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Manejo Clínico do Paciente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC Disciplina 3: Tratamento Farmacológico, Dispositivos e PCDT 2024. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Elaboração, distribuição e informações: CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE – Conasems Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, Sala 144 Zona Cívico-Administrativo, Brasília/DF CEP: 70058-900 Tel.:(61) 3022-8900 Núcleo Pedagógico Conasems Rua Professor Antônio Aleixo, 756 CEP 30180-150 Belo Horizonte/MG Tel: (31) 2534-2640 Diretoria Conasems Presidente Hisham Mohamad Hamida Vice Presidente Geraldo Reple Sobrinho Rodrigo Buarque Ferreira de Lima Diretor Administrativo Marcel Jandson Menezes Diretora Financeira Cristiane Martins Pantaleão Secretário Executivo Mauro Guimarães Junqueira Organização Núcleo Pedagógico do Conasems Coordenação Pedagógica Cristina Fátima dos Santos Crespo Kelly Cristina Santana Valdívia França Marçal Coordenação-técnica Luisa Wenceslau Elaboração de texto Angela Honda de Souza Designer Instrucional Alexandra da Silva Gusmão Coordenação de desenvolvimento gráfico Cristina Perrone Diagramação e projeto gráfico Aidan Bruno Alexandre Itabayana Caroline Boaventura Lucas Corrêa Mendonça Ygor Baeta Lourenço Fotografias e ilustrações Fototeca do Conasems Imagens Envato Elements https://elements.envato.com Freepik https://br.freepik.com Revisão linguística Larissa Andrade Said Assessoria executiva Conexões Consultoria em Saúde LTDA Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde E-book [livro eletrônico]: Diretrizes Clínicas, Diagnóstico e Tratamento da DPOC, Manejo Clínico DPOC, [elaboração de texto Angela Honda de Souza]. 1. ed. -- Brasília, DF: CONASEMS, 2024. PDF Vários colaboradores. Bibliografia. ISBN 978-85-63923-55-4 1. Educação a Distância 2. Manejo Clínico DPOC 3. Tratamento DPOC I. Angela Honda de Souza. Título. E-book Tratamento Farmacológico, Dispositivos e PCDT. Tiragem: 1ª edição – 2024 – versão eletrônica Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) MENU: uma forma rápida de acessar facilmente os capítulos é clicando no ícone. Quer acessar os capítulos? Basta clicar nos tópicos do sumário. VEJA COMO NAVEGAR! Antes de iniciar a leitura do material, veja algumas dicas para aproveitar ao máximo os recursos disponíveis. QR CODE: Aponte a câmera do seu celular para o QR CODE. Você também pode clicar sobre ele com o botão direito do mouse para abrir em uma nova aba ou navegador. BEM-VINDO(A)! Este é o seu e-book da Disciplina 3: Tratamento Farmacológico, Dispositivos e PCDT. Você passou por pontos muito importantes nas aulas anteriores e agora abordaremos o tratamento para o paciente com DPOC. Neste material, você verá que tão importante quanto o tratamento com medicamentos, são os tratamentos ditos não medicamentosos, que são a cessação do tabagismo, a reabilitação pulmonar, a vacinação, a nutrição, a saúde mental e, sempre, a EDUCAÇÃO do paciente. Não perca essa oportunidade de ampliar seus conhecimentos! Sempre que necessário, consulte o e-book, acompanhe também a aula interativa e realize as atividades propostas para assimilar as informações apresentadas. Bons estudos! Lista de siglas e abreviaturas DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica GOLD Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) INCA Instituto Nacional de Câncer LME Laudo de Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamento do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica MS Ministério da Saúde NT Nota técnica PCDT Protocolo Clínico Diretrizes Terapêuticas para manejo da DPOC e GOLD PNCT Programa Nacional de Controle do Tabagismo SBIm Sociedade Brasileira de Imunizações SBP Sociedade Brasileira de Pediatria SBPT Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia SUS Sistema Único de Saúde VEF1 Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo Lista de Figuras 11 | Figura 1 – PCDT 2021- Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. 12 | Figura 2 – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, GOLD 2024 - Global Iniciative For Chronic Obstructive Lung Disease. 13 | Figura 3 – Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas 2017 da SBPT- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. 24 | Figura 4 – Propagandas para os cigarros tradicionais – antigamente. 24 | Figura 5 – Propagandas dos cigarros eletrônicos. 28 | Figura 6 – Vivendo bem com a DPOC - Perguntas & Respostas. 28 | Figura 7 – Vivendo bem com a DPOC - Guia de Exercícios para DPOC. 29 | Figura 8 – Guia de Exercícios para DPOC – Estratégias de fisioterapia respiratória. 30| Figura 9 – Guia de perguntas e respostas para DPOC – Conservação de energia. 42 | Figura 10 – Ciclo do aprisionamento aéreo, dispneia, redução da tolerância ao exercício e baixa qualidade de vida. 43 | Figura 11 – Fisiologia respiratória. 44 | Figura 12 - Espiral descendente. 49 | Figura 13 – Indicação de uso de CI em DPOC. 52 | Figura 14 – Protocolo de Avaliação e Tratamento da DPOC. 57 | Figura 15 – Dispositivos inalatórios. 58 | Figura 16 – Absorção de medicamentos pelos pulmões. 60 | Figura 17 – Considerações para escolha do dispositivo. 61 | Figura 18 – Escolha pragmática do dispositivo inalatório. 61 | Figura 19 – Passos para escolha adequada dos dispositivos inalatórios. Lista de Quadros 22 | Quadro 1 – CIDs (código internacional de doenças) relacionados ao tabagismo. 