. 2. Fase log: onde as bactérias estão utilizando os nutrientes e estão crescendo. 3. Fase estacionária: fase onde o mesmo número de bactérias que crescem e se multiplicam estão morrendo. Os nutrientes estão se esgotando, ocorre maior acidificação do meio e outros... 4. Fase de morte celular: quando todos os nutrientes se esgotam e ocorre a morte. 5. As fases de crescimento são fundamentais para entendermos a dinâmica das populações e o controle durante a preservação ou a deterioração de alimentos, a microbiologia industrial (como a produção de etanol) e o curso e o tratamento de doenças infeciosas. Obtenção de culturas puras por semeadura por esgotamento Para a obtenção de amostras puras deve-se conter apenas um tipo de microrganismo. Deve-se verificar a pureza da amostra e realizar o método correto de assepsia para impedir contaminações. Isolamento de microrganismos: técnica de esgotamento do inóculo por estrias ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. METABOLISMO MICROBIANO Soma de reações químicas que acontecem dentro de uma célula que são necessárias para a produção de energia. Reação catabólica: transferem energia de moléculas complexas para o ATP. Quebra de moléculas complexas pra mais simples Reação anabólica: transferem energia do ATP para moléculas complexas. É na membrana celular que é o centro metabólico da célula procariota, pois as bactérias não tem mitocôndria. Catabolismo …………………… ……………... Catabolismo dos carboidratos Glicose é o carboidrato primordial do catabolismo onde ocorre a quebra das moléculas para produzir energia- Enzimas da glicólise catalisam a quebra da glicose Respiração e Fermentação A síntese de atp se dá pela fosforilação e pode acontecer por fosforilação a nível de substrato (fermentação e respiração) e/ou fosforilação oxidativa. 1. Geração de ATP 2. Fosforilação em nível de substrato 3. NADH 4. Saldo de 2 atps gerados Fermentação …………………………………… ………………. ●Compostos orgânicos são parcialmente degradados. ●Não requer ciclo de kers ou cadeia de transporte de elétrons ●Utiliza moléculas orgánicas como aceptor final de elétrons ● Não requer oxigênio e produz pequenas quantidade de ATP Dentro da fermentação tem a fermentação láctica que produz ácido láctico. Realizada por bactérias cariogênicas Dentro da fermentação tem a fermentação alcoólica que produz etanol. Realizada por bactérias e leveduras. Metabolismo respiratório Ciclo do ácido tricarboxílico Cadeia de transporte de elétrons objetivo: liberar energia enquanto os elétrons são transferidos de um composto de alta energia para um composto de baixa energia para produzir atp. Saldo energético: 38 ATPS Respiração aeróbica: ● Oxigênio é o aceptor final dos elétrons. ● Compostos orgânicos são completamente degradados Respiração anaeróbica: ● Produz outras moléculas inorgânicas que não são oxigênio: No3-, SO4, H2S, CH4. Catabolismo de proteínas e lipídeos Necessita de enzimas como protease peptidase que faz a degradação da ptn em compostos mais simples (aminoácidos) para entrar no ciclo de krebs. Esses aminoácidos passam pelo processo de desaminação ou carboxilação. Já o lipídio é quebrado por uma lipase em glicerol e ácido graxos, glicerol é convertido em dihidroxiacetona fosfato e o ácido grão sobre beta oxidação, no qual libera carbono e forma a acetil coA e entra no ciclo de krebs. Reações anabólicas - biosíntese ………………………………………… É necessária para a formação da estrutura da célula bacteriana. Aplicação prática: Identificação bioquímicas de espécies bacterianas Cada bactéria metaboliza um nutriente diferente e produzem enzimas diferentes. Substrato > enzima > produto metabólico Fermentação de ácidos mistos Glicose > ácido pirúvico > fermentação mista > (ác. acético, fórmico, láctico) > vermelho de metila > vermelho Descarboxilação de aminoácidos Lisina descarboxilase: descarboxila a lisina originando aminas e CO2, no meio da cultura há glicose, a.a e indicador de PH. 1. bactéria não entérica. Não descarboxila e não fermenta glicose 2. Positivo. Descarboxilação da lisina (rosa) e fermentação da glicose. 3. Negativo. Não descarboxila lisina e fermenta glicose Genética Microbiana Ácido desoxirribonucleico - DNA Molécula de DNA é importante para a construção de um organismo. Compõe o genoma. ● É composto de dupla hélice que é formada por nucleotídeos (açúcar, base nitrogenada e fosfato ligados por pontes de hidrogênio) ● Sentido: 5’ 3’ ● Especificidade das bases nitrogenadas: Ribose - RNA Molécula polimérica linear formada por nucleotídeos Pareamento intramolecular. A diferença entre o DNA e RNA é o açúcar (ribose e desoxirribose), na base (timina e uracila) e o RNA tem um átomo de O2 a mais. Armazenamento da informação genética É no nucleóide (informações genéticas essenciais) e plasmídeos (informações genéticas acessórias - adaptar no meio ampliar a diversidade metabólica). Expressão gênica Genes são expressos ao mesmo tempo em uma bactéria? pode ocorrer a inibição por retroalimentação, assim, impede que uma célula realize reações químicas desnecessárias para não haver gasto de energia. Regulação gênica - Operons Operons é um conjunto de genes que está presente no material genético da célula bacteriana que faz a regulação gênica. ● Operon Lac Também pode ocorrer a regulação de repressão. Mecanismo de recombinação gênica Replicação binária. A recombinação gênica ocorre por três tipos de mecanismos: a transformação, a conjugação e a transdução. 1. A transformação é a incorporação de DNA livre pela célula bacteriana. 2. A conjugação é o processo de transferência de DNA de uma bactéria para outra, envolvendo o contato entre as duas células. O processo inicia com a formação de uma união específica doador-receptor. Em uma segunda fase, ocorre a preparação para a transferência do DNA. Após a transferência do DNA, forma-se um plasmídeo funcional replicativo no receptor. 3. A transdução é a transferência de material genético, entre células, mediada por bacteriófagos. Mutações Alterações permanentes e transmissíveis na sequência do DNA Erros realizados durante a replicação DNA Ausência de agentes causadores: resistência à antibióticos, alteração da capacidade fermentativa e alterações morfológicas. - Pode ocorrer mutação pela substituição de base (pontual) e de troca de fase de leitura (frameshift). Microbiota Microorganismo que habitam os diversos sítios anatômicos do corpo Desenvolvimento da microbiota: fisiologia do hospedeiro, o desenvolvimento e morfogênese de órgãos e a manutenção do equilíbrio de tecidos e órgãos. ● Microbiota residente: permanece com a gente ao longo da vida inteira. Papel importante na manutenção da integridade do hospedeiro. - produção de substâncias que são utilizadas pelo hospedeiro (ác. graxos vitaminas complexo B e K) - Degradação de componentes tóxicos (ex: ác. biliares) - Desenvolvimento, modulação e maturação do sistema imune dos hospedeiros - Barreira contra colonização por patógenos. ● Microbiota transitória: não se instala no organismo, permanece pouco tempo. Não necessariamente causa uma doença, apenas se afetar a microbiota residente. Exclusão competitiva ou Antagonismo microbiano Quando existe uma relação entre os microrganismos de competição por nutrientes da microbiota residente contra outros patógenos. - Produz substâncias prejudiciais aos microrganismos invasores. - Afeta as condições como o PH e a disponibilidade de oxigênio. Relação entre microbiota e hospedeiro ●Comensalismo: Um organismo se beneficia e o ouro não é afetado ● Mutualismo: ambos organismos se beneficiam ● Parasitismo: um organismo se beneficia com prejuízo ao outro. ●Antibiose ou amensalismo: Relação antagonista, onde uma espécie prejudica o desenvolvimento da outra através da liberação de substâncias no ambiente - bactéria e hospedeiros = relação desarmônica - relação instável - hospedeiro ou bactérias podem ser eliminados. Microbiota residente - caráter anfibiôntico ou oportunista Microorganismos podem se comportar como patógenos oportunistas, e situações de desequilíbrio ou ao serem introduzidos em sítios não específicos. Condições para que os microorganismos se estabeleçam: Umidade, Ph, Temperatura e Nutrientes. Animais Germ Free ● Gnotobióticos ● Sistema imune subdesenvolvido e são extremamente suscetíveis a infecções e doenças severas. Fatores que alteram a microbiota ● Fatores ambientais ● Disposição genética: hiperimunidade (super-representação de mediadores pró-inflamatórios) e imunodeficiencia (mutações na ptns imunológicas reguladoras ●Disbiose: afeta níveis de mediadores imunológicos. - Inflamação crônica - Disfunção metabólica Patogenicidade bacteriana Conceitos: 1. Infectividade: capacidade de um agente causa uma infecção 2. Patogenicidade: capacidade do agente causar uma doença 3. Virulência: capacidade de gerar uma doença grave ou fatal. Como os microorganismos se estabelecem? 1. O microrganismo encontra uma porta de entrada (mucosas, trato respiratórios, gastrointestinal, geniturinário, via parental) quando estamos à exposição a patógenos. 2. Adesão de patógenos à pele ou mucosa 3. Invasão por meio do epitélio 4. Infecção: crescimento e produção de fatores de virulência e toxinas. 5. Toxicidade: os efeitos da toxina são locais ou sistêmicos / Invasividade: crescimento adicional no sítio original e em sítios distantes. 6. Dano tecidual, doença. Porta de saída: geralmente as mesmas utilizadas como porta de entrada. Adesão ……………………… …………………………………….. Interação entre as adesinas (ligantes) do agente e receptores (manose)do hospedeiro. ●Localização das adesinas: cápsula, fimbria e pili. Invasão ……………………………………………………………………………………… Facilitada pela barreira alterada ou quimioterapia antimicrobiana. Inicialmente encontra os fagócitos do hospedeiro. Caso não sejam eliminadas pelo sistema imune, ocorre a danificação da célula, assim, ocorrendo a utilização dos nutrientes do hospedeiros, dano direto a região da invasão, produção de toxinas, indução de reações de hipersensibilidade. ● Proteínas de superfície, chamadas de invasinas ● Rearranjo dos filamentos de actina do citoesqueleto celular ● Enrugamento da membrana Colonização e crescimento ……………………… … Produção de fatores de virulência Adaptação - adesão firme - repulsa de fagócitos - interferência na função fagocítica - condições ideais (nutrientes, Ph, temperatura) Produção dos fatores de virulências: Enzimas - Coagulase: transforma o fibrinogênio em fibrina. Proteção contra fagocitose - Cinase/quinase: degradam a fibrina e digerem coágulos formados pelo organismo para isolar a infecção - Hialuronidase: hidrolisa o ácido hialurônico. Une tecido conjuntivo - Protease IgA: destruição do anticorpo IgA que impede a adesão. Toxicidade …………………………………………………………………………………… Produção das toxinas, efeitos locais ou sistêmicos. - Exotoxina: solúvel no fluido corporal e com isso consegue se difundir no sangue e ir se espalhando ao longo do corpo do hospedeiro. Destrói ou inibe as funções metabólicas da célula. - Endotoxina: produzidas pelas bactérias gram-negativas e atuam como toxinas em circunstâncias especiais. é uma toxina que é parte integrante da membrana externa de algumas bactérias e só é libertada após a destruição da membrana externa da bactéria das Gram negativas, libertando-se o LPS. Dano direto Após a adesão às células do hospedeiro podem causar danos diretos à medida que usam essas células para a obtenção de nutrientes. A bacteremia é a presença de bactérias na corrente sanguínea. A sepse é uma reação inflamatória sistêmica, complexa e grave, devida a um processo infeccioso A Septicemia seria algo como sepse + bacteremia, além do processo inflamatório intenso há também a multiplicação de bactérias no sangue, algumas vezes com liberação de toxinas, deixando o quadro clínico ainda pior. Exposição - Vias ………………………………………………………………………… ● Contato direto: fômites, vetores ● Infecção aerógena: perdigotos, fezes seca ● Contato direto: ingestão, mucosas, pele. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Identificação de bactérias Coloração de gram 1º Preparação do esfregaço: - Observar a placa - Selecionar colônias únicas. - Adicionar de 2 a 3 gotas de salina na lâmina. - Recolher a colônia selecionada com alça de platina. - Homogeneizar a colônia com a salina. 2º Fixação do esfregaço - Secar no calor do bico de bunsen - Passar 3 vezes sobre a chama do bico de bunsen 3º Etapa coloração de gram - Usar o cristal violeta por um minuto - Lavar com água - Utilizar o lugol por 1 minuto - Lavar com álcool 70% - Cora por Fucsina. Quimioterapia ANTIMICROBIANA: MECANISMO DE AÇÃO E RESISTÊNCIA. Princípio da toxicidade seletiva = destruir patógenos de forma seletiva, porém sem afetar o hospedeiro. Classificação dos antimicrobianos ●Naturais = produto secundário do metabolismo microbiano ● Semissintéticos = naturais alterados quimicamente em laboratório ● Químico ou sintético = sintetizados em laboratório quanto a atividade das drogas ●Bactericida: realiza a lise das células ● Bacteriostático: impede o crescimento/desenvolvimento das bactérias parando seu metabolismo. quanto ao espectro de ação ●Espectro restrito ●Espectro estendido ●Amplo espectro Mecanismos de ação dos antimicrobianos 1. Inibição da síntese da parede celular: Inibição da reação de transpeptidação, bloqueio na síntese do peptideoglicano. 2. Inibição da síntese de proteínas: atuam nas subunidades dos ribossomos, inibição da síntese dos polipeptídeos. Ex: Cloranfenicol liga-se à porção 50 e inibe a formação da ligação peptídica/ Estreptomicina muda a conformação da porção 30s fazendo com que o código contido no mrna seja lido incorretamente./ Tetraciclinas interferem com o acoplamento entre trna e o complexo mrna - ribossomo. 3. Inibição da replicação e transcrição: se ligam ao dna da bactéria. Ex: rifampicina se liga na rna polimerase e impede o inicio da transcrição / Fluoroquinolonas: inibição seletiva da síntese do dna bacteriano . 4. Dano a membranas plasmáticas: mudanças na permeabilidade da membrana. Ex: Polimixinas liga ao fosfolipídio e desestabiliza a membrana da bactéria liberando cálcio e magnésia mudando a permeabilidade. 5. Inibição da síntese das purinas : atuam como análogos estruturais de metabólitos essenciais. Inibição da síntese do ácido fólico que é precursor da síntese de ác. nucleico. Ex: sulfonamida e trimetoprim faz o bloqueio sequencial (sinergismo), acentuado aumento da atividade (bacteriostático) Disseminação da resistência Uso de antimicrobianos ●Uso extensivo: medicina, veterinária, agricultura ●Uso inadequado de antibióticos ●Uso excessivo e antibióticos: uso na agricultura (suplementação de rações) e uso humano e veterinário (tratamento de infecções). Resistência bacteriana aos antimicrobianos ●Natural ou intrínseca: transmitida da célula mãe para célula filha ●Adquirida 1. cromossômica: mutação espontânea de genes/alterações nas estruturas das células bacterianas. 2. Plasmidial: transmitida pelo plasmídeo R. transmissão por conjugação, transdução e transformação. O antibiótico 1. Bloqueia a entrada: alteração da permeabilidade 2. Inativação da enzima: B- lactamases catalisam a hidrólise anel beta-lactâmico (ligação PBPs) 3. Alteração à célula alvo: adquire um gene que atua para modificar um alvo 4. Efluxo do antibiótico: utilizadas para eliminar substâncias tóxicas Fatores que influem a escolha do antibiótico ●Característica do paciente ●Agentes etiológicos ●Propriedade dos antimicrobianos Antibiograma É o teste in vitro realizado para verificar a sensibilidade de um micro-organismo patogênico a um ou vários antibióticos. Interferentes • Tipo de meio de cultura; • Inóculo; • Conservação dos discos de antibiótico; • Condições de incubação (atmosfera de O2 , temperatura e tempo); • Interpretação do teste (deve-se ser detalhista na procura de mutantes). Vantagens • Deduz o possível mecanismo de resistência • Detecta novos mecanismos de resistência • Técnica de fácil execução • Baixo custo Limitações • Não detecta baixos níveis de resistência • Simplificação exagerada da leitura interpretativa • Erros de técnica (ágar, discos ou metodologia) ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ……………………………………………………………………………………………………. Staphylococcus spp. ● “cachos de uvas” ● 52 espécies e 28 subespécies- Cocos gram-positivos - Células isoladas ou aos pares - 0,5 - 1,5 Mm de diâmetro - Não formadores de esporos. Características gerais ● Anaeróbios facultativos ● Imóveis ● Podem ou não apresentar cápsulas ● Crescem em meios contendo 7,5 % Nacl ● Temperatura de crescimento: 18 - 40ºC ● Colônias produzem pigmentos: branco a amarelo ● Catalase positivo - enzima que as bactérias possuem que faz a diferenciação entre dois gêneros. Ela elimina os radicais tóxicos do oxigênio que são inevitavelmente gerados em sistemas vivos na presença de O2. - Staphylococcus X streptococcus (catalase negativa) Quebra do peróxido de hidrogênio liberando O2 e água. Coagulase também serve para diferenciação da espécie: faz a conversão de fibrinogênio e fibrina Habitat natural ● Cavidade nasal ● Pele e mucosa ● Transitórios no trato gastrointestinal Sobrevivência prolongada no ambiente = transmissão indireta Patogenicidade ● Bactérias piogênicas ● Infiltração nos tecidos após lesão cutânea ● Lesões supurativas no local da infecção ● Formação de pus. Fatores de virulência - estruturas ● Peptidoglicano 1. Adesão: mediadas por proteínas MSCRAMMs (componentes da superfície microbiana que reconhecem as moléculas de adesão da matriz). Elas são ligadas de forma covalente pela enzima transpeptidase sortase A. 2. Semelhante endotoxina: estimula o pirogênio endógeno, ativação do complemento, reação inflamatória. ● Cápsula polissacarídica - 11 sorotipos, facilita a aderência em superfícies, proteção contra fagocitose (persistência no sangue ou tecido), promovem maior reação inflamatória e são eliminados mais rapidamente ● Ácidos teicoicos - Polímeros de fosfato ligados a M.P ou resíduos de NM; atuam como adesinas, auxilia na fixação da bactéria à superfícies mucosas, definidos como endotoxinas - choque séptico. ● Proteína de adesão da superfície - A - Ligada a camada de peptidoglicano ou a membrana plasmática, possui afinidade receptor Potencial patogênico invasivo ● Coagulase livre: protrombina > fibrinogênio > fibrina - Depósito de fibrina no “mos”: altera elimina~]ap por células fagocíticas - Fator clumping (fator de agregação/aglutinação): adesinas ClfA e ClfB - ligam ao fibrinogênio - adesão de plquetas. Fatores de virulência não estruturais ● Catalase: proteção contra fagocitose ● Hialuronidase: quebra o ácido hialurônico - dispersão ● Lipase: hidrolisa lipídeos: sobrevivência em áreas sebáceas do corpo. ● Penicilinase: quebra a penicilina - hidrólise do anel B lactâmico. ● Estafiloquinase: degrada coágulo de fibrina ● Fosfolipase: rompe membrana fosfolipídicas ● Slime: adesão - polissacarídeo ● Hemolisinas (citotoxinas): liberação do grupo heme - Alfa (poros): hidrólise total dos eritrócitos, plaquetas, leucócitos, células epiteliais, linfócitos … - Beta (esfingomielinase C): degrada esfingomielina (fosfolipídio = tec.nervoso e membrana): tóxica aos eritrócitos, leucócitos e neurônios - Gama (leucocidina) - tóxica aos leucócitos - Delta (exotoxina): rompe membrana celular = detergente não iônico. Toxinas esfoliativas e doenças clínicas ● Dermatite esfoliativa: toxina esfoliativa (A e B); ● Serinas proteases = especificidade para desmogleína - 1 (glicoproteína desmossômica) - responde pelas lesões cutâneas características: - formação de bolhas ou vesículas > descamação. Ex: S.hyicus (suínos) e S. intermedius (piodermite canina) ● Impetigo bolhoso Descolamento da epiderme favorecendo o aparecimento de bolhas. Ocorre em lactentes. Altamente contagiosa. A lesão inicial é igual ao impetigo comum, com pequenas pápulas, porém, evoluem rapidamente ● Toxina 1 da síndrome do choque tóxico Superantígeno - resistente ao calor Ligação a MHC classe II estimulação das células T - manifestação da síndrome Sintomas: febre, hipotensão, descamação e comprometimento multissistêmico (gastrointestinal, muscular, renal, hepático e SNC) ● Enterotoxinas estafilocócicas Superantígenos - exotoxina Proteínas pequenas secretadas no meio - estimula a produção de citocinas Termoestáveis Resistentes às enzimas gástricas Intoxicação alimentar Infecções da pele ● Furúnculo Grandes nódulos elevados e doloroso ● Impetigo Infecção superficial que afeta principalmente crianças Afeta a face e os membros Mancha vermelha (máculo) > vesícula de pus (pústula) ● Foliculite Infecção do folículo piloso Base do folículo avermelhada > pus ● Terçol Patologia humana ● Bacteremia ● Endocardite - sintomas inicialmente inespecíficos, comprometimento o débito cardíaco, ECN (infecções das válvulas cardíacas e proteases valvares ● Pneumonia: aspiração de secreções orais ou disseminação hematogênica ● Artrite reumática (injeções articulares) e traumática ● Mastite ● Infecção urinária ● Infecções da mucosa: otites, amigdalites, conjuntivites, rinites ● Osteomielite: disseminação hematogÊnica para o osso ou traumática Staphylococcus aureus …………………………………………………... 