Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>Centro Educacional Anhanguera – Superior Tecnologia em Radiologia</p><p>Projeto Integrado Síntese - Radiologia</p><p>Ana Caroline Rodrigues Oliveira</p><p>Capão Bonito – SP</p><p>2024</p><p>Ana Caroline Rodrigues Oliveira</p><p>PROJETO INTEGRADO CST RADIOLOGIA</p><p>Trabalho apresentado á Universidade ANHANGUERA , com intuito parcial para a obtenção de</p><p>média semestral nas disciplinas norteadoras do semestre letivo .</p><p>2024</p><p>Capão Bonito – SP</p><p>SUMÁRIO</p><p>INTRODUÇÃO ......................................................................................... 5</p><p>GERENC. DE RESÍDUOS SÓL. DE SERV.S DE SAÚDE RESÍDO ................... 6</p><p>TRAT. DE RESÍD. SÓLIDOS DE SERV. DE SAÚDE ......................................8</p><p>CUID. NEC.AO MANUSEAR OS RESÍD. INFEC. – GRUPO A ...................... 8</p><p>EQUIP. DE PROT. IND. (EPI) QUE DEV. SER UTILIZADOS .......................... 9</p><p>LOG.E LOG. REVERSA EM AMBIENTE HOSPITALAR ................................. 12</p><p>LOGÍSTICA FARMACÊUTICA ..................................................................... 13</p><p>PAPEL DO FARMACÊUTICO ..................................................................... 13</p><p>SOBRE HOSPITAL E ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE .................................... 14</p><p>ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL ............................................................. 15</p><p>ETAPAS DA CADEIA ................................................................................. 15</p><p>PROCESSO LOGÍSTICO ............................................................................ 16</p><p>CADEIA DE ABAST. E CADEIA DE SUPR ................................................... 16</p><p>PLANEJAMENTO LOGÍSTICO ................................................................... 17</p><p>GERENCIAMENTO LOGÍSTICO HOSPITALAR ........................................... 17</p><p>O QUE É A LOGÍSTICA REVERSA? ........................................................... 18</p><p>QUAIS SÃO AS ETAPAS DA LOGÍSTICA REVERSA? ................................... 19</p><p>QUAIS OS BENEFÍCIOS DA LOGÍSTICA REVERSA? ................................... 19</p><p>POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................... 20</p><p>GER. DE RESÍDUOS RAD. DO SERVIÇO ..................................................... 21</p><p>METODOLOGIA ........................................................................................... 22</p><p>RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................................................................... 22</p><p>RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE ................................................................. 22</p><p>RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO RADIOLÓGICO .............................................. 24</p><p>PELÍCULAS RADIOGRÁFICAS .............................................................................. 24</p><p>SOLUÇÕES DE PROCESSAMENTO RAD ................................................................ 24</p><p>LÂMINAS DE CHUMBO ......................................................................................... 25</p><p>FORMAS DE DESCARTE .......................................................................................... 26</p><p>ETAPAS DO GEREN. DOS RESÍD. DO SER.DE SAÚDE ............................................... 26</p><p>QUAIS SÃO OS DESAFIOS PARA A IMPLEM. TOTAL DA LOGÍSTICA REVERSA? ......... 28</p><p>O QUE SIGNIFICA A SIGLA RDC? ..................................................................................................... 29</p><p>O QUE É RDC 330? ........................................................................................................................... 30</p><p>A RELAÇÃO HOMEM/NATUREZA NOS EST. INICIAIS DO DESEN. HUMANO ...................................... 30</p><p>A TEMÁTICA AMBIENTAL NA CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO , 1972 ............................................... 31</p><p>REFLEXÕES SOBRE A QUESTÃO AMBIENTAL E POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL ......................... 31</p><p>A QUESTÃO SOCIOAMBIENTAL ...........................................................................................................32</p><p>A CONSTITUIÇÃO DA POLÍTICA AMBIENTAL NO BRASIL .................................................................... 34</p><p>COMO FUNCIONA A LOGÍSTICA REVERSA PARA EMPRESAS? ........................................................... 38</p><p>COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................................ 38</p><p>O QUE PREVÊ A LOGÍSTICA REVERSA E O QUE ELA REPRESENTA PARA A MELHORIA DA GESTÃO ... 39</p><p>É POSSÍVEL ESTIMAR QUANTOS PRODUTOS PODEM SER DEVOLVIDOS PELO CONSUMIDOR POR</p><p>MEIO DA LOGÍSTICA REVERSA? ........................................................................................................ 39</p><p>QUAIS OS OUTROS INVESTIMENTOS DO GOVERNO BRASILEIRO PARA INCENTIVAR ESSE PROCESSO?</p><p>............................................... 41</p><p>E TEM UMA VERTENTE QUE COMBATE O LIXO NO MAR. PODE FALAR SOBRE ISSO ? .................. 41</p><p>CONCLUSÃO ................................................................................................................................42</p><p>REFERENCIAS .................................................................................................................................42</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>É de fundamental importância conhecer e fazer o uso das formas adequadas de gerenciamento e</p><p>descarte dos resíduos dos materiais contaminados , evitando gerar problemas ambientais e de</p><p>saúde aos profissionais de odontologia que manuseiam diretamente reveladores , fixadores ,</p><p>películas radiográficas e lâminas de chumbo , bem como aos profissionais de limpeza , que possuem</p><p>um importante papel na etapa de acondicionamento e destinação dos resíduos para uma área de</p><p>coleta na Organização Militar, de onde serão posteriormente recolhidos por uma empresa de coleta.</p><p>Entretanto , políticas públicas têm sido discutidas e legislações elaboradas com vistas a garantir o</p><p>desenvolvimento sustentável e a preservação da saúde pública. Essas políticas fundamentam-se em</p><p>concepções abrangentes no sentido de estabelecer interfaces entre a saúde pública e as questões</p><p>ambientais . O presente trabalho visa contribuir e apresentar soluções quanto ao manejo correto</p><p>dos resíduos de processadores de imagem utilizados nos serviços odontológicos , evitando-se a</p><p>contaminação ambiental e contaminação advinda do risco ocupacional , bem como respeitar as</p><p>políticas publicas em vigor .</p><p>GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE</p><p>RESÍDUOS</p><p>São resíduos gerados por prestadores de assistência médica, odontológica, laboratorial,</p><p>farmacêutica e instituições de ensino e pesquisa médicos relacionados tanto à população humana</p><p>quanto à veterinária, os quais possuindo potencial de risco, em função da presença de materiais</p><p>biológicos capazes de causar infecção, objetos perfurantes-cortantes potencial ou efetivamente</p><p>contaminados, produtos químicos perigosos, e mesmo rejeitos radioativos, requerem cuidados</p><p>específicos de acondicionamento, transporte, armazenamento, coleta, tratamento e disposição final.</p><p>A Resolução no 05 - 5/08/93, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), classifica os</p><p>resíduos sólidos em Grupos como abaixo descritos: Grupo A: resíduos com a presença de agentes</p><p>biológicos e objetos perfurocortantes; Grupo B: resíduos de natureza química; Grupo; C: rejeitos</p><p>radioativos. Grupo D: resíduos comuns e todos os demais que não se enquadram nos grupos</p><p>anteriores. Gerenciamento Interno: Segregação - é a separação dos resíduos no momento e local da</p><p>sua geração. Acondicionamento - deverá ser ato contínuo à sua geração, em recipientes que não</p><p>possibilitem rupturas e vazamentos . O gerenciamento do resíduo</p><p>desinfecção térmica</p><p>realizada pela autoclavagem, microondas ou incineração, ou desinfecção química. A última etapa do</p><p>gerenciamento dos RSS consiste na disposição final dos resíduos, considerada a disposição definitiva</p><p>no solo ou em locais previamente desenvolvidos para recebêlos, sendo obrigatório eles</p><p>apresentarem licenciamento ambiental, onde critérios técnicos de construção e operação são</p><p>respeitados. No Brasil, as formas de disposição final são usualmente designadas como lixão ou</p><p>vazadouro a céu aberto, aterros controlados e aterros sanitários. Não há critérios técnicos para a</p><p>escolha e operação dessas áreas, Os resíduos são depositados diretamente sobre o solo, podendo</p><p>ocasionar sua contaminação, das águas subterrâneas e superficiais através do líquido percolado e</p><p>dos próprios resíduos. A falta de controle favorece o lançamento de resíduos de serviços de saúde</p><p>nestas áreas. O correto gerenciamento de todos os resíduos é de responsabilidade direta dos</p><p>estabelecimentos de serviços de saúde, pois eles são os geradores. Contudo, tal responsabilidade se</p><p>estende ao poder público e às empresas de coleta, tratamento e disposição final. Desde que a</p><p>ANVISA publicou, em 7 de dezembro de 2004, a RDC 306/04, esta deve ser cumprida em um prazo</p><p>máximo de 180 dias pelos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde e os novos</p><p>prestadores e aqueles que pretendam retomar suas atividades só poderão entrar em funcionamento</p><p>desde que estejam integralmente em cumprimento com as exigências da Resolução . O não</p><p>cumprimento da Resolução da ANVISA sucede pela falta de conhecimento sobre o assunto, além da</p><p>falta de infraestrutura para realizar adequadamente o gerenciamento dos resíduos de serviços de</p><p>saúde. Porém, aqueles que descumprirem as normas constantes na Resolução, estarão sujeitos a</p><p>punições de acordo com a Lei nº 6.437/1977, recebendo desde notificações a multas. E, além dessa</p><p>lei, há duas outras, a Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) e a Lei de Política Nacional do Meio</p><p>Ambiente (Lei nº 6.938/81, Artigo 3º), que responsabiliza civil, administrativa e criminalmente as</p><p>pessoas físicas e jurídicas, que sejam autoras e coautoras de atividades ou condutas lesivas ao meio</p><p>ambiente. Portanto, é obrigação das fontes geradoras de RSS adotarem tecnologias mais limpas,</p><p>empregarem métodos de recuperação e reutilização sempre que for possível, além de incentivarem</p><p>a reciclagem e destinarem adequadamente os resíduos, compreendendo etapas de transporte,</p><p>tratamento e disposição final.</p><p>O QUE SIGNIFICA A SIGLA RDC ?</p><p>A sigla RDC significa Resolução da Diretoria Colegiada. Essa série de normas regulamentares tem</p><p>como objetivo atribuir responsabilidades a empresas e profissionais, garantindo as Boas Práticas e</p><p>mantendo os padrões de qualidade dos produtos e serviços destinados à saúde da população123.</p><p>A RDC 304/2019, por exemplo, dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e</p><p>Transporte de Medicamentos. Essa norma regulamenta o setor, assegurando a qualidade dos</p><p>medicamentos em toda a cadeia. Alguns dos principais requisitos da RDC 304 incluem:</p><p>Rastreabilidade dos produtos: Por meio de sistemas ou outros métodos que garantam confiabilidade</p><p>nas informações. Sistema de Gestão da Qualidade participativo e eficaz.</p><p>Qualificação de equipamentos e validação de processos, incluindo manutenções preventivas</p><p>periódicas.</p><p>A RDC 304/2019 entrou em vigor em 18 de março de 2020, substituindo a norma anterior, a Portaria</p><p>nº 802/98. É importante que as empresas demonstrem progresso na implementação dos requisitos</p><p>dessa resolução durante os primeiros 12 meses após sua publicação123 .</p><p>O QUE É RDC 330 ?</p><p>A RDC 330 é uma norma que traz as normas sobre o uso de raio-x para diagnóstico em todo o</p><p>território nacional e as diretrizes básicas de proteção radiológica no âmbito da medicina e da</p><p>odontologia. A RDC 330 substitui a Portaria 453, de 1998.</p><p>A RELAÇÃO HOMEM/NATUREZA NOS ESTÁGIOS INICIAIS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO</p><p>No primeiro estágio da evolução humana a relação homem/natureza permaneceu equilibrada. A</p><p>extração dos recursos naturais respeitava os ritmos naturais do meio. No segundo estágio, o homem</p><p>(Homo erectus) que havia descoberto o fogo atuou como predador. Suas atividades apenas</p><p>perturbaram o equilíbrio ecológico, pois caçava e pescava, mas não o suficiente para colocar em vias</p><p>de extinção as espécies animais. O terceiro estágio foi marcado pelo progresso do domínio humano</p><p>sobre a natureza, com a domesticação de animais e a transformação de grandes extensões de</p><p>florestas e savanas em campos de pastos, o que imprimiu grandes modificações na paisagem</p><p>natural. O surgimento da agricultura marcou o início do quarto estágio. Através da observação dos</p><p>ciclos naturais de reprodução dos vegetais, o homem descobriu que pode criar ecossistemas</p><p>artificiais, para suprir suas necessidades. Desde a mesopotâmia até a Idade Média o homem</p><p>esqueceu seu lugar na natureza. Essa visão antropocêntrica colocou o homem numa posição de</p><p>superioridade em relação à natureza, resultando na crescente exploração dos recursos naturais.</p><p>A relação Homem/Natureza nos estágios mais recentes do desenvolvimento humano A Revolução</p><p>Industrial, ou quinto estágio, acentuou as relações de dominação e exploração ambiental,</p><p>resultando em profundas rupturas nos ritmos e processos naturais. A velocidade de regeneração</p><p>natural passou a ser menor que a velocidade da extração dos recursos naturais.</p><p>A consolidação do capitalismo e a crescente urbanização marcam o início do sexto estágio. As</p><p>mudanças nas relações econômicas de produção e nas relações entre produtor e consumidor se</p><p>refletiram no aumento significativo da extração dos recursos naturais. A velocidade da utilização dos</p><p>recursos naturais passou a ser maior que a capacidade de regeneração natural. Verifica-se, através</p><p>da análise da evolução histórica da relação homem/ natureza, que nos primeiros estágios o</p><p>ambiente natural não sofreu perturbações intensas, pois o homem sentia-se parte integrante dele.</p><p>Não tinha intenção de explorá-lo e nem meios para isso. Foi com o surgimento da agricultura que o</p><p>processo de degradação ambiental tomou maiores proporções, porém, a interferência mais</p><p>significativa na natureza ocorreu com o advento da industrialização. Não só a paisagem natural deu</p><p>lugar às indústrias e, consequentemente, à urbanização, mas o meio ambiente como um todo</p><p>passou a ser agredido. A exploração dos recursos naturais passou a ser mais acentuada para suprir a</p><p>demanda de produtos consumidos por uma população, que não parou de crescer e exigir melhores</p><p>padrões de vida. Os gradientes ar, água e solo sofreram alterações com o processo de poluição</p><p>resultante da industrialização. A saúde humana começou a ser afetada pelos mais variados</p><p>problemas ambientais. O ritmo de crescimento econômico foi acelerado, sendo necessário produzir</p><p>cada vez mais para gerar mais lucro .</p><p>A TEMÁTICA AMBIENTAL NA CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO , 1972</p><p>Essa conferência representou um marco na inclusão da temática ambiental entre as preocupações</p><p>internacionais relativas ao desenvolvimento econômico. O resultado prático desse evento foi à</p><p>proposição de 26 princípios básicos para orientar a relação homem/natureza. Entre esses princípios</p><p>foi destacado o direito humano ao meio ambiente equilibrado e o dever de preservá-lo para todas as</p><p>gerações .