22 | Quadro 2 – Abordagem do tabagista. 33 | Quadro 3 – Conduta Nutricional e caquexia pulmonar. 36 | Quadro 4 – Vacinação de pessoas com cardiopatia e/ou pneumopatia crônicas. 41 | Quadro 5 – Escala de dispneia modificada. 48 | Quadro 6 – Resumo de todos os broncodilatadores, sua apresentação e duração de ação. 54 | Quadro 7 – Esquema Terapêutico Baseado no PCDT para DPOC 2021. 55 | Quadro 8 – Medicamentos no SUS - PCDT para DPOC 2021. Lista de Tabelas 47 | Tabela 1 – Resumo dos corticóides inalatórios, roflumilaste e azitromicina, sua apresentação e duração de ação. 53 | Tabela 2 – Tratamento farmacológico inicial – GOLD 2024. SUMÁRIO Temática 1 Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para manejo da DPOC e GOLD Temática 2 Tratamento não medicamentoso Temática 3 Tratamento não medicamentoso Temática 4 Dispositivos inalatórios 9 18 39 56 Retrospectiva Bibliografia 63 66 Temática 1 Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para manejo da DPOC e GOLD 9 Você deve se lembrar que, na Disciplina 2, abordamos os aspectos relevantes da GOLD 2024. 10 Agora enfatizaremos os documentos que estabelecem a recomendação internacional sobre DPOC. O que dizem e trazem cada um? Atualmente, temos como documentos norteadores para o manejo da pessoa com DPOC: “Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) são documentos que estabelecem critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. Devem ser baseados em evidência científica e considerar critérios de eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade das tecnologias recomendadas.” PCDT 2021 - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas 11 Figura 1: PCDT 2021- Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt 27 “Desde 2001 (há mais de vinte anos), a Global Initiative for Obstructive Lung Disease (GOLD) publica e atualiza anualmente um documento que recomenda a melhor forma de diagnosticar e tratar a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Esse é um enorme e contínuo esforço de equipe, por isso queremos começar por reconhecer a dedicação e o trabalho árduo de todos os membros da GOLD ao longo dos anos (www.goldcopd.org).” Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, GOLD 2024 - Global Iniciative For Chronic Obstructive Lung Disease Fonte: www.goldcopd.org Figura 2: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, GOLD 2024 - Global Iniciative For Chronic Obstructive Lung Disease. 12 http://www.goldcopd.org/ 27 Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas 2017 da SBPT- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia Fonte: https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/CZ8X59VpDtMjKC b8tHHgxNf/?lang=pt&format=pdf Figura 3: Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas 2017 da SBPT- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. 13 https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/CZ8X59VpDtMjKCb8tHHgxNf/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/CZ8X59VpDtMjKCb8tHHgxNf/?lang=pt&format=pdf 14 Como dito anteriormente, o PCDT é um documento do MINISTÉRIO DA SAÚDE em que a SECRETARIA DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA À SAÚDE e a SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E INSUMOS ESTRATÉGICOS EM SAÚDE se reúnem para analisar as evidências científicas sobre determinada doença e seu manejo, somando às necessidades da nossa população e economia brasileira para incorporação de novos tratamentos. A última publicação que temos de PCDT para DPOC foi em 2021, após a pandemia da COVID-19 ter trazido ao conhecimento de todos a importância dos pulmões e a necessidade de diagnosticar e tratar mais precocemente os pacientes com doenças respiratórias crônicas. Cada documento traz pontos importantes sobre a doença, como epidemiologia, impactos, sinais e sintomas, diagnósticos, exames e afins que já foram abordados nas aulas anteriores. Se você não viu ainda, é importante conhecê-los. Aqui abordaremos mais especificamente sobre TRATAMENTOS. Sobre o PCDT Essa publicação incorporou novos tratamentos com a combinação de broncodilatadores, inalatórios existentes, conhecidos por LABA (broncodilatador beta agonista de longa ação) + LAMA (broncodilatador antimuscarínico de longa ação) que demonstraram eficácia, segurança e melhora significativa nas exacerbações/crises dos pacientes. Após a consulta pública, que é um dos passos até a publicação final e oficial do PCDT, foi incorporado um tipo de dispositivo inalatório diferente do que havia sido avaliado previamente, pois as evidências e as experiências atuais mostram que não somente a molécula é importante para o tratamento da DPOC, mas o tipo de dispositivo inalatório utilizado é fundamental, pois, dependendo do nível de gravidade dessa doença, ele não terá capacidade inspiratória para inalar o medicamento. 43 Sobre a GOLD A GOLD é um documento em que vários experts em DPOC do mundo inteiro se juntam para coletar todos os estudos e todos os dados científicos válidos e de boa qualidade, com nível de evidência excelente, para publicar as recomendações mais atuais que existam naquele momento, um documento robusto, completo e extremamente atualizado. 15 Em geral isso ocorre anualmente, o que dificulta ao clínico geral acompanhar tantas publicações. Por isso documentos nacionais direcionados, traduzidos de sociedade médicas ou de instituições de atenção primária à saúde, são importantíssimos. 