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Imunologia
Veterinária
larivet.resumos
Sumário
● Órgãos linfóides secundários …………………………………………………………………..
● Imunidade INATA ………………………………………………...………………………………
● Sistema complemento …………………………….…………….………………………………
● Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) e o papel das células apresentadoras
de antígenos (APCs) ……………………………………..……………………………...…………
● Resposta imune humoral ………………………………………………………………….……
● Anticorpos …………………………………………………………………………………………
● Reações de hipersensibilidade …………………………………………………………………
● Promoção da imunidade ……………………………..…………………………………………
● Imunidade contra parasitos e vírus …………………………………………………………..
● Imunidade contra bactérias e fungos ………………………………………………………
● Imunologia e bem estar animal ………………………………………………………………
Introdução à imunologia
Imunologia: estuda os eventos celulares e moleculares
que ocorrem em resposta a presença de
microorganismos e macromoléculas estranhas
Sistema imune: é composto por células e moléculas
responsáveis pela imunidade - função fisiológica é a
proteção.
Conceitos
● Eugenia: conhecimento do próprio sistema imune
desenvolveu para identificar o próprio e reconhecer o
não próprio
● Apoptose: eliminação natural das células saudáveis
que não se ajustaram ao organismo
● Necrose: morte celular abrupta causada por um
agente deletério, onde as células se organizam e se
rompem.
Tríade das doenças infecciosas
Deve haver o equilíbrio, e algum desses tópicos em
desequilíbrio abre porta para uma doença.
●Patógenos: são divididos em números finitos de tipos
(bactérias, fungos, parasitas e vírus). É um
microorganismo capaz de causar uma infecção, e o
potencial patógeno é um agente oportunista.
Ele pode ser de vida livre, intracelular facultativo e
intracelular obrigatório.
● Virulência: soma de características que vai dar ao
agente infeccioso uma vantagem na batalha com seus
hospedeiros. - O microorganismo mais virulento não
causará doença se não tiver acesso a um hospedeiro
suscetível.
● Ambiente: A ligação entre agente infeccioso e o
hospedeiro final é o ambiente. A transferência para um
novo hospedeiro requer uma porta de entrada. Ex:
aerossol, secreções intestinais, contato sexual, contato
direto, picada de artrópodes.
●Hospedeiro infectado: toda vez que têm um
indivíduo infectado, a resposta do hospedeiro é um
processo inflamatório(alteração anormal de tecidos
ou órgãos causada por dano ou destruição do tecido,
tendo componentes imunológicos e não
imunológicos).
O melhor exemplo de uma resposta inespecífica eficaz
é o sistema complemento que é uma cascata de
enzimas que no fim resulta na produção de alguns
componentes (C7-8-7) - complexo de ataque a
membrana.
Tipos de inflamação:
1. Inflamação aguda supurativa (neutrófilo e
macrófagos)
2. Inflamação granulomatosa (células gigantes,
necrose caseosa)
3. Inflamação linfo-histiocítica (linfócitos e
macrófagos)
4. Inflamação atópica (basófilos, eosinófilos e
mastócitos).
Resposta inata
É a mais primitiva, resposta imediata contra
microrganismos invasores. É um tipo de defesa
inespecífica, elas que ativam as defesas adaptativas.
- Defesa não celulares inatas: muco, bile,
lágrima, urina, lisozimas, sistema
complemento, proteína C reativa, citocinas
(il-1), resposta febril produzida por marófagos.
A defesa celular inata ocorre pelos macrófagos e
monocitos, sistema reticuloendotelial (fígado, baço
e medula), neutrófilos e células NK.
Resposta adaptativa
●É a mais especializada
●Reposta tardía contra microorganismos invasores
●É um tipo de defesas específica
●Baseada na produção de imunoglobulinas
(anticorpos)
As defesas adaptativas podem ser humoral e celular.
A humoral vai ser mediada pelo linfócito B
(plasmócito) e a celular mediada pelo linfócito T
(TCD4 - produção de citocinas e TCD8 - célula T killer).
ÓrgÃos linfóides
Linfócito
Centro da imunidade adaptativa e das defesas do
organismo, eles são capazes de reconhecer e
responder a antígenos estranhos.
●São semelhantes entre si morfologicamente.
●Tais moléculas são classificadas pelo sistema de
grupamento de diferenciação (CD) - imunofenótipo.
●Tem receptores para citocinas, são produtores de
imunoglobulinas e atum no sistema complemento
● Únicas para cada espécie.
●São produzidos na medula óssea e maturados no
timo.
3 tipos principais de linfócitos
1. Célula natural killer - minudadeinata
2. Linfócitos T - regulação da imunidade
adaptativa e imunidade celular.
3. Linfócito B - produção dos anticorpos
Produção de linfócitos
Na vida fetal sua fonte ´´e no saco vitelínico e fígado e
na vida adulta é na medula óssea.
●órgãos linfóides primários (desenvolvimento de
linfócitos): timo, bursa de fabricius, placas de peyer e
medula óssea.
órgãos linfóides secundários (resposta a
antígenos): tonsilas, baço, linfonodos, placas de peyer
e medula óssea.
No timo há uma atração de linfócitos T e na bursa
de fabricius, linfócito B
Medula óssea
● É um órgão hematopoiético que contém as células
tronco responsáveis por dar origem de todas as
células sanguíneas, incluindo os linfócitos.
●Atua como órgão linfóide primária (local em que os
linfócitos recém-produzidos podem amadurecer).
●Assim como baço, fígado e linfonodos, a medula
óssea também é um órgão linfóide secundário,
possuindo muitas células dendríticas e macrofagos,
removendo substâncias estranhas da corrente
sanguínea.
●Apresenta um grande número de células produtoras
de anticorpos - principal fonte dessas proteínas.
● Devido a essas inúmeras funções, a medula óssea é
dividida em dois compartimentos, um hematopoético
e outro vascular. Esses compartimentos se alternam,
como faias de um bolo, em áreas em forma de cunha
no interior dos ossos longos.
- O compartimento hematopoiético contém
as células-tronco que vão dar origem às
células sanguíneas, como macrófagos,
células dendríticas e linfocitos, sendo
circundado por uma camada de célula
adventícias.
- O compartimento vascular, principal local em
que os antígenos são capturados, consiste em
seios sanguíneos revestidos por células
endoteliais e atravessados por células
reticulares e macrófagos.
Timo
O timo localiza-se na cavidade torácica, estando a
frente, porém um pouco abaixo do coração
● Em equinos, bovinos, ovinos. suínos e galinhas eles se
esem do pescoço até a tireoide
● O tamanho varia, apresentando maior tamanho no
animal recém nascido e reduz o tamanho na
puberdade. Em animais adultos é muito pequeno e
difícil visualização
Estrutura: cada lóbulo é dividido em um córtex rico
em linfócitos, de coloração mais escura com uma
medula mais clara composta principalmente por
células epiteliais.
Funções: as células precursoras dos linfócitos T
originam-se na medula óssea e depois migram para o
timo. No timo, as células multiplicam-se rapidamente.
Das novas células formadas, a maioria é destruída
por apoptose, enquanto o restante permanece no
órgão por quatro a cinco dias antes de saírem para
colonizarem os órgãos linfóides secundários.
Os linfócitos T que entram no timo tem duas funções
consideradas conflitantes: essas células precisam
reconhecer antígenos estranhos, mas ao mesmo
tempo não podem responder exageradamente aos
constituintes normais do organismo (auto
antígenos)
Existe um processo de seleção em dois estágios na
região medular do timo que confere essa habilidade.
Processo de seleção do timo: Ocorre em dois
estágios na região medular do timo. Os timócitos que
possuem receptores capazes de se ligar fortemente
a autoantígenos e, dessa forma, causar doenças
autoimunes são eliminados por apoptose. E, os
timócitos que possuem receptores incapazes de se
ligar a moléculas do complexo principal de
histocompatibilidade (MHC) de classe II, sendo
incapazes de responder a qualquer antígeno
processado, também são destruídos.
- Esta é a fase da seleção negativa.
Por outro lado, as células que não foram eliminadas
pela seleção negativa são estimuladas a se
desenvolverem um processo denominado de seleção
positiva. Por fim, algumas dessas células saem do
timo como linfócito T maduros, circulampela corrente
sanguínea e colonizam os órgãos linfóides
secundários.
Bursa de fabricius
●Órgão encontrado somente nas aves, é uma bolsa
arredondada localizada acima dacloaca.
●Por diminuir na medida que a ave envelhece é de
identificação extremamente difícil em aves mais
velhas.
Estrutura: apresenta linfócitos rodeados por tecido
epitelial que forma uma bolsa que se conecta à cloaca
por meio de um ducto. No interior dessa bolsa, dobras
no epitélio projetam-se em direção ao lúmen e massas
arredondadas de linfócitos, denominadas folículos
linfóides, estão espalhadas por todas essas dobras.
Cada folículo é dividido em córtex e medular. No
córtex localizam-se os linfócitos e plasmócitos e
macrofagos.
Na junção córtico-medular existe uma membrana
basal com uma rede de capilares cujo interior estão
localizadas as células epiteliais e essas células são
substituídas por linfoblastos e linfócitos no centro
do folículo.
Células dendríticas neuroendócrinas especializadas
com funções ainda desconhecidas circundam cada
folículo
Órgão linfóide ́ primário que funciona como um local
para maturação e a diferenciação das células que
compõem o sistema produtor de anticorpos. Assim,
os linfócitos que se originam na bursa são
denominados de linfócitos B.
As células imaturas produzidas na medula migram em
direção à bursa e elas multiplicam-se rapidamente,
mas cerca de 90% são eliminadas por apoptose no
processo de seleção negativa dos linfócitos B
autorreativos. Quando o processo de maturação
acaba, os linfócitos B sobreviventes se deslocam para
os órgãos linfóides secundários.
Placas de peyer
São órgãos linfóides localizados na parede do ID, sua
estrutura e função variam entre as espécies. Em
ruminantes, suínos, equinos , caninos e humanos são
encontradas na região do íleo.
Apresentam folículos linfáticos, cada um circundado
por uma bainha de tecido conjuntivo e tem apenas
linfócitos B.
Nas espécies mamíferos do grupo I, o comportamento
da PPS do ílio assemelha-se ao da bursa das aves.
Assim, no íleo são locais de proliferação de linfócito
B, embora a maioria dessas células sofrem apoptose
e as restantes sejam liberadas para a circulação
sanguínea.
Caso essas PPs sejam cirurgicamente removidas, os
cordeiros se tornam eficientes em linfócitos B e
não produzem anticorpos
órgãos linfóides secundários
Ass células do sistema imune devem ser capazes de
responder uma grande diversidade de patógenos que
um animal eventualmente possa encontrar. É
especialmente importante que linfócitos antígenos
específicos sejam capazes de encontrar seus
antígenos.
●Esses órgãos aumentam de tamanho quando tem
uma respostas a um estímulo antigênico.
● A retirada cirúrgica não causa redução significativa
da capacidade imune.
Exemplos: baço, linfonodos, tonsilas e outros tecidos
linfóides presentes nos tratos intestinal, respiratório e
urogenital.
Esses órgãos apresentam células dentríticas que
capturam e processam os antígenos, e linfócitos
responsáveis por mediar as respostas imunes.
Dessa forma, a estrutura anatômica desses órgãos
facilita a captura dos antígenos e assegura uma
oportunidade para que os antígenos processados
sejam apresentados aos linfócitos.
Os órgãos linfóides secundários estão conectados
tanto à circulação sanguínea quanto à linfática,
permitindo que possam continuar militar os antígenos
circulantes.
Linfonodos
São filtros arredondados posicionados no sistema
linfático para que interceptam os antígenos presentes
na linfa.
Rede radicular repleta de linfócitos, macrófagos e
células dentríticas pelo qual penetram seios linfáticos.
Assim, atuam como filtros para o fluido linfático. A
parte interior do linfonodo está dividido em córtex,
medula e uma região intermediária pouco definida,
chamada de paracórtex
Córtex: Predominância dos linfócitos B dispostos em
agregados que recebem o nome de folículos.
Nos linfonodos ativos por antígenos, algumas dessas
células podem ser epaner para formar focos de celular
em multiplicação
Paracortex: Predominam linfócitos T e células
dentríticas, que formam cordão entre os seios. No
centro de cada cordão paracortical, esta uma vênula
de endotélio alto (HEV)
Esses vasos são revestidos com células endoteliais
altas e arredondadas, muito diferentes do epitélio
achatado encontrado em outros vasos sanguíneos.
Medula: Contém seios de drenagem linfática
separados por cordões medulares contendo muitos
plasmocitos, macrofagos e linfocitos t de
memoria..
Função: facilitar a interação entre as células
apresentadoras de antígenos e as células sensíveis a
antígenos (linfócitos B e T). Essas células geralmente
percorrem distâncias até seu contato preciso.
Uma complexa mistura de pequenas proteínas
(produzidas por macrofagos), as quimiocinas,
orientam essas células.
Circulação dos linfócitos:
Baço
Filtram os antígenos da linfa.
● Considerado um linfonodo especializado nos
antígenos de origem sanguínea.
●O processo de filtração remove tanto partículas
antigênicas quanto microorganismos de origem
sanguínea, debris celulares e hemácias envelhecidas.
● Essa função filtrante associada ao tecido linfático
altamente organizado faz do baço um importante
órgão no sistema imune.
Além da função imunológica, ele armazena
hemácias e plaquetas, recicla ferro e responde
pela produção das hemácias durante a vida fetal.
Assim, apresenta dua formas de tecido: polpa
vermelha e polpa branca
Vermelha: processo de filtração do sangue e acúmulo
de hemácias. Contém grande número de células
apresentadoras de antígeno, linfócitos e plasmócitos.
Branca: rica em linfócito B e T e local onde ocorre as
respostas imunes no baço
Função: os antígenos inoculados por via intravenosa
são capturados pelo baço, dependendo da espécie,
são capturados pelas células dendríticas localizados
em áreas especificadas dentro do baço
Essas células dentridicas e os macrofagos carreiam o
antígeno até os folículos primárias da polpa branca.
Essas células colonizam a zona marginal e se
deslocam para a polpa vermelha. Esses anticorpos
produzidos pelas células rapidamente atingem a
corrente sanguínea.
No trato intestinal forma a maior concentração de
linfócitos no corpo, mas na medula também com
grandes números de linfócitos. Caso um antígeno
seja inoculado por via intravenosa, boa parte será
capturada pelo fígado, baço e medula óssea.
Durante a resposta imune primária, os anticorpos são
predominantemente produzidos no baço. No final da
resposta, as células de memória saem do baço e
colonizam a medula.
Quando uma segunda dose de antígenos é dada, a
medula produz grande quantidade de anticorpos,
sendo a principal fonte nos roedores adultos.
Imunidade INATA
Mecanismos de defesa inicial contra infecções
Mecanismos efetores são usados também pela
imunidade adaptativa.
Características:
● Sempre presentes e prontas para eliminar os
microorganismos.
●Reconhecem e respondem somente a
microrganismos
●Podem ser desencadeados por células do
hospedeiro que estejam danificadas.
● Conferem uma resposta rápida e poderosa contra
microorganismos invasores.
Primeira linha de defesa (epitélios)
● Barreira física infecção
● Destruição de micróbios por anticorpos produzidos
localmente
● Destruição de micróbios e células infectadas pelos
linfócitos intra-epiteliais.
Segunda linha de defesa (células)
● Células natural killer
● Fazer a lise de células infectadas, células malignas ou
estressadas.
● Ativados por Il-2, Il- 12 e IFN- y.
Ação: Há um sistema de reconhecimento que
reconhece a célula (pois a mesma apresenta um
receptor específico) e leva a morte da célula lesionada.
O macorfago fagocita o microrganismo e produz a
int-12 que ativa a natural killer a produzir int- y, que por
sua vez, aumenta a fagocitose e a morte dos
microorganismos.
Ativação: tem um receptor-inibidor que reconhece as
células do organismo, as células normais do
organismo expressam um complexo MHC classe I. O
vírus inibe a expressão no MHC classe I e a célula não
reconhece o próprio e assim, se torna ativada e
produz citocinas para destruir essa célula.
Células dendríticas● Endocitose, processamento de apresentação de
antígenos.
●É encontrada como precursores em potenciais sítios
de infecção .
● Principal marcados: CD11 Chi (origem mielóide) e
CD11C low (origem plasmocitose)
Fagocitos macrofagos
Fagocitose, lise intracelular e extracelular, reparo de
tecido, apresentação de antígeno, ativação da
resposta imune específica.
●Núcleo característico e marcador de membrana CD14
Reconhecimento dos patógenos pelas células da
resposta imune inata
Macrogafos, mastocitos e células dentríticas
reconhecem estruturas que são compartilhadas por
classes de microorganismos (PAPAS- padrões
moleculares associadas ao patógenos) e que não
estão presentes nas células do hospedeiro. Os PAMPAS
são essenciais para a sobrevivência e infectividade dos
microrganismos.
Os receptores de reconhecimento padores na
superfície das células fagocitcas reconhecem padrões
moleculares associados a patógenos (PAMP) e são
ativados por eles.
PAMP: LPS, ácido lipoteóico, mananas, glicolipídeos ,
sequências CpG não metiladas no dna bacteriano e no
rna de filamento duplo vírus RNA.
O reconhecimento dos patógenos e a destruição
tecidual iniciam uma resposta inflamatória. A ligação
dos patogenos pelos macrofagos, além de ativá-los,
também ativam a resposta induzida da imunidade
inata e respostas levam eventualmente, à indução da
imunidade adaptativa.
Fagocitos neutrofilos
● Fagocitose, lise intracelular, inflamação e dano
tecidual.
● Grânulos com lisozima, colagenase e elastase.
● Núcleo característico, vivem cerca de 6 horas.
●Marcador de membrana CD66.
● Principal componente do pus.
Eventos na migração dos leucócitos para os locais
da infecção
Os leucócitos percorrem um caminho desde o lúmen
do vaso até o tecido intersticial seguindo uma
sequência de eventos, como: a adesão ao endotélio;
transmigração para dentro do endotélio (diapedese);
migração para o tecido intersticial através de
estímulos quimiotáticos.
O primeiro evento no recrutamento leucocitário é a
indução de moléculas de adesão na célula endotelial.
Mediadores como a histamina, trombina e PAF
estimulam a redistribuição da P-selectina de seu
estoque intracelular nos grânulos, para a superfície
celular. Enquanto isso, quimiocinas, produzidas no local
da injúria, entram nos vasos sanguíneos ligados à
proteoglicanas e ficam dispostas em altas
concentrações na superfície endotelial. Estas
quimiocinas agem ativando os leucócitos.
Na transmigração ou diapedese, as quimiocinas agem
permitindo a aderência de leucócitos e estimulando-as
a migrarem para os espaços interendoteliais, de
acordo com o gradiente de concentração química, que
é o local da injúria ou infecção. Certamente moléculas
homofílicas de adesão, presentes nas junções
intercelulares do endotélio, estão envolvidas na
migração de leucócitos.
Etapas da fagocitose
O micro-organismo ativa uma resposta do macrofago
que reconhece ele como antígeno estranho e por
invaginação forma o fagossomo.
O fagosssomo se funde com o lisossomo rico em
enzimas digestivas, ocorre a digestão dos patógenos e
os resíduos vão pro exterior da célula.
Ao mesmo tempo da digestão, os organismos
separam em partes para apresentar os linfócitos.
Enzimas presentes nos lisossomos: Oxidase
facocítica (superoxido e radicais livres), óxido nítrico,
proteases lisossomais
- Doença de granuomatos crônica: eficiência
da oxidase fagocitica, presença de
granulomas ao redor dos microbios.
Citocinas da imunidade inata
● Interleucinas: proteínas solúveis secretadas que
funcionam como mediadores de reações imunes. As
principais são a 1 (febre) e 12 (ativa as células NK).
● Macrogafos: princial fonte de citocinas na imunidade
inata,
ação autócrina (propria celular produz para se
auto estimular) X ação parácrina (produz para
atuar em outro microorganismo)
Inflamação
Reação do sistema imune inato nos tecidos
vascularizadas que envolve o recrutamento e
ativação de leucócitos e de proteínas plasmáticas no
local de infecção, exposição a toxinas ou lesão celular.
Processo iniciado por dano tecidual causado por
fatores endogenos e exogenos.
- endógenos: necrose tecidual e fratura óssea
- exógenos: mecânica (trauma) químico
(queimadura) e biológico (picada de inseto)
Objetivo da inflamação: oferecer células e moléculas
efetoras no sítio da infecção, proporcionar barreira
física para prevenir a propagação da infecção e
promover o reparo dos tecidos infectados.
células envolvidas na adesão fagocitária: lectinas
(presente no endotelio vascular), integrinas (presente
nos leucocitos CD11a, CD11b, LFA1), ICMs (superfamilia
das imunoglobulinas-endotélio vascular ICAM 1 e ICAM
2).
Quatro passos do extravasamento de leucócitos:
1. rolamento: ligação de lectinas do endotélio ao
receptor específico dos leucócitos.
2. ativação: quimiocinas se ligam a receptores
nos leucócitos e desencadeiam um sinal de
ativação
3. adesão: parada induzida pela mudança
conformacional das integrinas dos leucócitos
ligando-se firmemente às ICAMs.
4. migração: leucócitos atravessam o endotélio e
migram pelo tecido adjacente (diapedese).
Efeitos sistêmicos da inflamação
Papel da imunidade inata na resposta adaptativa
sistema complemento
O sistema complemento é o conjunto de
aproximadamente 30 proteínas plasmáticas que
podem ser ativadas através de uma reação em
cascata, isto é, cada componente ativado pode ativar
outro componente do sistema complementar.
As ptn são produzidas por heátocitos, monocitos,
macrofagos, células epiiteliais dos tratos
gastrointestinais e geniurinário
●Tem múltiplas funções tanto na imunidade inata ou
adquirida
● As proteínas do sistema complemento são
encontradas no soro normal.
O plasma contém fibrinogênio e o soro não
●Pode ser ativado por meio de três via diferentes:
são duas vias relacionadas a imunidade inata, a via
alternativa e via das lectinas e adaptativa, a via
clássica
●As vias inatas são ativadas pelo reconhecimento de
padrão molecular associada a patógenos (PAMPs)
microbianos
●A via clássica é ativada por anticorpos ligados aos
antígenos estranhos.
●Os componentes do sistema complemento,
especialmente C3b, liga-se covalentemente aos
microorganismos invasores e os opsonização
●Os componentes do sistema complemento podem
formar um complexo terminal proteico e abrir orifícios
nesses organismos complexos de ataques a
membrana.
●Estimula a inflamação pela liberação do potente
quimiotático C5a.
●As deficiências de alguns componentes do sistema
complemento levam ao aumento da susceptibilidade
à infecções.
O SC são um conjunto de ptn termolábeis presentes
no plasma que aumentavam a opsonização da
bactéria pelos anticorpos e permite estes matam a
bactéria. Daí o nome complemento (complemento à
atividade bacteriana do anticorpo)
Três vias de ativação do SC
Característica gerais
Nomenclatura das ptns: Letra C seguido do número.
Na via alternativa de ativação do C, os componentes
são denominados por letras, B,D e P.
- A medida que vai ocorrendo a ativação,
fragmentos são gerados, sendo que os
fragmentos maiores recebem denominação b
e os menores a, por exemplo C4B e C4a.
Ativação da via clássica
●C1: primeira ptn da via clássica e pra ela ser ativada
deve existir o anticorpo ligado ao antígeno
● IgG e igM são as classes de AC com maior
capacidade de fazer fixação do SC.
● igG4, igA, igE, e IgD não ativam o SC
Ativação da via alternativa
●Como acontece? Quando proteínas do sistema
complemento são ativadas nas superfícies dos
patógenos pelos PAMPs. Não depende de anticorpos
Tem 3 fatores para ativação
1- fator b: pré ativador de C3
2- fator D: enzima que existe no organismo na forma
ativada e cliva o fator b, formando Bb
3- properdina: é uma das ptns reguladoras da via
alternativa, sendo sua principal função estabilizar a
convertase.
Esses componentes ativam a via alternativa
através da ligação de uma ou mais moléculas de
c3b na sua superfície.
Ativação da via lectina
Os ativadores são resíduos terminais de manose
expressos por bactérias, fungos e leveduras
- ativada na ausência de anticorpos
- ativação:patógenos com resíduo de manose
liga-se a MBL. A MBL complexada com
proteases associadas a manose (MASPs), cliva
c4 e c2 para formar c4c2a (c3 convertase).
- A partir de c3: identifico a vida clássica
Funções do SC
1. Aumenta a fagocitose e promove
opsonização.
2. Potencializa a inflamação (c3a, c5a, c4a) - são
anafilatoxinas - faz a vasodilatação
3. Remoção de complexos imunes
Consequências biológicas da ativação do sistema
Complemento
●C2A aumento da permeabilidade vascular
●C3a e C5a libera mediadores de mastócitos,
eosinófilos, e basófilos, extravasamento e quimiotaxia
de leucócitos
● iC4b, C4a - opsonização
●C5b67 - quimiotaxia de leucócitos
● C3b - regulação imune, opsonização, neutralização
viral, solubilização e eliminação de complexos imunes.
Deficiência do sistema complemento
c1, c2 ou c4: aumento da susceptibilidade à doença
autoimune. Risco aumentado de infecções por
bacterias piogenicas
properdina, fator B ou D: Infecções piogênicas
C5b- C9: infecções recorrentes por Neisseria
Deficiência do fator H: Ativação descontrolada da via
alternativa: depleção de c3. - Síndrome hemolítica
urêmica.
C3: falha na função fagocitaria, falha na montagem de
uma resposta imune adaptativa normal, maior
susceptibilidade a infecções recorrentes.
Complexo principal de histocompatibilidade
(MHC) e o papel das células apresentadoras de
antígenos (APCs)
Apresentação e reconhecimento de antígenos
As células apresentadoras de antígenos usam
receptores denominados moléculas do complexo
principal de histocompatibilidade (mhc) para ligar a
apresentar os antígenos.
- Processamento e apresentação do antígeno
são processos que ocorrem no interior da
célula e que resultam na fragmentação de
proteínas (proteólise), associação dos
fragmentos com moléculas do MHC, e
expressão das moléculas "peptídeo-MHC" na
superfície onde elas poderão ser reconhecidas
pelo receptor de célula T na célula T.
Entretanto, a etapa que leva à associação de
fragmentos de proteína com moléculas de
MHC diferem no MHC classe I e classe II.
Moléculas de MHC classe I apresentam
produtos de degradação derivados de
proteínas intracelulares (endógenas) no citosol.
Moléculas de MHC classe II apresentam
fragmentos derivados de proteínas
extracelulares (exógenas) que estão
localizadas em um compartimento intracelular.
As moléculas de mhc são codificadas por genes
localizados no complexo principal de
histocompatibilidade.
As moléculas clássicas são altamente polimórficas, ou
seja, demonstram uma enorme gama de variações
estruturais hereditárias, o que permite que cada um
animal responda ao grupo diferente de antígenos.
Células apresentadoras de aníigenos: Macrófago,
células dentriticas e linfócitos T
As moléculas de MHC classe I são encontradas em
todas as células nucleadas. Sua função é apresentar
antígenos endógenos para os linfócitos T CD8+. Já o
de classe II, são encontradas nas células
apresentadores de antígenos profissionais, ou seja,
células dentriticas, macofagos e linfócitos B. Sua
função é apresentar antígenos exógenos para os
linfócitos T CD4+.
A região de classe III contém uma mistura dos genes
que codificam componentes do sistema complemento.
Quais são as moléculas que podem desencadear uma
resposta imune específica?
A resposta imune inata é desencadeada pela
reconhecimento de pamps
Com isso há o desenvolvimento de uma resposta
inflamatoria , com mobilização de celulas agociticas
Embora proteja o organismo nem sempre garante a
resistência à infecção.
O reconhecimento de outras moléculas estranhas, que
não PAMPS, poderia promover uma resposta imune
mais potente.
Uma resposta de defesa ideal deveria aprender com a
experiência e, após de um determinado tempo,
desenvolver procedimentos mais eficientes de
combate a invasões subsequentes - anticorpos de
memória
Essa resposta adaptativa é a função do sistema imune
adquirido.
Imunógeno: agente capaz de induzir resposta
imunológica
Antígeno: agente capaz de se ligar especificamente a
componentes da resposta imunológica.
Todo antígeno é capaz de induzir uma resposta imune
adaptativa?
Fatores que afetam a imunogenicidade de um
antígeno: Estranheza - “self” / “non-self”, Tamanho
(quanto maior a molécula), maior ingenuidade,
complexo estrutural, estabilidade estrutural,
estabilidade química, dose; via de administração e
genética do hospedeiro
Haptenos: moléculas pequenas, incapazes de
estimular a imunogenicidade. Porém, quando ligadas a
moléculas maiores, como proteínas conseguem
desencadear a resposta imune
Epítopos ou determinantes antigênicos
Parte do antígeno reconhecida especificamente pelo
sistema imune
Uma mesma molécula possui vários epítopos
diferentes
- Lineares: reconhecidos mesmo quando há
desnaturação proteica
- Conformacionais
Como ocorre o reconhecimento desses antígenos
pelas células da resposta adaptativa?
Linfócito B - humoral
Reconhecimento de antígenos nativos através de
moléculas de imunoglobulinas na superfície da célula
B
- Epitopos lineares e conformacionais
Linfócitos T- Celular
Reconhecimento de antígenos degradados
apresentados pelas proteínas de classe do MHC
presentes na superfície celular
- Epitopos lineares
Ao contrário dos anticorpos ou receptores de
celular B, os receptores de células T somente
reconhecem o antígeno que for processado e
apresentado pelo compõem e a
histocompatibilidade principal.
Objetivo da faogcitose
Destruir os antigos através das enzimas hidrolíticas e
compostos tóxicos. Ao apresentar o Ag e apresentá-lo
ao LTH a fim de induzir a resposta aferida.
Funções das células apresentadoras de antígenos:
●Endocitar antígenos
●Fragments ro antígenos em pequenos peptídeos
●Ligar os péptidos ao MHC
●Ativar os linfócito virgens
Moléculas de MHC clase I
se divide em:
- Classe la - polimórficas
- Classe I - não polimórficas
1. classe lb, lc, ld
2.
Moléculas de MHC clase II
Duas cadeias: alfa e beta
Aspectos o MHC
● As moléculas de mhc são ligadas a membrana
celular
● O reconhecimento pelos LT requer um contato
célula- célula
● Peptídeos do citosol associaram-se a MHC Classe I e
são reconhecidos pelos Lt citotóxicos
● Peptídeos de vesículas associam a MHC classe II e
são reconhecidos pelo LT helper
●Um peptídeo deve estar associado ao mhc do
indivíduo pois no contrário, a resposta imune não vai
ocorrer.
●Linfócitos T maduros devem ter um receptor que vai
reconhecer o peptídeo associado ao MHC.
●Cada molécula de MHC tem somente um sítio ligante,
assim diferentes peptídeo podem se ligar a uma
mesma molécula de mhc, porém somente uma vez
(ligações degenerado)
Moléculas de MHC e doenças
Os alelos do MHC determinam a susceptibilidade a
doenças infecciosas e autoimunes
- deficiências das moléculas do MHC levam a
maior susceptibilidade a infecções.
- A variabilidade genética aumenta a gama de
Ag reconhecidos.
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Resposta imune humoral
Hospedeiro infectado- Resposta adaptativa
- É mais especializada
- Resposta tardía contra microorganismos invasores
- É um tipo de defesa específica
- Baseada na produção de imunoglobulinas
Visão geral da imunidade adaptativa
1. Células dendríticas processam o antígeno e
apresentam esse antígeno aos linfócitos T (ou
T helper) auxiliares nos linfonodos
2. Linfócitos T auxiliares irão lberaritocinas que
tornaram efetores linfócitosnaive B ou T
3. Plasmócitos (linfócitos B ativados) ou linfócitos
T citotóxicos irão responder à infecção
produzindo anticorpos ou indo até a célula
infectada e a destruindo junto com o invasor.
Defesas adaptativas celulares (humoral e celular)
●Humoral: mediada pelo linfócito B
●Celular: linfócito T
●TCD4 - produção de citocinas
●TCD8- célula T killer
Antígeno
Substância que evoca a formação de anticorpos em
um animal que é imunizado com esse antígeno
específico.
Determinantes antigênicos ou epítopos: são
estruturas moleculares que são imunogênicos e que
são reconhecidas pelos anticorpos.
Imunoglobulinas
Moléculas produzidas pelo linfócito B que possui
especificidade única.
Estrutura básica do anticorpo
- Composto por quatro cadeias polipeptídicas
- Dois sítios de ligação do antígeno
- Cadeias unidas por pontes de sulfetos
- Duas cadeias: leves e pesadas
- Cada cadeia tem um domínio e ele é variável e
um constante.
Produção: Pelos linfócitos B, inicialmente ele se
transforma em plasmócito e depois em linfócitos B de
memória
Tipos de imunoglobulinas
São divididas em 5 classes: IgM, igG, IgA, IgE, IgD
- IgG1: principal igg do soro - ativa o
complemento
- IgG2: resposta a antígenos polissacarídeos
- IgG3: resposta secundária, neutralização viral
IgG ………………………………………………………………………………….
Mais comum, sugere de 4 a 6 semanas de exposição,
transplacentária
Aumenta em: infecções granulomatosas crônicas,
infecções de todos os tipos, hiperimunização, doenças
hepáticas, disproteinemia e outros...
Diminui em: agamaglobulinemia, aplasia linfóide,
deficiência seletiva de IgG, IgA, mieloma de IgA,
proteinemia de bence jones, leucemia linfocítica
crônica
IgM ……………………………………………………………………………...
Primeira imunoglobulina produzida pelo feto, primeira
imunoglobulina que aparece após a imunização ou
infecção.
É composta por 5 monômeros
IgA ……………………………………………………………………………...
Encontrada nas superfícies de mucosas e secreções
extracelulares (imunoglobulinas de porta de entrada).
IgE …………………………………………………………………………….
Ativa síntese de mediadores peptídicos da
hipersensibilidade
Ativa a degranulação dos mastócitos e basófilos
Presentes em
IgD ……………………………………………………………………………..
Presente em pequenas quantidades o soro, está
presente na superfície dos linfócitos B imaturos como
receptor de antígeno
Aumenta em: infecções crônicas, mielomas de IgD.
Anticorpos monoclonais
●Os antígenos são um mosaico de determinantes
antigênicos
●Anti-soro policlonal
●Anticorpos monoclonais são anticorpos altamente
específicos, preparados de um único clone de linfócitos
purificados que atua contra um epítopo específico.
Produção:
1. seleção do antígeno
2. Imunização do animal
3. Fusão de linfócito esplênicos com células de
mieloma (célula cancerosa que se multiplica)
4. Formação de híbridos produtos de anticorpos
5. Clonagem de híbrido mais isolados desejados
6. Triagem de anticorpos através de técnicas
seletivas
7. Produção em massa dos anticorpos
desejados.
Interações Ag- Ac
O anticorpo reconhece a estrutura bacteriana e faz a
ligação antígeno- anticorpo (nesta ligação pode ter
ligação não covalente e reversíveis)
Características das interações Ag- Ac:
- Afinidade: força de interação entre um único
sítio de ligação Ag- Ac (em um único epítopo).
- Avidez: força de interação total entre o Ac e
Ag, é a soma das afinidades de todos epítopos
envolvidos.
- Especificidade: Habilidade de reconhecer
- Reação cruzada: dois antígenos diferentes
apresentam epítopos estruturalmente
semelhantes ou Ac específicos para um
epítopo se liga a um epítopo não relacionada,
mas , com propriedades químicas similares.
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AA
Linfócitos
●Encontrado em órgãos linfóides, no sangue
espalhados sob as superfícies mucosas
●Podem ser identificados por suas moléculas de
superfície, característica e comportamento
●Diversas subpopulações pode ser identificadas pela
análise de seu fenótipo
Tipos de linfócitos
Receptores celulares CD (grupamentos de
diferenciação)
● Linfócitos T
- T citotóxicos (CD8+)
- Th1: estimula a resposta citotóxicas
- Th2: estimula a resposta humoral - produtora
de anticorpos
- Th17 : regulam a inflamação
- Tregulador : regulação negativa
● Linfócitos B
● Células NK
Linfócito B - neutralização, fagocitose, ativação do
sistema complemento > humoral
Linfoco T auxiliar - ativação dos macrfagos,
infalamção, atiação dos linfócitos B e T > celular
Linfócito T citotóxicos - destruição da célula infectada
> celular
Linfócito t regulador - supressão da resposta
imunológica > celular
célula assassinas naturais - destruição da célula
infectada > inata
Expansão clonal
1. Os clones de linfócitos amadurecem nos
órgãos linfóides na ausência de antígenos
2. Os clones maduros específicos para diversos
antígenos entram nos tecidos linfóides
3. Os clones específicos para determinado
antígeno são ativados pelo antígenos
4. Ocorrem respostas imunológicas específicas
para o antígeno
A seleção positiva e negativa dos linfócitos na
maturação evita a autoimunidade.
A seleção positiva tem baixa afinidade com antígeno
próprio e a seleção negativa, alta afinidade com o
antígeno próprio.
Ativação dos linfócitos
1. entrada de agentes infecciosos
2. célula apresentadora de antígeno
3. captação de antígenos no tecido pela linfa
4. ativação de linfócitos e início das respostas
imunes adaptativas
5. migração de células efetoras e transporte de
anticorpos através do sangue para o sítio da
infecção.
Tipos de resposta humoral
● T dependente: resposta a ag proteicos, depende do
linfócito T auxiliar.
● T independente: resta a ag polissacarídeos, lipídios
e outro ag não proteicos, não há envolvimento com o
linfócito auxiliar *não se ligam a moléculas do MHC)
Estimulação de anticorpos via Th
- Se liga a antígenos proteicos vía MHC II.
- Produz interleucina 4 para ativar o LB.
- Linfócito B apresenta antígeno e se liga por
CD28.
- Ig dos LB é um receptor de alta afinidade.
- LB se ligam a um antígeno protéico e todos
estão apresentados para o LT.
Estimulação via antígeno ( t independente)
- Só se lia a antígeno não proteicos
- Ligação de antígenos as igM e igD
transmembrana
- Não utiliza o mhc como ligação ao linfócito
- Realiza mudança de classe
- Faz maturação da afinidade
Apresentação do Ag pelos linfócitos B para células T
auxiliares
1. Reconhecimento da célula B do antígeno
protéico nativo
2. Endocitose do antígeno mediada por receptor
3. Processamento e apresentação do antígeno
4. Reconhecimento da célula T do antígeno.
peptídeo processado e dos co-estimuladores
Ativação dos linfócitos B mediadas por células T
auxiliares
Resposta imune celular
●Moléculas de reconhecimento sensibilizam a
membrana dos linfócitos T (pelas APC)
●Os linfócitos sensibilizados são efetores nos casos de:
- Hipersensibilidade do tipo tardia
- Rejeição de transplante
- Reação do transplante contra o receptor
- Resistência por parte dos tumores
- Imunidade contra inúmeros agentes
bacterianos e virais
- Certas doenças auto-imunes
- Nos fenômenos de citotoxidades
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Reações de hipersensibilidade
Resposta imune exagerada, que trazem danos ao
invés de benefícios ao hospedeiro. Classificados como :
I, II, II e 4. As 3 primeiras são mediadas por anticorpos e
a quarta é de base celular.
