Prévia do material em texto
<p>COCOS GRAM POSITIVOS</p><p>IMPORTÂNCIA NA BACTERIOLOGIA CLÍNICA</p><p>IDENTIFICAÇÃO</p><p>SENA, KXFR</p><p>2024</p><p>Determinar os aspectos clínicos e laboratoriais dos principais cocos Gram positivos de Importância</p><p>OBJETIVOS:</p><p>Gênero Staphylococcus S. aureus</p><p>S. epidermidis</p><p>S. saprophyticcus</p><p>Gênero Streptococcus Strep. pyogenes</p><p>Strep. agalactiae</p><p>Streptococcus pneumoniae</p><p>Streptococcus grupo viridans</p><p>Streptococcus grupo CFG</p><p>Gênero Enterococcus</p><p>Gênero Micrococcus</p><p>‹#›</p><p>Gênero Staphylococcus</p><p>O gênero Staphylococcus inicialmente foi classificado na família Micrococcaceae</p><p>2009</p><p>família Staphylococcaceae</p><p>(validação em 2010)</p><p>Coloração de Gram</p><p>Cocos Gram positivos arranjados em forma de cachos (predominância)</p><p>células isoladas</p><p>em pares</p><p>em cadeias curtas ou</p><p>agrupados irregulares,</p><p>Devido sua divisão celular ocorrer em três planos perpendiculares.</p><p>Características gerais</p><p>Crescimento</p><p>Crescimento rápido em condições aeróbicas ou microaerófilas. São anaeróbios facultativos.</p><p>Cor</p><p>Variando do Branco ao Amarelo</p><p>As colônias de S. aureus são acinzentadas a amarelo dourado, podendo apresentar β hemólise.</p><p>As colônias de S.epidermidis apresentam coloração de cinza a branca.</p><p>São relativamente resistentes a ressecamento, calor (suportam temperatura de 5OºC durante 30 min.) e cloreto de sódio a 9%.</p><p>‹#›</p><p>‹#›</p><p>Staphylococcus aureus</p><p>COLONIZAÇÃO</p><p>Fossas nasais</p><p>Pele</p><p>Períneo</p><p>Diferentes tipos de infecções</p><p>infecções cutâneas Bacteriemias</p><p>relativamente benignas (fatais)</p><p>Causam:</p><p>A)INFECÇÕES AGUDAS – invasão direta e destruição tecidual. Podem ser:</p><p>Primárias – desenvolvimento do microrganismo na porta de entrada</p><p>Ex.: celulite, infecções pós cirúrgicas, piodermites, abscessos.</p><p>Secundárias – por disseminação hematogênica ou linfática</p><p>Ex.: enterocolite, meningite, endocardite, septicemia, osteomielite.</p><p>B) TOXEMIAS – manifestações clínicas são decorrentes da ação de toxinas.</p><p>Ex.: Síndrome da pele escaldada</p><p>Síndrome do choque tóxico</p><p>Intoxicação alimentar estafilocócica</p><p>PRODUÇÃO DE ENZIMAS</p><p>Catalase, Coagulase, protease, hialuronidase, lipase, estafiloquinase são enzimas extracelulares que permitem a penetração e invasão nos diferentes tecidos. A produção dessas enzimas está relacionada ao alto grau de patogenicidade do Staphylococcus aureus.</p><p>FATORES DE VIRULÊNCIA</p><p>A produção de catalase pode atuar inativando o peróxido de hidrogênio e radicais livres tóxicos formados pelo sistema da mieloperoxidase no interior das células fagocíticas após a ingestão dos microrganismos.</p><p>Catalase</p><p>Forma radicais livres e substâncias oxidantes com atividade antimicrobiana.</p><p>COAGULASE</p><p>PRODUZIDA</p><p>PRODUTO LIVRE</p><p>LIGADA A PAREDE BACTERIANA</p><p>Precipitação da fibrina na superfície dos Staphylococcus aureus impedindo a sua destruição ou digestão por células fagocitárias..</p><p>Ativam a protrombina em trombina que consequentemente converte o fibrinogênio em fibrina estimulando a coagulação .</p><p>Reage com uma substância presente no plasma (Fator de reação da coagulase-CRF) para formar um complexo que reage com o fibrinogênio, formando fibrina.