Prévia do material em texto
<p><</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>Conceitos de modais de transporte: desafios, equipamentos e tecnologias do setor.</p><p>Intermodalidade e multimodalidade.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Apresentar o contexto dos transportes na gestão da cadeia de suprimentos, assim como cada</p><p>um de seus modais.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Identificar os desafios dos modais de transporte</p><p>MÓDULO 2</p><p>Definir as vantagens e desvantagens de cada modal de transportes e as diferenças entre</p><p>intermodalidade e multimodalidade</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O ambiente de tomada de decisões para gestores logísticos é demasiadamente complexo. A</p><p>definição sobre qual combinação de modais de transporte se deve utilizar constitui uma</p><p>decisão complexa que envolve muitas variáveis.</p><p>O primeiro passo para dar suporte a essa tomada de decisão é o conhecimento desses</p><p>modais.</p><p>Fonte: Siwakorn1933 / Shutterstock</p><p>PRIMEIRAMENTE, FAZ-SE NECESSÁRIO</p><p>COMPREENDER QUE A GESTÃO DE</p><p>TRANSPORTES CONSTITUI UM DOS</p><p>PROCESSOS-CHAVE INERENTES À GESTÃO DA</p><p>CADEIA DE SUPRIMENTOS.</p><p>A maneira de viabilizar os fluxos logísticos que fluem pelas etapas de agregação de valor —</p><p>desde o fornecedor de primeira camada até o varejo, sendo, por fim, adquirido pelo consumidor</p><p>final — é alcançada por meio do uso dos transportes e pela exploração de seus diferentes</p><p>modais.</p><p>Os desafios da gestão deles são muitos. Eles serão tratados individualmente nos módulos</p><p>deste tema.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Identificar os desafios dos modais de transporte.</p><p>PRESSÃO POR MELHORES SERVIÇOS</p><p>Neste vídeo, falaremos sobre a pressão por melhores serviços.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Segundo Gogoni (2020), “o streaming é a tecnologia de transmissão de dados pela internet,</p><p>principalmente áudio e vídeo, sem a necessidade de baixar o conteúdo. O arquivo é acessado</p><p>pelo usuário online. O detentor do conteúdo transmite a música ou o filme pela internet, e esse</p><p>material não ocupa espaço no computador ou no celular. Algumas plataformas oferecem o</p><p>download de faixas apenas para assinantes”.</p><p>Nesse sentido, há mais informação e acesso a diversos padrões de consumo e níveis de</p><p>serviço distintos. Sabendo que, em determinado país, existe um nível de serviço excelente, o</p><p>cliente provavelmente vai manter esse padrão na memória e passar a exigi-lo.</p><p>A conclusão deste pequeno exercício é que o acesso à informação cria clientes com</p><p>conhecimento sobre os produtos e muito bem informados. Com essas características, há uma</p><p>forte tendência de que eles sejam mais exigentes!</p><p>Entre essas exigências, incluem-se:</p><p></p><p>MENORES PRAZOS E CUSTOS</p><p></p><p>MAIOR QUALIDADE</p><p>CADA VEZ MAIOR COMPLEXIDADE</p><p>OPERACIONAL</p><p>Conseguir atender a todos os itens de exigência dos clientes constitui um desafio operacional</p><p>formidável.</p><p>Sincronização das operações;</p><p>Precisão do horário de entrega;</p><p>Precisão das quantidades pedidas.</p><p>Tais itens tornam-se cada vez mais difíceis na medida em que as cadeias são globalizadas.</p><p>O trânsito nas grandes cidades já atingiu um nível enorme de saturação: a quantidade de stock</p><p>keeping unit (SKU), entre outros fatores, passa dos milhares.</p><p>SKU</p><p>A menor unidade vendável de um produto é chamada de SKU. Por exemplo, um</p><p>refrigerante de cola de 600ml é um SKU. O mesmo item de 300ml constitui outro SKU.</p><p>Hoje em dia, é possível pedir um único SKU para ser entregue na porta de casa.</p><p>Imaginemos diversos veículos circulando carregando apenas um para muitos clientes.</p><p>Essa logística de entregas tem potencial para inviabilizar o trânsito já saturado nas</p><p>grandes metrópoles.</p><p></p><p>javascript:void(0)</p><p> Henry Ford</p><p>Henry Ford não tinha um desafio fácil. Ele foi revolucionário para as condições de tecnologia e</p><p>os paradigmas produtivos que vigoravam à época.</p><p>No entanto, o sucesso do modelo de produção fordista se baseou na pequena variedade de</p><p>produtos, em um modelo de fabricação contínua e em clientes que, de fato, não podiam</p><p>contar com outras opções.</p><p> Produção em massa do modelo A.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p></p><p></p><p>Fonte: Kichigin / Shutterstock</p><p>Já no período pós-guerra, os sistemas enxutos começaram a surgir e competir com o modelo</p><p>fordista, oferecendo mais variedade. Em termos logísticos, estes sistemas não criam apenas</p><p>problemas de distribuição, mas também diversos problemas produtivos, como, por exemplo, os</p><p>setups.</p><p>HENRY FORD</p><p>O empresário norte-americano Henry Ford (1863-1947) é o fundador da Ford Motor</p><p>Company. Conhecido como a primeira pessoa a implantar uma linha de montagem em</p><p>série na fabricação de automóveis, ele ainda foi um grande inventor, sendo responsável</p><p>por 161 patentes.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>FABRICAÇÃO CONTÍNUA</p><p>Sistema no qual os equipamentos para produção estão dispostos em uma sequência</p><p>determinada pela estrutura do produto.</p><p>SISTEMAS ENXUTOS</p><p>Sistema em que a produção é realizada quase sem desperdícios.</p><p>SETUPS</p><p>Tempo de preparação entre a paralisação de produção da máquina, a troca do seu</p><p>ferramental e seu regresso às atividades.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>A variedade significa troca de matrizes de produção, mais estoque em processo e maior</p><p>impacto em atividades funcionais da logística, como recebimento de insumos, armazenamento,</p><p>separação e embalagem de pedidos.</p><p>javascript:void(0)</p><p>TROCA DE MATRIZES</p><p>Troca do ferramental de produção.</p><p>Técnicas avançadas (para época), como a troca rápida de matrizes, foram fundamentais para</p><p>os setups serem reduzidos. Dessa forma, fazendo com que a variedade deixasse de ser um</p><p>problema, elas conseguiram reduzir os estoques em processo. Com isso, foram facilitados:</p><p>O recebimento</p><p></p><p>A armazenagem</p><p></p><p>A separação (picking)</p><p></p><p>A embalagem (packing)</p><p> IMPORTANTE</p><p>Desse modo, podemos ver que o bom gerenciamento e a implementação de técnicas Lean nos</p><p>sistemas produtivos contribuem drasticamente para o sucesso de operações logísticas,</p><p>desafogando os transportes e permitindo um melhor gerenciamento de operações.</p><p>PRESSÃO POR REDUÇÃO DE CUSTOS</p><p>A pressão por redução contínua de custos também é uma constante nas cadeias de</p><p>suprimentos atuais. A competição cada vez mais acirrada torna imperativa essa busca pela</p><p>diminuição de preços a fim de não estrangular ainda mais margens de lucro já bastante</p><p>reduzidas.