Tipo I …………………………………………………………………..
Reação de tipo imediata- alergia
● O antígeno é denominado alérgeno, e de modo geral,
não causa danos ao organismo.
● Principal fator desencadeante: genética
● Os sintomas dependem do sítio de contato
● Este tipo de reação ocorre quando o indivíduo tem
predisposição a formar IgE no lugar de IgG na
resposta secundária.
Desencadeada pela degradação de mastócitos,
liberação de histamina que leva as manifestações
clínicas da hipersensibilidade do tipo I. Altas
concentrações em pele e superfícies de membrana
mucosas.
1. Fase sensibilização: contato alérgico,
apresentação de Ag, indução de resposta,
produção de IgE, sensibilização dos
mastócitos,
2. Fase efetora: degranulação de mastócitos e
liberação de mediadores inflamatórios.
Ações dos mediadores inflamatórios
Histamina
- principal mediador pré-formado
- Liga-se a receptores presentes em diferentes
tipos celulares
- Atua sobre: células do músculo liso
(contração), células endoteliais (aumento da
permeabilidade vascular e vasodilatação),
células epiteliais da mucosa (aumento da
produção de muco)
TNFa
Ativa células endoteliais a expressarem moléculas
para adesão de leucócitos
Citocinas
- IL4, IL3 - estimula e amplifica a resposta de Th
2
- IL3, IL5, GM-CSF - proliferação e ativação de
eosinófilos.
Sintomatologia
Ativação dos mastócitos tem diferentes efeitos nos
diferentes tecidos.
●Gastrintestinal: diarreia, vómitos
● Vias aéreas: edema e secreção mucosas nas
passagens nasal. Congestão e bloquear as
vias aéreas
●Vasos sanguíneos: líquido aumentado nos
tecidos, causando aumento do fluxo de linfa
até os linfonodos, aumenta as célula e ptn dos
tecidos e aumenta a resposta efetora na
região
Tipo II …………………………………………………………...
É desencadeada pela interação Ag- Ac, onde o
antígeno pode ser uma célula ou tecido.
● São mediadas por anticorpos das classes IgG e IgM,
que reconhecem moléculas na superfície de células ou
tecidos específicos do próprio organismo, havendo
destruição celular pela via clássica do sistema
complementar.
Ex: anemia hemolítica por transfusão de sangue
incompatível, doença hemolítica do potro
recém-nascido.
Induzida por agentes exógenos - anemia hemolítica
imunomediada
Nas infecções antígenos de patógenos + hemáceas =
alteram as hemácias tornando-as alvos do sistema
imune (fixação de complemento e/ou fagocitose por
células mononucleadas).
Tipo III ……………………………………………………….
Acontece através dos antígenos solúveis
●Causada pelo depósito de complexos Ag- Ac em
tecidos.
Vasculite imunomediada
Tipo IV ………………………………………………………………………………….
Não há movimento do complexo Ag - Ac, por isso é
denominada de base celular ou hipersensibilidade do
tipo retardada.
●O termo retardada se contrapõe ao imediato do tipo
I, e está relacionado ao período de 48/72 horas,
necessário para o estabelecimento do processo. Essa
demora está relacionada ao fato de que, em geral,
ocorre em regiões não muito vascularizadas, e a
migração de células é bem mais lenta do que a
dispersão de Acs.
●A interação ocorre entre o Ag e o linfócito T e
macrófagos e/ou monócitos. O linfócito T citotóxico
(Tc) causa dano celular direto enquanto o T
colaborador (Th) libera citocinas que ativam o Tc,
macropagos e monócitos.
A formação do granuloma significa persistência ao Ag,
por características estruturais como por exemplo,
parede lipídica que dificulta a fagocitose, e a formação
de histiócitos circundados por linfócitos Th1 ativados.
Estagios de uma reação de hipersensibilidade tardia
1. O antígeno é injetado no tecido subcutâneo e
processado pelas células locais
apresentadoras de antígenos.
2. Uma célula efetora reconhece o antígeno e
libera citocinas, que agem sobre o endotélio
vascular
3. O recrumamento de fagocitos e plasma para
o local da injeção de antígeno produz uma
lesão visível.
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promoção da imunidade
Soros hiperimunes: preparos em espécies homólogas
ou heterológico (frequentemente - cavalos)
Produção de soro antiofídico
Problemas na imunidade passiva
Soros são constituídos por anticorpos de cavalos para
serem usados em espécies de heteróloga. Essas igs
são tratadas com pepsina para descrição da porção
Fc, enquanto a porção da molécula da Ig necessária
para neutralizar a toxina é mantida intacta para
reduzir reações de hipersensibilidade.
● Probabilidade de ocorrência de hipersensibilidade
dos tipos i (Anafilático) e III (doença do soro)
● Inferência a proteção ativa contra o mesmo antígeno
usado por ex. como vacina.
O que se espera de uma vacina?
Prevenir a infecção, prevenir a doença clínica, ser
protetora para mãe, feto e neonato, ser livre de reação
adversa.
Estável, ter baixo custo, aceitável para vacinação em
massa, gerar uma resposta forte e duradoura
Tipos de vacinas
Atenuada (vivas)
●Via de administração oral ou parenteral
●Quantidade baixa de microsongamiso
●Sem adjuvante
● Duração da imunidade longa
● Anticorpos IgA e IgG
● Com resposta celular
●Efeitos colaterais: sintomas brandos da infecção
● Baixo custo
Inativadas (mortas)
● Via de administração parenteral
● Quantidade baixa de microrganismo
● Com adjuvante
● Duração a curta prazo
● Anticorpos IgG
● Sem resposta celular, apenas humoral
● Efeito colateral: dor no local da aplicação
● Alto custo
Vacinas com microorganismo vivo
1. Vacinas com microorganismo patogênico
2. Vacinas com microrganismo de outra espécies
3. Vacinas de microorganismos atenuados: Vírus
de interesse > amplifica > passagem em
células de animais heterólogos para atenuar o
vírus > aplicação do vírus no animal com
resposta celular e humoral.
Vacinas com microrganismo morto
Também chamadas de não replicativas, limitada ao
estímulo de RI humoral
● Inativadores, mais conus: formaldeído, propiolactona,
derivados de etilenoimina
● Necessita de reforços
● Necessita de adjuvantes
● Boa opção quando não se consegue atenuação do
agente
● Permite vacinas gestantes
● Pode ser utilizado em imunocomprometidos.
Métodos de inativação:
Físico (calor, UV, Rx, Raios gama) e químicos ( etanol,
óxido de etileno, beta-propiolactone…)
Desvantagens: Somente imunidade humoral repetidas
doses, custo mais elevados, bactérias inativadas
podem causar inflamações.
Elege a proteína > purifica e identifica os epítopos >
sintetiza os peptídeos > usa a proteína para vacinar o
animal
Proteínas recombinantes
1. PCR do antígeno de interesse.
2. Clonagem em vetor de expressão ara bactéria
levedura, células
3. Transformação de bactéria, levedura com o
plasmídeo
4. Purificação do antígeno recombinante e
adição de adjuvantes.
Vacinas conjugadas
Utilizam porção do microorganismo geralmente
carboidrato conjugado a uma proteína carreadora.
Vantagem: segurança pois nãotem o microorganismo
e desvantagens a baixa imunogenicidade natural.
Adjuvantes mais comuns:
● Sais inorgânicos
● Adjuvante de Freund
● LPD bacteriano
● Lipossomos
Erros em resposta à vacinação
Reações adversas: Nem todo sintoma pós vacinação
é uma reação vacinal, a maioria das reações vacinais
são brandas e transitórias
Imunidade adquirida passiva
Imunidade adquirida Ativa
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Imunidade contra parasitos e
vírus
Contra parasitas:
● Protozoários: leishmania, toxoplasma, trypanosoma,
neospora spp…
● Helmintos: Cooperia, Ostertagia, Trichuris…..
● Artrópodes: sarna demodécica, sarna sarcóptica,
dermatite por picada de pulgas, infestações por
carrapatos, infecções de moscas…
Parasitas ……………………………………………………………………………...
Capazes de evitar a resposta imune do hospedeira por
tempo suficiente, no mínimo, para ocorrer sua
reprodução parasitária. Um parásito bem sucedido irá
regular a resposta imune do hospedeiro para
permitir a sobrevivência e ao mesmo tempo
permite que outras respostas aconteçam
prevenindo a morte do hospedeiro por outras
infecções.
Muitos parasitas utilizam vias metabólicas ou vias de
controle do sistema imune do hospedeiro para seus
próprios propósitos.
Imunidade inata
● Evitam o reconhecimento por células sentinelas
● Bloqueiam a ativação do sistema complemento
● Consegue eitar a fagocitose por neutrofilos e
macrofagos
● Interferem na sinalização da células sentinelas de
defesa
● Conseguem degradar peptídeos antimicrobianos
● Conseguem manipular o meio intracelular das
células sentinelas de defesa
● Conseguem bloquear a função da células NK
Imunidade adquirida
● Conseguem bloquear o reconhecimento e o
procedimento do antígeno
● Conseguem interferir na maturação e sinalização
dos linfócitos
● Realizam variação antigênica
● Afetam a regulação da imunidade adquirida de
forma a prejudicá-la
Protozoários …………………………………………………………….
A adaptação ocorrida entre protozoários e
hospedeiros é refletida no compartilhamento de
citocinas entre ambos - sucesso de adaptação.
Em geral, as respostas imunes mediadas por
anticorpos protegem contra os protozoários
extracelulares, enquanto as mediadas por células
controlam os protozoários intracelulares.
O fator de crescimento epitelial e interferon gama
podem potencializar o crescimento do trypanosoma
brucei, enquanto a interleucina-2 e o fator
estimulador das colonias de granulocitos e
macrofagos pode proover o crescimento da
leishmania amazonensis
Imunidade inata
O mecanismo de resistência inata aos protozoários
são parecidos com aqueles que previne invasões
bacterianas e virais, embora a influência da espécie
tenha um significância muito maior, existe adaptação
entre espécies.
Imunidade adquirida
● Assim como outros invasores, os protozoários
estimulam tanto as resposta imunes mediadas por
anticorpos como células
● Em geral, os anticorpos controlam os número de
parasitas no sangue e fluidos teciduais, enquanto as
respostas mediadas por células são direcionadas
amplamente contra parasitas intracelulares.
● A imunidade protetora contra os protozoários
Apicomplexa, é normalmente mediada por respostas
Th1 - resposta celular com ativação de linfócitos
TCD8+ e ativação de macrófagos em M1 (produção de
óxido nítrico - letais para protozoários intracelulares
em geral).
- As respostas mediadas por Th1 que resultam
na ativação de macrofagos são importantes
em muitas doenças causadas por
protozoários, nos quais os organismos são
resistência à destruição intracelular
Células T na erradicação de infecções
Evasão da resposta imune em protozoários
Apesar de sua antigenicidade, os protozoários
parasitas conseguem sobreviver em seu hospedeiro
utilizando múltiplos mecanismos de evasão
adquiridos ao longo de milhões de anos de evolução.
Uma delas envolve torna-se menos antigénio, e a
outra envolve a capacidade de alterar antígenos de
superfície rápida e repetidamente (evasão da
imunidade adquirida).
Principal deles - sobrevivência em macrófagos, entre
outros mecanismos…
Helmintos ………………… ……….
Parasitos obrigatórios completamente adaptados ao
hospedeiro, cuja sobrevivência depende do encontro
de algumas forma de acomodação no hospedeiro
De forma geral, eles não se replicam no interior do
hospedeiro, assim o nº presente em um indivíduo será
o mesmo dos parasitos que tiveram acesso ao
hospedeiro.
O tamanho da carga parasitária no hospedeiro é
controlado por fatores genéticos e pela resposta do
hospedeiro a esses parasitas. Alguns animais podem
ser predispostos a uma infecção como fatores
genéticos, comportamentais, nutricionais e
ambientais
Imunidade inata
● Fatores inatos de origem no hospedeiro que
influenciam a carga de helmintos incluem idade, sexo
e princialemnte antecendentes geneticos
● A quitina é abundante nas cutículas de helmintos e
exoesqueletos de artrópode e as quinases
desempenham um papel na resistência a helmintos e
artrópodes parasitas. A quitinase é produzida por
mastocitos, macrofagos, eosinófilos e neutrófilos.
Imunidade adquirida
● Respostas mediadas por células Th2 são a resposta
normal protetora aos heleno parasitas. Aqueles que
não conseguem controlar a sua carga parasitária e
tornam-se conhecimento incentivados montam uma
resposta TH1.
● Para o sistema imune combater, eles devem
empregar células que podem destruir a cutícula
intacta ou atacar através dos pontos fracos na sua
superfície como seu trato digestivo.
● Eosinoiflos, neutrófilos e macrofagos sao defensores
chave contra larvas migratórias, cobertas por IgE.
● Apesar da resposta mediadas por eosinófilos
dependente deIgE ser provavelmente o mecanismo
mais significativo, outras imunoglobulinas também
podem desempenhar papel protetor. Os mecanismos
envolvidos incluem neutralizaçao mediada por
anticorpos da proteases larvares, o bloqueio dos
poros anal e oral da larva por imuncomplexos, a
prevenção da muda e a iniciação do
desenvolvimento larval por anticopos direcionados
contra antigenos da cutícula
● Os antígenos dos vermes estimulam a resposta Th2
e as Th1 podem ser de uso benéfico protetor. No
entanto, o linfócitos T citotóxico pode atacar
helmintos que estavam profundamente embebidas na
mucosa intestinal ou que estejam fazendo migração
tecidual
Evasão da imunidade por helmintos
Os verme possuem uma cutícula espessa que
protege contra danos causados pela maioria das
células protetoras. Entretanto, os eosinófilos parecem
ser os únicos capazes de causar namos e destruir
helmintos.
Os helmintos são mais suscetíveis ao ataque durante a
migração dos tecidos, assim, a maioria das estratégias
de evasão funciona no estágio larval. Os mesmos se
adaptam de forma eficaz para sobreviver e funcionar
na presença de um sistema imune totalmente
funcional no hospedeiro.
Os helmintos que vivem nos tecidos podem reduzir a
sua antigenicidade pela absorção de antígenos do
hospedeiro em sua superfície e mascarando os
antígenos parasitários.
Outro mecanismo de evasão é o uso da variação
antigênica sequencial . Alguns parasitas interferem
com o processamento de antígenos.
Artrópodes ………………………………………………………………………………………..
Imunidade aos artrópodes parasitas como carrapatos
e pulgas também parece ser função da resposta TH2
Sarna demodécica
Animais com sarna demodécica generalizada
apresentam função normal de neutrófilos e
respondem normalmente à vacinas, porém há
disfunção da ação de linfócitos T citotóxicos com a
formação de granulomas e dermatite alérgica de
contato no local onde se encontra o ácaro.
Imunidade contra vírus
Vírus são:
● Microrganismo intracelulares obrigatórias.
● Existencia ameaçada por sua destruição pelo
sistema imunológico ou pela morte dos hospedeiros.
● Os vírus e seu hospedeiro foram sujeitos a um
rigoroso processo de seleção e adaptação
● São selecionados por sua habilidade em escapar
defesas imunes do hospedeiro ao mesmo tempo em
que os animais são selecionados por sua resistência
às doenças causadoras e patógenos
● Um hospedeiro muito competente é o principal alvo
para a próxima geração do vírus
● As doenças virais tendem a ser letais quando o vírus
encontra pela primeira vez sua espécie hospedeiro ou
infecta a espécie errada.
● Uma vez que o vírus e seus hospedeiros tenham
interagido por muito tempo, a doença resultando a
infecção tende a ser cada vez mais branda.
Resposta imune contra vírus
1. Fase intracelular (replicação): morte celular,
ativação de nucleases - destruição do material
genético, secreção de IFN- Y.
2. Resposta mediada por células NK:
reconhecimento de células com baixa
expressão de MHC-1 liberação de perforinas e
granzimas
3. Fase extracelular (antes da infecção ou apos
a lise): Impede a entrada e adesão do vírus,
opsonização (fagocitose) e ativação do
complemento que melhora a opsonização a
lise do envelope viral
Resposta imune humoral
● Os capsídeos virais e as proteínas do envelope são
antigênicos, tanto que grande parte das respostas
imunológica antivirais é dirigida contra esses
componentes
● Os anticorpos podem impedir a invasão celular
bloqueando a adsorção dos vírions às células alvo,
estimulando a fagocitose dos vírus, desencadeando a
virose mediada pelo sistema complemento ou
causando o agrupamento dos vírus que reduz o
número de unidades infecciosas disponíveis para
invasão celular.
- A ligação com anticorpos não destrói os vírus,
já que o rompimento dos complexos
vírus-anticorpos pode liberar vírus infecciosos.
Resposta imune celular
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Imunidade patógeno - específica
Bactérias e Fungos
Imunidade contra bactéria toxigênicas
Nas doenças causadas por bactérias patogênicas,
como os clostrídios ou o Bacillus Anthracis, a resposta
imune deve não apenas eliminar as bactérias
invasoras, mas também neutralizar suas toxinas.
Botulismo - fontes de infecção:
Conservas caseiras, mel, alimentos mal estocados,
contaminação de feridas.
Imunidade contra bactérias toxigênicas
Imunidade contra bactérias toxigênicas
● Neurotoxina;
● Anticorpos contra toxina;
● Acetilcolina - neurotransmissor.
Imunidade contra bactérias intracelulares
A principal característica das bactérias intracelulares é
a capacidade de sobreviver dentro dos macrófagos.
As bactérias podem migrar de uma célula para outra
sem se expor ao fluido extracelular por meio de
protusões ocasionadas na membrana pelo
citoesqueleto.
Imunidade inata contra bactérias intracelulares
● A proteção contra as bactérias intracelulares é
mediada pelos macrófagos M1 ativados.
● O IFN produzido pelos linfócitos T CD4 do tipo TH1
aumenta a produção de citocinas pró inflamatórias
como TNF-A, Il-6, Il-1 e Il-2 liberadas pelas células
sentinelas nas imediações da liberação do IFN
Imunidade adquirida contra bactérias intracelulares
As células dendríticas apresentam antígenos
intracelulares aos linfócitos auxiliares TCD4 + do tipo
TH1, que produzem IFN y. Esta citocina irá ativar
macrófagos m1 a produzir bastante óxido nítrico e
outras moléculas similares para a destruição das
bactérias intracelulares.
- Os linfócitos TCD8 são estimulados através
dos linfócitos auxiliares TCD4 + do tipo TH1 a
destruir os macrófagos infectados.
Imunidade contra bactérias extracelulares
● A proteção contra bactérias invasivas costuma ser
mediada por anticorpos dirigidos contra os antígenos
de superfície dos microorganismos.
● Para que a fagocitose seja eficaz, a superfície da
bactéria deve estar recoberta por uma camada de
opsoninas, que podem ser reconhecidas por células
fagociticas.
● Essas opsoninas incluem os anticorpos ou
componente C3b do sistema complemento, além das
opsoninas inatas como a lectina ligante de manose
(MBL)
● Os anticorpos atuam como opsoninas eficazes, uma
vez que ativam a via clássica do sistema
complemento.
Imunidade contra bactérias extracelulares
1. Os anticorpos contra os antígenos capsulares
(K) podem neutralizar as propriedades
antifagocíticas da cápsula bacteriana,
permitindo sua destruição por fagócitos.
2. Nas bactérias que não que não possuem
cápsula, os anticorpos dirigidos contra os
antígenos O atuam como opsoninas.
3. A proteção também pode ser mediada pela
produção de anticorpos contra os antígenos
de pili F4 (k88) e F5 (k99) de Escherichia Coli.
4. Nesse caso, as imunoglobulinas podem
interferir na expressão desses antígenos após
a supressão dos pili de aderência, essas cepas
de E. coli não podem se ligar À parede
intestinal e, assim, deixam de ser patogênicas.
Imunidade contra bactérias extracelulares
Bactérias extracelulares
● As infecções causadas por bactérias extracelulares
são as mais frequentes. Nesses casos os mecanismos
de defesa estão relacionados com as barreiras
naturais do hospedeiro, a resposta imune inata e a
produção de anticorpos.
● A integridade das peles e das mucosas impede a
aderência e a penetração de bactérias; o movimento
mucociliar elimina bactérias do trato respiratório; O
pH ácido do estômago destrói bactérias que penetram
pelo trato digestivo alto e na saliva e secreções
prostáticas existem substância com atividade
antimicrobiana.
A participação da imunidade inata ocorre através das
células fagocitárias, da ativação do sistema
complemento pela via alternativa e da produção de
quimiocinas e citocinas (TNF - alfa, IL-1, IL-6).● Adicionalmente a proteína C reativa, proteína de fase
aguda produzida principalmente por células hepáticas
nas infecções bacterianas, exerce ação variada contra
as bactérias. Ao ligar-se aos fosfolipídios de
membrana de algumas bactérias a PCR atua como
opsonina, facilitando a fagocitose por neutrófilos.
Modificação da doença bacteriana por respostas
imunes
● A imunidade celular costuma ser necessária para o
controle das bactérias intracelulares.
● Macrófagos ativados podem impedir o crescimento
desses microorganismos.
● Síntese de IFN- Y por linfócitos Th1 leva a ativação
dos macrófagos.
● Macrófagos M1 podem restringir ou curar as
infecções.
● Se a respostas imune contra essas bactérias
estourar os linfócitos Th2 de maneira inadequada, não
haverá desenvolvimento de imunidade mediada por
células e haverá geração geração de macrófagos M2
(produção de granulomas), levando a uma doença
progressiva e crônica.
Evasão da imunidade bacteriana
● A chave para o sucesso da invasão microbiana é a
evasão das respostas imunes inatas
● As bactérias empregam um conjunto muito variado
de mecanismos para impedir ou atrasar sua
destruição.
● Algumas bactérias patogênicas interferem com as
vias de sinalização dos receptores TLRs
● Os métodos utilizados incluem a produção de PAMPs
modificados que não ativam TLRs
Evasão da imunidade inata
● Outra habilidade útil para uma bactéria é a
capacidade de resistir a proteínas antibacterianas.
Muitas bactérias podem bloquear a fagocitose.
● A aureolina, outra enzima estailicóica, é capaz de
destruir catelicidinas
● Algumas evitam seu reconhecimento pelos
receptores das células fagoíticas.
Evasão da imunidade adquirida
Imunidade contra infecções fúngicas ……… ……..
Há 3 tipos principais:
- Infecções primárias por fungos que afetam a
pele ou outras superfícies, como as causadas
por Microsporum spp. Ou pela candida spp., e
provocam doenças como micoses ou
candidíase.
- Infecções primárias por fungos dimórficos, que
causam, principalmente, doenças respiratórias,
como histoplasma capsulatum, blastomyces
dermatite e Coccidioides immitis.
- Infecções secundárias em animais
imunodeficientes, causadas por fungos
oportunistas, como Mucorales e Pneumocystis
spp.
Mecanismos imunológicos inatos ou adquiridos
Os mecanismos inatos que são usados no combate a
fungos invasores, influem na ativação da via
alternativa do sistema complemento, que trai
neutrófilos; estas células, por sua vez, tentam destruir
as hifas ou pseudo-hifas do fungo.
● O padrões moleculares associados aos patógenos
fúngicos (os PAMPs de fungos) atuam por meio do
TLR2 ou de uma lectina presente na superfície celular,
chamada dectina - 1 , estimulando síntese de IL-23.
● A citocina IL-23 ativa os linfócitos Th17. A IL-17
produzida por esse sintético ativa os neutrófilos e as
células endoteliais, promovendo a inflamação aguda.
Imunidade adquirida
Uma vez estabelecidas, às infecção fúngica poderão
somente ser contidas por mecanismos mediados por
linfócitos Th1
● Dessa forma, algumas espécies de Aspergillus são
parasitas intracelulares facultativo e as doenças
fúngicas crônicas e progressivas estão comumente
associadas a defeitos na imunidade celular - linfócitos
T e células NK podem exercer um efeito citotóxico
direto sobre leveduras, como Cryptococcus neoforman
e Candida Albicans.
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Imunologia e bem estar animal
Homeostase é a manutenção do meio interno do
organismo, para uma série de sistema funcionais de
controle
Estresse é o estado do organismo no qual, após a
ação de agente de qualquer natureza, o organismo
responde com uma série de reações não específicas
de adaptação.
Agressões física, psíquica, infecciosa e outros são
capazes de perturbar a homeostase.
Modelo geral da resposta biológica
1. Primeira instância: o animal tentará evitar o
estímulo estressor
2. Segunda instância: luta ou fuga, estimula
sistema cardiovascular, gastrointestinal,
glândulas exócrinas, medula adrenal - curta
duração > sistema autônomo
3. Terceira instância: o eixo HPA apresenta
efeitos de maior duração. Afeta metabolismo,
comportamento, sistema imune e reprodução
> sistema neuroendócrino.
4. Sua supressão por efeito do estresse seria a
principal causa de doenças em animais
estressados. especialmente modulado pelo
eixo HPA. : sistema imunológico
Como funciona o SN?
Função sensorial: captação de estímulos internos e
externos.
Função integradora: processa a informação recebida
de órgãos e receptores, guarda a informação e
coordena as respostas
Função motora: resposta a estímulos
Eixo hipotalâmico, hipófise e adrenal
Hipotálamo produz o CRH que atua diretamente na
adeno hipófise que estimula a produção do hormônio
ACTH.
O ACTH atua diretamente no córtex adrenal e esse
região vai produzir o cortisol que é responsável pela
ba parte do metalismo, em momentos de estresse, é
responsável pela quebra do glicogênio na produção
de energia e acelerar a gliconeogênese,
Sistema nervoso autônomo simpático ativa medula
da adrenal, aumenta a secreção das catecolaminas
acarretando toda a mudança fisiológica como
aumento da FC e outros…
- Luta e fuga: as catecolaminas são secretadas
rapidamente, proporcionando ao organismo a
possibilidade de reação muito rápida.
Atuação dos hormônios no sistema imune
Fatores que vão influenciar as ações do sistema
imune:
● Autorregulação realizada pelas citocinas
● Fatores hormonais
Neurotransmissores e neuropeptídeos (noradrenalina,
serotonina …)
Isso ocorre pois os receptores para essas
substâncias estão presentes nos leucócitos,
interferindo diretamente sobre a atuação dos mesmos.
Interleucinas, citocinas e interferons
● A IL-1, o TNF-a, o IFN-a e Y, secretados pelos
linfócitos, alteram a função do eixo HHA, induzindo a
liberação de catecolaminas
● A IL-1 exerce uma função semelhante aos
neurotransmissores
● Uma elevação das citocinas inflamatórias como é o
caso das TNF-a, IFN-a e IFN-y, leva ao aumento de
CRH, desencadeado maior excreção de ACTH e
consequentemente alteração no nível do cortisol
Sendo assim ,emoções e estresse podem influenciar
uma resposta imune e a ativação do sistema imune
pode gerar estresse.
Catecolaminas
● Regem sobre linfócitos e monócitos
● Adrenalina e noradrenalina estimula a síntese de
mediadores de resposta imune
● Aumentam as proteínas de fase aguda
● Aumentam a proliferação linfocitária
● ADR é estímulo psicológico e NORADR é estímulo
físico
Cortisol
● Em elevada concentração exercem efeito supressor
sobre linfócitos e macrófigos gerando a redução na
produção de citocinas, redução do número de
linfócitos e diminuição da migração de
granulócitos.
- No início do estresse há um aumento
expressivo do número de neutrófilos na
corrente sanguínea, das células NK e
posteriormente, acontece uma redução na
contagem de linfócitos.
A depleção dessas células faz com que o
organismos fique suscetível a infecções, metástase
e doenças autoimunes.
● O cortisol induz a síntese de lipocortina, que inibe a
enzima fosfolipase A2,inibição do processo
inflamatório.
● Reduz a produção de IL-2, a proliferação dos
linfócitos t e liberada pelos mastócitos e plaquetas de
histamina e de serotonina.
Reações do sistema imunológico
● Reage ao estresse através de componentes da
imunidade eliana e componentes da imunidade
adaptativa
● O linfocitos t helper se dividem em th1 e th2, e sua
diferenciação conhece por ação das citocinas
● Os glicocorticóides, a adrenalina e noradrenalina
inibem a produção da IL-2 e 12, sendo que a 12 é
responsável pela diferenciação e a 2 pela proliferação
do mesmo.
A supressão desses dois fatores é suficientemente
capaz de suprimir, fragilizar e reduzir a capacidade
do sistema imune a responder estímulos.
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Micologia
Animal
larivet.resumos
Introdução à micologia
Reino Fungi - características fisiológicas
Fungo é diferente do vegetal, ele não sintetiza
clorofila, não tem celulose na parede celular, não
armazena amido (reserva). O mesmo tem mais
características semelhantes a um animal, como
presença de quitina na parede celular e armazena
glicogênio (reserva).
Importância
● Decompositores
● Indústria farmacêutica e de alimento
(biotransformadores)
● Simbiose:
- micorrizas (fungos e raízes): proteção, auxilia
na absorção de água e minerais do solo.
- Líquens (fungos e algas): indicador de pureza
ambiental.
● São seres eucarióticos
● Ubíquos: está ou existe ao mesmo tempo em toda
parte
● Quimioheterotróficos: compostos orgânicos do
substrato como fontes de energia e carbono
● Osmotróficos: se nutrem através da absorção dos
alimentos
● Aeróbio ou anaeróbio facultativo: depende da
presença do oxigênio para manutenção do seu
metabolismo
● Maioria e saprofítica: absorção de substâncias
orgânica em decomposição
Patogênicos oportunistas
Apenas a minoria causa infecção, que são
denominadas micoses. Existem mais de 100 mil
espécies e apenas 200 são patogênicas.
Morfologia
Leveduriformes
- formas ovais ou esferoidais
- São unicelulares
- Parede celular formada por polissacarídeos,
proteínas e quitina (pouca quantidade)
Filamentosos
- parede celular formada por quitina, lipídios,
proteínas e polissacarídeos.
- crescimento apical e multinucleado.
Filamentos
●Hifas (septadas ou não septadas): filamento
individual
●Micélio (bolor): conjunto de hifas
- micélio vegetativo: Digestão extracorpórea.
Importante na nutrição do fungo, o fungo se
nutre por absorção. Ele libera enzima e
degrada as moléculas complexas para deixar
mais simples para a absorção.
- Micélio aéreo: Reprodutivo. Além de crescer
para dentro, também cresce para fora do
ambiente. Devido ao vento e outros fatores, se
desprendem e caem no solo, essa estrutura
que caiu no solo vai se reproduzir e gerar
novos fungos.
Ciclo de vida
●Reprodução assexuada e sexuada
● Formação de esporos: há esporos assexuais que
são formados pelas hifas de um organismo e esporos
sexuais que resultam da fusão de núcleo de duas
linhagens opostas e cruzamento de uma mesma
espécie de fungo.
- A reprodução assexuada tem objetivo na
disseminação fúngica, pode ser por
brotamento ou fissão binária (leveduras). Ou,
por esporulação e fragmentação
(filamentosos).
Reprodução assexuada dos fungos filamentosos
O fungo na sua reprodução assexuada vai produzir:
1. Esporangiósporo: estruturas reprodutivas
cuja porção terminal é em forma de uma
vesícula. No esporângio é onde se encontram
os esporos (esporangiósporos). Quando a
vesícula se rompe eles são liberados no
ambiente.
2. Conidiósporo: é um esporo que além de ficar
dentro, fica fora do ambiente. Esporo que
participa da reprodução assexuada de fungos,
no processo de esporulação. São formados
por meio de mitose, e são mais conhecidos
pelo nome de conídio. O condio uni ou
multicelular não é fechado em uma bolsa, são
produzidos em cadeia na extremidade.
3. Artroconídeos: formados pela fragmentação
da hifa em segmentos retangulares.
4. clamidoconídios: estrutura de resistência que
possui parede dupla e germinam em
condições adversas. Podem ser produzidos
por fungos filamentosos e leveduras
Reprodução sexuada de fungos filamentosos:
Quando ocorre a reprodução em espécies
geneticamente diferentes são autoestéreis /
heterotálica. E quando são espécies geneticamente
iguais são chamadas de autoférteis/ homotálicas
- Ela é divida em 3 etapas: plasmogamia,
cariogamia e meiose e se dá pela fusão de
núcleo.
As hifas monocarióticas são haploides e se fundem
passando ser passa a ser dicariótica (esse processo é
chamado de plasmogamia - união dos núcleos). Os
núcleos se juntam e passa a ser uma célula diplóide
(cariogamia), em seguida sofre a meiose.
1. Basidiósporos: são esperados sexuados
externos e originam-se no ápice de uma célula
fértil, chamado basídio ou comum.
A reprodução dá origem aos filos:
Reprodução assexuada de leveduras
Brotamento ou fissão binária.
1. Blastoconídios: resultante do processo de
brotamento ou gemulação. A célula mãe
origina uma gêmula, o blastoconídio que
cresce recebe um núcleo após a divisão do
núcleo da célula mãe.
Reprodução sexuada de leveduras:
1. Ascósporos: algumas leveduras podem
originar esporos sexuados, após duas celular
sofrerem fusão celular e nuclear, seguida de
meiose (ascósporos).
Importância dos esporos sexuados
● Possibilita a recombinação
● Classificação/taxonômica
● Adaptação e aperfeiçoamento da espécie (nutriente)
● Diversidade genética
Resumindo: esporos assexuais são formados pelas
hifas de um organismo, quando esses esporos
germinam, formam organismos geneticamente
idênticos. Já, os esporos assexuais resultam da fusão
de núcleos de tipos opostos de cruzamento, esses
organismos apresentarão características e ambas
linhagens parentais.
Característica morfológica da colônia leveduras
● Pastosa
● Cremosa
●Mucóide
Características morfológicas da coluna filamentosos
● Algodonosas
● Pulverulentas
● Crateriformes
● Com pigmentos
● Coloração do micélio vegetativo: epibiótico difrente
de endobiótico
Macroconídios (parece barcos) e microconídios
(parece bolinhas) são critérios de classificação
Mecanismo de patogenicidade
A patogenicidade medida por componentes, que
estimulam diferentes respostas no hospedeiro
Hipótese que as toxinas, enzimas e outros metabólitos
produzidos in vitro e in vivo pelos fungos patogênicos
tenham papéis importantes nas lesões teciduais
geradas.
Fatores de virulência
●Produção de queratinase por dermatófitos
dimorfismo
● Cápsula mucopolissacarideo
● Aderência e invasão
● Distúrbio no sistema imune = inibição citocina
● Produção de melanina: proteção contra produtos
oxidantes do tecido e células de defesas
Esses fatores asseguram sua sobrevivência e
proliferação no hospedeiro, aumenta o poder de
penetração e invasão, evade os mecanismos do
sistema imune do hospedeiro
Colonização e doenças
● Micoses superficiais: limitadas a pele e pelos.
● Micoses cutâneas: camada queratinizada epiderme,
pêlos e unhas.
●Micoses subcutâneas: derme e músculos
(traumatismo, tumefação).
● Micose sistêmicas: originalmente nos pulmões que
podem se disseminar.
● Micose oportunista: tratamento com atb ou
imunossuprimido .
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dermatófitos
●Família arthrodermataceae
●São fungos queratinofílicos- se estabelecem em
estruturas que são queratinizadas do organismo
●Parasitam estruturas epidérmicas queratinizadas
●Produtores de queratinase
●Hidrolisam a queratina da pele e fâneros para
obtenção de nutrientes
●Não invadem a epiderme.
● Fungos aeróbios que crescem lentamente. Para seu
crescimento fúngico é necessário um meio de cultura
favorável como o ágar sabouraud dextrose. Crescem
também na tº ambiente.
Condição não parasitária/ no ambiente
● Produz hifas ramificadas septadas
● Reprodução assexuada (conídios)
● Podem ser macroconídios(estruturas multicelulares
semelhantes a vagem) e microconídios (esferas ou
bastonetes unicelulares)
●Critérios para diagnóstico
Características das colônias e de pigmentações são
úteis na diferenciação de dermatófitos
Classificação quanto ao reservatório
Antropofílicos: aqueles que acometem os homens
Zoofílicos: aqueles que acometem os animais
Geofílicos: aqueles que acometem o solo.
Dermatofitose
Em homens é popularmente conhecida como tinea e
em animal como “tinha”, sua transmissão pode
ocorrer pelo contato direto e indireto (persistência
em fômites e nas instalações).
Em geral, a tinha regride espontaneamente em
algumas semanas ou meses, a menos que complicada
por infecção bacteriana secundária ou por fatores
constitucionais corporais.
Como ocorre o processo infeccioso?
É divido em 3 parte Adesão do conídio e germinação
e penetração do fungo no estrato córneo
1. Contato com o conídio e adesão do mesmo.
2. A partir do conídio ocorre a germinação da
hifa que vence a barreira da pele (filme de
gordura sobre a camada córnea) e tem
contato com a queratina do estrato córneo.
3. Partes da hifa se diferenciam em
artroconídeos
4. Produção de queratinase e hidrólise da
queratina
5. Produção de metabólitos e produtos de
excreção
6. Ação irritante, alergênica e tóxica
7. Resposta inflamatória local
8. Lesões dos pelos tipo ectothrix: artroconídeos
fora do pêlo e endothrix, dentro do pêlo.
Diagnóstico laboratorial
● Testes de triagem
● Lâmpada de wood (obs: nem todos produzem
metabólitos fluorescentes e alguns sabões e pomadas
podem florescer e dar um positivo negativo)
● Exame microscópico: raspagem de pêlo e hifas e
artroconídeos. A coleta deve ser pelas margens de
qualquer lesão e pegar o pelo com a área intrafolicular
- O preparo da lâmina pode ser com hidróxido
de sódio, hidróxido de potássio ou calcofluor.
-
●Exame histopatológico: não é tão necessário, é útil
para diagnosticar casos suspeitos com cultura
negativa para fungo.
O Isolamento se dá em meio seletivo e deve-se
adicionar o pêlo dentro do tubo e a partir dali vai
crescer o fungo.
- Meio de cultura seletivo: Ágar sabouraud
com cloranfenicol e cicloheximida,
Dermatophyte teste medium e Rapid
sporulation medium
A partir desse crescimento fúngico pode realizar uma
identificação microscópica adicionando uma gota azul
de metileno.
Microsporum Canis ………………………… …………...
A partir do crescimento tem uma colônia algodonosa
amarela com pigmento branco no meio
Macroconídios com membrana e septos largos.
Microsporum gypseum ………………………… …………..
Colônia pulverulenta creme, semelhante ao canis
porém os septos e membranas dos macroconídios
são finos
Acomete cavalos, cães, roedores e humanos.
Microsporum nanum ………………………… … ………...
Macroconídios em forma de balão ou raquete, com
um septo.
- Acomete suínos e está presente no ambiente
Identificação bioquímica de Microsporum spp.
1. Urease: observa hidrólise da ureia
2. Perfuração do pêlo humano “in vitro”
3. Produção de conídios em ágar arroz
4. Tolerância ao fungicida benomyl
Gênero trichophyton ---
Macroconídios alongados e muitos microconídios
ovais ou piriformes.