1. Mastite: subclínica e contagiosa 2. Impetigo do úbere: pequenas pústulas, geralmente na base das testas 3. Eczema periorbital (dermatite): infecção por abrasões, associadas alimentação comunitária 4. Dermatite: predisposta a arranhões da vegetação , como cardos 5. Botromicose: infecção granulomatosa após a castração 6. Dermatite exsudativa: em recém nascidos com presença de abscessos, conjuntivites 7. Pododermatite 8. Artrite e septicemia em perus Staphylococcus pseudintermedius - cães e gatos …….. 1. Piodermatite: falta de higiene 2. Dermatite pustular 3. Piometra 4. Otite externa: trato respiratório, ossos, articulações, feridas, pálpebras, conjuntiva equino e bovino - infecções raras Staphylococcus hyicus - suíno …………………………………….. 1. Epidermite exsudativa: secreção sebácea excessivas, esfoliação.. 2. Artrite séptica, uretrite, vaginite Bovino e equino - casos raros de mastite e gera infecções cutâneas. TEÓRICA DA PRÁTICA 1. Isolamento primário em ágar sangue 2. ÁGAR MANITOL VERMELHO DE FENOL Peptona, Manitol, Vermelho de Fenol, Cloreto de sódio, agar-agar - Coloração avermelhada - pH 7,4 ± 0,1 - Princípio seletivo - halofílicos – alta concentração de NaCl - Princípio diferencial – Fermentação do manitol tornando o meio ácido (pH baixo). - Indicador de pH – mudança de coloração - 3. Identificação Preliminar Leitura da Placa - Visualização das colônias Coloração de Gram – caract. morfotintoriais Prova da Catalase Resistência à Bacitracina Produção de coagulase Coloração de Gram 4. Prova da Catalase Princípio: Quebra do peróxido de Hidrogênio (H2O2 ) em H2O + O2 5. Resistência à Bacitracina 6. Prova da Coagulase Princípio: Converter o fibrinogênio em fibrina 7. Identificação Bioquímica Identificação de Staphylococcus Coagulase Positivo - VP: teste em bacteriologia para fermentação por bactérias por via butileno glicólica, fermentando a glicose com produção de acetil-metil-carbinol (acetoína), butilenoglicol e pequenas quantidades de ácidos carboxílicos. Com a adição de hidróxido de potássio em presença do oxigênio da atmosfera, a acetoína converte-se em diacetila e com a adição de alfa-naftol ocorre a catálise com a produção de um característico anel de cor vermelho-cereja, enquanto que uma cor amarelo-acastanhada indica um resultado negativo. - Fermentação da maltose e manose ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………….………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………… ……………………………………….………………………………………………….………… ……………………………………….………………………………………………….………… ……………………………………….………………………………………………….………… ……………………………………….…………………………………………………………… …………………………….………………………………………………….…………………… …………………………….………………………………………………….…………………… …………………………….………………………………………………….…………………… …………………………….……………………………………………………………………… ………………….………………………………………………….……………………………… streptococcus spp. ● Cocos dispostos em cadeia aos pares; ● Gram + (perda de características - cultura velha) ● Anaeróbio facultativo ● Catalase negativo ● Parede celular constituída por Ag ● Produção de cápsula ● Presença de fímbrias ● Fastidioso (não é fácil sua criação em meios de cultura, dependendo de meios maçantes para conseguir observá-las). Classificação a nível de espécie: Padrões hemolíticos: hemólise beta, alfa e gama - B- hemolítico (total): patogênicos. - A - hemolítico (parcial): comensais. - y- hemolíticos (não hemolítico): maioria não patogênicos. - Propriedade sorológica: agrupamento de lancefield - B- hemolíticas - baseado em antígenos específicos na parede celular - Agrupamento sorológico de A a H e K a V A Propriedades bioquímicas: fisiológicas Habitat Natural Distribuição mundial Mucosa do trato respiratório superior Trato urogenital inferior Suscetíveis à dessecação (não sobrevivem por muito tempo longo do hospedeiro animal) Oportunistas Trato intestinal de animais Transmissão ● Inalação e ingestão ● Mãos ● Fômites ● Congênita Patogenia ● Infecções piogênicas: ele, trato respiratório, trato reprodutor, coto umbilical e glândula mamária ● Septicemia: propagação hematógena desde o local de infecção primário ● Sintomas de febre: sozinhos ou associados a sinais de septicemia ● Secreção purulenta Fatores de virulência ● Adesina: Proteína M - Adesão às células epiteliais do hospedeiro - Anti-fagocpitica - Estreptococos grupo A, S, equi spp. eui ● Fímbrias: - adesão: adesinas ● Cápsula - Ac. hialurônico (semelhante ao do tecido conjuntivo): não se liga facilmente ao S.C - dificulta a fagocitose - Estreptococos grupo A e C ● Ácido lipoteicóico - Constituinte da fímbria do S. Pyogenes - Adesão a célula do epitélio respiratório Toxinas e enzimas ● Estreptoquinase - produzida por streptococcus B- hemolítico (grupo A) - Hidrolisa coágulos de fibrina > escape da rede fibrina ● Estreptolisina O : oxigênio- lábil - hemolisina antigênica - Ação leucotóxica, lisa eritrócito e plaqueta - Porosidade da membrana (ligação ao colesterol) - Formação de anticorpo antiestreptolisina O - Febre reumática: detecção de ASO ● Estreptolisina S: oxigênio estável - hemolisina não antigênica - Ação leucotóxica, lisa eritrócito - Interage com o fosfolípidos da membrana - efeito tóxico Streptococcus B- hemolíticos Grupo A: Streptococcus pyogenes 1. Faringite: adere ao epitélio da faringe via fímbrias e proteína M. 2. Inflamação piogênica: induzida localmente no sítio do organismo 3. Febre reumática: sequelas infecção não trata, inflamação das articulações e músculos, formação de nódulos na pele, degeneração da válvula cardíaca 4. Erisipela: dor localizada e inflamação: vermelhidão, edema 5. Endocardite: instalação de estreptococos B- hemolíticos através de bacteremia em válvulas cardíacas 6. Celulites: inflamação localizada e sistêmica da pele, produção de hialuronidase Dermatite estreptocócica(impetigo) - Infecção purulenta da pele - Infecção após introdução do micro organismo pela pele - Vesícula- pústula - crosta - picada de mosquito Pneumonia - Streptococcus pneumoniae - Transmissão: inalação de aerossóis, aspiração ou via hematogênica - Sintomas: febre súbita, dor torácica, tosse, falta de ar, dificuldade e dor ao respirar Óbito em idosos e crianças EQUINO ………………………………… …………………………. Streptococcus equi - Adenite equina (garrotilho) Secreção nasal serosa ou purulenta, aumenta da tº, abscessos nos linfonodos, contagiosa, garrotilho bastardo (metástase) S.qui spp. zooepidemicus Pneumonia/protórax bacteriano Doença do trato genital - cervicite e metrite Osteomielite, artrite, abcessos e feridas BOVINOS ……………………………… ……………. S. agalactiae Mastite contagiosa e subclínica Cepas não provocam doenças em humanos SUÍNOS ……………………………… ………………………..…... Streptococcus porcinus Linfadenite cervical de suínos, abscesso mandibular, contagiosa (condenação de carcaça) S. suis S. dysgalactiae spp. equisimilis e estreptococos pertencentes aos grupos L e U Septicemia neonatal, broncopneumonia supurativa, artrite, meningite, polisserosite, endocardite, problemas reprodutivos e abscessos. S. suis Caráter zoonótico - surdez a ataxia em humanos CÃES E GATOS …………………………………………………. Streptococcus canis Pneumonia secundária, Septicemia neonatal, Síndrome semelhante ao choque tóxico, Fasciite necrosante, Infecções genitais cutâneas e otite, mastite, aborto, conjuntivite linfadenite Outras espécies ……………………………………………………. Primatas - S. pneumoniae: pneumonia, septicemia e meningite Peixes de aquicultura - S. iniae: cellulite, endocardite, artrite Gambas - D, didelphis: doenças septicêmica e dermatite TEÓRICA DA PRÁTICA Diagnóstico laboratorial ●Coleta de amostra - Aspirados de lesões fechadas - Swab - Leite - frascos estéril ●Exame direto - Esfregaço de exsudato - microscopia - coloração de gram ● Detecção de antígenos - Anticorpos que reagem com o carboidrato grupo - específico da parede celular bacteriana ● Cultura Isolamento e identificação presuntiva : ágar sangue com azida sódica (inibe a citocromo oxidase), coloração de gram prova de catalase. Jarra de anaerobiose - Sistema Gaspak 1. A água é adicionada ao envelope gerador de gás promovendo a liberação de H2 e CO2 2. O H2 reage com o O2 na superfície do catalisador de paládio, formando água e estabelecendo a anaerobiose. Jarra de vela O oxigênio atmosférico da jarra é rapidamente absorvido com a geração simultânea de dióxido de carbono. Este método difere de outros sistemas geradores em que a reação prossegue sem hidrogênio, eliminando assim a necessidade de um catalisador. Além disso, não é necessária água para acionar a reação. Identificação - Fator CAMP ● Identificação presuntiva dos estreptococos beta-hemolíticos do grupo B Identificação - sensibilidade À bacitracina /sulfametoxazol trimetoprim ● Identificação presuntiva dos estreptococos beta- hemolíticos do grupo A (S. pyogenes) Identificação - sensibilidade à Optoquina Diferencia S. pneumoniae de outros S. viridans e enterococos do grupo D. Identificação Hipurato Identificação presuntiva de S. agalactiae (streptococcus B hemolítico do grupo B) Identificação - Bile esculina Identificação presuntiva de espécies de Enterococcus Spp. e de estreptococos do grupo B ( S. bovis e S. equinus). Identificação - tolerância a 6,5 % NaCl Diferenciar espécies de enterococcus spp. dos Streptococcus spp. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………….………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. enterobactérias Sinonímia: bactérias entéricas ou coliformes fecais ● Presente no intestino de animais e seres humanos ●Presente no solo, água e plantas. Características gerais ● Bastonetes curtos gram-negativos ● Algumas são móveis (flagelo peritríquio) e possuem cápsula ● Não formam esporos ● Catalase positivo ● Anaeróbios facultativos ● Resistente ao calor, sobrevive a 60ºC por 15 minutos ou 55ºC por uma hora. ● A maioria são fermentadores de lactose ● Ausência da citocromo-oxidase ● Exigência nutricional simples ● Causa de doenças intestinais ou extra intestinais em animais e seres humanos ● Causam também no sistema urinário e respiratório, corrente sanguínea.. - micro-organismo, manejo, alimentação, instalações e condição do animal. Caracterização antigênica- auxilia na sorotipagem ● Estrutura antigênica 1. Antígenos Somáticos (O): polissacarídeo termoestável, parte externa dos lipopolissacarídeos, ativam a produção de IgM. 2. Antígenos flagelares (H): estrutura de natureza proteica e termolábil, relacionados com ptn dos flagelos (flagelina) 3. Antígenos capsulares (K): polissacarídeos capsulares, termoestáveis, não estão presentes em todas as enterobactérias, estão associadas à virulência. Escherichia Coli ……………… …………………………………. ● Comensais do TGI (principalmente IG) ● Excretada nas fezes e presente nas águas e solos ● São patógenos oportunistas (glândula mamária e útero) ● Infecções endógenas - imunocomprometimento ● Responsável por causar mais de 80% de todas as ITU, infecções hospitalares e casos de gastroenterite. ● Antígenos de superfície O (somático), H (flagelar) e K (capsular). Ex: E. Coli O157:H7 = diarréia hemorrágica e síndrome hemolítica urêmica (SHU). - TGI de alguns bovinos, cabras e ovelhas - Presente em alimentos e água contaminados. Transmissão ● Via oro-fecal - Habitat principal - sistema digestório inferior - Habitat secundário - ambiente externo. Patogênese ● Apresenta os genes necessários para a codificação dos fatores de virulência necessários ● Cepa não patogênica pode ser transformada em uma cepa patogênica ● Mecanismos e recombinação gênica ● Causa gastroenterite. EPEC - Escherichia Coli Enteropatogênica ● Adesão às células epiteliais - Adesina intimina ● Microcolônias ● Lesões ardência e achatamento (Lesões A/E) ● Causa diarréia em todas as espécies animais e seres humanos. EHEC/ STEC - Escherichia coli Enterohemorrágica ● Maior virulência ● Toxina shiga (STX) e lesões A/E ● Bovinos reservatórios e STEC - Receptor Gb3 no endotélio vascular/ neutralização por lisossomos - enterócitos. ● Humanos são susceptíveis- Colite hemorrágica, síndrome hemolítica urêmica (SHU) ETEC - Escherichia Coli enterotoxigênica ● Adesinas (fímbria curli) - glicoproteínas das células epiteliais (jejuno e íleo) = biofilme ● Enterotoxinas termolábeis (TL) e/ou termoestáveis (TS) secretórias: secreção de fluido e diarreia ● Diarreia enterotoxigênica (aquosa e não sanguinolenta) ● Acomete leitões neonatos, bezerros e cordeiros Tem sido relatada em cães e equinos. EAEC- E. Coli enteroagregativa ● Adesão: fímbria de aderência agregativo AAF) padrão semelhante a tijolos empilhados ● Produção de toxinas semelhantes a ST e LT ● Isoladas e suínos e bezerros desmamados com quadro de diarréia. EIEC- E. Coli enteroinvasiva ● Leva a invasão e destruição das células epiteliais do IG por propagação para células adjacentes dada pela presença de um plasmídeo. ● Humanos e animais ● Febre e diarréias profusas contendo muco e sangue. EXPEC- E. Coli extraintestinal ● Capacidade para invadir o epitélio intestinal ● Sobrevive fora do intestino ● Infecções no trato urinário - Adesinas ligam as célula que revestem a bexiga e o trato urinário superior - Hemolisina HlyA - lisa eritrócito - meningite neonatal (antígeno capsular K 1) APEC - E. Coli patogênica a aves ● Ligação às células o trato respiratório - fímbria tipo 1 ● Corrente sanguínea - modo transversal ● Semelhante a UPEC em humanos ● Colibacilose, Aerossaculite, Hepatite, pericardite, salpingite Salmonella spp. ………………………………… ……………………. ● Lactose e sacarose negativa. São mais complexas e abrangem mais de 2.500 sorotipos. ● Reservatórios: TGI do homem e de animais ● Sobrevive por 9 meses em ambientes como solo úmido, água, partículas fecais, ração animal, carne e vísceras. Salmonella enterica e Salmonella Bongori (V) Classificação sorológica Baseada na identificação de antígenos somáticos e flagelares, por meio de antisoros específicos. ● Nomenclatura: Gênero > espécie > subespécie em itálico. O sorotipo em romano com a primeira letra maiúscula Transmissão: ● Frequentemente associada a ingestão de ovos contaminados (cru- mal-cozidos ou em maionese artesanais) ● Febre, dor abdominal e diarréia ● Período de incubação: 12- 72 horas ● Autolimitante em indivíduo imunocompetentes ● Animal: ingestão de fezes e rações contaminadas Fatores de virulência: Longos períodos de sobrevivência fora do hospedeiro, sobrevivência em condições de refrigeração, congelamento e dessecação. Patogênese 1. Ingestão e passagem pelo estômago, adesão à mucosa do ID e invade a microvilosidade a nível do epitélio. Com isso, ocorre a organização da actina e ondulação da membrana. 2. Ocorre a invasão da microvilosidades, que se mantém no vacúolo endocítico onde ocorre sua multiplicação e transporte através do citoplasma. 3. Liberação na circulação sanguínea Formas clínicas ● Gastroenterite: período de incubação relacionada à dose infectante (2 ias à 1 semana) - náuseas, vômitos, diarreia não sanguinolenta, febre e dor abdominal. Autolimitante ● Febre entérica: forma sistêmica severa - febre anorexia, dor de cabeça, dores musculares e constipação ● Septicemia: pode ser um estágio intermediário sem sintomas intestinais ou isolamento das bactérias nas fezes. Yersinia Spp. ………………………………………………………………………... Y. Pestis. / Y. enterocolitica. / Y. pseudotuberculosis são patogênicas para animais e humanos. ● Cocobacilos ● Colonias puntiformes mucoides ● Temperatura ótima de crescimento 25- 32 ºC ● Multiplicação à 4 ºC Yersinia Pestis ● Reservatório: rato e pulga do rato (peste urbana e silvestre) ● Hospedeiro intermediário: esquilos, cães, veados, camundongos, grilos, ratos da campina, ratazanas e coelhos ● Hospedeiros acidentais: seres humanos ● Transmissão ocorre por picadas de pulgas, contato direto com tecidos infectados, de pessoa pra pessoa, por inalação de aerossóis infectados de um paciente com doença pulmonar Patogênese Sobrevive no interior do macrofagos ● Produz proteínas externas de yersinia (YOPs): desarranjo dos filamentos de actina e inibe a fagocitose e produção de citocinas. ● Sistema secretório tipo III: Conjunto de proteínasque formam um canal na membrana da célula, formando o poro e a introdução da proteína ali entre ● Sequestro de ferro: Removido das proteínas ligadoras de ferro através de um sideróforo yersiniabactina. Y. pestis - Mais invasiva ● Capsula proteina antifagocitica (F1): Interferencia com a fagocitoe, proteção da membrana externa contra ao ataque pela ativação do sistema complementar. ● Protease ativadora de plasminogênio: degrada o sistema complemento,inibição da fagoxitose ● Ativação do plasminogênio - degraba coágulo de fibrina - disseminação sistêmica Klebsiella spp. e Proteus spp. ………………………………………………… ● Cápsula- aparência mucóide das colônias e resistência aos mecanismos de defesa do hospedeiro da K. pneumoniae. ● Carter oportunista ● Lac + Proteus spp. ● Principais espécies: P. vulgaris (pacientes imunossuprimidos), P. mirabilis (infecções urinárias de humanos) ● Lac - ● Distribuição: Solo, água e materiais contaminados com fezes ● Características e crescimento: motilidade em forma de ondas: “swarm” ● Caso de otite em cãe e gatos TEÓRICA DA PRÁTICA Identificação presuntiva 1. Isolamento em ágar sangue 2. Coloração de Gram: bastonete gram - 3. Catalase positivo 4. KOH 3% positivo. Identificação de enterobactérias Meios seletivos e diferenciais bactéria gram negativas: - Ágar Mac conkey: meio negativo que contém sais biliares e cristal violeta, inibe bactérias gram positivas. - Ágar eosina azul de metileno (EMB): corantes de anilina (atuam como indicadores de PH). - E. coli (acidificação- verde brilhante) Meio TSI - triple sugar iron Avaliar se ocorre: 1. Fermentação glicose, lactose e sacarose. 2. Produção de gás (CO2) na fermentação da glicose 3. Produção de H2S (ferro combina-se com o H2S formando o sulfeto de ferro) - ocorre por degradação dos aminoácidos 4. Meio SIM- Sulfeto de hidrogênio (H2S) H2S é produzido pela degradação de aminoácidos sulfurados ou pela redução do tiossulfato. Vermelho de metila Fermentadores de glicose produzem ácidos mistos, o que baixa o Ph do meio. Voges - Proskauer Identifica microrganismos capazes de produzir acetoína a partir da fermentação da glicose pela via butilenoglicol. Citrato Avaliar se um microorganismo é capaz de utilizar o citrato como única fonte de carbono. