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Terapia Nutricional nos Pacientes Oncológicos e Transplantes Nathália Mendes Farnese dos Santos Nutricionista Clinica do setor de Oncologia do SCBH Especialista em Nutrição Clinica e Hospitalar IEP-SCBH Graduada em Nutrição PUC Minas/2014 Conceito A palavra câncer vem do grego karkínos Caranguejo Foi utilizado pela 1º vez por Hipócrates. O pai da medicina. Viveu entre 460 e 377 a.C INCA, 2011 Conceito Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células, que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos. INCA, 2011 Formação do Câncer - Oncogênese INICIAÇÃO PROMOÇÃO PROGRESSÃO Promoção: A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Essa transformação ocorre através do contato com o agente cancerígeno (oncopromotor) Estágios Inciação: Nessa fase, as células se encontram geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. INCA, 2019 Formação do Câncer - Oncogênese Progressão: se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Formação do Câncer - Oncogênese Estágios INCA, 2019 Nos tumores malignos, considera-se a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor: Nomenclatura dos Tumores Tecidos Epiteliais (pele ou mucosas) carcinomas Tecidos conjuntivos (osso, músculo ou cartilagem) sarcomas INCA, 2011; INCA, 2019. Medula osséa (Hematológios - Leucemias) Sistema Linfático (Linfomas) Avaliar o grau de disseminação da doença maligna INCA, 2019 Estadiamento do Tumor Extensão da doença T: Extensão anatômica da doença, levando em conta as características do tumor primário. T0 aT 4 N: Características dos linfonodos das cadeias de drenagem linfática do órgão em que o tumor se localiza. N0aN3 M: Presença ou ausência de metástases à distância. M0aM1 INCA, 2019 Estadiamento do Tumor T-0: Sem evidências de tumor primário. T-1: Tumor com menos de 3cm no seu maior diâmetro porém bastante restrito. T-2: Tumor com mais de 3cm no maior diâmetro ou invadindo tecidos próximos causando comprometimento moderado. T-3: Tumor de qualquer dimensão invadindo tecidos próximos causando sério comprometimento. T-4: Tumor de qualquer tamanho invadindo e comprometendo órgãos vitais. N-0: Ausência de metástases linfonodais. N-1: Metástases linfonodaisleves. N-2: Metástases para linfonodos moderadas. N-3: Metástases para linfonodos graves. M-0: Ausência de metástases. M-1: Presença de metástases a distância. INCA, 2019 Estimativa INCA, 2019 O que causa o câncer? EXTERNAS INTERNAS Fatores de Risco INCA, 2019 Prevenção Não fume Alimentação saudável ( origem vegetal/fibras, ultraprocessados) Peso corporal adequado Praticar atividades físicas Amamente Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo INCA, 2019 Prevenção Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos Vacine contra a hepatite B Evite a ingestão de bebidas alcoólicas Evite comer carne processada Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada INCA, 2019 Tratamento Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade. O tratamento do câncer pode ser feito através de: Cirurgia; Quimioterapia (QT); Radioterapia (RxT); Transplante de Medula Óssea (TMO). INCA, 2019 O ato cirúrgico pode ter finalidade curativa, quando há detecção precoce do tumor e é possível sua retirada total. Finalidade paliativa, quando o objetivo é de reduzir a quantidade de células tumorais ou de controlar sintomas que comprometam a qualidade da sobrevivência do paciente. CIRÚRGICO Tratamento INCA, 2019 É um tratamento em que se utilizam medicamentos para combater o câncer. Pode ser administrada por: Via oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea, intratecal e tópica. QUIMIOTERÁPICO Ambulatorial ou internação. Tratamento INCA, 2019 É um tratamento no qual se utilizam radiações ionizantes, para destruir ou impedir que as células do tumor aumentem. O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização do tumor. RADIOTERÁPICO Ambulatorial ou internação. Tratamento INCA, 2019 Consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. Pode ser autogênico (próprio paciente) ou alogênico (um doador. TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA Proposto em casos de doenças no sangue. Tratamento Câncer x Desnutrição • A desnutrição é multifatorial, sendo a complicação mais frequentemente encontrada nos pacientes oncológicos. Seja por fatores relacionados: Á presença do tumor Ao tratamento alterações metabólicas, que induzem à síndrome da anorexia-caquexia terapias antineoplásicas são invasivas acarretando no agravamento do estado nutricional Miranda TV, et al, 2013 Câncer x Desnutrição Podendo levar à CAQUEXIA. Essa desnutrição é do tipo calórico-proteica e ocorre devido a um desequilíbrio entre a ingesta alimentar e as necessidades nutricionais desses pacientes. SILVA A.C, et al, 2012 • As neoplasias malignas que acometem a região da cabeça e pescoço e do trato gastrointestinal levam a um pior prognóstico nutricional; • A prevalência de desnutrição nestes casos atinge entre 80 e 85%. Câncer x Desnutrição BRASPEN J 2017 Freitas BJSA et al, 2010 • Tempo de internação; • Taxas de morbidade e mortalidade; • Complicações infecciosas e complicações secundárias; • Riscos infecções pós-operatórias; • Custos para o sistema de saúde. • Eficácia do tratamento especifico; • Qualidade de vida (QV); • Mudança da autoimagem. Freitas BJSA et al, 2010 Câncer x Desnutrição Caquexia Consenso Brasileiro de Caquexia / Anorexia, 2011 A denominação “caquexia” deriva do grego: “kakos”, má e “hexis”, condição. Causa direta da mortalidade em até 40% dos pacientes É raramente identificada ou diagnosticada, e ainda com menor frequência, tratada. Caquexia - Conceito Consenso Brasileiro de Caquexia / Anorexia, 2011 A caquexia associada ao câncer pode ser definida como: “síndrome multifatorial, na qual há perda contínua de massa muscular (com perda ou ausência de perda de massa gorda), que não pode ser totalmente revertida pela terapia nutricional convencional, conduzindo ao comprometimento funcional progressivo do organismo” Muscaritoli et al, 2010; Fearon et AL., 2011 Caquexia Consenso Brasileiro de Caquexia / Anorexia, 2011 Consenso Brasileiro de Caquexia / Anorexia, 2011 Manifestações Clinicas: Anorexia Alteração no paladar Astenia Fadiga Perda de peso involuntária Perda da imuno competência Perda das habilidades motoras/físicas Desequilíbrio iônico (vômitos/naúseas) Alterações no metabolismo PTN;CHO;LIP 74% 53% 46% Caquexia Consenso Brasileiro de Caquexia / Anorexia, 2011 Anorexia + Mudanças metabólicas PERDA DE PESO HORMÔNIOS NEUROENDÓCRINOS: Cortisol, glucagon, hormônio de crescimento CITOCINAS: IL-1, IL-6, TNF-α FATORES PRODUZIDOS PELO PRÓPRIO TUMOR: -PIF: Fator Indutor de Proteólise -LMF: Fator Mobilizador de Lipídios Caquexia Alterações Metabólicas da Caquexia A. GARÓFOLO & A.S. PETRILLI ,2006 Alterações Metabólicas da Caquexia MUSCARITOLI et al, 2010; FEARON et al 2011 Metabolismo de CHO o Aumento da neoglicogênese; o Intolerância a Glicose; o Degradação do Glicogênio Hepático; o Resistência a Glicose. Tumor: consume de 10 a 50 vezes mais glicose em relação ás células normais.MUSCARITOLI et al, 2010; FEARON et al 2011 Metabolismo de PTN o Extensa proteólise; o Aumento “turnover” proteico; o Aumento na produção de proteínas de fase aguda pelo fígado. Fator indutor de proteólise(PIF): Induz a degradação e inibe a síntese proteica. Liberação de ácidos graxos e formação de corpos cetônicos (ENERGIA) lipase lipoprotéica (LPL) e lipogênese hepática. Alterações Metabólicas da Caquexia Consenso Brasileiro de Caquexia / Anorexia, 2011 Caquexia Impacto clinico da Caquexia FEARON et al 2011 Incidência de complicações; Período de internação; Piora a qualidade de vida; Morbidade e Mortalidade. Tolerância e/ou resposta ao tratamento; Estado imunológico; Caquexia Neoplasica Discursão de Artigo Terapia Nutricional (TN) no paciente oncológico Terapia Nutricional • Prevenir ou corrigir desnutrição; • Evitar, minimizar ou tratar deficiências de macro ou micronutrientes; • Prevenir perdas proteicas muscular, visceral, sanguínea e desgaste de outros tecidos magros como ossos; • Aumentar a resistência/tolerância ao tratamento; • Reduzir complicações e efeitos do tratamento prejudiciais à nutrição; • Manter a capacidade de combater infecções e