Alguns apresentam Clamidoconídios (estrutura de
resistência que tem duas paredes)
Trichophyton equinum …… ……
Colônias planas, com sulcos suaves de cor branca
polida
Macroconídios raramente são produzidos, mas
quando estão presentes são clavados, lisos, de
paredes finas.
Acomete equinos e humanos.
Trichophyton mentagrophytes …… ……
Colônia algodonosa branca/creme
Macroconídios alongados, clavados, parede fina e lisa
Acomete: camundongos, porquinhos da índia,
cangurus, gatos, coelhos, cavalos, ovelha coelho.
Causam lesões inflamatórias.
Trichophyton verrucosum … …
Crescimento lento, pequenas, de botão, com coloração
branco/creme com uma superfície semelhante a
camurça aveludada
Hifas largas e irregulares com muitos clamidoconídios
terminais e intercalares.
Acomete bovinos.
Identificação bioquímica de trichophyton spp.
1. Urease
2. Perfuração do eplo humano “in vitro”
3. Crescimento é 37ºC
4. Crescimento em ágar trichophyton de 1 a 7
………………………………………………….
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Aspergillus spp.
Fungos filamentosos saprófitas de infecção
oportunista. Ele está presente no solo, vegetação,
alimentos como ração grãos e vegetais, no ar e água
ou objetos expostos, feno, silagem e adubo químico.
Eles são resistentes ao calor e à dessecação.
●Hifas hialinas, septadas - diferenciam em estruturas
reprodutivas típicas = conídios
●Colônias de cor branca, azul-esverdeada, amarela,
cores, marrom e negras.
●Crescimento: aeróbios.
● Reprodução assexuada
●Espécie patogênica:
- A, fumigatus: doença em humanos e animais
- A. niger, A. flavus e A. terreus (aflatoxina)
Transmissão
Através da inalação dos esporos, podendo também
ser através da ingestão de alimentos contaminados.
O diagnóstico é feito por exames de radiografia (pois
ele gera uma massa fúngica no pulmão), escarro e
diagnóstico de sangue.
Aspergilose
Aspergiloma: Forma crônica da doença, pode ser
assintomática ou expectoração. Pode gerar um
processo inflamatório.
Manifestação: tosse, perda de peso, dispneia, fadiga e
ou presença de hemoptise.
A fixação dos fungos na cavidade pulmonar gera
uma lesão tecidual. Nessa lesão encontra elementos
miceliais vivos e mortos, células inflamatória, fibrina,
muco, componentes do sangue, componentes do
epitélio em degradação.
Diagnóstico histológico: prata-metenamina ou PAS-
invasão pelas hifas.
Fatores de virulência
● Adesinas: proteínas de superfície (de conídios e de
hifas): galactosamina galactano - que se ligam às
proteínas da matriz extracelular (colágeno,
fibronectina, fibrinogênio e laminina). Permite que o
fungo possa aderir à célula do hospedeiro.
Função: mascarar o PAMP, inibir a quimiotaxia PMN
●Parede celular: exibe um PAMP que é reconhecido
por receptores toll-like na superfície de macrófagos
hospedeiros, assim, ocorre a indução de secreção de
citocinas inflamatórias.
● Enzimas extracelulares: elastase, proteases e
fosfolipases - reduzem os efeitos dos radicais
peróxidos produzidos pelas células fagocíticas.
● Aquisição de ferro: sideróforos hidroxamatos -
aquisição de ferro das proteínas ligadoras de ferro
(transferrina e lactoferrina).
- Fusarinina e traiacetilfulsarina C: absorsão
do ferro das proteínas ligadoras de ferro do
hospedeiro
- Ferrocromo - armazenamento do ferro tanto
na hifa e conídio.
-
● Pigmento (melanina) - inibe a ação de radicais livres
Gliotoxina: inibe a atividade de cílios e a fagocitose por
macrófagos
Infecção em humanos:
●Sinusite ou pneumonia por inalação
●enfermidade cutânea após trauma ou contaminação
● queimaduras: meio de infecção secundária
● doença disseminada por via hematogênica
● Mucormicose rinocerebral: doença fatal
Aspergilose bovina ………………………………………………………………………
● Mastite: inoculação intramamária, abcessos no
úbere
● Infecções intra uterinas: via hematogênica -
placentite: aborto no final da gestação.
Aspergilose aviária ………………………… v…………… ………………
● Inalação de esporos ambientais, foco primário
pulmonar e disseminação hematogênica.
● Gera distúrbios comportamentais e respiração
ofegante;
● Pode gerar formação de granulomas caseosos nos
sacos aéreos.
Ceratomicose equinos …………………………………………………………………
● A partir de lesão da córnea
● Sinais respiratórios indica aspergilose na bolsa
gutural de equinos
Em cães
● Osteomielite
● Aspergilose nasal: espirros e secreções sanguino
purulentas
● Cães de conformação craniana dolica e
mesocefálica tem predisposição.
Diagnóstico
● Exame direto: esfregaço com coloração
● Cultura: Ágar dextrose sabouraud
● Teste sorológico: detecção de anticorpos no soro do
animal. - Imunoenzimático indireta (ELIZA)
● PCR
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Sporothrix schenckii
Taxonomia
● Ascomycota - características moleculares e
morfológica
● Fase teleomórfica de S. schenkii - rDNA 18s -
ophiostoma sentonoceras
● Variação nas sequências de genes (codifica:
calmodulina, quitina cinase e b- tubulina)
- complexo sporothrix
● Sporothrix chilensis
● Micoses subcutáneas profundas
● Fungo - saprófita > vegetal em decomposição
● Dimórfico > micelial (22º a 28ºC) e levedura (35 a
37ºC). Importante para fixação no ambiente e
organismo do hospedeiro.
- substrato, atmosfera e a temperatura de
incubação são condições que auxiliam no
dimorfismo do fungo
● Reservatórios naturais: matéria orgânica e solo
Distribuição
Micose cosmopolita - presente em vários lugares
principalmente em regiões tropicais e subtropicais.
Micelial
Presente no meio ambiente, aparência membranosa
com superfície enrugada, coloração clara e
pigmentação escura ou acinzentada.
- Hifas delgadas, septadas, hialinas,
ramificações com conidióforos.
Levedura
Tecidos ou meio riscos a 37º
Forma fusiforme a ovóide com 2,5 a 5 mm
Complexo sporothrix
Desenvolvimento em ph diverso
- micelial - 3 a 12
- levedura - 2,4 a 9,5
Temperatura ótima de crescimento = 30ºc a 37ºC
Transmissão
Contato com uma ferida infectada ou exsudatos de
um gato infectado
Infecção por inalação ou ingestão - extra-cutânea.
Zoonoses
Gatos são responsáveis pela transmissão zoonótica
para humanos por causa do número alto de
organismos sporothrix encontrados nos nódulos.
● Isolamento na unha
●Animais infectados transmitem a doença por
mordedura e arranhadura.
Transmissão “doença do jardineiro”
●Contato traumático (graveto, espinho de flores, etc..)
● Ferimento por perfuração traumática
Depende do estado imunológico do paciente e
carga microbiana.
Fatores de virulência
Adesinas ligantes de fibronectinas: (realiza a
capacidade de adesão na forma patogênica) - fungos
+ cel. epiteliais.
Enzima:
- Proteinases - S. schenkii produz duas
proteases I e II. A importância dessas enzimas
na patogênese da esporotricose não é
conhecida. Hidrólise das células do estrato
córneo humano 3
-
Termotolerância: inibição a partir de 40
Parede celular:
- Lipídio - a porção lipídica S. schenckii a
fagocitose por monócitos e macrófagos
Melanina - inibidor de radicais livres nos
fagolisossomos
- fator de resistência a condições desfavoráveis
no ambiente (micelial)
- Diminuição na eficácia de terbinafina
- Aumenta a resistencia a agocitose por
macrofagos
-
Ácidos siálicos - inibem a captação de S. schenckii
pelas células fagociticas
- direciona as proteínas do S.C, mais para a via
degradação que para a produção de
fragmentos e opsonização efetivos de
anafilatoxinas.
Dimorfismo: queda na expressão de B (1,3)-glucana,
aumento da expressão de a(1-3)-glucana = correlação
com a virulência
Ramnose: [] na P.C de células jovens (4-7 dias),
relação com a patogenicidade de conídios de S.
schenkii
Esporotricose em humanos …………………………………………..
●Lesão inicial: nódulo cutânea ulcerativo
●Canais linfáticos subcutânea = úlceras supurativas
●Raramente, formas disseminadas ocorrem afetando
os ossos, articulações, boca, nariz ou rins
(imunossuprimidos -pode ser letal )
●Osteoarticular - infecção secundária devido a
disseminação hematogênica, inoculação direta
●Esporotricose pulmonar - prognóstico desfavorável
(demora no diagnóstico e fatores coinfecção pelo HIV)
Esporotricose em gatos ……………………………………………..
●Contato com solo, vegetais e brigas
●Lesões nodulares (cabeça e cauda) - necrose
profunda
●Nódulos secundários (urso dos vasos linfáticos) que
ulceram e liberam exsudatos soropurulentos
●Músculos e osso ficam expostos
●Extra-cutâneo - alterações respiratórias
As infecções podem se espalhar para outros locais
da pele
Esporotricose em cães ……………………………………………….
●Lesões cutâneas isoladas ou múltiplas, crostosas e
alopecias (cabeça e tronco)
●Evolução - lceras com exsudato purulento
●Doença disseminada = rara
●Sistema respiratório - mais acometido
Esporotricose em equinos ……………………………………..
●Esporotricose linfocutânea (+ comum)
●Nódulos ulceram e liberam exsudato amarelado
Amostra para exame direto
Swab
●Lesões cutâneas: cavidade nasal, lesões exsudativas
●Aspiração de abcessos não ulcerados: purulento ou
seropurulento
●Fragmento de lesões: em formol a 10% ou solução
salina.
Exame direto
- Esfregaço: coloração de gram, panótico e
fucsina simples
- Estruturas leveduriformes
- Interior de macrofagos e neutrofios ou
extracelularmente
-
Difícil visualização em humanos e em outras
espécies de animais.
Exame histopatológico
Coloração de rotina: hematoxilina e eosina
- inespecífica: evidencia outros agente e
protozoários
Isolamento
Forma micelial
● Ágar sabouraud + cloranfenicol
●5 a 7 dias entre 25 a 30ºC
●Colônias de cor branca: cresce rapidamente
tornando-se negras ou marrons, rugosas e dura
●Conídios em forma e peras agrupados ao redor dos
conidióforos
Leveduriforme
●Ágar infusão cérebro coração +5% sangue
●Ágar sangue +5%
●Ágar BHI
●3 semanas a 37ºC
●Colônias de cor creme a castanho claro
Identificação da espécie.
Assimilação sacarose e rafinos: Capacidade de uma
levedura apresenta de crescer aerobicamente na
presença e determinado carboidrato, fornecido como
uma fonte de carbono
Detecção molecular: Amplificação e seguimento de
genes fúngicos
- 28s rRNA
- Gene CAL
Tratamento
●Animais - iodeto de sódio (via oral)
●Cetoconazol (> caninos) e itraconazol pode ser
usado
●Humanos = anfotericina B (forma disseminada,
osteoarticular, sistêmica do SNC).
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Histoplasma capsulatum
Características
Fungo saprófita
- reservatório natural: solo rico em nitrogênio
- Microambientes: cavernas, construções
abandonadas, galinheiros, árvores
Dimorfismo
- Micelial = 25ºC a 30ºC
- Levedura = 37 ºC
Morfologia
Fase Micelial
Tipo A (albino)
- coloração branca a bege-clara
- algodoada
- Pouco propágulo
Tipo B (brown)
- Pouco filamentoso
● Hifas septadas
● Hialinas
● Macroconídeos “tubculados”
● Microconídios “esférico a piriformes”
Levedura
● Colônia úmida
● Coloração branco-amarelada
● Rugosas e/ou lisas
● Células ovais unibrotantes de 2 a 4 Mm
Transmissão
O contágio se dá por via respiratória, quando
micrósporos se soltam do Histoplasma capsulatum e,
absorvidos pelas vias aéreas, penetram no organismo
do hospedeiro e se instalam nos alvéolos pulmonares,
que inflamam.
● Disseminação
- Linfonodo mediastinal
- Sistema fagocícito - mononuclear
-
● Estado de latência dentro das granulomas
● Macrofago
- evita respostas efetoras do hospedeiro
H. capsulatum var. farciminosum
● Infecção instalada em feridas cutâneas
● Oriundos de lesões cutâneas ou exsudato nasal e/ou
ocular de animais infectados
● Fômites: materiais utilizados em escovação ou os
arreios
● Transmissão por artrópodes.
Fatores de virulência
● a- 1,3 - glucana: sobrevivência e replicação do fungo
no pulmão. Bloqueia o reconhecimento da PAMP por
células fagocitárias.
- Regula o nº de leveduras dentro dos fagócitos,
escape do sistema imune e induz a formação
de granuloma
-
● Melanina = inibidor de radicais livres; resistência a
anfotericina B e à caspofungina 3
● Proteínas ligadora de cálcio (Cbp) = multiplicaçãoem ambiente com baixo teor de cálcio (quelação de
cálcio impede a ação de enzimas lisossomais).
● Antígeno H = estimula a resposta imune mediada por
célula, contra a fase de levedura.
● Aquisição de ferro: produção de sideróforos
hidroxamatos
- remoção do ferro as ptns ligadoras de ferro
-
● Acidificação de fagolisossomo: a diminuição da
ação das enzimas lisossômicas e aumenta o PH. ph de
6 a 6,5 .
●Antígeno M = catalase; sobrevivência da fase de
levedura.
Histoplasmose: formas clínicas
Subclínica
- assintomático principal em pacientes
imunocompetentes
Aguda
- variação de idade, estado imunológico, carga
microbiana
- Crianças e adultos
- Febre alta, cefaléia, tosse seca, mialgia e
astenia, dor retroesternal e insuficiência
respiratória.
- Achados radiológicos: lesões sugestivas
infecção primária ou quadro de pneumonia
intersticial.
A agressiva evolui para óbito entre duas e cinco
semanas.
Disseminada crônica ……………………………………………… ... ....
Lesões nas vias respiratórias e digestivas superiores
● Não comprometimento pulmonar
- Evolução lenta acompanhada de febre baixa e
intermitente, astenia e emagrecimento.
Oportunista ………………………………………………….
Pacientes imunocomprometidos
- Febre, tosse, dispneia, hepatomegalia,
esplenomegalia e anemia
Infiltrado intersticial difuso em exames radiológicos
- Lesões extrapulmonares - fígado, baço,
intestinos, pele, linfonodos.
Histoplasmose em animais
Gatos --------------------------------------
Apresentam-se clinicamente sadio ou desenvolve
doença disseminada
● Fraqueza, letargia, febre, anorexia, emaciação, sinais
oculares
● Sinais respiratórios- crônicos e inespecíficos.
● Lesões granulomatosas em pulmões
● Linfadenomegalia periférica ou visceral,
esplenomegalia e hepatomegalia
● Lesões ósseas
Cães ---------------------
● Inapetência, perda de peso e febre
● Limitados à árvore respiratória: dispneia, tosse e sons
pulmonares anormais
● Disseminada = compromete do TGI
- diarreia do intestino grosso com tenesmo
- Muco e sangue fresco nas fezes.
● Hepatomegalia, linfadenomegalia visceral,
esplenomegalia, icterícia e ascite
● Calcificação pulmonar = histoplasmose pulmonar
inativa
Diagnóstico
Amostra
- exsudato de lesões mucosas
- Pus de qualquer lesões
- Sangue
- medula óssea
- escaro
- material de lavado gástrico, quando não se
obtém escarro
- líquor
-
Exame direto
Giemsa, gram, wright, PAS, prata metenamina de
grocott
Macrófagos, neutrófilos e nos monocitos do sangue
periférico.
Cultura
Fase micelial
- ágar sabouraud dextrose
- Ágar mycosel
- Até 30 dias - 25ºC
- Crescimento micelial branco e macio ou
marrom - camurça
Microconídios e macroconídios: lactofenol azul
algodão, hifas hialinas e septadas.
Fase levedura
- Ágar sangue
- PAgar BHI
- 37º C - 1 semana
- Umidade apropriada
- Coloniais branca-amareladas
Imunológico
Teste intradérmico pelo histoplasmina
- O teste é positivo, com uma induração de
5mm ou mais, após 48 - 72h da
intradermorreação com 0,1 mL antígeno de
histoplasma.
-
Sorológico
● Fixação do complemento - antígeno da fase
levedura
● Imunodifusão dupla - pesquisa de anticorpos
circulantes contra os antígenos M e H
● Radioimunoensaio ou ELISA - deteção e antígeno
histoplasmínico.
Exames radiológicos
- não são específicos.
-
Técnica moléculas
● Genes que codificam o RNA ribossômico
● Genes que codificam a proteína M
Tratamento
A duração do tratamento é variável, dependendo da
gravidade da infecção e da resposta do paciente.
- Anfotericina B - riscos de recaída
- Aplicação de formalina (3%) ou fenol (5%) -
controle ambiental.
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Candida spp.
● Levedura com formação de blastoconídios e
clamidoconídios
● Pode formar pseudo-hifas e hifas verdadeiras
(colabora para invasividade e proliferação ativa no
hospedeiro)
● Habita a mucosa (trato digestivo e genital) da
maioria de mamíferos e aves
● Aeróbio obrigatório;
● Ampla faixa de Ph e temperatura
● Resistente ao congelamento
● Na maioria das vezes a contaminação é endógena
(microbiota)
● Normalmente acontece imunossuprimidos
● Habitat: trato digestivo anterior (boca-estômago)
● Infecções no trato genital, unha, pele
● Trato respiratório e septicemia podem ocorrer.
A candidíase está vinculada à
● Desequilíbrios imunes e hormonais,
antibioticoterapia, rompimento da barreira epitelial
● Diminuição da resistência do hospedeiro à
colonização ou intensa exposição dos hospedeiros
debilitados
● Deficiência nutricional
● Candidíase mucocutânea crônica.
Fatores de virulência
A patogenicidade é um processo multifatorial que é
regulado por uma rede de fatores de virulência
● Adesinas: Vão se ligar a diferentes receptores do
hospedeiro.
● Produção de hifa verdadeira: esconde a b-glucana
que é reconhecida, assim causando uma deficiência
da indução para síntese de interleucina 12 (citocina)
● Proteinase: invasão do tecido a partir de
degradação das células do hospedeiro.
● Fosfolipase: invasão da mucosa epitelial +
degradação da membrana
● Glicoproteína: semelhante a endotoxina
Transmissão
● Atrito, calor, umidade
● Contato com secreções
● Transmissão vertical (mãe para fetos)
Candidíase cutânea ………………………………………………………………….
Áreas de dobras da pele, representadas por placas
eritematosas e lesões satélites
● Ela pode ser sistêmica - evolui para disseminada.
Candidíase
Aviária: cavidade oral e trato digestivo - placas
pseudomembranosas necróticas emetrial caseoso -
dificulta a deglutição e respiração
Infecções Gastrointestinais em aves jovem:
- doença caquetizante, gastrointestinal ,
deformação de bico e mortalidade.
-
Potros e Suínos: lesões ulcerativas do trato digestivos
Vacas: mastite
Equinos: infecções intestinais, respiratórias e
septicemia.
Cães e gatos: lesões ulcerativas que não cicatrizam
nas mucosas da cavidade bucal, trato gastrintestinal,
respiratório, geniturinário. Os cães apresentam lesões
em músculos, ossos, ouvidos, pele, trato urinário e em
gatos ocorre infecção urinária e esporadicamente
causa pleurite purulenta
Morfologia de colônia
Diagnóstico
● Swab
● Imprints
● Cortes histológicos
● Microscopia
Ágar Sabouraud + cloranfenicol: Inibe o
crescimento de bactérias
CHROMagar: diagnóstico Liberam compostos
(cromogéneos) de várias cores na sequência da
degradação de enzimas específicas
Cultivo em lâmina: Avaliar a presença de
clamidoconídio
Hidrólise da ureia: avalia a hidroliseda ureia através
da enzima urease
Tubo Germinativo: avaliação de hifa verdadeira
- Teste positivo: filamento fino e cilíndrico,
originado do blastoconídio da levedura, no
qual não se observa nenhuma zona de
constrição, quer na base ou ao longo de sua
extensão.
-
Auxanograma: Capacidade que uma levedura
apresenta de crescer aerobicamente na presença de
determinado carboidrato, fornecido como uma fonte
de carbono
Zimograma
Capacidade que uma levedura de fermentar
carboidrato.
- 48h e 1 semana de incubação a 37ºC.
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Cryptococcus neoformans
● Levedura - basidiomiceto de forma globulosa
● Possui cápsula em sua forma leveduriforme que lhe
confere proteção - fagocitose. Composição da
cápsula: Glucuronoxilomanana (90%), galacto
xilomanana ( 5-8%) e manoproteína (1%).
● Vive em superfícies sujas e empoeiradas
● Excrementos ricos em creatina (excremento de
pombos). Reservatório: Pombos
● Acomete animais e humanos
● Micose de natureza sistêmica oportunista
cresce em meio comuns e em temperatura corporal
ou ambiental
●Colônias acinzentadas e esbranquiçadas, com
aspecto mucóide.
● Composição antigênica de glucuronoxilomanana
● Diferença entre antígenos: fenotípicas, genéticas e
epidemiológicas.
● Sorotipos ( A, B, C, D, AD)
- A: C. neoformans var, grubii
- A, D, AD - C. neoformans var. neoformans
- B e C - C. neoformans var. gattii.
Variedade neoformans e grubii - excretas de pombos,
poeiras, madeira em decomposição em cavidades de
árvores. Zona temperada.
Cryptococcus neoformans, é de carácter oportunista,
cosmopolita, associada à imunossupressão celular.
Cryptococcus gattii, uma infecção primária, de
hospedeiro imunocompetente.
- + virulento e predileção SNC.
Transmissão pela inalação, é respiratória, porém não
é contagiosa.
- Acomete o sistema nervoso central após…
disseminação dos pulmões;
- Baixa imunidade - meningite criptocócica
sintomas: febre e cefaléia, raramente
alteração do nível de consciência
Fatores de virulência
● Cápsula (polissacarídeos) - depleção do sistema
complemento, reduzida resposta de anticorpos,
inibição da migração de leucócitos e da fagocitose.
● Produção de melanina - resistência às células
fúngicas contra ataque das células imunológicas
efetoras
● Atividade urease- fonte de nitrogênio -
sobrevivência no hospedeiro.
● Fosfolipase B1 - aderência ao epitélio pulmonar,
sobrevivência e replicação dentro de macrófagos e
disseminação através do sistema linfático e
hematogênico.
● Manitol - interfer na morte de fagocits pela remoção
de radicais hidroxila - minimiza o ambiente hostil do
interior do fagolisossomo
● Calcineurina A - crescimento a 37ºC em atmosfera
similar a 5% de CO2 e pH 7,3.
Síndromes
Criptococose
1. Gatos: lesões ulcerativas da mucosa do nariz,
boca e seios nasais
- Lesões cutâneas ulcerativas - origem
hematogênicas
- SNC
-
2. Em cães - localização mais comum: SNC
3. Bovinos: mastite com destruição do epitélio
lactífero (infecção por inoculação).
4. Equino: meningite, granulomas nasais e,
ocasionalmente, rinite e pneumonia
granulomatosa. Pode gerar donça intestinl,
endometrite e aborto.
Diagnóstico
● Líquor
● Fragmentos de tecido,
● Aspirados de lesões cutâneas
● Escarros
● Amostras do trato respiratório.
1. Exame direto
Com coloração da amostra com tinta, observa-se o
brotamento e a cápsula.
2. Cultura
● Ágar sabouraud
● Ágar níger: A enzima fenol-oxidase produzida pelo
microorganismo age sobre os compostos di ou poli
fenólicos e forma colônias com pigmentação marrom
mucóides devido a produção de melanina (doce de
leite)
● Ágar uréia: urease hidrolisando a ureia.
3. Auxanograma
Capacidade da levedura crescer aerobicamente na
presença de terminado carboidrato.
4. Zimograma
Capacidade de fermentação de diferentes
carboidratos.
5. Aglutinação em Látex
Observada a presença do antígeno desta levedura.
C. Neoformans XX C. gattii
Para diferenciar pode fazer uma prova C.G.B
(canavanina-glicina- azul de bromotimol - ph de 5,8 )
- única fonte de carbono e nitrogênio
- Incubação a 28ºC - 5 dias.
C. gattii: resistente a L- canavanina (metaboliza em
produtos não tóxicos) - usa glicina, produz amônia -
alteração do PH (alcalinização). Fica azul.
C. neoformans - susceptíveis a L- canavanina - não
usa glicina.
Tratamento
● Fluconazol: anfotericina B, cetoconazol itraconazol,
flucitosina,
● Desinfecção de superfícies com solução de cal
(máscaras)
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Quimioterapia antifúngica
As drogas antifúngicas necessitam de aplicação
clínica adequada.
Classificação dos anti fungos
Natural: antibióticos (produzidos por
microorganismos, que inibem ou matam outros
microorganismos
- Polienos
- Griseofulvina
Sintéticos ou semi- sintéticos: quimioterápicos
(sintetizados em laboratório)
- Flucitosina
- Derivados eólicos
- Alilaminas
- Derivados morfolínicos e outros…
Quanto a atividade:
Fungistática (impede o crescimento) ou fungicida
(mata/lisa diretamente as células).
- direta ou indiretamente (agentes químicos -
característica de modificar a condição local).
Quanto ao espectro
Amplo e restrito
Mecanismo de ação
1. Antifúngicos que atuam na síntese de
parede celular - glicana:
- Equinocandinas (pasogunfina,
micafungina, anidulafungina,
aminocandina). Atua no sistema
enzimática impedindo a síntese da
glicana que constitui a parede celular.
2. Antifúngico que atuam na membrana
plasmática:
- Poliênicos (anfotericina B e Nistatina).
1º mecanismo - se liga ao ergosterol,
forma poros/canais iônicos, que
destroem a integridade osmótica da
membrana e ocorre a perda de
constituintes intracelulares. 2º
mecanismo - geração de uma cascata
de reações oxidativas desencadeada
pela oxidação da própria anfotericina
B - dano direto > fungicida
- Azóis (imidazóis e triazóis): vão inibir a
enzima lanosterol 14- a- demetilase e
inibidas, não ocorre a síntese de
ergosterol, constituinte da membrana.
- Alilaminas (terbinafina, butenafina):
acúmulo de esqualeno no citoplasma e
falta de ergosterol nas membranas
3. Antifúngicos que atuam na inibição da
mitose:
- (griseofulvina): interação com os
microtúbulos que inibe a mitose
4. Antifúngicos que atuam na síntese do Ác
nucleico
- Flucitosina: atua como antimetabólito,
análogo da pirimidina fluorada (base
do DNA). Ele é semelhante a citosina, a
única diferença é que ele possui um
flúor no carbono 5 do anel.
A flucitosina entra na célula fúngica através de uma
enzima (permease citosina), quando entra é
desanimada pela citosina desaminase. Logo, tornando
-se 5-fluorouracil que é convertido em 5- fluoro desoxi
uridina monofosfato que compete com o monofosfato
de desoxiuridina, a timidilato sintase, que impede a
síntese de DNA e proteína.
Ou, a 5-fluorouracil pode ser convertido em ácido 5-
fluoruridilico, que compete com a uracila na síntese do
RNA formando um RNA defeituoso.
Resistência antifúngica
Resistência aos azóis:
1. mutação no Gene (ERG 11) codificaa
enzima-alvo lansterol 14-a-demetilase, assim
diminui a afinidade.
2. superexressão de ERG11 resulta na
superprodução da enzima-alvo, necessitando
maiores concentrações do medicamento
dentro da célula.
3. A indução da expressão de genes da principal
bomba de efluxo do tipo facilitador (MDR) -
expulsa o fármaco de dentro da célula para
fora
Resistência aos poliênicos
Diminuição da quantidade de ergosterol dentro da
membrana, gera o acúmulo de outro esterol, diferente
de ergosterol, com baixa afinidade pelos poliênicos -
fitoesterol. Assim ocorre o mascaramento de
ergosterol nas membranas celulares - pede a ligação
de moléculas o antifúngico no ergosterol.
Resistência a flucitosina
1. Captação diminuída do medicamento (perda
da atividade da permease).
2. Perda da atividade enzimática da citosina
desaminase
3. Perda da capacidade de converter a 5-FU em
5-FdUMP
4. Alteram ou aumentam os níveis e timidilato
sintase que interfere na ligação do constituinte
nela, fazendo com que ocorra a síntese de
DNA e proteína normalmente
Resistência à equinocandinas
Mutação no gene fsk1 e fks2 - genes que codificam
proteína integral de membrana que atuam no
complexo enzimático da síntese da glicana.
Resistência às alilaminas
Bomba de fluxo a multimedicmentos CDR1.
Falhas terapêuticas não parecem resultar da
resistência.
Testes de suscetibilidade
● Fornecem uma estimativa confiável da atividade dos
fármacos contra o organismo
● Correlação com a atividade antifúngica in vivo
● Monitoramento de resistência entre uma população
normal susceptível
● Avaliação de novas drogas antifúngicas
● Métodos qualitativos e quantitativo -CLSI
Teste qualitativo - antifungigrama
1. Fazer o isolamento fúngico em uma placa com o
meio de cultura e a partir dali pega umas 5 colônias de
fungos e suspende na suspensão fúngica salina (1 x
10^6 UFC/ml).
2. A suspensão vai adicionar em uma placa de ágar
muller- hinton, pega um swab e espalhe a suspensão
em 3 diferentes direções.
3. Com isso, coloca discos de papel filtro com os
antifúngicos e vai incubar (levar para estufa -
geralmente 16hrs À 27º). Ao retirar vai observar um
halo que será medido por uma régua e observar se foi
resistente ou sensível. A leitura ocorre de acordo com
uma tabela.
Teste quantitativa -E-test
Determina a concentração mínima inibitória (CIM).
Exemplo põe a concentração em uma fita em um
gradiente de concentração do antifúngicos,
Teste quantitativo - Diluição em caldo
● Leveduras - documento m27-s44
● Filamentoso - documento m38-A2
● ;CIM - inibição do crescimento fúngico.
Translúcido - o fungo não cresceu naquela
concentração
Como minimizar a seleção de cepas resistentes?
● Evitar o uso indiscriminado e antifúngicos
● Diagnóstico correto
● Tratamento adequado
● Utilizar dosagens adequadas e suficientes
● Mudar tão lo de antifúngico quando se observa que
o fungo possui sinais de resistência
● Fazer teste de susceptibilidade à droga quando
necessário.
micotoxinas
São metabólitos tóxicos secundários que são
produzidos por alguns fungos filamentosos.
● Importância em produtos agroalimentares
● Segurança sanitária de alimentos: aflatoxina,
Ocratoxina A, Fumonisina, Patulina, Zearalenona e
Deoxinivalenol (maiores micotoxinas)
Produção de micotoxinas pelos fungos
1. Leg: fase inicial de crescimento, quando o
microrganismo tem contato como ambiente
2. Log: fase de crescimento exponencial do
microrganismo
3. Estacionária: mesmo nº de microrganismo
que cresce é o mesmo que morre. Ocorre
alteração de ph, diminuição de nutriente
4. Morte: não há condições ambientais para o
crescimento e desenvolvimento do
microrganismo
A produção das micotoxinas é no final da fase
estacionária.
Fases de produção de alimentos até o consumo
humano
Deve haver cuidados na pré e pós colheita pois há
fungos que são patógenos de plantas
Micotoxinas em alimentos
- Grãos e rações (constantemente
contaminados)
Fatores que favorecem a contaminação: ambientais
como umidade do substrato, temperatura do
ambiente, métodos de processamento, produção e
armazenamento, tipo de alimento, fisiologia e
bioquímica do fungo.
Exposição
Efeitos agudos e crônicos (micotoxicose)
● Dor abdominal
● Dor de cabeça
● Náusea
● Vômito
● Diarreia
● Tontura
Transmissão por: inalação, ingestão, contato.
Não é transmitida de pessoa para pessoa.
A toxicidade depende de:
1. Quantidade ingerida
2. Tempo e via de exposição
3. Possíveis sinergias toxicológica
4. Idade
5. Sexo
6. Estado fisiológico
As micotoxinas podem ser carcinogênicas,
mutagênicas, teratogênicas, citotóxicas, neurotóxicas,
nefrotóxicas, estrogênicas, imunossupressoras.
Principais fungos
Aflatoxina (Aspergillus spp.) ……………………………….
Existem 4 aflatoxinas:
- B1, B2 : fluorescência azul violeta
- G1, G2 : fluorescência azul esverdeada
Carcinogênica - Classe 1 (IARC): B1
É biotransformada no fígado. Também pode ser
transformada em aflatoxina M1 e M2 que são
metabólitos hidroxilados das aflatoxinas B1 e B2.
A ingestão acomete o fígado, é hepatotóxico e a
absorção ocorre pelo trato gastrointestinal.
B1 tem capacidade de realizar ligação a ácidos
nucleicos e nucleoproteínas, causando alterações
genéticas também.
Afla - Aves
São acometidas em aves, ocorre aumento do fígado,
baço e rins e atrofia da bursa de fabricius e timo,
gerando uma imunossupressão.
Fígado:
- Coloração amarelada a amarelo - terra
- Friável
- Hemorragias múltiplas
- Deposição de gordura
Afla - bovinos
Já ocorreu prolapso retal, inchaço dos órgãos ,
hemorragias, apatia, anorexia depressão
Afla - suínos
● Danoso ao rim, baço, pâncreas.
● Redução do ganho de peso
● Redução no consumo da ração
● Diarréia
● Fezes com sangue
Em porcas prenhas: anorexia, icterícia, depleção de
linfócitos na área do epitélio germinativo.
Ocratoxina (Penicillium e Aspergillus sppp.) ……. ..
Ocratoxina A, B e C
Carcinogênica: classe 2B (IARC): B
● Aspergillus - climas mais quentes e tropicais
● Penicillium - climas mais temperados
Café, vinho, frutos secos, cereais e seus derivados.
● Molécula moderadamente estável aos
procedimentos
● Ela tem absorção rápida no estômago e lenta no
intestino.
● No sangue ela se liga à albumina
● É nefrotóxica.
OTA- Aves
Análogo à fenilalanina e gera a inibição da síntese de
proteína.
● Inibição enzimática (gliconeogênese) - alteração do
metabolismo de carboidrato
● Diminuição da concentração de glicogênio -
aceleração da decomposição do glicogênio, inibição
do transporte ativo da glicose no fígado, inibição da
glicogênio sintase
Gera perda de peso, redução da conversão
alimentar, diminuição de ovos, danos renais -
depleção renal de albumina - hipoproteinemia e
hipoalbuminemia.
Nefropatia - atrofia e degeneração dos túbulos
proximais e distais + Fibrose intersticial
Efeitos degenerativos no fígado e rim, mudanças
generativo do órgãos linfóides, degeneração e edema
no cérebro, hemorragia musculares e adenocarcinoma
OTA- suínos
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MICOTOXINAS
Fumonisinas ………………………………………………………………………………………
Fusarium verticillioides, F. proliferatum e F.
moniliforme.
Encontrado em: Milho e sorgo
●Fígado e rim - retêm a maior parte
● Interfere na biossíntese de esfingolipídios e turnover
de esfingosina.
- Inibidores competitivos: esfinganina N-
aciltransferase,Esfingosina N- aciltransferase >
análogas de bases esfingídeos, se ligam
naquela região onde se ligaria a enzima e
promove a desordem.
● São produzidos no R.E
FBS - homens
Carcinogênica - classe 2B (câncer esofágico) e gera
alterações no tubo neural.
● Intoxicação aguda: dor abdominal e diarreia
FBs- Equinos
Leucoencefalomalácia equina
FBs- suínos
Edema pulmonar, hidrotórax, lesões hepáticas,
lesões hiperplásicas na mucosa esofágica.
● Gestante: Desenvolvimento do feto
● Aumento do peso dos pulmões
● Edema pulmonar
● Distúrbios respiratórios
FBs - Aves
Diminuição do peso corporal e da média de ganho de
peso diário
● Aumento do peso do fígado, proventrículo e moela, e
os níveis séricos de cálcio, colesterol e da enzima
aspartato aminotransferase
● Atrofia do timo, hiperplasia biliar e necrose hepática
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Zearalenona ………………………………………………………………………………………..
F. gramminearum. F. culmorum F. cerealis. F,
esquiseti. F. crookwellense. F. semitectum
● Micotoxina estrogénica não esteróide
● Lactona e ácido fenólico resorcílico
● Fluorescência azul
● Encontrada em: milho, aveia, centeio, cevada,
arroz e trigo. Culturas de inverno.
● Metabolização no fígado.
Mecanismo de ação: é transportada através da
membrana e compete com o hormônio (17B-
estradiol) e se liga a receptores citosólicos, formando
um complexo ZEA-E-2R que se ligam a receptores
nucleares E2 e altera a síntese de mRNA.
● Geram efeitos anabólicos e estrogênicos.
Zea- humanos
Nascimento de bebês prematuros: telarca prematura e
puberca precoce. Aumento da mama na pré
puberdade em meninos e pseudopuberdade nas
meninas.
Zea- suínos
● Edema da vulva, do útero e dos mamilos.
● Prolapso vaginal e infertilidade
● Maior secreção das células endometriais, síntese das
proteínas uterinas, peso do trato reprodutivo
● Pseudogestação
● Leitões natimortos
● Machos: atrofia testicular, hipertrofia de glândulas
mamárias, edema do prepucio, diminuição da libida, e
feminização.
Zea- bovinos
● Hiperestrogenismo, redução de fertilidade e repetição
de cio.
● Secreção vaginal, edema de glândula mamária, vulva
e útero. Morte embrionária e aborto.
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Desoxinivalenol ……………………………………………………………………
F. graminearum e F. culmorum
●Tricoteceno classe B
●Vomitoxina - consumo por suínos
●Neurotoxina: teratogênica e imunossupressora
● Encontrada em: cereais, trigo, centeio, aeia,
cevada, milho e arroz.
● Rápida absorção e distribuição no organismo. O
fígado é o primeiro órgão afetado após absorção,
seguido do rim, baço, coração e cérebro.
Ação: Inibição da síntese proteica - peptidil transferase.
- Interfere no alongamento/terminação da
síntese
Baixa dosagens > estresse ribotóxico - ativa as vias de
sinalização das mitogen activated protein kinases
(MAPKs)
- Maior índice apoptótico
- Interferência na fosforilação - transcrição de
mRNA e tradução
Maiores dosagens ativa o p38 e faz a inibição da
síntese protéica.
No sistema nervoso leva alteração do a.a tpr que atua
na síntese de serotonina, e, quanto mais serotonina no
sistema nervoso, gera uma anorexia.
- Menor status imunitário - inibição da síntese
proteica e levando a depleção dos folículos
linfóides.
Don- homens
Agudo - Náusea, vômito, diarreia, dor abdominal,
perda de peso, dor de cabeça, tontura e febre,
imunossupressão.