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Mycobacterium spp. Características gerais: ● Bacilos pleomórficos: retos ou encurvados, cocobacilos ● Crescimento: filamentoso ou ramificado ● Não esporulado ● Não possui flagelo ● Não possui cápsula ● Não produz toxina ● Aeróbios estritos: Colônia (lisa ou rugosa) ● Produção de pigmentos (síntese βcaroteno) Estrutura da Parede Celular ● Típica de uma bactéria Gram positiva - membrana plasmática interna + camada de peptidoglicano – ausência da membrana externa ● Parede complexa: Rica em lipídios (60% PS – 40% parede celular) – Ácidos micólicos - Proteínas: manosídios de fosfatidilinositol e lipoarabinomanana (LAM) ● Peptidoglicano; ● Arabinogalactanas formados por: D-arabinose e D-galactose + Ácidos micólicos (estimula a resposta inflamatória no hospedeiro) - Ácidos micólicos: superfície hidrofóbica que previne entrada de corante. + Resistência à dessecação, descoloração por álcool e ácido e a diversos agentes químicos desinfetantes e antibióticos Mycobacterium tuberculosis ……………………………………... A tuberculose é uma doença pulmonar grave, crônica e altamente contagiosa. Em 1998 foi decifrado o genoma do M. tuberculosis Transmissão bidirecional M. Bovis : de animais para as pessoas e de pessoas para animais Contágio: um indivíduo bacilífero de uma comunidade pode infectar entre 10 a 15 pessoas num ano.. Transmissão: vias de eliminação: ar expirado, leite, semen, fezes, urina, fluidos corporais. Patogênese A infecção pode ser controlada na porta de entrada pela imunidade inata ou tuberculose latente (bactéria está ali mas não tem sintomas) ou doença ativa (diversos sinais e sintomas - tosse, sudorese, dor no peito, cansaço, febre, falta de apetite, perda de peso, suores) - Estado de latência: sobrevivem por décadas no pulmão da pessoa infectada sem multiplicar. - Reativação da latência: permitem bactérias sobreviver no pulmão durante um período prolongado; sendo reativada anos mais parte (idade avançada, doença e terapia imunossupressora) Patologia ● Lesão exsudativa: 1-2 após a exposição, tem pouca resistência. ● Reação inflamatória aguda, mediada por leucócitos polimorfonucleares, macrofagos, formando um nodulo exsudativo. Pode cicatrizar e ocasionar necrose e também pode evoluir para o tipo produtivo. Lesão produtiva: granuloma crônico 1. Zona central: células gigantes multinucleadas com bacilo 2. Zona média: células epitelióides 3. Zona periférica: linfócito, monócito e fibroblasto -Posterior: formação de tecido com necrose caseosa central: Tubérculo (liquefação - cavidade - cicatrização por fibrose ou calcificação). 1. Tuberculose primária A ativação da resposta imune elimina as micobactérias e/ou aprisiona aquelas que não consegue matar em granulomas, chamados tubérculos 2. secundária: reativação da infecção O desenvolvimento das lesões cavitárias pulmonares é a característica mais importante. 3. Tuberculose disseminada ou miliar Em indivíduos imunocomprometidos a infecção não consegue ser contida ocorre a disseminação das micobactérias. As bactérias podem colonizar qualquer órgão ou tecido e ainda causar infecção generalizada. Locais acometidos: gânglios, pleura rins, cérebro ossos Bovinos M. Bovis ● Infecção se instala no trato respiratórios, nos linfonodos adjacentes e nas cavidades serosas. ● Disseminação hematogênica que envolve fígado e rins. Aves ● São naturalmente suscetíveis – M. avium ● Porta de entrada: trato alimentar (fecal-oral) Disseminação ao fígado e baço ● Comprometimento de medula óssea, pulmão e peritônio. ● Exame post mortem: lesões granulomatosas são observadas no fígado, no baço, na medula óssea e nos intestinos.. Cães e gatos M.bovis –raramente por M. avium ● Porta de entrada no trato alimentar - localização intestinal e abdominal da infecção. ● Gatos: lesões cutâneas ulcerativas, bem como o envolvimento ocular, com coroidite tuberculosa que ocasiona cegueira. ● Cães: suscetíveis a M tuberculosis - Corpo estranho - Não apresenta células gigantes e células epitelióides típicas, tampouco material caseoso, calcificação e liquefação. Prevenção controle em humanos: Imunização (BCG): não impede a infecção nem o desenvolvimento da TP, mas confere grau de prevenção contra meningite e formas disseminadas. Pacientes suscetíveis: Infecção pelo HIV, abuso de álcool e drogas, infecção recente por tuberculose, diabetes, doença renal em estágio avançado, corcicodetrapida prolongada. Diagnóstico ● Coleta de material para exame: escarro, lavado gástrico, urina líquido pleural e cefalorraquidiano, material de biópsia e sangue; ● Esfregaço direto: coloração Ziehl - Neelsen - álcool - ácido-resistente. Coloração de Ziehl 1. Confeccionar o esfregaço2. Cobrir a lâmina com fucsina fenicada 3. Aquecer a lâmina até a emissão de vapores (não deixar ferver) 4. Aguar 5 a 8 minutos 5. Lavar com água corrente 6. Cobrir a lâmina com álcool- ácido 3% até descorar totalmente o esfregaço 7. Lavar com água corrente 8. Cobrir a lâmina cm azul de metileno durante 1 minuto 9. Lavar com água corrente 10. Secar e observar Baciloscopia - Bacteriológico Isolamento: - meio seletivo * e não seletivo - Lowenstein - Jensen: sais e glicerol: adição de gema de ovo, adição de verde malaquita (inibidor grama +), incubação (37ºC), até 8 semanas. Tratamento com hidróxido de sódio, ácido clorídrico e antibióticos PPD- proteína purificada depurativa (Prova de Mantoux) ● O processo infeccioso deixa um rastro, que pode ser comprovado pelo teste tuberculínico (PPD). Ocorre a chamada viragem tuberculínica e o PPD torna-se positivo. PCR Diagnóstico bovino e bubalino - Teste cervical simples (TCs): consiste na inoculação, intradérmica, de 0,1 ml de tuberculina ppd bovina na região cervical do animal Teste cervical comparativo: - Inoculação de tuberculina aviária e bovina em dose de 0,1 ml - Terço médio do pescoço do animal (15 a 20 cm de distância) - Posição cranial (TA) e posição caudal (TB) - Antes e após 71 horas da aplicação das tuberculinas, mede-se a espessura da dobra da pele. Teste da prega caudal (TCP) - Inoculação intradérmica de O,1 ml de tuberculina PPD bovina - Pregar causais do animal - Leitura: 71 horas = aumento da espessura. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. brucella spp. Há varias espécies e sua divisão é e acordo com a preferência do hospedeiro, patogenicidade e diferenças nas propriedade bioquímicas Características gerais ● Cocobacilos gram negativos ● Imóveis ● Não esporulados ● Pleomórficas - raro ● Não tem cápsula ● Isolados, aos pares, em cadeia curtas ou pequenos grupo. ● São aeróbicas mas algumas espécies necessitam de CO2 ● Necessitam de suplementos para multiplicação (tiamina, nicotinamida, biotina e soro). ● Sais biliares telurito e selenito inibem o crescimento As colônias típicas de cepas virulentas- arredondadas, com margens lisas, convexas, translúcidas e de cor branco-perolada Resistência ● Sobrevivem ao congelamento/descongelamento, condições ambientais úmidas e frias ● Ciclos de congelamento/descongelamento - reduções na viabilidade ● Suscetíveis à maioria dos desinfetantes, temperatura e UV Habitat ● Parasitas obrigatórios ● Cada espécie tem um hospedeiro natural preferido - reservatório de infecção ● Brucella abortus - excretada no leite bovino e pode permanecer viável no leite, na água e no sólido úmido - tem predileção por unguladas, fluidos fetais e testicular de touros, carneiros, javalis e cães Transmissão Transmissão horizontal e vertical ● Aerossóis ● Contato direto Disseminação Zoonose Consumo de carne, leite, contato com secreções de animais doentes, inoculação acidental da vacina b19. Patogênese 1. Persistem e multiplicam-se no interior dos marcrofagos. 2. Se desenvolvem e se fundem com os lisossomos para formas os fagossomos. 3. Residem no fagocossomo acidificado. 4. Transportadas para os linfócitos regionais, passam para o ducto torácica e depois pela corrente sanguínea órgãos parenquimatosos e outros tecidos. 5. A localização nos órgãos reprodutivos nas glândulas associadas. Patogenia ● A brucelose é uma doença de fêmeas adultas e em gestação ● Quando as fêmeas entram em gestação, após um período de bacteremia, as brucelas são atraídas pelo útero grávido - eritritol. ● Placentite necrótica que culmina na eliminação do feto em torno do 7º mês de gestação. ● As que não abortam produzem crias fracas ● Retenção de placentas, infertilidade. ● Em machos pode haver uma inflamação aguda do sistema reprodutivo (testiticuo, epidídimo, vesículas seminais e ampolas seminais). Diagnóstico laboratorial ● Brucelose é uma das infecções mais comumente adquiridas em laboratórios ● Biossegurança nível 3 - cabine biológica de segurança ● Biossegurança nível 2 durante o processamento de amostras clínicas de rotina, de origem humana ou animal ● Evitar formação de aerossóis Amostras ● Leite ou swab vaginais ● Conteúdo pulmonar ou gástrico de feto abortado ● Tecidos como útero, placenta e glândula mamária ● Tecido do sistema genital ● Sistema linfático Como isolamento microbiano pode ser lento e cansativo, foram desenovivlos outros meditou mais rápidos de identificação Testes sorológicos - PNCEBT 1. antígeno acidificado tamponado 2. Anel em leite 3. 2- mercaptoetanol 4. Fixação do complemento 1. antígeno acidificado tamponado ● Prova de aglutinação ● antígeno tamponado ● Corado com rosa bengala ● Presença ou ausência de IgG 2. Anel em leite (ring test) ● Evidencia aglutinadas anti-brucelas no leite ● Antígenos corados com hematoxilina ● Presença de anticorpos no leite reage com B. abortus do antígenos ● Complexo Ag- Ac 3. 2 - mercaptoethanol - teste confirmatório ● Detecta somente IgG no soro ● Destrói as IgM (degradam pela ação de compostos co radical tiol) - não forma complexo para aglutinação - exclui vacinado recente Reação completa (+): líquido da mistura soro-Ag aparece translúcido e agitação suave não compõe grumos. Reação incompleta (I): soro-Ag parcialmente translúcida, suave agitação não rompe grumos. Reação negativa (-): soro-Ag opaca ou turva, agitação suave não revela grumos. 4. Fixação do cmpleto - trânsito internacional de animais ● Determina a presença ou quantifica antígenos ou anticorpos, quando um dos elementos é conhecido ● Trabalhoso e complexo. Prevenção Vacina B19 e RB51. É obrigatório a vacinação de todas as fêmeas bovinas e bubalinas, entre 3 e 8 meses de idade, com amostra B19 ou com RB51 apenas para as espécies bovinas. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………….Bacillus Características gerais ● Grandes bastonetes gram positivos ● Aeróbicos ou anaeróbicos facultativos ● Catalase positivo ● Maioria móvel - exceto Bacillus Anthracis e de B. mycoides ● Formadores de esporos, resistentes a O2, dessecação, radiação ultravioleta e ionizante, aos desinfetantes e fatores ambientais. ● Saprófitas no ar, solo e água por décadas ● Patógenos oportunistas e obrigatórios. Bacillus anthracis ……………………………………………………………………. ● Patógeno zoonótico - capaz de Antraz ou carbúnculo hamatica ● Bastonetes gram positivos retangulares ● imóveis ● Cadeias em bastonetes - resistência a opsonização. ● Formadores de esporos sem causar tumefação da célula bacteriana. ● Encapsulado- meio de cultura suplementado com bicarbonato e mantido em atmosfera com alta concentração de CO2. ● Polipeptídio - poliglutamato. Transmissão Através de esporos presentes no ambiente, eles podem ser inalados, ingeridos ou introduzidos por alguma lesão na pele. Ou o homem pode ingerir alimentos contaminados ou picadas de insetos. Essa bactéria é uma Exotoxina composta por três frações termolábeis com característica antigênica. Determinam a potência (patogenicidade)da amostra em função das suas combinações Antraz cutânea ● Humanos ● Contaminação de escoriações ou feridas cutâneas - antraz cutâneo (95% das infecções humanas), depois de um tempo torna se uma pústula maligna recoberta por uma crosta (escara) escura Antraz pulmonar ● Humanos - doença do separador de lã ● Inalação de esporos - Altamente fatal ● Aumento de linfonodo mediastino ● Relatado: edema pulmonar, pneumonia hemorrágica e meningite. Antraz gastrointestinal ● Ingestão de material contaminado ● Úlceras necróticas hemorrágicas e linfadenite mesentérica Antraz carbúnculo hemático Ruminantes ● São espécies suscetíveis ● Septicemia aguda fatal ● Progressão da doença - varia desde algumas horas até 2 dias. ● Febre alta, agalaxia e pode ocorrr aborto ● Apresentações fatais da doença- congestão d membranas mucosas, hematúria, diarreia hemorrágica e edema regional Equinos ● Cólica e diarreia ● Edema no intestino ou garganta causando asfixia - progressão septicêmica Suínos ● Instalação nos tecidos faringeanos ● Lesão ulcerativa na porta de entrada ● Edema obstrutivo pode causar a morte Coleta de amostra Sangue de um vaso superficial, secreções sanguinolentas ou carcaça aberta - material do baço Diagnóstico laboratorial - Exame direto: Esfregaço de sangue e de órgãos corados, coloração de gram cápsula - azul de metileno. - Isolamento: Agar sangue, não hemolítica 48h - secas, esbranquiçadas a acinzentadas, aparência granular de vidro fosco. Bacillus cereus ………………………………………………………………………... ● Bastonete gram positivo ● Anaerobios facultativos ● Formador de esporos em condições aeróbicas ● Resistente ao cozimento e se mantém em tº que possibilitam a replicação das bactérias e a produção de toxina ● Encapsulamento variável (fator de virulência) ● Ocasionalmente afeta animais (cães e gatos) - As cepas já foram isoladas de um chimpanzé e de um gorila. Patogênese ● Infecções oportunistas em epeecial aborto e mastite em vacas ● Fatores predisponentes: cirurgia de úbere e infusão de medicamento por via intramamária. ● Intoxicação alimentar em humanos, 2 formas: diarreia e vômito (forma emética) Patogenicidade Cereulida - proteína termoestável - intumescimento das mitocôndrias e apoptose, resistente a 121 ºC, efeito tóxico em mamíferos Enterotoxinas termolábiles - HBL (hemólise e formação de poros) e NHE ( dermonecrótica, citotóxica e altera a permeabilidade da membrana) Citotoxina K - diarréia sanguinolenta e mortes por enterite necrótica Enterotoxina T - Atividade enterotóxica ou artefato Outras doenças Endoftlamite: após lesão ocular traumática - Dor intensa acompanha uma rápida redução da acuidade visual, exacerbada pela formação de abscesso no anel da córnea, edema periorbital e proptose. - Sintomas sistêmicos: febre, leucocitose e mal estar. Várias consequências clínicas: perda total da perceção de luz e necessidade de enucleação e evisceração. Diagnóstico ● Exame direto ● Hemoculturas ● Meios sólidos ● Aparecem como gram negativos - Esporos não se coram por gram - Então pode ser usado o verde malaquita a 10% por 45 minutos e a Safranina por 30 segundos. Diagnóstico laboratorial Beta hemolítica em ágar sangue: promove esporulação no meio - aerobiose. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….………………………………………………….. Clostridium spp. Características gerais ● Bastonete gram-positivo ● Maioria reto ● Formadores de endósporos ● Célula grande ● Anaeróbico ● Exigência nutricional: aminoácidos, carboidrato, vitaminas e sangue. Atividades bioquímicas ● Metabolismo altamente ativo ● Carboidratos, proteínas e lípidos ● Ácidos nucleicos ● Degradação fermentativa Habitat natural ● Solo, água doce e em sedimentos marinhos. ● Patogênicos - TGI de homens e animais. Clostridium tetani ………………………………………………………... ● Bastonetes gram-positivos, anaeróbio Obrigatório, formador de esporos na porção terminal. - Causa de tétano - intoxicação neuroparalítica caracterizada por espasmos musculares tetânicos e convulsões tônico-clônicas ● Habita solo e fezes de animais e é transitório no TGI de cavalos. Resistência dos esporos ● Resistem à fervura por até 1,5H e são eliminados a 121 C por 15 minutos. ● Compostos halogênicos ● Solução de iodo (efetiva por horas) ● As concentrações usuais de fenol, lisol e formalina (não são efetivas) Patogênese ● Neurotoxina extremamente potente (tetanospasmina) ● Liga-se aos neurônios que controlam a contração de vários músculos esqueléticos. Tétano Diagnóstico laboratorial ● Exame direito - coloração de gram ● Isolamento - tecido necrótico ou exsudato - Aquecimento 80ºC / tempo variável - Incubação a 37ºC/ 3 a 4 dias - Caldo de carne cozida (anaerobiose) ● PCR - Primers que amplificam o gene (TeNT - plasmídeo) que codifica a toxina tetânica. Clostridium botulinum ………………………………………………. ● Bastonete gram positivo ● Anaeróbico obrigatório ● Temperatura: 30 e 37ºC ● Formador de esporos: parte subterminal - Ph ideal de neutro a alcalino - Resistente - 121ºC / 15 minutos - Toxinas: destruição a 100ºC/20 min - Intoxicação neuroparalítica ● Distribuída no solo e meio aquático. Transmissão ● Ingestão da toxina ● Ingestão de esporos ● Oriundos de animais e plantas contaminados ● Quando o animal morre ocorre a germinação dos esporos presente no intestino e nos tecidos e a produção de toxina. ● Infecção do ferimento - raro Patogênese Toxina botulínica: Absorvida a partir do TGI e transportada pela corrente sanguínea. Botulismo: Armazenagem indevida de alimentos (milho, silagem, feno) e veiculação hídrica - A existência de cacimbs ou valas de captação de água. Diagnóstico laboratorial ● História, sinais clínicos ● Demonstração e identificação de toxinas no soro de animais acometidos ou mortos; ● Detecção da toxina e ou C. botulinum nos alimentos suspeitos.Identificação de toxinas - b Teste de neutralização em camundongos ou porquinho-da-índia; Inoculação da toxina; - Antitoxina polivalente (A, B e E) = neutraliza as toxinas - Morte dentro de 10h a 3 semanas (média de 4 dias); - Fraqueza muscular, paralisia dos membros e dificuldade respiratória. Isolamento de tecidos e alimentos - amostra macerada - solução salina - Suspensão aquecida a 65-80ºC/ 30 minutos - Inoculadas em Ágar por 5 dias Clostridium perfringens …………………………………………………... ● Bastonetes gram-positivos ● Encapsulado ● Anaeróbio ● Imóvel ● Origina esporos que produzem toxinas que são utilizadas para tipificação da bactéria. ● Associada a doença enterotóxica e a outras doenças intestinais ● Infecções de ferimento ● Mastite grave Patogênese ● Alfatoxina - fosfolipase C (lectinase): hidrolisa a membrana da célula hospedeira (extração de nutrientes) - Produzida por todas as cepas. ● Betatoxina: formadora de poros, letal e necrosante. Liga-se às células endoteliais vasculares, causando degeneração,trombose e necrose. - Atua no tecido nervoso (interfere na distribuição de íons cálcio através de suas membranas alterando a condução do estímulo nervoso normal - Sensível a atividade da tripsina: tipo B e C têm predileção para neonatas pois consomem colostro e o mesmo tem atividade anti-tripsina. ● Toxina épsilon: secretada como protoxina - enterotoxina e neurotoxina. - Interrompe as vias produtoras de energia da célula, depleção do ATP e necrose celular programada. - Aumenta a permeabilidade intestinal - garante a absorção da toxina na corrente sanguínea - Danificar o endotélio vascular incluindo vasos sanguíneos no cérebro. ● Toxina iota: toxina binária.Porção de ligação (lb) liga a toxina à receptores específicos da superfície das células epiteliais-alvo, e de uma porção enzimaticamente ativa (Ia) - Ia penetra no citoplasma - Ribosilação de adenosina difosfato (ADP) - bloqueio da síntese proteica - Ribosila a actina da célula hospedeira causando desorganização do citoesqueleto celular e morte celular. Diagnóstico laboratorial ● Exame direto - coloração de gram - Imprint ● Isolamento - Ágar sangue - Aquecimento de 80ºC/15 minutos (meio contaminado. ex: conteúdo intestinal) ● Imunoenzimático (ELISA) - detecção de anticorpos específicos. