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Questões resolvidas

(Prefeitura Municipal de Cachoeira dos Índios) Para estudiosos, o trabalho com a gramática na escola deve dar prioridade para a leitura, para a escrita, a narrativa oral, o debate e todas as formas de interpretação e, também precisa trabalhar as variedades linguísticas. No que diz respeito aos diferentes conceitos de gramática, analise os itens a seguir. I. Para a gramática ____________, as regras operaram como obrigações a serem seguidas a rigor e, por esse motivo, tudo aquilo que foge à norma de prestígio seria reprovado, taxado como um erro. Temos aí uma perspectiva de língua em que a modalidade culta deve servir de referência a todo custo, desconsiderando-se assim, as demais variedades. II. A gramática _______________, por sua vez, segundo o autor, formula regras mediante a observação da realidade da língua, sem atribuir valor a uma variedade linguística ou outra. Por levar em consideração o fator de variação na língua, são considerados erros apenas as construções que não integram nenhum dialeto, que sejam, portanto, agramaticais (inexistentes) na língua. III. Na gramática ______________, o conhecimento sistemático que o falante tem da língua expressa suas regras de uso, sem apresentar nenhuma preocupação de cunho valorativo. Portanto, nesse caso, erros aconteceriam somente quando o falante acionasse hipóteses que foram interiorizadas de maneira equivocada. Assinale a opção correta que completa as lacunas dos itens respectivamente.

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Questões resolvidas

(Prefeitura Municipal de Cachoeira dos Índios) Para estudiosos, o trabalho com a gramática na escola deve dar prioridade para a leitura, para a escrita, a narrativa oral, o debate e todas as formas de interpretação e, também precisa trabalhar as variedades linguísticas. No que diz respeito aos diferentes conceitos de gramática, analise os itens a seguir. I. Para a gramática ____________, as regras operaram como obrigações a serem seguidas a rigor e, por esse motivo, tudo aquilo que foge à norma de prestígio seria reprovado, taxado como um erro. Temos aí uma perspectiva de língua em que a modalidade culta deve servir de referência a todo custo, desconsiderando-se assim, as demais variedades. II. A gramática _______________, por sua vez, segundo o autor, formula regras mediante a observação da realidade da língua, sem atribuir valor a uma variedade linguística ou outra. Por levar em consideração o fator de variação na língua, são considerados erros apenas as construções que não integram nenhum dialeto, que sejam, portanto, agramaticais (inexistentes) na língua. III. Na gramática ______________, o conhecimento sistemático que o falante tem da língua expressa suas regras de uso, sem apresentar nenhuma preocupação de cunho valorativo. Portanto, nesse caso, erros aconteceriam somente quando o falante acionasse hipóteses que foram interiorizadas de maneira equivocada. Assinale a opção correta que completa as lacunas dos itens respectivamente.

Internalizada, normativa e descritiva.
Descritiva, normativa e internalizada.
Normativa, descritiva e internalizada.