Don- suínos
● Perda da função da parede intestinal - decréscimo da
expressão da proteína claudina-4.
● Menor ganho de peso
● Menor taxa de síntese de albumina e linfócitos
● Alterações reprodutivas - menor oócitos e embriões
Imunotóxico: Inibidor de síntese proteica, quebras de
ingestão e de produção, menor gordura do leite, maior
contagem de células somáticas, alterações
metabólicas e imunodepressão.
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Malassezia spp
● Lipofílicas
● Lipodependentes
● Organismos pleomórfico
● Células globosas ou elipsóides
● Brotamento único “colarete”
● Parede celular espessa, com várias camadas
● Reprodução assexuada
● Aeróbias
● Não ferramentas
● Urease-positivos
1 2
3
1. Furfur
● Branco-fosco textura cremosa
● Formas e tamanhos variáveis
● Cilíndricas
● Ovais e esféricas
● Crescimento de 37ºC a 41ºC
● pH alto
Pachydermatis
● Cor creme, com textura macia
● Células ovais pequenas
● Crescimento exacerbado quando se adiciona lipídio
ao meio de cultura
● Tº ideal é de 37ºC
● Zoofílica
Globosa
● Colônias elevadas, dobradas, rugosas, ásperas e
quebradiças
● Amarela clara
● Forma esférica
● Produz filamentos curtos
● Crescimento é limitado a 37ºC
Importância
Homem: Pitiríase versicolor, uma micose superficial
Transmissão: infecções em caso de alimentação
parental com lipídios.
Animais:
● Otites com secreção escura e odor intenso
● Eritemas cutâneos geralmente com ou sem
exsudação
● Prurido, hiperpigmentação, crostas, escamas secas
ou úmidas
● Foliculites
● Infecções ungueais
● Dermatites localizadas com ou sem alopécia
Transmissão: doença iatrogênica na transmissão da
levedura de um cão com otite externa a um paciente
humano
Patogenia
● Depende da idade, sexo, raça, predisposição genética
e fatores geoclimáticos.
● Má nutrição, avitaminoses gravidez, diabetes,
corticoterapia prolongada, terapia parental,
contraceptivo oral e imunodeficiência > fatores que
favorecem
Máculas
- Hipocrômica: pouca pigmentação, acúmulo
de sub. lipídica símile na camada córnea -
bloqueia a penetração da luz ultravioleta
- Hipercrômica: aumento das melanossomas
Fatores de virulência
- Fosfolipase: produção de metabólitos do
ácido araquidônico - inflamação cutânea com
resposta inflamatória.
- Melanina: capacidade de colonização e
aumento da sobrevivência sobre ou dentro do
hospedeiro.
- Urease: fonte de nitrogênio.
- Protease: mediação do catabolismo de
proteína - degradação de alvos proteicas
específicos: aquisição de nutrientes e
aderência a superfície da pele.- Biofilme: adesão a células epiteliais.
Manifestação clínica
● Micose superficial
● Máculas e/ou prurido
● Conhecida como micose da praia ou pano branco
● Não contagiosa
● Maioria assintomática
Em animais:
M. pachydermatis
● Pele de condutos da orelha externa de cães, gatos e
equinos
- Devon rex, possui naturalmente um número
mais elevado de fungos malassezia spp.
Predisposição do animal, alterações no microambiente
e nas defesas do animal, microambiente da pele ou
conduto auditivo ricos em lipídios e desordens
imunológicas tornam os animais mais susceptíveis.
O microambiente pode ser alterado por: excessiva
produção de gordura, diminuição da qualidade da
gordura, aumento da umidade, rachaduras na
superfície epidérmica, doenças que levem a
inflamação cutânea e alterem a produção de gordura
Cães: Lesões dermatológicas localizadas ou
generalizadas em ambiente relativamente quente e
úmido da pele. Leva o prurido e o odor intenso.
- Dermatite localizada: focinho, rosto e orelhas e
área ventral e membros. Ligeiramente
amareladas a acinzentadas
Gatos: com pele oleosa e problemas de ouvidos,
diabetes, câncer e vírus imunodeficiência felino são
mais susceptíveis.
Equino: em um tennessee walking horse foi visto
alopecia difusa, não inflamatória, sem exudato ou
crosta
Diagnóstico laboratorial
● Lâmpada de wood - fluorescência
- U 360mm
- Metabólitos pityrialactona
- Verde-amarelada
● Raspagem da lesão
● Fita durex
● Swab.
● Isolamento
- meio dixon (contém ácido. oleico e glicerol)
- Ágar sabouraud (azeite de oliva, cloranfenicol ,
cicloheximida
- 35º a 37º de 3 a 6 dias.
● Esculina
- hidrólise da esculina > esculetina + glicose. A
esculetina
● Catalase
- quebra do peróxido de hidrogênio em O2 e
água.
● Assimilação do tween 20, 40, 60 e 80
- surfactante não iônico, ésteres de ác. gracos
de polioxietileno sorbitol
- positivo - zona de precipitação
- em ágar sabouraud
Tratamento
Uso tópico: nistatina, clotrimazol e miconazol
Shampoo: iconazol + clorexidina
Sistêmico
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Considerações
● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação.
● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens.
● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com
o instagram por favor.
● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos e o valor da mesma é
apenas pelos conteúdos digitados.
● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como
descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário
estudar o conteúdo dado em sua graduação também.
Bacteriologia
Animal
larivet.resumos
Sumário
● Introdução à Microbiologia ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….
● Biossegurança ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...
● Nutrição microbiana ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………....
● Metabolismo microbiano ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..
●Genética Microbiana …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...
● Microbiota …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...
● Identificação de bactérias ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
●Quimioterapia antimicrobiana …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………
● Staphylococcus spp. ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..…………....
● Streptococcus spp. ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………....
● Enterobacteria ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..
● Mycobacterium spp. ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………....
● Brucella spp ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….................................
● Bacillus ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….................................................
●Clostridium spp ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………......................
Microbiologia
Área da ciência que se dedica ao estudo de
organismos que somente podem ser visualizados
no microscópio.
A microbiologia é importante pois é base de diversas
disciplinas, sendo a metade da biomassa do planeta
constituída por microrganismos. Logo, é importante
para a sobrevivência dos seres humanos, plantas e
animais, doenças infecciosas, reciclagem de
resíduos, produção de antibióticos, vitaminas,
indústria de alimentos e combustíveis, engenharia
genética e etc.
Origem dos micro-organismos
Primeiros seres vivos a colonizarem a terra, há 3,5
bilhões de anos. As bactérias fotossintetizantes,
respiravam dióxido de carbono e liberavam oxigênio,
assim surgiu o oxigênio e daí começaram a surgir
vidas provenientes do oxigênio.
Descoberta: ocorreu em 1665, Robert Hooke observou
estruturas chamadas de pequenas caixas que eram
células, trazendo a teoria celular que diz que todas as
coisas vivas são compostas por células e a partir
dessa análise começaram outras investigações
baseados nos estudos dele.
● Abiogênese: formas de vida poderiam surgir
espontaneamente da matéria em decomposição.
Teoria derrubada por Francesco Redi (1968)
● Louis Pasteur (1862): qualquer forma de vida só
pode provir de outra pré-existente, mas não pode ser
formado de matérias em decomposição.
Critérios da patogenicidade
Postulados de Koch - A presença de um
microorganismo em indivíduos doentes não comprova
sua importância patogênica. Só se comprova a partir
desse critérios.
1. O microrganismo suspeito estava em todos os casos
da doença
2. O micro-organismo é isolado em tal doença e se
propaga em culturas puras
3. Produz a doença original em um hospedeiro
experimental
4. O microorganismo pode ser isolado como base
nessa infecção experimental.
Idade de ouro (1857 a 1914)
Teve a descoberta de agentes de muitas doenças e a
da imunidade na prevenção e na cura das doenças,
além dos avanços e estudos de atividades químicas e
micro-organismos, técnicas de microscopia e cultivo
de micro-organismo e desenvolvimento de vacinas e
técnicas de cirurgias.
Classificação microbiana:
● Classificação de lineu: classifica os seres vivos de
acordo com ass características/semelhanças
anatômicas dividendo em reino animalia e plantae
● Classificação de Haeckel: adotou mais um reino, o
protista.
Primeira letra maiúscula e outras minúsculas, nome
em itálico e nome formado por um epíteto
genérico (gênero) e um epíteto específico (espécie),
e sublinhar.
Classificaçãomicrobiana
●Robert Whittaker: Baseada nas características
fisiológicas: Tipo de célula, organização celular e
nutrição
● Carl Woese: baseado em aspectos evolutivos a partir
da comparação de sequências de rRNA
Tipos: ●Bactérias ●Vírus ●Fungos
BACTERIOLOGIA
Bactérias
● Procariontes
● Organismos unicelulares muito pequenos (0,5 e 5
micrômetro)
● Bactérias e as arqueobactérias
● Autotróficos e heterotróficos
● Saprófitas
Estrutura
a maioria possui paredes celulares
Citoplasma, ribossomas, membrana plasmática e
núcleiode contendo DNA são as únicas estruturas que
TODAS bactérias possuem.
1. Ribossomos: síntese proteína e composto por
subunidades (ptn e RNA ribossômico).
2. Nucleóide - cromossomo: informação
genética da célula, tem DNA circular e é
fechado covalentemente, além disso não
possui ptns histonas e outras. Tem estilo
semiconservativo (surge a partir de fitas
moldes) e seus genes são organizados em
Operons.
Nucleóide - plasmídeos: pequenas moléculas de DNA
de fita dupla, circulares, elementos genéticos
extracromossômicos, replicação independente do DNA
cromossômico, contêm genes que conferem
determinada propriedade especial à célula.
Transportam informações genéticas.
Inclusões
● Grânulos: As celulas podem acumular certos
nutrientes quando eles são abundantes e usá-los
quando estão escassos no ambiente
● Vesículas de gás: mantêm a flutuação para receber
quantidade suficiente de oxigênio, luz e nutrientes.
Geralmente me baterias aquáticas
● Endósporos bacterianos: células desidratadas
altamente duráveis, com paredes espessas e camadas
adicionais. Serve de proteção contra condições
adversas como exposição a muitas substâncias
químicas tóxicas, temperatura extremas, falta de água
e nutrientes, radiação;
Processo de esporulação: sobre uma invaginação
formando um septo, havendo a formação de duas
membranas plasmática, essas membranas englobam
o material genético dentro da célula e dentro dessas
membranas formam uma camada de parede celular e
uma camada extra de proteína. Essa capa de
proteína dá a proteção contra a diversidade de
ambiente. A célula vegetativa se rompe e o esposo sai
daí. OBS: o ácido dipicolínico é fundamental para a
retomada do metabolismo
O endósporo podem ser classificados de acordo com
sua posição: central, terminal ou subterminal
3. Membrana plasmática: composta de
fosfolipídios e proteínas (integrais, de
transporte e periférica). Tem como função
fazer uma barreira, tem uma permeabilidade
seletiva, além da digestão de nutrientes e
produção de energia. Possuem enzimas.
4. Parede celular: rede macromolecular
denominada peptideoglicano (mureína), é
uma estrutura complexa, semirrígida. Protege
contra alterações do ambiente, ancoragem de
flagelos e é responsável pela forma da célula.
Ela auxilia na divisão em dois grupos: bactérias
gram positiva e gram negativa, baseada na técnica
de coloração.
A bactéria que a camada de peptideoglicano
espessa, são as gram positivas, já as gram negativas
possuem uma delgada parede celular porém tem
uma membrana externa.
● Coloração: Inicialmente adiciona o Cristal
violeta, em seguida o iodine que vai dificultar a saída
do corante. A gram positiva tem parede mais espessa
e a probabilidade de sair é menor e a gram negativa
a probabilidade de saída é maior porém tem uma
membrana externa que protege. Logo, utiliza-se o
álcool para degradar a membrana externa e depois
contracora com outro corante. As gram positivas com
violeta não tem espaço pra corar, assim, vai corar a
outra que estava sem (gram-negativa).
A parede celular gram positiva contém ácidos
lipoteicóico e os ácido teicóicos que se ligam e
regulam o movimento cátions para dentro e fora da
célula. Tem papel de crescimento celular impedindo a
ruptura extensa de rede e a possível lise celular,
fornecem boa parte da especificidade antigênica da
parede. Já, a Gram negativa contém uma membrana
externa composta por lipopolissacarídeos,
fosfolipídeos e lipoproteínas. É importante na evasão
da fagocitose e nas ações do complemento, serve de
barreira (antibiótico, lisozimas, detergentes, metais
pesados, sais biliares e alguns corantes - não
fornecem uma barreira para todas as substâncias), e
tem sua permeabilidade devido a porina, proteína que
formam canais específicos para passagem de
determinadas substâncias.
Lipopolissacarídeos: Contém lipídios e
carboidratos. É composto por:
●Polissacarídeo O: funciona como antígeno, diferencia
espécies de bactérias gram -
● Cerne polissacarídeo: é ligado ao lipídio A e contém
açúcares incomuns, Fornece estabilidade
● Lipídeo A (endotoxina): responsável pelos sintomas
como febre, dilatação dos vasos venosos, choque e
formação de coágulos sanguíneos.
5. Cápsula (glicocálix)
Polímero viscoso e gelatinoso, é um polissacarídeo,
polipeptídeo ou ambos. É produzido dentro da célula e
secretado para superfície, impede a fagocitose,
permite a adesão e colonização, protege contra
desidratação, inibe o movimento dos nutrientes para
fora da célula e é fonte de nutrição.
6. Flagelo
Apêndice filamentoso que propele as bactérias. Sua
morfologia é helicoidal e realiza movimento natatório
(rotação) por uma força eletromotriz.
7. Pili/fímbrias
Apêndices filamentosos mais cursos, retos e finos que
flagelos, consistem em uma proteína denominada
pilina.
●Fímbria: aderência
●Pili: transferência de DNA (plasmídeo)
Morfologia e arranjo
●Cocos: células bacterianos redondos
●Bacilos: bastonetes
●Outros: vibrião (bastonete curvo), espiral,
espiroquetas (saca rolha).
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Biossegurança
Conjunto de medidas voltadas para a prevenção,
controle, minimização ou eliminação dos riscos
presentes nas atividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação
de serviços que possam comprometer a saúde do
homem (principalmente do profissional), dos animais,
a preservação do meio ambiente e/ou a qualidade
dos trabalhos desenvolvidos.
Comissão de biossegurança
● Implementar as normas preconizadas a fim de
prevenir riscos a funcionários, alunos, pacientes e meio
ambiente;
●Padronizar e normatizar procedimentos que
regulamentem as normas de segurança;
● Identificar e classificar a área de risco;
●Estabelecer programas de treinamento para
prevenção de acidentes e monitorar acidentes de
trabalho.
Classificação dos laboratórios, segundo Nível de
Biossegurança
● Determinado de acordo com o agente biológico
● Não se conhece a patogenicidade do agente
biológico
● As características físicas, estruturais e de contenção
de um laboratório determinam o tipo de
micro-organismo que pode ser manipulado em suas
dependências.
Nível de Biossegurança 1 (NB1) ………………………… …
Adequado ao trabalho que envolve agente com
menor grau de risco (Classe de Risco I).
Nível de Biossegurança 2 (NB2) …… …… ……
Adequado ao trabalho que envolve agente de risco
moderado para profissionais e meio ambiente , em
geral causadores de doenças infecciosas (Classe de
Risco II).
Nível de Biossegurança 3 (NB3) … …
Adequado ao trabalhode micro-organismo de
elevado risco infeccioso (Classe de Risco III) podendo
causar doenças sistêmicas e potencialmente letais.
Nível de Biossegurança 4 (NB4) … …
Adequado ao trabalho de micro-organismo que
possuem alto risco de infecção individual e
transmissão pelo ar (Classe de Risco IV) e sempre que
envolver OGM
Comissão de Biossegurança em Saúde
• Ajuda na classificação de Risco dos Agentes
Biológicos
• Padronização e categorização dos microorganismos
• Classificar novos agentes que vêm surgindo.
Os micro-organismos = risco de causarem danos
aos profissionais que trabalham com eles e à
coletividade.
Classificação do agentes de risco biológico
- Critérios – base para classificação de risco!!
• a patogenicidade para o homem,
• a virulência,
• o modo de transmissão,
• a endemicidade
• a existência ou não de uma terapêutica eficaz.
Classe de risco
Classe de Risco 1: Grupo de risco com nenhum ou
baixo risco individual e coletivo. Um
micro-organismo que provavelmente não pode causar
doença no homem ou num animal.
Classe de risco 2: Grupo de risco com risco individual
moderado, risco coletivo baixo. A exposição ao
agente patogênico pode provocar uma infecção no
homem ou no animal, mas existe um tratamento
eficaz, além de medidas de prevenção, com risco de
propagação de infecção limitado.
Classe de Risco 3: Risco individual elevado, baixo
risco comunitário. O agente patogênico pode
provocar enfermidades humanas graves, podendo
propagar-se de uma pessoa infectada para outra,
entretanto, existe profilaxia e/ou tratamento.
Classe de Risco 4: Grupo de risco com alto risco
individual e coletivo. Um agente patogênico que
causa geralmente uma doença grave no homem ou
no animal e que se pode transmitir facilmente de uma
pessoa para outra, direta ou indiretamente. Nem
sempre estão disponíveis um tratamento eficaz ou
medidas de prevenção.
Classe de Risco Especial ou Classe de Risco 5: O
risco de causar doença animal grave e de
disseminação no meio ambiente é alto. Aplica-se a
agentes, de doença animal, não existentes no País e
que, embora não sejam patogênicos de importância
para o homem, podem gerar graves perdas
econômicas e na produção de alimentos. Os agentes
dessa classe devem ter sua importação proibida e,
caso sejam identificados ou suspeitada sua presença
no país, devem ser manipulados em laboratórios de
contenção máxima, ou seja, NB4.
Lei de biossegurança
• Lei N° 8.974, de Janeiro de 1995 - Lei de
Biossegurança estabelece as diretrizes para o controle
das atividades e produtos originados pela tecnologia
do DNA recombinante.
• Lei Nº 11.105, de 24 de março de 2005 - estabelece
normas de segurança e mecanismos de fiscalização
sobre a construção, o cultivo, a produção, a
manipulação, o transporte, a transferência, a
importação, a exportação, o armazenamento, a
pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação
no meio ambiente e o descarte de organismos
geneticamente modificados – OGM e seus derivados,
tendo como diretrizes o estímulo ao avanço científico
na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção
à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a
observância do princípio da precaução para a
proteção do meio ambiente.
Biosseguridade
O conjunto de medidas de proteção de uma
instituição e dos trabalhadores necessárias para evitar
a perda, o roubo, o uso incorreto ou a liberação
intencional de patógenos e toxinas (bioterrorismo).
Equipamentos de proteção para o laboratório de
microbiologia
1. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC
• Cabine de segurança Biológica
- Classe I – deixam o ar ambiente entrar em
contato com o material a ser processado,
embora este ar, ao sair da cabine, seja filtrado
e saia estéril.
- Classe II – Esterilizam o ar que entra em
contato com o material a ser processado e o
ar que sai da cabine. Maior parte dos
laboratórios de microbiologia.
- Classe III – São hermeticamente fechadas,
trabalhando com ar estéril e pressão negativa.
2. Equipamento de Proteção Individual - EPI
Vidrarias
Equipamentos
Boas Práticas Laboratoriais
• Proibido comer, beber, fumar, guardar alimentos e
aplicar cosméticos na área técnica
• Prender cabelos e evitar o uso de bijuterias e
adereços
• Vedado o uso de calçados abertos como sandálias e
chinelos
• Toda amostra biológica deve ser considerada como
potencialmente contaminada
• Obrigatório o uso de EPIs
• Proibido pipetar com a boca
• Obrigatória a descontaminação de bancadas antes
de depois do desenvolvimento de atividades. Também
desinfetar pisos, paredes e outros locais necessários
• Proibido reencapar e entortar agulhas após o uso
• Nunca manipular material não identificado
• Segregar e acondicionar adequadamente os
resíduos biológicos e químicos
• Depositar todo o material contaminado em
recipientes apropriados para autoclavação.
Antissepsia as mãos antes e depois
Corte e queimaduras
Cortes e queimaduras que venham a ocorrer durante
o processamento do material devem ser rapidamente
cuidados. Pessoas com lesões de pele devem evitar o
manuseio de material biológico.
Classificação de resíduos
A1
Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de
fabricação de produtos biológicos, exceto os
hemoderivados; descarte de vacinas de
microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura
e instrumentais utilizados para transferência,
inoculação ou mistura de culturas; resíduos de
laboratórios de manipulação genética.
• Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora
sem tratamento prévio.
• Devem ser inicialmente acondicionados de maneira
compatível com o processo de tratamento a ser
utilizado.
Métodos de Esterilização e Desinfecção
Métodos físicos - calor, filtração e radiação
Métodos químicos - compostos fenólicos, clorexidina,
halogênios, álcoois, peróxidos, óxido de etileno,
formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético
Processo Físico – calor úmido
Fervura
• Formas vegetativas dos patógenos bacterianos,
quase todos os vírus, e os fungos e seus esporos
• Temperatura de 100ºC por 10 minutos
• vírus da hepatite - sobrevive a até 30 minutos
• alguns endósporos bacterianos = mais de 20 horas
Autoclavação
• Vapor sob pressão = em torno de 15 psi (121ºC) – 20
minutos
• Falha = quando o ar não é completamente removido
• Micro-organismos e endósporos – exceto príon
Pasteurização
• Alta temperatura e curto tempo (HTST) -
temperaturas mínimas de 72ºC, por 15 segundos
• Temperatura ultraelevada (UHT) - temperatura de
140ºC por 4 segundos
• Eliminação e diminuição das contagens bacterianas
totais
Tindalização
• Temperatura de 60 a 100ºC por 30 minutos
• Resfriamento
• Repetições de 3 a 12 dias consecutivos – intervalos de
24h
• Eliminação: forma vegetativa – fungo e bactérias
Processo físico - calor seco
Flambagem
• Promove a oxidação dos constituintes celulares
Forno Pasteur
• Circulação ar quente – controlado por termostato
• Esterilização: vidraria vazia, seringas de vidro,
agulhas, instrumentos cortantes
• 160ºC a 170C, durante 2 horas
Incineração
• Queima até se tornarem cinzas
• Animais e de produtos de origem animal que
apresentem risco biológico.
• Copos de papel, curativos contaminados, carcaças
de animais, sacos e panos de limpeza.
Filtração
Filtros de membrana
• 0,1 mm de espessura
• Poros: 0,01μm, 0,22μm e 0,45 μm
Os poros do filtro de membrana são menores que as
bactérias, e assim, elas são retidas no filtro.
Radiação
Radiações ionizantes = possui energia para ionizar
átomos e moléculas
• Raios gama - Raios X - Feixes de elétrons de alta
energia
• Penetração
• Teoria-alvo da lesão por radiação
• Partículas ionizantes, ou pacotes de energia, passam
através ou junto a porções vitais da célula; isso
constitui os “golpes”.
• Mutações = morte do micro-organismo
O principal efeito é a ionização da água do
citoplasma , que forma radicais hidroxila altamente
reativos. Esses radicais reagem com os
componentes orgânicos celulares, especialmente o
DNA.
Radiações não-ionizantes
• Raio Ultravioleta – Raio Infravermelho
• Baixa penetração
• Raio UV = Causam danos ao DNA ou RNA do
micro-organismo
• Raio IV = geramcalor na superfície de contato, e o
calor
produzido mata o micro-organismo
• Controle de ambientes fechados com lâmpada UV
(germicida)
Processo Químico – Esterilizantes
Óxido de etileno
• Alta penetração - período de exposição prolongado
• Esterilizante em temperatura relativamente baixa
• Bactericida, esporicida e virucida
O gás é tóxico e explosivo em sua forma pura =
misturado a CO2.
Aldeídos
• Formaldeído = forma líquida ou gasosa por 18 horas
• Glutaraldeído = 8 a 12 horas = material de acrílica,
cateteres, drenos, nylon, silicone, teflon, pvc,
laringoscópicos e outros
• Bactericida, tuberculocida e viricida = 10 minutos
• Esporicida = 3 a 10 horas
Função: Altera os ácidos nucleicos e a síntese de
proteínas dos micro-organismos
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Nutrição microbiana
As bactérias precisam de nutrientes para se
desenvolver e os nutrientes são unidades químicas
utilizadas na construção e manutenção da
estrutura e organização celular e um organismo. O
microorganismo mais adaptado é o consegue utilizar
variadas fontes de nutrientes
Macronutrientes: são elementos essenciais
requeridos por todas as bactérias para a síntese dos
constituintes e funções celulares.
Micronutrientes ou elementos traços: requeridos em
quantidades muito pequenas ou únicas.
Fatores orgânicos de crescimento: requeridos em
quantidade relativamente baixa, e somente por
algumas bactérias que não podem sintetizá-los,
devendo ser obtidos do meio natural ou artificial em
que vivem. Ex: Vitaminas, aminoácidos, purinas e
pirimidinas.
Classificação energética dos micro-organismos
Quimiotróficos
Fototróficos:
Comportamento frente ao oxigênio
Aeróbicos obrigatório: só crescem na presença do
oxigênio.
Anaeróbios: não precisam de oxigênio para o
crescimento
- Anaeróbios facultativos: crescem na
presença do oxigênio mas também podem
crescer na ausência dele.
- Anaeróbios obrigatório: não crescem na
presença do oxigênio
- Anaeróbios aerotolerantes: creme sem o
oxigênio mas toleram a presença de uma
quantidade pequena de oxigênio.
Microaerófilos: cresce somente na presença do
oxigênio mas o oxigênio não precisa estar em grande
concentração.
Efeitos da temperatura
A velocidade da maioria das reações químicas
aumenta com o aumento da temperatura. As
moléculas movem-se mais lentamente em baixas
temperaturas do que em altas (podem não ter energia
suficiente para causar uma reação química).
● Psicrófilos: crescem em tº baixas (15ºC), encontrados
em oceanos e regiões da Antártica, não causam
problemas na preservação de alimentos.
●Psicotróficos: crescem em temperatura de
refrigeradores (20 a 30ºC), encontrados em alimentos
estragados.
●Mesófilos: bactérias que crescem em temperatura
corporal (25 a 40ºC), encontrado no corpo dos animais
e são conhecidas como as bactérias patogênicas,
elas degradam alimentos.
●Termófilos: vivem em ambiente com tº alta (50 a
60ºC), encontrada em ambiente de águas termais
PH
A maioria das bactérias crescem melhor em uma faixa
estreita de Ph perto da neutralidade. Há também
bactérias acidófilos (ambiente ácido) e alcanifilicos
(ambiente base). No cultivo em laboratório, com
frequência produzem ácidos que algumas vezes
interferem com seu próprio crescimento.
Efeito da pressão osmótica
Bactérias que não crescem na presença de sal são as
não halófilas, as que toleram ambiente de sal são as
Halotolerantes e os Halófilos extremos são as que
vivem em ambientes com muita presença de sal.
Meios de cultura
É a mistura de nutrientes requeridos para a
sobrevivência e crescimento microbiano em um
sistema artificial. São utilizados em análises
laboratoriais e estudos científicos para o cultivo e
identificação de micro-organismos
Ágar- ágar ……………………………………………………….
Extraído de algas Rhodophyta e passa por um
tratamento térmico para retirar impurezas. É a
substância usada para cultivar as bactérias,
considerado o “alimento delas”.
Constituição: agarose e agaropectina
(polissacarídeos)
Quanto à consistência do ágar-ágar:
1. Sólido (1,5-3g): Permite o isolamento de
visualização das colônias que podem
apresentar diferentes cores e morfologia.
Observação da pureza colônia;
2. Semi-sólido (0,1 - 1,1 g%) menor concentração
de ágar-ágar.
3. Líquido (0% de ágar-ágar): crescimento
avaliado através da turvação do caldo. Usado
para repiques - reativação de colônias;
Quanto à composição:
Meios sintéticos ou definidos
Meios complexos
Meio básico
Meios de uso em geral servem para cultivo de
microrganismos. É usado como base no preparo de
outros meios.
Meio enriquecido
Meio enriquecido com determinados nutrientes que
potencializam/favorecem o crescimento de
determinados micro-organismos.
Meio seletivo
Meio com substâncias que inibem o crescimento de
microorganismos indesejáveis e seleciona os que se
pretende isolar.
Meio diferencial
Permite que o microrganismo produz reações que
podem ser usados na sua diferenciação;
Crescimento de divisão celular
Ocorre por fissão Binária e envolve um conjunto de
proteínas conhecidas como Fts
Recrutamento de outras proteínas: formação da P.C
Crescimento populacional
O tempo de geração varia entre os organismos e de
acordo com as condições ambientais.
● O número total de células e a massa duplicam-se,
ocorrendo um crescimento exponencial (potência de
2).
Fases de crescimento
Curva de crescimento: crescimento das células em
função do tempo
1. Fase lag: tempo zero que pode durar dias ou
horas e não vai haver crescimento/divisão
celular.
2. Fase log: onde as bactérias estão utilizando os
nutrientes e estão crescendo.
3. Fase estacionária: fase onde o mesmo
número de bactérias que crescem e se
multiplicam estão morrendo. Os nutrientes
estão se esgotando, ocorre maior
acidificação do meio e outros...
4. Fase de morte celular: quando todos os
nutrientes se esgotam e ocorre a morte.
5.
As fases de crescimento são fundamentais para
entendermos a dinâmica das populações e o
controle durante a preservação ou a deterioração
de alimentos, a microbiologia industrial (como a
produção de etanol) e o curso e o tratamento de
doenças infeciosas.
Obtenção de culturas puras por semeadura por
esgotamento
Para a obtenção de amostras puras deve-se conter
apenas um tipo de microrganismo.
Deve-se verificar a pureza da amostra e realizar o
método correto de assepsia para impedir
contaminações.
Isolamento de microrganismos: técnica de
esgotamento do inóculo por estrias
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METABOLISMO MICROBIANO
Soma de reações químicas que acontecem dentro de
uma célula que são necessárias para a produção de
energia.
Reação catabólica: transferem energia de moléculas
complexas para o ATP. Quebra de moléculas
complexas pra mais simples
Reação anabólica: transferem energia do ATP para
moléculas complexas.
É na membrana celular que é o centro metabólico
da célula procariota, pois as bactérias não tem
mitocôndria.
Catabolismo …………………… ……………...
Catabolismo dos carboidratos
Glicose é o carboidrato primordial do catabolismo
onde ocorre a quebra das moléculas para produzir
energia- Enzimas da glicólise catalisam a quebra da
glicose
Respiração e Fermentação
A síntese de atp se dá pela fosforilação e pode
acontecer por fosforilação a nível de substrato
(fermentação e respiração) e/ou fosforilação
oxidativa.
1. Geração de ATP
2. Fosforilação em nível de substrato
3. NADH
4. Saldo de 2 atps gerados
Fermentação …………………………………… ……………….
●Compostos orgânicos são parcialmente degradados.
●Não requer ciclo de kers ou cadeia de transporte de
elétrons
●Utiliza moléculas orgánicas como aceptor final de
elétrons
● Não requer oxigênio e produz pequenas quantidade
de ATP
Dentro da fermentação tem a fermentação láctica
que produz ácido láctico. Realizada por bactérias
cariogênicas
Dentro da fermentação tem a fermentação alcoólica
que produz etanol. Realizada por bactérias e
leveduras.
Metabolismo respiratório
Ciclo do ácido tricarboxílico
Cadeia de transporte de elétrons
objetivo: liberar energia enquanto os elétrons são
transferidos de um composto de alta energia para um
composto de baixa energia para produzir atp.
Saldo energético: 38 ATPS
Respiração aeróbica:
● Oxigênio é o aceptor final dos elétrons.
● Compostos orgânicos são completamente
degradados
Respiração anaeróbica:
● Produz outras moléculas inorgânicas que não são
oxigênio: No3-, SO4, H2S, CH4.
Catabolismo de proteínas e lipídeos
Necessita de enzimas como protease peptidase que
faz a degradação da ptn em compostos mais simples
(aminoácidos) para entrar no ciclo de krebs. Esses
aminoácidos passam pelo processo de desaminação
ou carboxilação.
Já o lipídio é quebrado por uma lipase em glicerol e
ácido graxos, glicerol é convertido em
dihidroxiacetona fosfato e o ácido grão sobre beta
oxidação, no qual libera carbono e forma a acetil
coA e entra no ciclo de krebs.
Reações anabólicas - biosíntese …………………………………………
É necessária para a formação da estrutura da célula
bacteriana.
Aplicação prática: Identificação bioquímicas de
espécies bacterianas
Cada bactéria metaboliza um nutriente diferente e
produzem enzimas diferentes.
Substrato > enzima > produto metabólico
Fermentação de ácidos mistos
Glicose > ácido pirúvico > fermentação mista > (ác.
acético, fórmico, láctico) > vermelho de metila >
vermelho
Descarboxilação de aminoácidos
Lisina descarboxilase: descarboxila a lisina originando
aminas e CO2, no meio da cultura há glicose, a.a e
indicador de PH.
1. bactéria não entérica. Não descarboxila e não
fermenta glicose
2. Positivo. Descarboxilação da lisina (rosa) e
fermentação da glicose.
3. Negativo. Não descarboxila lisina e fermenta
glicose
Genética Microbiana
Ácido desoxirribonucleico - DNA
Molécula de DNA é importante para a construção de
um organismo. Compõe o genoma.
● É composto de dupla hélice que é formada por
nucleotídeos (açúcar, base nitrogenada e fosfato
ligados por pontes de hidrogênio)
● Sentido: 5’ 3’
● Especificidade das bases nitrogenadas:
Ribose - RNA
Molécula polimérica linear formada por nucleotídeos
Pareamento intramolecular.
A diferença entre o DNA e RNA é o açúcar (ribose e
desoxirribose), na base (timina e uracila) e o RNA tem
um átomo de O2 a mais.
Armazenamento da informação genética
É no nucleóide (informações genéticas essenciais) e
plasmídeos (informações genéticas acessórias -
adaptar no meio ampliar a diversidade metabólica).
Expressão gênica
Genes são expressos ao mesmo tempo em uma
bactéria? pode ocorrer a inibição por
retroalimentação, assim, impede que uma célula
realize reações químicas desnecessárias para não
haver gasto de energia.
Regulação gênica - Operons
Operons é um conjunto de genes que está presente no
material genético da célula bacteriana que faz a
regulação gênica. ● Operon Lac
Também pode ocorrer a regulação de repressão.
Mecanismo de recombinação gênica
Replicação binária.
A recombinação gênica ocorre por três tipos de
mecanismos: a transformação, a conjugação e a
transdução.
1. A transformação é a incorporação de DNA
livre pela célula bacteriana.
2. A conjugação é o processo de transferência
de DNA de uma bactéria para outra,
envolvendo o contato entre as duas células.
O processo inicia com a formação de uma união
específica doador-receptor. Em uma segunda fase,
ocorre a preparação para a transferência do DNA.
Após a transferência do DNA, forma-se um plasmídeo
funcional replicativo no receptor.
3. A transdução é a transferência de material
genético, entre células, mediada por
bacteriófagos.
Mutações
Alterações permanentes e transmissíveis na sequência
do DNA
Erros realizados durante a replicação DNA
Ausência de agentes causadores: resistência à
antibióticos, alteração da capacidade fermentativa e
alterações morfológicas.
- Pode ocorrer mutação pela substituição de
base (pontual) e de troca de fase de leitura
(frameshift).
Microbiota
Microorganismo que habitam os diversos sítios
anatômicos do corpo
Desenvolvimento da microbiota: fisiologia do
hospedeiro, o desenvolvimento e morfogênese de
órgãos e a manutenção do equilíbrio de tecidos e
órgãos.
● Microbiota residente: permanece com a gente ao
longo da vida inteira. Papel importante na
manutenção da integridade do hospedeiro.
- produção de substâncias que são utilizadas
pelo hospedeiro (ác. graxos vitaminas
complexo B e K)
- Degradação de componentes tóxicos (ex: ác.
biliares)
- Desenvolvimento, modulação e maturação do
sistema imune dos hospedeiros
- Barreira contra colonização por patógenos.
● Microbiota transitória: não se instala no organismo,
permanece pouco tempo. Não necessariamente causa
uma doença, apenas se afetar a microbiota residente.
Exclusão competitiva ou Antagonismo microbiano
Quando existe uma relação entre os microrganismos
de competição por nutrientes da microbiota residente
contra outros patógenos.
- Produz substâncias prejudiciais aos
microrganismos invasores.
- Afeta as condições como o PH e a
disponibilidade de oxigênio.
Relação entre microbiota e hospedeiro
●Comensalismo: Um organismo se beneficia e o ouro
não é afetado
● Mutualismo: ambos organismos se beneficiam
● Parasitismo: um organismo se beneficia com
prejuízo ao outro.
●Antibiose ou amensalismo: Relação antagonista,
onde uma espécie prejudica o desenvolvimento da
outra através da liberação de substâncias no
ambiente
- bactéria e hospedeiros = relação desarmônica
- relação instável
- hospedeiro ou bactérias podem ser
eliminados.
Microbiota residente - caráter anfibiôntico ou
oportunista
Microorganismos podem se comportar como
patógenos oportunistas, e situações de desequilíbrio
ou ao serem introduzidos em sítios não específicos.
Condições para que os microorganismos se
estabeleçam: Umidade, Ph, Temperatura e
Nutrientes.
Animais Germ Free
● Gnotobióticos
● Sistema imune subdesenvolvido e são extremamente
suscetíveis a infecções e doenças severas.
Fatores que alteram a microbiota
● Fatores ambientais
● Disposição genética: hiperimunidade
(super-representação de mediadores
pró-inflamatórios) e imunodeficiencia (mutações na
ptns imunológicas reguladoras
●Disbiose: afeta níveis de mediadores imunológicos.
- Inflamação crônica
- Disfunção metabólica
Patogenicidade bacteriana
Conceitos:
1. Infectividade: capacidade de um agente
causa uma infecção
2. Patogenicidade: capacidade do agente
causar uma doença
3. Virulência: capacidade de gerar uma doença
grave ou fatal.
Como os microorganismos se estabelecem?
1. O microrganismo encontra uma porta de
entrada (mucosas, trato respiratórios,
gastrointestinal, geniturinário, via parental)
quando estamos à exposição a patógenos.
2. Adesão de patógenos à pele ou mucosa
3. Invasão por meio do epitélio
4. Infecção: crescimento e produção de fatores
de virulência e toxinas.
5. Toxicidade: os efeitos da toxina são locais ou
sistêmicos / Invasividade: crescimento
adicional no sítio original e em sítios distantes.
6. Dano tecidual, doença.
Porta de saída: geralmente as mesmas utilizadas
como porta de entrada.
Adesão ……………………… ……………………………………..
Interação entre as adesinas (ligantes) do agente e
receptores (manose)do hospedeiro.
●Localização das adesinas: cápsula, fimbria e pili.
Invasão ………………………………………………………………………………………
Facilitada pela barreira alterada ou quimioterapia
antimicrobiana. Inicialmente encontra os fagócitos do
hospedeiro.
