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<p>Comentários Pedagógicos - Língua Portuguesa</p><p>Caro(a) professor(a),</p><p>A Avaliação Diagnóstica é um instrumento de avaliação formativa que permite sondar as fragilidades dos alunos em</p><p>determinados saberes para que possamos investir em formas de como melhorar a aprendizagem.</p><p>Neste documento você encontrará comentários pedagógicos acerca dos 26 itens da Avaliação Diagnóstica de Língua</p><p>Portuguesa 2024.2. Ele está estruturado em ordem crescente por saberes e habilidades que foram ofertados no teste,</p><p>apresentando mais informações e detalhamentos sobre a temática de cada um deles.</p><p>Sumário</p><p>Saber Habilidade Dificuldade Gabarito Página</p><p>S01 S01.H06 FÁCIL D 3</p><p>S02 S02.H02 FÁCIL E 5</p><p>S02 S02.H11 DIFÍCIL B 7</p><p>S03 S03.H03 DIFÍCIL B 8</p><p>S04 S04.H07 MÉDIO D 9</p><p>S05 S05.H03 MÉDIO E 11</p><p>S06 S06.H04 MÉDIO D 13</p><p>S07 S07.H03 FÁCIL C 15</p><p>S09 S09.H03 FÁCIL A 17</p><p>S10 S10.H04 MÉDIO E 19</p><p>S11 S11.H08 FÁCIL D 20</p><p>S12 S12.H04 MÉDIO B 23</p><p>S13 S13.H06 FÁCIL D 25</p><p>S14 S14.H04 FÁCIL C 27</p><p>S15 S15.H02 FÁCIL A 28</p><p>S16 S16.H06 FÁCIL D 30</p><p>S17 S17.H02 FÁCIL A 31</p><p>S18 S18.H03 FÁCIL E 33</p><p>S19 S19.H01 FÁCIL A 35</p><p>S20 S20.H05 MÉDIO E 37</p><p>S20 S20.H07 MÉDIO E 39</p><p>S21 S21.H06 MÉDIO A 41</p><p>S22 S22.H04 FÁCIL A 44</p><p>S22 S22.H10 DIFÍCIL D 45</p><p>2</p><p>S23 S23.H05 MÉDIO E 46</p><p>S23 S23.H12 MÉDIO C 48</p><p>Saber S01 - Localizar informações explícitas em um texto</p><p>Habilidade S01.H06 - Localizar uma informação explícita a partir da reprodução de ideias de um trecho ou</p><p>parágrafo em textos verbais pertencentes a gêneros simples predominantemente expositivos</p><p>(ex.: verbete de dicionário, verbete de enciclopédia, resumo de artigo científico, curiosidade,</p><p>nota explicativa etc.).</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir:</p><p>Mulheres no mercado de trabalho</p><p>Mulheres no mercado de trabalho são importantes por aspectos sociais e econômicos significativos, como promoção</p><p>da igualdade de gênero e redução da pobreza familiar.</p><p>Mulheres no mercado de trabalho são importantes por aspectos sociais e econômicos significativos, como promoção</p><p>da igualdade de gênero e redução da pobreza familiar. Desde o século passado, a mulher vem conquistando novas</p><p>funções remuneradas no mercado de trabalho, o que levou a triplicar em muitos países de rendimento elevado a</p><p>proporção de mulheres ocupadas, sejam assalariadas, sejam empreendedoras. No entanto, mesmo nas nações onde</p><p>se considera que houve maiores avanços no campo dos direitos das mulheres, permanecem problemas importantes e</p><p>diferenças significativas.</p><p>Importância da mulher no mercado de trabalho</p><p>A importância feminina no mercado de trabalho é crescente desde o século passado. Além de ser relevante do</p><p>ponto de vista econômico, a mulher no mercado de trabalho fortalece a democracia e promove uma sociedade mais</p><p>justa.</p><p>Políticas públicas que incentivem a participação feminina podem gerar efeitos positivos substanciais na</p><p>economia, como o aumento dos rendimentos das mulheres, que estimula a demanda por serviços e sustenta o</p><p>crescimento e o emprego. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) já estimou, no período 2017-2025, que a</p><p>inserção de mais mulheres na economia brasileira poderia acrescentar 131 bilhões de reais em receita tributária e</p><p>aumentar o PIB nacional em 3,3%.</p><p>De um ponto de vista sociológico, a importância da mulher no mercado de trabalho é crucial por várias razões.</p><p>A participação feminina no mercado de trabalho, por exemplo, está diretamente relacionada à redução da pobreza</p><p>familiar e ao aumento do bem-estar das crianças. Mulheres tendem a investir mais de seus rendimentos em suas</p><p>famílias, melhorando a nutrição, saúde e educação.</p><p>A empregabilidade feminina é importante para o empoderamento das mulheres e a promoção da igualdade de</p><p>gênero. Ao garantir que as mulheres tenham acesso a oportunidades econômicas iguais, podemos desafiar normas de</p><p>gênero prejudiciais para uma sociedade igualitária.</p><p>Desigualdade de gênero no mercado de trabalho</p><p>A desigualdade de gênero no mercado de trabalho manifesta-se quando a mulher é tratada de maneira desigual</p><p>em relação ao homem em vários aspectos e se expressa tanto em termos salariais como também na ocupação de</p><p>cargos de poder e liderança. Além da disparidade salarial (20,5% a menos do que os homens), a situação da mulher é</p><p>agravada pela segregação ocupacional, com mulheres frequentemente concentradas em setores da economia que</p><p>remuneram menos.</p><p>Mesmo diante de avanços no que diz respeito à igualdade entre os gêneros, as posições de chefia ainda são</p><p>ocupadas em sua maioria por homens brancos em empresas privadas e organizações como sindicatos e associações</p><p>de classe. Os estereótipos de gênero reforçam papéis diferenciados, destinando ao homem as atividades do espaço</p><p>público e à mulher, as do espaço privado.</p><p>Os estereótipos resultam no fato de que as mulheres representam apenas 37% dos postos de liderança nas</p><p>empresas brasileiras, e esse índice cai para 10% em grandes corporações. As diferenças se acentuam quando</p><p>investigamos a interseccionalidade da dimensão de gênero com classe, raça ou etnia, e orientação sexual. Frente a</p><p>diversos tipos de preconceito e discriminação, as mulheres negras têm ainda menos acesso aos espaços de poder e</p><p>3</p><p>decisão que as mulheres brancas, por exemplo.</p><p>Cabe ao Estado e aos governos atuarem na transformação das estruturas sociais que ainda reproduzem e</p><p>reafirmam a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. A elaboração de políticas para a mulher, que defendem</p><p>a sua autonomia e igualdade, é o caminho para reduzir as taxas da desigualdade de gênero no país.</p><p>Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/a-mulher-mercado-trabalho.htm>. Acesso em: 22-maio-2024. Adaptado.</p><p>Segundo o texto, a importância feminina no mercado de trabalho se faz relevante, pois</p><p>A) conduz as mulheres a superarem as adversidades diárias, principalmente nos seus lares.</p><p>B) reduz o empoderamento das mulheres e a promoção da igualdade de gênero.</p><p>C) fortalece o bem-estar da sociedade, pois a força feminina proporciona isso à família.</p><p>D) há uma contribuição para o fortalecimento da democracia e promoção de uma sociedade justa.</p><p>E) proporciona a liderança das mulheres nas empresas e em grandes corporações.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, levou em consideração uma linha de pensamento</p><p>particularizada, não levando em consideração o texto.</p><p>B) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, focou na informação destacada, mas não compreendeu</p><p>o termo reduz.</p><p>C) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, utilizou-se de sua cosmovisão e não recuperou esta</p><p>informação, embora não constando explicitamente no texto.</p><p>D) Gabarito.</p><p>E) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, levou em consideração o trecho “Os estereótipos</p><p>resultam no fato de que as mulheres representam apenas 37% dos postos de liderança nas empresas brasileiras, e</p><p>esse índice cai para 10% em grandes corporações”, porém isso é uma consequência das mulheres no mercado de</p><p>trabalho e não o motivo que faz ser relevante.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>A habilidade de localizar uma informação explícita a partir da reprodução de ideias de um trecho ou parágrafo em</p><p>textos verbais pertencentes a gêneros simples predominantemente expositivos é fundamental para o desenvolvimento da</p><p>compreensão leitora dos alunos do ensino médio. Essa habilidade requer que os alunos identifiquem e extraiam</p><p>informações claras e diretas que são apresentadas de forma estruturada e objetiva.</p><p>A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca a importância de desenvolver a capacidade dos alunos de</p><p>compreender e interpretar textos de diversos gêneros e esferas sociais. Segundo a BNCC, é essencial que os</p><p>estudantes do ensino médio sejam capazes de acessar e utilizar informações provenientes de textos expositivos para</p><p>construir conhecimento e desenvolver a autonomia leitora e crítica. A BNCC orienta que os professores promovam</p><p>práticas pedagógicas que ajudem os alunos a identificar informações explícitas e a entender a estrutura e o</p><p>a questionar tudo ao seu redor. Porém, é possível perceber que ele tem essa</p><p>reação devido ao seu medo do avião.</p><p>D) Gabarito.</p><p>E) Essa alternativa é um distrator. Ao marcar essa alternativa o estudante parece ter reduzido as informações gerais</p><p>do texto ao trecho “Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir”, mas fica claro que, logo em seguida, ele não</p><p>consegue relaxar. Ou seja, o não demonstra ser preguiçoso.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O item aborda a habilidade de identificar características psicológicas ou estados emocionais de personagens. Para</p><p>tanto, o texto sinaliza para uma série de características do viajante de primeira viagem. É, portanto, objetivo do aluno</p><p>concatenar essas características explícitas e implícitas do texto para chegar a um perfil do personagem. O texto é</p><p>considerado simples, pois ele tem frases sem muitas inversões e com ordens, em grande parte, canônicas. Além disso,</p><p>o vocabulário não apresenta muitas palavras longe do contexto dos estudantes e não são necessárias muitas</p><p>inferências para compreender as ideias centrais do texto.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>O item apresentado trata de identificar as características de um passageiro de primeira viagem em um contexto</p><p>cômico e envolvente, criado por Luiz Fernando Veríssimo. A narrativa ilustra claramente o comportamento ansioso do</p><p>passageiro, evidenciado pela sua confusão e reações exageradas às instruções de segurança e às situações normais</p><p>de um voo.</p><p>Para aprofundar a análise e compreensão desse tipo de texto, é interessante sugerir uma atividade que permita</p><p>aos alunos explorar os elementos de humor, caracterização e linguagem utilizados por Veríssimo. Uma atividade</p><p>enriquecedora para os professores de língua portuguesa do ensino médio pode ser a leitura e análise comparativa de</p><p>crônicas humorísticas de diferentes autores brasileiros.</p><p>Uma leitura recomendada é o livro "Comédias da Vida Privada" de Luís Fernando Veríssimo, que compila</p><p>22</p><p>https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/</p><p>diversas crônicas humorísticas que refletem situações cotidianas com uma perspectiva cômica. Os professores podem</p><p>utilizar essas crônicas para mostrar como o humor pode ser utilizado para abordar temas sérios e comuns de maneira</p><p>leve e envolvente.</p><p>Os alunos podem ser incentivados a identificar e discutir os elementos que geram humor nos textos, como a</p><p>escolha de palavras, o exagero, a ironia e as situações inusitadas. Além disso, os professores podem propor que os</p><p>alunos escrevam suas próprias crônicas humorísticas, baseando-se em situações cotidianas que vivenciaram ou</p><p>imaginaram. Essa prática ajuda os alunos a desenvolverem suas habilidades de escrita e a compreensão dos</p><p>mecanismos do humor.</p><p>Em resumo, o estudo dessas crônicas, juntamente com a criação de textos humorísticos pelos alunos,</p><p>proporciona uma abordagem prática e teórica do uso do humor na literatura, enriquecendo tanto a análise crítica quanto</p><p>a produção textual.</p><p>Saber S12 - Identificar semelhanças e/ou diferenças de idéias e opiniões na comparação entre</p><p>textos.</p><p>Habilidade S12.H04 - Reconhecer ideias e opiniões diferentes na comparação entre textos verbais,</p><p>pertencentes a gêneros diferentes, simples e predominantemente narrativos, descritos ou da</p><p>ordem do relatar (ex.: fábula, piada, lenda, diário, relato de viagem, notícia, lista de compras,</p><p>classificados, nota ou cupom fiscal, apresentação de seres/lugares/objetos etc.).</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Leia os textos a seguir.</p><p>Texto I</p><p>Como levar a Educação Antirracista para a Educação Infantil</p><p>Confira três pontos importantes para orientar sua prática e garantir que a temática está presente durante todo o ano</p><p>Olá professores e professoras!</p><p>Em novembro, a ênfase da Educação Antirracista ganha destaque por conta do Dia da Consciência Negra. São</p><p>muitos caminhos e os desafios que enfrentamos para levar a temática para a escola. Porém, desde a Educação</p><p>Infantil, vemos os efeitos do racismo estrutural.</p><p>Antes de começar, quero me descrever fisicamente para marcar meu lugar de fala. Tenho pele branca, cabelos</p><p>crespos, lábios volumosos e outros traços que comunicam uma miscigenação de descendência indígena, africana e</p><p>europeia. Ao longo dos anos, além de vivenciar os privilégios da população branca, vivi situações de tentativa de</p><p>descaracterização de minhas origens. Em minha adolescência, muitas vezes preferi manter meu cabelo preso para</p><p>me encaixar no meu círculo de amizades. Também ouvi diversas vezes que deveria alisar o cabelo.</p><p>Percebo quanto minha miscigenação tem potência para discutir questões como o preconceito. Ela me motiva a</p><p>levantar a bandeira da diversidade e apoiar outras crianças que desde pequenas sofrem tentativas de terem suas</p><p>origens modificadas e até negadas.</p><p>É comum perceber um aumento na busca por conscientização e sensibilização com as questões raciais quando</p><p>há uma data chegando – como é o caso de abril, com o Dia dos Povos Indígenas e em novembro, com o Dia da</p><p>Consciência Negra. Enquanto, no restante do ano, ignoram-se situações, muitas vezes sutis, de discriminação.</p><p>Nós, professores, enquanto agentes de garantia de direitos das crianças, precisamos agir na luta por equidade</p><p>nas escolas, abrir espaço para discutir e dar visibilidade ao assunto, promover reflexões capazes de transformar a</p><p>postura da comunidade escolar para a perspectiva antirracista.</p><p>Por exemplo, estar atento com o vocabulário que está sendo desenvolvido pelas crianças – dado que existem</p><p>diversas palavras e expressões que perpetuam o preconceito. Dessa forma, é possível propor discussões de maneira</p><p>crítica – dentro da capacidade de compreensão da turma. Por outro lado, também temos um patrimônio linguístico de</p><p>origem afro e indígena que merece ser destacado para que desde cedo as crianças identifiquem e valorizem essas</p><p>origens.</p><p>Por fim, a temática deve permear todas as nossas práticas, ao longo de todo o período letivo, para que</p><p>deixemos de viver em um país em que a perspectiva de vida de uma criança negra é mais incerta do que a de uma</p><p>criança branca em qualquer posição social. A mudança começa na primeira infância com o nosso compromisso de</p><p>valorizar a diversidade para construir um futuro mais equitativo.</p><p>Disponível em: <Como levar a Educação Antirracista para a Educação Infantil | Nova Escola>. Acesso em: 30-maio-2024.</p><p>23</p><p>https://novaescola.org.br/conteudo/21778/como-levar-a-educacao-antirracista-para-a-educacao-infantil</p><p>Adaptado.</p><p>Texto II</p><p>Racismo no transporte já foi presenciado por 72% dos brasileiros</p><p>Pesquisa do Instituto Locomotiva mostra que 72% das pessoas dizem já ter presenciado situação de racismo</p><p>em seu transporte do dia a dia e 39% foram vítimas do crime, ou seja, uma em cada três pessoas negras já sofreu</p><p>preconceito em seus deslocamentos. Entre trabalhadores negros que atuam no setor, esse número é ainda maior:</p><p>65% dos entrevistados já enfrentaram alguma situação de racismo durante o expediente. O estudo ouviu 1.200</p><p>pessoas e mais de mil profissionais do setor de transporte.</p><p>Quando questionados sobre situações de preconceito vividas, a população negra relatou ter sido</p><p>menosprezada (24%), abordada de maneira desrespeitosa (17%), sofrido agressões verbais e ter sido alvo de</p><p>expressões racistas (14%).</p><p>Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os resultados da pesquisa mostram o quanto o</p><p>racismo acaba prejudicando a mobilidade dos brasileiros pela cor da sua pele. “É como se o direito de ir e vir fosse</p><p>prejudicado de acordo com a cor da pele do passageiro. E essa limitação faz com que as oportunidades que as</p><p>pessoas têm, seja no mercado de trabalho, no acesso à educação e no lazer, se tornem reduzidas”, disse Meirelles.</p><p>Disponível em: <:https://www.brasildefato.com.br/2022/03/21/racismo-no-transporte:>. Acesso em: 30-maio-2024.</p><p>Os textos diferem entre si</p><p>A) sobre a temática abordada entre eles.</p><p>B) sobre a apresentação de onde o racismo acontece.</p><p>C) na opinião sobre a prática do racismo.</p><p>D) sobre a forma de denunciar o racismo.</p><p>E) sobre a defesa do combate ao</p><p>antirracismo.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, não compreendeu o que de fato é a temática geral dos</p><p>textos.</p><p>B) Gabarito.</p><p>C) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, não interpretou adequadamente os dois textos.</p><p>D) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, focou no Texto I, que aparece esse tipo de informação,</p><p>mas não aparece no Texto II.</p><p>E) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, não conseguiu interpretar os textos adequadamente.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>Este item traz a possibilidade para um diálogo, no sentido de explicar para o(a) estudante que textos de mesma</p><p>temática podem trazer ideias divergentes, além disso, faz-se necessário dialogar sobre fatos e argumentos diferentes</p><p>que podem ser utilizados na efetivação de um texto de mesma temática.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Você pode se utilizar deste item para abrir um diálogo sobre o preconceito racial, recomenda-se a leitura conjunta</p><p>da obra “Quarto de despejo, diário de uma favelada”, da autora Carolina Maria de Jesus, a fim de se compreender um</p><p>pouco mais das dificuldades das pessoas negras, vividas principalmente nas favelas do Brasil.</p><p>Além disso, para trabalhar o saber de analisar e reconhecer diferenças entre textos é essencial inserir textos que</p><p>conflitam nas sequências didáticas elaboradas para as aulas de leitura. Explorar diferentes gêneros textuais, mostrando</p><p>que os diferentes tipos textuais podem apresentar diferenças de ideias, descrições ou opiniões. Sugerimos revisitar as</p><p>24</p><p>https://www.brasildefato.com.br/2022/03/21/racismo-no-transporte</p><p>estratégias abordadas nos materiais elaborados pela rede, como o disponível em: Cadernos Redescobrindo todo dia –</p><p>2023 – Programa PAIC Integral (seduc.ce.gov.br).</p><p>Saber S13 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos de</p><p>um mesmo tema.</p><p>Habilidade S13.H06 - Reconhecer ideias e opiniões diferentes na comparação entre textos não verbais</p><p>ou multissemióticos, pertencentes a gêneros diferentes, simples e/ou de grande circulação</p><p>social, de qualquer sequência discursiva predominante (ex.: placa, fotografia convencional,</p><p>emoticon, e-mail, fotolegenda, cardápio, mensagem de WhatsApp/Messenger, direct, meme,</p><p>anúncio ou campanha publicitária, rótulo, embalagem, catálogo, panfleto etc.).</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia os textos.</p><p>Texto I</p><p>Como é calculada a felicidade de um país?</p><p>O Relatório Mundial da Felicidade coleta dados em mais de 150 países – em 2021 foram 156 países – e cada variável</p><p>possui uma pontuação média ponderada através de entrevistas com a população, em uma escala de 0 a 10. Essa</p><p>pontuação é monitorada e comparada com a de outros países.</p><p>Na pesquisa atual, as variáveis medidas são: PIB per capita real, assistência social, expectativa de vida saudável,</p><p>liberdade para fazer escolhas, generosidade e percepções de corrupção. As pesquisas são feitas por especialistas</p><p>independentes, e coletadas pela Gallup World Poll. E o relatório é financiado pela ONU.</p><p>De acordo com Jeffrey Sachs, um dos coautores do relatório, existem dois fatores essenciais para a felicidade de um</p><p>país:</p><p>“A lição obtida do relatório, nestes dez anos, é que a generosidade entre as pessoas e a honestidade dos governos</p><p>são cruciais para o bem-estar”.</p><p>Em que posição está o Brasil no ranking de felicidade?</p><p>No ranking da felicidade de 2022 o Brasil está na 39ª posição, sendo o país latino-americano mais bem colocado no</p><p>relatório. Em relação ao ano passado, o Brasil subiu duas posições, sendo que estava em 41º.</p><p>Disponível em: https://www.eurodicas.com.br/pais-mais-feliz-do-mundo/. Acesso em: 03 de abr. de 2023.</p><p>Texto II</p><p>Haverá um dia em que você</p><p>não haverá de ser feliz</p><p>Sentirá o ar sem se mexer</p><p>Sem desejar como antes sempre quis</p><p>Você vai rir, sem perceber</p><p>Felicidade é só questão de ser</p><p>Quando chover, deixar molhar</p><p>Pra receber o Sol quando voltar</p><p>Lembrará os dias</p><p>Que você deixou passar sem ver a luz</p><p>Se chorar, chorar é vão</p><p>Porque os dias vão para nunca mais</p><p>Melhor viver, meu bem</p><p>Pois há um lugar em que o Sol brilha para você</p><p>Chorar, sorrir também e depois dançar</p><p>Tem vez que as coisas pesam mais</p><p>Do que a gente acha que pode aguentar</p><p>Nesta hora fique firme</p><p>Pois tudo isso logo vai passar</p><p>Você vai rir, sem perceber</p><p>Felicidade é só questão de ser</p><p>Quando chover, deixar molhar</p><p>Pra receber o Sol quando voltar</p><p>Melhor viver, meu bem</p><p>Pois há um lugar em que o Sol brilha para você</p><p>Chorar, sorrir também e depois dançar</p><p>Na chuva quando a chuva vem</p><p>Melhor viver, meu bem</p><p>Pois há um lugar em que o Sol brilha para você</p><p>Chorar, sorrir também e dançar</p><p>25</p><p>https://paicintegral.seduc.ce.gov.br/2023/04/05/cadernos-redescobrindo-todo-dia-2023/</p><p>https://paicintegral.seduc.ce.gov.br/2023/04/05/cadernos-redescobrindo-todo-dia-2023/</p><p>https://idadecerta.seduc.ce.gov.br/index.php/fique-por-dentro/downloads/category/208-2018-11-01-16-53-56?download=1723%3Amaterial-completolpaula49oanorevisao</p><p>https://www.eurodicas.com.br/pais-mais-feliz-do-mundo/</p><p>Na chuva quando a chuva vem</p><p>Melhor viver, meu bem</p><p>Pois há um lugar em que o Sol brilha para você</p><p>Chorar, sorrir também e dançar</p><p>Dançar na chuva quando a chuva vem</p><p>Dançar na chuva quando a chuva vem</p><p>Dançar na chuva quando a chuva vem</p><p>Dançar na chuva quando a chuva</p><p>Dançar na chuva quando a chuva vem</p><p>Disponível em: https://www.letras.mus.br/marcelo-jeneci/1524699/. Acesso em: 03 de abr. de 2023.