16 Sobre a SBPT A SBPT – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - trouxe, em formato de perguntas e respostas, o manejo da pessoa com DPOC, de forma bem objetiva e prática para escolha prescritiva desse doente. O documento é de 2017 e, apesar de não termos grandes alterações das classes medicamentosas, tivemos lançamentos de novos medicamentos em anos posteriores. Um novo documento deve ser publicado em breve. Algumas diferenças nas recomendações do PCDT serão observadas por você, pois lembramos que a análise do Ministério da Saúde leva em conta a distribuição gratuita dos medicamentos. Portanto, o valor de cada medicamento, pelo número de pacientes que farão uso, é um conceito econômico de saúde pública. Saiba um pouco mais... 44 Pensando em oferecer o mais adequado para mais pacientes, tivemos um corte na indicação dos LABA+LAMAs para pacientes que apresentassem VEF1doença, até porque temos CID para isso, entretanto, a parte mais importante disso é referente a como o paciente encara o tabagismo, pois, quando falamos em fator de risco, para ele e para familiares é somente um comportamento, entretanto, quando falamos em doença, ele tratará de forma mais séria! Importante https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-do-tabagismo.pdf https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-do-tabagismo.pdf 22 Quadro 1: CIDs (código internacional de doenças) relacionados ao tabagismo. Fonte: PCDT tabagismo 2020. Disponível em: . F17.1 Transtornos devido ao uso do fumo – uso nocivo para a saúde. F17.2 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de fumo – síndrome de dependência. F17.3 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de fumo – síndrome (estado) de abstinência. T65.2 Efeito tóxico do tabaco e da nicotina. Z72.0 Uso de Tabaco. A abordagem do tabagista pode ser: Abordagem breve / mínima Pode e deve ser realizada por qualquer profissional de saúde. Consiste em perguntar, avaliar, aconselhar e prepara o fumante para que deixe de fumar, sem, no entanto, acompanhá-lo neste processo. Abordagem básica Difere da anterior pois acompanha o fumante e pode ser feita por qualquer profissional da saúde durante a consulta de rotina. É indicada para todos os fumantes e prevê o retorno do paciente para acompanhamento na fase crítica da abstinência, constituindo-se em uma importante estratégia em termos de saúde pública. Abordagem intensiva Consiste na estruturação de locais específicos para o atendimento de tabagistas que desejam parar de fumar, inicialmente atendimento individual e a abordagem em grupo de apoio. Quadro 2: Abordagem do tabagista. Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) do Município de São Paulo 2023. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-do-tabagismo.pdf https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-do-tabagismo.pdf 23 A abordagem breve/mínima deve ser feita sempre e por qualquer profissional de saúde. ATENÇÃO Na adolescência desse grupo de pessoas, todas as propagandas e marketing de cigarros obrigavam a fumar, músicas de rock, esportes radicais, famosos e chiques, tudo era relacionado ao cigarro. A indústria do tabaco fez muitos viciados, pois todo cigarro continha nicotina, que é a substância viciante e, assim, hoje temos pessoas com DPOC e mais outras 50 doenças relacionadas ao fumo. Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), também chamados de vapes, cigarros eletrônicos, seguem a mesma pegada hoje para adquirir novos entrantes. Os nossos jovens já sabem que o cigarro tradicional não faz bem à saúde, além de ser proibido usar em locais fechados e cheirar mal, por isso os cigarros eletrônicos vêm ganhando espaço cada vez maior em rodas de adolescentes e jovens adultos. Quem tem mais de 50 anos de idade praticamente foi vítima do tabagismo. Consulte o site do INCA e leia a publicação “Não se deixe enganar pelas novidades. Dispositivos eletrônicos para fumar também matam”. Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o código QR Code. https://www.inca.gov.br/publicacoes/folhetos/nao-se-deixe-enganar-pelas-novidades-dispositivos-eletronicos-para-fumar-tambem https://www.inca.gov.br/publicacoes/folhetos/nao-se-deixe-enganar-pelas-novidades-dispositivos-eletronicos-para-fumar-tambem Inicialmente desenvolvidos para quem queria parar de fumar, são sistemas que aquecem um líquido para criar aerossóis que são inalados. Funcionam usando uma bateria e possuem diferentes formatos e mecanismos, possuem "e-líquidos" que, em sua maioria, contêm aditivos com sabores, inúmeras substâncias tóxicas e nicotina, que é a droga que causa dependência, mas infelizmente acabou sendo propagado para jovens e não fumantes prévios. Consulte o site da SBPTe leia a publicação “Trocar cigarro por cigarro eletrônico ou cigarro de tabaco aquecido não é estratégia de saúde pública comprovada ou segura para parar de fumar, dizem SBPT e SPP”. Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o código QR Code. Fonte: Arquivo de aula do autor Figura 4: Propagandas para os cigarros tradicionais – antigamente. 