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<p>Aprendizagem Motora: teorias e</p><p>conceitos</p><p>Apresentação</p><p>A capacidade de aprender novas habilidades motoras é essencial para a existência, já que possibilita</p><p>que o indivíduo se adapte ao ambiente. Imagine passar a vida inteira equipado apenas com os</p><p>movimentos herdados no momento do nascimento. Os indivíduos seriam seres muito simples, sem</p><p>a capacidade de caminhar nem de escrever e, certamente, de executar habilidades complexas</p><p>observadas nos esportes, na música e na indústria. Os seres humanos adquirem novas habilidades</p><p>motoras por meio de um processo denominado aprendizagem motora.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem você compreenderá o conceito de aprendizagem motora,</p><p>conhecerá os fatores que a influenciam e as principais teorias da aprendizagem.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Definir os principais conceitos acerca da aprendizagem motora.•</p><p>Discutir a relação Indivíduo-Ambiente-Tarefa.•</p><p>Desenvolver as principais teorias da aprendizagem motora.•</p><p>Infográfico</p><p>O processo de aprendizagem motora e o desempenho são influenciados pela interação do indivíduo</p><p>com o ambiente e com a tarefa a ser executada, o que é conhecido como relação indivíduo-</p><p>ambiente-tarefa.</p><p>Qualquer alteração em um desses fatores afetará o movimento que surge dessas interações,</p><p>evidenciando o processo dinâmico e sistêmico da aprendizagem motora.</p><p>Acompanhe no infográfico o que caracteriza cada um desses três fatores.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/fda88386-3c06-4e11-91b6-aed393aafe60/5eea9e60-53ff-41da-8e43-38d09e9e83b3.png</p><p>Conteúdo do livro</p><p>Você deve lembrar-se de quando aprendeu uma nova habilidade que agora domina. Por exemplo,</p><p>quando aprendeu a sacar no vôlei. Lembre-se de como você pensou e executou esse gesto na</p><p>primeira tentativa. Certamente teve algumas dúvidas como a que altura lançar a bola, em que</p><p>momento realizar o gesto com o braço para atacar a bola, com que força deveria contatar a bola,</p><p>etc. Nessas primeiras tentativas, toda a sua atenção centrava-se nos elementos do saque. Agora,</p><p>depois de muita prática, você provavelmente não pensa mais em todos os elementos específicos do</p><p>saque quando vai executar esse gesto. Você aprendeu a sacar.</p><p>No capítulo Aprendizagem motora: teorias e conceitos, da obra Crescimento e desenvolvimento</p><p>humano e aprendizagem motora, você verá como ocorre esse processo de aprendizagem motora e</p><p>quais os fatores que o influenciam.</p><p>CRESCIMENTO E</p><p>DESENVOLVIMENTO</p><p>HUMANO E</p><p>APRENDIZAGEM</p><p>MOTORA</p><p>Rochelle Rocha Costa</p><p>Aprendizagem motora —</p><p>teorias e conceitos</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>� Definir os conceitos acerca da aprendizagem motora.</p><p>� Discutir a relação entre indivíduo, ambiente e tarefa.</p><p>� Apresentar as principais teorias da aprendizagem motora.</p><p>Introdução</p><p>A capacidade de aprender novas habilidades motoras, as quais se adquire</p><p>por meio de um processo denominado aprendizagem motora, é essencial</p><p>para a existência, pois possibilita que o indivíduo se adapte ao ambiente.</p><p>Imagine passar a vida inteira equipado apenas com os movimentos</p><p>herdados no nascimento, nesse caso, as pessoas seriam seres muito</p><p>simples, sem a capacidade de caminhar, escrever e executar habilidades</p><p>complexas observadas nos esportes, na música e na indústria.</p><p>Neste capítulo, você compreenderá o conceito de aprendizagem</p><p>motora, os fatores que a influenciam e as suas principais teorias.</p><p>Aprendizagem motora</p><p>Toda habilidade motora deve ser aprendida. Desde as mais simples, como</p><p>caminhar e saltar, até as mais complexas, como tocar um instrumento musical</p><p>ou praticar um esporte, são adquiridas e/ou aprimoradas em algum momento</p><p>da vida por meio de um processo chamado de aprendizagem motora.</p><p>A aprendizagem motora corresponde a um conjunto de processos cogniti-</p><p>vos que resulta em uma melhora relativamente permanente na capacidade do</p><p>indivíduo em desempenhar uma habilidade devido à prática ou à experiência.</p><p>(MAGILL, 2000). Percebe-se algumas de suas características implícitas nesse</p><p>conceito: a aprendizagem é uma mudança interna; requer uma melhora rela-</p><p>tivamente permanente, e não transitória, ao longo do tempo; e ela não existe</p><p>sem prática ou experiência.