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<p>OSTEOMIELITE:</p><p> Infecção piogênica do tecido ósseo, podendo</p><p>comprometer todos os seus componentes (cortical,</p><p>esponjosa e canal medular)</p><p> Incidência: 2 para 10.000 pessoas</p><p> Importância:</p><p> Rápida propagação e risco de morte</p><p> Destruição óssea extensa e tendência à cronificação</p><p> Diagnóstico fácil -> curável na fase inicial</p><p> 1 a cada 5.000 crianças (< 13 anos) apresenta um</p><p>episódio de osteomielite na vida</p><p> Predominante em meninos (2,5:1)</p><p> Associada a trauma</p><p> Acomete principalmente os ossos longos, com</p><p>predomínio dos membros inferiores (fêmur > tíbia ></p><p>úmero)</p><p> Acomete apenas 1 osso em 90% dos casos</p><p> Diagnóstico precoce é essencial -> evitar cronificação</p><p>e sequelas</p><p>ETIOLOGIA:</p><p> Mais frente: Staphyloccus aureus</p><p> Estreptococo do grupo A</p><p> Em pacientes com anemia falciforme: Salmonella</p><p> Imunodeprimidos, grandes queimados e trauma de</p><p>calcâneo -> Pseudomonas</p><p>FISIOPATOGENIA:</p><p>Pode atingir o osso por 3 dias:</p><p> Pós-traumática -> cirurgia ou trauma</p><p> Contiguidade -> infecção de pele (celulite)</p><p> Hematogênica (mais comum em crianças)</p><p>Pode ser classificada em:</p><p> Aguda</p><p> Subaguda</p><p> Crônica</p><p>OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA:</p><p> Infecção do tecido ósseo no qual a bactéria chega por</p><p>via sanguínea</p><p> Principal localização -> metáfise</p><p> 85% dos casos -> pacientes entre 1 a 16 anos</p><p> Afeta principalmente pacientes com desnutrição</p><p> Sexo masculino</p><p> Antecedente de trauma local</p><p> Com histórico de diabetes, hemodiálise e uso de drogas</p><p>injetáveis</p><p>ETIOLOGIA:</p><p> Staphylococcus aureus -> 85%</p><p> Estreptococos do grupo B</p><p> Escherichia coli</p><p> Haemófilos pneumoniae</p><p> Gonococos</p><p> Salmonella (pacientes com anemia falciforme)</p><p> Pseudomonas (imunodeprimidos, grandes queimados,</p><p>trauma de calcâneo)</p><p>LOCALIZAÇÃO:</p><p> Acomete principalmente a metáfise de ossos longos</p><p> Tíbia (distal e proximal), fêmur (distal e proximal) e</p><p>úmero</p><p>FISIOPATOLOGIA:</p><p> Área metafisária -> ramos terminais de artérias -></p><p>redução da velocidade e turbilhonamento -> profício a</p><p>bactérias</p><p> Instalação e multiplicação bacteriana -> Ativação do</p><p>sistema imunológico -> Aumento da permeabilidade</p><p>capilar (exsudato) -> Aumento da pressão</p><p>extravascular -> Trombose da microcirculação -></p><p>Isquemia óssea -> Necrose óssea (aumenta ainda mais</p><p>a instalação e multiplicação bacteriana)</p><p> Isquemia óssea -> Formação de abscesso intraósseo -</p><p>> Aumento da pressão intraóssea -> Fístula óssea -></p><p>Elevação/ruptura do periósteo -> Formação óssea de</p><p>invólucro -> Abscesso extraósseo -> Fístula para pele</p><p>Obs.: A necrose óssea representa a cronificação da</p><p>osteomielite hematogênica -> sequestro</p><p>Psiu! Manifestação radiológica demora entre 10 e 14 dias</p><p>(reação periostal e área de radiotransparência)</p><p>QUADRO CLÍNICO:</p><p> Dor</p><p> Edema</p><p> Hiperemia</p><p> Febre</p><p> Impotência funcional</p><p> Estado geral decaído</p><p> Infecções em outros sistemas (p.ex.: respiratório e</p><p>SNC)</p><p>EXAMES COMPLEMENTARES:</p><p> Hemograma</p><p> VHS</p><p> Hemocultura</p><p> Cultura e antibiograma</p><p> Radiografia simples</p><p> Cintilografia</p><p> Tomografia</p><p> Ressonância</p><p> Ultrassonografia</p><p>DIAGNÓSTICO: Clínica + Exames Complementares</p><p>TRATAMENTO:</p><p> Cirurgia de emergência:</p><p> Abertura por planos</p><p> Drenagem do abcesso extraósseo</p><p> Trepanação e saucerização da cortical lateral</p><p> Curetagem</p><p> Limpeza rigorosa</p><p> Instalação de irrigação contínua</p><p> Fechamento</p><p> Medidas adicionais:</p><p> Antibioticoterapia (cefalosporina + aminoglicosídeos,</p><p>por 10 dias EV e 20 dias VO)</p><p> Dieta hiperproteica</p><p> Repouso e imobilização do seguimento</p><p> Analgesia</p><p>COMPLICAÇÕES:</p><p> Cronificação</p><p> Pioartrite (Artrite Séptica)</p><p> Infecção à distância</p><p> Sepse e morte</p><p>ATENÇÃO!!! Crianças com história de febre e flogose em</p><p>região metafisária, é portadora de osteomielite até se</p><p>provar o contrário.