favorecer a recuperação e cicatrização pós-operatória. Terapia Nutricional Avaliação Nutricional Antropometria: Peso Ideal Perda de Peso o Peso corpóreo (usual e atual); o Estatura; o Dobras cutâneas; o Circunferências (CB, CP, CMB); o Bioimpedância. Avaliação Nutricional Estimativa de peso corporal: fórmula de chumlea IMC Blackburn G., 1977; FRUCHTENICHt AV. et al, 2015 % PP = [(PA –PH)/PH x 100)] Perda de peso maior que 10% pode estar presente em até 45% dos pacientes adultos hospitalizados com câncer. Período de Tempo Perda Moderada (%) Perda Grave (%) 1 semana 5 3 meses 7,5 6 meses ou mais 10 Blackburn G., 1977; FRUCHTENICHT AV. et al, 2015 Antropometria: Avaliação Nutricional • NRS 2002 (Nutritional Risk Screening - 2002) Avaliação Nutricional Detecta apenas a presença de risco de desnutrição • NRS 2002 (Nutritional Risk Screening - 2002) Avaliação Nutricional Avaliação Nutricional • ANSG (Avaliação Subjetiva Global) Avaliação Nutricional • ANSG (Avaliação Subjetiva Global) Capaz de diagnosticar a desnutrição e possibilita o prognóstico. Avaliação Nutricional • ASG PPP (Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente) Avaliação Nutricional • ASG PPP (Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente) Avaliação Nutricional • ASG PPP (Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente) Avaliação Nutricional • ASG PPP (Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente) • ASG PPP (Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Próprio Paciente) É considerada padrão ouro para avaliação nutricional do paciente oncológico Gonzalez M.C. et al, 2010 Avaliação Nutricional o Creatinina/ Ureia; o Proteínas plasmáticas (albumina, transferrina, pré-albumina e proteína ligada ao retinol); o Hemoglobina, hematócrito; o Proteína C Reativa (PCR); o Contagem Total de Lifócitos (CTL). Parâmetros Bioquímicos: Avaliação Nutricional Hemoglobina: é considerada uma proteína de depleção tardia na deficiência proteica, razoavelmente sensível, mas pouco específica do processo de desnutrição. Creatinina: Valores aumentados podem ser indicativos de toxicidade, uma vez que os tratamentos antineoplásicos. Albumina e Proteínas Totais: Valores diminuídos são potentes indicadores desnutrição e frequentemente estão reduzidas em pacientes oncológicos. PCR: Valores aumentados provavelmente relacionados com a resposta inflamatória induzida pelo tumor, podendo acarretar em depleção do tecido adiposo, catabolismo proteico muscular e visceral, além de mau prognóstico no câncer Oliveira FP. et al, 2015; Brito LF. et al, 2012; Biangulo BF, Fortes RC, 2013. CLT: Avalia as reservas imunológicas momentâneas, indicando as condições do sistema de defesa do organismo. Avaliação Nutricional Biangulo BF, Fortes RC, 2013. Parâmetros Bioquímicos: Avaliação Nutricional Necessidades Nutricionais Necessidades Nutricionais INCA, 2015 As necessidades nutricionais do paciente com câncer podem variar, dependendo do tipo e da localização do tumor, da atividade da doença, da presença de má absorção intestinal e da necessidade de ganho de peso ou anabolismo. Harris-Benedict: Homens: GEB = 66,5 + [(13,7 x peso (kg)] + [(5 x altura (cm)] –[(6,8 x idade (anos)] Mulheres: GEB = 655 + [(9,6 x peso (kg)] [(1,8 x altura (cm)] –[(4,7 x idade (anos)] GET = GEB x FA x FE x FT FA Acamado = 1,2 Deambulando Pouco=1,25 Deambulando = 1,3 FE: Câncer, quimio/radio= 1,1 a 1,45 TMO = 1,2 a 1,3 FT: 38ºC = 1,1 39ºC = 1,2 40ºC = 1,3 41ºC = 1,4 Necessidades Nutricionais INCA, 2015 Necessidades Nutricionais Fórmula de Bolso: Necessidades Calóricas C lín ic o s P ré e p ó s ci rú rg ic o s INCA, 2015 Necessidades Nutricionais Fórmula de Bolso: Necessidades Proteicas C lín ic o s P ré e p ó s ci rú rg ic o s INCA, 2015 Necessidades Hídricas C lín ic o s P ré e p ó s c ir ú rg ic o s Acrescentar perdas dinâmicas e descontar retenções hídricas. Fórmula de Bolso: INCA, 2015 Necessidades Nutricionais Cuidados Paliativos Necessidades Nutricionais INCA, 2015 Vitaminas e Minerais: De acordo com das DRIs ênfase aos nutrientes com função antioxidante. Selênio, Cobre, Zinco, Magnésio. Vitamina A, C, E. Necessidades Nutricionais