</p><p>LIPASE</p><p>As lipases hidrolisam lipídios e asseguram a sobrevivência dos Staphylococcus nas áreas sebáceas do corpo.</p><p>A enzima hialuronidase cliva o ácido hialurônico durante a infecção, facilitando a propagação local da infecção para tecidos adjacentes</p><p>HIALURONIDASE</p><p>‹#›</p><p>NUCLEASE</p><p>Conseguem driblar as armadilhas dos neutrófilos, hidrolisam o DNA e modulam a formação de biofilme. Esta enzima tem sido usada como marcador para detecção direta de Staphylococcus aureus</p><p>PROTEASES</p><p>Fatores de virulência (clivam proteínas de superfície estafilocócicas, modulam a resposta imune e promovem a degradação do tecido do hospedeiro).</p><p>- Estafiloquinase</p><p>Ação semelhante a estreptoquinase, resultando em fibrinólise.</p><p>Facilitam a disseminação da infecção para os tecidos adjacentes.</p><p>FATORES DE VIRULENCIA IMPORTANTES</p><p>POLISSACARÍDEOS CAPSULARES</p><p>Mais de 90% de S. aureus produzem exopolissacarídios que atuam para promover a aderência dos microrganismos às células hospedeiras e a dispositivos de prótese e impedir a fagocitose do microrganismo por células polimorfonucleares.</p><p>Os polissacarídios capsulares são importantes componentes dos biofillmes, que consistem em agrupamentos de microrganismos fixados à superfície, envolvidos por matriz polimérica extracelular que consiste em exopolissacarídios, ácidos teicoicos, material proteináceo e DNA extracelular.</p><p>Staphylococcus aureus</p><p>BIOFILME</p><p>ADESINA INTERCELULAR</p><p>POLISSACARÍDICA</p><p>(PIA)</p><p>ADESÃO PRIMÁRIA</p><p>PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS EM AGRUPAMENTO DE MULTICAMADAS</p><p>Adesão</p><p>Proliferação celular</p><p>A adesina intercelular polissacarídica (PIA), também conhecida como poli-Nacetil-glicosamina, é o exopolissacarídeo relacionado ao biofilme no gênero</p><p>Staphylococcus.</p><p>OBSERVAÇÕES:</p><p>O biofilme geralmente prolonga a fase inflamatória de feridas crônicas, sendo neste caso mais resistentes aos antibióticos do que as células planctônicas e geralmente são polimicrobianos, o que explica a pouca atuação de antibióticos, ou seu uso limitado em feridas crônicas.</p><p>Os biofilmes podem ser encontrados em todas as feridas agudas ou crônicas, no entanto a razão das feridas crônicas não cicatrizarem em tempo hábil é a virulência e a patogenicidade do biofilme.</p><p>(ZHAO et al., 2013) (Percival; McCarty; Lipsky, 2015)</p><p>HEMOLISINAS</p><p>Alfa-toxina (Hla) ou alfa-hemolisina</p><p>células epiteliais e endoteliais</p><p>CAPAZ DE LISAR</p><p>eritrócitos, monócitos, macrófagos</p><p>Considerada um dos principais fatores de patogenicidade,</p><p>provocam efeitos hemolíticos, dermonecróticos e neurotóxicos.</p><p>Por causar hemólise nos eritrócitos, a alfa-toxina é responsável pelo aparecimento do halo transparente ao redor das colônias de S. aureus no meio Agar sangue de carneiro.</p><p>Beta-toxina (Hlb) ou beta-hemolisina</p><p>Degrada a esfingomielina, sendo tóxica para muitos tipos de células, incluindo os eritrócitos humanos, necessitando de ions magnésio para atuar.</p><p>Interage com as células de carneiro a 37 °C sem promover lise,</p><p>no entanto se as hemácias são colocadas a 4 °C, as células são lisadas = hemolisina “quente-fria.”</p><p>Estimula fortemente a produção de biofilme.