Caso não sejam eliminadas pelo sistema imune, ocorre
a danificação da célula, assim, ocorrendo a utilização
dos nutrientes do hospedeiros, dano direto a região da
invasão, produção de toxinas, indução de reações de
hipersensibilidade.
● Proteínas de superfície, chamadas de invasinas
● Rearranjo dos filamentos de actina do citoesqueleto
celular
● Enrugamento da membrana
Colonização e crescimento ……………………… …
Produção de fatores de virulência
Adaptação
- adesão firme
- repulsa de fagócitos
- interferência na função fagocítica
- condições ideais (nutrientes, Ph, temperatura)
Produção dos fatores de virulências: Enzimas
- Coagulase: transforma o fibrinogênio em
fibrina. Proteção contra fagocitose
- Cinase/quinase: degradam a fibrina e
digerem coágulos formados pelo organismo
para isolar a infecção
- Hialuronidase: hidrolisa o ácido hialurônico.
Une tecido conjuntivo
- Protease IgA: destruição do anticorpo IgA que
impede a adesão.
Toxicidade ……………………………………………………………………………………
Produção das toxinas, efeitos locais ou sistêmicos.
- Exotoxina: solúvel no fluido corporal e com
isso consegue se difundir no sangue e ir se
espalhando ao longo do corpo do hospedeiro.
Destrói ou inibe as funções metabólicas da
célula.
- Endotoxina: produzidas pelas bactérias
gram-negativas e atuam como toxinas em
circunstâncias especiais. é uma toxina que é
parte integrante da membrana externa de
algumas bactérias e só é libertada após a
destruição da membrana externa da bactéria
das Gram negativas, libertando-se o LPS.
Dano direto
Após a adesão às células do hospedeiro podem
causar danos diretos à medida que usam essas
células para a obtenção de nutrientes.
A bacteremia é a presença de bactérias na corrente
sanguínea.
A sepse é uma reação inflamatória sistêmica,
complexa e grave, devida a um processo infeccioso
A Septicemia seria algo como sepse + bacteremia,
além do processo inflamatório intenso há também a
multiplicação de bactérias no sangue, algumas vezes
com liberação de toxinas, deixando o quadro clínico
ainda pior.
Exposição - Vias …………………………………………………………………………
● Contato direto: fômites, vetores
● Infecção aerógena: perdigotos, fezes seca
● Contato direto: ingestão, mucosas, pele.
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Identificação de bactérias
Coloração de gram
1º Preparação do esfregaço:
- Observar a placa
- Selecionar colônias únicas.
- Adicionar de 2 a 3 gotas de salina na lâmina.
- Recolher a colônia selecionada com alça de
platina.
- Homogeneizar a colônia com a salina.
2º Fixação do esfregaço
- Secar no calor do bico de bunsen
- Passar 3 vezes sobre a chama do bico de
bunsen
3º Etapa coloração de gram
- Usar o cristal violeta por um minuto
- Lavar com água
- Utilizar o lugol por 1 minuto
- Lavar com álcool 70%
- Cora por Fucsina.
Quimioterapia ANTIMICROBIANA:
MECANISMO DE AÇÃO E RESISTÊNCIA.
Princípio da toxicidade seletiva = destruir patógenos de
forma seletiva, porém sem afetar o hospedeiro.
Classificação dos antimicrobianos
●Naturais = produto secundário do metabolismo
microbiano
● Semissintéticos = naturais alterados quimicamente
em laboratório
● Químico ou sintético = sintetizados em laboratório
quanto a atividade das drogas
●Bactericida: realiza a lise das células
● Bacteriostático: impede o
crescimento/desenvolvimento das bactérias parando
seu metabolismo.
quanto ao espectro de ação
●Espectro restrito
●Espectro estendido
●Amplo espectro
Mecanismos de ação dos antimicrobianos
1. Inibição da síntese da parede celular:
Inibição da reação de transpeptidação,
bloqueio na síntese do peptideoglicano.
2. Inibição da síntese de proteínas: atuam nas
subunidades dos ribossomos, inibição da
síntese dos polipeptídeos. Ex: Cloranfenicol
liga-se à porção 50 e inibe a formação da
ligação peptídica/ Estreptomicina muda a
conformação da porção 30s fazendo com que
o código contido no mrna seja lido
incorretamente./ Tetraciclinas interferem com
o acoplamento entre trna e o complexo mrna -
ribossomo.
3. Inibição da replicação e transcrição: se
ligam ao dna da bactéria. Ex: rifampicina se
liga na rna polimerase e impede o inicio da
transcrição / Fluoroquinolonas: inibição
seletiva da síntese do dna bacteriano .
4. Dano a membranas plasmáticas: mudanças
na permeabilidade da membrana. Ex:
Polimixinas liga ao fosfolipídio e desestabiliza a
membrana da bactéria liberando cálcio e
magnésia mudando a permeabilidade.
5. Inibição da síntese das purinas : atuam
como análogos estruturais de metabólitos
essenciais. Inibição da síntese do ácido fólico
que é precursor da síntese de ác. nucleico. Ex:
sulfonamida e trimetoprim faz o bloqueio
sequencial (sinergismo), acentuado aumento
da atividade (bacteriostático)
Disseminação da resistência
Uso de antimicrobianos
●Uso extensivo: medicina, veterinária, agricultura
●Uso inadequado de antibióticos
●Uso excessivo e antibióticos: uso na agricultura
(suplementação de rações) e uso humano e
veterinário (tratamento de infecções).
Resistência bacteriana aos antimicrobianos
●Natural ou intrínseca: transmitida da célula mãe
para célula filha
●Adquirida
1. cromossômica: mutação espontânea de
genes/alterações nas estruturas das células
bacterianas.
2. Plasmidial: transmitida pelo plasmídeo R.
transmissão por conjugação, transdução e
transformação.
O antibiótico
1. Bloqueia a entrada: alteração da
permeabilidade
2. Inativação da enzima: B- lactamases
catalisam a hidrólise anel beta-lactâmico
(ligação PBPs)
3. Alteração à célula alvo: adquire um gene
que atua para modificar um alvo
4. Efluxo do antibiótico: utilizadas para eliminar
substâncias tóxicas
Fatores que influem a escolha do antibiótico
●Característica do paciente
●Agentes etiológicos
●Propriedade dos antimicrobianos
Antibiograma
É o teste in vitro realizado para verificar a sensibilidade
de um micro-organismo patogênico a um ou vários
antibióticos.
Interferentes
• Tipo de meio de cultura;
• Inóculo;
• Conservação dos discos de antibiótico;
• Condições de incubação (atmosfera de O2 ,
temperatura e tempo);
• Interpretação do teste (deve-se ser detalhista na
procura de mutantes).
Vantagens
• Deduz o possível mecanismo de resistência
• Detecta novos mecanismos de resistência
• Técnica de fácil execução
• Baixo custo
Limitações
• Não detecta baixos níveis de resistência
• Simplificação exagerada da leitura interpretativa
• Erros de técnica (ágar, discos ou metodologia)
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Staphylococcus spp.
● “cachos de uvas”
● 52 espécies e 28 subespécies- Cocos gram-positivos
- Células isoladas ou aos pares
- 0,5 - 1,5 Mm de diâmetro
- Não formadores de esporos.
Características gerais
● Anaeróbios facultativos
● Imóveis
● Podem ou não apresentar cápsulas
● Crescem em meios contendo 7,5 % Nacl
● Temperatura de crescimento: 18 - 40ºC
● Colônias produzem pigmentos: branco a amarelo
● Catalase positivo - enzima que as bactérias
possuem que faz a diferenciação entre dois gêneros.
Ela elimina os radicais tóxicos do oxigênio que são
inevitavelmente gerados em sistemas vivos na
presença de O2.
- Staphylococcus X streptococcus (catalase
negativa)
Quebra do peróxido de hidrogênio liberando O2 e
água.
Coagulase também serve para diferenciação da
espécie: faz a conversão de fibrinogênio e fibrina
Habitat natural
● Cavidade nasal
● Pele e mucosa
● Transitórios no trato gastrointestinal
Sobrevivência prolongada no ambiente = transmissão
indireta
Patogenicidade
● Bactérias piogênicas
● Infiltração nos tecidos após lesão cutânea
● Lesões supurativas no local da infecção
● Formação de pus.
Fatores de virulência - estruturas
● Peptidoglicano
1. Adesão: mediadas por proteínas MSCRAMMs
(componentes da superfície microbiana que
reconhecem as moléculas de adesão da
matriz). Elas são ligadas de forma covalente
pela enzima transpeptidase sortase A.
2. Semelhante endotoxina: estimula o pirogênio
endógeno, ativação do complemento, reação
inflamatória.
● Cápsula polissacarídica
- 11 sorotipos, facilita a aderência em superfícies,
proteção contra fagocitose (persistência no
sangue ou tecido), promovem maior reação
inflamatória e são eliminados mais
rapidamente
● Ácidos teicoicos
- Polímeros de fosfato ligados a M.P ou resíduos
de NM; atuam como adesinas, auxilia na
fixação da bactéria à superfícies mucosas,
definidos como endotoxinas - choque séptico.
● Proteína de adesão da superfície - A
- Ligada a camada de peptidoglicano ou a
membrana plasmática, possui afinidade
receptor
Potencial patogênico invasivo
● Coagulase livre: protrombina > fibrinogênio > fibrina
- Depósito de fibrina no “mos”: altera
elimina~]ap por células fagocíticas
- Fator clumping (fator de
agregação/aglutinação): adesinas ClfA e
ClfB - ligam ao fibrinogênio - adesão de
plquetas.
Fatores de virulência não estruturais
● Catalase: proteção contra fagocitose
● Hialuronidase: quebra o ácido hialurônico -
dispersão
● Lipase: hidrolisa lipídeos: sobrevivência em áreas
sebáceas do corpo.
● Penicilinase: quebra a penicilina - hidrólise do anel B
lactâmico.
● Estafiloquinase: degrada coágulo de fibrina
● Fosfolipase: rompe membrana fosfolipídicas
● Slime: adesão - polissacarídeo
● Hemolisinas (citotoxinas): liberação do grupo heme
- Alfa (poros): hidrólise total dos eritrócitos,
plaquetas, leucócitos, células epiteliais,
linfócitos …
- Beta (esfingomielinase C): degrada
esfingomielina (fosfolipídio = tec.nervoso e
membrana): tóxica aos eritrócitos, leucócitos e
neurônios
- Gama (leucocidina) - tóxica aos leucócitos
- Delta (exotoxina): rompe membrana celular =
detergente não iônico.
Toxinas esfoliativas e doenças clínicas
● Dermatite esfoliativa: toxina esfoliativa (A e B);
● Serinas proteases = especificidade para desmogleína
- 1 (glicoproteína desmossômica) - responde pelas
lesões cutâneas características:
- formação de bolhas ou vesículas >
descamação. Ex: S.hyicus (suínos) e S.
intermedius (piodermite canina)
● Impetigo bolhoso
Descolamento da epiderme favorecendo o
aparecimento de bolhas.
Ocorre em lactentes.
Altamente contagiosa.
A lesão inicial é igual ao impetigo comum, com
pequenas pápulas, porém, evoluem rapidamente
● Toxina 1 da síndrome do choque tóxico
Superantígeno - resistente ao calor
Ligação a MHC classe II estimulação das células T -
manifestação da síndrome
Sintomas: febre, hipotensão, descamação e
comprometimento multissistêmico (gastrointestinal,
muscular, renal, hepático e SNC)
● Enterotoxinas estafilocócicas
Superantígenos - exotoxina
Proteínas pequenas secretadas no meio - estimula a
produção de citocinas
Termoestáveis
Resistentes às enzimas gástricas
Intoxicação alimentar
Infecções da pele
● Furúnculo
Grandes nódulos elevados e doloroso
● Impetigo
Infecção superficial que afeta principalmente crianças
Afeta a face e os membros
Mancha vermelha (máculo) > vesícula de pus (pústula)
● Foliculite
Infecção do folículo piloso
Base do folículo avermelhada > pus
● Terçol
Patologia humana
● Bacteremia
● Endocardite
- sintomas inicialmente inespecíficos,
comprometimento o débito cardíaco, ECN
(infecções das válvulas cardíacas e proteases
valvares
● Pneumonia: aspiração de secreções orais ou
disseminação hematogênica
● Artrite reumática (injeções articulares) e traumática
● Mastite
● Infecção urinária
● Infecções da mucosa: otites, amigdalites,
conjuntivites, rinites
● Osteomielite: disseminação hematogÊnica para o
osso ou traumática
Staphylococcus aureus …………………………………………………...
1. Mastite: subclínica e contagiosa
2. Impetigo do úbere: pequenas pústulas,
geralmente na base das testas
3. Eczema periorbital (dermatite): infecção por
abrasões, associadas alimentação comunitária
4. Dermatite: predisposta a arranhões da
vegetação , como cardos
5. Botromicose: infecção granulomatosa após a
castração
6. Dermatite exsudativa: em recém nascidos
com presença de abscessos, conjuntivites
7. Pododermatite
8. Artrite e septicemia em perus
Staphylococcus pseudintermedius - cães e gatos
……..
1. Piodermatite: falta de higiene
2. Dermatite pustular
3. Piometra
4. Otite externa: trato respiratório, ossos,
articulações, feridas, pálpebras, conjuntiva
equino e bovino - infecções raras
Staphylococcus hyicus - suíno ……………………………………..
1. Epidermite exsudativa: secreção sebácea
excessivas, esfoliação..
2. Artrite séptica, uretrite, vaginite
Bovino e equino - casos raros de mastite e gera
infecções cutâneas.
TEÓRICA DA PRÁTICA
1. Isolamento primário em ágar sangue
2. ÁGAR MANITOL VERMELHO DE FENOL
Peptona, Manitol, Vermelho de Fenol, Cloreto de sódio,
agar-agar
- Coloração avermelhada - pH 7,4 ± 0,1
- Princípio seletivo - halofílicos – alta
concentração de NaCl
- Princípio diferencial – Fermentação do
manitol tornando o meio ácido (pH baixo).
- Indicador de pH – mudança de coloração
-
3. Identificação Preliminar
Leitura da Placa - Visualização das colônias
Coloração de Gram – caract. morfotintoriais
Prova da Catalase Resistência à Bacitracina
Produção de coagulase
Coloração de Gram
4. Prova da Catalase
Princípio: Quebra do peróxido de Hidrogênio (H2O2 )
em H2O + O2
5. Resistência à Bacitracina
6. Prova da Coagulase
Princípio: Converter o fibrinogênio em fibrina
7. Identificação Bioquímica
Identificação de Staphylococcus Coagulase Positivo
- VP: teste em bacteriologia para fermentação
por bactérias por via butileno glicólica,
fermentando a glicose com produção de
acetil-metil-carbinol (acetoína), butilenoglicol e
pequenas quantidades de ácidos carboxílicos.
Com a adição de hidróxido de potássio em
presença do oxigênio da atmosfera, a acetoína
converte-se em diacetila e com a adição de
alfa-naftol ocorre a catálise com a produção
de um característico anel de cor
vermelho-cereja, enquanto que uma cor
amarelo-acastanhada indica um resultado
negativo.
- Fermentação da maltose e manose
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streptococcus spp.
● Cocos dispostos em cadeia aos pares;
● Gram + (perda de características - cultura velha)
● Anaeróbio facultativo
● Catalase negativo
● Parede celular constituída por Ag
● Produção de cápsula
● Presença de fímbrias
● Fastidioso (não é fácil sua criação em meios de
cultura, dependendo de meios maçantes para
conseguir observá-las).
Classificação a nível de espécie:
Padrões hemolíticos: hemólise beta, alfa e gama
- B- hemolítico (total): patogênicos.
- A - hemolítico (parcial): comensais.
- y- hemolíticos (não hemolítico): maioria não
patogênicos.
-
Propriedade sorológica: agrupamento de lancefield
- B- hemolíticas - baseado em antígenos
específicos na parede celular
- Agrupamento sorológico de A a H e K a V
A
Propriedades bioquímicas: fisiológicas
Habitat Natural
Distribuição mundial
Mucosa do trato respiratório superior
Trato urogenital inferior
Suscetíveis à dessecação (não sobrevivem por muito
tempo longo do hospedeiro animal)
Oportunistas
Trato intestinal de animais
Transmissão
● Inalação e ingestão
● Mãos
● Fômites
● Congênita
Patogenia
● Infecções piogênicas: ele, trato respiratório, trato
reprodutor, coto umbilical e glândula mamária
● Septicemia: propagação hematógena desde o local
de infecção primário
● Sintomas de febre: sozinhos ou associados a sinais
de septicemia
● Secreção purulenta
Fatores de virulência
● Adesina: Proteína M
- Adesão às células epiteliais do hospedeiro
- Anti-fagocpitica
- Estreptococos grupo A, S, equi spp. eui
● Fímbrias:
- adesão: adesinas
● Cápsula
- Ac. hialurônico (semelhante ao do tecido
conjuntivo): não se liga facilmente ao S.C -
dificulta a fagocitose
- Estreptococos grupo A e C
● Ácido lipoteicóico
- Constituinte da fímbria do S. Pyogenes
- Adesão a célula do epitélio respiratório
Toxinas e enzimas
● Estreptoquinase
- produzida por streptococcus B- hemolítico
(grupo A)
- Hidrolisa coágulos de fibrina > escape da rede
fibrina
● Estreptolisina O : oxigênio- lábil - hemolisina
antigênica
- Ação leucotóxica, lisa eritrócito e plaqueta
- Porosidade da membrana (ligação ao
colesterol)
- Formação de anticorpo antiestreptolisina O
- Febre reumática: detecção de ASO
● Estreptolisina S: oxigênio estável - hemolisina não
antigênica
- Ação leucotóxica, lisa eritrócito
- Interage com o fosfolípidos da membrana -
efeito tóxico
Streptococcus B- hemolíticos
Grupo A: Streptococcus pyogenes
1. Faringite: adere ao epitélio da faringe via
fímbrias e proteína M.
2. Inflamação piogênica: induzida localmente
no sítio do organismo
3. Febre reumática: sequelas infecção não trata,
inflamação das articulações e músculos,
formação de nódulos na pele, degeneração da
válvula cardíaca
4. Erisipela: dor localizada e inflamação:
vermelhidão, edema
5. Endocardite: instalação de estreptococos B-
hemolíticos através de bacteremia em válvulas
cardíacas
6. Celulites: inflamação localizada e sistêmica da
pele, produção de hialuronidase
Dermatite estreptocócica(impetigo)
- Infecção purulenta da pele
- Infecção após introdução do micro organismo
pela pele
- Vesícula- pústula - crosta
- picada de mosquito
Pneumonia - Streptococcus pneumoniae
- Transmissão: inalação de aerossóis, aspiração
ou via hematogênica
- Sintomas: febre súbita, dor torácica, tosse,
falta de ar, dificuldade e dor ao respirar
Óbito em idosos e crianças
EQUINO ………………………………… ………………………….
Streptococcus equi - Adenite equina (garrotilho)
Secreção nasal serosa ou purulenta, aumenta da tº,
abscessos nos linfonodos, contagiosa, garrotilho
bastardo (metástase)
S.qui spp. zooepidemicus
Pneumonia/protórax bacteriano
Doença do trato genital - cervicite e metrite
Osteomielite, artrite, abcessos e feridas
BOVINOS ……………………………… …………….
S. agalactiae
Mastite contagiosa e subclínica
Cepas não provocam doenças em humanos
SUÍNOS ……………………………… ………………………..…...
Streptococcus porcinus
Linfadenite cervical de suínos, abscesso mandibular,
contagiosa (condenação de carcaça)
S. suis S. dysgalactiae spp. equisimilis e
estreptococos pertencentes aos grupos L e U
Septicemia neonatal, broncopneumonia supurativa,
artrite, meningite, polisserosite, endocardite, problemas
reprodutivos e abscessos.
S. suis
Caráter zoonótico - surdez a ataxia em humanos
CÃES E GATOS ………………………………………………….
Streptococcus canis
Pneumonia secundária, Septicemia neonatal, Síndrome
semelhante ao choque tóxico, Fasciite necrosante,
Infecções genitais cutâneas e otite, mastite, aborto,
conjuntivite linfadenite
Outras espécies …………………………………………………….
Primatas
- S. pneumoniae: pneumonia, septicemia e
meningite
Peixes de aquicultura
- S. iniae: cellulite, endocardite, artrite
Gambas
- D, didelphis: doenças septicêmica e dermatite
TEÓRICA DA PRÁTICA
Diagnóstico laboratorial
●Coleta de amostra
- Aspirados de lesões fechadas
- Swab
- Leite - frascos estéril
●Exame direto
- Esfregaço de exsudato
- microscopia
- coloração de gram
● Detecção de antígenos
- Anticorpos que reagem com o carboidrato
grupo - específico da parede celular
bacteriana
● Cultura
Isolamento e identificação presuntiva : ágar sangue
com azida sódica (inibe a citocromo oxidase),
coloração de gram prova de catalase.
Jarra de anaerobiose - Sistema Gaspak
1. A água é adicionada ao envelope gerador de
gás promovendo a liberação de H2 e CO2
2. O H2 reage com o O2 na superfície do
catalisador de paládio, formando água e
estabelecendo a anaerobiose.
Jarra de vela
O oxigênio atmosférico da jarra é rapidamente
absorvido com a geração simultânea de dióxido de
carbono. Este método difere de outros sistemas
geradores em que a reação prossegue sem
hidrogênio, eliminando assim a necessidade de um
catalisador. Além disso, não é necessária água para
acionar a reação.
Identificação - Fator CAMP
● Identificação presuntiva dos estreptococos
beta-hemolíticos do grupo B
Identificação - sensibilidade À bacitracina
/sulfametoxazol trimetoprim
● Identificação presuntiva dos estreptococos beta-
hemolíticos do grupo A (S. pyogenes)
Identificação - sensibilidade à Optoquina
Diferencia S. pneumoniae de outros S. viridans e
enterococos do grupo D.
Identificação Hipurato
Identificação presuntiva de S. agalactiae
(streptococcus B hemolítico do grupo B)
Identificação - Bile esculina
Identificação presuntiva de espécies de Enterococcus
Spp. e de estreptococos do grupo B ( S. bovis e S.
equinus).
Identificação - tolerância a 6,5 % NaCl
Diferenciar espécies de enterococcus spp. dos
Streptococcus spp.
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enterobactérias
Sinonímia: bactérias entéricas ou coliformes fecais
● Presente no intestino de animais e seres humanos
●Presente no solo, água e plantas.
Características gerais
● Bastonetes curtos gram-negativos
● Algumas são móveis (flagelo peritríquio) e possuem
cápsula
● Não formam esporos
● Catalase positivo
● Anaeróbios facultativos
● Resistente ao calor, sobrevive a 60ºC por 15 minutos
ou 55ºC por uma hora.
● A maioria são fermentadores de lactose
● Ausência da citocromo-oxidase
● Exigência nutricional simples
● Causa de doenças intestinais ou extra intestinais
em animais e seres humanos
● Causam também no sistema urinário e
respiratório, corrente sanguínea..
- micro-organismo, manejo, alimentação,
instalações e condição do animal.
Caracterização antigênica- auxilia na sorotipagem
● Estrutura antigênica
1. Antígenos Somáticos (O): polissacarídeo
termoestável, parte externa dos
lipopolissacarídeos, ativam a produção de IgM.
2. Antígenos flagelares (H): estrutura de
natureza proteica e termolábil, relacionados
com ptn dos flagelos (flagelina)
3. Antígenos capsulares (K): polissacarídeos
capsulares, termoestáveis, não estão presentes
em todas as enterobactérias, estão associadas
à virulência.
Escherichia Coli ……………… ………………………………….
● Comensais do TGI (principalmente IG)
● Excretada nas fezes e presente nas águas e solos
● São patógenos oportunistas (glândula mamária e
útero)
● Infecções endógenas - imunocomprometimento
● Responsável por causar mais de 80% de todas as
ITU, infecções hospitalares e casos de
gastroenterite.
● Antígenos de superfície O (somático), H (flagelar) e
K (capsular). Ex: E. Coli O157:H7 = diarréia
hemorrágica e síndrome hemolítica urêmica (SHU).
- TGI de alguns bovinos, cabras e ovelhas
- Presente em alimentos e água contaminados.
Transmissão
● Via oro-fecal
- Habitat principal - sistema digestório inferior
- Habitat secundário - ambiente externo.
Patogênese
● Apresenta os genes necessários para a codificação
dos fatores de virulência necessários
● Cepa não patogênica pode ser transformada em
uma cepa patogênica
● Mecanismos e recombinação gênica
● Causa gastroenterite.
EPEC - Escherichia Coli Enteropatogênica
● Adesão às células epiteliais - Adesina intimina
● Microcolônias
● Lesões ardência e achatamento (Lesões A/E)
● Causa diarréia em todas as espécies animais e seres
humanos.
EHEC/ STEC - Escherichia coli Enterohemorrágica
● Maior virulência
● Toxina shiga (STX) e lesões A/E
● Bovinos reservatórios e STEC
- Receptor Gb3 no endotélio vascular/
neutralização por lisossomos - enterócitos.
● Humanos são susceptíveis- Colite hemorrágica,
síndrome hemolítica urêmica (SHU)
ETEC - Escherichia Coli enterotoxigênica
● Adesinas (fímbria curli) - glicoproteínas das células
epiteliais (jejuno e íleo) = biofilme
● Enterotoxinas termolábeis (TL) e/ou termoestáveis
(TS) secretórias: secreção de fluido e diarreia
● Diarreia enterotoxigênica (aquosa e não
sanguinolenta)
● Acomete leitões neonatos, bezerros e cordeiros
Tem sido relatada em cães e equinos.
EAEC- E. Coli enteroagregativa
● Adesão: fímbria de aderência agregativo AAF)
padrão semelhante a tijolos empilhados
● Produção de toxinas semelhantes a ST e LT
● Isoladas e suínos e bezerros desmamados com
quadro de diarréia.
EIEC- E. Coli enteroinvasiva
● Leva a invasão e destruição das células epiteliais
do IG por propagação para células adjacentes dada
pela presença de um plasmídeo.
● Humanos e animais
● Febre e diarréias profusas contendo muco e
sangue.
EXPEC- E. Coli extraintestinal
● Capacidade para invadir o epitélio intestinal
● Sobrevive fora do intestino
● Infecções no trato urinário
- Adesinas ligam as célula que revestem a
bexiga e o trato urinário superior
- Hemolisina HlyA - lisa eritrócito
- meningite neonatal (antígeno capsular K 1)
APEC - E. Coli patogênica a aves
● Ligação às células o trato respiratório - fímbria tipo 1
● Corrente sanguínea - modo transversal
● Semelhante a UPEC em humanos
● Colibacilose, Aerossaculite, Hepatite, pericardite,
salpingite
Salmonella spp. ………………………………… …………………….
● Lactose e sacarose negativa. São mais complexas e
abrangem mais de 2.500 sorotipos.
● Reservatórios: TGI do homem e de animais
● Sobrevive por 9 meses em ambientes como solo
úmido, água, partículas fecais, ração animal, carne
e vísceras.
Salmonella enterica e Salmonella Bongori (V)
Classificação sorológica
Baseada na identificação de antígenos somáticos e
flagelares, por meio de antisoros específicos.
● Nomenclatura: Gênero > espécie > subespécie em
itálico. O sorotipo em romano com a primeira letra
maiúscula
Transmissão:
● Frequentemente associada a ingestão de ovos
contaminados (cru- mal-cozidos ou em maionese
artesanais)
● Febre, dor abdominal e diarréia
● Período de incubação: 12- 72 horas
● Autolimitante em indivíduo imunocompetentes
● Animal: ingestão de fezes e rações contaminadas
Fatores de virulência: Longos períodos de
sobrevivência fora do hospedeiro, sobrevivência em
condições de refrigeração, congelamento e
dessecação.
Patogênese
1. Ingestão e passagem pelo estômago, adesão
à mucosa do ID e invade a microvilosidade a
nível do epitélio. Com isso, ocorre a
organização da actina e ondulação da
membrana.
2. Ocorre a invasão da microvilosidades, que se
mantém no vacúolo endocítico onde ocorre
sua multiplicação e transporte através do
citoplasma.
3. Liberação na circulação sanguínea
Formas clínicas
● Gastroenterite: período de incubação relacionada à
dose infectante (2 ias à 1 semana)
- náuseas, vômitos, diarreia não sanguinolenta,
febre e dor abdominal. Autolimitante
● Febre entérica: forma sistêmica severa
- febre anorexia, dor de cabeça, dores
musculares e constipação
● Septicemia: pode ser um estágio intermediário sem
sintomas intestinais ou isolamento das bactérias nas
fezes.
Yersinia Spp. ………………………………………………………………………...
Y. Pestis. / Y. enterocolitica. / Y. pseudotuberculosis
são patogênicas para animais e humanos.
● Cocobacilos
● Colonias puntiformes mucoides
● Temperatura ótima de crescimento 25- 32 ºC
● Multiplicação à 4 ºC
Yersinia Pestis
● Reservatório: rato e pulga do rato (peste urbana e
silvestre)
● Hospedeiro intermediário: esquilos, cães, veados,
camundongos, grilos, ratos da campina, ratazanas e
coelhos
● Hospedeiros acidentais: seres humanos
● Transmissão ocorre por picadas de pulgas, contato
direto com tecidos infectados, de pessoa pra pessoa,
por inalação de aerossóis infectados de um paciente
com doença pulmonar
Patogênese
Sobrevive no interior do macrofagos
● Produz proteínas externas de yersinia (YOPs):
desarranjo dos filamentos de actina e inibe a
fagocitose e produção de citocinas.
● Sistema secretório tipo III: Conjunto de proteínasque formam um canal na membrana da célula,
formando o poro e a introdução da proteína ali entre
● Sequestro de ferro: Removido das proteínas
ligadoras de ferro através de um sideróforo
yersiniabactina.
Y. pestis - Mais invasiva
● Capsula proteina antifagocitica (F1): Interferencia
com a fagocitoe, proteção da membrana externa
contra ao ataque pela ativação do sistema
complementar.
● Protease ativadora de plasminogênio: degrada o
sistema complemento,inibição da fagoxitose
● Ativação do plasminogênio - degraba coágulo de
fibrina - disseminação sistêmica
Klebsiella spp. e Proteus spp. …………………………………………………
● Cápsula- aparência mucóide das colônias e
resistência aos mecanismos de defesa do hospedeiro
da K. pneumoniae.
● Carter oportunista
● Lac +
Proteus spp.
● Principais espécies: P. vulgaris (pacientes
imunossuprimidos), P. mirabilis (infecções urinárias de
humanos)
● Lac -
● Distribuição: Solo, água e materiais contaminados
com fezes
● Características e crescimento: motilidade em forma
de ondas: “swarm”
● Caso de otite em cãe e gatos
TEÓRICA DA PRÁTICA
Identificação presuntiva
1. Isolamento em ágar sangue
2. Coloração de Gram: bastonete gram -
3. Catalase positivo
4. KOH 3% positivo.
Identificação de enterobactérias
Meios seletivos e diferenciais bactéria gram negativas:
- Ágar Mac conkey: meio negativo que contém
sais biliares e cristal violeta, inibe bactérias
gram positivas.
- Ágar eosina azul de metileno (EMB):
corantes de anilina (atuam como indicadores
de PH). - E. coli (acidificação- verde brilhante)
Meio TSI - triple sugar iron
Avaliar se ocorre:
1. Fermentação glicose, lactose e sacarose.
2. Produção de gás (CO2) na fermentação da
glicose
3. Produção de H2S (ferro combina-se com o
H2S formando o sulfeto de ferro) - ocorre por
degradação dos aminoácidos
4.
Meio SIM- Sulfeto de hidrogênio (H2S)
H2S é produzido pela degradação de aminoácidos
sulfurados ou pela redução do tiossulfato.
Vermelho de metila
Fermentadores de glicose produzem ácidos mistos, o
que baixa o Ph do meio.
Voges - Proskauer
Identifica microrganismos capazes de produzir
acetoína a partir da fermentação da glicose pela via
butilenoglicol.
Citrato
Avaliar se um microorganismo é capaz de utilizar o
citrato como única fonte de carbono.
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Mycobacterium spp.
Características gerais:
● Bacilos pleomórficos: retos ou encurvados,
cocobacilos
● Crescimento: filamentoso ou ramificado
● Não esporulado
● Não possui flagelo
● Não possui cápsula
● Não produz toxina
● Aeróbios estritos: Colônia (lisa ou rugosa)
● Produção de pigmentos (síntese βcaroteno)
Estrutura da Parede Celular
● Típica de uma bactéria Gram positiva - membrana
plasmática interna + camada de peptidoglicano –
ausência da membrana externa
● Parede complexa: Rica em lipídios (60% PS – 40%
parede celular) – Ácidos micólicos
- Proteínas: manosídios de fosfatidilinositol e
lipoarabinomanana (LAM)
● Peptidoglicano;
● Arabinogalactanas formados por: D-arabinose e
D-galactose + Ácidos micólicos (estimula a resposta
inflamatória no hospedeiro)
- Ácidos micólicos: superfície hidrofóbica que
previne entrada de corante. + Resistência à
dessecação, descoloração por álcool e ácido e
a diversos agentes químicos desinfetantes e
antibióticos
Mycobacterium tuberculosis ……………………………………...
A tuberculose é uma doença pulmonar grave, crônica
e altamente contagiosa. Em 1998 foi decifrado o
genoma do M. tuberculosis
Transmissão bidirecional
M. Bovis : de animais para as pessoas e de pessoas
para animais
Contágio: um indivíduo bacilífero de uma comunidade
pode infectar entre 10 a 15 pessoas num ano..
Transmissão: vias de eliminação: ar expirado, leite,
semen, fezes, urina, fluidos corporais.
Patogênese
A infecção pode ser controlada na porta de entrada
pela imunidade inata ou tuberculose latente (bactéria
está ali mas não tem sintomas) ou doença ativa
(diversos sinais e sintomas - tosse, sudorese, dor no
peito, cansaço, febre, falta de apetite, perda de peso,
suores)
- Estado de latência: sobrevivem por décadas
no pulmão da pessoa infectada sem
multiplicar.
- Reativação da latência: permitem bactérias
sobreviver no pulmão durante um período
prolongado; sendo reativada anos mais parte
(idade avançada, doença e terapia
imunossupressora)
Patologia
● Lesão exsudativa: 1-2 após a exposição, tem pouca
resistência.
● Reação inflamatória aguda, mediada por leucócitos
polimorfonucleares, macrofagos, formando um nodulo
exsudativo. Pode cicatrizar e ocasionar necrose e
também pode evoluir para o tipo produtivo.
Lesão produtiva: granuloma crônico
1. Zona central: células gigantes multinucleadas
com bacilo
2. Zona média: células epitelióides
3. Zona periférica: linfócito, monócito e
fibroblasto
-Posterior: formação de tecido com necrose
caseosa central: Tubérculo (liquefação -
cavidade - cicatrização por fibrose ou
calcificação).
1. Tuberculose primária
A ativação da resposta imune elimina as
micobactérias e/ou aprisiona aquelas que não
consegue matar em granulomas, chamados
tubérculos
2. secundária: reativação da infecção
O desenvolvimento das lesões cavitárias pulmonares é
a característica mais importante.
3. Tuberculose disseminada ou miliar
Em indivíduos imunocomprometidos a infecção não
consegue ser contida ocorre a disseminação das
micobactérias. As bactérias podem colonizar qualquer
órgão ou tecido e ainda causar infecção generalizada.
Locais acometidos: gânglios, pleura rins, cérebro
ossos
Bovinos
M. Bovis
● Infecção se instala no trato respiratórios, nos
linfonodos adjacentes e nas cavidades serosas.
● Disseminação hematogênica que envolve fígado e
rins.
Aves
● São naturalmente suscetíveis – M. avium
● Porta de entrada: trato alimentar (fecal-oral)
Disseminação ao fígado e baço
● Comprometimento de medula óssea, pulmão e
peritônio.
● Exame post mortem: lesões granulomatosas são
observadas no fígado, no baço, na medula óssea e
nos intestinos..
Cães e gatos
M.bovis –raramente por M. avium
● Porta de entrada no trato alimentar - localização
intestinal e abdominal da infecção.
● Gatos: lesões cutâneas ulcerativas, bem como o
envolvimento ocular, com coroidite tuberculosa que
ocasiona cegueira.
● Cães: suscetíveis a M tuberculosis
- Corpo estranho
- Não apresenta células gigantes e células
epitelióides típicas, tampouco material
caseoso, calcificação e liquefação.
Prevenção controle em humanos:
Imunização (BCG): não impede a infecção nem o
desenvolvimento da TP, mas confere grau de
prevenção contra meningite e formas disseminadas.
Pacientes suscetíveis: Infecção pelo HIV, abuso de
álcool e drogas, infecção recente por tuberculose,
diabetes, doença renal em estágio avançado,
corcicodetrapida prolongada.
Diagnóstico
● Coleta de material para exame: escarro, lavado
gástrico, urina líquido pleural e cefalorraquidiano,
material de biópsia e sangue;
● Esfregaço direto: coloração Ziehl - Neelsen - álcool -
ácido-resistente.
Coloração de Ziehl
1. Confeccionar o esfregaço2. Cobrir a lâmina com fucsina fenicada
3. Aquecer a lâmina até a emissão de vapores
(não deixar ferver)
4. Aguar 5 a 8 minutos
5. Lavar com água corrente
6. Cobrir a lâmina com álcool- ácido 3% até
descorar totalmente o esfregaço
7. Lavar com água corrente
8. Cobrir a lâmina cm azul de metileno durante 1
minuto
9. Lavar com água corrente
10. Secar e observar
Baciloscopia - Bacteriológico
Isolamento:
- meio seletivo * e não seletivo
- Lowenstein - Jensen: sais e glicerol: adição de
gema de ovo, adição de verde malaquita
(inibidor grama +), incubação (37ºC), até 8
semanas.
Tratamento com hidróxido de sódio, ácido
clorídrico e antibióticos
PPD- proteína purificada depurativa (Prova de
Mantoux)
● O processo infeccioso deixa um rastro, que pode ser
comprovado pelo teste tuberculínico (PPD). Ocorre a
chamada viragem tuberculínica e o PPD torna-se
positivo.
PCR
Diagnóstico bovino e bubalino
- Teste cervical simples (TCs): consiste na
inoculação, intradérmica, de 0,1 ml de
tuberculina ppd bovina na região cervical do
animal
Teste cervical comparativo:
- Inoculação de tuberculina aviária e bovina em
dose de 0,1 ml
- Terço médio do pescoço do animal (15 a 20
cm de distância)
- Posição cranial (TA) e posição caudal (TB)
- Antes e após 71 horas da aplicação das
tuberculinas, mede-se a espessura da dobra
da pele.
Teste da prega caudal (TCP)
- Inoculação intradérmica de O,1 ml de
tuberculina PPD bovina
- Pregar causais do animal
- Leitura: 71 horas = aumento da espessura.
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brucella spp.
Há varias espécies e sua divisão é e acordo com a
preferência do hospedeiro, patogenicidade e
diferenças nas propriedade bioquímicas
Características gerais
● Cocobacilos gram negativos
● Imóveis
● Não esporulados
● Pleomórficas - raro
● Não tem cápsula
● Isolados, aos pares, em cadeia curtas ou pequenos
grupo.
