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Aula 5 - Medidas de Frequência

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09/05/13	
  
1	
  
Medidas	
  de	
  Frequência	
  
	
  
Carlos	
  Henrique	
  Alencar	
  
carllosalencar@ufc.br	
  
Medidas	
  de	
  Frequência	
  de	
  Doenças	
  	
  
	
  
•  QuanAficar	
  a	
  ocorrência	
  de	
  doenças	
  em	
  
populações	
  é	
  uma	
  questão	
  central	
  na	
  
pesquisa	
  epidemiológica.	
  	
  
– Descrever	
  o	
  padrão	
  de	
  distribuição	
  de	
  ocorrência	
  
de	
  doenças.	
  	
  
– Formular	
  hipóteses	
  a	
  respeito	
  dos	
  possíveis	
  
fatores	
  causais,	
  ou	
  prevenAvos.	
  	
  
–  IdenAficar	
  determinantes	
  de	
  doença.	
  	
  
Medidas	
  básicas	
  
•  Prevalência	
  
– Traduz	
  o	
  volume	
  com	
  que	
  as	
  doenças	
  subsistem.	
  	
  
•  Incidência	
  
– CumulaAva:	
  proporção	
  de	
  pessoas	
  que	
  adoecem	
  
em	
  determinado	
  período	
  no	
  tempo.	
  	
  
– Densidade	
  de	
  Incidência	
  ou	
  Taxa	
  de	
  incidência	
  (a	
  
velocidade	
  com	
  que	
  ocorrem	
  novos	
  casos)	
  	
  
Prevalência 
	
  
Número	
  de	
  casos	
  (novos	
  e	
  
anAgos)	
  em	
  determinado	
  
momento	
  em	
  uma	
  população	
  
Prevalência 
Ex: 
39 milhões de pessoas 
portadoras do HIV no mundo 
em 2005 
Prevalência	
  	
  
•  QuanAfica	
  a	
  proporção	
  de	
  indivíduos	
  na	
  
população	
  que	
  têm	
  a	
  doença	
  em	
  um	
  instante	
  
específico.	
  	
  
•  Fornece	
  uma	
  esAmaAva	
  da	
  probabilidade	
  de	
  que	
  
um	
  indivíduo	
  venha	
  a	
  estar	
  doente	
  num	
  ponto	
  no	
  
tempo.	
  	
  
•  Os	
  casos	
  prevalentes	
  representam	
  também	
  os	
  
sobreviventes	
  de	
  uma	
  doença	
  e	
  por	
  isso	
  eles	
  não	
  
são	
  adequados	
  para	
  idenAficar	
  fatores	
  de	
  risco.	
  	
  
09/05/13	
  
2	
  
Prevalência	
  	
  
	
  
•  A	
  prevalência	
  de	
  uma	
  doença	
  ou	
  agravo	
  é	
  
representada	
  por	
  todos	
  os	
  casos	
  desse	
  evento	
  
existentes	
  em	
  uma	
  população	
  em	
  dado	
  ponto	
  
no	
  tempo	
  e	
  local.	
  	
  
P=	
  Nº	
  de	
  casos	
  existentes	
  de	
  uma	
  doença	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  população	
  total	
  	
  
– um	
  dado	
  ponto	
  no	
  tempo	
  	
  
Prevalência	
  	
  
•  Dois	
  Apos	
  de	
  medidas	
  básicas	
  são	
  
uAlizadas	
  para	
  quanAficar	
  a	
  prevalência	
  
de	
  doença	
  em	
  uma	
  população:	
  	
  
– Prevalência	
  no	
  ponto	
  	
  
– Prevalência	
  no	
  período	
  	
  
Prevalência	
  no	
  ponto	
  	
  
•  Medida	
  mais	
  comumente	
  uAlizada.	
  	
  
•  Probabilidade	
  de	
  um	
  indivíduo	
  ser	
  caso	
  em	
  
uma	
  população	
  no	
  tempo	
  t.	
  
•  Deve-­‐se	
  em	
  algumas	
  situações	
  calcular	
  as	
  
prevalências	
  especificas	
  por	
  grupo	
  etário,	
  
sexo,	
  ocupação,	
  etc.,	
  para	
  invesAgar	
  variações	
  
segundo	
  exposições	
  específicas	
  por	
  grupos.	
  	
