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<p>Aula 1</p><p>Brainstorming como Ferramenta de Comunicação Visual</p><p>Ponto de Partida</p><p>Boas-vindas à nossa aula, em que exploraremos o brainstorming, uma ferramenta essencial na comunicação visual. Você descobrirá como ela pode gerar ideias inovadoras, moldar briefings eficazes e fortalecer a conexão entre marcas e público. Mas como podemos transformar uma sessão de brainstorming em uma fonte de ideias que realmente se traduzam em projetos visuais impactantes e alinhados com as expectativas do público? Esse é o desafio que vamos explorar. Esteja pronto para aplicar os conhecimentos em seu contexto profissional, aprimorando sua capacidade de desenvolver soluções visuais impactantes. Em todo tipo de projeto que for se envolver, o brainstorming sempre funciona!</p><p>Vamos Começar!</p><p>A técnica de brainstorming, chamada também de tempestade de ideias, envolve um grupo de pessoas que se reúnem com o intuito de estimular a criatividade para que, por meio de ideias inovadoras, levem um determinado projeto adiante.</p><p>Na prática, é importante que tenha um número elevado de participantes, de preferência com perspectivas distintas. Essa pluralidade de ideias é o ponto focal da técnica. Em um primeiro momento, para que tenha um resultado satisfatório, é necessário ter o maior número de ideias, sem pensar, ainda, na qualidade.</p><p>Ressalta-se também que é fundamental que o brainstorming seja totalmente livre de críticas. Até mesmo as ideias que parecem inicialmente ineficientes devem ser consideradas, pois podem servir como um ponto de partida.</p><p>E aí, está preparado para começar a aprofundar e executar o brainstorming em seus projetos de design? Vamos continuar aprendendo mais sobre o assunto?</p><p>Geração de ideias criativas com brainstorming</p><p>Conceituando o brainstorming</p><p>O brainstorming é um termo em inglês que une as palavras brain (mente) e storming (tempestade). Essa técnica foi criada pelo publicitário norte-americano Alex Faickney Osborn, em 1938, ao perceber que seus colaboradores não conseguiam desenvolver campanhas criativas para sua agência, deixando-o extremamente frustrado devido a essa falta de ideias e criatividade. Porém, foi somente em 1957 que ele apresentou o brainstorming ao mundo no seu livro Applied Imagination (Imaginação Aplicada); essa técnica seria uma importante ferramenta para gerar insights criativos. Para Baxter (2008, p. 67),</p><p>[...] Brainstorming ou sessão de “agitação” de ideias é realizado em grupo, composto de um líder e cerca de cinco membros regulares e outros cinco convidados. Os membros regulares servem para dar ritmo ao processo e outros cinco convidados podem ser especialistas. Segundo Coutinho e Bottentuit (2007, p. 107), apontam que o brainstorming é uma técnica que visa à reunião de informações para que seja feita a exploração de novas ideias acerca de contextos ou problemas. De acordo com Harris (2002, p. 1), esta técnica é eficaz quando tem como propósito solucionar um problema específico onde é necessária grande quantidade de ideias. O principal objetivo desta técnica é a liberdade da imaginação dos indivíduos participantes, sem haver críticas para que não haja nenhuma interferência no processo criativo.</p><p>Brainstorming na prática</p><p>Na prática, consiste em uma reunião com 6 a 12 pessoas, sendo uma delas um mediador que seja responsável por dar um direcionamento e garantir que todas as etapas sejam cumpridas e as ideias sejam respeitadas. Esses colaboradores devem ser de áreas distintas dentro da empresa, de preferência com perspectivas e opiniões totalmente distintas, com o objetivo de gerar ideias para criar campanhas publicitárias, melhorar processos dentro da empresa, buscar soluções para problemas diversos e desenvolver ou melhorar produtos já existentes. Ao se reunirem para propor soluções, devem ser consideradas, até mesmo, as ideias consideradas sem sentido, pois o importante é que mais à frente surgirá uma ideia para o projeto seguir.</p><p>Regras básicas do brainstorming</p><p>Não pode haver críticas, ou seja, deve ser feito dentro de um ambiente em que todos os envolvidos se sintam livres para expor as suas ideias.</p><p>Deve-se levantar o maior número de ideias possíveis, pois é o momento de ter quantidade de ideias e não julgar as ideias geradas.</p><p>Além disso, é importante relacionar as ideias similares e que estejam dentro do mesmo contexto, pois, dessa forma, elas se agruparão por similaridade e abre-se espaço para continuar buscando novas ideias.</p><p>Agora que já entendemos sobre a origem do brainstorming, bem como os conceitos, as características e sua aplicabilidade no prisma de diversos autores, aprofundaremos um pouco mais sobre o assunto, abordando as etapas dessa técnica.</p><p>Siga em Frente...</p><p>Conceituando briefing e suas etapas</p><p>Briefing</p><p>É um documento que reúne todas as informações que o cliente deseja. Ele serve como um guia para auxiliar na execução de um projeto, como a criação de uma logo e identidade visual, uma peça publicitária, o desenvolvimento de um site, a elaboração de uma interface gráfica para um game, entre outros. Segundo S'antanna (1989, p.109), “chama-se briefing todas as informações preliminares que contém as instruções que o cliente fornece à agência para orientar os seus trabalhos.”.</p><p>De acordo com Phillips (2007), o briefing pode ser utilizado como um roteiro com os passos a serem seguidos para o desenvolvimento dos projetos. Pode ser utilizado também como contrato ou acordo entre o contratante e contratado, e, ainda, como cronograma com os prazos estabelecidos para o desenvolvimento de um projeto.</p><p>De forma geral, podemos entender o briefing como um manual de instruções para que toda a equipe de designers se guie por ele, pois constam todas as informações que foram coletadas e solicitadas pelo cliente.</p><p>A importância do briefing</p><p>Como você já notou, o briefing é fundamental para ter um projeto de sucesso.</p><p>Na prática, podemos afirmar que ele contribui para:</p><p>1. Organização: em um único documento, temos todas as informações importantes para a realização do projeto.</p><p>2. Inspiração: quando a equipe começa o trabalho sem ter a noção do que o cliente realmente quer, apostando na sorte da aprovação, normalmente o trabalho fica paralisado, não dando prosseguimento na sua execução. Com o briefing, isso nunca acontecerá ao desenvolver seus projetos de design.</p><p>3. Planejamento: conseguirá definir melhor os processos que envolverão o projeto, evitando sair do foco principal do que é solicitado no documento pelo cliente.</p><p>4.</p><p>Etapas do briefing</p><p>1. Informações gerais da empresa (perfil da instituição, produtos e serviços, concorrentes).</p><p>2. Posicionamento da empresa (quais são os diferenciais frente à concorrência, ou seja, o que a empresa faz de único).</p><p>3. Objetivo do projeto (definir as necessidades do cliente por meio de perguntas, tais como: onde queremos chegar? O que devemos transmitir? Qual a mensagem que comunicaremos? Qual é o maior desafio enfrentado pela marca hoje?).</p><p>4. Público-alvo (identificar, a partir dos dados demográficos, geográficos, socioeconômicos e comportamentais, as informações: sexo, faixa etária, hábitos de consumo e nível de escolaridade).</p><p>5. Sobre o projeto (O que será desenvolvido? Quais são as características principais do produto ou serviço? Existe algo específico que precisa constar no projeto – tipografia, cores? Quais são as objeções no projeto, ou seja, o que não deve estar presente nele? Quais são os elementos visuais que te agradam? Quais são as mensagens comunicativas que devem ser transmitidas ao público?).</p><p>6. Orçamento (definir os valores detalhados para cada peça, incluindo valores para as alterações).</p><p>7. Prazo de entrega (definir os prazos alinhados com todos os processos envolvidos, buscando sempre priorizar a qualidade na entrega).