</p><p>O texto I e II</p><p>A) apresentam fatos e dados em uma linguagem informal.</p><p>B) apresentam a felicidade a partir de uma linguagem poética.</p><p>C) o texto I apresenta linguagem informal e o texto II uma linguagem formal.</p><p>D) o texto I apresenta uma linguagem formal e o texto II uma linguagem poética.</p><p>E) o texto I apresenta rimas e musicalidade e o texto II uma linguagem formal.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) O aluno que marcou essa alternativa não soube diferenciar as ideias e formas de linguagens do texto I para o texto</p><p>II.</p><p>B) O aluno que marcou essa alternativa não soube diferenciar as ideias e formas de linguagens entre os textos. Ele</p><p>observou apenas o texto II.</p><p>C) O aluno aparenta não reconhecer os recursos linguísticos que identificam uma linguagem formal ou informal.</p><p>D) Gabarito.</p><p>E) O aluno que marcou essa alternativa inverteu as características dos textos. O texto I não apresenta rimas e</p><p>musicalidade. Essa é uma característica do texto II. O texto II não apresenta variáveis para felicidade. Essa é uma</p><p>característica do texto I.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) é um documento que estabelece as diretrizes curriculares para a</p><p>Educação Básica no Brasil. Em relação à comparação de textos, a BNCC destaca a importância dessa habilidade para o</p><p>desenvolvimento das competências linguísticas e para a formação de leitores críticos e reflexivos.</p><p>Na BNCC, a comparação de textos é tratada como um dos elementos fundamentais para o desenvolvimento da</p><p>leitura crítica e reflexiva. A BNCC destaca que, por meio da comparação de textos, os alunos podem identificar</p><p>semelhanças, diferenças e relações entre diferentes gêneros e tipos de texto, ampliando assim sua capacidade de</p><p>análise e interpretação.</p><p>Além disso, a BNCC ressalta que a comparação de textos pode ser utilizada como estratégia para desenvolver</p><p>habilidades de escrita, permitindo aos alunos o desenvolvimento de argumentos baseados em diferentes fontes e</p><p>perspectivas.</p><p>Em resumo, a BNCC destaca a importância da comparação de textos para a formação de leitores críticos e</p><p>reflexivos, bem como para o desenvolvimento das competências linguísticas e de escrita.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Reconhecer e compreender as diferentes formas de tratar uma informação em textos relacionados ao mesmo tema é</p><p>uma habilidade crucial para a leitura crítica e a interpretação contextual. Essa habilidade é importante porque auxilia na:</p><p>Compreensão contextual: ajuda os alunos a entenderem como as informações são moldadas pelo contexto em que são</p><p>produzidas e como esse contexto afeta a forma como são</p><p>interpretadas.</p><p>Análise crítica: capacita os alunos a avaliarem a objetividade e o viés dos textos, reconhecendo quando um texto é</p><p>informativo, persuasivo, opinativo ou voltado para entretenimento.</p><p>26</p><p>https://www.letras.mus.br/marcelo-jeneci/1524699/</p><p>Pensamento crítico: desenvolve a capacidade dos alunos de questionarem e refletirem sobre as informações</p><p>apresentadas, considerando a influência do autor e do público-alvo.</p><p>Comunicação eficaz: prepara os alunos para comunicarem informações de maneira apropriada e persuasiva,</p><p>dependendo do contexto e da audiência.</p><p>Aqui estão algumas sugestões para trabalhar o descritor "Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na</p><p>comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em</p><p>que será recebido" (D15) com os alunos:</p><p>https://www.educacao.ma.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/SD_LP_D20_-Diferentes-formas-de-tratar-uma-informa%C</p><p>3%A7%C3%A3o-G%C3%AAneros-textuais-Professor.pdf</p><p>Saber S14 - Reconhecer as relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos</p><p>que contribuem para sua continuidade.</p><p>Habilidade S14.H04 - Reconhecer relações entre partes de um texto estabelecidas pela retomada de</p><p>termos, expressões ou ideias mediante o uso de pronomes de tratamento em textos verbais</p><p>ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social, de</p><p>qualquer sequência discursiva predominante.</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Senhor Presidente, Nós, Yanomami, estamos contentes, pois o senhor foi eleito presidente. O senhor prometeu</p><p>melhorar o Brasil, por isso nós, Yanomami, estamos também nessa expectativa. Ouvimos as palavras de seu discurso</p><p>e, apesar de não votarmos, demos nosso apoio aqui de longe. Os espíritos de nossos pajés prestaram-lhe apoio, por</p><p>isso o senhor foi eleito [...] Apesar de não ter nos enviado uma carta, queremos que fique ciente de nosso pensamento</p><p>e nos apoie. Quando o senhor era candidato lhe enviamos um primeiro documento e não recebemos resposta;</p><p>esperamos que agora possa nos responder. Senhor Presidente, queremos que proteja realmente nossa terra, que</p><p>garanta com firmeza nossa demarcação e não deixe que nossa floresta seja destruída. Vocês, brancos, a chamaram</p><p>de “Terra da União”, portanto, queremos que garantam isso como uma verdade. Não queremos garimpeiros em nossa</p><p>terra, pois eles a destroem. Por isso, senhor Presidente, tome medidas para impedi-los (Yanomami, 2003).</p><p>Disponível em:</p><p>https://cartasindigenasaobrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/07/AS-CARTAS-DAS-MULHERES-INDIGENAS-AO-BRASIL.pdf.</p><p>Acesso em: 17 de mai. de 2023.</p><p>No trecho: “Quando o senhor era candidato lhe enviamos um primeiro documento… “ a palavra destacada diz respeito a</p><p>A) Yanomami.</p><p>B) pajés.</p><p>C) Presidente.</p><p>D) candidato.</p><p>E) branco.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) A alternativa diz respeito ao remetente da carta, o povo Yanomami.O pronome de tratamento “senhor” não faz</p><p>referência a essa palavra.</p><p>B) A alternativa está no plural enquanto o pronome de tratamento “senhor” está no singular, portanto, ele não pode</p><p>fazer referência a pajés.</p><p>C) Gabarito.</p><p>D) A alternativa não é a correta porque a carta é dirigida ao “Senhor Presidente” e não ao candidato. Dessa forma, o</p><p>pronome senhor não faz referência a candidato.</p><p>E) A alternativa não é a correta porque a palavra “branco” está depois do trecho e a palavra “senhor” não faz</p><p>referência a essa palavra.</p><p>27</p><p>https://www.onlineescola.com.br/2023/09/viradao-saeb-de-lingua-portuguesa-d15.html#</p><p>https://www.educacao.ma.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/SD_LP_D20_-Diferentes-formas-de-tratar-uma-informa%C3%A7%C3%A3o-G%C3%AAneros-textuais-Professor.pdf</p><p>https://www.educacao.ma.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/SD_LP_D20_-Diferentes-formas-de-tratar-uma-informa%C3%A7%C3%A3o-G%C3%AAneros-textuais-Professor.pdf</p><p>https://cartasindigenasaobrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/07/AS-CARTAS-DAS-MULHERES-INDIGENAS-AO-BRASIL.pdf</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O item aborda o saber reconhecer as relações entre as partes de um texto, identificando os recursos coesivos que</p><p>contribuem para a sua continuidade. Nesse caso, espera-se que o aluno compreenda a que se refere o pronome de</p><p>tratamento “Senhor” no texto. Embora o estudo dos pronomes seja recorrente durante o ensino fundamental, é comum</p><p>que muitos alunos do ensino médio apresentam dificuldades neste saber. Portanto, explorar essa habilidade através de</p><p>exercícios de leitura e de reescrita de textos é uma das estratégias que podem ser utilizadas em sala de aula. Atividades</p><p>nas quais os alunos precisem enumerar os pronomes utilizados em um texto, relacionando-os aos seus referentes</p><p>também podem auxiliar nesse processo. A complexidade da habilidade pode variar de acordo com o gênero textual a</p><p>ser interpretado.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Considerando que a coerência é a lógica entre as ideias expostas no texto, para que exista coerência é</p><p>necessário que a ideia apresentada se relacione ao todo textual dentro de uma sequência e progressão de ideias. Dessa</p><p>forma, as peças que interligam o texto, como pronomes, conjunções e preposições, promovendo o sentido entre as</p><p>ideias são chamadas coesão textual.</p><p>A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada interpretação de seus</p><p>componentes. De acordo com o gênero textual, o leitor tem uma apreensão geral do assunto do texto.</p><p>As habilidades que podem ser avaliadas por este Saber relacionam-se ao reconhecimento da função dos</p><p>elementos que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão identificar quais palavras estão sendo substituídas e/ou</p><p>repetidas para facilitar a continuidade do texto e a compreensão do sentido.</p><p>Para desenvolver esse assunto em sala de aula, sugerimos o Material Estruturado de Língua Portuguesa</p><p>disponível no link a seguir:</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/05/MDE-FOCO-LP-C1-2021-PROFESSOR.pdf</p><p>Também sugerimos a sequência didática da Secretaria de Estado da Educação do Maranhão:</p><p>https://www.educacao.ma.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/SD_LP_D02_Estudante.pdf</p><p>Saber S15 - Identificar a tese de um texto.</p><p>Habilidade S15.H02 - Identificar o trecho que evidencia a tese principal de textos verbais, pertencentes a</p><p>gêneros simples, predominantemente argumentativos (ex.: comentário/postagem opinativo(a)</p><p>em redes sociais, carta do leitor, carta de reclamação, artigo de opinião etc.).</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Afetos são ligações. Mas não é qualquer tipo de ligação. Afeto é uma ligação carinhosa. Um tipo de conexão</p><p>com a possibilidade de expressão de sentimentos. Se pensar bem, construímos nossas vidas em torno dessas</p><p>conexões porque elas literalmente nos afetam. Essas ligações nos movem, nos impelem a dar nome, a manifestar o</p><p>que sentimos por dentro. Percebe, os afetos são magnéticos. É liga: razão pela qual nos unimos.</p><p>A vida comunitária, ou as formas de compartilhamento de vida são simbolizações dos nossos afetos. Criamos</p><p>instintivamente situações que nos acomodem emocionalmente, que apaziguem nossas angústias, e amenizem</p><p>nossos medos. Expandimos nossos escudos nos cercando de pessoas (ou afetos) e de símbolos (estrategicamente</p><p>encharcados de sentidos, como o dinheiro, títulos, o conhecimento, etc).</p><p>Essa construção simbólica existe principalmente para aplacar um dos afetos primários, que é exatamente o</p><p>medo. Medo de sofrer, de ficar só, de ser abandonado… então o papel do outro é também o de anteparo para nosso</p><p>“eu” (que deseja se sentir protegido, seguro, resguardado, amparado).</p><p>Mas estes mesmos afetos, pessoas ou símbolos que a princípio nos protegeriam, podem ser os mesmos que</p><p>nos causam dor.</p><p>É justamente pelo grau da força de conexão que o medo de perder o elo com o outro se torna traumático. E a</p><p>mera sensação de que essa ligação pode se romper muitas vezes causa pânico, sensação de morte mesmo.</p><p>Devastação.</p><p>28</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/05/MDE-FOCO-LP-C1-2021-PROFESSOR.pdf</p><p>https://www.educacao.ma.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/SD_LP_D02_Estudante.pdf</p><p>Disponível em: https://www.agazeta.com.br/colunas/maria-sanz/cronica-vamos-falar-de-afeto-0122. Acesso em: 03 de abr. de 2023.</p><p>A tese do texto é</p><p>A) “Afeto é uma ligação carinhosa. Um tipo de conexão com a possibilidade de expressão de sentimentos” (1º</p><p>parágrafo).</p><p>B) “Essas ligações nos movem, nos impelem a dar nome, a manifestar o que sentimos por dentro” (1º parágrafo).</p><p>C) “A vida comunitária, ou as formas de compartilhamento de vida são simbolizações dos nossos afetos” (2º</p><p>parágrafo).</p><p>D) “Mas estes mesmos afetos, pessoas ou símbolos que a princípio nos protegeriam, podem ser os mesmos que</p><p>nos causam dor” (4º parágrafo).</p><p>E) “É justamente pelo grau da força de conexão que o medo de perder o elo com o outro se torna traumático” (5º</p><p>parágrafo).</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Gabarito.</p><p>B) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu a tese do texto dado que esse é um argumento do texto. É</p><p>possível que ele tenha assinalado essa alternativa devido o trecho estar situado no primeiro parágrafo.</p><p>C) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu a tese do texto dado que esse é um argumento do texto. O</p><p>uso da palavra afeto pode ter levado o estudante a pensar que se trataria da tese do texto.</p><p>D) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu a tese do texto dado que esse é um argumento do texto,</p><p>demonstrando que ele desconhece o que é a tese.</p><p>E) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu a tese do texto dado que esse é um argumento do texto.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O objetivo de um texto argumentativo é convencer o leitor de um determinado ponto de vista, a respeito de um</p><p>tema específico. Para tanto, o produtor desse gênero, deve mobilizar argumentos que sustentem seu ponto de vista,</p><p>sendo, um deles, sua tese. A tese é a ideia principal que será defendida pelo autor. Dessa forma, ela deve aparecer na</p><p>introdução, ou seja, logo no início do texto.</p><p>Todo texto fala sobre relações afetuosas. Os argumentos ao longo do desenvolvimento também reforçam a tese</p><p>de que “Afeto é uma ligação carinhosa. Um tipo de conexão com a possibilidade de expressão de sentimentos”,</p><p>perfazendo, portanto, a tese do texto.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>A identificação da tese de um texto é uma habilidade importante para a compreensão de textos argumentativos.</p><p>Para trabalhar em sala de aula com a identificação da tese de um texto, sugerimos algumas estratégias:</p><p>● Explique o conceito de tese: comece explicando aos alunos o que é uma tese e como ela se relaciona com</p><p>o texto. Explique que a tese é a ideia principal do texto e que o objetivo é identificá-la para entender melhor</p><p>o argumento apresentado.</p><p>● Mostre exemplos de teses: use exemplos de textos argumentativos para mostrar como a tese é</p><p>apresentada e como ela é sustentada ao longo do texto.</p><p>● Faça perguntas orientadas: durante a leitura do texto, faça perguntas orientadas para ajudar os alunos a</p><p>identificarem a tese. Pergunte, por exemplo, qual é a ideia principal defendida pelo autor e como ela é</p><p>sustentada no texto.</p><p>● Incentive a discussão em grupo: incentive os alunos a discutirem a tese do texto em grupos,</p><p>compartilhando suas opiniões e pontos de vista. Isso ajudará a promover uma compreensão mais profunda</p><p>do texto e a identificar diferentes perspectivas.</p><p>● Utilize ferramentas de apoio: utilize ferramentas de apoio, como fichas de leitura ou resumos, para ajudar</p><p>os alunos a identificarem a tese do texto. Essas ferramentas podem incluir perguntas orientadas ou espaço</p><p>para anotações sobre a ideia principal do texto.</p><p>Com essas estratégias, é possível trabalhar em sala de aula com a identificação da tese de um texto de forma</p><p>29</p><p>https://www.agazeta.com.br/colunas/maria-sanz/cronica-vamos-falar-de-afeto-0122</p><p>eficaz e ajudar os alunos a desenvolverem suas habilidades de leitura crítica.</p><p>Consulte também o Material Estruturado de Língua Portuguesa 2023 no seguinte link:</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2023/07/FOCO-APRENDIZAGEM_LP_2023.pdf</p><p>Saber S16 - Estabelecer relação entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.</p><p>Habilidade S16.H06 - Reconhecer o(s) argumento(s) que sustenta(m) a tese principal vinculada a textos</p><p>verbais, pertencentes a gêneros simples, predominantemente argumentativos (ex.:</p><p>comentário/postagem opinativo(a) em redes sociais, carta do leitor, carta de reclamação,</p><p>artigo de opinião etc.).</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>A Amazônia é mesmo o pulmão do mundo? Mito ou verdade?</p><p>A Amazônia abriga cerca de 7% da superfície total do planeta e possui cerca de 50% da biodiversidade</p><p>mundial. Devido a isso, muitos acreditavam que a Amazônia era o pulmão “invertido” do mundo, porém essa afirmação</p><p>é certamente fruto de uma licença poética para afirmar que a Amazônia é extremamente vital para a humanidade.</p><p>Mas por que pulmão “invertido”? O pulmão transforma oxigênio em gás carbônico, ao contrário da Amazônia</p><p>que por meio da fotossíntese de sua vegetação, captura gás carbônico da atmosfera e transforma em oxigênio.</p><p>Além disso, a Floresta Amazônica é fundamental para impedir o avanço das mudanças climáticas, por isso, os</p><p>desmatamentos e as queimadas que estão acontecendo lá são tão preocupantes, pois estão causando danos</p><p>irreversíveis.</p><p>De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Florestas, as algas marinhas são responsáveis pela</p><p>produção de 54% do oxigênio do mundo e os mares funcionam como reguladores do clima no planeta, por isso eles</p><p>são considerados os pulmões do mundo. Sem os oceanos, a temperatura terrestre poderia ultrapassar os 100ºC, o</p><p>que inviabilizaria a vida no planeta.</p><p>Os oceanos cobrem 70% da superfície da Terra e contém 97% da água do planeta. As primeiras formas de</p><p>vida se desenvolveram no oceano e ainda é o oceano que permite que a Terra seja habitável devido aos seus</p><p>organismos fotossintetizantes que liberam oxigênio na atmosfera, influenciando diretamente nas mudanças climáticas</p><p>e funções meteorológicas.</p><p>Mas como as algas marinhas produzem oxigênio? As algas são organismos fotossintetizantes e, em resumo,</p><p>no processo de fotossíntese ocorre três principais fatores: a captura de gás carbônico atmosférico, a renovação de</p><p>oxigênio atmosférico e a condução do fluxo de matéria e energia nos ecossistemas.</p><p>Disponível em: <:https://www.minasbioconsultoria.com//:>. Acesso em: 31-maio-2024.</p><p>A principal estratégia argumentativa utilizada pelo autor para embasar sua tese é realizada por meio</p><p>A) da comprovação de quem são os principais causadores da destruição na floresta.</p><p>B) do uso de argumentos de autoridade ao longo do texto.</p><p>C) de comparações com outros casos semelhantes ao da Amazônia.</p><p>D) da comprovação de dados que representam a realidade da Amazônia.</p><p>E) de criação de exemplos para contar a real situação da Amazônia.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, respaldou-se em seu próprio conhecimento de mundo</p><p>para inferir que o texto apontava os principais causadores dos danos à natureza.</p><p>B) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, apoiou-se no Instituto Brasileiro de Florestas para</p><p>compreender que se tratava de um argumento de autoridade.</p><p>C) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, não compreendeu que ao mencionar os oceanos da</p><p>Terra, não se tratava, necessariamente, de comparar a Amazônia com outros locais, mas sim em trazer evidências</p><p>para o texto.</p><p>D) Gabarito.</p><p>30</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2023/07/FOCO-APRENDIZAGEM_LP_2023.pdf</p><p>https://www.minasbioconsultoria.com//</p><p>E) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, levou em consideração o título do texto que traz uma</p><p>analogia com o pulmão do mundo.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>Para analisar a habilidade de identificar a principal estratégia argumentativa utilizada em um texto, é fundamental</p><p>que os alunos desenvolvam a capacidade de ler criticamente e reconhecer diferentes formas de construção de</p><p>argumentos. No item proposto, os alunos são desafiados a identificar</p><p>como o autor embasa sua tese sobre a Amazônia</p><p>e a produção de oxigênio no planeta.</p><p>A habilidade de reconhecer a utilização de dados para construir os argumentos é imprescindível na etapa do</p><p>ensino médio. Ao ler o texto sobre a Amazônia, os alunos devem ser capazes de perceber que a principal estratégia do</p><p>autor é o uso de dados e informações provenientes de fontes confiáveis, como o Instituto Brasileiro de Florestas. Além</p><p>disso, trabalhar essa habilidade em sala de aula envolve não apenas a leitura e a identificação das estratégias</p><p>argumentativas, mas também a discussão sobre a importância dessas estratégias para a construção de argumentos</p><p>sólidos e persuasivos. Os professores podem incentivar os alunos a refletirem sobre como diferentes tipos de evidências</p><p>podem fortalecer ou enfraquecer uma tese e a importância de utilizar dados concretos e fontes confiáveis em suas</p><p>próprias produções textuais.</p><p>Articulando com a BNCC (Base Nacional Comum Curricuar), que enfatiza o desenvolvimento de competências</p><p>relacionadas à leitura crítica e à argumentação, essa atividade proporciona um espaço para os alunos aprimorarem suas</p><p>habilidades de interpretação e análise textual, ao mesmo tempo em que se preparam para participar de debates</p><p>informados e responsáveis sobre questões ambientais e outras temáticas relevantes.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Para trabalhar a habilidade de identificar a principal estratégia argumentativa em um texto, uma sugestão de</p><p>leitura ou atividade seria propor a análise de diferentes textos argumentativos sobre temas ambientais, como a</p><p>preservação da Amazônia e o papel dos oceanos na produção de oxigênio.</p><p>Os alunos poderiam começar lendo o texto fornecido sobre a Amazônia e outro texto que discuta um tema</p><p>ambiental relacionado, como a importância dos recifes de coral ou a preservação das florestas tropicais. A atividade</p><p>consistiria em comparar as estratégias argumentativas utilizadas nos dois textos, identificando o uso de argumentos de</p><p>autoridade, dados concretos, exemplos, e comparações.</p><p>Em seguida, os alunos poderiam participar de uma discussão em grupo em que possam apresentar suas análises</p><p>e reflexões sobre as diferentes estratégias argumentativas. Eles discutiriam questões como:</p><p>● Quais fontes de autoridade são citadas em cada texto?</p><p>● Como os dados concretos e estatísticas são utilizados para fortalecer os argumentos?</p><p>● De que maneira os exemplos pessoais ou anedotas contribuem para a persuasão do leitor?