  
Prevalência	
  
•  Número	
  de	
  pessoas	
  afetadas	
  em	
  uma	
  
determinada	
  população	
  em	
  um	
  tempo	
  
específico,	
  dividido	
  pelo	
  número	
  total	
  de	
  
pessoas	
  na	
  população	
  naquele	
  tempo	
  
específico	
  
•  Prevalência	
  =	
  nº	
  de	
  casos/nº	
  total	
  de	
  pessoas	
  
X	
  1000	
  
Prevalência	
  no	
  período	
  	
  
•  A	
  prevalência	
  no	
  período	
  é	
  a	
  probabilidade	
  de	
  
um	
  indivíduo	
  ser	
  caso	
  em	
  uma	
  população	
  em	
  
qualquer	
  tempo	
  durante	
  um	
  dado	
  período	
  de	
  
duração	
  ∆t,	
  (t0-­‐	
  t1)	
  
Prevalência	
  
•  Corte	
  transversal	
  de	
  alguma	
  doença	
  em	
  uma	
  
determinada	
  população	
  
•  Não	
  há	
  determinado	
  o	
  tempo	
  de	
  
desenvolvimento	
  da	
  doença	
  
•  Não	
  é	
  risco!	
  	
  
– Numerador	
  com	
  todos	
  os	
  doentes	
  e	
  não	
  somente	
  
os	
  recentes	
  
09/05/13	
  
3	
  
Coeficientes	
  de	
  Detecção	
  geral	
  e	
  de	
  Prevalência	
  da	
  Hanseníase	
  
(por	
  10.000	
  habitantes)	
  no	
  Brasil,	
  de	
  1994	
  a	
  2009.	
  
Prevalência	
  
Detecção	
  
Fonte:	
  SVS/MS	
  -­‐	
  2010	
  
Incidência	
  
•  Número	
  de	
  CASOS	
  NOVOS	
  de	
  uma	
  doença	
  
em	
  um	
  período	
  especificado	
  em	
  uma	
  
população	
  EM	
  RISCO	
  
Incidência	
  =	
  nº	
  de	
  casos	
  novos	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  nº	
  de	
  pessoas	
  em	
  risco	
  
Incidência 
Ex:	
  	
  
Quatro	
  milhões	
  de	
  casos	
  
novos	
  de	
  AIDS	
  no	
  mundo	
  em	
  
2005	
  
Incidência	
  
•  Casos	
  novos	
  ou	
  incidentes	
  refletem	
  uma	
  mudança	
  
no	
  “status”	
  de	
  doença	
  (tornar-­‐se	
  um	
  caso).	
  	
  
•  Mudança	
  na	
  classificação	
  de	
  não	
  doente	
  para	
  
doente	
  =	
  medida	
  de	
  RISCO	
  de	
  desenvolver	
  a	
  	
  
doença	
  
•  Qualquer	
  pessoa	
  no	
  denominador	
  tem	
  o	
  potencial	
  
de	
  ir	
  para	
  o	
  numerador	
  
•  Especificidades	
  do	
  sexo:	
  Câncer	
  de	
  útero,	
  Próstata.	
  
Incidência	
  	
  
•  QuanAfica	
  o	
  número	
  de	
  casos	
  novos	
  de	
  doença	
  
que	
  se	
  desenvolvem	
  em	
  uma	
  população	
  em	
  risco,	
  
durante	
  um	
  intervalo	
  de	
  tempo	
  específico.	
  	
  
•  Permite	
  a	
  idenAficação	
  de	
  fatores	
  de	
  risco.	
  	
  
•  São	
  Apicamente	
  esAmadas	
  a	
  parAr	
  de	
  estudos	
  
que	
  envolvem	
  o	
  seguimento	
  de	
  populações	
  fixas	
  
ou	
  dinâmicas.	
  	
