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;ão -Série Engenharia de Manutenção -Série Engenharia de Manutenção -Série Engenh' ® '̂ '̂̂ ''lenção - Série Engenharia de Manutenção -Série Engenharia de Manutenção -Série Engén nuiyaniLdÇciU, oPlanejamento e o Controle da .. -imr 1». Este livro é uma oportunidade para os profissionais de manutenção. Ele consolida e disponibiliza o grande conhecimento do autor sobre o planejamento e controle de manutenção, já disseminada em cursos ministrados por todo Brasil, tornando-o acessível a todos. O tema é sem dúvida a base indispensável para o enfoque científico e ordenado da •manutenção e as informações contidas naobrasãoferramentas deextrema utilidade nocotidiano dosengenheiros e planejadores. Já em 1994/95 convidei-o para, no âmbito Abraman - RJ, fazer o primeiro Curso de Planejamentoe Controle deManutenção dafilial. Nos anos seguintes este treinamento passou a ser feito em quase todas as demais FiliaisdaAbraman. Agenerosidade do mestre Gil Branco Filho, que assim compartilha aexperiênciá de ' toda a vida na área de manutenção o credencia a imortalidade devida, segundo o Dalai Lama, àqueles quecompartilham seu conhecimento. Eng.Joubert Fortes Flores Filho DiretorAdjunto de Relações Institucionais e Recursos Humanos Metro Rio Presidente da Abraman - Associação Brasileira de Manutenção, 2003/2007 EOETORA 1CIÊNCIA MODERNA www.lcm.com.br vVli SBN 978.85.7393-680-3 91178857311936803 P o pCQ í Q3 i ^ M í • V t «treinarpessoalqueentraesai damanutenção; que seja consistente para serem usados em unidades descentralizadas eao longo do estadooudo país eadequados aos diversos níveis hierárquicos eventualmente existentes. Não menos importante: que seu título seja claro e óbvio. Qualquer coisa como Manual de Organizaçãoda Manutençãoporque otítulo "Manual de Manutenção" queéambíguo epode ser confundido com Manual Técnico de algum equipamento. 4.7 - Dellneamento do Manual. Amontagem do manual deve ser feita dentro dos padrões de documentos daempresaecom isto seus campos mínimos (capítulos eseções) podem variar umpouco. As normasque tratam do assunto "Documentação"naempresasdevem serrespeitadas. Istoquer dizer que se na empresa existem estas normas elas devem, ser respeitadas eseguidas. Assim oManual de Organização daManutenção deve ser montado dentro destes padrões que a empresausa. Casoaempresaaindanãotenhaestepadrãovocêdevecriaropadraoparaseumanual. Conforme veremos mais detalhado naparte deInstruções deManutenção, existem Documentos Estratégicos, Documentos OrganizacionaiseDocumentosSetoriais. Nestecaso,onosso manual éanível estratégico. Veja mais no conjunto deNormas ABNT ISO 9000/1994. Não esqueça: Documentos Estratégicos tratam sobre como você vairesolver oproblema. Documentos Organizacionais tratam sobre como você vai seorganizarparacumpriraestratégia. Documentos Setoriais tratam sobre comooprocessodetrabalho será feito paracumpriratarefa. 2B E existem ainda os protocolos, os arquivos e registros do que foi feito e que são chamados de evidências objetivas; ou ainda: as provas irrefutáveis dos resultados obtidos; quer sejam resultados adequados ou inadequados; quer sejam resultados bons ou não. 4.7.1 - Campos Desejados no Manual. No manual são desejados alguns campos que, via de regra, são comuns a todas as empresas. O manual deverá tratar sobre os seguintes assuntos: 4.7.1.1 - Prefácio. Toda a obra é sempre aberta por um prefácio, deste modo, este capítulo é altamente desejável. 4.7.1.2 - Apresentação. Aqui você fará apresentação da fiinção manutenção e sua interação na empresa. 4.7.1.3 - Objetivos do Manuai de Organização da Manutenção. Nesta parte estará descrito porque o manual foi montado e o que se deseja com ele. Coisas do tipo: "Este manual visa padronizar e uniformizar a maneira como a manutenção procederá em suas atividades sobre manutenção de equipamentos e instalações da Empresa(ou Unidade) XXXXXX xxxxxxx XXXXXX, possibilitandoestabelecer um Gerenciamento da Manutenção, normalizando os conceitos, termos e palavras usadas naempresa, controles e procedimentos referentes à função manutenção." Ou ainda: "Estedocumentodescrevee regulaasatividadesdemanutenção naEmpresa"XXXXXX xxxxxxx XXXXXX",para tomarpossívelestabelecerumModelodeGestãodaManutenção,normalizando os conceitos, termos e palavras usadas na empresa, controlese procedimentos referentes à função manutenção." E mais alguma coisa que pareça adequado à equipe que está montando o manual. 4.7.1.4 - Organização da Manutenção. Nestaparteserádescritocomoamanutençãodeveráestarorganizadaparaatenderasnecessidades do seu cliente. 4.7.1.5 - As responsabilidades da Manutenção. Vocêdeveráindicarquaissãoas Responsabilidades da Manutenção, na empresa.Todas. 4.7.1.6 - Documentação da Manutenção. NestapartedeverãoestarcitadosquaisosDocumentos emusopelamanutenção, oformatobásico de cada documento e seu uso na empresa. i rapfttiln ã-n Manual Hp Organização da Manutenção | 27 Por exemplo: A- OrdemdeServiçosuaimportânciaefinalidade. Nestaparte você nãodescreveráoscampos dasOrdens deServiço. Mais tarde, naparte referente aos procedimentos dePlanejamento eControleesteassuntodeveráretomarcomadescriçãodoscampos,maneirasdepreencher e finalidades. B - Procedimentos deManutenção comformato ecampos obrigatórios. Estarátambémdefinidaacodificação dosPMPparafacilitar aosqueforem montarosPMP. Os códigos serão deuso para toda aunidade ouempresaedeverão sermontados demodo quesejapossível usar o mesmo sistema decódigos emtoda aempresa. Mas, atenção, aqui no manual você não deverá colocar os PMP prontos. Os PMP que já estiverem prontos para uso estarão num arquivo cujo nome estará definido aqui e que facilitará abusca. C - AnálisePreliminardeRisco, APR, comseuscamposobrigatórios,seuformato, quandodeve ser feitae o que deveráestarpresenteemcada uma. Definiráacodificaçãodelas, poiseladeveráserfeitas segundo uma metodologia, e,ainda que oPMP possuauma parte deanálise desegurançabem feita, aAPR deverá sempre ser repetida antes do iníciodecada tarefaoumanutenção em locais dealto risco. Isto deve ser assim, pois ascondições ambientais podem termudado desde aconfecção doPMP. Caso tenham mudado e se formudança permanente o PMPdeve seratualizado. Seamudança for momentânea, entãoPMP permaneceeaAPR deveráserusadaecuidados adicionados para apenas esta vez. D - AnálisePrevencionistadeTarefas,APT,queindicaráa finalidadedestedocumentoe seu uso. Indicará ainda quem deverá preencher e aprovar. E- FolhadeRegistrodeInspeçãocomseu formato básicoecamposnecessários. Seemempresa informatizada, citar o nome e local onde se podem encontrar os documentos. F- MapadePlanejamentoamédioelongoprazo. Tambémconhecido com mapade52colunas que discutiremos naParte deProcedimentos dePlanejamento eControle deManutenção. G- BibliotecaTécnica,suaorganizaçãoesegmentaçâo,seforocaso. Querdizer, emcadanível e qual nível hierárquico deverão estar guardados osdocumentos técnicos e manuais de equipamentos. Se,emempresa informatizada, citaro nome e local onde se acessam os documentos guardados em formato eletrônico. H- Normas e regulamentos aplicáveis, citando a entidade que publicou a norma eo ano da publicaçãoourevisãoque seestáusando. Nãoécorretonemcompletocitarapenas anorma. Deveráestarcitadaanormaaentidadequeaeditouepublicou, citadoonúmerooureferência da norma e a data da edição, publicação ou revisão. I - Arquivo Técnico, suaorganização e local. Suponho, aqui, que sejaumlocal onde os documentos físicos estejam guardados. Seemempresainformatizada, citaronome elocal deonde sepodem acessar ostítulos dos documentos existentes para eventual pesquisa. J - Outros documentos como necessários. 4.7.1.7 - As Estratégias e Programas de Gerenciamento. Nesta parte deverão estardescritas sumariamente como amanutenção atuará, suas Estratégias e Programas de Gerenciamento da Manutenção; 4.7.1.8 - Métodos de Avaliação da Manutenção. Métodos deAvaliaçãoeMediçãodaManutençãoquantoàCapacitaçãoeDesempenho bemcomo sua atuação no Cumprimento das Metas Empresariais; 4.7.1.9 - Políticas de Sobressalentes. Definirquais serãoaspolíticasdesobressalente"edereposição de peçaseconjuntos, quantidades para itens críticos e não críticos. 4.7.1.10- Interface com outras Divisões. Descrever a interface da manutenção com outras Divisões naempresa, ouseja, de quem a manutençãodependee paraquemprestaserviço. Conheça seusfornecedores internos e externos. Indiqueseusclientesinternose externos. 4.7.1.11- Relatórios de Atividades da Manutenção. Descrevercomoamanutençãomanteráseusclientesinformadossobreasatividadesdemanuten ção,seuscustoseproblemas. Chamamos aisto"RelatóriosdeAtividades", edefiniremos, ainda nesta parte, a periodicidade e conteúdo destes relatórios. 4.7.1.12 - A Interação da Manutenção no SMAS. Descrever, nos programas de Segurança Saúde eMeio Ambiente, quem éresponsá^rel eporque emcada uma dasatividades constantes noprograma desegurança daempresa. Os supervisores diretos dos manutentores são peças atuantes no cumprimento dos programas de segurançado trabalho,deproteçãoenãocontaminaçãodomeio ambiente, poisafiscalização dar determinaçõesedo usode EPI, porexemplo, poderádependerdemedidasque cabemaosupervisor. Osupervisor épeça fundamental no cumprimento dos programas devido sua ação orientadora, fiscalizadorae disciplinadora. 4.7.1.13 - Programas de Treinamento. Nestapartedeveráestarestabelecidooprogramade treinamentomínimo necessário paraque seuS colaboradores tenham oconhecimento eascompetências necessáriasaocumprimento desuas tarefas no dia a dia. Nesta parte deverá constar quais os indicadores que serão usados para esta mensuração. 4.7.1.14 - Programas de Melhoria de Métodos de Trabalho. Citarquais os programasdesimplificaçãoedemelhoriademétodosde trabalhos queseiüousados naempresa bemcomo quem deverá serresponsável pelocumprimento decadaumdeles. Haverácuidadoparaqueestaparteestejaatualizada, equeestaparte sejarevisadaperiodicamente semseraparteondeapenas cite-se "asopinha deletras"emevidência. I Estaparteexisteparasercumprida. Todos osprogramas deverão ter um resumo, de sua filosofia básica, quais suas metas equais os golsesperados,e comoserá aplicado. w i •a 3 4 - ^ Maniia/ nrgani7.açãn da Manutenção 29 bempiequeexistentes, aqui serácitadoodocumentode implantaçãodamelhoria, que nãodeverá fazerpartedoManual de Organização daManutenção. 4.7.1.15- Programas de Contingência e Emergência. Cadaempresapossui sua cultura própria enecessidades desedocumentarconvenientemente. 4.7.2 - Exemplo de Manual de Organização. Aseguir umexemplo deummanual eminício deorganização. Prefaci. Sumário. Apresentação. Objetivos do Manuai da Manutenção. Sistema de Gerenciamento da Manutenção. Estratégias de Manutenção. Organização da Manutenção. Tratamento de Anomalias. Custos de Manutenção. Avaliação da Gestão da Manutenção. Efetividade da Manutenção. Sistemas Integrados de Manutenção. Recursos Humanos na Manutenção. Terceirização. Definição de Termos Técnicos. Glossário. Anexos. 4.7.3 - Outro Exemplo de capítulos deste Manual. Outro exeirplo: Prefácio. Apresentação. Organizaçãoe Objetivodo Manual. Definições de palavras usadas. Estratégias de Manutenção. A Organização da Manutenção. A Mensuração do Desempenho. Responsabilidacfes. 4.7.4 - Mais um exemplo. Aseguir maisumexemplo decapítulos destemanual. Escopo. Definições. Organograma. Cargus e funções. 30 I Orgarúzação-o-Plafiefament&-e '̂€ontrole^a-Manutenção PMP - Formato e Uso. O.S. - Formato e Uso. Treinamento eCapacitação. Avaliaçãoda Manutenção. índices deCapacitação edeDesempenho. Relatórios de Manutenção. Responsabilidades 4.7.5 - Capítulos que fazem parte de outro manual. 1 bitrodttçio. 1.1 Olíitívotdtstftmanual,. U OafinicCM laadas:..: U Eattaligiu.ilèManalançÍo.. SIMARK) 2il EstnmirBOigaid2»ci«int)'aa;Eniftnua..._..... 2.2 EstrabmOisanizacianaldaManulenfinnaEenpmsa.. 2.3 MsitaeeslIoSist^Mnvtenc^ .24 Àliaittçgaa a RaapoMitiidadai....- ZS. EimnsntoidoSMannl^ulwri^n.... —. 3 DtetriiaMi ellata» 3:1 M^dBCatgPnzs~r~>~.»->~.«- 32 IMude IMéoPiaze 4 Indicadoresde OesEfnpeiàio. 4.1 CnUrto» |Min «scmha4t lndtcadotts„ .42^ iMOcodoras 5 Priarizacão dasTialialhos 5.1 ftoc«dim«mmnstram'adQtailos«mcBitaaHo.. 6 Plan^)ainenl» fi.1 FtaaodaLef^naxD)iUites— 8 Planos delianutençao.—— 9 Avaliaçãolio flooesso de idanidencão. 10 Rrooeiãmemos de Segurança na Manutenção.. 10.1 SoguiançadoTrabalho e Saúda. ^ >102 Svguiança do McioAmbiOMe. lOJ Planodo Cen0i4)Úncia.. ... ;3 .6 — 10 ..11 11 - —^ .ill .—11 — 11 -13 ;13 14 - M U .._14 .14 u ^^14 -16 -15 -16 — 15 ...16 .„15 Figura 04.01 - Página de ummanualde organização da manutençãoemmontagem. —-Ga^tulo 4 -jQ-Marmal-da-Organização da Manutenção 31 4.8 - Manuais de Organização e Profundidade do assunto. A cadaorganização e a cada empresaos assuntos deverão ser tratados em níveis e profimdidades diferentes. Se a empresa for apenas umaúnica instalação industrial o manual deverá contemplar a empresa como um todo. pois a unidade é uma única. Se a empresa for composta de diversas unidades industriais, deverá haver um manual básico e genéricopara a empresacomo umtodo. Este manual deverá traçar as linhas básicas e fundamentais da empresa e ainda de forma genérica. Nocaso decadaunidadeindustrial separada, dentro da linha mestra traçadapelo manual da empresa, a manutenção industrial deverá personalizar sua unidade e citar no seu conjunto as suas particularidades em acordo com linha mestra que o manual da empresa traçou e com as particularidades de cada uma de suas divisões e departamentos. O Manual de Organização da Manutenção, do ponto de vista da manutenção, é um documento a nível"1" (ver ISO-9000-94) e deve tratar de regras básicas para a implantação das estratégias de manutenção. É profundamente desejável queos conceitos de PCM, códigos de equipamentos, indicadores, classificação de equipamentos, etc. sejam padronizados paraaempresacomo um todo e assim façam parte deste manual. Não deverá ser permitido que uma divisão ou uma unidade industrial se avalie, ou seja, avaliada fora de critérios estabelecidos no manual daempresa. Emcasoextremo, sendo diferente dasdemais, avaliação e alguns parâmetros poderão ser aplicados apenas a esta divisão, mas deverão estar no manual da empresa como um todo. 4.9 - Como montar seu manual. o seu manual deve ser montado de forma tal que possa ser facilmente distribuído e mantido atualizado. Assim é necessário que ele existana forma eletrônicae não seja um documento físico. As pessoas terão acesso à parte do manual que lhes interessa a partir de seu terminal de computador. Cada um acossará aparte que lhe deseja, ou melhor, aquela parte que ele tem que sabere que tem que conhecer corretamente paramelhordesempenhar seu trabalho. 4.10 - Aprovação do Manual e Revisões. Cada empresa possui procedimentos internos sobre como aprovar documentos e sobre como proceder com as revisões bem como sobre para quem enviar cópias e de que modo. Usualmente, quando existe certificação ISO 9000, os procedimentos para revisões, os procedi mentos de numeração ou codificação de documentos, procedimentos para distribuiçãode cópias dedocumentos registrados,decontrolee atualizaçãodecópiascontroladase etc.,estão muitobem definidos e devem ser seguidos à risca, para evitar situações aborrecidas de não conformidade. Recomenda-se que sejam cuidadosamente seguidos e cumpridos. "32 [—A-Orgarúzação-o-Planejamento-e-o-Gorttrele-dB^armiençâo 4.11 - Distribuição do Manuai. o manual deve ser distribuído para todosos níveis hierárquicos da Manutenção, bem como para todasas interfaces internas, naempresa, quelidamcom a manutenção,anível hierárquico idêntico ao do maior nível da manutenção. Nãoesqueçaqueemcadanívelodetalhamento podeedeveserfeitodeformaadequadaaonível. Conformejá falamos, o usode anexosé válido,masdevemos terocuidadode manterestes anexos atualizados e sob controle. Muito importante:a impressãodo manualcomo um todo deve ser inibida, pois muita coisa da essênciadesuamanutençãoestaráali.Suasestratégias, seuscódigoseseumododeagirnãopodem ser de domínio público. 4.12 - Comentários sobre o Manual. Estedocumento,comoaqui tratado,serveparainformarao pessoaldemanutençãocomodevem estar organizados, quais são os procedimentosa Seremseguidos e, sobretudo, como as pessoas e as Divisões ou Seções serão avaliadas. Paraqueistosejaefetivoespera-sequetodossejaminformadosdoconteúdodoManuale treinados. Conforme falamosnoprincípio, eledeveserfácildeser lido,fácildeentender,fácilde revisare, sobretudo, tratar os assuntos fundamentais, adequado a cada nível. Não adianta gerar um manual e guardar, apenas para ter. Ele deve ser divulgado, as pessoas treinadas sobre o que lá está e cumprirem o que está iocumentado. Capítulo 5 Definições em Manutenção 5.1 - Resumo. Nestapartelembramossobreanecessidadest i .tabelecidoumsentidocomumparaaspalavras usadas neste estudo, o que obriga a citar algumas definições. As definiçõesque você for adotarem sua empresadevei^oestar registradasno seu Manualde OrganizaçãodaManutenção. LembramosqueexisteoDicionáriodeTermosdi .Vlanutenção, QualidadeeConfiabilidade,deste mesmoautor,editadopelaAbramanejáaprovadür)»laFederaçãoIberoAmericanadeMantenimiento, e pelo CAM, Comitê Argentino de Mantenimi.'i•>mentradaseminglês, castelhano (Argentina) e português (Brasil), na edição 2006. Lembramosque existemnormaeorganismosnacionaise internacionaisquedefinemsignificados em suas normas e regulamentos. Você poderá usá los como base, mas deve dar preferência a organismos reguladores, normatizadores e normali: 'ores de seupaís,estando alerta a mudanças internacionais que sempre acontecem. Para sua empresa você deverá escolhera definição q . melhor representa a filosofia da empresa, mas lembramos que algumas palavras já estão defin das em normas nacionais e internacionais. Mas, lembre-se: ao citaruma norma você deverá cita norma, a entidade que a publicou e a data de sua publicação. Não é correto, por exemplo, citar -penas Norma ISO 9000. Você deverá citar toda a informação: Norma ABNT 9000-2000, ou o me for necessário. 5.2 - Definições sobre a função Manutenção A seguir algumas definições sobre a palavra ou c 5.2.1 - A Manutenção - Uma prestadora de serviç. instalações permaneçamdentro de condições preef serviços de uma maneiraeficiente e econômica. mo manutenção. m todas as instalações, zelando para que as >'^elecidas. A Manutençãodeve prestaros se us —A~Orgmüzação'0-Plan^amento e o Controleda Manutenção 5.2.2-Manutenção -Umconjunto demedidas ouações quepermitem conservar ourestabelecer um sistema em seu estado de funcionamento. (Larousse). 5.2.3 -Manutenção-Umacombinaçãodetécnicasemedidas administrativas comafinalidade de conservar um item em seu estado, ou restabelecer este estado, no qual ele possa realizar uma determinada função. (BS 3811). 5.2.4-Manutenção-Umafunção empresarial, daqual seesperaocontroleconstantedasinstalações assimcomoconjuntodetrabalhos dereparoerevisão necessários paragarantiro funcionamento regulareobomestado deconservação das instalaçõesprodutivas, serviçoseinstrumentaçõesdos estabelecimentos. (OCDE1963). 5.2.5 -Manutenção -Medidasnecessárias paraaconservaçãoouapermanênciadealgumacoisa oudeumasituação; oscuidados técnicos indispensáveis aofuncionamento regularepermanente de motores e máquinas. (Aurélio, 1986). 5.2.6- Manutenção - Conjunto deações paradetectar, prevenir, ou corrigirfalhas oudefeitos, falhas funcionais oupotenciais,comoobjetivodemanterascondiçõesoperacionaisedesegurança dositens, sistemasouativos. Asaçõescujafinalidade émodificarumitemparaqueeledesempenhe afunção pretendidapelousuárioouproprietário, mas não alcançada, são açõesdeEngenharia, mas podemserconsideradascomo ações demanutenção, normalmente apontadas pelaEngenhariade Manutençãoedetalhadas pelosdiversos ramosdaengenharia(civil, mecânica, elétrica,eletrônica, etc.). (Dicionário Termos de Manutenção). 5.3 - Definições sobre Tipos de Manutenção. 