</p><p>A β-hemolisina, juntamente com o fator CAMP produzido por</p><p>estreptococos do grupo B, é responsável pela hemólise sinérgica observada em teste CAMP positivo</p><p>‹#›</p><p>Gama-toxina (Hlg), Gama hemolisina OU LEUCOCIDINAS de Panton-Valentine (PVL)</p><p>Altera a permeabilidade da membrana dos leucócitos polimorfonucleares</p><p>permite a entrada de cátion</p><p>degranulação celular e induzindo a citólise</p><p>Associada a infecções severas de pele, furunculoses e pneumonia necrosante em crianças e jovens previamente saudáveis.</p><p>Staphylococcus aureus</p><p>Doenças Relacionadas a Toxinas</p><p>INTOXICAÇÃO ALIMENTAR</p><p>ESTAFILOCÓCICA</p><p>SÍNDROME DA PELE ESCALDADA E IMPETIGO BOLHOSO</p><p>ENTEROTOXINA</p><p>TOXINA DA SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO (TSST)</p><p>TOXINA ESFOLIATVA</p><p>SST – “Shock Syndrome Toxin”</p><p>SSSS - “Staphylococcal Scalded Skin Syndrome”</p><p>SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO</p><p>INTOXICAÇÃO ALIMENTAR</p><p>• A intoxicação alimentar estafilocócica é caracterizada por náuseas, vômito, dores abdominais e diarréia de 1 a 6 horas após a ingestão do alimento responsável ou seja da toxina.</p><p>IMPORTÂNCIA</p><p>SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO</p><p>Uso de tampões (principalmente)</p><p>Uso de</p><p>Barreiras Contraceptivas (diafragma)</p><p>Mordidas de insetos,</p><p>Queimaduras,</p><p>Piodermites; etc</p><p>Única PTSAGs (pirogênicas toxina superantígenos) capaz de passar através de mucosas.</p><p>Sinais e Sintomas da SST</p><p>Envolvimento de 3 ou mais “Sistemas”</p><p>Gastrointestinal Vômitos e Diarréia (no início da doença)</p><p>Muscular Mialgia severa, CPK ≥ 2X o valor normal</p><p>“Mucosas” Hiperemia Vaginal, Orofaringe e Conjuntival</p><p>Renal Uréia ≥ 2X o valor normal ; Piúria sem ITU</p><p>Hepático Bilirrubuna e TGO TGP ≥ 2X o valor normal</p><p>Hematológico Plaquetopenia</p><p>Sistema Nervoso Central Desorientação</p><p>Critérios Laboratoriais (cultura negativa de sítios estéreis; afastar leptospirose, sarampo ou febre das Montranhas Rochosas).</p><p>Critérios Laboratoriais Confirmatórios (isolamento do S. aureus e a avaliação, em cepas isoladas, da presença da TSST-1)</p><p>Toxina Esfoliativa (Toxina Epidermolítica)</p><p>Síndrome da pele escaldada (SSSS)</p><p>Síndrome esfoliativa generalizada</p><p>(Doença de Ritter)</p><p>Forma local ou impetigo bolhoso</p><p>ETA</p><p>ETB</p><p>Toxina Esfoliativa (Toxina Epidermolítica)</p><p>A forma bolhosa (Impetigo bolhoso) geralmente acometer membros superiores e inferiores podendo também surgir em nádegas e tronco, não costuma acometer a face. A pele ao redor das bolhas se apresentam vermelhas.</p><p>PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS LABORATORIAIS</p><p>Imóveis;</p><p>Anaeróbios facultativos;</p><p>Catalase positiva;</p><p>Coagulase positiva;</p><p>DNase e manitol positivos;</p><p>Resistentes a altas concentrações de sal;</p><p>Crescimento em temperaturas que podem variar de 18 °C a 40 °C.</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>Cocos Gram positivos arranjados em cachos</p><p>Cor: amarelo dourado.</p><p>Hemolisina:positiva para algumas cepas.</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>Catalase: Positiva</p><p>Decompõe o peroxido de hidrogênio em água e oxigênio.</p><p>catalase</p><p>2 H2O2 2 H2O + O2</p><p>H2O2 + crescimento bacteriano</p><p>CATALASE POSITIVA</p><p>(formação de bolhas pela presença de oxigênio).</p><p>FORMAÇÃO DE BOLHAS indica ser a família Staphylococcaceae (Ex.: Staphylococcus spp., Micrococcus spp.)</p><p>SEM FORMAÇÃO DE BOLHAS indica ser a família Streptococcaceae (Ex.: Enterococcus spp., Streptococcus spp.).