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<p>NÃO PODE FALTAR</p><p>INCORPORAÇÃO DE ATIVOS</p><p>Gabriela Gambato</p><p>Imprimir</p><p>PRATICAR PARA APRENDER</p><p>Caro aluno!</p><p>Você já reparou que os ativos farmacêuticos raramente são administrados de</p><p>forma isolada? Geralmente, os fármacos e os ativos cosméticos fazem parte de</p><p>uma formulação combinados com uma ou mais substâncias inativas que possuem</p><p>funções farmacêuticas gerais ou especí�cas. O desenvolvimento de formulações</p><p>semissólidas e líquidas é desa�ador, pois a elevada concentração de solventes,</p><p>como a água, nestas formas farmacêuticas interfere na estabilidade dos ativos. No</p><p>decorrer desta seção, estudaremos os itens práticos relacionados ao preparo de</p><p>produtos farmacêuticos destinados à aplicação na pele. Entenderemos a</p><p>importâncias da etapa de pré-formulação e os aspectos a serem considerados no</p><p>delineamento de formulações de aplicação tópica, assim como conheceremos os</p><p>equipamentos envolvidos na incorporação de ativos em bases prontas.</p><p>Ao preparar a formulação de ondansetrona, você entendeu as etapas envolvidas</p><p>no preparo de uma forma farmacêutica semissólida, transdérmica, em escala</p><p>magistral. Faltou apenas a realização do controle de qualidade, não é mesmo? A</p><p>farmacêutica supervisora de estágio solicita que você faça uma busca na literatura</p><p>sobre as análises de controle de qualidade requeridas para as matérias-primas e</p><p>para os produtos preparados em escala magistral.</p><p>Tanto em escala magistral como industrial, é necessário que a empresa realize</p><p>ensaio de controle de qualidade das matérias-primas empregadas no preparo de</p><p>produtos farmacêuticos, bem como no próprio produto acabado. Quais ensaios</p><p>mínimos de controle de qualidade são exigidos pela legislação vigente para as</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+F… 1/14</p><p>matérias-primas empregadas no preparo da ondansetrona 8 mg transdérmica e</p><p>para o produto que será dispensado ao cliente? E se este produto fosse preparado</p><p>em escala industrial, quais equipamentos estariam envolvidos?</p><p>Esta seção é muito importante para concluir o entendimento de detalhes</p><p>qualitativos envolvidos no preparo de formas farmacêuticas semissólidas e líquidas</p><p>destinadas à aplicação na pele.</p><p>CONCEITO-CHAVE</p><p>PERMEABILIDADE CUTÂNEA</p><p>Para que um ativo exerça o efeito desejado, ele deve ser liberado da forma</p><p>farmacêutica e difundir-se nas barreiras do organismo em que foi administrado.</p><p>Embora aplicadas topicamente, as moléculas do fármaco em uma formulação</p><p>transdérmica sofrem penetração, permeação e absorção percutânea e são</p><p>captadas pela microcirculação na camada papilar dérmica para transporte ao</p><p>tecido-alvo através da circulação sistêmica. O principal argumento para a escolha</p><p>de uma formulação que apresente permeabilidade cutânea é que ela fornece</p><p>vantagens clínicas em comparação às outras vias de administração, incluindo:</p><p>eliminação de variáveis relativas ao trato gastrointestinal (pH, presença de</p><p>alimentos, microbiota), ausência do efeito de primeira passagem, deglutição e</p><p>confronto com características organolépticas indesejáveis (sabor e odor), além de</p><p>permitir a liberação controlada do fármaco. No geral, formulações transdérmicas</p><p>são um passo à frente na tecnologia farmacêutica, com signi�cância tanto para a</p><p>área farmacêutica quanto para a prática médica e com muitas oportunidades</p><p>baseadas nos esforços de pesquisa.</p><p>ASSIMILE</p><p>Administrar um medicamento sobre a pele pode ter diferentes desfechos.