</p><p>Um elemento importante nessa equação é a falta de colaboração entre as cadeias de</p><p>suprimentos. Práticas colaborativas, como a troca de informações e o compartilhamento de</p><p>riscos, ainda são muito pouco implementadas.</p><p>Se o original equipment manufacturer (OEM) tem alguma ruptura na sua parte da cadeia, tenta-</p><p>se, em geral, imediatamente “estrangular” o fornecedor, fazendo exigências duras em novas</p><p>negociações (principalmente se o cliente for o elo com maior poder de barganha na cadeia).</p><p>Fonte: Bankrx / Shutterstock</p><p>OEM</p><p>javascript:void(0)</p><p>Refere-se a uma empresa cujos bens são usados como componentes nos produtos de</p><p>outra, que vende o produto acabado aos usuários.</p><p>Entretanto, certos autores já afirmavam que cortar custos individualmente nas empresas é uma</p><p>tarefa bastante difícil, pois elas já trabalham muito enxutas. O verdadeiro “ouro” dos ganhos de</p><p>custos reside, entre outros fatores, em processos de cadeias de suprimentos, implementação</p><p>de medidas colaborativas, uso compartilhado de frotas e uso eficiente dos modais de</p><p>transporte.</p><p>MELHOR UTILIZAÇÃO DOS ATIVOS</p><p>Pegando o gancho do último parágrafo, ficamos com a seguinte pergunta:</p><p>COMO ESTIMAR O TAMANHO DA FROTA?</p><p>FROTA PRÓPRIA, TERCEIRIZADA OU MISTA?</p><p>Essas são questões que não possuem uma resposta fácil, exigindo uma avaliação profunda</p><p>dos processos, dos clientes, dos custos e do nível de serviço que se deseja oferecer, assim</p><p>como do posicionamento estratégico que a empresa pretende ter.</p><p>Caso o gestor estime o tamanho da frota pelo pico de sua demanda, isso significa que</p><p>provavelmente qualquer uma estará coberta. No entanto, isso pode gerar uma ociosidade</p><p>significativa na grande maioria do tempo.</p><p>Devemos adicionar a esse processo os aumentos de custos de manutenção de uma frota</p><p>ociosa, a contratação de motoristas, um espaço grande de estacionamento para a frota, os</p><p>seguros contra roubos etc.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Fonte: noina / Shutterstock</p><p>SEGUROS CONTRA ROUBOS</p><p>No caso específico de seguros, vale ressaltar que, por vezes, a falta de segurança</p><p>pública em determinadas cidades faz com que as seguradoras cobrem um valor altíssimo</p><p>por eles ou simplesmente não queiram segurar a frota, deixando o risco todo com o dono</p><p>desses veículos.</p><p>Um mix entre alguns veículos próprios compartilhados e outros terceirizados pode oferecer a</p><p>flexibilidade que as empresas precisam para passar por momentos de pico ou de queda</p><p>acentuada da demanda. Isso manteria o nível de serviço a custos que permitissem ao negócio</p><p>continuar saudável.</p><p>REGULAMENTAÇÃO</p><p>Apresentaremos a seguir algumas preocupações legais que gestores logísticos e de</p><p>transportes precisam ter no planejamento de suas entregas se não quiserem estar sujeitos a</p><p>multas e reboques de veículos:</p><p>Fonte: koonsiri boonnak / Shutterstock</p><p>Regras de pedágios.</p><p>Fonte: Natee Meepian / Shutterstock</p><p>Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS).</p><p>Fonte: Alf Ribeiro/ Shutterstock</p><p>Pesagem de caminhões.</p><p>Fonte: Pratchaya.Lee / Shutterstock</p><p>Rotas que os caminhões podem ou não trafegar.</p><p>Fonte: Sovastock / Shutterstock</p><p>Desembaraço aduaneiro.</p><p>Fonte: Siwakorn1933 / Shutterstock</p><p>Horários de carga e descarga.</p><p>Fonte: Yevgeniy Melnik / Shutterstock</p><p>Adicionais noturnos.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Os conceitos que envolvem intermodalismo e multimodalismo serão definidos e discutidos</p><p>posteriormente. No entanto, cabe ressaltar que, quando existe a possibilidade de uso de vários</p><p>modais, adiciona-se mais complexidade à discussão anterior sobre o tamanho da frota. A</p><p>adição de um novo modal pode mudar drasticamente o desenho da cadeia de suprimentos,</p><p>adicionando um novo elo, como, por exemplo, um porto ou um armazém de transbordo da</p><p>carga. Se o potencial e a lógica de cada modal não forem otimizados, o provável é que a</p><p>cadeia de suprimentos incorra em custos adicionais e ineficiências que resultam em clientes</p><p>insatisfeitos com os custos e o nível de serviço, podendo, no limite, optar por comprar produtos</p><p>da concorrência.</p><p>TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO</p><p>A tecnologia de informação (TI) é extremamente importante para a logística. Hoje em dia, ela</p><p>está lado a lado com todos os processos de uma organização, englobando desde sistemas de</p><p>informação básicos até outros no auxílio ao caminhão que leva a carga.</p><p>Fonte: Travel mania / Shutterstock</p><p>Este tema é extremamente complexo, mudando drasticamente o desenho das cadeias de</p><p>suprimentos e a relação entre as empresas.</p><p>Como pontos principais de TI, podemos ressaltar:</p><p>TECNOLOGIAS QUE AUMENTEM DRASTICAMENTE A</p><p>PRODUTIVIDADE E REDUZAM CUSTOS</p><p>Neste caso, a aquisição de modernas máquinas de transformação de matérias-primas em</p><p>produtos acabados vai deixar a cadeia com vantagens competitivas muito significativas.</p><p>Mudanças disruptivas de processos produtivos possuem o potencial de revolucionar um</p><p>determinado segmento. Entretanto, existe a necessidade do “pensamento de cadeia”.</p><p>Fazendo uma reflexão, se o OEM consegue uma produtividade fantástica, a distribuição (leia-</p><p>se, os transportes) precisa acompanhar o ritmo. Caso não acompanhe, o elo em questão</p><p>continuará sendo um gargalo dentro desta rede logística.</p><p>Assim, neste caso, tudo que poderá ter sido obtido é uma enorme quantidade de estoque em</p><p>processo (muitas vezes, mal armazenado em virtude do não planejamento do crescimento da</p><p>produção e do escoamento de tais produtos).</p><p>VEÍCULOS NÃO TRIPULADOS</p><p>Essa tecnologia ainda precisa evoluir consideravelmente, principalmente no que diz respeito a</p><p>questões éticas de tomada de decisão do computador que dirige o veículo.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Entretanto, ela tem potencial, pois retira da equação do transporte os riscos de cansaço e</p><p>imprudência dos motoristas. Eles, inclusive, podem evoluir de função, virando um gestor da</p><p>rota que acompanha à distância o percurso do caminhão, podendo, dessa forma, tomar</p><p>algumas decisões baseadas em cognição que a máquina não conseguiria distinguir.</p><p>INTERNET DAS COISAS (INTERNET OF THINGS – IOT)</p><p>A IoT está associada, por exemplo, a impressões 3D. Locais de armazenamento com conexão</p><p>à internet podem enviar informações sobre níveis de estoque de forma automática, o que gera</p><p>mais precisão e confiabilidade nesse processo.</p><p>No entanto, ainda há a necessidade de manter a calibração e a manutenção desses sensores,</p><p>tornando difícil a eliminação completa do fator humano no processo. A telemetria gera uma</p><p>imensa gama de dados, coletando informações sobre estado do motor e saúde do motorista.