</p><p>REFLEXÕES SOBRE A QUESTÃO AMBIENTAL E POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL</p><p>A questão socioambiental, na contemporaneidade, insere-se no cerne da crise da racionalidade</p><p>moderna. A relação entre sociedade e recursos naturais tem sido construída a partir de uma</p><p>racionalidade capitalista, com base no mercado, em que os recursos naturais são degradados e</p><p>transformados em lucro, não havendo preocupação com a questão de sua finitude. Esta razão</p><p>utilitarista decorre</p><p>da visão de mundo que concebe a noção de desenvolvimento, com base nas</p><p>relações de dominação do homem pelo homem e do homem sobre natureza. No que concerne ao</p><p>modo de produção capitalista, Silva (2010), assinala que o mesmo, em sua sede insaciável pelo lucro,</p><p>revela sua essência crescentemente destrutiva e perdulária, manifestando uma contradição</p><p>essencial no processo de sua reprodução, quais sejam: a crescente obsolência programada e o</p><p>desperdício no trato dos recursos naturais e sociais, os quais são condições essenciais para a</p><p>expansão da produção e do consumo. Nesse sentido, o referido modo de produção confronta-se,</p><p>progressivamente, com o caráter limitado das potencialidades ambientais, com a finitude de</p><p>recursos naturais, o que vem comprometendo, sistematicamente, a própria existência humana no</p><p>planeta. A contemporaneidade, em seu fluxo dinâmico, apresenta-nos um conjunto muito extenso</p><p>de incertezas, configurando gigantescos desafios, que trazem consigo a necessidade de serem</p><p>interpretados para que se possa vir a entabular ações para enfrentá-los de maneira diligente,</p><p>coerente e eficaz. Aos assistentes sociais cabem não de modo exclusivo, a construção de aportes</p><p>teóricos que permitam interpretar, refletir e, de maneira consistente, propor alternativas para</p><p>superar os limites vigentes, potencializando as possibilidades que tanto a prática cientifica buscam,</p><p>quanto os saberes, exercitados no cotidiano da sociedade, podem oportunizar. De maneira contínua,</p><p>os fenômenos da realidade fluem e são em parte captados pelo olhar apurado daqueles que atuam</p><p>no fazer técnico-científico.</p><p>A QUESTÃO SOCIOAMBIENTAL</p><p>Na contemporaneidade Neste trabalho, parte-se do pressuposto que toda sociedade desenvolve-se</p><p>numa estreita relação com a natureza. Sobre a relação homem-natureza, Marx (2003), entende a</p><p>mesma, como eminentemente social, estando presente nas diversas configurações societárias, das</p><p>primitivas as ditas modernas, diferindo, somente, os modos pelos quais essas distintas sociedades se</p><p>organizam 3 e se desenvolvem. Marx (2003) argumenta que a relação homem-natureza configura-se</p><p>como o ponto central da atividade humana, mas, o capital na defesa de seus interesses, tratou de</p><p>reorganizar, de modo tal, o processo de trabalho e as bases da relação deste com a natureza (por</p><p>meio da introdução de novas formas de divisão do trabalho, valores e hábitos) que acabou</p><p>invertendo o eixo desta relação, reduzindo a natureza e o homem a meras mercadorias a serem</p><p>submetidos ao jugo do capital, ou seja, a serviço deste. Nesse sentido, Marx (idem) declarou que era</p><p>necessário procurar um equilíbrio entre natureza e sociedade, uma vez que a primeira não pode ser</p><p>concebida como algo externo à segunda. Na mesma linha de pensamento, o antropólogo Godelier</p><p>(1981), afirma que a relação sociedade e natureza só podem ser compreendidas a partir da</p><p>racionalidade presente em cada sociedade, pois, somente os estudos objetivos organizativos</p><p>(cultural, econômico e sociopolítico), e as representações que os indivíduos constroem sobre seu</p><p>meio, permitem entender por que essas sociedades relacionam-se de forma diferenciada com a</p><p>natureza e com seus recursos. A racionalidade capitalista seguiu uma trajetória que começou na</p><p>Europa, sob influência dos filósofos greco-romanos. O antropocentrismo e o domínio humano sobre</p><p>a natureza são as características mais marcantes da mesma. Tal racionalidade foi consolidada no</p><p>decorrer dos séculos XVII, XVIII e XIX. Cassirer (apud TAVOLARO, 2001) assevera que o século XVII</p><p>estabeleceu, firmemente, a ideia primordial da razão como um ser supremo, de uma certeza</p><p>suprema, intuitivamente, apreendida. Portanto, durante o referido século, os procedimentos</p><p>cognitivos terem se baseado no método da dedução rigorosa, decorrente de uma certeza primordial.</p><p>Conforme o autor, o século XVIII recusou essa forma de dedução, o qual buscou outra concepção da</p><p>verdade: em vez de se deduzir, preferiu-se analisar, preferiu-se buscar explicações na dinâmica</p><p>interna aos fenômenos. Dentre os principais autores clássicos deste período, denominado na</p><p>história como iluminista, destacam-se: Bacon (1561-1626), Descartes (1596-1650), Voltaire (1694-</p><p>1778), Darwin (1809-1882), Spencer (1820-1903), Kant (1724- 1804) e Stuart Mill (1806-1873). Estes</p><p>autores introduziram a questão da adequação e do avanço da ciência, mostrando que as sociedades</p><p>humanas tendem, inevitavelmente, ao progresso. Sendo assim, toda e qualquer atitude, em relação</p><p>aos recursos naturais, é justificada pelo progresso, na busca da melhoria do ambiente, naturalmente</p><p>“hostil” e “acabado”. A partir dessa abordagem de 4 pensamento, os indivíduos seriam os</p><p>dominadores do uso dos recursos naturais. Nesse sentido, a percepção formulada, por tais autores,</p><p>contribuiu para o fortalecimento de uma visão dicotômica da relação homem-natureza. Em relação</p><p>ao período iluminista, Horkheimer e Adorno (1983) fazem uma crítica aos teóricos desse período,</p><p>argumentando que estes defendiam o desenvolvimento do conhecimento científico como forma de</p><p>derrotar as concepções de mundo supersticiosas que balizavam as relações dos homens entre si e</p><p>com a natureza. Em conformidade com a abordagem iluminista, o saber passa a significar poder,</p><p>uma vez que possui a capacidade de converter-se, imediatamente, em empreendimentos que</p><p>domam que domesticam os infortúnios provenientes da natureza. Nesse sentido, pode-se situar</p><p>nesse século, o qual estava imerso em uma espécie de “aurora da razão”, algumas características</p><p>que tornam compreensíveis o diagnóstico que Weber (1991), quase dois séculos depois, faria a</p><p>respeito da modernidade, como sendo o momento em que o homem aprisionou-se com os</p><p>elementos a partir dos quais ele acreditava poder emancipar-se. A esse respeito, Leff (2001),</p><p>argumenta que, a partir do pensamento moderno, a humanidade passou a viver um processo de</p><p>total subordinação aos ditames da produção, os quais sempre foram justificados e amparados pela</p><p>ciência, tendo em vista que: O processo civilizatório na modernidade fundou-se em princípios de</p><p>racionalidade econômica e instrumental, que moldaram as diversas esferas do corpo social: os</p><p>padrões tecnológicos, as práticas de produção, a organização burocrática e os aparelhos ideológicos</p><p>do Estado. A problemática ecológica questiona os custos socioambientais derivados de uma</p><p>racionalidade produtiva, fundada no cálculo econômico, na eficácia dos sistemas e de seus meios</p><p>tecnológicos. (LEFF, 2001, p. 133). Na apreciação feita pelo autor, fica evidente que o mesmo</p><p>compreende que a sociedade contemporânea vivencia uma crise dos valores que desencadeiam a</p><p>questão socioambiental. Assim, deverá se fundar uma nova ética para a civilização que negue a</p><p>neutralidade científica e sua instrumentalidade como mecanismo de domínio do homem sobre a</p><p>natureza. Em relação à crise contemporânea, Alan Bihr (1999 apud SILVA, 2010) a denomina de</p><p>“crise ecológica” e elenca as principais questões que se encontram em jogo neste contexto: a</p><p>escassez dos recursos naturais em decorrência da pilhagem e dilapidação realizada pelo modo de</p><p>exploração capitalista; a poluição dos elementos naturais (ar, água, solo) pelos dejetos industriais,</p><p>com repercussão, cada vez mais catastróficos; o empobrecimento da flora e da fauna e, o que 5</p><p>considera mais grave, a ruptura de certos equilíbrios ecológicos globais, a exemplo da destruição da</p><p>camada de ozônio. Este autor atribui os fundamentos da “crise ecológica” ao que denomina</p><p>“venalidade generalizada da natureza”, só podendo esta ser, plenamente superada, com a</p><p>superação da ordem do capital. Assim, na perspectiva do autor a questão socioambiental: Leva a</p><p>recolocar, em questão, o fundamento das sociedades contemporâneas em sua totalidade: suas</p><p>maneiras de gerir este patrimônio comum da humanidade, que é a natureza, seus modos de</p><p>produção e de consumo, os produtos</p><p>que resultam de sua atividade econômica, seus próprios meios</p><p>de produção, seus sistemas de necessidades, seu modo de vida, suas ciências, suas técnicas). (BIHR,</p><p>1999 apud SILVA, 2010, p. 79). Para o aludido autor, não se trata de uma “crise ecológica” em si</p><p>mesma, visto que não é o ambiente natural que se encontra em crise, mas o sistema do capital o</p><p>qual faz recair sobre os trabalhadores e sobre a própria natureza, crescentemente predatórios.</p><p>Nesse sentido, a crise ambiental veio questionar os fundamentos ideológicos e teóricos que</p><p>impulsionaram e legitimaram o crescimento econômico, negando a natureza e a cultura e as</p><p>políticas ambientais surgem para amenizar os impactos ambientais causados pelo homem .</p><p>A CONSTITUIÇÃO DA POLÍTICA AMBIENTAL NO BRASIL</p><p>No Brasil, em consonância com Medeiros (2004), desde o domínio europeu, o processo de</p><p>desenvolvimento econômico foi baseado no uso dos recursos naturais para atender às demandas do</p><p>mercado capitalista, seja pelas elites nacional ou internacional. É evidente que a adoção a esta</p><p>política gerou pressões sobre a capacidade de suporte ambiental no contexto brasileiro. Assim, a</p><p>percepção e valor atribuído aos recursos naturais possuem um papel decisivo no processo de</p><p>tomada de decisões concernentes às questões socioambientais. Para Monosowski (1989), a política</p><p>ambiental brasileira, propriamente dita, se desenvolveu de forma tardia, se comparada às demais</p><p>políticas setoriais brasileiras. A mesma é entendida, neste trabalho, como as que apresentam uma</p><p>preocupação explícita quanto à proteção, conservação e uso dos recursos naturais e do meio</p><p>ambiente. Essas políticas, preconizadas na legislação e na organização institucional correspondente,</p><p>definem os instrumentos de intervenção do Estado na administração dos recursos e da qualidade do</p><p>meio ambiente. 6 Segundo a periodização proposta por Cunha & Coelho (2003, p. 46), ocorreram</p><p>três momentos na história das políticas ambientais no Brasil: a) o primeiro período, de 1930 a 1971,</p><p>que se caracterizou pela construção de uma base de regulação dos usos dos recursos naturais; b) no</p><p>segundo período, de 1972 a 1987, a ação intervencionista do Estado chegou ao seu ápice; c) o</p><p>terceiro período, de 1988 aos dias atuais, caracteriza-se pelos processos de democratização e</p><p>descentralização decisórias e pela rápida disseminação da noção de desenvolvimento sustentável.</p><p>Segundo Monosowski (1989), o marcos inicial das ações governamentais, no campo das políticas</p><p>ambientais no Brasil, remete a década de 30, todavia, a legislação ambiental, desse período,</p><p>caracterizou-se por uma preocupação, por um lado, para racionalizar o uso e a exploração dos</p><p>recursos naturais e regulamentares as atividades extrativistas e de, por outro, para definir as áreas</p><p>de preservação. Costa (1988) também afirma que no primeiro governo de Vargas foram adotadas as</p><p>primeiras medidas voltadas para o meio ambiente, as quais objetivaram tanto uma ordenação</p><p>territorial quanto uma estrita regulamentação do uso da apropriação dos recursos naturais, num</p><p>contexto de transição do liberalismo para a ampliação do papel do Estado na condução da</p><p>modernização capitalista do país e na articulação, centralizada e autoritária, de sua unidade</p><p>nacional. Nesse sentido, foi a partir de 1930, com um Estado centralizador, que a regulamentação</p><p>ambiental afirmouse. Dentre os principais instrumentos legais adotados na década de 30, destacam-</p><p>se: Código Florestal (Decreto nº 23.793, de 23/01/34, foi substituída pela Lei nº 4.771, de 15/09/65 e</p><p>pelo Decreto 289, de 28/02/67); Código das Águas (Decreto nº 24.643, de 10/07/34); Legislação para</p><p>a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional (Decreto nº 25, de 30/11/37); Estatuto da</p><p>Terra (Lei nº 4.504, de 30/11/64); Código da Pesca (Decreto nº 794, de 19/01/38 e foi substituído</p><p>pelo Decreto-lei nº 221, de 28/02/67); Código de Mineração (Decreto nº 1.985, de 29/01/40 e foi</p><p>substituído pelo Decreto-lei nº 227, de 28/02/67). Nesse sentido, na década de 30 foram</p><p>incentivadas a criação de áreas protegidas, dentre os quais, se pode citar, o Parque Nacional de</p><p>Itatiaia (1937), Parque Nacional do Iguaçu (1939) e a Serra dos Órgãos (1939), com base no artigo 9</p><p>do Código Florestal de 1934. Vale destacar que a criação de parques e reservas biológicas continua</p><p>sendo aplicada e consiste num dos eixos principais da política ambiental brasileira. Machado (2008)</p><p>explicita que no início, as políticas de meio ambiente, no Brasil, sofreram forte influência da vertente</p><p>preservacionista americana. 7 Esteve subjacente, a essa influência, uma visão de que se poderiam</p><p>preservar “pedaços do mundo natural”, em seus atributos intrínsecos, tais como: paisagem natural,</p><p>valores cênicos e vida selvagem, dos efeitos irreversíveis da civilização urbano-industrial sobre o</p><p>mundo natural. Segundo Monosowski (1989), outra década paradoxal para a consolidação da</p><p>Política Ambiental brasileira foi à década de 60, na qual foram adotadas algumas estratégias pelo</p><p>poder público relacionadas à questão ambiental, por meio da criação, em âmbito federal, das</p><p>agências setoriais para o desenvolvimento da pesca, das atividades florestais, da água, da</p><p>eletricidade e da exploração dos recursos minerais, tais como: Ministério das Minas e Energias</p><p>(MME) e o Departamento Nacional de Água e Energia Elétrica (DNAEE); Instituto Brasileiro de</p><p>Desenvolvimento Florestal (IBDF), vinculado ao Ministério da Agricultura; Departamento Nacional de</p><p>Prospecção Mineral (DNPM); Superintendência de Desenvolvimento da Pesca (SUPEDE); Instituto do</p><p>Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária</p><p>(INCRA), que reagrupou três instituições, inicialmente criadas no quadro do Ministério da Agricultura</p><p>para a implantação de política agrária e fundiária, tais como: o Instituto Brasileiro de Reforma</p><p>Agrária (IBRA), o Instituto Brasileiro do Desenvolvimento Agrário (INDA) e o Grupo Executivo da</p><p>Reforma Agrária (GERA). De acordo com Monosowski (1989), tais instituições definiram estratégias,</p><p>de modo independente, e segundo diferentes prioridades, o que conduz a ações isoladas, não</p><p>coordenadas e, às vezes, até conflitantes. Os anos 70 foram caracterizados por uma estratégia de</p><p>desenvolvimento baseada na implantação de grandes projetos de infraestrutura ou de exploração</p><p>de recursos naturais, sobretudo, implementadas pelo próprio Estado ou em parcerias com</p><p>multinacionais. Maimon (1992), afirma que nesta década, o projeto “Brasil Grande Potência” era o</p><p>centro das atenções em detrimento da questão socioambiental. Ainda, Segundo essa autora (1992,</p><p>p. 59), o desinteresse “pode ser explicado, tanto pela inexpressiva, ainda que crescente ação dos</p><p>ambientalistas brasileiros e, sobretudo, pelo consenso de que o crescimento econômico e a</p><p>harmonia ambiental eram dois objetivos incompatíveis”. Nesse período, em que se exaltava o</p><p>supercrescimento, a política ambiental do Estado brasileiro era inconsistente. Foi marcada por ações</p><p>pontuais e simbólicas, como a criação, em 1973, da Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA),</p><p>inspirada pela Primeira Conferência 8 das Nações Unidas sobre Meio Ambiente (Estocolmo, 1972), a</p><p>partir da qual se manifestou uma vontade política explícita em relação às questões socioambientais.