</p><p>Observe os seguintes conceitos:</p><p>Penetração: quando as substâncias presentes em uma formulação</p><p>atingem a camada córnea, a camada mais externa da epiderme.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+F… 2/14</p><p>Permeação: as substâncias passam pela epiderme e atingem a derme,</p><p>porém não atingem vasos sanguíneos.</p><p>Absorção: quando as substâncias que permearam a derme atingem a</p><p>corrente sanguínea, exercendo efeito sistêmico.</p><p>Durantes os estudos de pré-formulação (Figura 1.5) são levantadas as questões</p><p>sobre as propriedades dos ativos e dos excipientes para de�nir os aspectos</p><p>relativos à forma farmacêutica a ser desenvolvida.</p><p>Figura 1.5 | Características da substância ativa levantadas durante a etapa de pré-formulação</p><p>Fonte: elaborada pela autora.</p><p>O conhecimento das propriedades biofarmacêuticas do ativo destinado a uma</p><p>formulação que apresente permeabilidade cutânea é muito importante,</p><p>principalmente quanto às questões farmacocinéticas e farmacodinâmicas</p><p>responsáveis pela atividade terapêutica. As questões biofarmacêuticas especí�cas</p><p>para uma formulação transdérmica se relacionam com: (1) in�uência do local de</p><p>aplicação na biodisponibilidade; (2) efeito da aplicação repetida da formulação</p><p>transdérmica no mesmo local de aplicação, incluindo alteração na absorção da</p><p>droga associada à irritação local, reações in�amatórias ou de hipersensibilidade;</p><p>(3) aplicação apropriada da formulação na pele pelo paciente; (4) propriedade</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+F… 3/14</p><p>barreira da pele, incluindo se a pele contribui para o controle da taxa de entrada</p><p>do medicamento na circulação sistêmica; (5) efeitos da oclusão do local de</p><p>aplicação em relação à biodisponibilidade e irritação/hipersensibilidade.</p><p>ASSIMILE</p><p>Propriedades químicas: relativas à estrutura química, forma e</p><p>reatividade das matérias-primas.</p><p>Propriedades físicas: referem-se às características quanto ao tamanho</p><p>de partícula, à estrutura cristalina, ao ponto de fusão e à solubilidade.</p><p>Propriedades biológicas: estão relacionadas à capacidade do ativo de</p><p>atingir um sítio de ação e produzir uma resposta biológica.</p><p>Alguns fármacos e substâncias cosméticas promissoras apresentam características</p><p>biofarmacêuticas limitantes para difundir-se na barreira epitelial. Em alguns casos,</p><p>estes ativos são incompatíveis com diversos componentes de uma formulação ou</p><p>apresentam instabilidade em condições adversas de armazenamento. Neste</p><p>contexto, uma ferramenta útil para melhorar o desempenho no processo</p><p>farmacotécnico e no efeito terapêutico do produto é a veiculação dos ativos em</p><p>sistemas vesiculares de liberação de fármacos, como os lipossomas (Figura 1.6), as</p><p>nanopartículas lipídicas e as nano ou microemulsões.</p><p>Figura 1.6 | Representação da estrutura de lipossomas convencionais, lipossomas peguilados com</p><p>moléculas de polietilenoglicol na superfície, lipossomas sítio-dirigidos com a presença de</p><p>macromoléculas, como proteínas e lipossomas multifuncionais</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+F… 4/14</p><p>Fonte: Apolinário et al. (2000, p. 4).</p><p>Durante o desenvolvimento de produtos com a capacidade de permeabilidade</p><p>cutânea (bases farmacêuticas, bases dermocosméticas ou medicamentos), lotes</p><p>em diferentes escalas devem ser produzidos. Inicialmente, pequenos lotes de</p><p>várias formulações são preparados em intervalos de gramas; na sequência, a</p><p>escala é aumentada e, com a aprovação dos aspectos físico-químicos de</p><p>estabilidade, o produto é submetido a testes clínicos. Estas etapas são cruciais</p><p>para garantir os aspectos relativos à estabilidade, segurança e e�cácia de um</p><p>produto destinado à aplicação na pele. No decorrer das etapas de</p><p>desenvolvimento, os testes in vitro de permeação cutânea são uma ferramenta</p><p>importante para a triagem das formulações, pois permitem</p><p>classi�car e adicionar</p><p>informações relevantes na seleção de produtos com desempenho satisfatório.