  
Incidência	
  	
  
Maneiras	
  de	
  medir	
  a	
  Incidência	
  
§ Número	
  de	
  casos	
  incidentes	
  (I)	
  
Simples,	
  adimensional	
  
	
  
09/05/13	
  
4	
  
Incidência	
   
Ex:	
  	
  
1500	
  casos	
  de	
  sarampo	
  de	
  1980	
  a	
  2000	
  
no	
  Brasil	
  
Incidência	
   
Problema: 
Não permite comparações da incidência 
de populações ou períodos diferentes 
Solução:???? 
Incidência	
   
Solução: 
Utilizar medidas de incidência 
expressas como frequência relativa 
(taxa de incidência e incidência 
acumulada) 
 
Medidas	
  de	
  Incidência	
  	
  
•  Duas	
  medidas	
  disAntas	
  de	
  incidência	
  que	
  são	
  
esAmadas	
  de	
  maneiras	
  diferentes	
  	
  
•  O	
  método	
  de	
  esAmá-­‐las	
  depende	
  de	
  certas	
  
caracterísAcas	
  do	
  desenho	
  do	
  estudo.	
  	
  
– O	
  risco	
  -­‐	
  Incidência	
  CumulaAva	
  	
  
– A	
  taxa	
  -­‐	
  Densidade	
  de	
  Incidência	
  	
  
Incidência	
  CumulaAva	
  (IC)	
  	
  
•  Proporção	
  de	
  pessoas	
  que	
  se	
  tornam	
  doentes	
  
durante	
  um	
  período	
  específico	
  de	
  tempo.	
  	
  
•  EsAmaAva	
  do	
  risco	
  que	
  é	
  definida	
  como	
  a	
  
probabilidade	
  de	
  um	
  indivíduo	
  livre	
  de	
  doença	
  
desenvolver	
  uma	
  dada	
  doença	
  em	
  um	
  período	
  
específico	
  de	
  tempo,	
  condicionado	
  ao	
  fato	
  de	
  
não	
  vir	
  a	
  morrer	
  de	
  um	
  outro	
  agravo	
  de	
  saúde.	
  	
  
	
  
•  IC=	
  Nº	
  de	
  casos	
  novos	
  durante	
  um	
  dado	
  período	
  	
  
	
   	
   	
   	
  população	
  total	
  sob	
  risco	
  	
  
Incidência	
  CumulaAva	
  (IC)	
  	
  
•  Exemplo	
  	
  
– Considere	
  que	
  uma	
  Secretaria	
  de	
  Saúde	
  de	
  um	
  
município	
  do	
  nordeste	
  noAficou	
  290	
  casos	
  novos	
  
de	
  tuberculose	
  em	
  2012.	
  	
  
– A	
  população	
  esAmada	
  desse	
  município	
  era	
  de	
  
1.300.000	
  hab.	
  em	
  2012.	
  
	
  	
  
–  IC=290/1.300.000=0,000223	
  ou	
  	
  
–  IC=	
  22,3/100.000	
  hab.	
  
09/05/13	
  
5	
  
Incidência	
  /	
  Prevalência	
  
Janeiro	
   Maio	
   Julho	
   Setembro	
   Dezembro	
  
5	
  casos	
  de	
  uma	
  doença	
  em	
  uma	
  população	
  em	
  um	
  determinado	
  ano	
  
doença	
  
cura	
  ou	
  morte	
  
caso1	
  
caso	
  2	
  
caso	
  3	
  
caso	
  4	
  
caso	
  5	
  
Populações 
•  Fechadas	
  (fixa)	
  
Nenhum	
  membro	
  novo	
  é	
  incorporado	
  ao	
  longo	
  do	
  
tempo	
  
Diminuiao	
  longo	
  do	
  tempo	
  (morte)	
  
	
  
•  Abertas	
  (população	
  dinâmica)	
  
Membros	
  novos	
  são	
  incorporado	
  ao	
  longo	
  do	
  tempo	
  
(natalidade	
  ou	
  imigração)	
  
Diminui	
  ao	
  longo	
  do	
  tempo	
  (morte	
  ou	
  emigração)	
  
•  Estável	
  	
  (estacionária)	
  
Tamanho	
  e	
  estruturas	
  etária	
  e	
  de	
  gênero	
  
manAdas	
  
	
  
•  Perdas	
  (censura)	
  
Interrupção	
  do	
  seguimento	
  de	
  um	
  indivíduo	
  por	
  
qualquer	
  moAvo	
   que	
   não	
   seja	
   o	
  adoecimento	
  
pela	
  doença	
  em	
  questão	
  	
  	
  
Não	
  adoecimento	
  também	
  é	
  censura 	
   	
  	
  
Populações Perda	
  de	
  seguimento	
  	
  
•  Migração,	
  recusa,	
  morte	
  por	
  outra	
  causa;	
  	
  
•  Término	
  do	
  estudo,	
  encurtando	
  o	
  período	
  de	
  
acompanhamento	
  dos	
  indivíduos	
  que	
  
entraram	
  após	
  o	
  início	
  do	
  estudo;	
  	
  
•  Uso	
  de	
  procedimentos	
  médicos	
  que	
  removem	
  
o	
  indivíduo	
  do	
  grupo	
  em	
  risco	
  de	
  desenvolver	
  
o	
  evento.	
  	