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Considerações ● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação. ● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens. ● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com o instagram por favor. ● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos e o valor da mesma é apenas pelos conteúdos digitados. ● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário estudar o conteúdo dado em sua graduação também. Virologia Animal larivet.resumos SUMÁRIO. 1. Virologia Geral 2. Diagnóstico de doenças virais 3. Sistema Imune 4. Parvovírus 5. Coronavírus 6. Paramixovírus 7. Rabdovírus 8. Papilomavírus 9. Picornavírus - Febre Aftosa 10. Reovírus 11. Ortomixovírus 12. Herpesvírus 13. Flaviridae 14. Retroviroses 15. Príon Virologia geral O que influencia o aparecimento de novos vírus e outros agentes infecciosos? Desmatamento e destruição de habitat, contato entre espécies inapropriadas e transporte. As doenças virais sofrem muitas mutações e quebram as barreiras entre as espécies A suscetibilidade ou resistência à infecção viral depende Do hospedeiro: genética, idade, estado nutricional, estado hormona, estado imunológico Do vírus: dose, virulência Vírus São parasitas intracelulares obrigatórios que utilizam o aparato enzimático da célula hospedeira para a síntese de seus componentes e sua perpetuação na natureza. São partículas inertes fora de uma célula viva. Estrutura: ● genoma: codifica apenas o necessário para sua replicação/multiplicação e empacotamento do genoma ● Evolutórios virais: existem vírus com capsídeo e outros com + envelope ● Proteínas de membrana Formado por 1. genoma viral (ácido nucleico - cerne/core ou núcleo). Tem dna ou rna 2. capsídeo (proteínas) 3. envelope (bicamada lipídica) - espículas (glicoproteínas do envelope) Nome da partícula infectante: vírion 1. Genoma Possuem uma única espécie de ácido nucléico no cerne. O dna pode ser de fita dupla linear, fita dupla circular ou fita simples linear. O RNA pode ser de dupla linear ou fita simples linear. Ele codifica as proteínas virais e a partir daí fazer sua replicação 2. Capsídeo Formado por protômeros que conferem rigidez e proteção, envolve o genoma. 3. Envelope Recobre o capsídeo, formando uma membrana lipídica do próprio hospedeiro e glicoproteína do vírus. Ele pode ser formado da membrana celular, membrana do núcleo, RER e golgi. Glicoproteínas (espículas): adesão do vírus na células hospedeira Têm sensibilidade a agentes físicos e químicos como temperatura, ph, solventes, detergentes lipídicos e outros que desnaturam a proteína. Tem como função de proteger o genoma, reconhecer e interagir com estrutura de membranas nas células hospedeiras e possibilitar transferência do genoma para célula hospedeira (fusão com a membrana e penetração celular)- isso é essencial para penetração do vírion e início da replicação. Além disso, interagem com o sistema imunológico, assim, tornam-se alvos para anticorpos neutralizantes e geram resposta imunológica. Vírus envelopado X vírus não envelopado: vírus envelopado são mais sensíveis no ambiente do que os não envelopado Objetivo: replicação e perpetuação. Para que ocorra a infecção a célula hospedeira tem que ser suscetível e a célula tem que ser permissiva à replicação/multiplicação do vírus. Os Vírus tem tropismo como exemplo da raiva que tem tropismo para células do sistema nervoso Replicação viral 1. Ciclo lítico Agente viral consegue penetrar e colocar o genoma dentro da célula. O genoma começa a comandar células para multiplicação e as células começam a produzir ptns específicas para replicação do genoma criando vários vírus. Esses vírus sai da célula e vai infeccionar outras. 2. Ciclo lisogênico O genoma viral se insere no genoma da célula, quando a célula se replica o genoma dentro do genoma da própria célula vai se replicando junto e fica em latência no ciclo lisogênico até haver um momento para sair do ciclo lisogênico para fazer o ciclo lítico. Papel de manutenção do vírus e latência no indivíduo infectado e perpetuação da infecção sendo um mecanismo de evasão do sistema imune. Estágios do ciclo lítico: 1. colocar o material genética de células por adsorção ou penetração. Pode ser por ejeção do material genética, fusão com a membrana endocitose/fagocitose 2. síntese 3. montagem 4. liberação 5. Classificação e organização dos diferentes tipos de vírus ● Composição química ● Tipos de genoma ● Estrutura e função das proteínas virais ● Vetores ● Antigenicidade ICVT - international committee on taxonomy of viruses Critérios de espécies de vírus ● Sequência de genoma hospedeiro ● Tropismo por determinado célula ● Patogenicidade ● Forma de transmissão ● Propriedades físico-químicas ● Antigenicidade Classificação prática *não oficial* ● Critérios epidemiológicos e clínicos. - vírus respiratórios: inalação - virus entericos: orofecal - arbovírus: vetores artrópodes - vírus oncogênicos: potencial para induzir transformação celular. Organização dos vírus ● Ordem: virales ● Família: características morfológica, genéticas e biológicas em comum - viridae ● Subfamília: virinae ● Gênero: propriedade biológicas e moleculares vírus ● Espécies: linhagem replicativa e nicho ecológico - nome que se dá ao vírus ● Subespécies: classificação não oficial Obs: existe nomenclatura informal ↑ Propriedades que favorecem a sobrevivência e evolução viral ● Capacidade de replicar e ser excretado em altos títulos ● Capacidade de e adaptar a novos tecidos, órgãos e hospedeiros ● Capacidade de ser excretado por longo tempo ● Capacidade de se reproduzir e ser excretado sem causar doença severa na maioria de seus hospedeiros. ● Capacidade de escapar dos mecanismos imunológicos do hospedeiro ● Capacidade de resistir no meio ambiente assegurando sua sobrevivência alcançar um novo hospedeiro ● Habilidade de ser transmitido verticalmente entre hospedeiro ● Potencial de mutação: potencial de variação genética de progênie. Esse evento gera uma grande capacidade de replicação dessas populações, gerando novas gerações de vírus. Nomenclaturas: ● Cepa: amostras bem caracterizadas em nível e virulência. termo cepa de referência: amplamente caracterizada e reconhecidos ● Cepa “tipo selvagem”: cepa original do vírus que circula na natureza ● Variantes ou mutantes: se diferenciam da cepa original por uma característica fenotípica ou de virulência ● Isolado (amostra): isolado de uma amostra de animal infectado sobre o qual se conhece pouco. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Diagnóstico das doenças virais. Métodos diretos são para detecção da presença do vírus em tecidos, sangue, secreções ou excreções pode ser realizada pelo uso de técnicas que demonstrem o agente, o efeito da replicação em cultivo celular, produtos intermediários do processo replicativo (proteínas, corpúsculos de inclusão) ou o material genético (DNA ou RNA viral). Métodos indiretos são os que pesquisam a presença e titulação de anticorpos. A escolha de uma determinada técnica de detecção está diretamente relacionada com a forma de infecção e com o tropismo do vírus por determinados tecidos e órgãos. É essencial a escolha de amostra adequada e envio para o laboratório de forma adequada. As aplicações do diagnóstico virológico laboratorial abrangem desde investigações clínicas em nível individual até programas de controle e erradicação de doenças em nível nacional ou continental. Por essa razão, as técnicas de diagnóstico estão sob contínuo aperfeiçoamento para contemplar os diferentes graus de exigência. Característica de um teste diagnóstico: que ele seja sensível, específico e que ele tenha repetibilidade. Método direitos vão procurar o próprio agente/antígeno e os os métodos indiretos vão procurar o próprio anticorpo. Determinação qualitativa é aquela que procura-se a presença ou ausência de agentes virais ou anticorpos- testes que dão positivo e negativo e quantitativa é aquela que procura-se quantidade/atribui valores numéricos (titulação) do anticorpo ou agente. Métodos existentes ………… ………………... • Citopatologia - observação de lesão por replicação viral • Detecção direta por microscopia eletrônica • Característica biológica do vírus. - Ex: capacidade de hemaglutinação • Detecção de antígenos. - Ex: Imunofluorescência; Ensaio Imunoenzimático; Imunocromatografia; Aglutinação por látex; radioimunoensaio; immunoblots • Detecção/identificação de ácidos nucléicos - Ex: Hibridização e Reação em Cadeia de Polimerase • Multiplicação de vírus** - Ex: Inoculação/Cultivo Celular • Sorologia - Ex: imuno difusão em ágar, soroneutralização, ELISA; inibição de hemaglutinação Observação de lesão por replicação viral - citopatologia Exemplo: observação de corpúsculo de inclusão Microscopia eletrônica: • Baixa sensibilidade: depende de um número visível de agentes na lâmina. • Técnicas de concentração para achar o agente viral. Características para identificação na Microscopia Eletrônica: • O diâmetro dos vírions, • Morfologia do nucleocapsídeo • A presença ou não de envelope • A presença de projeções na superfície das partículas • A organização dos agregados de partículas • A localização celular dos vírions Características biológicas do vírus Hemaglutinação A hemaglutinação ocorre porque existem proteínas de superfície virais capazes de aglutinar eritrócitos de algumas espécies. Ex: ortomixovírus e paramixovírus *Hemaglutininas -> vírus hemaglutinantes (não são todos os vírus que fazem isso). Como é feito o teste: tem as hemácias a amostra suspeita, eles incubem a amostra com o sangue durante uma hora. Se as hemácias não aglutinaram é negativo e se aglutinar é positivo. OBS - Limitações: Não detecta pequenas quantidades devírus e é restrito a poucas famílias Inibição da Hemaglutinação - Sorologia • A propriedade de hemaglutinação é utilizada para a pesquisa de anticorpos capazes de inibir a hemaglutinação. • anticorpos se ligam nas hemaglutininas virais e inibem a sua atividade hemaglutinante Detecção de antígenos virais (qualquer proteína do vírus) Imunofluorescência Direta A técnica baseia-se na reação de anticorpos específicos (conjugados com substância fluorescente) com o antígeno presente no material suspeito. Procura os antígenos virais. - Pode ser aplicada em monocamada de células, em esfregaços celulares, em tecidos frescos, congelados ou incluídos em parafina. Ensaio Imunoenzimático direto (ELISA – enzyme linked immunosorbent assay) - Laboratório - Kits rápidos • Boa sensibilidade • Boa especificidade • Custo acessível • Repetibilidade • Versatilidade. Radioimunoensaio (RIA) • Menos usado atualmente após criação do ELISA • Método semelhante, porém usa isótopo radioativo em vez de enzima. O método é muito sensível e pode ser automatizado, porém os equipamentos requeridos são caros. • Material radioativo • Caindo em desuso Imunocromatografia • Kits de testes rápidos • É baseada na reação antígeno-anticorpo Como é feita essa técnica? Amostra suspeita é passada através de um filtro e, então, impregnada em uma membrana, onde reagirá com o anticorpo específico previamente imobilizado. - A presença do antígeno é revelada pelo aparecimento de focos ou bandas coloridas, pois os reagentes são conjugados com substâncias cromógenas. • O resultado depende essencialmente da qualidade dos reagentes Imunoblots • Os antígenos virais são detectados pelo uso de anticorpos marcados com enzimas, provocando mudança de cor. - O material suspeito deve ser solubilizado em membranas específicas de nitrocelulose ou nylon e seguido de incubação e lavagem com Ac anti virais específicos. • A presença do Ag é revelada após adição do substrato que altera a cor caso presente o Ag pesquisado Detecção de anticorpos Imunofluorescência Indireta A técnica baseia-se na reação de anticorpos específicos (conjugados com substância fluorescente) com complexo antígeno-anticorpo presente no material suspeito. Procura-se anticorpos anti-viral. - Pode ser aplicada em monocamada de células, em esfregaços celulares, em tecidos frescos, congelados ou incluídos em parafina Ensaio Imunoenzimático indireto (ELISA – enzyme linked immunosorbent assay) - Laboratório - Kits rápidos Imunocromatografia • Kits de testes rápidos • É baseada na reação antígeno-anticorpo • Amostra suspeita é passada através de um filtro e, então, impregnada em uma membrana, onde reagirá com o complexo Ag-Ac específico previamente imobilizado. - A presença do anticorpo é revelada pelo aparecimento de focos ou bandas coloridas, pois os reagentes são conjugados com substâncias cromógenas. • O resultado depende essencialmente da qualidade dos reagentes Imunoblots • Os antígenos virais são detectados pelo uso de complexos Ag- Ac marcados com enzimas, provocando mudança de cor. - O material suspeito deve ser solubilizado em membranas específicas de nitrocelulose ou nylon e seguido de incubação e lavagem. • A presença do Ac é revelada após adição do substrato que altera a cor caso presente o Ac pesquisado Detecção de antígenos virais ou anticorpos Aglutinação em látex • Método simples - mistura do material suspeito com anticorpos previamente adsorvidos a partículas de látex. Se houver antígeno ocorrerá sua ligação aos anticorpos e aglutinação das partículas. • A leitura da reação é visual • Baixa sensibilidade e especificidade -> falsos negativos Outros Testes Sorológicos Soroneutralização (SN) e imunodifusão em Ágar • Soroneutralização (SN) é utilizado para se detectar anticorpos que possuem capacidade de neutralizar a infectividade do vírus. É a titulação de anticorpos. • Imunodifusão em gel de ágar se baseia na insolubilização e precipitação de complexos formados pela reação antígeno anticorpo. Esses complexos podem ser visualizados sob a forma de linhas de precipitação no gel de agarose. Imunodifusão em gel de Ágar • Média sensibilidade e especificidade -> podem não detectar baixos níveis de Ac e não tem alta especificidade • Útil para inquéritos sorológicos de grandes populações animais, sobretudo, pela sua praticidade e custo baixo. Soroneutralização Quantitativa • Examina-se o soro/amostra suspeita frente a um vírus padrão previamente conhecido e quantificado. • Teste realizado em microplacas que incubam diluições crescentes do soro a ser testado com uma quantidade constante do vírus • Testa-se várias diluições da amostra – havendo uma titulação de anticorpos Soroneutralização Qualitativa. • Se houver anticorpos presentes no soro eles se ligam e neutralizam o vírus -> cultivo celular - > avaliação de efeito citopático. Detecção/identificação de ácidos nucléicos A técnica baseia-se nas sequências únicas de nucleotídeos do genoma dos vírus, associadas com técnicas de amplificação e hibridização de ácidos nucléicos, permitindo a detecção e identificação de agentes virais. • Hibridização • PCR - RT – PCR -> A PCR pode ser precedida por uma reação de transcrição reversa (RT) para a obtenção de cDNA a partir de RNA.- qualitativo. - qPCR (PCR em tempo real) -> amplificação e detecção ao mesmo tempo (emissão de fluorescência). - quantitativo. PCR (reação em cadeia polimerase) A técnica baseia-se nas sequências únicas de nucleotídeos do genoma dos vírus, associadas com técnicas de amplificação e hibridização de ácidos nucléicos, permitindo detecção e identificação de agentes virais • A disponibilidade das seqüências genômicas dos vírus em bancos de dados possibilitou a identificação de regiões conservadas, viabilizando a síntese de primers (molde) • Descoberta da Taq polimerase - enzimas resistentes ao calor e para amplificação desse material genético requer temperaturas altas. • PCR é uma técnica altamente específica e sensível, que consiste na síntese in vitro de uma grande quantidade de cópias de um segmento de DNA ou RNA existente na amostra -> consiste em amplificar o número de moléculas a partir de uma molécula-alvo original, denominada template ou molde. - Essa amplificação pode ser realizada a partir de uma quantidade mínima do ácido nucléico-alvo; uma PCR bem padronizada, teoricamente, é capaz de detectar e amplificar até uma única cópia do molde existente na amostra. A região-alvo a ser amplificada é delimitada por primers, que são oligonucleotídeos sintéticos de aproximadamente 20 nucleotídeos que são sintetizados de acordo com a sequência a ser amplificada • A reação de PCR envolve a realização de vários ciclos de desnaturação (separação da fita dupla), hibridização dos primers e polimerização da cadeia de DNA a partir dos primers, pela enzima DNA polimerase. A cada ciclo o número de moléculas correspondentes à seqüência-alvo duplica e, no final da reação, acumulam-se milhões de cópias idênticas correspondentes à seqüência-alvo inicial • A amostra terá várias sequências idênticas que serão detectadas visualmente em géis de agarose, corados com brometo de etídio, sob luz UV • Será comparada com padrão pré determinado – marcador molecular de massa conhecida e amostras controle positiva e negativa - Atualmente é uma das técnicas mais utilizadas. - Boa aplicação para vírus que não crescem em cultivo celular. - Boa utilização em amostras com pouca quantidade do agente viral. - Vírus em latência. - Cuidados com erros de técnica. Hibridização - Southern/Northern blot/ in Situ A técnica baseia-se na complementaridade das moléculas de DNA ou RNA • Sonda ligada à isótopo radioativo ou enzima é complementar à sequência alvo • O material suspeito é imobilizado em uma membrana, seguido pela incubação com a sonda marcada e de lavagens seguidas para retirar o que não foi ligado • Na presença do ácido nucléico do vírus suspeito, a sonda irá hibridizar com a seqüência-alvo em filme após adição de substrato Multiplicação de vírus • Utilizadoem laboratório de pesquisa • Produção de soro • Produção de vacinas 1. Inoculação em animais 2. Inoculação em ovos embrionados 3. Inoculação em cultivo celular Vacinas Imunização Ativa • Vírus Vivo Modificado • Vetores vacinais • Vírus Inativado • Subunidades do vírus/vacinas recombinantes • Outras - Adjuvantes : potenciador da resposta - Vias de administração: subcutânea, intramuscular e mucosa (intra nasais e orais) e outros…. O sistema imune Para assegurar a ausência de invasão: 1. Barreira física: evitam a penetração de microorganismos invasores. Ex: pele, cílios, autolimpeza 2. Imunidade inata: responsável pela rápida proteção inicial - limitam e restringem a infecção viral até respostas imunes adquiridas começarem a produzir os anticorpos. Ex: inflamação, defensas, lisozima. 3. Imunidade adaptativa ou adquirida: imunidade mais eficaz e prolongada mediada por anticorpos e por células. A resposta imunológica ocorre pois os vírus são estruturas quimicamente diferentes das células do hospedeiro e a célula infectada libera substâncias sinalizadoras que o sistema imunológico reconhece como célula estranha. Imunidade, natural ou inespecífica ● Atua imediatamente após o contato do hospedeiro com os antígenos virais. ● Não possui capacidade de discriminação entre os vírus e não necessitam de exposição prévia para serem desencadeado ● Não possuem memória ● É o que causa dor, febre e inflamação. Resposta celular e substância químicas endógenas que bloqueiam a invasão tecidual ou mecanismos de proliferação viral - Células: leucócitos, células dendríticas e células NK - Substâncias: Interferon- I e citocinas - Sistema complemento: vias enzimáticas Interferon: interferem com a replicação viral - Principal: IFN-I (ifn-a e ifn-b), são produzidos por qualquer células nucleadas em resposta a infecção viral e sua principal fonte são as células dendríticas presentes principalmente nos tecidos linfóides. Estimula a imunidade adquirida, indução do MHC, ativação de células dendríticas, estimulação da proliferação de linfócito T, participam da atividade de linfócitos B e Liberação do IFN - Y Sistema complemento: proteínas inativas no plasma que são ativadas principalmente pela presença de complexos imunes. Ocorre uma cascata de ativação com formação de moléculas ligadas à ativação da inflamação. 