</p><p>Por corresponder aos processos cognitivos internos, essa aprendizagem não</p><p>é diretamente observável e, devido a isso, se infere a partir do desempenho —</p><p>um comportamento motor que pode ser visto. Dessa forma, visualiza-se o de-</p><p>sempenho motor para concluir se o indivíduo aprendeu ou não uma habilidade.</p><p>Concluir sobre estados internos da pessoa, com base em observações externas, pode</p><p>resultar em um erro. Por exemplo, se você a observa bocejando durante a aula, poderia</p><p>afirmar que ela está entediada. No entanto, outra possibilidade é que ela esteja gos-</p><p>tando da aula, mas bocejou devido a uma noite mal dormida. Por isso, concluir sobre</p><p>a aprendizagem motora, baseando-se em uma observação do desempenho motor,</p><p>também pode resultar em erros. É importante que você observe o mesmo fenômeno</p><p>em diferentes momentos, a fim de minimizar as falhas.</p><p>Como a aprendizagem é uma alteração relativamente permanente, deve-se</p><p>ter claro quais os fatores que influenciam o desempenho de forma transitória.</p><p>Por exemplo, o desempenho de uma habilidade pode ser ocasionado por um</p><p>estado emocional, uma condição do sistema muscular, uma motivação, perda</p><p>de sono, drogas, cafeína, etc. Imagine duas situações: em uma, o indivíduo</p><p>realiza a habilidade após uma boa noite de sono, motivado, descansado e não</p><p>fadigado; na outra, depois de uma noite mal dormida, desmotivado, cansado e</p><p>fadigado. É muito provável que o seu desempenho nesses dois casos seja muito</p><p>diferente, mas não devido à aprendizagem da habilidade, e sim aos fatores</p><p>que o influenciam de forma transitória. A fim de definir se há aprendizagem</p><p>e se certificar que o comportamento motor não é transitório, o desempenho</p><p>deve apresentar quatro características.</p><p>1. Aperfeiçoamento: o desempenho observado apresenta melhora em</p><p>relação ao desempenho visto previamente.</p><p>2. Consistência: os níveis de desempenho, entre uma e outra tentativa,</p><p>tornam-se mais semelhantes.</p><p>Aprendizagem motora — teorias e conceitos2</p><p>3. Persistência: a melhora do desempenho deve ser observada hoje, ama-</p><p>nhã, semana que vem, etc., a fim de garantir que ela é relativamente</p><p>permanente.</p><p>4. Adaptabilidade: o desempenho aperfeiçoado se adapta a uma varie-</p><p>dade de características do contexto, como estado emocional, condições</p><p>climáticas, ambiente onde a habilidade é desempenhada, suas carac-</p><p>terísticas, etc.</p><p>Dessa forma, se o nível de proficiência do desempenho do indivíduo for</p><p>relativamente estável ao longo de várias observações e sob diferentes conjuntos</p><p>de circunstâncias, pode-se assumir que ele é um reflexo preciso do nível de</p><p>aprendizagem motora dessa pessoa.</p><p>A prática possui muita importância, uma vez que, a partir dela, ocorre a</p><p>aprendizagem motora. Porém, ela não pode ser entendida como uma simples</p><p>repetição mecânica do movimento. Para aquisição de novos movimentos, ela</p><p>consiste no sucesso gradual de uma pesquisa para soluções motoras ideais</p><p>aos problemas adequados, no processo de resolver obstáculos por meio de</p><p>técnicas que mudam e são aperfeiçoadas com as tentativas. Nesse contexto,</p><p>a abordagem para o ensino da habilidade de rebater, por exemplo, não deve se</p><p>basear em fazer o aprendiz rebater uma bola atrás da outra, em um movimento</p><p>repetitivo e impensado. Pelo contrário, ele precisa experimentar esse gesto de</p><p>diferentes formas a fim de achar a melhor opção para solucionar determinado</p><p>problema, como encontrar o melhor movimento para rebater uma bola alta,</p><p>ou uma bola a meia altura e rápida, ou uma bola rasteira.</p><p>Outra questão da prática é a especificidade da aprendizagem, na qual o</p><p>que se aprende depende, em grande medida,</p><p>do que se pratica. Por exemplo,</p><p>à primeira vista, o futebol e o futsal são esportes muito parecidos, mas há</p><p>diferenças entre eles que influenciam o desempenho decisivamente, como o</p><p>tamanho e o peso da bola, ou o tamanho e a superfície do solo. Assim, a força</p><p>que se imprime em um chute ou passe é diferente nas duas modalidades, bem</p><p>como o jeito com que a bola rola sobre a superfície, modificando a forma</p><p>como o jogador deve conduzi-la. Além disso, a movimentação deles se difere,</p><p>devido à diferença no número de jogadores e no tamanho do campo/quadra.