</p><p>Além de tudo que foi mencionado, é importante solicitar à empresa outros projetos que foram realizados, para ter uma base e evitar retrabalho por, de repente, faltar algum pré-requisito que não constou nas etapas do briefing.</p><p>Aplicação do brainstorming conectando marca e público-alvo</p><p>Estudo de caso do redesenho da logo da marca</p><p>Tic Tac</p><p>A Tic Tac, marca do grupo Ferrero, foi repaginada, com novo logotipo e novos rótulos nas suas embalagens. O objetivo determinado para a equipe de designers era fazer o rebranding, ou seja, dar um novo visual para as balas Tic Tac, de forma a mostrar que o produto incentiva momentos de leveza no dia a dia, inspirando as pessoas a verem a vida de forma diferente, ou seja, sendo mais positivas.</p><p>A equipe de designers estava com um desafio, que era rever a marca como um todo e encontrar um conceito-chave que pudesse conectar todos os elementos visuais com seu público-alvo e, ao mesmo tempo, manter o DNA da marca. Para isso, fizeram reuniões utilizando a técnica de brainstorming, em que puderam reunir diversas ideias a respeito do problema relatado.</p><p>Aplicação do brainstorming na comunicação visual</p><p>Na fase de imersão da construção de ideias, a equipe se reúne para a tempestade de ideias, em que todos farão anotações de suas sugestões, e um dos integrantes da equipe juntará todas as ideias para a escolha da mais relevante. É lógico que esse momento é a etapa mais difícil, pois gera uma frustação, uma vez que, mesmo que não se tenha deixado nada ao acaso, não existe uma única solução, mas, sim, várias soluções. É por esse motivo que é sempre importante ser trabalhado em várias trilhas criativas, sem perder o foco na proposta do problema inicial e respeitando todos os pontos que não podem deixar de faltar. Ao final, foi definido o melhor conceito criativo para o desafio em questão e seguiu-se com uma linha mais clean.</p><p>Na logo, foi mantida a imagem da folha de menta, porém, agora, de forma simples e minimalista para remeter à origem da marca (Figura 1). Devido a essa mudança, o produto também passa a ganhar novo slogan, “Refresca no Ponto”, para transmitir a verdadeira essência da marca, ou seja, o frescor na medida certa.</p><p>Figura 1 | Redesign das embalagens da marca Tic Tac. Fonte: Marca Mais (2023, [s. p.]).</p><p>Na embalagem, foram acrescentadas a descrição do sabor e uma ilustração, e, para fortalecer ainda mais a ideia de leveza do dia a dia, Tic Tac ganha os “raios de positividade”. Além disso, o movimento e o formato das pílulas dão um ar de modernidade e dinamismo na sua concepção. Quanto às cores, continuam chamando atenção pela escolha vibrante, despertando o olhar do consumidor.</p><p>Diante do lançamento da nova logo e dos raios de luminosidade indicando positividade e da embalagem, a marca reforça seu posicionamento, que é encarar os momentos da vida com mais leveza e dar uma refrescância nos pequenos momentos do dia a dia.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Nesta aula, mergulhamos no universo do brainstorming, uma técnica crucial para impulsionar a criatividade na comunicação visual. Demonstramos como essa abordagem pode moldar briefings eficazes e fortalecer a ligação entre marcas e seu público. A problemática central abordada foi: como transformar sessões de brainstorming em fontes de ideias que evoluam para projetos visuais impactantes e alinhados com as expectativas do público?</p><p>Discutimos a importância de acolher uma diversidade de perspectivas e a necessidade de um ambiente onde todas as ideias sejam consideradas. Enfatizamos como um briefing bem estruturado serve como um norte para que as ideias geradas no brainstorming se alinhem com os objetivos do projeto e as necessidades do público e exploramos um estudo de caso interessante. Após a leitura desse estudo de caso do redesenho da logo da marca Tic Tac, como você poderia contribuir, junto à sua equipe, para fazer mudanças na marca, utilizando a técnica do brainstorming para o desenvolvimento de ideias criativas?</p><p>Esperamos que você aplique esses conhecimentos em sua jornada acadêmica e profissional, utilizando o brainstorming para enriquecer seus projetos de comunicação visual. Que essas estratégias inspirem você a explorar novas possibilidades criativas, sempre com foco nos objetivos e no público-alvo.</p><p>Saiba Mais</p><p>Para expandir ainda mais seu conhecimento sobre o brainstorming e sua aplicação em campos criativos, recomendamos a leitura do artigo "A exploração da criatividade, através do uso da Técnica de brainstorming, adaptada ao processo de criação em moda", de Karla Mazzotti, Ana Cristina Broega e Luiz Vidal Negreiros Gomes. Esse estudo oferece uma perspectiva detalhada sobre como o brainstorming pode ser adaptado e utilizado no processo criativo, especialmente no contexto da moda, destacando a versatilidade dessa técnica.</p><p>Além disso, sugerimos que assista ao episódio 1 da série Abstract: The Art of Design, intitulado "Christoph Niemann: ilustrador", disponível na Netflix. Esse episódio proporciona uma imersão no mundo da ilustração, mostrando como a criatividade e o design se interconectam para criar obras visuais impactantes e inovadoras.</p><p>Aula 2</p><p>Público-Alvo na Comunicação Visual</p><p>Ponto de Partida</p><p>Nesta aula, exploramos o público-alvo na comunicação visual, essencial para o êxito de projetos de design. Você aprenderá a definir o público-alvo e a adaptar a comunicação visual para novas audiências. Refletiremos sobre como o conhecimento do público-alvo potencializa a eficácia comunicativa.</p><p>A problematização que guiará nossa jornada de aprendizado questiona: Como a compreensão detalhada do público-alvo influencia a eficácia da comunicação visual? Permaneça atento a como esse entendimento influencia a conexão e o engajamento com a audiência. Esse aprendizado é um trampolim para aprimorar suas estratégias de design, tornando-as mais impactantes e alinhadas às necessidades e aos interesses do seu público. Vamos iniciar essa jornada para enriquecer sua prática profissional com uma comunicação visual mais assertiva e engajadora!</p><p>Vamos Começar!</p><p>Boas-vindas, estudante!</p><p>Em um primeiro momento, conceituaremos público-alvo e entenderemos a sua importância ao desenvolver projetos de design, pois, se você busca atender a todo mundo, não direciona os seus esforços para quem realmente interessa. Em seguida, serão apresentados os tipos de recortes de público-alvo quanto aos aspectos demográficos, geográficos, econômicos e comportamentais.</p><p>Por fim, mostraremos projetos que envolvem a aplicabilidade da comunicação visual com os seus diversos públicos, observando a acessibilidade, a diversidade e a inclusão. No design de acessibilidade, você pensará: como meu projeto pode ser acessível? Quais os elementos que devem existir no projeto para facilitar que pessoas com deficiências visuais, auditivas ou motoras consumam as mensagens veiculadas na comunicação visual?</p><p>Agora que já apresentamos o que você aprenderá nessa aula, vamos continuar aprendendo mais sobre o assunto?</p><p>Conceituando o público-alvo</p><p>Conceituando o público-alvo (target)</p><p>É comum vermos projetos de design gráfico que não “funcionaram”, em que foi investido muito dinheiro e tempo. Mas o que muitos profissionais não observaram é que o que está por trás para um projeto de design realmente dar certo é conhecer o seu público-alvo.</p><p>Público-alvo</p><p>É um grupo de consumidores que possuem necessidades e desejos em comuns (Figura 1), e que estão dispostos a adquirir produtos ou serviços que uma empresa tem a oferecer.</p><p>Segundo Kotler (2006), público-alvo corresponde a um grupo de consumidores que possuem um mesmo perfil demográfico, psicográfico e comportamental, e que oferece mais oportunidades de crescimento em comparação com os públicos já explorados pela concorrência.</p><p>Strunck (2007) afirma que compreender o público-alvo proporciona o conhecimento para selecionar e manipular uma série de signos, de forma a estabelecer uma comunicação num nível ideal com essas pessoas.