</p><p>Todavia, não se pode negligenciar a posição brasileira adotada em Estocolmo, no qual o Brasil</p><p>sustentava a tese de que a proteção do meio ambiente seria um objeto secundário e não prioritário</p><p>para os países em vias de desenvolvimento e em conflito com o objetivo central e imediato do</p><p>crescimento econômico. Essa argumentação e a palavra de ordem “poluição = progresso”, lançada</p><p>na ocasião, foram muito negativas para a imagem internacional do país (MONOSOWSKI, 1989).</p><p>Machado (2008), afirma que a criação do SEMA foi recebida com grande entusiasmo por alguns</p><p>ativistas que entendiam que a criação da mesma</p><p>era resultado da pressão do movimento</p><p>ambientalista. Jacobi (2003) acrescenta que estas ações voltadas para construção de infraestrutura</p><p>da Política Ambiental, antes de significar um compromisso efetivo do governo brasileiro com a luta</p><p>para a proteção ambiental, funcionaram como uma tentativa do próprio governo para atenuar sua</p><p>imagem negativa no cenário externo, devido à sua atuação na Conferência de Estocolmo. Segundo</p><p>este autor, predominava, ainda, a ideia de que os recursos naturais deveriam ser utilizados para</p><p>acelerar o processo de desenvolvimento econômico, tomando alguns cuidados para minimizar os</p><p>problemas de poluição e preservar alguns recursos naturais. A questão ambiental também foi</p><p>contemplada no Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento–PND, para o período 1975/79, no</p><p>qual, em seu capítulo sobre o desenvolvimento urbano, controle e poluição e preservação do meio</p><p>ambiente, o Plano definiu a prioridade para o controle da poluição industrial, por meio da adoção de</p><p>normas antipoluição de uma política de localização industrial, densamente urbanizada. Contudo,</p><p>Monosowski (1989), explicita, a aplicação do II PND, só foi implementado em 1980, quando foi</p><p>promulgada a lei que estabelece as diretrizes de zoneamento industrial (Lei nº 6.803, de 02/07). São</p><p>exemplos: a campanha vitoriosa contra a fábrica de celulose Borregaard, instalada as margens do rio</p><p>Guaíba, em Porto Alegre (19731974); a luta contra a construção da represa de Sobradinho, na Bahia</p><p>(1974); o movimento contra a inundação de Sete Queda, no Paraná (1979-1983); a campanha</p><p>nacional contra o desmatamento na Amazônia (1978-1979); os protestos contra a instalação de</p><p>usinas nucleares na Jureia e, posteriormente, em Angra dos Reis (1975-1980), entre outros</p><p>(MACHADO, 2008, p. 123). Nesse sentido, Monosowski (1989), assinala que as ações e controle do</p><p>Estado, na década de 70, voltaram-se, prioritariamente, para os problemas da poluição industrial,</p><p>que se manifestavam, em curto prazo, e afetavam áreas limitadas, em especial áreas</p><p>metropolitanas. No entanto, os efeitos ambientais, em longo prazo, foram relegados a segundo</p><p>plano, mesmo sendo irreversíveis ou de grandes dimensões. Pode-se notar que as ações de controle</p><p>voltaram-se, fundamentalmente, para as atividades do setor privado. As estratégias governamentais</p><p>não foram objeto de controle, excetuando-se as atividades de alguns setores, em função de pressões</p><p>externas. Assim, as modificações provocadas pelos grandes projetos de transformação da natureza</p><p>foram objetos de uma preocupação marginal, mais influenciada pelas práticas das agencias</p><p>internacionais do que por uma decisão política nacional. É o caso, por exemplo, das primeiras</p><p>aplicações da Avaliação de Impactos Ambientais (AIA), na análise de projetos que dependiam de</p><p>financiamentos internacionais para sua implantação. Drummond (1998-1999, p. 141), afirma que, na</p><p>década de 80, foi instituída a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), a qual foi regulamentada</p><p>em 1983. Nesse texto legal se consolidaram as estratégias atuais e os arranjos institucionais vigentes</p><p>no tratamento da questão ambiental. Essa pode ser considerada a peça mais importante de</p><p>legislação ambiental promulgada no país, até hoje. A mesma institui tanto a base legal, quanto o</p><p>arcabouço de instituições para a formulação de política com respeito ao meio ambiente em todos os</p><p>níveis de governo (União, estados e municípios). Essa consolidação é completada pela criação, em</p><p>1985, do Ministério de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, que assumiu a definição das</p><p>políticas e a coordenação das atividades governamentais na área ambiental. A PNMA tem como</p><p>objetivo principal “a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propiciando à</p><p>vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da</p><p>segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana” (artigo 2º). Dentre as principais</p><p>inovações dessa Lei, destacam-se duas, em nível institucional, quais sejam: • A criação do</p><p>Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), diretamente vinculado a Presidência da República</p><p>e encarregado da formulação das políticas ambientais. Por meio desse, definiu-se uma nova</p><p>instância política de decisões. O CONAMA, juntamente com a 10 criação dos conselhos ambientais</p><p>estaduais, propiciou a integração e a coordenação das ações de diferentes setores governamentais.</p><p>A participação política nas decisões é contemplada, embora de forma limitada, por meio da inclusão</p><p>de organizações representativas da sociedade civil entre os 72 membros do Conselho. • A</p><p>criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), tendo por instância superior o CONAMA,</p><p>inclui o conjunto das instituições governamentais que se ocupam da proteção e da gestão da</p><p>qualidade ambiental, em nível federal, estadual e municipal e, também, os órgãos da Administração</p><p>Pública Federal, cujas atividades afetem, diretamente, o meio ambiente. Segundo essa política, os</p><p>recursos naturais devem ser preservados e recuperados para garantir sua utilização racional e sua</p><p>disponibilidade permanente; os poluidores e predadores são obrigados a reparar ou indenizar as</p><p>degradações provocadas; o usuário deve trazer uma contribuição para a utilização econômica dos</p><p>recursos naturais. Dentre os instrumentos adotados por essa legislação para aplicar a Política</p><p>Nacional de Meio Ambiente, destacam-se: o zoneamento ambiental, a avaliação de impactos</p><p>ambientais, os incentivos a produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de</p><p>tecnologias, voltadas para a melhoria da qualidade ambiental, o Cadastro Técnico Federal de</p><p>Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, as penalidades disciplinares ou compensatórias ao</p><p>não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.</p><p>Para Monosowski (1989), uma das mais importantes estratégias adotadas é a responsabilização do</p><p>Estado em relação a suas próprias ações, ao se exigir que as atividades públicas e privadas sejam</p><p>exercidas conforme os princípios da legislação ambiental. Essa é uma inovação importante, em</p><p>especial no que se refere aos grandes projetos que, até então, estavam fora do controle das</p><p>agências governamentais para a proteção ambiental. Segundo Monosowski (1989), a</p><p>redemocratização do país, a partir de 1985, e a posterior crise do Estado brasileiro, originaram uma</p><p>nova fase de expansão e reestruturação da questão ligada à proteção da natureza no país, com uma</p><p>tendência clara à “simplificação” da política, mas com alguns avanços evidentes: i) a nova</p><p>Constituição Brasileira (1988), com um capítulo especificamente dirigido à temática ambiental; II) a</p><p>criação de um único órgão vinculado ao Estado para implementação e administração das áreas</p><p>protegidas (IBAMA); iii) o up grade da 11 temática ambiental sob a ótica político-institucional, por</p><p>meio da criação do Ministério do Meio Ambiente (MMA); iv) a criação de um sistema integrado de</p><p>áreas protegidas (SNUC), em 2000, com o objetivo simultâneo de reduzir as sobreposições e</p><p>antagonismos da política anterior, mas também, expandir os objetivos da proteção. O referido autor</p><p>enfatiza ainda, que nos primeiros dois anos da década de 1990, o Brasil abriu-se abruptamente à</p><p>concorrência econômica transnacional, enquanto tomava medidas de impacto na área ambiental</p><p>visando, fundamentalmente, conquistar credibilidade junto aos investidores externos. Nesta mesma</p><p>década, o Brasil sediou o evento internacional conhecido como Rio-92, realizada no Rio de Janeiro, o</p><p>qual marcou um novo processo em relação às preocupações ecológicas, tendo como pano de fundo</p><p>a crise dos modelos de desenvolvimento dos recursos naturais e suas consequências, além das</p><p>fronteiras dos estados nacionais e, finalmente, a questão da urgência quanto à solução dos</p><p>problemas. O posicionamento do governo brasileiro, no Rio-92, foi oposto ao de 1972,</p><p>em</p><p>Estocolmo, haja vista a influência de quatro fatores:</p><p>A) Crise do modelo desenvolvimentista (economicista e predatório);</p><p>B) Sensibilização do governo em relação aos problemas ambientais, em razão da soberania, sobre</p><p>2/3 da maior floresta pluvial do mundo, sobre a qual a comunidade internacional exigia uma</p><p>reavaliação;</p><p>C) Existência de uma matriz energética brasileira baseada em recursos naturais renováveis</p><p>(hidroelétrica e biomassa) num contexto em que a quase totalidade dos países é dependente de</p><p>combustíveis fósseis ou de energia nuclear;</p><p>D) Pressão por um compromisso globalista, já que o Brasil era o anfitrião da Conferência (VIOLA,</p><p>2002). De fato, conforme Monosowski (1989), as políticas públicas implementadas pelo Estado, no</p><p>decorrer da década de 90, foram muito limitadas quanto à sustentabilidade ambiental, favorecendo</p><p>grupos econômicos regionais e locais sob a moldura da tecnoburocracia, embora tenha havido,</p><p>concomitantemente, um processo de descentralização administrativa. Eduardo Viola (2000) observa</p><p>que o programa Brasil em Ação, (lançado em 1996), não teve compromisso com a sustentabilidade.</p><p>O mesmo diz Paul Little (2003), do programa Avança Brasil, (lançado em 1999), e do Plano Plurianual</p><p>2000-2003, com base em diversas pesquisas de campo. A área ambiental do governo FHC</p><p>caracterizou-se, conforme enfatiza Viola (2000), pela fragmentação e incompetência gerencial, além</p><p>do distanciamento em relação aos centros de decisão econômica, nos quais se definem as políticas</p><p>de desenvolvimento. Assim, tanto no debate 12 sobre as propostas de reforma tributária, quanto</p><p>sobre a política energética, a política agrícola, a política dos recursos hídricos e da Amazônia,</p><p>encontram no IBAMA um déficit de liderança e de capacidade gerencial. No entanto, deve-se</p><p>reconhecer que, durante a década de 90, houve um grande avanço legislativo na área, com a</p><p>aprovação de várias leis setoriais, como a Lei Nacional de Política de Recursos Hídricos (1997), a de</p><p>Crimes Ambientais (1998) e a da Política Nacional de Educação Ambiental (1999). A construção deste</p><p>arcabouço político-institucional que hoje, no país, funciona de maneira mais integrada e</p><p>concentrada no que tange às ações voltadas para a proteção dos recursos renováveis, não foi</p><p>decorrente, apenas, de uma ação isolada ou imposição do Estado. Diversas foram às exigências,</p><p>setores e atores que se somaram, formando uma imbricada rede de interesses e demandas, atuando</p><p>em diferentes níveis (nacional e internacional) e escalas (local, regional, nacional e planetária). No</p><p>caso da Política Ambiental, esse papel se traduz numa complexa rede de negociação com diferentes</p><p>agentes atuantes no processo.</p><p>COMO FUNCIONA A LOGÍSTICA RESERVA PARA EMPRESA ?</p><p>As empresas têm mostrado interesse em diminuir o impacto que causam com as suas embalagens,</p><p>percebendo a importância da logística reversa. O melhor caminho para isso, como explicamos mais</p><p>acima, é com a implementação de um sistema de logística reversa, que pode ser próprio (para</p><p>recuperar suas embalagens) ou coletivo (como no caso da eureciclo, que oferece a compensação</p><p>ambiental). É importante entender que esse compromisso envolve mais de um setor, como</p><p>sustentabilidade, marketing e até mesmo o comercial, que já recebe questionamentos sobre o</p><p>assunto e pode responder positivamente no caso da companhia desenvolver a LR ou, ao menos,</p><p>estar planejando. Afinal, já está claro que não basta apenas produzir e vender, é preciso se</p><p>responsabilizar por todo o ciclo de vida do produto, até o descarte e reaproveitamento. Um dos</p><p>motivos para falarmos bastante sobre esse tema por aqui é inspirar projetos. E para isso, nada</p><p>melhor que um exemplo: algo que já costuma funcionar bem é a indústria de bebidas. Há alguns</p><p>anos os fabricantes têm gerenciado, junto aos comerciantes, o retorno das garrafas de vidro usadas,</p><p>chamadas de retornáveis.</p><p>COMPENSAÇÃO AMBIENTAL</p><p>Em um país de dimensões continentais como o Brasil, um grande desafio é o de recuperar todas as</p><p>embalagens. Sendo assim, os pontos de entrega voluntária (PEVs) podem não ser o suficiente para o</p><p>atendimento à meta da PNRS! Já imaginou como é complicado recuperar uma embalagem que foi</p><p>vendida no sudeste e descartada no nordeste? Nesse contexto, alternativas são aliadas e a</p><p>compensação ambiental é uma delas. O processo retira do meio ambiente resíduo equivalente. No</p><p>caso de uma empresa que colocou no mercado uma quantia de toneladas de vidro, por exemplo, a</p><p>reciclagem será feita para o mesmo tipo de material e na mesma região, segundo o percentual</p><p>escolhido, que pode variar de 22% a 200% aqui na eureciclo. O sistema gera benefícios para a</p><p>empresa, como dar escalabilidade (ou seja, ampliar resultados), simplificar a burocracia e solucionar</p><p>efetivamente os problemas.</p><p>LOGÍSTICA REVERSA AVANÇA NO BRASIL E CONTRIBUI PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL</p><p>O consumidor pode ajudar com descarte adequado de materiais como pilhas e baterias, pneus e</p><p>óleo lubrificante. Instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos e frente importante de</p><p>atuação do Programa Lixão Zero, do Ministério do Meio Ambiente, a logística reversa tem avançado</p><p>no país. A logística reversa é o procedimento que permite ao consumidor retornar à empresa um</p><p>produto após seu consumo, de forma que o fabricante possibilite um descarte correto. Em 2020, o</p><p>Brasil bateu recorde reciclando 97,4% das latas de alumínio que entraram no mercado, segundo</p><p>dados do setor. Com o Lixão Zero, o Governo Federal também avançou na logística reversa de</p><p>baterias de carro, eletroeletrônicos, medicamentos e óleo lubrificante. O secretário de qualidade</p><p>ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França, detalhou como esse processo contribui</p><p>para a preservação do meio ambiente e destacou o papel do cidadão para ajudar na implementação</p><p>da logística reversa.