5.3.1 - Falha e Defeito. Defeito - Na área da manutenção é a alteração das condições de um Item, máquina, sistema operacional, deimportânciasuficienteparaquesuafunção normal, ourazoavelmenteprevisível, nãosejasatisfatória. Umdefeito nãotomaamáquinaindisponível, nãoéumafalhafuncional, mas se não reparado ou se não corrigido levará a máquina ou o item à falha e à conseqüente indisponibilidade com perda da função. Comentário: Aaceitaçãomajoritáiiaeconsensual, emdiversasobrasnacionais einternacionais, temsidodequeoreparodeumdefeitoésempremanutençãopreventiva,poisamáquinanãofalhou. Assim a trocadepeçascomdefeito deveserencaradacomomanutenção preventiva, poisoitem superior ainda efetuava sua função. Falha -PerdadacapacidadedeumItempararealizarsuafunçãoespecífica.Podeeqüivaleraotermo Avaria. É adiminuição totalouparcial dacapacidade deumapeça,componente oumáquina de desempenhar asua fiinção duranteumperíodode tempo,ondeo itemdeverásofrermanutenção ouser substituído. Af^ha leva um item ouum item superior aoestado deindisponibilidade. Comentário: aremoçãodefalhasemumitemquecausouaindisponibilidadedeumitemsuperior é considerada manutenção corretiva. Destemodoitens em falha sofrem manutenção corretiva. Pane - Estadoou situaçãode um equipamento que não pode ser posto a trabalhar,pois trará problemas deprodução commáqualidade, riscodevidaoudedanosaopatrimônio. Oitemestá em falha. Para mais detalhes recomendamos adquirir a norma ABNT NBR 5462-94. s apítulõ~5'-~Dè&uções em Manutenção 35 5.3.2 • Manutenção Corretiva. Manutenção Corretiva - Todo o trabalho de manutenção realizado em máquinas que estej am em falha. A manutenção corretivapode ser planejada ou não. Aquelaque não puder ser adiada ou planejada deve serconsideradaManutençãoCorretivade Emergência (aconteceuagoraepreciso fazer agora). Note que existe uma interdependência entre qualidade dos serviços e qualidade de produto. Se houverum abrandamento de qualidadeo equipamento aindapode serconsiderado comobompara produzir. Em situfões extremas, um equipamentopode ser mantido em serviço apesarde não mais satisfazera plenitude de suas funções. Esta áreaé a áreacinzenta entre adefinição de manutenção corretivae a definição de manutenção preventiva. 5.3.3 - Manutenção Preventiva. Manutenção Preventiva - Todo o trabalho de manutenção realizado em máquinas que estejam em condições operacionais, ainda que com algum defeito. Manutenção Preventiva Baseada na Condição ou Preventiva nor Estado - Todo o trabalho de manutenção realizado em máquinasque estejam em condições operacionais, devido àdetecção de degradação de parâmetros do equipamento. Éfeita naproximidade dafalha ounomomento mais adequado, considerando outros requisitos operacionais e financeiros. Manutenção Preventiva Sistemática- Todo o trabalho de manutenção realizado em máquinas que estejam em condições operacionais, de modo sistemático, seja por tempo transcorrido, seja por quilômetros rodados ou qualquer outra variável. 5.3.4 - Manutenção Preditiva. Manutenção Preditiva—Todo o trabalho de acompanhamento e monitoração das condições da máquina, de seus parâmetros operacionais e sua degradação. Ao final todo o gasto de mão de obra e material gasto na Manutenção Preditiva e Manutenção Preventiva se somam para obtenção do percentual de Preventiva e de Corretiva da Instalação, máquinaou equipamento. A monitoração e os procedimentos a seguirdeterminados é umadas formas mais eficientes e mais baratasde estratégiade manutenção. 5.3.5 - Um Organograma para Visualização das Definições. A seguir um organograma para melhor entendimento e visualização dos significados usados e sugeridos para uso. MANUTENÇÃO TIPOS PREVENTIVA da falha) sempre planejada Sistemática (dlveraos Cftt4rtee de periodicidade horaa, tonetadae, etc) Reconstruções (quando a máquina sal de carga para eermocSncada) Lubrificação (todae ae tarefas) Por Oportunidade Oiqueamilquiiia eaU parada vamos fazei) Grandes reparos (quando a máqidna sal de carga para ser refeita) Baseada na Condição Conforme detectado em roUnaa de piedltlva CORRETIVA aei de carga para modHIcaçao) Lubrificação (toda* a* larefaa) Sistemática Incorporada no Item Por Opoitunidade Qá que aináquin* aitá piTod* vimo* fazei) Grandes reparos (quando a máquiiu eal d* carga para oar refeita) Baseada na Condição (conforma detectado em retlnaa de predHlva} CORRETIVA (•pó* a falha} pode ser planejada Programada (Quebrou agora maa eu poaae fazer em outra dais) Não Programada (Quebrou agora e preciao fazer agora) PREDITIVA (tantar «vltar a falha) sempre planejada acompanhamento por método* Estatísticos monitoração do Item Local Remota Instrumentada Não Instrumentada 37 Figura 05.02 —Organograma alternativo e demonstrativode tipos de manutenção 5.3.7 - Prevenção de Manutenção. o conjuntode medidasparaevitarasocorrênciasde manutenção.Suaaplicaçãoé amplaeparecida comocritériode"PrevençãodeAcidentes".Medidasdeseleçãode melhoresmateriais,de melhores métodos de trabalho, de operação ede manutenção. Diversas outras medidas também afetam este campo, como treinamento de operadores, do pessoal de manutenção, a nível de execução e de gerência.Especific^ãocorretadeequipamentos,nacompraé medidadePrevençãode Ocorrências de Manutenção. 5.3.8 - Revisão. Revisãominuciosae,nocaso, reparoextensode umadeumaparte importantedumitem paraque recupere suacondiçãoadmissível de utilização. Do inglês "Overhaul". (Dicionário de Termos de Manutenção). Comentário: Naliteraturapesquisadae em normas internacionaisexaminadas não foi encontrada vinculaçãoentreos termos"manutençãopreventiva,manutenção corretiva"e "revisão". 38 /i Or^nfynçÂn n PJãnejãifièiito e t}T^iiiI^e'ii3'Manutenção 5.3.9 - Revisão Geral. Revisãominuciosae,nocaso, reparoextensodeum Itemparaquerecuperesuacondiçãoadimssível deutilização. Eqtiivalea'TaradaGeral"quando seaplicaaumaInstalaçãoou Unidade. (Dicionário de Termos de Manutenção). 5.4 - Definições sobre Instalações de Manutenção. 5.4.1 - Instalações de Manutenção. Instalações deManutenção são oslocais onde estão asoficinas dereparo eonde estão ospontos base do pessoal de manutenção. 5.4.2 - Instalações Centralizadas de Manutenção. Instalações Centralizadas de Manutenção são aquelas em que todos os homens, ferramentas, materiais, etc., estão localizadas no mesmo ponto. 5.4.3 - Instalações Descentralizadas de Manutenção. Instalações Descentralizadas de Manutenção são aquelas em que os homens demanutenção, ferramentas, materiais, eequipamentosdeapoioestãodistribuídos porvários pontosdaárea fabril. 5.4.4 - Instalações Mistas de Manutenção. Instalações Mistas deManutenção são asque, tendo oficinaspelaáreaindustrial, possuem, apesar disto, uma insulação maior chamada Oficina Central (ou equivalente) onde existem maiores recursos paradeterminados serviços demaior vulto oucomplexidade. 5.5 - Definições sobre Administração de Manutenção. 5.5.1 - Administração de Manutenção. AdministraçãodeManutençãoéaorganizaçãodecontroledetodos osoperários demanutenção, incluindoa sua supervisão,distribuição,programaçãoe orientação. 5.5.2 - Administração Centralizada de Manutenção. Administração CentralizadadeManutençãoéaquelaemque todas asatitudes degerenciamento emanamdeumaúnicapessoadenível hierárquico logo abaixo dadireção dafábrica, quer sejade planejamento; deprogramação; decontrole; demetas ediretivas desupervisão. rapíitiIaJi - Definições em Manutenção 39 5.5.3 - Administração Descentralizada de Manutenção. Administração Descentralizada deManutenção é aquela emqueasatitudes de gerenciamento emanamdeduasoumaispessoasdenívelhierárquicoigual,ondecadaáreapodeseguirpolíticas demanutenção independentes, conforme aorientação doGerente titulardecadaárea. 5.5.4 - Administração Mista de Manutenção. Administração MistadeManutençãoéaquelaemqueexistem asduas situações acima. Normal mentea políticabásicaé ditadapeloGerente de Manutenção. Asnuanças ficamporcontados Gerentes de áreas. Ocorre, normalmente, em firmas grandes em que as instalações são em localidades diferentes, com instalações fabris idênticas ou não. 5.6 - Definições sobre Terotecnologia. Terotecnologia - Palavra criadaem 1972 pelo Comitê instituído em 1970pelo Ministério da Tecnologiano Império Britânico, apósalgumasreuniões, baseadanapalavragrega"TEREIN"que significaaproximadamente "guardar, tomar conta, olharapós"devido nãohaverem encontrado palavraque definisse a multidisciplinaridade conceituai que pretendiam. Este Comitê ficou conhecido como comitê de Terotecnologia. Terotecnologia é uma combinação de gerenciamento, finanças, engenharia e outras práticas aplicadas a bensfísicos disponíveis, nabuscadeciclosdevidaseconômicos. (1975,Comitê de Terotecnologia, Inglaterra). (mais tarde foi adicionado o que segue) e a sua prática lida com as especificações e projetos para aconfiábilidadeemanutenibilidadedeinstalações,maquinarias, equipamentos, prédios,edificações, estruturas, bem como com suas instalações e substituição,com o retomo de informação sobre projeto, performance e custos (Comitê de Terotecnologia). 5.7 - Definições sobre TPM. 5.7.1 - TPM. TPM ou 'TotalProductive Maintenance" é umafilosofiajaponesade manutenção paraaumentar adisponibilidade totalda instalação, a qualidade doproduto e a utilização de recursos. Baseia-se nofatode queascausasdasfalhaseamáqualidadesãointerdependentes.Muitotreinamento,muita disciplina, muita limpeza e a participação total de todos são os pontos a serem perseguidos. O operador passa a ser operador-mantenedor e sua presença deve ser incentivada. O conceito a ser usado é **da minha máquina cuido eu" e tem que ser uma realidade. Como existem cursos de TPM não vamos aprofimdar o assunto aqui. 5.7.2 - Operador-mantenedor. Operador-mantenedoré o que atualmente chamamosde operador, que com treinamento fará o primeiro atendimento de sua máquina. Elemanteráa limpeza,lubrificaçãoe tarefasquechamamosdemanutençãodeprimeiroescalão. Estehomemdeveráquereramáquinaèmquetrabalhacomosefosse suaouumdeseusfamiliares. .aXii^QntrQlejiãláaniitenção 5.8 - Definições sobre peças, componentes, con juntos, equipamentos e sistemas. A seguiralgumas definições paraentendimento comum de como iremos tratare trabalharcom as diversas subdivisões possíveis de um equipamento, ou melhor, de uma fábrica e subdividindo até chegar a uma peça. No nosso caso vamos sair de um item elementar até a fábrica. Voeõpode dividir diferente, mas aqui, para nãocomplicar, vamos dividirem cinco níveis, ou seja: peças formamcomponentes; componentes formamconjuntos; conjuntos formamequipamentos; equipamentos formam sistemas e sistemas formam a fábrica ou a planta. 5.8.1 - Peças. Peçassão as partes ou pedaços de um todo indiviso. São cada uma das partes ou elementos de um conjunto,deum mecanismo,oude umcomponente.Parteelementarde umamáquina,componente ou equipamento. 5.8.2 - Componente. Componente é uma unidadepertencentea umconjunto,que geralmentenão é funcionalpor si mesma, e está formada por peças. Componente é a parte de uma unidade, instalação ou equipamento que é essencial ao seu funcionamento. ' Componenteé um engenho essencial ao funcionamento de uma atividade mecânica, elétricaou denaturezafísicaque,conjugadoaoutroscriaopotencialderealizarumtrabalho. Énormalmente composto de várias peças. Exemplo: Um motor a explosão. Uma caixa de transmissão. Uma bomba de óleo. Um compressor de ar. 5.8.3 - Conjunto. CoiyuntDéumagrupamentológicodecomponentesparaexecutarumafunção numequipamento. Exemplo: Um conjunto de transmissão (motor a explosão, caixa, embreagem, semi-eixo, diferencial etc.). Umconjuntodelevantamentodepesonumaponterolante(umacaixaderedução,acoplamentos, cabos de aço, ganchos, etc.). 5.8.4 - Equipamento. Equipamento- Umaunidade complexadeordem superiorintegradaporconjuntos, compo nentes,e peças, agrupados para formarumsistemafuncional. Emalgunscasoseqüivaleao termo máquina. J^pÜulo-5 - Defínições em Manutenção 41 Equipamento-Umaunidade completaedistinta,queexerceumaoumais funções determinadas quando em funcionamento. Exemplo: Um trator. Uma ponte rolante. Umbritador. Uin trocador de calor.Um transformador elétrico. 5.8.5 - Sistema. Sistemaéumagrupamentodeequipamentos necessários arealizar umafunção numainstalação. Comoregra, asinstalações fabris sãocompostas dediversos sistemas tais como: sistemasdeágua dealimentação, sistemas desuprimentos devapor, sistema detratamento deágua, sistema de suprimentos de ar comprimido, etc. 5.8.6 - Fábrica ou Planta. Fábrica. Plantaou "Facility"é um agrupamento lógicode sistemas que funcionando juntos fomecei^o uma saída (eletricidade) ou um produto (gasolina, alimentos, móveis, etc), pelo processamento emanipulação dediversos materiais ematérias primas, eoutros suprimentos. 5.9 - Uso imediato desta ciassificação. O USO imediato desta classificação é nãmontagem, como veremos mais adiante de programas ou de levantamentodedadosparacontrolee levantamento deconfiabilidade. A árvore a seguir é um exemplo desta montagem. Fábrica 1 1 1 1 Sist. 1 Sist. 2 Sist. 3 Sist.... Sist. n 1 1 1 1 Eqto. A Eqto. B Eqto. C Eqto.... Eqto. Z 1 1 1 1 Conj. 1 Conj. 2 Conj. 3 Cpnj.... Conj. n Comp. A Comp. B Comp. O Comp.... Comp. Z Peça 1 Peça 2 Peça 3 Peça... Peça n Figura 05.03- Organograma demonstrativo da hierarquia depeças até afábrica A2- A nraani7açãn n Píanopmfntn 0 n Cnritmif ds MãnutençãO Assim, OS componentes sãoformados porpeças e formam os conjuntos. Osequipamentos são formados por conjuntos e formam ossistemas que, agrupados, sãoasfábricas. Lógico quevocê podeedevemontar umsistema quesejacompatível coma suafábrica, usando níveis emmaior oumenor quantidade conforme sejanecessário. 5.9.1 - O uso de níveis adequados. Favornotarque noexemplo acima, abrimos afábrica emcinconíveis hierárquicos, paraexemplo apenas. Nasuaunidade vocêdeveráusartantosníveisquantonecessário. Játrabalhei comquatro (sistema; equipamento; componente epeça), ejáestive emempresas com onze níveis. Deste modo, espero que você use a quantidade necessária para suaunidade, não desdobrando demais enem simplificando demais. 5.10 - Classificação de equipamentos conside rando diversos critérios. Nestaparte vamos usarsempre asmesmas letras, mas emsuainstalação você pode, etalvez, deva usar letras diferentes eaté números para melhor classificar, conforme suas necessidades. 5.10.1 - Classificação considerando a conseqüência da faiha. As diversas conseqüências que podem advirdafalha oudodefeito oudanão ação estão expostas as seguir: 5.10.1.1 - Equipamentos Classe "A" - Falhas com Risco ao Ser Huma no. Uma eventual falha trará risco àspessoas tanto àintegridade física como mental. 5.10.1.2 - Equipamentos Classe "B" - Falhas com Riscos ao Melo Ambiente. Uma eventual falha trará riscos dedegradação domeio ambiente. 5.10.1.3 - Equipamentos Classe "0" - Falhas com Risco de Parada Total. Esta eventual falha provocaráparada total daprodução. 5.10.1.4- Equipamentos Classe "D"- Falhas com Perda de Qualidade. Umaeventual falha deste tipo prejudicaráaqualidadedoprodutoouprejudicaráoatendimentoao cliente. - "cA ' 3 4 •ni Definições em Manutenção 43 5.10.1.5 - Equipamentos Ciasse "E" - Falhas com Risco de Redução de Produção. A ocorrência deste tipo de falha provocará redução de produção, mas não a parada geral. 5.10.1.6 - Equipamentos Classe "F" - Falhas sem Riscos. Uma eventual falha como aqui abordado, não causa nenhum dos efeitos acima citados. O custo do reparo é apenas o custo de reparar. Gastam-se apenas mão de obra e material. Como é lógico, você poderá graduar as conseqüências da falha ou do defeito de qualquer modo diferente deste, e não deve esquecerque qualquergraduação que você usar deverá ser consensada na empresa. 5.10.2 - Classificação considerando a necessidade de manutenção. Nesta divisão de definição os equipamentos são classificados segundo os critérios damanutenção tradicional com seus paradigmas, onde se leva em consideração a importância do equipamento, mas não a importância do equipamento dentro do contexto do sistema. 5.10.2.1 - Equipamentos Classe "A" - Manutenção preventiva deve ser cumprida. Equipamentos Classe "A" são equipamentoscuja parada interrompe o processo produtivo, e com isto levaaperdas de produção, podendo levara perdas no faturamento, se houverencomendas não atendidas devido a esta parada, e por isto devem ter o seu programa de manutenção preventiva rigorosamente cumprido. 5.10.2.2 - Equipamentos Classe "B" - Manutenção preventiva pode atrasar um pouco. Equipamentos Classe "B" são equipamentos que participam doprocesso produtivo, porém aparada desteequipamentonão interrompea produção.Por istodevempossuirumprogramademanutenção preventivaque deve ser executada dentro de uma faixa determinada de tempo. 5.10.2.3 - Equipamentos Classe "C" - Manutenção que pode ser apenas a corretiva. Equipamentos Classe "C" são equipamentos que não participam do processo produtivo e cuja manutenção preventiva pode deixar de ser executada. 5.10.3 - Classificação considerando a Importância no processo. Dentrodestadefinição osequipamentoslevamamesma classificação,porémexiste umdesdobra mentoquepermiteumamelhorvisualizaçãoequeserámuitoútilquandoforemestudadoscritérios de prioridade de atendimento. > 5.10.3.1 - Equipamentos Classe "A"-Vitaisao Processoe Únicos. Equipamentos Classe "A"sãoequipamentosvitaiseúnicos,sem redundância, queparticipam diretamente ou indiretamente do processo produtivo, cuja parada interrompe o processo produtivo, comperdatotaldafunção dosistema. Comisto levamaperdadeprodução,podendo levar aperdas nofaturamento, sehouver encomendas nãoatendidas devido aestaparada, e por istodevem teroseuprogramademanutenção preventiva rigorosamente cumprido. 5.10.3.2 - Equipamentos Classe "B" - Vitais ao Processo e em duplicata. Equipamentos Classe "B"sãoequipamentosvitais ecom duplicata (às veyes redundantes), que participamdiretamenteouindiretamentedoprocesso produtivo,cujaparadapoderáteduzir acapacidade deprojeto. Não interrompemoprocesso produtivo, nema nerdatotaldafunção dosistema,ecomistopodemlevaraperdas deprodução, podendc levaraperdasnofaturamento se houver encomendas não atendidas devido a esta parada. Dc 'fm ter o seu programa de manutenção preventivarigorosamentecumprido. 5.10.3.3 - Equipamentos Classe "C" - Não Vital ao Processo e Únicos. Equipamentos Classe "C" são equipamentos não vitais que não participam do processo produtivo, onde aparadadestes equipamentos nãointerrompe a produção enãoprejudicam a produção, mas causam grandes aborrecimentos oudesconforto nainstalação deA ido peroado desempenho dafimção exercidaporesteequipamento, eporistouevem possuirumprçgramaac manutenção preventivaque deve serexecutadadentiodeuma faixa determinadadete^po. 5.10.3.4 - Equipamentos Ciasse "D" - Não Vital ao Processo e em duplicata. Equipamentos Classe "D" são equipamentos não vitais que n. participam do processo produtivo.Aparadadestesequipamentosnãointerrompeaprodução t* nãoprejudicamaprodução, mas possuem duplicataou redimdância, para nãocausarem gninde desconforto ou grande aborrecimento oudesconforto nainstalação, aindaquehajaredução dodesempenho da '̂unçáo, eporistopodemnãopossuirumprograma demanutenção preventiva podendo enivários casos sofreremsempreapenasmanutençãocorretiva. 5.10.3.5 - Equipamentos Ciasse "E"- Não Participam do Processo Produtivo. Equipamentos Classe "E"são equipamentos que nãoparticipam doprocesso produtivo. A parada destes equipamentos nãointerrompe a produção e nãoprejudica a produção, nãocausa desconforto ou aborrecimentos, mesmoquehajareduçãodo desempenho da função,e por isto sofrem apenas manutenção corretiva. Ex.: Bebedouros de água, carregadores de baterias de veículos, etc. Capítulo 5 - Defínições em Manutenção 45 5.10.3.6 - Equipamentos Ciasse "F" - Fora de Operação. Equipamentos Classe "F' são equipamentos que estão fora de operação. Não participam do processo produtivo e cuja manutenção pode deixar de ser executada. Deve-se estar atento, que alguns equipamentos, componentes ou peças que serão classifícados aqui, podem ser itens de almoxarifado e que devem ser conservados e receber atenção periódica paraque não degenerem durante o tempo de permanência no almoxarifado. 5.10.4 - Classificação considerando a Qualidade do produto. Considerando-se o desempenho quanto à qualidade, dividimos deste modo. 5.10.4.1 - Equipamentos Classe "A" ou com impacto direto na qualidade. São equipamentos que afetam ou que impactam diretamente na qualidade do produto. A indústria farmacêutica trata estes equipamentos do "DF*(direct impact) conforme"Guide Lines"e Base Lines emitidos por sociedades reguladoras das atividades do ramo e associações. Normalmenteestes equipamentos necessitamde revalidação paraserem utilizados novamente no processo produtivo, depois de passarem por um processo de manutenção em seus componentes ou parte deles. Os instrumentos são calibrados econtroladosde formasistemáticae os resultados registrados para garantir o controle adequado do processo produtivo. 5.10.4.2 - Equipamento Classe "B" ou sem impacto direto na qualidade. São equipamentos que não impactam diretamentena qualidadedo produto. A indústria farmacêu tica trata estes equipamentos do "NDI" (no direct impact) conforme "Guide Lines" emitidos por sociedades reguladoras das atividades do ramo. / 5.10.5 - Exemplo de Classificação. A seguir damos aiguns exemplos de como trataros equipamentosquanto à sua classificação para efeitos de produção e em conseqüência de manutenção. 5.10.5.1 - Com impacto na qualidade e Vitais ao Processo. 1- EquipamentoVitalao Processo e Único, comImpactona Qualidadedo Produto. Recomendação: a programação de manutenção deverá ser rigorosamente cumprida, pois o eqt ipamento é único, vital ao processo e qualquer pequeno problema impacta na qualidade do produto podendo gerat não conformidades. 