</p><p>Para que essa quantidade enorme de dados consiga virar informação útil para os tomadores de</p><p>decisão, as empresas estão implementando setores chamados de torre de controle. Ainda</p><p>pouco explorada, ela possui o potencial de aumentar níveis de serviço e reduzir custos à</p><p>medida que pode, em tempo real, escolher uma melhor rota para os caminhões ou colocar uma</p><p>nova prioridade em um novo cliente.</p><p>MUDANÇAS DISRUPTIVAS</p><p>Inovação capaz de tornar obsoleta uma tecnologia já preestabelecida no mercado.</p><p>GERENCIAMENTO DOS RISCOS</p><p>As cadeias de suprimentos estão sujeitas a inúmeros riscos com naturezas bastante distintas.</p><p>No que diz respeito apenas ao universo de transportes, apesar de menor, ainda existe uma</p><p>quantidade significativa deles que pode resultar em um carregamento não entregue, acidentes</p><p>e danos à imagem das empresas envolvidas.</p><p>Gerenciar riscos significa muitas vezes apenas diminuir seus efeitos nocivos, porque nem</p><p>sempre é possível eliminá-los por completo.</p><p>Fonte: Anatta_Tan / Shutterstock</p><p>Podemos pegar como exemplo o caso já mencionado dos roubos de cargas no estado do Rio</p><p>de Janeiro. Gerado em virtude de um problema de segurança pública, tal risco logístico</p><p>dificilmente pode ser resolvido por meio de iniciativas da empresa transportadora.</p><p>Fonte: martinbertrand.fr / Shutterstock</p><p>Há ainda riscos mais específicos, como condições da frota, exposição dos motoristas ao</p><p>cansaço, rotas demasiadamente longas, condições das estradas e, às vezes, até mesmo</p><p>inexistência de estradas ou rotas alternativas.</p><p>Fonte: weerasak saeku / Shutterstock</p><p>Quando falamos de transporte marítimo, precisamos pensar na pirataria, no risco de a carga</p><p>passar em uma zona de conflito e, dependendo da armazenagem, até no dano pela maresia.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Outros modais de transporte lidam com tipos diversos de perigo (a serem tratados na seção</p><p>específica de cada modal). Como se trata de uma atividade que oferece riscos, o transporte,</p><p>salvo algumas exceções, não agrega valor ao produto, e sim o valor de lugar, já que ele</p><p>precisa estar no lugar e no momento certo para o cliente certo.</p><p>O trade-off entre custo e nível de serviço se verifica, por exemplo, no caso dos respiradores</p><p>que uma empresa chinesa não entregou. No caso da pandemia do Covid-19, houve um</p><p>aumento dramático da demanda por respiradores. Como a China é um país tão distante, a</p><p>entrega ficou comprometida e o nível de serviço caiu.</p><p>javascript:void(0)</p><p>TRADE-OFF</p><p>Ato de escolher uma coisa em detrimento de outra, sendo muitas vezes traduzido como</p><p>"perde e ganha". O trade-off implica um conflito de escolha e uma consequente relação</p><p>de compromisso.</p><p>PAPEL DO GESTOR</p><p>Por mais que estejamos na era “4.0”, os recursos humanos ainda possuem um papel</p><p>fundamental – tanto para o bem quanto para o mal. Na medida em que processos que não</p><p>agregam valor vão sendo automatizados, a mão de obra precisa se especializar para conseguir</p><p>exercer funções de maior valor agregado.</p><p>Fatores como confiança, disposição de colaborar e honestidade em negociações são</p><p>essencialmente humanos, possuindo um papel preponderante na gestão das cadeias de</p><p>suprimentos.</p><p>Fonte: ESB Professional / Shutterstock</p><p>Atualmente, existem ferramentas de tomada de decisão fantásticas; no entanto, um modelo,</p><p>como dizia Pidd (1996), constitui uma representação da realidade. É uma armadilha construir</p><p>um que tenha a pretensão de ser uma cópia idêntica dela.</p><p>O bom modelo</p><p>captura as variáveis essenciais para a tomada de decisão. Entretanto, após a</p><p>sua reposta, o gestor precisa olhar para a solução e se perguntar:</p><p>FAZ SENTIDO? EXISTEM FATORES POLÍTICOS E</p><p>ESTRATÉGICOS QUE NÃO ESTÃO SENDO</p><p>CONSIDERADOS? HAVERÁ ALGUM DANO PARA</p><p>A IMAGEM DA EMPRESA AO SE EXECUTAR</p><p>AQUELA SOLUÇÃO DAQUELA FORMA?</p><p>Modelos matemáticos e a mineração de dados constituem ferramentas de apoio à tomada de</p><p>decisão, mas não substituem integralmente a expertise e a experiência de negócios dos</p><p>gestores.</p><p>GESTÃO DA ÚLTIMA MILHA</p><p>A logística da última milha recebe este nome justamente por se tratar da que se preocupa com</p><p>os pedidos mais granulares. Por percorrer muitos clientes a fim de fazer entregas fracionadas</p><p>dentro das grandes metrópoles, ela está sujeita ao caos urbano e ao trânsito.</p><p>O transporte de quantidades imensas de mercadorias em caminhões grandes que viajam</p><p>longas distâncias, indo de fábricas a centros de distribuição, é relativamente fácil de planejar.</p><p>No entanto, a logística da última milha conta com grandes desafios:</p><p>Fonte: Anatta_Tan / Shutterstock</p><p>Caminhões muito grandes possuem dificuldade de andar em grandes centros urbanos. Por</p><p>conta disso, as empresas devem optar por veículos menores.</p><p>Fonte: martinbertrand.fr / Shutterstock</p><p>O trânsito intenso pode gerar grandes atrasos e fazer com que a carga chegue em um horário</p><p>em que a carga/descarga está proibida.</p><p>Fonte: weerasak saeku / Shutterstock</p><p>Logística reversa, na última milha, é praticamente um pesadelo para as empresas.</p><p>Primeiramente, porque é algo que não gera receitas adicionais, apenas algum prejuízo, já que</p><p>se trata de uma devolução. Em segundo lugar, pois – novamente em virtude do trânsito – é</p><p>muito difícil mandar um único veículo com um roteiro otimizado para recolher todas as</p><p>mercadorias.</p><p>Uma tendência do varejo atual é a migração de um modelo de grandes hipermercados com</p><p>estoques imensos para um de reabastecimento mais frequente e com pequenos estoques nos</p><p>pontos de vendas.</p><p>Essa mudança de mentalidade torna o problema da logística da última milha ainda mais</p><p>relevante, pois tais veículos pequenos deverão percorrer um grande centro urbano diversas</p><p>vezes ao dia, abastecendo redes de lojas, de forma a não deixar nenhuma delas incorrer em</p><p>stockout.</p><p>Fonte:Shutterstock</p><p>STOCKOUT</p><p>Quando a empresa fica sem estoque.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Fonte: SEE_JAY / Shutterstock</p><p>Redes de drogarias, por exemplo, podem receber até dois abastecimentos por dia. Como elas</p><p>lidam com produtos de altíssimo valor agregado, faz bastante sentido imaginar que o custo de</p><p>oportunidade de manter um medicamento em estoque (correndo o risco de perder a validade) é</p><p>muito maior que o de um reabastecimento mais frequente.</p><p>Fonte: Tyler Olson / Shutterstock</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>No entanto, se pegarmos alguns exemplos de pequenos mercados que vendem legumes, arroz</p><p>e feijão, ou seja, insumos básicos de alimentação, este modelo ganha muita complexidade em</p><p>virtude do baixíssimo valor agregado de tais produtos.