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<p>2022</p><p>DO PROF. TIAGO</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA</p><p>DO PROF. TIAGO</p><p>Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)</p><p>Selma Alice Ferreira Ellwein – CRB 9/1558</p><p>A444a</p><p>Almeida, Tiago Ladeiro de.</p><p>Apostila do Prof. Tiago: Técnica Cirúrgica. / Tiago Ladeiro de</p><p>Almeida. – Londrina: Editora Científica, 2022.</p><p>ISBN 978-65-00-53388-0</p><p>1. Medicina Veterinária. 2. Ensino Superior. 3. Cirurgia. I.</p><p>Almeida, Tiago Ladeiro de. II. Título.</p><p>CDD 636.089</p><p>• Apresentação ........................................................................................... 04</p><p>• História da Cirurgia e Conceitos Básicos .................................................. 05</p><p>• Tempos Cirúrgicos e Fundamentais........................................................... 16</p><p>• Paramentação e instrumentação.............................................................. 54</p><p>• Celiotomia e Laparotomia......................................................................... 71</p><p>• Esplenectomia........................................................................................... 91</p><p>• Gastrotomia............................................................................................. 103</p><p>• Rumenotomia e Rumenostomia.............................................................. 112</p><p>• Ovariosalpingohisterectomia e Orquiectomia..........................................116</p><p>• Cistotomia.................................................................................................148</p><p>• Uretrotomia e Uretrostomia.................................................................... 157</p><p>• Enterotomia e Enterectomia................................................................... 169</p><p>• Ungulectomia........................................................................................... 193</p><p>• Descorna cosmética e mochação............................................................ 199</p><p>• Traqueotomia e traqueostomia............................................................... 209</p><p>• Preparo de rufiões................................................................................... 214</p><p>• Cesariana.................................................................................................. 227</p><p>SUMÁRIO</p><p>DO PROF. TIAGO</p><p>Apostila elaborada para auxiliar o acompanhamento discente na</p><p>disciplina de Técnica Cirúrgica e Anestesiologia Aplicadas a Medicina</p><p>Veterinária do curso de Medicina Veterinária, Faculdade Anhanguera</p><p>de Sorocaba, SP, ano de 2022.</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>Sorocaba, SP</p><p>2022</p><p>Apresentação</p><p>DO PROF. TIAGO</p><p>Prof Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>História da Cirurgia e Conceitos Básicos</p><p>História da Cirurgia</p><p>• Primeiro registro de procedimento cirúrgico na história:</p><p>• Trepanação;</p><p>Fase empírica• 400 a.C. : Hipócrates já delineava o pensamento cirúrgico;</p><p>• Século I a.C. : Aurelio Cornelio Celso: Livro “De Medicina”;</p><p>• Século II d.C. : Doutrinas de Galeno;</p><p>• Renascimento: iluminou-se a arte de operar;</p><p>• Século XVI: Andreas Vesalius;</p><p>• Século XVI: Ambróise Paré: cátedra cirúrgica;</p><p>• Século XVII: criação do método anatomoclínico;</p><p>• Condições higiênicas precárias: alta incidência de infecções e mortalidade</p><p>(40-60%);</p><p>• 4 problemas a resolver:</p><p>• dor;</p><p>• hemorragia;</p><p>• infecção;</p><p>• Choque;</p><p>• Como eram os cirurgiões?</p><p>Fase técnica</p><p>• Século XIX: dois acontecimentos fundamentais:</p><p>• antissepsia;</p><p>• anestesia;</p><p>• 1827: Joseph Lister: cirurgia antisséptica;</p><p>• Louis Pasteur: teoria microbiana da fermentação e putrefação;</p><p>• 1846: cirurgia com anestesia geral: éter como inalante anestésico;</p><p>• 1847: clorofórmio; Fase fisiológica</p><p>• Preocupação com alterações fisiológicas e metabólicas do organismo;</p><p>• Desenvolvimento de:</p><p>• antimicrobianos;</p><p>• equilíbrio hidroeletrolítico;</p><p>• radiologia;</p><p>• cirurgias torácicas, neurológicas e microscópicas;</p><p>Fase bioquímica</p><p>• Observação microscópica da célula, permitindo estudos do seu metabolismo;</p><p>Fase dos transplantes</p><p>• Autógenos: oriundos do mesmo animal;</p><p>• Alógenos: entre animais de mesma espécie;</p><p>• Xenógenos: entre animais de espécies diferentes;</p><p>• Células Tronco: potencial para desenvolvimento de qualquer tecido.</p><p>Conceitos</p><p>• Cirurgião:</p><p>• Responsável pela cirurgia;</p><p>• Características:</p><p>• vocação;</p><p>• equilíbrio psicoemocional;</p><p>• consciência do ponto limite de atuação;</p><p>• arrojado;</p><p>• prudente;</p><p>• habilidade manual e instrumental;</p><p>• convicção;</p><p>• disciplina;</p><p>• honestidade;</p><p>• responsabilidade.</p><p>Conceitos</p><p>• Técnica Cirúrgica:</p><p>• conjunto de manobras da arte operatória;</p><p>• sequência de movimentos harmônicos executados, manualmente ou com</p><p>instrumentos, na realização de determinado ato operatório (diagnóstico ou</p><p>terapêutico), com pleno conhecimento anatômico e funcional da região a ser</p><p>operada.</p><p>Conceitos: Divisão da Cirurgia</p><p>• Técnica Cirúrgica:</p><p>• técnica propriamente dita;</p><p>• tática ou estratégia cirúrgica;</p><p>• Patologia Cirúrgica:</p><p>• Geral;</p><p>• Regional (ex: membro anterior);</p><p>• Sistemático (ex: Sistema digestivo);</p><p>• Especial (ex: plástica);</p><p>• Clínica Cirúrgica:</p><p>• Semiologia cirúrgica (diagnóstico);</p><p>• Terapêutica cirúrgica (tratamento);</p><p>Conceitos: Classificação das Cirurgias</p><p>Cruentas ou Incruentas</p><p>Com relação à perda de sangue:</p><p>Curativas, por conveniência ou experimentais</p><p>Com relação à finalidade:</p><p>Radicais ou paliativas</p><p>Com relação ao resultado:</p><p>Eletivas ou urgentes</p><p>Com relação à época:</p><p>Favorável ou desfavorável</p><p>Com relação ao prognóstico:</p><p>Nomenclatura cirúrgica</p><p>• As manobras e os procedimentos cirúrgicos, assim como o instrumental utilizado,</p><p>em CIRURGIA, são reconhecidos por denominações próprias ou termos médicos</p><p>de diversas etimologias;</p><p>• A regra mais utilizada na construção desses termos é a sufixação;</p><p>• Agrega-se a palavra primitiva (órgão, tecido ou região anatômica) ao sufixo que lhe</p><p>proporcionará um novo sentido;</p><p>Nomenclatura cirúrgica</p><p>• Sufixação;</p><p>• Epônimos:</p><p>• Exemplos: Gastrectomia de Billroth II</p><p>• Piloroplastia em Y de Heineke-Mikulicz</p><p>• Pinças hemostáticas de Kelly e Kocher</p><p>• Pinça de Halsted (“mosquito”)</p><p>• Sinônimos:</p><p>• Exemplos de enxerto:</p><p>• autólogo = autógeno (entre regiões do mesmo indivíduo);</p><p>• homólogo = alógeno (dois indivíduos de mesma espécie);</p><p>• heterólogo = xenógeno (entre duas espécies diferentes);</p><p>• Termos híbridos:</p><p>• Radioterapia: radium (latim) + therapéia (grego);</p><p>• Apendicite: apendicis (latim) + itis (grego);</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof Me Dr Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>Tempos Cirúrgicos e Fundamentais</p><p>Tempos Cirúrgicos</p><p>• Cirurgia trata-se de uma integração de procedimentos;</p><p>• Seus limites se confundem com a Propedêutica, Diagnóstico,</p><p>Indicações de Tratamento, Avaliação Clínica e Cuidados de:</p><p>• PRÉ-OPERATÓRIO;</p><p>• TRANSOPERATÓRIO;</p><p>• PÓS-OPERATÓRIO.</p><p>Pré-operatório</p><p>• DEFINIÇÃO:</p><p>• Intervalo de tempo que transcorre entre a indicação da operação</p><p>e o momento de iniciá-la;</p><p>• FINALIDADE:</p><p>• Determinar o risco operatório, a técnica e táticas cirúrgicas, e os</p><p>tratamentos a serem instituídos;</p><p>• DEPENDENDO DA DURAÇÃO:</p><p>• Intervenções de extrema urgência;</p><p>• Intervenções de relativa urgência;</p><p>• Pacientes com graves alterações funcionais;</p><p>• Pacientes cujos órgãos funcionem satisfatoriamente.</p><p>Pré-operatório</p><p>• ETAPAS:</p><p>• Avaliação clínica:</p><p>• Anamnese;</p><p>• Exame físico geral e especial;</p><p>• Exames complementares:</p><p>• Situação hematológica, metabólica, parasitológica, sorológica</p><p>e de determinados sistemas orgânicos;</p><p>• Preparo do paciente:</p><p>• Fase de correção;</p><p>• Dieta;</p><p>• Preparação da pele, pêlos e mucosas.</p><p>Transoperatório• DEFINIÇÃO:</p><p>• Período compreendido entre a indução anestésica e o término da</p><p>intervenção cirúrgica;</p><p>• ETAPAS:</p><p>• Admissão do paciente na sala cirúrgica;</p><p>• Indução anestésica;</p><p>• Monitoração e venóclise;</p><p>• Posicionamento e imobilização do paciente na mesa;</p><p>• Preparo da equipe cirúrgica;</p><p>• Preparo</p><p>do campo operatório;</p><p>• Cirurgia propriamente dita;</p><p>• Curativo;</p><p>• Término da anestesia;</p><p>• Remoção do paciente.</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Fonte: o autor (2022)</p><p>Pós-operatório</p><p>• DEFINIÇÃO:</p><p>• Período compreendido entre o término da cirurgia e a plena</p><p>recuperação clínica do paciente relativa às alterações</p><p>determinadas pelo ato cirúrgico em si;</p><p>• Não depende da evolução do estado mórbido inicial;</p><p>• Conjunto de indicações e tratamentos determinados pelo</p><p>operador após a intervenção cirúrgica.