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<p>Roteiro para mapeamento e categorização dos dados observados com foco</p><p>analítico-avaliativo</p><p>No estudo prático de conteúdo 3.1, unidade 3 do módulo 2, é solicitado que você observe a</p><p>aula e faça um exercício de mapeamento e categorização. Este breve roteiro tem a finalidade de</p><p>esclarecer como este exercício pode ser feito. Salientamos que se trata de uma possibilidade, um</p><p>exemplo de como o exercício pode ser feito. Você não terá que realizar nenhuma atividade extra. A</p><p>leitura atenta deste roteiro pode te ajudar a desenvolver a atividade proposta no módulo, caso você</p><p>tenha ficado em dúvida sobre como proceder.</p><p>Para iniciar, vamos voltar na unidade anterior deste módulo. Ao longo da unidade 2, é</p><p>apresentada a atividade de estágio denominada “observação pautada” que se trata de uma atividade</p><p>anterior à atividade de mapeamento e categorização. Por isso, é importante observar as orientações</p><p>do foco a ser utilizado na atividade observação pautada: ater-se aos registros daquilo que é</p><p>observado, ou seja, o que é visto e ouvido, evitando interpretações sobre o que é observado.</p><p>Exemplo 1, registro sem julgamento:</p><p>O professor escreveu o tema da aula no quadro, pediu que um</p><p>estudante lesse em voz alta e deu um minuto para que os</p><p>estudantes pensassem sobre o que julgariam importante aprender</p><p>em relação àquele tema.</p><p>Exemplo 2 com julgamento:</p><p>O professor envolve os estudantes na construção dos objetivos da</p><p>aula.</p><p>Observe que o exemplo 1 apresenta uma descrição do que aconteceu na aula. Evidentemente que</p><p>podemos a partir desta descrição emitir um juízo de valor sobre o que aconteceu naquele trecho de</p><p>aula descrito. No entanto, a descrição livre de julgamento favorece o desenvolvimento da atividade</p><p>de estágio denominada mapeamento e categorização.</p><p>No exemplo 2, a emissão de uma avaliação sobre a prática docente não nos permite saber o que de</p><p>fato aconteceu na aula e por conseguinte, no momento de categorização, este tipo de registro</p><p>desfavorece uma categorização dos dados observados.</p><p>Neste sentido, a partir da observação do trecho da aula, você, professor(a) mentor(a), é convidado(a)</p><p>a se colocar no lugar de um estagiário. Para isso, você vai observar e registrar de modo tão descritivo</p><p>quanto possível o que você viu e ouviu e que pode ter chamado a sua atenção na aula disposta em</p><p>vídeo. Importante: não é necessário transcrever a aula, é apenas um exercício. Observe e registre</p><p>aquilo que lhe chamou a atenção na forma como a professora utiliza mecanismos interativos para</p><p>engajar os(as) estudantes no trecho da aula gravado.</p><p>Após a observação e descrição do que você viu e ouviu, o próximo passo é categorizar esses dados.</p><p>Caso você já tenha familiaridade com análise de dados de pesquisa, certamente esse roteiro não será</p><p>tão útil.</p><p>Por outro lado, caso este tipo de análise seja inicial a você, os procedimentos a seguir podem ajudar.</p><p>A título de exemplo, segue uma descrição de uma aula com um possível mapeamento e</p><p>categorização:</p><p>A professora após os procedimentos iniciais de acolhida da turma, iniciou a aula dizendo que nas</p><p>próximas aulas seria organizado um debate regrado. Alguns estudantes se levantaram e simularam</p><p>com o corpo um movimento de luta com expressões onomatopaicas que despertou o riso de alguns e</p><p>muxoxo de outros. A seguir, a professora colocou a seguinte frase na lousa:</p><p>“O consumo de carne representa um risco ambiental muito grande e deve ser desestimulado</p><p>continuamente”.</p><p>Em seguida, a professora pediu que eles pensassem sobre a frase por cinco minutos individualmente</p><p>escrevendo em seus cadernos o que pensavam sobre a questão. A professora então pediu que os</p><p>estudantes levantassem e se posicionassem fisicamente em um dos 4 cantos da sala, cada canto</p><p>continha uma placa com os seguintes dizeres: “Concordo Plenamente”, “Concordo”, “Discordo” e</p><p>“Discordo plenamente”. Os estudantes se deslocaram para os cantos de acordo com seus</p><p>posicionamentos. Logo após, a professora organizou uma discussão intragrupos de 5 minutos para</p><p>que os estudantes dialogassem sobre seus pontos de vista e elegessem um representante para trazer</p><p>alguns argumentos a favor do posicionamento frente à questão. Passado o tempo de discussão inicial</p><p>intragrupos, cada representante teve dois minutos para expor aos demais colegas o que o grupo</p><p>discutiu. Após este momento, organizou os estudantes em três grupos, pois ninguém se posicionou no</p><p>canto do “discordo plenamente”. Identificou os grupos como grupo A, grupo B e grupo C. Ao grupo A</p><p>entregou trechos de artigos, reportagens, charges e entrevistas sobre a afirmação polêmica. Aos</p><p>outros grupos entregou gêneros textuais semelhantes, mas com pontos de vista distintos. A seguir,</p><p>destinou 20 minutos para que os estudantes dos três grupos discutissem a partir dos textos e</p><p>construíssem argumentos a favor do ponto de vista dos textos lidos e