</p><p>Dessa maneira, as empresas tentariam priorizar um transporte consolidado com o mínimo de</p><p>abastecimentos possíveis, o que é especialmente complicado no caso de legumes e verduras,</p><p>por exemplo.</p><p>Fonte: Tyler Olson / Shutterstock</p><p>Não é raro vermos empresas concorrentes colaborarem, principalmente na compra de</p><p>componentes ou produtos não estratégicos, para obter vantagens competitivas e economias de</p><p>escala.</p><p>Guarnieri e demais autores (2018) afirmam que as operações da logística de última milha já</p><p>são responsáveis por mais de 50% do custo total da logística de distribuição. Ainda segundo os</p><p>autores, no Brasil, este tipo de logística vive o que pode ser considerado seu inferno astral.</p><p>Por mais que as empresas planejem, a crescente violência urbana, o trânsito e a falta de</p><p>tecnologia nesse processo geram desespero em clientes, que não têm a previsibilidade de</p><p>chegada de suas mercadorias, bem como em fornecedores, que sofrem com multas,</p><p>reclamações e o não atendimento de níveis de serviço acordados.</p><p>É difícil imaginar uma solução global que resolva de vez o problema da logística da última</p><p>milha. No entanto, algumas medidas podem ser utilizadas para se começar a solucionar o</p><p>problema:</p><p>Fonte: Travel mania / Shutterstock</p><p>Utilização intensa da tecnologia de informação: Ela é realizada por coleta intensa de dados,</p><p>implementação de torre de controle para tratá-los em tempo real e repriorização do cliente.</p><p>Mantém-se um contato com ele, que é avisado das intercorrências imprescindíveis e até</p><p>mesmo da modificação de uma rota.</p><p>Fonte:Shutterstock</p><p>Implementação dos conceitos modernos de economia circular e closed-loop supply chains.</p><p>Fonte:Shutterstock</p><p>Utilização de compras compartilhadas: Concorrentes se unem para que a escala permita ao</p><p>negócio ser viável. Dessa forma, eles não competem nos insumos básicos, e sim no que</p><p>conseguem agregar de valor em cima de tais objetos.</p><p>Foram apresentados neste módulo alguns exemplos específicos de segmentos; portanto, é</p><p>importante concluir que os desafios encontrados dependem do tipo de indústria, do</p><p>posicionamento na cadeia de suprimentos, do grau de automação dos processos, do grau de</p><p>colaboração entre os atores da cadeia e do segmento de mercado.</p><p>Mais especificamente, podemos resumir os fatores geradores de complexidade em:</p><p>Exigência por nível de serviço;</p><p>Tipo de carga;</p><p>Tipo de embalagem;</p><p>Valor agregado do produto;</p><p>Fracionamento da entrega/coleta;</p><p>Volume (escala).</p><p>Entre os principais indicadores de desempenho de transportes, conseguimos destacar estes:</p><p>Custo de transporte</p><p></p><p>Entregas no prazo</p><p></p><p>Percentual de avarias das mercadorias (ou número absoluto de avarias)</p><p></p><p>Percentual de reclamações</p><p>HORIZONTE DE PLANEJAMENTO E</p><p>DECISÕES</p><p>Quanto ao horizonte de planejamento, as decisões de transportes podem ser classificadas em</p><p>curto, médio e longo prazos.</p><p>CURTO PRAZO</p><p>As decisões de curto prazo incluem as decisões relativas às operações do dia a dia. Na</p><p>consolidação de carga, o gestor muitas vezes precisa decidir se ela será ou não consolidada.</p><p>Se ele pudesse escolher, a carga não seria sempre consolidada para gerar uma economia de</p><p>custos?</p><p>Fonte: Monkey Business Images / Shutterstock</p><p>Reflitamos sobre o problema neste exemplo:</p><p> EXEMPLO</p><p>Em um mundo ideal e sem incertezas, é praticamente impossível que qualquer gestor não</p><p>optasse por um modelo de cargas consolidadas. No entanto, imaginemos o seguinte cenário:</p><p>estamos posicionados em um centro de distribuição. O caminhão precisa sair do armazém com</p><p>uma determinada carga; se não sair neste exato momento, a entrega chegará com atraso ao</p><p>varejista. No entanto, houve um atraso dos fabricantes e, se o pedido sair agora, estará</p><p>incompleto.</p><p>COMO GESTOR, O QUE VOCÊ FARIA?</p><p>ESPERARIA ATÉ SEUS FORNECEDORES</p><p>ENTREGAREM A CARGA PARA QUE O PEDIDO</p><p>SAÍSSE COMPLETO? ENTREGARIA O QUE TEM</p><p>PARA QUE O SEU CLIENTE FICASSE, PELO</p><p>MENOS, COM ALGUMA QUANTIDADE DE</p><p>PRODUTOS NO PRAZO? QUAIS SÃO AS</p><p>VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA</p><p>DECISÃO?</p><p>Outra decisão de curto prazo a ser tomada é a roteirização. Neste caso, salvo alguma</p><p>informação de última hora que softwares de roteirização modernos ainda não consigam captar,</p><p>não costuma haver muita discussão.</p><p>Os roteirizadores modernos possuem otimizadores capazes de lidar com o grande número de</p><p>regras de negócio e de oferecer soluções ótimas ou muito próximas delas. O monitoramento da</p><p>carga em tempo real também consiste em um horizonte de curto prazo, no qual haverá a coleta</p><p>de informações sobre roubos, custos extras eventuais e avarias.</p><p>Fonte: Zapp2Photo / Shutterstock</p><p>MÉDIO PRAZO</p><p>No que diz respeito a decisões de médio prazo, podem ser consideradas:</p><p>PROGRAMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS</p><p>(SEGMENTAÇÃO DE ÁREAS DE ENTREGA E REGRAS</p><p>DE CONSOLIDAÇÃO DE PEDIDOS</p><p>Fonte: Zapp2Photo / Shutterstock</p><p>Ela pode seguir regras já implementadas nos sistemas. No entanto, dependendo da</p><p>segmentação das áreas de entrega e da necessidade</p><p>de mudar eventualmente regras de</p><p>consolidação de pedidos, essa programação faz com que elementos qualitativos entrem na</p><p>tomada de decisão e que, dessa forma, alterem a programação prévia.</p><p>SINERGIA ENTRE INBOUND E OUTBOUND</p><p>Fonte: Siwakorn1933 / Shutterstock</p><p>Um atraso no carregamento do caminhão pode ser gerado pelos pedidos advindos de um</p><p>determinado fornecedor ainda não terem descarregados.</p><p>É fundamental que os gargalos desse processo sejam mapeados para que um pequeno</p><p>estoque pulmão seja alocado. Isso vai evitar a geração de paradas no posto gargalo da</p><p>operação, agilizando, dessa forma, agilizar todo o processo.</p><p>GESTÃO DO RELACIONAMENTO COM AS</p><p>TRANSPORTADORAS E DIMENSIONAMENTO DA</p><p>FROTA</p><p>Fonte: anek.soowannaphoom / Shutterstock</p><p>Caso haja espaço para flexibilidade em um contrato com as transportadoras, o tamanho da</p><p>frota necessária terá de ser periodicamente reavaliado; com isso, possíveis ajustes de preço</p><p>deverão ser feitos. Entretanto, se a opção for uma frota exclusivamente própria, tal decisão</p><p>acaba se tornando de longo prazo, já que não haverá muita margem para diminuir ou aumentar</p><p>o tamanho dela.</p><p>Nesses casos, a frota híbrida acaba sendo uma solução interessante. A empresa mantém uma</p><p>pequena para atender aos clientes A (os 20% responsáveis pela geração de algo em torno de</p><p>80% do lucro).