2 - EquipamentoVitalao Processo e nãoÚnico, comImpactona Qualidade do Produto. A recomendação é que a programação de manutenção deverá ser rigorosamente cumprida, pelo problema de impacto na qualidade do produto. 4g |- ^ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção 3 - Equipamento nãovitalao processo e Único, com impacto na Qualidade do Produto. Cuidaremosque aprogramaçãode manutençãosejarigorosamentecumprida,devido ao impacto na qualidade e a eventual; geração de retrabalhos. 5.10.5.2 - Sem Impacto na Qualidade e Vitais ao Processo. 1 - Equipamento Vital ao Processo e Sem Impacto na Qualidade do Produto. Aqui a programação de manutenção devera ser cumprida dentro de determinada faixa de tempo. 5.10.5.3 - Sem impacto na qualidade e não vitais ao processo. 1- Equipamentos Não Vitais aoProcesso e Único semimpacto na qualidade do produto Cuide para que a programação de manutenção seja seguida dentro de uma faixa de tempo. 2 - Equipamentos Não Vitais ao Processo e em duplicata, sem impacto na qualidade do produto. Estesequipamentosdeverãoteraprogramaçãodemanutençãomaisbaratapossível,considerando- se inclusive a tática de se usar apenas manutençãocorretiva, ou a monitoração e a corretiva. 5.11 - Comentários sobre Definições. Evidente o que aqui está exposto são sugestões sobre significado de palavras e outros termos e condições que você pode ou deve fazer. Procuretrabalhar dentro de definições,jáestabelecidasexternamente e de preferência em normas nacionais ou internacionais. Se a sua situação for especial, use definições próprias, se não existir nada que trate sobre este assunto.Evite criar padrõesou signifícadosdiferentes,mas se necessário, faça. á 't: Capítulo 6 A Evolução da Manutenção 6.1 - Resumo. Esta parte trata sobre como amanutenção mudou dentro do processo industrial, adaptando-se e evoluindo para melhor atender àsmudanças doprocesso edatecnologia. 6.2 - Introdução. Aevolução damanutençãoestáatrelada ao desenvolvimento das unidades deprodução. Quanto mais sofisticado for oprocesso fabril mais sofisticada será amanutenção. Do ponto devista de organização e de administração não sepode esperar que seja diferente. Conforme ocorreram mudançasnaestruturados órgãos de produção foram ocorrendomudançasnaestruturados órgãos da manutenção. Pense como seria a manutenção noinício darevolução industrial. Aprodução seriada estava começando. Aquelesquesistematizariameque organizariamaprodução aindanãohaviamnascido.. Amanutenção, então, não poderiasermuito organizadaaotrabalhar paraum cliente que não era organizado. Este problemapersiste até hoje, infelizmente. Édifícil atenderbem aum cliente que não seorganizaeque não se sistematiza. Que não trabalha bem eque não cuida enão deixa que cuidem bem de seu equipamento. Conforme pronunciamento feito por Mc. M. Granski daUNIDO no IICongresso daFederação Européia de Sociedades Nacionais de Manutenção, EFNMS, em Paris, 1974: "osproblemas de Manutençãoprovêemdefaltadebase, inexperiênciaemdireção,faltadetradição industrialassim como estruturas industriais inadequadas. Osinvestimentos empaísesemdesenvolvimento são feitos à custa do consumo. Assim, a economia feita na seleção, compra e utilização de equipamentos deve terum papel muito mais decisivo nos países mais pobres". Concordando com o pronunciamento, e adicionando o que foi estabelecido nos parágrafos anteriores, não é forçar o raciocínio afirmar que "agrande parte dos problemas demanutenção provêmdeinstalações inadequadas, de estruturasnãootimizadasedeorganogramas quenãosão osmais adequados para asituação, tanto doponto de vista deprodução como demanutenção . 48 A Organizaçãoo Planejamento e o Controle da Manutenção Damesmamaneiraque oprocesso fabril evolui, amanutenção tambémdeve evoluir. Todavezque umamudançaocorrernoconjuntoindustria] deve-se verificarseamanutençãoestáadequadapara anovasituação, ouseumajuste deve serfeito paraasnovas contingências. Umaadequaçãonamanutençãopodesertãonecessáriacomoaque foi feita paraalinhadeprodução ou para o processo produtivo como um todo. 6.3 - Um pouco de História. 6.3.1 - o princípio. Antes darevolução industrial aprodução debens erafeita sobencomenda, quase sempre deum modoartesanal. Não havia máquinas paraproduçãoemsériedeartigosouprodutos, comressalva para a produção de tecido. No rigordeanálise, aatividadeera levadaaefeito pordiversas pessoas que emcaso deproblemas sabiam construirasuamáquinaetambém reparar, como conseqüênciadeumaatividade passada de pai para filho. Mais adiante, perto da revolução industrial, nas unidades fabris, o maior problema era a disponibilidade deenergiaparamover asmáquinas queproduziam. Normalmentetodaaenergiaprovinhadeumaunidadedeforça central que atravésdeeixosepolias movimentava asmáquinas. Justo éentender que esta unidade eramovida pelo vento emalguns locais, porrodas d'água emoutros locais, e mais tarde porunidades movidas a vapor. Atéestaépoca, asequipesdemanutenção praticamentenão existiam. Amaiorparte dos cuidados comoequipamentoeranosentidodetrocaraspartes que gastavametambémevitarqueodesgaste a curto prazo. Passavam-se gorduras deorigem animal nas partes móveis e sujeitas a carga mecânica, ondeodesgaste eranotadocom facilidade econtornadocom estasimplesprovidência. 6.3.2 - A Revolução Industrial. Comoaparecimentodas máquinasavaporcomocentraisgeradorasde força mecânica, operadores devidamente treinados eram osresponsáveis pela condução damáquina epelo tratamento dela, incluindolubriflcaçãoe trocadepartese peças. Não existiamturmas encarregadas dereparos. Asatividades eramdetrocas departes gastas ede lubriflcação. Falhas graves eram sanadas com apresença do fabricante, que iapara trocar peças eaconselharcomoevitaresteouaqueleproblema. Istoacerca deduzentosanosconformeBaldim. Aprodução industrial não era feita do modo mais racional possível, e também asequipes de manutenção não existiam. Amaiorparte dos reparos eraefetuadapelo pessoal que tinhaatarefa deproduzir, ereparava oque quebrava, elubrificava asunidades quando julgava conveniente. 6.3.3- O aparecimento dos grupos de manutenção. Comocorrerdo tempo foram aparecendopessoasqueeramchamadasaauxiliaroscolegasareparar a máquina avariada onde fosse necessário. Eram pessoas que tinham certa vocação para cuidar das máquinas. Limpavam elubrificavam. Dependendodo tamanhodaunidade,existiamdiversas destas pessoas, subordinadasacadaseção de produção da fábrica. Capítulo 6 - A Evolução da Manutenção 49 Nesta época afunção básica deste pessoal não erafazer manutenção, mas sim produzir. Jáestavanotóriaanecessidadeumaorganizaçãocompessoasquefossem especializadasna"arte" dereparar ededevolver aoequipamento acondição deefetuaratarefa paraaqual foi adquirido ou projetado. Inexistentes, apareceram osprimeirosprofissionais demanutenção, agregados aos deprodução e a eles subordinados. Estes profissionais hoje seriam classificados como mecânicos elubrificadores. Conforme Baldinasprimeirasoficinasdemanutençãoaparecemjuntodascaldeiras avaporpara intervirmedianteas solicitaçõesdo pessoalda produção. 6.3.4 - Uma interpretação para a palavra Manutenção. Estas pessoaseramencarregadasdeteràmãorecursos paraefetuarreparos. Derivadeste conceito a formação dapalavra manutenção: manu =mão +tener = ter(manu tener). 6.3.5 - O advento da eletricidade. Aeletricidade trouxeconsigoafacilidadedousodemotoreselétricos, quesãounidades geradoras deenergia mecânica, menores que asavapor, e acima detudo não centralizadas, podendo ser instaladas em vários pontos da fábrica. Ousodosmotoreselétricospermitiuqueumagrandequantidadedeeixosecorreias fosse removida. Para isto as instalaçõeselétricas foram feitas. Mas estas instalações tiveram que serreparadas. Osprimeiros reparos eram conduzidos pelo próprio pessoal das firmas dedistribuição deenergia elétrica. Aequipedemanutençãoembrionária, compostade pessoascomconhecimentopredominantemen temecânico sofreu aprimeira transformação: pessoas com conhecimentodeeletricidade foram incorporadas emauxílio aos experientes mecânicos, não faimliarizados com anova técnica. 6.3.6 - A integração do grupo de manutenção. Em fábricas demaior porte, com várias unidades fabris, existiam diversos grupos encarregados de repor as máquinas em funcionamento. Freqüentemente ocorria que um grupo com pouco ou nenhum trabalho. Mas em outra unidade existiamproblemasquesobrecarregavamoutrogrupo, eosprofissionaiseramemprestadosdeuma unidade para outra. Ficafácilverificaraconveniênciadereunirtodososprofissionaissobumasóorientaçãoparaque osatendimentos pudessemserfeitos mais rapidamente, contandocomoauxíliodosoperánosvindo de outro grupo. 6.3.7 - A subordinação dos primeiros grupos. Do agrupamento deste pessoal surge a primeira equipe demanutenção nosentido como hoje entendemos, composta de pessoas com recursos para repor as máquinas em condição de funcionamento. Este grupo estava subordinadoà equipe de produção. 50 I AJ2xgàiiização.o PlanejamentosjoSlontrole da Manutenção 6.3.8 - A evolução da eletricidade e eletrônica. o avanço da técnica, a maior disponibilidade de energia elétrica trouxe consigo o uso de grande quantidade de motores elétricos com seus dispositivos de partida e proteção. Istoreforçou a necessidade de grupos de eletricistas na equipe de manutenção, e da presença de pessoas com conhecimento de eletrônica. Ousode centrosde controle, comdiversassofisticaçõeselétricas, e mais tarde,eletrônicas, forçou asindústrias a incluírem em seus grupos de manutenção pessoas com conhecimentos maiores tanto de mecânicacomo de eletricidade, eletrônicae instrumentação. 6.3.9 - A incorporação de pessoas de instrução universitária. Osnovos materiais e processos, amaquinaria sofisticada, melhores padrões, normas de controle maisrígidas, grande quantidadcediversidade de máquinas, novamente obrigouaindústriaamudar os integrantes da equipe de manutenção. Incorporar àsequipes demanutenção ostécnicos eengenheiros comformação mecânica, elétrica, eletrônica, instrumentação edetécnicasdigitaisecontrolenumérico,emalgunscasoscomperfeito conhecimentodeprocessadores digitais eseus periféricos, em apoio ao pessoal que, tradicional mente, trabalha na área de manutenção. 6.3.10 - As diversas categorias profissionais na Manutenção. AsdiversascategoriasprofissionaishojeexistentesnaManutençãoestãoapresentadasnográfico a seguir, obtido a partir de compilações efetuadas nos estudos e levantamentos obtidos nos questionários enviados e recebidos pela Abraman. Compilamos os dadosapenasa partirde 1993. Qualificação de Pessoal Próprio entre os anos de 1993 até 2007. N3o Cbitiflc/ NSo Qnalir. Peisoal QualJf. Nfvcl Superior 0% 10% 20% 30% 40% S0% 60% Fonte: Abrauun-DocumeatoNactonal ]! Figura 06.01 - Demonstrativo de qualificação dopessoalda manutenção _ Capítulo.ó - AEvolução da Manutenção | 51 Comentário: Comosepodenotar, aolongodosanoso percentual médiodetiposdemãodeobra que trabalham ematividades demanutenção, aqui no Brasil, tem semantidorazoavelmenteestável, independente das categorias quecompõem o totale dos tiposde empresas 6.3.11 - Colocando as datas. Secolocarmos datas naseqtiênciadeacontecimentos atéaqui citados encontraremos oseguinte: As equipes de manutenção passaram a existir noinício doséculo 20, quando, porocasião da proximidadedaPrimeira GuerraMundial asfábricas tiveram anecessidade deseempenharem em umprograma de produção mínima.(Baldime Vale). Oadvento daeletricidade quase queconcomitante, substituiu asinstalações deiluminação agás e os motores elétricos usados trouxeram os eletricistas para as equipes de manutenção. 6.3.11.1-0 aparecimento da Manutenção Corretiva. Após aguerra de1914, acompanhando aevolução daindústria, amanutenção passou aexistirem quase todas as unidades fabris, em atividades desenvolvidas após aquebra das peças ouparada das máquinas em falha. Eis a Manutenção Corretiva como hoje a entendemos. Esta situação perdurou atéfinais dadécada de30quando aSegundaGuerra trouxe anecessidade doaumento deprodução edocumprimento demetas, trazendo aopessoal àrealidade dequealguns equipamentosnãopodiam parardurantecertas tarefas. A Administração Industrial forçava as equipes de manutenção a se preocuparem em sanar rapidamente as falhas eaefetuaremserviços que evitassemeprevenissemaocorrência das falhas nos equipamentos mais importantes. 6.3.11.2 - O aparecimento da Manutenção Preventiva. O avanço dasindústrias aeronáuticas, commétodos desenvolvidos paragarantir queumavião voaria um tempo mínimo em bom estado de funcionamento, reforçou o desenvolvimento de técnicasemétodosde trabalhoqueatualmentechamamosde ManutençãoPreventivaporquenão é possível efetuarreparos namaior partedosequipamentos de umaaeronave emvôo. 6.3.11.3 - O aparecimento da Engenharia de Manutenção. Por volta dos anos de 1950até 1960,em respostaà necessidadede garantir o funcionamentode umamáquina, foi criado umórgão, umaequipe especializada, queefetuavaestudos sobreoquão confiável era o equipamento e o que fazer para que fosse mais confiável. Estudos cm tomo de: como efetuar reparos mais rápidos, estudos para tomar as equipes mais eficientes, de melhores métodos de trabalho em manutenção, de quantidade adequada de sobressalentes, de melhoria de locais de trabalho, e também das características das falhas e sua repetição, passaram aserdesenvolvidos eencontram-se agrupados cm tomo do título "Engenharia de Manutenção". Devidoaodesenvolvimentodoscomputadores aEngenhariadeManutenção passouadesenvolver processos mais sofisticados decontrole eanálise, utilizando-se defórmulas complexas visando predeterminar osperíodos mais econômicos deexecução daManutenção Preventiva. _52 I -A£^ganização oPlanejamento eoControle da Manutenção 6.3.11.4 - O início da Manutenção Preditiva. A manutenção preventiva,aliadaaousodemedições e acompanhamento periódiconosequipa mentos, como usodeinstrumentossofísticados eatémonitoração remota,introduziu já nadécada de1960/1970oconceitodeManutençãoPreditivaou"ControlePreditivodeManutenção",que éamanutençãoefetuadaapenasquandosedetectaaaproximaçãodeumacondição instável oude umafalha. Se nãoexistea condição instável, o equipamento ficaem funcionamento até que a proximidade de falha seja detectada. Por outro lado, o controle estatístico de falhas ocorridas, poderáindicarquando,provavelmente,oequipamentofalhará.Ométodoestatísticoéuma valiosa ferramenta paraadeterminação daaproximaçãodeumacondiçãode falha. Comoexemplodemanutençãopreditivaporacompanhamento, cita-seaanálisecromatográficade óleoslubrificantes; detecçãoderuídoemrolamentos; vibração emmáquinas rotativas; detecção doaumento detemperatura emalguns pontos (mancais, trocadores decalor,etc.);quedalentae progressivadepressãodelubrificantesemmáquinasdevidoamaioresfolgas; medições defolgas e tolerâncias; medições de rigidez dielétrica; técnicas de ultra-som, etc. 6.3.11.5 - O início da Terotecnoiogia. Nadécadade1970até1980foiintroduzido oconceito dequeociclodevidadeumequipamento deveriasercontrolado e maximizado. Asdefinições assumidas nos projetos devem serverificadas eacompanhadas namontagem, nos testesdefuncionamento, napartidae durantea vidáútildoequipamento. O comprador devedefinirao projetista o quedesejae durante as diversas etapasda vida do equipamento, paracontroledasvariáveise melhoriadospróximosprojetose deste também. Istodeve permitir umaatualização deespecificação e umamelhor performance dospróximos equipamentos. Tambémpermitiráumavidamaislonga,menosfalhasduranteesta vida,e um menorcustofinal, incluídoocusto deaquisição, deprojeto,demontagem, departida, demanutençãoeumavidaútil maior. Aesteciclo devidaacompanhado econtinuamente atualizado, aseqüênciaderealimentação de informaçãoaoprojetista, àfábricaeumrepassedeinformaçãoaosoutrosusuárioséoqueoComitê deTerotecnoiogiaprocurou enfocaraodefinir apalavra. Terotecnoiogia é umacombinação de gerenciamento, finanças, engenharia e outras práticas aplicadasabens físicosdisponíveis, na buscade ciclosde vidaseconômicos.(1975,Comitêde Terotecnoiogia, Inglaterra). (mais tarde foi adicionado oquesegue) easuapráticalidacomasespecificações eprojetos para aconfiabilidadeemanutenibilidadedeinstalações,maquinarias, equipamentos,prédios,edificações, estruturas, bemcomo comsuas instalações e substituição, como retomo de informação sobre projeto, performance ecustos (Comitê deTerotecnoiogia). 6.3.11.6 - A introdução da TPM. AToyodaGoseC.Ltdéumacompanhiaquefomecepartesdeplásticoedeborrachaparaaindústria automobilística japonesa. Nos anos 1970 houve umaexpansão rápida, e negligenciaram os esquemas demanutenção preventiva, caindo dentro dasituação clássica de fazer manutenção somente quando o equipamento falhava. CapfHiln ü —A Evolução da Manutenção 53 Sabemos queesquemas demanutenção corretiva, sócorretivas, sãocaros,poisoneraaempresa emtempos deparadagrande ecustosa, alémdefazer comqueasmáquinas falhem nomomento mais inoportuno, havendo comistoummau usodosrecursos quea empresa dispõe, sejam de produção sejam de manutenção. Pararesolverestasituaçãoadireçãodaempresacriouumafilosofia quechamoudeTPM ou"Total Productive Maintenance", queestásendotraduzido comoManutenção Produtiva Total.Entre outras coisas o sistema exige muito treinamento, muitalimpeza no localde trabalho, muita disciplina, a participação total de todos, e ainda, o sistema força com que os operadores das máquinas seenvolvam com tudo, principalmentecomrotinas demanutençãodeprimeironível e de segundo nível. OGerenciamento da fábrica trabalhoucomas idéiasdeque acausa das falhas, a máqualidade dos serviços, afaltadetreinamentosãocausas interdependentes. Muitas dasidéiasdegerenciamento demanutençãous^asemTPMnãosãodeongemjaponesa,mas foram inteligentementeadaptadas para a cultura e para as tradições japonesas. Paraquesejamincorporadas as idéias deTPM emumaempresa, acriação depequenos grupos detrabalho deveserfeita. Porexemplo, aToyotaMotorCompany possui maisde4.000círculos de trabalho em operação. (Kelly, 1986) Existe interfaceentre os diversos círculos em canais hierárquicos próximos, tanto superiores como paralelos, paraaefetivação dafilosofia. Paraosinteressados, existem cursos especializados no assunto "TPM". A ABRAMAN já trouxeespecialistas japonesesparapalestrasaquinoRiodeJaneiroe emSão Paulo, onde o tema foi amplamente debatido. Hojeoconhecimentojá estáabsorvido e asdiversasempresasnoBrasiljá implantaram oTPM. Outras empresas prestam serviços deconsultoria e assessoria naimplantação destafilosofia de trabalho. 6.3.11.7 - A Introdução da RCM. ARCM -ReliábiltyCenteiedMaintenance,quechamada^ManutençítoCentradaemConfiabilidade ou MCC, iniciou-se no Brasil no final da década de 80, início da década de 1990, mas, tomou- seconhecidada comunidadedemanutenção,apóso XICongressoBrasileirodeManutençãoem 1996realizado emBeloHorizontenoMinascentro,coma presençadeJohn Moubray,que fezuma conferência sobre o assunto. Noanoseguinte foiintroduzidanoCursodeGerênciadeManutenção daAbraman, Regional IV, Rio de Janeiro, seguindo para as demais regionais. Estatécnicaé maisbemaproveitadaquandoelaé iniciadanosprimeirospassosdoprojetodeuma instaiaçãooudeumproduto. Envolve tantoosistemadoprojetoquanto odesenvolvimentodeste projeto e os desdobramentos e progressos das atividades. AtécnicadaRCM, entretanto, podeserusadaparaavaliarprogramas demanutenção preventiva emsistemase instalaçõesjá existentes,como objetivodeobtermelhoriascontínuas,paratomar a manutenção maiseficiente, obtermelhorias de confiabilidade, de disponibilidade e tomara empresamaiscompetitiva. —S4 1—A-Qrgamssaçã&-e-PIãReJamentoeo-G0ntr0ledaManutenção A RCM questiona se as tarefas que estão sendo executadas são efetivas em custo e se do cumprimentodelas resultará sistemasmaisconfiáveis. 6.4 - A evolução da manutenção no ponto de vista Instalação. Asinstalações demanutençãopassaramporestágiosdedesenvolvimento, desde anãoexistência físicaatéacondiçãode instalaçõesprópriascomcaracterísticasquesãopeculiaresacadafábrica. Se no princípio da revolução industrial as instalações das equipes de operação não eramdas melhoresnão se pode esperarqueas instalaçõesde um órgão secundárioque nem existia como hoje entendemos, fosse algo digno de nota. 6.4.1 - As primeiras instalações de manutenção. As primeiras referências que encontramos na história sobre a existência de oficinas para manutenção sãoasqueestãonolivrodeBaldin. Datamdecercadecentodecinqüentaaduzentos anos.Eram,segundoo autor,grandescentrosdeconfecçãodecomponentes, doqualderivauma idéiaoupensamentodequeamanutenção devefabricarseusprópriossobressalentes, adespeito do desenvolvimento de tecnologia,conhecimentoe experiência do fabricante do equipamento. Aoperaçãonãotinhagrandesproblemasderacionalizaçãodeespaçoefluxograma, naquelaépoca. Assimnãopodemos esperarqueasinstalações demanutenção fossem comosãonadatadehoje. Osestudosde racionalização datam todosdo séculopassado, e algumas técnicas apenas existem a menos de 45 anos. Premidos pela necessidadede melhorara produtividade, a indústria teve que melhorar suas instalações. Domesmomodoamanutenção foipressionadaparaseorganizarparao desafioque se lhe impunha. A manutenção evoluiu para o que hoje conhecemos. 