discutidos. Disse que os grupos</p><p>poderiam pesquisar em seus celulares, caso dispusessem de um naquele momento. Falou que o livro</p><p>didático também poderia ser utilizado. Ao passar pelos grupos, era possível ver e ouvir que alguns</p><p>estudantes discordavam do ponto de vista apresentado pelos colegas. A professora passava pelos</p><p>grupos e não fazia intervenções, mas fazia anotações em um caderno. Passados os 20 minutos,</p><p>perguntou aos estudantes se eles tinham mudado de posição durante as discussões. Ao término da</p><p>segunda rodada de discussão, agora mais coletiva, deu a oportunidade de os estudantes se</p><p>reposicionarem em relação ao tema polêmico. Ao final da aula, pediu aos estudantes que</p><p>pesquisassem mais sobre o tema e informou que na próxima aula realizaria um debate regrado.</p><p>O exemplo acima pode nos dar dados para construir categorias que nos permite, por exemplo,</p><p>identificar como a professora utiliza metodologias na sala de aula. Para tanto, podemos estabelecer</p><p>categorias:</p><p>Categorias Análise avaliativa</p><p>Relevância do tema Capacidade de promover uma discussão sobre um tema atual que</p><p>envolve o impacto dos hábitos de consumo no meio ambiente.</p><p>Resgate dos conhecimentos</p><p>prévios</p><p>Oferecer oportunidade para que os(as) estudantes falassem sobre</p><p>os seus pontos de vista advindos de suas experiências de vida, do</p><p>senso comum, dos valores pessoais e familiares, assim como</p><p>apresentação de suas visões de mundo e de organização social.</p><p>Estratégias didático-pedagógicas favoráveis para engajar a</p><p>heterogeneidade dos(as) estudantes na construção do</p><p>conhecimento, considerando contexto, características e</p><p>conhecimentos prévios.</p><p>Estudante com papel ativo na</p><p>construção do conhecimento e</p><p>desenvolvimento de</p><p>habilidades</p><p>Realizar um mapeamento dos contextos de vida e identidades</p><p>dos(as) estudantes, identificando seus pertencimentos sociais,</p><p>culturais e afetivos. Garantir que a partir de leitura e discussão com</p><p>os pares, os estudantes possam se posicionar inicialmente e</p><p>reposicionar-se a partir da ampliação do conhecimento.</p><p>Engajamento dos(as)</p><p>estudantes com o tema</p><p>Promover um ambiente de aprendizagem em que os(as) estudantes</p><p>possam se envolver na atividade proposta e demonstrar isso</p><p>realizando as atividades, uns com maior entusiasmo outros com</p><p>comportamentos mais comedidos.</p><p>Proatividade Oferecer oportunidades para que os(as) estudantes possam</p><p>pesquisar mais sobre um tema, a partir de uma discussão inicial</p><p>podendo ampliar seus conhecimentos e suas habilidades</p><p>argumentativas.</p><p>Estratégias de comunicação Utilizar estratégias para que os estudantes possam dialogar entre si,</p><p>a partir do seu posicionamento frente ao tema. Isso pode favorecer</p><p>a ampliação de vínculos mais seguros e estimulantes com os pares</p><p>e ampliar o desenvolvimento de um autoconceito favorável à</p><p>confiança pessoal.</p><p>Seria possível que outro observador fizesse uma categorização distinta, mas o importante aqui é que</p><p>o(a) observador(a), após fazer a observação pautada de um trecho de uma aula, consiga categorizar</p><p>um determinado aspecto, no caso, a metodologia utilizada pela professora e possa, a partir da</p><p>descrição, identificar de que modo a prática docente favoreceu</p><p>a aprendizagem dos(as) estudantes.</p><p>Note que o foco do mapeamento e categorização está centrado na prática docente e não apenas no</p><p>que aconteceu, justamente porque o que os estudantes fizeram foi fruto da proposta elaborada pela</p><p>docente.</p><p>É isso que se espera do licenciando que observará a sua prática, professor(a) mentor(a)! Mas para</p><p>isso, ele(ela) precisará contar com a sua orientação. Aqui não tem certo ou errado, certamente após</p><p>algumas observações o(a) estagiário(a) aprimorará as suas habilidades descritivas e sua capacidade</p><p>de organização e tratamento dos dados observados. Isso é uma construção contínua. O importante é</p><p>que ele(ela) atribua sentido e significado àquilo que observa da prática do(a) professor(a) mentor(a).</p><p>Caso haja dificuldades iniciais, um bom instrumento pode ser a matriz de competências profissional.</p><p>Ela pode ser uma ferramenta para que o estagiário possa identificar a qual (quais) habilidade(s) uma</p><p>dada evidência da realidade se relaciona.</p><p>Agora, caso ainda não tenha realizado a atividade de mapeamento e categorização da aula em vídeo,</p><p>faça-o neste momento. O movimento de se colocar no lugar do(a) estagiário(a) vai lhe permitir</p><p>identificar quais as dificuldades que ele(ela) pode ter ao realizar o exercício.</p><p>Esperamos que este roteiro possa lhe ser útil! Lance mão dele a qualquer momento para orientar o(a)</p><p>estagiário(a) no desenvolvimento das atividades de estágio, mas lembre-se de que é o seu</p><p>acolhimento, a sua disponibilidade, a sua prática docente e principalmente a sua intencionalidade em</p><p>apoiar a construção das competências necessárias que são os recursos mais valiosos!</p>

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