</p><p>O QUE PREVÊ A LOGÍSTICA REVERSA E O QUE ELA REPRESENTA PARA A MELHORIA DA GESTÃO</p><p>AMBIENTAL E DA CORRETA DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS?</p><p>A logística reversa é um instrumento muito importante da Política Nacional de Resíduos Sólidos que</p><p>neste mês de agosto completou 11 anos. A política data de 2010 e um dos instrumentos que</p><p>precisavam ser efetivamente implementados é a logística reversa que é um sistema que permite o</p><p>retorno dos produtos e embalagens após o uso pelo consumidor. É o retorno desses materiais para o</p><p>ciclo produtivo, assim, eles podem ser reutilizados, reciclados ou ter outras formas de destinação</p><p>finais ambientalmente adequados. E tudo isso gerando emprego e renda com sustentabilidade, ao</p><p>mesmo tempo em que também evita o descarte desses materiais em locais inadequados como os</p><p>lixões e aterros controlados. Então, a logística reversa tem esse propósito.</p><p>COMO O CONSUMIDOR PODE PARTICIPAR DESSE PROCESSO?</p><p>O consumidor participa fazendo descarte adequado desse produto ou dessa embalagem. Alguns</p><p>exemplos para que o consumidor tenha mais familiaridade, estamos falando aqui das embalagens de</p><p>forma geral, das pilhas e baterias, dos pneus, também do óleo lubrificante usado ou contaminado,</p><p>embalagem desse óleo lubrificante usado ou contaminado, as lâmpadas fluorescentes, as latas de</p><p>alumínio e também os eletroeletrônicos. São exemplos de materiais que devem ser descartados em</p><p>um dos pontos de entrega voluntária. Tem mais informações sobre isso no nosso site, o</p><p>www.gov.br/mma. O descarte adequado é o primeiro passo para que esses materiais sejam</p><p>destinados de forma adequada e retornem para o ciclo produtivo .</p><p>É POSSÍVEL ESTIMAR QUANTOS PRODUTOS PODEM SER DEVOLVIDOS PELO CONSUMIDOR POR</p><p>MEIO DA LOGÍSTICA REVERSA?</p><p>Temos números bastante expressivos. Um deles é a lata de alumínio para bebidas que no ano</p><p>passado bateu recorde. Foram mais de 30 bilhões de latas recicladas no país. Também outros</p><p>números atualizados bastante expressivos, por exemplo, as</p><p>embalagens de defensivos agrícolas,</p><p>foram 45.500 toneladas recolhidas em 2019. Pilhas e baterias foram 155 toneladas recolhidas e</p><p>destinadas de forma adequada. O pneu tem duas formas de logística reversa, primeiro a própria</p><p>reutilização por meio da reforma de pneus, uma atividade importante. Só aí são sete milhões de</p><p>pneus de transporte de carga reformado, mais de cinco milhões de pneus automotivos, ou seja, mais</p><p>de 12 milhões de pneus reformados. Além daqueles que são descartados para reciclagem, em 2019</p><p>foram aproximadamente 420 mil toneladas. Outro dado importante é o do óleo lubrificante usado</p><p>ou contaminado. Foram quase 490 milhões de litros, em 2019. Um litro de óleo lubrificante usado</p><p>pode contaminar até um milhão de litros de água. Então veja a importância que é um sistema de</p><p>logística reversa, que recolhe e envia para reciclagem cerca de 490 milhões de litros em um ano.</p><p>Para citar um exemplo recente, que foi aprovado por meio de decreto pelo Presidente Jair</p><p>Bolsonaro, no ano passado, temos também a logística reversa de medicamentos vencidos. Esse</p><p>sistema começou em 2020 a ser estruturado e hoje está presente em mais de 1.800 pontos de</p><p>entrega. O cidadão pode fazer o descarte adequado do seu medicamento vencido que ele vai ter a</p><p>destinação adequada.</p><p>QUAIS SÃO OS DESAFIOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO TOTAL DA LOGÍSTICA REVERSA?</p><p>A logística reversa vem avançando nessa gestão. É prioridade do Ministério do Meio Ambiente,</p><p>tanto que três novos sistemas foram instituídos. Sobre as baterias automotivas - as baterias de</p><p>chumbo - foi instituído em agosto de 2019 o instrumento que prevê o recolhimento dessas baterias</p><p>de chumbo e envio para reciclagem. Esse sistema foi projetado para abranger 16 milhões de baterias</p><p>de chumbo por ano, o que permite uma reciclagem de mais de 155 mil toneladas de chumbo.</p><p>Chumbo esse, que se fosse descartado de forma inadequada, traria contaminação do solo e das</p><p>águas. Mas a logística reversa permite que esse material seja recolhido e enviado para unidades</p><p>especializadas, que farão a desmontagem dessa bateria e é utilizado na fabricação de novas baterias.</p><p>Então, esse é um bom exemplo da logística reversa. Você evita a poluição ao mesmo tempo em que</p><p>gera emprego e renda com a reciclagem, com a reutilização. Outro sistema criado recentemente foi</p><p>o de eletroeletrônicos, também sancionado pelo Presidente Jair Bolsonaro em 2020, que projeta a</p><p>implantação de mais de 5 mil pontos de entrega voluntária, em todo país, para o que cidadão possa</p><p>fazer o descarte adequado, desde o fone de ouvido até a geladeira, para que esse material siga para</p><p>unidade desmontagem. Dali, cada tipo de material é enviado para reciclagem ou outra forma de</p><p>destinação final adequada. Têm medicamentos que nós já citamos e dois outros sistemas foram</p><p>aprimorados: a logística reversa de óleo lubrificante usado ou contaminado e também o da logística</p><p>reversa das latas de alumínio para bebidas, que foi aperfeiçoado. Temos excelentes exemplos no</p><p>Brasil de logística reversa. Um deles é a lata de alumínio para bebidas que, no ano passado, alcançou</p><p>uma marca recorde de mais de 97% das latas recicladas. Isso totaliza um universo de mais de 30</p><p>bilhões de latas, de forma que a lata fica fora desse ciclo produtivo por apenas 60 dias, segundo</p><p>dados do setor. Esse é o tempo de uma lata voltar a ser uma nova lata no âmbito da logística</p><p>reversa. Esse resultado nos coloca a frente de países como Japão, Estados Unidos e União Europeia,</p><p>países da OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico]. Ninguém ganha do</p><p>Brasil. O Brasil é primeiro lugar disparado no que diz respeito à logística reversa da lata de alumínio e</p><p>também assume posição de destaque em outros segmentos, como a reciclagem de pneus, a</p><p>reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas, óleo lubrificante usado ou contaminado.</p><p>Também somos referência para o mundo nesses outros segmentos.</p><p>QUAIS OS OUTROS INVESTIMENTOS DO GOVERNO BRASILEIRO PARA INCENTIVAR ESSE</p><p>PROCESSO?</p><p>Tudo isso está contido no Programa Lixão Zero. Esse programa foi lançado em 2019 e abrange 12</p><p>ações estratégicas para aumentar a coleta seletiva, a reciclagem, o aproveitamento dos orgânicos</p><p>com aquela fração que não é passível de ser reciclado ou reutilizado, o reaproveitamento</p><p>energético. Alguns resultados importantes do programa, por exemplo, foi o lançamento do Sistema</p><p>Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos, o Sinir, que era aguardado desde 2010 e foi</p><p>lançado em 2019. Hoje temos as informações da gestão de resíduos informatizadas e também a</p><p>elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Para, além disso, o ministério tem desenvolvido</p><p>edital para apoiar municípios e consórcios para melhorar os seus resultados de coleta, de</p><p>reciclagem, de valorização dos orgânicos e também do aproveitamento energético sempre que você</p><p>não tiver a reciclagem disponível no local específico. Então, são várias as medidas em curso. Já são</p><p>mais de R$ 180 milhões mobilizados para apoiar municípios, consórcios, mas também permitindo</p><p>uma maior participação da iniciativa privada como, por exemplo, na logística reversa que vem</p><p>justamente dar cumprimento à Lei 12.305 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ou</p><p>seja, possibilitando que esses materiais retornem para o ciclo produtivo e atribuindo</p><p>responsabilidades aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. Mas tudo isso,</p><p>importante reforçar, só funciona se o cidadão fizer o descarte adequado do lixo, separar os</p><p>recicláveis. Muita gente pergunta, mas como é que eu vou saber o que é reciclável? No dia a dia</p><p>começa separando as embalagens que, no geral, têm indicação do que é reciclável. Começa</p><p>separando o material seco do material orgânico e dali, junto a informações que podem ser obtidas</p><p>no nosso site, o cidadão vai poder fazer o descarte adequado. As empresas também são</p><p>beneficiadas com esse tipo de reciclagem por gerar economia para elas, não é isso? Exatamente.</p><p>Muitos desses materiais que voltam para o setor produtivo, o país demanda inclusive importação. É</p><p>o caso das baterias de chumbo. Então, quando esse material retorna para o setor produtivo, isso</p><p>também estimula, na medida em que além de apresentar um impacto ambiental positivo, porque</p><p>preservam também os recursos naturais, evita o descarte inadequado e evita a poluição, isso</p><p>também representa matéria-prima voltando para o ciclo produtivo. Se a gente observar bem, o que</p><p>é o lixo? Nada mais é do que matéria-prima ou energia fora do lugar. Se o descarte for feito de</p><p>maneira adequada e isso começa com o cidadão, na sua casa, no seu local de trabalho, na rua,</p><p>evitando jogar lixo no chão, evitando jogar o lixo misturado de qualquer jeito, porque isso depois</p><p>diminui a efetividade das ações de triagem para reciclagem. Isso já faz uma grande diferença.</p><p>E TEM UMA VERTENTE QUE COMBATE O LIXO NO MAR. PODE FALAR SOBRE ISSO?</p><p>Outro programa relacionado ao Lixão Zero é o nosso plano de combate ao lixo no mar. Sabe qual o</p><p>item que mais se encontra, em geral, nas ações de limpeza das praias, dos rios e dos mangues? É</p><p>justamente a bituca de cigarro. A pessoa tende a achar que uma bituca de cigarro não vai causar</p><p>impacto porque é algo tão pequeno, mas quando a gente faz esses mutirões de limpeza é o item que</p><p>mais encontramos. Justamente porque todas aquelas pessoas acharam que aquele item pequeno</p><p>não ia fazer diferença. Mas no final faz muita diferença. Em quantidade é o item que costuma liderar</p><p>em relação ao que é retirado do meio ambiente. Então, lembrar que aquele lixo jogado perto do</p><p>bueiro invariavelmente vai parar nos rios, vai parar no mar, afeta o meio ambiente e, mais do que</p><p>isso, afeta também a qualidade de vida das pessoas. Então, essa orientação é muito importante.</p><p>Muita gente pergunta o que eu posso fazer para um meio ambiente melhor e a gente responde:</p><p>começa separando</p><p>o seu lixo, separando os recicláveis e evitando o descarte inadequado desses</p><p>materiais, que muito de positivo já vem a partir daí. É importante lembrar que 85% da nossa</p><p>população vivem nas cidades e são as cidades que acumulam os principais desafios ambientais. Cada</p><p>um fazendo a sua parte, não fica pesado para ninguém .</p><p>CONCLUSÃO</p><p>a importância do descarte adequado dos materiais oriundos do processamento radiológico tanto</p><p>para o meio ambiente quanto para a saúde da população se traduz em uma condução harmônica da</p><p>prática clínica com a preservação ambiental. observa-se uma grande preocupação dos órgãos</p><p>ambientais e sanitários em todos os níveis de governo em promover regras e assim regular a</p><p>conduta dos profissionais de saúde e das empresas geradoras de resíduos de saúde. visando com</p><p>isso à adequação das atividades geradoras de resíduos contaminantes e seu descarte correto. é</p><p>possível concluir, desta forma, que em relação ao gerenciamento dos resíduos radiológicos se faz</p><p>necessária à conscientização sobre o descarte correto do material contaminante, visando à redução</p><p>dos problemas de saúde e dos impactos ambientais.</p><p>REFERENCIAS</p><p>Bio segurança https://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material5.htm ICTQ</p><p>https://ictq.com.br/farmacia-hospitalar/1007-logistica-e-logistica-reversaem-ambiente-hospitalar</p><p>MR soluções ambientais https://mrsolucoesambientais.com.br/3-motivos-para-implementar-</p><p>alogistica-reversa-na-sua-empresa/ ELANE</p><p>https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/9624/1/Cap_Elane%20</p><p>de%20Azevedo%20Nobre%20Abreu%20.pdf Robson Fagundes- redcon</p><p>https://rdicom.com.br/blog/rdc-330/ Eu reciclo https://blog.eureciclo.com.br/importancia-logistica-</p><p>reversa/ Talita Melo Lira</p><p>https://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2015/pdfs/eixo9/reflexoessobre-a-questao-ambiental-</p><p>e-politicas-ambientais-no-brasil.pdf</p><p>https://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2015/pdfs/eixo9/reflexoessobre-a-questao-ambiental-e-politicas-ambientais-no-brasil.pdf</p><p>https://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2015/pdfs/eixo9/reflexoessobre-a-questao-ambiental-e-politicas-ambientais-no-brasil.pdf</p><p>radioativo hospitalar tem como</p><p>princípio garantir a proteção da saúde humana e do meio ambiente. Para isso são tomados todas as</p><p>precauções nas etapas de coleta, segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento, transporte,</p><p>armazenamento e descarte.</p><p>A primeira etapa no gerenciamento é a armazenagem não definitiva dos resíduos no próprio local de</p><p>geração, enquanto aguardam a disposição final. Sendo de responsabilidade do gerador a</p><p>armazenagem correta. Posteriormente, o resíduo é recolhido e armazenado de forma definitiva e</p><p>segura. O recolhimento e armazenamento desses resíduos radioativos hospitalares são de acordo</p><p>com a Lei 10.308/2001.</p><p>O descarte corretos dos resíduos hospitalares é uma atividade de responsabilidade exclusiva da</p><p>CNEN. Os resíduos radioativos são recolhidos e armazenados em depósitos existentes em unidades</p><p>técnico-científicas da CNEN. Toda vez que uma unidade hospitalar for realizar o descarte dos</p><p>resíduos radioativos hospitalares , a CNEN deve ser notificada.</p><p>a) para os resíduos não infectantes poderão ser utilizados sacos plásticos de qualquer cor, exceto</p><p>branca; b) para resíduos infectantes ou para totalidade dos resíduos gerados, quando não for segura</p><p>a separação por grupos, serão utilizados sacos plásticos de cor branco-leitosa; c) observar que o</p><p>preenchimento dos sacos alcance somente 2/3 de sua capacidade; a) Resíduos químicos: deverão</p><p>ser acondicionados em embalagens compatíveis, com a sua capacidade e com a sua natureza</p><p>química, do produto a ser contido. É indispensável rotulagem contendo: nome, simbologia (inclusive</p><p>a de risco), volume e data. É importante ressaltar, que deve manter-se um menor estoque possível</p><p>de produtos químicos e que a prática de reaproveitamento, é de grande importância para o</p><p>gerenciamento desses produtos. É importante consultar o órgão competente de controle ambiental,</p><p>antes do descarte de produtos químicos classificados como perigosos. Para os resíduos</p><p>farmacêuticos do tipo B2 (NBR 12.808 - ABNT), categoria que abrange os medicamentos vencidos,</p><p>contaminados, interditados ou não utilizados, recomenda-se a embalagem em sacos plásticos de cor</p><p>branco-leitosa e encaminhamento à coleta e tratamento, verificando-se, no entanto, a</p><p>compatibilidade entre sua natureza química e o processo de tratamento. O retorno aos laboratórios</p><p>produtores é uma possibilidade a ser levada em conta, considerando-se que alguns possuem plantas</p><p>de tratamento, para esse tipo de resíduos. b) Para rejeitos radioativos líquidos, a eliminação na rede</p><p>poderá ser feita, desde que seja observada a Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear</p><p>(CNEN) NE 6.05.