</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>CUIDADO AO RETIRAR COLÔNIAS CRESCIDAS EM ÁGAR SANGUE PORQUE OS FRAGMENTOS PODEM SE MISTURAR COM AS COLÔNIAS E PRODUZIR UM RESULTADO FALSO-POSITIVO.</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>Coagulase: positiva</p><p>Coagulase é uma proteína com atividade similar à protrombina,</p><p>capaz de converter o fibrinogênio em fibrina.</p><p>Podem ser encontradas em duas formas:</p><p>1. Coagulase fixa ou ligada ou conjugada – Clumping factor</p><p>Verifica se o microrganismo possui a coagulase na superfície da parede celular.</p><p>O teste positivo ocorre dentro de 15-20 segundos, e deve ser considerado negativo após 2-3 Minutos.</p><p>Positivo = aparecimento de grumos</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>2. Coagulase livre</p><p>É secretada extracelularmente e reage com uma substância presente no plasma (Fator de reação da coagulase-CRF) para formar um complexo que reage com o fibrinogênio, formando fibrina.</p><p>Uma reação positiva é representada pela formação de um coágulo de qualquer intensidade.</p><p>A leitura do teste após um tempo mais prolongado de incubação pode levar a resultados falsos negativos devido a presença de fibrinolisina ou estafiloquinase.</p><p>Positivo = formação de coágulo</p><p>MICRORGANISMO COAGULASE FIXA = CLUMPING FACTOR COAGULASE LIVRE</p><p>S. aureus subesp. aureus</p><p>+ +</p><p>S . aureus subesp. anaerobius</p><p>- +</p><p>S. lugnundenses</p><p>+ -</p><p>S. schleiferi subesp. schleiferi</p><p>+ -</p><p>S. Schleiferi subesp. coagulans</p><p>- +</p><p>COAGULASE POSITIVA</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>Manitol: positivo</p><p>Meio ágar manitol salgado - Uma viragem do vermelho original do meio para amarelo indica degradação do manitol com formação de ácido. Tem como indicador de ácido o vermelho de fenol.</p><p>Manitol positivo=colônias amarelas, meio amarelo</p><p>DNase: positivo</p><p>Meio ágar Dnase - a enzima desoxirribonuclease irá degradar o ácido nucléico (DNA).</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>Prova positiva - zona clara ao redor do crescimento bacteriano (revelador o ácido clorídrico 1N).</p><p>Prova positiva - coloração róseo claro acrescentando ao meio original azul de toluidina a 0,1%.</p><p>Staphylococcus epidermidis</p><p>Doenças: patógeno oportunista associado com sepse de dispositivos (cateteres e prótese) e o mais frequente encontrado em hemocultura.</p><p>Habitat normal: pele.</p><p>Transmissão: por contato.</p><p>Tratamento: frequentemente são multirresistentes (penicilinas), susceptível a novobiocina (5µg) e polimixina.</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>Cocos Gram-positivos arranjados em cachos.</p><p>Cor: branca</p><p>Catalase: positiva</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>Coagulase: negativa</p><p>Manitol: negativo</p><p>Dnase: negativo</p><p>Staphylococcus saprophyticus</p><p>Doenças: infecções do trato urinário. Essa bactéria possui proteínas em sua superfície que permitem que fique aderida mais facilmente às células do trato urinário.</p><p>Habitat: pele e mucosa geniturinária.</p><p>Transmissão: disseminação endógena para o trato urinário.</p><p>Tratamento: resistentes ao ácido nalidíxico e novobiocina.</p><p>Cor: branca</p><p>Catalase: positiva</p><p>Coagulase: negativa</p><p>Manitol: negativo</p><p>Dnase: negativo</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>Novobiocina: resistente (5µg)</p><p>Identificação Laboratorial</p><p>São utilizados discos padronizados contendo 5µg de novobiocina.