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<p>Sedação e Anestesia Geral</p><p>SEDAÇÃO</p><p>Útil em situações variadas, como: diminuir</p><p>ansiedade, aumentar conforto e</p><p>cooperação.</p><p>Indicações comuns:</p><p>➔ Exames diagnósticos e</p><p>procedimentos terapêuticos →</p><p>associação com anestesia local ou</p><p>tópica;</p><p>➔ UTI;</p><p>➔ Medicina paliativa.</p><p>Fármacos comumente utilizados:</p><p>midazolam, propofol, dexmedetomidina,</p><p>cetamina (aumenta secreção de saliva),</p><p>etc.</p><p>→ O QUE É HIPNÓTICO PURO E</p><p>HIPNOANALGÉSICO?</p><p>Midazolam não é analgésico → hipnótico</p><p>puro, como todos os benzodiazepínicos.</p><p>Sedação mínima (sedação consciente):</p><p>resposta normal. Respiram</p><p>espontaneamente.</p><p>Sedação moderada: a pessoa “dorme”,</p><p>mas ao chamar ela, ela responde</p><p>Sedação profunda “deep”: usada em caso</p><p>de endoscopia.</p><p>→ Altera a quantidade de fármaco</p><p>utilizado.</p><p>Anestesia geral: não é sedação. Paciente</p><p>não acorda com estímulos dolorosos</p><p>intensos. Precisa de IOT.</p><p>→ Cirurgias cardíacas/ de trauma: não dar</p><p>anestesia local, para o paciente não parar.</p><p>Escala para classificar os pacientes</p><p>sedados e agitados → RASS.</p><p>Pacientes com RASS de 2 a 4 não estão</p><p>sedados o suficiente e devem ser</p><p>avaliados quanto à dor, ansiedade ou</p><p>delirium. A etiologia subjacente da</p><p>agitação deve ser investigada e tratada</p><p>adequadamente para atingir um RASS de</p><p>-2 a 0.</p><p>Pacientes com RASS de -2 para 1 são</p><p>adequadamente sedados.</p><p>Pacientes com RASS ≤-3 devem ter sua</p><p>sedação diminuída ou modificada para</p><p>atingir RASS de -2 a 0.</p><p>ANESTESIA GERAL</p><p>Única contra indicação: paciente que não</p><p>está em jejum.</p><p>Estado farmacologicamente induzido e</p><p>reversível que tem como componentes a</p><p>hipnose, analgesia (e abolição de outras</p><p>sensações), relaxamento muscular e</p><p>bloqueio dos reflexos autonômicos.</p><p>Anestesia geral tem esses 3 estágios.</p><p>1</p><p>Sedação e Anestesia Geral</p><p>Éter: primeiro anestésico inalatório que</p><p>existiu.</p><p>Exemplo de anestesia combinada: 1</p><p>anestesia para intraoperatório e 1</p><p>bloqueio para pós operatório.</p><p>Indução: momento que intuba.</p><p>Mais comum N2O e menos xenônio (caro)</p><p>fentanil opioide mais usado.</p><p>Midazolam é o benzodiazepínico mais</p><p>usado.</p><p>Cetamina causa alucinações, não é usada</p><p>mais no BR e sim cetamina-s com</p><p>menores efeitos adversos.</p><p>MPA: medicamento pré anestésico</p><p>(melhorar a qualidade da anestesia).</p><p>Bomba de infusão (propofol) → hipnóticos</p><p>venosos. Bolus inicial (dose inicial) → liga</p><p>o aparelho para infundir direto. Indicado</p><p>para cirurgias longas (7-8h).</p><p>Vecurônio → bolus intermitentemente →</p><p>gera picos e vales → há momentos que</p><p>se dá dose maior e menor.</p><p>Vaporizador → infusão contínua com</p><p>agente inalatório (desflurano).</p><p>Antiemético: se faz próximo ao término da</p><p>cirurgia em casos de cirurgias longas,</p><p>como de 5 horas. Quando a cirurgia for</p><p>curta, se faz antes da IOT.</p><p>Anestésicos voláteis:</p><p>Sevoflurano - Isoflurano - Desflurano</p><p>Depressões do SNC devido a ação em</p><p>canais iônicos e outros sítios específicos.</p><p>CAM (concentração alveolar mínima): é a</p><p>CA capaz de inibir a resposta ao estímulo</p><p>doloroso padrão em 50% doentes.</p><p>Menor a CAM Maior potência</p><p>CAM é afetada por idade, temperatura</p><p>corporal e associação de anestésicos</p><p>Halotano: é potente, porém causa</p><p>arritmias (cheiro agradável adocicado</p><p>para criança)</p><p>Anestésico inalatório é bom e barato.</p><p>Por Difusão passiva o anestésico</p><p>inalatório passa do alvéolo para o sangue</p><p>e dele para SNC (atravessa BHE) até que</p><p>[AL] = [sangue] = [SNC] entra em</p><p>equilíbrio.