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Apostila de Anestesiologia 
Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Theury Reis Olegário – Discente em Medicina Veterinária 
Coronel Fabriciano, 2021 
 
Anestesiologia Veterinária é a ciência que estuda e visa promover o estado de ausência de dor e sensações 
durante procedimentos cirúrgicos, entre outros. As técnicas permitem imobilização, tranquilização, analgesia, e 
relaxamento muscular em pacientes submetidos a procedimentos invasivos e dolorosos. 
Tranquilização: redução da ansiedade, 
relaxamento. 
Sedação: deprime o SNC, associada a sonolência. 
Hipnose: sono artificial x Narcose: sono profundo 
(perda ou não) 
Catalepsia: rigidez maleável, não responde a 
estímulos. 
Analgesia: ausência de estimulo doloroso. 
Neuroleptoanalgesia: hipnose + analgesia = 
sedativo 
Anestesia: perda de sensação, podendo ser geral, 
local ou regional. 
Anestesia balanceada: utiliza de vários fármacos 
visando planos individuais no estado anestésico. 
Anestesia dissociativa: fármacos que promovem 
dissociação dos sistemas tálamocortical e límbico, 
promovendo estado de catalepsia. 
Dor: experiencia sensorial ou emocional, 
associada a lesão tecidual. 
Nocicepcao: sinais que chegam ao SNC resultante 
da ativação de receptores sensoriais chamados 
nociceptores.
 
De forma geral, a anestesia é dividida em 5 planos iniciais:
Imobilização 
Perda da consciência 
Insensibilidade 
Relaxamento muscular 
Analgesia 
Avaliação 
MPA 
Indução da anestesia 
Manutenção da anestesia 
Recuperação do paciente
MPA: objetiva promover a tranquilização do animal, reduzir desconforto e ajuda a reduzir o estresse para uma 
indução segura, evita picos de catecolaminas e depressão acentuada do SNC ou complicações na indução. A 
MPA auxilia a potencializar a ação dos anestésicos, diminuindo a dose dos mesmos e pode coibir o estágio 2 da 
anestesia, que promove excitação, tosse e êmese. A indução e recuperação suave também é um objetivo de uma 
MPA. 
Indução: é a fase em que o paciente irá receber os primeiros fármacos para a cirurgia. Visa o alcance do plano 
anestésico no qual ocorre a perda dos reflexos laringotraqueais e tônus mandibular, onde é possível intubar o 
paciente para início do procedimento. 
Manutenção: no início dessa fase, as drogas usadas na indução, que tem curtam duração, começam a perder o 
efeito, e o anestesista busca manter a concentração de fármacos de forma eficiente e controlada dos anestésicos, 
seja IV ou inalatória. Nesta fase é importante se atentar a subdoses e anestesia demasiadamente profunda. 
Recuperação: ao se aproximar do fim da cirurgia, o anestesista começa a reduzir o uso dos anestésicos para 
que o paciente acorde logo após a finalização de forma rápida e tranquila. 
Requisitos para o anestesista: Conhecer os fármacos, período de latência, tempo de ação, efeitos no sistema 
card, resp e renal. Medicações seguras em casos de emergência. Conhecer o estado geral do paciente e o tipo 
de cirurgia >>>>>>>>>> PLANEJAMENTO ANESTÉSICO! 
 
 
Antes da anestesia, é necessário classificar o paciente em categorias de risco de acordo com o estado em que 
se encontra, na classificação do ASA (American Society of Anesthesiology), observado na tabela 1. 
 
 
PREPARO DO PACIENTE 
Inicia-se com a anamnese, exame físico e exames complementares de acordo com o ASA. Após o diagnóstico, 
avaliação dos exames complementares e preparo do paciente. 
ASA I e II Hemograma completo; Função renal (ureia e creatinina); Glicemia (para neonatos). 
 
Hemograma completo, função renal (ureia e creatinina), função hepática (AST, ALT, FA), 
e ecocardiograma (ECG) para animais adultos. 
ASA III e 
IV 
Hemograma completo; Função renal (ureia e creatinina); Função hepática (AST, ALT, FA); 
Glicemia e Lactato, Ecocardiograma (ECG) 
 
Deve-se classificar o tipo de intervenção pré-anestésica, duração e estabelecer o jejum. 
Cães: casos de estresse são menos recorrentes. Em cães agressivos, administra-se tranquilizante para facilitar 
imobilização. Acepromazina ou Clorpromazina. 
Gatos: estresse elevado, sendo necessário a prática Cat friendly, mínimo de pessoas no consultório e ambiente 
silencioso e calmo. Não tranquilizar animais estressados. Deixar o animal transitar no consultório. 
 
EQ, RU, SU: contenção física inicial. 
Neonatos: não possuem o sistema termorregulatório totalmente desenvolvido, nesse período inicial usam a mãe 
como fonte principal de calor, estando propensos a hipotermia quando submetidos a procedimentos anestésicos. 
 
*Dispor de aquecimento artificial. Hipoglicemia também pode acontecer devido ao metabolismo hepático estar 
em desenvolvimento e possuírem baixa reserva de glicogênio. 
Geriatras: podem ser portadores de cardiopatias e nefropatias, principalmente. A anamnese fornece boas 
informações, como tosse, dispneia, diabetes, convulsão. Importante solicitar exames de rotina. Min ASA III. 
Silvestres e exóticos: a contenção adequada é o primeiro passo para uma boa anestesia. São pacientes que 
possuem o estresse em níveis elevados, metabolismo acelerado, temperaturas oscilam entre as espécies. 
Necessário conhecimento das particularidades anatômicas e fisiológicas. Grãos na luva > temp>UTA 
Obs: os óbitos em anestesia ocorrem com maior frequência no pós-operatório. 
 
TRANQUILIZANTES 
i. Fenotiazínicos 
Nota: São classificados como antipsicóticos e neurolépticos e promovem tranqüilização leve sem que ocorra 
desligamento do paciente com o meio, promovem pouco ou nenhum efeito analgésico, mas podem potencializar 
as propriedades analgésicas de outros fármacos. 
Acepromazina: indicada para cães, gatos, equinos e bovinos; possui alta potência e ação antiemética e anti-
histamínica. Não deve ser utilizada em intoxicação por organofosforados para diminuir a excitação e nem em 
animais braquicefálicos. Latência: IM 10 – 15min Cães: 0,02 – 0,05mg/kg Gatos: 0,05mg/kg Ação: 2-
10h 
Clorpromazina: média potência; utilizado na medicina humana; não usar em gatos. Pode ser utilizada em 
braquicefálicos. Cães: 1,1mg/kg 
Levomepromazina: baixa potência; utilizada na medicina humana; elimina o estresse e é boa para utilizar em 
viagens. 
ii. Benzodiazepínicos 
Nota: Constituem o grupo de psicotrópicos mais comumente utilizados na prática clínica devido as suas quatro 
atividades principais: ansiolítica, hipnótica, anticonvulsivante e relaxante muscular 
 
Diazepam: oleoso, não sendo solúvel em água; maior período de latência (IV até 30 segundos). Utilizar na 
ausência de Midalozam; ótimo tranquilizante; usar em epilepsia, MPA, convulsões. Não utilizar em PIO e 
miastenia gravis. Queda do respiratório, e adm intra-retal promove absorção mais rápida. Cães e gatos: 0,1 – 
5mg/kg 
Midazolam: relaxante muscular de eleição; menor período de latência, diminui a pressão arterial, pode causar 
excitação. Anticonvulsivante e não promove analgesia. Associado com Cetamina (3mg/kg) 0,3 – 0,6 mg/kg/h 
 
 
 
 
SEDATIVOS 
Medicamentos que exercem efeitos hipnóticos e que envolvem uma depressão mais profunda do sistema 
nervoso central (SNC). 
i. Agonistas alfa2 adrenérgicos (não usar em cardiopatia) 
Xilazina: baixo custo; aplicar vasopressor antes; não usar em equinos. Promove rápida sedação IM e IV. 
Bradicardia considerável. IM de 5-10min; IV até 30seg; Duração no máx 2h Cães e gatos: 0,2 – 0,5mg/kg 
Dexmedetomidina: alto custo, dose 1000x > Xilazina. Promove bradicardia no transoperatório (até 1 
movimento respiratório por min). Fármaco seguro, polímero que não promove efeitos adversos. IM de 5-10 min 
IV até 30seg. Duração de no máx 2 horas. Cães e gatos: 0,001-0,005mg/kg 
Detomidina: mais potente que a Xilazina; usada em equinos. Equinos: 20-40 ug/kg 
iii. Haloperidóis 
 Azaperone: utilizado em suínos. Su: 1ml para cada 20kg. 
 