</p><p>SOLUBILIDADE DE ATIVOS</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+F… 5/14</p><p>Para iniciar o estudo de desenvolvimento de uma forma farmacêutica contendo</p><p>um fármaco ou ativo cosmético, é necessário que as características físico-químicas</p><p>estejam estabelecidas na etapa de pré-formulação. É requerido que o ativo</p><p>apresente um polimorfo estável, não seja higroscópico, seja cristalino,</p><p>biodisponível, com características organolépticas aceitáveis e apresente</p><p>compatibilidade com os excipientes. A maioria dos fármacos em uso atualmente</p><p>apresentam-se como sólidos, e para a administração por via tópica é necessário</p><p>que eles estejam disponíveis em uma forma farmacêutica líquida, semissólida ou</p><p>em um sistema de liberação de fármacos (adesivos ou dispositivos).</p><p>A temperatura, a estrutura molecular do soluto, a natureza do solvente, as</p><p>características cristalinas, o grau de solvatação, o pH e a formação de complexos</p><p>são alguns dos fatores que afetam a solubilidade das substâncias presentes nas</p><p>formulações. As moléculas de uma determinada substância líquida ou sólida são</p><p>mantidas unidas umas às outras por meio de vários tipos de forças</p><p>intermoleculares. A natureza e a intensidade dessas forças têm grande in�uência</p><p>sobre várias propriedades dos compostos, como solubilidade em determinado</p><p>solvente, temperatura de ebulição e temperatura de fusão.</p><p>Matérias-primas compostas por moléculas polares exercem forças atrativas entre</p><p>si muito mais intensas do que as forças entre moléculas apolares e entre</p><p>moléculas apolares com polares. Desta forma, um soluto polar se dissolverá em</p><p>maior extensão em um solvente polar, no qual a força de interação soluto-solvente</p><p>será comparável à força entre moléculas do soluto do que em um solvente apolar,</p><p>no qual a interação soluto-solvente será relativamente fraca. As forças de atração</p><p>entre as moléculas de um solvente polar serão muito intensas para a separação</p><p>dessas moléculas pela inserção de um soluto apolar. Assim, tem-se que</p><p>semelhante dissolve semelhante, portanto solventes para solutos apolares tendem</p><p>a restringir-se a líquidos apolares. Fatores adicionais devem ser cogitados, tal como</p><p>a formação de ligações de hidrogênio entre o soluto e o solvente, contribuindo na</p><p>dissolução do soluto. Conforme descrito por Aulton e Taylor (2016), a solubilidade</p><p>aparente em um líquido particular pode ser aumentada ou diminuída pela adição</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+F… 6/14</p><p>de uma terceira substância, que forma um complexo intermolecular com o soluto</p><p>e, desta forma, a solubilidade do complexo determinará a mudança aparente da</p><p>solubilidade do soluto original.</p><p>As partículas de um sólido podem apresentar estrutura cristalina ou amorfa.</p><p>Sólidos amorfos, em geral, são mais solúveis que sólidos cristalinos, porém</p><p>apresentam maior grau de instabilidade, sendo a estrutura cristalina preferível em</p><p>relação à amorfa. Sólidos cristalinos podem apresentar polimorfos, ou seja, formas</p><p>diferentes para um mesmo composto, e isso implicará as propriedades físicas dele.</p><p>Dois polimorfos de um mesmo fármaco podem apresentar solubilidades distintas,</p><p>sendo possível que estes apresentem biodisponibilidade diferente, mesmo</p><p>estando presentes em uma mesma forma farmacêutica.