INCA, 2015 Avaliação Nutricional Cálculo das Necessidades Nutricionais Selecionar via de administração Não necessita de TN Necessita de TN0 Dieta Hospitalar comum Pode comer Dieta especial ou suplementação oral (TNO) Não pode comer TGI Funcionante TGI não Funcionante TN Enteral TN Parenteral Indicações de TN • Suplementação oral: Ingestão alimentar 70% das necessidades nutricionais por 3 dias consecutivos. • TNE: Ingestão oral permanecer > 60% das necessidades nutricionais por 3 dias consecutivos. • TNP: For possível a utilização parcial ou total do TGI. INCA, 2015 Alimentação Oral SEMPRE a via preferida !! Rotina diária do paciente Mantém a autonomia Melhora a QV Efeitos psicológicos Partilhar com a família Fonte de prazer Via normal de alimentação INCA, 2015 Alimentação Oral • Aconselhamento dietético melhorar o consumo de alimentos por via oral e prevenir o desenvolvimento da desnutrição. Ravasco et al.(2003): Pacientes com câncer colorretal que receberam aconselhamento dietético aumento significativo no consumo da dieta, refletindo na redução do número de complicações e melhora da QV. Modificações da consistência e volume Suplementos orais: simples, natural e menos invasivo: a ingestão de nutrientes.Respeitar mudanças de paladar e olfato dos doentes INCA, 2015 Pacientes desnutridos com suplemento oral + dieta VO Aumentam ingestão de energia e proteínas e melhoram a resposta imunológica. Ações Preventivas Objetivos Variação do Sabor Aumentar a adesão Aumentara densidade calórica Reduzir o volume Horário das tomadas Intervalo das refeições Especializados De acordo com o quadro clinico Monitoração periódica da ingestão alimentar do paciente. Alimentação Oral INCA, 2015 WAITZBERG, 2009 Para onde vão os suplementos em excesso ou que os pacientes não aceitam?? ESTRATÉGIA: TOMAR SUPLEMENTO ORAL COMO MEDICAMENTO!! Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas o Autólogo: utilizadas as próprias células tronco do paciente, que são tratadas com altas doses de radiação ou quimioterapia para garantir que não existam células cancerígenas. o Alogênico aparentado ou não- aparentado: as células progenitoras provém de um doador irmão co- sanguíneo ou de um desconhecido previamente selecionado por testes de compatibilidade. INCA, 2019 • NRS-2002 • ASG-PPP / ANSG Indicadores de risco nutricional: Ingestão alimentar Causados pela Terapia Antineoplásica. Terapia Antineoplásica Principais Alterações Quimioterapia (QT) Anorexia, náuseas e vômitos; diarreia ou obstipação; estomatite/mucosite; alterações no paladar; complicações infecciosas; neutropenia febril com elevação da TMB em 25% (Temperatura corpórea ≥39ºC) Radioterapia (RxT) Irradiação de cabeça e pescoço: anorexia, alterações no paladar, aversão alimentar, xerostomia, mucosite, gengivite, disfagia. Irradiação torácica: esofagite, disfagia, refluxo gastroesofágico, náuseas e vômitos. Irradiação pélvica: diarreia, náuseas e vômitos, enterite. Sequelas tardias: enterite crônica, má-absorção, obstrução gastrointestinal, fadiga com decréscimo do apetite e motivação para comer. Imunoterapia Febre, fadiga e fraqueza reduz apetite e aumenta as necessidades energéticas e proteicas. INCA, 2015 INCA, 2015 INCA, 2015 INCA, 2015 INCA, 2015 INCA, 2015 INCA, 2015 INCA, 2015 INCA, 2015 Sobre Neutropenia... O são Neutrófilos? Os neutrófilos, também conhecidos por leucócitos, são o tipo mais comum de glóbulos brancos do sangue; Defendem o corpo das infecções bacterianas e fúngicas, sendo o primeiro tipo de células imunitárias que responde e chega ao local da infecção; São produzidos na medula óssea e são liberados na corrente sanguínea. ATALIA G.; VASCONCELOS P. BRAGANÇAN., 2015 O que é Neutropenia? • É a diminuição do número absoluto de neutrófilos na corrente sanguínea ; • É uma complicação frequente em doentes oncológicos em tratamento (QT); • É uma das toxidades mais comum relacionadas como fator limitante na adminstração de terapêutica sitémica antineoplásica. Neutropenia Febril: neutrófilos + pico febril conduz a REDUÇÃO de doses e ADIAMENTOS do tratamento !! ATALIA G.; VASCONCELOS P. BRAGANÇAN., 2015 Imunonutrição Imunonutrição