ANALGÉSICOSAnalgésico é um grupo diversificado de medicamentos que diminuem ou interrompem as vias de transmissão 
nervosa, reduzindo a percepção de dor. 
i. Opióides 
Petidina: baixa potência, recomendado para procedimentos não invasivos como orquiectomia e tartarectomia. 
2h de ação; provoca efeito anti-histamínico em alguns cães; associar a um anti-histamínico ex acepran, analgesia 
leve a moderada, indicada em espasmos musculares. Não utilizar em picada de escorpião. Cães e gatos: 2-
4mg/kg 
Tramadol: analgesia leve a moderada; 10x mais fraco que morfina; baixa potência; utilizada em pós-operatório. 
Não utilizar em IR, convulsão e prenhez. Não causa efeito em 40% dos cães, usar somente em gatos. Duração 
de 4-8h; IM de 5 a 10 min; IV até 30seg Gatos: 2-4mg/kg 
Morfina: 10x mais potente que os anteriores; recomendada em casos de fraturas, promove analgesia moderada 
a aguda; dor aguda ou crônica; analgesia de 2 a 6h de ação; causa náusea (emética); não utilizar em picada de 
escorpião, cautela em lactantes e pediátricos. IM de 5 a 10 min; IV até 30seg 
Metadona: 10x mais potente que os anteriores; dor aguda ou crônica; similar a morfina, porém não causa 
náusea; promove analgesia moderada a aguda; 2 a 6h de ação; retém urina. IM de 5 a 10min; IV até 30seg 
Cães: 0,3 – 0,5mg/kg podendo chegar até 1mg. Gatos: 0,2 – 0,3mg/kg. 
Butorfanol: analgésico e narcótico. 4x mais potente que a morfina e a metadona. Indicado para cirurgia em 
órgãos internos e dor pós-parto. Alto custo, porem a dose utilizada é baixa, em outras alternativas > metadona. 
Efeito prolongado em raças como collie, pastor australiano e shetland. Potencializa o efeito da Cetamina. IM 
de 5 a 10 min; IV até 30seg; duração de até 1 hora. Cães: 0,2 - 0,4 mg/kg Gatos: 0,1 – 0,4mg/kg 
Fentanil: alta potência, curta duração 20-30min. Dose cães e gatos: 1,0 a 5,0 ucg/kg. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_central
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_central
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) 
Os Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINES) constituem uma das classes de fármacos mais difundidas em 
todo mundo, utilizados no tratamento da dor aguda e crônica decorrente de processo inflamatório. 
Carprofeno: alívio de dor e inflamação; não utilizar em gatos, gestantes e lactantes; efeitos adversos incluem 
vômitos. 
Meloxicam: baixo efeito analgésico; analgesia ocorre a partir de 48h; alívio de inflamação, dor e febre; não 
usar em renais, cardíacos e gestantes. 
Dipirona: alívio de dor, inflamação e anti-pirético. Utilizado como adjuvante no pós. 
 
ANESTÉSICO LOCAL 
Anestesia local corresponde ao bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das sensações 
sem alteração do nível de consciência. 
Lidocaína: sem vasoconstritor. 10- 20 min período de latência. 1 a 2h de ação. 
Bupivacaína: 15-30 min período de latência. 4h de ação. 3x mais cara. Cães e gatos: 2mg/kg a dose máx. 
 
ANESTESIA INTRAVENOSA 
Tem como objetivo a indução para intubação e hipnose; manutenção para estabilizar a hemodinâmica; analgesia 
adequada; relaxamento muscular. Erros durante o levantamento de informações do paciente e durante a indução 
podem resultar em convulsões, contração labial rítmica e tremores oculares. 
i. Barbitúricos 
Tiopental: anestésico geral; curta duração (10-20 minutos); promove hipnose. Usado na indução de felinos 
(intraperitoneal); MPA reduz a dose pela metade; queda de PA e temp; anticonvulsivante. Se acumula no 
organismo. Contraindicação: nefropatas e cesarianas. Quando diluído permanece estável por 1 semana. 
Cães: 2,5% utilizar a dose de 7 a 12,5mg/kg Gatos: 1,25% utilizar a dose de 5mg/kg. 
Pentobarbital: utilizado para grandes animais. Sedativo, hipnótico e anestésico, utilizado para eutanásia. 
Fenobarbital: anticonvulsivante (gadernal); efeito sedativo pronunciado 
ii. Alqui-fenol 
Propofol: sedativo mais utilizado, hipnótico, curta duração, desprovido de ação analgésica. Utilizado na 
indução e manutenção. Usado em forma de bolus devido a sua farmacocinética, não se acumula, ao contrário 
do tiopental. Não utilizar em hipotensos. Aplicar a dose recomendada em 2 minutos. Em felinos o tempo de 
ação varia de 1,5 a 50 min. Pode ocorrer apneia por indução. Monitorar reflexos e tônus muscular. Dose 
cães e gatos: 1 a 5mg/kg COM MPA e 6 a 8 mg/kg SEM MPA 
 
 
 
iii. Composto imidazólico 
Etomidato: único indutor que não causa alteração cardíaca; curta duração; necessita de relaxante muscular na 
MPA; maior estabilidade vascular em cardiopatas; idosos e cesárea, não utilizar em insuficiência adrenal. 
Cães e gatos: 0,5-2mg/kg 
iv. Fenicilinas 
Cetamina racêmica: efeitos anestésicos e também adversos, possui longa duração. Baixo limiar de suprimir a 
dor. 
Cetamina S+ ou Dextrocetamina (humano): efeitos anestésicos e não adversos, mais seguro. 4x mais cara, 
porém utiliza-se metade da dose, longa ação. Cães e gatos: 4-10mg/kg. 
ANESTESIA INALATÓRIA 
Técnica de introdução de um agente anestésico por via respiratória através de vaporização. Após a absorção 
pelo pulmão, o agente alcança a corrente sanguínea e chega até o sistema nervoso central, local em que produz 
o efeito desejado. 
i. Não halogenados 
Óxido nitroso (1846): gás hilariante, contraindicado em cirurgia de órgãos ocos, caiu em desuso, anestésico 
fraco, seguro quando associado ao isofluorano; já vem na forma gasosa. Biotransformação em 0,004% = leve. 
ii. Halogenados 
Halotano (1956): potente, mais econômico (não vaporiza tanto), causa irritação, caiu em desuso e ficou mais 
caro, biotransformação de 10 a 20% > ficar no paciente. 
Isofluorano: Seguro, mais utilizado, biotransformação em 0,2%, 250ml = 320,00. Irrita as mucosas e possui 
odor característico. 
Sevofluorano: 2x mais caro que o Iso, porém possuem a mesma margem de segurança, e biotransformação em 
3%. 250ml = 700,00. Odor menos evidente, ação antihistamínica sendo melhor para indução, e recuperação 
rápida – usar em cesarianas. Cães: 0,5 – 1 mg/kg Gatos: 0,05 – 0,1mg/kg 
 
MIORRELAXANTES 
São despolarizantes e não-despolarizantes, induzem a uma paralisia muscular reversível, elimina o espasmo 
laríngeo (facilita o controle da via respiratória e intubação), reduz a resistência a ventilação controlada, não 
possuem propriedades sedativas, anestésicas ou analgésicas, e recomenda-se utilização em cirúrgicas oftálmicas 
e ortopédicas. 
 