</p><p>Por isso, se um indivíduo deseja jogar futebol, ele deve praticar o futebol; já</p><p>aquele que quer aprender futsal, precisa praticar o futsal.</p><p>Da mesma forma, o vôlei de quadra e de areia, embora pareçam semelhantes,</p><p>possuem divergências. A superfície possivelmente é a principal, porque se</p><p>movimentar em uma quadra é muito diferente do que na areia. Além disso,</p><p>no vôlei de praia, muitos fatores do ambiente influenciam o jogo, como sol e</p><p>3Aprendizagem motora — teorias e conceitos</p><p>vento, o que não acontece no de quadra. Uma prova real da especificidade da</p><p>aprendizagem são os casos de atletas que migraram de um esporte para o outro</p><p>(do vôlei de quadra para o de praia ou vice-versa, e do futebol para o futsal</p><p>ou vice-versa) e não obtiveram tanto sucesso como no esporte de origem, o</p><p>qual praticaram durante anos de sua carreira.</p><p>A especificidade é um fator determinante do sucesso no desempenho. Por</p><p>isso, se você quer que seu time de futebol saiba jogar na chuva, os jogadores</p><p>devem praticá-lo na chuva; se deseja que seu atleta de tênis saiba jogar na</p><p>quadra sintética e na grama, ele deve treinar nesses ambientes; e se você quer</p><p>que seu atleta de basquete cobre um lance livre com torcida contra, ele precisa</p><p>praticar o arremesso com barulho.</p><p>Relação entre indivíduo, ambiente e tarefa</p><p>O processo de aprendizagem motora e o desempenho são influenciados por</p><p>fatores relacionados a quemexecuta a ação, ao ambiente onde a habilidade é</p><p>realizada e aos aspectos da própria tarefa. Determinadas características desses</p><p>fatores facilitam a aprendizagem e o refinamento de uma habilidade motora,</p><p>porém, outras dificultam a execução de um movimento.</p><p>Além de motivarem a aquisição das habilidades, a interação entre os fatores</p><p>é determinante para o sucesso do movimento. O indivíduo sempre executará</p><p>uma tarefa em um ambiente, desse modo, o resultado (o seu desempenho)</p><p>depende de como ele explora o ambiente e a tarefa e como se localiza nesse</p><p>ambiente. Por exemplo, para o sucesso da habilidade de rebater uma bola de</p><p>tênis, deve haver uma sincronia perfeita entre o movimento da pessoa com a</p><p>manipulação da raquete e a localização e velocidade da bola.</p><p>Indivíduo</p><p>A aprendizagem se trata de um processo que ocorre de forma individuali-</p><p>zada, pois nada se aprende se não passar pela experiência pessoal(precisa-se</p><p>praticar ou experimentar),e é intransferível, uma vez que não se transfere de</p><p>uma pessoa para outra, mas, sim, aprendendo por si mesmo. Pelo fato de o</p><p>indivíduo ser a figura central da aprendizagem, deve-se conhecer algumas</p><p>características importantes do aprendiz, como idade, capacidades — inclusive</p><p>a de processamento de informação —, experiência prévia, motivação, atenção,</p><p>memória e estágio de aprendizagem.</p><p>Aprendizagem motora — teorias e conceitos4</p><p>� Idade: a infância é considerada um período fundamental para a aprendi-</p><p>zagem motora devido à grande capacidade de adequação aos estímulos.</p><p>As experiências adquiridas durante a infância juntamente à maturação</p><p>biológica geram muita variabilidade no desempenho motor na ado-</p><p>lescência. Após essa fase, os sistemas começam a ter um declínio de</p><p>eficiência, principalmente na terceira idade.</p><p>� Capacidade: está relacionada às qualidades físicas do indivíduo, um</p><p>potencial que é definido geneticamente, o qual pode ou não ser atingido,</p><p>dependendo do estímulo recebido.</p><p>� Capacidade de processamento de informação: a aprendizagem motora</p><p>requer que o indivíduo selecione qual a melhor resposta à determinado</p><p>estímulo, o que é realizado a partir do processamento de informações,</p><p>o qual se faz em etapas. Inicialmente, os órgãos dos sentidos captam</p><p>os estímulos do ambiente e os transformam em impulsos nervosos, os</p><p>quais, em seguida, são organizados pelos mecanismos de percepção. A</p><p>partir dessa organização, o mecanismo gerador de resposta escolhe o</p><p>melhor plano motor para satisfazer o objetivo a ser executado, que, por</p><p>sua vez, é enviado aos músculos que executam os comandos motores.</p><p>� Experiência prévia: um indivíduo terá mais facilidade em realizar uma</p><p>tarefa nova se possuir experiência prévia em uma similar.