Trata-se de terapia nutricional especializada, enriquecida com nutrientes especiais (ou fornecimento de nutrientes em diferentes proporções) com possível efeito terapêutico em órgãos e sistemas vitais (sistema imune, intestino, fígado e sistema respiratório). Imunonutri- ção Omêga 3 Nucleotídeos Antioxidante Arginina Nutricional Imunológico Anti-inflamatório Imunonutrição INCA, 2016 INCA, 2016 o Auxilia na manutenção de massa magra; o Previne a perda de peso; o Melhora a qualidade de vida; o Ameniza a inflamação; o Auxilia na redução do crescimento do tumor; o Possui propriedades anti-inflamatórias; o Aumenta o apetite, auxiliando no combate à caquexia. Omêga 3 INCA, 2016 o Aumento da síntese protéica; o Regulação das respostas imunes –células; o Desenvolvimento, manutenção e reparo celular; o Situações de estresse: necessidade aumentada; o Sua falta leva a perda da função dos linfócitos T e diminuição dos níveis de interleucinas. INCA, 2016 ; CARMO SG, FORTES RC, 2019 Nucleotídeos o Aminoácido semi-essencial em estados de estresse passa a ser considerada condicionalmente essencial; o Atua sobre importantes atividades biológicas, fisiológicas e imunológicas; o Atua sobre a proliferação e maturação de linfócitos T; o Função antioxidante. Arginina Regulação da pressão sanguínea, perfusão tecidual, metabolismo celular e síntese do óxido nítrico, sendo fatores chave no processo de cicatrização INCA, 2016 ; CARMO SG, FORTES RC, 2019 Antioxidante INCA, 2016 Antioxidantes Fontes alimentares Betacaroteno Mamão, manga, damasco, pêssego, cenoura, abóbora, batata-doce. Licopeno Tomate, goiaba vermelha, acerola, pitanga, melancia, mamão. Vitamina E Óleos vegetais; Castanhas, nozes, amêndoas, gérmen de trigo, amendoim; Espinafre, brócolis, aspargo, abacate, kiwi, manga, tomate, milho. Vitamina C Abacaxi, acerola, caju, limão, laranja, tangerina, goiaba, morango, kiwi; Hortaliças e vegetais crus: agrião, repolho, salsa, couve, brócolis, rúcula, alho, tomate, pimentão. Selênio Castanha, nozes, farelo de trigo, centeio, semente de girassol, milho, arroz branco cru, aveia, amêndoa, avelã; Carne sem geral: frutos do mar, camarão, salmão, atum, fígado bovino, carne bovina, suína e aves. Flavonóides Frutas vermelhas (morango, maçã, romã, framboesa, blueberry) , uva; Chá verde e preto, cacau, chocolate amargo; Cebola, brócolis, tomate e hortelã. CUPPARI, 2014 Cuidados paliativos • De acordo, com a Organização Mundial de Saúde (OMS): “É uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares frente a problemas associados á doença terminal, através da prevenção e alívio do sofrimento, identificando, avaliando e tratando a dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais” Respeitar a vontade do paciente e familiar Conforto do paciente O profissinal nutricionista é elemento crucial em implementar intervenções alimentares baseadas no individuo, familia e comunidade, as quais poderão ser potentes estratégias para a prevenção e tratamento do câncer. Obrigada nathaliafarnese@hotmail.com Referências • ATALIA G.; VASCONCELOS P.; BRAGANÇA N. Neutropenia Febril. Rev Clin Hosp Prof Dr. Fernando Fonseca; 3 (1):13-19; 2015. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CUIDADOS PALIATIVOS. Consenso Brasileiro de Caquexia e Anorexia em cuidados paliativos. Rev. Bras Cuidados Paliativos. 2011, Maio, v.3, n.3, Supl 1. • BLACKBURN G.L. et al. Nutritional support in cardiac cachexia. The Journal of Thoracic And Cardiovascular Surgery. 1977; v. 73, , n. 4, p. 489 – 496. • BIANGULO, BF; FORTES, RC. Métodos subjetivos e objetivos de avaliação do estado nutricional de pacientes oncológicos. Com. Ciências Saúde. 2013; 24(2): 131-144. • BONGIOVANI, LFLA. et al. Perfil nutricional de pacientes oncológicos internados em um Hospital Universitário da Região Meio Oeste de Santa Catarina. BRASPEN J 2017; 32 (4): 335-40 • BRASIL. Ministério da Saúde. ABC do câncer : abordagens básicas para o controle do câncer. Rio de Janeiro : INCA, 2011. 128 p. • BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA), 2019. Disponivel em acesso em 10/11/2019. • BRASIL. 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