BLOQUEADORES MUSCULARES DESPOLARIZANTES: 
i. Ação periférica: 
Succinilcolina e Suxametonio: Induzem relaxamento de curta-duração, despolariza os receptores nicotínicos 
e não permite repolarizacao. Contração inicial com posterior paralisia, e pode ser revertido com analéptico 
 
(Doxapram). 
Efeitos adversos: mialgia, dor ocular, bradicardia, hipotensão. 
BLOQUEADORES MUSCULARES NÃO-DESPOLARIZANTES 
Pancurônio: período de ação de 60 a 100 min, usado em eq, can e fel. Baixa biotransformação e eliminação 
renal. Promove taquicardia. Reverter com neostigmina + atropina e monitorar por pelo menos 1h devido ao 
bloqueio respiratório. 
Vecurônio: ação de 20 a 40 min, em cães e gatos. Reverter com neostigmina + atropina, ou Sugamadex que é 
específico. Monitorar por 1h. 
Rocurônio: ação de 20 a 30 min, equinos, reverter como o vecuronio e monitorar. 
Galamina: não libera histamina e não interfere no feto. Não atravessa a barreira placentária. 
Atracúrio: paralisia completa, tempo de apneia até 40 min, altas doses podem causar hipotensão, bradicardia 
e liberar histamina. 
ii. Ação central 
Agonistas alfa-2: xilazina, detomidina, romifidina, dexmedetomidina, medetomidina 
Romifidina: não causa analgesia, equinos, latência de 10 min, ação de 40 a 50min, detomidina é mais segura 
como MPA. 
Medetomidina: cães e gatos, +isofluorano causa maior depressão do SNC, ação de 50 a 60 min, como MPA 
reduz até 90% da dose do anestésico inalatório. 
Benzodiazepínicos: Diazepam e midazolamÉter gliicerilguaiacólico (EGG): não interfere no diafragma, aumenta a FR, equinos. 
 
ANESTESIA DISSOCIATIVA 
Muito utilizada para contenção química, promove catalepsia, paciente imóvel, não há relaxamento muscular 
(rigidez maleável), a analgesia não é potente para cirurgias, interrompe a neurotransmissão do tálamo (altera a 
consciência), a dor não chega ao cérebro, e libera citocinas. 
 
Fenicilina + agonista alfa2: Cetamina + xilazina 
Fenicilina + benzodiazepínico: Tiletamina + Zolazepam (Zoletil): latência 2-3min, ação de 1h, usado em 
selvagens, apneia transitória em equinos 
Em anestesia dissociativa, associar a um opioide potente. 
MIORRELAXANTES: Cetamina + Midazolam 
 
 
 
 
Exemplos de MPA: 
•Acepromazina(0,05mg/kg) + metadona (0,05mg/kg) IM –Narcose 
•Xilazina(0,5mg/kg) + Petidina(2mg/kg) IM –Animais muito agressivos 
•Morfina (0,3mg/kg) + Midazolam(0,2mg/kg) IM –Animal agitado e com comorbidades 
•Midazolam(0,2mg/kg) + Tramadol(2mg/kg) + Dextrocetamina(2mg/kg) –gato muito agressivo 
•Dexmedetomidina (4mcg/kg) + Metadona (0,05mg/kg) –Narcose em gato 
•Dexmedetomidina (9mcg/kg) + Metadona (0,05mg/kg) –Narcose em cão 
 
 
PLANO ANESTÉSICO 
Os estágios e planos anestésicos são um conjunto de sinais associados a parâmetros fisiológicos, que tem como 
objetivo caracterizar a profundidade anestésica. Foram desenvolvidos por Guedel em 1937, e são validos 
somente para anestesias que promovem hipnose. 
 Principais sinais e parâmetros avaliados: 
▪ Oculopalpebrais (reflexo palpelbral, corneal e pupilar) 
▪ Reflexo interdigital e digital 
▪ Reflexo laringotraqueal 
▪ Reflexo anal 
▪ Alterações cardiopulmonares 
Esses reflexos são fisiológicos, de proteção. 
ESTÁGIO 1: Paciente acordado e consciente. 
ESTÁGIO 2: Excitação inicial + midríase (alerta para subdose de propofol, e aplicação prolongada +2min). 
ESTÁGIO 3: Plano I > Superficial: reflexos palpebrais e corneal presentes, bulbo ocular está 
centralizado, pupilas midriáticas, possível nistagmo, lacrimejamento presente, miorrelaxamento 
inadequado, ativação cardiopulmonar, reflexo a luz pesente. 
Plano II > Adequado: reflexo palpebral ausente e corneal presente, bulbo ocular rotacionado ou 
medializado, pupilas em miose, miorrelaxamento adequado, discreta depressão cardiopulmonar, reflexo a luz 
presente. 
Plano III > Profundo: reflexos palpebrais e corneal ausentes, bulbo ocular em processo de centralização, 
pupilas em midríase, intensa depressão cardiopulmonar, apneia e considerável hipotensão, reflexo a luz 
presente. 
 
Plano IV > Depressão bulbar: o bulbo ocular centraliza, pupilas em midríase, reflexo a luz ausente::: 
ALERTA! 
ESTÁGIO 4: Choque bulbar:::::::ÓBITO! 
* O ideal em uma cirurgia é manter o animal no estágio III, nos planos 2 e 3. 
 
CHECKLIST DE PROCEDIMENTOS 
1. Primeira consulta 
2. Anamnese e exame físico 
3. Solicitar exames complementares 
4. Interpretar os exames 
5. Diagnóstico e definir o ASA 
6. Termo de consentimento do tutor 
7. Marcar a data da cirurgia 
8. Recomendações para o tutor, como medicação prévia, alimentação e etc. 
9. Dia da cirurgia 
10. Reavalia o paciente 
11. Calcula as doses e prepara os fármacos. 
12. MPA: tranquilizante e sedativo 
13. Aguardar o período de latência da MPA 
14. Estágio 1: Assepsia, tricotomia, acesso venoso 
15. Indução. 
16. Estágio 3 – Plano I: Perda dos reflexos palpebrais 
17. Estágio 3 – Plano II: Perda do tônus mandibular e rotação ocular. 
18. Intubar. Se for um gato, aguardar superficializar devido ao tempo de latência do propofol, retornar 
para o plano 1 e depois continuar a indução. Spray de lidocaína antes de intubar em gatos (não inflar o 
cuff). 
19. Estágio 3 – Planos II e III: Manutenção: infusão ou inalatória 
20. Monitorar a cada 5 min – checkup total no paciente dos parâmetros 
Veia, soro, ausculta, temperatura, FC, FR, reflexos oculares 
21. Aguardar o cirurgião terminar. 
22. Anestesiar o local da sutura. 
23. Monitorar o pós operatório. 
 
CONTROLE DE DOR 
Dor é uma experiencia sensorial ou emocional, associada a lesão tecidual. Atrapalha a cicatrização, 
aumenta o tempo de recuperação, e pode levar a óbito por alcalose metabólica. 
▪ A dor pós-operatória pode ser controlada ainda na MPA, através de medicações com longo tempo 
de ação que irão fazer efeito ainda após a anestesia cirúrgica. 
▪ Dor transoperatória se refere a dor aguda durante o procedimento cirúrgico, sendo indicada para 
remissão da dor > opioides de alta potência, como fentanil ou butorfanol. 
 
▪ Dor paradoxal – com dor sob efeito analgésico forte, reclamavam de dor. – Opioides, age de 
acordo com o nível de dor que o paciente está sentindo. 
▪ Analgesia preemptiva: analgesia antes do estímulo doloroso ser gerado. 
 
 
TOXICIDADE 
Toxicidade consiste na capacidade de uma substancia química produzir um efeito nocivo quanto interage com 
um organismo vivo. A toxicidade de uma substancia depende da dose e do sistema biológico de cada um. Em 
anestesia, quanto maior o volume, maiores são os efeitos adversos. 
As principais causas são: inibição do SNC, alteração da fisiologia normal, depressão da função cardiopulmonar, 
efeitos tóxicos diretos, sensibilidade aos fármacos nas diferentes espécies, reações idiossincrásicas. 
▪ Opióides: hiperexcitabilidade, depressão respiratória e reações anafiláticas. 
▪ Tranquilizantes fenotiazínicos: diminuem a PA e raramente diminuem FC. 
▪ Benzodiazepínicos: podem causar bradicardia e parada cardíaca. 
▪ Alfa-2 agonistas: depressão respiratória e significativa bradicardia. 
▪ AINES: nefrotoxicidade. 
 