24 Fonte: Arquivo de aula do autor Figura 5: Propagandas dos cigarros eletrônicos https://sbpt.org.br/portal/t/cigarro-eletronico/ https://sbpt.org.br/portal/t/cigarro-eletronico/ Os cigarros eletrônicos não são nem dispositivos médicos nem medicamentos, são produtos de consumo banidos em mais de 40 países, entre eles, o Brasil, que fornecem nicotina inalada, além de outras quase 2 mil substâncias. Já foram identificados compostos tóxicos, irritantes e até carcinogênicos, muitos deles não especificados pelos fabricantes. “Esses aparelhos também oferecem perigos específicos, como o vazamento de metais pesados no filamento aquecido, aumentando o risco de câncer, de adoecimento por síndrome respiratória aguda e de explosão do dispositivo, por exemplo. Portanto, não existe o uso ‘terapêutico’ alardeado pela indústria e pelo governo britânico” - Dr Paulo Corrêa, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT. “As crianças e os adolescentes devem ser protegidos dos efeitos nocivos do cigarro eletrônico, que costumam ser apresentados como algo inofensivo. O uso desse dispositivo não é recomendado ou permitido em qualquer idade, mas, para os mais jovens, esse conselho tem peso ainda maior. Isso porque é um grupo mais vulnerável aos apelos de quem promove esse tipo de fumo. Por isso, devemos unir forças para conscientizar a população sobre o assunto”. - Dra Luciana Rodrigues Silva, presidente da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). 25 Consulte o site da SBP e leia a publicação “Pediatras apoiam luta para manter a proibição ao cigarro eletrônico no Brasil”. Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o código QR Code. Reabilitação pulmonar O programa de reabilitação pulmonar é composto de treinamento físico, intervenções nutricionais, sessões educacionais e suporte psicológico, focando no auto manejo e na mudança de comportamento. O treino aeróbio é comumente realizado em esteira ou bicicleta ergométrica, de três a cinco vezes por semana, por 20 a 60 minutos, a uma intensidade acima de 60% da taxa máxima de trabalho. O treinamento de força tem sido adicionado ao treinamento aeróbio, pois é específico para determinar aumento de massa e de força musculares, as quais estão relacionadas à sobrevida, ao uso de serviços de saúde e à capacidade de exercício em pneumopatas. 26 https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/pediatras-apoiam-luta-para-manter-a-proibicao-ao-cigarro-eletronico-no-brasil/ https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/pediatras-apoiam-luta-para-manter-a-proibicao-ao-cigarro-eletronico-no-brasil/ 27 A educação do paciente é fundamental e voltada para o automanejo da doença, em combinação com o suporte psicológico, englobando intervenções comportamentais que são importantes para a manutenção dos benefícios e para que o indivíduo se conscientize da importância de reduzir o comportamento sedentário e se manter fisicamente ativo mesmo após o término do programa. Sempre passe as informações que você tem para seu paciente. Guarde essa informação importante! Como temos poucos centros de reabilitação pulmonar e há barreiras que impedem o indivíduo de frequentar e/ou finalizar o programa, a reabilitação domiciliar é uma opção e tem apresentado resultados similares à reabilitação ambulatorialquanto à redução da dispneia, ao aumento da capacidade de exercício e à melhora da qualidade de vida. Para contribuir com a disseminação de informação e com o estabelecimento de reabilitação pulmonar local, comunitária ou domiciliar, a Fundação ProAr, apoiando Dr. Jose Roberto Jardim, pioneiro nessa atividade com centro na UNIFESP, relançou o Programa e Manual de exercícios físicos e educação em DPOC. Um exemplo de como educar e reabilitar um paciente com DPOC de forma fácil e possível. Temos outros programas disponíveis pelo país. Figura 6: Vivendo bem com a DPOC - Perguntas & Respostas. Fonte: Guia de perguntas e respostas para DPOC – Dr. Jose Roberto Jardim e Fundação ProAR in press Figura 7: Vivendo bem com a DPOC - Guia de Exercícios para DPOC. Fonte: Guia de Exercícios para DPOC - Dr. Jose Roberto Jardim e Fundação ProAR in press 28 29 Algumas técnicas e dicas para seu paciente respirar melhor: DICA DO ESPECIALISTA Figura 8: Guia de Exercícios para DPOC – Estratégias de fisioterapia respiratória Assista ao vídeo e saiba como orientar seu paciente a fazer esse tipo de respiração freno labial. Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o código QR Code. Fonte: Guia de Exercícios para DPOC – Dr. Jose Roberto Jardim e Fundação ProAR in press https://youtu.be/IZZv5Gr8Lbk?si=zKlBfQ9MXJ-0FTHL https://youtu.be/IZZv5Gr8Lbk?si=zKlBfQ9MXJ-0FTHL Figura 9: Guia de perguntas e respostas para DPOC – Conservação de energia. Fonte: Guia de perguntas e respostas para DPOC – Dr. Jose Roberto Jardim e Fundação ProAR in press Técnicas de conservação de energia: 30 31 Oriente o paciente a conservar energia nas atividades do dia a dia: DICA DO ESPECIALISTA 4. Organizar o tempo: alternar as tarefas fáceis com as tarefas que são mais cansativas. Tirar alguns descansos durante o dia. 5. Repetir os novos hábitos de conservação de energia: lembrar sempre o paciente, técnicas e conservação de energia gastam menos energia. 6. Organizar o espaço: organizar os objetos que se usa com mais frequência em gavetas, armários e prateleiras situados na altura entre a cintura e os ombros, para evitar agachamento e elevação dos braços. 7. Andar devagar. 8. Postura: utilizar o corpo de maneira apropriada; evitar curvar-se para levantar objetos; fazer o banho sentado. Observação: temos figuras no manual para cada dica! 1. Controlar a respiração durante as atividades: usar a respiração freno labial. 2. Eliminar atividades desnecessárias: usar sapatos sem cadarços, roupão ou enrolar na toalha após banho para não fazer esforço de se enxugar, apoiar braços e cotovelos para comer, escovar dentes, fazer barba, pentear os cabelos. 