</p><p>Pós-operatório</p><p>• ETAPAS:</p><p>• Imediato: 1o ao 3o dia:</p><p>• Ambiente seco, limpo e arejado;</p><p>• Decúbito: alternar a cada 1 hora;</p><p>• Acompanhar retorno anestésico;</p><p>• Avaliar:</p><p>• movimentos respiratórios;</p><p>• Temperatura;</p><p>• Pulso;</p><p>• Choque;</p><p>• Emese;</p><p>• Defecação e micção;</p><p>• Dieta e Hidratação;</p><p>• Cuidados com a ferida cirúrgica.</p><p>• Mediato ou tardio: após 3o dia:</p><p>• Complicações por compressão;</p><p>• Complicações anestésicas;</p><p>• Complicações pulmonares;</p><p>• Complicações cardiovasculares;</p><p>• Complicações por infecções.</p><p>Tempos Fundamentais</p><p>• Divisão das atividades cirúrgicas no transoperatório:</p><p>• Diérese;</p><p>• Hemostasia;</p><p>• Síntese.</p><p>Diérese</p><p>• Definição:</p><p>• Conjunto de manobras manuais e instrumentais que visam afastar os tecidos com finalidade</p><p>terapêutica.</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Diérese</p><p>• Classificação:</p><p>• Incruenta: não há perda de sangue:</p><p>• Raio laser: incisões de córnea;</p><p>• Eletrocautério: incide e faz hemostasia;</p><p>• Cruenta: há perda de sangue:</p><p>• Arrancamento: vasos, tendões, nervos;</p><p>• Curetagem: cicatrização de feridas ulcerativas;</p><p>• Debridamento: tecido neoformado;</p><p>• Divulsão: afastamento de tecidos;</p><p>• Dilatação: aumentar diâmetro de canais e orifícios naturais ou trajetos fistulosos;</p><p>• Escarificação: raspado de pele;</p><p>• Exérese ( ressecção ): eliminação de estrutura;</p><p>• Formação de fístula: traqueostomia;</p><p>• Fratura: correção de eixo ósseo;</p><p>• Liberação de aderências: liberação do estômago da parede abdominal;</p><p>• Punço-incisão: instrumental cortante e agudo (drenagem de abcesso).</p><p>Diérese</p><p>• Incisão:</p><p>• Em diérese cruenta esta</p><p>é a manobra cirúrgica de</p><p>maior importância, é o</p><p>ato de cortar, seccionar</p><p>tecidos, inerente a</p><p>praticamente todas as</p><p>intervenções cirúrgicas.</p><p>Fonte: Disponível em : Wikimedia Commons</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Dissection_tools.jpg Acesso em:</p><p>21/09/2022</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Dissection_tools.jpg</p><p>Diérese: Classificação</p><p>• Simples – incisão magistral única e sua execução se torna facilitada quando colocamos o tecido a ser</p><p>incidido sob tensão. Ex: Incisão pré-retro-umbilical nas castrações de cadelas;</p><p>• Combinadas – duas incisões: retas, curvas ou uma reta e uma curva. Ex: Laparotomia de machos;</p><p>Quanto ao número:</p><p>• Longitudinais, transversais ou oblíquas;</p><p>Quanto ao eixo:</p><p>• Cranio-caudais, dorso-ventrais, latero-laterais;</p><p>Quanto à direção:</p><p>Diérese: Considerações</p><p>1. Todas as incisões, tanto na pele como nos planos mais profundos, devem ser feitas</p><p>com a lâmina do bisturi perpendicularmente aplicada com a finalidade de se evitar</p><p>cortes biselados</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Diérese: Considerações</p><p>2. Evitar incisões em tecidos que estejam fora do plano cirúrgico;</p><p>3. A incisão deve ser feita de uma só vez, em um só tempo (incisão magistral), a fim de</p><p>se evitar anfractuosidades;</p><p>4. Incidir sem trocar a direção do corte planejado, evitando-se os cortes inúteis;</p><p>5. Utilizar o bisturi somente nas incisões de pele e na eliminação de bridas resistentes;</p><p>6. Nos demais planos o instrumento de incisão utilizado é a tesoura, de tal modo que</p><p>devemos escolher a adequada para as diferentes especialidades.</p><p>Hemostasia</p><p>• Definição:</p><p>• Manobra manual ou instrumental que o cirurgião utiliza para evitar, prevenir ou sustar uma</p><p>hemorragia (arterial, venosa ou capilar) ou impedir a circulação temporariamente em uma</p><p>determinada área;</p><p>• Terminologia:</p><p>• Stasia: deter, parar;</p><p>• Hemo: sangue;</p><p>• Controle de um sangramento (hemostasia):</p><p>• Deve ser feita plano por plano:</p><p>• na pele, deve ser feita antes de se incidir a musculatura;</p><p>• nos músculos, antes do destino desejado;</p><p>• Hemorragia capilar: faz-se compressão manual;</p><p>• Vasos de grosso calibre: devem ser pinçados e ligados;</p><p>• Evitar pinçamento em massa.</p><p>Hemostasia</p><p>• Importância do controle de hemorragias:</p><p>• Presença de sangue dificulta visualização do campo operatório;</p><p>• Choque;</p><p>• Anoxia dos tecidos (cérebro, miocárdio);</p><p>• Perda de sangue: defesas, infecção;</p><p>• Retarda a cicatrização dos tecidos;</p><p>• Classificação das hemorragias:</p><p>• Externas: sangue flui diretamente para o exterior;</p><p>• Internas: sangue se acumula em:</p><p>• Interstícios dos tecidos: equimose;</p><p>• Cavidades neoformadas: hematomas;</p><p>• Cavidades fechadas:</p><p>• tórax (rupturas de pulmão)</p><p>• abdome (ruptura de baço)</p><p>Hemostasia</p><p>• Tipos de hemostasia:</p><p>• Temporária:</p><p>• Pinças hemostáticas;</p><p>• Compressão circular;</p><p>• Compressão digital;</p><p>• Compressão indireta.</p><p>Hemostasia</p><p>• Disposição e extensão das ranhuras;</p><p>• Presença de dentes na extremidade p/ pinçamento;</p><p>• Tamanho e formatos variados p/ diferentes calibres e profundidades de vasos e especialidades;</p><p>• Halstead ou Mosquito, Kelly, Crile, Rochester, Kocher, etc.</p><p>Pinças hemostáticas</p><p>Hemostasia</p><p>• Tipos de hemostasia:</p><p>• Definitiva:</p><p>• Normalmente feita por meio de ligadura (laçada ou transfixação);</p><p>• Sutura em massa;</p><p>• Torção;</p><p>• Cauterização:</p><p>• eletrocoagulação – bisturi elétrico;</p><p>• termocauterização – calor;</p><p>• fotocoagulação – laser;</p><p>• Obturação: oclusão da luz do vaso por substânicas exógenas;</p><p>• Aplicação de “clips” metálicos.</p><p>Síntese</p><p>• Definição:</p><p>• Conjunto de manobras manuais e instrumentais que visam, por meio de fios ou</p><p>outros materiais, restabelecer a condição anatômica e funcional dos tecidos que</p><p>foram incididos de forma voluntária ou acidental.</p><p>Fonte: Disponível em : Wikimedia Commons</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:106th_MD_keeps_furr</p><p>y_friends_fit_to_frolic_140603-F-FM358-028.jpg Acesso em: 21</p><p>set. jun. 2022</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:106th_MD_keeps_furry_friends_fit_to_frolic_140603-F-FM358-028.jpg</p><p>Síntese</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Síntese</p><p>• Instrumentos utilizados:</p><p>• Agulhas: três partes distintas:</p><p>• Fundo:</p><p>• Cego ou fechado;</p><p>• Falso ou aberto (francês);</p><p>• Encastoadas;</p><p>• Corpo:</p><p>• Cilíndrico (atraumático);</p><p>• Achatado (dorso-ventralmente ou latero-lateralmente);</p><p>• Forma de trapézio;</p><p>• Forma triangular;</p><p>• Ponta:</p><p>• Lanceolada;</p><p>• Forma de quilha de barco;</p><p>• Forma de cone;</p><p>• Triangular.</p><p>Síntese</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Síntese</p><p>• Tipos de agulhas:</p><p>• Retas: usadas com a mão;</p><p>• Curvas: ¾, 3/8, ½ ou 5/8 de círculo;</p><p>• Semirretas: fundo e corpo retos e</p><p>ponta curva;</p><p>• Combinadas: fundo e ponta curvos</p><p>e corpo retos, ou em “S”;</p><p>• Especiais: Reverdin (reta,</p><p>semicurva, curva).</p><p>Síntese</p><p>• Instrumentos utilizados:</p><p>• Material Auxiliar:</p><p>• Pinça de dissecção (sem dente e com dente), pinça Adson Brown;</p><p>• Pinça de Allis, afastadores;</p><p>• Porta-Agulhas:</p><p>• Hegar-Mayo, Mathieu, Olsen-Hegar, Hermolds;</p><p>• Material de sutura:</p><p>• Fios, grampos, adesivos sintéticos e biológicos.</p><p>Suturas</p><p>Todo material destinado a manter coaptadas as bordas</p><p>de uma ferida cirúrgica permitindo a efetivação do</p><p>processo de cicatrização recebe o nome de sutura</p><p>(GOFFI, 1978).</p><p>Fios de Sutura</p><p>• Definição:</p><p>• Porção de material, sintético ou orgânico, flexível, de secção circular com diâmetro muito</p><p>reduzido em relação ao comprimento;</p><p>• Destina-se à contenção ou fixação de estruturas orgânicas por meio de suturas e nós;</p><p>• Características do fio ideal:</p><p>• Boa segurança no nó;</p><p>• Adequada resistência tênsil;</p><p>• Fácil manuseio;</p><p>• Baixa reação tecidual;</p><p>• Não provocar ou manter infecção;</p><p>• Manter bordas da ferida aproximadas até fase proliferativa da cicatrização;</p><p>• Não possuir ação carcinogênica;</p><p>• Resistente ao meio no qual atua;</p><p>• Baixo custo.</p><p>Fios de Sutura</p><p>• Apresentação:</p><p>• Comprimento padronizado: 8cm a 1,5m;</p><p>• Sem agulhas: para ligaduras ou suturas (quando associado à agulhas);</p><p>• Com agulhas: uma (maioria das suturas) ou duas (cirurgias cardiovasculares ou síntese óssea);</p><p>• Escolha do fio:</p><p>• Resistência</p><p>tênsil;</p><p>• Menor calibre, porém compatível com a necessidade;</p><p>• Absorvível: quando a manutenção da resistência não é importante ou há processo infeccioso;</p><p>• Inabsorvível: quando deseja-se a manutenção da resistência por mais que 2 ou 3 semanas, ou</p><p>quando a reação inflamatória deve ser a menor possível.