</p><p>Para consolidar o aprendizado, os alunos poderiam então escrever um parágrafo argumentativo sobre um tema</p><p>ambiental de sua escolha, utilizando uma ou mais das estratégias argumentativas discutidas. Eles seriam incentivados a</p><p>buscar fontes confiáveis e dados concretos para embasar seus argumentos, desenvolvendo assim suas habilidades de</p><p>pesquisa e escrita crítica.</p><p>Essa atividade não só ajuda os alunos a entenderem melhor as diferentes estratégias argumentativas, mas</p><p>também promove a consciência ambiental e a importância da preservação dos ecossistemas globais, alinhando-se com</p><p>os objetivos da BNCC de formar cidadãos críticos e informados.</p><p>Saber S17 - Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por conjunções,</p><p>advérbios etc.</p><p>Habilidade S17.H02 - Reconhecer a relação lógico-discursiva de adição, inclusão ou alternância marcada</p><p>pelo uso de advérbios, locuções adverbiais, conjunções, denotadores etc. que expressam</p><p>essa relação em textos verbais, pertencentes a gêneros simples, ou multissemióticos em</p><p>geral, de qualquer sequência discursiva predominante.</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>31</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Disponível em: https://www.pensador.com/frase/MjI1NDA1NA/. Acesso em: 23 de jun. de 2023.</p><p>No trecho: “Os anciões gostam de ver as crianças nascer e de cantar para elas…” , a palavra “e” destacada tem um</p><p>sentido de</p><p>A) adição.</p><p>B) oposição.</p><p>C) conclusão.</p><p>D) explicação.</p><p>E) alternância.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Gabarito.</p><p>B) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o sentido da conjunção “e”.</p><p>C) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o sentido da conjunção “e”.</p><p>D) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o sentido da conjunção “e”.</p><p>E) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o sentido da conjunção “e”.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>A relação lógico-discursiva em língua portuguesa refere-se à maneira como as partes de um texto se conectam e</p><p>se organizam logicamente para transmitir uma mensagem coerente e compreensível. Essas relações são fundamentais</p><p>para garantir a clareza e a coesão do discurso.</p><p>A relação lógico-discursiva no texto é enfatizada, muitas vezes, pelas expressões de tempo, de lugar, de</p><p>comparação, de oposição, de causalidade, de quantidade, de conclusão, entre outros e, quando necessário, pela</p><p>identificação dos elementos que explicam essa relação. Essas expressões são marcadas pelas conjunções e advérbios,</p><p>por exemplo.</p><p>No trecho “Os anciões gostam de ver as crianças nascer e de cantar para elas” observe que a conjunção “e”</p><p>demonstra a relação lógico-discursiva de adição, que relaciona as ações ver as crianças nascer e cantar para elas</p><p>(crianças) unindo-as.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>32</p><p>https://www.pensador.com/frase/MjI1NDA1NA/</p><p>Resultados das avaliações externas comprovam que a maioria dos jovens tem dificuldade para estabelecer</p><p>relações lógico-discursivas nos textos. Alguns estudos apontam que essa dificuldade pode estar associada à natureza</p><p>dos textos produzidos para as redes sociais e mensagens instantâneas, pois geralmente esses textos são marcados</p><p>pela justaposição, ou seja, uma frase é colocada em seguida da outra, sem ligações hierárquicas.</p><p>Portanto, é importante trabalhar atividades que estimulem os estudantes a pensar como alguns termos interferem</p><p>na construção de sentido de uma ideia. Apresente aos alunos questões com frases e lacunas a serem preenchidas com</p><p>mais de uma possibilidade, podendo causar mudança no significado.</p><p>Também é válido trabalhar situações para os alunos utilizarem articuladores pouco convencionais, como forma de</p><p>instigar a reflexão acerca dos usos desses elementos para melhorar a coerência do texto.Sugerimos, como intervenção,</p><p>a visita ao site da Olimpíada de Língua Portuguesa, no endereço: https://www.escrevendoofuturo.org.br/concurso. No</p><p>site, é possível ter acesso a atividades que trabalham o uso dos elementos coesivos de forma lúdica, através de jogos e</p><p>outros recursos.</p><p>Saber S18 - Reconhecer o sentido do texto e suas partes sem a presença de marcas coesivas.</p><p>Habilidade S18.H03 - Compreender o sentido do texto e suas partes sem a presença de marcas coesivas</p><p>a partir da temática central em textos verbais pertencentes a gêneros simples</p><p>predominantemente narrativos, descritivos ou da ordem do relatar (ex.: fábula, lenda,</p><p>classificados, nota ou cupom fiscal, apresentação de seres/lugares/objetos, notícia, diário</p><p>íntimo, biografia etc.).</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>O que mais você quer?</p><p>Era uma festa familiar, dessas que reúnem tios, primos, avós e alguns agregados ocasionais que ninguém conhece</p><p>direito. Jogada no sofá, uma garota não estava lá muito sociável, a cara era de enterro. Quieta, olhava para a parede</p><p>como se ali fosse encontrar a resposta para a pergunta que certamente martelava em sua cabeça: o que estou</p><p>fazendo aqui? De soslaio, flagrei a mãe dela também observando a cena, inconsolável, ao mesmo tempo em que</p><p>comentava com uma tia: "Olha pra essa menina. Sempre com essa cara. Nunca está feliz. Tem emprego, marido,</p><p>filho. O que ela pode querer mais?"</p><p>(...)</p><p>Martha Medeiros</p><p>MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008. (Adaptado)</p><p>O trecho: “Tem emprego, marido, filho” dá ao texto um sentido de</p><p>A) fuga.</p><p>B) rotina.</p><p>C) sofrimento.</p><p>D) medo.</p><p>E) plenitude.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) O aluno que marcou essa alternativa pode ter baseado-se em “Jogada no sofá, uma garota não estava lá muito</p><p>sociável". Entretanto, o trecho do comando não indica um sentido de fuga.</p><p>B) O aluno que marcou essa alternativa, extrapolou</p><p>o sentido do texto e pode ter pensando que ter emprego, filhos e</p><p>marido indicaria uma rotina da personagem. Entretanto, essa alternativa é um distrator.</p><p>C) O aluno que marcou essa alternativa pode ter se baseado no texto há um sofrimento subjacente, mas o que o</p><p>comando solicita é a interpretação do conjunto das palavras dispostas no trecho.</p><p>33</p><p>https://www.escrevendoofuturo.org.br/concurso</p><p>https://www.pensador.com/autor/martha_medeiros/</p><p>D) O aluno que marcou essa alternativa pode ter se baseado nas circunstâncias familiares que tomam parte na vida</p><p>da protagonista da história. Entretanto, isso não está relacionado com o trecho em questão.</p><p>E) Gabarito.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>Essa habilidade é sobre compreender o sentido do texto e suas partes sem a presença de marcas coesivas a partir da</p><p>temática central em textos verbais pertencentes a gêneros simples predominantemente narrativos, descritivos ou da</p><p>ordem do relatar. Trouxemos um texto narrativo, em que pedimos para o aluno perceber o encontro de palavras de um</p><p>mesmo léxico: “Tem emprego, marido, filho”. Para trabalhar isso com os seus alunos indicamos o livro Território das</p><p>Palavras, de Irandé Antunes.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Ensinar alunos a reconhecer o sentido do texto e suas partes sem a presença de marcas coesivas pode ser um desafio,</p><p>mas existem várias estratégias que podem ser eficazes:</p><p>1. Leitura Atenta e Análise de Conteúdo</p><p>● Leitura em Voz Alta: Peça aos alunos que leiam o texto em voz alta. Isso pode ajudá-los a perceber a fluência e</p><p>o ritmo do texto.</p><p>● Perguntas de Compreensão: Faça perguntas que incentivem os alunos a pensar sobre o significado geral do</p><p>texto, identificando ideias principais e secundárias.</p><p>2. Contexto e Inferência</p><p>● Uso de Contexto: Ensine os alunos a usar o contexto para inferir o significado de partes do texto que não são</p><p>explicitamente ligadas por marcas coesivas.</p><p>● Atividades de Inferência: Proponha atividades em que os alunos precisem inferir informações implícitas com</p><p>base no que está explícito no texto.</p><p>3. Estrutura e Organização do Texto</p><p>● Mapeamento de Ideias: Incentive os alunos a criar mapas mentais ou esquemas que representem a</p><p>organização das ideias no texto.</p><p>● Identificação de Estrutura: Ensine-os a identificar a estrutura típica de certos tipos de texto (narrativo,</p><p>argumentativo, expositivo), o que pode ajudar a prever e reconhecer partes do texto mesmo sem coesão</p><p>explícita.</p><p>4. Reconhecimento de Padrões Textuais</p><p>● Modelos de Textos: Apresente diferentes tipos de textos e discuta como eles são organizados, destacando</p><p>padrões comuns de desenvolvimento de ideias.</p><p>● Comparação de Textos: Compare textos que utilizam muitas marcas coesivas com aqueles que não as</p><p>utilizam, discutindo como a coesão pode ser percebida de outras formas.</p><p>5. Vocabulário e Conhecimento Prévio</p><p>● Construção de Vocabulário: Amplie o vocabulário dos alunos para que eles possam entender e fazer conexões</p><p>entre palavras e ideias.</p><p>● Ativação do Conhecimento Prévio: Ajude os alunos a conectar o conteúdo do texto com seus conhecimentos</p><p>prévios, o que pode facilitar a compreensão mesmo sem marcas coesivas.</p><p>6. Prática e Feedback</p><p>34</p><p>● Exercícios Práticos: Proporcione exercícios regulares onde os alunos pratiquem a leitura e compreensão de</p><p>textos sem coesão explícita.</p><p>● Feedback Constante: Forneça feedback específico e construtivo para ajudar os alunos a melhorar suas</p><p>habilidades de compreensão.</p><p>7. Discussões em Grupo</p><p>● Trabalho Colaborativo: Organize discussões em grupo onde os alunos possam compartilhar suas</p><p>interpretações do texto e discutir como chegaram a essas conclusões.</p><p>● Debates e Perguntas: Promova debates e encoraje os alunos a fazer perguntas uns aos outros sobre o texto,</p><p>promovendo uma compreensão mais profunda através do diálogo.</p><p>Exemplos Práticos</p><p>● Estudo de Casos: Use textos reais onde as marcas coesivas são mínimas e analise-os em conjunto com a</p><p>turma, identificando as ideias principais e como elas se conectam implicitamente.</p><p>● Reescrita de Textos: Peça aos alunos para reescrever partes do texto, adicionando suas próprias marcas</p><p>coesivas e discutindo como isso altera a compreensão.</p><p>Essas estratégias podem ajudar os alunos a desenvolver uma compreensão mais profunda e autônoma dos textos,</p><p>mesmo na ausência de marcas coesivas explícitas. Para mais informações sobre o assunto, acessar o Material</p><p>Estruturado de Língua Portuguesa no link a seguir:</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad18-professor-AVACED.pdf</p><p>Saber S19 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou</p><p>expressões.</p><p>Habilidade S19.H01 - Compreender o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou</p><p>expressões conotativas em textos verbais pertencentes a gêneros simples, ou</p><p>multissemióticos em geral, de qualquer sequência discursiva predominante.</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>EMERGÊNCIA</p><p>(Luiz Fernando Veríssimo)</p><p>É fácil identificar o passageiro de primeira viagem.</p><p>É o que já entra no avião desconfiado.</p><p>O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão.</p><p>— Bom dia...</p><p>— Como assim?</p><p>Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta.</p><p>Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado.</p><p>Tem dificuldades com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo.</p><p>Confidência para o passageiro ao lado:</p><p>— Não encontro o buraquinho. Não tem buraquinho?</p><p>Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto.</p><p>Comenta, com um falso riso descontraído: “Até aqui, tudo bem.”</p><p>O passageiro ao lado explica que o avião ainda está parado, mas ele não ouve.</p><p>A aeromoça vem lhe oferecer um jornal, mas ele recusa:</p><p>— Obrigado, não bebo.</p><p>Quando o avião começa a correr pela pista antes de levantar voo, ele é aquele com os olhos arregalados e a</p><p>expressão de “Santa Mãe do Céu!” no rosto.</p><p>Com o avião no ar, dá uma espiada pela janela e se arrepende.</p><p>É a última espiada que dará pela janela.</p><p>Mas o pior está por vir.</p><p>35</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad18-professor-AVACED.pdf</p><p>De repente, ouve uma misteriosa voz descarnada.</p><p>Olha para todos os lados para descobrir de onde sai a voz.</p><p>"Senhores passageiros, sua atenção, por favor.</p><p>A seguir, nosso pessoal de bordo fará uma demonstração de rotina do sistema de segurança deste aparelho.</p><p>Há saídas de emergência na frente, nos dois lados e atrás."</p><p>— Emergência?? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada de emergência. Olha,</p><p>no meu é sem emergência.</p><p>Uma das aeromoças, de pé ao seu lado, tenta acalmá-lo.</p><p>— Isto é apenas rotina, cavalheiro.</p><p>— Odeio a rotina. Aposto que você diz isso para todos. Ai, meu santo.</p><p>"No caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de seus</p><p>compartimentos."</p><p>— Que história é essa?? Que despressurização? Que cabine?</p><p>"Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio. Coloque a máscara sobre o rosto e</p><p>respire normalmente."</p><p>Respirar normalmente?! A cabine despressurizada, máscara de oxigênio caindo sobre nossas cabeças - e ela</p><p>quer que a gente respire normalmente?!</p><p>"Em caso de pouso forçado na água..."</p><p>— O que??!!</p><p>"...os assentos de suas cadeiras são flutuantes e podem ser levados para fora do aparelho e...”</p><p>— Essa não!! Tudo, menos bancos flutuantes!</p><p>— Calma, cavalheiro.</p><p>— Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem!</p><p>— Cavalheiro, por favor. Fique calmo.</p><p>— Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa e, não sei por que, está tentando arrancar as minhas</p><p>mãos do pescoço deste cavalheiro ao meu lado. Que, aliás, também parece consternado e levemente azul.</p><p>— Calma! Isso. Pronto. Fique tranquilo. Não vai acontecer nada.</p><p>— Só não quero mais ouvir falar em banco flutuante.</p><p>— Correto. Ninguém mais vai falar em banco flutuante.</p><p>Ele se vira para o passageiro ao lado, que tenta desesperadamente recuperar a respiração, e pede desculpas.</p><p>Perdeu a cabeça.</p><p>— É que banco flutuante foi demais.</p><p>Imagine só. Todo mundo flutuando sentado. Fazendo sala no meio do</p><p>Oceano Atlântico!</p><p>A aeromoça diz que lhe vai trazer um calmante e aí mesmo é que ele dá um pulo:</p><p>— Calmante, por que?? O que é que está acontecendo? Vocês estão me escondendo alguma coisa!</p><p>Finalmente, a muito custo, conseguem acalmá-lo. Ele fica rígido na cadeira. Recusa tudo que lhe é oferecido.</p><p>Não quer o almoço.</p><p>Pergunta se pode receber a sua comida em dinheiro. Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir.</p><p>Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando a portinha do compartimento sobre sua cabeça,</p><p>de onde, a qualquer momento, pode pular uma máscara de oxigênio e matá-lo do coração.</p><p>De repente, outra voz. Desta vez é a do comandante.</p><p>— Senhores passageiros, aqui fala o comandante Araújo. Neste momento, à nossa direita, podemos ver a</p><p>cidade de...</p><p>Ele pula outra vez da cadeira e grita para a cabina do piloto:</p><p>— OLHA PRA FRENTE, ARAÚJO!!! OLHA PRA FRENTE!!!</p><p>Disponível em: https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/. Acesso em: 18/09/2022.</p><p>O termo destacado “De repente, ouve uma misteriosa voz descarnada” (20° parágrafo) tem o efeito de</p><p>A) Criar um clima de tensão e mistério, destacando o medo do passageiro em relação à situação de voo.</p><p>B) Descrever a rotina dos comissários de bordo durante o voo com seus passageiros.</p><p>C) Enfatizar a segurança e as medidas preventivas tomadas pela companhia aérea durante o voo.</p><p>D) Chamar a atenção dos passageiros para ouvirem as medidas de proteção durante o voo.</p><p>E) Mostrar a eficiência dos procedimentos de emergência em caso de uma situação de perigo.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Gabarito.</p><p>36</p><p>https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/</p><p>B) Interpretou erroneamente a intenção do autor ao focar na rotina dos comissários de bordo em vez do estado</p><p>emocional do passageiro.</p><p>C) Focalizou de maneira incorreta a mensagem do texto, interpretando o foco como sendo a segurança e as medidas</p><p>preventivas da companhia aérea.</p><p>D) Erroneamente interpretou que a frase está enfatizando a importância das instruções de segurança, ao invés de o</p><p>efeito da expressão no passageiro.</p><p>E) Interpretou incorretamente a intenção do autor, assumindo que o foco está na eficiência dos procedimentos de</p><p>emergência.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>Esse item é uma excelente oportunidade para trabalhar a compreensão e interpretação de textos literários,</p><p>articulando diretamente com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). A habilidade aqui envolvida está relacionada à</p><p>interpretação dos efeitos de sentido produzidos por escolhas lexicais e estruturas narrativas. De acordo com a BNCC,</p><p>espera-se que os alunos consigam compreender como a linguagem constrói significados, emoções e atmosferas em</p><p>textos diversos.</p><p>Ao analisar a frase “De repente, ouve uma misteriosa voz descarnada”, o estudante deve ser capaz de perceber</p><p>como o autor, Luiz Fernando Veríssimo, utiliza essa expressão para criar um efeito de tensão e mistério, alinhando-se ao</p><p>medo do personagem em relação à situação de voo. Esse tipo de análise é crucial para o desenvolvimento da</p><p>competência leitora, que envolve a capacidade de interpretar e relacionar informações implícitas e explícitas no texto.</p><p>Além disso, esse tipo de questão promove uma reflexão sobre o uso da linguagem figurada e seu impacto no</p><p>leitor, fortalecendo a competência de análise textual. Portanto, ao explorar essa habilidade, os professores devem</p><p>estimular os alunos a identificar e refletir sobre as intenções do autor e os efeitos de sentido que suas escolhas</p><p>linguísticas provocam, contribuindo para uma leitura mais crítica e aprofundada dos textos.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professor(a),</p><p>Para ajudar os estudantes que tiveram dificuldade com o item, uma sugestão é a leitura do livro "Comédias para</p><p>se Ler na Escola", de Luis Fernando Verissimo. A leitura desse livro pode proporcionar uma maior familiaridade com o</p><p>estilo de escrita de Verissimo e a maneira como ele utiliza o humor e o exagero para construir suas narrativas.</p><p>Propomos ainda uma atividade a ser desenvolvida com o objetivo de desenvolver a habilidade de interpretação de</p><p>texto e compreensão dos efeitos de sentido provocados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos em crônicas</p><p>humorísticas.</p><p>Atividade:</p><p>1. Divisão em Grupos: Divida a turma em pequenos grupos e distribua diferentes crônicas de Luis</p><p>Fernando Verissimo, com preferência por textos curtos e que utilizem humor e ironia, como</p><p>"Emergência".</p><p>2. Leitura e Discussão: Cada grupo deve ler a crônica escolhida e discutir os principais elementos</p><p>humorísticos e as intenções do autor. Incentive os alunos a identificarem trechos onde o humor é criado</p><p>por meio da escolha de palavras, diálogos e situações absurdas.</p><p>3. Dramatização: Cada grupo deve criar uma pequena dramatização da crônica lida. Eles devem prestar</p><p>atenção em como reproduzir o humor e a tensão presentes no texto. Os alunos devem se preocupar em</p><p>transmitir o clima criado por Verissimo, seja ele de humor, tensão ou mistério.</p><p>4. Apresentação: Os grupos apresentam suas dramatizações para a turma. Após cada apresentação,</p><p>abra um espaço para discussões sobre como cada grupo interpretou e representou o texto, focando nos</p><p>elementos de humor e nos efeitos de sentido.</p><p>5. Reflexão: Conduza uma reflexão coletiva sobre como os recursos linguísticos e estilísticos de Verissimo</p><p>foram utilizados para provocar determinados efeitos de sentido nos leitores. Discuta como o uso de</p><p>expressões como “misteriosa voz descarnada” contribui para criar a atmosfera da narrativa.</p><p>Essa atividade oferece uma maneira dinâmica e envolvente de compreender os textos de Verissimo, focando na</p><p>identificação e interpretação dos recursos linguísticos que ele utiliza para criar humor e tensão.</p><p>Saber S20 - Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.</p><p>37</p><p>Habilidade S20.H05 - Detectar o efeito de sentido decorrente do emprego do ponto de interrogação como</p><p>recurso para expressar dúvida, pergunta retórica ou reflexão em textos verbais ou</p><p>multissemióticos em geral de qualquer sequência discursiva predominante.</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Acesso em:11-junho-2024. Disponível em:<http://www.ivancabral.com/2014/05/charge-do-dia-consumismo.html></p><p>No texto, o uso do ponto de interrogação demonstra</p><p>A) dúvida, pois ela pergunta onde ocorre o queima.</p><p>B) ênfase, pois o homem tenta parar a mulher a qualquer custo.</p><p>C) raiva, pois a mulher se indigna com o homem.</p><p>D) descrença, pois ela deixa claro que não acredita no fato.</p><p>E) euforia, evidenciada na sua alegria e compulsão por compras.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, compreende o valor semântico do ponto de</p><p>interrogação, porém não interpretou todo o contexto.</p><p>B) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, não compreendeu o comando da questão, também</p><p>focou especificamente na imagem do homem.</p><p>C) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, não compreendeu a interrogação, além disso criou uma</p><p>opinião própria, não se ligando ao contexto.</p><p>D) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, manteve o foco na primeira frase proferida pela mulher,</p><p>desconsiderando as demais partes do texto.</p><p>E) Gabarito.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O item que utiliza uma interrogação para mostrar a euforia da mulher em fazer compras se alinha com a</p><p>habilidade S20.H05, que visa detectar o efeito de sentido decorrente do emprego do ponto de interrogação como</p><p>recurso para expressar dúvida, pergunta retórica ou reflexão. Essa habilidade é essencial para a compreensão de textos</p><p>38</p><p>http://www.ivancabral.com/2014/05/charge-do-dia-consumismo.html</p><p>verbais ou multissemióticos, pois o ponto de interrogação pode alterar significativamente o sentido de uma frase,</p><p>acrescentando nuances de dúvida, euforia, ironia ou reflexão.