1. Opsonização: ptn se liga ao vírus para destruir e reconhecer o vírus para ser fagocitodo. 2. Quimiotaxia: liberar substâncias que facilitam o reconhecimento viral como agente estranho, 3. Ativação de neutrófilos 4. Degranulação de mastócitos: faz vasodilatação pra ter mais células de defesa, inflamação, edema... 5. Formação de complexo de ataque à membrana: morte das células Células NK (natural killer): células de linhagem linfóide da medula óssea, destroem as células infectadas por vírus, na fase de imunidade inata, sem precisar de reconhecimento específico. - Secreção de citocinas contribuindo para resposta viral - IFN - Y : ação antiviral direta - diminui a gravidade das infecções virais mesmo antes da imunidade adquirida. Células dendríticas: Presentes nos tecidos linfóides e locais de penetração viral. Faz a produção de IFN-I e estimulação de NK. Além disso, faz a apresentação de antígenos (Ag) aos linfócitos B para a produção de Ac - Ligação entre resposta imune inata e adquirida Estimula a produção de linfócitos T helper (Th) que estimula a produção de citocinas > resposta celular por linfócito T e humoral por linfócito B Imunidade adquirida ou adaptativa ● Tem memória. ● Mais tardia que a inata. Anticorpos: - Imunidade humoral: Anticorpos impedem a adsorção, estimulam a fagocitose e lise celular, ligação anticorpos + célula infectada > células citotóxicas destroem. (Linfócito B) - Imunidade celular: resposta imune celular contra agentes intracelular. Composto de células especializadas na destruição das células infectadas (linfócito T - Th e Tc) - A mais responsável pela imunidade antiviral mas atuam em conjunto. - ● Necessário a apresentação do Ag aos linfócitos. ● Necessário distinguir o próprio do não próprio ● Os próprios capsídeos e glicoproteínas do envelope viral são antigénios e eles estimulam a resposta imunológica. Th (CD4+): secreção de citocinas Tc (CD8+): reconhecem e destroem as células infecção e produz citocinas Linfócito B: produção de anticorpos para determinado agente. Células dendríticas: São mais efetivas na ativação dos linfócitos Tc - Fragmentos de proteínas virais + MHC - I - Fornecem estímulos químicos (citocinas) Os dendritos facilitam a interação com a células Assim, por que ainda ocorre uma infecção viral? ● Adaptação vírus - hospedeiro. ● Infecções persistentes. ●Tropismo e especificidade do vírus - número, natureza e localização dos receptores celulares. Evasão do sistema imune ● Variação antigênica - mutação ● Latência - ex: ciclo lisogênico ● Inibição da apoptose (lise) ● Inibição ou imunodepressão - Bloqueio da liberação/ação de citocinas. - Evasão de células NK - Utilização de células do sistema imune como hospedeira. Consequências adversas da resposta imunológica ● Lise celular ● Produção de radicais livres: lesões oxidativas ● Formação e depósitos de imunocomplexos podendo levar a doenças inflamatórias ● Resposta inflamatória exacerbada ● Exacerbação da patologia via anticorpos ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. PARVOVIRUS Família: Parvoviridae Subfamília: Parvovirinae (vertebrados) e Densovirina. Características: ● Parvus = pequeno ● Esféricos ● Capsídeo Icosaédrico ● Sem envelope ● DNA fita simples linear ● Grande estabilidade no ambiente – Mantém infectividade por meses (fezes) e por semanas livre no ambiente ● São restritos quanto à espécie hospedeira ● Precisam de células em replicação para sua própria replicação e ocorre no núcleo da célula hospedeira. ● Realiza o ciclo Lítico ● Tropismo de células em replicação para sua própria replicação - Células da cripta intestinal - Células Linfóides - Células da medula óssea - Células embrionárias - Células do miocárdio (animais jovens) Parvovirus de Importância Veterinária Vírus da panleucopenia felina (FPLV) Parvovírus canino (CPV-2) Parvovírus Suíno (PPV) Vírus da panleucopenia felina (FPLV) ………………………………. ● Distribuição mundial e acomete Felinos domésticos e selvagens (felídeos). ● Alta taxa de mortalidade e morbidade ● Vírus pode resistir em ambiente por até 1 ano nas fezes em temperatura ambiente ● Animais jovens ● Pode haver infecção intra uterina ● Vírus Entérico -> Transmissão oronasal - contato direto ou indireto com animais infectados ou suas secreções (pp/ fezes diarréicas) - Transmissão por fômites também é possível Felinos jovens (2-5 meses): Sinais clínicos: Prostração, febre e anorexia, vômito e desidratação, Panleucopenia, Enterite/Diarréia - Pode haver infecções bacterianas secundárias agravam o quadro - Pode ser subclínico Final de gestação/Neonatos: ● Replicação em cérebro, Cerebelo, retina e nervo óptico ● Tecido Linfóide e medula óssea -> leucopenia Diagnóstico ● Sinaisclínicos e idade. ● Histórico ● Hemograma ● Testes específicos - Microscopia eletrônica - Cultivo celular - Hemaglutinação - > aglutina eritrócitos de suínos IF direta e indireta - ELISA (direto e indireto) - PCR - Soroneutralização (IgM e IgG ● Achado patológico: Inclusões intranucleares podem ser encontradas nas células das criptas intestinais. Tratamento Suporte - Até o momento não há antivirais específicos Controle Vacinação dos felinos domésticos -> Vacina - Vírus Vivo modificado No ambiente: inativado pelo hipoclorito de sódio a 6%, formol a 4% e glutaraldeído a 1% quando exposto por 10 minutos - Água 80° por 30” Parvovírus CANINO ………… ……………………. Originado a partir do vírus da Panleucopenia Felina. Os primeiros casos foram no início da década de 1970, na Europa (Brasil: 78/79) . ● Raças mais sensíveis: rottweiler, doberman, pastor alemão, pit bull e fila brasileiro ● Maior incidência nos meses quentes (verão e primavera) – Distribuição Mundial ● Principal causa de diarreia viral em cães abaixo de 6 meses de idade Originado a partir do vírus da Panleucopenia Felina: A diferença entre eles é de apenas 2 aminoácidos do capsídeo -> responsável pela interação dos vírions com os receptores das células hospedeiras. Via de transmissão: - Contato direto: fecal-oral - Contato indireto: fômites contaminados Via de Eliminação: fezes Animais subclínicos - eliminam o vírus por muitos meses Animais convalescentes não eliminam o vírus. Fontes de infecção: animais doentes e subclínicos - (comum em cães de rua) Animais mais susceptíveis: Filhotes / jovens a partir 2 meses de vida (6-18 meses). Caninos jovens (< 6 meses): Sinais clínicos: Prostração, febre e anorexia, vômito e desidratação, GEH (gastroenterite hemorrágica), miocardite (3-8 semanas)... - Infecções bacterianas secundárias agravam o quadro - Hipoplasia de medula óssea - Pode ser subclínico em animais adultos Duas síndromes clínicas são descritas: - miocardite e a gastrenterite hemorrágica (GEH). A miocardite pode ocorrer em neonatos, após a infecção intra-uterina ou nas primeiras seis semanas de vida. Esses animais apresentam morte súbita ou sinais inespecíficos e, posteriormente, desenvolvem sinais de insuficiência cardíaca – ocorreu mais na década de 70 - GEH - > decorre da destruição das vilosidades intestinais Diagnóstico: ● Sinais clínicos e idade. ● Histórico ● Hemograma; proteínas totais ● Testes específicos - Microscopia eletrônica - Cultivo celular - Hemaglutinação - > aglutina eritrócitos de suínos IF direta e indireta - ELISA (direto e indireto) - Imunocromatografia (direta e indireta) - PCR - Soroneutralização (IgM e IgG) ● Achado patológicos post-mortem - Necropsia: conteúdo intestinal aquoso e hemorrágico; desidratação, nº placas de Peyer (conglomerados linfo nodulares) no intestino, pontos de necrose no fígado - Histopatologia: mais conclusivas (necrose células da cripta, alterações / redução nas microvilosidades das células do intestino delgado) Tratamento Suporte - Até o momento não há antivirais específicos Controle ● Vacinação dos caninos domésticos -> Vacina - Vírus Vivo modificado ● No ambiente: inativado pelo hipoclorito de sódio a 6%, formol a 4% e glutaraldeído a 1% quando exposto por 10 minutos - Água 80° por 30 Parvovírus Suíno (PPV) ………………………… … …………... É uma causa frequente e importante de falhas reprodutivas em suínos, infertilidade e repetições de cio. • infecção de embriões e fetos, que resulta em mortalidade embrionária, mumificação fetal, abortamentos, natimortalidade e o nascimento de leitões inviáveis • Animais adultos não-gestantes, o PPV replica no intestino sem causar manifestações clínicas. • Somente um sorotipo do PPV foi identificado. Entretanto, existem diferenças de patogenicidade entre isolados de campo • Distribuído mundialmente- infecção Endêmica no BR • Resistência a temperaturas ambientais e a variações de pH, o que garante sua sobrevivência por meses.. A principal fonte de contaminação são fômites e instalações contaminadas. A introdução do PPV no rebanho pode ocorrer pela aquisição de reprodutores infectados. Os machos podem desempenhar um papel na disseminação do PPV, uma vez que o vírus pode ser encontrado nos testículos. A imunidade conferida pela infecção natural é longa e sólida. Os surtos em granjas em que não há controle por vacinação podem ocorrer em períodos cíclicos (normalmente a cada três a quatro anos), pela redução gradativa dos níveis de anticorpos. Transmissão • Oronasal e transplacentária • Contato com fezes, secreções, restos de aborto, fomites e instalações contaminadas O vírus se replica em tecidos linfóides, na medula óssea e nas criptas do intestino delgado. A infecção transplacentária ocorre durante a fase de viremia na fêmea gestante -> 10 a 15 dias após infecção da fêmea (maior problema em fêmeas primíparas) - Morte do embrião e reabsorção - Natimorto - Fetos mumificados em diferentes estágios - Nascimento de parte dos leitões viáveis e parte mumificada Diagnóstico • Sinais clínicos e idade. • Histórico • Aumento nos índices de retorno ao cio e atraso na data de aparição, associados com a presença de fetos mumificados e leitegadas com número reduzido de leitões, especialmente em fêmeas de primeiro ou segundo parto. Material enviado para Laboratório: fetos mumificados, restos fetais, fragmentos de tecidos necróticos e soro pareado das fêmeas - Diagnóstico - > IFA; ELISA; HA; PCR (direto) - Sorológicos – cuidado com a interpretação Diagnóstico Diferencial -> deve ser feito com doenças que causem alterações reprodutivas. Controle e Profilaxia Vacinação -> fêmeas anualmente e dos machos reprodutores jovens • Nunca fornecer restos fetais e placentas para as fêmeas • No ambiente: inativado pelo hipoclorito de sódio a 6%, formol a 4% e glutaraldeído a 1% quando exposto por 10 minutos Coronavírus Características: • Esféricos • Vírus envelopada • Vírus RNA cadeia simples (+) - maior genoma • Nucleocapsídeo helicoidal • Envelope com glicoproteínas de superfície: facilita a adsorção e o reconhecimento da célula hospedeira além de estimular o sistema imunológico (spike) • Alguns possuem a glicoproteína HE que faz a hemaglutinação - S.: Spike: ligação ao receptor fusão funicular, major antígeno - M: transmembrana - E: proteína menor do envelope - • São envolvidos principalmente em doenças respiratórias e digestivas. • Grande variação antigênica, com existência de vários sorotipos circulantes • A fusão do envelope com a membrana plasmática e apresenta importante sítios antigênicos que induzem a produção de anticorpos neutralizantes e induzem a resposta imune celular. Como ocorre? 1. Entra na célula por endocitose mediada por um receptor 2. Replicação no citoplasma 3. Vírus transportado dentro de vesícula s do complexo de golgi vai para fora da cellular criando novos vírus e infectar outras células Transmissão: Fecal - oral e oronasal Transmissão direta ou por fômites Gastroenterite pelo coronavírus Acomete as células do topo das vilosidades> necrose, achatamento das vilosidades e redução da absorção + Redução na produção de lactose pelas células intestinais > acúmulo de lactose no lúmen intestinal. Diarréia osmótica - transmissão oral-fecal - Gravidade: dose infectante Ac materno Virulência da amostra Os vírus do corona são facilmente inativados por solventes lipídicos, agentes oxidantes, formaldehído, detergentes e desinfectantes comuns. Também há grande sensibilidade o calor. Coronavírus e interesse veterinário Vírus da gastroenterite transmissível dos suínos … . Doença entérica altamente contagiosa em leitões, já teve registro no Brasil mas não é comumente encontrada. PRCoV e vírus da encefalomielite suínos : europa, ásia, eua Coronavírus bovino (BCoV) ……………… ………….. • Diarreia neonatal em bezerros • Disenteria sazonal em bovinos adultos (inverno) - queda da produção leiteira em até 90% • Infecções respiratórias em bezerros • Epidemiologia: distribuição mundial • Possui altamorbidade e baixa mortalidade • Transmissão fecal-oral e nasal • Diarreia líquida, perda de apetite, desidratação • Diminuição de produção leiteira • Tratamento suporte Diagnóstico: microscopia eletrônica, isolamento em cultura de células, imunodeficiência direta, RT- PCR. Profilaxia: vacinação, administração do colostro, limpeza e desinfecção das instalações, sanidade no parto. Coronavírus canino ……… …………………………………………….. • Diarreia sazonal em filhotes • Pouca patogenicidade e sinais clínicos são brandos - leve GE • Replicação em células do topo da vilosidade intestinal, podem atingir linfonodos mesentéricos, fígado e baço. Transmissão: fecal-oral mas também pode ser por fômites contaminadas Diagnóstico: amostra (fezes), ME, PCR, ELISA Tratamento: é apenas suporte, higiene do ambiente, vacinação, vírus inativado pelo calor e por solventes lipídicos. - Em tº baixas pode-se manter infeccioso por longos períodos e o CCoV é estável a PH sólido. Coronavírus felino ……………… ……………………………… • FCoV - replicação em enterócitos > infecção assintomática ou diarreia Transmissão: fecal-oral, fezes, saliva, contato próximo.. • Mutação (FIP) - a mutação não é transmissível Replicação nos macrófagos > doença sistêmica - peritonite infecciosa felina (PIF) Fatores predisponentes para mutação: stress, genética, infecções concomitantes que deprimem a resposta imune (FIV, FeLV, FPV) FIP: doença de complexo imune > vírus + Ac + complemento Capacidade do fipv se multiplicar em macrofagos e atingir a corrente sanguínea. ↓ Complexo imunes circulantes ↓ Disposição do complexo Ag- Ac complemento na parede dos vasos sanguíneos ↓. Macrofagos transportam virus do sangue - tecidos ↓ Ac + compemento - atrai macrofagos eneutrofilos ↓ Lesão granulomatosa. Diagnóstico: • Sorologia - Ac (+): pouco usado - Ac (-): pode estar envolvido na progressão da doença • qRT -- PCR : detecção do genoma viral • qRT - PCR - IDEXX: spikes do vírus mutante • Histopatologia Tratamento • FCoV: Não é necessário, apenas se houver a mutação. • PIF: No mercado atualmente com tratamento disponível - inibidor da protease 3 CL - GS 441524 - remissão de sinais clínicos Corticoides apenas para alívio dos sintomas Controle e profilaxia: Vacinação - não recomendada, limpeza e desinfecção, evitar aglomerações e isolar animais doentes. Coronavírus e aves domésticas (Gallus Gallus) … … • Infecção via trato respiratório superior - transmitido principalmente por aerossóis, mas as aves se infectam também pela ingestão de água e alimentos contaminados com material fecal. • Início dos sintomas em até 36 horas. Resolução 15 dias. • Distúrbios respiratórios, reprodutivos e/ou renais. • Possui vários sorotipos e subtipos. • Distribuição mundial. • O vírus pode sobreviver por dias ou até semanas no meio ambiente. Mais comumente sinais respiratórios: dispnéia, secreção caseosa em traquéia e siringe, tosse, espirro e descarga nasal. + Redução no ganho de peso - queda da produção e postura Se afetar oviduto, pode haver rompimento e presença de gema em cavidade celomática. Se replica nas células epiteliais e faz a viremia (circula no corrente sanguínea) ↓ pode se replicar em rins, ovidutos ou no aparelho digestivo ↓ no aparelho digestivo vai ser liberado nas fezes, nos rins ocorre a nefrite e no oviduto há retardo do crescimento dos animais, diminuição a produlão deovos, comprometimento da qualidade interna e externa dos ovos Diagnóstico: isolamento e identificação dos vírus. O material mais adequado para o isolamento viral: material de secreção de traqueia ou oviduto. Após o isolamento faz a detecção do genoma viral viral PCR Prevenção: vacina (aves de corte), prevenir problemas respiratórios. Paramixovírus Características • Vírus esféricos, pleomórficos, filamentosos • Nucleocapsídeo helicoidal • RNA fita simples (-) • Vírus Envelopado • Glicoproteínas de superfície - reconhecimento e adesão e penetração da célula • Só tem ciclo lítico • Pode causar efeito citopático nas células devido sua replicação • Corpúsculo de Lentz: conhecidos como inclusões de Lentz ou inclusões da cinomose, são inclusões citoplasmáticas virais que podem ser encontradas em neurônios. • Tropismo pelo sistema nervoso, pele, gastrointestinal 1. Penetração na célula por fusão, replicação no citoplasma 2. Células infectadas podem se fusionar, formando sincícios ou celular gigante, podendo ocorrer necrose tecidual in vivo onde ocorre a replicação deste vírus 3. Liberação desse vírus ocorre por brotamento São sensíveis ao ph ácido, 56ºC por 30 minutos, solventes lipídicos, formaldeído, agentes oxidantes. - Em tº baixa pode sobreviver poucos meses. Paramyxovirus de interesse veterinário Cinomose (CDV) …………………………………………………………………... Somente um sorotipo identificado, porém desde 2011 - proposto novo genogrupo - divisão de 2 genótipos diferentes - isolados de campo apresentam ampla variedade antigênica. Proteínas H e F no envelope - H: tropismo celular - • Distribuição mundial • Qualquer carnívoro pode ser afetado - mas gatos domésticos são resistentes • Doenças frequentemente em cães jovens não vacinados, mas qualquer idade pode adquirir o vírus Transmissão: por contato com secreções nasais orais e urina de animais infectados. Transmissão através de aerossol - trato respiratório superior (mais comum) Sinais clínicos: Secreção nasal e ocular, pústulas e piodermite, diarreia, hiperqueratose dos coxins, convulsões e sinais neurológicos, vocalização, mioclonia. - OBS: hipoplasia de esmalte dentário. - Diagnóstico: detectada o agente ou fração do agente ( método direto - corpúsculo de inclusão, imunofluorescência, elisa direto, imunocromatográfica, PCR, cultivo celular). Provas sorológicas - AC (indireto - soroneutralização, elisa indireto, imunocromatografia indireta) Tratamento: evitar infecção secundária e controle de todos casos clínicos associados. Profilaxia: vacina, limpeza, evitar contato com animais infectados. Doença de Newcastle …………………………………………………………………… • Aves silvestres e domésticas são reservatórios • Perdas econômicas – Interrupção nas exportações - Embargos comerciais - Enfermidade altamente contagiosa Transmissão Contato direto (secreção nasal, espirro, fezes, ovos posto durante a fase clínica, carcaças…) ou através de fômite Disseminação: roupas, mão, transportes utilizados em granjas, equipamentos das granjas, Manifestações Dependem da virulência da cepa - Velogênicas: sinais respiratórios, neurológicos e entéricos - alta mortalidade - Mesogênias: sinais respiratórios e entéricos - baixa mortalidade - Lentogênicas: assintomático ou sinais respiratórios leves; vacinas Doença altamente contagiosa produzindo em aves infectadas sinais respiratórios, diarréia, sinais nervosos, queda na postura dos ovos, edema de cabeça Diagnóstico Necrópsia,swabs, cloacais, fezes, Profilaxia e controle • Calor: ele é inativado após 3 horas