</p><p>Figura 1 | Público-alvo. Fonte: Unsplash.</p><p>Agora que você já sabe a definição de público-alvo, aprenderemos a identificar, por meio de estudos e pesquisas, informações sobre idade, gênero, classe social, preferências, objeções, entre outras, para traçarmos o perfil mais correto possível e aplicarmos os elementos visuais correspondentes dentro do público-alvo do projeto.</p><p>Antes de começar a fazer a pesquisa para identificação do público-alvo,</p><p>é importante definir qual será a melhor forma de elaborá-la. Existem diversas maneiras, mas, aqui, destacamos três: por formulário (devem ser objetivos, claros e diretos para conseguir obter respostas precisas), pela internet (permite a facilidade da coleta dos dados, bem como a qualidade das informações extraídas) e pela forma direta com o público (coleta informações em tempo real, o que permite analisar dados psicológicos e comportamentais).</p><p>Algumas perguntas para identificar o público-alvo:</p><p>· Quais são as necessidades e/ou problemas para atender ao meu cliente?</p><p>· Quais são os desejos e/ou as demandas do consumidor?</p><p>· Quais são os canais off-line e/ou on-line que o meu público acessa informações?</p><p>· Quais são as marcas que trazem credibilidade e confiança?</p><p>· Quais são os concorrentes diretos e indiretos da empresa?</p><p>· Quais são as objeções, ou seja, o que não pode ter no projeto de design?</p><p>Tipos de recortes de público-alvo</p><p>Agrupar pessoas com determinada necessidade e desejo envolve uma série de variáveis, ou seja, é preciso levantar o máximo de informações para que a comunicação se torne mais clara e precisa. Um exemplo disso é você conseguir desenvolver um projeto de um cartaz apenas com a informação de que será direcionado para mulheres acima de 40 anos de idade. Somente com essa informação, você desenvolverá para uma grande massa de mulheres, e não para um grupo específico.</p><p>Por isso, é importante fazer os recortes no mercado para melhor identificar quais grupos têm mais afinidade com a marca e direcionar todo o projeto para o público-alvo correto.</p><p>Podemos dividir o público-alvo, chamado de também mercado-alvo, em quatro variáveis: demográfico, geográfico, psicográfico e comportamental (OGDEN, 2002).</p><p>Demográfico</p><p>É um tipo de classificação e agrupamento do público-alvo por categorias, como: sexo, faixa etária, classe social, renda, escolaridade, ocupação profissional, etnia e nacionalidade (Figura 2).</p><p>As características sexo, classe social e faixa etária são variáveis fundamentais para direcionar o projeto de comunicação visual na sua utilização de cores, tipografia, estilo de design e forma. Os desejos dos consumidores variam muito conforme essas variáveis dentro do escopo do projeto a ser realizado.</p><p>Conforme Hooley (2005), a classe social exerce uma forte influência sobre a preferência por carros, roupas, mobília, atividades de lazer, hábitos de leitura e compras de varejo. Muitas empresas oferecem produtos e serviços para classes sociais específicas.</p><p>Figura 2 | Recorte demográfico. Fonte: Vinícius (2021, [s. p.]).</p><p>Geográfico</p><p>Consiste em dividir o mercado-alvo com base nas suas localizações físicas, ou seja, regiões, país, estado, cidade e bairro (Figura 3). É utilizada porque a demanda de produtos ou serviços pode variar regionalmente. Ao se criar uma logo, é importante entender as especificidades de cada localização onde a empresa atua, trazendo elementos regionalizados nas suas aplicações.</p><p>Para Kotler e Keller (2002, p. 285), “a segmentação geográfica requer a divisão do mercado em diferentes unidades geográficas, como nações, estados, regiões, condados, cidades ou bairros. A empresa pode atuar em uma, em algumas ou em todas as áreas geográficas, prestando atenção nas variações locais”.</p><p>Figura 3 | Recorte geográfico. Fonte: Brasil Away (2022, [s. p.]).</p><p>Psicográfico</p><p>Esse recorte se divide em grupos de pessoas, e nele busca-se entender as suas personalidades, por meio da coleta dos seus valores, hábitos, estilo de vida, opiniões e interesses. Podemos também extrair elementos emocionais, os quais influenciarão na criação de uma peça de comunicação visual.</p><p>As variáveis psicográficas ajudam a compreender por que as pessoas compram determinado produto ou serviço em determinada loja. A compreensão dessas características contribuirá para a definição de alguns aspectos do produto, como o desenho, a forma e os melhores canais de comunicação com o consumidor.</p><p>De acordo com Kotler e Keller (2002, p. 288), “na segmentação psicográfica, os compradores são divididos em diferentes grupos, com base em seu estilo de vida, sua personalidade e seus valores. Pessoas do mesmo grupo demográfico podem ter perfis psicográficos diferentes”.</p><p>Comportamental</p><p>Utiliza como dados a maneira como os clientes interagem com a marca, por exemplo, onde compram e com qual frequência. Isso pode ajudar a expandir o produto e melhor compreender os consumidores, de acordo com a ocasião em que sentem uma necessidade, adquirem um produto ou utilizam (Figura 4).</p><p>Segundo Kotler (2006), as variáveis comportamentais são: ocasiões, benefícios, status do usuário, índice de utilização, estágio de prontidão e atitudes com relação ao produto.</p><p>Com base no que aprendemos, ficou claro que compreender todos os recortes de público-alvo é fundamental para facilitar a identificação dos usuários reais e quais as suas devidas necessidades a serem atendidas.</p><p>Figura 4 | Recorte comportamental. Fonte: Thiel ([s. p.], [s. d.]).</p><p>Siga em Frente...</p><p>Comunicação visual e “novos” públicos</p><p>Nas relações humanas, é fundamental haver a comunicação, pois é considerada uma questão vital para os seres humanos. Para quem não possui nenhuma deficiência física, intelectual ou motora, fica difícil imaginar que algumas ações do nosso dia a dia, como fazer compras, seja off-line ou on-line, assistir à televisão ou acessar as redes sociais, tornam-se uma grande dificuldade, em particular para as pessoas com deficiência visual. Dentro desse contexto, cabe ao profissional de design ficar atento a esse público, o qual requer uma atenção especial, quando for criar seus projetos, e incluir recursos que permitam acessibilidade, diversidade e inclusão.</p><p>As barreiras da comunicação não acontecem somente com aquelas pessoas que têm deficiências visuais, mas também auditiva, intelectual e outras, que são impedidas de receber uma mensagem com integridade.</p><p>Ao se pensar nesse perfil de público com falta de acessibilidade, o designer pode adicionar alguns recursos em seus projetos de sites, interface de games e aplicativos, tais como: audiodescrição, legenda para surdos e ensurdecidos, e Libras, porém, antes disso, entenderemos melhor o que é acessibilidade.</p><p>Conceito de acessibilidade</p><p>É a possibilidade de pessoas com deficiência visual, auditiva ou intelectual acessarem um produto, serviço ou informação sem haver barreira, com segurança e autonomia.</p><p>Acessibilidade no design</p><p>No design acessível, existem diversas possibilidades que podem ser incluídas, por exemplo, nas redes sociais, pode-se evitar fonte decorativa, ter um cuidado maior com contraste de cores, bem como o uso de enfeites, pois isso tudo pode atrapalhar a visualização e a compreensão das informações visuais. Ao utilizar vídeos, deve sempre incluir a audiodescrição, pois é uma forma complementar e extremamente funcional para quem tem deficiência visual.</p><p>Segundo a Web Accessibility Initiative (2013), a acessibilidade na web tem como objetivo permitir que qualquer indivíduo navegue por qualquer site e tenha total entendimento em igualdade de oportunidades, com segurança e autonomia.</p><p>É pensar no design centrado no usuário que facilita e permite uma melhor acessibilidade na web, pois se concentra todo o seu foco no usuário e em suas necessidades (Figura 5).