  
	
  
	
  
Imagine: Uma população fechada. Todos recrutados no 
mesmo momento. Ausência de perdas. 
 
 
Calcule a incidência acumulada de doença no período de 
2 anos. 
Qual é o risco de adoecer nesta população, nesse 
período? 
	
  
	
  
Qual é o risco de adoecer nesta população, 
nesse período? 
 
 
5/10 = 0,5 ou 50 % 
09/05/13	
  
6	
  
	
  
	
  
Imagine agora: Uma coorte com recrutamento por um ano e 
algumas perdas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calcule a incidência acumulada de doença no período de dois 
anos. 
Qual é o risco de adoecer no período? 50%? 
É correto calcular da mesma forma que no exemplo anterior? 
	
  
Taxa	
  de	
  Incidência	
  ou	
  Densidade	
  de	
  Incidência	
  
(DI)	
  
•  Mede	
  a	
  força	
  de	
  morbidade	
  ou	
  mortalidade	
  
•  EsAmaAva	
  mais	
  precisa	
  do	
  impacto	
  de	
  uma	
  
exposição	
  na	
  população,	
  uma	
  vez	
  que	
  uAliza	
  
todas	
  as	
  informações	
  disponíveis	
  acerca	
  do	
  
seguimento	
  da	
  população.	
  	
  
•  Mede	
  a	
  taxa	
  instantânea	
  de	
  desenvolvimento	
  
da	
  doença	
  em	
  uma	
  população.	
  	
  
Densidade	
  de	
  Incidência	
  	
  
•  A	
  taxa	
  média	
  de	
  incidência	
  é	
  referida	
  para	
  um	
  
dado	
  período	
  de	
  seguimento,	
  que	
  é	
  
denominado	
  densidade	
  de	
  incidência	
  (DI),	
  que	
  
é	
  calculado	
  como:	
  DI	
  =	
  I/PT	
  	
  
•  DI=Nº	
  de	
  casos	
  novos	
  durante	
  um	
  período	
  de	
  tempo	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  total	
  de	
  pessoas-­‐tempo	
  de	
  observação	
  	
  
Pessoa-­‐tempo:	
  definição	
  
	
   Período	
   	
   durante	
   o	
   qual	
   um	
   indivíduo	
   esteve	
  
exposto	
   ao	
   risco	
   de	
   adoecimento	
   e,	
   caso	
  
viesse	
  a	
  adoecer,	
  seria	
  considerado	
  caso	
  novo	
  
ou	
  incidente: 	
  	
  
	
  
–  Expressão	
  da	
  experiência	
   individual	
  de	
  exposição	
  ao	
  risco	
  
de	
  adoecimento,	
   referida	
  a	
  unidade	
  de	
  tempo	
  (mês,	
  ano,	
  
etc)	
  
–  	
  Somando-­‐se	
  as	
  experiências	
   individuais	
  obtém-­‐se	
  o	
  total	
  
de	
  pessoas-­‐tempo	
  gerado	
  por	
  uma	
  população,	
  ao	
  longo	
  do	
  
tempo	
  em	
  que	
  se	
  desenvolve	
  o	
  estudo	
  
Pessoa-­‐tempo:	
  exemplos	
  
•  UMA	
  pessoa	
  acompanhada	
  durante	
  um	
  ano	
  
sem	
  desenvolver	
  uma	
  doença:	
  	
  
	
  	
  UMA	
  PESSOA-­‐ANO	
  
•  DUAS	
  pessoas	
  acompanhadas	
  durante	
  seis	
  
meses	
  cada,	
  sem	
  desenvolver	
  uma	
  doença,	
  
contribuem	
  individualmente	
  cada	
  com	
  MEIA	
  
PESSOA-­‐ANO.	
  Somando-­‐se	
  as	
  contribuições	
  
individuais	
  temos	
  UMA	
  PESSOA-­‐ANO	
  
09/05/13	
  
7	
  
Densidade	
  de	
  Incidência	
  	
  
•  A	
  taxa	
  de	
  incidência	
  se	
  refere	
  estritamente	
  a	
  
populações	
  e,	
  portanto,	
  não	
  permite	
  a	
  
interpretação	
  direta	
  no	
  nível	
  do	
  indivíduo	
  
como	
  tem	
  o	
  risco.	
  	