</p><p>� Motivação: tem a função de estimular e criar uma expectativa a res-</p><p>peito da habilidade que será aprendida, além de mobilizar o indivíduo</p><p>para a ação.</p><p>� Atenção: é necessária para se aprender qualquer coisa.</p><p>� Memória: é a capacidade de conservar experiências prévias para um</p><p>uso posterior.</p><p>� Estágio de aprendizagem: o indivíduo passa por fases de aprendizagem</p><p>durante as quais o desempenho apresenta uma melhora.</p><p>Imagine dois indivíduos, A e B, que estão aprendendo a mesma habilidade</p><p>motora — saque no tênis — a partir da prática de exercícios iguais. O indivíduo</p><p>A tem 10 anos; possui boa memória e alto potencial genético para o desen-</p><p>volvimento de habilidades motoras; domina esportes como vôlei, basquete e</p><p>futebol; apresenta uma grande motivação para a prática de exercício físico</p><p>e consegue se concentrar nas atividades realizadas. Já o indivíduo B tem 45</p><p>anos; possui baixa capacidade de atenção e memória e baixo potencial genético</p><p>para o desenvolvimento de habilidades motoras; nunca se motivou a aprender</p><p>novas habilidades e, por isso, raramente praticou esportes.</p><p>5Aprendizagem motora — teorias e conceitos</p><p>Você acredita que os dois sujeitos aprenderão a habilidade do saque no</p><p>tênis da mesma maneira? Eles atingirão o mesmo nível de desempenho?</p><p>Muito provavelmente não. Embora ambos realizem exercícios iguais para a</p><p>aprendizagem dessa habilidade motora, o indivíduo A apresenta características</p><p>individuais muito favoráveis ao aprendizado; já o indivíduo B, características</p><p>desfavoráveis. Esse exemplo demonstra como a aprendizagem depende muito</p><p>da pessoa.</p><p>Ambiente</p><p>O aspecto ambiente refere-se às características do contexto em que o indivíduo</p><p>executa a habilidade e ao objeto sobre o qual ele está agindo. Por exemplo,</p><p>se uma criança arremessa uma bola de basquete na cesta de um ginásio, o</p><p>ambiente corresponderá ao ginásio e à bola. Nesse sentido, percebe-se que as</p><p>tarefas são realizadas em uma grande variedade de ambientes, e é justamente a</p><p>sua exploração (do contexto em que a habilidade é realizada e do objeto sobre</p><p>o qual se age) que possibilita o desenvolvimento das habilidades motoras pelo</p><p>indivíduo.</p><p>Por exemplo, um aprendiz somente dominará a habilidade do chute no</p><p>futebol se explorar a sua interação com a bola. Ele apenas saberá a habilidade</p><p>do chute no futsal e no futebol se estudar a sua interação com as bolas de</p><p>ambos, bem como com a quadra e o campo. Apesar desses esportes serem</p><p>semelhantes, tanto o tamanho e peso da bola como a dimensão e superfície</p><p>do campo e da quadra se diferem. Desse modo, o indivíduo deve explorar</p><p>esses ambientes a fim de dominar a habilidade do chute nos dois cenários.</p><p>O ambiente possui duas categorias de classificação: as condições regu-</p><p>ladoras fixas e as reguladoras em movimento. A primeira ocorre quando a</p><p>habilidade é realizada em um ambiente estacionário, em que o contexto ou o</p><p>objeto sobre o qual se age não se altera durante a sua execução. Por exemplo,</p><p>arremessar dardos no alvo ou um lance livre no basquete, realizar um chute a</p><p>gol sem goleiro no futebol, executar a primeira tacada no golfe, etc. Em todas</p><p>essas situações, o participante pode iniciar a ação quando estiver pronto e</p><p>executar a habilidade de acordo com a sua vontade. As habilidades motoras</p><p>realizadas em um ambiente fixo são conhecidas</p><p>como habilidades fechadas.</p><p>Já a reguladora em movimento acontece quando a habilidade é executada</p><p>em ambiente em movimento e imprevisível, no qual as condições estão cons-</p><p>tantemente mudando. Por exemplo, chutar uma bola ou rebater uma bola de</p><p>basebol em movimento, atacar uma bola no vôlei, lançar um dardo no alvo</p><p>Aprendizagem motora — teorias e conceitos6</p><p>móvel, etc. O movimento obedece ao ambiente para cumprir seu objetivo, e</p><p>o aprendiz deve sincronizá-lo a esse ambiente. As habilidades motoras feitas</p><p>em um ambiente em movimento são chamadas de habilidades abertas.</p><p>Percebe-se a importância do fator ambiente para a aprendizagem e o refina-</p><p>mento de uma habilidade ao realizá-la sem o considerar. Por exemplo, rebater</p><p>uma bola no basebol sem se atentar ao seu tamanho, à sua velocidade e ao seu</p><p>posicionamento, ou arremessar uma bola na cesta de basquete sem considerar</p><p>o tamanho e peso da bola, bem como a distância e altura da cesta. A tentativa</p><p>de executar uma tarefa sem avaliar o ambiente é destinada ao fracasso.