</p><p>A leitura é feita medindo-se o diâmetro do halo de inibição ao redor do disco após incubação de 18-24 horas.</p><p>Prova positiva (resistência) – Halo menor ou igual a 14mm.</p><p>Espécie Prod. Hemoli-sina Novobiocina Manitol Polimixina Dnase Coagulase Catalase</p><p>S. aureus + Sensível</p><p>+ Sensível + + +</p><p>S. epidermidis</p><p>- Sensível</p><p>- Sensível - - +</p><p>S. saprophyticus - Resistente</p><p>11,89% Resistente - - +</p><p>Identificação e diferenciação</p><p>‹#›</p><p>Gênero Micrococcus</p><p>Micrococcus</p><p>HABITAT:</p><p>PODE SER ENCONTRADO NO SOLO, ÁGUA , AR E POEIRA, PODENDO COLONIZAR A CAVIDADE ORAL, A OROFARINGE E O TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR.</p><p>PODE PROVOCAR:</p><p>ENDOCARDITE, ARTRITE SÉPTICA, MENINGITE E PNEUMONIA.</p><p>IDENTIFICAÇÃO:</p><p>Cocos Gram positivos arranjados em tetrade</p><p>CATALASE POSITIVA</p><p>UREIA POSITIVA</p><p>REDUZEM NITRATO A NITRITO</p><p>AERÓBIAS ESTRITAS</p><p>OXIDASE POSITIVA</p><p>Relatos de infecção humana por M. luteus são raros.</p><p>DIFERENCIAÇÃO ENTRE Micrococcus e Staphylococcus</p><p>Oxidase O - F Furazolidona e Bacitracina</p><p>+ - O F F R F S</p><p>B S B R</p><p>Micro Staph Micro Staph Micro Staph</p><p>c</p><p>c</p><p>Catalase +</p><p>Staphylococcus Micrococcus</p><p>Cachos, isolados, pares Tétrade</p><p>Coagulase Oxidase +</p><p>+ -</p><p>Sta. aureus Novobiocina R Furazolidona R</p><p>Manitol + Sta. saprophyticus Bacitracina S</p><p>Dnase + Novobiocina S</p><p>Sta. epidermidis</p><p>ECN</p><p>Gêneros</p><p>Streptococcus</p><p>Características gerais</p><p>Família Streptococcaceae</p><p>Arranjos e motilidade</p><p>Arranjados em cadeias ou em duplas (Diplococos) e sem motilidade</p><p>Características gerais</p><p>Tamanho</p><p>Cerca de 0,5 a 0,75μm de diâmetro</p><p>Crescimento</p><p>Crescimento deficiente em meios sólidos ou em Caldo. Necessita enriquecimento.</p><p>Cor</p><p>Geralmente incolor e translúcido</p><p>Características gerais</p><p>Identificação primária Catalase negativa</p><p>CLASSIFICAÇÃO:</p><p>De acordo com</p><p>o tipo de hemólise:</p><p>- Beta (hemólise total): Stre. pyogenes, Stre. agalactiae</p><p>- Alfa (hemólise parcial) : Stre. pneumoniae e outros Stre. viridans</p><p>- Gama (ausência de hemólise ) : Enterococcus faecalis, E. faecium</p><p>Por sorologia do tipo de carboidrato C presente na superfície celular (Grupos sorológicos de Lancefield)</p><p>20 diferentes grupos sorológicos A até V</p><p>A especificidade sorológica de um carboidrato específico do grupo é determinada por um aminoaçúcar.</p><p>Para os estreptococos do grupo A, uma ramnose-N-acetil glucosamina;</p><p>Grupo viridans (S. mutans, S. sanguis, S. salivarius, S. mitis)</p><p>(alfa ou não hemolítico)</p><p>Streptococcus pneumoniae</p><p>(alfa hemolítico)</p><p>Não possui polissacarídeo grupo-específico</p><p>Streptococcus pyogenes</p><p>Identificação laboratorial</p><p>Cor: incolor, transparente</p><p>Catalase: negativo</p><p>Bacitracina: sensível</p><p>CAMP: negativo</p><p>Hemólise: Beta</p><p>PYR: positivo</p><p>Bacitracina sensível</p><p>São utilizados discos padronizados contendo 0,04 unidades de bacitracina.</p><p>A leitura é feita medindo-se o diâmetro do halo de inibição ao redor do disco, após período de incubação de 18-24 horas.</p><p>Prova positiva (sensibilidade) – Qualquer halo de inibição.