Anestésicos locais: reações de toxicidade afetam o sistema cardiovascular e o SNC. 
Lidocaína: pode causar hipotensão, tremores, convulsões ou coma. 
Bupivacaína: a injeção IV rápida pode causar colapso cardiovascular; arritmias ventriculares e fibrilação 
ventricular fatal; ressuscitação é mais difícil, e gestantes são mais sensíveis. 
 
 
 
Inalatórios e intravenosos 
Isofluorano e Sevofluorano: biotransformados no fígado e excretados nos rins. Predispõe a hipertermia 
maligna. 
Tiopental: biotransformado lentamente (cães de caca e hepatopatas); aumenta a suscetibilidade e 
desenvolvimento de arritmias cardíacas. 
Propofol: gatos + de 3 dias consecutivos pode causar letargia, diarreia e anorexia. 
Aplicar por mais de 3h aumenta o tempo de recuperação. 
Obs: Inalatórios podem causar efeitos devido à perda de gás no ambiente. A exposição crônica em humanos 
pode ocasionar em abortos espontâneos, fetos defeituosos, neoplasias, doenças hepáticas e renais, infertilidade 
e prurido. Deve-se controlar a perda de gás e monitorar os níveis de escape. Coleta e remoção do gás utilizado. 
Métodos adicionais de controle: avaliar pressão do circuito, certificar o balonete do tubo endotraqueal, não 
acionar o gás inalatório sem que o paciente esteja conectado, usar máscaras se a perda de gás não puder ser 
evitada. 
Em casos de toxicidade, existem reversores de alguns medicamentos!!!!!!!! 
▪ Opioides: em doses altas podem causar reações anafiláticas. Naloxona 
▪ Alfa-2 adrenergicos: Ioimbina, Tolazolina e Atipamezol 
▪ Benzodiazepinico: Flumazenil 
▪ Depressão do SNC induzida por anestésicos gerais: Doxapram, Ioimbina, Tolazolina, Atipamezol. 
(CAUSAM REVERSAO PARCIAL) 
 
INTERAÇÃO FARMACOLÓGICA 
A interação medicamentosa ocorre quando você faz o uso de mais de um medicamento. Isso pode diminuir a 
eficácia dos seus medicamentos, aumentar os efeitos colaterais inesperados ou até mesmo a sua toxidade no 
organismo. 
Princípios: 
▪ Não utilizar fármacos isoladamente, e sempre associá-los. 
▪ As interações podem reduzir a dose de um fármaco, complementar e intensificar efeitos desejados. 
▪ Podem reduzir efeitos adversos. 
Drogas sinérgicas: o efeito é maior do que a simples soma dos efeitos isolados de cada um. Ex: Propofol + 
Cetamina 
Antagônicas:fármacos que se anulam, mas não necessariamente são reversores. Ex: Cetamina + Xilazina 
Potencializadoras: fármacos que, aplicados anteriormente, potencializam o efeito dos outros. Ex: lidocaína 
IV antes de induzir com Propofol. 
Aditivas: fármacos associados que possuem efeito igual a soma de cada uma isoladamente. Ex: Lidocaína e 
Bupivacaína 
 
 
EXEMPLOS DE SINERGIAS 
• Xilazina + Lidocaína: melhora a anestesia via epidural ou intratecal em grandes animais. 
• Dexmedetomidina + Bupivacaína: aumenta a extensão do bloqueio em nervos na anestesia regional. 
• Cetamina (doses subanestésicas) + tramadol (IV): analgesia na laminite crônica em equinos. 
• Cetamina (doses subanestesicas): diminui as doses e pode combater a hiperalgesia por opioides. 
 
EXEMPLOS DE POTENCIALIZADORES 
• Dexmedetomidina e xilazina: potencializam a ação da maioria das drogas anestésicas. Reduzir a dose 
do alfa2 agonista ou do anestésico, sedativo, hipnótico ou opioide concomitante 
• Midazolam e Diazepam: administração concomitante com analgésicos opioides, sedativos e hipnóticos 
(etomidato, propofole cetamina). Reduzir a dose do benzodiazepínico ou do anestésico, sedativo, 
hipnótico ou opioide concomitante 
• Lidocaína: efeito aumentado por anestésicos, tais como, isoflurano, e cetaminae por bloqueadores 
neuromusculares não despolarizantes 
 
ANTAGONISMOS 
Xilazina: reversor > IOIMBINA – proporção de 10:1mg (cães) e 2:1 (gatos) 
Dexmedetomidina: reversor > ATIPAMEZOL – 10:1 (cães) e 5:1 (gatos) 
Opioides: reversor > NALOXONA 
Fentanil e Metadona: 100:1mg 
Morfina: 10:1mg 
Tramadol e Petidina 1:1 
Benzodiazepinico: reversor > FLUMAZENIL 13:1mg 
Butorfanol + detomidina (equinos): não aplicar em animais com disritmia cardíaca ou bradicardia 
preexistente. Provoca diminuição da motilidade intestinal = cólica e impactacão por fezes. 
Fenotiazínicos não possuem reversores. 
 
EXEMPLO DE CÁLCULO DE DOSES E INTERAÇÕES ENTRE FÁRMACOS: 
 
Caso 1: uma fêmea da raça Bulldogue Francês 4 anos ASA 2 pesando 10kg vai passar por um procedimento de 
OSH. Vamos montar um protocolo de MPA e Indução: 
 
Fórmula de cálculo da dose: 
Volume a ser aplicado em ml = dose mínima x peso 
_________________________________________ 
 [concentração] x10 
 
Medicação pré-anestésica: 
Clorpromazina (0,5mg/kg) + Metadona (0,2mg/kg) 
 
1- Dose de Clorpromazina necessária para o 
paciente: 0,5mg x 10kg = 5mg 
Apresentação do fármaco: ampola de 5ml 
contendo 25mg/ml 
 
Volume a ser aplicado: 0,2ml 
 
2- Dose de Metadona necessária para o 
paciente: 0,2mg x 10kg = 2mg 
Apresentação do fármaco: ampola de 1ml 
contendo 10mg/ml 
Volume a ser aplicado: 0,2ml 
 
MPA: 0,2ml (clorpromazina) + 0,2ml (metadona) na mesma seringa via IM 
 
Indução: 
Propofol (6mg/kg) 
• O uso de MPA diminuí a dose do fármaco indutor pela metade 
• A associação com cetamina (dose subanestésica) na mesma seringa diminuí a dose do propofol pela metade 
• A lidocaína aplicada antes do propofol pela via endovenosa potencializa o propofol e diminuí a dose pela metade 
 
1- Dose Cetamina (analgesia) para o paciente: 2mg/kg 
Apresentação do fármaco: frasco 10ml concentração 10% 
Cálculo: 2mg x 10kg/ 10% x 10 = 0,2ml 
Volume a ser aplicado: 0,2ml 
 
2- Dose Lidocaína (IV) para o paciente: 2mg/kg 
Apresentação do fármaco: frasco 50ml 
concentração 2% 
Cálculo: 2mg x 10kg/ 2% x 10 = 1ml 
Volume a ser aplicado: 1ml 
 
3- Dose de Propofol necessária para o paciente: 
6mg/kg 
Apresentação do fármaco: Frasco de 50ml 
concentração a 2% 
Cálculo: 6mg x 10kg/ 2% x 10 = 3ml 
Volume a ser aplicado: 3ml 
 
Dose propofol isolada: 3ml 
Dose propofol com o uso de MPA: 3ml/2 = 1,5ml 
Dose propofol + Cetamina (0,2ml) + MPA: 1,5ml/2 = 0,75ml 
Dose propofol + cetamina (0,2ml) + MPA e aplicação de 2mg/kg de lidocaína IV antes do propofol: 0,75mg/2 
= 0,375ml – arredondar para 0,4ml 
 
Seringa da indução: 0,4ml de propofol + 0,2ml de cetamina via IV 
Volume final: 0,6ml para ser aplicado em 2min 
Complementar com soro fisiológico para poder aplicar o indutor em 2min: 
Ex: Indutor 0,6ml + soro 3,4ml – total: 4ml (2ml por minuto) 
 
 
 
REPOSIÇÃO VOLÊMICA 
 
• Os principais objetivos da reposição volêmica são manter a volemia, otimizar a pré-carga e a 
capacidade de transportar O2. 
Volemia: volume de líquidos corporais circulantes. 
Janela terapêutica: equilíbrio entre a eficácia e a toxicidade de um medicamento, de forma a atingir o melhor 
efeito terapêutico sem efeitos colaterais. 
Os líquidos podem ser perdidos através da urina, transpiração e perda de sangue. Então a reposição volêmica 
deve ser instituída de acordo com o tipo de perda. 
 