● São aeróbicas mas algumas espécies necessitam de
CO2
● Necessitam de suplementos para multiplicação
(tiamina, nicotinamida, biotina e soro).
● Sais biliares telurito e selenito inibem o crescimento
As colônias típicas de cepas virulentas-
arredondadas, com margens lisas, convexas,
translúcidas e de cor branco-perolada
Resistência
● Sobrevivem ao congelamento/descongelamento,
condições ambientais úmidas e frias
● Ciclos de congelamento/descongelamento -
reduções na viabilidade
● Suscetíveis à maioria dos desinfetantes,
temperatura e UV
Habitat
● Parasitas obrigatórios
● Cada espécie tem um hospedeiro natural preferido -
reservatório de infecção
● Brucella abortus - excretada no leite bovino e pode
permanecer viável no leite, na água e no sólido úmido
- tem predileção por unguladas, fluidos fetais e
testicular de touros, carneiros, javalis e cães
Transmissão
Transmissão horizontal e vertical
● Aerossóis
● Contato direto
Disseminação
Zoonose
Consumo de carne, leite, contato com secreções de
animais doentes, inoculação acidental da vacina b19.
Patogênese
1. Persistem e multiplicam-se no interior dos
marcrofagos.
2. Se desenvolvem e se fundem com os
lisossomos para formas os fagossomos.
3. Residem no fagocossomo acidificado.
4. Transportadas para os linfócitos regionais,
passam para o ducto torácica e depois pela
corrente sanguínea órgãos parenquimatosos e
outros tecidos.
5. A localização nos órgãos reprodutivos nas
glândulas associadas.
Patogenia
● A brucelose é uma doença de fêmeas adultas e em
gestação
● Quando as fêmeas entram em gestação, após um
período de bacteremia, as brucelas são atraídas pelo
útero grávido - eritritol.
● Placentite necrótica que culmina na eliminação do
feto em torno do 7º mês de gestação.
● As que não abortam produzem crias fracas
● Retenção de placentas, infertilidade.
● Em machos pode haver uma inflamação aguda do
sistema reprodutivo (testiticuo, epidídimo, vesículas
seminais e ampolas seminais).
Diagnóstico laboratorial
● Brucelose é uma das infecções mais comumente
adquiridas em laboratórios
● Biossegurança nível 3 - cabine biológica de
segurança
● Biossegurança nível 2 durante o processamento de
amostras clínicas de rotina, de origem humana ou
animal
● Evitar formação de aerossóis
Amostras
● Leite ou swab vaginais
● Conteúdo pulmonar ou gástrico de feto abortado
● Tecidos como útero, placenta e glândula mamária
● Tecido do sistema genital
● Sistema linfático
Como isolamento microbiano pode ser lento e
cansativo, foram desenovivlos outros meditou mais
rápidos de identificação
Testes sorológicos - PNCEBT
1. antígeno acidificado tamponado
2. Anel em leite
3. 2- mercaptoetanol
4. Fixação do complemento
1. antígeno acidificado tamponado
● Prova de aglutinação
● antígeno tamponado
● Corado com rosa bengala
● Presença ou ausência de IgG
2. Anel em leite (ring test)
● Evidencia aglutinadas anti-brucelas no leite
● Antígenos corados com hematoxilina
● Presença de anticorpos no leite reage com B. abortus
do antígenos
● Complexo Ag- Ac
3. 2 - mercaptoethanol - teste confirmatório
● Detecta somente IgG no soro
● Destrói as IgM (degradam pela ação de compostos
co radical tiol) - não forma complexo para
aglutinação - exclui vacinado recente
Reação completa (+): líquido da mistura soro-Ag
aparece translúcido e agitação suave não compõe
grumos.
Reação incompleta (I): soro-Ag parcialmente
translúcida, suave agitação não rompe grumos.
Reação negativa (-): soro-Ag opaca ou turva,
agitação suave não revela grumos.
4. Fixação do cmpleto - trânsito internacional de
animais
● Determina a presença ou quantifica antígenos ou
anticorpos, quando um dos elementos é conhecido
● Trabalhoso e complexo.
Prevenção
Vacina B19 e RB51.
É obrigatório a vacinação de todas as fêmeas bovinas
e bubalinas, entre 3 e 8 meses de idade, com amostra
B19 ou com RB51 apenas para as espécies bovinas.
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………………………………………………….………………………………………………….Bacillus
Características gerais
● Grandes bastonetes gram positivos
● Aeróbicos ou anaeróbicos facultativos
● Catalase positivo
● Maioria móvel - exceto Bacillus Anthracis e de B.
mycoides
● Formadores de esporos, resistentes a O2,
dessecação, radiação ultravioleta e ionizante, aos
desinfetantes e fatores ambientais.
● Saprófitas no ar, solo e água por décadas
● Patógenos oportunistas e obrigatórios.
Bacillus anthracis …………………………………………………………………….
● Patógeno zoonótico - capaz de Antraz ou
carbúnculo hamatica
● Bastonetes gram positivos retangulares
● imóveis
● Cadeias em bastonetes - resistência a opsonização.
● Formadores de esporos sem causar tumefação da
célula bacteriana.
● Encapsulado- meio de cultura suplementado com
bicarbonato e mantido em atmosfera com alta
concentração de CO2.
● Polipeptídio - poliglutamato.
Transmissão
Através de esporos presentes no ambiente, eles
podem ser inalados, ingeridos ou introduzidos por
alguma lesão na pele. Ou o homem pode ingerir
alimentos contaminados ou picadas de insetos.
Essa bactéria é uma Exotoxina composta por três
frações termolábeis com característica antigênica.
Determinam a potência (patogenicidade)da amostra
em função das suas combinações
Antraz cutânea
● Humanos
● Contaminação de escoriações ou feridas cutâneas -
antraz cutâneo (95% das infecções humanas), depois
de um tempo torna se uma pústula maligna recoberta
por uma crosta (escara) escura
Antraz pulmonar
● Humanos - doença do separador de lã
● Inalação de esporos - Altamente fatal
● Aumento de linfonodo mediastino
● Relatado: edema pulmonar, pneumonia hemorrágica
e meningite.
Antraz gastrointestinal
● Ingestão de material contaminado
● Úlceras necróticas hemorrágicas e linfadenite
mesentérica
Antraz carbúnculo hemático
Ruminantes
● São espécies suscetíveis
● Septicemia aguda fatal
● Progressão da doença - varia desde algumas horas
até 2 dias.
● Febre alta, agalaxia e pode ocorrr aborto
● Apresentações fatais da doença- congestão d
membranas mucosas, hematúria, diarreia
hemorrágica e edema regional
Equinos
● Cólica e diarreia
● Edema no intestino ou garganta causando asfixia -
progressão septicêmica
Suínos
● Instalação nos tecidos faringeanos
● Lesão ulcerativa na porta de entrada
● Edema obstrutivo pode causar a morte
Coleta de amostra
Sangue de um vaso superficial, secreções
sanguinolentas ou carcaça aberta - material do baço
Diagnóstico laboratorial
- Exame direto: Esfregaço de sangue e de
órgãos corados, coloração de gram cápsula -
azul de metileno.
- Isolamento: Agar sangue, não hemolítica 48h
- secas, esbranquiçadas a acinzentadas,
aparência granular de vidro fosco.
Bacillus cereus ………………………………………………………………………...
● Bastonete gram positivo
● Anaerobios facultativos
● Formador de esporos em condições aeróbicas
● Resistente ao cozimento e se mantém em tº que
possibilitam a replicação das bactérias e a produção
de toxina
● Encapsulamento variável (fator de virulência)
● Ocasionalmente afeta animais (cães e gatos) - As
cepas já foram isoladas de um chimpanzé e de um
gorila.
Patogênese
● Infecções oportunistas em epeecial aborto e mastite
em vacas
● Fatores predisponentes: cirurgia de úbere e infusão
de medicamento por via intramamária.
● Intoxicação alimentar em humanos, 2 formas: diarreia
e vômito (forma emética)
Patogenicidade
Cereulida
- proteína termoestável - intumescimento das
mitocôndrias e apoptose, resistente a 121 ºC,
efeito tóxico em mamíferos
Enterotoxinas termolábiles
- HBL (hemólise e formação de poros) e NHE (
dermonecrótica, citotóxica e altera a
permeabilidade da membrana)
Citotoxina K
- diarréia sanguinolenta e mortes por enterite
necrótica
Enterotoxina T
- Atividade enterotóxica ou artefato
Outras doenças
Endoftlamite: após lesão ocular traumática
- Dor intensa acompanha uma rápida redução
da acuidade visual, exacerbada pela formação
de abscesso no anel da córnea, edema
periorbital e proptose.
-
Sintomas sistêmicos: febre, leucocitose e mal estar.
Várias consequências clínicas: perda total da perceção
de luz e necessidade de enucleação e evisceração.
Diagnóstico
● Exame direto
● Hemoculturas
● Meios sólidos
● Aparecem como gram negativos - Esporos não se
coram por gram
- Então pode ser usado o verde malaquita a 10%
por 45 minutos e a Safranina por 30 segundos.
Diagnóstico laboratorial
Beta hemolítica em ágar sangue: promove
esporulação no meio - aerobiose.
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Clostridium spp.
Características gerais
● Bastonete gram-positivo
● Maioria reto
● Formadores de endósporos
● Célula grande
● Anaeróbico
● Exigência nutricional: aminoácidos, carboidrato,
vitaminas e sangue.
Atividades bioquímicas
● Metabolismo altamente ativo
● Carboidratos, proteínas e lípidos
● Ácidos nucleicos
● Degradação fermentativa
Habitat natural
● Solo, água doce e em sedimentos marinhos.
● Patogênicos - TGI de homens e animais.
Clostridium tetani ………………………………………………………...
● Bastonetes gram-positivos, anaeróbio Obrigatório,
formador de esporos na porção terminal.
- Causa de tétano - intoxicação neuroparalítica
caracterizada por espasmos musculares
tetânicos e convulsões tônico-clônicas
● Habita solo e fezes de animais e é transitório no TGI
de cavalos.
Resistência dos esporos
● Resistem à fervura por até 1,5H e são eliminados a
121 C por 15 minutos.
● Compostos halogênicos
● Solução de iodo (efetiva por horas)
● As concentrações usuais de fenol, lisol e formalina
(não são efetivas)
Patogênese
● Neurotoxina extremamente potente
(tetanospasmina)
● Liga-se aos neurônios que controlam a contração de
vários músculos esqueléticos.
Tétano
Diagnóstico laboratorial
● Exame direito
- coloração de gram
● Isolamento
- tecido necrótico ou exsudato
- Aquecimento 80ºC / tempo variável
- Incubação a 37ºC/ 3 a 4 dias
- Caldo de carne cozida (anaerobiose)
● PCR
- Primers que amplificam o gene (TeNT -
plasmídeo) que codifica a toxina tetânica.
Clostridium botulinum ……………………………………………….
● Bastonete gram positivo
● Anaeróbico obrigatório
● Temperatura: 30 e 37ºC
● Formador de esporos: parte subterminal
- Ph ideal de neutro a alcalino
- Resistente
- 121ºC / 15 minutos
- Toxinas: destruição a 100ºC/20 min
- Intoxicação neuroparalítica
● Distribuída no solo e meio aquático.
Transmissão
● Ingestão da toxina
● Ingestão de esporos
● Oriundos de animais e plantas contaminados
● Quando o animal morre ocorre a germinação dos
esporos presente no intestino e nos tecidos e a
produção de toxina.
● Infecção do ferimento - raro
Patogênese
Toxina botulínica: Absorvida a partir do TGI e
transportada pela corrente sanguínea.
Botulismo: Armazenagem indevida de alimentos
(milho, silagem, feno) e veiculação hídrica
- A existência de cacimbs ou valas de captação
de água.
Diagnóstico laboratorial
● História, sinais clínicos
● Demonstração e identificação de toxinas no soro de
animais acometidos ou mortos;
● Detecção da toxina e ou C. botulinum nos alimentos
suspeitos.Identificação de toxinas
- b Teste de neutralização em camundongos ou
porquinho-da-índia; Inoculação da toxina;
- Antitoxina polivalente (A, B e E) = neutraliza as
toxinas
- Morte dentro de 10h a 3 semanas (média de 4
dias);
- Fraqueza muscular, paralisia dos membros e
dificuldade respiratória.
Isolamento de tecidos e alimentos
- amostra macerada - solução salina
- Suspensão aquecida a 65-80ºC/ 30 minutos
- Inoculadas em Ágar por 5 dias
Clostridium perfringens …………………………………………………...
● Bastonetes gram-positivos
● Encapsulado
● Anaeróbio
● Imóvel
● Origina esporos que produzem toxinas que são
utilizadas para tipificação da bactéria.
● Associada a doença enterotóxica e a outras doenças
intestinais
● Infecções de ferimento
● Mastite grave
Patogênese
● Alfatoxina - fosfolipase C (lectinase): hidrolisa a
membrana da célula hospedeira (extração de
nutrientes)
- Produzida por todas as cepas.
● Betatoxina: formadora de poros, letal e necrosante.
Liga-se às células endoteliais vasculares, causando
degeneração,trombose e necrose.
- Atua no tecido nervoso (interfere na
distribuição de íons cálcio através de suas
membranas alterando a condução do estímulo
nervoso normal
- Sensível a atividade da tripsina: tipo B e C têm
predileção para neonatas pois consomem
colostro e o mesmo tem atividade anti-tripsina.
● Toxina épsilon: secretada como protoxina -
enterotoxina e neurotoxina.
- Interrompe as vias produtoras de energia da
célula, depleção do ATP e necrose celular
programada.
- Aumenta a permeabilidade intestinal - garante
a absorção da toxina na corrente sanguínea
- Danificar o endotélio vascular incluindo vasos
sanguíneos no cérebro.
● Toxina iota: toxina binária.Porção de ligação (lb) liga
a toxina à receptores específicos da superfície das
células epiteliais-alvo, e de uma porção
enzimaticamente ativa (Ia)
- Ia penetra no citoplasma
- Ribosilação de adenosina difosfato (ADP) -
bloqueio da síntese proteica
- Ribosila a actina da célula hospedeira
causando desorganização do citoesqueleto
celular e morte celular.
Diagnóstico laboratorial
● Exame direto
- coloração de gram
- Imprint
● Isolamento
- Ágar sangue
- Aquecimento de 80ºC/15 minutos (meio
contaminado. ex: conteúdo intestinal)
● Imunoenzimático (ELISA)
- detecção de anticorpos específicos.
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Considerações
● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação.
● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens.
● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com o
instagram por favor.
● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos e o valor da mesma é apenas
pelos conteúdos digitados.
● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como
descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário
estudar o conteúdo dado em sua graduação também.
Virologia
Animal
larivet.resumos
SUMÁRIO.
1. Virologia Geral
2. Diagnóstico de doenças virais
3. Sistema Imune
4. Parvovírus
5. Coronavírus
6. Paramixovírus
7. Rabdovírus
8. Papilomavírus
9. Picornavírus - Febre Aftosa
10. Reovírus
11. Ortomixovírus
12. Herpesvírus
13. Flaviridae
14. Retroviroses
15. Príon
Virologia geral
O que influencia o aparecimento de novos vírus e
outros agentes infecciosos? Desmatamento e
destruição de habitat, contato entre espécies
inapropriadas e transporte.
As doenças virais sofrem muitas mutações e quebram
as barreiras entre as espécies
A suscetibilidade ou resistência à infecção viral
depende
Do hospedeiro: genética, idade, estado nutricional,
estado hormona, estado imunológico
Do vírus: dose, virulência
Vírus
São parasitas intracelulares obrigatórios que utilizam o
aparato enzimático da célula hospedeira para a
síntese de seus componentes e sua perpetuação na
natureza. São partículas inertes fora de uma célula
viva.
Estrutura:
● genoma: codifica apenas o necessário para sua
replicação/multiplicação e empacotamento do
genoma
● Evolutórios virais: existem vírus com capsídeo e
outros com + envelope
● Proteínas de membrana
Formado por
1. genoma viral (ácido nucleico - cerne/core ou
núcleo). Tem dna ou rna
2. capsídeo (proteínas)
3. envelope (bicamada lipídica)
- espículas (glicoproteínas do envelope)
Nome da partícula infectante: vírion
1. Genoma
Possuem uma única espécie de ácido nucléico no
cerne. O dna pode ser de fita dupla linear, fita dupla
circular ou fita simples linear.
O RNA pode ser de dupla linear ou fita simples linear.
Ele codifica as proteínas virais e a partir daí fazer
sua replicação
2. Capsídeo
Formado por protômeros que conferem rigidez e
proteção, envolve o genoma.
3. Envelope
Recobre o capsídeo, formando uma membrana
lipídica do próprio hospedeiro e glicoproteína do vírus.
Ele pode ser formado da membrana celular,
membrana do núcleo, RER e golgi.
Glicoproteínas (espículas): adesão do vírus na células
hospedeira
Têm sensibilidade a agentes físicos e químicos como
temperatura, ph, solventes, detergentes lipídicos e
outros que desnaturam a proteína.
Tem como função de proteger o genoma,
reconhecer e interagir com estrutura de
membranas nas células hospedeiras e possibilitar
transferência do genoma para célula hospedeira
(fusão com a membrana e penetração celular)- isso é
essencial para penetração do vírion e início da
replicação.
Além disso, interagem com o sistema imunológico,
assim, tornam-se alvos para anticorpos neutralizantes
e geram resposta imunológica.
Vírus envelopado X vírus não envelopado: vírus
envelopado são mais sensíveis no ambiente do que os
não envelopado
Objetivo: replicação e perpetuação.
Para que ocorra a infecção a célula hospedeira tem
que ser suscetível e a célula tem que ser permissiva à
replicação/multiplicação do vírus.
Os Vírus tem tropismo como exemplo da raiva que
tem tropismo para células do sistema nervoso
Replicação viral
1. Ciclo lítico
Agente viral consegue penetrar e colocar o genoma
dentro da célula. O genoma começa a comandar
células para multiplicação e as células começam a
produzir ptns específicas para replicação do genoma
criando vários vírus. Esses vírus sai da célula e vai
infeccionar outras.
2. Ciclo lisogênico
O genoma viral se insere no genoma da célula,
quando a célula se replica o genoma dentro do
genoma da própria célula vai se replicando junto e fica
em latência no ciclo lisogênico até haver um momento
para sair do ciclo lisogênico para fazer o ciclo lítico.
Papel de manutenção do vírus e latência no indivíduo
infectado e perpetuação da infecção sendo um
mecanismo de evasão do sistema imune.
Estágios do ciclo lítico:
1. colocar o material genética de células
por adsorção ou penetração. Pode
ser por ejeção do material genética,
fusão com a membrana
endocitose/fagocitose
2. síntese
3. montagem
4. liberação
5.
Classificação e organização dos diferentes tipos de
vírus
● Composição química
● Tipos de genoma
● Estrutura e função das proteínas virais
● Vetores
● Antigenicidade
ICVT - international committee on taxonomy of
viruses
Critérios de espécies de vírus
● Sequência de genoma hospedeiro
● Tropismo por determinado célula
● Patogenicidade
● Forma de transmissão
● Propriedades físico-químicas
● Antigenicidade
Classificação prática *não oficial*
● Critérios epidemiológicos e clínicos.
- vírus respiratórios: inalação
- virus entericos: orofecal
- arbovírus: vetores artrópodes
- vírus oncogênicos: potencial para induzir
transformação celular.
Organização dos vírus
● Ordem: virales
● Família: características morfológica, genéticas e
biológicas em comum - viridae
● Subfamília: virinae
● Gênero: propriedade biológicas e moleculares vírus
● Espécies: linhagem replicativa e nicho ecológico -
nome que se dá ao vírus
● Subespécies: classificação não oficial
Obs: existe nomenclatura informal ↑
Propriedades que favorecem a sobrevivência e
evolução viral
● Capacidade de replicar e ser excretado em altos
títulos
● Capacidade de e adaptar a novos tecidos, órgãos e
hospedeiros
● Capacidade de ser excretado por longo tempo
● Capacidade de se reproduzir e ser excretado sem
causar doença severa na maioria de seus hospedeiros.
● Capacidade de escapar dos mecanismos
imunológicos do hospedeiro
● Capacidade de resistir no meio ambiente
assegurando sua sobrevivência alcançar um novo
hospedeiro
● Habilidade de ser transmitido verticalmente entre
hospedeiro
● Potencial de mutação: potencial de variação
genética de progênie. Esse evento gera uma grande
capacidade de replicação dessas populações,
gerando novas gerações de vírus.
Nomenclaturas:
● Cepa: amostras bem caracterizadas em nível e
virulência. termo cepa de referência: amplamente
caracterizada e reconhecidos
● Cepa “tipo selvagem”: cepa original do vírus que
circula na natureza
● Variantes ou mutantes: se diferenciam da cepa
original por uma característica fenotípica ou de
virulência
● Isolado (amostra): isolado de uma amostra de
animal infectado sobre o qual se conhece pouco.
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Diagnóstico das doenças virais.
Métodos diretos são para detecção da presença do
vírus em tecidos, sangue, secreções ou excreções pode
ser realizada pelo uso de técnicas que demonstrem o
agente, o efeito da replicação em cultivo celular,
produtos intermediários do processo replicativo
(proteínas, corpúsculos de inclusão) ou o material
genético (DNA ou RNA viral).
Métodos indiretos são os que pesquisam a presença
e titulação de anticorpos.
A escolha de uma determinada técnica de detecção
está diretamente relacionada com a forma de
infecção e com o tropismo do vírus por
determinados tecidos e órgãos. É essencial a escolha
de amostra adequada e envio para o laboratório de
forma adequada.
As aplicações do diagnóstico virológico laboratorial
abrangem desde investigações clínicas em nível
individual até programas de controle e erradicação
de doenças em nível nacional ou continental. Por essa
razão, as técnicas de diagnóstico estão sob contínuo
aperfeiçoamento para contemplar os diferentes graus
de exigência.
Característica de um teste diagnóstico: que ele seja
sensível, específico e que ele tenha repetibilidade.
Método direitos vão procurar o próprio
agente/antígeno e os os métodos indiretos vão
procurar o próprio anticorpo.
Determinação qualitativa é aquela que procura-se a
presença ou ausência de agentes virais ou anticorpos-
testes que dão positivo e negativo e quantitativa é
aquela que procura-se quantidade/atribui valores
numéricos (titulação) do anticorpo ou agente.
Métodos existentes ………… ………………...
• Citopatologia - observação de lesão por replicação
viral
• Detecção direta por microscopia eletrônica
• Característica biológica do vírus.
- Ex: capacidade de hemaglutinação
• Detecção de antígenos.
- Ex: Imunofluorescência; Ensaio
Imunoenzimático; Imunocromatografia;
Aglutinação por látex; radioimunoensaio;
immunoblots
• Detecção/identificação de ácidos nucléicos
- Ex: Hibridização e Reação em Cadeia de
Polimerase
• Multiplicação de vírus**
- Ex: Inoculação/Cultivo Celular
• Sorologia
- Ex: imuno difusão em ágar, soroneutralização,
ELISA; inibição de hemaglutinação
Observação de lesão por replicação viral -
citopatologia
Exemplo: observação de corpúsculo de inclusão
Microscopia eletrônica:
• Baixa sensibilidade: depende de um número visível de
agentes na lâmina.
• Técnicas de concentração para achar o agente viral.
Características para identificação na Microscopia
Eletrônica:
• O diâmetro dos vírions,
• Morfologia do nucleocapsídeo
• A presença ou não de envelope
• A presença de projeções na superfície das partículas
• A organização dos agregados de partículas
• A localização celular dos vírions
Características biológicas do vírus
Hemaglutinação
A hemaglutinação ocorre porque existem proteínas
de superfície virais capazes de aglutinar eritrócitos
de algumas espécies. Ex: ortomixovírus e
paramixovírus
*Hemaglutininas -> vírus hemaglutinantes
(não são todos os vírus que fazem isso).
Como é feito o teste: tem as hemácias a amostra
suspeita, eles incubem a amostra com o sangue
durante uma hora. Se as hemácias não aglutinaram é
negativo e se aglutinar é positivo.
OBS - Limitações: Não detecta pequenas
quantidades devírus e é restrito a poucas famílias
Inibição da Hemaglutinação - Sorologia
• A propriedade de hemaglutinação é utilizada para a
pesquisa de anticorpos capazes de inibir a
hemaglutinação.
• anticorpos se ligam nas hemaglutininas virais e
inibem a sua atividade hemaglutinante
Detecção de antígenos virais (qualquer proteína do
vírus)
Imunofluorescência Direta
A técnica baseia-se na reação de anticorpos
específicos (conjugados com substância fluorescente)
com o antígeno presente no material suspeito.
Procura os antígenos virais.
- Pode ser aplicada em monocamada de
células, em esfregaços celulares, em tecidos
frescos, congelados ou incluídos em parafina.
Ensaio Imunoenzimático direto (ELISA – enzyme
linked immunosorbent assay)
- Laboratório
- Kits rápidos
• Boa sensibilidade
• Boa especificidade
• Custo acessível
• Repetibilidade
• Versatilidade.
Radioimunoensaio (RIA)
• Menos usado atualmente após criação do ELISA
• Método semelhante, porém usa isótopo radioativo
em vez de enzima. O método é muito sensível e pode
ser automatizado, porém os equipamentos requeridos
são caros.
• Material radioativo
• Caindo em desuso
Imunocromatografia
• Kits de testes rápidos
• É baseada na reação antígeno-anticorpo
Como é feita essa técnica? Amostra suspeita é
passada através de um filtro e, então, impregnada em
uma membrana, onde reagirá com o anticorpo
específico previamente imobilizado.
- A presença do antígeno é revelada pelo
aparecimento de focos ou bandas coloridas,
pois os reagentes são conjugados com
substâncias cromógenas.
• O resultado depende essencialmente da qualidade
dos reagentes
Imunoblots
• Os antígenos virais são detectados pelo uso de
anticorpos marcados com enzimas, provocando
mudança de cor.
- O material suspeito deve ser solubilizado em
membranas específicas de nitrocelulose ou
nylon e seguido de incubação e lavagem com
Ac anti virais específicos.
• A presença do Ag é revelada após adição do
substrato que altera a cor caso presente o Ag
pesquisado
Detecção de anticorpos
Imunofluorescência Indireta
A técnica baseia-se na reação de anticorpos
específicos (conjugados com substância fluorescente)
com complexo antígeno-anticorpo presente no
material suspeito. Procura-se anticorpos anti-viral.
- Pode ser aplicada em monocamada de
células, em esfregaços celulares, em tecidos
frescos, congelados ou incluídos em parafina
Ensaio Imunoenzimático indireto (ELISA – enzyme
linked immunosorbent assay)
- Laboratório
- Kits rápidos
Imunocromatografia
• Kits de testes rápidos
• É baseada na reação antígeno-anticorpo
• Amostra suspeita é passada através de um filtro e,
então, impregnada em uma membrana, onde reagirá
com o complexo Ag-Ac específico previamente
imobilizado.
- A presença do anticorpo é revelada pelo
aparecimento de focos ou bandas coloridas,
pois os reagentes são conjugados com
substâncias cromógenas.
• O resultado depende essencialmente da qualidade
dos reagentes
Imunoblots
• Os antígenos virais são detectados pelo uso de
complexos Ag- Ac marcados com enzimas,
provocando mudança de cor.
- O material suspeito deve ser solubilizado em
membranas específicas de nitrocelulose ou
nylon e seguido de incubação e lavagem.
• A presença do Ac é revelada após adição do
substrato que altera a cor caso presente o Ac
pesquisado
Detecção de antígenos virais ou anticorpos
Aglutinação em látex
• Método simples - mistura do material suspeito com
anticorpos previamente adsorvidos a partículas de
látex. Se houver antígeno ocorrerá sua ligação aos
anticorpos e aglutinação das partículas.
• A leitura da reação é visual
• Baixa sensibilidade e especificidade -> falsos
negativos
Outros Testes Sorológicos
Soroneutralização (SN) e imunodifusão em Ágar
• Soroneutralização (SN) é utilizado para se detectar
anticorpos que possuem capacidade de neutralizar
a infectividade do vírus. É a titulação de anticorpos.
• Imunodifusão em gel de ágar se baseia na
insolubilização e precipitação de complexos
formados pela reação antígeno anticorpo. Esses
complexos podem ser visualizados sob a forma de
linhas de precipitação no gel de agarose.
Imunodifusão em gel de Ágar
• Média sensibilidade e especificidade -> podem não
detectar baixos níveis de Ac e não tem alta
especificidade
• Útil para inquéritos sorológicos de grandes
populações animais, sobretudo, pela sua praticidade
e custo baixo.
Soroneutralização Quantitativa
• Examina-se o soro/amostra suspeita frente a um
vírus padrão previamente conhecido e quantificado.
• Teste realizado em microplacas que incubam
diluições crescentes do soro a ser testado com uma
quantidade constante do vírus
• Testa-se várias diluições da amostra – havendo uma
titulação de anticorpos
Soroneutralização Qualitativa.
• Se houver anticorpos presentes no soro eles se ligam
e neutralizam o vírus -> cultivo celular - > avaliação
de efeito citopático.
Detecção/identificação de ácidos nucléicos
A técnica baseia-se nas sequências únicas de
nucleotídeos do genoma dos vírus, associadas com
técnicas de amplificação e hibridização de ácidos
nucléicos, permitindo a detecção e identificação de
agentes virais.
• Hibridização
• PCR
- RT – PCR -> A PCR pode ser precedida por
uma reação de transcrição reversa (RT) para
a obtenção de cDNA a partir de RNA.-
qualitativo.
- qPCR (PCR em tempo real) -> amplificação e
detecção ao mesmo tempo (emissão de
fluorescência). - quantitativo.
PCR (reação em cadeia polimerase)
A técnica baseia-se nas sequências únicas de
nucleotídeos do genoma dos vírus, associadas com
técnicas de amplificação e hibridização de ácidos
nucléicos, permitindo detecção e identificação de
agentes virais
• A disponibilidade das seqüências genômicas dos
vírus em bancos de dados possibilitou a identificação
de regiões conservadas, viabilizando a síntese de
primers (molde)
• Descoberta da Taq polimerase - enzimas resistentes
ao calor e para amplificação desse material genético
requer temperaturas altas.
• PCR é uma técnica altamente específica e sensível,
que consiste na síntese in vitro de uma grande
quantidade de cópias de um segmento de DNA ou
RNA existente na amostra -> consiste em amplificar o
número de moléculas a partir de uma molécula-alvo
original, denominada template ou molde.
- Essa amplificação pode ser realizada a partir
de uma quantidade mínima do ácido
nucléico-alvo; uma PCR bem padronizada,
teoricamente, é capaz de detectar e
amplificar até uma única cópia do molde
existente na amostra.
A região-alvo a ser amplificada é delimitada por
primers, que são oligonucleotídeos sintéticos de
aproximadamente 20 nucleotídeos que são
sintetizados de acordo com a sequência a ser
amplificada
• A reação de PCR envolve a realização de vários
ciclos de desnaturação (separação da fita dupla),
hibridização dos primers e polimerização da cadeia de
DNA a partir dos primers, pela enzima DNA
polimerase. A cada ciclo o número de moléculas
correspondentes à seqüência-alvo duplica e, no final
da reação, acumulam-se milhões de cópias idênticas
correspondentes à seqüência-alvo inicial
• A amostra terá várias sequências idênticas que serão
detectadas visualmente em géis de agarose, corados
com brometo de etídio, sob luz UV
• Será comparada com padrão pré determinado –
marcador molecular de massa conhecida e amostras
controle positiva e negativa
- Atualmente é uma das técnicas mais utilizadas.
- Boa aplicação para vírus que não crescem em cultivo
celular.
- Boa utilização em amostras com pouca quantidade
do agente viral.
- Vírus em latência.
- Cuidados com erros de técnica.
Hibridização - Southern/Northern blot/ in Situ
A técnica baseia-se na complementaridade das
moléculas de DNA ou RNA
• Sonda ligada à isótopo radioativo ou enzima é
complementar à sequência alvo
• O material suspeito é imobilizado em uma
membrana, seguido pela incubação com a sonda
marcada e de lavagens seguidas para retirar o que
não foi ligado
• Na presença do ácido nucléico do vírus suspeito, a
sonda irá hibridizar com a seqüência-alvo em filme
após adição de substrato
Multiplicação de vírus
• Utilizadoem laboratório de pesquisa
• Produção de soro
• Produção de vacinas
1. Inoculação em animais
2. Inoculação em ovos embrionados
3. Inoculação em cultivo celular
Vacinas
Imunização Ativa
• Vírus Vivo Modificado
• Vetores vacinais
• Vírus Inativado
• Subunidades do vírus/vacinas recombinantes
• Outras
- Adjuvantes : potenciador da resposta
- Vias de administração: subcutânea, intramuscular e
mucosa (intra nasais e orais) e outros….
O sistema imune
Para assegurar a ausência de invasão:
1. Barreira física: evitam a penetração de
microorganismos invasores. Ex: pele, cílios,
autolimpeza
2. Imunidade inata: responsável pela rápida
proteção inicial - limitam e restringem a
infecção viral até respostas imunes adquiridas
começarem a produzir os anticorpos. Ex:
inflamação, defensas, lisozima.
3. Imunidade adaptativa ou adquirida:
imunidade mais eficaz e prolongada mediada
por anticorpos e por células.
A resposta imunológica ocorre pois os vírus são
estruturas quimicamente diferentes das células do
hospedeiro e a célula infectada libera substâncias
sinalizadoras que o sistema imunológico reconhece
como célula estranha.
Imunidade, natural ou inespecífica
● Atua imediatamente após o contato do hospedeiro
com os antígenos virais.
● Não possui capacidade de discriminação entre os
vírus e não necessitam de exposição prévia para
serem desencadeado
● Não possuem memória
● É o que causa dor, febre e inflamação.
Resposta celular e substância químicas endógenas
que bloqueiam a invasão tecidual ou mecanismos de
proliferação viral
- Células: leucócitos, células dendríticas e
células NK
- Substâncias: Interferon- I e citocinas
- Sistema complemento: vias enzimáticas
Interferon: interferem com a replicação viral
- Principal: IFN-I (ifn-a e ifn-b), são produzidos
por qualquer células nucleadas em resposta a
infecção viral e sua principal fonte são as
células dendríticas presentes principalmente
nos tecidos linfóides.
Estimula a imunidade adquirida, indução do MHC,
ativação de células dendríticas, estimulação da
proliferação de linfócito T, participam da atividade
de linfócitos B e Liberação do IFN - Y
Sistema complemento: proteínas inativas no plasma
que são ativadas principalmente pela presença de
complexos imunes. Ocorre uma cascata de ativação
com formação de moléculas ligadas à ativação da
inflamação.
1. Opsonização: ptn se liga ao vírus para destruir
e reconhecer o vírus para ser fagocitodo.
2. Quimiotaxia: liberar substâncias que facilitam
o reconhecimento viral como agente estranho,
3. Ativação de neutrófilos
4. Degranulação de mastócitos: faz
vasodilatação pra ter mais células de defesa,
inflamação, edema...
5. Formação de complexo de ataque à
membrana: morte das células
Células NK (natural killer): células de linhagem
linfóide da medula óssea, destroem as células
infectadas por vírus, na fase de imunidade inata, sem
precisar de reconhecimento específico.
- Secreção de citocinas contribuindo para
resposta viral
- IFN - Y : ação antiviral direta - diminui a
gravidade das infecções virais mesmo antes
da imunidade adquirida.
Células dendríticas: Presentes nos tecidos linfóides e
locais de penetração viral. Faz a produção de IFN-I e
estimulação de NK.
Além disso, faz a apresentação de antígenos (Ag)
aos linfócitos B para a produção de Ac
- Ligação entre resposta imune inata e
adquirida
Estimula a produção de linfócitos T helper (Th) que
estimula a produção de citocinas > resposta celular
por linfócito T e humoral por linfócito B
Imunidade adquirida ou adaptativa
● Tem memória.
● Mais tardia que a inata.
Anticorpos:
- Imunidade humoral: Anticorpos impedem a
adsorção, estimulam a fagocitose e lise celular,
ligação anticorpos + célula infectada > células
citotóxicas destroem. (Linfócito B)
- Imunidade celular: resposta imune celular
contra agentes intracelular. Composto de
células especializadas na destruição das
células infectadas (linfócito T - Th e Tc) - A
mais responsável pela imunidade antiviral mas
atuam em conjunto.
-
● Necessário a apresentação do Ag aos linfócitos.
● Necessário distinguir o próprio do não próprio
● Os próprios capsídeos e glicoproteínas do envelope
viral são antigénios e eles estimulam a resposta
imunológica.
Th (CD4+): secreção de citocinas
Tc (CD8+): reconhecem e destroem as células infecção
e produz citocinas
Linfócito B: produção de anticorpos para
determinado agente.
Células dendríticas: São mais efetivas na ativação
dos linfócitos Tc
- Fragmentos de proteínas virais + MHC - I
- Fornecem estímulos químicos (citocinas)
Os dendritos facilitam a interação com a células
Assim, por que ainda ocorre uma infecção viral?
● Adaptação vírus - hospedeiro.
● Infecções persistentes.
●Tropismo e especificidade do vírus - número,
natureza e localização dos receptores celulares.
Evasão do sistema imune
● Variação antigênica - mutação
● Latência - ex: ciclo lisogênico
● Inibição da apoptose (lise)
● Inibição ou imunodepressão
- Bloqueio da liberação/ação de citocinas.
- Evasão de células NK
- Utilização de células do sistema imune como
hospedeira.
Consequências adversas da resposta imunológica
● Lise celular
● Produção de radicais livres: lesões oxidativas
● Formação e depósitos de imunocomplexos
podendo levar a doenças inflamatórias
● Resposta inflamatória exacerbada
● Exacerbação da patologia via anticorpos
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PARVOVIRUS
Família: Parvoviridae
Subfamília: Parvovirinae (vertebrados) e Densovirina.
Características:
● Parvus = pequeno
● Esféricos
● Capsídeo Icosaédrico
● Sem envelope
● DNA fita simples linear
● Grande estabilidade no ambiente – Mantém
infectividade por meses (fezes) e por semanas livre no
ambiente
● São restritos quanto à espécie hospedeira
● Precisam de células em replicação para sua própria
replicação e ocorre no núcleo da célula hospedeira.
● Realiza o ciclo Lítico
● Tropismo de células em replicação para sua própria
replicação
- Células da cripta intestinal
- Células Linfóides
- Células da medula óssea
- Células embrionárias
- Células do miocárdio (animais jovens)
Parvovirus de Importância Veterinária
Vírus da panleucopenia felina (FPLV)
Parvovírus canino (CPV-2)
Parvovírus Suíno (PPV)
Vírus da panleucopenia felina (FPLV) ……………………………….
● Distribuição mundial e acomete Felinos domésticos e
selvagens (felídeos).