3. Solicitar ajuda: dizer ao paciente que pedir ajuda não quer dizer dependência, mas sim segurança e poupar energia para utilizá-la em algo com melhor proveito. Nutrição e DPOC A perda de peso é um sinal clínico na evolução dos pacientes com DPOC e tem sido associada à menor sobrevida. A prevalência de pacientes com DPOC que têm caquexia está estimada entre 30% e 70%. Devido ao esforço respiratório, esses pacientes necessitam de cerca de 20% a mais de suplementação energética em relação aos seus valores basais preditos. Na maioria dos casos, a deficiência nutricional resulta de um desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto energético. Apresentam comorbidades como resistência à insulina, dislipidemia relacionada à síndrome metabólica e níveis altos de catecolaminas, que podem induzir hipermetabolismo e consequente indução de aumento do gasto energético e catabolismo proteico muscular. A somatória de tudo leva a uma perda muscular muito grande e, com isso, vem a piora da sua função pulmonar ventilatória. 32 Nos casos de anorexia Ingerir primeiro os alimentos mais energéticos, fracionar a dieta (6 vezes, no mínimo) com alimentos preferidos. Ingerir alimentos com baixa produção de gases e não constipantes. Beber líquidos somente após as refeições. Avaliar a necessidade de suplementação via oral. Nos pacientes com dispneia e intensa incapacidade física Devem ser orientados cuidados com higiene oral eficiente, alimentação fracionada durante o dia, mastigação lenta e descanso entre as porções alimentares. Não esquecer de usar seu broncodilatador de curta ação antes da refeição. Apoiar os antebraços sobre a mesa e deixar os talheres sobre o prato enquanto mastiga (economia de energia). Nos casos de saciedade precoce Ingerir inicialmente os alimentos mais energéticos (prato principal), limitar líquidos às refeições e dar preferência aos alimentos frios. Quadro 3: Conduta Nutricional e caquexia pulmonar. Fonte: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) do Município De São Paulo 2023 O que fazer? 33 Saúde mental e DPOC Há várias publicações na literatura mostrando a prevalência expressiva de ansiedade e de depressão em indivíduos com DPOC moderada e grave. A ansiedade clinicamente significativa se manifesta em 40% a 96% desses pacientes, enquanto a depressão pode estar presente em 51% a 74% dos casos. ATENÇÃO Se o paciente apresentar ansiedade e/ou depressão, encaminhe-o para avaliação e acompanhamento. 34 Vacinação Os pacientes portadores de doenças crônicas necessitam de um olhar diferenciado, que vá além das recomendações de vacinação dos calendários básicos. A imunização possibilita reduzir o risco de descompensação da doença de base evitando exacerbações/crises que frequentemente resultam em hospitalizações e em risco de morte. Temos que lembrar que, além de terem DPOC, esses pacientes em geral são mais velhos e precisamos pensar na imunossenescência, que leva a mudanças no sistema imunológico que culminam com a redução das respostas imunológicas inata e adaptativa e com um incremento do estado pró-inflamatório. Por isso nunca esqueça as vacinas para essa população. Basicamente as vacinas obrigatórias são as de: gripe, covid, pneumonia, coqueluche e herpes zoster. Em breve deveremos incluir a vacina contra o VSR - vírus sincicial respiratório. Saiba um pouco mais... 35 Fonte: Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais – 2023-2024. SBIm – Sociedade Brasileira de Imunizações Veja o quadro abaixo para os pacientes especiais com pneumopatias crônicas. 36 Quadro 4: Vacinação de pessoas com cardiopatia e/ou pneumopatia crônicas. Acesse o “Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais” do MS. Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o código QR Code. Oxigenoterapia contínua Oxigenoterapia já se mostrou eficaz quando utilizado por pelo menos 15 horas/dia, reduzindo mortalidade em pacientes com hipoxemia grave crônica. A indicação de uso necessita que o paciente preencha os critérios: • PaO2Temática 3 Tratamento medicamentoso 39 40 Você viu nas aulas anteriores, que o sintoma principal do paciente com DPOC é a dispneia. Inclusive temos uma escala para avaliar o grau de dispneia desses pacientes, que será muito importante para classificarmos em pouco sintomáticos ou muito sintomáticos, para escolha do tratamento. É a escala de mMRC . Finalmente chegamos ao tratamento medicamentoso, mas antes de entrarmos no tema propriamente dito, vamos rever o ciclo de aprisionamento aéreo ou hiperinsuflação. 41 Quadro 5: Escala de dispneia modificada. Fonte: Medical Research Council (mMRC) DICA DO ESPECIALISTA Fique atento ao ciclo do aprisionamento aéreo. Ele é importante para que você compreenda a utilização dos BRONCODILATADORES COMO BASE DO TRATAMENTO da DPOC. Classificação Características Grau 0 Falta de ar surge quando realiza atividade física intensa (correr, nadar, praticar esporte). Grau 1 Falta de ar surge quando caminha de maneira apressada no plano ou quando caminha em subidas. Grau 2 Anda mais devagar do que pessoas da mesma idade devido à falta de ar; ou quando caminha no plano, no próprio passo, precisa parar para respirar. Grau 3 Após andar menos de 100 metros ou alguns minutos no plano, precisa parar para respirar. Grau 4 Falta de ar impede que saia de sua casa; tem falta de ar quando troca de roupa. 