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS ABSORVÍVEIS</p><p>TIPO NOME NOME COMERCIAL</p><p>ANIMAL</p><p>CATEGUTE SIMPLES CATEGUTE</p><p>CATEGUTE CROMADO CATEGUTE</p><p>SINTÉTICO</p><p>MONOFILAMENTADO</p><p>POLIGLICONATO MAXON</p><p>POLIDOXANONE PDS</p><p>POLIGLECAPRONE MONOCRYL</p><p>MULTIFILAMENTADO</p><p>ÁCIDO POLIGLICÓLICO DEXON</p><p>POLIGLACTINA 910 VICRYL</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS INABSORVÍVEIS</p><p>ANIMAL SEDA TRANÇADA SILICONIZADA</p><p>SEDA CIRÚRGICA</p><p>SEDA ISENCAP</p><p>SEDA ANACAP</p><p>VEGETAL</p><p>LINHO TORCIDO LINHO CIRÚRGICO</p><p>ALGODÃO TORCIDO</p><p>ALGODÃO</p><p>ARGOFIL</p><p>SINTÉTICO</p><p>POLIAMIDA (NYLON)</p><p>MONOFILAMENTAR</p><p>SUPERFLON</p><p>MONONYLON</p><p>DERMALON</p><p>MULTIFILAMENTAR TRANÇADO NUROLON</p><p>POLIPROPILENO MONOFILAMENTAR</p><p>SUPRALENE</p><p>PROLENE</p><p>PROXOLENE</p><p>POLIÉSTER MULTIFILAMENTAR TRANÇADO</p><p>MERSILENE</p><p>DACRON</p><p>POLIÉSTER MULTIFILAMENTAR TRANÇADO IMPREGNADO</p><p>TEFLON ETHIFLEX</p><p>POLIBUTILATO ETHIBOND</p><p>SILICONE</p><p>TI-CRON</p><p>SURGILENE</p><p>PERLON MULTIFILAMENTAR REVESTIDO COM PERLON SUPRAMID</p><p>METÁLICO</p><p>MONOFILAMENTAR</p><p>ACIFLEX</p><p>SURGALOY</p><p>MONICORM</p><p>MULTIFILAMENTAR COM TEFLON FLEXON</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>CARACTERÍSTICAS FÍSICAS</p><p>CONFIGURAÇÃO FÍSICA</p><p>Monofilamentar</p><p>Multifilamentar: trançado ou torcido</p><p>CAPILARIDADE Capacidade do fio de captar líquidos, mesmo parcialmente em contato estes</p><p>ABSORÇÃO DE FLUIDOS</p><p>Capacidade do fio de captar fluidos quando totalmente imerso (mulit ></p><p>mono)</p><p>ADERÊNCIA BACTERIANA Capacidade de aderência bacteriana em sua superfície ou insterstício</p><p>DIÂMETRO</p><p>Determinado em milímetros, expresso em números de zeros (quanto menor,</p><p>+ zeros)</p><p>FORÇA TÊNSIL Somatória de forças para quebrar o fio / diâmetro do fio</p><p>FORÇA DO NÓ Força necessária para fazer um nó escapar</p><p>ELASTICIDADE Capacidade de retornar a forma original após tensão</p><p>PLASTICIDADE Capacidade de manter nova forma após tensão</p><p>MEMÓRIA Relacionada as duas anteriores após nó</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Fios de Sutura</p><p>Diâmetro do fio</p><p>Maior Menor</p><p>5 – 4 – 3 – 2 – 1 – 0 – 2-0 – 3-0 – 4-0 – 5-0 – 6-0 – 7-0 – 8-0 – 9-0 – 10-0 – 11-0 – 12-0</p><p>Número de zeros corresponde a um diâmetro capaz de determinar a resistência tênsil:</p><p>• 0 = 1.0</p><p>• 2-0 = 0.0</p><p>• 3-0= 0.0.0 ...</p><p>CARACTERÍSTICAS DE MANUSEIO</p><p>PLIABILIDADE</p><p>Facilidade de dar o nó, para dobrar o fio.</p><p>Multitrançados > pliablilidade.</p><p>COEFICIENTE DE ATRITO (CA)</p><p>Capacidade que o fio tem de deslizar pelos tecidos e de desatar o nó;</p><p>Fios com alto CA tendem a “raspar” nos tecidos, dificultando sua retirada e</p><p>também dificultam o nó.</p><p>CARACTERÍSTICAS DE REAÇÃO TECIDUAL</p><p>1 A 4 DIAS</p><p>Infiltrado celular de polimorfonucleares, leucócitos,</p><p>linfócitos e monócitos</p><p>4 A 7 DIAS Macrófagos e fibroblastos</p><p>7º DIA Tecidos fibrósticos com inflamação crônica</p><p>28º DIA Forma-se uma fina cápsula fibrótica em torno do fio</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor. 2022.</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor. 2022.</p><p>CARACTERÍSTICAS DAS SUTURAS</p><p>PROFUNDIDADE</p><p>Superficial – pele e tecido subcutâneo</p><p>Profunda – abaixo plano aponeurótico</p><p>PLANOS ANATÔMICOS</p><p>Por planos – camada por camada</p><p>Em massa – todos os planos</p><p>Mista – combinação das duas</p><p>FIO USADO</p><p>Absorvível</p><p>Inabsorvível</p><p>TIPO DE PONTO</p><p>Simples</p><p>Especial – sutura óssea</p><p>FINALIDADE</p><p>Hemostática – coibir hemorragia</p><p>Aproximação – restabelecer a anatomia</p><p>Sustentação – manter uma esrtutura em posição</p><p>Estética – principalmente plástica de pele</p><p>ESPESSURA DO TECIDO</p><p>Perfurante total</p><p>Perfurante parcial</p><p>SEQUÊNCIA DE PONTOS</p><p>Pontos separados</p><p>Contínua</p><p>POSIÇÃO DAS BORDAS</p><p>De confrontamento – justapor as bordas</p><p>Invaginante – órgãos ocos, isolando a luz</p><p>De eversão – suturas vasculares</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>Paramentação e Instrumentação</p><p>Definição de infecção</p><p>Implantação, crescimento e multiplicação de seres</p><p>inferiores no organismo de hospedeiros altamente</p><p>diferenciados.</p><p>Definição de técnicas antissépticas</p><p>Conjunto de processos, medidas ou meios</p><p>para impedir o contato de microorganismos</p><p>com a ferida cirúrgica.</p><p>Métodos</p><p>• Esterilização:</p><p>• Destruição de todas as formas viáveis de microrganismos dos materiais e instrumentos</p><p>cirúrgicos;</p><p>• Tipos:</p><p>• CALOR SECO;</p><p>• CALOR ÚMIDO;</p><p>• GÁS;</p><p>• IMERSÃO;</p><p>• RADIAÇÃO;</p><p>• FILTRAÇÃO.</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor. 2022.</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor. 2022.</p><p>Estocagem de material</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Antissepsia</p><p>Conjunto de métodos utilizados para impedir a</p><p>proliferação de microrganismos patogênicos por</p><p>determinado tempo, seja pela inativação e/ou</p><p>destruição dos mesmos, sem que haja necessariamente</p><p>a destruição de todas as formas viáveis.</p><p>Empregado em tecidos orgânicos.</p><p>Desinfecção</p><p>Termo usado às vezes como sinônimo de antissepsia,</p><p>tem o mesmo significado e é preferível empregá-lo</p><p>quando se trata de combater os germes patogênicos na</p><p>superfície de objetos inanimados como paredes, chão e</p><p>equipamentos em geral de uma sala cirúrgica, através</p><p>de desinfetantes.</p><p>Tipos de Antissépticos e Desinfetantes</p><p>• ÁLCOOIS;</p><p>• ÉTERES;</p><p>• ALDEÍDOS E DERIVADOS;</p><p>• FENÓIS E DERIVADOS;</p><p>• HALOGÊNIOS E DERIVADOS;</p><p>• AGENTES DE SUPERFÍCIE;</p><p>• METAIS PESADOS;</p><p>• AGENTES OXIDANTES.</p><p>Tipos de Desinfecção</p><p>NÍVEL ALTO:</p><p>• bacilos da tuberculose,</p><p>bactérias vegetativas,</p><p>fungos e vírus;</p><p>• não afeta esporos;</p><p>• Imersão em</p><p>Glutaraldeído 2%: 30-</p><p>60m;</p><p>• Ácido peracético 0,2% -</p><p>Peróxido de hidrogênio</p><p>7,3%;</p><p>• Itens semi-críticos:</p><p>laringoscópio,</p><p>endoscópios;</p><p>NÍVEL MÉDIO:</p><p>• bactérias vegetativas,</p><p>vírus;</p><p>• Álcool 70% e Hipoclorito</p><p>1%;</p><p>• Artigos não críticos</p><p>(contato com pele íntegra)</p><p>e superfícies;</p><p>NÍVEL BAIXO:</p><p>• bactérias vegetativas,</p><p>poucos vírus e fungos;</p><p>• Amônia quaternária:</p><p>superfícies.</p><p>Tipos de Antissépticos</p><p>ÁLCOOIS CLOREXIDINE IODO FENÓIS</p><p>AMÔNIA</p><p>QUATERNÁRIA</p><p>• Etílico (70%) e</p><p>Isopropílico;</p><p>• Ação: Coagulação de</p><p>Proteínas;</p><p>• Bactericida;</p><p>• Pouca ação contra</p><p>vírus e esporos;</p><p>• Concentração</p><p>menor:</p><p>bacteriostático</p><p>• Gram + e -;</p><p>• Não irritante;</p><p>• Ação residual média</p><p>de 6 horas</p><p>• Bactérias, fungos,</p><p>vírus, protozoários;</p><p>• Oxida componentes</p><p>celulares;</p><p>• Mancha, corrosivo,</p><p>desencadeia reações</p><p>alérgicas;</p><p>• Associação com</p><p>álcool, degermante,</p><p>polivinilpirrolidona</p><p>(PVPI).</p><p>• Ácido carboxílico;</p><p>• Aspersões;</p><p>• Cresóis:</p><p>desinfetantes;</p><p>• Bisfenóis:</p><p>antissépticos</p><p>• Gram + e -;</p><p>• Ineficientes contra</p><p>vírus e esporos;</p><p>• Desnaturação efetiva</p><p>de proteínas:</p><p>detergentes</p><p>catiônicos (cloreto de</p><p>benzalcônio)</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Profilaxia da infecção: fontes de contaminação de uma ferida cirúrgica limpa e asséptica</p><p>• o próprio doente;</p><p>• outro doente;</p><p>• pessoal técnico hospitalar;</p><p>• instrumental hospitalar;</p><p>• meio ambiente;</p><p>• insetos, poeira, correntes de ar contaminado</p><p>PARAMENTAÇÃO</p><p>• Pijama Cirúrgico;</p><p>• Gorro;</p><p>• Máscara;</p><p>• Avental Cirúrgico;</p><p>• Luvas estéreis;</p><p>• Propé.</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor. 2022.</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>Celiotomia e Laparotomia</p><p>Celiotomia e Laparotomia</p><p>• Definição:</p><p>• abertura da cavidade abdominal com a finalidade de se estabelecer</p><p>um acesso cirúrgico aos órgãos abdominais;</p><p>• Celiotomia: termo mais usado em pequenos animais;</p><p>• Laparotomia: termo mais usado em grandes animais.</p><p>• Anatomia da região ventral abdominal:</p><p>• Oblíquo abdominal externo;</p><p>• Oblíquo abdominal interno;</p><p>• Reto abdominal;</p><p>• Transverso abdominal.</p><p>Celiotomia e Laparotomia</p><p>• Divisão topográfica abdominal: regiões:</p><p>• Epigástrica;</p><p>• Mesogástrica;</p><p>• Hipogástrica.</p><p>Celiotomia e Laparotomia</p><p>Epigástrica</p><p>Hipogástrica</p><p>Mesogástrica</p><p>Fonte:</p><p>o autor (2022).</p><p>Hipocôndria</p><p>E</p><p>Flanco</p><p>E</p><p>Inguinal</p><p>E</p><p>Xifóide Umbilical Pré-púbica</p><p>Hipocôndria</p><p>D</p><p>Flanco</p><p>D</p><p>Inguinal</p><p>D</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Celiotomia – Tipos de incisão</p><p>• O sentido e posição das incisões (em relação ao umbigo e linha média)</p><p>estão relacionados com o órgão que se deseja abordar;</p><p>• Mediana;</p><p>• Paramediana:</p><p>• Transretal;</p><p>• Pararetal:</p><p>• Lateral;</p><p>• Medial;</p><p>• Paracostal ou Oblíqua;</p><p>• Transversa;</p><p>• Pré-umbilicais;</p><p>• Retroumbilicais;</p><p>• Pré-retroumbilicais.