● Alta taxa de mortalidade e morbidade
● Vírus pode resistir em ambiente por até 1 ano nas
fezes em temperatura ambiente
● Animais jovens
● Pode haver infecção intra uterina
● Vírus Entérico -> Transmissão oronasal
- contato direto ou indireto com animais
infectados ou suas secreções (pp/ fezes
diarréicas)
- Transmissão por fômites também é possível
Felinos jovens (2-5 meses):
Sinais clínicos: Prostração, febre e anorexia, vômito e
desidratação, Panleucopenia, Enterite/Diarréia
- Pode haver infecções bacterianas secundárias
agravam o quadro
- Pode ser subclínico
Final de gestação/Neonatos:
● Replicação em cérebro, Cerebelo, retina e nervo
óptico
● Tecido Linfóide e medula óssea -> leucopenia
Diagnóstico
● Sinaisclínicos e idade.
● Histórico
● Hemograma
● Testes específicos
- Microscopia eletrônica
- Cultivo celular
- Hemaglutinação - > aglutina eritrócitos de
suínos IF direta e indireta
- ELISA (direto e indireto)
- PCR
- Soroneutralização (IgM e IgG
● Achado patológico: Inclusões intranucleares podem
ser encontradas nas células das criptas intestinais.
Tratamento
Suporte - Até o momento não há antivirais específicos
Controle
Vacinação dos felinos domésticos -> Vacina - Vírus
Vivo modificado
No ambiente: inativado pelo hipoclorito de sódio a 6%,
formol a 4% e glutaraldeído a 1% quando exposto por
10 minutos
- Água 80° por 30”
Parvovírus CANINO ………… …………………….
Originado a partir do vírus da Panleucopenia Felina.
Os primeiros casos foram no início da década de 1970,
na Europa (Brasil: 78/79) .
● Raças mais sensíveis: rottweiler, doberman, pastor
alemão, pit bull e fila brasileiro
● Maior incidência nos meses quentes (verão e
primavera) – Distribuição Mundial
● Principal causa de diarreia viral em cães abaixo de 6
meses de idade
Originado a partir do vírus da Panleucopenia Felina: A
diferença entre eles é de apenas 2 aminoácidos do
capsídeo -> responsável pela interação dos vírions
com os receptores das células hospedeiras.
Via de transmissão:
- Contato direto: fecal-oral
- Contato indireto: fômites contaminados
Via de Eliminação: fezes Animais subclínicos
- eliminam o vírus por muitos meses Animais
convalescentes não eliminam o vírus.
Fontes de infecção: animais doentes e subclínicos -
(comum em cães de rua)
Animais mais susceptíveis: Filhotes / jovens a partir 2
meses de vida (6-18 meses).
Caninos jovens (< 6 meses):
Sinais clínicos: Prostração, febre e anorexia, vômito e
desidratação, GEH (gastroenterite hemorrágica),
miocardite (3-8 semanas)...
- Infecções bacterianas secundárias agravam o
quadro
- Hipoplasia de medula óssea
- Pode ser subclínico em animais adultos
Duas síndromes clínicas são descritas:
- miocardite e a gastrenterite hemorrágica
(GEH). A miocardite pode ocorrer em
neonatos, após a infecção intra-uterina ou nas
primeiras seis semanas de vida. Esses animais
apresentam morte súbita ou sinais
inespecíficos e, posteriormente, desenvolvem
sinais de insuficiência cardíaca – ocorreu mais
na década de 70
-
GEH - > decorre da destruição das vilosidades
intestinais
Diagnóstico:
● Sinais clínicos e idade.
● Histórico
● Hemograma; proteínas totais
● Testes específicos
- Microscopia eletrônica
- Cultivo celular
- Hemaglutinação - > aglutina eritrócitos de
suínos IF direta e indireta
- ELISA (direto e indireto)
- Imunocromatografia (direta e indireta)
- PCR
- Soroneutralização (IgM e IgG)
● Achado patológicos post-mortem
- Necropsia: conteúdo intestinal aquoso e
hemorrágico; desidratação, nº placas de Peyer
(conglomerados linfo nodulares) no intestino,
pontos de necrose no fígado
- Histopatologia: mais conclusivas (necrose
células da cripta, alterações / redução nas
microvilosidades das células do intestino
delgado)
Tratamento
Suporte - Até o momento não há antivirais específicos
Controle
● Vacinação dos caninos domésticos -> Vacina - Vírus
Vivo modificado
● No ambiente: inativado pelo hipoclorito de sódio a
6%, formol a 4% e glutaraldeído a 1% quando exposto
por 10 minutos
- Água 80° por 30
Parvovírus Suíno (PPV) ………………………… … …………...
É uma causa frequente e importante de falhas
reprodutivas em suínos, infertilidade e repetições de
cio.
• infecção de embriões e fetos, que resulta em
mortalidade embrionária, mumificação fetal,
abortamentos, natimortalidade e o nascimento de
leitões inviáveis
• Animais adultos não-gestantes, o PPV replica no
intestino sem causar manifestações clínicas.
• Somente um sorotipo do PPV foi identificado.
Entretanto, existem diferenças de patogenicidade entre
isolados de campo
• Distribuído mundialmente- infecção Endêmica no
BR
• Resistência a temperaturas ambientais e a
variações de pH, o que garante sua sobrevivência por
meses.. A principal fonte de contaminação são
fômites e instalações contaminadas.
A introdução do PPV no rebanho pode ocorrer pela
aquisição de reprodutores infectados. Os machos
podem desempenhar um papel na disseminação do
PPV, uma vez que o vírus pode ser encontrado nos
testículos.
A imunidade conferida pela infecção natural é longa e
sólida. Os surtos em granjas em que não há controle
por vacinação podem ocorrer em períodos cíclicos
(normalmente a cada três a quatro anos), pela
redução gradativa dos níveis de anticorpos.
Transmissão
• Oronasal e transplacentária
• Contato com fezes, secreções, restos de aborto,
fomites e instalações contaminadas
O vírus se replica em tecidos linfóides, na medula
óssea e nas criptas do intestino delgado. A infecção
transplacentária ocorre durante a fase de viremia na
fêmea gestante -> 10 a 15 dias após infecção da fêmea
(maior problema em fêmeas primíparas)
- Morte do embrião e reabsorção
- Natimorto
- Fetos mumificados em diferentes estágios
- Nascimento de parte dos leitões viáveis e
parte mumificada
Diagnóstico
• Sinais clínicos e idade. • Histórico
• Aumento nos índices de retorno ao cio e atraso na
data de aparição, associados com a presença de fetos
mumificados e leitegadas com número reduzido de
leitões, especialmente em fêmeas de primeiro ou
segundo parto.
Material enviado para Laboratório: fetos
mumificados, restos fetais, fragmentos de tecidos
necróticos e soro pareado das fêmeas
- Diagnóstico - > IFA; ELISA; HA; PCR (direto)
- Sorológicos – cuidado com a interpretação
Diagnóstico Diferencial -> deve ser feito com
doenças que causem alterações reprodutivas.
Controle e Profilaxia
Vacinação -> fêmeas anualmente e dos machos
reprodutores jovens
• Nunca fornecer restos fetais e placentas para as
fêmeas
• No ambiente: inativado pelo hipoclorito de sódio a
6%, formol a 4% e glutaraldeído a 1% quando exposto
por 10 minutos
Coronavírus
Características:
• Esféricos
• Vírus envelopada
• Vírus RNA cadeia simples (+) - maior genoma
• Nucleocapsídeo helicoidal
• Envelope com glicoproteínas de superfície: facilita
a adsorção e o reconhecimento da célula hospedeira
além de estimular o sistema imunológico (spike)
• Alguns possuem a glicoproteína HE que faz a
hemaglutinação
- S.: Spike: ligação ao receptor fusão funicular,
major antígeno
- M: transmembrana
- E: proteína menor do envelope
-
• São envolvidos principalmente em doenças
respiratórias e digestivas.
• Grande variação antigênica, com existência de
vários sorotipos circulantes
• A fusão do envelope com a membrana plasmática e
apresenta importante sítios antigênicos que induzem
a produção de anticorpos neutralizantes e induzem
a resposta imune celular.
Como ocorre?
1. Entra na célula por endocitose mediada por
um receptor
2. Replicação no citoplasma
3. Vírus transportado dentro de vesícula s do
complexo de golgi vai para fora da cellular
criando novos vírus e infectar outras células
Transmissão:
Fecal - oral e oronasal
Transmissão direta ou por fômites
Gastroenterite pelo coronavírus
Acomete as células do topo das vilosidades> necrose,
achatamento das vilosidades e redução da absorção
+ Redução na produção de lactose pelas células
intestinais > acúmulo de lactose no lúmen intestinal.
Diarréia osmótica
- transmissão oral-fecal
- Gravidade: dose infectante
Ac materno
Virulência da amostra
Os vírus do corona são facilmente inativados por
solventes lipídicos, agentes oxidantes,
formaldehído, detergentes e desinfectantes
comuns. Também há grande sensibilidade o calor.
Coronavírus e interesse veterinário
Vírus da gastroenterite transmissível dos suínos …
.
Doença entérica altamente contagiosa em leitões, já
teve registro no Brasil mas não é comumente
encontrada.
PRCoV e vírus da encefalomielite suínos : europa,
ásia, eua
Coronavírus bovino (BCoV) ……………… …………..
• Diarreia neonatal em bezerros
• Disenteria sazonal em bovinos adultos (inverno) -
queda da produção leiteira em até 90%
• Infecções respiratórias em bezerros
• Epidemiologia: distribuição mundial
• Possui altamorbidade e baixa mortalidade
• Transmissão fecal-oral e nasal
• Diarreia líquida, perda de apetite, desidratação
• Diminuição de produção leiteira
• Tratamento suporte
Diagnóstico: microscopia eletrônica, isolamento em
cultura de células, imunodeficiência direta, RT- PCR.
Profilaxia: vacinação, administração do colostro,
limpeza e desinfecção das instalações, sanidade no
parto.
Coronavírus canino ……… ……………………………………………..
• Diarreia sazonal em filhotes
• Pouca patogenicidade e sinais clínicos são brandos -
leve GE
• Replicação em células do topo da vilosidade
intestinal, podem atingir linfonodos mesentéricos,
fígado e baço.
Transmissão: fecal-oral mas também pode ser por
fômites contaminadas
Diagnóstico: amostra (fezes), ME, PCR, ELISA
Tratamento: é apenas suporte, higiene do ambiente,
vacinação, vírus inativado pelo calor e por solventes
lipídicos.
- Em tº baixas pode-se manter infeccioso por
longos períodos e o CCoV é estável a PH
sólido.
Coronavírus felino ……………… ………………………………
• FCoV - replicação em enterócitos > infecção
assintomática ou diarreia
Transmissão: fecal-oral, fezes, saliva, contato próximo..
• Mutação (FIP) - a mutação não é transmissível
Replicação nos macrófagos > doença sistêmica
- peritonite infecciosa felina (PIF)
Fatores predisponentes para mutação: stress,
genética, infecções concomitantes que deprimem a
resposta imune (FIV, FeLV, FPV)
FIP: doença de complexo imune > vírus + Ac +
complemento
Capacidade do fipv se multiplicar em macrofagos e
atingir a corrente sanguínea.
↓
Complexo imunes circulantes
↓
Disposição do complexo Ag- Ac complemento na
parede dos vasos sanguíneos
↓.
Macrofagos transportam virus do sangue - tecidos
↓
Ac + compemento - atrai macrofagos eneutrofilos
↓
Lesão granulomatosa.
Diagnóstico:
• Sorologia
- Ac (+): pouco usado
- Ac (-): pode estar envolvido na progressão da
doença
• qRT -- PCR : detecção do genoma viral
• qRT - PCR - IDEXX: spikes do vírus mutante
• Histopatologia
Tratamento
• FCoV: Não é necessário, apenas se houver a
mutação.
• PIF: No mercado atualmente com tratamento
disponível
- inibidor da protease 3 CL
- GS 441524 - remissão de sinais clínicos
Corticoides apenas para alívio dos sintomas
Controle e profilaxia: Vacinação - não recomendada,
limpeza e desinfecção, evitar aglomerações e isolar
animais doentes.
Coronavírus e aves domésticas (Gallus Gallus) … …
• Infecção via trato respiratório superior - transmitido
principalmente por aerossóis, mas as aves se infectam
também pela ingestão de água e alimentos
contaminados com material fecal.
• Início dos sintomas em até 36 horas. Resolução 15
dias.
• Distúrbios respiratórios, reprodutivos e/ou renais.
• Possui vários sorotipos e subtipos.
• Distribuição mundial.
• O vírus pode sobreviver por dias ou até semanas no
meio ambiente.
Mais comumente sinais respiratórios: dispnéia,
secreção caseosa em traquéia e siringe, tosse, espirro
e descarga nasal. + Redução no ganho de peso -
queda da produção e postura
Se afetar oviduto, pode haver rompimento e presença
de gema em cavidade celomática.
Se replica nas células epiteliais e faz a viremia (circula
no corrente sanguínea)
↓
pode se replicar em rins, ovidutos ou no aparelho
digestivo
↓
no aparelho digestivo vai ser liberado nas fezes, nos
rins ocorre a nefrite e no oviduto há retardo do
crescimento dos animais, diminuição a produlão
deovos, comprometimento da qualidade interna e
externa dos ovos
Diagnóstico: isolamento e identificação dos vírus. O
material mais adequado para o isolamento viral:
material de secreção de traqueia ou oviduto.
Após o isolamento faz a detecção do genoma viral
viral PCR
Prevenção: vacina (aves de corte), prevenir
problemas respiratórios.
Paramixovírus
Características
• Vírus esféricos, pleomórficos, filamentosos
• Nucleocapsídeo helicoidal
• RNA fita simples (-)
• Vírus Envelopado
• Glicoproteínas de superfície - reconhecimento e
adesão e penetração da célula
• Só tem ciclo lítico
• Pode causar efeito citopático nas células devido sua
replicação
• Corpúsculo de Lentz: conhecidos como inclusões de
Lentz ou inclusões da cinomose, são inclusões
citoplasmáticas virais que podem ser encontradas em
neurônios.
• Tropismo pelo sistema nervoso, pele, gastrointestinal
1. Penetração na célula por fusão, replicação no
citoplasma
2. Células infectadas podem se fusionar,
formando sincícios ou celular gigante,
podendo ocorrer necrose tecidual in vivo onde
ocorre a replicação deste vírus
3. Liberação desse vírus ocorre por brotamento
São sensíveis ao ph ácido, 56ºC por 30 minutos,
solventes lipídicos, formaldeído, agentes oxidantes.
- Em tº baixa pode sobreviver poucos meses.
Paramyxovirus de interesse veterinário
Cinomose (CDV) …………………………………………………………………...
Somente um sorotipo identificado, porém desde 2011 -
proposto novo genogrupo - divisão de 2 genótipos
diferentes - isolados de campo apresentam ampla
variedade antigênica.
Proteínas H e F no envelope
- H: tropismo celular
-
• Distribuição mundial
• Qualquer carnívoro pode ser afetado - mas gatos
domésticos são resistentes
• Doenças frequentemente em cães jovens não
vacinados, mas qualquer idade pode adquirir o vírus
Transmissão: por contato com secreções nasais orais
e urina de animais infectados.
Transmissão através de aerossol - trato respiratório
superior (mais comum)
Sinais clínicos: Secreção nasal e ocular, pústulas e
piodermite, diarreia, hiperqueratose dos coxins,
convulsões e sinais neurológicos, vocalização,
mioclonia.
- OBS: hipoplasia de esmalte dentário.
-
Diagnóstico: detectada o agente ou fração do agente
( método direto - corpúsculo de inclusão,
imunofluorescência, elisa direto, imunocromatográfica,
PCR, cultivo celular).
Provas sorológicas - AC (indireto - soroneutralização,
elisa indireto, imunocromatografia indireta)
Tratamento: evitar infecção secundária e controle de
todos casos clínicos associados.
Profilaxia: vacina, limpeza, evitar contato com animais
infectados.
Doença de Newcastle ……………………………………………………………………
• Aves silvestres e domésticas são reservatórios
• Perdas econômicas – Interrupção nas exportações
- Embargos comerciais
- Enfermidade altamente contagiosa
Transmissão
Contato direto (secreção nasal, espirro, fezes, ovos
posto durante a fase clínica, carcaças…) ou através de
fômite
Disseminação: roupas, mão, transportes utilizados em
granjas, equipamentos das granjas,
Manifestações
Dependem da virulência da cepa
- Velogênicas: sinais respiratórios, neurológicos
e entéricos - alta mortalidade
- Mesogênias: sinais respiratórios e entéricos -
baixa mortalidade
- Lentogênicas: assintomático ou sinais
respiratórios leves; vacinas
Doença altamente contagiosa produzindo em aves
infectadas sinais respiratórios, diarréia, sinais nervosos,
queda na postura dos ovos, edema de cabeça
Diagnóstico
Necrópsia,swabs, cloacais, fezes,
Profilaxia e controle
• Calor: ele é inativado após 3 horas a 56ºC
• Ph ácido
• sensíveis a éter e inativados por desinfetantes
contendo formal e/ou fenol.
• Uso sistemático e vacinas
• Biossegurança
• Limpeza e desinfecção
• Controle de tráfego humano
• Evitar aves silvestres local
• Legislação específica
• Aves acometidas devem ser queimadas e
enterradas.
Vírus respiratório sincicial bovino (BRSV) …………… …
• Essa subfamília não apresenta neuraminidase e
hemaglutinina no envelope.
• Efeito citopático característico no cultivo celular
• Perdas econômicas
• A forma de transmissão não é claramente
esclarecida - aerossóis, proximidade dos animais.
Como ocorre?
Replicação nas células epiteliais da mucosa nasal,
faringe, traquéia e pulmões.
• O vírus aparentemente não faz viremia e
raramente é detectado fora do sistema respiratório.
• Antígenos virais podem ser detectados na mucosa
da nasofaringe e linfonodos traqueobronquiais
Sinais clínicos
• Doença respiratória grave com menos de 1 anos -
bronquiolite e pneumonia - com infecção bacteriana
secundária
- febre, tosse, secreção nasal e dispnéia
• secreção ocular, nasal, edema de barbela,pneumonia intersticial, salivação.
• Pode ser assintomática.
Diagnóstico
• Amostras: secreção nasal, lavado traqueal..
• cultivo celular
• IFA direta
• PCR
• Sorologia: ELISA indireto e soroneutralização
Controle e profilaxia
• Vacinação: eficácia questionável
• Controle de trânsito dos animais
• Manejo
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RABDOVIRUS
Existem diversos tipos de rabdovirus capazes de
infectar mamíferos, aves, peixes, plantas e artrópodes.
Por sua ampla distribuição na natureza existe a
possibilidade de algum tipo ainda com potencial
patogênico desconhecido.
• Vírus da raiva > mamíferos
• Vírus da estomatite vesicular > equinos, suínos e
bovinos (doenças com sinais semelhantes à febre
aftosa).
Rabdovirus
• Formato de bastão
• Estrutura helical interna - nucleocapsídeo com ptn
de superfície
• Virus RNA e envelopado (glicoproteína de superfície
G)
• Se mantém estável por longos períodos a 4ºC, porém
sensíveis ao calor, radiação solar e ultravioleta.
• Pode ser inativada por desinfetantes
• Resistência fora do hospedeiro baixa.
Raiva ……………………………………………………………………………...
• É neurotrópico
• Variantes: V1 e V2 ( raiva furiosa - cães e gatos) e
V3,V4,V5 (raiva paralítica- morcegos)
• Vírus RNA, filamento único, envelopado, polaridade
negativa.
Infecta primariamente os neurônios, mas pode haver
infecções de astrócitos, microglia e células endoteliais.
Infecta todas as regiões do sistema nervoso central
• Regiões mais acometidas: hipocampo, tronco
cerebral, medula espinhal, células de purkinje no
cerebelo, muitas vezes os sistemas associados com a
localização anatômica no cérebro.
Como ocorre?
Replicação inicial nas células musculares, mas pode
se disseminar sm essa replicação > nervos > chega a
raiz nervosa > medula espinhal e se multiplica no SNC
e outros tecidos não neurais,
Antígenos podem ser detectados em praticamente
todos os tecidos e quando os animais clínicos se
iniciam, já ocorreu a disseminação no SNC
• Dificuldade de tratamento devido à BHE (Barreira
hematoencefálica)
Transmissão
Replica também em glândulas salivares, e a excreção
pela saliva é o principal mecanismo de disseminação e
perpetuação do mesmo na natureza.
- mordedura, lambedura ou arranhadura
- manipulação de carcaça
- zoofilia
- transplante de órgãos
- via transplacentária e transmamária: descrita
em bovinos e morcegos
- Via respiratória - aerossóis > raro
Para manipulação deve haver a biossegurança com
os equipamentos de proteção individual (EPI)
Sinais clínicos: pode ser variável, pois os sinais de
comprometimento neurológico pode
- Forma furiosa: alterações de comportamento
como inquietação, fotofobia, insônia, salivação,
febre
- Forma Paralítica: dificuldade de deglutição,
paralisia muscular, alteração no tom de voz,
salivação…
ambas as formas o desfecho é fatal
Diagnóstico
• Coletar encéfalo de animais suspeitos.
• Imunofluorescência direta (IFD) em tecido cerebral
• Prova biológica (inoculação em camundongo
neonato)
• RT- PCR
• Histopatologia - corpúscula de negri
Notificação obrigatória.
Prevenção e profilaxia
• Vacinação obrigatória
• Seres humanos > cuidados com o contato com os
animais silvestres ou domésticos sem procedência e
carcaças, uso de redes de proteção, vacinação em
pessoas com risco de contaminação.
Animais não vacinados: isolamento do animal por 180
dias e ambiente domiciliar (mediante termo de
responsabilidade).
- Aplicação de 3 doses da vacina antirrábica.
Tratamento
• Animais - eutanásia
• Seres humanos - protocolo Recife
Vírus da estomatite vesicular ………………… …………………………
• Equinos, bovinos e suínos
• Existem evidências sorológicas da infecção de
mamíferos silvestres - geralmente assintomático
• Infecção em humanos - assintomático ou
semelhante à gripe.
• Vacas em lactação são mais susceptíveis
Sinais clínicos
• Lesões vesiculares em boca, língua, tetos e na
banda coronária dos cacos.
• Em bovinos e suínos a doença é clinicamente
indistinguível da febre aftosa.
• Úlceras e vesículas em mucosas, mastite,
claudicação
- O período de incubação é de até cinco dias
- Na ausência de infecção secundária, as lesões
geralmente curam dentro de duas semanas.
Transmissão
Não está totalmente esclarecida, há uma suspeita de
transmissão mecânica,
• É um arbovírus (vetor artrópode)
• Possível contato direto
Diagnóstico
Amostra: epitélio das lesões e fluido vesicular -
detecção de antígeno.
- IFA
- RT - PCR
- Isolamento viral
- Microscopia eletrônica
- Pesquisa de Ac (soro) - ELISA,
soroneutralização.
Controle e profilaxia
• Controle de insetos
• Limpeza e desinfecção dos recipientes de alimentos,
água, equipamentos de ordenha e utensílios que
podem veicular o vírus entre os animais
• Vacinas inativadas existem no mercado
Tratamento
• Apenas sintomático
• Notificação obrigatória
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Papilomavírus
Infecta diferentes espécies de mamíferos, aves e
répteis - incluídos animais marinhos.
• Propriedade oncogênica -> lesões (papilomatose) -
em região cutânea, mucocutânea e mucosa. Tumores
benignos ou malignos.
• Em seres humanos, a infecção pelo papilomavírus
está intimamente associada ao câncer do colo do
útero.
Prejuízos econômicos consideráveis à bovinocultura
tanto por perdas diretas, causadas pela morte dos
animais, quanto indiretas, representadas por reduções
na produtividade e no valor comercial dos animais e
subprodutos como o couro.
Características
• Vírus oncogênicos
• Não envelopado: tem resistência às condições
ambientais e destruição química e física, difícil ser
eliminado com desinfetantes.
• Capsídeo icosaédrico.
• Vírus DNA fita dupla circular.
• Replicação celular ocorre no núcleo.
• Não se consegue replicação deste vírus em cultivo
celulares
• São altamente tecido- específicos, quando afetam
segunda espécie normalmente não é produtiva a
infecção.
• Tecido específico: tropismo por tipo cutânea ou
mucosa.
O genoma pode ser encontrado no núcleo da célula
infectada sob duas formas físicas: a epissomal e a
integrada
- Epissomal: encontrada em lesões iniciais e
benignas, forma circular e em múltiplas cópias
-> latência e produtiva.
- Integrada: encontrada apenas em células
transformadas. Nessa forma, o genoma do
papilomavírus encontra-se integrado ao
cromossomo da célula hospedeira com uma
única cópia por célula.A integração do
genoma viral ao cromossomo celular ocorre
de forma aleatória, porém todas as células
infectadas apresentam a integração no
mesmo sítio.
O papilomavírus foi o primeiro vírus DNA
oncogênico descoberto.
Interesse veterinário
Papilomavírus bovino (BPV)
- BPV 1, BPV2, BPV5 -> fibropapillomas
- BPV3, BPV4, BPPV -> papiloma cutaneo. O 4,
trato alimentar e urinário - pode progredir a
carcinoma de bexiga
Canine oral papilloma
Canine genital papiloma
Papilomatosis equina
- Papilomavírus equino tipo 1 (EqPV - 1) é um
distúrbio dermatológico não muito comum. A
infecção é geralmente autolimpante, gera
lesões na cabeça e pescoço
Papilomatose ovino
- causada pelo OvPV - 1.
Transmissão
Vírus penetra em microlesões do tecido cutâneo e
mucosas (células epiteliais)
- Contato direto
- Fômites, estábulos, escovas, etc…
- Bovino e canino - transmissão venérea
Após replicação - vírions são liberados em
descamação celular do estrato córneo da pele ou
células epiteliais não queratinizadas da mucosa
• Período de incubação variável - semanas até meses.
Patologia
A infecção pelo papilomavírus pode ocasionar
alterações na morfologia e função celular levando à
transformação celular.
• Podem ser observadas alterações do tipo
hiperplasia e hipertrofia.
• A camada celular fica mais espessa, com células
vazias, adquirindo a aparência clássica de papiloma.
Assim, o aspecto de verruga deve-se a proliferação e
não a destruição celular
• Os vírions podem infectar as células adjacentes,
sendo por esta razão pela qual os papilomas cutâneos
são contagiosos e aparecem agrupados
Considerar que os aspectos genéticos, nutricionais e
imunológicos relacionados ao hospedeiro e
características próprias de cada tipo podem
influenciar na forma de manifestação clínica e na
evolução da infecção pelo papilomavírus, bem como
no processo de recuperação do animal infectado.
Papiloma Vírus e tumores
Está associado com neoplasias - porém na indução,
ele não é mais encontrado no casos de neoplasias
malignas.
O vírus pode ser responsável pelos eventos iniciais da
carcinogênese, mas não pela continuidade das
transformações fenotípicas, quando a informação
genética do vírus não é necessária para a
manutenção da malignidade.
O Papiloma é benigno, mas as alterações displásicas
ocasionadas pelo vírus podem originar a lenta
progressão de uma doença maligna.
Patologia
Hematúria enzoótica bovino e tumores no trato
digestivo superior de bovinos
A interação do papiloma bovino tipo 4 com
carcinógenos presente nas plantas de samambaias é
reconhecida como a mais provável causa da
hematúria.
Substâncias potenciais mutagênicas e ou
carcinogênicas foram isoladas da samambaia.
Diagnóstico
• Microscopia eletrônica: pouco utilizado e o vírus não
cresce adequadamente em cultivo celular.
• A histopatologia possibilita a identificação de
neoplasia intra-epitelial, que pode estar associada
com o vírus de potencial oncogênico, mas não
diagnostica o agente.
• ELISA / imuno histoquímica/ hibridização -
métodos não eficientes
• PCR
Tratamento
As lesões benignas tendem a apresentar melhora
espontânea.
• Infecção ocorre tanto em imunocomprometidos
quanto imunocompetentes, porém casos persistentes
tendem a acontecer em imunossuprimidos.
• Algumas infecções com curso clínico prolongado e
que determinam lesões extensas podem,
ocasionalmente, progredir para o câncer.
• Após a infecção primária, os animais tornam-se
menos susceptíveis ou mesmo resistentes a novas
infecções.
A regressão e o desaparecimento de lesões benignas
apresentam evidências do desenvolvimento de
imunidade celular, uma vez que todas ou a maioria
das lesões regridem simultaneamente.
- Após o desaparecimento, ocorre um período
de resistência à reinfecção pelo mesmo tipo
viral que ocasionou as lesões.
-
A imunidade humoral tem importância na prevenção
da infecção, mas não efetiva para a regressão das
lesões
Tratamento
• Vacinas autógenas - ? `princípio não tem
comprovação
• Interferon - ?
• Retirada cirúrgica
• Criocirurgia
Profilaxia
• Evitar contato entre animais sadios e infectados
• Limpezas da instalação
• Pesquisa para vacina eficaz para bovinos - espécie
mais afetada, difícil controle e possibilidade de
grandes perdas econômicas.
Poxvirus
Primeiro vírus a serem estudados por serem grandes
e possíveis de vincular por microscopia ópticas
Subfamília : chordopoxvirinae - infectam vertebrados
Características
• Vírions grandes
• Vírus DNA fita dupla
• Replicação no citoplasma da célula
- codificam todas as enzimas necessárias para
a transcrição e replicação do genoma viral.
Também razm nos vírions, às enzimas para a
produção e modificação dos mRNA para a
síntese e suas proteínas, o que tornou
independentes do número celular - é um vírus
complexo e sua replicação é demorada.
• Nucleocapsídeo complexo - forma de tijolo
arredondado.
• Vírus envelopado.
• Possui grande quantidade de hospedeiros (potencial
zoonótico).
• A severidade da infecção varia muito da espécie,
podendo resultar infecção autolimitante local e até
mesmo doenças sistêmicas graves.
• Hospedeiros naturais de algumas espécies são
pequenos roedores silvestres.
• Algumas espécies de poxvirus como o vírus da
doença da pele musculosa tem vetores artrópodes
Transmissão e sinais clínicos
Pode ser contado direto com lesões de pele,
secreções, fômites e vetores
- Algumas espécies são poucos espécie-
específico, algumas tem potencial zoonótico
Sinais clínicos: pápulas e pústulas, crostas. Alguns
podem apresentar febre, secreção nasal,
linfadenomegalia, esplenomegalia. Alguns casos
podem ser graves e levar ao óbito.
Há duas formas infectantes
- vírus maduro: core envolto por membrana
lipídica simples (+ resistente)
- Vírus envelopado: camada de membrana
lipídica adicional
Possuem diferentes proteínas de superfície,
consequentemente diferentes formas de penetração
na célula hospedeira.
Ambos são infecciosos, embora as formas
envelopadas infectam novas células mais
rapidamente e parecem ser mais importantes na
disseminação do vírus no organismo do hospedeiro
Seu genoma codifica uma série de proteínas que
integram-se com os mecanismos imunológicos
desencadeados em resposta à infecção, assim como
as proteínas envolvidas na evasão e modulação da
resposta imunológica do hospedeiro.
As proteínas de superfície induzem a produção de
anticorpos neutralizantes e inibidor da fusão celular.
Durante sua replicação, a utilização de genes do
hospedeiro tem sido uma característica recorrente na
evolução dos poxvirus e parece desempenhar um
papel na adaptação desses vírus para resistir aos
mecanismos de defesa do hospedeiro, pelo bloqueio
da atividade de várias citocinas, quimiocinas,
proteases...
Poxvírus são utilizadas como vetores de expressão,
principalmente para produção de vacinas
recombinantes
A doença típica dos poxvírus acomete a pele, embora
sinais clínicos generalizados possam estar presentes. A
doença nas aves é predominantemente proliferativa,
enquanto nos mamíferos predominam lesões
vesiculares e pustulares
Os membros de um gênero são relacionados genética
e antigenicamente entre si, além de possuírem
morfologia das partículas e a gama de hospedeiro
similares.
Existe alguma reatividade sorológica cruzada entre
vírus de diferentes gêneros.
Poxvirus de interesse veterinário
• Avipoxvirus - vírus da varíola aviária (bouba aviária)
• Suinoppxvirus - varíola suíno, é uma doença aguda
porém leve...
• Orthopoxvirus - vírus da vacina. O vv possui uma
distribuição muito ampla e é capaz de infectar uma
grande variedade de espécie de animais
• Parapoxvirus - o vírus do ectima contagioso, em
ovinos e caprinos. As lesões causadas tendem a ser
localizadas e proliferativas. Potencialmente zoonótica.
• Bouba aviária
Esses vírus têm sido isolados de todas as espécies de
aves domésticas e silvestres e têm recebido
denominação relacionada com seus hospedeiros.
Transmissão
• Contato direto ou indireto
• Transmissão mecânica por insetos é geralmente a
mais importante.
• PI 4 -10 dias
Sinais clínicos1. Forma diftérica - lesões na parte superior o
trato respiratório e digestivo, que podem
resultar em dispneia, inapetência, descarga
nasal e ocular
2. Forma cutânea: lesões que evoluem de
pápulas para vesículas, pústulas e costras.
Sinais sistêmicos podem ocorrer.
Perda econômica e na produção de ovos.
O provírus devem ser diagnóstico diferencial para
doenças vesiculares, ulcerações e formadores de
pápulas e crostas
Diagnóstico
• Microscopia eletrônica
- material coletado das bordas das lesões ou
por isolamento viral
• Cultivo celular
- a maioria replica com eficiência em cultivos
celulares. Algumas eespcéis podem ser
multiplicado sem vovos embrinados e galinhas,
onde produzem placas
• IFA: imunofluorescência direta
• PCR
Tratamento e profilaxia
• Suporte e manejo de infecções secundárias
• Vacinação existem para alguns tipos(caprinos,
ovinos e ave)
• Limpeza e higiene do ambiente
• Controle de insetos
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Picornavirus - Febre aftosa
Grande adaptação ambiental: sobrevive bem em
material orgânico como fezes, sangue, sobrevive em
condições de alta umidade e pouca incidência solar.
São sensíveis à luz, calor e compostos a base de iodo,
são inativados em Ph abaixo de 6,0
• Doença altamente contagiosa
• Acomete todas as espécies de casco fendido e
animais de todas as idades
• Doença de notificação compulsória
Via de transmissão
Contato direto entre os animais
Contato indireto: ar, água alimentos, fômites, roupas e
sapatos, veículos usados para o transporte de animais
doentes
1. Oronasal
2. multiplicação na faringe, linfonodos…
3. Pulmões com intensa multiplicação
4. Sangue (viremia) - Em animais jovens pode
afetar o coração e os demais células epiteliais
(boca, casco, glândulas mamárias)
Via de eliminação
Pode ser pela boca, no casco e sangue (mas o vírus
está presente em todas as secreções e excreções,
inclusive no leite).
- Inicio: 72 horas pós infecção
O congelamento das carcaças não é suficiente para
inativar o vírus
A vesícula desenvolve-se à medida que o vírus se
replica dentro de um grupo de célula, causando sua
ruptura.
O fluido vesicular possui grande quantidade de vírus,
que persistem no local das lesões por 3 a 8 dias e
posteriormente há a diminuição da carga viral
devida à presença de anticorpos neutralizantes.
Sinais clínicos
• Menor ingestão de alimentos e salivação intensa,
claudicação e febre.
• Estalar de lábios
• Diminuição na produção de leite
• Vesículas e úlceras- principalmente em áreas
sujeitas a trauma (mucosa oral, língua. )
• Lesões nos tetos (comuns em lactantes) e cascos
• Em suínos a claudicação é o primeiro sinal clínico.
• Quando os animais são examinados é comum o
desprendimento da camada epitelial da língua.
Sinais clínicos são severos em bovinos e suínos, já em
ovelhas e cabras desenvolvem infecções subclínicas.
As lesões na boca e língua se regeneram mas as
patas são susceptíveis a infecções secundárias
agravando o quadro.
Animais selvagens podem tanto desenvolver a
doença severa e até morrer, como ter infecções
subclínicas ou inaparentes.
Diagnóstico
Clínico
- Sintomatologia
-
Laboratorial
- Sorologia: ELISA e fixação e completo
- PCR
- Isolamento viral
Não se faz o tratamento dos animais por ser uma
doença altamente contagiosa e tratar cada animal
individualmente é um custo econômico muito alto. As
medidas sanitárias variam muito dentro da extensão
do surto quando descoberto.
Deve haver
1. Interrupção imediata no deslocamento de
animais e produtos de origem animal na área
afetada
2. Abate de todos os animais infectados e
suscetíveis que entraram em contato.
3. Desinfecção de todos os veículos,
equipamentos e funcionários envolvidos.
Desinfetantes efetivos
Ácidos como ácido acético, ácido cítrico e carbonato
de sódio, hidróxido de sódio e outros...
• É fundamental desinfetar pneus e a parte inferior de
todos os veículos que saem da área afetada.
A vacinação é obrigatória em todos os estados,
exceto Santa Catarina. O calendário é de 6-6 meses.
Não há imunidade cruzada entre as cepas ( O, A, C,
SAT1, SAT2, SAT3 e Ásia 1). Cada país costuma ter em
estoque vacinas com as cepas da sua região.
O programa nacional de erradicação e prevenção
de febre aftosa (PNEFA) tem como estratégia
principal a implantação progressiva e manutenção de
zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes
estabelecidas pela OIE (organização mundial de saúde
animal).
Prejuízos
Além de levar a morte do animal, a exportação é
recusada pelos países compradores, causando sérios
prejuízos financeiros ao país.
Também causa perdas na eficiência produtiva e
reprodutiva dos animais.
Reovirus
Ampla variedade de hospedeiros - invertebrados,
plantas, vertebrados. As funcções de vertebrados
afetam principalmente os tratos gastrointestinal e
respiratório
Características
• Capsídeo icosaédrico
• Não possui envelope
- Genoma de RNA fita dupla - possui genoma
segmentada - em geral, cada segmento
codifica uma proteína viral, mas há casos em
que duas ou até três proteínas são codificadas
pelo mesmo segmento
• Transcriptase presente nos vírions
• Replicação no citoplasma da célula hospedeira
Rotavírus ………………………………………………………………
Relativamente estáveis no ambiente, toleram
variações de ph entre 3- 9. Também tem resistência a
solvente orgânicos
• Sensíveis à formalina, cloro.. > causam danos a
camada externa do vírions
Geralmente espécie-específico, mas há diversos
relatos de infecções de animais para humanos devido
ao rearranjo do genoma viral.
• Mamíferos e ave
• Vírus esférico - capsídeo icosaédrico
• Triplo capsídio viral
1. 2 vírus diferentes infectam uma células
2. Replicação do vírus: formação e cópias do
genoma e sintese de proteinas
3. Montagem das partículas virais.
Vírus quiméricos (vírusdiferentes que formam uma
nova CEPA) apresentam maior chance de infectar
humanos.
Após vacinação em massa das crianças contra RV-A,
descrição de genótipos incomuns
- associados à zoonoses causando
hospitalização de crianças.
Patogenia
• Vírus entérico
• Transmissão oro- fecal
• Grave diarreia aguda em animais jovens -
desidratação e desequilíbrio eletrolítico.
• Em animais adultos imunocompetentes podem ter
quadro mais brando ou assintomático, porém ainda
são portadores do vírus.