</p><p>Figura 5 | Acessibilidade para pessoas com dificuldade de leitura. Fonte: Audima (2023, [s. p.]).</p><p>Conceito de diversidade</p><p>Ao se pensar em diversidade, logo vem à nossa mente a ideia de diferente, algo que foge de um padrão pré-estabelecido pela sociedade e, ao mesmo tempo, podemos associar também a algo que possa estar “errado” ou resulta em estereótipos negativos, estigmas e discriminação. No entanto, podemos enxergar de maneira contrária, entendendo que ser diverso é uma característica única dos seres vivos, então a pluralidade, heterogeneidade e variedade podem ser valorizadas em projetos criativos.</p><p>Diversidade no design</p><p>Ao pensar em diversidade dentro do design, podemos destacar uma marca que pode servir de inspiração: a Natura. Em todo o seu material de comunicação,</p><p>ela faz questão de ampliar a representatividade de negros, mulheres, pessoas com alguma deficiência e grupos LGBTQIA+ (Figura 6).</p><p>Figura 6 | Design da diversidade: LGBTQIA+. Fonte: Oliveira (2022, [s. p.]).</p><p>Inclusão</p><p>Conforme vimos até aqui, a diversidade está associada a diversos grupos sociais, enquanto a inclusão se refere a termos uma sociedade igualitária, ou seja, entender que todos somos iguais e sem nenhuma distinção.</p><p>Design da inclusão</p><p>Tem como objetivo principal criar interfaces de comunicação e interação de tal maneira que possam ser acessadas pelo maior número de pessoas possível. Por exemplo, ao produzir um cartaz, o ideal é considerar as divergências físicas e mentais da audiência, para permitir uma maior abrangência da mensagem.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Ao longo dessa aula, mergulhamos na identificação e compreensão do público-alvo, um aspecto crítico para o sucesso de qualquer iniciativa de comunicação visual. Abordamos como a definição precisa do público-alvo, através de recortes demográficos, geográficos, econômicos, comportamentais e psicográficos, pode aprimorar significativamente a relevância e o impacto da comunicação visual.</p><p>A problematização inicial questionou como a compreensão detalhada do público-alvo influencia a eficácia da comunicação visual. Vimos que conhecer profundamente o público permite criar mensagens visuais que não só capturam a atenção, mas também ressoam significativamente com a audiência. Isso leva a um engajamento mais profundo e a uma maior eficácia comunicativa.</p><p>Por exemplo, ao aplicar o conhecimento sobre o público-alvo em projetos de acessibilidade, diversidade e inclusão, os designers podem criar soluções que não só atendem às necessidades específicas de grupos diversos, mas também promovem uma inclusão mais ampla, demonstrando como o design pode ser uma poderosa ferramenta de mudança social.</p><p>Encerramos essa aula convidando você a continuar refletindo sobre como aplicar seu aprendizado na sua prática profissional. Considere como o aprofundamento na compreensão do público-alvo pode transformar não apenas a eficácia de suas comunicações visuais, mas também contribuir para uma sociedade mais inclusiva e diversificada. Que outras formas você pode imaginar para aplicar esse conhecimento de maneira inovadora em seus futuros projetos de design?</p><p>Saiba Mais</p><p>Para complementar nosso aprendizado, recomendamos a leitura do artigo "Definição do público-alvo em startups: reflexões a partir de duas startups tecnológicas de Lages/SC", de Denise Righez dos Santos de Souza, Douglas Parizotto Jacinto e Larisse Kupski, que oferece insights sobre a importância da definição do público-alvo em contextos inovadores.</p><p>Além disso, assista ao filme A rede social (2010) para observar como um entendimento profundo do público-alvo universitário contribuiu para o sucesso do Facebook. Essas recomendações irão enriquecer sua compreensão e aplicação dos conceitos que discutimos.</p><p>Aula 3</p><p>Conceito "Criador" na Comunicação Visual</p><p>Ponto de Partida</p><p>Nesta aula, mergulharemos em uma exploração dos conceitos de semiótica, narrativa visual e storytelling na comunicação visual. Esses conteúdos são fundamentais para qualquer profissional que busca compreender a complexidade da interação entre mensagem, público-alvo e objetivos em projetos de comunicação visual.</p><p>Ao longo dessa aula, estaremos atentos a uma questão central: como utilizar a linguagem visual de forma eficaz para contar histórias que cativem e envolvam o espectador? Nossa análise nos levará a refletir sobre os signos presentes na comunicação visual, explorar a importância da narrativa na construção de experiências memoráveis e entender como o storytelling pode ser uma ferramenta poderosa para estabelecer conexões emocionais com o público.</p><p>Estimulamos você, estudante, a permanecer atento aos detalhes que surgirão ao longo da aula. Cada conceito discutido aqui será uma peça-chave para desvendar os desafios e as oportunidades que surgem no dia a dia profissional da comunicação visual. Prepare-se para uma aprendizagem estimulante e inspiradora, em que o conhecimento teórico se encontra com a prática profissional. Vamos explorar juntos as possibilidades infinitas da comunicação visual!</p><p>Vamos Começar!</p><p>Essa aula está dividida em três pontos:</p><p>Semiótica e comunicação visual: reúne o entendimento do conceito sobre semiótica, sua importância e aplicação dentro de projetos de comunicação visual.</p><p>A narrativa e sua utilização na comunicação visual: exploraremos diversas narrativas visuais que serão fundamentais na construção da comunicação. Compreenderemos como a linguagem pode ser mais bem explorada por meio de imagens, símbolos, cores etc.</p><p>Como contar histórias? Usando storytelling: apresentaremos a técnica do storytelling para você aplicar em seus projetos e criar uma relação de empatia emocional, que pode ser feito desde o planejamento até a execução final do projeto.</p><p>Vamos iniciar esse novo aprendizado? Temos certeza de que essa aula contribuirá muito para o seu aprendizado e os seus projetos de comunicação visual. Boa sorte e bons estudos!</p><p>Semiótica e comunicação visual</p><p>Toda forma de comunicação entre os indivíduos depende de uma linguagem verbal e não verbal, que, por sua vez, é formada por signos. No caso da comunicação visual, os signos podem ser traduzidos pelas cores dos semáforos, placas de trânsito, formas e ilustrações, por exemplo. Na prática, eles podem ser vistos em toda parte e estão relacionados a elementos que podem ser naturais e culturais. Portanto, podemos observar que a semiótica, ciência dos signos, está intrinsecamente interligada com a comunicação.</p><p>Origem da semiótica</p><p>A palavra “semiótica” vem do grego semeion, que significa signo. A sua origem teve primeira aparição nos estudos linguísticos, e seu apogeu foi na década de 1960, por meio das pesquisas do linguista lituano Algirdas Julius Greimas (1917-1992). Apesar disso, o termo foi usado, pela primeira vez, por meio do linguista americano Charles Sanders Peirce (1839-1914).</p><p>Definindo semiótica</p><p>A semiótica pode ser definida como estudo dos signos, que consiste na reunião de todos os elementos que representarão algum significado e sentido para o ser humano, abrangendo tanto as linguagens verbais quanto as não verbais. O objetivo da semiótica é buscar entender como o ser humano consegue interpretar os signos e, com isso, aprimorar a forma de comunicação. Assim, é também fundamental analisar e entender o comportamento humano e de toda uma sociedade, já que as linguagens representam a forma de expressarmos os nossos pensamentos e as nossas emoções.</p><p>Segundo Pierce (2005), é o estudo dos signos e das suas ações. Já o signo é entendido como aquilo que representa algo para alguém. Os signos, que podem ser objetos, palavras ou desenhos, representam e transmitem alguma informação, ou inúmeras informações.</p><p>Quando nos referimos à semiótica, podemos dividir em alguns ramos de forma aplicada, por exemplo, a semiótica visual como sinônimo de estudo dos signos comunicados visualmente. Para Nöth e Santaella (2010), desenhos, pinturas, fotografias, cores, anúncios impressos, pôsteres, design, diagramas, logogramas, sinais de trânsito e mapas são tópicos da semiótica visual.