6.4.2 - As atuais instalações de manutenção. Hojeé típicoemqualqueratividadefabrilou transformadora debensexistireminstalaçõespara aatividadedemanutenção.Estasinstalaçõesserãotãomaiscompletase tãomaiscomplexasquanto mais sofisticadas forem as indústrias. Não existe instalação perfeita. Cadaindústriadeveverificaroseuregimedetrabalho,o queelapretendefazer,aproximidadede fomecedpresde equipamentose sobressalentes,a facilidade de apoio técnico do fabricante, as condições do local,considerando inclusivecondiçõesclimáticas,paradecidirpor instalações. Umainstalaçãode manutenção para umaunidadeindustrial localizadano Rio de Janeiro será diferente de outra para uma firma idêntica situada no Amazonas ou no Pólo Sul, ou no Deserto do Saara. •4 A Evo/ução da Manutenção 55 Os diversos tipos de instalações possíveis são abordados adiante, onde se tecem os comentários sobre cada tipo, incluindo-se as vantagens edesvantagens conforme cada caso. 6.5 - A evolução da manutenção no ponto de vista Administração. Do mesmo modo que as instalações, aadministração da manutenção no início da revolução industrial não existia, passando por diversos estágios até chegar ao que temos hoje. AAdministração era feita pelo pessoal de operação, que sabidamente não possui formação adequadaparaumapolíticadereparos, mas sim, umamaneiradevivervoltadaparaproduziragora, e o restante (osreparos), quando forpossível. Apareceram os encarregados de manutenção, subordinados às equipes de operação. Com o desenvolvimento de máquinas etécnicas de reparo mais sofisticadas, ainclusão de técnicos ede engenheiros nas equipes forçou queelafosse independente, eque fossem desenvolvidas técnicas para geriresta equipe. As administraçõesde manutençãodevem ser feitas porpessoas experientesemmanutenção, bem como em técnicas de administração na maior parte dos casos desenvolvidas no dia a dia da manutenção. Citamos este assunto emais adiante, no capítulo próprio trataremos do assunto treinamento. As diversas possibilidades de administração de manutenção estão mais adiante descritas com vantagens edesvantagens para cada tipo de modelo escolhido. Sempre épossível coinbinar os modelos propostos visando atender oque nos ésolicitado no dia adia de cada indústria. 6.6 - A evolução na subordinação Hierárquica na Empresa. Comocorrerdos tempos, várias foram eserão as posições hierárquicas que amanutenção ocupa nas empresas. 6.6.1 - A subordinação total. Estáimplícito, desdeoinício, que senãohouvesse atividade industrialnão haveriaumórgão para assegurar acontinuidade do processo. Devemos concordar que amanutenção nasceu dentro do processo industrial ecomo tal principiou sob asubordinação total do órgão de Operação. Os profissionais de manutenção estavam completamente subordinados aos profissionais de operação. Não podia ser de outra maneira. Como tudo evoluiu, hierarquicamente aconteceram mudanças. Os primeiros profissionais de manutenção, totalmente subordinados às equipes de operação, quando passaramadispor das primeiras instalaçõesde manutenção passaramaterseusprimeiros encarregados. Não mais éramosomenorescalão do processo. Jáhavia alguém em melhornível, porém subordinado aescales menores daOperação. -56 1—^ Organtzaçào-0'Planejãmento eoControle da Manutenção 6.6.2- AAdministração por pessoai próprio. Amelhoria do processo industrial'forçou aOperação apensar nos problemas de produzir, ea entregaràturmade manutençãoos problemasde manutençãocadavez mais complexos. Conforme evoluía oprocesso produtivo, foram exigindo profissionais competentes que assumiram oseu papel eem troca obtiveram melhores condições de trabalho, do ponto de vista organizacional, e em conseqüência, de subordinação hierárquica. Hoje nas melhores empresas temos oórgão de Manutenção bem posicionado, ciente de sua importância, em níveis iguais aos do órgão de Operação tendoentão condições de opinarsobesteou aqueleevento, cabendoentãoàDireção da instalação resolvero quefazer, seospontos devistanãoforam coincidentes. Convém notar aqui que afilosofia japonesa do TPM não só prega aexistência de "operador- mantenedor como também reforça anecessidade de existiraequipe de manutenção que deverá serchamada para atuar nos problemas maiores enas grandes intervenções. 6.7 - Evolução do ponto de vista "Gerencial". Do ponto de vista gerencial a manutenção passou de um ponto em que toda a sua técnica de gerenciamentoeraconseguidanavidapráticaparaopontoatual onde temos umasériedeestudos ctécnicas próprias de gerenciamento. Passamos do empirismo puro para um ponto em que já existein estudos e teorias desenvolvidas sobre a melhor maneira, ousobre a melhor técnica de interferiremdeterminadaseqUênciadeacontecimentos. Jácontamoscomestudosdesenvolvidos a níveis degraduação e depós-graduação. Emdiversos páíses, temos cursos paraque diversosconhecimentosespecíficos sejamestendidos a outras áreas, e normalmente estes conhecimentos demoram a chegar aos profissionais de Manutenção. Por quê? A resposta é dificil. Veja-se ocomputador, por exemplo: só há poucos anos éque éutilizado pelos profissionais de Manutenção para melhorgerireparamelhor manusearaquantidade de informações que passam em nossas mãos todos os dias. Ouso da Informática não étão popular na área de manutenção, emborajáosejaem outras atividades. Relendo livros sobre computadores, uso eaplicações, de um modogeral, háalguns anos, nãoencontrei citadoem nenhum livroouso destas máquinas para Planejamento eControle de Manutenção" ou para "Gerência de Manutenção", ou qualquer assuntodiretamente ligadoàManutençãoIndustrial, emboracertosassuntosespecíficos, às vezes sãocitadoscomo, porexemplo, "GestãoeControledeEstoques". Até 1992sóencontrei referências sobre oseu uso em"Gestão e Controle deEstoques eSobressalentes". Com oadvento dos microcomputadores encontramos em algumas obras citações sobre ouso do computador naManutenção, em seu gerenciamento, em seu controle enaanálise dos diversos parâmetros quepodem onerarumaempresa. Variasempresasjáusamalnformátíca, mas paraasvariáveis queaManutenção necessitamanipular eque podemmelhorarqualquersistemaprodutivo, nadaou quase nadaexistia, pois ocomputador estava fazendo outras atividades e outros relatórios. Vários programas de "PCM"emdemonstraçãosão paraa"contabilidadeda manutenção" (quais Hh gastos, em que local foram gastos, como foram gastos, etc.). Poucossãoos"soft"(programas)que permitemsaberdiretamente, porexemplo, aDisponibilidade de umamáquina. Xlapítulo^ - A^Evolução da Manutenção 57 Talvez porque os que fazem os programas aprenderam a programar "contabilidade e não aprenderam aprogramar oque éfundamental: como éque estão as máquinas. Para isto épreciso que oGerente de Manutenção saiba com éque se faz, ou no mínimo, ou que deve ser feito, paraensinar, do mesmo modoque os GerentesdeContabilidadesabemcomofazer a contabilidade. Após 1994 éque grande quantidade de programas para uso em micro emini computadores apareceram,edentrode um processonatural deseleçãoede realidadede mercado, apenas alguns sobreviveram. 6.8 - Evolução do ponto de vista de Conhecimento Próprio. Pode-sedizerqueosprofissionaisdemanutençãoestão pordemaisenvolvidos em seusproblemas, eque resolvem as situações novas com inventividadeemuito embasamento teórico eprático. Mas, certas soluções geniais não são divulgadas etampouco refletem acompetência de quem as criou. Jáencontrei máquinasdesenvolvidas para situaçõesespeciais,ondeo"input"necessário foi dado pelopessoal da Manutenção, que convivecom os problemas dosequipamentoseque, na maioria das situações,équemtemconhecimentoparasugerirmodificaçõesouparamostrarqueoproblema exatamente. Aabordagemda"TEROTECNOLOGIA" naInglaterraevidenciaapreocupaçãoparaaresolução de problemas de vida útil de um equipamentoede comoousuário pode auxiliaro fabric^te para aresolução de umasituação adversa, eprolongaravida de máquinas eequipamentos, aindaque apenas napróximageração damáquina. Oque fazemos dos nossos conhecimentos enosso "know how"? Guardamos apenas para nós ou partilhamos com nossos colegas de Manutenção, para que não passempelomesmo problema? NoBrasil, diversas empresas e associações tratavam doassunto "Manutenção nosegmento específico de sua área ou de sua especialidade sem conseguir unir este conhecimento. 6.8.1 - A criação da Abraman. Com acriação da Associação Brasileira de Manutenção, em 1984, passamos ater uma entidade para centralizar os nossos conhecimentos específicos, para discutirmos em tomo de nossas aspirações edificuldades, epara melhor avaliarmos oque está ocorrendo ao nosso redor. Esperamos, erealmente eque está acontecendo, éque os problemas dediversos segmentos, que antes eramdiscutidos apenasdentro decadaum dos segmentos, estãosendo trazidos paraonovo ambiente comum que é a ABRAMAN. Istodeverá, acurtoemédio prazo, trazerbenefíciosparatodos os profissionais que trabalhamem manutenção. Narealidade a Abraman passou a ocupar seu lugar e oferecer àcomunidade diversos cursos e treinamentos na área de manutenção, bem como realizando eventos sobre manutenção aâmbito nacional, estadual e regional. ' - i. 4 Capitulo 7 Organizações de Maxnitenção 7.1 - Resumo. Neste capítulo tratamos sobre como as empresas estão organizadas ecomo são as organizações de manutenção mais em uso atualmente ecomentamos sobre elas. 7.2 - Introdução à Organizaçãodo Departamento. Parte integrante einerente de todo equalquer estudo sobre as atitudes de uma Gerência de Manutenção, éacompreensãodecomoaturmade manutençãoestádistribuídabemcomode que modo toda aestrutura hierárquica funciona dentro da organização de sua manutenção. Para pretender entenderoque sepassaeseépossível fazer melhorias no sistema, primeiro, épreciso entender muito bem como funciona aestrutura do poder equem éque influi na seqüência dos acontecimentos. 7.3 - As influências geográficas.Asorganizaçõesdemanutenção.alémdoplanohierárquicoefuncional podemtersuacaracterístíca organizacional principaldeterminadapornecessidades físicasegeográficascomo. porexemplo: empresas de ônibus interestaduais que são obrigadas ater várias oficinas de manutenção em diversos pontos do território. Ainda assim pode-se esperar que exista uma oficina central p^a efetuarosgrandes serviçoseque as outrasoficinas sejammenores parareparos menores, revisões de rotina e serviços imprevistos. 7.4 - Fatores internos da Empresa. Éfácil deentenderqueexistemdiversos fatores que influemedeterminamoorganogramade um Departamento de Manutenção, onde cadacaso tem vantagens edesvantagens. -fifi I Planejamento eoControle da Manuten^o Ao escolhereoptar por um tipo de instalação ou de administração, ao fazer oOrganograma ou o layout" da fábrica devemos considerar se quer centralizar ou se quer descentralizar e o administrador deve estar apto aresponder questões como: Quem fará oque equando fará? Porque centralizar? Porque descentralizar? Porque terceirizar? Porque não terceirizar? Oque terceirizar? Como terceirizar? Com qual das duas opções amanutenção poderá ser mais eficaz emais eficiente? Qual atarefa que eu quero para os Gerentes intermediários que iião assumir os postos criados? Oque eu vou fazer com as pessoas que ocupam cargos que serão extintos? Qual atarefa daAdministração seamanutenção for descentralizada? AAdministração superiorestáapardas diferenças conceituais entre organizações centralizadas e descentralizadas? AAdministraçãosuperiorpretendemesmo queamanutençãosejadescentralizadaoucentralizada? Da correta avaliação dos prós econtras éque pode surgir, para cada caso, uma estrutura mais adequada, e, sabendodos pontos fracos efortes de suaestrutura, um Gerente pode tiraromáximo proveito desuas instalações, deseu pessoal edeseus recursos. Ao redigir este texto, tivemos em mente, sempre, que as empresas sãode médio ou grande porte pois paraas de pequeno porte algunsconceitos não se aplicam, emboraoutros continuem válidos' Os esboços e"layout" foram incluídos comaúnica finalidade de facilitaroentendimento do que j ® pretendem nada mais do que isto. Cada retângulo representa umaunidadede produção. Várias unidades de produção foram incorporadasàunidade fabril que serve comoexemplo. Parasimplificarnãoestãomarcados osescritórios,prédiosde apoioadministrativo refeitónos, vestiários, etc. No entanto, oesboço usado será sempre omesmo eas diferenças assinaladas. ^ Unidail» "A** Unidada "B" Uniidada '*0" ]__[Unldada "D" Figura 07.01 - "layout" básico para estudo de três variações de instalações de manutenção -Qa^táe-T^—Organizações de Manutenção 61 Conforme ressaltado no texto, neste "layout" nãodemarcamosos prédios de apoio administrativo dafábrica, como também não foram demarcados os vestiários, orefeitório, pátios de estocagem, almoxarifado, serviço médico eoutros que podem existir em uma empresa. Afinalid^e da não demarcaçãoésimplificarolayoutedestacarapenasoque sedeseja. Adimensãodaáreaindustrial éde1000 metros decomprimento porcerca de500 metros delargura. 7.5 - Os diferentes tipos de Instalações. 7.5.1 - Instalações de Manutenção Centralizada. Conforme vimos anteriormente, amanutençãocentralizadaéumestágiode desenvolvimento da manutenção. Existem situações que éamelhorestrutura, onde todo opessoal está localizado em uma mesma área,normalmente, sobummesmo comando tático. Deste local partem todos os mecânicos eeletricistas para trabalhar em todo equalquer ponto da fábrica, epara ali retomam após concluírematarefa, para prestarem conta do serviço executado e buscarem novas instmções. Este sistemade organização, largamente utilizado, tem vantagens edesvantagens. 7.5.1.1 -Vantagens das Instalações Centralizadas. a- Amão de obra, quando as instalações são centralizadas fica, normalmente, agmpada por especialidades. Disto resultafacilidade em deslocaredisporde mão deobra suficientepara absorver a maioriados serviços, mesmoempiques, b- Em conseqüência permite maior facilidade emelhor resposta aos piques de solicitação, c- Com grupos centralizadosémais fácil obter edar autorização para contratarespecialistas bem treinados e caros. d- Ainda como conseqüência, é menor a probabilidade de ser necessária mão de obra subcontratada. e- Cominstalaçõescentralizadasémais fácil adquirirequipamentoespecializadopoisele será usado na manutenção de toda a fábrica, f - Em conseqüência, émenorachance de sernecessário alugarequipamentos eferramentas de apoio. Afacilidade de designaroperário permite-nos trabalharcom problemas que são similares em todaafábrica, ficando ooperáriofamiliarizado mais rapidamentecomostiposdefalhas em si. Aconsultaeauxílio entre especialidades diferentes são mais rápidos emais fácil devido à proximidade física. Acamaradagementre todaaequipede manutençãoserámais forte, namedidaemque todos convivem no mesmo local. g- h- ^ A OrganÍ7,a.çãoj3.Elai^}amento~e o Controle-da Manutenção Unidad» "A" Manntançãe Unidade "B" Unildada "C" Unidada 'DT Figura 07.02 - Instalação deManutenção Centralizada Esta figuraéaalteraçãodo layoutbásicoparaacolocaçãode umaequipede manutenção no parque fabril denosso estudo, usando uma instalação Centralizada. Paratanto foi incluídoumprédionoespaço vazio, que seráusado portodoopessoal de manutenção. Como não mencionamos quantos empregados afábrica possui, enem foi mencionado quantas pessoas ^abalhamnamanutenção,enem quantas máquinas amanutençãopossui oudeve atender, estamos incluindonopróprioprédiodamanutençãoumaOficinaCentralparaos trabalhoscomuns. 7.5.1.2-Desvantagens de Instalações Centralizadas. a- Otempo perdido pelos operários em deslocamento pelas instalações até o local onde o atendimento seráefetuado baixaráaeficiênciadaequipe. b- Deste modo, otempo gasto para completar serviços de rotina pode ser excessivo. c- Otempo de resposta, para atendimento em emergências, pode serintolerável. d- Asupervisão fica mais difícil emais fraca devido àgrande área atribuída àequipe de e- f- manutenção. Poderá ser necessária maior quantidade de encarregados emestres para uma supervisão efetiva. Umoperánonecessitaráde muito tempopara ficar familiarizado com todaafábrica, se isto for possível. g- Em conseqüência, nem sempre ooperário mais adequado aum tipo de atendimento estará disponível. h- Semprehaveráadúvidade quãobem um operáriocompreenderáouestaráfamiliarizado com parte do equipamento da fábrica. w de Manutenção 63 7.5.2 - Instalações de Manutenção Descentralizada. Como já dissemos, a descentralização da manutenção pertence a um estágio de seu desenvolvi mento, tendocomometao melhoreo maisrápidoatendimentoàprodução em instalações industriais que ocupam grande área física ou que tem, dentroda mesmainstalação, equipamentos completa mentediferentes entresinosdiversos estágiosdefabricação. Umexemplo típicosãoassiderúrgicas que possuem, normalmente, uma equipe de manutenção para cada etapa do processo fabril. Não merefiro à administração,porémapenasàs instalações.Este sistemamenos utilizadoque o anterior,da mesmamaneira, temseus pontosfortese seuspontosfracos.Verfigura07.03 aseguir. NAo wdsw p(MI*a(ilMMIa«éo Unidad» "A" ManuiMcao Unidada "B" Uniidade "C" Unidada "D" Figura 07.03 - Instalação de Manutenção Descentralizada Nestafigura tempos o layout básico alterado paraquese use umainstalação de manutenção descentralizada. Todossedirigem parasuasáreasesuasoficinas espalhadaspelasáreas. Asmáquinas operatrizes estão instaladas nas diversas oficinas das áreas, e podeexistirduplicaçãoobra epermitiu ouso do logo da FIM. OesboçodaobratambémfoimostradoaoCAM-ComiteArgentinodeMantenimiento nas pessoas do Eng. Carlos Marchio eEng. Rubem Edgardo Sambade que, do mesmo modo que aAbraman, avaliaram este trabalho, avalizaram-no ederam oseu apoio, autorizando-nos a usaro logodo CAMna capa. Esta obra também foi mostrada à ACMI - Asociación Chilena de Mantenimiento Industriai, na pessoa do Eng. Patrício Concha, seu Presidente, que aavaliou, avalizou, apoiou, eautorizou ouso do logo da ACMI. Agradecer ao Eng. José Eduardo Gorini Lobato de Campos, Presidente da Abraman neste biênio, que me honrou com prefácio, eao Eng. Joubert Flores Filho pelos seus comentários na quarta capa. Agradecer àAstrein Engenharia de Manutenção, na pessoa do Kívis edo André que programaram ocomputador deles para mostrar as telas que atendessem aalguns de meus exemplos bem como ofornecimento de slides, em 2002, sobre matrizes para priorizaratendimentos. ÀSemapi, na pessoa do Constantino Petroffque liberou algumas telas do Mantec para uso neste livro. ÀEngeman, na pessoa de Cassio Corradi que liberou várias telas para uso nesta obra. Agradecimentos VII Fico em débito com aEditora Ciência Moderna, na pessoa de Paulo André e do George, que não mediram esforços para resmungar, revisar, e reclamar até a impressão. Só sossegaram quandomontaram mais este livro em temporecorde. Finalmente, o mais importante agradecimento àquela que, novamente, revisou, releu, comentou, criticou, incentivou, cobrou qualidade e coerência em alguns assuntos, apoiou este trabalho e está ao meu lado há 47 anos: Ivone. Em 12 de março de 2008. Gil Branco Filho gilbranco@gmail.com gilbranc@unisys.com.br. * I ^Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Controle da Manutenção, oengenheiro Gil Branco Filho édaqueles que consenue venceradistancia entreateoriaesua adequada aplicação no dia-a-dia da manutenção Tamhem consegue de forma magistral incluir aatividade de PCM na estruturLa Manutenção Industrial ressaltando asua importância estratégica. fr^fn^^eiT'*"'"7''°"''®''®"'""''"'''° pelo Gilcprova rrefutáveldoquantoelecontnbuiparaaformaçãodas futuras geraçBesdosplanejadoresegerentes de manutenção das nossas empresas. José Eduardo Goríni Lobato de Campos Presidente daAssociação Brasileira de Manutenção 2007-2009 Sumário Capítulo 1- Gerência de Manutenção ^ 1.1 -Resumo ^ 1.2 -Pontos aconsiderar. ^ 1.3-0 Que éaGerência de Manutenção na Empresa 3 1.4 - Afinalidade da Gerência de Manutenção ^ Capítulo 2- Estratégias de Gerenciamento de Manutenção 5 2.1 -Definições ^ 2.2 -Estratégias usadas em manutenção ^ 2.3 -Estratégia de Uso da Manutenção Corretiva 6 2.4 -Estratégia de Uso da Manutenção Preventiva ^ 2.5 -Estratégia de Uso da Manutenção Preditiva 8 2.6 - Estratégia de Capacitação de Equipes 2.7 - Estratégia deCapacitação das Instalações 2.8 - Estratégia de Melhorias na Manutenção 2.9 -Por que selecionar alternativas ou mudar de estratégias? 