 
DOSES DE MANUTENÇÃO 
Na internação 
Mínima: 3ml/kg/h 
Máxima: 90ml/kg/h – choque hipovolêmico inicialmente até 30 min, após isso, diminuir a dose. 
Durante cirurgia 
Cão: 5ml/kg/h 
Gato: 3ml/kg/h 
Hipovolemia: perda de sangue considerável. Cão: 10ml/kg/h e Gato: 6ml/kg/h 
Velocidade de infusão é o tempo em que o animal irá receber o medicamento ou fluido em um tempo 
superior e sem interrupções. Para isso, existem alguns aparelhos que possuem maior precisão de acordo com 
as especificidades. 
1. Contador de gotas (R$300,00): conta as gotas e transforma em ml/h. Possui um leitor intravermelho 
e apita quando fica 1 minuto sem gotejar. Cálculo em gotas/min: Equipo macrogotas: 20 gotas = 1 ml 
Microgotas: 60 gotas = 1 ml 
2. Bomba de equipo (R$4500,00): muito mais preciso. Ex: 0,1ml/kg/h. Calcula a velocidade da infusão; 
possui sensor de bolha e trava; digitar a quantidade de ml/h necessária. 
3. Bomba de infusão (R$4500,00): infusão de fármacos; calcula a velocidade da infusão; digitar a 
quantidade ml/h necessária; seringas de 10, 20 e 50ml. 
 
▪ Pacientes de porte muito pequeno (menos de 5kg) não se deve dar fluido sem bomba, devido ao 
risco de grandes quantidades e edema pulmonar. 
▪ Evitar oclusão do cateter por coágulo. 
▪ Choque hipovolêmico = ASA V – estabilizar a volemia e temperatura abaixa o ASA para IV ou 
III. 
 
ANALGESIA POR INFUSAO CONTÍNUA 
A infusão contínua de analgésicos durante a anestesia permite que a concentração plasmática de um dado 
medicamento se mantenha constante, promovendo adequada analgesia. Piso da janela terapêutica é a menor 
quantidade do fármaco que faz efeito, e se ultrapassar o teto da janela = overdose. Infusão contínua deve ser 
lenta. 
Bolus: administração de uma medicação com o intuito de aumentar rapidamente a sua concentração no sangue 
em um nível eficaz. Ex: Cetamina - 20 min de ação. 
A seguir, alguns protocolos prontos de analgesia por infusão contínua. A analgesia deve ser escolhida de acordo 
com o tipo de procedimento e a duração do mesmo. 
Obs: calcular as doses, colocar no soro e calcular a quantidade de soro que o animal irá tomar de acordo com 
o peso. Quando ultrapassar 5ml, retirar a quantidade de soro e injetar de analgésico. 
 
 
BAIXA POTENCIA 
1. MLK = Morfina + Lidocaína + Cetamina em Soro fisiológico 
Fórmula = Dose de infusão x volume do frasco 
_______________________________ 
Concentração x 10 x taxa de infusão 
Ex: Cão, 10kg – MLK em 250ml de soro a 5ml/kg/h. 
 
R: Esse cão 10kg irá receber 50ml/h. Pois volume de soro aplicado no paciente (ml/h) = peso x taxa de 
infusão 
PARA GATOS: 
Ex: Gato 2kg – MLK em 100ml de soro a 3ml/kg/h. 
 
R: Esse gato de 2kg irá receber 6ml/h. 
Gato: utilizar metade da dose do cão. Não utilizar a mesma dose de lidocaína. 
 
ALTA POTENCIA 
1. FLK – Fentanil + Lidocaína + Cetamina em Soro fisiológico 
Ex: Cão de 10kg – FLK em 250ml de soro a 5ml/kg/h. 
 
 
 
 
PARA GATOS: 
Ex: Gato de 2kg – FLK em 100ml de soro a 3ml/kg/h. 
 
2. Remifentanil em Soro fisiológico 
Obs: até 30 dias em geladeira; perda da analgesia em 24h temp ambiente; diluir 2g em 4ml de água para 
injeção = 0,5mg por ml. Utilizar quando não puderutilizar lidocaína. Cardiopatas = não utilizar lidocaína IV. 
 
3. DexFLK – Dexmedeto + Fentanil + Lidocaína + Cetamina em Soro fisiológico (mesma potência do 
remifentanil que é caro) 
Obs: Dexmedetomidina – alfa 2 agonista – sedativo – ótima analgesia – POTENCIALIZA O FENTANIL. 
Utilizada para dores refratárias. 
Fentanil: 1 miligrama = 1000 microgramas. Se estiver em micrograma, dividir por MIL. Transformar 
somente quando há diferença. 
 
Ex: Cão de 10kg – DexFLK em 250ml de soro a 5ml/kg/h. 
 
Para gato: Gato de 3kg – DexFLK em 100ml de soro a 3ml/kg/h. 
 
Resumindo, o volume total de analgesia por infusão escolhido deve ser colocado no frasco de escolha (100 
ou 250ml de soro). Após isso, deve-se apenas multiplicar o peso do animal pela taxa de infusão que possuem 
taxas fixas (cães: 5ml/h e gatos 3ml/h), o resultado obtido será o volume total de analgesia em 1 HORA. 
 
 Se atente ao tempo de cirurgia, caso ultrapasse ou seja menor que 60 min, pois o volume deve ser 
ajustado de acordo com o tempo. 
Fórmula = peso x taxa de infusão = (ml/h) 
 
ATENÇÃO: O VALOR FINAL OBTIDO SERÁ SEMPRE EXPRESSO EM ML E APLICADO 
VIA INTRAVENOSA !!!!!!!!!!!!! 
 
 
MANUTENÇÃO ANESTÉSICA 
TIVA – Total Intravenous Anesthesia: a Anestesia Total Intravenosa (Total intravenous anesthesia - TIVA) 
é uma técnica de anestesia geral que utiliza uma combinação de agentes administrados exclusivamente por via 
intravenosa sem recurso a agentes de inalação. 
• Vantagens: utilizar bomba de equipo, de infusão e monitor para monitorar. 
• Desvantagens: menor plano do controle anestésico, maior custo de anestesia x peso x tempo, 
hepatotóxico – não pode ser usado em hepatopata ASA IV. Custo médio de R$15000,00. 
Bolus intermitentes: tempo de ação 1:30 min 
A infusão contínua de Propofol é dividida em 4 etapas, onde as taxas de infusão são DOSES FIXAS para 
cães e gatos (circulados na tabela): 
1- Nos primeiros 20 min 
2- 15 min 
3- 15 min 
4- Nos minutos finais, finalizar em doses baixas 
 
A infusão contínua com propofol evita efeito acumulativo no organismo. Se não fracionar as doses, ocorre 
efeito acumulativo e efeito adverso. 
Entenda o cálculo para chegar nas TAXAS fixas de infusão: 
A dose de infusão é expressa em minutos, devendo ser multiplicada por 60 para obter o valor em 1 hora (1 
hora = 60 min). O resultado deve ser utilizado na seguinte fórmula: 
 
 
O resultado obtido é referente a TAXA de infusão. 
Exemplo: 04 x 60min = 24ml (valor obtido) 
 ____ 
 1 x 10 = 2,4ml/kg/hora. 
Os valores fixos da taxa de infusão devem ser multiplicados pelo peso do animal para encontrar o valor da 
taxa de infusão nos 4 tempos da manutenção. 
Atenção: dose de infusão e taxa de infusão NÃO SÃO a mesma coisa, são terminologias diferentes, 
funções diferentes na fórmula!!!!!!!!!!!! 
Se ultrapassar 50 min de cirurgia, monitorar o plano de Guedel. Se o animal superficializar, ou aprofundar, 
aumenta ou diminui a dose de infusão > manter o animal entre II e III até acabar a cirurgia. Monitoração 
a cada 5 minutos. 
 