</p><p>No caso específico do item mencionado, demonstra como o ponto de interrogação pode ir além de sua função</p><p>tradicional de marcar uma</p><p>pergunta direta, sendo utilizado para transmitir emoções e estados de espírito. Quando a</p><p>mulher, no contexto do texto, usa uma interrogação para expressar sua euforia, o autor está utilizando esse sinal de</p><p>pontuação para enfatizar a intensidade da emoção que a personagem está sentindo.</p><p>Ao articular essa habilidade com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), observamos que a competência</p><p>leitora é fundamental para o desenvolvimento integral dos estudantes. A BNCC enfatiza a importância de os alunos</p><p>interpretarem e produzirem textos em diferentes gêneros e mídias, compreendendo os variados recursos linguísticos e</p><p>estilísticos empregados. No caso da habilidade S20.H05, o foco é capacitar os alunos a entenderem como o ponto de</p><p>interrogação pode ser um recurso expressivo, enriquecendo a comunicação e a interpretação textual.</p><p>Trabalhar com itens que exploram o uso do ponto de interrogação para transmitir euforia, dúvida ou reflexão ajuda</p><p>os alunos a desenvolverem uma leitura mais crítica e sensível, percebendo as intenções do autor e as emoções das</p><p>personagens. Além disso, essa habilidade contribui para a produção textual, pois os estudantes aprendem a utilizar os</p><p>recursos de pontuação de maneira mais consciente e eficaz, enriquecendo suas próprias narrativas e argumentos.</p><p>Essa competência também está alinhada com os objetivos da área de Linguagens da BNCC, que visam ao</p><p>desenvolvimento da capacidade de compreensão, interpretação e produção de textos, permitindo que os alunos se</p><p>tornem leitores críticos e produtores competentes.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professor(a),</p><p>Para auxiliar os alunos que ainda sentem dificuldade em compreender a vastidão de sentidos que o ponto de</p><p>interrogação pode exercer, proponha uma atividade prática de análise e produção textual, complementada por uma</p><p>leitura direcionada.</p><p>Leitura Direcionada:</p><p>A leitura do livro "Fala Sério, Mãe!" de Thalita Rebouças pode ser uma alternativa para esta proposta de atividade. Este</p><p>livro é composto por uma série de histórias que retratam, de forma humorística e envolvente, a relação entre uma mãe e</p><p>sua filha ao longo dos anos. A autora faz uso frequente de pontos de interrogação para expressar dúvidas, perguntas</p><p>retóricas e reflexões, proporcionando um ótimo material para análise.</p><p>Atividade Prática:</p><p>1. Análise de Textos: Após a leitura de alguns trechos selecionados de "Fala Sério, Mãe!", os alunos devem</p><p>identificar e anotar todas as ocorrências de pontos de interrogação. Em seguida, em grupos, eles discutem e</p><p>classificam o uso de cada interrogação, determinando se ela expressa dúvida, pergunta retórica ou reflexão.</p><p>Essa discussão ajuda os alunos a perceberem como a pontuação contribui para o tom e o sentido do texto.</p><p>2. Produção Textual: A partir de situações cotidianas, os alunos devem criar pequenos textos narrativos ou</p><p>diálogos em que utilizem pontos de interrogação para diferentes propósitos. Por exemplo, podem escrever uma</p><p>cena de um adolescente pedindo algo aos pais, um debate acalorado entre amigos, ou uma reflexão pessoal</p><p>sobre um tema relevante. O objetivo é que os alunos pratiquem a variação do uso do ponto de interrogação e</p><p>observem seu impacto no texto.</p><p>3. Leitura e Discussão em Sala: Cada grupo compartilha um trecho de sua produção com a classe, destacando</p><p>o uso do ponto de interrogação. A classe discute como o uso dessa pontuação influenciou a interpretação do</p><p>texto e quais emoções ou intenções foram transmitidas através dela.</p><p>4. Reflexão Escrita: Como tarefa de casa, os alunos escrevem uma breve reflexão sobre o que aprenderam com</p><p>a atividade. Devem explicar como a compreensão do uso do ponto de interrogação pode melhorar sua leitura e</p><p>escrita, e fornecer exemplos concretos de como pretendem aplicar esse conhecimento em futuras produções</p><p>textuais.</p><p>Esta abordagem prática e interativa, combinada com a leitura de um material envolvente como "Fala Sério, Mãe!",</p><p>permite aos alunos desenvolver uma compreensão mais profunda e versátil do uso do ponto de interrogação. Ao</p><p>analisarem exemplos reais e aplicarem o conhecimento em suas próprias produções, os alunos reforçam seu</p><p>aprendizado de maneira significativa e contextualizada, alinhada aos objetivos da BNCC para o desenvolvimento de</p><p>competências de leitura e escrita.</p><p>Para auxiliar nesse momento, você pode utilizar as dicas sobre este conteúdo em: https://youtu.be/bHuWIkiAnzQ</p><p>39</p><p>https://youtu.be/bHuWIkiAnzQ</p><p>Saber S20 - Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.</p><p>Habilidade S20.H07 - Identificar efeitos de sentido decorrentes do uso de aspas, como recurso para</p><p>expressar ironia, sarcasmo, insinuação, licença poética e ética, bem como para marcar gírias</p><p>ou estrangeirismos em textos verbais ou multissemióticos em geral, de qualquer sequência</p><p>discursiva predominante.</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Acesso em:11-junho-2024. Disponível</p><p>em:<https://www.passeidireto.com/pergunta/95169259/de-acordo-com-a-charge-e-as-discussoes-em-sala-de-aula-quais-relacoes-</p><p>podemos-fa></p><p>Qual o efeito de sentido produzido pelo uso das aspas em “superior” no texto?</p><p>A) Sarcasmo frente à forma como a criança olha para o homem.</p><p>B) Dúvida, demonstrada também pelo rosto da criança.</p><p>C) Receio de usar a gíria “superior” de maneira adequada.</p><p>D) Preocupação por causa do machismo que ainda persiste na sociedade.</p><p>E) Ironia frente ao fato de que o homem é considerado superior à mulher.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, compreende que, por vezes, o valor semântico das</p><p>aspas pode sugerir um sarcasmo, porém, neste caso, o sarcasmo não acontece devido à forma que a criança olha</p><p>para o homem.</p><p>B) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, não compreendeu o comando da questão, também,</p><p>focou na aparência da criança.</p><p>C) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, não compreendeu o valor das aspas, além disso focou</p><p>em uma das funções das aspas, que é marcar o uso de uma gíria, sobretudo em contexto de uso da linguagem</p><p>padrão.</p><p>D) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, levou em consideração seu raciocínio particular e, não</p><p>entendendo o uso das aspas, considerou preocupante a existência do machismo.</p><p>E) Gabarito.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O item que solicita o uso das aspas na palavra "superior" para demonstrar ironia é um exemplo da habilidade</p><p>S20.H07, que é identificar os efeitos de sentido decorrentes do uso de aspas. Este item é particularmente relevante pois</p><p>ilustra como as aspas podem transformar o significado de uma palavra, adicionando uma camada de complexidade que</p><p>requer uma leitura atenta e crítica por parte dos estudantes.</p><p>40</p><p>https://www.passeidireto.com/pergunta/95169259/de-acordo-com-a-charge-e-as-discussoes-em-sala-de-aula-quais-relacoes-podemos-fa</p><p>https://www.passeidireto.com/pergunta/95169259/de-acordo-com-a-charge-e-as-discussoes-em-sala-de-aula-quais-relacoes-podemos-fa</p><p>Neste caso específico, as aspas em torno da palavra "superior" sugerem que o autor está utilizando a palavra de</p><p>maneira irônica, insinuando que o que está sendo descrito como "superior" na verdade não é superior. Esse uso de</p><p>aspas serve para alertar o leitor de que há um descompasso entre o sentido literal da palavra e a intenção do autor, que</p><p>está questionando ou criticando o status atribuído ao termo.</p><p>No contexto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), essa habilidade é crucial para o desenvolvimento da</p><p>competência leitora dos alunos, particularmente no que diz respeito à análise crítica e reflexiva dos textos. A BNCC</p><p>destaca a importância de os alunos serem capazes de interpretar e avaliar diferentes recursos linguísticos e suas</p><p>funções nos textos. Ao aprenderem a identificar o uso irônico das aspas, os alunos estão desenvolvendo a capacidade</p><p>de reconhecer nuances e subtextos, habilidades fundamentais para a compreensão profunda de textos verbais e</p><p>multissemióticos.</p><p>Além disso, a capacidade de identificar e interpretar a ironia é um componente essencial do</p><p>pensamento crítico.</p><p>Os alunos não só aprendem a entender o que está sendo dito explicitamente, mas também a inferir o que está sendo</p><p>insinuado ou criticado. Isso amplia sua capacidade de engajamento com textos de maneira mais sofisticada e</p><p>consciente.</p><p>O uso de aspas para ironia também conecta os alunos com a compreensão dos diferentes tons e vozes que os</p><p>autores podem adotar. Este reconhecimento é vital para a apreciação de estilos literários e para a produção de textos</p><p>eficazes. Ao perceberem como as aspas podem ser usadas para alterar o tom de uma palavra ou frase, os alunos</p><p>podem aplicar esse conhecimento em suas próprias escritas, seja para expressar ironia, sarcasmo, ou para marcar a</p><p>distinção de gírias e estrangeirismos.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professor(a),</p><p>Para auxiliar os alunos que têm dificuldade em compreender a vasta gama de sentidos que o uso das aspas pode</p><p>transmitir, uma proposta interessante é a leitura de contos e crônicas de autores conhecidos por sua habilidade em</p><p>utilizar a ironia, o sarcasmo e outras nuances expressivas. Textos de autores como Machado de Assis, Luis Fernando</p><p>Verissimo e Clarice Lispector são excelentes recursos. Em particular, as crônicas de Luis Fernando Verissimo são ricas</p><p>em exemplos de ironia e sarcasmo, frequentemente utilizando aspas para destacar essas nuances.</p><p>Uma atividade prática que pode complementar essa leitura é a análise colaborativa de textos. O professor pode</p><p>selecionar passagens específicas em que as aspas são usadas para expressar ironia, sarcasmo, insinuações ou marcar</p><p>gírias e estrangeirismos. Durante a leitura em sala de aula, os alunos podem ser divididos em pequenos grupos e cada</p><p>grupo recebe um trecho diferente. Cada grupo deve analisar e discutir o efeito das aspas naquele trecho específico,</p><p>focando em como elas mudam o sentido da palavra ou frase e qual é a intenção do autor ao usá-las.</p><p>Após a discussão em grupos, os alunos podem compartilhar suas análises com a classe, permitindo uma</p><p>comparação de diferentes usos das aspas e seus efeitos de sentido. Essa atividade promove a interação e o debate,</p><p>ajudando os alunos a perceberem as sutilezas do uso das aspas em diversos contextos.</p><p>Outra atividade complementar é a produção de textos próprios pelos alunos, onde eles são incentivados a utilizar</p><p>as aspas para criar efeitos específicos. Essa prática ativa reforça o aprendizado ao permitir que os alunos apliquem o</p><p>conhecimento de maneira criativa.</p><p>Para enriquecer ainda mais a compreensão, o professor pode apresentar vídeos ou entrevistas com os autores</p><p>dos textos lidos, quando disponíveis, em que eles discutem seu processo criativo e como utilizam recursos como as</p><p>aspas para criar determinados efeitos em suas obras. Esses recursos multimodais podem ajudar os alunos a verem o</p><p>uso das aspas em um contexto mais amplo e dinâmico, facilitando a compreensão e aplicação desse recurso linguístico</p><p>em suas leituras e produções textuais.</p><p>Essas estratégias, alinhadas com os objetivos da BNCC, não só melhoram a capacidade de identificar e</p><p>interpretar o uso das aspas, mas também desenvolvem habilidades críticas e criativas essenciais para a formação de</p><p>leitores e escritores proficientes.</p><p>Saber S21 - Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos estilísticos e morfossintáticos.</p><p>Habilidade S21.H06 - Identificar o uso primordial de sinais de pontuação que indicam pausas ou</p><p>interrupções entre unidades de forma e sentido (ponto final, reticência, vírgula, dois pontos e</p><p>ponto-vírgula) em texto</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>41</p><p>EMERGÊNCIA</p><p>(Luiz Fernando Veríssimo)</p><p>É fácil identificar o passageiro de primeira viagem.</p><p>É o que já entra no avião desconfiado.</p><p>O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão.</p><p>— Bom dia...</p><p>— Como assim?</p><p>Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta.</p><p>Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado.</p><p>Tem dificuldades com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo.</p><p>Confidência para o passageiro ao lado:</p><p>— Não encontro o buraquinho. Não tem buraquinho?</p><p>Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto.</p><p>Comenta, com um falso riso descontraído: “Até aqui, tudo bem.”</p><p>O passageiro ao lado explica que o avião ainda está parado, mas ele não ouve.</p><p>A aeromoça vem lhe oferecer um jornal, mas ele recusa:</p><p>— Obrigado, não bebo.</p><p>Quando o avião começa a correr pela pista antes de levantar voo, ele é aquele com os olhos arregalados e a</p><p>expressão de “Santa Mãe do Céu!” no rosto.</p><p>Com o avião no ar, dá uma espiada pela janela e se arrepende.</p><p>É a última espiada que dará pela janela.</p><p>Mas o pior está por vir.</p><p>De repente, ouve uma misteriosa voz descarnada.</p><p>Olha para todos os lados para descobrir de onde sai a voz.</p><p>"Senhores passageiros, sua atenção, por favor.</p><p>A seguir, nosso pessoal de bordo fará uma demonstração de rotina do sistema de segurança deste aparelho.</p><p>Há saídas de emergência na frente, nos dois lados e atrás."</p><p>— Emergência?? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada de emergência. Olha,</p><p>no meu é sem emergência.</p><p>Uma das aeromoças, de pé ao seu lado, tenta acalmá-lo.</p><p>— Isto é apenas rotina, cavalheiro.</p><p>— Odeio a rotina. Aposto que você diz isso para todos. Ai, meu santo.</p><p>"No caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de seus</p><p>compartimentos."</p><p>— Que história é essa?? Que despressurização? Que cabine?</p><p>"Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio. Coloque a máscara sobre o rosto e</p><p>respire normalmente."</p><p>Respirar normalmente?! A cabine despressurizada, máscara de oxigênio caindo sobre nossas cabeças - e ela</p><p>quer que a gente respire normalmente?!</p><p>"Em caso de pouso forçado na água..."</p><p>— O que??!!</p><p>"...os assentos de suas cadeiras são flutuantes e podem ser levados para fora do aparelho e...”</p><p>— Essa não!! Tudo, menos bancos flutuantes!</p><p>— Calma, cavalheiro.</p><p>— Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem!</p><p>— Cavalheiro, por favor. Fique calmo.</p><p>— Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa e, não sei por que, está tentando arrancar as minhas</p><p>mãos do pescoço deste cavalheiro ao meu lado. Que, aliás, também parece consternado e levemente azul.</p><p>— Calma! Isso. Pronto. Fique tranquilo. Não vai acontecer nada.</p><p>— Só não quero mais ouvir falar em banco flutuante.</p><p>— Correto. Ninguém mais vai falar em banco flutuante.</p><p>Ele se vira para o passageiro ao lado, que tenta desesperadamente recuperar a respiração, e pede desculpas.</p><p>Perdeu a cabeça.</p><p>— É que banco flutuante foi demais. Imagine só. Todo mundo flutuando sentado. Fazendo sala no meio do</p><p>Oceano Atlântico!</p><p>A aeromoça diz que lhe vai trazer um calmante e aí mesmo é que ele dá um pulo:</p><p>— Calmante, por que?? O que é que está acontecendo? Vocês estão me escondendo alguma coisa!</p><p>Finalmente, a muito custo, conseguem acalmá-lo. Ele fica rígido na cadeira. Recusa tudo que lhe é oferecido.</p><p>Não quer o almoço.</p><p>Pergunta se pode receber a sua comida em dinheiro. Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir.</p><p>42</p><p>Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando a portinha do compartimento sobre sua cabeça,</p><p>de onde, a qualquer momento, pode pular uma máscara de oxigênio e matá-lo do coração.</p><p>De repente, outra voz. Desta vez é a do comandante.</p><p>— Senhores passageiros, aqui fala o comandante Araújo. Neste momento, à nossa direita, podemos ver a</p><p>cidade de...</p><p>Ele pula outra vez da cadeira e grita para a cabina do piloto:</p><p>— OLHA PRA FRENTE, ARAÚJO!!! OLHA PRA FRENTE!!!</p><p>Disponível em: https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/. Acesso em: 18/09/2022.</p><p>A repetição do termo “emergência” em “— Emergência?? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém</p><p>falou nada de emergência. Olha, no meu é sem emergência. (24º parágrafo), sugere que o passageiro</p><p>A) demonstra uma incapacidade de entender o que está acontecendo por estar assustado.</p><p>B) está irritado com a aeromoça por não ter informado previamente sobre a emergência.</p><p>C) está tentando fazer uma piada com a situação para aliviar</p><p>o seu próprio medo.</p><p>D) está desconfiado que a palavra “emergência” está sendo usada para enganar os passageiros.</p><p>E) acha que a informação sobre a emergência está sendo passada erroneamente.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Gabarito.</p><p>B) Embora o passageiro esteja confuso, o texto não sugere que ele esteja irritado especificamente com a aeromoça,</p><p>mas sim que está perdido e assustado com a nova informação sobre a emergência.</p><p>C) O passageiro não está fazendo piadas, mas sim expressando sua frustração e medo genuínos. A repetição do</p><p>termo "emergência" reflete sua confusão e pânico, não um esforço para aliviar o medo com humor.</p><p>D) O passageiro não está sugerindo que a palavra "emergência" é uma forma de engano, mas sim que não entende a</p><p>situação e está sobrecarregado pela informação.</p><p>E) O texto não sugere que o passageiro acredita que a informação foi inserida erroneamente. Em vez disso, ele está</p><p>confuso e aterrorizado com o conceito de emergência, que é inesperado para ele.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O item proposto, que explora o efeito da repetição da palavra “emergência” no texto de Luiz Fernando Veríssimo,</p><p>é um exemplo eficaz para analisar a habilidade S21.H06, que enfoca o reconhecimento dos efeitos de sentido</p><p>decorrentes da repetição de vocábulos e expressões.</p><p>No contexto da BNCC, a habilidade S21.H06 busca desenvolver a capacidade dos estudantes de compreender</p><p>como a repetição de termos e expressões em textos pode alterar ou enfatizar o significado, contribuindo para a</p><p>construção da narrativa e a expressão de emoções ou ideias. No texto de Veríssimo, a repetição da palavra</p><p>“emergência” é uma ferramenta retórica que amplifica a sensação de pânico e confusão do passageiro de primeira</p><p>viagem. O efeito da repetição aqui é duplo: por um lado, acentua a ironia da situação, ao destacar o contraste entre a</p><p>percepção do passageiro e a normalidade dos procedimentos de segurança; por outro, intensifica o estado emocional do</p><p>personagem, evidenciando sua crescente ansiedade e falta de compreensão.</p><p>Essa técnica narrativa é uma forma eficaz de engajar os leitores, fazendo com que eles sintam a mesma confusão</p><p>e medo que o passageiro, além de proporcionar um insight mais profundo sobre como a linguagem pode moldar e</p><p>refletir a experiência humana. O reconhecimento e a análise desse efeito são essenciais para a compreensão de como</p><p>diferentes recursos linguísticos contribuem para a construção de sentido nos textos.</p><p>Portanto, ao explorar como a repetição é usada para criar efeitos específicos em um texto, os estudantes não</p><p>apenas desenvolvem habilidades de interpretação textual, mas também aprendem a apreciar a complexidade e a</p><p>sutileza da escrita. A BNCC valoriza essa abordagem, pois promove uma leitura mais crítica e reflexiva, essencial para a</p><p>formação de leitores e escritores competentes.</p><p>#FicaAdica</p><p>43</p><p>https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/</p><p>Professora (or),</p><p>Para auxiliar os alunos que ainda sentem dificuldade em compreender os efeitos de sentido decorrentes da repetição de</p><p>vocábulos e expressões, uma proposta de leitura e atividade é a seguinte:</p><p>Leitura Sugerida:</p><p>● Texto: “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto</p><p>○ Esse texto utiliza a repetição de certas palavras e expressões para intensificar sentimentos e reflexões</p><p>do narrador.</p><p>Descrição da Atividade:</p><p>1. Leitura e Discussão Inicial:</p><p>○ Divida a turma em grupos e distribua cópias do texto.</p><p>○ Cada grupo deve ler o texto em conjunto, destacando palavras e expressões repetidas.</p><p>○ Em seguida, promover uma discussão sobre o motivo da escolha dessas repetições pelo autor. Qual</p><p>efeito essas repetições produzem no leitor? Como elas contribuem para a construção do sentido do</p><p>texto?</p><p>2. Análise Comparativa:</p><p>○ Propor uma comparação entre o uso da repetição em “Morte e Vida Severina” e no texto “Emergência”</p><p>de Luiz Fernando Veríssimo.</p><p>○ Cada grupo deve listar as palavras e expressões repetidas em ambos os textos e discutir os efeitos de</p><p>sentido resultantes dessas repetições.</p><p>○ Solicitar que os grupos apresentem suas análises para a turma, destacando as semelhanças e</p><p>diferenças no uso da repetição por cada autor.</p><p>3. Criação de um Texto:</p><p>○ Pedir aos alunos que escrevam um pequeno texto narrativo ou uma crônica em que utilizem a repetição</p><p>de palavras ou expressões para criar um efeito específico (por exemplo, humor, tensão, ironia).</p><p>○ Incentivar os alunos a escolherem uma situação cotidiana e a exagerarem certos elementos por meio</p><p>da repetição.</p><p>Essa atividade não só reforça a habilidade específica da BNCC, mas também promove a colaboração, a criatividade e a</p><p>análise crítica entre os alunos, proporcionando uma compreensão mais rica e prática dos recursos linguísticos</p><p>estudados.</p><p>Saber S22 - Reconhecer os efeitos de humor e ironia.</p><p>Habilidade S22.H04 - Reconhecer efeitos de ironia em textos verbais, não verbais ou multissemióticos,</p><p>pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social, predominantemente</p><p>narrativos, descritivos ou da ordem do relatar (ex.: fábula, piada, lenda, bilhete, canção,</p><p>cardápio, classificados, notícia, diário íntimo, apresentação de seres/lugares/objetos etc.).