  
•  Ao	
  contrário	
  do	
  conceito	
  de	
  risco,	
  a	
  taxa	
  de	
  
incidência	
  refere-­‐se	
  à	
  um	
  “ponto	
  no	
  tempo”	
  e	
  
não	
  tem	
  período	
  de	
  referência.	
  	
  
•  A	
  taxa	
  de	
  incidência	
  é	
  expressa	
  em	
  unidades	
  
de	
  tempo	
  (PT).	
  
Exemplo	
  1	
  Exemplo 
Densidade de Incidência
A
B
C
D
E
T
2,0
3,0
5,0
4,0
2,5
Total de anos em risco 16,5
Início do seguimento
Desenvolvimento da doença
Tempo de acompanhamento
86
Jul Jan
87 88
Jul
89
Jul
90
Jul
91
Ind Jan
86 87
Jul Jan
88
Jan
89
Jan
90
Jan
DI = 2 casos/16,5 pessoas-ano
= 12,1/100 pessoas-ano
Exemplo	
  2	
  	
  
•  Uma	
  grupo	
  fixo	
  de	
  101	
  pessoas	
  sem	
  uma	
  doença,	
  seguidas	
  
por	
  dois	
  anos	
  contribuirá́	
  com	
  202	
  pessoas/tempo	
  de	
  
experiência	
  se	
  nenhuma	
  delas	
  desenvolver	
  a	
  doença	
  ou	
  for	
  
perdida	
  do	
  seguimento.	
  	
  
•  Se	
  dois	
  casos	
  novos	
  ocorrerem	
  no	
  meio	
  do	
  período	
  de	
  
observação,	
  exisArão:	
  	
  
–  99x	
  2	
  anos	
  +	
  2x1	
  ano	
  =	
  200	
  pessoas/tempo,	
  	
  
•  a	
  densidade	
  de	
  incidência	
  esAmada	
  será́	
  portanto,	
  	
  
–  2/200	
  =	
  0,01/100	
  pessoas-­‐ano	
  ou	
  	
  
–  10	
  casos	
  x	
  1000/pessoas-­‐ano.	
  	
  
•  A	
  quanAdade	
  de	
  pessoa/tempo	
  (PT)	
  no	
  denominador	
  deve	
  
ser	
  conhecida	
  (ou	
  assumida	
  pelo	
  invesAgador).	
  
Fábrica	
  A:	
  
TI=	
  40	
  casos/	
  (100x12)+	
  (200x9)	
  +	
  (500x6)	
  +	
  (200x3)	
  pessoas-­‐mês	
  
TI=6,06/1000	
  pessoas-­‐mês	
  ou	
  	
  6,06x12=	
  72,7	
  pessoas-­‐ano	
  
Fábrica	
  B:	
  	
  
TI=	
  60	
  casos/(1000x12)	
  pessoas-­‐mês	
  
TI=	
  3,33/1000	
  pessoas-­‐mês	
  ou	
  3,33x12=40	
  casos/1000	
  pessoas-­‐ano	
  
Tempo	
   Fabrica	
  A	
   Fabrica	
  B	
  
12	
  meses	
   100	
   1000	
  
9	
  meses	
   200	
   0	
  
6	
  meses	
   500	
   0	
  
3	
  meses	
   200	
   0	
  
Total	
  empregados	
   1000	
   1000	
  
Casos	
   40	
   60	
  
Casos	
  de	
  acidente	
  de	
  trabalho	
  em	
  dias	
  fábricas	
  
durante	
  o	
  ano	
  de	
  2011	
  
Taxa	
  de	
  incidência:	
  Considerações	
  
•  O	
  valor	
  da	
  taxa	
  de	
  incidência	
  depende	
  da	
  unidade	
  de	
  
tempo	
  u8lizada	
  (0	
  a	
  infinito).	
  Não	
  é	
  interpretável	
  sem	
  as	
  
respecAvas	
  unidades.	
  