a 56ºC • Ph ácido • sensíveis a éter e inativados por desinfetantes contendo formal e/ou fenol. • Uso sistemático e vacinas • Biossegurança • Limpeza e desinfecção • Controle de tráfego humano • Evitar aves silvestres local • Legislação específica • Aves acometidas devem ser queimadas e enterradas. Vírus respiratório sincicial bovino (BRSV) …………… … • Essa subfamília não apresenta neuraminidase e hemaglutinina no envelope. • Efeito citopático característico no cultivo celular • Perdas econômicas • A forma de transmissão não é claramente esclarecida - aerossóis, proximidade dos animais. Como ocorre? Replicação nas células epiteliais da mucosa nasal, faringe, traquéia e pulmões. • O vírus aparentemente não faz viremia e raramente é detectado fora do sistema respiratório. • Antígenos virais podem ser detectados na mucosa da nasofaringe e linfonodos traqueobronquiais Sinais clínicos • Doença respiratória grave com menos de 1 anos - bronquiolite e pneumonia - com infecção bacteriana secundária - febre, tosse, secreção nasal e dispnéia • secreção ocular, nasal, edema de barbela,pneumonia intersticial, salivação. • Pode ser assintomática. Diagnóstico • Amostras: secreção nasal, lavado traqueal.. • cultivo celular • IFA direta • PCR • Sorologia: ELISA indireto e soroneutralização Controle e profilaxia • Vacinação: eficácia questionável • Controle de trânsito dos animais • Manejo ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. RABDOVIRUS Existem diversos tipos de rabdovirus capazes de infectar mamíferos, aves, peixes, plantas e artrópodes. Por sua ampla distribuição na natureza existe a possibilidade de algum tipo ainda com potencial patogênico desconhecido. • Vírus da raiva > mamíferos • Vírus da estomatite vesicular > equinos, suínos e bovinos (doenças com sinais semelhantes à febre aftosa). Rabdovirus • Formato de bastão • Estrutura helical interna - nucleocapsídeo com ptn de superfície • Virus RNA e envelopado (glicoproteína de superfície G) • Se mantém estável por longos períodos a 4ºC, porém sensíveis ao calor, radiação solar e ultravioleta. • Pode ser inativada por desinfetantes • Resistência fora do hospedeiro baixa. Raiva ……………………………………………………………………………... • É neurotrópico • Variantes: V1 e V2 ( raiva furiosa - cães e gatos) e V3,V4,V5 (raiva paralítica- morcegos) • Vírus RNA, filamento único, envelopado, polaridade negativa. Infecta primariamente os neurônios, mas pode haver infecções de astrócitos, microglia e células endoteliais. Infecta todas as regiões do sistema nervoso central • Regiões mais acometidas: hipocampo, tronco cerebral, medula espinhal, células de purkinje no cerebelo, muitas vezes os sistemas associados com a localização anatômica no cérebro. Como ocorre? Replicação inicial nas células musculares, mas pode se disseminar sm essa replicação > nervos > chega a raiz nervosa > medula espinhal e se multiplica no SNC e outros tecidos não neurais, Antígenos podem ser detectados em praticamente todos os tecidos e quando os animais clínicos se iniciam, já ocorreu a disseminação no SNC • Dificuldade de tratamento devido à BHE (Barreira hematoencefálica) Transmissão Replica também em glândulas salivares, e a excreção pela saliva é o principal mecanismo de disseminação e perpetuação do mesmo na natureza. - mordedura, lambedura ou arranhadura - manipulação de carcaça - zoofilia - transplante de órgãos - via transplacentária e transmamária: descrita em bovinos e morcegos - Via respiratória - aerossóis > raro Para manipulação deve haver a biossegurança com os equipamentos de proteção individual (EPI) Sinais clínicos: pode ser variável, pois os sinais de comprometimento neurológico pode - Forma furiosa: alterações de comportamento como inquietação, fotofobia, insônia, salivação, febre - Forma Paralítica: dificuldade de deglutição, paralisia muscular, alteração no tom de voz, salivação… ambas as formas o desfecho é fatal Diagnóstico • Coletar encéfalo de animais suspeitos. • Imunofluorescência direta (IFD) em tecido cerebral • Prova biológica (inoculação em camundongo neonato) • RT- PCR • Histopatologia - corpúscula de negri Notificação obrigatória. Prevenção e profilaxia • Vacinação obrigatória • Seres humanos > cuidados com o contato com os animais silvestres ou domésticos sem procedência e carcaças, uso de redes de proteção, vacinação em pessoas com risco de contaminação. Animais não vacinados: isolamento do animal por 180 dias e ambiente domiciliar (mediante termo de responsabilidade). - Aplicação de 3 doses da vacina antirrábica. Tratamento • Animais - eutanásia • Seres humanos - protocolo Recife Vírus da estomatite vesicular ………………… ………………………… • Equinos, bovinos e suínos • Existem evidências sorológicas da infecção de mamíferos silvestres - geralmente assintomático • Infecção em humanos - assintomático ou semelhante à gripe. • Vacas em lactação são mais susceptíveis Sinais clínicos • Lesões vesiculares em boca, língua, tetos e na banda coronária dos cacos. • Em bovinos e suínos a doença é clinicamente indistinguível da febre aftosa. • Úlceras e vesículas em mucosas, mastite, claudicação - O período de incubação é de até cinco dias - Na ausência de infecção secundária, as lesões geralmente curam dentro de duas semanas. Transmissão Não está totalmente esclarecida, há uma suspeita de transmissão mecânica, • É um arbovírus (vetor artrópode) • Possível contato direto Diagnóstico Amostra: epitélio das lesões e fluido vesicular - detecção de antígeno. - IFA - RT - PCR - Isolamento viral - Microscopia eletrônica - Pesquisa de Ac (soro) - ELISA, soroneutralização. Controle e profilaxia • Controle de insetos • Limpeza e desinfecção dos recipientes de alimentos, água, equipamentos de ordenha e utensílios que podem veicular o vírus entre os animais • Vacinas inativadas existem no mercado Tratamento • Apenas sintomático • Notificação obrigatória ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Papilomavírus Infecta diferentes espécies de mamíferos, aves e répteis - incluídos animais marinhos. • Propriedade oncogênica -> lesões (papilomatose) - em região cutânea, mucocutânea e mucosa. Tumores benignos ou malignos. • Em seres humanos, a infecção pelo papilomavírus está intimamente associada ao câncer do colo do útero. Prejuízos econômicos consideráveis à bovinocultura tanto por perdas diretas, causadas pela morte dos animais, quanto indiretas, representadas por reduções na produtividade e no valor comercial dos animais e subprodutos como o couro. Características • Vírus oncogênicos • Não envelopado: tem resistência às condições ambientais e destruição química e física, difícil ser eliminado com desinfetantes. • Capsídeo icosaédrico. • Vírus DNA fita dupla circular. • Replicação celular ocorre no núcleo. • Não se consegue replicação deste vírus em cultivo celulares • São altamente tecido- específicos, quando afetam segunda espécie normalmente não é produtiva a infecção. • Tecido específico: tropismo por tipo cutânea ou mucosa. O genoma pode ser encontrado no núcleo da célula infectada sob duas formas físicas: a epissomal e a integrada - Epissomal: encontrada em lesões iniciais e benignas, forma circular e em múltiplas cópias -> latência e produtiva. - Integrada: encontrada apenas em células transformadas. Nessa forma, o genoma do papilomavírus encontra-se integrado ao cromossomo da célula hospedeira com uma única cópia por célula.A integração do genoma viral ao cromossomo celular ocorre de forma aleatória, porém todas as células infectadas apresentam a integração no mesmo sítio. O papilomavírus foi o primeiro vírus DNA oncogênico descoberto. Interesse veterinário Papilomavírus bovino (BPV) - BPV 1, BPV2, BPV5 -> fibropapillomas - BPV3, BPV4, BPPV -> papiloma cutaneo. O 4, trato alimentar e urinário - pode progredir a carcinoma de bexiga Canine oral papilloma Canine genital papiloma Papilomatosis equina - Papilomavírus equino tipo 1 (EqPV - 1) é um distúrbio dermatológico não muito comum. A infecção é geralmente autolimpante, gera lesões na cabeça e pescoço Papilomatose ovino - causada pelo OvPV - 1. Transmissão Vírus penetra em microlesões do tecido cutâneo e mucosas (células epiteliais) - Contato direto - Fômites, estábulos, escovas, etc… - Bovino e canino - transmissão venérea Após replicação - vírions são liberados em descamação celular do estrato córneo da pele ou células epiteliais não queratinizadas da mucosa • Período de incubação variável - semanas até meses. Patologia A infecção pelo papilomavírus pode ocasionar alterações na morfologia e função celular levando à transformação celular. • Podem ser observadas alterações do tipo hiperplasia e hipertrofia. • A camada celular fica mais espessa, com células vazias, adquirindo a aparência clássica de papiloma. Assim, o aspecto de verruga deve-se a proliferação e não a destruição celular • Os vírions podem infectar as células adjacentes, sendo por esta razão pela qual os papilomas cutâneos são contagiosos e aparecem agrupados Considerar que os aspectos genéticos, nutricionais e imunológicos relacionados ao hospedeiro e características próprias de cada tipo podem influenciar na forma de manifestação clínica e na evolução da infecção pelo papilomavírus, bem como no processo de recuperação do animal infectado. Papiloma Vírus e tumores Está associado com neoplasias - porém na indução, ele não é mais encontrado no casos de neoplasias malignas. O vírus pode ser responsável pelos eventos iniciais da carcinogênese, mas não pela continuidade das transformações fenotípicas, quando a informação genética do vírus não é necessária para a manutenção da malignidade. O Papiloma é benigno, mas as alterações displásicas ocasionadas pelo vírus podem originar a lenta progressão de uma doença maligna. Patologia Hematúria enzoótica bovino e tumores no trato digestivo superior de bovinos A interação do papiloma bovino tipo 4 com carcinógenos presente nas plantas de samambaias é reconhecida como a mais provável causa da hematúria. Substâncias potenciais mutagênicas e ou carcinogênicas foram isoladas da samambaia. Diagnóstico • Microscopia eletrônica: pouco utilizado e o vírus não cresce adequadamente em cultivo celular. • A histopatologia possibilita a identificação de neoplasia intra-epitelial, que pode estar associada com o vírus de potencial oncogênico, mas não diagnostica o agente. • ELISA / imuno histoquímica/ hibridização - métodos não eficientes • PCR Tratamento As lesões benignas tendem a apresentar melhora espontânea. • Infecção ocorre tanto em imunocomprometidos quanto imunocompetentes, porém casos persistentes tendem a acontecer em imunossuprimidos. • Algumas infecções com curso clínico prolongado e que determinam lesões extensas podem, ocasionalmente, progredir para o câncer. • Após a infecção primária, os animais tornam-se menos susceptíveis ou mesmo resistentes a novas infecções. A regressão e o desaparecimento de lesões benignas apresentam evidências do desenvolvimento de imunidade celular, uma vez que todas ou a maioria das lesões regridem simultaneamente. - Após o desaparecimento, ocorre um período de resistência à reinfecção pelo mesmo tipo viral que ocasionou as lesões. - A imunidade humoral tem importância na prevenção da infecção, mas não efetiva para a regressão das lesões Tratamento • Vacinas autógenas - ? `princípio não tem comprovação • Interferon - ? • Retirada cirúrgica • Criocirurgia Profilaxia • Evitar contato entre animais sadios e infectados • Limpezas da instalação • Pesquisa para vacina eficaz para bovinos - espécie mais afetada, difícil controle e possibilidade de grandes perdas econômicas. Poxvirus Primeiro vírus a serem estudados por serem grandes e possíveis de vincular por microscopia ópticas Subfamília : chordopoxvirinae - infectam vertebrados Características • Vírions grandes • Vírus DNA fita dupla • Replicação no citoplasma da célula - codificam todas as enzimas necessárias para a transcrição e replicação do genoma viral. Também razm nos vírions, às enzimas para a produção e modificação dos mRNA para a síntese e suas proteínas, o que tornou independentes do número celular - é um vírus complexo e sua replicação é demorada. • Nucleocapsídeo complexo - forma de tijolo arredondado. • Vírus envelopado. • Possui grande quantidade de hospedeiros (potencial zoonótico). • A severidade da infecção varia muito da espécie, podendo resultar infecção autolimitante local e até mesmo doenças sistêmicas graves. • Hospedeiros naturais de algumas espécies são pequenos roedores silvestres. • Algumas espécies de poxvirus como o vírus da doença da pele musculosa tem vetores artrópodes Transmissão e sinais clínicos Pode ser contado direto com lesões de pele, secreções, fômites e vetores - Algumas espécies são poucos espécie- específico, algumas tem potencial zoonótico Sinais clínicos: pápulas e pústulas, crostas. Alguns podem apresentar febre, secreção nasal, linfadenomegalia, esplenomegalia. Alguns casos podem ser graves e levar ao óbito. Há duas formas infectantes - vírus maduro: core envolto por membrana lipídica simples (+ resistente) - Vírus envelopado: camada de membrana lipídica adicional Possuem diferentes proteínas de superfície, consequentemente diferentes formas de penetração na célula hospedeira. Ambos são infecciosos, embora as formas envelopadas infectam novas células mais rapidamente e parecem ser mais importantes na disseminação do vírus no organismo do hospedeiro Seu genoma codifica uma série de proteínas que integram-se com os mecanismos imunológicos desencadeados em resposta à infecção, assim como as proteínas envolvidas na evasão e modulação da resposta imunológica do hospedeiro. As proteínas de superfície induzem a produção de anticorpos neutralizantes e inibidor da fusão celular. Durante sua replicação, a utilização de genes do hospedeiro tem sido uma característica recorrente na evolução dos poxvirus e parece desempenhar um papel na adaptação desses vírus para resistir aos mecanismos de defesa do hospedeiro, pelo bloqueio da atividade de várias citocinas, quimiocinas, proteases... Poxvírus são utilizadas como vetores de expressão, principalmente para produção de vacinas recombinantes A doença típica dos poxvírus acomete a pele, embora sinais clínicos generalizados possam estar presentes. A doença nas aves é predominantemente proliferativa, enquanto nos mamíferos predominam lesões vesiculares e pustulares Os membros de um gênero são relacionados genética e antigenicamente entre si, além de possuírem morfologia das partículas e a gama de hospedeiro similares. Existe alguma reatividade sorológica cruzada entre vírus de diferentes gêneros. Poxvirus de interesse veterinário • Avipoxvirus - vírus da varíola aviária (bouba aviária) • Suinoppxvirus - varíola suíno, é uma doença aguda porém leve... • Orthopoxvirus - vírus da vacina. O vv possui uma distribuição muito ampla e é capaz de infectar uma grande variedade de espécie de animais • Parapoxvirus - o vírus do ectima contagioso, em ovinos e caprinos. As lesões causadas tendem a ser localizadas e proliferativas. Potencialmente zoonótica. • Bouba aviária Esses vírus têm sido isolados de todas as espécies de aves domésticas e silvestres e têm recebido denominação relacionada com seus hospedeiros. Transmissão • Contato direto ou indireto • Transmissão mecânica por insetos é geralmente a mais importante. • PI 4 -10 dias Sinais clínicos1. Forma diftérica - lesões na parte superior o trato respiratório e digestivo, que podem resultar em dispneia, inapetência, descarga nasal e ocular 2. Forma cutânea: lesões que evoluem de pápulas para vesículas, pústulas e costras. Sinais sistêmicos podem ocorrer. Perda econômica e na produção de ovos. O provírus devem ser diagnóstico diferencial para doenças vesiculares, ulcerações e formadores de pápulas e crostas Diagnóstico • Microscopia eletrônica - material coletado das bordas das lesões ou por isolamento viral • Cultivo celular - a maioria replica com eficiência em cultivos celulares. Algumas eespcéis podem ser multiplicado sem vovos embrinados e galinhas, onde produzem placas • IFA: imunofluorescência direta • PCR Tratamento e profilaxia • Suporte e manejo de infecções secundárias • Vacinação existem para alguns tipos(caprinos, ovinos e ave) • Limpeza e higiene do ambiente • Controle de insetos …………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….……………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Picornavirus - Febre aftosa Grande adaptação ambiental: sobrevive bem em material orgânico como fezes, sangue, sobrevive em condições de alta umidade e pouca incidência solar. São sensíveis à luz, calor e compostos a base de iodo, são inativados em Ph abaixo de 6,0 • Doença altamente contagiosa • Acomete todas as espécies de casco fendido e animais de todas as idades • Doença de notificação compulsória Via de transmissão Contato direto entre os animais Contato indireto: ar, água alimentos, fômites, roupas e sapatos, veículos usados para o transporte de animais doentes 1. Oronasal 2. multiplicação na faringe, linfonodos… 3. Pulmões com intensa multiplicação 4. Sangue (viremia) - Em animais jovens pode afetar o coração e os demais células epiteliais (boca, casco, glândulas mamárias) Via de eliminação Pode ser pela boca, no casco e sangue (mas o vírus está presente em todas as secreções e excreções, inclusive no leite). - Inicio: 72 horas pós infecção O congelamento das carcaças não é suficiente para inativar o vírus A vesícula desenvolve-se à medida que o vírus se replica dentro de um grupo de célula, causando sua ruptura. O fluido vesicular possui grande quantidade de vírus, que persistem no local das lesões por 3 a 8 dias e posteriormente há a diminuição da carga viral devida à presença de anticorpos neutralizantes. Sinais clínicos • Menor ingestão de alimentos e salivação intensa, claudicação e febre. • Estalar de lábios • Diminuição na produção de leite • Vesículas e úlceras- principalmente em áreas sujeitas a trauma (mucosa oral, língua. ) • Lesões nos tetos (comuns em lactantes) e cascos • Em suínos a claudicação é o primeiro sinal clínico. • Quando os animais são examinados é comum o desprendimento da camada epitelial da língua. Sinais clínicos são severos em bovinos e suínos, já em ovelhas e cabras desenvolvem infecções subclínicas. As lesões na boca e língua se regeneram mas as patas são susceptíveis a infecções secundárias agravando o quadro. Animais selvagens podem tanto desenvolver a doença severa e até morrer, como ter infecções subclínicas ou inaparentes. Diagnóstico Clínico - Sintomatologia - Laboratorial - Sorologia: ELISA e fixação e completo - PCR - Isolamento viral Não se faz o tratamento dos animais por ser uma doença altamente contagiosa e tratar cada animal individualmente é um custo econômico muito alto. As medidas sanitárias variam muito dentro da extensão do surto quando descoberto. Deve haver 1. Interrupção imediata no deslocamento de animais e produtos de origem animal na área afetada 2. Abate de todos os animais infectados e suscetíveis que entraram em contato. 