</p><p>OSTEOMIELITE PÓS-TRAUMÁTICA:</p><p> Infecção piogênica do tecido ósseo por inoculação</p><p>bacteriana direta. Comumente secundária a trauma ou</p><p>cirurgia.</p><p>Formas de contaminação:</p><p> Fraturas expostas</p><p> Cirurgias em fraturas fechadas</p><p>EPIDEMIOLOGIA:</p><p> Adultos jovens</p><p> Sexo masculino (6:1)</p><p> Politraumatismo</p><p>ETIOLOGIA:</p><p> Staphylococcus aureus -> 41%</p><p> Staphylococcus aureus + Bacilos gram negativos -></p><p>21%</p><p> Bacilos gram negativos -> 38%</p><p>OPORTUNIDADE CIRÚRGICA:</p><p> Dia 0 ao dia 4: damage control</p><p> Dia 5 ao dia 8: janela de oportunidade</p><p> Dia 9 ao dia 14: déficit imunológico</p><p> A partir do dia 15: aguardar estabilidade, hemograma +</p><p>creatinina + lactato abaixo de 2,5mmol/L</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>Lesão exposta:</p><p> Limpeza e desbridamento rigorosos</p><p> Não piorar a gravidade da lesão</p><p> Observar a janela terapêutica</p><p> Iniciar rapidamente a antibioticoterapia</p><p> Síntese definitiva x damage control</p><p>Osteossíntese eletiva:</p><p> Avaliar a oportunidade cirúrgica</p><p> Avaliação precisa do estado do paciente</p><p> Não piorar a gravidade da lesão</p><p> Cuidados extremos com a técnica asséptica</p><p> Controle absoluto da equipe</p><p>PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PÓS-OSTEOMIELITE:</p><p> Pré-operatório: banho com clorexidina e evitar</p><p>tricotomia</p><p> Trans-operatório: antibiótico profilático adequado,</p><p>antissepsia cuidadosa do paciente e da equipe, técnica</p><p>cirúrgica asséptica e rápida, e curativo oclusivo.</p><p> Pós-operatório: curativo oclusivo por 24 a 28 horas,</p><p>retirar dreno em 24h, feedback das taxas de</p><p>infecção da equipe</p><p>OSTEOMIELITE POR CONTIGUIDADE:</p><p> Infecção piogênica do tecido ósseo que tenha origem</p><p>em infecções contíguas</p><p>ORIGENS:</p><p> Infecções cutâneas sobre ossos superficiais</p><p> Abcesso subaponeurótico</p><p> Pio-artrite em crianças em articulações que englobem</p><p>as regiões metafisárias</p><p>Psiu! Mais comum em quadril, ombro, cotovelo e tornozelo.</p><p>Abcesso de Brodie: infecção crônica, sintomas muito leves</p><p>e reação eficiente.</p><p>PIOATRITE OU ARTRITE SÉPTICA:</p><p>Processo infeccioso por invasão de bactérias piogênicas</p><p>na articulação</p><p>Importância:</p><p>Infecção progressiva rápida que, se não tratada</p><p>adequadamente, conduz a uma severa destruição da</p><p>articulação.</p><p>EPIDEMIOLOGIA:</p><p> 5,5 a 12 casos por 100.000 pessoas</p><p> Predomínio do sexo masculino (2:1)</p><p> Até 5 anos de idade</p><p> Geralmente acompanhada da osteomielite</p><p>hematogênica e está associada a esta com muita</p><p>frequência</p><p> Doença primariamente da infância</p><p> RN são mais susceptíveis, em especial os com</p><p>imunodeficiência</p><p> Locais mais comuns: quadril, joelho, ombro e cotovelo</p><p>PATOGENIA:</p><p>Vias de contaminação:</p><p> Hematogênica</p><p> Contiguidade por osteomielite hematogênica aguda</p><p> Inoculação direta por punções, por exemplo</p><p>ETIOLOGIA:</p><p> Staphylococcus aureus</p><p> Streptococcus</p><p> Salmonella</p><p> Pneumococcus</p><p>FISIOPATOLOGIA:</p><p> A infecção intra-articular leva à produção de enzimas</p><p>condrolíticas pelas bactérias (estreptoquinase e</p><p>estreptodornase) -> formação do “panus articular” e</p><p>ausência de suprimento nutricional para a cartilagem</p><p> Hipertensão intra-articular:</p><p> Distensão da cápsula e isquemia da epífise</p><p> Necrose óssea da epífise</p><p> Sub-luxação ou luxação articular</p><p> Dano irreparável articular</p><p>QUADRO CLÍNICO:</p><p> Dor</p><p> Febre</p><p> Flogose</p><p> Imobilidade articular</p><p> Comprometimento do estado geral</p><p>DIAGNÓSTICO:</p><p> Artrocentese</p><p>EXAMES COMPLEMENTARES:</p><p> Hemograma</p><p> VHS e PCR</p><p> Análise do líquido sinovial</p><p> Ultrassonografia</p><p> Radiografia simples</p><p> Cintolograma</p><p> TC e RNM</p>

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