13 2.10 - Uma sugestão para estabelecimento de estratégias 14 2.11 - O fluxograma resultante 2.12 - Comentários sobre estratégias 1° Capítulo 3 - OsCustos emManutenção 17 3.1 - Resumo 3.2 -AFormação da Empresa |' 3.3 - Ocenso de 1968 dos Estados Unidos l° 3.4 - Os custos de Manutenção na Inglaterra 1° 3.5 - Fatores adversos no custo e na eficiência da Manutenção 1° 3.6 - O custo na indústriaquímica americana 3.7 -OCusto de manutenção na indústria espanhola 1^ 3.8 -Ocusto de manutenção nas indústrias brasileiras 20 3.9 -Empresas com Manutenção com Previsão Orçamentária 21 3.10 - Comentários -XIV -I -A-Organização^Planejamentoe^o-Controleda^iíamitenção 11.12- Os eventuais problemas 106 11.13- Quem deverá fornecereste treinamento 107 11.14 - A ação do Gerente de Manutenção no treinamento 107 11.15- Comentários 108 Capítulo 12- Sintomas deGerenciamento deManutenção Inadequado 111 12.1- Resumo 12.2 - Introdução 12.3 - Problemas típicos degerenciamento inadequado demanutenção 111 12.4 - Tempo de parada de equipamento muito grande 111 12.5- Níveisde produçãofracosdevidoà falhas 112 12.6- Baixaconfiabilidade dos equipamentos 112 12.7 - Os custos de manutençãoestão aumentando 113 12.8- Comentários Capítulo 13- Introdução aoPlanejamento daManutenção 115 13.1 - Porqueplanejar. 13.2- O que esperade um programa especialista 116 Capítulo 14 - Sistemas de Controle Manual ou Informatizado 117 14.1 - Resumo 14.2 - Introdução 14.3 - Tipos de Sistemas deControle de Manutenção 118 14.4- Porque Informatizar a Manutenção 119 14.5- Vantagens de cadatipode Controle 119 14.6- "Soft"de PCM - Desenvolvedor ou Comprar 120 14.7- Comprado "Soft" de PCM- O que Analisar 122 14.8 - Implantação do Sistema de PCM Informatizado 124 14.9- Dificuldades na Implantação de umSistema Infonnatizado 126 14.10-Conclusão Capítulo 15- Seqüência deImplantação daManutenção Preventiva 129 15.1 - Resumo 15.2 - Introdução 129 15.3 - Definição de suasatribuições 129 15.4- Procedimento paracomos equipamentos 129 15.5 - Implantação da Manutenção Preventiva 130 15.6 - Procedimento paracom os clientes 15.7 - Implantação do Registro das Manutenções Corretivas 132 15.8 - Definição dosControles 15.9 - Definição dos responsáveis 15.10 - Revisão das Atribuições daManutenção I33 15.11 - Adequação do Organograma. 15.12 - Comentários • J33 Sumário XV Capítulo 16 - Atribuições da Manutenção 1^5 16.1 - Resumo 16.2 - Introdução 16.3 - Atribuições básicas 16.4 - Atribuições complementares 16.5 - Outras tarefas; 16.6 - Indique quem fará as atividades de planejamento econUole 142 16.7 - Conclusão Capítulo 17 - Cadastro 14317.1 - Resumo J 17.2 - Introdução 17.3 - Definições de cadastro: 17.4 - Tipos de Dados quecompõem o Cadastro 17.5 - Formulários para Cadastramento 17.6 - Critérios de cadastramento 17.7 - Cadastro Manual e Informatizado 17.8 - Exemplo de Documentos Capítulo 18 - Codificação em Manutenção ^^3 15318.1 - Resumo ^ 18.2 -Introdução ^ 18.3- Porqueidentificar e codificar 18.4-0 que codificar 18.5 - Como Codificar 18.6 - Cuidados ao montar um código 18.8 - Identificação de Diretorias, Departamentos, Seções eoutros 156 18.9 - Identificação de Equipamentos para Manutenção 158 18.11 -Códigos para controle de Histórico 1^^ 18.12 -Problemas de alteração de códigos 1^^ 18.13 - Alter^Ões prováveis de códigos 1®° 18.14 - Conclusão e recomendação 1"' Capítulo 19 - Prioridades de Atendimento 1^^ 19.1 - Resumo 19.2 - Introdução 19.3 - Convenções de prioridades 1 19.4 - Os sistemas numéricos 1^® 19.5 - Códigos de Prioridades de Atendimento por Palavras: 171 19.6-0sistema de prioridades por importância de equipamentos 174 19.7 - Uso do Sistema Matricial para as definições anteriores 175 19.8 - O sistema CUT 19.9 - Quem deverá definir aprioridade de atendimento? 17" 19.10 - Considerações: XVI I to-eo-ControIe-da^Manutenção Capítulo 20 - Ordens de Serviço 181 20.1 - Resumo 20.2 - Introdução 181 20.3 - Projetoda Ordemde Serviço 181 20.4- Ordem de Serviço quechega até o PCM paraexecução 182 20.5- RETORNO da O.S.do executante ao PCM apósexecutada 185 20.6 - Arquivamento de Ordensde Serviço 186 20.7- Descarte do Documento Físicoda Ordem de Serviço 187 20.8 - Considerações 188 20.9 - Exemplo de Ordens de Serviço 189 Capítulo 21 - Histórico de equipamentos 191 21.1 - Resumo 191 21.2 - Introdução 191 21.3 - Defínição 21.4 - De onde virá a informação colocada neste banco de dados 192 21.5 - Qual informação colocar neste Histórico 192 21.6 - Como colocar a informação I93 21.7 - Modo de montar umcódigo semavaliar a função do item 193 21.8 - Informações Adicionais I94 21.9 - Onde estão os códigos aqui mencionados 196 21.10 - A vantagem dos códigos I97 21.11 - Qual informação quedeve serdescartada e quando 197 21.12 - Cuidadosno descarteda informação I97 21.13 - Recomendações 198 Capítulo 22- Procedimento de Manutenção Padrão 199 22.1 - Resumo 22.2 - Introdução 22.3 - Comoelaboraro PMPe o que considerar 201 22.4 - A Organização dos documentos 201 22.5 - Codificação dosProcedimentos de Manutenção Padrão 203 22.6 - Considerações sobre o Procedimentode equipamentos, conforme está ressaltado no texto. Não existe local para uso comum e tampouco necessidade de uma Oficina Central. 7.5.2.1 - Vantagens de Instalações Descentralizadas. a - O tempo de deslocamento dos operários a partir da oficina até o local onde o trabalho será executado é reduzido. b - Emconseqüência, istopermite resposta mais rápida àsolicitação deserviços. 64 I AX^rganizaçWó o'Plãnejàmerito eoCõfítrole da~Manutenção c - Como a área atribuída é menor, a supervisãofica mais fácil e mais eficiente. d - Aprogramação dostrabalhos é mais simples, poissóenvolve umaárea. e- Aequipedemanutenção adquire uma melhorcompreensãodos requisitos operacionais de cadaáreaespecífica, poisprestam osseusserviços paraaquelaáreaapenas, f - Osreparos sãomais rápidos devido àfamiliarização dopessoal comoequipamento ecom a repetição dos problemas e falhas, g- Em conseqüência, aseventuais mudanças delinhadeprodução são mais simples deserem absorvidos pelamanutenção, h- Oleitorpoderá cruzar mais vantagens com aconsulta aos outros tipos deinstalações aqui descritos. 7.5.2.2 - Desvantagensde Instalação Descentralizada. Menor flexibilidade, oquedeve serentendido como "dificuldade paraexecutar serviços grandes", pois, amão deobraestá disuibuída entre vários supervisores que normalmente estãomais preocupadoscomosserviçosdesuaprópriaárea, importanteparacadaum,mas menos importante para o conjunto em um dado momento. Tensão entre supervisores que reclamam de terseupessoal deslocado paraoutra área. Comentários, aindaqueinjustificados, serão feitos; Coisas dotipo; 'Tenho quepararomeu programademanutenção, atrasartudo, paraajudarosque não seorganizaramtãobemcomo a- b- c- d- e- f- g- Existirá,então,umatendênciaacontratarmaispessoalqueonecessário. Normalmenteeste tipodeorganização temquadros depessoal sobredimensionados. Comoexistemmaissubdivisões,haverátambémasolicitação maiordeserviçosdeescritório e mais pessoas para executá-los. Fatalmente ocorrerá uma aquisição deequipamentos idênticos parausopelas equipes de manutenção deáreas diferentes, com duplicação desnecessáriaeociosadeinstrumentos e equipamentos, um paracada área. Quandonãoforconsentidaaduplicação, serásemprenotada umamávontadeememprestar oequipamento(afinalosoutros não cuidamtãobemcomoeu, dirão). Tambémserãonot^os ciúmes pelo fato denão sepossuir "aquele aparelho" porquecom eletudo émais fácil. (Eu não gosto depedir emprestado e"eles" não gostam deemprestar, reclamam tanto...). Aexistênciadepequenos grupos divididos pelas diversas áreas poderátrazerdificuldades parajustificaracontratação deespecialistas treinadosecaros. Pelosmotivos indic2dosem"e"e"f' acimaa^uisiçãodeequipamentosespecializadosserá difícil. 7.5.3 - Instalações de Manutenção Mista. Instalações demanutenção mistasãoaquelas que, além devárias oficinas pelafábrica, possuem lima instalaçãocentralizadaparaondedevem convergirosreparos deequipamentosecomponentes usados pelas diversas turmas deáreas. Ocaso mais freqüente é o dautilização demáquinas de usinagemefabrico depeças. Etambéméonde asmáquinas caras ficam alocadas comoguindastes, empilhadeiras, instrumentos deajuste ecalibragem, todos úteis, mas depouco usoemcadaárea. Capítulo 7 - Organizações de Manutenção 65 Outra oficina que pode ser centralizada é a oficina de instrumentação, quando existe, devido ao preço dos instrumentosque normalmente são ali utilizados e que não podem ser duplicados devido a pouca utilização em cada área. 7.5.3.1 - Vantagens de uma Instalação Mista. a - Podem combinaras vantagens das instalações centralizadas com as vantagens das instalações descentralizadas proporcionando um atendimento adequado à unidade fabril b - Emborajáincluídas, vale ressaltar que instalaçõescom oficinas ao longo da área industrial, que acompanham a distribuição das unidades industriais, normalmente são mais flexíveis e propor cionamum atendimento mais rápido, devendo ser preferidas para unidades industriais que ocupam uma área geográfica grande ou onde as instalações estão distantes do conjunto industrial. 7.5.3.2 - Desvantagens de uma Instalação Mista. a - Podem combinaras desvantagens das instalações centralizadas com alguns dos problemasdas instalações descentralizadas. O Gerente de Manutenção deverá estar atento para introduzir modificações nas instalações tem logoexistam sinais dedeficiência de atendimento às necessidades daplanta. G.M. Unidade "A" Unidada "B" Unildad» Manutenção Central Unidade "IT Figura 07.04 - Instalação de Manutenção Mista 66 A Organização oPlanejamento e o Contrólé daManutenção Neste esboço temos umainstalaçãoque combinacaracterísticasdas duas figuras anteriores, para que sepossa obter nafábrica asvantagens que asanteriores possuem. Aqui possuímos uma instalação de oficinas próximadaáreaaseratendida, com as vantagens do rápidoatendimento, bemcomo possm'mos umacentralizaçãode recursos naOficinaCentral para evitar m^uinas epessoas ociosas, pois afabricação de peças esobressalentes não éfreqílente, conformeestimado. Oquadrinho"GM" incluídono prédioéolocal recomendadoparaoescritório do Gerente de Manutenção. As vantagens e desvantagens deste tipo deinstalação estão bem discutidas notexto. 7.6 - Consideração sobre diferentes tipos de Administrações. Para que a administração demanutenção funcione os gerentes intermediários devem tersua responsabilidade definida, emedida pelaatuação deseugrupo. SeaAdministraçãosuperiorentenderqueaAdministraçãodeve sercentralizadadeveráarcarcom oônusdasobrecargaedamorosidadeadministrativa. Seus Gerentes intermediários não poderão resolvermuitacoisaqueestácentralizadanaAdministraçãosuperioreistopoderátrazerproblemas. SeaAdministrí^ãosuperiorresolverqueaAdministração deveserdescentralizadateráque mudar oseumodo de agireseadaptarparaenfrentarooutro ladodasituação. OsGerentes intermediários irãodecidir demaneira diferente daqueoGerente superiordecide e istodeverá seraceito como normal. Afinal o que importasãoos bonsresultados. Por outro lado, apesar deseesperar que os Gerentes Intermediários não errem, eles erram. Se errarem, devem entender queo mundo nãoacabou. Nem paraosGerentes Superiores nem para osGerentesintermediários. Monchi, emseulivro, dizque: Umbomorganogramaéumacondição necessária paraarealização da"função manutenção" naempresa, mas não ésuficiente. DestemodoosesforçosdaAdministraçãoSuperior,emumaadministraçãodescentralizada,devem ser antes de tudo educacional e não operacional. Os esforçosdevemserdirigidos preferencialmente paratreinaros Gerentes intermediários atomar melhoresdecisões. Umadasvantagens potencial dadescentralização étomarmais fácil avaliaras performancesdoGerente intermediário. 7.6.1 - A Administração de Manutenção Centraiizada. Normalmente, quando temos uma instalação demanutenção centralizada temos também uma Administr^âode ManutençãoCentralizada, masnão obrigatoriamente. Este tipode administração pode serusado em qualquer tipo de instalaçãode manutenção, devendoserpreferidosobre outros tipos, sempre que possível, pois teremos uma orientação para toda aequipe. Ver afigura 07.05 a seguir. W •a =: CaptttÜoTT^XJrganizações de Manutenção lAolmInIstraçSo de. Manutenção 'Contrallzada Oaranta cl« Prodüjp&ó .Uniidscla de . 'Oparapfio A Uinidade^de' 'Op.araQâo P 'Unildade de OpeVap&o C Unidade de OperapãoiD -Pir«cSo Gi«r»i I Outras . '.Gsrftneiaa Osrsnts ds 'Matiutsnção ' EietrlBlatas IVleoAnioas Instrumentistas -Civii Offioinas PCM 67 Figura 07.05-Administração de ManutençãoCentralizada Nesta figura tempos um organograma para a administração da equipe de manutenção. As possibilidadeselimitaçõesdesteesquemaestãodiscutidas notexto. Note-se queosorganogramas aqui colocados, sobre asdiversas possibilidades de Administração, não estão com a função Planejamento e Controle deManutenção marcada, pois istoserá objeto deestudo mais tarde. 7.6.1.1 - Vantagens de Administração de Manutenção Centralizada. a- Asistemática detrabalhos naempresa obedeceráaumsóesquema tático, oque facilitará o cumprimento de metas difíceis.O sistema de PCM terá maior envolvimento em todas as unidades da fábrica. Serámais fácil determinardeslocamentodeequipesemapoioaoutrasequipeseventualmente sobrecarregadas, aindaqueasinstalações sejamdescentralizadas. Haverá sempreuma pessoacom conhecimento dos diversos problemas que sãocomunsàs diversas subunidades. Esta pessoa deverá estar atualizada sobre detalhes técnicos e administrativos para instruir. b- c- 7.6.1.2 - Desvantagens de Administração Centralizada. a- Exige um PCM profundamente dedicado aos seus afazeres para quepossa haver um planejamentoeficiente para todas as unidades. b- ExigeumenvolvimentomaiordoGerentedeManutençãoparasaberemquemomentodeverá deslocar pessoal deuma áreaparaoutrasempre quehouver necessidade. 68 A Or^aUzaçãó oTlahéjamentoe o Corítrtíle da Manutenção c - O Gerentedeveráintegrar-semuitobemcom todo o pessoalde sua equipepara orientar quando surgirem problemas. 7.6.2 - Administração de Manutenção Descentralizada. Conforme vistonapartededefinições AdministraçãodeManutençãoDescentralizadaéaquelaem queasatitudesdegerenciamentoemanamdeduas oumaispessoascolocadasemnível hierárquico igual na empresa. Nãorecomendada, de um modo geral. Possui aplicação restritaa alguns casosespeciais, pois normalmentedevesercolocadalogoacimadosGerentesdeáreaumapessoaquerespondaportoda a manutenção. Administração de Manutenção Descentraiizada Unidade de OperaçãoA Unidade de Manutenção A Direção Geral Unidade de OperaçãoB Unidade de Manutenção B Unidade de Operação C Unidade de Manutenção 0 Unidade de Operação D Unidade de Manutenção D Figura 07.06- Administração de ManutençãoDescentralizada. NestafíguratemosumorganogramadeManutenção Descentralizadadopontodevistaadminis trativo. Note-sequeporumaquestãodecoerência, alteramos tambémoorganogramadaáreadeOperação, a fim de que os dois organogramas sejam montados dentro de um mesmo princípio. A descentralização, nestecasoé total,e possuícomopodemosnotarumescalãoAdministrativoa menosque nos demaiscasos.As vantagens e desvantagens estão discutidasno texto. 7.6.2.1 - Vantagens de Administração de Manutenção Descentralizada. a - Comuma área menorparagerenciarserásempre possívelaoGerente terum conhecimento mais efetivo dos problemas da unidade, b - Cadaárea teráumPCMparasi, oquefacilitaráa preparaçãoe programaçãodos trabalhos demanutenção.Narealidadeaparada deumaunidadesempreenvolverámaismãodeobra de PCM que poderá ser obtida ou na supervisão das oficinas ou em horário extra. CapítulõT —Orgaitizações de Manutenção 69 7.6.2.2 - Desvantagens de Administração Descentraiizada. a- Perda da visão de conjunto, sob o ponto de vista de manutenção, pois cada um estará envolvido com seus problemas. b - DiferentescritériosdeGerenciamento, deapuraçãodevaloresecoeficientes demanutenção, podendoinvalidarcomparações futurasdeperformances dentrodamesmaorganização, ou dentro da mesma unidade fabril. 7.6.3 - Administração de Manutenção Mista. AAdministraçãodeManutençãoMista,comofoidefinidanoprincípio, supõequeaempresatenha diversasunidadesfabris,divididasde acordocomsua tarefae a manutenção, subordinadaa um Gerentetenhaumorganogramaparecidocomo daoperação. Normalmente é utilizada onde as instalações são descentralizadas e se deseja que seja mantida apenas uma linha de conduta em toda a manutenção. Deve ser a preferidapara empresas grandes com unidades fabris diversificadas dentro da mesma instalação. Administração de Manutenção Mista Gerente de Produção Unidade de Operação A Unidade de Operação B Unidade de Operação C Unidade de Operação D Direção Gerai Outras Gerências Gerente de Manutenção Unidade de Manutenção A Unidade de Manutenção B Unidade de Manutenção C Unidade de Manutenção D Oficinas Centrais PCM e Outras Funções Figura 07.07-Administração de ManutençãoMista. Nesta figura alteramos oorganogramaparaumaadministraçãoque chamamos demista, poisestá centralizadapor atividade na fábrica, mas está descentralizada dentro das atividades fabris. 70 A Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção AOperaçãopossui oseuGerente Geral, ou seuSuperintendenteenquanto aManutenção também possui o seu. Os problemas típicos de cada áreasão resolvidos em cada área, onde existe umasupervisão mais efetivadecadaatividade. Este éum esquemaque funciona emunidadesdemédioegrande porte, principalmente onde as unidades produtivas podem operar com alguma independência. Este tipodeadministraçãoemcadaunidadeprodutivapossui um gerente próprio,com seu gerente equivalentena áreademanutenção. 7.6.3.1 - Vantagens de Administração Mista. a- Pode combinarvantagens dos dois tipos anteriormente citadosetomaratarefadaDireção da Empresa mais simples, b - Auniformidadedecritériosparaobtençãodeíndices paracomparaçãodeperformance será umarealidade. c - Podemos crazaroutras vantagens, comparando oquejá foiescrito anteriormente, enoque será comentado nos itens adiante. 7.6.3.2- Desvantagens de Administração de Manutenção Mista. a- Exige queoGerente de Manutençãosejaum administradoreficiente, comconhecimentode técnicas de Administração, além, de estar preparado para discutir problemas técnicos de manutenção com seus Gerentes deárea oudeunidades, b - OsGerentes deáreadeverão terperfeito conhecimento decomo funciona aunidade fabril que lhes éafeta para melhor trocarem idéias com oGerente de Manutenção. c - Existirá sempre um escalão a mais no organograma. d- Outras desvantagens podemserapontadas comcruzamentodereferências emoutros itens aqui tratados. 7.7 - Tendências Atuais. Nóscolocamos aseguirdois organogramasque temsidomuito vistoemempresas. Um deles para empresas de médio porte. Ooutro para empresas de grande porte que ocupam grande área. AAdministração daManutenção, em função de vanas filosofias, principalmente abusca de menores custos finais paraaunidade, etambémemfunção dafllosofíajaponesadoTPM está, em váriasempresas, estaindoemdireçãoaoorganogramaacima, não sendomais umafilosofiaapenas de administração de manutenção, mas simdeadministração de empresas, em alguns casos atéde sobrevivência. 7.7.1 - Para empresas com atividades diferentes em cada unidade. Esta montagem é válida sempre que asatividades deOperação sejam diferentes e nãoexista quantidade de serviços que requeira uma unidade internade apoio, ou que ocusto desta unidade internadeapoiosejamenorqueocustodeterceirização destastarefas. rapftitln 7 _ Organizações de Manutenção 71 Neste caso alguns trabalhos serão feito sempre em oficinas externas. Um dos fatores predominantes é a continuidade operacional sempre a üm menor custo. Continuidade operacional é aquela que menos expõe o processo e as pessoas nele envolvidas a riscos de acidentes e riscos de degradação do patrimônio a médio e longo prazo. Supomos que a perenização da empresa é uma de suas metas permanentes. 7.7.1.1 - Para empresas com atividades em grande área e com apoio externo. Administração de Manutenção Atuai Gerente da Unidade A Unidade de Operação A Unidade de Manutenção A @ Gil Branco Filho Direção Gerai Gerente da Unidade B Unidade de Operação B Unidade de M anutenção B Gerente da Unidade C Unidade de Operação C Unidade de Manutenção C Gerente da Unidade O Unidade de Operação D Unidade de Manutenção D Figura 07.08 - Sugestão de organograma para empresas em grande área ocupada, com apoio externo. 7.7.1.2 - Para empresas com atividades em grande área e sem apoio externo. Administração da Manutenção Atual :>Gll Branco Filho Figura 07.09 - Sugestão de organograma para empresas em grande área ocupada, sem apoio externo. 72 1 A-Orgaiijzãção-0-Phne)amento£ o Controleda Manutenção 7.8 - Os levantamentos da Abraman. A Abraman está a anos efetuando levantamentos com questionário a que já nos referimos e tem feito esta pergunta para as empresas: Como é a sua organização? Asrespostas, compiladas dosdiversos questionários estásuraarizada nas tabelase nos gráficos a seguir. 