</p><p>Prova negativa (resistência) – Sem formação de halo.</p><p>PYR (L-pirrolidonil-Beta-naftilamida)</p><p>Streptococcus grupo A e Enterococcus</p><p>Enzima L-pirrolidonil peptidase</p><p>Hidrolizar a amida do substrato</p><p>Naftilamida</p><p>ρ-dimetilamino Cinamaldeido (reagente)</p><p>Coloração vermelho brilhante</p><p>Doenças: infecções das vias aéreas superiores (faringo-amigdalites), pele (piodermites erisipela).</p><p>Habitat: pele e trato respiratório superior.</p><p>Transmissão: gotículas aéreas e por contato.</p><p>Tratamento:Penicilina e Eritromicina.</p><p>Toxinas e Enzimas</p><p>Toxina eritrogênica, toxina escarlatínica ou toxina de Rick - produzida por amostras de estreptococos isolados de casos de escarlatina (doença infecciosa aguda, caracterizada por angina/exantema).</p><p>A escarlatina é uma reação do organismo a toxinas produzidas pelo Streptococcus pyogenes, geralmente durante um episódio de faringite ou amigdalite.</p><p>A língua mostra-se tipicamente com uma cor muito avermelhada e aspecto inchado e com as papilas vermelhas = “língua em framboesa".</p><p>Toxinas e Enzimas</p><p>Estreptolisina S - é oxigênio-estável, não imunogênica, responsável pelo halo de hemólise (é uma hemolisina) em torno das colônias de S. pyogenes e pela morte de uma parte dos leucócitos que fagocitam a bactéria.</p><p>Estreptolisina O - É oxigênio-sensível e fortemente antigênica; conduz à formação da antiestreptolisina (ASLO ou AEO). A determinação do título do anticorpo contra a estreptolisina O é de grande valor diagnóstico na febre reumática onde títulos superiores a 125 unidades são indicadores de infecção estreptocócica recente.</p><p>Toxinas e Enzimas</p><p>Estreptoquinase (Fibrinolisina) - Tem a capacidade de dissolver coágulos, pela transformação do plasminogênio em plasmina. Sua ação é bloqueada pelo anticorpo específico formado no decurso da infecção (anti-estreptoquinase).</p><p>Toxinas e Enzimas</p><p>Estreptoquinase (Fibrinolisina) - Tem a capacidade de dissolver coágulos, pela transformação do plasminogênio em plasmina. Sua ação é bloqueada pelo anticorpo específico formado no decurso da infecção (anti-estreptoquinase).</p><p>Streptococcus agalactiae</p><p>(β hemolítico grupo B)</p><p>Identificação laboratorial</p><p>Cor: incolor (sangue)</p><p>Catalase: negativa</p><p>Bacitracina: resistente</p><p>Hidrólise do hipurato: positiva</p><p>Hidrólise da esculina: negativa</p><p>CAMP: positivo</p><p>CAMP positivo</p><p>(Christie, Atkins, Munchen-Patterson)</p><p>Streptococcus beta hemolíticos do Grupo B elaboram um composto semelhante à uma proteína denominado Fator CAMP, capaz de agir sinergicamente com a beta lisina do Staphylococcus aureus ocasionando uma intensificação na hemólise, formando uma seta.</p><p>Hidrólise do Hipurato</p><p>A hipuricase é uma enzima produzida pelos Streptococcus do grupo B, que provoca a hidrólise do ácido hipúrico com a formação de benzoato de sódio e glicina.</p><p>Pode-se verificar a hidrólise do hipurato, detectando o benzoato de sódio usando cloreto férrico ou detectando a glicina usando a ninhidrina.</p><p>Detectando benzoato de sódio usando cloreto férrico</p><p>O microrganismo é inoculado em caldo contendo Hipurato de Sódio e incubado de 18 a 24 horas a uma temperatura de 35ºC. Após este período deve-se centrifugar o caldo e separar o sobrenadante, adicionando-se a este 0,8 mL de cloreto férrico. Após a adição deste reagente, irá formar um precipitado que deve permanecer por mais de dez minutos, indicando a presença de ácido benzóico e, portanto, positividade do teste.