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<p>Pincel Atômico - 21/09/2024 16:23:05 1/6</p><p>LETÍCIA GODINHO</p><p>AIRES</p><p>Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 2 (23622)</p><p>Atividade finalizada em 29/06/2024 16:28:23 (2120582 / 1)</p><p>LEGENDA</p><p>Resposta correta na questão</p><p># Resposta correta - Questão Anulada</p><p>X Resposta selecionada pelo Aluno</p><p>Disciplina:</p><p>PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: LINGUÍSTICA GERAL [1084595] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 1,67 pontos</p><p>[capítulos - 1]</p><p>Turma:</p><p>Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em Letras-Português - Grupo: FPD-MARC/2024 - SGegu0A300324 [120529]</p><p>Aluno(a):</p><p>91597336 - LETÍCIA GODINHO AIRES - Respondeu 7 questões corretas, obtendo um total de 1,46 pontos como nota</p><p>[360443_1644</p><p>97]</p><p>Questão</p><p>001</p><p>(Prefeitura Municipal de Cachoeira dos Índios) Para estudiosos, o trabalho com a</p><p>gramática na escola deve dar prioridade para a leitura, para a escrita, a narrativa oral,</p><p>o debate e todas as formas de interpretação e, também precisa trabalhar as</p><p>variedades linguísticas.</p><p>No que diz respeito aos diferentes conceitos de gramática, analise os itens a seguir.</p><p>I.Para a gramática ____________, as regras operaram como obrigações a serem</p><p>seguidas a rigor e, por esse motivo, tudo aquilo que foge à norma de prestígio seria</p><p>reprovado, taxado como um erro. Temos aí uma perspectiva de língua em que a</p><p>modalidade culta deve servir de referência a todo custo, desconsiderando-se assim, as</p><p>demais variedades.</p><p>II.A gramática _______________, por sua vez, segundo o autor, formula regras</p><p>mediante a observação da realidade da língua, sem atribuir valor a uma variedade</p><p>linguística ou outra. Por levar em consideração o fator de variação na língua, são</p><p>considerados erros apenas as construções que não integram nenhum dialeto, que</p><p>sejam, portanto, agramaticais (inexistentes) na língua.</p><p>III.Na gramática ______________, o conhecimento sistemático que o falante tem da</p><p>língua expressa suas regras de uso, sem apresentar nenhuma preocupação de cunho</p><p>valorativo. Portanto, nesse caso, erros aconteceriam somente quando o falante</p><p>acionasse hipóteses que foram interiorizadas de maneira equivocada.</p><p>Assinale a opção correta que completa as lacunas dos itens respectivamente.</p><p>Internalizada, normativa e descritiva.</p><p>Descritiva, normativa e internalizada.</p><p>X Normativa, descritiva e internalizada.</p><p>Normativa, internalizada e descritiva.</p><p>Descritiva, internalizada e normativa.</p><p>Pincel Atômico - 21/09/2024 16:23:05 2/6</p><p>[360444_1598</p><p>26]</p><p>Questão</p><p>002</p><p>Capim sabe ler? Escrever? Já viu cachorro letrado, científico? Já viu juízo de valor?</p><p>Em quê? Não quero aprender, dispenso. Deixa pra gente que é moço. Gente que tem</p><p>ainda vontade de doutorar. De falar bonito. De salvar vida de pobre. O pobre só</p><p>precisa ser pobre. E mais nada precisa. Deixa eu, aqui no meu canto. Na boca do</p><p>fogão é que fico. Tô bem. O que eu vou fazer com essa cartilha? Número? Só para o</p><p>prefeito dizer que valeu a pena o esforço? Tem esforço mais esforço que o meu</p><p>esforço? Todo dia, há tanto tempo, nesse esquecimento. Acordando com o sol. Tem</p><p>melhor bê-á-bá? Assoletrar se a chuva vem? Se não vem? Morrer, já sei. Comer,</p><p>também. De vez em quando, ir atrás de preá, caruá. Roer osso de tatu. Adivinhar</p><p>quando a coceira é só uma coceira, não uma doença. Tenha santa paciência! Será</p><p>que eu preciso mesmo garranchear meu nome? Desenhar só pra mocinha aí ficar</p><p>contente? Dona professora, que valia tem o meu nome numa folha de papel, me