PIVA – Parcial Intravenous Anesthesia: anestesia parcial intravenosa, utiliza fármacos em infusão contínua 
adicionalmente à anestesia inalatória. 
• Vantagens: maior controle do plano anestésico, recuperação rápida, maior segurança no procedimento, 
menor depressão respiratória. 
• Desvantagens: poluição ambiental, favorece metástase – proibido em cirurgias oncológicas. 
O controle também se baseia no acompanhamento do plano de Guedel durante a manutenção, e controlando o 
vaporizador. O animal deve permanecer nos planos II e III de Guedel. 
Quando há analgesia contínua, não há estímulo que acorde o animal da hipnose. Desligar vaporizador. 
 
VENTILAÇÃO ARTIFICIAL, CICLOS RESPIRATÓRIOS E MONITORAÇÃO 
CIRCUITOS: 
Sem reinalação de gases: 0,2L/kg/min 
(pacientes abaixo de 15kg) 
Com reinalação parcial de gases: 0,1L/kg/min 
(pacientes 15 a 30kg) 
Com reinalação total de gases: 0,002L/kg/min 
(acima de 30kg) 
 
 
 
 
VENTILAÇÃO ARTIFICIAL: 
Quando usar a ventilação artificial? Em situações de apneia, obstrução esofágica, ou quando o animal 
não respira adequadamente. 
i. Ventilação artificial manual: 
▪ AMBU 
▪ Unidade de respiração para 
manutenção de vias aéreas. 
▪ Ter de vários tamanhos ml/kg. 
▪ Apneia de mais de 30 segundos – 4 a 
5x por minuto. 
▪ Lesão por excesso de volume – 
volutrauma 
▪ Lesão por excesso de pressão – 
barotrauma 
 
 
 
 
ii. Ventilação artificial mecânica: 
▪ Automática. 
▪ Ventilador eletropneumático. 
▪ R$3000,00. 
▪ Maior gasto de O2. 
 
 
 
CICLOS RESPIRATÓRIOS 
Controlado: o ventilador controla toda a fase respiratória 
Assistido: o ventilador auxilia a respiração do paciente, ventiladores modernos. 
Na ventilação controlada, as fases são determinadas e controladas pelo aparelho. Ou seja, o paciente não 
interfere na ventilação e não consegue realizar respirações adicionais. Nos ciclos assistidos, por sua vez, o 
paciente dispara o ventilador, mas o controle das demais fases e a finalização são feitos pelo aparelho. 
Tipos de ventilação 
 
Ventilação mecânica com pressão expiratória final positiva (PEEP): evita colabamento pulmonar, correção 
com pressão aumentada 
• Pressão no ambu por minuto: 15 –20 –30 –40 (máx) 
• Perfuração torácica e trauma. 
 
Ventilação assistida com aplicação de pressão inspiratória positiva (CPAP) 
• Situações de hipoxemia 
 
• Trauma torácico com pouco comprometimento do pulmão; não possui alvéolos suficientes para 
oxigenar, menos moléculas de hemoglobina pra carrear oxigênio. 
• Saturação de O2 tem que estar acima de 94 ou 95% 
• Abaixo de 85% -risco de óbito. 
 
Ciclos respiratórios mecânicos 
Ventilação controlada a VOLUME (VCV): garante um volume corrente pré-programado 
• 10ml de oxigênio para cada 10 kg. Animal com problema pulmonar e obeso altera a conta. 
Ventilação controlada a PRESSÃO (PVC): assegura um nível de pressão pré-programada 
• Pressão: 15cmH/L/s 
• Opção de escolha, sendo a mais indicada pela ventilação se adequar ao tamanho do pulmão. 
MONITORAÇÃO 
Monitorar significa aferir os parâmetros vitais do paciente durante o procedimento anestésico, se atentando 
aos valores fisiológicos máximos e mínimos. Para isso, alguns aparelhos auxiliam na monitorização: 
Oxímetro: mensura a passagem de hemoglobina saturada – 95 a 100%. Oximetria alta = vasoconstrição 
periférica – baixa = vasodilatação. 
Doppler: aferição da PA sistólica; virilha, palma da mão, veia do acesso venoso, ótimo para exóticos. 
Monitor: (ECG) eletrocardiograma, atividade elétrica do coração, FC e ritmo; diagnóstico de arritmias – 
xilazina 
FC cão 70 a 130bpm – bradicardia abaixo de 60 
FC gato 160 a 240bpm – bradicardia abaixo de 80 
Monitoração respiratória: movimento da parede torácica ou do balão reservatório (10 a 30 mpm). 
Carpinógrafo: mensura a ETCO2 (gás carbônico no final da expiração) e faz análise da troca gasosa. 
Alcalose (baixo CO2 no sangue) ou acidose (alto CO2 sangue). Faixa normal de 35 a 45mm/Hg. Ponto de 
corte acima de 45mm/Hg: iniciar a respiração artificial. 
Mensuração da PA: fornece a Pressões Arteriais Sistólica, Diastólica e Média. Pressão arterial média: (80 
mm/Hg pra cima é o ideal). PAM abaixo de 60 ou 65mm/hg: não há volemia suficiente no corpo (hipóxia: 
baixa oxigenação tecidual), o sangue migra pros órgãos vitais, como coração pulmão e cérebro (os rins são 
os primeiros a serem lesionados – IRA). 
•PA cães e gatos 110-160/70-90 mm/Hg 
•PA média acima de 60mm/Hg 
 
 Mensurar a pressão arterial ajuda a indicar o nível da profundidade da anestesia, FC, FR e PA antes da 
anestesia e durante da anestesia. Se os 3 valores subirem cerca de 20% o animal está superficializando, se os 3 
valores baixarem 20%, estaráaprofundando. 
 
 
Temperatura: 36,5 a 39,5 °C 
Temperatura corporal central: coração. Temperatura corporal periférica: pé direito (termômetro entre os dedos 
preso com esparadrapo). Delta T: diferença entre a temperatura central e periférica. Até 4°C de diferença é 
fisiológico. Quanto maior a diferença entre a Delta T central e periférica, maior o risco de óbito 
Colchão térmico: CUIDADO PARA NÃO QUEIMAR O ANIMAL! A função é apenas diminuir a perda de 
temperatura do paciente, e não aumentar. Manter 0,5 grau abaixo do animal Oxigênio entrando paciente a 
4°C. FC e PA caindo juntos –perigoso!!! 
EMERGÊNCIA 
▪ Princípios da emergência: protocolos prontos, anamnese, trabalhar rapidamente, o óbito pode ser em alguns 
minutos, horas ou até dias, deve haver uma sequencia logica na abordagem do paciente (POP), manter 
estoque de fármacos emergenciais e reversores e manter kits emergenciais. 
 
▪ O propósito do atendimento emergencial é manter os parâmetros vitais do paciente, evitar o risco de lesões 
irreparáveis e óbito do paciente. O atendimento deve ser organizado e seguir uma sequencia emergencial 
para evitar falhas. 
 
Funções da MACROCIRCULAÇÃO: nível de consciência, FC, temperatura retal, PA, qualidade do pulso 
Funções da MICROCIRCULAÇÃO: perfusão e oxigenação de órgãos e tecidos e transporte de nutrientes 
para as células. 
 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO: perda de sangue, volume insuficiente, que pode causar hipóxia (perda de O2 
nos tecidos) ou consequente hipoxemia (perda de O2 no sangue). 
 
