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<p>Contratos de Trabalho</p><p>Especiais</p><p>Prof. Ma. Patrícia Alves Martins dos Santos</p><p>Prof. Ma. Patrícia Alves Martins dos Santos</p><p>Santos</p><p>Graduação em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)</p><p>Especialista em Direito Educacional (Faculdade São Luís)</p><p>Mestra em Direito das Relações Econômicas e Empresariais (UNIFRAN)</p><p>Especialista em Gestão de Micro e Pequenas Empresas</p><p>(Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo)</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>• O contrato de trabalho possui conceito legal estampado no art. 442</p><p>da CLT, sendo este o acordo tácito ou expresso decorrente de</p><p>relação de emprego.</p><p>• Entretanto, algumas profissões, por suas peculiaridades, têm</p><p>regras estabelecidas por leis especiais, ou mesmo inseridas na</p><p>própria CLT, como é o caso dos professores e bancários, por exemplo.</p><p>• Em leis específicas, temos o atleta profissional, por exemplo.</p><p>• Considerando tais peculiaridades, trazemos a seguir algumas regras,</p><p>conforme a atividade.</p><p>ATLETAS</p><p>• O atleta profissional é aquele que pratica qualquer atividade esportiva como</p><p>carreira, fazendo dela sua fonte de sobrevivência.</p><p>• Portanto, a atuação do atleta profissional é firmada pelo contrato de</p><p>trabalho laborativo acordado entre o empregador (entidade desportiva) e o</p><p>empregado (atleta), com um valor remunerador.</p><p>• Jornada de trabalho:</p><p>• Existem controvérsias entre a lei específica (Lei Pelé 9.615/98) e as demais</p><p>normas jurídicas, mas entende-se que o trabalho não deve ser superior a</p><p>oito horas diárias ou 44 horas semanais.</p><p>• A jurisdição brasileira entende que o acordo coletivo foge do contexto da</p><p>profissão quando é firmada a redução de jornada ou a compensação em relação</p><p>a treinamento, uma vez que a equipe de atletas deve estar nos treinos, exceto</p><p>quando em recuperação devida a lesão ou afastamento por má</p><p>cooperação em equipe.</p><p>ATLETAS</p><p>• Férias:</p><p>• Significam a suspensão anual do trabalho por 30 dias remunerados para</p><p>descanso do trabalhador.</p><p>• Remuneração:</p><p>• A remuneração compreende o salário pago ao empregado em favor da</p><p>prestação do serviço ao empregador. Em relação ao contrato do jogador de</p><p>futebol, por exemplo, condiz com as verbas pagas continuamente pelo clube ao</p><p>atleta contratado devido ao desempenho no esporte.</p><p>• No Brasil, por ser o “país do futebol” os atletas têm muito prestígio e,</p><p>normalmente, são contratados para campanhas publicitárias remuneradas.</p><p>Essas verbas do “direito de imagem” não são devidas pelo clube, mas pelas</p><p>agências publicitárias, ou seja, são de natureza trabalhista, “por fora” da atuação</p><p>em campo.</p><p>PROFESSOR</p><p>• Jornada de trabalho:</p><p>• A jornada de trabalho diária do professor, em cada estabelecimento de ensino, é</p><p>limitada a, no máximo, 4 (quatro) aulas consecutivas ou 6 (seis)</p><p>intercaladas, podendo, entretanto, lecionar em vários estabelecimentos no</p><p>mesmo dia.</p><p>• Remuneração:</p><p>• A remuneração no magistério é fixada pelo número de aulas ministradas</p><p>semanalmente, conforme os horários. O pagamento deverá ser efetuado</p><p>mensalmente, considerando-se para tal, cada mês constituído de 4,5 semanas.</p><p>• Nos períodos de férias e exames, deverá ser paga mensalmente ao professor</p><p>remuneração correspondente à quantia a ele assegurada, conforme os horários,</p><p>durante o período de aulas.</p><p>PROFESSOR</p><p>• O intervalo vago entre uma aula e outra, que o professor permanece à</p><p>disposição da escola aguardando o reinício de suas atividades (conhecido como</p><p>"janela“), uma vez que a legislação trabalhista é omissa para a correspondente</p><p>remuneração, deverá ser consultado o sindicato da classe sobre acordos</p><p>ou convenções coletivas.