42 Figura 10: Ciclo do aprisionamento aéreo, dispneia, redução da tolerância ao exercício e baixa qualidade de vida. Fonte: Adaptado de Cooper, 2006. Você viu nas aulas anteriores que a dispnéia que o paciente sente é por limitação do fluxo de ar, que acontece pela dificuldade do ar de entrar e também de sair do pulmão. Como assim sair do pulmão? Na DPOC, existe um fenômeno de aprisionamento do ar, pela destruição dos alvéolos e pela perda da elasticidade pulmonar, tanto pela doença e como pela idade, o que impede o ar de sair completamente dos pulmões, também chamada de hiperinsuflação, que pode ser estática (quando em repouso) e dinâmica quando em atividade/exercício. 43 Para explicar melhor, vamos lembrar da fisiologia respiratória? O ato de respirar é em dois tempos: a inspiração, que é um movimento ativo de contração do diafragma, puxando o ar para dentro dos pulmões, e a expiração, movimento passivo de relaxamento do diafragma, recolhimento elástico da musculatura interna e acessória da respiração e expulsão do ar de dentro dos pulmões. Veja na figura para relembrar: Figura 11: Fisiologia respiratória. Fonte: Guia de perguntas e respostas para DPOC- Dr. Jose Roberto Jardim e Fundação ProAR in press 44 Diante do exposto, você deve imaginar que a dispnéia que o paciente sente acaba piorando quando ele faz atividade/exercício, pois quando existe a necessidade de aumento do volume corrente (quantidade de ar que entra normalmente para ventilarmos adequadamente), com aumento da frequência cardíaca para nutrição de toda musculatura e oxigenação do restante do corpo, isso não acontece adequadamente, causando mais dispnéia e limitação física, fazendo o paciente parar de fazer sua atividade. Isso acaba virando um ciclo, pois quanto mais o paciente fica parado, mais ele perde massa muscular, condicionamento físico e terá mais dispnéia, além de depressão e ansiedade, pois sabe que terá sempre dispnéia. Esse ciclo pode ser quebrado com o uso dos broncodilatadores, pois eles melhoram a limitação do fluxo de ar, dando condições do paciente se movimentar e manter suas atividades e, assim, não entrar na espiral descendente que é um dos objetivos do tratamento e do acompanhamento do paciente com DPOC. Veja a figura: Figura 12: Espiral descendente. Fonte: Adaptado de Reardon, Lareau, ZuWallack, 2006. Além dos broncodilatadores, a reabilitação e os exercícios direcionados ajudam a manter a musculatura necessária para as atividades do dia a dia em forma e ativas, como explicamos anteriormente. Além disso, a respiração freno labial demonstrada no item Algumas técnicas e dicas para seu paciente respirar melhor ajudará o paciente a manter sua via aérea “aberta” por mais tempo, por aumentar o tempo expiratório, melhorando a mecânica do diafragma e impondo a pressão (peep) que é feita nos lábios e se transmitindo até os brônquios e os bronquíolos mais distantes, evitando o colabamento dessa via até os alvéolos. Veja novamente o vídeo sobre a respiração freno labial. Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o código QR Code. 45 Agora que você sabe o benefício do uso dos broncodilatadores, vamos conhecer as classes existentes desses medicamentos. https://www.youtube.com/watch?v=IZZv5Gr8Lbk https://www.youtube.com/watch?v=IZZv5Gr8Lbk Para facilitar seu entendimento, lembremos dos 2 receptores que promovem broncodilatação nos brônquios: β2-agonista e o Anticolinérgico! DICA DO ESPECIALISTA Apresentaremos um quadro com o resumo de todos os broncodilatadores, sua apresentação e a duração de ação. Portanto, temos 2 tipos de medicamentos broncodilatadores, que podem ser de curta ou longa ação: • SABA e SAMA: o “S” é short - curta em inglês; • LABA e LAMA, o “L” é long - longa em inglês; Sendo que: “BA” beta agonista e “MA” antimuscarínico. 46 Outra parte importantíssima dos broncodilatadores é sua apresentação, que pode ser em nebulização, spray/aerossol (MDI- metered-dose inhaler), pó (DPI- dry-powder inhaler) ou névoa (SMI- soft mist inhaler). Detalharemos cada um mais adiante. 47 Tabela 1: Resumo de todos os broncodilatadores, sua apresentação e a duração de ação. Fonte: Adaptado de Fernandes et al, 2017. Além dos broncodilatadores, alguns pacientes apresentarão, além dos sintomas, as exacerbações/crises, por isso necessitarão de mais medicamentos, como os corticóides inalatórios, roflumilaste e azitromicina. Como os pacientes com DPOC devem sempre usar broncodilatadores na sua base, os corticóides inalatórios não devem ser usados isoladamente, sempre com o broncodilatador. 48 Quadro 6: Resumo dos corticóides inalatórios, roflumilaste e azitromicina, sua apresentação e duração de ação. Fonte: Adaptado de Fernandes et al, 2017. Veja abaixo. Você verá que, mais a frente, no PCDT, teremos a combinação de medicamentos feita com corticoide inalatório isolado, pois algumas combinações ainda não foram incorporadas pela CONITEC. Essa é a riqueza de sabermos para que serve, quais existem e como podemos fazer essas combinações de medicamentos. O tratamento com corticosteróides inalatórios propiciou pequena redução das exacerbações em estudos (ensaios clínicos randomizados) em pacientes com DPOC moderada e grave. O benefício é mais consistente nos pacientes com obstrução mais grave (VEF1 100 e com asma associada. Veja o gráfico: 49 Figura 13: Indicação de uso de CI em DPOC. Fonte: Adaptado de Global, 2024; Stolz e Miravitlles, 2020; Miravitlles et al, 2022. O roflumilaste é um inibidor seletivo da fosfodiesterase-4 (PDE4) e age