</p><p>Tarefa</p><p>A tarefa ou a habilidade executada determina o tipo de movimento que será</p><p>executado. As habilidades são classificadas, por meio de diversos esquemas,</p><p>em diferentes categorias para estabelecer princípios sobre como realizá-las e</p><p>aprendê-las. Há os esquemas unidimensionais, que as classificam de acordo com</p><p>uma característica em comum e alguns aspectos, os quais você verá a seguir.</p><p>� Musculares: as habilidades motoras grossas envolvem o recrutamento</p><p>de grandes grupos musculares para a execução do movimento (cor-</p><p>rer, saltar, chutar, arremessar); já as motoras finas, o recrutamento</p><p>de pequenos grupos musculares em um movimento preciso (escrever,</p><p>digitar, costurar).</p><p>� Temporais: as habilidades discretas se definem por ter um início e</p><p>um fim (arremessar, rebater). Nas habilidades em série, a discreta é</p><p>repetida ou combinada (sequência de ginástica, drible do basquete).</p><p>Já as contínuas são movimentos cíclicos, em que não se pode definir</p><p>início e fim (correr, nadar).</p><p>� Ambientais: as habilidades fechadas são realizadas em um ambiente</p><p>estável e previsível (chutar uma bola parada, arremessar um dardo em</p><p>um alvo fixo); já a aberta é feita em um ambiente instável que influencia</p><p>a ação (rebater uma bola, arremessar em um alvo móvel).</p><p>� Funcionais: as habilidades estabilizadoras requerem algum grau de</p><p>equilíbrio (girar, rolamento corporal). As locomotoras, por sua vez,</p><p>envolvem a alteração da localização do corpo em relação a um ponto</p><p>fixo (correr, saltar em distância). Já nas manipulativas, se aplica força</p><p>em um objeto ou recebe força dele (arremessar, receber).</p><p>7Aprendizagem motora — teorias e conceitos</p><p>Além dessas classificações, Gentile (1972) propôs uma bidimensional com</p><p>base no contexto ambiental em que a pessoa realiza a tarefa e na função da</p><p>ação que caracteriza a habilidade. Cada fator é subdivido a fim de criar um</p><p>esquema que leva a 16 categorias de habilidades.</p><p>A aprendizagem motora é dependente da interação de cada fator individual</p><p>com a tarefa realizada em determinado ambiente. Qualquer alteração em um</p><p>dos três fatores afetará o movimento que surge dessas interações, evidenciando</p><p>o processo dinâmico e sistêmico da aprendizagem.</p><p>Teorias da aprendizagem motora</p><p>Foram propostas diversas teorias sobre como a aprendizagem motora ocorre,</p><p>entre elas, pode-se destacar as de Fitts e Posner (1967), de Adams (1971), de</p><p>Bernstein (1967) e de Gentile (1972, 1987). Você as conhecerá a seguir.</p><p>Teoria de Fitts e Posner</p><p>A teoria de aprendizagem motora mais disseminada é a elaborada por Fitts e</p><p>Posner (1967). Baseando-se no processamento da informação de componentes</p><p>perceptuais e motores da habilidade, eles propuseram três fases de aprendi-</p><p>zagem: estágio cognitivo, de fixação e autônomo.</p><p>O estágio cognitivo é marcado por dificuldades na execução da habilidade</p><p>motora, em decorrência de problemas cognitivos. Ao tentar desempenhá-la,</p><p>por exemplo, o indivíduo se pergunta o que deve fazer; quando e como; qual o</p><p>objetivo; até que ponto movimentar esse braço; qual a melhor forma de segurar</p><p>o objeto; onde este braço deve estar quando a perna estiver aqui. Por isso,</p><p>há grande quantidade de erros no desempenho, e a performance é hesitante,</p><p>errática e mal cronometrada com o ambiente externo. Porém, isso não deve</p><p>ser uma preocupação, uma vez que se trata apenas do estágio inicial para</p><p>ganhos posteriores de proficiência. As instruções, demonstrações e os vídeos</p><p>são instrumentos úteis para auxiliar o indivíduo na aquisição da habilidade.</p><p>Quando os problemas cognitivos são resolvidos, o indivíduo entra no está-</p><p>gio de fixação (chamado de associativo), no qual seu foco é a organização de</p><p>padrões de movimento mais eficazes para desempenhar a habilidade, e ocorre</p><p>o refinamento das adquiridas na fase anterior. Os erros tornam-se menos</p><p>frequentes e grosseiros, ao mesmo tempo em que a variação no desempenho</p><p>diminui. Nesse estágio, o aprendiz é capaz de detectar seus erros e monitorar</p><p>Aprendizagem motora — teorias e conceitos8</p><p>seu feedback. Por exemplo, quando um praticante de basquete erra um arre-</p><p>messo, já consegue detectar possíveis problemas que ocasionaram esse erro</p><p>— não estendeu o cotovelo durante o arremesso, não flexionou o punho, etc.