</p><p>Relação da semiótica com a comunicação visual</p><p>Todo e qualquer signo, para servir como base da linguagem verbal ou não verbal, é formado por uma relação triádica: representâmen, objeto e interpretante (Figura 1).</p><p>Representâmen</p><p>Corresponde a algo que representa alguma coisa para alguém, ou seja, podemos afirmar que é a percepção externa do que estamos vendo, traduzida pela sua forma, cor etc. Um exemplo de um representâmen é a imagem de um milho, que traz uma forma específica e sua cor (Figura 1).</p><p>Objeto</p><p>Refere-se à tradução do significado da imagem, da ideia que se quer transmitir ao mostrar a imagem de um milho (Figura 1), em que esse objeto pode trazer como significado imediato a correlação com a imagem de uma pipoca.</p><p>Interpretante</p><p>É a conexão mental e que se encontra numa posição entre o representâmen e o objeto,</p><p>para trazer um significado do objeto, podendo ser representado pela embalagem de pipoca, (Figura 1).</p><p>A partir dessas abordagens, podemos notar que a semiótica é fundamental nos projetos de comunicação visual, pois é uma ferramenta para ajudar a inovar e comunicar de forma eficiente, eficaz e estratégica.</p><p>Figura 1 | Semiótica de Pierce. Fonte: adaptada de Pierce (2005, [s. p.]).</p><p>Siga em Frente...</p><p>A narrativa e sua utilização na comunicação visual</p><p>Entendendo a narrativa</p><p>A narrativa corresponde à representação de uma sucessão de fatos que são conectados entre si para contar uma história, podendo ser escrita, oral, visual e audiovisual, normalmente extraídas de temas do nosso cotidiano. No que tange às narrativas visuais, podemos entender como uma forma de contar histórias, sem uso de palavras, mas, sim, por meio de imagens, desenhos ou ilustrações, transmitindo sentimentos e guiando o leitor por um caminho semelhante àquele formado somente por texto.</p><p>Por meio dessa perspectiva, as narrativas visuais se estabelecem como um gênero que se utiliza das imagens que se relacionam entre si, transmitindo um sentido narrativo.</p><p>Segundo Aumont (2003, p. 209), “uma narrativa conta uma história: por conseguinte, ela superpõe ao tempo imaginário dos acontecimentos contados, o tempo do próprio ato narrativo”. O autor nos mostra que, nas narrativas visuais, por meio de imagens, conseguimos contar histórias.</p><p>Figura 2 | Narrativa visual em histórias em quadrinhos (HQ). Fonte: Freepik.</p><p>Um exemplo de narrativas visuais são as histórias em quadrinhos (Figura 2), cheias de elementos visuais, personagens e texto. Para construir a narrativa de uma HQ, primeiramente, devemos responder a algumas perguntas: O quê? Quando? Onde? Com quem? Por quê? Como? Qual resultado é esperado? Em segundo lugar, é importante definirmos:</p><p>· O que está acontecendo na cena?</p><p>· Qual o local que está acontecendo?</p><p>· Quais são os personagens na cena?</p><p>· Como a cena está sendo desenvolvida e quais são suas conexões entre os quadros?</p><p>· Qual a consequência que se espera ao final da cena?</p><p>Após responder a todas essas perguntas, você estará diante de uma estrutura de narrativa visual para uma história em quadrinhos.</p><p>Como construir o roteiro de HQ para a construção da narrativa visual</p><p>O próximo passo é partir para a estrutura do roteiro, definir quais os personagens que estarão na cena, mostrar a trajetória do herói e do vilão, trazer elementos que mostrem conflitos, sentimentos, ou seja, fazer com que o leitor se envolva com a história.</p><p>Podemos dividir nas seguintes etapas:</p><p>Roteiro deve ser objetivo, simples e claro</p><p>Deverá contar uma história de forma agradável, de preferência, pode utilizar o humor, se for melhor esclarecer cada quadro, conforme no esboço da Figura 3.</p><p>Figura 3 | Roteiro de HQFonte: Shutterstock.</p><p>Definir as características de cada personagem</p><p>Cada personagem deve ser único, ou seja, deve-se pensar nas suas características, como cor do cabelo, tom da pele, fala, roupas e acessórios.</p><p>Figura 4 | Personagens para HQ. Fonte: Freepik.</p><p>Utilize apenas uma ação por quadro</p><p>Como em uma HQ, a narrativa visual é estática, e cada ação deve ser colocada num único quadro. Por exemplo, caso queira que o personagem entre na sala, bata a porta e, em seguida, comece a discussão com alguém, deverá representar essas ações em três quadros.</p><p>Figura 5 | Ação por quadro (frame). Fonte: Unsplash.</p><p>Estude como será a transição das páginas e dos quadros</p><p>É fundamental criar sempre uma expectativa, curiosidade e desejo de continuar a ler a história.</p><p>Como contar histórias usando storytelling</p><p>Definindo storytelling</p><p>O storytelling, a arte de contar histórias, é uma prática que já faz parte do cotidiano de nossas vidas há muito tempo. Desde os nossos ancestrais, o hábito de contar histórias era corriqueiro. Sempre ao final do dia, eles se reuniam em volta das fogueiras para contar a respeito de suas caçada e conquistas.</p><p>De acordo com Palacios e Terenzzo (2016), desde os tempos mais remotos, muito antes de inventarmos uma forma de registrar pensamentos e descobertas, os seres humanos contam histórias uns aos outros como forma de transmitir conhecimento.</p><p>O termo storytelling se originou em 1993, nos Estados Unidos, sendo utilizado como uma importante ferramenta de comunicação digital que era utilizada pelo diretor da Storycenter em um projeto da American Film Institute, na qual as pessoas de sua equipe eram estimuladas a contar histórias através de uma linguagem digital.</p><p>Importância do storytelling</p><p>Ao começar a contar uma história, por mais que o tema já seja de conhecimento de todos, a forma de transmitir a mensagem será única. Em função disso, você pode levar seu leitor a entrar numa jornada em que ele terá uma experiência ímpar e fará com que ele esteja em total sintonia. As histórias, em sua maioria, geram essa identificação; você pode até não lembrar quem foi o autor ou título, mas do conteúdo jamais você esquecerá. Além disso, despertam emoções, fazendo o leitor guardá-las em sua memória ou até mesmo se colocar na pele do personagem. Por fim, podemos dizer também que o uso dessa técnica, quando feita de forma bem-estruturada e elaborada, consegue seduzir com facilidade o seu público.</p><p>Principais elementos que compõem um storytelling</p><p>· Mensagem: é o ponto-chave de onde partirá todo o discurso narrativo, no qual será construído, e a mensagem precisa ser forte o suficiente para despertar o interesse do público e ficar na sua memória.</p><p>· Ambiente: é o lugar onde acontecerá a história, e é importante que seja descrito de forma detalhada para aumentar a imersão e o envolvimento do público.</p><p>· Personagem: podemos dizer que é figura principal da narrativa, pois é ele que guiará o público para essa jornada, buscando criar essa sinergia para gerar uma identificação.</p><p>· Conflito: é o elemento que dará sentido à narrativa da história, e é importante que a jornada seja difícil de ser alcançada, mas alcançável, de forma que o personagem consiga atingir o objetivo esperado.</p><p>Storytelling aplicado em marcas</p><p>A Dove é uma marca que tem como objetivo trazer a autoestima às suas consumidoras. Na visão da empresa, todos os seus produtos devem transformar a beleza em confiança, e não em ansiedade. Na campanha “Retratos da Beleza” (Figura 6), um artista faz retratos-falados das mulheres de acordo com suas autodescrições; depois, por meio da descrição de terceiros a respeito da mesma mulher, mostra que há uma grande diferença entre os dois relatos. O resultado é que a descrição do desconhecido era muito mais bonita e real do que a da própria pessoa.</p><p>Figura 6 | Campanha “Retratos da Beleza”, da marca Dove. Fonte: Costa (2013, [s. p.]).