</p><p>Para o descarte de excretas de pacientes submetidos à radioterapia e radiodiagnósticos é necessário</p><p>consultar as normas específicas da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Identificação - os</p><p>resíduos, após ser acondicionados, deverão ser identificados com a expressão e símbolo, específico</p><p>para cada grupo. Coleta e Transporte - é a retirada dos sacos plásticos contendo resíduos, desde o</p><p>ponto de geração até o seu armazenamento. Nessa atividade são utilizados veículos adequados e</p><p>exclusivos a esse fim. Condutas importantes a serem adotadas na coleta e transporte internos a)</p><p>Nunca despejar o conteúdo da lixeira em outro recipiente, ou seja, o saco deverá ser lacrado, ainda</p><p>dentro da lixeira, e depois de retirá-lo, observar a existência de vazamentos, caso haja, esta lixeira</p><p>deverá ser retirada deste ambiente, e ser encaminhada à sala ou abrigo de resíduo, onde será lavada</p><p>e desinfeccionada, após todos esses procedimentos colocar-se-á um novo saco plástico e ela</p><p>retornará ao seu lugar de origem. b) Em função do volume de resíduos gerados, deverão ocorrer</p><p>alguns procedimentos padronizados como: fluxos bem definidos para o seu transporte, que deverão</p><p>manter constância de horário, sentido único e fixo, evitando assim cruzamento com outros (como</p><p>roupas limpas, distribuição de alimento, visitas, administração de medicamentos etc.). c) A coleta e</p><p>transporte deverão ser realizados por equipe própria do serviço, devidamente treinada e</p><p>paramentada com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários.</p><p>d) Os procedimentos têm que ser realizados de forma a evitar o rompimento dos recipientes. No</p><p>caso de acidente ou derramamento, deve-se imediatamente realizar a limpeza e desinfecção</p><p>simultânea do local e notificar a chefia da unidade. e) Os carros de coleta interna jamais deverão ser</p><p>deixados em corredores ou áreas de acesso de público ou de pacientes. Estes carros ficarão, quando</p><p>fora da unidade, na área de lavagem / higienização, e quando dentro da unidade, permanecerão na</p><p>sala de material sujo. São especificações para os carros de coleta interna: a) Só poderão ser usados</p><p>para essa finalidade. b) Capacidade de carga compatível com o volume a ser transportado e com o</p><p>esforço ergométrico a ser desempenhado. c) Ser estanque, construídos de material liso, rígido,</p><p>lavável, impermeável de forma a não permitir vazamento de líquido, sem cantos vivos, com pontos</p><p>laterais abrindo para fora, rodas giratórias que evitem barulho e derrapagem e identificação, por</p><p>expressão e símbolo, conforme o seu conteúdo. d) O diâmetro ou o perímetro da "boca" do cesto de</p><p>acondicionamento dos sacos de lixo deverá ser compatível com uma fácil introdução dos mesmos;</p><p>Tratamento Preliminar dos Resíduos - este procedimento é realizado dentro da unidade de saúde</p><p>geradora desses resíduos. Os métodos utilizados, de acordo com as características de cada resíduo</p><p>podem ser: - Reciclagem; compostagem ou esterilização (por calor úmido ou calor seco).</p><p>Armazenamento dos Resíduos - deverão ser armazenados em abrigo destinado para essa finalidade.</p><p>A construção desse abrigo deverá seguir às normas já existentes. A lavagem e a desinfecção deverão</p><p>ser simultâneas, inclusive dos carros e demais equipamentos, ao fim de cada turno de coleta. Esta</p><p>área é indispensável, mesmo quando o estabelecimento fizer uso de containers .</p><p>TRATAMENTO DO RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE</p><p>Os resíduos dos serviços de saúde (RSS), também conhecidos como lixo hospitalar, são todos os</p><p>resíduos gerados em hospitais, clínicas, laboratórios e outros locais relacionados à saúde. Eles</p><p>representam um risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente se não forem gerenciados</p><p>corretamente .</p><p>Quais são requisitos mínimos exigidos para o tratamento de resíduos de serviços de saúde?</p><p>promover a redução da carga biológica dos resíduos, de acordo com os padrões exigidos. Ou seja,</p><p>eliminação do bacillus stearothermophilus no caso de esterilização, e do bacillus subtyllis, no caso de</p><p>desinfecção; atender aos padrões estabelecidos pelo órgão de controle ambiental do estado para</p><p>emissões dos efluentes líquidos e gasosos; descaracterizar os resíduos, no mínimo impedindo o seu</p><p>reconhecimento como lixo hospitalar; processar volumes significativos em relação aos custos de</p><p>capital e de operação do sistema . Com isso , passa a ser economicamente viável em termos da</p><p>economia local .</p><p>Os processos comerciais disponíveis são: Incineração, Pirólise, Autoclavagem, Microondas, Radiação</p><p>Ionizante, Desativação Eletrotérmica e Tratamento Químico.</p><p>A Resolução nos 05, de 5/08/93, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estatui, que</p><p>para os resíduos sólidos do grupo A (infectantes), não poderão ser dispostos no meio ambiente sem</p><p>tratamento prévio que assegure: - A eliminação das características de periculosidade do resíduo; a</p><p>preservação dos recursos naturais e o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e de saúde</p><p>pública. Tendo-se em vista que pela sua própria natureza, os resíduos sólidos, enquanto matéria</p><p>resultará sempre em um rejeito para disposição final no solo e, portanto, seja qual for o processo de</p><p>tratamento adotado, deverão ser dispostos em aterro sanitário. Este aterro deverá ser</p><p>adequadamente projetado, operado</p><p>e monitorado tanto para disposição das cinzas ou escória</p><p>provenientes de incineração, como para a carga esterilizada em autoclaves ou para os rejeitos</p><p>produzidos por outra tecnologia. Incineração - é um processo de combustão controlada, em</p><p>presença de oxigênio, resultando cinzas, resíduos que são combustíveis e gases. Esterilização - por</p><p>processos físicos, que podem ser por calor úmido (autoclave) ou calor seco (estufa).</p><p>CUIDADOS NECESSÁRIOS AO MANUSEAR OS RESÍDUOS INFECTANTES – GRUPO A</p><p>a) A manipulação destes resíduos deverá ser a mínima possível;</p><p>b) Manter os sacos contendo resíduos infectantes em local seguro, previamente a seu manejo para</p><p>descarte;</p><p>c) Nunca abrir os sacos contendo estes resíduos com vistas a inspecionar seu conteúdo;</p><p>d) Adotar procedimentos de manuseio que preservem a integridade dos sacos plásticos contendo</p><p>resíduos. No caso de rompimento com espalhamento de seu conteúdo, devem-se rever os</p><p>procedimentos de manuseio. O uso de sacos duplos, sacos mais resistentes, dispondo-os em</p><p>"containers" rígidos, mesmo que de papelão, é prática que pode ser adotada. Contactar a</p><p>administração da unidade prestadora de serviços de saúde, se houver, continuamente, problemas</p><p>com a integridade dos sacos plásticos;</p><p>e) Instituir o uso, pelo pessoal, de Equipamentos de Proteção Individual para o manuseio, o trânsito</p><p>e durante todo o tratamento dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde.</p><p>EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) QUE DEVERÃO SER UTILIZADOS</p><p>Os Equipamentos de proteção radiológica individual devem ser usados pelos operadores (técnicos</p><p>em radiologia) e pelos pacientes . Todos os envolvidos no procedimento estarão expostos à</p><p>radiação.</p><p>Os Equipamentos de proteção radiológica individual podem ser:</p><p>Aventais plumbíferos ;</p><p>Óculos de proteção radiológica ;</p><p>Protetor de gônadas ;</p><p>Protetor de tireóides ;</p><p>Luvas de proteção radiológica , entre outros .</p><p>Os visores radiológicos , conhecidos também como visores plumbíferos ou radiográficos , também</p><p>podem ser considerados equipamentos de proteção radiológica individual . Sua função é proteger o</p><p>técnico em radiologia durante a operação do equipamento. Isto porque o técnico precisa ter</p><p>visibilidade durante o procedimento, de maneira que não fique exposto diretamente à radiação</p><p>ionizante.</p><p>Disposição final dos resíduos produzidos em serviços de saúde - é o conjunto de elementos,</p><p>processos e procedimentos, que visa à disposição dos resíduos no solo e assegurando a proteção da</p><p>saúde pública e a qualidade do meio ambiente, obedecendo às normas do órgão ambiental</p><p>competente.</p><p>Os resíduos pertencentes ao grupo A (resíduos biológicos) quando tratados por processo que</p><p>conserve as suas características físicas ou não tratados, deverão ser encaminhados para disposição</p><p>final em vala séptica ou em célula especial de aterro sanitário, devidamente licenciado em órgão</p><p>ambiental competente.</p><p>Os resíduos do grupo B (natureza química), embora tratados por processo que desativem a sua</p><p>constituição tóxica e/ou perigosa, e que descaracterize a sua composição físico-química, seja por</p><p>queima ou outros processos licenciados por órgão ambiental competente, só podem ser</p><p>encaminhados para aterro sanitário de resíduos urbanos (resíduos comuns), se o seu produto final</p><p>for liberado por órgão ambiental competente. Os resíduos de serviços de saúde classificados como</p><p>do grupo D (resíduos comuns), são passíveis de reciclagem, as cinzas provenientes .</p><p>de incineradores e outros resíduos sólidos inofensivos, oriundos de processos de equipamento de</p><p>tratamento de resíduos comuns, devem ser encaminhados para aterro sanitário de resíduos urbanos</p><p>(resíduos comuns). Esse aterro, devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente.</p><p>LOGÍSTICA E LOGÍSTICA RESERVA EM AMBIENTE HOSPITALAR</p><p>A logística é essencial para o crescimento de clínicas e hospitais em qualquer mercado do mundo.</p><p>Por isso, as empresas devem efetivar seus processos logísticos baseando-se em uma visão</p><p>estratégica e buscando a garantia de resultados mais satisfatórios e o aumento da vantagem</p><p>competitiva do negócio. É muito provável que os farmacêuticos, assim como os demais profissionais</p><p>da área da saúde, já tenham tido contato com a logística hospitalar, considerada o componente mais</p><p>importante da administração de uma instituição de saúde. De forma operacional, a logística está</p><p>relacionada à administração dos recursos materiais, financeiros, humanos e informações envolvidas</p><p>nas atividades de uma organização. No contexto da administração de um hospital, trata-se de uma</p><p>dinâmica para gerenciar, de maneira estratégica e racional, as aquisições, movimentações e</p><p>armazenamentos dos aparatos médico-hospitalares. Como não poderia ser diferente, todo trabalho</p><p>deve ser feito intencionando a proteção da vida e a recuperação da saúde dos pacientes, oferecendo</p><p>um atendimento de qualidade, com baixo custo e resultado positivo à instituição. Ademais, a</p><p>logística abrange a gestão institucional, visando a assegurar a eficiência, a segurança, a qualidade,</p><p>a rastreabilidade e o bom desempenho das tecnologias aplicadas na área da saúde. A logística inclui</p><p>toda gestão hospitalar, desde o planejamento e entrada na instituição até o descarte de algum</p><p>material, tendo em vista a proteção e a segurança de todo o corpo de colaboradores, pacientes e do</p><p>meio ambiente. Já a logística reversa tem dois eixos fundamentais, o consumidor final - responsável</p><p>pelo descarte de medicamentos vencidos em pontos de coleta autorizados, e os gestores</p><p>hospitalares , que devem observar e aplicar recursos que permitam remanejar os medicamentos por</p><p>unidades, controlar rigorosamente os prazos de validades , entre outros tantos benefícios que</p><p>somam também em segurança e economia.</p><p>LOGÍSTICA FARMACÊUTICA</p><p>A logística farmacêutica é uma área essencial para a saúde e o bem-estar da população .</p><p>Consiste no transporte e distribuição de medicamentos dentro de critérios que garantam a</p><p>integridade de itens indispensáveis à saúde humana .</p><p>Porém , medicamentos demandam um cuidado muito maior a depender de suas características, por</p><p>isso essa é uma logística repleta de detalhes que devem ser considerados.</p><p>A logística farmacêutica é uma operação fundamental na indústria do setor, sendo responsável por</p><p>armazenar e distribuir medicamentos, princípios ativos e outros produtos biológicos do fornecedor</p><p>até o ponto final de venda ou consumo. Essa operação envolve diversas atividades, como o</p><p>planejamento, a implementação, o controle de informação e do fluxo de distribuição, o</p><p>gerenciamento dos custos, as etapas de armazenagem e transporte.</p><p>São procedimentos que seguem critérios rígidos, bem como boas práticas de controle de qualidade</p><p>que são estabelecidas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela Receita Federal.</p><p>Todo o processo é devidamente fiscalizado, desde a produção até a entrega na ponta final.</p><p>Por fim, seu objetivo é garantir a segurança, integridade e eficácia dos produtos farmacêuticos, bem</p><p>como atender às demandas do mercado com agilidade e eficiência.</p><p>PAPEL DO FARMACÊUTICO</p><p>Popularmente, o papel mais conhecido do farmacêutico é atribuído às rotinas da farmácia, como:</p><p>trocar o medicamento por um genérico ou similar , se essa for a vontade do paciente ; gerenciar os</p><p>documentos legais do estabelecimento; monitorar e adquirir insumos para o estoque; treinar e</p><p>capacitar os demais atendentes; separar os medicamentos.</p><p>Porém, além de poder indicar alguns medicamentos e orientar quanto ao uso, o profissional</p><p>também tem autonomia para: responsabilizar-se pela terapia do paciente, garantindo o uso seguro</p><p>e eficaz dos medicamentos; realizar consultas farmacêuticas nas quais o paciente pode expor suas</p><p>dúvidas, expectativas</p><p>e receios sobre o tratamento; acompanhar o uso de medicamentos pelo</p><p>paciente ao longo do tempo, tal como monitorar os resultados obtidos com o tratamento ;</p><p>manipular fórmulas . Além dessas atribuições, é papel do farmacêutico oferecer atendimento no</p><p>plano de atenção primária . Entre os procedimentos, ele pode aferir a pressão arterial e taxas de</p><p>glicose e gordura no sangue, dar orientações e suporte aos portadores de doenças crônicas (como</p><p>diabetes, hipertensão arterial, bronquite), entre outras coisas.</p><p>Dessa maneira, o farmacêutico deve promover, proteger e recuperar a saúde do paciente .</p><p>Inclusive, precisa atuar na prevenção de problemas de saúde. Hoje em dia, esse profissional deve se</p><p>preocupar também com a humanização do relacionamento, acompanhando o paciente de forma</p><p>completa, não focando apenas no estado de saúde atual, ou recente, da pessoa. E isso envolve</p><p>muitos âmbitos, como levar em conta as crenças, experiências, expectativas, dores, preocupações</p><p>dos pacientes e dos seus familiares , ou cuidadores. Assim , se uma pessoa demonstra ter receio de</p><p>consumir um tipo de substância, o farmacêutico deverá saber como conduzir o atendimento,</p><p>entender os motivos dessa resistência e encontrar a melhor alternativa para o paciente.</p><p>Em relação ao uso de medicamentos, o papel do farmacêutico vai além de apenas orientar sobre a</p><p>posologia e alertar a respeito das contraindicações ou efeitos adversos. Isso porque, também, deve</p><p>acompanhar o paciente, além de se responsabilizar pelos resultados. Por exemplo, o farmacêutico</p><p>pode se envolver mostrando qual o melhor horário para administrar a substância prescrita , sem</p><p>que isso interfira no dia a dia do paciente.</p><p>SOBRE HOSPITAL E ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE</p><p>Administração hospitalar é o conjunto de práticas empregadas na gestão de sistemas de saúde.</p><p>Ela engloba recursos humanos, materiais e processos, buscando qualidade no atendimento e</p><p>eficiência. Também chamada de gestão hospitalar, a administração contribui para o bom</p><p>funcionamento de todos os setores em organizações públicas ou privadas que atuem na área da</p><p>saúde .