diga</p><p>honestamente? Coisa mais sem vida é um nome assim, sem gente. Quem está atrás</p><p>do nome não conta? No papel, sou menos ninguém do que aqui, no Vale do</p><p>Jequitinhonha. Pelo menos aqui todo mundo me conhece. Grita, apelida. Vem me</p><p>chamar de Totonha. Quase não mudo de roupa, quase não mudo de lugar. Sou</p><p>sempre a mesma pessoa. Que voa. Para mim, a melhor sabedoria é olhar na cara da</p><p>pessoa. No focinho de quem for. Não tenho medo de linguagem superior. Deus que</p><p>me ensinou. Só quero que me deixem sozinha. Eu e minha língua, sim, que só</p><p>passarinho entende, entende? Não preciso ler, moça. A mocinha que aprenda. O</p><p>doutor. O presidente é que precisa saber o que assinou. Eu é que não vou baixar</p><p>minha cabeça para escrever. Ah, não vou.</p><p>FREIRE, M. Totonha. In: FREIRE, M. Contos negreiros. Rio de Janeiro: Record, 2005.</p><p>p. 79-81.</p><p>Tendo em vista que a escrita performática pode ser entendida como uma espécie de</p><p>encenação, avalie as afirmações a seguir.</p><p>I. Há nesse excerto de conto uma dicção própria de narrativas orais, construída pelo</p><p>uso de frases curtas e de perguntas retóricas que instaura um suposto interlocutor.</p><p>II. Constata-se no texto um discurso que desconstrói certas ideias prontas no que toca</p><p>à aquisição do código formal da língua como meio de reduzir as desigualdades sociais.</p><p>III. Identifica-se nesse texto um investimento perceptivo e sensorial na sua escritura,</p><p>cuja leitura mobiliza o visual e o auditivo.</p><p>IV. Verifica-se na narrativa a perpetuação das hierarquias do regime da linguagem, em</p><p>que a variante oral é especificidade de grupos sociais marginalizados.</p><p>É correto apenas o que se afirma em</p><p>I e IV.</p><p>X I, II e III.</p><p>I, III e IV.</p><p>II e III.</p><p>II e IV.</p><p>[360443_1644</p><p>95]</p><p>Questão</p><p>003</p><p>(FEPESE) Considerando as diversas concepções de linguagem, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>Na Concepção da Linguagem como Forma de Interação, a língua é vista como um</p><p>código que transmite uma mensagem e toma forma fora do pensamento.</p><p>X</p><p>Na Concepção da Linguagem como Forma de Interação, a linguagem é lugar de</p><p>convívio. Através dela o sujeito que fala pratica ações que não conseguiria praticar a</p><p>não ser falando. Há um aprendizado mais ativo por parte dos alunos.</p><p>Na Concepção da Linguagem como Instrumento de Comunicação, fica evidente uma</p><p>ênfase ao ensino da gramática normativa, norteando o aprendizado dos alunos como</p><p>“certo e errado”. Foco na exteriorização do pensamento.</p><p>Pincel Atômico - 21/09/2024 16:23:05 3/6</p><p>Na Concepção da Linguagem como Forma de Expressão do Pensamento, a língua é</p><p>compreendida como homogênea e estática. O professor deve trabalhar a leitura,</p><p>interpretação e produção de textos variados, enfatizando as variedades da língua.</p><p>Na Concepção da Linguagem com Instrumento de Comunicação, a língua é vista como</p><p>um código que transmite uma mensagem e toma forma fora de nosso pensamento. As</p><p>formas gramaticais pré-estabelecidas são enfatizadas, configurando o ensino como</p><p>prescritivo</p><p>[360443_1644</p><p>91]</p><p>Questão</p><p>004</p><p>(ENADE) Tomando por base o trecho escrito que representa a fala de Nhinhinha:</p><p>“Mas, não pode, ué...”, assinale a opção correta a respeito dos processos de</p><p>transposição da linguagem oral para a linguagem escrita.</p><p>As letras do alfabeto do português representam palavras da língua portuguesa.</p><p>Os signos do código escrito são mais complexos que os signos do código falado; por</p><p>isso, as interjeições, como “ué”, são características de oralidade.</p><p>X</p><p>Os sinais de pontuação marcam, na escrita, a organização dos fragmentos linguísticos,</p><p>que são marcados, na linguagem oral, pela entonação.