</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Que País É Este</p><p>Legião Urbana</p><p>44</p><p>Nas favelas, no Senado</p><p>Sujeira pra todo lado</p><p>Ninguém respeita a Constituição</p><p>Mas todos acreditam no futuro da nação</p><p>Que país é esse?</p><p>Que país é esse?</p><p>Que país é esse?</p><p>No Amazonas, no Araguaia-ia-ia</p><p>Na Baixada Fluminense</p><p>Mato Grosso, Minas Gerais</p><p>E no Nordeste tudo em paz</p><p>Na morte, eu descanso</p><p>Mas o sangue anda solto</p><p>Manchando os papéis</p><p>Documentos fiéis</p><p>Ao descanso do patrão</p><p>Que país é esse?</p><p>Que país é esse?</p><p>Que país é esse?</p><p>Que país é esse?</p><p>Terceiro mundo se for</p><p>Piada no exterior</p><p>Mas o Brasil vai ficar rico</p><p>Vamos faturar um milhão</p><p>Quando vendermos todas as almas</p><p>Dos nossos índios num leilão</p><p>Que país é esse?</p><p>Que país é esse?</p><p>Que país é esse?</p><p>Que país é esse?</p><p>Disponível em: https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/46973/. Acesso em: 04 de julho de 2024.</p><p>A ironia na canção se deve ao fato do eu lírico</p><p>A) afirmar que todos acreditam no futuro da nação enquanto descreve uma realidade cheia de problemas e</p><p>corrupção.</p><p>B) destacar, através da repetição de “que país é esse?”, que há dúvidas sobre de qual país está sendo retratado.</p><p>C) descrever diversas regiões do Brasil sem deixar claro a qual delas a crítica da música é destinada.</p><p>D) afirmar que o país vai virar piada no exterior, pois a ironia, muitas vezes, gera humor nos textos.</p><p>E) dizer que “na morte, eu descanso”, sinalizando para uma contradição na letra da música.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Gabarito.</p><p>B) O aluno que marcou essa alternativa não compreendeu totalmente o efeito de ironia na canção.O fato de haver</p><p>repetição no texto não necessariamente o transforma em uma ironia.</p><p>C) O aluno que marcou essa alternativa não compreendeu completamente a ironia. Mencionar algumas regiões do</p><p>país não torna o texto irônico, o que revela desconhecimento por parte do aluno do que se trata a ironia.</p><p>D) O aluno que marcou essa alternativa não compreendeu o efeito de ironia na canção. Mencionar sobre virar piada</p><p>no país pode confundir o estudante por considerar que humor e ironia semelhantes.</p><p>E) O aluno que marcou essa alternativa não compreendeu totalmente a ironia na canção. A construção das ideias</p><p>entre a morte e o descanso podem gerar contradições a depender do ponto de vista, mas isso não garante uma</p><p>ironia ao texto.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>Este item requer que o estudante mobilize seus conhecimentos para o reconhecimento da ironia a partir de um</p><p>texto do gênero canção. Os elementos verbais e a crítica social implícita no texto exigem do aluno uma leitura mais</p><p>atenta e uma compreensão mais profunda para captar a ironia e o contraste entre a realidade descrita e a crença no</p><p>futuro da nação.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or), a ironia consiste em utilizar uma palavra ou expressão, atribuindo-lhe diferente sentido ou significado de</p><p>acordo com o contexto. Para consolidar as dificuldades dos</p><p>propósito dos</p><p>textos. Isso inclui o desenvolvimento de estratégias de leitura que permitam aos alunos localizar informações específicas</p><p>e entender como essas informações se relacionam com o todo do texto.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Para trabalhar a habilidade de localizar uma informação explícita em textos verbais predominantemente</p><p>expositivos, é fundamental criar um ambiente de leitura ativa e análise detalhada. Uma forma eficaz de começar é</p><p>selecionando textos expositivos simples, como verbetes de dicionário, enciclopédias, resumos de artigos científicos e</p><p>notas explicativas, que são claros e organizados, facilitando a identificação de informações importantes.</p><p>Em sala de aula, uma abordagem prática é realizar leituras guiadas. Você pode ler o texto junto com os alunos e</p><p>fazer pausas para discutir e destacar informações-chave. Durante a leitura, faça perguntas específicas para direcionar</p><p>os alunos a localizar informações explícitas no texto. Por exemplo, ao ler um verbete de enciclopédia, pergunte "Qual é a</p><p>definição apresentada para este termo?" ou "Quais são as características principais descritas neste parágrafo?"</p><p>4</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/a-mulher-mercado-trabalho.htm</p><p>Outra técnica útil é a prática de parafrasear. Peça aos alunos que leiam um trecho e depois escrevam a ideia</p><p>principal com suas próprias palavras. Isso não apenas reforça a compreensão do texto, mas também ajuda a fixar a</p><p>informação explicitamente apresentada. Após a atividade, discuta em grupo para verificar se as paráfrases capturam</p><p>corretamente as informações-chave.</p><p>Utilizar organizadores gráficos, como mapas conceituais, também pode ser muito eficaz. Durante a leitura de um</p><p>texto expositivo, os alunos podem anotar as informações importantes e organizá-las visualmente. Isso ajuda a ver a</p><p>estrutura do texto e a entender como as ideias se conectam.</p><p>Outra dica é realizar comparações entre textos. Por exemplo, forneça dois resumos de artigos científicos sobre o</p><p>mesmo tema e peça aos alunos que identifiquem e comparem as informações apresentadas. Isso não só melhora a</p><p>habilidade de localizar informações, mas também desenvolve o pensamento crítico ao analisar como diferentes textos</p><p>tratam o mesmo assunto.</p><p>Trabalhar essa habilidade de maneira integrada e constante ajudará os alunos a se tornarem leitores mais</p><p>eficientes e críticos, capazes de extrair e compreender informações essenciais de textos expositivos, uma competência</p><p>essencial tanto para a vida acadêmica quanto para a participação cidadã informada.</p><p>Saber S02 - Inferir informação em texto verbal</p><p>Habilidade S02.H02 - Inferir sentimentos ou emoções vinculadas a um trecho ou parágrafo de textos</p><p>verbais pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social de qualquer</p><p>sequência discursiva predominante (ex.: nota e cupom fiscal, bilhete, convite, aviso, canção</p><p>popular, mensagem, poema de estrutura e linguagem acessíveis, cartaz etc.).</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Como levar a Educação Antirracista para a Educação Infantil</p><p>Confira três pontos importantes para orientar sua prática e garantir que a temática está presente durante todo o ano</p><p>Olá professores e professoras!</p><p>Em novembro, a ênfase da Educação Antirracista ganha destaque por conta do Dia da Consciência Negra.</p><p>São muitos caminhos e os desafios que enfrentamos para levar a temática para a escola. Porém, desde a Educação</p><p>Infantil, vemos os efeitos do racismo estrutural.</p><p>Antes de começar, quero me descrever fisicamente para marcar meu lugar de fala. Tenho pele branca,</p><p>cabelos crespos, lábios volumosos e outros traços que comunicam uma miscigenação de descendência indígena,</p><p>africana e europeia. Ao longo dos anos, além de vivenciar os privilégios da população branca, vivi situações de</p><p>tentativa de descaracterização de minhas origens. Em minha adolescência, muitas vezes preferi manter meu cabelo</p><p>preso para me encaixar no meu círculo de amizades. Também ouvi diversas vezes que deveria alisar o cabelo.</p><p>Percebo quanto minha miscigenação tem potência para discutir questões como o preconceito. Ela me</p><p>motiva a levantar a bandeira da diversidade e apoiar outras crianças que desde pequenas sofrem tentativas de terem</p><p>suas origens modificadas e até negadas.</p><p>É comum perceber um aumento na busca por conscientização e sensibilização com as questões raciais</p><p>quando há uma data chegando – como é o caso de abril, com o Dia dos Povos Indígenas e em novembro, com o Dia</p><p>da Consciência Negra. Enquanto, no restante do ano, ignoram-se situações, muitas vezes sutis, de discriminação.</p><p>Nós, professores, enquanto agentes de garantia de direitos das crianças, precisamos agir na luta por</p><p>equidade nas escolas, abrir espaço para discutir e dar visibilidade ao assunto, promover reflexões capazes de</p><p>transformar a postura da comunidade escolar para a perspectiva antirracista.</p><p>Por exemplo, estar atento com o vocabulário que está sendo desenvolvido pelas crianças – dado que</p><p>existem diversas palavras e expressões que perpetuam o preconceito. Dessa forma, é possível propor discussões de</p><p>maneira crítica – dentro da capacidade de compreensão da turma. Por outro lado, também temos um patrimônio</p><p>linguístico de origem afro e indígena que merece ser destacado para que desde cedo as crianças identifiquem e</p><p>valorizem essas origens.</p><p>Por fim, a temática deve permear todas as nossas práticas, ao longo de todo o período letivo, para que</p><p>deixemos de viver em um país em que a perspectiva de vida de uma criança negra é mais incerta do que a de uma</p><p>criança branca em qualquer posição social. A mudança começa na primeira infância com o nosso compromisso de</p><p>valorizar a diversidade para construir um futuro mais equitativo.</p><p>Disponível em: <Como levar a Educação Antirracista para a Educação Infantil | Nova Escola>. Acesso em: 30-maio-2024.</p><p>Adaptado.</p><p>5</p><p>https://novaescola.org.br/conteudo/21778/como-levar-a-educacao-antirracista-para-a-educacao-infantil</p><p>No trecho: “Também ouvi diversas vezes que deveria alisar o cabelo” (3º parágrafo), é possível inferir</p><p>A) levou para a sala de aula o aprendizado sobre aceitação de seu corpo.</p><p>B) se sentia pertencente aos padrões de estética vigentes na sua adolescência.</p><p>C) tinha consciência da luta antirracista desde sua adolescência.</p><p>D) se mostrava interessada em aprender sobre autocuidado desde adolescente.</p><p>E) sofreu algum tipo de pressão de apagamento de suas origens.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Essa alternativa está incorreta porque o trecho não menciona a atuação da autora na sala de aula ou como ela usou</p><p>essa experiência para ensinar aceitação corporal. Ele apenas relata uma pressão externa que ela sofreu.</p><p>B) Essa alternativa está incorreta porque o trecho sugere o oposto: que a autora não se sentia pertencente aos</p><p>padrões de estética vigentes, já que estava sendo pressionada a mudar sua aparência para se conformar a esses</p><p>padrões.</p><p>C) Essa alternativa está incorreta porque o trecho específico não aborda a consciência da autora sobre a luta</p><p>antirracista. Ele apenas descreve a pressão para alisar o cabelo, sem indicar seu nível de consciência ou</p><p>engajamento com a luta antirracista durante a adolescência.</p><p>D) O trecho não fala sobre autocuidado, mas sobre a pressão para mudar sua aparência, que é um conceito diferente.</p><p>E) Gabarito.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O item em questão desafia os alunos a fazer uma inferência a partir de um trecho específico do texto, que é</p><p>uma habilidade fundamental para a leitura e interpretação crítica, conforme preconizado pela Base Nacional Comum</p><p>Curricular (BNCC). A BNCC destaca a importância de desenvolver a competência leitora dos estudantes, que inclui não</p><p>apenas a decodificação de palavras, mas também a capacidade de inferir informações implícitas no texto.</p><p>Identificar a pressão de apagamento das origens que a autora sofreu, a partir do trecho “Também ouvi diversas</p><p>vezes que deveria alisar o cabelo”, exige que os alunos reconheçam o contexto subjacente e as implicações sociais</p><p>dessa experiência. Essa habilidade é essencial para a compreensão</p><p>estudantes, acesse o material do link e escolha as questões</p><p>que se adequam a este saber e aplique a eles.</p><p>45</p><p>https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/46973/</p><p>Link: https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad22-professor-AVACED.pdf</p><p>Saber S22 - Reconhecer os efeitos de humor e ironia.</p><p>Habilidade S22.H10 - Reconhecer humor ou ironia através do uso de recursos morfossintáticos em textos</p><p>verbais ou multissemióticos de qualquer sequência discursiva predominante.</p><p>Nível de dificuldade Difícil</p><p>Observe o texto a seguir.</p><p>Disponível em: <https://www.campograndenews.com.br/colunistas/em-pauta/outubro-no-charco-quem-engolira-sapo/>. Acesso em:</p><p>04-jul.-2024.</p><p>No texto, o recurso que colabora para a ironia está indicado pelo(a)</p><p>A) uso de “nós” para referir-se à necessidade de mudança dos sujeitos.</p><p>B) emprego de palavras com sentidos opostos: “mudar” pela mulher e “hábitos” pelo homem.</p><p>C) uso do exagero para confirmar a necessidade de mudança sugerida pelo homem.</p><p>D) uso da palavra “mudar” com sentidos diferentes pelo homem e pela mulher no diálogo.</p><p>E) emprego da frase “Os nossos hábitos!” que mantém a expectativa ao final.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) O emprego do pronome pessoal "nós" está oculto em “vamos” e em "os nossos hábitos" é usado, mas ele não é o</p><p>principal recurso que cria a ironia. Ele apenas identifica os sujeitos envolvidos.</p><p>B) Antítese é uma figura de linguagem que coloca ideias opostas em contraste. No trecho, não há uma oposição direta</p><p>entre as palavras "mudar" e "hábitos"; a ironia surge da estrutura da frase, não da antítese.</p><p>C) Hipérbole é uma figura de linguagem que envolve exagero. No trecho fornecido, não há nenhum exagero evidente.</p><p>D) Gabarito.</p><p>E) O emprego da oração exclamativa após a pergunta, cria uma expectativa que é subvertida e não mantida como</p><p>afirma a alternativa.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>No item apresentado, o objetivo é reconhecer humor ou ironia através do uso de recursos morfossintáticos em</p><p>textos verbais ou multissemióticos de qualquer sequência discursiva predominante.</p><p>A pergunta "Vamos ter que mudar?" sugere que a mudança é necessária. No entanto, a resposta irônica "Sim, os</p><p>nossos hábitos!" contrasta com a expectativa inicial de uma mudança mais significativa ou diferente.</p><p>O uso de determinados verbos em contextos específicos pode gerar efeitos de humor, uma ferramenta poderosa</p><p>46</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad22-professor-AVACED.pdf</p><p>https://disritmia.art.blog/2021/02/18/lua-em-touro/</p><p>na literatura e na comunicação em geral. O verbo "mudar" é um exemplo interessante, pois sua ambiguidade e</p><p>versatilidade podem ser exploradas para criar situações cômicas e inesperadas.</p><p>Quando analisamos o efeito de humor causado pelo uso do verbo "mudar", percebemos que ele muitas vezes</p><p>decorre da expectativa do leitor ou do ouvinte em relação ao significado da mudança. Entender como o verbo "mudar"</p><p>pode gerar humor é uma habilidade valiosa para os alunos, pois lhes permite apreciar as sutilezas da linguagem e da</p><p>comunicação. Além disso, essa compreensão pode ser aplicada na produção de textos, onde os alunos podem usar o</p><p>humor de forma consciente para enriquecer suas narrativas e engajar o leitor.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Para aprofundamento nesse Saber, indicamos a aula 22 do material estruturado de Língua Portuguesa de 2020.</p><p>Link: https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad22-professor-AVACED.pdf</p><p>Saber S23 - Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas linguísticas que evidenciam locutor</p><p>e/ou interlocutor.</p><p>Habilidade S23.H05 - Identificar marcas linguísticas que evidenciam o uso da linguagem</p><p>coloquial/informal/popular pelo locutor e/ou interlocutor em textos verbais de qualquer</p><p>sequência discursiva predominante.</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Analise o texto a seguir.</p><p>O poeta da roça</p><p>Sou fio das mata, cantô da mão grosa</p><p>Trabaio na roça, de inverno e de estio</p><p>A minha chupana é tapada de barro</p><p>Só fumo cigarro de paia de mio</p><p>Sou poeta das brenha, não faço o papé</p><p>De argum menestrê, ou errante cantô</p><p>Que veve vagando, com sua viola</p><p>Cantando, pachola, à percura de amô</p><p>Não tenho sabença, pois nunca estudei</p><p>Apenas eu seio o meu nome assiná</p><p>Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre</p><p>E o fio do pobre não pode estudá</p><p>Meu verso rastero, singelo e sem graça</p><p>Não entra na praça, no rico salão</p><p>Meu verso só entra no campo da roça e dos eito</p><p>E às vezes, recordando feliz mocidade</p><p>Canto uma sodade que mora em meu peito</p><p>Patativa do Assaré</p><p>Disponível em: https://www.culturagenial.com/patativa-do-assare-poemas/. Acesso em: 21-maio-2024.</p><p>No texto, a linguagem coloquial se evidencia</p><p>A) pelo uso de palavras como: mata, viola e campo.</p><p>B) pela pobreza retratada nos versos do poema.</p><p>C) pelas rimas constantes usadas nos finais dos versos.</p><p>47</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad22-professor-AVACED.pdf</p><p>https://www.culturagenial.com/patativa-do-assare-poemas/</p><p>D) pela utilização de expressões como: "eu nunca estudei".</p><p>E) pelo uso de palavras que se afastam da escrita padrão.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, compreende que as pessoas da roça sempre falam de</p><p>forma coloquial.</p><p>B) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, levou em consideração o fato de que, por ser pobre, o</p><p>indivíduo se utiliza do coloquialismo para se comunicar.</p><p>C) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, não compreendeu o comando da questão e/ou não</p><p>compreende o que vem a ser linguagem coloquial.</p><p>D) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, levando em consideração o seu repertório</p><p>sociocultural, acredita que os trabalhadores rurais se utilizam do coloquialismo para se expressar.</p><p>E) Gabarito.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O item em questão explora a habilidade dos alunos de reconhecer o uso da linguagem coloquial e seu efeito no sentido</p><p>do texto. Em "O Poeta da Roça", de Patativa do Assaré, a linguagem coloquial é um elemento crucial que dá</p><p>autenticidade ao poema, refletindo a vida e a cultura do homem do campo. Essa linguagem aproxima o leitor da</p><p>realidade do poeta, permitindo uma conexão mais profunda com suas experiências e sentimentos. A utilização de</p><p>expressões como "sabença" e palavras que se afastam da norma padrão são características que enriquecem o poema,</p><p>tornando-o mais acessível e expressivo. Ensinar os alunos a identificar e compreender esses elementos é essencial</p><p>para a formação de leitores críticos e conscientes das diversas formas de expressão na literatura.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Sugestão de Atividade:</p><p>1. Leitura e Discussão Inicial:</p><p>○ Leia o poema "O Poeta da Roça" em voz alta para a turma.</p><p>○ Discuta brevemente as impressões iniciais dos alunos sobre o poema e a linguagem usada pelo autor.</p><p>2. Identificação da Linguagem Coloquial:</p><p>○ Peça que os alunos, individualmente ou em pares, identifiquem palavras e expressões no poema que se</p><p>afastam da norma culta.</p><p>○ Listem essas palavras e discutam o que elas significam e como contribuem para o sentido do poema.</p><p>3. Comparação com Outros Poemas:</p><p>○ Distribua outros poemas regionais que utilizem linguagem coloquial.</p><p>○ Em grupos, os alunos devem fazer uma análise comparativa, destacando semelhanças e diferenças no</p><p>uso da linguagem.</p><p>4. Discussão em Grupo:</p><p>○ Reúna a turma para uma discussão sobre como a linguagem coloquial influencia a compreensão e a</p><p>apreciação dos poemas.</p><p>○ Pergunte: Como a linguagem coloquial ajuda a transmitir a realidade e a cultura retratada nos poemas?</p><p>Que efeito de sentido essa linguagem cria?</p><p>5. Produção Textual:</p><p>○ Peça aos alunos que escrevam seus próprios poemas utilizando linguagem coloquial, inspirados em</p><p>suas próprias vivências e regionalidades.</p><p>○ Compartilhem os poemas com a turma e discutam as escolhas linguísticas feitas.</p><p>Leitura Recomendada:</p><p>Livro: "Vidas Secas" de Graciliano Ramos</p><p>Este clássico da literatura brasileira</p><p>oferece uma excelente oportunidade para os alunos explorarem o uso da linguagem</p><p>48</p><p>coloquial em um contexto regional. Através da história da família de retirantes, Graciliano Ramos utiliza uma linguagem</p><p>simples e autêntica para retratar a vida no sertão nordestino, oferecendo um rico material para análise e discussão</p><p>sobre o efeito de sentido criado pelo uso da linguagem coloquial.</p><p>Com esta atividade e leitura, os professores podem ajudar os alunos a desenvolver uma compreensão mais profunda e</p><p>crítica da linguagem coloquial e seu papel na construção de sentido em textos literários e multissemióticos.</p><p>Saber S23 - Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas linguísticas que evidenciam locutor</p><p>e/ou interlocutor.</p><p>Habilidade S23.H12 - Reconhecer intenções do locutor e/ou interlocutor pelo uso de provérbios, ditos</p><p>populares, expressões idiomáticas ou frases feitas em textos multissemióticos de qualquer</p><p>sequência discursiva predominante.</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Observe o texto a seguir.</p><p>Disponível em:<https://www.campograndenews.com.br/colunistas/em-pauta/outubro-no-charco-quem-engolira-sapo/>. Acesso em:</p><p>04-jul.-2024.</p><p>Qual efeito de sentido produzido pela expressão “engolir sapo”?</p><p>A) Demonstrar satisfação com a situação visualizada.</p><p>B) Expressar a necessidade de desistir de um projeto.</p><p>C) Indicar que alguém está aceitando algo desagradável sem reclamar.</p><p>D) Mostrar que alguém está sendo recompensado por seus esforços.</p><p>E) Indicar que alguém está doente diante de escolhas difíceis.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) A expressão "engolir sapo" tem uma conotação negativa, referindo-se a aceitar algo desagradável ou humilhante.</p><p>Demonstrar satisfação seria o oposto do significado da expressão.</p><p>B) Embora "engolir sapo" envolva enfrentar uma situação desagradável, o foco da expressão está na resignação e</p><p>aceitação silenciosa, não na necessidade de desistir de um projeto.</p><p>C) Gabarito.</p><p>D) "Engolir sapo" implica passar por algo negativo sem receber uma recompensa imediata. Portanto, essa alternativa</p><p>não reflete o sentido da expressão.</p><p>E) A expressão "engolir sapo" não sugere que a pessoa esteja doente, mas sim que a pessoa está aceitando algo</p><p>indesejável ou desconfortável, muitas vezes por falta de alternativa melhor.