	
  
•  O	
  uso	
  de	
  pessoa-­‐tempo	
  como	
  denominador	
  permite	
  lidar	
  
com	
  situações	
  em	
  que	
  há	
  perdas	
  ou	
  quando	
  não	
  se	
  pode	
  
seguir	
  toda	
  a	
  coorte	
  sob	
  risco	
  para	
  observar	
  o	
  evento	
  
invesAgado.	
  	
  
•  Usando	
  pessoa-­‐tempo,	
  o	
  período	
  de	
  seguimento	
  não	
  tem	
  
que	
  ser	
  o	
  mesmo	
  para	
  todos	
  os	
  indivíduos	
  estudados.	
  O	
  
total	
  de	
  pessoa-­‐tempo	
  de	
  um	
  grupo	
  é	
  igual	
  à	
  soma	
  do	
  
tempo	
  de	
  observação	
  de	
  cada	
  indivíduo	
  do	
  grupo.	
  	
  
Taxa	
  de	
  incidência:	
  Considerações	
  
Quando	
  calcula-­‐se	
  a	
  taxa	
  de	
  incidência,	
  assume-­‐se	
  que:	
  
–  A	
  taxa	
  de	
  incidência	
  das	
  pessoas	
  que	
  entram	
  no	
  estudo	
  em	
  
diferentes	
  momentos	
  é	
  a	
  mesma	
  
–  A	
  taxa	
  de	
  incidência	
  entre	
  aqueles	
  que	
  saem	
  do	
  estudo	
  
(perdas)	
  é	
  a	
  mesma	
  dos	
  que	
  estão	
  em	
  observação	
  
–  A	
  doença	
  ocorre	
  igualmente	
  ao	
  longo	
  do	
  tempo	
  (taxa	
  
constante)	
  
	
  Uma	
  pessoa	
  por	
  50	
  anos	
  =	
  50	
  pessoas	
  por	
  um	
  ano	
  
	
  
Para	
  interpretar	
  os	
  resultados	
  é	
  importante	
  saber	
  o	
  tempo	
  
médio	
  de	
  observação	
  da	
  população.	
  	
  
09/05/138	
  
Relação	
  entre	
  incidência	
  e	
  prevalência	
  
Prevalência x Incidência
Prevalência=Incidência x Duração da doença
} Prevalência
Casos Novos
(Incidência)
Transferidos
Curados
(taxa de cura)
Falecidos
(mortalidade)
Processo Dinâmico Processo Dinâmico
Processo 
Estático
não estável
Prevalência=Incidência	
  x	
  Duração	
  da	
  doença	
  
Incidência	
  /	
  Prevalência	
  
•  Incidência:	
  
–  Medida	
  de	
  risco	
  (eAologia)	
  
–  Mudança	
  na	
  incidência	
  reflete	
  mudança	
  em	
  fatores	
  eAológicos	
  
(protetores	
  ou	
  de	
  risco)	
  
•  Prevalência	
  
–  Não	
  é	
  risco	
  
–  Medida	
  da	
  carga	
  da	
  doença	
  sobre	
  uma	
  população	
  
–  Importante	
  para	
  Saúde	
  Pública	
  (ex:	
  nº	
  de	
  médicos)	
  
–  Aumento	
  de	
  sobrevida	
  (sem	
  cura)	
  ou	
  aumento	
  de	
  detecção	
  =	
  
aumento	
  de	
  P	
  
Incidência	
  /	
  Prevalência	
  
•  Alguns	
  problemas	
  com	
  dados	
  coletados	
  para	
  
medida	
  de	
  I	
  e	
  P:	
  
–  Definir	
  quem	
  tem	
  doença	
  
•  Mudança	
  de	
  definições	
  (AIDS),	
  	
  
•  Maior	
  sensibilidade	
  para	
  detecção	
  (Pólio),…	
  
– Como	
  achar	
  os	
  casos:	
  dados	
  disponíveis	
  (ex:	
  
dados	
  de	
  hospitais),	
  entrevistas…	
  
– Problemas	
  com	
  o	
  denominador	
  
Incidência	
  /	
  Prevalência	
  
Limitações	
  para	
  o	
  estudo	
  das	
  causas	
  das	
  doenças:	
  	
  
–  É	
  influenciada	
  pela	
  incidência	
  mas	
  também	
  
pela	
  duração	
  média	
  da	
  doença.	
  	