</p><p>Pré-umbilical</p><p>Retroumbilical</p><p>P</p><p>ré-retro</p><p>-u</p><p>m</p><p>b</p><p>ilical</p><p>Mediana</p><p>Paramediana</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Mediana</p><p>Paramediana</p><p>Transretal D</p><p>Paramediana</p><p>Transretal E</p><p>o autor ( 2022)</p><p>Paramediana</p><p>Pararetal</p><p>Medial E</p><p>Paramediana</p><p>Pararetal</p><p>Lateral D</p><p>o autor (2022)</p><p>Paracostal</p><p>Transversal</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Celiotomia – Técnica Operatória</p><p>• Celiotomia mediana é a mais utilizada;</p><p>• Tricotomia de toda região abdominal ventral;</p><p>• Anestesia geral;</p><p>• Antissepsia do campo operatório;</p><p>• Colocação do 1o campo cirúrgico;</p><p>• Incisão da pele;</p><p>• Divulsão do tecido subcutâneo;</p><p>• Colocação do 2o campo;</p><p>•Pique na linha alba e peritônio com bisturi e prolonga-se a incisão com</p><p>tesoura;</p><p>•Hemostasia assim que surge sangramento: ligadura, pinçamento,</p><p>compressão;</p><p>Celiotomia – Técnica Operatória</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Celiotomia – Técnica Operatória</p><p>;•Sutura:</p><p>• 1º plano: fascia do m. reto do abdomen e peritônio</p><p>• Pontos: Simples Separados, X ou os dois;</p><p>•Fios:</p><p>• Absorvíveis naturais:</p><p>• Categute cromado 2-0 a 0 (em desuso);</p><p>• Absorvíveis sintéticos:</p><p>• Dexon, Vicryl;</p><p>• Inabsorvíveis sintéticos:</p><p>• Nylon, Supramid.</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor. 2022.</p><p>Celiotomia – Técnica Operatória</p><p>• Sutura:</p><p>• 2º plano: Aproximação do tecido</p><p>subcutâneo:</p><p>•Pontos: Contínua Intradérmica com</p><p>ancoragem a cada dois pontos ou ponto</p><p>simples separados;</p><p>• Fios: Absorvível Sintético:</p><p>• PDS 3-0 a 0.</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Celiotomia – Técnica Operatória</p><p>• Sutura:</p><p>• 3º plano: Pele;</p><p>• Pontos simples separados;</p><p>• Wolff;</p><p>• Donatti;</p><p>• Fios: inabsorvíveis sintéticos:</p><p>• Nylon 4-0 a 2-0;</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Laparotomia – Grandes Animais</p><p>• Laparotomia mediana ventral:</p><p>• Exposição abdominal maior que acesso lateral;</p><p>• Tratamento cirúrgico de abdomen agudo em equinos;</p><p>• Técnica:</p><p>• Decúbito dorsal;</p><p>•Tricotomia da região púbica até xifoidéa, 30cm distante da região de</p><p>linha média;</p><p>• Antissepsia;</p><p>• Panos de campo;</p><p>• Muitas vezes utiliza-se luvas longas para exploração da cavidade;</p><p>Laparotomia – Grandes Animais</p><p>• Incisão pré-umbilical de 30-40cm (abdomen agudo);</p><p>• Incisão retroumbilical (cistotomias, ovariectomias);</p><p>• Divulsão de subcutâneo e abertura da cavidade como de rotina;</p><p>• Qualquer alça exteriorizada deve ser mantida úmida;</p><p>• Realização de procedimento exploratório ou terapêutico;</p><p>•Sutura em três camadas: musculatura (fio 2); subcutâneo (0), pele (reverdin</p><p>com fio 0 ou 2);</p><p>• Pode-se usar grampos para pele;</p><p>Laparotomia – Grandes Animais</p><p>• Laparotomia do flanco:</p><p>• Tranquilização facultativa, bloqueio local em L invertido;</p><p>• Preparação antisséptica de rotina;</p><p>•Incisão de pele de 20cm realizada entre tuberosidade da coxa e última</p><p>costela;</p><p>• Limite dorsal abaixo do músculo longo dorsal;</p><p>• Duas técnicas de acesso:</p><p>• Divulsionando os músculos;</p><p>• Cortando as fibras;</p><p>• Sutura em cinco camadas:</p><p>• Peritônio e m. abdominal transverso: ponto simples separado 0;</p><p>• M. Oblíquo abdominal interno: ponto simples separado 0;</p><p>• Antes de fechar o m. Oblíquo abdominal externo, pode-se colocar</p><p>um dreno;</p><p>• Subcutâneo: sutura contínua absorvível 0;</p><p>• Pele: simples separada ou reverdin 0.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>Esplenectomia</p><p>Anatomia e Fisiologia</p><p>• Localização:</p><p>• depende de seu tamanho e localização dos outros órgão abdominais;</p><p>•região epigástrica esquerda: nomenclatura atual: abdomen ventrocranial</p><p>esquerdo;</p><p>• paralelo à grande curvatura do estômago;</p><p>• aderido ao estômago pelo ligamento gastroesplênico;</p><p>• Vascularização:</p><p>• recebe suprimento sanguíneo pela porção central (hilo);</p><p>• retorno venoso:</p><p>• veia esplênica;</p><p>• veia gastroesplênica;</p><p>• veia porta (sistema porta-hepático);</p><p>TRONCO</p><p>CELÍACO</p><p>ARTÉRIA</p><p>ESPLÊNICA</p><p>RAMO</p><p>DORSAL</p><p>RAMO</p><p>VENTRAL</p><p>Vasculariza a região dorsal do</p><p>órgão</p><p>ARTÉRIAS GÁSTRICAS CURTAS</p><p>RAMOS PARA O PÂNCREAS</p><p>Artérias segmentares terminais</p><p>para a polpa do baço</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Anatomia e Fisiologia</p><p>• Funções esplênicas:</p><p>• Hematopoese;</p><p>• Hematocatérese;</p><p>• Maturação e reparação de hemácias;</p><p>• Armazenamento de sangue e seus elementos;</p><p>• Armazenamento de ferro;</p><p>• Síntese de anticorpos e outros fatores nas deficiências imunológicas;</p><p>• Produção de glóbulos brancos;</p><p>Indicações para esplenectomia</p><p>• Esplenomegalias secundárias que representam risco de ruptura;</p><p>• Traumatismos, rupturas, hematomas, cistos, etc;</p><p>• Torção do pedículo e vólvulo gástrico;</p><p>•Uma variedade de distúrbios hematológicos como por exemplo: anemias</p><p>hemolíticas, púrpura trombocitopênica;</p><p>Pré-operatório</p><p>• Exames laboratoriais:</p><p>• Hemograma: análise e correções;</p><p>• Oxigenoterapia: animais com anemia;</p><p>• Casos de esplenomegalia: kit de transfusão sanguínea disponível;</p><p>Técnica Cirúrgica</p><p>• Celiotomia mediana pré-umbilical:</p><p>• Esplenorrafia;</p><p>• Esplenectomia parcial;</p><p>• Esplenectomia total;</p><p>Técnica Cirúrgica - Esplenorrafia</p><p>• Sutura da cápsula esplênica</p><p>em lacerações não profundas;</p><p>•Pontos simples separados, fio absorvível agulhado (atraumático);</p><p>•Se houver hemorragia intensa: ligadura das terminações vasculares que irrigam a área.</p><p>Técnica Cirúrgica – Esplenectomia parcial</p><p>• Seleção e pinçamento dos vasos que irrigam a região lesada;</p><p>• Secção e ligadura dos vasos tão próximos do baço quanto for possível (usar</p><p>bom senso);</p><p>• Aplicar pressão digital em margem da porção isquêmica;</p><p>• Dividir o baço entre dois clampes;</p><p>• Incidir entre os clampes e remover porção lesada;</p><p>• Sutura: Ponto simples contínuo;</p><p>• Fio: absorvível agulhado 3-0 ou 4-0 (fio de sutura absorvível sintético – PDS</p><p>ou Maxon).;</p><p>• Hemostasia: pressão digital por cinco minutos;</p><p>• Omentopexia se necessário.</p><p>Técnica Cirúrgica – Esplenectomia total</p><p>• Abordagem pela linha mediana;</p><p>• Vasos do hilo ligados próximos ao baço: evitar artérias segmentares para o</p><p>lobo pancreático esquerdo e manter a artéria gastroepiplóica esquerda;</p><p>•Ligaduras individuais dos vasos com fio inabsorvível, no omento e ligamento</p><p>gastroesplênico;</p><p>• Remover o órgão da cavidade;</p><p>• Exame rigoroso das vísceras abdominais em busca de metástases;</p><p>• Leito esplênico lavado com solução salina morna e examinadas possíveis</p><p>hemorragias;</p><p>• Importante remover o baço intacto.</p><p>Cuidados pós-operatórios</p><p>• Equilíbrio hídrico;</p><p>• Antibioticoterapia;</p><p>• Hemograma;</p><p>• Controle das mucosas aparentes e temperatura;</p><p>• Complicações:</p><p>• Leucocitose;</p><p>• Presença de células sanguíneas imaturas ou simplesmente alteradas;</p><p>• Aumento da susceptibilidade a uma infecção;</p><p>• Anemia discreta;</p><p>•Coagulação intravascular disseminada (lesões neoplásicas grandes ou</p><p>baço torcido): controle por hematócrito;</p><p>Cuidados pós-operatórios</p><p>HEMORRAGIAS POR LIGADURAS INADEQUADAS</p><p>• Sintomas:</p><p>• Queda do hematócrito e proteína: diferenciar de CID (teste de Wiener);</p><p>• Abaulamento abdominal;</p><p>• Punção abdominal: líquido hemorrágico;</p><p>• Procedimento: reoperar;</p><p>• Lavar o leito esplênico com solução salina morna;</p><p>• Remover os coágulos.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>Gastrotomia</p><p>Gastrotomia</p><p>•Definição:</p><p>• Gastrotomia: abertura do estômago;</p><p>• Gastrostomia: comunicação entre luz do estômago e meio externo;</p><p>• Gastrectomia parcial: remoção de parte do estômago;</p><p>• Gastrorrafia: sutura do estômago.</p><p>Gastrotomia – Irrigação Arterial</p><p>• Artéria Celíaca;</p><p>• Artéria Gástrica D;</p><p>• Artéria Gástrica E.</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Gastrotomia - Indicações</p><p>• Mais comum: remoção de CE;</p><p>• Esvaziamento em dilatações gástricas;</p><p>• Remoção de CE</p><p>em esôfago distal;</p><p>• Biópsias;</p><p>• Exploração da mucosa do estômago (úlcera, neoplasia ou hipertrofia)</p><p>Gastrotomia – Pré-operatório</p><p>• Combater desidratação, desequilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico;</p><p>• Administração de antibióticos;</p><p>•Casos de dilatação: sondas para aspiração e descompressão gástrica na</p><p>presença de grande quantidade de conteúdo;</p><p>• Restrição alimentar por 24h e hídrica por 12h (se possível).</p><p>Gastrotomia – Técnica Cirúrgica</p><p>• Celiotomia de rotina (mediana pré-umbilical);</p><p>• Localizar o estômago e isolá-lo com compressas úmidas;</p><p>• Aplicar pontos de reparo (camada seromuscular);</p><p>• Incisar parede gástrica: ponto médio entre a pequena e grande curvatura;</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Gastrotomia – Técnica Cirúrgica</p><p>• 1ª Etapa da incisão: camada serosa e muscular (bisturi);</p><p>• 2ª Etapa da incisão: submucosa e mucosa (pique com bisturi e prolongar</p><p>com tesoura de metzenbaum;</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Gastrotomia – Técnica Cirúrgica</p><p>• Síntese em dois planos: padrão invaginante não contaminante;</p><p>• Cushing;</p><p>• Lembert;</p><p>• Musculatura e pele: rotina;</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Gastrotomia – Pós-operatório</p><p>• Terapia antibiótica</p><p>• Após 24 horas, administrar pequenas quantidades de alimentação</p><p>líquida;</p><p>• Após 48 horas, semi-líquida (pastosa);</p><p>• Após 72horas, gradativamente, dar sólidos;</p><p>• Obs: A distensão gástrica e emese nos primeiros três dias de pós-</p><p>operatório contribuem para a deiscência da sutura.