</p><p>Para administrar hospitais , clínicas, ambulatórios , consultórios e outras instituições com sucesso , é</p><p>imprescindível utilizar técnicas de gestão, considerando as particularidades do setor da saúde.</p><p>Por isso, os profissionais que respondem pelo gerenciamento dos sistemas de saúde costumam</p><p>combinar anos de experiência em unidades médicas ao aprendizado avançado sobre gestão.</p><p>A administração hospitalar funciona a partir de uma estrutura semelhante a qualquer outra</p><p>organização.</p><p>Isso envolve equipe multidisciplinar, divisão em setores, funções e responsabilidades, além do</p><p>atendimento ao cliente , neste caso, ao paciente. Mas, como citei acima, as unidades de saúde</p><p>costumam apresentar particularidades que impactam diretamente na gestão. Muitos hospitais, por</p><p>exemplo , funcionam 24 horas por dia. Isso implica na necessidade de contar com mais profissionais,</p><p>a fim de cobrir todo o horário de atendimento.</p><p>A natureza do serviço prestado também tem grande peso nas decisões da administração hospitalar,</p><p>pois a saúde não pode ser oferecida tão somente com o objetivo de obter lucro financeiro. É preciso</p><p>observar, ainda, uma série de leis que amparam pacientes em situação vulnerável, como idosos e</p><p>gestantes . Como dá para perceber, a rotina de um administrador de hospital é cheia de desafios .</p><p>O administrador de hospital é responsável por toda a rotina de gestão da unidade de saúde,</p><p>coordenando cada setor a fim de garantir o bom funcionamento da organização.</p><p>Cabe a esse profissional planejar, organizar, dirigir e coordenar as atividades, solucionar questões</p><p>administrativas, burocráticas, gerir as equipes, estoque e equipamentos.</p><p>Um dos maiores desafios do administrador hospitalar está no aumento da eficiência do serviço, sem</p><p>perder o foco na assistência ao paciente. Isso porque hospitais, clínicas e outras unidades de saúde</p><p>costumam demandar grandes investimentos em pessoal qualificado, tecnologia e materiais</p><p>específicos. Nesse sentido , uma gestão eficiente é fundamental para que o negócio consiga</p><p>sobreviver e gerar lucros.</p><p>ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL</p><p>A administração do material se inicia na aquisição correta. Primeiro se identifica corretamente o que</p><p>comprar, quando, quanto e como comprar - seleção, programação e aquisição de fato. “Na gestão é</p><p>levada em consideração também a parte financeira e, assim, avaliados produtos e serviços na</p><p>quantidade certa, qualidade com menor custo, entrega realizada corretamente. Para a aquisição ser</p><p>mais assertiva é preciso a seleção e padronização de medicamentos, observando a demanda com</p><p>todas suas particularidades. Os de uso permanente, sazonal ou em desuso, por exemplo. Podendo</p><p>ser classificadas qualitativamente ou quantitativamente”, descreve Viviane. A literatura atual mostra</p><p>que a os processos de administração de materiais se subdividem em controle de estoque;</p><p>classificação de materiais; aquisição; almoxarifado; movimentação; recebimento; cadastro; inspeção</p><p>de suprimentos e transporte de materiais. Segundo Mônica, tais processos devem garantir a</p><p>existência contínua de um estoque, organizado de modo á nunca faltar nenhum dos itens que o</p><p>compõe, sem tornar excessivo o investimento total. “Atualmente é definido como um sistema</p><p>integrado que cuida dos materiais indispensáveis ao funcionamento da organização, no tempo</p><p>oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo”, a complementa.</p><p>Os medicamentos constituem, na grande maioria dos casos, a intervenção terapêutica com maior</p><p>relação custo-efetividade, desde que prescritos e utilizados de forma racional. Por outro lado, no</p><p>que tange ao acesso a medicamentos, é latente a iniquidade entre o consumo de medicamentos e</p><p>distribuição demográfica, sendo 80% dos medicamentos consumidos por 18% da população que vive</p><p>em países desenvolvidos - América do Norte, Europa e Japão .</p><p>ETAPAS DA CADEIA</p><p>‘’ Para manter a qualidade dos produtos farmacêuticos, todas as etapas da cadeia de distribuição</p><p>devem cumprir as legislações e regulamentações. Todas as atividades de logística de produtos</p><p>farmacêuticos devem ser realizadas de acordo com os princípios das Boas Práticas de Fabricação</p><p>(BPF), Boas Práticas de Armazenagem (BPA), Boas Práticas de Distribuição (BPD) e Boas Práticas de</p><p>Transporte (BPT)”, diz Loureiro. Assim, na cadeia de serviços de saúde, a assistência farmacêutica é</p><p>um instrumento estratégico e deve ocorrer por meio de ações que tenham como alvos precípuos o</p><p>acesso, a qualidade e o uso racional, garantindo a sustentabilidade do sistema. “Como desafios, os</p><p>profissionais envolvidos nesse campo enfrentam capacitação e qualificação nos aspectos</p><p>relacionados ao desenvolvimento de atividades de natureza clínica e gerencial. Com a homologação</p><p>da Constituição Federal de 1988, suscitou-se a necessidade de implementação de políticas de saúde</p><p>que envolva atividades, bem como insumos em saúde que melhorem a qualidade de vida da</p><p>população” , destaca Loureiro .</p><p>PROCESSO LOGÍSTICO</p><p>O processo logístico na área de radiologia é de extrema importância para garantir a eficiência e a</p><p>qualidade dos serviços prestados . Eles são ;</p><p>Logística Reversa no Setor de Radiologia:</p><p>A logística reversa é um processo operacional crítico na área hospitalar. Ela se concentra na gestão</p><p>do fluxo de materiais após o consumo, incluindo a reciclagem e o descarte adequado.</p><p>No contexto da radiologia, a logística reversa envolve a coleta e o tratamento adequado das</p><p>radiografias após o uso. Essas radiografias são recolhidas em hospitais, clínicas e outras entidades de</p><p>saúde . O objetivo é garantir que as radiografias sejam recicladas de forma responsável,</p><p>minimizando o impacto ambiental e cumprindo regulamentações.</p><p>Cadeia de Suprimentos na Área de Saúde:</p><p>A cadeia de suprimentos na área de saúde abrange o planejamento, a implementação e o controle</p><p>do fluxo de processos relacionados à obtenção, distribuição e gerenciamento de materiais.</p><p>Isso inclui desde a aquisição de insumos médicos até a logística de transporte e armazenamento.</p><p>O objetivo é otimizar a disponibilidade de recursos, reduzir custos e garantir a qualidade dos serviços</p><p>de saúde .</p><p>Em resumo , a logística na radiologia desempenha um papel crucial na gestão eficiente dos</p><p>materiais, na sustentabilidade e na conformidade com regulamentações. É uma área que requer</p><p>atenção cuidadosa para garantir que os processos sejam executados de maneira eficaz e</p><p>responsável.</p><p>CADEIA DE ABASTECIMENTO E CADEIA DE SUPRIMENTO</p><p>Loureiro conta que a decisão de terceirizar parte do estoque permite que a indústria farmacêutica</p><p>aperfeiçoe o uso do espaço da planta para a produção. Essa prática vem ampliando a importância do</p><p>operador logístico, que de forma resumida possui a função de receber os produtos farmacêuticos ,</p><p>,estocá-los e, de acordo com os pedidos de faturamento, expedi-los. Esses agentes estão investindo</p><p>em modernos centros de distribuição próprios, para se dedicar às operações de um ou mais clientes.</p><p>A gestão da cadeia de suprimentos é a integração de todas as áreas envolvidas, desde a seleção dos</p><p>fornecedores da matéria-prima até a entrega do produto no cliente final. “Atualmente, um termo já</p><p>bem conhecido no mercado é Supply Chain Management, ou Gerenciamento da Cadeia de</p><p>Suprimentos. Consiste em planejar e controlar todas as atividades que estão relacionadas a compras</p><p>— aquisição e abastecimento — à produção e à logística: recebimento, armazenagem,</p><p>movimentação, transporte, previsão de demanda, entre outras. E ainda o fluxo de informações”,</p><p>acrescenta Viviane. Segundo Mônica, com a gestão da cadeia de suprimentos, a empresa atinge</p><p>maior vantagem competitiva e pode obter outros benefícios, como diferenciação no mercado,</p><p>redução de custo, aumento da eficiência, diminuição no nível de serviço, aumento da satisfação do</p><p>cliente, melhorias no atendimento e manutenção da atividade da empresa no mercado. É</p><p>importante deixar claro que a logística é uma parte especializada da cadeia de suprimentos.</p><p>Enquanto a primeira foca no transporte e no armazenamento de mercadorias, a segunda abrange</p><p>todos os aspectos de aquisição e o fornecimento de bens. “A gestão da cadeia de suprimentos é</p><p>responsável por tarefas operacionais relacionadas, de maneira direta ou indireta, ao produto. Os</p><p>processos abrangidos vãos desde a produção até a pesquisa de satisfação, enquanto que a logística é</p><p>uma das etapas da cadeia de suprimentos. Ela se refere à movimentação física de produtos e tem</p><p>como foco o prazo de entrega. Portanto, por mais que esses conceitos se diferenciem, são processos</p><p>dependentes e conectados”, explica Mônica .</p><p>PLANEJAMENTO LOGÍSTICO</p><p>Planejamento logístico consiste em desenvolver ou identificar formas diferentes de fazer, métodos,</p><p>estratégias de armazenagem, atendimento, distribuição, objetivando reduzir custos sem perder a</p><p>qualidade do serviço, além de aumentar a eficiência da operação, usando de forma racional seus</p><p>recursos, encantando e fidelizando clientes por meio do recebimento de seus produtos com rapidez,</p><p>em perfeito estado e de acordo com sua solicitação. O planejamento é feito nas três esferas:</p><p>estratégico, tático e operacional. Os planejamentos são em curto, médio e longos prazos.</p><p>GERENCIAMENTO LOGÍSTICO HOSPITALAR</p><p>A logística hospitalar é um serviço essencial para a sociedade, embora possa parecer burocrático. Ela</p><p>desempenha um papel crucial na indústria da saúde, abrangendo desde a administração de sistemas</p><p>de TI para organizar dados de pacientes até o gerenciamento de equipamentos usados em</p><p>diagnósticos .</p><p>Definição da Logística Hospitalar:</p><p>• A logística hospitalar refere-se à forma como hospitais e organizações de saúde gerenciam</p><p>recursos .</p><p>• Esses recursos incluem desde insumos médicos até equipamentos e sistemas de TI.</p><p>• As equipes de logística hospitalar são responsáveis por organizar materiais, controlar</p><p>estoques, rastrear dados e gerenciar a cadeia de suprimentos .</p><p>Funcionamento da Logística Hospitalar:</p><p>• A logística hospitalar envolve várias atividades essenciais :</p><p>• Cadeia de Abastecimento : Organização e gerenciamento dos insumos para distribuição</p><p>eficiente e ágil.</p><p>• Gerenciamento de Remessas : Certificação de que os componentes cheguem a tempo e</p><p>sejam armazenados corretamente.</p><p>• Controle de Estoque: Medição do inventário disponível.</p><p>• Preparação de Remessas de Saída: Apoio às operações e coordenação do fluxo de</p><p>pacientes.</p><p>• Programação de Turnos: Garantia de que o pessoal esteja disponível quando necessário.</p><p>Objetivos da Logística Hospitalar:</p><p>• Minimizar custos enquanto proporciona atendimento de qualidade aos pacientes.</p><p>• Garantir que os recursos estejam disponíveis quando necessários.</p><p>• Evitar desperdícios e otimizar a utilização dos insumos.</p><p>Importância da Logística Hospitalar:</p><p>• A logística hospitalar permite que as instalações médicas operem de forma produtiva.</p><p>• Ela coordena cuidadosamente necessidades tangíveis (materiais) e intangíveis (fluxo de</p><p>pacientes, programação de pessoal).</p><p>• Em tempos como a recente pandemia de COVID-19, a logística hospitalar se torna ainda</p><p>mais vital para garantir o fornecimento oportuno de suprimentos necessários.</p><p>Em resumo a logística hospitalar é fundamental para o funcionamento eficiente dos hospitais,</p><p>garantindo que os pacientes recebam o melhor atendimento possível .</p><p>O QUE É LOGÍSTICA RESERVA ?</p><p>A logística reversa é o conjunto de procedimentos e ações para recolher e dar encaminhamento pós-</p><p>venda ou pós-consumo ao setor empresarial, a fim de reaproveitar ou destinar de forma correta os</p><p>resíduos sólidos e descartes de embalagens .</p><p>Também conhecida como “logística inversa”, essa é uma área da logística que tem foco no retorno</p><p>de materiais já utilizados para o processo produtivo. Ou seja, está voltado para o reaproveitamento</p><p>ou descarte apropriado, como citado anteriormente. A PNRS estabeleceu, em seu artigo 8º,</p><p>diretrizes para que as empresas se adequem aos propósitos da lei. Entre elas, estão: A elaboração de</p><p>um plano de resíduos sólidos, que deve conter a descrição da atividade, o diagnóstico dos resíduos</p><p>sólidos gerados e administrados, ações preventivas e corretivas; Um inventário e declaração dos</p><p>resíduos produzidos no ano anterior; Um sistema de coleta seletiva, política reversa e outras</p><p>estratégias relacionadas à implementação de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida de</p><p>produtos; A colaboração financeira e técnica entre setores público e privado para o</p><p>desenvolvimento de pesquisas, métodos, ferramentas e tecnologia de gestão de resíduos,</p><p>envolvendo reciclagem e a reutilização de disposição final ambientalmente apropriada. As empresas</p><p>que empregam o modelo de logística reversa alcançam a sustentabilidade ambiental de seu negócio,</p><p>como consequência do seu cumprimento das normas. Uma vez que o descarte incorreto pode</p><p>causar danos à saúde, é importante que a cadeia de suprimentos seja capaz de operacionalizar a</p><p>devolução de produtos com a mesma eficiência que realiza a sua distribuição .</p><p>QUAIS SÃO AS ETAPAS DA LOGÍSTICAS RESERVA ?</p><p>A logística reversa pode ser dividida em três etapas principais. Durante a primeira, o consumidor</p><p>devolve o produto ou a embalagem ao distribuidor ou comerciante, dependendo do tipo de</p><p>operação realizada. A partir da segunda etapa, o comerciante remete ao fabricante (ou importador)</p><p>o produto recebido. Por fim, na terceira etapa ele é reencaminhado para que possa ser reutilizado,</p><p>reciclado, ou descartado de forma apropriada .</p><p>QUAIS OS BENEFÍCIOS DA LOGÍSTICA REVERSA?</p><p>Ainda que os custos de manutenção da logística reversa</p><p>seja mais cara, seu valor compensa por</p><p>estar associado ao desenvolvimento sustentável. O resultado é o aumento da conscientização, a</p><p>redução dos impactos negativos associados ao descarte incorreto dos resíduos e o aumento dos</p><p>lucros com a diminuição de aquisição de matéria prima. Outro benefício é a melhoria do processo</p><p>produtivo. Investindo em uma pesquisa para determinar o ciclo de vida de cada produto e seus</p><p>componentes, é possível criar diretrizes para o tratamento dos resíduos. Com isso, adapta-se a</p><p>produção e modifica-se o fluxo de distribuição. O resultado é a manutenção da cadeia em pleno</p><p>funcionamento, adotando controles rigorosos e prezando a eficiência dos custos, pensando em</p><p>resultados em longo prazo. Uma das vantagens mais interessantes da logística reversa é o fato da</p><p>melhoria da imagem empresarial em relação aos concorrentes, o que, por sua vez, impacta</p><p>diretamente no relacionamento com a sociedade. Quando uma empresa demonstra atitudes</p><p>sustentáveis, priorizando a sustentabilidade e a proteção ambiental, a construção de uma imagem</p><p>positiva junto ao público cria uma relação de parceria e confiança.