</p><p>REFLITA</p><p>A agregação de moléculas de determinada matéria-prima sólida resulta na</p><p>formação de aglomerados de denominadas partículas. Fármacos</p><p>empregados em formulações de aplicação tópica podem originalmente</p><p>estar na forma sólida. Re�ita:</p><p>Quais são as possibilidades de apresentação, ou seja, as formas destas</p><p>partículas?</p><p>Qual é a importância deste aspecto no desenvolvimento de formas</p><p>farmacêuticas de aplicação tópica?</p><p>SOLUBILIDADE DE BASES</p><p>Durante o processo de dissolução de um composto, líquido ou sólido, denominado</p><p>soluto, em um líquido, determinado solvente, as interações soluto-soluto são</p><p>substituídas por interações soluto-solvente. Como regra geral, as substâncias</p><p>ativas de uma formulação se dissolverão bem em solventes, veículos ou bases com</p><p>polaridades semelhantes. Ativos com característica iônica ou polar tendem a se</p><p>dissolver bem em veículos polares, enquanto ativos apolares tendem a se dissolver</p><p>bem em solventes poucos polares.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+F… 7/14</p><p>Bases compostas por matérias-primas, cujas cadeias carbônicas são extensas,</p><p>apresentam menor solubilidade em água. Evidentemente, a presença de</p><p>grupamentos polares, como as hidroxilas, nas cadeias carbônicas auxilia na</p><p>solubilidade em água. Os veículos/solventes são as principais matérias-primas</p><p>utilizadas no preparo de bases para formas farmacêuticas semissólidas e, por</p><p>estarem presentes em quantidades elevadas, estes componentes contribuem</p><p>muito com as características de solubilidade das bases, podendo ser</p><p>primordialmente hidrossolúveis ou hidrofóbicas. Dentre os solventes disponíveis, a</p><p>água é o mais comumente utilizado, seguida pelo álcool etílico, álcool isopropílico,</p><p>glicerina, propilenoglicol e polietilenoglicol 400. Os óleos vegetais e minerais são</p><p>empregados como solventes para dissolução de substâncias apolares, e neste</p><p>processo, geralmente, são empregados o óleo de girassol, o óleo de oliva e o óleo</p><p>mineral. De acordo com Allen Júnior, Popovich e Ansel (2013), a escolha do tipo de</p><p>base a ser utilizada na formulação semissólida dependerá da avaliação de diversos</p><p>fatores:</p><p>A velocidade necessária de liberação do fármaco a partir da base.</p><p>Efeito local ou sistêmico.</p><p>Necessidade de oclusão da umidade da pele.</p><p>Aceitabilidade pelo paciente (sensorial ao toque, facilidade de aplicação,</p><p>pegajosidade).</p><p>A in�uência do fármaco sobre a consistência ou outras propriedades da base.</p><p>Se for desejável que a base seja facilmente removida por lavagem com água.</p><p>pH �nal da formulação.</p><p>As características da superfície na qual será aplicada.</p><p>A base que apresentar as características físico-químicas para proporcionar a</p><p>melhor combinação entre os aspectos biofarmacêuticas requeridos é considerada</p><p>a mais adequada.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+F… 8/14</p><p>INCORPORAÇÃO DE ATIVOS EM BASES PRONTAS</p><p>Para incorporar os ativos em bases prontas, devem ser considerados os aspectos</p><p>relativos à base, ao ativo e à escala desejada. Se o ativo for sólido, primeiramente,</p><p>ele deve ser transformado em um líquido por meio da dissolução ou levigação. Um</p><p>mesmo ativo pode estar incorporado em várias formas farmacêuticas,</p><p>dependendo da �nalidade para a qual foi prescrito. Ativos veiculados em formas</p><p>farmacêuticas líquidas ou semissólidas apresentam menor estabilidade, e este</p><p>fator deve ser considerado na determinação do prazo de validade. Cada forma</p><p>farmacêutica é única em suas características físicas e biofarmacêuticas. A utilização</p><p>de bases prontas fornece agilidade no preparo de um produto, sendo esta prática</p><p>comumente empregada na área magistral. Neste caso, uma atenção especial deve</p><p>ser dada para a quantidade de base a ser utilizada. As bases prontas sempre serão</p><p>em quantidade su�ciente para (q.s.p.) a quantidade �nal da formulação.