De acordo com a sequência lógica, em choque hipovolêmico o ideal é a transfusão sanguínea > reanimação 
hídrica (soro ou ringer) > pressão arterial (Norepinefrina 0,1-0,2 ucg/kg/min). 
 
FLUIDO: 90ml/kg/h – até 30min (somente uma vez) 
•10ml/kg/h –15min (até 4x) –cão 
•6ml/kg/h –15min (até 4x) –gato 
•5ml/kg/h –cão 
•3ml/kg/h -gato 
 
 
PARADA CARDÍACA 
 
Bradicardia: reanimar com Atropina 0,02 mg/Kg 
ou Adrenalina 0,01mg/kg 
•1 ampola (1ml) de adrenalina diluída em 9ml de 
soro >> 1ml/10Kg 
Parada cardíaca (até 5min): 
•Adrenalina 0,2mg/Kg (coração sem batimento) 
•1 ampola (1ml) para cada 5kg
 
 
RESSUCITAÇÃO CARDIO-PULMONAR (RCP) 
 
 
Compressão torácica na base de pelo menos 100/minuto, comprimindo o tórax de um terço a metade de sua 
largura., manter a compressão torácica contínua com o recolhimento completo do tórax. 
• Faça ciclos de RCP de 2 min, com interrupções mínimas entre eles 
• Proporcione ventilação sincrônica à taxa de 10 respirações/minuto com respiração completa em 
aproximadamente1 s, com volume corrente de 10 mℓ/kg. 
 
PARADA RESPIRATÓRIA 
 
• Bradipnéia: ventilação manual ou mecânica 
• Parada respiratória: apneia de mais de 30 segundos – ventilar 4 a 5 vezes por minuto, fazer massagem 
torácica, acupuntura septo nasal, traqueostomia –acesso direto à traqueia do paciente 
• Trauma torácico –evitar colabamento dos pulmões (PEEP) 
 
 
 
TRAUMA ABDOMINAL 
 
• Controle da hemorragia/ contaminação –empacotar o paciente (24h) 
• Reaquecer o paciente, estabilização hemodinâmica 
• Exploração para correção definitiva. 
 
TRAUMA TORÁCICO POR CONTUSÃO PULMONAR 
 
• Trauma por compressão-descompressão 
(atropelamentos). 
• Hemorragia alveolar –insuficiência 
respiratória –óbito 
• OXIGENIOTERAPIA –abordagem 
inicial 
• SUPORTE VENTILATÓRIO –ventilação 
mecânica 
• Fluidoterapia 
• Suporte com corticosteroides e 
antibióticos 
• Talvez usar opióides 
 
TRAUMA TORÁCICO POR AFUNDAMENTO 
 
• Fratura de 2 ou mais costelas 
• Agravado pela dor intensa 
• OXIGENIOTERAPIA –abordagem inicial 
• ANALGESIA 
• Estabilização 
• Suporte ventilatório –ventilação assistida 
 
 
KITS EMERGENCIAIS 
KIT PARA PUNÇÃO TRAQUEAL: 
•Catéter14G 
•Seringa 20ml 
•Conexão 
 
KIT PARA PUNÇÃO TORÁCICA: 
•Torneira de 3 vias 
•Seringa 20ml 
•Scalp19G ou agulha 40x12 
 
 
KIT PARA TRAQUEOSTOMIA 
•Bisturi com lâmina 
•Tesoura 
•Cânula de traqueostomia ou tubo endotraqueal 
•Material para sutura 
 
KIT PARA INTUBAÇÃO: 
•Tubos endotraqueais 
•Ambu 
•Laringoscópio 
 
KIT PARA ACESSO VASCULAR: 
•Bolsa de fluido (RL) conectada a equipo macro 
gotas 
•Esparadrapo 
•Gazes estéreis 
•Cateteres 24G a 14G 
 
KIT PARA COMPRESSÃO ABDOMINAL: 
•Hemorragia > Fazer a compressão por 5 min 
•1 toalha grande 
•3 toalhas pequenas 
•Atatadurascompressivas 
•Esparadrapo 
 
 
EUTANÁSIA, PRÉ E PÓS OPERATÓRIO 
Abate: consiste em apenas matar o animal. 
Abate humanitário: antes de matar o animal é realizada insensibilização prévia. 
Eutanásia: morte sem sofrimento 
Abate de animais que oferecem risco também é denominada eutanásia. 
 
De acordo com o CFMV, na resolução de numero 1236, de 26 de outubro de 2018, Artigo 2, Parágrafo IX 
“Eutanásia: indução da cessação da vida, por meio de método tecnicamente aceitável e cientificamente 
comprovado, realizado, assistido e supervisionado por médico veterinário, para garantir uma morte sem 
dor e sofrimento ao animal. “ 
Quando realizar? Em casos de risco a saúde pública, risco a fauna nativa, situações de incompatibilidade 
com uma vida sem sofrimento, abate de animais para consumo e experimentação científica. 
O responsável DEVE: garantir um ambiente tranquilo e adequado; atestar a morte do animal; manter os 
prontuários com os métodos e técnicas utilizados em caso de fiscalização por órgãos competentes; esclarecer 
ao proprietário sobre o ato da eutanásia; solicitar autorização por escrito do proprietário para a realização 
do procedimento. 
Com relação aos animais, o ambiente deve ser silencioso, com baixa luminosidade, livre de ruídos, limpo, 
calmo e de preferencia no local onde vivem. Deve ser realizada a manipulação cuidadosa visando minimizar 
medo, sofrimento e ansiedade. A sedação e anestesia deve ser realizada (exceto para animais de consumo). 
Sinais de dor: expressão facial e postura; vocalização, se debater, tentativa de escapar, salivação, micção, 
defecação, secreção de glândulas anais, midríase, aumento da FC e FR, sudorese, tremores, espasmos e 
contrações musculares e timpanismo em RU. 
Sinais de confirmação do óbito: ausência de movimento respiratório, ausência de batimento cardíaco, 
ausência de pulsação, mucosas pálidas, perda do reflexo a luz. 
 
 MÉTODOS INACEITÁVES: embolia gasosa, traumatismo craniano, afogamento, exsanguinação 
sem inconsciência previa, imersão em formol, uso isolado de bloqueadores musculares, cloreto de potássio 
ou sulfato de mg, eletrocussão sem insensibilização previa. 
 MÉTODOS ACEITOS: 
Químicos: anestesia geral seguida de procedimento para assegurar a morte. Preceder de MPA, via IV que 
causa a perda do reflexo corneal, aplicar cloreto de potássio ou bloqueador neuromuscular. 
Físicos: pistola de ar comprimido – insensibilização. 
• Exsanguinação – com insensibilização previa. 
• Armas de fogo – risco para humanos. 
• Deslocamento cervical – aves e animais menores, geralmente utilizados em experimentos. 
• Eletrocussão com insensibilização prévia. 
 
 
 
Tratamento paliativo: SEMPRE há algo a mais a ser feito, como outras formas de pensar e agir: controle 
de dor, de sinais gerais, sinais respiratórios, sinais do TGI, sinais neurológicos, fisioterapia, nutrição e etc. 
Nunca pensar em eutanásia como primeira opção. 
ORTOTANÁSIA: morte natural, deixar seguir o percurso da doença em fase terminal, porém com a 
utilização de analgésicos, sedativos e ventilação quando necessário para que não haja sofrimento. 
EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE 
O equilíbrio ácido-base é um processo complexo, essencial para manter um pH extracelular estável que 
permita o normal funcionamento celular. A manutenção de um pH normal depende assim do balanço entre 
a produção e o consumo de ácido ou base e do seu metabolismo ou excreção. 
Os processos metabólicos produzem água e ATP; ácido voláteis e fixos. 
Ácidos voláteis: CO2 Ácidos fixos:íons de H = H+ 
• A H+ define o pH > quanto maior a concentração H+ menor o pH, ou seja, mais ácido. 
• O pH sanguíneo dos mamíferos domésticos varia entre 7,35 e 7,45. 
• Concentrações de pH compatíveis com a vida: 6,8 e 7,8. 
 