</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Ao concluirmos essa aula, estabelecemos uma compreensão sólida da semiótica, da narrativa visual e do storytelling na comunicação visual, elementos cruciais para a eficácia comunicativa em qualquer projeto visual. A problematização inicial nos levou a questionar como a linguagem visual pode ser otimizada para narrar histórias que não apenas capturam a atenção, mas também ressoam profundamente com o público.</p><p>Durante nossa jornada, exploramos como a semiótica oferece as bases para entender e utilizar signos de forma que comuniquem efetivamente a mensagem desejada. Vimos que a narrativa visual não se limita a uma simples disposição de imagens, mas é uma construção cuidadosa que guia o espectador por uma experiência significativa e envolvente. Além disso, descobrimos como o storytelling, ao ser incorporado na comunicação visual, transforma informações em histórias memoráveis e estabelece uma conexão emocional forte com o público.</p><p>Para aplicar esses conhecimentos, encorajamos você a considerar não apenas o que sua mensagem comunica, mas como ela é percebida e interpretada pelo público. Pense em como os elementos visuais podem ser alinhados para contar uma história coesa, e como o storytelling pode ser integrado para dar vida a essa narrativa, garantindo que sua comunicação seja não apenas vista, mas sentida e lembrada.</p><p>Como caminhos adicionais de</p><p>resolução, reflita sobre como esses conceitos podem ser adaptados e aplicados em diferentes contextos de comunicação visual, desde o marketing até a arte, e como podem ser usados para abordar e resolver desafios específicos do seu campo de atuação.</p><p>Saiba Mais</p><p>Queremos compartilhar com você duas preciosidades que certamente vão enriquecer sua compreensão sobre comunicação visual. Primeiro, recomendamos a leitura do artigo "A relação entre semiótica e design", de Gabriela B. Mager. Essa leitura vai abrir novas perspectivas sobre como a semiótica se entrelaça com o design, mostrando como os signos e símbolos são essenciais na criação de mensagens visuais impactantes.</p><p>Além disso, não deixe de conferir o episódio "REPRISE: O vale-tudo das ‘narrativas’", do podcast O Assunto, de 24 de dezembro de 2021. Esse episódio trata do uso de narrativas no contexto político-social do Brasil.</p><p>AULA 4</p><p>Identidade Visual</p><p>Ponto de Partida</p><p>Boas-vindas à nossa aula sobre identidade visual! Vamos explorar aspectos essenciais que permeiam a construção de uma identidade visual sólida e eficaz.</p><p>Nossa problematização central será: Como podemos utilizar os signos visuais, moodboards e paletas de cores para construir uma identidade visual coesa e impactante? Fique atento a cada tópico abordado!</p><p>Ao longo dessa aula, convido você a refletir não apenas sobre os conceitos teóricos, mas também sobre sua aplicabilidade prática. Lembre-se de que os conhecimentos adquiridos aqui não são apenas acadêmicos, mas têm um impacto direto em sua prática profissional. Então, esteja preparado para absorver todo o conteúdo e descobrir como ele pode transformar suas futuras criações.</p><p>Vamos Começar!</p><p>Essa aula está dividida em três pontos:</p><p>1. Sistema de signos visuais: abordaremos os signos que servem de instrumentos para a comunicação visual transmitir uma informação ou mensagem para uma pessoa.</p><p>2. Referências visuais e moodboard: mostraremos como criar um moodboard para ajudar na sua produção de qualquer projeto de comunicação visual.</p><p>3. Paleta de cores e identidade visual: apresentaremos os diversos tipos de modos de cores, tanto para impressão quanto para web; além disso, aprenderemos como elaborar uma identidade visual completa de uma marca de uma empresa.</p><p>Boas-vindas a esse novo aprendizado! Iniciaremos a imersão deste vasto conteúdo que contribuirá muito para o seu aprendizado e os seus projetos de design. Boa sorte e bons estudos!</p><p>Sistema de signos visuais</p><p>Charles Sanders Pierce, o pai da semiótica, junto ao seu seguidor, Charles Morris (1901-1979), filósofo americano, definem os signos visuais como imagens que são representadas por um objeto ou alguma coisa por sua semelhança e que possua as mesmas características do objeto.</p><p>Segundo Santaella (2002), existem instrumentos que possibilitam de tal forma observar diferentes tipos de signos e os modos como se relacionam entre si.</p><p>Em Semiótica aplicada, de Santaella (2002), através de um percurso metodológico-analítico, você compreende as diferentes naturezas das mensagens verbais e não verbais, ou seja, as visuais. Além disso, é possível fazer uma relação direta entre os tipos de signos e as diferentes formas de representação da imagem.</p><p>Definição de signo visual</p><p>O signo visual pode ser caracterizado como um instrumento da comunicação visual para transmitir uma informação ou mensagem, ou até mesmo para indicar alguma coisa a alguém. Os signos visuais estão presentes em todos os lugares que utilizamos, desde as sinalizações dentro do aeroporto, indicações das salas dos hospitais, silhuetas utilizadas em portas de banheiros para identificação do sexo masculino e feminino, ou seja, faz parte de todo o nosso universo espacial.</p><p>Segundo Pierce e Charles Morris, o signo é dividido em três tipos básicos: ícone, índice e símbolo.</p><p>Ícone: a palavra ícone vem do grego eikon (significa imagem) e representa um objeto por sua semelhança, já que tem as mesmas características e especificidades que o objeto. Um ícone pode utilizar vários elementos, como forma, cor, textura ou até mesmo som para criar essa relação entre a imagem e a ideia (Figura 1).</p><p>Figura 1 | Ícones das redes sociais. Fonte: Freepik.</p><p>Índice: é o primeiro signo utilizado pelo ser humano, pois busca uma relação contínua como representação. Estabelece uma associação quase que imediata de uma coisa à outra, por meio da experiência adquirida anteriormente. Ele é representado por uma ação ou algum processo físico. No exemplo da ação, podemos mencionar a fumaça que indica fogo, uma nuvem escura indicando chuva (Figura 2), uma seta indicando uma direção; no caso do processo físico, folhas caídas no chão representando a mudança de estação do ano.</p><p>Figura 2 | Representação do índice: nuvem escura no céu indicando chuva. Fonte: Unsplash.</p><p>Símbolos: são signos visuais normalmente feitos de forma abstrata e se referem a um objeto por mera associação de ideias, ou seja, por convenção. Eles são facilmente compreendidos por todos, independentemente de sua nacionalidade. Por trás de sua construção, os símbolos representam ideias, conceitos em suas composições (Figura 3).</p><p>Figura 3 | Símbolos visuais religiosos. Fonte: Freepik.</p><p>Referências visuais e moodboard</p><p>Moodboard</p><p>É uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento criativo, que corresponde na prática a um mural de referências visuais composto por cores, formas, imagens, estilos e vídeos para representar o conceito do projeto a ser desenvolvido.</p><p>Segundo Lopes (2018, [s. p.]), “[...] embora o Moodboard ou painel semântico seja uma técnica usada por designers para facilitar a criação de artes que devem seguir uma unidade visual, ela pode ser adaptada para o dia a dia de profissionais ‘não designers’ e empresas”.</p><p>A sua principal função é servir de inspiração, pois você terá reunido em um único local todos os elementos visuais que ajudaram a definir o conceito, a identidade, ou melhor dizendo, a essência do que faltava para tornar o projeto final ainda mais especial. Normalmente, essa ferramenta de trabalho é utilizada por designers e pelas áreas de publicidade, arquitetura e moda. Um moodboard pode ser feito de maneira física, utilizando recortes, colagens, desenhos, pinturas, jornais e revistas (Figura 4).</p><p>Figura 4 | Moodboard físico. Fonte: Freepik.</p><p>Moodboard digital é utilizado por meio de programas, como Adobe Photoshop ou similares, como GoMoodboard e Canva, para reunir as informações e imagens da internet ou sites de referências de imagem, como o Pinterest (Figura 5).