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>Rumenotomia e Rumenostomia</p><p>Procedimentos Gástricos em Bovinos</p><p>• Definições:</p><p>• Rumenotomia: abertura do Rúmen;</p><p>•Rumenostomia: Criação de fistulação entre Rúmen e ambiente</p><p>externo;</p><p>• Abomasopexia: fixação do abomaso;</p><p>• Indicações:</p><p>• Remoção de corpos estranhos;</p><p>• Evacuação de conteúdo ruminal em sobrecarga;</p><p>• Rumenostomia: objetivos experimentais;</p><p>• Abomasopexia: desvio lateral abomasal.</p><p>Rumenotomia</p><p>• Anestesia e preparação Cirúrgica</p><p>• Jejum alimentar e hídrico;</p><p>• Antissepsia rotineira de flanco esquerdo;</p><p>•Anestesia: bloqueio em linha, bloqueio em L invertido ou bloqueio</p><p>paravertebral;</p><p>• Técnica Cirúrgica:</p><p>• Incisão paralombar esquerda (20cm);</p><p>• Laparotomia de rotina;</p><p>•Traciona-se o rúmen e realiza-se ancoragem do mesmo (sutura na pele, anel</p><p>de rumenotomia, pinças);</p><p>• Incisa-se o rúmen com bisturi;</p><p>• Coloca-se luva de borracha até ombro, realiza-se inspeção e limpeza;</p><p>• Em caso de sobrecarga: produtos alcalinizantes como óleo mineral;</p><p>• Descartar luvas contaminadas;</p><p>Rumenotomia</p><p>• Técnica Cirúrgica:</p><p>• Síntese do rúmen: Cushing com categute cromado 2 ou 3;</p><p>• Lava-se a região com salina;</p><p>• Remove-se sutura de arrimo;</p><p>• Sutura-se a musculatura e pele como de rotina.</p><p>• Pós-operatório:</p><p>• Sobrecarga: fluidoterapia intensiva;</p><p>• Reticulopatia: poucos cuidados;</p><p>• Antibioticoterapia;</p><p>•Laxativos osmóticos brandos: hidróxido de magnésio: auxiliam na mobilidade</p><p>intestinal.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA E ORQUIECTOMIA</p><p>OSH</p><p>• Definição: remoção do útero e ovários;</p><p>• OSH:</p><p>• ovariosalpingohisterectomia;</p><p>• ovariohisterectomia.</p><p>OSH - Indicações</p><p>• Evitar estros e crias indesejadas;</p><p>• Prevenção de tumores mamários;</p><p>•Prevenção e tratamento de piometra e outras enfermidades uterinas</p><p>(mucometra, neoplasias, cistos, prolapso uterino);</p><p>• Controle de anormalidades endócrinas (diabetes, epilepsia);</p><p>• Controle de doenças hereditárias (displasia coxofemoral).</p><p>OSH - Anatomia</p><p>Fonte: Disponível em : Wikimedia Commons:</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_anatomy_of_the_domestic_animals_(1914)_(20555007189).jpg Acesso em: 21/09/2022</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_anatomy_of_the_domestic_animals_(1914)_(20555007189).jpg</p><p>OSH – Pré-operatório</p><p>• Cirurgias eletivas: suspender alimento por 12h, água por 6h;</p><p>• Tricotomia abdominal;</p><p>• Antibioticoterapia profilática;</p><p>• Antissepsia prévia.</p><p>OSH – Técnica Cirúrgica</p><p>• Celiotomia mediana retro-</p><p>umbilical;</p><p>•Exteriorize o corno uterino e identifique o ligamento suspensor na borda cranial do</p><p>pedículo ovariano;</p><p>• Estire o ligamento;</p><p>•Ligadura com técnica de duas ou três pinças hemostáticas. Seccione o pedículo ovariano,</p><p>verifique sangramento e repetir no outro corno.</p><p>OSH – Técnica Cirúrgica</p><p>• Separe ligamento largo do</p><p>corno uterino;</p><p>•Ligadura do útero por transfixação (ligar vasos laterais à cérvix);</p><p>•Omentopexia;</p><p>•Sutura rotineira de musculatura, subcutâneo e pele.</p><p>OSH – Técnica Cirúrgica</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>OSH – Técnica Cirúrgica</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>OSH – Técnica Cirúrgica</p><p>B</p><p>C</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>OSH – Técnica Cirúrgica</p><p>B</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>OSH – Complicações</p><p>• Anestesia;</p><p>• Hemorragia:</p><p>• Pedículo ovariano;</p><p>• Vasos uterinos;</p><p>• Deiscência da ferida cirúrgica;</p><p>• Aderência visceral;</p><p>• Obesidade.</p><p>Orquiectomia</p><p>• Definição:</p><p>• Remoção dos testículos;</p><p>• Indicações:</p><p>• Reduz hábitos desagradáveis ligados ao sexo;</p><p>• Tumores testiculares;</p><p>• Trauma severo do escroto ou testículo;</p><p>• Criptorquidismo e testículos ectópicos;</p><p>• Doença prostática;</p><p>• Enfermidades adanais;</p><p>• Adenoma perianal;</p><p>• Ruptura perineal.</p><p>Orquiectomia - Período</p><p>•Eletiva:</p><p>• após 5 meses de idade;</p><p>• quando precoce: aumenta probabilidade de obesidade;</p><p>• Por comportamento antissocial:</p><p>• em qualquer período;</p><p>• mais efetivo para o hábito de vadiar;</p><p>• cães mais velhos não dependem mais de testosterona;</p><p>• castração pode ser precedida com progestágenos;</p><p>•Criptorquidismo e testículos ectópicos:</p><p>•chance maior de se tornarem neoplásicos que testículos</p><p>escrotais;</p><p>• devem ser removidos antes dos 3 anos de idade.</p><p>• Testículos estrangulados e neoplásicos:</p><p>•Devem ser removidos quando diagnosticados.</p><p>Orquiectomia - Período</p><p>• Ruptura Perineal:</p><p>• Deve ser castrado durante o reparo da ruptura.</p><p>• Adenoma anal e doença prostática:</p><p>•Castração pode ser precedida de tratamento estrogênico ou</p><p>progestágeno para confirmar que a condição é andrógena</p><p>dependente.</p><p>Orquiectomia – Pré-operatório</p><p>•Avaliação clínica: exame físico e especial (condição</p><p>cardiovascular e pulmonar, renal e estado de hidratação);</p><p>•Exames complementares: situação hematológica, metabólica,</p><p>parasitológica, sorológica e de determinados sistemas orgânicos;</p><p>• Preparo do paciente:</p><p>• antibioticoterapia;</p><p>• jejum;</p><p>• preparação de pele e mucosa;</p><p>• não traumatizar o escroto durante a tricotomia;</p><p>• não escovar o escroto;</p><p>•não utilizar antissépticos fortes: usar fisiológica estéril e</p><p>diluir clorexidine;</p><p>• não cobrir o escroto com esparadrapo.</p><p>Orquiectomia – Trans-operatório</p><p>• Anestesia geral inalatória (felinos: dissociativa);</p><p>• Incisão:</p><p>• pré-escrotal na linha média: de eleição;</p><p>• pré-escrotal lateral à linha média: duas incisões;</p><p>• pré-escrotal lateral à linha média: uma incisão;</p><p>• Escrotal;</p><p>• Ablação escrotal;</p><p>• Abordagem caudal.</p><p>Fonte: o autor (2022)</p><p>Orquiectomia – Técnica Aberta</p><p>•Empurrar um testículo para</p><p>posição pré-escrotal;</p><p>•Incisão longitudinal sobre a</p><p>pele que recobre o testículo;</p><p>•Incisar a fáscia espermática</p><p>e peritônio parietal (túnica</p><p>vaginal parietal);</p><p>•Expôr testículos, epidídimo</p><p>e funículo recobertos e</p><p>aderidos ao peritônio</p><p>visceral (túnica vaginal</p><p>própria).</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Orquiectomia – Técnica Aberta</p><p>•Romper por meio de</p><p>dissecção romba a cauda do</p><p>epidídimo: isolar vasos</p><p>sanguíneos em uma banda</p><p>comum;</p><p>• Ligar o ducto deferente e o</p><p>cordão vascular;</p><p>•Retornar o cordão</p><p>lentamente ao abdome;</p><p>•Divulsão romba do</p><p>epidídimo;</p><p>• Repetir procedimento em</p><p>outro testículo;</p><p>• Reparar a incisão cutânea.</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Orquiectomia – Técnica Fechada</p><p>• Incisar a pele, dartos e fáscia: não incisar o peritônio parietal;</p><p>•Dissecção romba da fáscia entre os dartos e a túnica até que</p><p>esta fique completamente livre da bolsa escrotal;</p><p>•Ligar o cordão, incluindo a túnica vaginal própria, com uma</p><p>ligadura dupla ou transfixação.</p><p>Orquiectomia – Gatos</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Orquiectomia – Complicações</p><p>• Anestesia;</p><p>• Hemorragia:</p><p>• Vasos espermáticos;</p><p>•Túnica vaginal ou tecido</p><p>subcutâneo;</p><p>• Deiscência da ferida cirúrgica;</p><p>• Edema Escrotal;</p><p>• Agressão;</p><p>• Obesidade.</p><p>Orquiectomia – Equinos</p><p>• Normalmente realizada entre 1-2 anos de idade;</p><p>•Indicação principal: diminuir comportamento masculino em machos não</p><p>direcionados para reprodução;</p><p>• Outros: neoplasias, hérnia inguinal, trauma testicular;</p><p>Orquiectomia – Equinos – Pré-operatório</p><p>• Palpar ambos os testículos para garantir que desceram para bolsa;</p><p>• Garantir que não exista enfermidade concomitante;</p><p>• Profilaxia antitetânica confirmada;</p><p>• Administração de analgésicos e anti-inflamatórios;</p><p>• Administração de antibióticos;</p><p>• Contenção: em pé e sedado ou deitado;</p><p>• Infiltrado de anestésico local no cordão espermático ou testículo;</p><p>• Cirurgião destro: se posicionar no lado esquerdo do animal;</p><p>Orquiectomia – Equinos – Técnica Cirúrgica Aberta</p><p>•Incisar pele e túnica parietal;</p><p>• Incisão com pelo menos 10cm de comprimento, 2-3cm paralela da</p><p>região mediana;</p><p>•Ligamento da cauda do epidídimo é rompido ou dissecado;</p><p>• Transcecção do mesórquio e mesofunículo: permitem exteriorização</p><p>testicular;</p><p>•Técnica de hemostasia:</p><p>• Ligadura: ligar vasos e artérias com fios absorvíveis sintéticos 0, 1 ou 2;</p><p>• Emasculadores:</p><p>• Manter apertado por 1 minuto para cada ano de vida do animal;</p><p>• Serra, Whites: esmaga e corta;</p><p>• Reimer: apenas esmaga, tem que ser cortado com bisturi;</p><p>Orquiectomia – Equinos – Técnica Cirúrgica Fechada</p><p>• Diferença principal: túnica parietal não incisada;</p><p>• Túnica parietal removida juntamente com testículo após emasculação;</p><p>•Incisão de pele seguida por manipulação digital para dissecar a túnica</p><p>parietal da fascia escrotal;</p><p>• Emasculação:</p><p>• Em animais mais idosos, separar o músculo cremaster da túnica</p><p>parietal e realizar a emasculação separadamente;</p><p>•Túnica parietal remanescente suturada de forma contínua para</p><p>evitar herniações;</p><p>Orquiectomia – Equinos – Técnica Cirúrgica Semi-Fechada</p><p>• Incisão:</p><p>• Escrotal;</p><p>•2cm de incisão na túnica</p><p>parietal;</p><p>• Eversão da túnica:</p><p>• Vire a túnica parietal sobre</p><p>1º dedo;</p><p>• Facilita retração;</p><p>• Castração:</p><p>•Emascular cordão</p><p>espermático seguido da</p><p>túnica parietal.