</p><p>49</p><p>https://disritmia.art.blog/2021/02/18/lua-em-touro/</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>No item apresentado, o objetivo é identificar o efeito de sentido produzido pela expressão idiomática "engolir sapo".</p><p>Essa expressão é comumente utilizada no contexto da língua portuguesa e possui um significado específico que pode</p><p>ser relacionado às situações do cotidiano. Ao trabalhar com expressões idiomáticas, é essencial contextualizar e</p><p>explicar o significado figurado, que muitas vezes não é literal.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Ensinar alunos do ensino médio a reconhecer as intenções do locutor em expressões idiomáticas pode ser</p><p>desafiador, mas também muito gratificante. Aqui estão algumas estratégias que você pode usar:</p><p>1. Contextualização das Expressões Idiomáticas</p><p>● Uso de Exemplos em Contexto: Apresente as expressões idiomáticas em frases ou situações específicas.</p><p>Peça aos alunos que discutam o significado da expressão com base no contexto fornecido.</p><p>○ Exemplo: "Ela teve que engolir sapo quando o chefe a criticou na frente de todos."</p><p>○ Pergunta: O que você acha que significa "engolir sapo" nesta frase?</p><p>2. Discussão e Análise de Intenção</p><p>● Perguntas Guiadas: Faça perguntas que levem os alunos a pensar sobre a intenção do locutor ao usar a</p><p>expressão idiomática.</p><p>○ Exemplo: Por que alguém diria que "engoliu sapo" em vez de apenas dizer que aceitou algo</p><p>desagradável?</p><p>○ Discussão: O que a expressão sugere sobre os sentimentos do locutor?</p><p>3. Atividades Práticas</p><p>● Criação de Histórias: Peça aos alunos que criem histórias curtas usando expressões idiomáticas,</p><p>incentivando-os a refletir sobre a intenção e o efeito de sentido.</p><p>○ Exemplo: Crie uma história onde um personagem tenha que "engolir sapo". Qual é a situação? Como</p><p>o personagem se sente?</p><p>● Dramatizações: Realize dramatizações onde os alunos devem usar expressões idiomáticas. Isso pode</p><p>ajudar a ilustrar as emoções e intenções por trás das palavras.</p><p>○ Exemplo: Em um diálogo, um aluno deve criticar o trabalho do outro e este deve responder com uma</p><p>expressão idiomática apropriada.</p><p>4. Comparações e Contrastes</p><p>● Comparação com Expressões Literais: Peça aos alunos que comparem a expressão idiomática com uma</p><p>forma literal de dizer a mesma coisa.</p><p>○ Exemplo: Qual é a diferença entre dizer "engolir sapo" e "aceitar algo desagradável"? Qual é o efeito</p><p>de sentido de cada uma?</p><p>5. Exploração Cultural</p><p>● Pesquisa de Expressões: Peça aos alunos que pesquisem expressões idiomáticas em diferentes culturas e</p><p>comparem-nas com as de sua própria língua.</p><p>○ Exemplo: Como outras culturas expressam a ideia de "engolir sapo"? Que diferenças e semelhanças</p><p>existem?</p><p>6. Reflexão e Discussão</p><p>● Reflexão sobre Experiências Pessoais: Incentive os alunos a refletirem sobre suas próprias experiências e</p><p>como poderiam descrever essas situações usando expressões idiomáticas.</p><p>○ Exemplo: Conte uma vez em que você teve que "engolir sapo". Como você descreveria essa</p><p>experiência usando uma expressão idiomática?</p><p>7. Recursos Visuais e Tecnológicos</p><p>● Vídeos e Mídia Digital: Use vídeos, memes, e outras mídias que ilustram expressões idiomáticas em uso</p><p>real.</p><p>○ Exemplo: Mostre um clipe de um programa de TV ou filme onde uma expressão idiomática é usada e</p><p>50</p><p>discuta o contexto e a intenção do locutor.</p><p>8. Avaliação e Feedback</p><p>● Quiz e Jogos Educativos: Utilize quizzes e jogos para reforçar o entendimento das expressões idiomáticas</p><p>e suas intenções.</p><p>○ Exemplo: Crie um quiz onde os alunos escolhem a expressão idiomática correta para completar uma</p><p>frase baseada na intenção do locutor.</p><p>9. Leitura de Textos Diversificados</p><p>● Análise de Textos: Propor a leitura de textos literários e não literários onde as expressões idiomáticas são</p><p>usadas.</p><p>○ Exemplo: Identificar expressões idiomáticas em um conto ou artigo e discutir o efeito de sentido e a</p><p>intenção do autor.</p><p>Usar uma combinação dessas estratégias pode ajudar os alunos a desenvolver uma compreensão mais profunda</p><p>das intenções do locutor ao usar expressões idiomáticas e a aplicá-las de maneira eficaz em suas próprias</p><p>comunicações.</p><p>Você também pode consultar o Material Estruturado de Língua Portuguesa disponível no seguinte link:</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad23-aluno-AVACED.pdf</p><p>51</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad23-aluno-AVACED.pdf</p><p>Ficha técnica</p><p>Elmano de Freitas da Costa</p><p>Governador</p><p>Jade Afonso Romero</p><p>Vice-Governadora</p><p>Eliana Nunes Estrela</p><p>Secretária da Educação</p><p>Maria Oderlânia Torquato Leite</p><p>Secretária Executiva de Gestão da Rede Escolar</p><p>Emanuelle Grace Kelly Santos de Oliveira</p><p>Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios</p><p>Stella Cavalcante</p><p>Secretária Executiva de Planejamento e Gestão Interna</p><p>Maria Jucineide da Costa Fernandes</p><p>Secretária Executiva do Ensino Médio e Profissional</p><p>Helder Nogueira</p><p>Secretária Executiva do Ensino Médio e Profissional</p><p>Kelem Carla Santos de Freitas</p><p>Coordenadoria de Avaliação e</p><p>Desenvolvimento Escolar para</p><p>Resultados de Aprendizagem - Coade</p><p>Yure Pereira de Abreu</p><p>Articulador Coade</p><p>Regia Maria Carvalho Xavier</p><p>Articuladora Coade</p><p>Ana Paula Pequeno Matos</p><p>Orientadora Coade</p><p>José Eduardo Vasconcelos de Morais</p><p>Orientador Coade</p><p>Jenilson Sousa Nogueira</p><p>Orientador Coade</p><p>52</p><p>https://www.escavador.com/sobre/4315955/emanuelle-grace-kelly-santos-ferreira</p><p>ORGANIZADORES</p><p>Ana Paula Pequeno Matos</p><p>Orientadora Coade</p><p>José Alves Ferreira Neto</p><p>Assessor Técnico Coade</p><p>Nívea Barros de Moura</p><p>Assistente Técnica Coade</p><p>ELABORADORES</p><p>Lilian Kelly Alves Guedes</p><p>Assistente Técnica Coade</p><p>Márcio Fernandes de Souza</p><p>EEMTI Professor Milton Façanha Abreu - CE.</p><p>Nivea Barros de Moura</p><p>Assistente Técnica Coade</p><p>DIAGRAMAÇÃO</p><p>Ana Carmen Martiniano de Souza</p><p>Técnica Coade</p><p>Geanny de Holanda Oliveira do</p><p>Nascimento</p><p>Técnica Coade</p><p>Sylvia Andrea Coelho Paiva</p><p>Técnica Coade</p><p>ARTE</p><p>Lindemberg Souza Correia</p><p>Designer Gráfico Coded/CED</p><p>53</p><p>Ficha técnica</p><p>Elmano de Freitas da Costa</p><p>Governador</p><p>Jade Afonso Romero</p><p>Vice-Governadora</p><p>Eliana Nunes Estrela</p><p>Secretária da Educação</p><p>Maria Oderlânia Torquato Leite</p><p>Secretária Executiva de Gestão da Rede Escolar</p><p>Emanuelle Grace Kelly Santos de Oliveira</p><p>Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios</p><p>Stella Cavalcante</p><p>Secretária Executiva de Planejamento e Gestão Interna</p><p>Maria Jucineide da Costa Fernandes</p><p>Secretária Executiva do Ensino Médio e Profissional</p><p>Helder Nogueira</p><p>Secretária Executiva do Ensino Médio e Profissional</p><p>Kelem Carla Santos de Freitas</p><p>Coordenadoria de Avaliação e</p><p>Desenvolvimento Escolar para</p><p>Resultados de Aprendizagem - Coade</p><p>Yure Pereira de Abreu</p><p>Articulador Coade</p><p>Regia Maria Carvalho Xavier</p><p>Articuladora Coade</p><p>Ana Paula Pequeno Matos</p><p>Orientadora Coade</p><p>José Eduardo Vasconcelos de Morais</p><p>Orientador Coade</p><p>Jenilson Sousa Nogueira</p><p>Orientador Coade</p><p>54</p><p>https://www.escavador.com/sobre/4315955/emanuelle-grace-kelly-santos-ferreira</p><p>ORGANIZADORES</p><p>Ana Paula Pequeno Matos</p><p>Orientadora Coade</p><p>José Alves Ferreira Neto</p><p>Assessor Técnico Coade</p><p>Lilian Kelly Alves Guedes</p><p>Assistente Técnica Coade</p><p>Nívea Barros de Moura</p><p>Assistente Técnica Coade</p><p>ELABORADORES</p><p>Nivea Barros de Moura</p><p>Assistente Técnica Coade</p><p>Lilian Kelly Alves Guedes</p><p>Assistente Técnica Coade</p><p>Márcio Fernandes de Souza</p><p>EEMTI Professor Milton Façanha Abreu - Mulungu - CE.</p><p>DIAGRAMAÇÃO</p><p>Ana Carmen Martiniano de Souza</p><p>Técnica Coade</p><p>Geanny de Holanda Oliveira do Nascimento</p><p>Técnica Coade</p><p>Sylvia Andrea Coelho Paiva</p><p>Técnica Coade</p><p>ARTE</p><p>Lindemberg Souza Correia</p><p>Designer Gráfico Coded/CED</p><p>55</p><p>profunda de textos, permitindo que os estudantes</p><p>não apenas entendam o que está explicitamente dito, mas também leiam nas entrelinhas e percebam nuances e</p><p>subtextos.</p><p>A BNCC enfatiza que a educação deve promover a formação de leitores críticos e reflexivos, capazes de</p><p>interpretar diferentes tipos de textos e contextos. No caso deste item, os alunos exercitam a habilidade de interpretar um</p><p>relato pessoal e reconhecer a crítica implícita à pressão para conformar-se a padrões estéticos que desvalorizam a</p><p>diversidade cultural e étnica. Essa interpretação está alinhada com a competência de leitura crítica e reflexiva, que é um</p><p>dos objetivos da área de Linguagens, códigos e suas tecnologias na BNCC.</p><p>Trabalhar com esse tipo de item em sala de aula pode envolver atividades de discussão e análise de textos</p><p>que abordem questões de identidade, diversidade e preconceito. Os professores podem incentivar os alunos a refletirem</p><p>sobre suas próprias experiências e as de outras pessoas, promovendo uma compreensão mais empática e crítica das</p><p>realidades sociais.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Você pode começar com a leitura e análise do texto fornecido, incentivando os alunos a refletirem sobre suas</p><p>próprias experiências e observações relacionadas à pressão sobre padrões sociais. Em seguida, os alunos poderiam</p><p>entrevistar membros de suas famílias ou comunidades sobre experiências similares, buscando histórias sobre como as</p><p>pessoas lidaram com pressões para modificar aspectos de suas identidades.</p><p>Essas entrevistas podem ser transformadas em uma apresentação multimodal, em que os alunos utilizem</p><p>diferentes formas de expressão (textos, vídeos, áudios, fotografias) para compartilhar as narrativas coletadas. Durante o</p><p>processo, os professores podem guiar discussões sobre as diferenças entre relatos de experiências e opiniões pessoais,</p><p>ajudando os alunos a identificar as nuances entre descrever um evento e expressar uma opinião sobre ele. A culminação</p><p>do projeto poderia ser uma exposição na escola ou uma apresentação para outras turmas, criando um espaço para</p><p>diálogo e conscientização sobre a importância da aceitação e valorização da diversidade.</p><p>6</p><p>Essa atividade não apenas desenvolve habilidades de leitura e interpretação crítica, mas também promove</p><p>empatia e compreensão entre os alunos, ao mesmo tempo em que articula com as diretrizes da BNCC sobre a</p><p>valorização da diversidade e o combate ao preconceito nas práticas pedagógicas.</p><p>Saber S02 - Inferir informação em texto verbal</p><p>Habilidade S02.H11 - Inferir características ou estados psicológicos de seres retratados com base em</p><p>suas atitudes, ações ou discursos em textos verbais pertencentes a gêneros simples,</p><p>predominantemente descritivos ou da ordem do relatar (ex.: classificados, nota ou cupom</p><p>fiscal, notícia, diário íntimo, biografia etc.).</p><p>Nível de dificuldade Difícil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Apenas uns dias</p><p>(Nynhã Gwarini Tupinambá)</p><p>Um dia dei muitos frutos, hoje quase não tenho mais forças.</p><p>Minhas águas já foram limpas, agora nem tanto.</p><p>Um dia fui cheia de animais de todas as espécies que você possa imaginar,</p><p>A maioria foi extinto e os poucos que sobraram estão em extinção.</p><p>Eu, logo eu, que tanto dei e dou de comer e beber a todos.</p><p>Eu, logo eu, que ofereço o ar que a humanidade respira.</p><p>Eu, logo eu, que sem mim a humanidade não viveria.</p><p>Mas será que ninguém percebe isso?</p><p>O homem só me maltrata com os seus atos imaturos e irracionais.</p><p>Eu que sou e sempre serei a sua Mãe Terra!</p><p>O sol que clareia e aquece os dias.</p><p>A lua que ilumina as noites escuras.</p><p>As estrelas que brilham.</p><p>As nuvens que trazem a sombra e a chuva.</p><p>As flores que colorem e perfumam a vida.</p><p>Os pássaros que cantam e encantam.</p><p>Todas essas maravilhas ofereço à humanidade.</p><p>Mas os homens insistem em me desfrutar da pior maneira possível.</p><p>Será que pensam que tenho vida eterna?</p><p>Do jeito que vamos temos só apenas uns dias.</p><p>Vamos cuidar! Vamos zelar! Somos um!</p><p>Por: Nynhã Gwarini Tupinambá. In.: Memória da Mãe Terra. Disponível em:</p><p>http://www.thydewa.org/wp-content/uploads/2014/12/livro-mae-terra-web.pdf. Acesso em: 03 de mar. de 2022.</p><p>A partir do trecho: “Um dia dei muitos frutos, hoje quase não tenho mais forças.” podemos inferir que a Mãe Terra está</p><p>A) forte.</p><p>B) cansada.</p><p>C) próspera.</p><p>D) extinta.</p><p>E) agradecida.</p><p>Operações Mentais</p><p>7</p><p>http://www.thydewa.org/wp-content/uploads/2014/12/livro-mae-terra-web.pdf</p><p>A) O aluno que marcou essa alternativa pode ter baseado-se apenas na palavra “força” na segunda parte do verso:</p><p>“hoje quase não tenho mais forças.” Entretanto, não percebeu o sentido dos versos, dado que o verso traz o</p><p>advérbio “Não” que leva a uma inferência sobre a Mãe Terra está fraca e não forte.</p><p>B) Gabarito.</p><p>C) O aluno que marcou essa alternativa pode ter percebido apenas a primeira parte do verso “um dia dei muito frutos” e</p><p>ter relacionado “dar muito frutos” a questão de prosperidade. Entretanto, esse aluno mostra que está com bastante</p><p>dificuldade na compreensão geral do verso dado que a ideia deles é de que a terra que já deu muitos frutos (foi</p><p>muito frutífera) está cansada para frutificar agora.</p><p>D) O aluno que marcou essa alternativa atentou apenas para a primeira parte do verso: “A maioria foi extinto e os</p><p>poucos que sobraram estão em extinção”. Esse aluno mostra que apenas associou esse trecho, mas não</p><p>compreendeu o sentido dos versos como um todo. Tais versos não mostram que a terra está extinta, mas que ela</p><p>está cansada para frutificar.</p><p>E) O aluno que marcar essa alternativa pode ter baseado-se na primeira parte da frase “Um dia dei muitos frutos, hoje</p><p>quase não tenho mais forças”.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or)</p><p>Segundo o Pisa (2018, p. 57), gerar inferências é um processo complexo no qual os leitores devem trabalhar com</p><p>trechos de textos que levam o aluno a ir além da compreensão do significado literal. Coscarelli (2002, p.1) considera</p><p>inferências aquelas informações que o leitor adiciona ao texto. As inferências podem ser de muitos tipos, podem ser</p><p>feitas em diferentes momentos da leitura e, para fazê-las, o leitor conta com dados do texto, elementos do seu</p><p>conhecimento prévio, bem como da situação comunicativa que juntos possibilitaram a ele fazer deduções,</p><p>generalizações, entre outras operações mentais necessárias à compreensão do texto.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Inferir significa realizar um raciocínio com base em informações já conhecidas, a fim de se chegar a informações novas,</p><p>que não estejam explicitamente marcadas no texto. Com este descritor, pretende-se verificar se o leitor é capaz de inferir</p><p>um significado para uma palavra ou expressão que ele desconhece</p><p>Para tanto, sugerimos o Material Estruturado de Língua Portuguesa disponível no link a seguir:</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad02-professor-AVACED.pdf</p><p>Saber S03 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão</p><p>Habilidade S03.H06 - Inferir o significado de estrangeirismos ou neologismos a partir de seus usos em</p><p>textos verbais pertencentes a gêneros simples de qualquer sequência discursiva predominante</p><p>(ex.: nota e cupom fiscal, bilhete, convite, aviso, canção popular, mensagem, poema de</p><p>estrutura e linguagem acessíveis, cartaz etc.).</p><p>Nível de dificuldade Difícil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Mulungu: população assustada com suposto disco voador</p><p>Uma cena curiosa chamou a atenção dos moradores de Mulungu, no Maciço de Baturité. Agricultores da</p><p>localidade de Guritiba teriam visto um Objeto Voador Não Identificado (Ovni) numa propriedade. O pouso da suposta</p><p>nave extraterrestre teria acontecido sobre uma plantação de bananas.</p><p>As plantas ficaram queimadas e sofreram um corte por igual. O fenômeno teria atingido um raio de</p><p>aproximadamente trinta metros. Especialistas em ufologia, que estudam eventos dessa natureza, já visitaram o local e</p><p>garantem: a região foi, de fato, visitada por um disco voador. De acordo com o relato desses pesquisadores, esses</p><p>episódios ocorrem na região a cada dez anos."</p><p>A cidade de clima ameno e povo aconchegante, com belezas paradisíacas e</p><p>culinária encantadora,</p><p>8</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad02-professor-AVACED.pdf</p><p>encravada numa Área de Preservação Ambiental, também chama atenção por ser palco de diversos eventos</p><p>sobrenaturais. Em diversas localidades é possível se observar estórias de assombração, aparições, botijas, dentre</p><p>muitas outras que arrepiam e encantam o povo do lugar e seus visitantes. O município é tão rico em belezas naturais,</p><p>cultura, culinária… que seus moradores e visitantes deixam bem claro que adoram “mulungar” na região.</p><p>Disponível em: https://www.cearaenoticia.com.br. Acesso em: 22-maio-2024.</p><p>O uso da palavra “mulungar” (3º parágrafo) sugere que</p><p>A) as pessoas ficam curiosas por causa das estórias.</p><p>B) as pessoas costumam desfrutar do lugar.</p><p>C) as pessoas gostam do lugar, mas têm medo dos acontecimentos.</p><p>D) seus moradores e visitantes exploram os OVNIS na região.</p><p>E) as pessoas adoram caminhar na região.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, focou nas estórias da região e compreendeu que</p><p>“mulungar” faz parte desse conjunto de crendices.</p><p>B) Gabarito.</p><p>C) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, compreendeu, pelo contexto, que as pessoas gostam</p><p>do lugar, mas ligou o termo em análise a medo.</p><p>D) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, focou especificamente nos trechos que se referem aos</p><p>Ovnis e ligou o termo em análise a eles.</p><p>E) Ao apontar esta alternativa, o (a) estudante, possivelmente, não compreendeu o neologismo, entendendo-o como o</p><p>ato de caminhar.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>Este item versa sobre neologismo. Faz-se necessário um diálogo detalhado sobre esse assunto, a fim de que</p><p>os(as) estudantes ampliem seus conhecimentos sobre ele. Para além disso, é importante um diálogo sobre o fato de que</p><p>há a possibilidade de entender o termo (neologismo) pelo contexto em que ele está inserido.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Levando em consideração este texto, é interessante abrir, na sala de aula, rodas de conversas com os estudantes</p><p>a respeito das crendices locais, esta ação é de suma importância para a socialização dos discentes, o fortalecimento da</p><p>oralidade e o respeito à cultura local.</p><p>Recomenda-se a efetivação de um sarau cultural, a fim de se apresentar as estórias e crendices do local.</p><p>Saber S04 - Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais</p><p>Habilidade S04.H07 - Identificar intenções de seres retratados, em textos não verbais ou multissemióticos,</p><p>pertencentes a gêneros simples de qualquer sequência discursiva, exceto os</p><p>predominantemente narrativos (ex.: panfleto, cartaz, convite, cartão de mensagem, catálogo,</p><p>anúncio ou campanha publicitária etc.).</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Considerando que a charge é um gênero que ilustra acontecimentos atuais que despertam o interesse público, observe:</p><p>9</p><p>https://www.cearaenoticia.com.br/</p><p>Disponível em:</p><p><https://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2022/11/charge-sobre-eleicoes-e-a-favorita-dos-leitores-da-folha-em-outubro.shtml>.</p><p>Acesso em: 28-maio-2024.</p><p>Da autoria de Jean Galvão, a charge alude ao segundo turno das eleições de 2022. Nesse cenário, qual a intenção do</p><p>autor?</p><p>A) Destacar que a população deve exercer o direito de escolher seus representantes nas três esferas do Governo:</p><p>Federal, Estadual e Municipal.</p><p>B) Demonstrar a utilização correta da urna eletrônica na cabine de votação por todos os setores, a saber: meio</p><p>ambiente, educação e saúde.</p><p>C) Sugerir o voto apenas em candidatos que tenham propostas de políticas públicas que atendam às camadas mais</p><p>baixas da população.</p><p>D) Recomendar que a população vote em políticos com propostas de políticas públicas voltadas para o meio</p><p>ambiente, a educação e a saúde.</p><p>E) Informar que todos os candidatos no segundo turno das eleições de 2022 possuem algum tipo de proposta que</p><p>atenda as pautas da atualidade.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, atentou-se para a presença da árvore, do caderno e da</p><p>cruz na urna, ligando-os às três esferas de Governo (Federal, Estadual e Municipal) nas quais é necessária a</p><p>eleição de representantes.</p><p>B) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, levou em consideração o posicionamento correto dos</p><p>objetos frente à cabina de votação, interpretando a charge de forma literal, demonstrando, portanto,</p><p>desconhecimento da habilidade avaliada no item.</p><p>C) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, levou em consideração que as demandas do meio</p><p>ambiente, da educação e da saúde devam apenas atender as camadas mais pobres da população, o que extrapola</p><p>a intenção do chargista, além de não condizer com a verdade.</p><p>D) Gabarito.</p><p>E) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, levou em consideração o pleito eleitoral de 2022 como</p><p>um todo. Entretanto, apenas pelo conteúdo da charge, não é possível inferir que todos os candidatos possuam</p><p>propostas voltadas para estes três setores basilares da sociedade.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>A habilidade desse item, assim como preconiza a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), implica na</p><p>capacidade de compreender e interpretar elementos visuais e suas conotações em diversos gêneros textuais, como</p><p>panfletos, cartazes, convites, cartões de mensagem, catálogos, anúncios ou campanhas publicitárias. Em contextos em</p><p>que a narrativa não é predominante, é crucial que os alunos consigam discernir as intenções subjacentes aos elementos</p><p>visuais, entendendo como a escolha de imagens, cores, layout e outros aspectos gráficos contribuem para a transmissão</p><p>de uma mensagem específica.