3. Desinfecção de todos os veículos, equipamentos e funcionários envolvidos. Desinfetantes efetivos Ácidos como ácido acético, ácido cítrico e carbonato de sódio, hidróxido de sódio e outros... • É fundamental desinfetar pneus e a parte inferior de todos os veículos que saem da área afetada. A vacinação é obrigatória em todos os estados, exceto Santa Catarina. O calendário é de 6-6 meses. Não há imunidade cruzada entre as cepas ( O, A, C, SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia 1). Cada país costuma ter em estoque vacinas com as cepas da sua região. O programa nacional de erradicação e prevenção de febre aftosa (PNEFA) tem como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela OIE (organização mundial de saúde animal). Prejuízos Além de levar a morte do animal, a exportação é recusada pelos países compradores, causando sérios prejuízos financeiros ao país. Também causa perdas na eficiência produtiva e reprodutiva dos animais. Reovirus Ampla variedade de hospedeiros - invertebrados, plantas, vertebrados. As funcções de vertebrados afetam principalmente os tratos gastrointestinal e respiratório Características • Capsídeo icosaédrico • Não possui envelope - Genoma de RNA fita dupla - possui genoma segmentada - em geral, cada segmento codifica uma proteína viral, mas há casos em que duas ou até três proteínas são codificadas pelo mesmo segmento • Transcriptase presente nos vírions • Replicação no citoplasma da célula hospedeira Rotavírus ……………………………………………………………… Relativamente estáveis no ambiente, toleram variações de ph entre 3- 9. Também tem resistência a solvente orgânicos • Sensíveis à formalina, cloro.. > causam danos a camada externa do vírions Geralmente espécie-específico, mas há diversos relatos de infecções de animais para humanos devido ao rearranjo do genoma viral. • Mamíferos e ave • Vírus esférico - capsídeo icosaédrico • Triplo capsídio viral 1. 2 vírus diferentes infectam uma células 2. Replicação do vírus: formação e cópias do genoma e sintese de proteinas 3. Montagem das partículas virais. Vírus quiméricos (vírusdiferentes que formam uma nova CEPA) apresentam maior chance de infectar humanos. Após vacinação em massa das crianças contra RV-A, descrição de genótipos incomuns - associados à zoonoses causando hospitalização de crianças. Patogenia • Vírus entérico • Transmissão oro- fecal • Grave diarreia aguda em animais jovens - desidratação e desequilíbrio eletrolítico. • Em animais adultos imunocompetentes podem ter quadro mais brando ou assintomático, porém ainda são portadores do vírus. Diversos animais são afetados: cães, gatos, aves, bovinos, suínos, equinos e outros… Gera problema sanitário e perdas econômicos de animais de criação Particularidades que dificultam seu controle: 1. Resistência dos vírions às condições ambientais e aos produtos químicos utilizados na desinfecção. 2. Alta concentração de partículas virais excretadas 3. Presença de infecções subclínicas e adultos portadores assintomáticos 4. Grande variedade de hospedeiros 5. Possibilidade de transmissão entre espécies (heterólogas) 6. caráter endêmico da infecção - circulação e sorotipos diferentes em determinadas regiões É uma infecção limitada à mucosa intestinal, processo de natureza osmótica. Causam diarréia 1. NSP4 aumenta o ca++ intracelular: diarréia por hipersecreção de íons 2. Estimula do sistema nervoso entérico 3. Replicação do vírus na célula - lise do enterócito (diarréia por má absorção) NSP4: “enterotoxina viral” É amplamente disseminada nos rebanhos e plantéis (bovinos suínos e frangos mais frequente na segunda e terceira semana de vida). Em bovinos, a infecção constitui-se em sério problema sanitário para animais com aptidão para produção de leite ou carne, incluindo tanto aqueles de rebanhos de intensivo ou extensivo. > Importância sanitária e econômica. O Rotavírus é o principal agente etiológico o complexo Diarréia neonatal bovina e suína. Diagnóstico Apenas sinais clínicos não é possível diferenciar a diarreia por retrovírus de outros agentes entéricos, então é necessário o diagnóstico laboratorial. • ME • Métodos diretos: - ELISA - Imunocromatografia - PCR - Eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA) após extração de RNA - Outros: HA, IFA. Controle e profilaxia Não está esclarecida a resposta imunológica após a infecção natural. A proteção de mucosas, mediada por IgA, parece constituir a principal defesa orgânica contra as infecções intestinais causadas por esses vírus. O Manejo sanitário nem sempre é suficiente para controle. • Isolamento dos animais doentes para reduzir a transmissão. • Rodízio de piquetes de parição • Vazio sanitário • Tratamento suporte • Vacinação • Vacina inativada nas fêmeas gestantes - elevar o nível de anticorpos nos colo. • Vacinação contra diarréia neonatal de Bezerros (RV-A e outros agentes). • Rotavírus bovino inativada: bivalente e monovalente. - Vacinação inicial: Vacas gestantes devem receber duas doses da vacina com três semanas de intervalo, sendo que a segunda dose deve ser aplicada nas três a seis últimas semanas antes da data prevista para o parto - Revacinação: dose única deverá ser aplicada de três a seis semanas antes da data prevista para cada parto subsequentemente. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. ………………………………………………….…………………………………………………. Ortomixovirus Infecções respiratórias em mamíferos e aves > gripe ou influenza Problema de saúde pública humana e perdas econômicas em criações de animais - devido constante evolução genética e antigênica, esse vírus são considerados uma das principais ameaças à saúde pública mundial Características: • Os vírions do ortomixovírus são grandes e pleomórficos • Capsídeo de simetria helicoidal • Possui envelope • Vírus RNA • Possui genoma segmentado que proporciona condições para ocorrência de recombinação do tipo rearranjo/ ressortimento (redistribuição de segmentos genômicos entre duas cepas virais originando outro virus - esse virus tem virulência diferent e o hospedeiro ainda não em imunidade contra a nova cepa) • Proteínas de superfície: hemaglutinina e neuraminidase. É responsável pela habilidade do vírus resistir a população apesar da resposta imunológica do hospedeiro. A hemaglutinina é a proteína de superfície que reconhece o receptor da célula hospedeira (ácido siálico), e realiza a fusão do envelope da membrana do endossomo. 1. Ocorre a penetração do vírus que libera o genoma dentro da célula, em seguida, ocorre a replicação no núcleo da célula hospedeira. 2. O vírus sai via brotamento com ajuda da neuraminidase para o ácido siálico se liberar da célula hospedeira e infectar outras células. Shift: aquisição de ovo gene ou alteração do gene preexistente - população não terá Ac contra esse vírus Drift: acúmulo de mutações - imunidade residual a vírus, é mais previsível, não muda muito as características do vírus. Transmissão de influenza aviário para mamíferos: Tº ótima de replicação do vírus de 40ºC em aves para 37º em mamíferos. • Mudança do sítio de replicação de intestinal para respiratório • Mudança de especificidade de receptor alfa 2,3 ácido siálico para alfa 2,6 Nos hospedeiros naturais (aves migratórias aquáticas), o vírus se replica no intestino sem produzir sinais clínicos e é excretado em altos títulos em fezes. O vírus se mantém mais estável geneticamente nesses hospedeiros. Ocorrência ocasional de ressortimento de segmentos genômicos entre cepas difrentes- ou de outras mutções - pode resultar em alterações marcantes no genótipo viral com o surgimento de variantes capazes de infectar outros seres Após sua transferência para novo hospedeiro, esse vírus sofre uma rápida evolução genética através de mutações. Esses variantes podem também apresentar virulência aumentada para os seus hospedeiros naturais e para aves domésticas Os vírus da gripe são potencialmente zoonóticos. Após adaptação aos seus novos hospedeiros os vírus se tornam relativamente espécie- específicos e apresentam uma capacidade restrita de infecção espécies heterólogas, porém podem romper a barreira de espécie algum momento Os vírions são sensíveis à temperaturas elevadas, apresentando curta variabilidade em condições ambientais. A infecção é inativada em 30 min a 56ºC ou sob pH 3. São sensíveis a solventes lipídicos (éter/clorofórmio) e detergentes Transmissão •Em seus hospedeiros naturais – aves aquáticas- o vírus é excretado nas fezes; • O vírus é excretado nas secreções nasais dos mamíferos afetados. • O vírus é excretado nas fezes e secreções nasais das aves afetadas; • A transmissão é oro-nasal, principalmente através de aerossóis e contato direto. Contaminação indireta por fômites também pode ocorrer. Sinais clínicos A gravidade dos sinais clínicos depende da virulência da cepa e se houver infecção secundária por bactéria. • Qualquer idade é afetada; • Sinais respiratórios, principalmente craniais (superiores) – tosse, espirro e secreção nasal. • Febre; • Prostração. • Alta morbidade e baixa mortalidade (dependendo da variação antigênica e virulência); • Perda econômica em animais de produção; • Os equinos são muito suscetíveis à perda econômica, principalmente em animais de competição. Aves • Infecção no trato respiratório e no epitélio intestinal – vírus é eliminado nas fezes por 3-4 semanas; • Reservatórios do vírus na natureza: Aves aquáticas selvagens (infecção assintomática) - Ordem Anseriformes (patos, gansos, cisnes) e ordem Charadriiformes (gaivotas, andorinhas do mar, aves pernaltas Diagnóstico Os sinais clínicos se assemelham a outras enfermidades respiratórias – apenas diagnóstico clínico não é suficiente para se diferenciar Métodos diretos: - Cultivo celular: inoculação em ovo embrionado; - IFA direta; - Hemaglutinação; - ELISA direto; - PCR; - Imunocromatografia direta. Métodos indiretos. - Inibição de Hemaglutinação; - ELIZA indireto; - Soroneutralização. Prevenção e profilaxia • Isolamento dos animais infectados; • Controle de trânsito; • Higiene das instalações • Surtos – isolamento e quarentena • Surto em aves – Abate das aves infectadas – notificação obrigatória A variação antigênica e o reassortment são obstáculos quase intransponíveis para a produção de vacinas permanentes. Para algumas espécies existe a vacinação mas ela não garante imunidade contra todas as variantes e tem curta duração. - A vacinação canina não tem no Brasil e a dos suínos não é recomendada. Programas de vacinação para influenza equina: 1ª vacinação, seguida por uma segunda dose com três a seis semanas de intervalo com reforços anuais ou semestrais. - Éguas gestantes devem ser vacinadas um mês antes do parto. …………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… …………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… Herpevírus Subfamílias: Alphaherpesvirinae, beta e gamma Amplamente distribuídos na natureza e tem diversos hospedeiros. Características morfológicas • Partículas esféricas ou contorno irregular • Vírus DNA fita dupla linear • Capsídeo icosaédrico • Envelope lipoprotéico • Ciclo replicativo no núcleo celular. • Síntese do DNA viral e a montagem do capsídeo ocorrem no núcleo da célula hospedeira. Nas células infectadas da forma latente, os genomas se mantêm na forma circular (ciclo lisogênico) ocorrendo pouca ou nenhuma expressão gênica. Esses genomas retêm a capacidade de replicar, o que ocorre por ocasião da reativação da infecção latente (ciclo lítico) Alphaherpesvirinae - Ciclo reprodutivo relativamente curto (menos de 24hrs) - Ampla variedade de hospedeiro - Destroem rapidamente às célula de cultivo - Estabelecem infecções latentes em neurônios dos gânglios sensoriais e autonômicos. Betaherpesvirinae - Ciclo replicativo longo - Afea humanos, primatas pequenos roedores. Gammaherpesvirinae - Infecções latentes principalmente em células linfoblastóides - Podem produzir infecções líticas em células epitelióides e fibroblásticas - Possuem potencial oncogênico e podem ser especificamente adaptados a linfócitos B ou T Características Capacidade de latência no hospedeiro. A latência é caracterizada pela ausência de replicação viral e de sinais clínicos, e dura toda a vida do hospedeiro - o animal pode não apresentar sinais clínicos e raramente excretar o vírus. A infecção latente é caracterizada pela interrupção do ciclo replicativo logo após a penetração do genoma no núcleo celular. Com isso, não há expressão gênica significativa, não ocorrendo a produção de proteínas virais, replicação do genoma ou produção de progênie viral. Assim o genoma viral permanece inativo no núcleo dos neurônios. A infecção latente pode ser reativada por situações de estresse e imunossupressão, surgindo sinais clínicos e o vírus volta a ser excretado pelo hospedeiro e pode se disseminar para indivíduos susceptíveis. O estabelecimento a reativação da replicação viral representam pontos -chave na biologia dos herpes vírus, pois permitem a permanência indefinida do vírus no hospedeiro, acompanhada de episódios esporádicos de reativação e expressão viral A infeção latente ocorre em classes específicas de neurônios (alfa) em células linfoblastóides (gama). O vírus é antigo e tem alta adaptação ao hospedeiro natural, porém pode ocorrer infecção de hospedeiros acidentais e dependendo do estado imunológico do hospedeiro as infecções tornam-se mais graves. • Normalmente os sinais são leves ou assintomáticos nos imunocompetentes • O vírus tem tropismo por certos tipos celulares e algumas espécies têm potencial oncogênico. • São inativados por álcool e detergentes, em razão da presença do envelope • Os vampiros perdem a infectividade após o contato com isopropanol ou etanol por cinco minutos; formaldeído e glutaraldeído • São inativados por ph bem ácido ou bem alcaino Sensíveis a temperaturas altas. Transmissão: • Oronasal • Sexual • Contato direto com lesões Durante a fase inicial de replicação, altos títulos virais são produzidos excretados nas secreções, o que favorece uma transmissão rápida entre outros animais. Sinais clínicos • Replicação viral nas células epiteliais na fase inicial: lise e morte celular > lesões na pele e mucosas > sinais respiratórios e lesões em mucosas. • Replicação em neurônios - meningoencefalite e malácia • Abortos e alterações reprodutivas • Formas focais e generalizadas A gravidade depende do estado imunológico do animal. Pode ocorrer perda econômica em animais de produção devido à queda da produção de leite, ovos e ganho de peso, além de falhas reprodutivas. 1. Respiratórios: secreção nasal e ocular, úlcera de córnea, febre, espirro e tosse. Lesões na mucosa. 2. Genitais: úlcera e secreção vaginal, prepúcio, penes e alterações reprodutivas 3. Neurológicos: somente alguns subtipos > meningoencefalite e malácia (necrose do tecido nervoso) em SNC Bovino tipos 1, 2, 4 e 5 (BoHV -1, -2, -4 E -5) ……………... Alphaherpesvirinae: Variellovirus - BoHV-1: Rinotraqueíte infeciosa Bovina (doenças respiratórias, genital e abortos) - BOHV-5: meningoencefalite viral Simplexvirus - BoHV -2v : mamilite herpética Gammaherpesvirinae - BoHV-4: febre catarral maligna Transmissão: Contato direto ou indireto com secreções nasais, oculares ou genitais. Caprino tipo 1 (CpHV-1) ……………………………………………. Alphaherpesvirinae - Varicellovirus • Quadros de enterite e infecção generalizada fatal em cabritos recém nascidos (até duas semanas de idade). - A maioria das infecções emanimais adultos é subclinica, mas a infecção pode, ocasionalmente, resultar em sinais respiratórios, conjutivite, vulvovaginite, balanopostite e aborto. Gammaherpesvirinae:assintomáticos Suínos - SuHV-1 (doença de aujeszky ou pseudoraiva) ……………………………………………………………… Provoca prejuízos econômicos nas explorações infectadas devida a alta mortalidade dos leitões, imunossupressão, atraso no crescimento e perdas reprodutivas. Aphaherpesvirinae - Varicellovirus Morbidade a mortalidade alta em leitões até 21 dias. Adultos tendem a ser assintomáticos ou apresentam alterações reprodutivas. Portadores de forma latente Transmissão • Contato direto ou indireto (fômites) de animais susceptíveis • Principal via de infecção é oronasal • Semêen de machos contaminados e secreções genitais e restos fetais de porcas também contém o vírus. • Urina, fezes e leite também podem ser vias de excreção viral SInais clínicos Leitões Alterações respiratórias e pneumonia, alterações neurológicas: paresia, ataxia, tremores, hipertermia, convulsões e morte Adulto Assintomáticos ou prostração, alterações reprodutivas e raramente problemas respiratórios e neurológicos. Controle Áreas livres: controle de trânsito de animais, barreiras sanitárias, quarentena e certificação de origem e condição sorológica. Áreas com foco esporádicos: identificação e descartes de animais positivos. Desinfecção rigorosa, vazio sanitária e vacinação Áreas endêmicas: descarte dos animais e eliminação o vírus. + vacinação. Equinos tipos EHV -1, 3, 4, 8 e 9 ………………………………………. Alphaherpesvirinae - Varicellovirus • Sinais clínicos respiratórios mais graves em animais jovens. • Rinopneumonite equina e alterações neurológicas • Aborto Transmissão Oronasal, sexual e restos de aborto SInais clínicos - EHV-1 : aborto em éguas, alterações respiratórias. Pode causar doença respiratória grave ou encefalite em neonatos levando ao óbito - EHV - 3: formação de lesões vesiculares, pustulares e exsudativas na mucosa genitale perineal especialmente de fêmeas, Eventualmente os lábios e a mucosa nasal são também afetadas - EHV - 4: doença respiratória em animais jovens - EHV-2: Betaherpesvirinae gênero cytomegalovirus: conjuntivite e faringite (afeta apenas equinos) Canino tipo 1 (CaHV-1) ……………………………………….. Alphaherpesvirinae - Varicellovirus Vírus excretados em secreção nasal e genital Transmissão Oronasal, sexual e transplacentária. Filhotes adquirem via transplacentária, durante ao parto no canal vaginal ou contato com secreção oronasal da mãe. Sinais clínicos: • Má foramação e abortos. • Adultos raramente apresentam sinais clínicos mas podem apresentar leves alterações respiratórias e lesões pustulares em mucosa genital em momento de reativação viral. Controle Retirar a cadela da reprodução. Não há vacina no brasil mas a necessidade é questionada. Felino tipo 1 (FeHV-1) ……………………………………………………. Alphaherpesvirinae - Varicellovirus É um dos agentes do CRF. • Sinais clínicos mais graves evidentes em filhotes e gatos imunossuprimidos. Podendo haver reativação viral em casos de stress. Já foram descritos casos de encefalite viral por herpes vírus Transmissão • Secreção nasal • Infecção nasal por contato direto ou indireto e aerossóis Sinais clínicos: • Doença de trato respiratório superior e conjuntivite herpética. Não há viremia - Associação com outros agentes virais e/ou bacterianos piora o quadro • Animais jovens e imunossuprimidos são mais afetados • Possibilidade de encefalite viral. Galídeos tipo 1 e tipo 2 (GaHV-1 e 2 (doença de marek) ………………… ……………………………………….. Alphaherpesvirinae - iltovirus Aves: galinhas, perus, psitacídeos - vírus da laringotraqueíte infecciosa. Prejuízo econômico na criação. Sinais clínicos Sinais respiratórios, tosse, dispneias, secreção ocular, morte e também pode ser assintomática. - Depende da agressividade da cepa e estado imunológico do animal • Vacina é colocada na água e aerossol Transmissão: Forma horizontal e ocorre quando as aves infectadas excretam os vírus pelas vias oculares e respiratórias. - Aerossóis e secreções contaminadas entram em contato direto ou indireto com aves susceptíveis, possibilitando novas infecções Alphaherpesvirinae - marafivirus (doença de marek) • Doença linfoproliferativa altamente infecciosa que afeta falinhas • A forma atual de criação intensiva favorece a transmissão Sinais clínicos Polineurite e paralisia, resultantes de infiltração linfóide em nervos periféricos. Linfoma visceral. Há 3 sorotipos Sorotipo 1: incluem os MDVs oncogênicos e suas variantes. Sorotipo 2: encontram-se os vírus não oncogênicos Sorotipos 3: são agrupados os vírus não-oncogênicos de perus. Transmissão: 1. Inalação 2. replicação em células epiteliais do trato respiratório 3. Macrofagos e celusas dentridirtcas 4. Pulmões, baço, timo e bursa de fabricius. 5. Replicação em linfócito B e T - imunossupressão. 