</p><p>EXEMPLIFICANDO</p><p>Quantidade su�ciente para (q.s.p)</p><p>A sigla q.s.p. é muito utilizada pelos prescritores de produtos semissólidos e</p><p>líquidos. Serve para indicar a quantidade de veículo su�ciente para</p><p>determinada quantidade de produto. Assim, é necessário somar a</p><p>quantidade total dos componentes da fórmula e subtrair do total solicitado.</p><p>Se você tiver uma prescrição de creme com ureia 20% em creme base q.s.p.</p><p>60 gramas, quantos gramas de creme base serão necessários para preparar</p><p>o produto dermatológico?</p><p>60 g de produto x 20% de ativo = 12 g de ativo (ureia)</p><p>60 g de produto - 12 g de ativo = 48 g de creme base</p><p>Serão necessários 48 gramas de creme base para preparar 60 gramas do</p><p>creme solicitado na prescrição.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+F… 9/14</p><p>As matérias-primas sólidas devem ser dissolvidas ou dispersas no veículo de maior</p><p>a�nidade e, na sequência, misturados aos outros componentes da fórmula para</p><p>obtenção do produto �nal. A obtenção de uma mistura homogênea é o objetivo</p><p>principal na incorporação de ativos em produtos semissólidos ou líquidos e, para</p><p>isso, são utilizados misturadores apropriados à escala de trabalho, às</p><p>características do produto e à etapa de homogeneização (primária ou secundária).</p><p>Homogeneização primária: dissolução ou dispersão de matérias-primas sólidas</p><p>em determinado solvente. Nesta etapa, são utilizados equipamentos</p><p>misturadores de alta velocidade, homogeneizadores ultrassônicos ou sistemas</p><p>de membranas e microcanais.</p><p>Homogeneização secundária: incorporação de ativos solubilizados ou dispersos</p><p>previamente. Geralmente, são utilizados equipamentos de alta pressão e</p><p>moinhos coloidais.</p><p>O almofariz e o pistilo são a primeira opção para realizar a mistura de semissólidos</p><p>em pequenas escalas, mas também estão disponíveis misturadores mecânicos</p><p>para homogeneização de 1 mL a 12 L de produto (Figura 1.7).</p><p>Figura 1.7 | Equipamento misturador para escala laboratorial (A), esquema geral de um misturador</p><p>mecânico de parede simples com chicanas (B) e misturador de parede encamisada sem chicanas (C)</p><p>Fonte: adaptada de (A) Misturadores de laboratório. Silverson ([s. d., s. p.]); (B) Terron (2012, p. 372); (C)</p><p>Tanque encamisado ART0004. Artinox, ([s. d., s. p.]). Acesso em: 24 jun. 2021.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+… 10/14</p><p>Na escala industrial (Figura 1.8), lotes de até 1.500 kg são fabricados em tanques</p><p>de aço inoxidável, com agitação planetária e um homogeneizador embutido. Os</p><p>tanques podem ser simples ou encamisados para proporcionar aquecimento ao</p><p>sistema de mistura, adaptados ou não com chicanas para orientar o padrão de</p><p>�uxo da mistura na forma radial, rotacional ou longitudinal e podem dispor de</p><p>rotores apropriados às necessidades da formulação (Figura 1.9).</p><p>ASSIMILE</p><p>Tanque de parede simples: possui as paredes externas compostas por</p><p>uma parede única. É empregado para homogeneização de fórmulas que</p><p>não requerem utilização ou controle de temperatura.