</p><p>Para esses clientes, por conta da margem de contribuição elevada que geram, vale até mesmo</p><p>eventualmente aceitar uma certa ociosidade de frota em alguns momentos para conseguir</p><p>oferecer um maior nível de serviço. Para os esporádicos, que compram menos e geram uma</p><p>menor margem, um contrato de maior ganho de escala é considerado válido, terceirizando o</p><p>transporte de forma a não deixar que a grande ociosidade da frota corroa a margem de</p><p>contribuição que eles geram.</p><p>De toda forma, pode ser estratégico manter esses clientes para eles não migrarem para a</p><p>concorrência.</p><p>LONGO PRAZO</p><p>Decisões de longo prazo envolvem algumas relativas à estratégia da companhia. Entre elas,</p><p>destacam-se as seguintes:</p><p>ATUALIZAÇÃO DO DESENHO DA REDE LOGÍSTICA</p><p>Inclui as relações entre empresas dentro de uma cadeia de suprimentos, quais fornecedores</p><p>devo contratar, que armazéns vou alugar e quais clientes pretendo priorizar.</p><p>Tais decisões não podem (pelo menos não deveriam) mudar a todo momento. É necessário</p><p>que a empresa tenha uma abordagem estratégica clara para, dessa maneira, desenhar sua</p><p>rede logística.</p><p>SELEÇÃO DE MODAL OU DO CONJUNTO DE MODAIS</p><p>Também contribui para o desenho da rede, dependendo muito da disponibilidade de modais.</p><p>Não adianta a empresa querer uma combinação entre cabotagem e ferrovia se o negócio</p><p>estiver muito interiorizado e se as ferrovias não estiverem disponíveis.</p><p>Observamos, portanto, que a baixa disponibilidade de modais alternativos ao rodoviário</p><p>constitui um gargalo logístico importante no Brasil.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. QUANTO ÀS PRINCIPAIS DECISÕES RELATIVAS À GESTÃO DE</p><p>TRANSPORTES, PODEMOS DIVIDIR ESSE CONJUNTO EM DECISÕES DE</p><p>CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE</p><p>POSSUI APENAS AS DE MÉDIO PRAZO.</p><p>A) Programação de distribuição de produtos, incluindo a consolidação e a priorização de</p><p>clientes dependendo de sua lucratividade. Roteirização é uma decisão de médio prazo, pois o</p><p>gestor precisa saber com antecedência em quais rotas vai enviar seus veículos.</p><p>B) Sinergia entre logística inbound e outbound, identificando os gargalos dentro dos armazéns</p><p>para não acelerar uma atividade não gargalo e só gerar estoque em processo. Gestão das</p><p>transportadoras: o contato frequente com elas oferece uma visibilidade do horizonte de curto e</p><p>médio prazo, sendo essencial para o bom relacionamento e a eficiência em nível de serviço.</p><p>C) Desenho da rede logística deve periodicamente ser reconfigurado a fim de fornecer</p><p>dinamismo para a cadeia de suprimentos. Para manter o dinamismo, também é necessário</p><p>modificar os modais a qualquer momento em que se vislumbrar necessidade.</p><p>D) Tomada de empréstimos para capital de giro. Dessa maneira, a empresa nunca fica</p><p>descapitalizada, não importa o quanto de estoque esteja empatado. A gestão das</p><p>transportadoras se torna essencial para escoar as mercadorias de forma eficiente.</p><p>2. ALGUNS FATORES, DEPENDENDO DO CASO, PODEM GERAR</p><p>COMPLEXIDADES OU FACILIDADES PARA A REDE LOGÍSTICA.</p><p>ASSINALE A ALTERNATIVA EM QUE TODOS ELES POSSUEM UMA</p><p>EXPLICAÇÃO COERENTE PARA A GERAÇÃO DE COMPLEXIDADE OU DE</p><p>FACILIDADE.</p><p>A) 1 - Exigência por nível de serviço gera complexidade, pois exige que a empresa</p><p>constantemente busque tecnologias e invista bastante em sua implementação. 2 - A habilidade</p><p>do gestor é indiferente no processo, que deve ser rigoroso para não ser impactado por</p><p>nenhuma gestão.</p><p>B) 1 - A busca por novos clientes constitui algo que a empresa deve ponderar, pois pode gerar</p><p>o aumento dos custos operacionais e a diminuição do nível de serviço. 2 - Optar pelo modal</p><p>mais barato pode gerar complexidades operacionais caso ele não esteja disponível.</p><p>C) 1 - O tipo de carga é algo que pode exigir refrigeração (como é o caso de medicamentos) ou</p><p>até um controle muito preciso de temperaturas (caso de imunobiológicos), além de ser um</p><p>transporte que envolve complexidade e custos extras. 2 - Muitas vezes, são necessárias</p><p>embalagens especiais e contêineres refrigerados, o que aumenta os custos e exige a busca</p><p>por transportadoras especializadas capazes de realizar esse transporte.</p><p>D) 1 - Leis novas são, por vezes, fatores que geram facilidades e permitem uma maior</p><p>lucratividade pelo lado das empresas. 2 - As leis permitem que medicamentos sejam</p><p>transportados da maneira que o empresário deseja; além disso, sua compra fica por conta</p><p>exclusiva do cliente.</p><p>GABARITO</p><p>1. Quanto às principais decisões relativas à gestão de transportes, podemos dividir esse</p><p>conjunto em decisões de curto, médio e longo prazos. Assinale a alternativa que possui</p><p>apenas as de médio prazo.</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Os dois itens são de médio prazo. Os gargalos devem ser mapeados para que exista um</p><p>esforço nesse posto, agilizando, assim, todo o processo. Os contratos com as transportadoras</p><p>devem prever atualizações que acompanhem esse dinamismo, inclusive as de variáveis</p><p>macroeconômicas.</p><p>2. Alguns fatores, dependendo do caso, podem gerar complexidades ou facilidades para</p><p>a rede logística. Assinale a alternativa em que todos eles possuem uma explicação</p><p>coerente para a geração de complexidade ou de facilidade.</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Dependendo do tipo de carga, como no caso de medicamentos e imunobiológicos, o transporte</p><p>é bem complexo: na maioria das vezes, são necessárias embalagens próprias e contêineres</p><p>com temperaturas ideais, entre outras obrigações, o que faz com que os custos aumentem e</p><p>que somente poucas transportadoras possam realizar o trabalho.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Definir as vantagens e desvantagens de cada modal de transportes e as diferenças entre</p><p>intermodalidade e multimodalidade.</p><p>MODAIS DE TRANSPORTE</p><p>No módulo anterior, foram discutidos aspectos do gerenciamento de transportes, decisões de</p><p>curto, médio e longo prazos, assim como alguns dos trade-offs envolvidos na tomada de</p><p>decisão.</p><p> IMPORTANTE</p><p>Para ajudar a embasar tais decisões, é fundamental que o gestor conheça a fundo as</p><p>vantagens e desvantagens de cada modal de transporte. Cabe ressaltar que o Brasil possui</p><p>uma situação muito peculiar no que diz respeito à infraestrutura de transportes por suas</p><p>dimensões continentais.</p><p>No entanto, percebe-se que nosso país foge totalmente do padrão de utilização dos modais de</p><p>países continentais, como está evidenciado na figura abaixo:</p><p> Participação dos modos de transporte no mundo. Fonte: (LACCARINO, 2016)</p><p>Notemos que há um quadrante bem definido, incluindo China, EUA, Rússia e Canadá. Esses</p><p>países possuem uma alta utilização do modal ferroviário e aquaviário, além de um percentual</p><p>menor de utilização do rodoviário.