</p><p>10</p><p>https://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2022/11/charge-sobre-eleicoes-e-a-favorita-dos-leitores-da-folha-em-outubro.shtml</p><p>No comando proposto, relacionado a uma charge de Jean Galvão sobre o segundo turno das eleições de 2022, os</p><p>alunos são desafiados a interpretar a intenção do autor por meio dos elementos visuais e contextuais da charge. A</p><p>charge é um exemplo típico de texto multissemiótico, a imagem e texto se combinam para produzir sentido. A intenção</p><p>do autor pode estar implícita na representação dos personagens, na configuração da cena, nos elementos gráficos e na</p><p>relação entre esses elementos e o contexto sociopolítico das eleições.</p><p>Trabalhar essa habilidade envolve não apenas a análise detalhada dos componentes visuais, mas também a</p><p>compreensão do contexto em que esses textos são produzidos e recebidos. No caso específico da charge de Jean</p><p>Galvão, os alunos devem ser capazes de interpretar as referências visuais e contextuais para identificar que a intenção</p><p>do autor é recomendar que a população vote em políticos com propostas de políticas públicas voltadas para o meio</p><p>ambiente, a educação e a saúde (alternativa D). Esta interpretação demanda uma leitura crítica, levando em conta não</p><p>apenas o conteúdo explícito, mas também as nuances e implicações sugeridas pelos elementos visuais.</p><p>A BNCC destaca a importância de desenvolver a leitura crítica e a interpretação de textos em diversos formatos,</p><p>promovendo a capacidade dos alunos de reconhecer intenções, avaliar argumentos e interpretar mensagens em</p><p>contextos variados. A habilidade de identificar intenções em textos não verbais ou multissemióticos é parte integrante</p><p>dessa formação, capacitando os alunos a serem leitores atentos e críticos, capazes de navegar e interpretar o vasto</p><p>universo de informações visuais que permeiam a sociedade contemporânea.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Uma sugestão interessante seria utilizar uma atividade que envolva a criação de charges pelos próprios alunos, com o</p><p>objetivo de explorar e expressar diferentes intenções por meio de elementos visuais e textuais.</p><p>1. Exploração de Charges Existentes: Inicie a atividade apresentando aos alunos uma seleção de charges que</p><p>abordem temas atuais ou relevantes para eles. Peça que observem detalhadamente os elementos visuais, como</p><p>personagens, cenários, objetos e texto.</p><p>2. Discussão sobre Intenções: Promova uma discussão em sala de aula para identificar e interpretar as intenções</p><p>dos autores das charges. Questione os alunos sobre o que eles acham que os autores estão tentando</p><p>comunicar através dos elementos visuais e das mensagens implícitas.</p><p>3. Brainstorming de Temas: Divida os alunos em pequenos grupos e peça que escolham um tema atual ou</p><p>socialmente relevante para criar suas próprias charges. Eles podem discutir e listar ideias sobre o tema</p><p>escolhido, pensando em como representar visualmente suas mensagens.</p><p>4. Criação de Charges: Com base nos temas escolhidos, os grupos começam a criar suas próprias charges. Eles</p><p>devem considerar cuidadosamente os elementos visuais que utilizarão (personagens, cenários, objetos) e como</p><p>esses elementos contribuem para transmitir uma mensagem específica aos espectadores.</p><p>5. Apresentação e Discussão: Cada grupo apresenta sua charge para a turma, explicando as escolhas feitas e</p><p>discutindo as intenções por trás dos elementos visuais e textuais. Os demais alunos são incentivados a oferecer</p><p>feedback construtivo sobre a clareza da mensagem, eficácia dos elementos visuais e interpretação geral da</p><p>charge.</p><p>6. Reflexão e Análise: Finalize a atividade com uma reflexão em grupo sobre as diferentes intenções e</p><p>abordagens apresentadas nas charges criadas pelos alunos. Discuta como as escolhas de elementos visuais e</p><p>textuais impactam a comunicação da mensagem e como essas charges podem influenciar a opinião pública.</p><p>Esta atividade não apenas permite que os alunos pratiquem a habilidade de identificar intenções em textos não verbais,</p><p>como também promove a criatividade, a expressão pessoal e o pensamento crítico sobre questões sociais. Além disso,</p><p>ela os envolve ativamente no processo de criação de significados através de elementos visuais, o que é fundamental</p><p>para uma compreensão profunda e contextualizada da comunicação visual na sociedade contemporânea.</p><p>Saber S05 - Identificar o tema ou assunto de um texto</p><p>Habilidade S05.H03 - Identificar o tema ou o assunto central de textos verbais pertencentes a gêneros</p><p>simples predominantemente da ordem do relatar (ex.: reportagem, relato de viagem, diário</p><p>etc.).</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>11</p><p>Memórias de minha trajetória escolar</p><p>Entre cinco e seis anos, tive a presença e o primeiro incentivo de minha mãe na minha vida escolar, já que</p><p>ela teve acesso à escola e tinha o segundo grau completo. Ela me ajudou com os primeiros rabiscos até a entrada na</p><p>escola. Sua presença foi muito importante em minha vida.</p><p>Ingressei na escola com sete anos, já conhecendo algumas palavras. No início do Ensino Fundamental I,</p><p>estudei em uma escolinha pequena que havia na minha comunidade. O Ensino Médio foi cursado em outra escola, na</p><p>cidade Ouro Verde de Minas, período em que tive as dificuldades com o transporte, pois, com a falta de ônibus, perdia</p><p>aulas e ficava um pouco prejudicada nas disciplinas.</p><p>Nas outras séries do Ensino Fundamental I, encontrei apoio da professora Vilma, que me ajudou muito.</p><p>Como disse, em casa, tinha incentivo desde que era criança: minha mãe, Ivani, me ensinou as primeiras letras, e com</p><p>sete anos, eu conhecia algumas palavras. Por exemplo, já conhecia o alfabeto e as vogais, já tinha contato com os</p><p>números, mas só comecei a praticar a leitura na escola.</p><p>Desde o Ensino Fundamental, tínhamos os livros didáticos para estudar em casa, entretanto, era muito difícil</p><p>ter acesso a livros literários. A partir do Ensino Fundamental II, tive acesso à biblioteca da escola, que disponibilizava</p><p>os livros aos alunos. Entretanto, não tínhamos muito interesse pela leitura e muito menos incentivo dos professores</p><p>para fazê-la, por isso, não li esses livros. Em muitos casos, os alunos pegavam os livros, levavam para casa e não os</p><p>devolviam. Por isso, muitas vezes, faltavam livros na biblioteca.</p><p>Lembro-me que os professores nos mandavam à biblioteca só para assistirmos algum filme e, assim,</p><p>elaborar um resumo ou atividade sobre ele. Na maioria das vezes, quando algum professor faltava, colocavam-nos</p><p>para assistir filmes, sem objetivos pedagógicos claros. Isto era ruim, pois perdíamos muitos conteúdos, sobretudo no</p><p>início do Ensino Médio.</p><p>Depois do Ensino Fundamental II, minha mãe quis que eu estudasse no período matutino, das 7h às 11h 25</p><p>min. Recordo-me de ter aulas aos sábados, porque algum professor havia faltado ou feito greve, requerendo aumento</p><p>de salário. Sempre me saí bem em todas as disciplinas, mas, ao chegar ao final do terceiro ano do Ensino Médio, tive</p><p>dificuldades com a disciplina de inglês. De fato, acho que não me adaptei a ela.</p><p>No final do Ensino Médio, eu não pensava em continuar os estudos, só pensava em conseguir um emprego,</p><p>mas na minha cidade não há muitas opções de trabalho. Este é um dos motivos que me levou a ingressar na</p><p>faculdade. Minha mãe, novamente, incentivou-me a ingressar na universidade, pois ela já havia feito o curso de</p><p>Licenciatura em Educação do Campo, em Viçosa, Minas Gerais. Foi ela quem me deu todo apoio quando prestei o</p><p>vestibular para a faculdade, em Diamantina.</p><p>Em 2018, ingressei na Licenciatura em Educação do Campo (LEC-UFVJM), e, hoje, estou no terceiro</p><p>período do curso, com outra visão sobre Educação, outro olhar para os estudos. Apesar de ter tido pouco acesso à</p><p>leitura, agora tenho e penso diferente, pois percebo que a leitura é bem gratificante. Percebo que do início de meus</p><p>estudos até hoje, as coisas mudaram, tenho mais afinidade com a leitura. Tenho necessidade de aprender, de</p><p>construir algo novo. Entendo que vale a pena continuar, prosseguir rumo ao final deste processo de aprendizagem,</p><p>mesmo sabendo que não é fácil. Pensar que seria uma educadora do campo é sempre muito gratificante.</p><p>Memórias de Letramentos II: Outras Vozes do Campo. Disponível em: https://auladigital.net.br/ebooks/. Acesso em: 16 de set. de</p><p>2022.</p><p>O tema principal desse texto é</p><p>A) o ingresso de alunos na universidade.</p><p>B) a importância de levar os livros para estudar em casa.</p><p>C) a importância do apoio dos professores na escola.</p><p>D) as dificuldades com o transporte público para ir à escola.</p><p>E) o relato da vida escolar de uma estudante.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) O aluno que marcou essa alternativa não conseguiu identificar o tema principal desse texto. O ingresso de alunos na</p><p>universidade é um dos tópicos abordados no texto, no tocante a garota ter terminado o ensino médio e não querer</p><p>entrar na universidade e depois por incentivo de sua mãe fazer o vestibular e conseguir sua vaga.</p><p>B) O aluno que marcou essa alternativa não conseguiu identificar o tema principal desse texto. Há um parágrafo</p><p>dedicado para o fato de como foi importante para a garota levar os livros para estudar em casa, mas essa é uma</p><p>ideia secundária e não o tema do texto.</p><p>C) O aluno que marcou essa alternativa não conseguiu identificar o tema principal desse texto, pois a questão da</p><p>importância do apoio dos professores aos alunos é destacado pela autora em um parágrafo, mas essa menção é</p><p>pontual, faz parte do universo da vida escolar da narradora, mas não é principal.</p><p>12</p><p>https://auladigital.net.br/ebooks/</p><p>D) O aluno que marcou essa alternativa não conseguiu identificar o tema principal desse texto, pois a questão das</p><p>dificuldades que a estudante enfrentou com o transporte público para ir à escola foi mencionada em um parágrafo</p><p>de forma pontual, mas não foi o tema tratado no texto todo.</p><p>E) Gabarito.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O texto suporte desse item nos dá possibilidade de trabalhar com as diferentes temáticas dos textos. Como o</p><p>texto traz um relato, podemos propor ao aluno que também façam relatos de sua trajetória para a partir daí eles</p><p>pensarem em quais ideias eles poderão usar para sustentar esse tema. Vamos indicar a temática da Olimpíada de</p><p>Língua Portuguesa que sugere o trabalho com diferentes gêneros a partir da temática “O lugar em que eu vivo”. Segue</p><p>o link:</p><p>https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/787/o-lugar-onde-eu-</p><p>vivo.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Você pode usar as atividades sugeridas na página, inclusive, para se inspirar a criar atividades para trabalhar com</p><p>temas diferentes em sua sala. Sobre isso, podemos citar a BNCC que coloca como é interessante que os alunos</p><p>participem, produzam, leiam textos de diferentes temáticas. Vejamos duas dessas habilidades:</p><p>EM13LP20 Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais, temas/problemas/questões que despertam maior</p><p>interesse ou preocupação, respeitando e valorizando diferenças, como forma de identificar afinidades e interesses</p><p>comuns, como também de organizar e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins.</p><p>EM13LP45 Analisar, discutir, produzir e socializar, tendo em vista temas e acontecimentos de interesse local ou</p><p>global, notícias, fotos denúncias, fotorreportagens, reportagens multimidiáticas, documentários, infográficos, podcasts</p><p>noticiosos, artigos de opinião, críticas da mídia, vlogs de opinião, textos de apresentação e apreciação de produções</p><p>culturais (resenhas, ensaios etc.) e outros gêneros próprios das formas de expressão das culturas juvenis (vlogs e</p><p>podcasts culturais, gameplay etc.), em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, analista,</p><p>crítico, editorialista ou articulista, leitor, vlogueiro e booktuber, entre outros.</p><p>Outra sugestão seria elaborar atividades com textos curtos, mas que trouxessem informações diversas e solicitar</p><p>ao aluno que destaque o tema desses textos. Gradualmente, os textos podem aumentar de tamanho e complexidade,</p><p>sempre com o mesmo objetivo de identificar o tema ou assunto central. Uma outra sugestão seria comparar textos que</p><p>trazem informações semelhantes, mas que têm foco distintos para que o aluno possa compreender as sutilezas que</p><p>muitas vezes precisam ser percebidas para reconhecer o tema em meio a informações diversas. O trabalho com este</p><p>Saber está relacionado a outros Saberes, como o S07 - Diferenciar a informação principal das secundárias em um texto,</p><p>o S10 - Identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros e o S13 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma</p><p>informação na comparação de textos de um mesmo tema. Por isso, o trabalho com textos diversos em uma mesma aula</p><p>seria uma estratégia válida para o desenvolvimento das habilidades relacionadas com este Saber.</p><p>Saber S06 - Distinguir fato de opinião relativa ao fato.</p><p>Habilidade S06.H04 - Identificar opinião explícita, em textos verbais, pertencentes a gêneros simples de</p><p>grande circulação social predominantemente expositivos, instrucionais/injuntivos ou</p><p>argumentativos (ex.: verbete de dicionário, verbete de enciclopédia, regra de jogo, horóscopo,</p><p>postagem opinativo/a em redes sociais, artigo de opinião etc.).</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Como levar a Educação Antirracista para a Educação Infantil</p><p>Confira três pontos importantes para orientar sua prática e garantir que a temática está presente durante todo o ano</p><p>13</p><p>https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/787/o-lugar-onde-eu-vivo</p><p>https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/revista/artigos/artigo/787/o-lugar-onde-eu-vivo</p><p>Olá professores e professoras!</p><p>Em novembro, a ênfase da Educação Antirracista ganha destaque por conta do Dia da Consciência Negra. São</p><p>muitos caminhos e os desafios que enfrentamos para levar a temática para a escola. Porém, desde a Educação</p><p>Infantil, vemos os efeitos do racismo estrutural.</p><p>Antes de começar, quero me descrever fisicamente para marcar meu lugar de fala. Tenho pele branca, cabelos</p><p>crespos, lábios volumosos e outros traços que comunicam uma miscigenação de descendência indígena, africana e</p><p>europeia. Ao longo dos anos, além de vivenciar os privilégios da população branca, vivi situações de tentativa de</p><p>descaracterização de minhas origens. Em minha adolescência, muitas vezes preferi manter meu cabelo preso para me</p><p>encaixar no meu círculo de amizades. Também ouvi diversas vezes que deveria alisar o cabelo.</p><p>Percebo quanto minha miscigenação tem potência para discutir questões como o preconceito. Ela me motiva a</p><p>levantar a bandeira da diversidade e apoiar outras crianças que desde pequenas sofrem tentativas de terem suas</p><p>origens modificadas e até negadas.</p><p>É comum perceber um aumento na busca por conscientização e sensibilização com as questões raciais quando</p><p>há uma data chegando – como é o caso de abril, com o Dia dos Povos Indígenas e em novembro, com o Dia da</p><p>Consciência Negra. Enquanto, no restante do ano, ignoram-se situações, muitas vezes sutis, de discriminação.</p><p>Nós, professores, enquanto agentes de garantia de direitos das crianças, precisamos agir na luta por equidade</p><p>nas escolas, abrir espaço para discutir e dar visibilidade ao assunto, promover reflexões capazes de transformar a</p><p>postura da comunidade escolar para a perspectiva antirracista.</p><p>Por exemplo, estar atento com o vocabulário que está sendo desenvolvido pelas crianças – dado que existem</p><p>diversas palavras e expressões que perpetuam o preconceito. Dessa forma, é possível propor discussões de maneira</p><p>crítica – dentro da capacidade de compreensão da turma. Por outro lado, também temos um patrimônio linguístico de</p><p>origem afro e indígena que merece ser destacado para que desde cedo as crianças identifiquem e valorizem essas</p><p>origens.</p><p>Por fim, a temática deve permear todas as nossas práticas, ao longo de todo o período letivo, para que</p><p>deixemos de viver em um país em que a perspectiva de vida de uma criança negra é mais incerta do que a de uma</p><p>criança branca em qualquer posição social. A mudança começa na primeira infância com o nosso compromisso de</p><p>valorizar a diversidade para construir um futuro mais equitativo.</p><p>Disponível em: <Como levar a Educação Antirracista para a Educação Infantil | Nova Escola>. Acesso em: 30-maio-2024.</p><p>Adaptado.</p><p>Analisando o texto, identifica-se uma opinião em:</p><p>A) “Em novembro, a ênfase da Educação Antirracista ganha destaque por conta do Dia da Consciência Negra” (1°</p><p>parágrafo).</p><p>B) “Tenho pele branca, cabelos crespos, lábios volumosos e outros traços que comunicam uma miscigenação de</p><p>descendência indígena, africana e europeia.” (3º parágrafo).</p><p>C) “[...] como é o caso de abril, com o Dia dos Povos Indígenas e em novembro, com o Dia da Consciência Negra”</p><p>(5° parágrafo).</p><p>D) “Ela me motiva a levantar a bandeira da diversidade e apoiar outras crianças que desde pequenas sofrem</p><p>tentativas de terem suas origens modificadas” (4º parágrafo).</p><p>E) “Em minha adolescência, muitas vezes preferi manter meu cabelo preso para me encaixar no meu círculo de</p><p>amizades” (3º parágrafo).</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Um aluno pode marcar essa alternativa porque ela expressa uma necessidade ou uma responsabilidade dos</p><p>professores na luta por equidade nas escolas. Apesar de parecer uma declaração forte, está mais relacionada a um</p><p>chamado à ação baseado em uma função profissional do que a uma opinião pessoal ou subjetiva.</p><p>B) Esta é uma descrição factual das características físicas do autor. Não contém uma opinião, mas uma observação</p><p>sobre suas próprias características.</p><p>C) Um aluno pode marcar essa alternativa porque ela descreve uma observação sobre o comportamento comum em</p><p>relação à conscientização racial perto de datas comemorativas. Embora seja uma generalização, não expressa uma</p><p>opinião pessoal, mas sim uma tendência observada.</p><p>D) Gabarito.</p><p>E) Um aluno pode marcar essa alternativa porque ela revela uma escolha pessoal feita na adolescência para se</p><p>encaixar socialmente. Embora seja uma experiência pessoal, não expressa uma opinião ou julgamento sobre a</p><p>situação, mas apenas relata uma ação passada.</p><p>14</p><p>https://novaescola.org.br/tag/1563/diversidade/</p><p>https://novaescola.org.br/conteudo/21778/como-levar-a-educacao-antirracista-para-a-educacao-infantil</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O item em questão, que desafia os alunos a identificar uma opinião em um trecho de texto, é uma excelente</p><p>oportunidade para desenvolver habilidades de leitura crítica</p><p>e interpretação, conforme preconizado pela Base Nacional</p><p>Comum Curricular (BNCC). A habilidade de distinguir entre fato e opinião é fundamental para a formação de leitores</p><p>proficientes e críticos, capacitando os estudantes a compreenderem e analisarem textos de maneira mais aprofundada.</p><p>Segundo a BNCC, uma das competências gerais da educação básica é a competência de leitura, que envolve</p><p>não apenas a decodificação de palavras, mas também a capacidade de interpretar, inferir e analisar informações de</p><p>maneira crítica. No caso do item proposto, os alunos são convidados a identificar uma opinião, o que exige uma leitura</p><p>atenta e uma capacidade de discernir entre informações objetivas e subjetivas.</p><p>Ao reconhecer que a alternativa correta é a que expressa uma opinião pessoal do autor sobre levantar a</p><p>bandeira da diversidade e apoiar outras crianças, os alunos exercitam a habilidade de interpretar a intenção do autor e o</p><p>ponto de vista expresso no texto. Isso está alinhado com a competência de compreender a função sociocultural dos</p><p>textos, promovendo uma leitura que vai além da simples compreensão literal para uma análise mais crítica e reflexiva.</p><p>Além disso, o item aborda a importância da compreensão de diferentes tipos de discursos presentes em textos</p><p>argumentativos, um aspecto enfatizado pela BNCC. Ao identificar a opinião do autor, os alunos praticam a habilidade de</p><p>reconhecer argumentos, uma competência essencial para a participação cidadã e para a formação de indivíduos</p><p>capazes de dialogar e debater de forma fundamentada.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Para trabalhar essa habilidade em sala de aula, os professores podem propor atividades de leitura e análise de</p><p>textos variados, incentivando os alunos a identificar e discutir as opiniões expressas pelos autores. Debates em sala de</p><p>aula sobre temas atuais e relevantes também podem ser uma estratégia eficaz para desenvolver essa competência,</p><p>permitindo que os alunos pratiquem a argumentação e o reconhecimento de diferentes pontos de vista.</p><p>Em resumo, a habilidade de identificar opiniões em textos é crucial para o desenvolvimento de leitores críticos</p><p>e conscientes, conforme os objetivos da BNCC. Através de atividades que promovam a leitura atenta e a análise crítica,</p><p>os alunos podem aprimorar suas competências de interpretação e argumentação, preparando-se melhor para a</p><p>compreensão dos diversos discursos presentes na sociedade contemporânea.</p><p>Segue vídeo de apoio para a definição de fato e opinião: https://www.youtube.com/watch?v=UG56gP94QFI.</p><p>Saber S07 - Diferenciar a informação principal das secundárias em um texto.</p><p>Habilidade S07.H03 - Identificar informação principal expressa por meio da relação de um agente e seus</p><p>respectivos eventos por ele desencadeados em um texto verbal de gêneros simples de</p><p>qualquer sequência discursiva predominante.