</p><p>POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS</p><p>A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS (Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010) trouxe ao país</p><p>uma série de inovações para a gestão e o gerenciamento de resíduos sólidos</p><p>A Lei foi resultado de 21 anos de discussões sobre o tema no Congresso Nacional. Paralelamente, o</p><p>Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou um projeto de lei que foi encaminhado ao</p><p>executivo federal e, posteriormente, editou algumas resoluções abordando a logística reversa para</p><p>cadeias como as de pneus e as de pilhas e baterias, em 1999. Desde a década de 1990, as resoluções</p><p>Conama apontam diretrizes para a destinação ambientalmente correta dos produtos pós-consumo.</p><p>A norma trouxe o conceito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e</p><p>acolheu as resoluções Conama de quatro cadeias:</p><p>• Lei nº 9.974/2000 – que trata do destino final de resíduos e embalagens de agrotóxicos;</p><p>• Resolução Conama nº 362/2005 – sobre o recolhimento, coleta, e destinação final de óleo</p><p>lubrificante usado ou contaminado;</p><p>• Resolução Conama nº 401/2008 – que estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e</p><p>mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e</p><p>padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, que substituiu a Resolução</p><p>nº 257/1999;</p><p>• Resolução Conama nº 416/2009 – que dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental</p><p>causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, que substituiu as</p><p>Resoluções nº 258/ 1999 e nº 301/2002 .</p><p>GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS RADIOLÓGICOS DO SERVIÇO</p><p>Constitui-se em um grande desafio a ser enfrentado mundialmente as diversas atividades que geram</p><p>resíduos. Isto se dá pelo descarte inadequado de resíduos que por sua vez podem produzir danos</p><p>ambientais capazes de colocar em risco e comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida</p><p>das atuais e futuras gerações. Embora a geração de resíduos oriundos das atividades humanas faça</p><p>parte da própria história do homem, é a partir da segunda metade do século XX, com os novos</p><p>padrões de consumo da sociedade industrial, que isso vem crescendo, em ritmo superior à</p><p>capacidade de absorção pela natureza. Aliado a isso, o avanço tecnológico das últimas décadas, se,</p><p>por um lado, possibilitou conquistas surpreendentes no campo das ciências, por outro, contribuiu</p><p>para o aumento da diversidade de produtos com componentes e materiais de difícil degradação e</p><p>maior toxicidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). É o paradoxo do desenvolvimento cientifico e</p><p>tecnológico gerando conflitos com os quais se depara o homem pós-moderno diante dos graves</p><p>problemas sanitários e ambientais advindos de sua própria criatividade (MINISTÉRIO DA SAÚDE,</p><p>2006). Entre esses, situam-se aqueles criados pelo descarte inadequado de resíduos que criaram, e</p><p>ainda criam enormes passivos ambientais, colocando em risco os recursos naturais e a qualidade de</p><p>vida dos presentes e futuras gerações. A disposição inadequada desses resíduos decorrentes da ação</p><p>de agentes físicos, químicos ou biológicos, cria condições ambientais potencialmente perigosas que</p><p>modificam esses agentes e propicia sua disseminação no ambiente, o que afeta, consequentemente,</p><p>a saúde humana. São as “iatrogênicas” do progresso humano. Endodontista, Escola de Formação</p><p>Complementar do Exército. Especialista em Restauradora, Escola de Saúde do Exército. Os resíduos</p><p>do serviço odontológico quando não desprezados adequadamente constituem-se em um grande</p><p>óbice para o meio ambiente e o seu correto manejo visa à promoção de saúde para toda a</p><p>sociedade. De acordo com Carvalho e Papaiz (1999), a presença de agentes infectocontagiosos é</p><p>verificada em todas as áreas de atuação do cirurgião-dentista, incluindo os procedimentos em</p><p>radiologia odontológica. Os rejeitos gerados durante a execução da técnica e processamento</p><p>radiográfico geram contaminação quando são descartados inapropriadamente. É de fundamental</p><p>importância conhecer e fazer o uso das formas adequadas de gerenciamento e descarte dos</p><p>resíduos dos materiais contaminados, evitando gerar problemas ambientais e de saúde aos</p><p>profissionais de odontologia que manuseiam diretamente reveladores, fixadores, películas</p><p>radiográficas e lâminas de chumbo, bem como aos profissionais de limpeza, que possuem um</p><p>importante papel na etapa de acondicionamento e destinação dos resíduos para uma área de coleta</p><p>na Organização Militar, de onde serão posteriormente recolhidos por uma empresa de coleta.</p><p>Diante disso, políticas públicas têm sido discutidas e legislações elaboradas com vistas a garantir o</p><p>desenvolvimento sustentável e a preservação da saúde pública. Essas políticas fundamentam-se em</p><p>concepções abrangentes no sentido de estabelecer interfaces entre a saúde pública e as questões</p><p>ambientais.</p><p>O presente trabalho visa contribuir e apresentar soluções quanto ao manejo correto dos resíduos de</p><p>processadores de imagem utilizados nos serviços odontológicos, evitando-se a contaminação</p><p>ambiental e contaminação advinda do risco ocupacional, bem como respeitar as políticas publicas</p><p>em vigor.</p><p>METODOLOGIA</p><p>O presente estudo, quanto à natureza, caracteriza-se por ser uma pesquisa do tipo revisão</p><p>bibliográfica sobre o tema. A fim de realizar a busca a respeito do assunto analisaram-se dados</p><p>eletrônicos, por meio de sites de busca na internet. Foram utilizados os bancos de dados do Scholar</p><p>Google, do LILACS e do SCIELO, trabalho científico da Escola de Aperfeiçoamento de Oficias (ESAO),</p><p>livros e revistas da área odontológica, manuais e diretrizes do Ministério da Saúde. Estipularamse</p><p>como critério de inclusão, estudos publicados em português, legislações nacionais que façam</p><p>referência aos resíduos de saúde e ao meio ambiente, assim como artigos científicos com os</p><p>seguintes termos descritores: "resíduos de saúde”, ”radiologia", “gerenciamento de resíduos”,</p><p>“meio ambiente” e ”sustentabilidade”. Legislações revogadas, trabalhos que não deram a devida</p><p>atenção ao atual cenário de preservação ambiental e textos, os quais não se enquadravam ao</p><p>objetivo principal da pesquisa, foram excluídos. Trata-se de um tipo de pesquisa aplicada, onde o</p><p>principal objetivo é a geração de conhecimento para aplicação prática e imediata, dirigidos à solução</p><p>de problemas específicos, envolvendo interesses locais. No caso do presente estudo significa dispor</p><p>para os dentistas e também auxiliares de consultório dentário o gerenciamento adequado dos</p><p>resíduos do processamento de radiografias odontológicas para que não ocorra a contaminação de</p><p>pessoas e meio ambiente. Quanto ao limite, o presente estudo limitou-se a analisar os resíduos do</p><p>processamento radiográfico por ser um tipo de resíduo tóxico,</p><p>caracterizado por possuir metais</p><p>pesados em seu conteúdo, podendo contaminar o solo e lençóis freáticos, contaminando assim além</p><p>do meio ambiente, a população. Com relação ao alcance, o trabalho pode ser uma referência, tendo</p><p>por objetivo gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos</p><p>relacionados ao manejo adequado de resíduos de processamento radiográfico da área odontológica,</p><p>propondo a conscientização dos profissionais da área e melhorias no processo de descarte de</p><p>resíduos .</p><p>RESÍDUOS SÓLIDOS</p><p>Resíduos sólidos referem-se a materiais descartados provenientes de atividades humanas e</p><p>processos naturais, apresentando-se no estado sólido. Esses resíduos incluem uma ampla variedade</p><p>de substâncias, como plásticos, metais, papel, vidro, resíduos orgânicos e outros materiais</p><p>descartados. O gerenciamento adequado dos resíduos sólidos é crucial para mitigar impactos</p><p>ambientais negativos, como a poluição do solo, da água e do ar.</p><p>Estratégias de redução, reutilização e reciclagem são fundamentais para minimizar a quantidade de</p><p>resíduos enviados para aterros sanitários. Essa é uma das medidas para as mudanças climáticas.</p><p>RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE</p><p>Entende-se por resíduos de saúde qualquer resíduo originário de atividade de assistência humana ou</p><p>animal, clínicas odontológicas, veterinárias, farmácias, centros de pesquisa, compostos por resíduos</p><p>infectantes, resíduos comuns e resíduos especiais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Os resíduos do</p><p>serviço de saúde ganharam destaque legal no início da década de 90, quando foi aprovada a</p><p>Resolução CONAMA nº 006 de 19/09/1991 que desobrigou a incineração ou qualquer outro</p><p>tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes dos estabelecimentos de saúde e de</p><p>terminais de transporte e deu competência aos órgãos estaduais de meio ambiente para</p><p>estabelecerem normas e procedimentos ao licenciamento ambiental do sistema de coleta,</p><p>transporte, acondicionamento e disposição final dos resíduos, nos estados e municípios (MINISTÉRIO</p><p>DA SAÚDE, 2006). Posteriormente, a resolução CONAMA nº 005 de 05/08/1993, fundamentada nas</p><p>diretrizes da resolução citada anteriormente, estipula que os estabelecimentos prestadores de</p><p>serviço de saúde e terminais de transporte devem elaborar o gerenciamento de seus resíduos,</p><p>contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta,</p><p>armazenamento, transporte, tratamento e disposição final de resíduos. Esta situação levou os dois</p><p>órgãos, CONAMA E ANVISA, a buscarem a harmonização das regulamentações. A sincronização</p><p>demandou um esforço de aproximação que se constituiu em avanço na definição de regras</p><p>equânimes para o tratamento dos RSS no país. Segundo Ministério da Saúde (2006), no Brasil, a</p><p>Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente</p><p>(CONAMA) assumem o papel de orientar, definir regras e regular a conduta dos diferentes agentes,</p><p>no que se refere à geração e ao manejo dos resíduos sólidos de saúde, com o objetivo de preservar a</p><p>saúde e o meio ambiente, garantindo sustentabilidade. Entende- se como risco para o meio</p><p>ambiente a probabilidade da ocorrência de efeitos adversos ao meio ambiente, decorrentes da ação</p><p>de agentes físicos, químicos ou biológicos, causadores de condições ambientais potencialmente</p><p>perigosas que favoreçam a persistência, disseminação e modificação desses agentes no ambiente</p><p>(MINISTÉRIO DA SAÚDE 2006). Os resíduos do serviço de saúde (RSS) constituem um grande</p><p>problema para a sociedade e para o meio ambiente, e o conhecimento de seu correto manejo é</p><p>imprescindível para a formação do profissional da saúde. Atualmente, um assunto muito abordado é</p><p>a preservação do meio ambiente e, com ele, a preocupação cada vez maior em separar e reciclar o</p><p>lixo. No dia a dia, as pessoas estão se habituando a separar lixo orgânico do reciclável e, ainda, vidro,</p><p>papel, plástico e metal. Na Odontologia não é diferente. O meio ambiente é uma preocupação</p><p>constante para os dentistas e governantes, uma vez que seus resíduos e o descarte incorreto podem</p><p>não só ser prejudiciais ao meio ambiente, como também à saúde da população. Esses resíduos,</p><p>classificados como lixo hospitalar ou resíduos de serviços de saúde, podem ser altamente tóxicos e</p><p>infecciosos. Tudo isso é um desafio a ser superado pelo poder público, e o Exército deve ser incluído</p><p>neste momento, pois são diversas as atividades humanas geradoras do grande volume de resíduos</p><p>em organizações militares de saúde, principalmente nas grandes cidades, tendo como consequência</p><p>efeitos prejudiciais ao meio ambiente. Atualmente, é comum o gerenciamento inadequado dos</p><p>resíduos de serviços de saúde. Além dos lixões a céu aberto, os resíduos de serviços de saúde</p><p>também são descartados em locais como matas e nascentes, causando a contaminação do solo, da</p><p>água e do ar. De acordo com Silva e Hoppe (2005), são considerados resíduos de serviços de saúde</p><p>aqueles gerados por prestadores de assistência médica, farmacêutica, odontológica, laboratorial e</p><p>instituições de ensino e pesquisa médica. Os resíduos de serviços de saúde, segundo Ministério da</p><p>Saúde (2006): [...] são reservatórios de microrganismos de alta periculosidade. Inúmeros são os</p><p>danos decorrentes do seu mau gerenciamento, como: a contaminação do meio ambiente, a</p><p>ocorrência de acidente de trabalho que envolve profissionais de saúde, da limpeza pública e até</p><p>catadores, o que pode ocasionar uma propagação de doenças por meio de vetores, contato direto</p><p>ou indireto. Como ressalta Morais (2011), o problema não é a geração de resíduos, mas o destino</p><p>final ligado à possibilidade de tratamento deles. Fenômeno agravado pela falta de recursos</p><p>financeiros e tecnológicos para que haja o gerenciamento desses resíduos, situação apresentada,</p><p>principalmente, nos países em desenvolvimento.</p><p>RESÍDUOS DE PROCESSAMENTO RADIOLÓGICO</p><p>Os resíduos originados do processamento radiológico, que contém em sua composição resídua</p><p>química perigosa são classificados como resíduos especiais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). No</p><p>serviço odontológico, incluindo a odontologia militar, os processadores de imagens assim como os</p><p>materiais necessários para formar a imagem radiográfica são grandes fontes de resíduos poluidores,</p><p>por isso merecem atenção especial e cuidadosa quanto ao processamento do descarte após seu uso,</p><p>não podendo ser lançado simplesmente em esgotos e lixos comuns, pois podem causar impactos</p><p>severos sobre o meio ambiente. Na área da radiologia ressalta que todo procedimento produz</p><p>resíduos que podem ser prejudiciais à saúde de pacientes e aos profissionais submetidos a um</p><p>contato direto ou indireto. Dentre os resíduos de processamento radiológico gerados, os mais</p><p>importantes são: películas radiográficas, lâminas de chumbo provenientes das películas radiográficas</p><p>e soluções processadoras de filme radiográfico.</p><p>PELÍCULAS RADIOGRÁFICAS</p><p>As películas radiográficas periapicais são instrumentos utilizados nos serviços odontológicos para se</p><p>realizar radiografias intraorais, o chumbo presente na película serve como proteção contra a</p><p>radiação (OLIVEIRA, 2020). Com o descarte inconsequente e incorreto, o destino destas lâminas</p><p>termina com o chumbo em locais inapropriados, assim, o chumbo acaba penetrando no solo e</p><p>lençóis freáticos. O chumbo afeta o sistema neuromuscular, neurológico, gastrointestinal,</p><p>hematológico e renal. As pessoas acometidas pela intoxicação crônica de chumbo podem apresentar</p><p>os seguintes sintomas: fraqueza, irritabilidade, falta de coordenação, náusea, dor abdominal,</p><p>anemia, etc., sendo as crianças as mais suscetíveis aos efeitos do chumbo.</p><p>SOLUÇÕES DE PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICOS</p><p>Embora a radiografia digital venha sendo mais amplamente utilizada, o uso de filmes e</p><p>processamento radiográfico manual ainda são rotina na prática. Para</p><p>que o filme radiográfico possa</p><p>ser revelado utiliza- se solução reveladora e fixadora, que durante o processo de revelação da</p><p>película produzem efluentes que contém metais pesados em sua composição. A solução reveladora</p><p>reduz todos os íons de prata presentes nos cristais halogenados de prata expostos, em grãos de</p><p>prata metálica, e produz uma imagem latente. E as soluções fixadoras têm como principal função</p><p>dissolver e remover da emulsão os cristais halogenados de prata não revelados. Quando eliminados</p><p>de forma imprudente, poderão causar riscos ao meio ambiente e à saúde de animais e humanos por</p><p>meio da contaminação do solo e das águas. Efeitos danosos acontecem no meio ambiente devido à</p><p>bioacumulação das soluções, isto é, animais e plantas, que são contaminados, passam a ter maior</p><p>concentração de substâncias nocivas em seu organismo, tornando-se, assim, menos saudáveis ou</p><p>até mesmo perigosos quando consumidos com frequência, afirma.