</p><p>O Brasil deveria estar nesse quadrante; no entanto, um país de região costeira</p><p>imensa, com</p><p>um vasto potencial fluvial, possui um perfil logístico semelhante ao da Alemanha, que é um</p><p>país consideravelmente menor em extensão territorial e com um pequeno litoral (em</p><p>comparação com o Brasil).</p><p> SAIBA MAIS</p><p>O Brasil realmente é muito defasado em sua infraestrutura logística, possuindo uma malha não</p><p>condizente com sua extensão. Esse perfil torna o país muito pouco competitivo em termos de</p><p>custos.</p><p>Possuímos cerca de 180km de rodovias para cada 1.000km² de extensão territorial, enquanto o</p><p>Japão conta com mais de 3.000km para cada 1.000km².</p><p>Pela figura a seguir, podemos notar o porquê de os países continentais usarem intensamente</p><p>os transportes ferroviários e aquaviários. Nota-se que o modal rodoviário é o mais barato para</p><p>distâncias de, no máximo, 300km.</p><p>A PARTIR DESSA QUILOMETRAGEM, COMEÇA</p><p>A COMPENSAR INVESTIR TEMPO</p><p>CARREGANDO TRENS OU NAVIOS, POIS ELES</p><p>POSSUEM UMA CAPACIDADE DE CARGA</p><p>CONSIDERAVELMENTE MAIOR, ALÉM DE NÃO</p><p>PASSAREM POR PROBLEMAS, COMO, POR</p><p>EXEMPLO, TRÂNSITO INTENSO.</p><p> Função de custos por quilômetro. Fonte: (LACAARINO, 2016)</p><p>A próxima figura ilustra os modais de transporte e uma balança no centro da figura, a qual, por</p><p>sua vez, indica o principal trade-off da gestão da cadeia de suprimentos: custo X nível de</p><p>serviço.</p><p>DESSA FORMA, A ESCOLHA DO MODAL DEVE</p><p>LEVAR EM CONTA O TRADE-OFF E,</p><p>LOGICAMENTE, A SUA DISPONIBILIDADE NA</p><p>LOCALIDADE DA OPERAÇÃO.</p><p>Cada modal pode ser tratado de forma mais detalhada, na qual são discutidas suas vantagens</p><p>e desvantagens.</p><p> O trade-off entre os modais de transporte. Fonte: LACAARINO, 2016.</p><p>MODAL FERROVIÁRIO</p><p>Apontaremos a seguir as principais características do modal ferroviário:</p><p>Altamente adequado para transportes de alta tonelagem em grandes distâncias;</p><p>Transporte que não funciona muito bem com entregas muito granulares. Deve haver altas</p><p>concentrações de produtos em sua origem e em seu destino;</p><p>Entre as cargas típicas carregadas, incluem-se minérios, fertilizantes e grãos. Quase 50%</p><p>das exportações brasileiras estão concentradas em seis produtos: minério de ferro,</p><p>petróleo bruto, soja, café, carne e açúcar.</p><p>Fonte: Casco Espacial / Shutterstock</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Tais produtos precisam ser transportados por longas distâncias, indo das regiões onde são</p><p>produzidos até os portos do país e, posteriormente, o exterior. Por serem produtos de baixo</p><p>valor agregado, um grande volume deles pode percorrer distâncias tão grandes.</p><p>A infraestrutura de ferrovias no Brasil, no entanto, não acompanhou a evolução da produção</p><p>dessas commodities.</p><p>javascript:void(0)</p><p>COMMODITIES</p><p>São artigos de comércio e bens que não sofrem processos de alteração (ou que são</p><p>pouco diferenciados), como frutas, legumes, cereais e alguns metais. Como segue um</p><p>determinado padrão, o preço delas é negociado na Bolsa de Valores e depende de</p><p>algumas circunstâncias do mercado, como a oferta e a demanda.</p><p>A REDE FERROVIÁRIA BRASILEIRA TEM BAIXA</p><p>EXTENSÃO (CERCA DE 29.320KM, SEGUNDO A ANTT)</p><p>E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA CONCENTRADA NAS</p><p>REGIÕES SUL, SUDESTE E UMA PEQUENA PARTE NO</p><p>NORDESTE. A INTEGRAÇÃO ENTRE AS DUAS</p><p>ÚLTIMAS REGIÕES É FEITA POR UMA ÚNICA LINHA</p><p>DA FERROVIA CENTRO-ATLÂNTICA (FCA)."</p><p>(MIGUEL; REIS, 2015)</p><p>Segundo Miguel e Reis (2015), a estrutura ferroviária brasileira pode ser dividida em três</p><p>momentos:</p><p></p><p>Primeiro momento – 1850 a 1900: Investimento privado com capital inglês, muito em função do</p><p>transporte de café em São Paulo;</p><p>Segundo momento – 1900 a 1980: Ferrovias nacionalizadas e controladas pelo estado, mais</p><p>precisamente pela Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA). A partir do governo Kubitschek, os</p><p>investimentos foram mais concentrados em rodovias. O café já estava em declínio;</p><p></p><p></p><p>Terceiro momento – 1990 até hoje: Início das concessões para empresas privadas, o que fez a</p><p>participação deste modal subir de 19% para 28% nas movimentações de cargas.</p><p>MODAL RODOVIÁRIO</p><p>As principais características deste modal incluem:</p><p>Fonte: m.mphoto / Shutterstock</p><p>Fonte: Andrey_Popov / Shutterstock</p><p>Adequação para pequenas e médias distâncias, levando pequenos e médios volumes;</p><p>Fonte: Halfpoint / Shutterstock</p><p>Ideal para entregas mais fragmentadas (de porta a porta) tanto no fluxo direto como no reverso;</p><p>Fonte: fizkes / Shutterstock</p><p>Entre as cargas típicas, incluem-se produtos de alto e médio valor agregado, como</p><p>computadores, medicamento etc.</p><p>Incluída no transporte rodoviário, a lógica chamada de milk run se destaca. Mais sofisticado</p><p>que o sistema tradicional de transporte (plant hub, no qual o caminhão sai da indústria e é</p><p>javascript:void(0)</p><p>descarregado em um centro de distribuição, que recebe a carga de várias outras indústrias), o</p><p>milk run, por ser altamente complexo, requer um grande suporte tecnológico e de gestão.</p><p>MILK RUN</p><p>Surgido nos EUA, o termo “milk run” faz referência aos transportadores de leite que</p><p>simultaneamente entregavam as garrafas cheias e coletavam as vazias que seriam</p><p>retornadas no ponto de partida.</p><p> Milk run.</p><p>Um sistema milk run, em geral, pode gerar maiores distâncias percorridas pelos caminhões</p><p>para o atendimento do mesmo volume de materiais. Desse modo, torna-se fundamental o</p><p>correto dimensionamento da capacidade dos veículos de coleta.</p><p>Como essa modalidade implica um processo mais “enxuto”, tudo deve ser muito bem</p><p>sincronizado.</p><p>Fonte: wavebreakmedia / Shutterstock</p><p>Primeiramente, as distâncias precisam ser viáveis para que o caminhoneiro possa fazer o</p><p>percurso no mesmo dia. Torna-se fundamental, nesse sentido, o desenho estratégico da cadeia</p><p>de suprimentos ter sido pensado para permitir esta modalidade.</p><p>Fonte: Rido / Shutterstock</p><p>As flutuações de demanda precisam ser previstas para que o caminhão não saia vazio e</p><p>possua algum espaço a fim de poder coletar demandas emergenciais. O processo de picking,</p><p>packing e carregamento dos caminhões que chegam às indústrias deve ser bem sincronizado</p><p>para que ele não fique muito tempo parado na doca enquanto espera ser carregado.</p><p>Fonte: Rido / Shutterstock</p><p>Outro complicador do sistema milk run encontra-se no design dos caminhões tradicionais, que</p><p>são abertos pela traseira e só permitem a lógica last in first out (LIFO). De acordo com Neves</p><p>(2009) o caminhão denominado sider é, por isso, o veículo mais utilizado nas operações que</p><p>incluem essa lógica, já que ele permite uma descarga lateral e, assim, agiliza o processo, além</p><p>de permitir a descarga de materiais prioritários.