</p><p>Gases:</p><p>- Oxigênio medicinal;</p><p>- Óxido nitroso: mais antigo</p><p>anestésico em uso. É um gás</p><p>hilariante (gás do riso);</p><p>- Xenônio: gás nobre;</p><p>Recuperação:</p><p>1. Interrupção da administração de</p><p>anestésicos;</p><p>2. Uso de antagonistas (avaliar a</p><p>necessidade);</p><p>- Naloxone;</p><p>- Flumazenil;</p><p>- Atropina + neostigmina</p><p>(sugammadex-rocurônio).</p><p>3. Despertar;</p><p>4. Desintubação (ou extubação).</p><p>Encaminhamento → RPA ou UTI.</p><p>SRPA: sala de recuperação pós</p><p>anestésica.</p><p>UTI: não extubar traumas na sala de</p><p>cirurgia diretamente.</p><p>2</p><p>Sedação e Anestesia Geral</p><p>Da recuperação até a alta:</p><p>responsabilidade do anestesista.</p><p>Art. 6º Após a anestesia, o paciente</p><p>deverá ser removido para a sala de</p><p>recuperação pós-anestésica (SRPA) ou</p><p>para o Centro de Terapia Intensiva (CTI),</p><p>conforme o caso, sendo necessário um</p><p>médico responsável para cada um dos</p><p>setores (a presença de médico</p><p>anestesista na SRPA).</p><p>Art. 7º Nos casos em que o paciente for</p><p>encaminhado para a SRPA, o médico</p><p>anestesista responsável pelo</p><p>procedimento anestésico deverá</p><p>acompanhar o transporte.</p><p>§1º. Existindo médico plantonista</p><p>responsável pelo atendimento dos</p><p>pacientes em recuperação na SRPA, o</p><p>médico anestesista responsável pelo</p><p>procedimento anestésico transferirá ao</p><p>plantonista a responsabilidade pelo</p><p>atendimento e a continuidade dos</p><p>cuidados até a plena recuperação</p><p>anestésica do paciente</p><p>§2º. Não existindo médico plantonista na</p><p>SRPA, caberá ao médico anestesista</p><p>responsável pelo procedimento</p><p>anestésico o pronto atendimento ao</p><p>paciente.</p><p>§5º. A alta da SRPA é de</p><p>responsabilidade exclusiva de um médico</p><p>anestesista ou do plantonista da SRPA.</p><p>§6º. Na SRPA, desde a admissão até o</p><p>momento da alta, os pacientes</p><p>permanecerão monitorizados e avaliados</p><p>clinicamente</p><p>ANEXO IV</p><p>a) quanto à circulação incluindo aferição</p><p>da pressão arterial e dos batimentos</p><p>cardíacos e determinação contínua do</p><p>ritmo cardíaco por meio da cardioscopia;</p><p>b) à respiração, incluindo determinação</p><p>contínua da saturação periférica da</p><p>hemoglobina;</p><p>c) ao estado de consciência;</p><p>d) à intensidade da dor;</p><p>e) ao movimento de membros inferiores e</p><p>superiores pós-anestesia regional;</p><p>f) ao controle da temperatura corporal e</p><p>dos meios para assegurar a normotermia;</p><p>e</p><p>g) ao controle de náuseas e vômitos.</p><p>Recuperação pós anestesia:</p><p>Sala de recuperação pós anestésica:</p><p>- Preparada para cuidados</p><p>intensivos: monitores individuais,</p><p>material, fármacos variados,</p><p>equipe.</p><p>Não é UTI e nem sala de indução</p><p>anestésica.</p><p>→ De remédios à carrinhos de parada,</p><p>tudo preparado para qualquer</p><p>necessidade de suporte básico de vida a</p><p>qualquer momento.</p><p>- SRPA não é lugar de induzir</p><p>anestesia!</p><p>Alguns locais existem os anestesistas</p><p>responsáveis pela sala de recuperação</p><p>pós-anestésica e DEVEM acompanhar</p><p>ATÉ A ALTA.</p><p>Complicações pós anestesia:</p><p>→ Características do doente, como grupo</p><p>etário, sexo e comorbidade;</p><p>→ Tipo de anestesia, como geral,</p><p>bloqueio de plexo e raquidiana;</p><p>→ Agentes anestésicos utilizados:</p><p>halogenados e succinilcolina →</p><p>hipertermia maligna;</p><p>→ Cirurgia realizada: cirurgia aberta e</p><p>videolaparoscópica.</p><p>Hipertermia maligna (raro, porém letal e</p><p>salva vidas se tratado no começo):</p><p>síndrome metabólica após exposição a</p><p>um gatilho ocorre aumento de temp,</p><p>aumento de CO2 e rigidez muscular.