</p><p>Orquiectomia – Equinos – Cicatrização e Pós</p><p>• Cicatrização por segunda intenção: mais utilizada;</p><p>• Cicatrização por primeira intenção:</p><p>• Sutura intradérmica absorvível sintética 2-0 a 0;</p><p>• Recomendações pós-operatórias:</p><p>• Técnica aberta:</p><p>• Atividade restrita por 24h;</p><p>• Exercício diário por 3 semanas, em redondel: diminui edema;</p><p>• Hidroterapia diária;</p><p>• Incisões cicatrizam em 2-3 semanas;</p><p>• Técnica fechada:</p><p>• Confinar em estábulo por duas semanas;</p><p>• Isolar de fêmeas por pelo menos 3 dias após castração;</p><p>Orquiectomia – Equinos – Complicações</p><p>• Hemorragia:</p><p>• Emasculador mal aplicado;</p><p>• Artéria testicular:</p><p>• Algum sangramento pós é esperado;</p><p>• Hemorragia constante após 30 minutos é preocupante;</p><p>• Tratamento:</p><p>• Re-emaascular ou hemostasia com pinças: ligadura;</p><p>• Compressão por 24h: compressas e observar;</p><p>• Não abandonar o animal para proprietário observar.</p><p>Orquiectomia – Equinos – Complicações</p><p>• Evisceração:</p><p>•Prolapso intestinal ou omental através do canal inguinal e fora da</p><p>incisão escrotal;</p><p>• Comumente ocorre após 1-12h;</p><p>• Proteger conteúdo e reinserir na cavidade abdominal;</p><p>• Edema;</p><p>• Funiculite séptica;</p><p>• Infecção por clostrídios;</p><p>• Peritonite séptica;</p><p>• Dano peniano.</p><p>Orquiectomia – Animais de Produção</p><p>• Mesmos princípios de equinos se aplicam;</p><p>• Indicações: melhora da qualidade da carne e comportamento;</p><p>• Vacinação antitetânica e antibioticoterapia muito importante;</p><p>• Restrição física em animais pequenos;</p><p>• Técnicas:</p><p>• Cirúrgicas tradicionais (aberta e fechada);</p><p>• Faca de Newberry: divide bolsa escrotal;</p><p>• Elastrador: estrangula os vasos;</p><p>• Burdizzo: esmaga o cordão espermático;</p><p>• Ferramenta de castração de Henderson: ligada a furadeira.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof.Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>CISTOTOMIA</p><p>Cistotomia</p><p>• Definição:</p><p>• Cistotomia: abertura da vesícula urinária;</p><p>• Anatomia:</p><p>• situa-se comumente no interior do canal pélvico quando vazia, e</p><p>desloca-se cranialmente e ventralmente ao ficar distendida;</p><p>• Gatos: porção distal do abdomen;</p><p>Cistotomia</p><p>Fonte: Disponível em : Wikimedia Commons:</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Anatomy_and_physiology_of_animals_Urinary_system.jpg Acesso em: 21/09/2022</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Anatomy_and_physiology_of_animals_Urinary_system.jpg</p><p>Cistotomia</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor. 2022.</p><p>Cistotomia - Indicações</p><p>• Remoção de urólitos;</p><p>• Exploração;</p><p>• Biópsia;</p><p>• Remoção de pólipos;</p><p>• Remoção de neoplasias;</p><p>• Correção de anomalias</p><p>congênitas.</p><p>Cistotomia – Técnica Cirúrgica</p><p>• Decúbito dorsal;</p><p>• Tricotomia, anti-sepsia;</p><p>•Abdomen acessado por incisão</p><p>mediana retro-umbilical;</p><p>•Bexiga localizada e isolada com</p><p>compressas de laparotomia</p><p>embebidas em solução salina;</p><p>•Bexiga elevada e suturas de</p><p>sustentação são aplicadas através</p><p>da parede vesical</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Cistotomia – Técnica Cirúrgica</p><p>•Incisão: superfície ventral da</p><p>bexiga em uma área</p><p>relativamente avascular próxima</p><p>a linha média (todas as camadas);</p><p>• Amplia-se a incisão com tesoura</p><p>Metzenbaum;</p><p>•Cálculos: curetas e pinças</p><p>(cuidados com uretra);</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor. 2022.</p><p>Cistotomia – Técnica Cirúrgica</p><p>• Síntese:</p><p>• 1º Plano:</p><p>• Cushing;</p><p>• Fio absorvível 3-0 a 4-0;</p><p>• 2º Plano:</p><p>•Cushing ou Lembert</p><p>contínuos;</p><p>• Preencher bexiga com</p><p>salina;</p><p>• Musculatura e pele: rotina;</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Cistotomia – Pós-operatório</p><p>•Animal deve urinar frequentemente;</p><p>• Caso não seja possível: bexiga vazia por meio de</p><p>cateterização intermitente ou catéter uretral interno</p><p>conectado em sistema de coleta estéril por 3 dia;</p><p>•Antibiotecoterapia apropriada e tratamento clínico</p><p>com terapia dietética</p><p>• para minimizar a incidência de recidiva de cálculos.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>URETROTOMIA E URETROSTOMIA</p><p>Uretrotomia e Uretrostomia</p><p>• Definição:</p><p>• Uretrotomia: incisão na uretra;</p><p>•Uretrostomia: criação de comunicação permanente entre uretra e</p><p>meio externo.</p><p>• Anatomia:</p><p>• Uretra de cães machos: 10 a 35cm;</p><p>• Divide-se em prostática, pélvica e peniana.</p><p>Uretrotomia e Uretrostomia</p><p>• Indicações:</p><p>• Lacerações por traumatismos;</p><p>• Urolitíase;</p><p>• Neoplasias;</p><p>• Infecções do trato urinário.</p><p>Uretrotomia e Uretrostomia – Considerações cirúrgicas</p><p>• Avaliação do paciente;</p><p>• Exame clínico;</p><p>• Exames laboratoriais;</p><p>• Exame radiográfico:</p><p>• simples;</p><p>• contrastado:</p><p>• urografia excretora;</p><p>• uretrocistografia retrógrada;</p><p>• Ultrassonografia;</p><p>Uretrotomia Pré-escrotal</p><p>•Utilizada para remoção de</p><p>cálculos de uretra peniana ou</p><p>colocação de catéter de Foley na</p><p>bexiga;</p><p>•Pode ser realizada com anestesia</p><p>local;</p><p>•Incisão medial na pele e tecido</p><p>subcutâneo, entre o aspecto</p><p>caudal do pênis e o escroto;</p><p>•Traciona-se o músculo retrator</p><p>peniano lateralmente para</p><p>exposição da uretra;</p><p>•Realiza-se incisão com bisturi até</p><p>atingir o lúmen uretral, sobre a</p><p>sonda uretral;</p><p>•Sutura com pontos simples</p><p>separados.</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Uretrotomia Perineal</p><p>•Realizada para remoção de cálculos</p><p>localizados no arco isquiático;</p><p>•Colocação de sondas em bexiga de</p><p>cães de grande porte;</p><p>•Não tão indicada quanto a pré-</p><p>escrotal;</p><p>•Promove-se fechamento do ânus com</p><p>sutura em padrão bolsa-de-fumo;</p><p>•Incisão medial sobre a uretra, entre</p><p>escroto e ânus;</p><p>•Identifica-se e traciona-se o músculo</p><p>retrator peniano;</p><p>•Separa-se os músculos</p><p>bulboesponjosos em sua rafe para</p><p>exposição do corpo esponjoso;</p><p>•Incisa-se o corpo esponjoso para</p><p>acessar o lúmen uretral. Fonte: o autor (2022).</p><p>Uretrotomia</p><p>• Sutura:</p><p>• Uretra e corpo esponjoso:</p><p>• ponto simples separado;</p><p>• fio absorvível 4-0 ou 5-0 (Dexon, Vycril);</p><p>• Pele: ponto simples separado, fio inabsorvível.</p><p>Uretrotomia – Pós-operatório</p><p>• Curativo</p><p>diário da ferida cirúrgica;</p><p>• Colar Elizabetano;</p><p>• Antibioticoterapia por 7-10 dias;</p><p>• Retirada dos pontos da pele: 7-10 dias após cirurgia;</p><p>• Complicações:</p><p>• estenose uretral: cicatrização por segunda intenção;</p><p>• sangramento em região de incisão por mais de 3 dias.</p><p>Uretrostomia Pré-escrotal – Técnica Cirúrgica</p><p>•Realiza-se uretrotomia pré-</p><p>escrotal como descrito</p><p>anteriormente;</p><p>•Incisão deve ter de 3-4 cm de</p><p>comprimento (6-8x lúmen);</p><p>•Pontos de sutura interrompidos</p><p>(fio absorvível 3-0 a 5-0) unindo</p><p>pele e mucosa;</p><p>•Pele incisada deve ser também</p><p>suturada com fio não absorvível</p><p>em padrão simples separado.</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Uretrostomia Escrotal – Técnica Cirúrgica</p><p>• Castra-se o animal e remove-se o escroto, ou promove-se sua ablação;</p><p>• Incisão medial sobre a uretra, sobre os tecidos subcutâneos;</p><p>• Traciona-se o músculo retrator peniano;</p><p>• Incisão de 3-4cm do lúmen uretral;</p><p>• Sutura-se como descrito anteriormente.</p><p>Uretrostomia Perineal – Técnica Cirúrgica</p><p>• Traciona-se o pênis dorsolateralmente e disseca-se tecido adjacente;</p><p>•Secciona-se os músculos isquiocavernosos e isquiouretrais na sua</p><p>inserção no ísquio;</p><p>• Remove-se o músculo elevador peniano sobre a uretra;</p><p>• Realiza-se incisão na uretra e a sutura com a pele.</p><p>Uretrostomia – Pós-operatório</p><p>• Curativo diário da ferida cirúrgica;</p><p>• Colar Elizabetano;</p><p>• Antibioticoterapia por 7-10 dias;</p><p>• Analgésicos;</p><p>• Retirada dos pontos da pele: 7-10 dias;</p><p>• Avaliar micção;</p><p>• Gatos: trocar areia sanitária por papel.