</p><p>Tanque encamisado: possui duas paredes, sendo que o espaço entre</p><p>elas pode ser ocupada por vapores ou por um �uido, como a água,</p><p>possibilitando o aquecimento ou resfriamento do sistema. Para</p><p>aquecimento, ele deve ser munido de sistema de resistências elétricas,</p><p>sistema para controle de temperatura e de tempo do processo.</p><p>Chicanas: são utilizadas em tanques misturadores para evitar a</p><p>formação de vórtices e, desta forma, evitar a formação de espuma, a</p><p>incorporação de ar e possíveis processos oxidativos.</p><p>Figura 1.8 | Produção de formas farmacêuticas semissólidas em escala industrial</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+… 11/14</p><p>Fonte: Shutterstock.</p><p>Figura 1.9 | Exemplos de rotores disponíveis para utilização em agitadores mecânicos de média e larga</p><p>escala</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+… 12/14</p><p>Fonte: Terron (2012, p. 377).</p><p>A escolha do equipamento utilizado para a homogeneização de uma forma</p><p>farmacêutica semissólida dependerá do volume homogeneizado em cada</p><p>processo, do comportamento reológico do �uido a ser homogeneizado e do</p><p>tamanho de gotícula desejado, no caso de emulsões. Assim, observa-se que o</p><p>delineamento de formas farmacêuticas semissólidas para aplicação na pele é um</p><p>desa�o para o farmacêutico magistral e industrial, pois a escolha das matérias-</p><p>primas e dos processos e equipamentos utilizados depende de diversos fatores.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>https://bit.ly/3t8qfI2ALLEN JÚNIOR,  L. V.; POPOVICH, N. G.; ANSEL, H. C.</p><p>Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 9. ed. Porto Alegre,</p><p>RS: Artmed, 2013.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+… 13/14</p><p>APOLINÁRIO, A.  C.; SALATA, G. C.; BIANCO, A. F. R.; FUKUMORIA, C.; LOPES, L. B.</p><p>Abrindo a  caixa de pandora dos nanomedicamentos: há realmente muito mais</p><p>‘espaço lá  embaixo’. Quim. Nova, v. XY, n. 00,  p. 1-14, 2000. Disponível em:</p><p>https://bit.ly/3sic2Jv. Acesso em: 24 jun. 2021.</p><p>AULTON, M. E.; TAYLOR, K. M. G. Aulton delineamento de formas farmacêuticas.</p><p>4. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2016.</p><p>BARBOSA, L. C.  de A. Introdução à Química Orgânica.  São Paulo, SP: Pearson</p><p>Universidades.</p><p>MISTURADORES de Laboratório.  Silverson,  [s. d.]. Disponível</p><p>em: https://bit.ly/3HbWFXi. Acesso em: 11 nov. 2021.</p><p>SOARES, M.;  VITORINO, C.; SOUSA, J.; PAIS, A. Permeação cutânea: desa�os</p><p>e  oportunidades. Rev Ciênc Farm Básica  Apl., v. 36, n. 3, p. 337-348,  2015.</p><p>Disponível em: https://bit.ly/3JRZP45. Acesso em: 10 nov. 2021.</p><p>TANQUE encamisado ART0004. Artinox, [s. d.]. Disponível em: https://bit.ly/3t8qfI2.</p><p>Acesso em: 11 nov. 2021.</p><p>TERRON, L. R.  Operações unitárias para químicos,  farmacêuticos e</p><p>engenheiros: fundamentos e operações unitárias do  escoamento de �uidos. Rio</p><p>de Janeiro, RJ: LTC, 2012.</p><p>THOMPSON, J.  E.; DAVIDOW, L. W. A Prática Farmacêutica na  Manipulação de</p><p>Medicamentos. 3. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2013.</p><p>0</p><p>V</p><p>e</p><p>r</p><p>a</p><p>n</p><p>o</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>e</p><p>s</p><p>03/10/2024, 16:56 lddkls221_tec_far_III</p><p>https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=HEMILLY.DE.PAULA.ANDRADE%40GMAIL.COM&usuarioNome=HEMILLY+DE+PAULA+ANDRADE&disciplinaDescricao=TECNOLOGIA+… 14/14</p><p>http://static.sites.sbq.org.br/quimicanova.sbq.org.br/pdf/RV20190374.pdf</p><p>https://www.silverson.com.br/pt/produtos/misturadores-de-laboratorio</p><p>https://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/view/21</p><p>http://www.artinoxbrasil.com.br/tanque-encamisado-art0004</p>

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