7.8.1 - Tabelas do Documento Nacional. A seguiras tabelas publicadasno documento,edição2007, sobrecomo as manutençõesatuam. IB DMoríi, 10151030301651® Suptrintiiidinci}: Irwffg—• nCTBCTiTi|g|]|j|yj|^ C AuocUç:&Q DmalUliv de Manulenção Steproduiiüo com «lutoríucfto iMí-, • UBtó,í«H#8ÓeloS ESIESiQ3^li&3G3E3i9 mmmwnamm Auociaçâo Bnulleiru de INIiinuUnçAA HepiTMJuiido ec»inHUloriznçêo Figura 07.10 e 07.11 - Tabelas do Documenio Nacional de 2007. Cortesia Abraman 7.8.2 - Gráfico obtido das tabelas desde 1993. Comparativo: Tipo de Organizações anos de 1993 até 2007 €> Gi! Branco Filho Fonte - Abraman —Documento Nacional —com autorização Figura 07.12 - Gráficos de Tipos de Organizações de Manutenção. Capítulo 7 ~ Organizações de Manutenção 7.9 - Comentários Viaderegrapode-se dizer queomelhororganograma paraempresas de médioe grande porte deve ser o que aqui chamamos de Administração Mista, pois permite: Uma otimização no emprego dos meios de manutenção. Uma padronizaçãode procedimentose métodosde levantamentode resultados e índices. Um melhor plano de investimento para a empresa como um todo. Ummelhorregistro de falhasedefeitos, seobancode dadosforúnico,comum melhorlevantamento de variáveis e causas. Capítulo 8 A Manutenção na Hierarquia da Empresa 8.1 - Resumo. Comaevoluçãodasorganizações industriais, asubordinaçãohierárquicadamanutençãopassou a ser feitademaneiradiferentesempreemumcontínuoprocessodemelhoriapara aatividadefim queé adeproduzirmaise commenorescustos.Nadatadehojeencontramosdiversassituações. 8.2 - Subordinação ao órgão da Operação. Estáaqui a mais antiga e menos usada forma deorganização e desubordinação damanutenção dentrodeumaempresa. Alguns autores citamcomoumrestodeatitudedevelhos tempos. Outros como umaconseqüêncialatentedodesejodopessoaldeoperaçãodedominaremcompletamente todas as atividadesde produçãoe tambémas atividades afinse de apoio. Gerente da Unidade A Unidade de Operação A Unidade de Manutenção A Subordinação à Operação Direção Qersl Gerente da Unidade B Unidade de Operação B Unidade de Manutenção B Gerente da Unidade C Unidade de Operação C Unidade de Manutenção C © Gil Branco Filho Gerente da Unidade D Unidade de Operação D Unidade de Manutenção D Figura 08.01- Exemplo de organogramacom a manutenção subordinadaà Operação jQ I A Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção Esteesquemapossuivariantesparacadasituação,e aquiestamosenfocandoapenasasubordinação demaisaltonível, suprimindoaGerênciadeManutençãoanívelde Superintendênciaou a nível de Departamento, como a nível de Gerência de área. Note-sequeépossívelfazerasubordinaçãoemdiversosníveis.Aquifizemos aníveldeunidade produtiva. Por facilidade, mantivemos a estrutura de manutenção descentralizada, pois a existência de um Superintendente de Operação nos pareceu supérflua e desnecessária neste exemplo. Nãoé usual apenas um Gerente ou Superintendente respondendo a um só Diretor. Ficamos então com quatro pessoas respondendo ao Diretor. O problema aqui é a falta das ofícinascentrais, entre outras deficiências. 8.2.1 - Vantagens da subordinação aos escalões da operação. Existe uma esó uma cabeça responsávelpelosucesso ou insucesso de metas de produção. Compete aoSupervisorde Produçãodefinirmetase ciclosde trabalhobemcomode rotinasde manutenção. 8.2.2 - Desvantagens da subordinação e escalões da operação. Da mesma maneira que um desportista consciente, o supervisorde produção deverá estar ciente de que o esforço para o "gol" depende somentedele e que se ele não entender os problemas de recuperação de saúde, poderá, na ânsiadogol comprometerirremediavelmentea sua performance futura. a - A necessidade e o contínuo envolvimento com as metas de produção poderão levar a supervisão a determinar a redução de rotinas de manutenção com o conseqüente compro metimentode metasfuturas,aumentodequebrade máquinas,baixospadrõesdeconfiabilidade, etc. b- c- d- Osencarregadosde operação,normalmente,não possuemformaçãoadequada para orientar trabalhos de manutenção. Amédio prazo, haverá rotatividadedopessoal mais competente que trabalhanamanutenção em busca de melhores salários e de melhores posições em outras empresas. AAdministração deveráresolveroproblemacriado com ainexistênciade umaadministração para as oficinascentrais, a menos que resolva que é grande o suficiente e que pode ter várias oficinas centrais, uma para cada área. 8.3 - Subordinação ao órgão de Engenharia. Estaé umaáieaonde osprofissionaisdemanutenç^encontramalgumaafinidade,podendoocorrer problemasem algumas situações críticas ondesão necessárias soluções imediatas. Os profissionais de manutenção pela própria natureza de seu serviço são pessoas extrovertidas epráticasepoderão terproblemascomosespecialistasemprojetosquecostumamdespender muito tempo no estudo de detalhes da especialidade, perdendo a visão do conjunto, e não encontrando saída em emergências. Capítulo 8 —A Manutenção na Hierarquia da Empresa 77 Algoparecido comumestudo paraencontraramelhor técnica paradeterminadasuturaenquanto a pessoa morre de hemorragia. Subordinação ao Órgão de Engenharia Gerente de Produçilo Unidade de Operação A Unidade de Operação B Unidade de Operação C Unidade de Operação D © Gil Branco Filho DlreçAo Geral Outras Geranelas Gerente de Ensentiarl. e Manutenção Unidade de Manutenção A Unidade de Menutenção B Unidade de Manutenção C Unidade de Manutenção D Onelnee Centrale PCM e Outros FunçOes Figura 08.02 - Subordinação ao órgão de Engenharia. Aquitemposumaalteração dobásicoquevínhamos utilizando atéagora, comainclusão deuma equipe de Engenharia na Unidade Industrial. Ainclusão daEngenhariana UnidadeIndustrialpermiteumaalternativapara os organogramas já discutida mas poderá trazer conseqüências danosas para a equipe de manutenção. Uma delas é pouca perspectivade ascensãohierárquicae funcional,pois o seu maior escalão é sempre abaixo dos escalões das demais funções da fábrica. No texto tecemosmaisalgunscomentários sobreesteorganograma queem nossa opiniãodeve ser evitado. 8.4 - A subordinação à Direção da Fábrica. Atualmenteéaposiçãomaisaceitaerecomendada. Osprofissionaisdemanutençãotêmàsuafrente melhoresperspectivasdecarreira,melhoresníveishierárquicos, e tambémmelhoresperspectivas salariais. Por coerência como quenosparecemelhororganogramaparaumaempresade grande ou médio portequequeiraimplantarTPMequeasfunçõesdecadaunidadefabrilsejamdiferenteslunadas outras. Assim é possível utilizar esta montagem. O que é importante, é que se houver apenas um GerentedeOperação,oGerentedeManutençãodeveráestarligadodiretamenteaomesmoescalão, neste caso, a Direção da fábrica. 78 ^ AOrganiz^ão oPlanejamento eoControle da Manutenção Gereite da Unidade A Unidade de Operação A Unidade de Manutenção A Subordinação à Direção Geral I Direção Geral | Gerente da Unidade B Unidade de Otteração D Unidade de Manutenção B Gererae da Unidade C Unidade de • Operação C Unidade de Manutenção C GereiMe da Unidade D Unidade de Operação D Unidade de Manutenção D C>Gil Branco Filho Gerente de Manutenção Otlclnas Centrais Grandes Obras e Apoio Engenltada de Manutenção Planejamento e Controle Outras FunçOes Figura 08.03 - Subordinação à Gerência ou Direção da Fábrica A Direçãoda Fábrica deveráestabeleceras metas de produção e diretivas operacionais, após ouvir o seu Departamento de Operação sobre a capacidade das máquinas, onde o Departamento de Manutenção falará sobre as máquinas em si e seu estado. No esporteaDireçãodo clubecontrataosjogos, o atleta irádar o máximode si,mas o serviço médico do clube deverá informar sobre a real condição do atleta. A grande diferençado exemplo para a realidade é que o atleta sente a sua deficiência física e fala sobre ela. A máquina não sente e não fala. O corpo humano tem a capacidade de se recuperar e as máquinas devem ser recuperadas por pessoas que conheçam o assunto. 8.5 - Tendências Atuais. Atualmente o que se nota em várias empresas éuma modificação nos organogramas para atender a necessidade da fábrica como um todo, pois para istoa manutenção deverá estar preparada. Grande parte deste movimento vem do uso de filosofias diferentes das até então em vigor. OTPM é uma das filosofias queprega o uso de "OperadorMantenedor" e do uso de "Especialistas de Manutenção". A fíIosofiade que operadores treinados rendem mais é real e não é só do TPM. Também é do TQC que prega a mesma idéia. —Ste,- rapftfifo R- A Manutenção na Hierarquia da Empresa 79 Como seidevários exemplos emqueoorganograma funciona bem, ficaaqui o registro. Sugiro também ler o livro de Semler e de Foumiers, citados na referência. Afigura sugereumaalternativaparaorganogramadeequipedemanutenção, quecompleteafunção "Manutenção"eatome muito atuante dentrodaempresa. Notarque até aqui não incluímosoPCM, pois vamos discuti-lo mais tarde. Ainclusão dealgumas equipes citadas acima sóé viável em empresasondeexistaanecessidadedaequipe. Se aempresanão tem problemasde nacionalização decomponentes,ousesãopouquíssimosacriaçãodeumórgãoespecializadonão faz sentido. Neste casopoderáserumafunção aser absorvidapelaequipe de Engenhariamontadadentro daequipe de manutenção. Gerente da Unidade A Unidade de Operação A Unidade da Manutenção A O Gil Branco Filho Subordinação à Direção Geral Gerente da Unidade B Unidade de Operação B Unidade de Manutenção B Direção Geral I Gerente da Unidade C Unidade de Operação C Unidade de Manutenção C Gerente da Unidade D Unidade de Operação D Unidade de Manutenção D Gerente de Manutenção Ofidnas Centrais Grandes Obras e Apoio Engenharia da Manutenção Planejamento e Controle Outras Funções Figura 08.04- Tendência atualdeSubordinação em empresas grandes. Incluem-se naGerência deManutenção, aquinoBrasil, grupos deestudos denacionalização de componentes(onde istoépermitido), grupos deEngenhariadeque ficam subordinadosaoGerente deManutenção paraapoio àsequipes demanutenção. Isto é feito paraqueexistam pessoas apar dosproblemas queosequipamentoseamanutenção possuemeajudemaresolvê-los. Não sedeve esperar queas pessoas que gerenciam a manutenção distribuída pelas áreas tenham tempo disponível parafazerprojetos e alterações emmáquinas eequipamentos. Se istoacontecer algoestáerradonaquelaturmaouequipe: ouoserviçoé poucoa talpontoque está sobrando tempo para atividades como esta, ou não está havendo supervisão e nem acompanhamento dasatividades damanutenção. Deve-se esperardosupervisordemanutenção umaatividadeconjunta. Massetudoforfeitopeloprópriosupervisor, nomínimo adocumentação não serábemfeitae bemregistrada comas conseqüências futuras de tentativas de consulta a arquivosinexistentese a documentos desatualizados. -glj-—j—iAr&rgãfíi2açâ0-€>-Plan€:jMnentoe^o-Gonirole-da-Manutenção Poroutrolado, deve-se estar atentoparaque modificaçõesemmáquinas,com afinalidade de reduzir um problema não traga outro maior. Todas as modificações devem ser bem pensadas e bem documentadas para que se possa teracompanhamento futuro doque foifeito. Onde registrar? Quem deverá projetaro sistema? Voltamos ainsistirque o melhor conhecimentodo problemaespecifico está e estará sempre com opessoalda área. Masnão é normalque o pessoalda área tenha tanto tempo disponível para projetar e documentar e arquivar as modificações. Dever-se-á instalar terminais de computador em todas as turmas de manutenção, micro compu tadoresemrede,paramelhorgerire manusearaquantidadedeinformaçãoquepassa todosos dias. Nos dias atuais nota-se a inclusão de gmpos que fazem estudos de melhores métodos de manutenção, os grupos de Engenharia de Manutenção. Oquese vêé um acordarpara a realidade,queumaindústria precisade matéria prima, tecnologia e máquinas em condições de operar. Vale dizer, manutenção adequada, com considerações de disponibilidade, confiabilidadee custos. íXSl TTSC- Capítulo 9 O Planejamento e o Controle de Manutenção 9.1 - Resumo. Nestaparte trataremos sobre anecessidadedeexistirumaseção ou um grupodepessoas parafazer oplanejamento econtrole dasatividades demanutenção. 9.2 - Introdução. o Planejamento eControle deManutenção como aqui tratado não é^fynçãQ PÇM- É, sim, a existência de uma Divisão, de uma Seção ou qualquer outra parte na Gerência de Manutenção que executa a função PCM. Adecisão depossuir um órgão, uma seção que execute esta função depende devários fatores. 9.3 - Recordando conceitos. Vamos agorareveralgunsconceitosesignificadode palavras, paraque tenhamos um significado comum e as usemos dentro do mesmo conceito. 9.3.1 - Planejamento. Planejamento: Processoquelevaaoestabelecimentodeum conjuntocoordenadodeações visando à consecução de determinados objetivos. 9.3.2 - Programação. Programação: Oplanode trabalhodeumaempresaouorganizaçãoparasercumpridoouexecutado dentro de um determinado período de tempo. -82 -A-Orgamza^&^o-PlaRejamento-e-o-CQRtrole^da-Manutenção 9.3.3 - Controle. Controle: Fiscalização exercida sobre atividades de pessoas ou departamentos para que não se desviem de normas preestabelecidas. Deve incluir atividades de correção de eventual desvio. 9.3.4 - Manutenção. Manutenção: Todas as ações técnicas e administrativas que visempreservaro estado funcional de um equipamento ou sistema, ou ações para recolocar o equipamento ou sistema de retomo a um estado funcional no qual ele possa cumprir a função para o qual ele foi adquirido ou projetado. 9.3.5 - Planejamento Programação e Controle da Manuten ção. PCM: Conjunto de ações para preparar, programar, verificar o resultado da execução das tarefas de manutenção contra valores preestabelecidos e adotar medidas de correção de desvios para a consecução dos objetivos e da missão da empresa. 9.3.6 - O que é o programador. o programador, aqui é o responsável pela implementação do conjunto de ações para preparar, programar,verificaroresult^odaexecuçãodastarefasdemanutençãocontravalorespreestabelecidos epor sugerir, ou adotar, medidas decorreção dedesvios para a consecuçãodos objetivos e da missão da empresa. O programador, no contexto aqui abordado: o responsável pelas atividades de planejamento e programação da manutenção da empresa. A função planejamento e afunção programação estão aqui, neste texto, embutidano mesmo cargo. 9.4 - O que esperamos da Seção de PCM. Para criar uma seção de PCM e implantar a função PCM espera-se que existam alguns benefícios para a empresa. 9.5 - Vantagens da Existência de um Programador pianejador. Citamos a seguir: 9.5.1 - Redução de perda de tempo da mão de obra direta: Uma seção de PCM deve contribuirpara a redução de perda de tempo dos executantes devido: a - falta de informação sobre o que fazer, b - falta de informação sobre onde efetuar a manutenção, c - falta de informação sobre quando executar a tarefa. d - faltade informação sobrecomo quefazere o queusardurante a manutenção. Capítiilo-9—O-PlaRejameRto e o CoRtrole de MaRuteRção 83 e - falta de informação sobre quais ferramentas. f - faltade informaçãosobrequaissobressalentese quaismateriaisutilizarem, g - faltadecoordenação paraevitarinconsistências durante aexecução dastarefas, h - falta de informação sobre como fazer. i - e finalmente, mas não menos importante, fazercom que asequipes executantes se preocupem em executar as suas tarefas, dedicando-se a sua atividade principal. 9.5.2 - Aumento de eficiência da mão de obra direta. Umaseção dePCM deve contribuirparaaumento deeficiênciacom umaprogramação adequada, nos seguintes temas: a - aumentar a produtividade dos executantes. b - menor tempo de parada dos equipamentos, c - paradas apenas no momento adequado. 9.5.3 - Padronização de procedimentos de execução de tarefas. UmaseçãodePCM devetrabalharparaqueasrotinas demanutençãosejamdocumentadas, sejam padronizadas e a apuração de resultados para todas as equipes seja feita de modo idêntico e sistemático. 9.5.4 - Análise de desvios de metas e medidas de correção. UmaseçãodePCMdeveestarapardasmetasdamanutenção,devepossuirumlequedeindicadores parapodermediro desempenho dosexecutantes e mediro seu próprio desempenho (daseção PCM),compararo desempenho da equipecom as metaspreestabelecidas,sugerirmedidasde correção a avaliar a eficácia das medidas. 9.6 - Fatores de decisão para criação de uma Seção de PCM. Entreos diversosfatoresquedevemser levadosemcontaparaa decisãode criar-seumaequipe quecuideexclusivamente deplanejamentoe controledemanutenção emumaempresacitamos. O porte da empresa. A organização da empresa. A aceitação da existência de uma seção PCM. Necessidade de melhor acompanhamento das atividades de manutenção e controle de custos. A relaçãocustobeneficioentreas despesasde criaçãodo PCMe as vantagensque trará. 84 da-Manutenção 9.6.1 - O porte da empresa. Este é o primeiro item aqui analisado, pois, no nosso entender, normalmentenão se justificaórgão de planejamento e controle de manutenção em uma empresa de pequeno porte. Saliento aqui que a função PCM deve existir em qualquerempresa mesmo nas de pequeno porte. Nas empresas de pequeno porte a função PCM pode ser feita por uma pessoa que possua outras atribuições na área de manutenção, onde acumulará funções como, por exemplo, encarregado de turma ou até com as funções de auxiliaradministrativo. Espera-se que a pessoaseja treinada para esta função. Jáestabelecemosque afunção "PCM" podeser feita em empresas de pequeno porte por uma pessoa. Muito mais facilmente poderá ser executada com o auxilio da informática. Isto é verdade para qualquer empresa de qualquer porte. O advento dos microcomputadores popularizou tanto este conhecimento e esta atividade (a informática), que é possível agora equipar qualquer escritório com um micro computador. Podemos então utilizá-lo para a função PCM e para outras funções de uma empresa de pequeno porte, como por exemplo, processamentode texto em redação de rotinas de manutenção, práticas padrões, instruções para inspeções, relatórios de ocorrências, etc. 9.6.2 - A Organização da empresa. A alteração de uma estrutura em manutenção pode ser difícil e onerosa além de seus resultados serem incertos e, por isto, é preciso dar muita atenção para esta parte. A separação ou subdivisão da área de manutenção pode inviabilizarum destes empreendimentos, em função de organogramas jáexistentes. Em tese, a colocação de um PCM (para a organização centralizada)deverá receber umtratamentodiferente dacoloc^ãode umPCM em uma organização descentralizada ou em uma organização mista, onde vários PCM podem coexistir. Pode ocorrer que para umaempresade porte médio ou grande, com umaadministração mista, ou descentralizada, cada Seção sejaequivalenteauma empresa de pequeno porte, e retomamos aocaso jámencionado anteriormente, onde apenas uma pessoa pode fazer esta função, com o auxílio da informática, sem haver a formalização de uma seção independente. Assim, esteja atento para a sua estmtura e sobre seu organograma. 9.6.3 - A aceitação da existência do planejamento. Nas empresas que não possuem planejamento, as pessoas estão habituadas a trabalhar como bem entendem, a iniciar uma tarefa quando quiserem e se quiserem. Não entendem que a organização será mais eficientee os recursos melhoralocados se houverplanej amento das tarefase se soubermos com antecedência o que poderá ser feito amanhã ou o que deverá ser feito amanhã. Existe uma falsa sensação de liberdade, traduzida pela improvisação. Como as pessoas não conhecem as vantagens que disciplina e organização trazem, rejeitam o planejamento com a desculpa: "assim eu perco a minha liberdade de ação". Por ser comum este pensamento em empresas antigas com pessoa antigas, a aceitação do PCM é problemática. Já presenciamos situações de intolerância e de desprezo pelo órgão de Planejamento e Controle de Manutenção, em várias situações, bem como de franca hostilidade. CapítuloS }£J3 Controle de Manutenção 85 Usava-seo recursode atribuir tudooque saiaerrado aorcM malfeito,eoque saia certo àeficiência daequipe executante. Aomissãodasupervisãodiretaeeventuaisesquecimentosdedetalhesdeexecuçãoeramatribuídos à"ignorãnciadoPCM"emassimtosdemanutençãoouaárea.Enote-se,oplanejamentodastarefas e o detalhamento era feito sempre em conjunto: PCM e Executante. 9.6.4 - Necessidade de acompanhamento da manutenção e seus custos. Seaempresapretendesaberondeestádespendendo asuamãodeobrademanutençãodevemontar algum esquemade controle. Se aempresapretendequeamãodeobrademanutençãorendabastantedevemontarumesquema de planejamento para o uso desta mão de obra. Estudos efetuados nos Estados Unidos demons traram que a mão de obra não programada, em médiatrabalhana faixa de 30% a 40% do tempo pago. Quandocorretamenteplanejada,estepercentualpodechegara 80%do tempopago. Seaempresapretendesabercomoestãosuasmáquinasecomoelaspoderãoestardentrodealgum tempodeverámontarumesquemaondefiqueregistradatodaa informaçãonecessáriaparaisto. A empresa deverá montar um esquema para o processamento desta informação coletada. Estes arquivos, se não processados, serão apenas um monte de dados preciosos que não gerarão informação útil. No entanto se a empresa não pretende registrar ou apurar nada disto, não há necessidade de um PCM emsua estrutura. Paraque melhorias senão sepretendemelhorar. Aspessoas seacomodam e, não querendo se expor, afirmam que não é necessário planejar e programar. Se for umaempresade pequenoporte,nãoesqueçaquea funçãoPCMpodeexistir semqueo órgão PCM exista, principalmente, se for usado um computador, ou micro computador para auxílio. Assim a criação da Seção PCM pode ser economicamente inviável, mas a função PCM continua sendo necessária, e pode ser, quando não sobrecarrega, desempenhada pelo Supervisor. Mas cuidado para não sobrecarregar. 