</p><p>• Descontos:</p><p>• Mensalmente, poderá ser descontado da remuneração do professor o valor</p><p>correspondente às aulas não ministradas por motivo de faltas não</p><p>justificadas.</p><p>• Acréscimos:</p><p>• Sempre que o estabelecimento de ensino tiver necessidade de aumentar o</p><p>número de aulas marcado nos horários, deverá remunerar o professor, no final</p><p>do mês, com uma importância a mais, correspondente ao número</p><p>de aulas excedentes.</p><p>ARTISTA</p><p>• Jornada de trabalho:</p><p>• A jornada de trabalho dos artistas e técnicos em espetáculos é específica para</p><p>cada área de atuação. Os que trabalham na área de radiodifusão, fotografia</p><p>e gravação, por exemplo, possuem jornada de 6 horas diárias, com limitação</p><p>de 30 horas semanais. Para os profissionais de teatro, a jornada de trabalho</p><p>poderá ser de 8 horas, durante o período de ensaio e reensaio. Desde o</p><p>momento da estreia, conta-se a duração e a quantidade de sessões, que não</p><p>poderão exceder a oito por semana.</p><p>• É válido ressaltar que a jornada do artista será divida em dois turnos</p><p>diários, que não poderão exceder 4 horas. Além disso, o intervalo para</p><p>descanso e refeição deverá obedecer o mínimo de 15 minutos, previsto no art.</p><p>71, §1º da CLT. Nos espetáculos teatrais e circenses, o período de</p><p>descanso poderá ser superior a 2 horas, em benefício do melhor</p><p>rendimento artístico.</p><p>ARTISTA</p><p>• Trabalho efetivo:</p><p>• Considera-se trabalho efetivo todo o tempo em que o artista fica à</p><p>disposição de seu empregador, computando-se o período de ensaios,</p><p>fotografias, caracterizações, bem como todos os atos de preparação do</p><p>ambiente, como iluminação, cenografia e montagem de equipamentos.</p><p>Nesse sentido, caso as tarefas desempenhadas acima sejam</p><p>realizadas além da jornada de trabalho, o artista fará jus às horas</p><p>extras, que deverão ser pagas com acréscimo de, no mínimo, 50%</p><p>da hora normal.</p><p>ARTISTA</p><p>• Cláusula de exclusividade:</p><p>• Havendo cláusula de exclusividade, esta não impedirá o profissional</p><p>Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões de prestar serviços a</p><p>outro empregador em atividade diversa da ajustada no contrato de</p><p>trabalho, desde que a apresentação seja feita em outro meio de</p><p>comunicação, e não caracterize prejuízo para o contratante com o qual</p><p>foi assinada a cláusula de exclusividade.</p><p>JORNALISTA</p><p>• Entende-se como jornalista o trabalhador intelectual cuja função se</p><p>estende desde a busca de informações até a redação de notícias e</p><p>artigos e a organização, orientação e direção desse trabalho.</p><p>• Jornada de trabalho:</p><p>• A duração normal do trabalho não deverá exceder 5 horas, tanto de</p><p>dia como à noite, e poderá ser elevada a 7 horas mediante acordo</p><p>escrito, com aumento de salário correspondente ao excesso do tempo,</p><p>e que se fixe intervalo destinado a repouso ou a refeição.</p><p>JORNALISTA</p><p>• A cada 6 dias de trabalho efetivo corresponderá 1 dia de descanso</p><p>obrigatório, que coincidirá com o domingo, salvo acordo escrito em</p><p>contrário, no qual será expressamente estipulado o dia em que se deve</p><p>verificar o descanso.</p><p>• O intervalo de 10 horas previsto no art. 308 da CLT, que trata do</p><p>intervalo interjornada, tem a mesma finalidade daquele referido no art.</p><p>66 da CLT, que prevê o lapso de 11 horas entre o fim de uma jornada e</p><p>o início da jornada seguinte, assim, deve ser respeitado o intervalo</p><p>de 11 horas, devido ao princípio da norma mais favorável ao</p><p>empregado.</p>

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