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>ENTEROTOMIA E ENTERECTOMIA</p><p>Definições</p><p>• Enterotomia: abertura do intestino;</p><p>• Enterectomia: remoção de parte do intestino;</p><p>• Enterorrafia: sutura do intestino;</p><p>• Enteropexia: fixação de alças intestinais;</p><p>• Prefixo colo: intestino grosso.</p><p>Anatomia e Fisiologia</p><p>• cães: cinco vezes o comprimento do corpo;</p><p>• 80%: intestino delgado;</p><p>• duodeno, jejuno e íleo;</p><p>• raiz do mesentério: parede corporal dorsal;</p><p>• ramos da artéria celíaca e mesentérica;</p><p>Anatomia e Fisiologia</p><p>• Duodeno:</p><p>• Piloro;</p><p>• 25cm;</p><p>• Direita da linha média;</p><p>• Dorsocranial, caudalmente (duodeno descendente), cranialmente;</p><p>• Segmento mais fixo do ID;</p><p>• Jejuno:</p><p>• Abdomen ventrocaudal;</p><p>• Segmento mais longo e móvel do ID;</p><p>• Início: esquerda da raiz mesentérica (flexura duodenojejunal);</p><p>• Íleo:</p><p>• Vaso antimesentérico;</p><p>• 15cm de comprimento;</p><p>• Plano transversal: esquerda para direita;</p><p>Vascularização</p><p>VASOS EM DISPOSIÇÃO</p><p>ARCADIAL</p><p>VASOS</p><p>PARALELOS</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Indicações</p><p>• Obstrução gastrointestinal ou intestinal:</p><p>• CE, massas;</p><p>• Traumatismos:</p><p>• Perfurações, lacerações;</p><p>• Mal posicionamento:</p><p>• Aumento de peristaltismo, torções isquêmicas, intussuscepções.</p><p>Obstruções Intestinais</p><p>• Ingestão de C.E., tumores, intussuscepção, hérnias;</p><p>• Identificação de C.E. (linear: intestino agrupado e com aparência</p><p>“pregueada”);</p><p>•Dilatação do I.D. anterior à obstrução com graus variáveis de gás e/ou</p><p>fluido;</p><p>• Íleo (distúrbio de motilidade) pode estar presente próximo à obstrução;</p><p>• Exame contrastado: tempo de trânsito aumentado. Contraste não</p><p>progride.</p><p>Corpos Estranhos Intestinais</p><p>• Comum em cães e gatos;</p><p>• C.E. radiopacos são facilmente visibilizados;</p><p>• C.E. Pontiagudos: risco de perfuração;</p><p>• C.E. radioluzentes (radioluscentes / radiotransparentes): delimitados por</p><p>ar podem ser visibilizados;</p><p>•C.E. lineares são comuns em gatos: alças pregueadas, franzidas: não</p><p>confundir com aspecto comum de “colar de pérolas” do duodeno do gato!</p><p>• Sinais radiográficos de obstrução;</p><p>Intussuscepção</p><p>• Segmento de alça que se invaginou: intussuscepto;</p><p>• Segmento de alça receptor: intussuscipiente;</p><p>• Alças dilatadas por conteúdo gasoso ou líquido indicam obstrução;</p><p>• Massa em forma de “salsicha”;</p><p>• Exame contrastado:</p><p>• Retardo no trânsito gastrointestinal (íleo);</p><p>• Aparência de “mola espiral”;</p><p>• Enema de bário: intussuscepto aparece como um defeito de</p><p>preenchimento.</p><p>Intussuscepção</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Tumores Intestinais</p><p>• Pacientes geriátricos;</p><p>• Duodeno e porção distal do íleo;</p><p>• Massa intramural ou extramural (pode ocorrer calcificação distrófica);</p><p>• Exame contrastado:</p><p>• Defeito de preenchimento irregular na parede intestinal;</p><p>• Ulceração do tumor ou parede intestinal;</p><p>• Obstrução: impactação de ingesta cranial à obstrução.</p><p>Perfuração Intestinal</p><p>• Geralmente devido à presença de C.E.;</p><p>• Pode ocorrer por trauma ou complicação pós-operatória</p><p>(enterotomia);</p><p>• Perda de detalhe abdominal;</p><p>• Pneumoperitônio: superfícies serosas mais visíveis, gás caudal ao</p><p>diafragma.</p><p>Pneumoperitônio</p><p>• Gás livre no abdomen;</p><p>• Grandes quantidades de gás intensificam as superfícies serosas do</p><p>intestino;</p><p>• O gás pode ser visto caudalmente ao diafragma;</p><p>Procedimento Cirúrgico</p><p>PRÉ-OPERATÓRIO</p><p>• Exames laboratoriais;</p><p>• Localização da lesão;</p><p>• Corrigir anormalidades;</p><p>• Jejum alimentar: 12 a 18h;</p><p>• Se necessário: antibióticos profiláticos.</p><p>Procedimento Cirúrgico</p><p>TRANS-OPERATÓRIO</p><p>• Celiotomia mediana pré-umbilical;</p><p>• Procedimentos:</p><p>•Enterotomia;</p><p>•Enterectomia.</p><p>Enterotomia</p><p>• Coprostasia: digital ou com</p><p>pinça Doyen;</p><p>• Estocada no lúmen com bisturi;</p><p>• Remoção de elipse de tecido (bisturi ou tesoura Metzenbaum);</p><p>• Sutura com pontos simples separados (fio de sutura absorvível sintético – PDS ou Maxon).</p><p>Enterectomia</p><p>• Coprostasia: digital ou com pinça Doyen;</p><p>• Hemostasia: ligadura dupla de vasos mesentéricos arcadiais;</p><p>• Incisão ao longo da face externa da pinça (bisturi ou tesoura</p><p>Metzenbaum);</p><p>• Sutura com pontos simples separados (fio de sutura abosrvível sintético – PDS</p><p>ou Maxon).</p><p>Enterectomia</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Enterectomia</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Enterectomia</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Enterectomia</p><p>Fonte: o autor (2022).</p><p>Pós-Operatório</p><p>• Equilíbrio hídrico;</p><p>• Analgesia;</p><p>• Água 8 a 12horas após cirurgia;</p><p>• Alimentação:</p><p>• 12-24h: pequenas quantidades TID;</p><p>• 48-72h: gradualmente retornar ao normal;</p><p>• Sinais clínicos e palpação abdominal.</p><p>Pós-Operatório</p><p>COMPLICAÇÕES E ALTERAÇÕES:</p><p>• Choque;</p><p>• Extravazamento de conteúdo;</p><p>• Íleo paralítico;</p><p>• Deiscência;</p><p>• Perfuração;</p><p>• Peritonite;</p><p>• Estenose;</p><p>• Recorrência;</p><p>• Síndrome do intestino curto (mais de 70% removido);</p><p>• Morte.</p><p>Pós-Operatório</p><p>CUIDADOS ESPECIAIS</p><p>• Animais jovens:</p><p>• Infestações parasitárias;</p><p>• Gastroenterites;</p><p>• Intussuscepções: CE;</p><p>• Hipotermia e hipoglicemia em cirurgia;</p><p>• Animais idosos:</p><p>• Cicatrização retardada.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>UNGULECTOMIA</p><p>Indicações</p><p>• Inflamação grave do pé: amolecimento do casco do animal:</p><p>• arresponsiva a tratamento terapêutico;</p><p>• arresponsiva a antibioticoterapia;</p><p>• complicação por osteomielite;</p><p>• formação de abscesso;</p><p>• tenossinovite infecciosa;</p><p>• artrite infecciosa;</p><p>• fraturas falangeanas graves;</p><p>• deslocamento das articulações falangeanas;</p><p>• Aliviar a dor e retornar a sanidade do animal;</p><p>• Impedir infecção ascendente do membro;</p><p>Anestesia e preparação</p><p>• decúbito lateral (contenção química e física);</p><p>• tosado em região mesometacárpica (társica)</p><p>e antissepsia de rotina;</p><p>• Anestesia local;</p><p>• Limpeza do casco e espaço interdigital;</p><p>• torniquete aplicado nesta fase;</p><p>• panos de campo e luva estéril colocada na</p><p>pata;</p><p>• Instrumental especial: fio e cabo de serra de</p><p>Gigli;</p><p>Fonte: Disponível em : Wikimedia Commons:</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gigli_saw.svg Acesso em: 21 set. 2022</p><p>https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gigli_saw.svg</p><p>Técnica Cirúrgica</p><p>• Incisão de pele:</p><p>• ao longo da superfície axial da faixa coronária;</p><p>• incisões verticais na direção cranial e caudal;</p><p>• pele e subcutâneo incisados até o osso;</p><p>•pele dissecada livremente do dígito subjacente, preservando</p><p>máximo de tecido para retalho;</p><p>• amputação em dois pontos:</p><p>• amputação inferior:</p><p>•realizada apenas quando a articulação intefalangeana</p><p>distal e terceira falange estão atingidas;</p><p>• amputação superior:</p><p>• articulação, terceira, ranilha,</p><p>segunda falange;</p><p>• amputação em primeira falange;</p><p>Técnica Cirúrgica</p><p>• posicionar serra em espaço interdigital;</p><p>•começar serrando paralelamente ao eixo longo (terço distal da primeira</p><p>falange);</p><p>• serra direcionada perpendicularmente até “assentar” no osso;</p><p>• inclinar 45o e serrar lentamente (calor gera necrose);</p><p>• uma vez removido o dedo:</p><p>• dissecar e liberar:</p><p>• tecido adiposo interdigital;</p><p>• tecido necrótico;</p><p>• artéria digital: se identificada, ligar;</p><p>• suturar o retalho de pele (sutura U separada);</p><p>• aplicar antibiótico tópico, bandagem, remover torniquete;</p><p>Pós-operatório</p><p>• bandagem trocada 2 – 3 dias após cirurgia;</p><p>• pé enfaixado até cicatrização completa;</p><p>• 10-14 dias até várias semanas (segunda intenção);</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>DESCORNA COSMÉTICA E MOCHAÇÃO</p><p>Indicações e definições</p><p>• reduzir traumatismos;</p><p>• reduzir danos da carcaça ocasionados por brigas;</p><p>•permite fechamento da pele sobre defeito normal criado por amputação</p><p>do corno na sua base;</p><p>• resulta normalmente em cicatrização por primeira intenção;</p><p>• menor incidência de sinusite frontal;</p><p>• menor hemorragia;</p><p>•indicado para exposição de animais e rebanhos dispensiosos onde</p><p>aparência pós-operatória do macho é importante;</p><p>• indicado em gado com menos de um ano de idade;</p><p>Anestesia e preparação</p><p>• preso em baia estreita;</p><p>• cabeça presa em um dos lados com cabresto;</p><p>• tricotomia da cabeça, base das orelhas, face até os olhos;</p><p>•orelhas podem ser cobertas por fita adesiva e puxadas para longe da</p><p>área;</p><p>• antissepsia;</p><p>• bloqueio do nervo córneo (zigomaticotemporal);</p><p>• Instrumental adicional: serra e cabos de Gigli;</p><p>Técnica Cirúrgica</p><p>• incisão:</p><p>•limite lateral da eminência nucal na direção lateral rumo à base do</p><p>corno;</p><p>•curvar na direção rostroventral ao redor da base do corno e ao</p><p>longo da crista frontal;</p><p>• segunda incisão: caudal ao corno e simétrica com a primeira;</p><p>• aprofundar até encontrar o osso;</p><p>• dissecção para liberar tecido ósseo permitindo colocação da serra;</p><p>• sangramento (artéria córnea): hemostasia por torção;</p><p>• corno serrado e removido;</p><p>Técnica Cirúrgica</p><p>• locais cirúrgicos lavados com Ringer ou Solução fisiológica;</p><p>• sutura:</p><p>• simples separado;</p><p>• simples contínuo;</p><p>• festonado;</p><p>• fio categute cromado, Vetafil®, mononylon 2-3;</p><p>•rolo de gaze colocado sobre a região ventral da incisão e ancorado por</p><p>Cushing na pele (curativo de retenção);</p><p>Pós-operatório</p><p>• curativo de retenção removido de 24-48h após cirurgia;</p><p>• suturas da pele removidas 2-3 semanas após;</p><p>• Erros comuns:</p><p>• remoção de pele excessiva;</p><p>• disposição inadequada da serra sobre a base do corno;</p><p>• fracasso ao escavar adequadamente as bordas da pele;</p><p>• Complicações:</p><p>• graus variados de sinusite;</p><p>• cicatrização por segunda intenção.