</p><p>Figura 5 | Moodboard digital. Fonte: Freepik.</p><p>Dentro do moodboard, podem ser adotados três títulos para melhorar organizar as ideias: painel para público-alvo, painel para o conceito criativo e painel visual do produto.</p><p>No painel para o público-alvo, após o estudo e a entrevista para a busca de informações concretas, fica mais fácil o desenvolvimento das características da marca a ser elaborada e da apresentação do projeto para o cliente (Figura 6).</p><p>Figura 6 | Painel de público-alvo (moodboard). Fonte: Pazmino (2017, p. 106-107).</p><p>O painel conceitual é todo direcionado ao produto que se venderá, trazendo significado e não somente buscando ideias por meio de imagens, mas, sim, envolvendo todo o contexto. Esse painel tem que ser direto, claro, simples e trazer o estilo do comportamento do público-alvo, fazendo com que o designer consiga ter um direcionamento melhor no momento da execução (Figura 7).</p><p>Para Pazmino (2017, p. 163), “a técnica serve como meio de comunicação que permite que toda a equipe entre em consenso em relação à interpretação de mesmo significado de forma a alcançar o mesmo objetivo projetual.”.</p><p>Figura 7 | Painel conceitual (moodboard). Fonte: Freepik.</p><p>Já o painel visual tem como funcionalidade estabelecer o tema ou conceito para que toda a equipe envolvida no projeto criativo entre em consenso, e ele deve ser confrontado com as demais informações anteriormente coletadas nos outros painéis (público e conceitual) (Figura 8).</p><p>Figura 8 | Painel visual (moodboard). Fonte: Freepik.</p><p>Podemos afirmar que, ao utilizar</p><p>o moodboard, o designer consegue fazer um projeto com muito mais detalhamento, de forma mais direcionada para o seu público-alvo, e ainda consegue progredir de maneira mais consistente na construção dos projetos criativos, havendo uma identidade e uma linguagem visual única.</p><p>Siga em Frente...</p><p>Paleta de cores e identidade visual</p><p>Corresponde a um conjunto de cores que são previamente selecionadas e utilizadas de forma harmônica, com o objetivo de transmitir uma ideia para quem visualiza dentro de uma identidade visual. A paleta de cores deve ser utilizada em todos os produtos gráficos que a logo estiver presente, por exemplo, cartão de visita, folheto, cartaz e até na assinatura digital; além disso, deve ser aplicada no site, no aplicativo e nas redes sociais.</p><p>Tipos de paleta de cores</p><p>CMYK: chamado também de Escala Europa, é a paleta de cores utilizada para impressão em gráfica, em que o C é ciano, M é magenta, Y é amarelo e K é preto. Quando utilizamos as quatro cores, estamos diante de policromia (Figura 9).</p><p>Figura 9 | Paleta de cores – CMYK. Fonte: Shutterstock.</p><p>RGB: esse modo de cores de paleta é utilizado em dispositivos eletrônicos, como TV, monitores de computador, mídias digitais e sites. É formado pelas cores vermelho (R), verde (G) e azul (B) (Figura 10).</p><p>Figura 10 | Paleta de cores – RGB. Fonte: Shutterstock.</p><p>Segundo Pedrosa (2002), as cores aditivas possuem como cores primárias o vermelho, o verde e o azul; quando somadas, obtém-se o branco. Elas ficaram originalmente conhecidas pela sigla em inglês RGB (Red, Green, Blue) e são utilizadas no meio digital, isto é, nas telas de computadores e smartphones. Já as cores subtrativas têm como cores primárias ciano, magenta e amarelo, logo a soma delas gera o preto, e assim foram denominadas de CYMK (Cyan, Magenta, Yellow e Key). Esse sistema de cor é utilizado em impressões como jornais e revistas.</p><p>PANTONE: é uma escala de cores representada por um sistema numérico com alta precisão, padronização e regularidade. Além disso, é uma paleta de cores de uso universal (Figura 11).</p><p>Figura 11 | Paleta de cores PANTONE.Fonte: Freepik.</p><p>Conceituando identidade visual</p><p>Identidade visual é a combinação de vários elementos gráficos, que tem como objetivo comunicar uma ideia, um produto, um serviço ou uma empresa. Os principais elementos que fazem parte da identidade visual são: a marca (que pode ser um logotipo, por exemplo), tipografia, paleta de cores e materiais de aplicação (folhetos, cartazes, outdoor, material de papelaria etc.) (Figura 12).</p><p>A identidade é a expressão visual e verbal de uma marca. Ela dá apoio, expressão e comunicação à marca, além de sintetizar e dar visibilidade a ela. Você pode vê-la, tocá-la, agarrá-la, ouvi-la, observá-la se mover (WHEELER, 2008).</p><p>Figura 12 | Manual de identidade visual. Fonte: Freepik.</p><p>Elementos da identidade visual</p><p>Logotipo: é o nome da marca representado com tipografia que pode estar na sua forma original, alterada ou redesenhada, cujo objetivo principal é mostrar a personalidade e as características da empresa de uma forma única (Figura 13).</p><p>Figura 13 | Logotipo da Coca-Cola. Fonte: Freepik.</p><p>Símbolo: quando um desenho é feito de maneira minimalista, ou seja, com poucos traços e que representa e identifica um nome, uma ideia, um produto ou um serviço, ele passa a ser o símbolo da marca (Figura 14).</p><p>Figura 14 | Símbolo da Nike. Fonte: Wikimedia Commons.</p><p>Tipografia: é o estudo de tipos de letra, chamado também de fonte de letra, que faz parte do arranjo visual tanto na composição do logotipo quanto na definição da fonte padrão para usar nos materiais de aplicação (Figura 15).</p><p>Figura 15 | Tipografia. Fonte: Shutterstock.</p><p>Vamos Exercitar?</p><p>Ao longo dessa aula, exploramos como os signos visuais, os moodboards e as paletas de cores são essenciais para construir uma identidade visual coesa e impactante. A problematização inicial questionava como utilizar esses elementos para alcançar esse objetivo.</p><p>Para resolver essa questão, aprendemos que os signos visuais, como ícones, índices e símbolos, são fundamentais na transmissão de mensagens visuais. Compreendemos como cada tipo de signo pode ser utilizado de forma estratégica para comunicar ideias específicas. Em seguida, ao explorar o conceito de moodboard, entendemos como essa ferramenta pode auxiliar na visualização e organização de conceitos, inspirando e direcionando o processo criativo.</p><p>Finalmente, discutimos a importância da paleta de cores na identidade visual, explorando os diferentes sistemas de cores e suas aplicações. Ao relacionar esses conteúdos com a problematização inicial, percebemos que a utilização consciente e estratégica desses elementos é essencial para construir uma identidade visual coesa e eficaz.</p><p>Como reflexão adicional, convido você a explorar como esses elementos podem ser adaptados e combinados de maneira única para atender às necessidades específicas de cada projeto. Experimente aplicar os conhecimentos adquiridos nessa aula em suas futuras criações, explorando diferentes combinações e abordagens para alcançar resultados ainda mais impactantes.</p><p>Saiba Mais</p><p>Que tal mergulhar em duas fontes ricas de conhecimento e inspiração?</p><p>Para expandir seus horizontes no mundo do branding e da comunicação visual, leia o artigo "Análise da influência dos elementos da identidade visual no reconhecimento das marcas por parte do consumidor”, de Maurício Bramorvsky Junior e Gisele Baumgarten Rosumek. Descubra como os elementos visuais moldam a percepção das marcas pelos consumidores.</p><p>E que tal uma sessão de cinema para aprender com uma história real de sucesso empresarial? Assista ao filme Fome de poder (2017), que narra a ascensão do McDonald's e oferece insights valiosos sobre empreendedorismo, branding e construção de identidade corporativa.</p><p>Não perca essa oportunidade de aprender e se inspirar!</p><p>Encerramento da Unidade</p><p>Estratégias de Comunicação Visual</p><p>Ponto de Chegada</p><p>Olá, estudante! Para desenvolver a competência desta unidade, que é avaliar criticamente os desafios e necessidades que precedem um projeto de comunicação visual, é essencial conhecer os conceitos fundamentais que moldam a interação entre a mensagem a ser transmitida, o público-alvo e os objetivos definidos.