bloqueando a atividade dessa enzima, aumentando os níveis intracelulares de AMPc, com consequente redução na atividade inflamatória celular. Receptores da PDE4 são também expressos nas células da musculatura lisa das vias aéreas, porém esse efeito direto de broncodilatação é pequeno. Seu uso é indicado após a associação dos 2 broncodilatadores + corticoide inalatório e, ainda assim, o paciente permanece com exacerbações e sintomas frequentes. Tem o nome comercial de Daxas, mas ainda não faz parte do rol de medicamentos do SUS. O macrolídeo é um recurso de terceira linha no tratamento do paciente que exacerba frequentemente. Podemos fazer o uso de azitromicina 250 mg diariamente ou 500 mg três vezes por semana (mais utilizado), ou o uso de eritromicina 500 mg duas vezes por dia por 1 ano. Sempre um cuidado especial em pacientes com cardiopatia associada, taquicardia em repouso ou históriade arritmias. A ototoxicidade e os efeitos colaterais gastrointestinais devem ser avaliados. No longo prazo, pode haver aumento de eventos adversos e desenvolvimento de resistência bacteriana. Temos a azitromicina disponível no SUS para ser utilizada 500 mg de segundas, quartas e sextas feiras. Dados na literatura mostram que o estresse oxidativo nas vias aéreas de pacientes com DPOC faz parte importante do desenvolvimento da doença e que se relaciona com o risco futuro de exacerbações, pelo aumento das células e de citocinas inflamatórias. Por isso o uso de agentes antioxidantes e anti-inflamatórios na DPOC tem sido estudado. E como age a N acetilcisteína na DPOC? 50 As exacerbações da DPOC são importantes eventos na vida do paciente, com impacto na morbidade e na mortalidade, e grande parte dos esforços atuais do tratamento têm o objetivo de evitá-las. 51 Agora que você conhece os medicamentos disponíveis para uso na DPOC, quais e como prescrever para cada paciente? Para indicação dos medicamentos para o paciente com DPOC, após o diagnóstico devemos classificá-lo conforme sua gravidade espirométrica, sintomas e exacerbações em GOLD A, B, C ou D. Atualmente, o documento GOLD já atualizou essa classificação para A, B e E, pois as evidências mostraram que as exacerbações são muito importantes na evolução e na progressão da doença, por isso, independente do paciente ter muitos ou poucos sintomas, se ele tiver exacerbação, já recebe uma classificação de E para tratamento. Então, por que falaremos de A, B, C e D? O PCDT vigente de 2021 ainda mantém essa classificação para que você prescreva o tratamento para seu paciente com DPOC. Para facilitar essa classificação, desenvolvemos um fluxograma em passos fácil de seguir: DICA DO ESPECIALISTA 52 Figura 14: Protocolo de Avaliação e Tratamento da DPOC. Fonte: Angela Honda. Fundação ProAR. Programa Abraçar. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) do Município de São Paulo 2023. Após essa classificação em A, B, C ou D, você poderá prescrever ao seu paciente conforme recomendação: 53 Tabela 2: Tratamento farmacológico inicial – GOLD 2024 Fonte: Adaptado e traduzido de GOLD: 2024 Report. A partir do Grupo B, C e D, será necessário o preenchimento de formulário Laudo de Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamento do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (LME), de documentos e de formulários obrigatórios de cada Nota técnica (NT) de seu estado. GOLD 2024 PCDT 2021 54 Quadro 7: Esquema Terapêutico Baseado no PCDT para DPOC 2021. Fonte: Adaptado PCDT 2021- Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Veja Quadro E do item 7.2 do PCDT DPOC 2021 para ajudá-lo(a) com os medicamentos no SUS. Importante 55 Quadro 8: Medicamentos no SUS - PCDT para DPOC 2021. Fonte: Adaptado PCDT 2021- Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas *Associações de medicamentos inibidores da acetilcolina/medicamentos agonistas beta adrenérgicos de longa ação (LAMA/LABA) incorporadas ao SUS. **A terapia tripla – Corticoides inalatórios (ICS) + LAMA + LABA – é indicada para indivíduos com dispneia persistente, com limitações para a prática de atividades físicas ou com exacerbações grave ou frequentes em uso de corticoides inalatórios associados a broncodilatadores. ***Os esquemas de tratamento da DPOC podem ser vistos no Quadro F item 7.5 Esquemas de Administração do PCDT – PT nº 19, de 16 de novembro de 2021. Temática 4 Dispositivos inalatórios 56 A ação direta dos medicamentos nas vias aéreas resulta em efeito mais rápido dos broncodilatadores e o uso de doses menores reduz os efeitos adversos, especialmente dos corticoides. Os erros de técnica de uso dos dispositivos inalatórios são muito frequentes. Esse uso inadequado dos inaladores é importante causa de insucesso terapêutico, aumentando o risco de exacerbações e de aumento dos efeitos adversos, sendo fundamental a instrução do paciente sobre o seu uso correto. Dispositivos inalatórios em spray/aerossol, pó e névoa são os preferidos para a administração de medicamentos inalatórios. Oferecem vantagens sobre a nebulização, como portabilidade, menor custo de manutenção e menor risco de contaminação por agentes infecciosos. A via inalatória é a preferida para a administração de medicamentos em pacientes com doenças que cursam com obstrução do fluxo aéreo. 