</p><p>Após uma prática considerável, o aprendiz entra no estágio autônomo, em</p><p>que a habilidade já se tornou automática, e ele não pensa conscientemente no</p><p>que está fazendo enquanto a desempenha e pode realizar atividades cognitivas</p><p>de ordem mais alta e simultânea. Por exemplo, quando se aprende a caminhar</p><p>com proficiência, não é mais necessário pensar na execução dos passos e pode-</p><p>-se fazer atividades ao mesmo tempo, como caminhar e ler o jornal; caminhar</p><p>e mexer no celular; caminhar e pensar no trabalho, etc. No âmbito esportivo,</p><p>o jogador de futebol não pensa em como está conduzindo a bola com o pé,</p><p>ele executa o movimento automaticamente, olha para os seus companheiros</p><p>e adversários e analisa qual a sua melhor opção de passe.</p><p>Teoria de Adams</p><p>A teoria de Adams (1971) é denominada de teoria de circuito fechado e propõe</p><p>que o aprendiz adquire a habilidade por meio de um feedback. A cada tentativa,</p><p>ele armazena relações entre as informações que lhe permitem comparar o</p><p>desempenho atual com o de referência que deve ser alcançado. Essa diferença</p><p>entre o desempenho realizado e o desejado é diminuída pelo feedback negativo.</p><p>Por exemplo, ao executar um arremesso do basebol, o indivíduo permanece</p><p>com o pé do mesmo lado do corpo que a mão arremessada à frente dele. O</p><p>feedback informa que o posicionamento das suas pernas está ao contrário do</p><p>que deveria ser, e o aprendiz, por sua vez, armazena essa informação e tenta</p><p>executar a habilidade de forma correta na próxima tentativa.</p><p>Essa teoria é composta de duas fases de aprendizagem motora. Na primeira,</p><p>chamada de estágio verbal-motor, os erros de desempenho são grosseiros; e as</p><p>suas correções, fundamentadas no conhecimento de resultado, que se trata de</p><p>uma informação, a partir da qual o aprendiz constrói hipóteses e estratégias para</p><p>efetuar uma resposta diferente da anterior. Após muita prática, quando ele for</p><p>capaz de executar várias tentativas corretamente, o primeiro estágio termina.</p><p>Já no segundo, denominado estágio motor, o aprendiz consegue detectar</p><p>seus erros e, consequentemente, corrigi-los, a fim de aperfeiçoar o movimento</p><p>e continuar aprendendo. Por exemplo, ao errar um saque do vôlei, ele percebe</p><p>que o motivo da falha foi o lançamento da bola muito à frente e, na próxima</p><p>tentativa, o corrige e executa o saque com sucesso. Adams propõe a passagem</p><p>9Aprendizagem motora — teorias e conceitos</p><p>do estágio verbal-motor para o motor como uma analogia ao processo de</p><p>transformar um comportamento controlado em automatizado.</p><p>Teoria de Bernstein</p><p>Baseando-se no controle motor combinado e em uma perspectiva biomecânica,</p><p>Bernstein (1967) determinou três estágios de aprendizagem da habilidade. O</p><p>primeiro é denominado de redução</p><p>dos graus de liberdade, que representam</p><p>uma possibilidade de movimento entre as inúmeras possíveis. O problema</p><p>inicial do aprendiz é saber o que fazer com as possibilidades disponíveis no</p><p>corpo, por isso, propõe-se que os movimentos redundantes não essenciais</p><p>sejam reduzidos.</p><p>Consequentemente, diminui-se o número de graus de liberdade que devem</p><p>ser controlados, possibilitando que a atenção seja direcionada aos poucos graus</p><p>que serão executados. Por exemplo, em um arremesso de peso, o praticante</p><p>precisa jogá-lo com a técnica correta em alta velocidade, objetivando a maior</p><p>distância possível. No estágio de redução de graus de liberdade, o foco poderia</p><p>ser dado somente ao aprendizado da técnica do arremesso (onde posicionar</p><p>o peso, como segurá-lo, como movimentar o corpo e o peso no lançamento),</p><p>não exigindo velocidade de movimento e grande distância arremessada.</p><p>Após a aquisição de um número mínimo de graus de liberdade, ele tenta</p><p>melhorar sua performance liberando mais alguns graus que haviam sido</p><p>reduzidos. Esse estágio é denominado de liberação de graus de liberdade. Por</p><p>exemplo, no arremesso de peso, além do praticante executar corretamente a</p><p>técnica do arremesso, deve realizá-la com velocidade e atingir a maior distância</p><p>possível. Outro exemplo, após um indivíduo aprender a técnica do salto em</p><p>distância no estágio anterior, ele precisa executá-lo almejando atingir a maior</p><p>distância possível.