</p><p>Inicia-se com a geração de ideias criativas através do brainstorming, que alimenta a construção de briefing detalhado e estratégico. Isso permite conectar a marca ao público-alvo de forma inovadora e eficaz. Compreender as nuances do público-alvo é fundamental para que a comunicação visual ressoe de forma genuína e impactante. A partir daí, constrói-se uma narrativa visual envolvente usando a semiótica para analisar e aplicar o sistema de signos visuais de maneira que fortaleça a mensagem desejada.</p><p>A identidade visual é, então, definida utilizando ferramentas como referências visuais e moodboards, e uma paleta de cores cuidadosamente escolhida, estabelecendo um padrão visual coeso que reflete os valores e a essência da marca.</p><p>É Hora de Praticar!</p><p>Este estudo de caso é uma adaptação do projeto de redesenho da marca Tic Tac feita pela agência Blippu, sob a coordenação do diretor de marketing Fabio Pessoa. A proposta de estudo de caso é para você sedimentar a sua aprendizagem obtida ao longo da unidade.</p><p>Descrição do problema estudado</p><p>A pastilha Tic Tac é uma marca do grupo Ferrero, indústria italiana criada em 1969. Para poder se tornar uma marca de sucesso, ela não se pautou nas outras marcas consagradas da empresa, como Kinder ou Nutella, e, sim, buscou fazer algo diferente e lançou as pequenas balas de menta, as quais receberam o nome, inicialmente, de Refreshing Mints. Pouco tempo depois, devido à forma divertida de se consumir o produto, além de refrescar momentos do dia a dia, uma das principais características de comunicação foi explorar as caixinhas. Por causa do barulho emitido ao balançar as balas, o nome da pastilha passou a ser Tic Tac. O sucesso foi quase que instantâneo, por ser um produto refrescante e que cabia no bolso, sendo fácil de ser transportada.</p><p>No Brasil, somente em 1995 é que foi lançada a pastilha Tic Tac. Nessa época, a marca começou com vários sabores clássicos, como menta, canela, laranja, hortelã, acerola e manga, e, atualmente, tem mais de 50 sabores, variando de país para país, não incluindo as edições limitadas, como as feitas para momentos específicos, como Halloween e Natal. São vendidas em uma embalagem plástica transparente para ser levada no bolso. O símbolo da marca é representado pela folha de hortelã. Ela tem como característica ser um produto que traz refrescância para o ritmo e os hábitos frenéticos da vida moderna.</p><p>Objetivo proposto</p><p>A empresa do grupo Ferrero contratou um escritório de design, e você será o designer que ficará responsável por fazer o redesign da marca Tic Tac e a sua identidade visual. Como a marca possui em sua essência o frescor e a refrescância ao consumir as pastilhas, foi solicitado que ela tivesse um novo reposicionamento, de tal maneira que incentivasse ainda mais o momento de leveza quando as pastilhas fossem consumidas, frente aos momentos cada vez mais frenéticos do nosso dia a dia. Além disso, a logo deverá seguir uma linha mais clean, minimalista, com poucos traços, e a embalagem deve ter uma característica única na sua imagem para cada sabor, mas, ao mesmo tempo, todos os sabores devem se conectar entre si, mostrando sua importância para o enfrentamento dos desafios dos nossos dias atuais. Ainda dentro dessa proposta, é importante que se crie um personagem que possa trazer uma narrativa contando a história do motivo desta mudança.</p><p>Reflita</p><p>Agora, reflita sobre o seguinte:</p><p>Como o processo de brainstorming pode influenciar a eficácia da comunicação visual em um projeto?</p><p>De que maneira a compreensão detalhada do público-alvo contribui para a construção de uma narrativa visual mais eficaz?</p><p>Qual a importância da escolha dos elementos visuais, como a paleta de cores, na definição da identidade visual de um projeto?</p><p>Para solucionar esse estudo de caso, avalie o contexto que foi apresentado. E responda às seguintes perguntas:</p><p>· Esse projeto será direcionado para qual público-alvo?</p><p>· Quais são as informações fundamentais que devem estar contempladas no briefing para sua fiel execução?</p><p>· Quais são os elementos essenciais para a construção da identidade visual?</p><p>· Quais etapas serão necessárias para a elaboração de uma narrativa utilizando a técnica do storytelling?</p><p>Utilize o que você aprendeu para encontrar uma solução para esse caso.</p><p>Resolução do estudo de caso</p><p>Para solucionar esse estudo de caso, antes de começar a criar a logo e, sem seguida, desenvolver a identidade visual, é fundamental que se conheça a fundo quem é o público-alvo, ou seja, o grupo para o qual será direcionado todo o projeto de comunicação visual. Tendo em vista que o público-alvo será jovens, na faixa etária entre 18 a 30 anos, correspondentes à geração dos millenials, e o propósito é incentivar mais leveza ao consumir as pastilhas em nosso dia a dia frenético, ao começar a desenvolver a logo, deve-se investir em traços e cores que remetam à criatividade, ao despojamento, à diversão e à descontração. Para isso, é fundamental trazer todos esses elementos para dentro de um moodboard, quadro de referências visuais, que pode ser feito na rede social Pinterest.</p><p>Ao começar a desenvolver a novo logo para as pastilhas Tic Tac, conforme se encontra no briefing do estudo de caso, deve-se manter a folha de menta, que corresponde ao símbolo característico da marca, remetendo às suas próprias origens, porém trabalhando de forma mais clean, minimalista, ou seja, com poucos traços. Com a mudança da nova logo, pode-se incluir uma frase curta para ser colocada no slogan, como “Refresca no Ponto”, fortalecendo ainda mais a leveza que foi proposta inicialmente.</p><p>Nos rótulos, em que estarão a nova logo e os sabores, elementos gráficos que transmitam mais positividade para encarar os desafios do dia a dia agitado podem ser incluídos. Para haver a distinção dos sabores, é fundamental a escolha de cores que possam remeter diretamente ao sabor da pastilha. Nesse momento, fazemos um resgate do aprendizado sobre semiótica de Charles Pierce, em que cada objeto terá um significado único, mas, ao mesmo tempo, devemos pensar na conexão de todos os sabores, formando uma identidade dessa linguagem visual.</p><p>Após ter definidos a logo e os rótulos, passamos para a próxima etapa, que é a reunião de todos esses elementos visuais em um manual de identidade visual. Deverá contemplar, no primeiro momento, a defesa do processo criativo da nova logo; em seguida, a estrutura de construção da logo com sua malha, as proporções de tamanhos que podem ser utilizados e as versões em quadricromia, positiva e negativa. Quanto à tipografia, deve-se definir uma fonte principal e uma secundária que acompanhará a logo, para uso nos títulos e na parte escrita em todos os meios de comunicação que forem produzidos. Ao definir a paleta de cores para a logo e os seus sabores, é importante de incluir os modos CMYK (para impressão), RGB (para os meios digitais) e PANTONE (para cores especiais). Lembrando que as cores devem ser vivas, para haver uma comunicação direta com o público jovem. Nas aplicações das marcas, pode-se pensar em brindes que podem levar a marca, como chaveiros, bonés, camisetas etc.</p><p>Para completar esse estudo de caso, respeitando o briefing, podemos pensar em um personagem com certas características, ou seja, cor da pele, cabelo, corpo, altura e forma de falar. Dessa maneira, começamos o processo de construção narrativa que deverá ter roteiro, cenário, tempo e narrador para contar, por meio da técnica do storytelling, sobre a mudança da nova logo.</p><p>ASSIMILE:</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image17.png</p><p>image18.png</p><p>image19.png</p><p>image20.png</p><p>image21.png</p><p>image22.png</p><p>image23.png</p><p>image24.png</p><p>image25.png</p><p>image26.png</p><p>image27.png</p><p>image28.png</p><p>image29.png</p><p>image30.png</p><p>image31.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p>

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