</p><p>Em língua portuguesa, a relação entre a letra e o som, como [e] no exemplo, é regular:</p><p>mantém-se a mesma em qualquer palavra.</p><p>Por serem usadas em início de frases ou nomes próprios, as letras maiúsculas</p><p>correspondem, na fala, a maior impacto e força sonora.</p><p>[360444_1598</p><p>22]</p><p>Questão</p><p>005</p><p>Considerando a linguagem utilizada pelo personagem João nas duas situações</p><p>comunicativas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.</p><p>I. A língua é um organismo vivo e, dentro de um mesmo sistema, apresenta-se com</p><p>diferenciações como a variação no nível diafásico.</p><p>PORQUE</p><p>II. O contexto comunicativo determina a escolha do registro linguístico a ser utilizado</p><p>pelo falante.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.</p><p>X As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>Pincel Atômico - 21/09/2024 16:23:05 4/6</p><p>As asserções I e II são falsas.</p><p>A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.</p><p>A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>As asserções I e II são verdadeiras, mas</p><p>a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>[360443_1644</p><p>94]</p><p>Questão</p><p>006</p><p>Sobre o percurso histórico da linguística aplicada no mundo, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>Essa área teve sua origem nos estudos de língua materna.</p><p>Os pioneiros nos estudos em LA foram Charles Fries e Ferdinand de Saussure.</p><p>X A primeira revista de LA foi Language Learning: a Journal of Applied Linguistics.</p><p>Os estudos em linguística aplicada são considerados antigos (década de 1940).</p><p>O primeiro curso de LA aconteceu na Universidade de Michigan em 1950.</p><p>[360445_1598</p><p>30]</p><p>Questão</p><p>007</p><p>Ao se trabalhar em sala de aula o desenvolvimento da competência gramatical dos</p><p>alunos, é importante que se dê especial atenção à variação linguística, o que diz</p><p>respeito à competência interativa do falante. A esse respeito o professor deve enfocar</p><p>uma série de questões. Assinala a alternativa INCORRETA a esse respeito:</p><p>Cabe ao professor incentivar os alunos a refletirem sobre as diferenças de sentido e de</p><p>valor em função da presença ou ausência de marcas típicas do processo de mudança</p><p>histórica da língua em um dado texto (arcaísmos, neologismos, empréstimos,</p><p>polissemia)</p><p>A partir da observação da variação linguística, é importante levar o aluno a refletir</p><p>sobre os valores sociais nela implicados e, consequentemente, sobre o preconceito</p><p>contra os falares populares em oposição às formas dos grupos socialmente</p><p>favorecidos.</p><p>X</p><p>Cabe ao professor, a correção da expressão verbal do aluno, tanto na fala quanto na</p><p>escrita, reprimindo, na escrita, principalmente, o uso do que se usa chamar</p><p>“internetês”, em todas as situações de interação.</p><p>O professor deve levar o aluno a aplicar os conhecimentos relativos à variação</p><p>linguística e às diferenças entre oralidade e escrita na produção de textos.</p><p>Cabe ao professor levar o aluno a avaliar a adequação ou inadequação de</p><p>determinados registros em diferentes situações de uso da língua nas modalidades oral</p><p>e escrita.</p><p>Pincel Atômico - 21/09/2024 16:23:05 5/6</p><p>[360443_1644</p><p>93]</p><p>Questão</p><p>008</p><p>(FUMARC) Leia o texto a seguir.</p><p>NÃO E NÃO</p><p>Antônio Prata</p><p>Assistindo a "Nemo" pela quinquagésima nona vez, meu filho enfia o dedo no nariz.</p><p>"Não, filhote, dedo no nariz não pode", digo - e sou tomado por um desconforto. Alguns</p><p>nãos eu falo com convicção: não pode mamar às três da manhã, não pode regar o</p><p>aparelho da Net, não pode comer bola de gude, por mais que elas insistam em imitar</p><p>lindas uvas ou jabuticabas. Essas não são proibições vazias: se meus filhos não</p><p>tivessem só dois e três anos, eu lhes explicaria direitinho as razões.