</p><p>No que diz respeito a resíduos gerados na radiologia, o regulamento técnico para o gerenciamento</p><p>de resíduos de saúde aprovado pela ANVISA apresenta os seguintes critérios: Para atingirem um pH</p><p>tolerável, ou seja, em torno de 7 e 9, os reveladores utilizados em radiologia passariam por um</p><p>processo de neutralização e, somente após esse procedimento, poderiam ser lançados na rede</p><p>coletora de esgoto ou em corpo receptor, sempre respeitando as diretrizes estabelecidas por órgãos</p><p>ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes. Do contrário, deve-se</p><p>reunir a solução em frascos identificados e enviá-los a uma empresa de tratamento biológico de</p><p>resíduos líquidos, devidamente licenciados por um órgão ambiental. As soluções fixadoras exauridas</p><p>ou usadas, por terem a função de fixar a imagem após a revelação, contêm toda a prata não exposta</p><p>no processo; portanto, elas devem passar por um sistema de recuperação da prata. Alguns dos</p><p>efeitos do metal sobre o homem são: distúrbios digestivos, impregnação da boca pelo metal e</p><p>argiria, uma intoxicação crônica que provoca uma coloração azulada da pele. A solução fixadora</p><p>causa irritação nos olhos e a reveladora, além dos olhos, prejudica a pele. Molina et al, (2017)</p><p>ressalta ainda que no processo de revelação radiográfica, a água resultante da lavagem também</p><p>constitui um componente do efluente que contém todos os compostos do revelador, do fixador e de</p><p>seus produtos de reação, incluindo a prata, o que também a torna carente de tratamento antes de</p><p>ser lançada na rede de esgotos .</p><p>LÂMINAS DE CHUMBO</p><p>O chumbo, na odontologia, é usado principalmente nos filmes radiográficos, como película de</p><p>proteção contra radiações. A película é descartada durante o processo de revelação, descarte este</p><p>muitas vezes incorreto e inconsequente, sendo a película simplesmente jogada em aterros ou lixões.</p><p>Assim, o chumbo penetra e se acomoda tanto no solo como em lençóis freáticos. De acordo com</p><p>Schifer et al, (2005) a intoxicação por via oral ainda é a mais comum para o chumbo. Cerca de 80%</p><p>do chumbo ingerido são oriundos de alimentos, sujeiras e poeiras contendo o metal.</p><p>Aproximadamente 60% do chumbo são absorvidos pelo corpo, provocando inúmeras alterações</p><p>bioquímicas. Esse metal afeta o sistema neuromuscular, neurológico, gastrointestinal, hematológico</p><p>e renal. As pessoas acometidas pela intoxicação crônica de chumbo podem apresentar os seguintes</p><p>sintomas: fraqueza, irritabilidade, falta de coordenação, náusea, dor abdominal, anemia etc., sendo</p><p>as crianças as mais suscetíveis aos efeitos do chumbo. Os materiais radiológicos utilizados, quando</p><p>não descartados corretamente, produzem risco ambiental e à saúde da população. Os resíduos</p><p>desses materiais, inclusive aqueles deixados nas soluções químicas utilizadas durante o</p><p>processamento radiográfico, são considerados tóxicos ao ser humano .</p><p>FORMAS DE DESCARTE</p><p>Todo órgão gerador de resíduos deve elaborar um Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços</p><p>de Saúde, baseado nas características dos resíduos produzidos e na classificação constante da RDC,</p><p>ANVISA nº 306, onde são estabelecidas as diretrizes de manejo dos resíduos do serviço de saúde</p><p>(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007). Ministério da saúde, (2006) dispõe que, de acordo com a RDC</p><p>ANVISA nº 306/04 e a Resolução CONAMA nº 358/05, os resíduos dos serviços de saúde são</p><p>classificados em função de suas características e consequentes riscos que podem acarretar ao meio</p><p>ambiente e à saúde. Tal classificação se dá em cinco grupos, sendo: GRUPO A - engloba os</p><p>componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior</p><p>virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. Exemplos: peças anatômicas,</p><p>tecidos contendo sangue, dentre outros. GRUPO B - contém substâncias químicas que podem</p><p>apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de</p><p>inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Exemplos: resíduos contendo metais</p><p>pesados. GRUPO C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham</p><p>radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da</p><p>Comissão Nacional de Energia Nuclear- CNEN, como por exemplo, serviço de radioterapia, etc.</p><p>GRUPO D - não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente,</p><p>podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Exemplos: sobras de alimentos. GRUPO E -</p><p>materiais perfuram cortantes ou escarificantes, tais como agulhas, ampolas de vidro, pontas</p><p>diamantadas, lâminas de bisturi, espátulas e similares .</p><p>ETAPAS DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE</p><p>A primeira etapa do gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde consiste na segregação ou</p><p>separação. Nesta etapa os resíduos são separados no próprio local assim que são gerados,</p><p>considerando-se suas características biológicas, químicas, físicas e o seu estado físico, além dos</p><p>riscos envolvidos. A fim de proporcionar o correto manejo dos resíduos, a identificação dos resíduos</p><p>contidos nos sacos e recipientes de coleta interna e externa deve ser facilitada pelo uso de símbolos,</p><p>cores e frases para cada grupo de resíduos. A segunda etapa do processo é o acondicionamento dos</p><p>resíduos. Deve ser realizado, de acordo com suas características, em sacos simbolizados, resistentes</p><p>à ruptura e ao vazamento, e devem ser impermeáveis; o limite de peso de cada saco deve ser</p><p>respeitado e proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Para o acondicionamento de</p><p>resíduos líquidos, os recipientes devem além de ser compostos de material compatível com a</p><p>substância a ser armazenado, ser rígidos, resistentes e estanques, providos de tampa rosqueada e</p><p>vedante. O ambiente deve ser fechado, provido de aberturas teladas para ventilação e com</p><p>dispositivo impedindo a luz solar direta. Mas caso o local do armazenamento externo seja próximo</p><p>ao de geração, essa etapa pode ser pulada. A terceira etapa do gerenciamento é a coleta e</p><p>transporte interno dos RSS, que consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local</p><p>destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo, com a finalidade de</p><p>disponibilização para a coleta. É nessa fase que o processo se torna visível para o usuário e para o</p><p>público em geral, pois os resíduos são transportados nos equipamentos de coleta (carros de coleta)</p><p>em áreas comuns. Por fim ocorre o armazenamento externo dos resíduos. Consiste no</p><p>acondicionamento dos resíduos em abrigo, em recipientes adequados, em ambiente exclusivo e com</p><p>acesso facilitado para os veículos coletores, no aguardo da realização da etapa de coleta externa.</p><p>Esse ambiente deve ser dimensionado em conformidade com o volume de resíduos gerados, sendo</p><p>compatível a capacidade de armazenamento com a periodicidade da coleta. Deve, também,</p><p>apresentar divisões, havendo, no mínimo, uma parte destinada</p><p>ao armazenamento dos resíduos do</p><p>Grupo A junto com os do Grupo E uma parte própria para resíduos do Grupo D. O abrigo deve, ainda,</p><p>proporcionar fácil acesso para os veículos coletores, além de ser seguro, evitando o acesso ao local</p><p>por animais ou pessoas não autorizadas. Feito o armazenamento externo, os próximos estágios da</p><p>gestão dos resíduos são: a coleta, o tratamento e a disposição final. Os estabelecimentos</p><p>prestadores de serviços de saúde podem contratar empresas terceirizadas para auxiliálos nessas</p><p>etapas finais. Mas a responsabilidade pelos resíduos, além de se estender às empresas, ainda</p><p>permanece com os geradores. Portanto, na contratação, deve-se assegurar o cumprimento das</p><p>legislações vigentes para realização dos serviços. A coleta externa consiste na remoção dos RRS do</p><p>abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, pela</p><p>utilização de técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a</p><p>integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente. Alguns RSS, antes da disposição</p><p>final, necessitam passar pela etapa do tratamento, que é um procedimento que, ao alterar as</p><p>características dos riscos inerentes aos resíduos, elimina ou reduz o risco de contaminação, de</p><p>acidentes ou de danos ao meio ambiente. Pode ser realizado no próprio estabelecimento gerador ou</p><p>em outro local (empresa terceirizada), sendo que os sistemas utilizados devem ser objeto de</p><p>licenciamento ambiental. O tratamento pode ser executado de várias maneiras: desinfecção térmica</p><p>realizada pela autoclavagem, microondas ou incineração, ou desinfecção química. A última etapa do</p><p>gerenciamento dos RSS consiste na disposição final dos resíduos, considerada a disposição definitiva</p><p>no solo ou em locais previamente desenvolvidos para recebêlos, sendo obrigatório eles</p><p>apresentarem licenciamento ambiental, onde critérios técnicos de construção e operação são</p><p>respeitados. No Brasil, as formas de disposição final são usualmente designadas como lixão ou</p><p>vazadouro a céu aberto, aterros controlados e aterros sanitários. Não há critérios técnicos para a</p><p>escolha e operação dessas áreas, Os resíduos são depositados diretamente sobre o solo, podendo</p><p>ocasionar sua contaminação, das águas subterrâneas e superficiais através do líquido percolado e</p><p>dos próprios resíduos. A falta de controle favorece o lançamento de resíduos de serviços de saúde</p><p>nestas áreas. O correto gerenciamento de todos os resíduos é de responsabilidade direta dos</p><p>estabelecimentos de serviços de saúde, pois eles são os geradores. Contudo, tal responsabilidade se</p><p>estende ao poder público e às empresas de coleta, tratamento e disposição final. Desde que a</p><p>ANVISA publicou, em 7 de dezembro de 2004, a RDC 306/04, esta deve ser cumprida em um prazo</p><p>máximo de 180 dias pelos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde e os novos</p><p>prestadores e aqueles que pretendam retomar suas atividades só poderão entrar em funcionamento</p><p>desde que estejam integralmente em cumprimento com as exigências da Resolução . O não</p><p>cumprimento da Resolução da ANVISA sucede pela falta de conhecimento sobre o assunto, além da</p><p>falta de infraestrutura para realizar adequadamente o gerenciamento dos resíduos de serviços de</p><p>saúde. Porém, aqueles que descumprirem as normas constantes na Resolução, estarão sujeitos a</p><p>punições de acordo com a Lei nº 6.437/1977, recebendo desde notificações a multas. E, além dessa</p><p>lei, há duas outras, a Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) e a Lei de Política Nacional do Meio</p><p>Ambiente (Lei nº 6.938/81, Artigo 3º), que responsabiliza civil, administrativa e criminalmente as</p><p>pessoas físicas e jurídicas, que sejam autoras e coautoras de atividades ou condutas lesivas ao meio</p><p>ambiente. Portanto, é obrigação das fontes geradoras de RSS adotarem tecnologias mais limpas,</p><p>empregarem métodos de recuperação e reutilização sempre que for possível, além de incentivarem</p><p>a reciclagem e destinarem adequadamente os resíduos, compreendendo etapas de transporte,</p><p>tratamento e disposição final.</p><p>RDC 330 E QUAIS MUDANÇAS ELA TRAZ PARA AS INSTITUIÇÕES RADIOLÓGICAS</p><p>A primeira etapa do gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde consiste na segregação ou</p><p>separação. Nesta etapa os resíduos são separados no próprio local assim que são gerados,</p><p>considerando-se suas características biológicas, químicas, físicas e o seu estado físico, além dos</p><p>riscos envolvidos. A fim de proporcionar o correto manejo dos resíduos, a identificação dos resíduos</p><p>contidos nos sacos e recipientes de coleta interna e externa deve ser facilitada pelo uso de símbolos,</p><p>cores e frases para cada grupo de resíduos. A segunda etapa do processo é o acondicionamento dos</p><p>resíduos. Deve ser realizado, de acordo com suas características, em sacos simbolizados, resistentes</p><p>à ruptura e ao vazamento, e devem ser impermeáveis; o limite de peso de cada saco deve ser</p><p>respeitado e proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Para o acondicionamento de</p><p>resíduos líquidos, os recipientes devem além de ser compostos de material compatível com a</p><p>substância a ser armazenado, ser rígidos, resistentes e estanques, providos de tampa rosqueada e</p><p>vedante. O ambiente deve ser fechado, provido de aberturas teladas para ventilação e com</p><p>dispositivo impedindo a luz solar direta. Mas caso o local do armazenamento externo seja próximo</p><p>ao de geração, essa etapa pode ser pulada. A terceira etapa do gerenciamento é a coleta e</p><p>transporte interno dos RSS, que consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local</p><p>destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo, com a finalidade de</p><p>disponibilização para a coleta. É nessa fase que o processo se torna visível para o usuário e para o</p><p>público em geral, pois os resíduos são transportados nos equipamentos de coleta (carros de coleta)</p><p>em áreas comuns. Por fim ocorre o armazenamento externo dos resíduos. Consiste no</p><p>acondicionamento dos resíduos em abrigo, em recipientes adequados, em ambiente exclusivo e com</p><p>acesso facilitado para os veículos coletores, no aguardo da realização da etapa de coleta externa.</p><p>Esse ambiente deve ser dimensionado em conformidade com o volume de resíduos gerados, sendo</p><p>compatível a capacidade de armazenamento com a periodicidade da coleta. Deve, também,</p><p>apresentar divisões, havendo, no mínimo, uma parte destinada ao armazenamento dos resíduos do</p><p>Grupo A junto com os do Grupo E uma parte própria para resíduos do Grupo D. O abrigo deve, ainda,</p><p>proporcionar fácil acesso para os veículos coletores, além de ser seguro, evitando o acesso ao local</p><p>por animais ou pessoas não autorizadas. Feito o armazenamento externo, os próximos estágios da</p><p>gestão dos resíduos são: a coleta, o tratamento e a disposição final. Os estabelecimentos</p><p>prestadores de serviços de saúde podem contratar empresas terceirizadas para auxiliálos nessas</p><p>etapas finais. Mas a responsabilidade pelos resíduos, além de se estender às empresas, ainda</p><p>permanece com os geradores. Portanto, na contratação, deve-se assegurar o cumprimento das</p><p>legislações vigentes para realização dos serviços. A coleta externa consiste na remoção dos RRS do</p><p>abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, pela</p><p>utilização de técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a</p><p>integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente. Alguns RSS, antes da disposição</p><p>final, necessitam passar pela etapa do tratamento, que é um procedimento que, ao alterar as</p><p>características dos riscos inerentes aos resíduos, elimina ou reduz o risco de contaminação, de</p><p>acidentes ou de danos ao meio ambiente. Pode ser realizado no próprio estabelecimento gerador ou</p><p>em outro local (empresa terceirizada), sendo que os sistemas utilizados devem ser objeto de</p><p>licenciamento ambiental. O tratamento pode ser executado de várias maneiras:</p>

Mais conteúdos dessa disciplina