</p><p>No último estágio de aprendizagem, chamado de exploração de dinâmica</p><p>passiva, o indivíduo aprende como a gravidade, as características semelhantes</p><p>à mola do músculo e o impulso afetam seu corpo e seu movimento. Nesse</p><p>estágio, o movimento atinge o máximo de eficácia (um resultado com máxima</p><p>certeza) e eficiência (mínimo de gasto calórico).</p><p>Aprendizagem motora — teorias e conceitos10</p><p>Teoria de Gentile</p><p>Gentile (1972, 1987) propôs uma teoria de aprendizagem motora do ponto de</p><p>vista do aprendiz. No primeiro estágio, o objetivo é entender o movimento</p><p>e estabelecer o seu padrão básico. Em termos gerais, entender o movimento</p><p>pode representar o que o indivíduo deve fazer para atingir a meta. Já em ter-</p><p>mos de movimento, significa compreender o padrão de movimento adequado</p><p>necessário para alcançar essa meta. Por exemplo, nesse primeiro momento,</p><p>se ele está aprendendo a arremessar uma bola na cesta, o foco será entender</p><p>como coordenar adequadamente os movimentos dos braços e da mão para</p><p>executar o arremesso com proficiência.</p><p>Além disso, o aprendiz deve saber discriminar os aspectos ambientais que</p><p>podem interferir no movimento dos que não exercem influência sobre ele. Os</p><p>aspectos que o influenciam são denominados de condições reguladoras—em</p><p>um arremesso, trata-se do peso e tamanho da bola, bem como da distância da</p><p>bola até a cesta. Já os aspectos que não influenciam o movimento são chamados</p><p>de condições não reguladoras, por exemplo, a cor da bola a ser arremessada.</p><p>No segundo estágio, o objetivo do aprendiz é descritivo, em termos de</p><p>fixação/diversificação. Ele deve adquirir três características para refinar a</p><p>habilidade aprendida no outro estágio: adaptação, consistência e economia de</p><p>esforço. A adaptação se refere ao indivíduo adaptar o padrão de movimento a</p><p>qualquer situação de desempenho que exija essa habilidade. Por exemplo, após</p><p>aprender o padrão de movimento do arremesso, ele deve saber arremessar de</p><p>diferentes distâncias, parado e em movimento, etc. Além disso, é exigido que</p><p>o aprendiz aumente a consistência em atingir a meta (um padrão de arremesso</p><p>proficiente), acerte a cesta na maioria das tentativas e aprenda a desempenhar</p><p>a habilidade com economia de esforço. Dessa forma, ele não precisará prestar</p><p>tanta atenção no gesto de arremessar e, consequentemente, atentará a outras</p><p>características do ambiente que influenciam o seu padrão de movimento.</p><p>Um aspecto importante referente ao processo de aprendizagem motora,</p><p>presente em todas as teorias citadas, é a quantidade de melhora do desempenho</p><p>em cada fase. Nos estágios iniciais da aprendizagem, o indivíduo apresenta</p><p>uma rápida e grande melhora e torna-se mais habilidoso a cada execução. No</p><p>entanto, no estágio final, como ele já é muito capaz, as melhorias na perfor-</p><p>mance são lentas. Nesses casos, pode-se adicionar algumas dificuldades, como</p><p>realizar um treino técnico com a fadiga já instaurada (um treino de finalização</p><p>no futebol após todo o treinamento físico).</p><p>11Aprendizagem motora — teorias e conceitos</p><p>O termo fixação está relacionado às habilidades motoras fechadas, em que o aprendiz</p><p>deve refinar o padrão de movimento para produzi-lo de maneira correta e consistente.</p><p>Já o termo diversificação se refere às habilidades motoras abertas, nas quais ele precisa</p><p>modificar as características do padrão de movimento para se adequar ao ambiente.</p><p>Em conclusão, a aprendizagem motora é um conjunto de processos cogniti-</p><p>vos, que resulta em uma melhora relativamente permanente na capacidade do</p><p>indivíduo em desempenhar uma habilidade, devido à prática ou à experiência.</p><p>Já o processo de aprendizagem se influencia pela interação do indivíduo com</p><p>o ambiente e a tarefa a ser executada. Por fim, diversas teorias foram elabo-</p><p>radas sobre como ele ocorre. Em todas elas, o aprendiz parte de um estágio</p><p>inicial, no qual ele demanda de muita atenção para executar as habilidades,</p><p>com desempenho inconsistente e uma grande quantidade de erros grosseiros;</p><p>culminando em um estágio final, em que ele demanda de baixa atenção para</p><p>realizar as habilidades, com desempenho consistente e poucos erros.