57 Figura 15: Dispositivos inalatórios. Fonte: Acervo pessoal Dra. Angela Honda. A utilização de dispositivos inalatórios deve ser ensinada e revisada em todas as consultas, para que os medicamentos sejam administrados com eficácia, e pode ser realizada por qualquer profissional de saúde treinado. Importante 58 O que isso tudo quer dizer? De nada adianta o paciente ter o medicamento correto nas mãos, se esse medicamento não chega até onde ele precisa estar. Diferente de outras patologias, que, em geral, tomamos um comprimido com água e, no máximo, temos que orientar um jejum, os medicamentos inalatórios têm técnicas para que o gás, pó ou névoa chegue até a parte final dos pulmões. Veja a figura para entender que o medicamento precisa chegar até a parte mais periférica dos pulmões: Figura 16: Absorção de medicamentos pelos pulmões. Fonte: Adaptado Usmani, Biddiscombe, Barnes, 2005. “Como o uso inadequado de dispositivos inalatórios tem sido muito frequente, orienta-se que as Unidades de Saúde desenvolvam estratégias para orientação quanto à utilização correta e segura dos referidos dispositivos. Ressalta-se o papel do farmacêutico nesse processo junto à equipe de saúde e os usuários, através da participação em ações coletivas de educação em saúde, através de atendimentos individualizados para prevenção, identificação e resolução de problemas relacionados à farmacoterapia. Assim como, na utilização de estratégias, junto aos demais profissionais, para melhor adesão ao tratamento medicamentoso e promoção do uso racional de medicamentos.” Fonte: Adaptado de Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) do Município de São Paulo 2023. 59 Como escolher o melhor dispositivo para o paciente? 60 1 - O que devo considerar sempre: Figura 17: Considerações para escolha do dispositivo. Fonte: Guia prático – atualização baseado GINA 2020 - por Fundação ProAR. 2 - Definindo a apresentação em spray/aerossol ou névoa ou pó: Dr. Usmani é um dos maiores estudiosos de dispositivos inalatórios e disponibilizou uma orientação simples e pragmática - se o paciente consegue puxar o medicamento: • Rápido e forte de 2 a 3 segundos: poderá usar qualquer uma das 3 apresentações. • Lenta e contínua de 4 a 5 segundos, como uma respiração mesmo: ele deverá usar spray e/ou névoa. 61 Figura 18: Escolha pragmática do dispositivo inalatório. Fonte: Usmani et al, 2017 e adaptado de Usmani, 2020. 3 - A técnica correta: Após a escolha adequada do dispositivo inalatório, vamos aos 7 passos da técnica correta. Figura 19: Passos para escolha adequada dos dispositivos inalatórios Fonte: Fonte: Adaptado e traduzido: Usmani et al, 2017. 46 Esse paciente faz uso de dispositivo inalatório em spray/aerossol e recebeu a visita domiciliar da médica e do enfermeiro de uma Unidade Básica de saúde. Qual(is) foi(ram) a(s) percepção(ões) dos profissionais da saúde sobre o atendimento ao paciente? Agora que tal conhecer a história do Sr. Odílio? Para assistir ao vídeo, clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o código QR Code. Acesse a playlist de vídeos sobre os detalhes de cada dispositivo inalatório. Para isso, clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o código QR Code. 62 https://youtube.com/playlist?list=PL0Ma9YUs_o5qab7KOWgnhVxiU3a59Jg3b&si=7wu6737NpL5X2E6s https://player.vimeo.com/video/958550584?h=408d633bc0&badge=0&autopause=0&player_id=0&app_id=58479 https://player.vimeo.com/video/958550584?h=408d633bc0&badge=0&autopause=0&player_id=0&app_id=58479https://youtube.com/playlist?list=PL0Ma9YUs_o5qab7KOWgnhVxiU3a59Jg3b&si=7wu6737NpL5X2E6s Retrospectiva 63 Nesta disciplina, você viu que a DPOC é uma das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) mais subdiagnosticadas e que é responsável pela 3ª causa de morte precoce no mundo. Nossos pacientes muitas vezes não associam seus sintomas com a DPOC, mas com a idade e/ou sedentarismo. Por isso, todo paciente que fuma ou fumou deve ser investigado para que possamos diagnosticar e tratar adequadamente cada um deles, melhorando sua qualidade de vida, diminuindo idas a emergência, hospitalizações e custos. O tratamento base da DPOC são os broncodilatadores e alguns pacientes necessitarão de associação de corticóide inalatório e outros medicamentos, além dos tratamentos não medicamentosos: cessação do tabagismo, reabilitação pulmonar, vacinação, saúde mental e oxigenoterapia domiciliar. 64 Pontos relevantes 65 Temos a maioria do tratamento já disponível no SUS, por isso você aprendeu como identificar e tratar esse paciente, escolhendo o melhor dispositivo inalatório, orientando a técnica inalatória correta e o educando sobre a doença e como usar melhor seu tempo e energia no dia a dia. Contamos com você para que mais pacientes sejam diagnosticados, tratados adequadamente e tenham sua vida transformada positivamente. Bem, isso nos leva ao fim da aula de hoje. Na próxima disciplina, apresentaremos um caso clínico para que você possa analisar detalhadamente a DPOC. Até lá! Bibliografia 66 BEAUMONT, Marc; FORGET, Patrice; COUTURAUD, Francis; REYCHLER, Gregory. Effects of inspiratory muscle training in COPD patients: A systematic review and meta-analysis. The Clinical Respiratory Journal, Hoboken, v. 12, n. 7, p. 2178-2188, maio 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Portaria Conjunta n° 19, de 16 de novembro de 2021. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Diário Oficial da União. 2021. Disponível em: . Acesso em: 06 jun. 2024. BRASIL. Ministério da Saúde. Linhas de Cuidado. Tabagismo. 2021. Disponível em: . Acesso em: 06 jun. 2024. BRASIL. Ministério da Saúde. 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