Diversos animais são afetados: cães, gatos, aves,
bovinos, suínos, equinos e outros… Gera problema
sanitário e perdas econômicos de animais de
criação
Particularidades que dificultam seu controle:
1. Resistência dos vírions às condições
ambientais e aos produtos químicos utilizados
na desinfecção.
2. Alta concentração de partículas virais
excretadas
3. Presença de infecções subclínicas e adultos
portadores assintomáticos
4. Grande variedade de hospedeiros
5. Possibilidade de transmissão entre espécies
(heterólogas)
6. caráter endêmico da infecção - circulação e
sorotipos diferentes em determinadas regiões
É uma infecção limitada à mucosa intestinal,
processo de natureza osmótica.
Causam diarréia
1. NSP4 aumenta o ca++ intracelular: diarréia por
hipersecreção de íons
2. Estimula do sistema nervoso entérico
3. Replicação do vírus na célula - lise do
enterócito (diarréia por má absorção)
NSP4: “enterotoxina viral”
É amplamente disseminada nos rebanhos e plantéis
(bovinos suínos e frangos mais frequente na segunda
e terceira semana de vida). Em bovinos, a infecção
constitui-se em sério problema sanitário para animais
com aptidão para produção de leite ou carne,
incluindo tanto aqueles de rebanhos de intensivo ou
extensivo. > Importância sanitária e econômica.
O Rotavírus é o principal agente etiológico o
complexo Diarréia neonatal bovina e suína.
Diagnóstico
Apenas sinais clínicos não é possível diferenciar a
diarreia por retrovírus de outros agentes entéricos,
então é necessário o diagnóstico laboratorial.
• ME
• Métodos diretos:
- ELISA
- Imunocromatografia
- PCR
- Eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA)
após extração de RNA
- Outros: HA, IFA.
Controle e profilaxia
Não está esclarecida a resposta imunológica após a
infecção natural. A proteção de mucosas, mediada por
IgA, parece constituir a principal defesa orgânica
contra as infecções intestinais causadas por esses
vírus.
O Manejo sanitário nem sempre é suficiente para
controle.
• Isolamento dos animais doentes para reduzir a
transmissão.
• Rodízio de piquetes de parição
• Vazio sanitário
• Tratamento suporte
• Vacinação
• Vacina inativada nas fêmeas gestantes - elevar o
nível de anticorpos nos colo.
• Vacinação contra diarréia neonatal de Bezerros
(RV-A e outros agentes).
• Rotavírus bovino inativada: bivalente e monovalente.
- Vacinação inicial: Vacas gestantes devem
receber duas doses da vacina com três
semanas de intervalo, sendo que a segunda
dose deve ser aplicada nas três a seis últimas
semanas antes da data prevista para o parto
- Revacinação: dose única deverá ser aplicada
de três a seis semanas antes da data prevista
para cada parto subsequentemente.
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Ortomixovirus
Infecções respiratórias em mamíferos e aves > gripe
ou influenza
Problema de saúde pública humana e perdas
econômicas em criações de animais - devido
constante evolução genética e antigênica, esse vírus
são considerados uma das principais ameaças à
saúde pública mundial
Características:
• Os vírions do ortomixovírus são grandes e
pleomórficos
• Capsídeo de simetria helicoidal
• Possui envelope
• Vírus RNA
• Possui genoma segmentado que proporciona
condições para ocorrência de recombinação do tipo
rearranjo/ ressortimento (redistribuição de segmentos
genômicos entre duas cepas virais originando outro
virus - esse virus tem virulência diferent e o hospedeiro
ainda não em imunidade contra a nova cepa)
• Proteínas de superfície: hemaglutinina e
neuraminidase. É responsável pela habilidade do vírus
resistir a população apesar da resposta imunológica
do hospedeiro.
A hemaglutinina é a proteína de superfície que
reconhece o receptor da célula hospedeira (ácido
siálico), e realiza a fusão do envelope da membrana
do endossomo.
1. Ocorre a penetração do vírus que libera o
genoma dentro da célula, em seguida, ocorre
a replicação no núcleo da célula hospedeira.
2. O vírus sai via brotamento com ajuda da
neuraminidase para o ácido siálico se liberar
da célula hospedeira e infectar outras células.
Shift: aquisição de ovo gene ou alteração do gene
preexistente - população não terá Ac contra esse vírus
Drift: acúmulo de mutações - imunidade residual a
vírus, é mais previsível, não muda muito as
características do vírus.
Transmissão de influenza aviário para mamíferos:
Tº ótima de replicação do vírus de 40ºC em aves para
37º em mamíferos.
• Mudança do sítio de replicação de intestinal para
respiratório
• Mudança de especificidade de receptor alfa 2,3
ácido siálico para alfa 2,6
Nos hospedeiros naturais (aves migratórias
aquáticas), o vírus se replica no intestino sem produzir
sinais clínicos e é excretado em altos títulos em fezes.
O vírus se mantém mais estável geneticamente nesses
hospedeiros.
Ocorrência ocasional de ressortimento de segmentos
genômicos entre cepas difrentes- ou de outras
mutções - pode resultar em alterações marcantes no
genótipo viral com o surgimento de variantes capazes
de infectar outros seres
Após sua transferência para novo hospedeiro, esse
vírus sofre uma rápida evolução genética através de
mutações.
Esses variantes podem também apresentar virulência
aumentada para os seus hospedeiros naturais e para
aves domésticas
Os vírus da gripe são potencialmente zoonóticos.
Após adaptação aos seus novos hospedeiros os vírus
se tornam relativamente espécie- específicos e
apresentam uma capacidade restrita de infecção
espécies heterólogas, porém podem romper a barreira
de espécie algum momento
Os vírions são sensíveis à temperaturas elevadas,
apresentando curta variabilidade em condições
ambientais. A infecção é inativada em 30 min a 56ºC
ou sob pH 3.
São sensíveis a solventes lipídicos (éter/clorofórmio)
e detergentes
Transmissão
•Em seus hospedeiros naturais – aves aquáticas- o
vírus é excretado nas fezes;
• O vírus é excretado nas secreções nasais dos
mamíferos afetados.
• O vírus é excretado nas fezes e secreções nasais
das aves afetadas;
• A transmissão é oro-nasal, principalmente através
de aerossóis e contato direto. Contaminação indireta
por fômites também pode ocorrer.
Sinais clínicos
A gravidade dos sinais clínicos depende da virulência
da cepa e se houver infecção secundária por
bactéria.
• Qualquer idade é afetada;
• Sinais respiratórios, principalmente craniais
(superiores) – tosse, espirro e secreção nasal.
• Febre;
• Prostração.
• Alta morbidade e baixa mortalidade (dependendo da
variação antigênica e virulência);
• Perda econômica em animais de produção;
• Os equinos são muito suscetíveis à perda econômica,
principalmente em animais de competição.
Aves
• Infecção no trato respiratório e no epitélio intestinal –
vírus é eliminado nas fezes por 3-4 semanas;
• Reservatórios do vírus na natureza: Aves aquáticas
selvagens (infecção assintomática)
- Ordem Anseriformes (patos, gansos, cisnes) e
ordem Charadriiformes (gaivotas, andorinhas
do mar, aves pernaltas
Diagnóstico
Os sinais clínicos se assemelham a outras
enfermidades respiratórias – apenas diagnóstico
clínico não é suficiente para se diferenciar
Métodos diretos:
- Cultivo celular: inoculação em ovo
embrionado;
- IFA direta;
- Hemaglutinação;
- ELISA direto;
- PCR;
- Imunocromatografia direta.
Métodos indiretos.
- Inibição de Hemaglutinação;
- ELIZA indireto;
- Soroneutralização.
Prevenção e profilaxia
• Isolamento dos animais infectados;
• Controle de trânsito;
• Higiene das instalações
• Surtos – isolamento e quarentena
• Surto em aves – Abate das aves infectadas –
notificação obrigatória
A variação antigênica e o reassortment são obstáculos
quase intransponíveis para a produção de vacinas
permanentes.
Para algumas espécies existe a vacinação mas ela
não garante imunidade contra todas as variantes e
tem curta duração. - A vacinação canina não tem no
Brasil e a dos suínos não é recomendada.
Programas de vacinação para influenza equina: 1ª
vacinação, seguida por uma segunda dose com três a
seis semanas de intervalo com reforços anuais ou
semestrais.
- Éguas gestantes devem ser vacinadas um mês
antes do parto.
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Herpevírus
Subfamílias: Alphaherpesvirinae, beta e gamma
Amplamente distribuídos na natureza e tem diversos
hospedeiros.
Características morfológicas
• Partículas esféricas ou contorno irregular
• Vírus DNA fita dupla linear
• Capsídeo icosaédrico
• Envelope lipoprotéico
• Ciclo replicativo no núcleo celular.
• Síntese do DNA viral e a montagem do capsídeo
ocorrem no núcleo da célula hospedeira. Nas células
infectadas da forma latente, os genomas se mantêm
na forma circular (ciclo lisogênico) ocorrendo pouca
ou nenhuma expressão gênica. Esses genomas retêm
a capacidade de replicar, o que ocorre por ocasião da
reativação da infecção latente (ciclo lítico)
Alphaherpesvirinae
- Ciclo reprodutivo relativamente curto (menos
de 24hrs)
- Ampla variedade de hospedeiro
- Destroem rapidamente às célula de cultivo
- Estabelecem infecções latentes em neurônios
dos gânglios sensoriais e autonômicos.
Betaherpesvirinae
- Ciclo replicativo longo
- Afea humanos, primatas pequenos roedores.
Gammaherpesvirinae
- Infecções latentes principalmente em células
linfoblastóides
- Podem produzir infecções líticas em células
epitelióides e fibroblásticas
- Possuem potencial oncogênico e podem ser
especificamente adaptados a linfócitos B ou T
Características
Capacidade de latência no hospedeiro. A latência é
caracterizada pela ausência de replicação viral e de
sinais clínicos, e dura toda a vida do hospedeiro - o
animal pode não apresentar sinais clínicos e
raramente excretar o vírus. A infecção latente é
caracterizada pela interrupção do ciclo replicativo logo
após a penetração do genoma no núcleo celular. Com
isso, não há expressão gênica significativa, não
ocorrendo a produção de proteínas virais, replicação
do genoma ou produção de progênie viral. Assim o
genoma viral permanece inativo no núcleo dos
neurônios.
A infecção latente pode ser reativada por situações
de estresse e imunossupressão, surgindo sinais
clínicos e o vírus volta a ser excretado pelo hospedeiro
e pode se disseminar para indivíduos susceptíveis. O
estabelecimento a reativação da replicação viral
representam pontos -chave na biologia dos herpes
vírus, pois permitem a permanência indefinida do vírus
no hospedeiro, acompanhada de episódios
esporádicos de reativação e expressão viral
A infeção latente ocorre em classes específicas de
neurônios (alfa) em células linfoblastóides (gama).
O vírus é antigo e tem alta adaptação ao hospedeiro
natural, porém pode ocorrer infecção de hospedeiros
acidentais e dependendo do estado imunológico do
hospedeiro as infecções tornam-se mais graves.
• Normalmente os sinais são leves ou assintomáticos
nos imunocompetentes
• O vírus tem tropismo por certos tipos celulares e
algumas espécies têm potencial oncogênico.
• São inativados por álcool e detergentes, em razão
da presença do envelope
• Os vampiros perdem a infectividade após o contato
com isopropanol ou etanol por cinco minutos;
formaldeído e glutaraldeído
• São inativados por ph bem ácido ou bem alcaino
Sensíveis a temperaturas altas.
Transmissão:
• Oronasal
• Sexual
• Contato direto com lesões
Durante a fase inicial de replicação, altos títulos virais
são produzidos excretados nas secreções, o que
favorece uma transmissão rápida entre outros
animais.
Sinais clínicos
• Replicação viral nas células epiteliais na fase inicial:
lise e morte celular > lesões na pele e mucosas > sinais
respiratórios e lesões em mucosas.
• Replicação em neurônios - meningoencefalite e
malácia
• Abortos e alterações reprodutivas
• Formas focais e generalizadas
A gravidade depende do estado imunológico do
animal. Pode ocorrer perda econômica em animais
de produção devido à queda da produção de leite,
ovos e ganho de peso, além de falhas reprodutivas.
1. Respiratórios: secreção nasal e ocular, úlcera
de córnea, febre, espirro e tosse. Lesões na
mucosa.
2. Genitais: úlcera e secreção vaginal, prepúcio,
penes e alterações reprodutivas
3. Neurológicos: somente alguns subtipos >
meningoencefalite e malácia (necrose do
tecido nervoso) em SNC
Bovino tipos 1, 2, 4 e 5 (BoHV -1, -2, -4 E -5) ……………...
Alphaherpesvirinae:
Variellovirus
- BoHV-1: Rinotraqueíte infeciosa Bovina
(doenças respiratórias, genital e abortos)
- BOHV-5: meningoencefalite viral
Simplexvirus
- BoHV -2v : mamilite herpética
Gammaherpesvirinae
- BoHV-4: febre catarral maligna
Transmissão:
Contato direto ou indireto com secreções nasais,
oculares ou genitais.
Caprino tipo 1 (CpHV-1) …………………………………………….
Alphaherpesvirinae - Varicellovirus
• Quadros de enterite e infecção generalizada fatal
em cabritos recém nascidos (até duas semanas de
idade).
- A maioria das infecções emanimais adultos é
subclinica, mas a infecção pode,
ocasionalmente, resultar em sinais
respiratórios, conjutivite, vulvovaginite,
balanopostite e aborto.
Gammaherpesvirinae:assintomáticos
Suínos - SuHV-1 (doença de aujeszky ou
pseudoraiva) ………………………………………………………………
Provoca prejuízos econômicos nas explorações
infectadas devida a alta mortalidade dos leitões,
imunossupressão, atraso no crescimento e perdas
reprodutivas.
Aphaherpesvirinae - Varicellovirus
Morbidade a mortalidade alta em leitões até 21 dias.
Adultos tendem a ser assintomáticos ou apresentam
alterações reprodutivas. Portadores de forma latente
Transmissão
• Contato direto ou indireto (fômites) de animais
susceptíveis
• Principal via de infecção é oronasal
• Semêen de machos contaminados e secreções
genitais e restos fetais de porcas também contém o
vírus.
• Urina, fezes e leite também podem ser vias de
excreção viral
SInais clínicos
Leitões
Alterações respiratórias e pneumonia, alterações
neurológicas: paresia, ataxia, tremores, hipertermia,
convulsões e morte
Adulto
Assintomáticos ou prostração, alterações reprodutivas
e raramente problemas respiratórios e neurológicos.
Controle
Áreas livres: controle de trânsito de animais, barreiras
sanitárias, quarentena e certificação de origem e
condição sorológica.
Áreas com foco esporádicos: identificação e
descartes de animais positivos. Desinfecção rigorosa,
vazio sanitária e vacinação
Áreas endêmicas: descarte dos animais e eliminação
o vírus. + vacinação.
Equinos tipos EHV -1, 3, 4, 8 e 9 ……………………………………….
Alphaherpesvirinae - Varicellovirus
• Sinais clínicos respiratórios mais graves em animais
jovens.
• Rinopneumonite equina e alterações neurológicas
• Aborto
Transmissão
Oronasal, sexual e restos de aborto
SInais clínicos
- EHV-1 : aborto em éguas, alterações
respiratórias. Pode causar doença respiratória
grave ou encefalite em neonatos levando ao
óbito
- EHV - 3: formação de lesões vesiculares,
pustulares e exsudativas na mucosa genitale
perineal especialmente de fêmeas,
Eventualmente os lábios e a mucosa nasal são
também afetadas
- EHV - 4: doença respiratória em animais
jovens
- EHV-2: Betaherpesvirinae gênero
cytomegalovirus: conjuntivite e faringite (afeta
apenas equinos)
Canino tipo 1 (CaHV-1) ………………………………………..
Alphaherpesvirinae - Varicellovirus
Vírus excretados em secreção nasal e genital
Transmissão
Oronasal, sexual e transplacentária. Filhotes adquirem
via transplacentária, durante ao parto no canal vaginal
ou contato com secreção oronasal da mãe.
Sinais clínicos:
• Má foramação e abortos.
• Adultos raramente apresentam sinais clínicos mas
podem apresentar leves alterações respiratórias e
lesões pustulares em mucosa genital em momento de
reativação viral.
Controle
Retirar a cadela da reprodução.
Não há vacina no brasil mas a necessidade é
questionada.
Felino tipo 1 (FeHV-1) …………………………………………………….
Alphaherpesvirinae - Varicellovirus
É um dos agentes do CRF.
• Sinais clínicos mais graves evidentes em filhotes e
gatos imunossuprimidos. Podendo haver reativação
viral em casos de stress. Já foram descritos casos de
encefalite viral por herpes vírus
Transmissão
• Secreção nasal
• Infecção nasal por contato direto ou indireto e
aerossóis
Sinais clínicos:
• Doença de trato respiratório superior e conjuntivite
herpética. Não há viremia
- Associação com outros agentes virais e/ou
bacterianos piora o quadro
• Animais jovens e imunossuprimidos são mais
afetados
• Possibilidade de encefalite viral.
Galídeos tipo 1 e tipo 2 (GaHV-1 e 2 (doença de
marek) ………………… ………………………………………..
Alphaherpesvirinae - iltovirus
Aves: galinhas, perus, psitacídeos - vírus da
laringotraqueíte infecciosa. Prejuízo econômico na
criação.
Sinais clínicos
Sinais respiratórios, tosse, dispneias, secreção ocular,
morte e também pode ser assintomática.
- Depende da agressividade da cepa e estado
imunológico do animal
• Vacina é colocada na água e aerossol
Transmissão:
Forma horizontal e ocorre quando as aves infectadas
excretam os vírus pelas vias oculares e respiratórias.
- Aerossóis e secreções contaminadas entram
em contato direto ou indireto com aves
susceptíveis, possibilitando novas infecções
Alphaherpesvirinae - marafivirus (doença de
marek)
• Doença linfoproliferativa altamente infecciosa que
afeta falinhas
• A forma atual de criação intensiva favorece a
transmissão
Sinais clínicos
Polineurite e paralisia, resultantes de infiltração linfóide
em nervos periféricos.
Linfoma visceral.
Há 3 sorotipos
Sorotipo 1: incluem os MDVs oncogênicos e suas
variantes.
Sorotipo 2: encontram-se os vírus não oncogênicos
Sorotipos 3: são agrupados os vírus não-oncogênicos
de perus.
Transmissão:
1. Inalação
2. replicação em células epiteliais do trato
respiratório
3. Macrofagos e celusas dentridirtcas
4. Pulmões, baço, timo e bursa de fabricius.
5. Replicação em linfócito B e T -
imunossupressão.
6. Após fase citolítica - fase de latência em
linfócitos e transportado para folículos pilosos
das penas e excretados para o ambiente no
10-14º dia.
- A 3º fase: infecção citolítica em sistema
nervoso central e nervos com lesões em
cérebro e nervos.
- 4ºfase: linfoma - diferenciar de leucose aviária.
Doença de marek
Altamente contagiosa - inalação da poeira nos
criatórios. O vírus pode permanecer no ambiente por
longos períodos
• Praticamente todas as aves entram em contato com
esse vírus
• A infecção pode ser assintomática
Vacinação: pintos de 1 dia, ela reduz mas não impede
a infecção nem a excreção viral.
Diagnóstico
Infecção latente - sorologia
• ELISA indireto
• Soroneutralização
A sorologia não é considerada o melhor meio de
diagnóstico nos animais sintomáticos.
Método direto - sintomatologia
• ME
• Cultura em tecido
• Imunofluorescência direta
• PCR
- Amostras: secreções dos locais de replicação.
Merek: folículo da pena (inserção da pena).
Tecido obtido na necrópsia.
Tratamento
• Suporte
• Tratamento contra infecções bacterianas
secundárias
• Isolar e separar o animal doente
Felinos: tratamento suporte a antivirais específicos
contra herpesvírus (E: aciclovir/fanciclovir)
Profilaxia
• Evitar contato
• Quarentena
• Testes sorológicos antes da introdução de um novo
animal
• Higienização do ambiente
• Vacinação
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Flaviridae
• RNA linear
• Nucleocápside icosaédrico
• Vírus envelopado
•Replicação no citoplasma
• Sensíveis a solventes orgânicos e detergentes
• A maioria dos flavivirus e hepacivirus são inativados
sobre o ph ácido, o pestivirus podem ser diferenciados
por resistirem à inativação por ph baixo e por
apresentarem certa estabilidade em uma ampla faixa
de ph
Flavivirus ... ...………………………….……………………………………..
• São transmitidos por carrapatos, mosquitos e até
sem vetor artrópode conhecido.
• Possui diversos hospedeiros vertebrados
• Os patogênicos podem ser divididos em 3 categorias
relacionados ao sinal clínico:
1. Associação com infecção do SNC, causando
meningoencefalite
2. Associados com febre, artralgia e eritemas
3. Associados com febre hemorrágica
Podem ser transmitidos por mosquito e carrapatos,
porém pode ter outras vias de transmissão como leite,
sangue, transplacentária ou predação.
• Vírus do nilo ocidental: encefalite em diversos
animais, inclusive humanos. Importância veterinária
em equinos devido a susceptibilidade e doença grave
nesse aniamis
• Sorotipos diferentes dependendo do país - variações
genotípicas e fenotípicas.
• Hospedeiros reservatórios: aves silvestres, mas
também podem apresentar sinais clínicos.
• Vetor artrópode: mosquito Culex + outras formas
Apesar de equinos terem importância significativa por
apresentarem quadro neurológico agudo, vários
outros animais podem ser acometidos como
crocodilos, felinos, aves silvestres e domésticos,
coelhos, ursos, camelos primatas...
OBS: equinos não fazem viremia suficiente para
infectar insetos, consequentemente não tem papel
na transmissão.
Sinais clínicos (equinos)
Período de incubação de 3 a 14 dias > replicação inicial
no tecido de incubação > linfonodos regionais >
viremia > SNC
• sinais mais comuns: anorexia, fraqueza, depressão,
incoordenação, ataxia e decúbito, bruxismo, andar em
círculos, hiperexcitabilidade, pressionamento da
cabeça, convulsões...Hipertermia nem sempre.
- Os que sobrevivem após 2-3 semanas tendem
a se recuperar.
Diagnóstico
• Enivo do encéfalo para isolamento viral - células ero
• Avaliação de efeito citopático
• IFA após isolamento
• RT-PCR
• soroneutralização
• ELISA indireta
Não há tratamento específico! Deve haver o controle
de vetores: tela de proteção e repelentes e vitar acesso
de aves nas instalações.
Pestivirus ……………………………………………………………….
• Não são arbovírus - ou seja, não são necessários
vetores artrópodes para sua transmissão.
• 2 biotipos
- Não citopático: encontrado na maioria dos
isolados de campo são capazes de produzir
infecções persistentes em fetos
- Citopático: se originam dos não citopáticos
por mutações e rearranjos genéticos - são
mais virulentos.
Sinais clínicos variáveis
• Cepas de baixa e alta virulência
• A infecção pode resultar tanto em infecções agudas
como em infecções persistentes. A infecção persistente
é resultante da habilidade desses vírus em atravessar
a placenta e estabelecer infecção
• Infecção transplacentária, seguida do nascimento
persistente infectado (PI)
- Os animais PI parecem desempenhar um
papel importante na epidemiologia da
infecção e são considerados os
mantenedores desse vírus na natureza.
Vírus da diarréia viral bovina
Transmissão
• Contato direto
• Contato indireto: placenta/fetos abortados, secreção
e excreção
• Iatrogênico: agulhas, material cirúrgico contaminado,
luvas de palpação, tatuadores e aplicadores e brincos
• Transplacentária e semens.
Obs: animais PI - principais reservatórios e fontes
de infecção.
Introdução do vírus no rebanho
- Introdução De animais PI
- Introdução de fêmea gestante contaminada
- Introdução ou contato de animais com
infecção aguda
Como ocorre a transmissão?
Pode ter a via por infecção nasal, transplacentária e
por inoculação.
1. Quando por contato direto, começa a haver
replicação em orofaringe e linfonodos
regionais.
2. 3 a 7 dias após o início dos sintomas
dependendo do estado do animal vai ter os
sinais possíveis.
3. Pode ser assintomático ou sinais respiratórios
brandos, ou então sinais graves respiratórios e
GI (replicação em tecido linfóide, respiratório e
intestinal) e podem se recuperar em mais ou
menos 15 dias. Ou se o quadro for
extremamente grave pode vir a óbito.
Infcção trnaspalcentaria, depende da fase da
gestação, pode haver abortos ou natimorto, má
formação fetais (microcefalia, hidrocefalia,
microfaltmia,retardo no crescimento) e nascimento
com bezerros PI ou bezerrossaudaveis soropositivos.
SInais clínicos
• Doença aguda leve (gastroentérica, respiratória)
• Doença aguda severa (gastroentérica, respiratória,
hemorrágica)
• Doença das mucosas
Sinais clínicos: leucopenia severa, febre alta,
depressão, diarreia, erosões no trato gastrointestinal e
hemorragias, doença das mucosas (fatal)
Animais sintomáticos: salivação intensa, alterações
respiratórias (secreção nasal), diarréia, hemorragia,
aborto.
Responsável por perdas econômicas importantes
em rebanhos
A má formação do feto pode ocorrer entre 0 a 120
dias de gestação, de 120 a 280 nascem bezerros
saudáveis soropositivos
Diagnóstico
Sinais clincios, correncia de abortos e natimortos
• Isolamento em cultivo celular seguido de IFÁ direta
• Elisa indireto e direto
• Soroneutralização
• Imunohistoquímica
• PCR
- Amostras: fezes e secreção nasal, fetos
abortados, tecidos de necrópsia, leite e sangue.
Controle
• Evitar entrada de animais PI e infectados
• Identificação e animais PI e retirada do rebanho
• Vacinação
Vírus da peste suína clássica
• Vírus com baixa taxa de mutação
• Brasil - já foi um problema de vacinação
controlaram a doença
• Notificação obrigatória
Transmissão:
• Direta: principalmente oro-nasal: mais contato com
mucosas e pele lesionada tb são vias
• Fômites contaminadas com secreções
• Transplacentária - leitões PI
Obs: vírus viáveis em embutidos, produtos suínos
frescos ou congelados.
Como ocorre a transmissão?
1. Oronasal: replicação dos linfonodos regionais,
tonsilas, medula óssea e tecidos linfóides
fazendo viremia. Em seguida, vai para vísceras
dos animais
2. 2 a 14 dias aparecem os sinais clínicos e
depende do tipo tipo viral e estado do animal,
3. Pode haver sinais subclínicos e baixo índice de
produto ou pode haver conjuntivite, secreção
ocular e hemorragias múltiplas em diversos
órgãos e pode ir a óbito em 15 dias ou acaba
ficando com uma infecção crônica.
Infecção trasnplacentária depende da fase da
gestação, pdoe gerar abortos ou atimortos, má
formação fetais, letiões PI ou leitões saudáveis
soropositivos.
Sinais clínicos
• Podem ter sinais subclínicos
• Conjuntivite, secreção ou leucopenia, febre e
prostração.
• Hemorragias em diversos órgãos
• Geralmente óbito
• Podem ficar cronicamente infectados: perda de
peso, perda reprodutiva, perda no crescimento,
infecção secundária e nascimento de animais PI.
Diagnóstico
Sinais clinicos pouco especóficos, ocorrência de
abortos e natimortos.
• Isolamento em cultivo celular seguido de IFA direta
• ELISA direto e indireto
• Soroneutralização
• PCR e RT-PCR
- amostras: secreção nasal ocular, fetos
abortados, tecidos de necropsia, sangue.
Controle
• Evitar proximidade com suínos silvestres - fazer
cercas.
• Não usar restos de comidas na alimentação dos
suínos.
• Trabalhadores devem trocar de roupa ao entrarem e
saírem da propriedade.
• Restrição da movimentação animal nas áreas de
risco.
• Animais infectados - eutanásia ou querentena
• Interdição da propriedade, proibido trânsito de
veículos e subprodutos suínos na propriedade.
• Controle com vacinação.
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Retroviroses
• A família possui diversos vírus que infectam
praticamente todos os vertebrados.
• É um vírus RNA fita simples linear e envelopado
• Necessitam de transcriptase reversa
A enzima transcriptase reversa- sintetiza DNA a partir
da transcrição do genoma viral (transcrição reversa).
O ciclo reprodutivo dos retrovírus envolve também
uma etapa de integração da Cópia DNA do seu ácido
nucleico no genoma da célula hospedeira - indução de
tumores e infecção persistente.
Replicação (citoplasma ou núcleo)
1. Funciona na célula hospedeira
2. Transcriptase reversa
3. Formação do pró-vírus que se insere no
genoma da própria célula hospedeira
4. Podem ficar em latência ou se replicando - sai
por brotamento.
Alpharetrovirus - vírus da leucose aviária ……………...
• Displasia e neoplasia do sistema hematopoiéticos
de aves, alta morbidade
Transmissão
Vertical; infecta progênie através do ovo infectado
Horizontal: contato direto entre as aves
- Sangue, saliva, secreções respiratórias, semesn
e fezes
Insetos: transmissão mecânica
Sinais clínicos:
• Inicialmente sinais inespecíficos
• Posteriormente: Fraqueza, hiporexia, anemia, tumores
na bursa de fabricius fígado baço e outros..
Diagnóstico
Necrópsia: fazer diferencial com a doença de marek
Isolamento viral em ovos embrionados ou cultivo
celular
ELISA direto
IFA direta
PCR
Profilaxia
• Evitar transmissão horizontal
• Escolha de linhagens resistentes
Gammaretrovirus - vírus da leucemia felina …………….
Vírus da leucemia felina (FeLV)
• Sobrevivem pouco tempo no ambiente.
Felv - A: transmissão do vírus entre animais
- Pode causar linfomas (células T), mas
geralmente promove lesões moderadas na
ausência de outros subgrupos.
Felv - B: Associado a linfomas
Felv - C: causa anemia aplástica
- não é transmitida entre gatos
Felv - T: associado com a imunossupressão
Linfoma: inserção do genoma da FeLV próximo ao
oncogene celular > ativação do gene.
Epidemiologia
• Sintomáticos: sobrevida de 2 anos
• A transmissão se dá através de saliva, urina e fezes
do animal infectado, portanto, dividir a mesma tigela
de água/comida é suficiente para infectar um gato
sadio. + Transmissão pelo parto ou leite
Patogenia e manifestações clínicas
Mais da metade dos casos não desenvolvem sintomas
Sintomas: Perda de peso, desnutrição, secreção nasal
e ocular excessiva, diarréia persistente,
imunodeficiência, anemia e tumores.
1. O vírus penetra pela faringe, onde infecta os
linfócitos B e macrófagos.
2. Replicação nos linfonodos - viremia
3. Destruição dos linfócitos B (imunodeficiência)
Pode haver presença dos vírus nas mucosas,
glândulas salivares e no revestimento do órgão.
A fase terminal, ocorre quando a doença atinge a
medula óssea, infectando os precursores das células
sanguíneas e evoluindo para o óbito.
- Infecção abortiva: viremia indetectável e
desenvolvimento de anticorpos
- Infecção regressiva: viremia transitória,
infecção latente. Pode haver reativação.
- Infecção progressiva: viremia persistente
Diagnóstico FIV / FeLV
• PCR e qPCR
• Imunocromatografia
- FIV: procura anticorpo
- FeLV: procura antígeno
• DOT - Elisa
- FIV: procura anticorpo
- FeLV: procura antígeno
Profilaxia
• Castração
• Quarentena
• Separar animais positivos de negativos
• Cuidado ao adotar e com transfusões
• Vacinar
• Manter animais domiciliados
Deltaretrovirus - vírus da leucose bovina ……êe………...
• Menor taxa de mutação - baixa variação antigênica
• Infecção natural em: bovinos, zebuínos, búfalos e
capivaras
• Faz parte da lista de doenças da organização
mundial de sanidade animal - OIE- comércio de
animais entre países.
• Vírus envelopado - infecta linfócitos B
• Período pré-patente longo (anos) - assintomático
Transmissão
• Contato direto entre animais e fômites
• Colostro e leite
• Iatrogênico
• Picada de inseto - tabanídeos?
Para evitar a possibilidade da transmissão através do
colostro preconiza-se o aquecimento desta secreção
láctea a 56ºC por 30 minutos ou a utilização de um
banco de colostro proveniente de vacas negativas
conservado a -20ºC. - A pasteurização inativa o vírus
Sinais clínicos
• Assintomático ou apenas linfocitose persistente
• Geralmente bovinos entre 2-8 anos de idade
• Leucose: tumores de origem linfóide em linfonodos
regionais e diversos órgão - sinais clínicos referentes
ao órgão afetado e linfadenopatia - evolução para
óbito,
• Prostração, apatia e febre
• Hiporexia, perda de peso
• Agalactia
Diagnóstico
Pode haver animais Portadores ou doentes
• Necrópsia, PCR, ELISA direto, Imunodifusão em ágar
para pesquisa de anticorpo
Obs: avaliar a imunidade passiva (Ac maternos).
Profilaxia
• Identificação de animais positivos
- Manter separados ou abate
• Sorologia de animais que serão introduzidos
• Bezerros nascidos de mães positivas devem ser
isolados e testados.
• Não reutilizar equipamentos para evitar a
transmissão iatrogênica
• Controle de insetos.
Lentivirus ……………...……………...……………...……………...……………...
Anemia infecciosa equina (AIE)
• Período Pré-patente bastante variável
• Envelopado
• Resistência às condições ambientais: alta
• É mais frequente em terrenos baixos e mal drenados
em regiões quentes e úmidas com grande quantidade
de insetos.
• Doença com evolução aguda ou, mais comumente,
crônica onde ocorre destruição maciça das hemácias
• Doença de notificação compulsória
Via de transmissão;
Contato direto: suor, sangue, leite, semen
Contato indireto: insetos hematófagos, fômites com
sangue.
Via transplacentária
- Via de eliminação: sangue
- Vetores da doença: mosca dos estábulos,
tabanídeos, borrachudos e mosquitos
- Fontes de infecção: animais doentes e
subclínicos
Selas, arreios e outros equipamentos também podem
transmitir o vírus especialmente se houver
escarificações na pele do animal.
Sinais clínicos
• Assintomático ou subclínico
• Infecção persistente - portadores pelo resto da vida
• Febre, letargia, e petéquias
• Anemia - hemólise
• Trombocitopenia: liberação de TNF- a
- Forma aguda/subaguda: anemia grave e
morte
- Forma crônica: recuperação e recidivas
dependendo da viremia.
- Forma subclínica: portador, sem sinais clínicos
aparente
Curso clínico variável depende da susceptibilidade do
equino, dose infectante e virulência da cepa.
Diagnóstico
Laboratorial
- Sorologia: imunodifusão em gel de Ágar - IDGA
ou teste de coggins (detecção da proteína
p26).
- Isolamento viral: plasma/papa de leucócitos
durante episódios febris
- ELISA, IFA, inibição da hemaglutinação e
PCR/RT- PCR
Post mortem: necropsia: icterícia generalizada,
pulmões e coração com áreas hemorrágicas; hepato e
esplenomegalia; hemorragias petequiais na base da
língua.
Profilaxia
• Restrição do trânsito e comércio de equinos
positivos.
• Equinos que forem participar de algum evento
devem ser testados
• Combate aos vetores
• Agulhas estéreis e não compartilhadas
• Isolamento dos animais positivos
• No brasil há a recomendação de eeutanásia
Vírus da imunodeficiência felina (FIV)
Transmissão: mordida arranhões e pode ser também
através de saliva, água/comida, caixinha de areia,
espirros (não é comum).
Patogenia
• Período de incubação: de 4 a 6 semanas após o
contágio
• Animais jovens ou imunocompetente
• Com o passar do tempo compromete o sistema
imune podendo causar infecções crônicas.
Manifestações clínicas
Secreção nasal, ocular.
Prion
• Não é virus, é uma partícula de proteína com
propriedade infectantes -> são modificações de
proteínas normais do corpo
• Causa encefalopatia espongiforme transmissível >
notificação obrigatória.
• Não possui material genético
• Não existem mecanismos imunológico capazes de
neutralizar essa partícula infectante
Príon: proteína presente no cérebro codificadanormalmente pelo genoma do animal - alterações
dessa codificação ou contato com a proteína
infectante leva à doenças por alteração
conformacional para prion infectante.
- PrP alterada - denominada PrPsc > resultado
de uma alteração de conformação da
partícula de proteína normal codificada do
hospedeiro
Transmissão
• Simultaneamente hereditárias e transmissíveis.
• Humano - Iatrogênico - material de neurocirurgia
contaminado, eletrodos, transplante de córnea,
hormônio GH óbito de hipófise de cadáveres.
• Ingestão de produtos ou subprodutos de carne
contaminada - principalmente tecido nervoso.
Não há evidência de transmissão aerossóis, mas
por precaução deve-se usar os EPIs.
EET descritas
• Encefalopatia espongiforme bovino (BSE) - doença
da Vaca Louca
• Scrapie em ovinos (séc XVIII)
• Encefalopatia espongiforme felina (FSE)
• Doença desgastes crônico - Cervídeos
• A infecção predomina no SNC e não causa reação
inflamatória
- Depósito extra e intracelulares de uma
proteína anormal e a presença de pequenos
vacúolos na substância cinzenta, além de
astrogliose e perda neuronal -> aspecto de
esponja
• A infecção pode ser transmitida a outros animais ou
entre seres humanos, principalmente quando o
material infectante é de origem encefálica.
• Existe alguma barreira interespécies, pois a
transmissão entre animais de espécies diferentes pode
ser mal sucedida e se manifesta por período de
incubação mais longo que entre indivíduos da mesma
espécie.
Sinais clínicos
• Neurológicos: ataxia, alterações cerebrais, alterações
comportamentais, salivação, parestesias, desordens de
movimento
• Evolução geralmente lenta
• Fatal
A importância do diagnóstico é epidemiológica e
avaliar os motivos da doença no animal.
Diagnóstico
Somente histopatologia do encéfalo
Resistente aos color, formol, enzimas nucleares, não
perde a infectividade quando são aplicados aos
procedimentos de radiação ionizante e ultravioleta
- Eles são inativados por meio do hidróxido de
sódio na concentração de 1N, do cloridrato ou
isocianato de guanidínio a 4.0 M, do hipoclorito
de sódio acima de 2% e da autoclave a vapor
de 132ºC durante quatro horas e meia ou
incinerados.
Controle:
• Nunca oferecer subprodutos de carne para bovinos e
ovinos - não é mais permitido nas rações desses
animais
• Ovinos - não permitir a ingestão de placenta e fluidos
contaminados
• Alimentação de animais e humanos com carne
contaminada é a principal forma de transmissão.
Considerações
● Essa apostila foi feita baseada em aulas de graduação.
● A maioria das fotos inseridas na apostila são do Google imagens.
● A apostila pode conter erros de grafia, sendo assim, ao observá-los, entre em contato com
o instagram por favor.
● A apostila é para uso pessoal e é feita para auxiliar nos estudos e o valor da mesma é
apenas pelos conteúdos digitados.
● Nem todas as faculdades passam os mesmo conteúdos, podendo assim, faltar algo. Como
descrito anteriormente, a apostila é realizada para auxiliar nos estudos, sendo necessário
estudar o conteúdo dado em sua graduação também.

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