Solução tampão: duas formas – ácido fraco HÁ e base conjugada A 
Elevação de H+ = a base conjugada vai atuar neutralizando o excesso. 
Diminuição de H+ = o ácido fraco vai doar elétrons H+. 
Tampões químicos sanguíneos atuam diretamente no controle da H+ através dos sistemas bicabornato e 
proteínas circulantes. 
Tampão bicarbonato: 
 
 
Proteínas circulantes: 
 
 
 
Sistema tampão respiratório 
• Excesso de CO2 = taquipneia para eliminar o CO2. 
• Diminuição de CO2 = bradipneia para concentrar mais CO2. 
Animal com dor abdominal por muito tempo? ALCALOSE METABÓLICA. 
 
AVALIANDO O EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE 
Hemogasometria> sangue arterial imediato. Mensura presença de oxigênio, e pressão parcial de dióxido 
de carbono, bem como bicarbonato e pH. 
 
 
Acidose respiratória 
Depressão respiratória – hipercapnia 
pH: 45mmHg 
HCO3-: estável 
AG: estável 
DB: estável 
Compensação fisiológica: taquipneia 
Tratamento: favorecer a eliminação de CO2 
Aumentar a amplitude ou frequência 
respiratória. Não necessita de tratamento 
farmacológico. 
 
Alcalose respiratória 
Pode ocorrer por uso inadequado da ventilação mecânica, hipertermia, dor intensa. 
• pH: > 7,45 
• PaCO2: 35mmHg 
• HCO3-: estável 
• AG: estável 
• DB: estável 
Tratamento: ajustar o volume corrente do ventilador mecânico e corrigir a hipertermia e dor intensa. 
 
Acidose metabólica 
Pode ser causada por diarreia, azotemia, choque hemorrágico e endotoxemia. 
• pH: 7,45 
• PaCO2: estável 
• HCO3-: aumentado 
Tratamento: repor soluções ácidas (soro fisiológico) e potássio. 
 
 
ANESTESIA LOCORREGIONAL 
A anestesia local é qualquer técnica para induzir a ausência de sensação em uma parte específica do corpo, 
geralmente com o objetivo de induzir analgesia local, ou seja, insensibilidade local à dor, embora outros sentidos 
locais também possam ser afetados. 
A anestesia locorregional utiliza fármacos e técnicas que tem como objetivo bloquear a transdução, 
transmissão e a modulação do estímulo nociceptivo na medula espinhal. Dessa forma, proporciona ao 
paciente conforto durante um procedimento, seja com anestesia geral ou apenas com sedação. 
A anestesia local possui benefícios como baixo custo, mantém os parâmetros normais do paciente, evita 
decúbito, evita problemas na recuperação. Diminui o uso de anestésicos gerais e opioides no trans, 
promove maior relaxamento da área, 
Malefícios: animal consciente e risco de acidentes 
 
 
1. Bloqueio locorregional em grandes animais 
TÉCNICAS 
• Infiltrativas 
• Botão anestésico: bloqueio em anel 
• Pirâmide invertida: bloqueio incisional, primeiro no SC e posteriormente em tecidos profundos. 
 
 
 
PRINCIPAIS BLOQUEIOS EM EQUINOS 
Nervo auriculopalpebral: imobiliza as pálpebras 
Nervo supraorbitário: bloqueio acima da órbita ocular do paciente. 
Nervo infraorbitário: palato mole e dentes incisivos e caninos. 
Nervo metoniano: lábios inferiores, dentes incisivos e caninos. 
Orquiectomia: 
1. Técnica de infiltração testicular com agulha 20G 7,5cm; 20 a 30mL de lidocaína em cada testículo. 
2. Anestesia percutânea no cordão espermático: agulha 30x8 – 20mL de lidocaína com movimentos 
laterais; infiltrar a pele do escroto 5ml a 10 de lido antes 
3. Injeção através do testículo até o cordão espermático: agulha de 15cm e 30ml de lido. 
 
Bloqueios ascendentes para diagnóstico de claudicação, injetar medicamentos nas articulações, 
anestésicos locais, AINES, corticoides, opioides. 
• Bloqueios intra-articulares –maior precisão e risco de contaminação. 
• Bloqueios perineurais –menos invasivo e menor risco de contaminação. 
 
 
Bloqueio de flanco: infiltração em L Invertido; infiltrar uma linha paralela à última costela; infiltrar outra 
linha transversal da última costela até a quarta vértebra lombar 
• Agulha150 x 15 longa e 100 a 250ml de lidocaína. 
 
 
Anestesia Regional Intravenosa Bier: intervenção cirúrgica em cascos e dígitos 
 
• Derrubar o animal. 
• Garrotear o membro (no máximo por 90min). 
• Aplicar lidocaína sem vasoconstritor. 
 
Anestesia Para Descorna: dessensibilizaro corno e a base do corno, anestesia perineural do nervo cornual 
• Agulha 30x12 18G. 
• Aplicar 5 a 10ml de lidocaína. 
• Complementar com bloqueio em anel. 
 
 
 
 
PRINCIPAIS BLOQUEIOS EM CÃES E GATOS 
 
Anestésicos mais usados 
 
Lidocaína 2% 
• Dose 2mg/kg (0,1ml/kg) 
• Dose tóxica 20mg/kg 
• Latência 10-15min 
 
Bupivacaína0,5% 
• Dose 0,5mg/kg (0,1ml/kg) 
• Dose tóxica 4mg/kg 
• Latência 10-20min 
 
Remoção de tumores e verrugas: técnica da pirâmide invertida; cuidado com pacientes conscientes (sedados 
e tranquilizados), dá pra operar durante a indução. 
 
Orquiectomia: técnica infiltrativa intratesticular; medir por fora o tamanho da agulha com o tamanho do 
testículo; aplicação longitudinal; fazer botão no local da incisão. 
 
 
Anestesia por tumescência: usada na mastectomia previamente à anestesia por TIVA; lidocaína provoca 
apoptose de células tumorais; solução aplicada sob o tumor 
• 210ml de solução NaCl 
• 40ml de lidocaína 
• 0,25ml de adrenalina 
• Dose 15ml/kg 
 
 
 
Bloqueio peribulbar: agulha inserida até o equador do bulbo; bisel voltado para o bulbo; acesso duplo 
posições opostas (aplicar metade do volume em cada); palpar a fossa lateral –não aplicar na fossa. 
 
 
 
 
Anestesia epidural: a anestesia peridural, também chamada de anestesia epidural, é um tipo 
de anestesia que bloqueia a dor de apenas uma região do corpo, geralmente da cintura para baixo que inclui 
abdômen, costas e pernas, mas a pessoa ainda pode sentir o toque e a pressão.Cão e gato sempre sedados ou 
sob anestesia inalatória superficial. 
• Tricotomia na região e antissepsia 
• Clorexidina ou álcool não iodado 
• Luvas e panos de campo estéreis 
• Usar agulha de Tuohy 
 
Cuidado com a contaminação! 
 
 
Medula espinhal 
•Cão –termina na sexta ou sétima vértebra lombar 
•Gato –termina na primeira vértebra sacral 
•Bovino –termina na última vértebra lombar -o 
saco meníngeo vai até a quinta vértebra sacral 
•Equino –termina na segunda vértebra sacral 
 
Acesso epidural 
•Cão –espaço entre L7 e S1 
•Gato –espaço entre L7 e S1 
•Bovino –espaço entre Co1 e Co2 
•Equino –espaço entre Co1 e Co2 
 
Técnica 
• Palpar o local da aplicação 
• Fazer um pequeno acesso na pele com agulha trifacetada 
• Introduzir a agulha de Tuohy–bisel voltado para a cabeça do paciente 
• Retirar o mandril da agulha e colocar uma gota na ponta do canhão da agulha 
• Romper o ligamento até a gota descer –não mexer mais. 
• Outra pessoa conecta a seringa e aplica a lidocaína 
• Quanto menor a velocidade da aplicação, mais cranial a anestesia –dose mínima 
• Manter a cabeça do cão ou gato mais alta que o resto do corpo –apoio 
• Aguardar 10 a 15 min