9.7 - Órgãos que influem na atuação e eficiência do PCM. Influências externas podem ajudarou prejudicara boa atuação de um PCM, tais como: os órgãos executantes da Manutenção, os órgão da Operação, órgãos de apoio à Manutenção e áreas não operacionais. 9.7.1 - Demais órgãos da Manutenção. Um PCM quer seja ele um órgão autônomo ou efetuado por uma pessoa em qualquer nível pode ser seriamenteprejudicado: a - se os demais órgãos de manutenção não aceitarem o PCM b - se não executarem as tarefas conforme planejado c - se as informações de retomo não forem confiáveisou se forem intencionalmente falseadas, d - se a mão de obra e o material gasto não forem corretamente apropriados. 1 AíPr^ni^AçÃn n.nbuuifameniQ^Ji.CnntrnIí^^JuIanntpnçãn 9.7.2 - A Operação. A Operaçãoé um dos órgãos internosque podederrubar qualqueresquemade PCM, se não for organizada. Os maiores problemas de manutenção estão sempre em locais onde a Operação é problemática,onde a Operaçãoé desorganizadae nãoplanejadae ondea Operaçãoé do tipo "só entrego a minha máquina se eu quiser". AatuaçãodePCP(PlanejamentoeControledeProdução)ajudaaorganizareadisciplinarosistema produtivo e obriga a manutenção a ser mais atuante e eficiente. Caso exista um PCP ele deverá atuar em conjunto com o PCM. 9.7.3 - Outros órgãos de apoio à Manutenção. órgãoscomoSuprimentos, Almoxarifado, Inspeção, Transporte, Alimentação, Segiu-ança tanto do Trabalho como Patrimonial, Projetos e outros podem atrapalhar qualquer programa de manutenção se não cumprirem a sua parte e não providenciarem a tempo e hora seus serviços. As áreas administrativas solicitantes de serviços, que não são áreas operacionais são fontes de problemas,porentendemsemprequeassuassolicitaçõesdevemseratendidasimediatamente.Já estivemos dentro de umasituação demáquinavitalparada, e recebermos reclamação de atraso em atendimentode lãmpadaqueimadaemsaladevisitas,quenoentenderdosolicitantetinhaprioridade sobre toda a área fabril. 9.8 - O Programador. Quandoaempresasentequeexisteperdadeeficiêncianostrabalhosdemanutenção;quandosente que algumas tarefas estão sendo executadas fora do que seria o ideal; quando nota que existem tarefasde riscoque estãosendomalanalisadaséporquefaltaumapessoa(ou pessoas)quedeveria estar executando de modo prioritárioestas tarefas de programaçãodos trabalhos de manutenção. A esta pessoa (ou pessoas) vamos chamar de Programador e Planejador de Manutenção. Deve ficar claro que esta posição deve serocupada por pessoa com experiênciaem manutenção e programação conforme veremos adiante. Esta pessoa deverá ter bem defínidapela supervisãosuasobrigações e suas tarefas e prioridades. 9.8.1 - O que se espera de um programador. Para que se crie o cargo "Programador", deve-se esperar que oprogramadorcontribuapara reduzir as perdas nas atividades de execução da manutenção motivadas: a - por falta de planejamento das atividades, incluindo provisão de material e ferramentas, b - pela falta de programação de execução das atividades para o melhor momento, c - pela falta de atividades de prevenção de manutenção. d - pela falta de medidas para prevenir e evitar acidentes de trabalho e outras previsíveis, e - pela falta de controle do que foi executado para que nas próximas vezes seja melhor; w Capftitln O—O Planejamento-eM Controle de Manutenção 87 9.8.2 - Algumas tarefas do programador. Um programador, quando se deseja aexistênciado PCM numa empresa, poderá ter as seguintes atividadesbásicasadesempenhar,ondeas atividades não foram listadasemseqUênciadeexecução, mas, antesdetudo, constituem apenas umarelação deobrigações. Nasuaempresaesperamosque você as liste dentro de critérios de prioridades, com os períodos de execução edat^limites para entregar as atribuições que foram atribuídas ao programador eespera-se que estejam descritas dentro de seu manual de organização. 1- Programar as tarefas de Manutenção Preventiva em conjunto com os supervisores das equipesexecutantes. SehouverPCP,programardentrodo tempo oujanelade tempo aberta para asatividades jáexistentes noprograma mestre demanutenção. 2- Desenvolveros padrões de execução ou os procedimentos padrão para todos os trabalhos que forem repetitivos, e descrever com cuidado aqueles que forem detectados como perigosos. 3. Criararquivos deestimativas de duraçao paraas tarefasaserem executadas. Istoquerdizer que na repetição de determinada tarefa ésó se referir aeste arquivo. 4- Manter estes arquivos atualizados. Se for usado computador, tenha certeza de que oseu programa especialista em PCM possui arotina de atualização. 5- Testeeestabeleceruma rotinaparaaemissãoperiódicadereiatório comotítulodas tarefas jácadastradas. 6 - Desenvolver e criar o arquivo de Backlog. 7- Sehouvercomputadorcomprogramaespecialistade PCM,verifique searotinadoprograma para levantaroBacklog écorreta eadequada àempresa. 8- Acompanhar aevolução do arquivo de backlog epublicar os dados periodicamente. 9- Se usado computador com programa especialista, verifique seos filtros de arquivos são adequadosparafiltrar as diversas variáveisdebacklogeexamineacapacidade doprograma gerarrelatórioscomestesfiltros. 10 - Determinar aquantidade oucapacidade daequipe deserprogramada. 11 - Estabeleça indicadores ouíndices próprios para estamensuração. 12 - Prepararaprogramaçãodas equipes em basesemanal, paraserexaminadapelo supervisor da oficina ou das equipes. 13 - Se usado um computadorcom programaespecialistade PCM, verificaracargade trabalho semanal existente para cada semana do ano, no mínimo duas vezes por ano. Oideal seria a cada quatro meses, examinando os próximos quatro meses adiante. No mínimo os levantamentos semo paraosequipamentos "Classe A"doponto devistademanutenção e de produção. 14 - Acompanharas Permissõesde TrabalhoouLicençasdeTrabalho, no local deexecução,para os equipamentos críticos ou Classe A, tanto do ponto de vista de Manutenção como de Operação, conforme detalhado naparte definições. 15 - Manterum arquivocom todasasPermissõesdeTrabalho, separadaporequipamentos. Este arquivoseráo Histórico do Equipamento. 16 - Se houvercomputadorcom programade gerenciamento de manutenção, cuidarde fazeros lançamentos necessários para registro deHistórico deEquipamentos. A-Orgãnizaçãe^-Pl^iejamento-e o Controle da Manutenção 17 - Manter atualizado um arqui vo que mostre: a - as informações sobre a data dos reparos; b - o número da Permissão de Trabalho; c - o tempo acumulado de paradas até cada intervenção sistemática; d - a causa da falha ou da parada; e - a prioridade da tarefa efetuada; f - o trabalho efetuado em cada tarefa; g - o material e o sobressalente usado na Permissão de Trabalho; h - o custo total da execução da manutenção em cada Permissão de Trabalho; i - os valoresatualizados dos custosda manutenção até a data da finalização de cada Permissão de Trabalho; j - os valores acumulados até a data, no período de aferição; k - valores gastos em manutenção do item no ano em curso; 1- o valor acumuladodas despesas de manutenção até a data, deste a instalação do equipamento. 18- SeusadocomputadorcomprogramadoPlanejamentoeControledeManutenção,determinar uma sub-rotina de filtro para obter um relatório adequado ao exposto acima. 19 - Levantar informações de todos os equipamentos sobre todo o material e sobressalente incluindo pesquisas em manuais e nas relações de almoxarifado. 20 - Trabalhar em conjunto com os Supervisores para obter as descrições de Instruções de ManutençãoouProcedimentos deManutenção Padrão,registrá-los eatualizar,quandonão houverGerênciade Garantiade Qualidade. Se houver,interagircomeles para manteros registrosadequados e introduzirnos computadores estes procedimentos para que sejam impressos juntos com as Permissões de Trabalho de Preventiva Sistemática ou não, e sob solicitação, para tarefasnãoprevistas ou de manutenção corretiva. 21 - Trabalhar em conjuntocom a Engenhariade Manutençãopara estabelecer e otimizar o Programa de Manutenção Preventiva. 22 - E muitas outras tarefas que existem e que devem ser efetuadas. 9.8.3 - O que fazer quando uma O.S. diferente chegar. 1- Recebera O.S.quedescreve a tarefasolicitadae quedeveráserexecutada. 2 - Revisar,com o solicitante,o queele realmentedeseja. 3 - Iraolocal ondeserárealizadaaintervenção demanutençãoouatarefa pedida, paramelhor entender o que deve ser feito. 4 - Retomar e comentar com solicitante o queele,programador viu, paratercerteza deque entendeu o trabalho que o solicitantedeseja ou que precisa. 5 - Detalharo serviçoanotandoas diversasespecialidadesenvolvidas. 6 - Estimar os tempos necessários paraa execução dasetapas, bem como a quantidade de profissionais por especialidades. jQapítulo 9 --Q-glan^mento e o Controle de Manutenção 89 7- Somar os tempos necessários porespecialidadeparaobteroHh total das partes das tarefas e de toda a obra ou serviço. 8- Dependendo dacomplexidade daobra traçar uma rede de PERT/CPM e as tabelas de aceleração dasetapas, como estáexposto neste trabalho. Nesta parte é desejável o uso de programas específicos para esta finalidade, como por exemplo, o MS-Project. 9 - Nivelar osrecursos demãodeobraconforme asespecialidades e suadisponibilidade. 10 - Estimar os custos da obra e os custos de aceleração das etapas, quando for o caso. 11 - Relacionar todo o material necessário. 12 - Reservaro materialdisponívelno almoxarifado. 13- Obterpreçosparao materiala ser usado. 14 - Somar os custos de Hh e material. 15- Verificardisponibilidade financeira paraestacompraeobteraprovação. 16- Obter aaprovação superior paraa tarefa. Seadecisão foraonível desuaseção aprove a execução após contato com osolicitante. Tenhacerteza de que ele será atendido como ele necessita edesejava e não, conforme poderia sersemal entendido. 17 - Emitirpedido de compra paraositens necessários que não forem itens de almoxarifado. 18 - Encaminharparaaquisição.Tudooquenão for material dealmoxarifadodeveseradquirido dentrodos processosusuaisdesuaempresa,ouemitindoordensdecompraoupedindopara queosetorcompetente adquirao material necessário. 19 - Aprovisionartodoomaterial, retirando do almoxarifadooqueestiverdisponível dentroda reservafeita.Istodependedo seusistemade material. 20- Seatarefa forcomplexadescrevatudooque deve serfeito documentando efornecendo os procedimentos de trabalho, desenhos ediagramas. 21 - Informe aos encarregados envolvidos, obtenhaoufornecer treinamento adicional aeles e a todo o pessoal,sempreque necessário. Nãoseesqueçadefazeromesmo treinamentoparaaquelesque forem trabalhardiretamente naobra, pessoal próprio oucontratado especialmente paraestatarefa. Seforemterceiros e a obrafor muito importante, coloque umacláusula contratual queo contratadodeverárecebertreinamentodentrodo localondevão trabalhar.Se necessário, pague por este treinamento para garantir um trabalho dequalidade eque não precise ser refeito. 22- Façacom queoProgramadordivulgue ocronogramaparaaobra, com ositens decontrole e de verificação. 23 - Informe a todosos envolvidos e verifique setodos entenderam a seqüência dotrabalho e como ele será avaliado e como será medida a evolução. 24- Examinar egarantir que todos osrecursos estarão disponíveis para aexecução, antes de programarasolicitaçãode trabalhoantesdepermitirqueelasejatransformadaemPermissão de Trabalho ou Licença de Trabalho. 25 - Na data correta inicie a obra ou a tarefa. 26 - Execute acompanhamento do serviço passo a passo. 27 - Determinequemseráo responsávelparafazeras anotaçõesdaevoluçãonaáreae quem será responsável para trazer os dados a serem anotados e que serão usados para consulta futura e paraeventuais correções. 28 - Senecessáriointroduzacorreçõesnaseqüênciadas tarefasounaquantidadede mãodeobra, no momento certo, e anote na folha de programação, bem como verifique se as suas metas estão sendo atingidas. 29 - Ao concluir o serviço não se esqueça de demonstrar a sua satisfação ao seu pessoal e aos contratados pelo que foi feito corretamente e, sem recriminar ninguém, mostre os pontos fracos, para na próxima vez ser mais fácil de identificá-los. Se possível indique porque estes pontos fracos aconteceram e forneça algumas recomen dações para que não se repitam. Outro ponto importante: a reunião deve terminar sempre em regime de agradecimentos e comemorando o "gol". Aperte a mão de todos. 30 - Compare os resultados obtidos com os resultados esperados e converse com o pessoal do PCM. A experiência de uma tarefa deve ser levada para outra tarefa. 9.9 - Causas mais freqüente de Insucessos no Planejamento de Manutenção. Apesar de todos os cuidados que poderemos ter e de nossa orientação e supervisão, não custa assinalar as falhas mais freqüentese maiscomuns de insucesso de planejamento ou do PCM em cumprir suas obrigações de programar as tarefas de manutenção. Estão citadas abaixo: 9.9.1 - Duplicidade de atribuições. Maisdeumplanejadoreraresponsável e umficoupensandoque oitemseriavistopelooutro.Este problemadevesereliminadocomgerenciamento adequadoecomcorretaatribuiçãode respon sabilidades. 9.9.2 - Descrição da tarefa solicitada não estava clara. Asdescriçõesdastarefasnãoeramclarasosufícienteehouveerronaestimativaou naexecução, erro este que pode estar tanto no lado do planejadorcomo no do executante. Isto é eliminado com umacorretadescriçãodastarefas ecomasvisitasaolocaldeexecução, conforme sugeridonaparte das tarefas que devem ser atribuídas ao planejador, jádescritas anteriormente. 9.9.3 - O planejador não está qualificado e preparado para o cargo. Normalmente,planejadores nãoqualifícadossãoos responsáveis pelo descrédito e abandono de programas de planejamentode manutenção. Para que se desempenhem corretamente nas tarefas deplanejamentoe programação, osPlanejadores deManutenção devemterhabilidadee perícia nafunção e formação técnicaadequada paranãoseremmeros"achólogos". rapfhiln Q- n Planpjamento e OControle de Manutenção 91 9.9.4 - Planejador negligente. o planejador fez o trabalho de forma negligente. Com isto a programação é feita de forma inadequada e o plano de trabalho fica mal feito. Isto normalmente é resolvido com ações disciplinares. Antesdeaplicarqualqueraçãodisciplinarverifiqueseoplanejadorétreinado ouse odescuido nãofoitransmitido pelaGerênciaqueédescuidada e negligente. 9.9.5 - Tempo insuficiente para uma boa programação. Não hátempo suficienteparaquesejafeita umaboaavaliação datarefaeum bomplanejamento. Isto normalmentepode ser causadopor dois fatores: a- o tempo entre achegada daSolicitação deServiços eoseu inicio émuito pequeno, b - o Planejadorestá sobrecarregado. Este último caso quer dizer que deveria haver mais gente envolvida em planejamento. Alguns autores afirmam que para um planejamento efetivo deveria haver uma razão deIpara 15 até, no máximo, 1para 25 entre planejadores e executantes. Narealidadedepende muitodecadatipo de indústriaedaquantidadederecurso queoPCM possui, sendoclaroquecom um PCM informatizado,com tarefas padronizadasecom listasdeferramentas, sobressalentesequantidade demão deobranecessáriaparaestas tarefas, efinalmente otempo de paradajá conhecido, ficamais fácil estatarefadeprogramar. 9.10 - Causas de perda de produtividade na exe cução de tarefas. Aseguir enumeramos algumas causa deatraso naexecução detarefas, planejadas ounão: 9.10.1 - Os executantes ficam esperando por instruções ou por peças. Isto éuma situação que não deveria ocorrer porque com um planejamento correto as instruções de comoexecutar o trabalho deveriam estar previamente bemdescritas e documentadas no ProcedimentodeManutençãoPadrâoououtrodocumento adequado, eosmateriais deveriamestar disponíveis para osexecutantes noinstante em que forem distribuídas astarefas. Espera-se isto para todos osequipamentos que são classificados com Classe "A" tanto do ponto de vista de manutenção quantodeoperaçãoouqualidade. 9.10.2 - Os executantes ficam procurando por supervisores. Outra situação que não deveria ocorrer. Porque eles precisam procurarossupervisores? Falta de conhecimento ou de treinamento na execução das tarefas? Falta de confiança em seu desempenho? Supervisorpordemais exigente? Determine acausaefaça algo paraacabarcom este problema. 9.10.3 - Os executantes e supervisores ficam revisando demasiadamente cada item. Isto normalmenteéfalta deconfiançanodesempenho decadaum, ouderegras muito severas que devem sercumpridas. Seforem regras muito severas devido àscaracterísticas doprocesso, este tempo derevisão deveserincorporado naexecução da tarefa. No entanto, isto não quer dizer que todas astarefas devam tereste acréscimo detempo. Este acréscimodetempo deveráserdado apenas às tarefasemequipamentosClasse "A"ou, paratarefas que comprometem a segurança dos ativos ou de pessoas. 9.10.4 - Os membros das equipes ficam indo e vindo ao aimoxarifado ou até sua seção. Este assunto já foitratado ediscutido, naparte deesperar porinstruções e peças. 9.10.5 - A empresa não possui ferramentas para uma determinada tarefa Quando acontece esta situação, deveremos estar preparados, para, com antecedência, optar em buscarapoio em empresa externaouadquirir asferramentas especiais. Devemos resolveroque é maiseficiente emcustoa médio prazo: comprar oualugar. Honestamenteesperamosque nãosepense umaterceiraalternativa: fazerdequalquer modoesem recursos adequados. 9.10.6 - Aequipe fica aguardando alguém para aprovar aigo ou a tarefa executada. Em algumas empresas eem alguns processos énecessário que as tarefas de manutenção sejam executadaseque acadapassosejam certificadasporum inspetorousupervisor. Istoacarretauma demoranãoaceitável emalgumassituações. Umaprogramaçãoeficientepoderácolocaroinspetor junto ao executante no momento adequado, ou, semais eficiente, colocar o inspetor junto ao executante o tempo necessário, ouque colocar o inspetor junto aoexecutante todo o tempo de duraçãodatarefa. Escolhasemsuaindústriaouemsuaempresaoqueémais baratooumaiseficiente em custo e em segurança ou qualidade. 9.10.7 - Designados profissionais em excesso para o trabalho. Estasituação normalmente acontece quando existe temorem não cumpriros prazos, por falta de treinamento oudeconhecimento específico dos detalhes datarefa. Chamamos istodecolocar pessoasdemais e que ficamatrapalhandouns aos outros. e o Controle de Manutenção 93 9.11 - Fatores de aumento da produtividade na execução de tarefas. Nestaparteenumeramosalgumasdascausasquepodemcontribuirparaaumentodeprodutividade naexecuçãodas tarefas,nãosóde manutenção, mastambém qualqueroutra. 9.11.1 - Pessoal está motivado. Isto dependede diversos fatores,cuja análiseestáforado contextodeste estudo. 9.11.2 - Descrição das tarefas bem feita. Uma descrição adequada permite uma boa programação e permite que o executante siga corretamente os passos na execução. Recomendamos o uso de programas de computador especialistasemprogramaçãodetarefas egerenciamentodeprojetos,queimprimam aseqüência dastarefas acompanhadas degráfícos dotipo"Gant"oudebarras ougráficos tipo"PERT". Estes procedimentospodem edevem seranexados aosprocedimentos quechamamosdeInstruções de Manutençãoou procedimentode manutençãopadrâo. 9.11.3 - As peças os materiais e os sobressalentes estão disponíveis para execução. Istoéumaconseqüênciadeumaboaprogramação. Istocontribui paraoaumentodaeficiênciados executantes,paraaumentode motivaçãoporquetêmhoraparainiciare paraterminar,etc. 9.11.4 - A Operação e a Produção cooperam na entrega das máquinas e sistemas e ajudam. Estaparteé resultadode umaboa integração entreo PCMe o PCP.Nãopodeexistireficiência se todosnaempresanãotrabalharem na direçãodomesmoobjetivo.Esteobjetivodeveseruma empresa forte e lucrativa. 9.11.5 - O tempo atribuído é adequado para o executante concluir as tarefas. o tempode execuçãodeve ser estimadopara que possaser cumprido.Os recursosdevemser corretamentedimensionados e o material colocado disponível no início da tarefa ou no instante em que for necessário. Por isto é que na parte das tarefasdo programadorincluímoso detalhe: visitar o local paraobter uma correta compreensãodo que deve ser feito e de quais recursos serão necessários. Note: tempo suficiente não ésinônimo deexcesso detempo. Éapenas o tempo necessário para que um trabalhador treinado e com ferramentas adequadas possa concluir a tarefa. Recursos adequados não é desperdício. São apenas os necessários. 