</p><p>MOCHAÇÃO: Indicações e definições</p><p>• descorna térmica ou química;</p><p>• mochação ou mocheamento;</p><p>• eliminação do “botão” do chifre;</p><p>• 7º ao 15º dia de vida do bezerro;</p><p>• pode ser feito até 30º;</p><p>Preparação</p><p>• Contenção química pouco utilizada;</p><p>• Sem necessidade de tricotomia ou antissepsia específica (recomenda-se limpeza);</p><p>Técnica</p><p>• Botão queimado com ferro em brasa:</p><p>Pós-operatório</p><p>• apenas limpeza, uso de cicatrizantes e repelentes;</p><p>• sem grandes complicações;</p><p>• possível sinusite.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>TRAQUEOTOMIA E TRAQUEOSTOMIA</p><p>Traqueotomia</p><p>• Definição: abertura da traquéia;</p><p>• Procedimento raramente utilizado, apenas em situações emergenciais</p><p>para remoção de corpos estranhos.</p><p>Traqueostomia</p><p>• Laceração, massa, obstruções em geral onde há necessidade de uma</p><p>via alternativa para respiração;</p><p>• com sonda: traqueostomia temporária;</p><p>• sem sonda: criação de um estoma: permanente;</p><p>Traqueostomia Temporária</p><p>• Incisão transversal no ligamento anular;</p><p>• excise uma elipse pequena de cartilagem a partir de cada cartilagem adjacente à incisão de</p><p>traqueotomia para minimizar a irritação da sonda;</p><p>• facilite a colocação da sonda com uso de uma pinça hemostática e sutura de sustentação;</p><p>• sonda de tamanho que não preencha completamente o lúmen da traquéia, e de comprimento</p><p>não maior que metade do tamanho da traquéia.</p><p>Traqueostomia Permanente</p><p>• desvie a traquéia ventralmente aproximando os músculos esterno- hióideos com suturas de</p><p>colchoeiro;</p><p>• excise segmento da parede traqueal sem penetrar mucosa;</p><p>• incisão em forma de I na mucosa;</p><p>• excisar pele adjacente ao estoma no formato da incisão da parede cartilaginosa;</p><p>• suturar mucosa na pele, nos vértices, com suturas simples separadas, seguido por sutura</p><p>contínua.</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>PREPARO DE RUFIÕES</p><p>Preparo de rufiões: indicações</p><p>• Detecção de fêmeas no cio;</p><p>• Machos com instinto genesíaco normal e incapazes de fecundar;</p><p>• Favorecer a prática da inseminação;</p><p>• Determinar o momento adequado para a cobertura;</p><p>• Evitar a exposição de reprodutores de alto valor à traumatismos;</p><p>Preparo de rufiões: técnicas cirúrgicas</p><p>• Interrupção das vias normais de emissão de espermatozóides:</p><p>• uretrostomia perineal;</p><p>• caudepididimectomia;</p><p>• Impedimento do ato sexual:</p><p>• retroflexão do pênis;</p><p>• desvio peniano;</p><p>• aderência peniana;</p><p>Preparo de rufiões: equinos</p><p>• Retroflexão peniana:</p><p>• Desvio do pênis para a face caudal da bolsa testicular, por entre os</p><p>funículos espermáticos;</p><p>• Execução fácil e rápida;</p><p>• Desvantagem: pode ocorrer trauma durante a monta</p><p>Preparo de rufiões: equinos</p><p>• Uretrostomia perineal:</p><p>• Uretrostomia ao nível da arcada isquiática;</p><p>• Infecção ascendente;</p><p>• exteriorização do pênis;</p><p>• possível trauma na monta;</p><p>Preparo de rufiões: equinos</p><p>• Deferentectomia (vasectomia):</p><p>•Ressecção bilateral de 2-3cm na porção funicular do ducto</p><p>deferente por acesso caudal da bolsa escrotal;</p><p>• Impossibilidade de fecundação;</p><p>• Exteriorização do pênis;</p><p>• Trauma durante monta;</p><p>• Cópula;</p><p>• DST;</p><p>Preparo de rufiões: equinos</p><p>• Caudepididimectomia</p><p>•Ressecção total da cauda do epidídimo mediante duas incisões na</p><p>porção ventral do escroto;</p><p>• alternativa a deferentectomia;</p><p>• impossibilidade de fecundação;</p><p>• exteriorização do pênis;</p><p>• pode ocorrer trauma na monta;</p><p>• cópula;</p><p>• DST;</p><p>Preparo de rufiões: ruminantes</p><p>• Deferentectomia (vasectomia):</p><p>•ressecção bilateral de 2-3cm na porção funicular do ducto deferente</p><p>por acesso cranial da bolsa escrotal;</p><p>• impossibilidade de fecundação;</p><p>• exteriorização do pênis;</p><p>• trauma em monta;</p><p>• cópula;</p><p>• DST;</p><p>Preparo de rufiões: ruminantes</p><p>• Caudepidimectomia (Epididimectomia) bilateral:</p><p>•ressecção bilateral da cauda do epidídimo mediante acesso ventral</p><p>da bolsa escrotal;</p><p>• alternativa a deferentectomia;</p><p>• impossibilidade de fecundação;</p><p>• exteriorização do pênis;</p><p>• trauma em monta;</p><p>• cópula;</p><p>• DST;</p><p>Preparo de rufiões: ruminantes</p><p>•Aderência peniana à parede abdominal:</p><p>• escarificação e fixação da face dorsal da túnica albugínea do pênis à parede ventral do abdomen;</p><p>• recomendado pelo CFMV que esta técnica seja evitada;</p><p>• impede a exteriorização do pênis;</p><p>• impossibilidade de cópula;</p><p>•Procedimento anestésico:</p><p>• acepromazina 0,1mg/kg IM;</p><p>• xilocaína 2% local;</p><p>Preparo de rufiões: ruminantes</p><p>• Aderência peniana:</p><p>• escarificação e fixação da flexura sigmóide peniana</p><p>• recomendado pelo CFMV que esta técnica seja evitada;</p><p>• impede a exteriorização do pênis;</p><p>• impossibilidade de cópula;</p><p>• incisão na região perineal medial;</p><p>• exteriorização da flexura sigmóide;</p><p>• miectomia do músculo retrator peniano;</p><p>• fixação da curvatura por sutura;</p><p>• sutura rotineira de pele e musculatura;</p><p>Preparo de rufiões: ruminantes</p><p>• Penectomia:</p><p>• nível do períneo entre o ânus e bolsa testicular;</p><p>• impossibilidade de cópula;</p><p>• procedimento extremamente radical;</p><p>Preparo de rufiões: ruminantes</p><p>• Desvio lateral do pênis e do prepúcio:</p><p>• Folheto prepucial;</p><p>• orifício prepucial;</p><p>• pele circundante;</p><p>• Impossibilidade de cópula;</p><p>• Pode ocorrer trauma na</p><p>monta;</p><p>• Extensa e cruenta;</p><p>• Desvalorização do couro;</p><p>TÉCNICA CIRÚRGICA E ANESTESIOLOGIA APLICADAS À MEDICINA VETERINÁRIA</p><p>Prof. Dr. Tiago Ladeiro de Almeida</p><p>CESARIANA</p><p>Cesariana</p><p>• Indicações:</p><p>• diversos tipos de distocia;</p><p>• tamanho desproporcional entre feto e canal pélvico;</p><p>• má posição fetal;</p><p>• hidrópsia do âmnion e alantóide;</p><p>• torção uterina;</p><p>• fetos enfisematosos;</p><p>• Pode-se optar entre cesariana e fetotomia;</p><p>Cesariana: Acessos</p><p>• Flanco ou paralombar:</p><p>• Lado esquerdo: mais recomendado por menores complicações intestinais;</p><p>• Considerado padrão para feto não contaminado viável ou recentemente morto;</p><p>• Quando animal é capaz de tolerar o procedimento em pé;</p><p>• Lado direito:</p><p>• em casos de distensão ruminal;</p><p>• casos onde anatomicamente acesso esquerdo é inviável;</p><p>• Paramediano Ventral:</p><p>• feto morto ou enfisematoso;</p><p>• Animal em decúbito dorsal;</p><p>• Reduz possibilidade de contaminação do peritônio;</p><p>• Caso vaca não consiga se manter em estação;</p><p>Cesariana: Técnica Cirúrgica</p><p>• Flanco: incisão mais ventral que na laparotomia por flanco tradicional;</p><p>• Paramediana Transretal: metade do caminho entre linha mediana e veia</p><p>abdominal subcutânea;</p><p>• Após acesso peritoneal:</p><p>• manipulação de região uterina que contém feto;</p><p>• exteriorização de parte do útero para histerotomia;</p><p>• incisão sobre um membro ou cabeça;</p><p>• Incisão longa o bastante para remoçã do feto;</p><p>• Tentar evitar carúnculas;</p><p>Cesariana: Técnica Cirúrgica</p><p>• Remove-se o feto (pode-se usar correntes nos membros para ajudar);</p><p>• Cirurgião tenta impedir que líquidos fetais caiam dentro da cavidade</p><p>abdominal;</p><p>• Bolos de antibióticos inseridos no útero antes do fechamento;</p><p>• Sutura Cushing contínua adaptada de Utrecht (nenhum nó visível);</p><p>• Taxa de fertilidade posterior de 92%;</p><p>• Fio de sutura mais recomendado:</p><p>• Categute não cromado 6;</p><p>• Após sutura, reposicionar útero;</p><p>• Laparotomia suturada rotineiramente;</p><p>•Pós-operatório:</p><p>•Antibióticos e ocitocina administrados após fechamento, para</p><p>acentuar involução uterina.</p><p>DO PROF. TIAGO</p><p>Tel: 15-3031-9343</p><p>tiago.l.almeida@anhanguera.com</p><p>2022</p><p>Muito obrigado!</p><p>Prof Me Dr Tiago Ladeiro de Almeida</p>