</p><p>Detectando a glicina usando a ninhidrina.</p><p>O microrganismo deve ser inoculado com suspensão densa no caldo Hipurato e colocado em Banho Maria por duas horas a 35 ºC . Após o período de incubação adicionar 5 gotas do reagente ninhidrina. Recolocar no Banho Maria por mais 10 minutos e fazer a leitura.</p><p>A glicina é desaminada através do reagente de ninhidrina, que fica reduzido durante o processo. Os produtos finais da oxidação por ninhidrina reagem para formar um corante de cor púrpura</p><p>cromogênico seletivo para a detecção de Streptococcus agalactiae</p><p>A- chromID® Strepto B</p><p>Rosa pálido a Vermelhas</p><p>B- chromID® Granada ágar</p><p>Laranja</p><p>C- Brilliance GBS ágar Rosa</p><p>D- StrepBSelect</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>D</p><p>DOENÇA INVASIVA NEONATAL</p><p>(sepse, meningite, pneumonia bacteriana, osteomielite e ou artrite séptica)</p><p>Doença de início precoce DIP</p><p>(nas primeiras 72 horas após o parto)</p><p>sepse, podendo também envolver pneumonia e/ou meningite em casos graves.</p><p>Doença de início tardio (DIT)</p><p>ocorre entre 7 e 90 dias após o parto</p><p>leite materno, fontes comunitárias, fontes hospitalares</p><p>‹#›</p><p>COLETA</p><p>Coleta vaginal (realizada sem espéculo) e anal.</p><p>Dois esfregaços vaginais-retais fornecem altos rendimentos e maior recuperação bacteriana.</p><p>Meio transporte Stuart ou Amies</p><p>Não é recomendado se realizar culturas de amostras com mais de 24 horas de coletado.</p><p>Streptococcus do Grupo Viridans</p><p>(α ou γ hemolítico )</p><p>Identificação laboratorial</p><p>Catalase: negativa</p><p>Bile esculina: negativa</p><p>Bile solubilidade: negativo</p><p>Tolerância ao NaCl 6,5%: negativo</p><p>PYR: negativo</p><p>Optoquina: resistente</p><p>Doenças: endocardite.</p><p>Habitat normal: comensal da boca e intestino.</p><p>Transmissão: passa para o sangue após exodontia.</p><p>Tratamento: sensíveis às Penicilinas.</p><p>Streptococcus pneumoniae</p><p>(α hemolítico )</p><p>Doenças: pneumonia, otite, meningite, sepse.</p><p>Habitat normal: trato respiratório (garganta).</p><p>Transmissão: gotículas aéreas.</p><p>Tratamento: Penicilinas.</p><p>Identificação laboratorial</p><p>Catalase: negativa</p><p>Bile solubilidade: positiva</p><p>Optoquina: sensível ( halo maior ou igual a 12mm)</p><p>Detergentes fracos, como os sais biliares, desoxicolato de sódio ou taurocolato de sódio têm a capacidade de lisar seletivamente o S. pneumoniae em fase logarítmica do crescimento. Estes sais ativam as enzimas autolíticas (autolisinas) produzidas pelo pneumococo, acelerando a reação lítica natural da bactéria.</p><p>A prova de Bile Solubilidade pode ser realizada em meio líquido (com o microrganismo em estudo crescido) ou em placa (com colônias isoladas do microrganismo) sendo comumente realizada em placa.</p><p>BILE SOLUBILIDADE</p><p>A turbidez de uma suspensão da bactéria em meio líquido clareia visivelmente quando adiciona-se o reativo desoxicolato de sódio ou taurocolato de sódio e as colônias crescidas na superfície do meio desaparecem.</p><p>Enterococcus Grupo D</p><p>(α, β, hemólise ou não hemolítico –γ)</p><p>CARACTERÍSTICAS</p><p>FAMÍLIA: Enterococcaceae</p><p>Causadores de infecções associadas à assistência à saúde</p><p>Duas espécies causam a maioria das infecções enterocócicas: Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium</p><p>Resistência intrínseca a praticamente todas as cefalosporinas, aminoglicosídeos, clindamicina e sulfametoxazol-trimetoprima.