</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Como levar a Educação Antirracista para a Educação Infantil</p><p>Confira três pontos importantes para orientar sua prática e garantir que a temática está presente durante todo o ano</p><p>Olá professores e professoras!</p><p>Em novembro, a ênfase da Educação Antirracista ganha destaque por conta do Dia da Consciência Negra. São</p><p>muitos caminhos e os desafios que enfrentamos para levar a temática para a escola. Porém, desde a Educação</p><p>Infantil, vemos os efeitos do racismo estrutural.</p><p>Antes de começar, quero me descrever fisicamente para marcar meu lugar de fala. Tenho pele branca, cabelos</p><p>crespos, lábios volumosos e outros traços que comunicam uma miscigenação de descendência indígena, africana e</p><p>europeia. Ao longo dos anos, além de vivenciar os privilégios da população branca, vivi situações de tentativa de</p><p>descaracterização de minhas origens. Em minha adolescência, muitas vezes preferi manter meu cabelo preso para me</p><p>encaixar no meu círculo de amizades. Também ouvi diversas vezes que deveria alisar o cabelo.</p><p>15</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=UG56gP94QFI</p><p>Percebo quanto minha miscigenação tem potência para discutir questões como o preconceito. Ela me motiva a</p><p>levantar a bandeira da diversidade e apoiar outras crianças que desde pequenas sofrem tentativas de terem suas</p><p>origens modificadas e até negadas.</p><p>É comum perceber um aumento na busca por conscientização e sensibilização com as questões raciais quando</p><p>há uma data chegando – como é o caso de abril, com o Dia dos Povos Indígenas e em novembro, com o Dia da</p><p>Consciência Negra. Enquanto, no restante do ano, ignoram-se situações, muitas vezes sutis, de discriminação.</p><p>Nós, professores, enquanto agentes de garantia de direitos das crianças, precisamos agir na luta por equidade</p><p>nas escolas, abrir espaço para discutir e dar visibilidade ao assunto, promover reflexões capazes de transformar a</p><p>postura da comunidade escolar para a perspectiva antirracista.</p><p>Por exemplo, estar atento com o vocabulário que está sendo desenvolvido pelas crianças – dado que existem</p><p>diversas palavras e expressões que perpetuam o preconceito. Dessa forma, é possível propor discussões de maneira</p><p>crítica – dentro da capacidade de compreensão da turma. Por outro lado, também temos um patrimônio linguístico de</p><p>origem afro e indígena que merece ser destacado para que desde cedo as crianças identifiquem e valorizem essas</p><p>origens.</p><p>Por fim, a temática deve permear todas as nossas práticas, ao longo de todo o período letivo, para que</p><p>deixemos de viver em um país em que a perspectiva de vida de uma criança negra é mais incerta do que a de uma</p><p>criança branca em qualquer posição social. A mudança começa na primeira infância com o nosso compromisso de</p><p>valorizar a diversidade para construir um futuro mais equitativo.</p><p>Disponível em: <Como levar a Educação Antirracista para a Educação Infantil | Nova Escola>. Acesso em: 30-maio-2024.</p><p>Adaptado.</p><p>A informação principal do texto é:</p><p>A) A importância de marcar o lugar de fala do autor ao discutir questões raciais.</p><p>B) A relevância de aumentar a conscientização sobre o racismo em datas comemorativas.</p><p>C) A necessidade de incorporar a temática antirracista nas práticas pedagógicas.</p><p>D) A descrição das características físicas do autor para destacar a miscigenação.</p><p>E) O relato de experiências pessoais da autora sobre a luta antirracista dela.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Um aluno pode escolher essa alternativa se estiver confundindo um detalhe significativo do texto com a ideia</p><p>principal. O lugar de fala do autor é importante, mas é uma estratégia para fortalecer a argumentação, não a</p><p>informação principal do texto.</p><p>B) Um aluno pode optar por essa alternativa se não tiver percebido a crítica implícita no texto sobre a superficialidade</p><p>de tratar questões raciais apenas em datas específicas. Esta escolha demonstra uma interpretação literal e</p><p>incompleta.</p><p>C) Gabarito.</p><p>D) Um aluno pode selecionar essa opção se estiver focando demais nos detalhes autobiográficos do autor, sem</p><p>compreender que esses detalhes são usados para ilustrar um ponto maior sobre o impacto do racismo estrutural e a</p><p>necessidade de uma educação antirracista contínua.</p><p>E) Esta alternativa pode atrair um aluno que se concentrou nos exemplos pessoais do autor em vez de perceber que</p><p>esses exemplos são usados para sustentar a argumentação principal sobre a necessidade de práticas pedagógicas</p><p>antirracistas contínuas.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>Para trabalhar a habilidade de identificar a informação principal em textos, é fundamental promover uma leitura</p><p>ativa e crítica por parte dos alunos, especialmente quando se trata de textos complexos ou com múltiplas camadas de</p><p>significado. Esse tipo de exercício não apenas desenvolve a capacidade de compreensão textual, mas também estimula</p><p>os estudantes a pensarem de forma analítica e a reconhecerem o que é essencial para a compreensão global do texto.</p><p>Ao articular com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que enfatiza a necessidade de desenvolver</p><p>competências relacionadas à leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais, essa atividade proporciona um</p><p>espaço para os alunos explorarem não apenas o conteúdo</p><p>explícito, mas também as inferências necessárias para</p><p>identificar a informação principal. Além disso, incentiva a reflexão sobre a importância de se identificar e sintetizar</p><p>16</p><p>https://novaescola.org.br/conteudo/21778/como-levar-a-educacao-antirracista-para-a-educacao-infantil</p><p>informações cruciais em diversos contextos educacionais e sociais.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Uma alternativa seria realizar uma atividade de mapa conceitual colaborativo. Os alunos seriam divididos em</p><p>pequenos grupos e cada grupo receberia um aspecto específico do texto para analisar, como os temas abordados, os</p><p>exemplos dados pela autora, as reflexões pessoais compartilhadas, entre outros. Cada grupo seria responsável por</p><p>identificar e sintetizar as informações mais relevantes dentro do seu tema atribuído.</p><p>Após a análise individual, os grupos se reuniriam para integrar suas descobertas em um mapa conceitual que</p><p>representasse a estrutura e as principais ideias do texto como um todo. Durante a criação do mapa, os alunos</p><p>precisariam negociar e justificar suas escolhas, garantindo que cada parte do texto fosse representada de maneira</p><p>equilibrada e precisa.</p><p>Essa atividade não apenas promove a colaboração entre os alunos, mas também estimula a reflexão crítica, a</p><p>síntese de informações e a organização de ideias de maneira visual. Além disso, permite que os alunos desenvolvam</p><p>habilidades de análise textual e interpretação de maneira mais dinâmica e interativa.</p><p>Saber S09 - Reconhecer gêneros discursivos</p><p>Habilidade S09.H03 - Reconhecer gêneros simples que materializam textos verbais, predominantemente</p><p>expositivos (ex.: verbete de dicionário, verbete de enciclopédia etc.).</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Disponível em: https://www.dicio.com.br/paje/. Acesso em 28 Abr. 2022.</p><p>A qual gênero esse texto pertence?</p><p>A) Verbete de dicionário.</p><p>B) Apresentação pessoal.</p><p>C) Trecho de livro didático.</p><p>D) Artigo científico.</p><p>E) Roteiro turístico.</p><p>17</p><p>https://www.dicio.com.br/paje/</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Gabarito.</p><p>B) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o gênero verbete de dicionário e também não observou que o</p><p>próprio texto dá a dica quando coloca a referência “Dicio.com.br”. Esse aluno pode ter pensado que o texto era uma</p><p>apresentação pessoal, semelhante a um slide por exemplo.</p><p>C) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o gênero verbete de dicionário e também não observou que o</p><p>próprio texto dá a dica quando coloca a referência “Dicio.com.br”. Esse aluno pode ter pensado que o texto poderia</p><p>ser um trecho de um livro de geografia ou história, por exemplo.</p><p>D) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o gênero verbete de dicionário e também não observou que o</p><p>próprio texto dá a dica quando coloca a referência “Dicio.com.br”. Esse aluno pode ter pensado que o texto poderia</p><p>ser uma divulgação científica sobre o tema.</p><p>E) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o gênero verbete de dicionário e também não observou que o</p><p>próprio texto dá a dica quando coloca a referência “Dicio.com.br”. Esse aluno pode ter pensado que o texto poderia</p><p>ser uma divulgação de uma região.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>O item diz respeito ao saber 09 - Reconhecer gêneros discursivos, cuja habilidade é reconhecer gêneros simples. O</p><p>suporte do item foi pensado a partir de um verbete de dicionário. Para leitura desse texto, o aluno precisará compreender</p><p>a intencionalidade e estrutura desse gênero textual. O comando do item pede para que o aluno aponte o gênero textual</p><p>presente no texto. Espera-se que ele perceba que o texto suporte trata de um verbete de dicionário. Uma dica é que ele</p><p>perceba que abaixo do verbete há a informação “dicio.com”.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>Para que possamos trabalhar de maneira eficiente com os gêneros discursivos no ensino de línguas em sala de</p><p>aula, é necessário ressaltarmos que, além de propiciar o contato dos alunos com os mais variados gêneros discursivos,</p><p>o professor deve compreender que não é preciso fazer com que os alunos assimilem ou até mesmo decorem quais são</p><p>as características ou estrutura de cada gênero discursivo individualmente (até porque existem algumas centenas deles).</p><p>Como os gêneros discursivos são tipos relativamente estáveis de enunciados, não é eficiente que professor</p><p>prescreva uma receita de como desenvolver um artigo de opinião ou um conto, por exemplo. Existem diversas formas de</p><p>redigir um artigo de opinião, o que vai determinar seu estilo é, sobretudo, o suporte de circulação desse texto, se em</p><p>uma revista sobre política e economia ou uma revista sobre moda e cosméticos, por exemplo.</p><p>Dessa forma, elaboramos uma sugestão de como trabalhar com os gêneros discursivos em sala de aula sem</p><p>reproduzir modelos, mas, sim, pela compreensão dos efeitos de sentido causados pelo uso de um gênero discursivo em</p><p>detrimento de outro, em cada contexto específico.</p><p>Sugestão de trabalho com os gêneros discursivos em sala de aula:</p><p>1) Professor, leia com os alunos o poema “Um Beijo”, do poeta parnasiano Olavo Bilac:</p><p>Um beijo</p><p>Foste o beijo melhor da minha vida,</p><p>Ou talvez o pior...Glória e tormento,</p><p>Contigo à luz subi do firmamento,</p><p>Contigo fui pela infernal descida!</p><p>Morreste, e o meu desejo não te olvida:</p><p>Queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,</p><p>E do teu gosto amargo me alimento,</p><p>E rolo-te na boca malferida.</p><p>Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,</p><p>Batismo e extrema-unção, naquele instante</p><p>Por que, feliz, eu não morri contigo?</p><p>Sinto-te o ardor, e o crepitar te escuto,</p><p>Beijo divino! e anseio, delirante,</p><p>Na perpétua saudade de um minuto…</p><p>18</p><p>(BILAC, Olavo. Poesias. 1888)</p><p>2) Em seguida, leia com os alunos o poema “Poema tirado de uma notícia de jornal”, do poeta modernista Manuel</p><p>Bandeira:</p><p>Poema tirado de uma notícia de jornal</p><p>João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número</p><p>Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro</p><p>Bebeu</p><p>Cantou</p><p>Dançou</p><p>Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.</p><p>(BANDEIRA, Manuel. Libertinagem. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1966.)</p><p>3) Reflita com os alunos sobre o fato de os dois textos pertencerem ao gênero poema, mas serem diferentes tanto na</p><p>forma quanto no conteúdo. No caso do segundo poema, o de Manuel Bandeira, é possível destacar ainda que há um</p><p>hibridismo de gêneros no texto, o poema e a notícia (gêneros que, inclusive, são bastante distintos na sua forma de</p><p>organização, já que um é escrito em prosa – a notícia – e o outro é escrito em versos – o poema).</p><p>4) Agora peça para que os alunos desenvolvam dois textos, de gêneros discursivos distintos, abordando o mesmo</p><p>assunto/tema. O assunto pode ser sugerido pelo professor ou ficar a critério dos alunos. Após a escrita dos textos, peça</p><p>para que os alunos comentem sobre os efeitos de sentido causados pelos textos de gêneros discursivos distintos para</p><p>tratarem do mesmo assunto. Bom trabalho!</p><p>Para conhecer mais sobre o assunto, sugerimos a leitura do Material Estruturado de Língua Portuguesa disponível</p><p>no seguinte link:</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad09-professor-AVACED.pdf</p><p>Saber S10 - Identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros</p><p>Habilidade S10.H04 - Identificar o propósito comunicativo de gêneros simples que materializam textos</p><p>verbais, predominantemente expositivos/informativos (ex.: verbete de dicionário, verbete de</p><p>enciclopédia, curiosidades etc.).</p><p>Nível de dificuldade Médio</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Disponível em: <https://www.pensador.com/frase/MjUwOTAyNA/>. Acesso em: 30-maio-2024.</p><p>19</p><p>https://www.ced.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/82/2022/03/mesisedu-aulad09-professor-AVACED.pdf</p><p>https://www.pensador.com/frase/MjUwOTAyNA/</p><p>O principal propósito comunicativo do texto acima é</p><p>A) mostrar a importância dos ditos populares para o controle da violência doméstica.</p><p>B) narrar um acontecimento envolvendo violência doméstica.</p><p>C) divulgar mecanismos de denúncia contra a violência doméstica.</p><p>D)</p><p>descrever o que é o real sentido da violência que acomete as mulheres.</p><p>E) incentivar o(a) leitor(a) a denunciar a violência contra a mulher.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, acessou o seu conhecimento sobre o dito popular</p><p>implícito no texto, mesmo não compreendendo o seu real sentido.</p><p>B) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, levou em consideração a violência sofrida por mulheres,</p><p>relacionando o texto às inúmeras histórias que podem ser narradas.</p><p>C) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, não compreendeu o propósito comunicativo do texto.</p><p>D) Ao apontar esta alternativa, o(a) estudante, possivelmente, focou no formato do texto que é semelhante a outros que</p><p>descrevem o significado de palavras e expressões.</p><p>E) Gabarito.</p><p>Comentário</p><p>Cara(o) educadora(or),</p><p>Para desenvolver nos estudantes a habilidade de identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros, você</p><p>poderá utilizar estratégias relacionadas à identificação do gênero textual, a partir de um estudo interpretativo deles,</p><p>envolvendo o trabalho com seu objetivo, tema e assunto, levando ao propósito comunicativo. A percepção desses</p><p>propósitos, no entanto, só poderá ser efetiva caso os gêneros possam ser trabalhados em situações que sejam as mais</p><p>reais possíveis para que o estudante possa ver com mais clareza como os textos se comportam em situações reais de</p><p>uso.</p><p>Dialogue com os seus educandos sobre a observação detalhada em gêneros como o do item, incentive-o a ler as</p><p>entrelinhas e a investigar aquilo que está além do seu olhar. Este item exige que o estudante faça um bom processo</p><p>interpretativo não só das palavras, mas do sentido do dito popular.</p><p>#FicaAdica</p><p>Professora(or),</p><p>O Material Estruturado de Língua Portuguesa, na aula referente ao descritor 10, apresenta algumas atividades que você,</p><p>professor, pode utilizar para que o aluno desenvolva os saberes relacionados à identificação do propósito comunicativo</p><p>de um texto. Nesta aula, há ainda a indicação de um filme que pode ser usado como mote para a produção de diferentes</p><p>gêneros textuais como forma de ampliar o repertório do aluno, levando-o a reconhecer que a escolha do gênero está</p><p>associada aos objetivos comunicativos do texto. Como sugestão, recomendamos a leitura da obra Experiências com</p><p>Sequências Didáticas de Gêneros Textuais, organizado por Eliana Merlin Deganutti de Barros.O livro apresenta um</p><p>capítulo introdutório retomando as discussões acadêmicas acerca do conceito de Gênero Textual e, em seguida,</p><p>apresenta inúmeras sequências didáticas aplicadas pelo Grupo de pesquisa "Gêneros textuais e Ensino de Línguas" -</p><p>GETELIN, relacionadas tanto à língua materna quanto às línguas estrangeiras.</p><p>Saber S11 - Reconhecer os elemento que compõem uma narrativa e o conflito gerador</p><p>Habilidade S11.H08 - Identificar características psicológicas ou estados emocionais de personagens em</p><p>textos verbais, pertencentes a gêneros simples, predominantemente narrativos (ex.: memória,</p><p>contos de fada, fábula, piada, lenda etc.).</p><p>Nível de dificuldade Fácil</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>20</p><p>https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Eliana+Merlin+Deganutti+de+Barros&text=Eliana+Merlin+Deganutti+de+Barros&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks</p><p>EMERGÊNCIA</p><p>(Luiz Fernando Veríssimo)</p><p>É fácil identificar o passageiro de primeira viagem.</p><p>É o que já entra no avião desconfiado.</p><p>O cumprimento da aeromoça, na porta do avião, já é um desafio para a sua compreensão.</p><p>— Bom dia...</p><p>— Como assim?</p><p>Ele faz questão de sentar num banco de corredor, perto da porta.</p><p>Para ser o primeiro a sair no caso de alguma coisa dar errado.</p><p>Tem dificuldades com o cinto de segurança. Não consegue atá-lo.</p><p>Confidência para o passageiro ao lado:</p><p>— Não encontro o buraquinho. Não tem buraquinho?</p><p>Acaba esquecendo a fivela e dando um nó no cinto.</p><p>Comenta, com um falso riso descontraído: “Até aqui, tudo bem.”</p><p>O passageiro ao lado explica que o avião ainda está parado, mas ele não ouve.</p><p>A aeromoça vem lhe oferecer um jornal, mas ele recusa:</p><p>— Obrigado, não bebo.</p><p>Quando o avião começa a correr pela pista antes de levantar voo, ele é aquele com os olhos arregalados e a</p><p>expressão de “Santa Mãe do Céu!” no rosto.</p><p>Com o avião no ar, dá uma espiada pela janela e se arrepende.</p><p>É a última espiada que dará pela janela.</p><p>Mas o pior está por vir.</p><p>De repente, ouve uma misteriosa voz descarnada.</p><p>Olha para todos os lados para descobrir de onde sai a voz.</p><p>"Senhores passageiros, sua atenção, por favor.</p><p>A seguir, nosso pessoal de bordo fará uma demonstração de rotina do sistema de segurança deste aparelho.</p><p>Há saídas de emergência na frente, nos dois lados e atrás."</p><p>— Emergência?? Que emergência? Quando eu comprei a passagem ninguém falou nada de emergência. Olha,</p><p>no meu é sem emergência.</p><p>Uma das aeromoças, de pé ao seu lado, tenta acalmá-lo.</p><p>— Isto é apenas rotina, cavalheiro.</p><p>— Odeio a rotina. Aposto que você diz isso para todos. Ai, meu santo.</p><p>"No caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente de seus</p><p>compartimentos."</p><p>— Que história é essa?? Que despressurização? Que cabine?</p><p>"Puxe a máscara em sua direção. Isso acionará o suprimento de oxigênio. Coloque a máscara sobre o rosto e</p><p>respire normalmente."</p><p>Respirar normalmente?! A cabine despressurizada, máscara de oxigênio caindo sobre nossas cabeças - e ela</p><p>quer que a gente respire normalmente?!</p><p>"Em caso de pouso forçado na água..."</p><p>— O que??!!</p><p>"...os assentos de suas cadeiras são flutuantes e podem ser levados para fora do aparelho e...”</p><p>— Essa não!! Tudo, menos bancos flutuantes!</p><p>— Calma, cavalheiro.</p><p>— Eu desisto! Parem este troço que eu vou descer. Onde é a cordinha? Parem!</p><p>— Cavalheiro, por favor. Fique calmo.</p><p>— Eu estou calmo. Calmíssimo. Você é que está nervosa e, não sei por que, está tentando arrancar as minhas</p><p>mãos do pescoço deste cavalheiro ao meu lado. Que, aliás, também parece consternado e levemente azul.</p><p>— Calma! Isso. Pronto. Fique tranquilo. Não vai acontecer nada.</p><p>— Só não quero mais ouvir falar em banco flutuante.</p><p>— Correto. Ninguém mais vai falar em banco flutuante.</p><p>Ele se vira para o passageiro ao lado, que tenta desesperadamente recuperar a respiração, e pede desculpas.</p><p>Perdeu a cabeça.</p><p>— É que banco flutuante foi demais. Imagine só. Todo mundo flutuando sentado. Fazendo sala no meio do</p><p>Oceano Atlântico!</p><p>A aeromoça diz que lhe vai trazer um calmante e aí mesmo é que ele dá um pulo:</p><p>— Calmante, por que?? O que é que está acontecendo? Vocês estão me escondendo alguma coisa!</p><p>Finalmente, a muito custo, conseguem acalmá-lo. Ele fica rígido na cadeira. Recusa tudo que lhe é oferecido.</p><p>Não quer o almoço.</p><p>21</p><p>Pergunta se pode receber a sua comida em dinheiro. Deixa cair a cabeça para trás e tenta dormir.</p><p>Mas, a cada sacudida do avião, abre os olhos e fica cuidando a portinha do compartimento sobre sua cabeça,</p><p>de onde, a qualquer momento, pode pular uma máscara de oxigênio e matá-lo do coração.</p><p>De repente, outra voz. Desta vez é a do comandante.</p><p>— Senhores passageiros, aqui fala o comandante Araújo. Neste momento, à nossa direita, podemos ver a</p><p>cidade de...</p><p>Ele pula outra vez da cadeira e grita para a cabina do piloto:</p><p>— OLHA PRA FRENTE, ARAÚJO!!! OLHA PRA FRENTE!!!</p><p>Disponível em: https://pt-br.facebook.com/logomarka/posts/1053289471400927/. Acesso em: 18/09/2022.</p><p>O passageiro de primeira viagem parece ser</p><p>A) atencioso.</p><p>B) exigente.</p><p>C) intruso.</p><p>D) ansioso.</p><p>E) preguiçoso.</p><p>Operações Mentais</p><p>A) Essa alternativa é um distrator, porque o rapaz parece estar dando atenção a tudo por motivo de ansiedade e não</p><p>por ser uma pessoa atenciosa.</p><p>B) Essa alternativa é um distrator, o estudante pode ter inferido essa informação com base no trecho “OLHA PRA</p><p>FRENTE, ARAÚJO!!! OLHA PRA FRENTE!!!”, porém esse trecho demonstra que ele está desesperado com medo</p><p>do avião cair e não sendo exigente com o trabalho alheio.</p><p>C) Essa alternativa é um distrator, o estudante pode ter compreendido que se tratava de uma intromissão do</p><p>passageiro quando ele começa</p>

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