</p><p>Gatilhos comuns halogenados,</p><p>succinilcolina. Reversão da síndrome com</p><p>dantroleno sódico.</p><p>3</p><p>Sedação e Anestesia Geral</p><p>➔ Hipóxia:</p><p>SatO2</p><p>- Demora na recuperação</p><p>consciência: cirurgias prolongadas,</p><p>pacientes obesos.</p><p>Em todos os grupos etários = demora</p><p>recuperação da consciência! cirurgia</p><p>longa! paciente obeso (a gordura é um</p><p>bioacumulador depósito do fármaco em</p><p>uma cirurgia longa. Após a cirurgia ele</p><p>deveria reduzir na corrente sanguínea,</p><p>porém por conta desse acúmulo na</p><p>gordura isso é difícil de acontecer volta</p><p>para sangue… gera complicações).</p><p>➔ Miscelânea:</p><p>Bloqueio neuromuscular residual.</p><p>Hipotermia; hipoglicemia; cetoacidose;</p><p>distúrbios hidroeletrolíticos; dor;</p><p>hipertermia maligna; rigidez muscular;</p><p>aumento de temperatura e do</p><p>metabolismo (ETCO2).</p><p>Há bloqueio neuromuscular residual? ver</p><p>se há perda de força (pede para paciente</p><p>abrir o olho), pedir para ele protrair a</p><p>língua, elevar a cabeça e sustentar 10seg.</p><p>- hoje o aparelho vê isso.</p><p>Opioide residual? ver frequência</p><p>respiratória e IRPM (incursões</p><p>respiratórias por minuto)! O opióide causa</p><p>queda de FR.</p><p>Hipnótico residual? RASS (escala).</p><p>Hipotermia: TREMOR, Desconforto ao</p><p>paciente.</p><p>➔ Complicações bloqueios neuro</p><p>eixos:</p><p>1. Cefaleia pós punção:</p><p>incapacitante, piora sentado e é</p><p>autolimitada;</p><p>Hipotensão liquórica - cefaleia</p><p>holocraniana e incapacitante (pós</p><p>anestesia raqui, coleta de líquor). Piora</p><p>sentado, autolimitada 7 a 10 dias (ruim</p><p>para mulheres no puerpério pós-parto).</p><p>4</p><p>Sedação e Anestesia Geral</p><p>2. Aracnoidite adesiva: complicação</p><p>tardia (perda de força e</p><p>sensibilidade em MMII);</p><p>Complicações tardia de inflamação da</p><p>aracnóide pode ocorrer após dias da</p><p>anestesia (causas: injeção de algo</p><p>inadvertido administrado na raqui, pode</p><p>ocorrer por alguma substância usada</p><p>errado).</p><p>3. Sd da cauda equina: queixas</p><p>perineais e/ou MMII (dores e</p><p>parestesias; disfunção vesical e</p><p>retal;</p><p>4. Hematoma espinhal (raro). Apenas</p><p>neurocirurgião resolve.</p><p>→ CUIDADOS NO USO de antiagregante,</p><p>anticoagulante - na punção do LCR -</p><p>hematoma espinhal.</p><p>CASO CLÍNICO</p><p>PEZ, 41 anos, masculino, asmático</p><p>(atualmente fora de tratamento há dois</p><p>anos), sofre atropelamento em via</p><p>pública. É trazido pelo SAMU ao</p><p>pronto-socorro central. Seus ferimentos</p><p>foram principalmente em face, havendo</p><p>escoriações, lacerações e equimoses; há</p><p>laceração em pálpebra superior direita</p><p>que a equipe da oftalmologia ainda não</p><p>excluiu trauma em córnea. O doente é</p><p>levado a tomografia e apresenta agitação</p><p>(por todo o ocorrido e também pela</p><p>presença de dor); sugira um esquema de</p><p>sedação e outros cuidados para este</p><p>caso.</p><p>Pressão arterial= 145x95 mmHg pulso=</p><p>150 bpm FR= 16 inc/min.</p><p>→ Desprezando as regras do ATLS. O</p><p>paciente pode estar com dor, portanto</p><p>pode-se fazer administração de alfentanil/</p><p>propofol/ medazolan (para IOT).</p><p>Cetamina: aumenta a produção de</p><p>secreção.</p><p>Atropina: controla a quantidade de</p><p>secreção, mas não daria certo, pois a FC</p><p>do paciente já está alta.</p><p>Lembrar que o paciente que sofre</p><p>acidente geralmente não está em jejum</p><p>→ broncoaspiração.</p><p>Bloqueador neuromuscular: bloqueia a m.</p><p>lisa, portanto em pacientes que não estão</p><p>em jejum, não é indicado.</p><p>→ Fazer acesso venoso e MOV</p><p>(monitorização).</p><p>5</p>

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