</p><p>ADAMS, J. A. A closed-loop theory of motor learning. Journal of Motor Behavior, College</p><p>Park, v. 3, n. 2, p. 111-150, 1971. Disponível em: . Acesso em: 30 maio 2018.</p><p>BERNSTEIN, N. A.The co-ordination and regulation of movements. London: Pergamon</p><p>Press, 1967. 196 p.</p><p>FITTS, P. M.; POSNER, M. I. Human performance. Pacific Grove: Brooks/Cole Publishing</p><p>Company, 1967.162 p.</p><p>GENTILE, A. M. A working model of skill acquisition with application to teaching. Quest,</p><p>[s.l.], v. 17, n. 1, p. 3-23, 1972. Disponível em: . Acesso em: 30 maio 2018.</p><p>GENTILE, A. M. Skill aquisition: action, movement and the neutromotor process. In:</p><p>CARR, J. H. et al. Movement science: foundations for physical therapy in rehabilitation.</p><p>Rockville: Aspen, 1987. 186 p.</p><p>MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Edgard</p><p>Blucher, 2000. 369 p.</p><p>Aprendizagem motora — teorias e conceitos12</p><p>Leituras recomendadas</p><p>GALLAHUE, D. L. A classificação das habilidades de movimento: um caso para mode-</p><p>los multidimensionais.Revista da Educação Física, Maringá, v. 13, n. 2, p. 105-111, 2002.</p><p>Disponível em: . Acesso em: 31 maio 2018.</p><p>GALLAHUE, D. L.; DONNELLY, F. C. Educação física desenvolvimentista para todas as</p><p>crianças.4. ed. São Paulo: Phorte, 2008. 725 p.</p><p>GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C.Compreendendo o desenvolvimento motor. 3. ed. São</p><p>Paulo: Phorte, 2005. 585 p.</p><p>SCHMIDT, R. A.; LEE, T. D. Aprendizagem e performance motora: dos princípios à apli-</p><p>cação. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. 338 p.</p><p>13Aprendizagem motora — teorias e conceitos</p><p>Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para</p><p>esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual</p><p>da Instituição, você encontra a obra na íntegra.</p><p>Dica do professor</p><p>A aprendizagem motora é um conjunto de processos cognitivos que resulta em uma melhora,</p><p>relativamente permanente, na capacidade do indivíduo em desempenhar uma habilidade devido à</p><p>prática ou experiência. Por ser um processo interno, a aprendizagem não pode ser diretamente</p><p>avaliada pela observação. Assim, é aferida a partir da observação do desempenho, que é o</p><p>comportamento motor observável. No entanto, quando se avalia o desempenho de um indivíduo</p><p>por um período de tempo, constata-se</p><p>um platô de desempenho.</p><p>Confira na Dica do Professor o que são os platôs de desempenho e as suas possíveis causas.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/bc7c71f5df7ce162bdc6176f293c80b5</p><p>Na prática</p><p>Gentile propôs uma teoria de aprendizagem motora dividida em dois estágios. No primeiro estágio,</p><p>o objetivo do aprendiz é entender o movimento, ou seja, estabelecer o padrão básico do</p><p>movimento. No segundo estágio, o objetivo do aprendiz é descritivo em termos de</p><p>fixação/diversificação. Durante este estágio, o indivíduo deve adquirir três características para</p><p>refinar a habilidade aprendida no estágio anterior: adaptação, consistência e economia de esforço.</p><p>Alex é professor de Educação Física de uma turma que está desenvolvendo a habilidade do chute</p><p>do futebol e do saque no vôlei. De acordo com a teoria de Gentile, ele elaborou atividades para</p><p>serem desenvolvidas no primeiro e no segundo estágio das fases de desenvolvimento.</p><p>Confira quais foram:</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/3643be74-76e9-4ba5-a6fb-47c35530d4cd/09843411-b5a9-40a0-a551-51c595630f9e.png</p><p>Saiba +</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Diferenciando aprendizagem motora e desenvolvimento motor</p><p>Uma explicação breve sobre os aspectos de cada um e o que os torna diferentes.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Estágios de aprendizagem das habilidades motoras</p><p>Saiba mais sobre a teoria de Fitts e Posner.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>O pai da biomecânica</p><p>Saiba quem foi Nikolai Bernstein e qual foi a importância de seus trabalhos científicos para todos os</p><p>profissionais que trabalham com movimento humano.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://www.youtube.com/embed/FDLgUaxG2zg</p><p>https://www.youtube.com/embed/Py73GXUi1yo</p><p>https://www.youtube.com/embed/gdyvYi886TQ</p>

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