</p><p>"Não pode mamar às três da manhã, porque se tiver tudo que quiser a hora que bem</p><p>entender você vai crescer achando que a vida é um Club Med 'allinclusive' e quando o</p><p>mundo começar a te negar todas as mamadeiras que inevitavelmente te negará você</p><p>vai ficar deprimidíssima e desorientada e vai terminar viciada em crack, em Negresco</p><p>com Nutella ou coisa pior, tipo bingo – então abraça esse coelhinho e vamos dormir</p><p>bem gostoso até amanhã, tá?"</p><p>"Não pode regar o aparelho da Net, porque ele é elétrico e vai causar um curto-circuito</p><p>e talvez pegue fogo no prédio e embora eu entenda que você queira regar todos os</p><p>objetos à sua volta com o regador da vovó Tuni pra ver se eles crescem ou florescem,</p><p>melhor se restringir ao vaso de girassol. (Além do mais, te garanto por experiência</p><p>própria que os botões do aparelho da Net não são do tipo que se abrem em flores)."</p><p>"Não pode comer bola de gude porque, embora o Homo sapiens seja onívoro, na</p><p>ampla lista que inclui alface, boi, ouriço, ovo, alga, cogumelo e gafanhoto, não se</p><p>encontra o vidro."</p><p>Com relação a enfiar o dedo no nariz, contudo... Convenhamos: eu, você, o papa</p><p>Francisco e o Wesley Safadão enfiamos, só não saímos por aí, tipo, admitindo aos</p><p>quatro ventos num grande jornal de circulação nacional. Para ser coerente eu deveria</p><p>dizer: "Filho: dedo no nariz é uma coisa que todo mundo acha nojento nos outros, mas</p><p>não em si próprio, de modo que só se faz escondido. Esse é um pacto silencioso da</p><p>nossa espécie. Um segredo guardado pelos 7 bilhões de habitantes do planeta."</p><p>O problema de tal confissão é que ela me obrigaria a dar um segundo passo. "É o que</p><p>chamamos de hipocrisia. Muito do que ensinamos a vocês é isso: hipocrisia. Quando a</p><p>gente fala que tem que emprestar as coisas pros outros, por exemplo. Os adultos não</p><p>agem assim. Veja: 1 bilhão de adultos têm um monte de coisas e 6 bilhões de adultos</p><p>não têm porcaria nenhuma, mas esse 1 bilhão não empresta as coisas pros</p><p>descoisados nem a pau. Quando a gente diz que só ganha sobremesa se comer</p><p>brócolis, por exemplo, é outra tremenda hipocrisia. Ontem o papai e a mamãe saíram</p><p>pra jantar e racharam um cheesecake do tamanho de um jabuti depois de comerem x-</p><p>salada e batata frita, bebendo cerveja. Quando a gente diz que tem que falar sempre a</p><p>verdade, então, é a maior hipocrisia de todas. A gente mente a torto e a direito. Se</p><p>todos falassem a verdade teríamos que admitir, por exemplo, que 1 bilhão de pessoas</p><p>têm todos os brinquedos e não deixam os outros 6 bilhões brincarem, que a Gisele</p><p>Bündchen põe o dedo no nariz ou que a mamãe do Nemo não está no trabalho, como</p><p>sempre te digo, ela é devorada por um tubarão na primeira cena do filme, por isso toda</p><p>vez nós começamos pelo minuto sete. Um mundo assim seria impraticável, não?"</p><p>"Ei, Dani. Tira esse dedo do nariz. Isso."</p><p>Fonte: Disponível em: https://bit.ly/3qb59rY. Acesso em: 23 jan. 2022.</p><p>Há marcas de oralidade, exceto em:</p><p>“Quando a gente fala que tem que emprestar as coisas pros outros, por exemplo.”</p><p>“esse 1 bilhão não empresta as coisas pros descoisados nem a pau”.</p><p>X</p><p>“Se todos falassem a verdade, teríamos que admitir, por exemplo, que 1 bilhão de</p><p>pessoas têm todos os brinquedos [...]”.</p><p>"Ei, Dani. Tira esse dedo do nariz. Isso."</p><p>“[...] então abraça esse coelhinho e vamos dormir bem gostoso até amanhã, tá?"</p><p>Pincel Atômico - 21/09/2024 16:23:05 6/6</p>

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