</p><p>Eis um exemplo de caminhão sider:</p><p> Caminhão sider. Fonte: (NEVES, 2009)</p><p>Ainda segundo Neves (2009), o sistema milk run não funciona quando:</p><p>Um item é necessário em múltiplas entregas ao longo do dia. Nesse caso, faz mais sentido</p><p>dedicar um veículo a eles, existindo ainda a possibilidade de o fornecedor manter estoque na</p><p>fábrica.</p><p></p><p>Um item é requerido esporadicamente em pequenas quantidades de um fornecedor que não</p><p>participa ativamente do SMRS.</p><p></p><p>Os fornecedores estão distantes geograficamente uns dos outros, não havendo a possibilidade</p><p>de combiná-los em uma rota de milk run.</p><p>MODAL AQUAVIÁRIO</p><p>Possui como principais características:</p><p>Capacidade de conseguir transportar cargas extremamente pesadas e a custo</p><p>relativamente baixo;</p><p>Restrições de velocidade e alcance;</p><p>Custos fixos intermediários se comparados aos dos modais rodoviário e ferroviário;</p><p>Cargas típicas transportadas incluem minério, produção agrícola e materiais de</p><p>construção. No entanto, grandes cargueiros também transportam carros.</p><p>CABOTAGEM</p><p>Modalidade de transporte em que a embarcação contorna a costa, fazendo paradas para</p><p>entrega de carga.</p><p>Dessa forma, o fornecedor consegue garantir ao seu cliente mais segurança para a carga,</p><p>minimizando roubos ou danos a ela. Além disso, ele contribui com o meio ambiente por reduzir</p><p>a emissão de gás carbônico (CO2), já que este modal é considerado mais limpo que o</p><p>rodoviário.</p><p>Fonte:Shutterstock</p><p> IMPORTANTE</p><p>Para obter os máximos ganhos com a cabotagem, o ideal é que a empresa transporte bens a</p><p>uma</p><p>distância maior que 1.500km. Assim, ela conseguirá reduzir os seus custos em cerca de</p><p>30%, poluirá menos e contribuirá com a diminuição do trânsito, do desgaste das ruas e</p><p>estradas, além do custo do contribuinte com a manutenção.</p><p>Suellen dos Santos Freitas explica que:</p><p>PARA INICIAR UMA OPERAÇÃO DE CABOTAGEM, É</p><p>NECESSÁRIO UM ESTUDO PRÉVIO, NO QUAL DEVEM</p><p>SER APURADOS AS ROTAS E OS PORTOS QUE</p><p>VIABILIZEM O EMBARQUE/DESEMBARQUE DA</p><p>CARGA E QUAL O TIPO DE EQUIPAMENTO DEVERÁ</p><p>SER EMPREGADO PARA O TRANSPORTE DO</p><p>PRODUTO.</p><p>(FREITAS apud FARIAS, 2017, grifos nossos)</p><p>Gerente geral de cabotagem da Aliança Navegação e Logística, Marcus Voloch, por sua vez,</p><p>afirma que:</p><p>UTILIZAMOS CAMINHÕES NAS PONTAS DE CURTA</p><p>DISTÂNCIA, EM QUE ELES SÃO MAIS EFICIENTES; A</p><p>FERROVIA, ONDE É POSSÍVEL, NOS TRANSPORTES</p><p>DE MÉDIA DISTÂNCIA, PRINCIPALMENTE NO EIXO</p><p>OESTE-LESTE, DO INTERIOR PARA O LITORAL; E,</p><p>FINALMENTE, OS NAVIOS NO EIXO NORTE-SUL, ONDE</p><p>A EFICIÊNCIA DO TRANSPORTE MARÍTIMO É</p><p>IMBATÍVEL. COM ISSO, PROMOVEMOS A REDUÇÃO</p><p>DOS NÚMEROS DE CAMINHÕES NAS RODOVIAS.</p><p>(VOLOCH apud FARIAS, 2017 grifos nossos)</p><p>De acordo com o gerente-geral da Aliança, a cabotagem elimina cerca de 300 mil viagens nas</p><p>estradas brasileiras por ano.</p><p>PROBLEMAS DO MODAL AQUAVIÁRIO</p><p>A sobre-estadia de navios nos portos recebe o nome de demurrage. Em virtude da falta de</p><p>planejamento, as multas por atrasos podem, muitas vezes, chegar a 17% do custo do modal.</p><p>Há, contudo, outras informações fundamentais sobre esse problema:</p><p>Prazo médio para liberação de contêiner no porto de Santos vem caindo: 26 dias em</p><p>média, em 2010; 13, em 2015; e 10, em 2016. Isso acontece pela modernização do porto</p><p>e pela crise econômica enfrentada no período;</p><p>O primeiro período de sete dias pode custar até US$70 por equipamento/dia. Nos sete</p><p>dias subsequentes, o valor sobe para até US$90. No terceiro período, a partir do 14º dia</p><p>de sobre-estadia, a multa pode chegar até US$140 por contêiner/dia;</p><p>Em 2016, o porto de Santos recebeu aproximadamente 3,5 milhões de contêineres.</p><p>Imaginemos que 20% deles ultrapassaram, em cinco dias, o período de free time. Dessa</p><p>forma, 700 mil contêineres geraram o equivalente a 3,5 milhões de dias de demurrage a</p><p>pagar multiplicado pelo valor médio (70 dólares/dia/equipamento). Com isso, se chegaria</p><p>à cifra de US$245 milhões, o que equivale a aproximadamente R$820 milhões.</p><p>MODAL AÉREO</p><p>Possui como principais características:</p><p>Capacidade de mover rapidamente cargas de pequeno volume e alto valor agregado em</p><p>grandes distâncias.</p><p></p><p>Alto custo de frete é compensado pela redução nos estoques.</p><p></p><p>Permite colocar pedidos de emergência.</p><p></p><p>Cargas típicas: Correspondência, roupas, produtos de telecomunicação, equipamentos</p><p>fotográficos, cogumelos e flores.</p><p>Por se tratar de um modal com menor capacidade se comparado aos ferroviários e aquaviário,</p><p>além de ser consideravelmente mais custoso, ele acaba sendo empregado para transportes</p><p>específicos. Torna-se inviável usá-lo como uma política-padrão de transportes.</p><p>Fonte: mariakray / Shutterstock</p><p>MODAL DUTOVIÁRIO</p><p>Fonte:Shutterstock</p><p>Consiste em um modal utilizado para o transporte de quantidades muito grandes de produtos</p><p>com características específicas. Os transportados por ele podem ser “escoados” de forma lenta</p><p>e contínua.</p><p>É um transporte que, por exemplo, se justifica a partir de grandes volumes de petróleo e</p><p>minério. Entre suas principais vantagens, destacam-se as seguintes: transporte contínuo, sem</p><p>interrupções; não há necessidade de armazenamento ou qualquer tipo de embalagens; e, por</p><p>fim, baixa possibilidade de perdas ou roubos.</p><p>Neste vídeo, explicaremos o conceito de sincromodalidade e suas tecnologias.</p><p>TRANSPORTATION MANAGEMENT SYSTEMS –</p><p>TMS</p><p>Já frisamos que a logística enfrenta desafios severos no alvorecer da era 4.0. Nesse sentido, a</p><p>exigência cada vez maior dos clientes e a tendência de eles quererem menores estoques com</p><p>entregas constantes (entre outros motivos, pelo alto preço do metro quadrado nos centros</p><p>urbanos) fazem com que os varejos exijam pedidos cada vez menores.</p><p>Fonte: mariakray / Shutterstock</p><p>Como os clientes são muitos e a competição é ferrenha, há a necessidade de oferecer uma</p><p>grande variedade de produtos para garantir o atendimento do maior número possível deles.</p><p>O apelo do marketing e da força de vendas trabalha para gerar embalagens chamativas,</p><p>atraentes e, muitas vezes, frágeis. Além disso, essa variedade de marcas e produtos exige</p><p>entregas de muitos fornecedores distintos em diversos canais de distribuição.</p><p>Essas entregas enfrentam grandes dificuldades, como restrições de circulação de veículos em</p><p>determinados horários, congestionamentos e roubos de cargas.</p><p> IMPORTANTE</p><p>Essa combinação de muitas variáveis torna imprescindível um melhor planejamento apoiado</p><p>por softwares. De forma geral, o TMS pode ser definido como uma ferramenta de gestão do</p><p>transporte de cargas.