6. Após fase citolítica - fase de latência em linfócitos e transportado para folículos pilosos das penas e excretados para o ambiente no 10-14º dia. - A 3º fase: infecção citolítica em sistema nervoso central e nervos com lesões em cérebro e nervos. - 4ºfase: linfoma - diferenciar de leucose aviária. Doença de marek Altamente contagiosa - inalação da poeira nos criatórios. O vírus pode permanecer no ambiente por longos períodos • Praticamente todas as aves entram em contato com esse vírus • A infecção pode ser assintomática Vacinação: pintos de 1 dia, ela reduz mas não impede a infecção nem a excreção viral. Diagnóstico Infecção latente - sorologia • ELISA indireto • Soroneutralização A sorologia não é considerada o melhor meio de diagnóstico nos animais sintomáticos. Método direto - sintomatologia • ME • Cultura em tecido • Imunofluorescência direta • PCR - Amostras: secreções dos locais de replicação. Merek: folículo da pena (inserção da pena). Tecido obtido na necrópsia. Tratamento • Suporte • Tratamento contra infecções bacterianas secundárias • Isolar e separar o animal doente Felinos: tratamento suporte a antivirais específicos contra herpesvírus (E: aciclovir/fanciclovir) Profilaxia • Evitar contato • Quarentena • Testes sorológicos antes da introdução de um novo animal • Higienização do ambiente • Vacinação ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… …………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… …………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… …………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… Flaviridae • RNA linear • Nucleocápside icosaédrico • Vírus envelopado •Replicação no citoplasma • Sensíveis a solventes orgânicos e detergentes • A maioria dos flavivirus e hepacivirus são inativados sobre o ph ácido, o pestivirus podem ser diferenciados por resistirem à inativação por ph baixo e por apresentarem certa estabilidade em uma ampla faixa de ph Flavivirus ... ...………………………….…………………………………….. • São transmitidos por carrapatos, mosquitos e até sem vetor artrópode conhecido. • Possui diversos hospedeiros vertebrados • Os patogênicos podem ser divididos em 3 categorias relacionados ao sinal clínico: 1. Associação com infecção do SNC, causando meningoencefalite 2. Associados com febre, artralgia e eritemas 3. Associados com febre hemorrágica Podem ser transmitidos por mosquito e carrapatos, porém pode ter outras vias de transmissão como leite, sangue, transplacentária ou predação. • Vírus do nilo ocidental: encefalite em diversos animais, inclusive humanos. Importância veterinária em equinos devido a susceptibilidade e doença grave nesse aniamis • Sorotipos diferentes dependendo do país - variações genotípicas e fenotípicas. • Hospedeiros reservatórios: aves silvestres, mas também podem apresentar sinais clínicos. • Vetor artrópode: mosquito Culex + outras formas Apesar de equinos terem importância significativa por apresentarem quadro neurológico agudo, vários outros animais podem ser acometidos como crocodilos, felinos, aves silvestres e domésticos, coelhos, ursos, camelos primatas... OBS: equinos não fazem viremia suficiente para infectar insetos, consequentemente não tem papel na transmissão. Sinais clínicos (equinos) Período de incubação de 3 a 14 dias > replicação inicial no tecido de incubação > linfonodos regionais > viremia > SNC • sinais mais comuns: anorexia, fraqueza, depressão, incoordenação, ataxia e decúbito, bruxismo, andar em círculos, hiperexcitabilidade, pressionamento da cabeça, convulsões...Hipertermia nem sempre. - Os que sobrevivem após 2-3 semanas tendem a se recuperar. Diagnóstico • Enivo do encéfalo para isolamento viral - células ero • Avaliação de efeito citopático • IFA após isolamento • RT-PCR • soroneutralização • ELISA indireta Não há tratamento específico! Deve haver o controle de vetores: tela de proteção e repelentes e vitar acesso de aves nas instalações. Pestivirus ………………………………………………………………. • Não são arbovírus - ou seja, não são necessários vetores artrópodes para sua transmissão. • 2 biotipos - Não citopático: encontrado na maioria dos isolados de campo são capazes de produzir infecções persistentes em fetos - Citopático: se originam dos não citopáticos por mutações e rearranjos genéticos - são mais virulentos. Sinais clínicos variáveis • Cepas de baixa e alta virulência • A infecção pode resultar tanto em infecções agudas como em infecções persistentes. A infecção persistente é resultante da habilidade desses vírus em atravessar a placenta e estabelecer infecção • Infecção transplacentária, seguida do nascimento persistente infectado (PI) - Os animais PI parecem desempenhar um papel importante na epidemiologia da infecção e são considerados os mantenedores desse vírus na natureza. Vírus da diarréia viral bovina Transmissão • Contato direto • Contato indireto: placenta/fetos abortados, secreção e excreção • Iatrogênico: agulhas, material cirúrgico contaminado, luvas de palpação, tatuadores e aplicadores e brincos • Transplacentária e semens. Obs: animais PI - principais reservatórios e fontes de infecção. Introdução do vírus no rebanho - Introdução De animais PI - Introdução de fêmea gestante contaminada - Introdução ou contato de animais com infecção aguda Como ocorre a transmissão? Pode ter a via por infecção nasal, transplacentária e por inoculação. 1. Quando por contato direto, começa a haver replicação em orofaringe e linfonodos regionais. 2. 3 a 7 dias após o início dos sintomas dependendo do estado do animal vai ter os sinais possíveis. 3. Pode ser assintomático ou sinais respiratórios brandos, ou então sinais graves respiratórios e GI (replicação em tecido linfóide, respiratório e intestinal) e podem se recuperar em mais ou menos 15 dias. Ou se o quadro for extremamente grave pode vir a óbito. Infcção trnaspalcentaria, depende da fase da gestação, pode haver abortos ou natimorto, má formação fetais (microcefalia, hidrocefalia, microfaltmia,retardo no crescimento) e nascimento com bezerros PI ou bezerrossaudaveis soropositivos. SInais clínicos • Doença aguda leve (gastroentérica, respiratória) • Doença aguda severa (gastroentérica, respiratória, hemorrágica) • Doença das mucosas Sinais clínicos: leucopenia severa, febre alta, depressão, diarreia, erosões no trato gastrointestinal e hemorragias, doença das mucosas (fatal) Animais sintomáticos: salivação intensa, alterações respiratórias (secreção nasal), diarréia, hemorragia, aborto. Responsável por perdas econômicas importantes em rebanhos A má formação do feto pode ocorrer entre 0 a 120 dias de gestação, de 120 a 280 nascem bezerros saudáveis soropositivos Diagnóstico Sinais clincios, correncia de abortos e natimortos • Isolamento em cultivo celular seguido de IFÁ direta • Elisa indireto e direto • Soroneutralização • Imunohistoquímica • PCR - Amostras: fezes e secreção nasal, fetos abortados, tecidos de necrópsia, leite e sangue. Controle • Evitar entrada de animais PI e infectados • Identificação e animais PI e retirada do rebanho • Vacinação Vírus da peste suína clássica • Vírus com baixa taxa de mutação • Brasil - já foi um problema de vacinação controlaram a doença • Notificação obrigatória Transmissão: • Direta: principalmente oro-nasal: mais contato com mucosas e pele lesionada tb são vias • Fômites contaminadas com secreções • Transplacentária - leitões PI Obs: vírus viáveis em embutidos, produtos suínos frescos ou congelados. Como ocorre a transmissão? 1. Oronasal: replicação dos linfonodos regionais, tonsilas, medula óssea e tecidos linfóides fazendo viremia. Em seguida, vai para vísceras dos animais 2. 2 a 14 dias aparecem os sinais clínicos e depende do tipo tipo viral e estado do animal, 3. Pode haver sinais subclínicos e baixo índice de produto ou pode haver conjuntivite, secreção ocular e hemorragias múltiplas em diversos órgãos e pode ir a óbito em 15 dias ou acaba ficando com uma infecção crônica. Infecção trasnplacentária depende da fase da gestação, pdoe gerar abortos ou atimortos, má formação fetais, letiões PI ou leitões saudáveis soropositivos. Sinais clínicos • Podem ter sinais subclínicos • Conjuntivite, secreção ou leucopenia, febre e prostração. • Hemorragias em diversos órgãos • Geralmente óbito • Podem ficar cronicamente infectados: perda de peso, perda reprodutiva, perda no crescimento, infecção secundária e nascimento de animais PI. Diagnóstico Sinais clinicos pouco especóficos, ocorrência de abortos e natimortos. • Isolamento em cultivo celular seguido de IFA direta • ELISA direto e indireto • Soroneutralização • PCR e RT-PCR - amostras: secreção nasal ocular, fetos abortados, tecidos de necropsia, sangue. Controle • Evitar proximidade com suínos silvestres - fazer cercas. • Não usar restos de comidas na alimentação dos suínos. • Trabalhadores devem trocar de roupa ao entrarem e saírem da propriedade. • Restrição da movimentação animal nas áreas de risco. • Animais infectados - eutanásia ou querentena • Interdição da propriedade, proibido trânsito de veículos e subprodutos suínos na propriedade. • Controle com vacinação. ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… …………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….………………………………………………….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… …………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… ….………………………………………………….……………………………………………… Retroviroses • A família possui diversos vírus que infectam praticamente todos os vertebrados. • É um vírus RNA fita simples linear e envelopado • Necessitam de transcriptase reversa A enzima transcriptase reversa- sintetiza DNA a partir da transcrição do genoma viral (transcrição reversa). O ciclo reprodutivo dos retrovírus envolve também uma etapa de integração da Cópia DNA do seu ácido nucleico no genoma da célula hospedeira - indução de tumores e infecção persistente. Replicação (citoplasma ou núcleo) 1. Funciona na célula hospedeira 2. Transcriptase reversa 3. Formação do pró-vírus que se insere no genoma da própria célula hospedeira 4. Podem ficar em latência ou se replicando - sai por brotamento. Alpharetrovirus - vírus da leucose aviária ……………... • Displasia e neoplasia do sistema hematopoiéticos de aves, alta morbidade Transmissão Vertical; infecta progênie através do ovo infectado Horizontal: contato direto entre as aves - Sangue, saliva, secreções respiratórias, semesn e fezes Insetos: transmissão mecânica Sinais clínicos: • Inicialmente sinais inespecíficos • Posteriormente: Fraqueza, hiporexia, anemia, tumores na bursa de fabricius fígado baço e outros.. Diagnóstico Necrópsia: fazer diferencial com a doença de marek Isolamento viral em ovos embrionados ou cultivo celular ELISA direto IFA direta PCR Profilaxia • Evitar transmissão horizontal • Escolha de linhagens resistentes Gammaretrovirus - vírus da leucemia felina ……………. Vírus da leucemia felina (FeLV) • Sobrevivem pouco tempo no ambiente. Felv - A: transmissão do vírus entre animais - Pode causar linfomas (células T), mas geralmente promove lesões moderadas na ausência de outros subgrupos. Felv - B: Associado a linfomas Felv - C: causa anemia aplástica - não é transmitida entre gatos Felv - T: associado com a imunossupressão Linfoma: inserção do genoma da FeLV próximo ao oncogene celular > ativação do gene. Epidemiologia • Sintomáticos: sobrevida de 2 anos • A transmissão se dá através de saliva, urina e fezes do animal infectado, portanto, dividir a mesma tigela de água/comida é suficiente para infectar um gato sadio. + Transmissão pelo parto ou leite Patogenia e manifestações clínicas Mais da metade dos casos não desenvolvem sintomas Sintomas: Perda de peso, desnutrição, secreção nasal e ocular excessiva, diarréia persistente, imunodeficiência, anemia e tumores. 1. O vírus penetra pela faringe, onde infecta os linfócitos B e macrófagos. 2. Replicação nos linfonodos - viremia 3. Destruição dos linfócitos B (imunodeficiência) Pode haver presença dos vírus nas mucosas, glândulas salivares e no revestimento do órgão. A fase terminal, ocorre quando a doença atinge a medula óssea, infectando os precursores das células sanguíneas e evoluindo para o óbito. - Infecção abortiva: viremia indetectável e desenvolvimento de anticorpos - Infecção regressiva: viremia transitória, infecção latente. Pode haver reativação. - Infecção progressiva: viremia persistente Diagnóstico FIV / FeLV • PCR e qPCR • Imunocromatografia - FIV: procura anticorpo - FeLV: procura antígeno • DOT - Elisa - FIV: procura anticorpo - FeLV: procura antígeno Profilaxia • Castração • Quarentena • Separar animais positivos de negativos • Cuidado ao adotar e com transfusões • Vacinar • Manter animais domiciliados Deltaretrovirus - vírus da leucose bovina ……êe………... • Menor taxa de mutação - baixa variação antigênica • Infecção natural em: bovinos, zebuínos, búfalos e capivaras • Faz parte da lista de doenças da organização mundial de sanidade animal - OIE- comércio de animais entre países. • Vírus envelopado - infecta linfócitos B • Período pré-patente longo (anos) - assintomático Transmissão • Contato direto entre animais e fômites • Colostro e leite • Iatrogênico • Picada de inseto - tabanídeos? Para evitar a possibilidade da transmissão através do colostro preconiza-se o aquecimento desta secreção láctea a 56ºC por 30 minutos ou a utilização de um banco de colostro proveniente de vacas negativas conservado a -20ºC. - A pasteurização inativa o vírus Sinais clínicos • Assintomático ou apenas linfocitose persistente • Geralmente bovinos entre 2-8 anos de idade • Leucose: tumores de origem linfóide em linfonodos regionais e diversos órgão - sinais clínicos referentes ao órgão afetado e linfadenopatia - evolução para óbito, • Prostração, apatia e febre • Hiporexia, perda de peso • Agalactia Diagnóstico Pode haver animais Portadores ou doentes • Necrópsia, PCR, ELISA direto, Imunodifusão em ágar para pesquisa de anticorpo Obs: avaliar a imunidade passiva (Ac maternos). Profilaxia • Identificação de animais positivos - Manter separados ou abate • Sorologia de animais que serão introduzidos • Bezerros nascidos de mães positivas devem ser isolados e testados. • Não reutilizar equipamentos para evitar a transmissão iatrogênica • Controle de insetos. Lentivirus ……………...……………...……………...……………...……………... Anemia infecciosa equina (AIE) • Período Pré-patente bastante variável • Envelopado • Resistência às condições ambientais: alta • É mais frequente em terrenos baixos e mal drenados em regiões quentes e úmidas com grande quantidade de insetos. • Doença com evolução aguda ou, mais comumente, crônica onde ocorre destruição maciça das hemácias • Doença de notificação compulsória Via de transmissão; Contato direto: suor, sangue, leite, semen Contato indireto: insetos hematófagos, fômites com sangue. Via transplacentária - Via de eliminação: sangue - Vetores da doença: mosca dos estábulos, tabanídeos, borrachudos e mosquitos - Fontes de infecção: animais doentes e subclínicos Selas, arreios e outros equipamentos também podem transmitir o vírus especialmente se houver escarificações na pele do animal. Sinais clínicos • Assintomático ou subclínico • Infecção persistente - portadores pelo resto da vida • Febre, letargia, e petéquias • Anemia - hemólise • Trombocitopenia: liberação de TNF- a - Forma aguda/subaguda: anemia grave e morte - Forma crônica: recuperação e recidivas dependendo da viremia. - Forma subclínica: portador, sem sinais clínicos aparente Curso clínico variável depende da susceptibilidade do equino, dose infectante e virulência da cepa. Diagnóstico Laboratorial - Sorologia: imunodifusão em gel de Ágar - IDGA ou teste de coggins (detecção da proteína p26). - Isolamento viral: plasma/papa de leucócitos durante episódios febris - ELISA, IFA, inibição da hemaglutinação e PCR/RT- PCR Post mortem: necropsia: icterícia generalizada, pulmões e coração com áreas hemorrágicas; hepato e esplenomegalia; hemorragias petequiais na base da língua. Profilaxia • Restrição do trânsito e comércio de equinos positivos. • Equinos que forem participar de algum evento devem ser testados • Combate aos vetores • Agulhas estéreis e não compartilhadas • Isolamento dos animais positivos • No brasil há a recomendação de eeutanásia Vírus da imunodeficiência felina (FIV) Transmissão: mordida arranhões e pode ser também através de saliva, água/comida, caixinha de areia, espirros (não é comum). Patogenia • Período de incubação: de 4 a 6 semanas após o contágio • Animais jovens ou imunocompetente • Com o passar do tempo compromete o sistema imune podendo causar infecções crônicas. Manifestações clínicas Secreção nasal, ocular. Prion • Não é virus, é uma partícula de proteína com propriedade infectantes -> são modificações de proteínas normais do corpo • Causa encefalopatia espongiforme transmissível > notificação obrigatória. • Não possui material genético • Não existem mecanismos imunológico capazes de neutralizar essa partícula infectante Príon: proteína presente no cérebro codificadanormalmente pelo genoma do animal - alterações dessa codificação ou contato com a proteína infectante leva à doenças por alteração conformacional para prion infectante. - PrP alterada - denominada PrPsc > resultado de uma alteração de conformação da partícula de proteína normal codificada do hospedeiro Transmissão • Simultaneamente hereditárias e transmissíveis. • Humano - Iatrogênico - material de neurocirurgia contaminado, eletrodos, transplante de córnea, hormônio GH óbito de hipófise de cadáveres. • Ingestão de produtos ou subprodutos de carne contaminada - principalmente tecido nervoso. Não há evidência de transmissão aerossóis, mas por precaução deve-se usar os EPIs. EET descritas • Encefalopatia espongiforme bovino (BSE) - doença da Vaca Louca • Scrapie em ovinos (séc XVIII) • Encefalopatia espongiforme felina (FSE) • Doença desgastes crônico - Cervídeos • A infecção predomina no SNC e não causa reação inflamatória - Depósito extra e intracelulares de uma proteína anormal e a presença de pequenos vacúolos na substância cinzenta, além de astrogliose e perda neuronal -> aspecto de esponja • A infecção pode ser transmitida a outros animais ou entre seres humanos, principalmente quando o material infectante é de origem encefálica. • Existe alguma barreira interespécies, pois a transmissão entre animais de espécies diferentes pode ser mal sucedida e se manifesta por período de incubação mais longo que entre indivíduos da mesma espécie. Sinais clínicos • Neurológicos: ataxia, alterações cerebrais, alterações comportamentais, salivação, parestesias, desordens de movimento • Evolução geralmente lenta • Fatal A importância do diagnóstico é epidemiológica e avaliar os motivos da doença no animal. Diagnóstico Somente histopatologia do encéfalo Resistente aos color, formol, enzimas nucleares, não perde a infectividade quando são aplicados aos procedimentos de radiação ionizante e ultravioleta - Eles são inativados por meio do hidróxido de sódio na concentração de 1N, do cloridrato ou isocianato de guanidínio a 4.0 M, do hipoclorito de sódio acima de 2% e da autoclave a vapor de 132ºC durante quatro horas e meia ou incinerados. Controle: • Nunca oferecer subprodutos de carne para bovinos e ovinos - não é mais permitido nas rações desses animais • Ovinos - não permitir a ingestão de placenta e fluidos contaminados • Alimentação de animais e humanos com carne contaminada é a principal forma de transmissão. Considerações ● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação. ● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens. ● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com o instagram por favor. ● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos e o valor da mesma é apenas pelos conteúdos digitados. ● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário estudar o conteúdo dado em sua graduação também.