  
–  	
  A	
  duração	
  da	
  doença,	
  é	
  função	
  da	
  taxa	
  de	
  
cura	
  e	
  da	
  taxa	
  de	
  mortalidade	
  entre	
  os	
  
doentes.	
  
	
  
	
  
Incidência	
  /	
  Prevalência 
– Doenças	
  com	
  alta	
  incidência	
  e	
  alta	
  letalidade,	
  
podem	
  apresentar	
  prevalências	
  baixas.	
  	
  
– Doenças	
  com	
  baixa	
  incidência,	
  mas	
  com	
  longa	
  
duração	
  podem	
  ter	
  prevalências	
  altas.	
  
– Nos	
  estudos	
  de	
  prevalência,	
  não	
  é	
  possível	
  
determinar	
  se	
  a	
  exposição	
  precedeu	
  a	
  
doença,	
  já	
  que	
  as	
  medidas	
  de	
  exposição	
  e	
  do	
  
desfecho	
  são	
  feitas	
  simultaneamente. 
09/05/13	
  
9	
  
Incidência	
  /	
  Prevalência	
  
•  População	
  =	
  1100	
  (início	
  do	
  estudo	
  )	
  
•  N=	
  100	
  com	
  diabetes	
  (início	
  do	
  estudo	
  )	
  
•  N=	
  100	
  desenvolveram	
  doença	
  ao	
  longo	
  do	
  
estudo	
  
•  Prevalência	
  =	
  200/1100	
  =	
  18,2%	
  
•  Incidência	
  =100/1000	
  =	
  10%	
  
	
  
Morbidade	
  -­‐	
  Principais	
  indicadores	
  
Introdução	
  de	
  fatores	
  que	
  
prolongam	
  a	
  vida	
  dos	
  pacientes	
  sem	
  
curá-­‐los	
  	
  -­‐	
  cronicidade	
  (terapêuAca)	
  
Introdução	
  de	
  fatores	
  que	
  previnam	
  a	
  
doença	
  (profiláAco)	
  
Aumento	
  da	
  incidência	
   Elevado	
  coeficiente	
  de	
  letalidade	
  da	
  
doença	
  
Aprimoramento	
  de	
  técnicas	
  de	
  
diagnósAco	
  
Introdução	
  de	
  fatores	
  que	
  permitam	
  o	
  
aumento	
  da	
  cura	
  de	
  uma	
  doença	
  
(terapêuAca)	
  ou	
  
Imigração	
  de	
  doentes	
  de	
  outras	
  
áreas	
  	
  	
  
Emigração	
  de	
  doentes	
  para	
  outras	
  
áreas	
  
•  Coeficientes	
  de	
  Prevalência	
  e	
  Incidência	
  
•  Fatores	
  que	
  influem	
  na	
  magnitude	
  dos	
  coeficientes	
  de	
  prevalência	
  
Exercício	
  1	
  
•  Em	
  um	
  estudo	
  sobre	
  saúde	
  infanAl	
  com	
  uma	
  
amostra	
  de	
  300	
  crianças	
  menores	
  de	
  5	
  anos,	
  
foram	
  encontradas	
  15	
  casos	
  novos	
  de	
  
desnutrição.	
  
Qual	
  a	
  medida	
  que	
  pode	
  ser	
  calculada?	
  Calcule	
  
seu	
  valor.	
  
Exercício	
  2	
  
•  Em	
  um	
  estudo	
  de	
  2.000	
  homens	
  entre	
  50	
  e	
  60	
  
anos	
  de	
  idade,	
  foram	
  encontrados	
  187	
  casos	
  
de	
  hipertensão.	
  Durante	
  os	
  4	
  anos	
  seguintes	
  
mais	
  55	
  pessoas	
  deste	
  grupo	
  tornaram-­‐se	
  
hipertensos.	
  
•  Qual(is)	
  as	
  medidas	
  de	
  ocorrência	
  de	
  doença	
  
pode	
  ser	
  calculadas?	
  Calcule

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