</p><p>Este sistema conta com funcionalidades básicas que envolvem ações estratégicas, táticas e</p><p>operacionais de cunho administrativo, operacional e financeiro. Elas serão listadas a seguir:</p><p>CADASTRO DO VEÍCULO</p><p>Dados do fabricante, ano, modelo.</p><p>DOCUMENTAÇÃO DO VEÍCULO</p><p>Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).</p><p>CONTROLE DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS</p><p>Pneus e rodas sobressalentes, caixa de ferramentas.</p><p>GERENCIAMENTO</p><p>Gerenciamento de combustíveis, de pneus e várias outras funcionalidades. Pela descrição das</p><p>atividades de um TMS, pode-se perceber quão longe ele pode ir e aonde poderá levar.</p><p>ESSA EXPERIÊNCIA PODERÁ SER REALMENTE</p><p>POSITIVA, DESDE QUE SAIBA O QUE FAZER COM</p><p>UMA ENORME QUANTIDADE DE INFORMAÇÕES</p><p>DISPONIBILIZADAS PELA SOLUÇÃO TECNOLÓGICA</p><p>(QUE PODEM CHEGAR A CENTENAS OU ATÉ MESMO</p><p>MILHARES DE DADOS POR MINUTO). REPORTAM-SE</p><p>(EM IMPLEMENTAÇÕES BEM-SUCEDIDAS DE TMS)</p><p>REDUÇÕES DA ORDEM DE 5 A 15% NOS CUSTOS DE</p><p>TRANSPORTE.</p><p>(NEVES, 2017)</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. NO QUE DIZ RESPEITO ÀS DECISÕES TOMADAS PELOS DIVERSOS</p><p>GOVERNOS BRASILEIROS A RESPEITO DO USO DE MODAIS, ASSINALE</p><p>A ALTERNATIVA CORRETA.</p><p>A) O Brasil é um país continental e prioriza o modal rodoviário. Outros países continentais,</p><p>como EUA e Rússia, utilizam mais intensamente os modais ferroviário e aquaviário, obtendo,</p><p>assim, maiores eficiências em termos de custos.</p><p>B) O Brasil possui um perfil de utilização de modais similar ao alemão, o que faz sentido pelo</p><p>fato de a Alemanha ser uma potência tecnológica.</p><p>C) O Brasil é conhecido por otimizar a utilização de ferrovias e de cabotagem, tornando-se um</p><p>benchmarking mundial em logística.</p><p>D) Países que priorizam o modal rodoviário demonstram, em geral, uma rede ineficiente de</p><p>transportes.</p><p>2. QUANTO AOS DIVERSOS MODAIS DE TRANSPORTE, INDIQUE A</p><p>ALTERNATIVA CORRETA.</p><p>A) No modal aquaviário, a técnica chamada demurrage consegue cortar custos e gerar</p><p>vantagens competitivas para quem a adota.</p><p>B) Uma boa gestão de transportes significa, por exemplo, aplicar o modal ferroviário para</p><p>distâncias muito longas e o rodoviário para entregas no último trecho.</p><p>C) Ao optar pelo rodoviário, o gestor pode não obter os melhores custos, mas reduz riscos. É</p><p>um modal flexível que se adapta a qualquer situação.</p><p>D) O dutoviário deve ser planejado de modo a ser o único modal utilizado para que suas</p><p>vantagens sejam otimizadas.</p><p>GABARITO</p><p>1. No que diz respeito às decisões tomadas pelos diversos governos brasileiros a</p><p>respeito do uso de modais, assinale a alternativa correta.</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Para países continentais, é menos custoso transportar aproveitando o potencial hídrico e</p><p>ferroviário. No entanto, o modal mais utilizado pelo Brasil ainda é o rodoviário, enquanto a rede</p><p>ferroviária brasileira possui uma baixa extensão.</p><p>2. Quanto aos diversos modais de transporte, indique a alternativa correta.</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A otimização de uma boa rede de transportes envolve o aproveitamento do melhor de cada</p><p>modal. O rodoviário é o mais flexível. No entanto, o risco dele em longas distâncias é muito</p><p>alto,</p><p>sendo mais adequado para o meio urbano.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Neste tema, apresentamos o contexto dos transportes na gestão da cadeia de suprimentos.</p><p>Identificamos cada um dos modais de transporte e seus desafios, apontando ainda as</p><p>vantagens e desvantagens de cada um deles.</p><p>Em seguida, estabelecemos as diferenças existentes entre intermodalidade e multimodalidade.</p><p>Com isso, conseguimos frisar que a definição do modal de transporte a ser utilizado (ou a</p><p>combinação de deles) é uma decisão vital para a estratégia logística de uma empresa.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>FARIAS, V. Como se preparar para a cabotagem?. In: Mundo Logística. n. 56. 2017.</p><p>FLEURY, P. F.; FIGUEIREDO, K.; WANKE, P. Logística empresarial: a perspectiva brasileira.</p><p>São Paulo: Atlas, 2000.</p><p>GOGONI, R. O que é streaming? [Netflix, Spotify, mais o quê?]. In: Tecnoblog. Consultado em</p><p>meio eletrônico em: 30 jul. 2020.</p><p>GUARNIERI, M.; ARAÚJO, R.; QUEIROZ, C. Última milha: a fronteira final. In: Mundo</p><p>Logística. n. 64. 2018.</p><p>HERNANDES, D. “Seu Ford Modelo T pode ter qualquer cor, desde que seja preto”. Será</p><p>mesmo?. In: Flatou!. Publicado em: 28 fev. 2019.</p><p>HSM UNIVERSITY. Henry Ford. Consultado em meio eletrônico em: 30 jul. 2020.</p><p>JORNAL HOJE. Quatro mil caminhões estão parados na BR-163. Publicado em: 25 fev.</p><p>2017.</p><p>LACCARINO, S. Logística institucional e o paradigma da matriz intermodal de</p><p>transportes. In: Mundo Logística. n. 50. 2016.</p><p>LBTV LONG BEACH, CA. From ship to showroom — Toyota logistics at the Port of Long</p><p>Beach delivers. Publicado em: 31 de jan. de 2019.</p><p>MIGUEL, P. L. S.; REIS, M. A. S. Panorama do transporte ferroviário no Brasil. In: Mundo</p><p>Logística. n. 47. 2015.</p><p>MYTRACKING. Torre de controle e monitoramento logístico. Consultado em meio</p><p>eletrônico em: 30 jul. 2020.</p><p>NEVES, M. A. O. TMS: se você ainda não tem, corra para ter um!. In: Mundo Logística. n. 61.</p><p>2009.</p><p>NEVES, M. A. O. Supplier milk runs, o futuro da logística de abastecimento de materiais.</p><p>In: Mundo Logística. n. 8. 2017.</p><p>OPENTECH. O que é uma control tower? Saiba mais sobre o assunto. Publicado em: 7 ago.</p><p>2018.</p><p>PIDD, M. Modelagem empresarial: ferramentas para tomada de decisão. Porto Alegre:</p><p>Bookman, 1996.</p><p>RODRIGUES, A. Torre de controle logístico: gestão, eficiência e redução de custos para sua</p><p>operação logística. In: Administradores. Publicado em: 17 abr. 2019.</p><p>EXPLORE+</p><p>Faça uma pesquisa na internet para acessar uma publicação que traz uma série de dados</p><p>muito interessantes, mostrando que, na realidade, o Brasil investe muito pouco em todos os</p><p>modais de transporte:</p><p>VIANNA, G. O mito do rodoviarismo brasileiro. São Paulo: NTC & Logística, 2007</p><p>Consulte o site da ILOS, em especial o artigo a seguir, para saber mais sobre corredores</p><p>sincronizados inteligentes:</p><p>Lavalle, C. Sincromodalidade: a integração inteligente de modais de transporte. In: ILOS.</p><p>Publicado em: 6 jan. 2017.</p><p>Conheça o canal Operação negócio para aprender mais sobre o assunto deste tema.</p><p>Pesquise no YouTube os seguintes vídeos com exemplos sobre os riscos gerados pelo</p><p>transporte:</p><p>Carga viva;</p><p>Cadeia do frio;</p><p>Transporte de órgãos ou pacientes.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Marcelo da Silveira Villela</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p>