</p><p>Identificação</p><p>laboratorial:</p><p>Catalase: negativa</p><p>Bile esculina: positiva</p><p>Bile solubilidade: negativa</p><p>Tolerância ao NaCl 6,5%: positiva</p><p>PYR: positivo</p><p>E. faecalis (mais frequente no Brasil 90%) e E. faecium com 5% a 10%.</p><p>Bile Esculina: positiva</p><p>A prova da Bile Esculina está baseada na capacidade de certas bactérias, especialmente as do grupo D hidrolisar esculina em presença de bile produzindo glicose mais esculetina. A esculetina em presença de ferro (presente no meio) reage produzindo um escurecimento do meio de cultura.</p><p>Tolerância ao NaCl 6,5%: positiva</p><p>O crescimento do microrganismo com consequente turvação do meio indica uma prova positiva.</p><p>Doenças: infecção do trato urinário, endocardite e sepse (raro).</p><p>Habitat normal: intestino humano e animal.</p><p>Transmissão: endogenamente, ou cruzada em pacientes hospitalizados.</p><p>Tratamento: pode apresentar resistência múltipla a penicilina e cefalosporinas, quando susceptíveis a penicilina é em menor grau que os Streptococcus.</p><p>Streptococcus Grupos C, F e G</p><p>CARACTERÍSTICAS :</p><p>São beta hemolíticos .</p><p>Oportunistas pele, nariz, garganta, vagina e trato GI.</p><p>Podem causar: faringite, sinusite, otite, meningite, bacteriemia, endocardite.</p><p>Critério fenotípico para identificação de Streptococcus ß Hemolíticos e Enterococcus</p><p>Sulfametoxazol- trimetoprim (SXT) 23,75/1,25/µg</p><p>Bacitracina Bc 0,04 unidades</p><p>Grupo A S-Bc R-SXT</p><p>Grupo B R-Bc R-SXT</p><p>Grupo D R-Bc R-STX</p><p>Grupo C F G R/S-Bc S-SXT</p><p>1 - Disco de bacitracina</p><p>2 - Disco de sulfametoxazol trimetoprim</p><p>3 - Camp Test</p><p>Linhas verticais – cepas teste</p><p>Linha horizontal – estria com cepa beta hemolítica de Staphylococcus aureus</p><p>Catalase –</p><p>Streptococcus</p><p>- hemólise</p><p>Bac - S CAMP+ Bile esculina + SXT- S</p><p>PYR +</p><p>Grupo A Grupo B Grupo D Grupo CFG</p><p>NACL 6,5%</p><p>+ PYR -</p><p>Enterococcus Não Enterococcus</p><p>‹#›</p><p>Catalase –</p><p>Streptococcus</p><p>ou γ - hemólise</p><p>Bile Esculina + Optoquina</p><p>Grupo D</p><p>NACL 6,5% R S</p><p>PYR Grupo viridans S. pneumoniae</p><p>+ -</p><p>Enterococcus Não Enterococcus</p><p>PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS Streptococcus CLINICAMENTE IMPORTANTES</p><p>Microbiologia médica de Jawetz</p><p>image2.png</p><p>image5.png</p><p>image3.png</p><p>image4.jpg</p><p>image1.png</p><p>image7.png</p><p>image9.png</p><p>image8.png</p><p>image14.png</p><p>image12.png</p><p>image21.png</p><p>image10.png</p><p>image13.png</p><p>image15.png</p><p>image11.jpg</p><p>image22.jpg</p><p>image18.jpg</p><p>image46.png</p><p>image17.png</p><p>image16.jpg</p><p>image19.png</p><p>image20.png</p><p>image24.png</p><p>image38.png</p><p>image58.png</p><p>image25.jpg</p><p>image27.png</p><p>image26.png</p><p>image32.png</p><p>image28.png</p><p>image33.png</p><p>image31.png</p><p>image30.jpg</p><p>image35.jpg</p><p>image34.png</p><p>image36.jpg</p><p>image37.jpg</p><p>image40.png</p><p>image39.jpg</p><p>image42.jpg</p><p>image43.png</p><p>image41.png</p><p>image45.png</p><p>image47.png</p><p>image48.png</p><p>image44.png</p><p>image49.png</p><p>image51.png</p><p>image50.jpg</p><p>image52.png</p><p>image54.png</p><p>image55.jpg</p><p>image53.png</p><p>image57.png</p><p>image56.png</p>