94^ e-o Controle-da Manutenção 9.12 - Comentários. Conforme vimos, com a implantação de um bom planejamento e controle as tarefas são mais bem feitas e em menos tempo, desgastando menos o seu pessoal de execução e permitindo que as máquinas fiquem mais tempo disponíveis para produzir. Maisprodução vendida significa maiscapital entrandona empresa e garantia de continuidade da empresa e sua como colaborador dela. Esperoque vocêimplante umPCMemsua empresa,seguindo qualquermetodologiae usando os conhecimentos expostos até aqui e até o final deste trabalho, escolhendo uma sistemática de trabalhos compatível com a sua empresa e com os custos necessários. Fazerimprovisaçõesemmanutençãodemáquinasapenasparagastarmenosqueo necessáriotrará, de modo indesejado,quebras futurase aumentode paradas simplesmenteporque a máquina está trabalhando fora de suas especificações e fora de suas condições necessárias. w Capítulo 10 Requisitos Básicos para o Pessoal de Manutenção 10.1 - Resumo. Esta parte trata sobre o que seespera dohomemde manutenção,pois para atender às suas funções amanutençãotemque,alémdeestarbemestruturada,atenderadeterminadosrequisitosquenada tem a ver com a sua estrutura, quer seja do ponto de vista administrativo quer seja do ponto de vista de suas instalações. Embora alguns dos requisitos abaixocitados sejaminerentes da personalidade decada indivíduo deve-se terem mentequeéjustamente istoque tomaestaouaquelapessoa;este ou aqueleGerente; ou esta ou aquela equipe melhor, ou pior, em certas ocasiões. Umhomem de manutençãoda mesmaformaqueummédico,ouumsacerdote,deve terqualidades que o tomam diferente dos demais. Afinal, um homem de manutenção é um homem de manutenção, um Gerente de manutenção é o cérebro ouo maestro que fará comquetudose afinee comqueos diversos profissionais se integrem em uma "equipe" e obtenham os resultados esperados. Apenas isto e nada mais. 10.2 - Requisitos para o Homem de Manutenção. o homemde manutenção,comoaquitratado,é oexecutante,seuencarregado,seu supervisor,seus engenheiros e técnicos, seu programador, planejador, seu gerente. 10.2.1 - A função do homem de manutenção. Um homem para trabalhar em manutenção não pode ser um homem qualquer e nem necessita ser um super homem, mas deve ter algumas qualidades que normalmente são dispensáveis, mas que em certas horas são fundamentais. Nestas horas é que se nota a diferença entre este ou aquele homem. -96 A Organização oFlanejamento e o Controle da Manutenção 10.2.2 - O que se espera do homem de manutenção. 10.2.2.1 - Idéia nítida do equipamento. Isto pode ser obtido através de treinamento, ou com decorrer do tempo, no qual o homem irá familiarizar-se com o equipamento. Qualquertreinamento fornecido ao componente de umaturma de manutenção retomará em melhor e mais rápido atendimento. Tanto o eletricista, o mecânico ou um instrumentistadevem ter o mesmo conhecimento básico do equipamento e como ele funciona. Detalhadamente na especialidade de cada um. 10.2.2.2 - Conhecimento detalhado do equipamento. Conhecimento detalhado de comoo equipamento funciona dentro de sua especialidadee como ele interage com outras especialidades. Ainda deve conhecer as limitações do equipamento conforme as indicações do fabricante, dos governos locais e das dificuldades ou problemas que se refletem para a manutenção, como conseqüência. 10.2.2.3 - Conhecimento dos métodos de manutenção. Conhecimento dos diversos métodos de manutenção que são aplicáveis a cada caso ou ocorrência. Seo homem de manutenção nãoconhece quaisasmelhores técnicas aplicáveis dificilmente renderá o máximoedificilmente teremos o melhor usoparaas habilidades individuais e para as instalações. Para sanar esta eventual difículdade, só fornecendo treinamento. 10.2.2.4 - Conhecimento dos limites de crescimento do projeto. Conhecimento dos limites de crescimento do projeto, para poder melhor entender e explicar aos demais companheiros de trabalho, quando é que se deve optarpor equipamentos maiores ou fazer atualizações no atual, entre outros. 10.2.2.5 - Conhecimento dos limites de reparo do equipamento. Conhecimento dos limites de reparo do equipamento, considerando até onde irá o usuário sem a fiscalização do fabricante ou do governo, para poder decidir e auxiliar decisões de quando é que se deve optar entre alienar, reparar, fazer revisão geral, comprar máquinas novas e maiores. 10.2.2.6 - Conhecimento dos limites de serviço do equipamento. Conhecimento dos limites de serviço do equipamento para determinação do ciclo de manutenção preventiva. 10.3 - Requisitos para um Programador de Manutenção. Um programador de Manutenção deve ter algumas qualidades a mais, pois na maior parte das empresaseledetalhaastarefas,estimaostemposdeduraçãodecadaparte,estimaquaisferramentas e materiaisdeverão ser usados,separa todoo materiala tempo e ahora, e quando tudo estiver correto programa a data em que o trabalho deverá ser executado. w Capítido iü—Requisitos Bâsiees-para-o Pessoal de Manutenção 97 10.3.1 - A função do programador. 0 programador, aquié o responsávelpela implementação do conjuntode ações para preparar, programar, verificaroresultadodaexecuçãodastarefasdemanutençãocontravalorespreestabelecidos eporsugerir,ouadotar,medidasdecorreçãodedesviosparaaconsecuçãodosobjetivosedamissão daempresa. A principal funçãodo Programadoré fazer a programação das tarefasdas diversasequipessob sua responsabilidade, cuidando de apoiar o Supervisor, e, sobretudo, ser um elemento de aglutinação e ordenação de eventos e cumprimento de programas de manutenção. 10.3.2 - O que se espera de um programador. Uma pessoa para ser admitida como Programador de Manutenção deveria ter no mínimo as seguintes qualidades: a - Obrigatório ter uma sólida formação técnica, b - Obrigatório ter habilidade de trabalhar em grupo, c - Obrigatório ter boa habilidade em se comunicar, d - Ter aptidão para trabalho em papéis. e - Ter aptidão para trabalho em computadores e "softwares" de planejamento, f - Saber entender e cumprir instruções recebidas, g - Saber fazer desenhos e esboços e croquis de tarefas, h - Ter "jogo de cintura". 1- Saber programar tarefas e estimar tempos de duração. j - Entender claramente a importância da funçãomanutençãoe sua interligação com asdemaisGerências daorganização. k - "Vestir a camisa" e incentivar os demais. Além do mais, um Planejadore Programadorde Manutenção deve ter claro em sua menteque, quem manda naoficinaé osupervisorda oficina.O planejadorouprogramadordeve saber quesua função é função de apoio e que ele deve fornecer fatos e dados para que a oficina tenha o melhor desempenho, sabendo que a oficina trabalhasob as ordens e sob a responsabilidade do Supervisor da Oficina. Por isto é que nos referimos sobre "jogo de cintura". Os resultados devem serobtidos sem entrar em choque com os supervisores e sem omissão do tipo; "eu programei, mas ele não quis fazer", (eu fiz a minha parte, mas se o supervisornão fizer a parte dele, não é meu problema). 10.4 - Requisitos para um Encarregado de Manutenção. 10.4.1 - A função de um encarregado. A função de um encarregado de manutenção é a de obter quatro funções básicas de sua equipe. -A-Organiza^o o Planejamento e o Controle da Manutenção 10.4.1.1 - Obter alta qualidade de trabalho. Istoquerdizer:oencarregadodevefazercomqueseussubordinados executemtrabalhosquenão precisemserrefeitose que nãofiquem comtrabalhosporconcluiroumalexecutados.OTQCe o TPM são duas filosofias que usam a qualidade como um fator determinante de melhor manutenção. 10.4.1.2 - Obter produtividade satisfatória de mão de obra. Para isto é necessário que sejam fornecidos meios e treinamento para que se saiba o que é "produtividade satisfatória"semserfanático peloserviço(WORKHOLICS) esemserdesmaze- lado.Emcomplementoao citadoem "a" acimadevemosjuntar o que prega o TQC: descrição e documentação dastarefas demanutenção, dentro derotinas padronizadas eaprovadas portodos osexecutantes. 10.4.1.3 - Minimizar os custos. Minimizar os custos de materiais e de transporte, de consumo desnecessário de sobressalentes e de troca prematura ou tardia de componentes. 10.4.1.4 - Ser um agente do SMAS. Comistoespera-sequeoencarregadocumprae façacumprirapolíticadequalidadee dasegurança do trabalho, segurança ambiental e programasde saúde do pessoal sob suas ordens. 10.4.2 - O que se espera do encarregado. Para atender os requisitos de sua função o encarregado deve: a - Ter sólida formação técnica para a área que irá atuar, b - Ter conhecimento de Planejamento e Controle de Manutenção, c - Ter conhecimento detalhado das máquinas em que a sua turma irá prestar serviços, d - Saber operar as máquinas nas quais a sua turma irá prestar serviços, para poder testar os equipamentos. e - Ter conhecimentodo funcionamento daempresacomo um todo para melhor desempenhar a sua função. f - Saber desempenhar as suas funções administrativas, g - Fazer cumprir a política de qualidade, h - Fazer cumprir a política de segurança, i- Saber liderar e conduzir a sua turma, j - Ser correto para com a organização. Capítulo~10 —-Pequioitos Básleos-para o Pessoal de Manutenção 99 10.5 - Requisitos para um Gerente de Manutenção. Alémdo que foidito acima, umGerente de Manutençãodeve possuir algumas qualidades amais, pois alémde ser umhomemde manutençãoele irádirigir homensque são diferentes da maioria, ainda que iguais; homens que tem defeitos e qualidades como todos os outros. Assim, espera-se que o homem que dirige estes outros seja capaz de algo mais. 10.5.1 - A função do Gerente de Manutenção. A funçãodoGerentede Manutençãoé fazeras"coisas" aconteceremde modocorreto e adequado. Um Gerente de Manutenção deve saber liderar e conduzir a sua equipe de Manutenção, orientá- la, proporcionar treinamento adequado, estabelecer metas e quantificá-las, cobrardesempenho eetc. 10.5.2 - O que se espera de um Gerente. Os seguintes requisitos são desejáveis num Gerente de Manutenção: 10.5.2.1 - Conhecimento técnico adequado à empresa. De pouco adiantaria a uma empresa de mineração ter um Gerente de Manutenção que não conhecesse nada sobre o assunto mineração, ainda que altamente especializado em automóveis. Com o correrdo tempo uma pessoaaté poderiaassimilaro funcionamento do sistema, porém neste meio tempo teria problemas sobre como melhor gerir e entender certos "porquês". 10.5.2.2 - Sólidos conhecimentos de PCM Sólidos conhecimentos de planejamento, preparação, programação e controle de trabalho para poder orientaro seu PCM e os seus subordinados no caso de ser necessário alguma modificação na maneira do PCM atuar. Fica difícil orientar uma pessoa para fazer algo que nós próprios não sabemos como é. 10.5.2.3 - Exercer supervisão adequada. Exercer supervisão adequada. Isto quer dizer exatamente o que está escrito. Adequada não é supervisão que nunca vai à área, nem tão pouco a que não sai da área. Não é a do tipo "carrasco" ou "feitor de escravos" nem tão pouco a do chefe bonzinho que não assume a sua posição e responsabilidades para evitar ser mal visto pelos empregados. A autoridade inerente ao cargo deve ser exercidapa suaplenitudesem demagogias ou fascismos. A posturae o comportamento médio é que falam muito mais, principalmente, na convivênciaa longo prazo. Por outro lado os subordinados esperam ter um chefe à altura do cargo. Temos aqui um dilema e na luta entre o que devemos fazer e o que esperam que façamos, considerando tanto do lado do empregador como dos empregados que também somos. Supervisão adequada é supervisão sem omissões e sem excessos. UJÜ *j '̂Orgamzaçâo^o-Planejamento eoControle da Manutenção - 10.5.2.4 - Estabelecer e fazer cumprir as políticas de SMAS. Sim, isto cabe ao Gerente. Nãoapenasassistirreuniões,mastambémparticiparativamentedoestabelecimentodestaspolíticas deSegurança,MeioAmbienteeSaúde.Tambémorientarseupessoale fazercumpriroestabelecido nestas reuniões. É da responsabilidade do gerente reunir seuspessoal e divulgar as políticas de segurança no trabalho, as políticas de melhoria da qualidade e seu estabelecimento na empresa. Oestabelecimentodacertificação,porexemplo,ISO9000deve serapoiadoeincentivadoem todos os níveis e neste também. 10.5.2.5 - Decidir corretamente na hora adequada. Mais uma das dificuldades que um Gerente de Manutenção enfrenta. Para decidir corretamente e no momentoadequado, um Gerente de Manutençãotem que ter bons conhecimentos técnicos, paraquandoadecisãofordeordemtécnica.Temporoutroladoqueterconhecimentodesuaequipe para saber opinar e orientar em caso de disputas internas. 10.5.2.6 - Saber se comunicar. Isto quer dizer que um Gerente de Manutençãodeve saber se comunicar muito bem. Deve saber melhor maneirade orientar todos os seus subordinados, de forma que entendam a mensagem que lhes é transmitida e deve saber dialogar com seus pares porque aquele que dirige uma equipe de manutenção deve ser também um político hábil. 10.5.2.7 • Ser respeitado. Deve ter respeitabilidade na empresa tanto pelos pares quanto pelos subordinados. Com isto esperamos que o Gerente da Manutenção se imponha como tal entre os demais gerentes da empresa, sem secolocar numa condiçãoinferior. Espera-se também que saiba se impor como um líder frente aos seussubordinados. Respeitabilidadeémaisqueserum chefe. Éseraceitocomotal. Éseportar como talfazendo comque todos sintam que háumadiferençaque nuncaprecisará ser dita: ela será sentida em todas as horas. 10.5.2.8 - Ser discreto. Sim, ser discreto. Mais do que qualquerum na fábrica um Gerente de Manutenção estará a par de problemas que existem em cada parte e não deverá tomar público mazelas ou deficiências deste ou daquele setor sob pena de ficar malquisto por todos, com um tftulopouco honroso de espalhador de notícias inconvenientes. 10.5.2.9 - Estar Informado sobre o que está ocorrendo na fábrica. Deve saber o que está ocorrendona fábrica. Apesar de listado aqui como deverde um bom Gerente na realidade é uma obrigação do subordinado. Como é impossível aoGerente de Manutenção estar presente em todas as áreas da fábrica ao mesmo tempo, deve ser tomado claro ao subordinado que a chefia deve ser informada de todo e qualquer acontecimento relevante tão pronto ocorram. Tal instrução será tão mais facilmente, cumprida quanto mais forte for reconhecida qualidade de discriçãoe as demais que já foram citadas. Capíttilo^O -^Requisitos Básicos para o Pessoal de Manutenção 101 10.5.2.10 - Saber fazer prognósticos com qualidade. Deveestar atentopara a qualidade dos prognósticos e das opiniões porele emitido, pois terá conseqüências sobre o item respeitabilidade acima comentado. 10.5.2.11 - Manter os pares Informados Qualidadede"follow-up"dasmodificações e sugestões porelesugeridas, aindaquevenhamde suaequipee tenham sidoapresentadas porele,poisagoraeleestárepresentando a suaequipe. 10.6 - Requisitos de uma Equipe de Manutenção. Logicamente, emunidades fabris iguaisousemelhantes, aindaqueoperesobumamesmafilosofia de produção ou orientação, ainda que opere sob mesma organização teremos respostas e performancesdiferentesdasequipesaosmesmosdesafiose situações. E isto, por quê? Simplesmente porque aequipeécompostadehomens comqualidades diferentes queseintegram de maneira diferente. Assim umaequipe temqualidades próprias e distintas quepodem mudar bastantecom a inclusãoou supressão de apenasum elemento. Competeaos Supervisores de Manutençãoestaremalertaeusaremopotencial decadaumdeseusauxiliaresdemodoqueaequipe como um todo tenha: 10.6.1 - Ter criatividade. Esta é uma qualidade que umaequipe deve tereque deve sercultivada. Aceitar toda equalquer idéiaousugestão daequipe é umrisco bem como rejeitar edesencorajar aqueles quepretendem contribuir. São extremos que devem ser evi tados. Quandobemorientadoum"time" vai paraumdosmais altosgrausdeintegraçãoerealização tanto daequipecomodaspessoas. Conseguirqueopiessoal queestáaoredorparticipeetragasugestões paramelhoria de métodos de trabalho ou rotinas internas é umdesafio a qualquer gerente ou supervisor. Umdosmétodos deacabarcomassugestões "incômodas"émandarqueoautordaidéiaaexecute, sem darrecursos, alémde sobrecarregá-lo comoutrastarefas "importantes". Pode-se também mandarqueo autorda sugestãofaçaumrelatóriodetalhadosobreo assunto,recebero relatório, criticá-lo,ou nunca ler e nem opinara respeito.Masistojá é má fé. 10.6.2 - Qualidade de diálogo. o dialogoestabelecidoentreasseçõesaqueamanutençãoprestaserviçoouondetrabalhar. Embora istodependa mais daformação decadaindivíduo, competeacadasupervisororientarasuaequipe sobre maneiras mais adequadasdeconvivênciaem grupo, através depalestrasetreinamentos que devem serfornecidos por pessoal especializado. Seadificuldade dediálogo e decomunicação começacomogerenteémuitopoucoprovável queseconsigaalgomelhorcomseussubordinados, principalmenteseaequipeestiverem formação. 102 j ^ Òrgarüzaçãò oPlaneJamentó eoControle dalííanütenção' 10.6.3 - Prestar informações com qualidade ao PCM. Istoé obtidoatravésde treinamento e conscientização dos profissionais de manutençãopara a importância que ainformação correta tem para osistema demanutenção como um lodo, epara decisões futuras. Lógico que ainformação éabase do sistemaadministrativo daempresa eprincipalmente abase para a apuração de custos. Capítulo 11 A Capacitação do Profissional de Manutenção 11.1 - Resumo. Estaparte trata sobre um dos assuntos mais importantes dentro de umaestratégia de manutenção: o treinamentoque deve ser fomecido ao homem de manutenção, paraque ele possase desempenhar corretamente dentro de sua função de prestador de serviços. 11.2 - introdução. o treinamento do profissional na empresapossui, previstos em lei, incentivos paraque os gastos se tomemum investimento, ou seja, é financeiramente interessante fornecer treinamento ao corpo de empregados da organização. Vamos falar do treinamento do profissional de manutenção. O profissional que trabalha na área de manutenção deve receber treinamento de uma maneira diferente dos demais empregados. Na maioriadas empresas, o treinamentoé fomecido visando aspectos operacionais mais imediatos. Um profissional de manutenção ao ser chamado para o reparo ou para repor em funcionamento umamáquina, nemsempre recebe maiores informações sobre o equipamentoemsi, e depende de sua capacidade de autodidata para obter os conhecimentos que são indispensáveis em um reparo rápido e eficiente. 11.3 - Algumas Definições. Capacitação: - Ato ou efeito de capacitar (se) (Aurélio, 1999) Capacitar: - Tomar capaz ou habilitar para algo ou para uma tarefa. Capaz: - Aquele que tem competência, que tem capacidade. Competente ou apto para a tarefa. 104 I—A Qrganização-oJÜanejamento e o Controle daManutenção 11.4 - Formas de Capacitação. Em se tratando de profíssionaisde manutenção,diversas são as formas de tomá-los aptos ou capacitados para suas tarefas. Existe o treinamento feito na empresa e o treinamento feito fora da empresa. 11.4.1 - Treinamento interno. Todo e qualquer treinamento executado no ambiente da empresa. Este treinamento pode ser feito por pessoal da empresa que treinará outros colaboradores. Domesmomodo o treinamentopodeserefetuadopor pessoalexterno,especialmentecontratado, usualmente especialistas em algum assuntoque se necessite. Podeserparaassuntostécnicosdiretamenteligadosànecessidade imediatadaempresaouassunto técnicos preparatório de futura necessidade. Pode ser assunto técnico de atividades fim ou não. Por exemplo, treinar pessoal para uso de computador no uso de programa especialista de PCM ou no uso de planilhas eletrônicas ou processadores de texto. 11.4.2 - Treinamento externo. o treinamento externoéotreinamentoefetuado foradoambientedaempresa, normalmente feito em eventos especiais. Pode ser feito por pessoal da empresa ou por pessoal externo. 11.4.3 - Melhoria de Escoiaridade. Existeo treinamento técnico paraalgumas tarefaseamelhoriadeescolaridadequeaumentaonível de percepçãoe melhoraa desenvolturaprofissionalde cada um. Nestecaso incluímosaté incentivar as pessoas a completarem segundograu, fazeremcursos técnicos, engenhariae etc. 11.5 - Fornecer treinamento em máquinas novas. o treinamentodopessoal demanutenção, emoperaçãodeequipamentos, devesempre fazerparte do contrato de aquisição de qualquer máquina. Tanto a equipe encarregada de conduziro equipamentocomo aequipeencarregadadeefetuar reparosrecebeo mesmotreinamentobásico e devem possuir um conhecimento comum. OTPM falade"operador-mantenedor" ecitaainda os"especialistas demanutenção". Poristoé que os especialistas de manutenção devem receber treinamento, também. Já constatamos emdiversas empresas que o maior conhecimento de como melhor operar as máquinasestá, viaderegra, comosprofissionais demanutenção, ouespecialistasdemanutenção, quesãoosquemelhor conhecem oequipamento, quelidam nasentranhas damáquina. Isto através demuito esforço próprio. Osmanuais recebidos nem sempre são completos. Existe anecessidade detrazer uma grande bagagem deconhecimento para odesempenho dafunção. 11 —A rf^pfiritaçãa^a Prnfíssinnal de Manutenção 105 11.6 - Fornecer treinamento adicionai. Quando existe necessidade detreinamento adicional onde oprofissional demanutenção deverá buscar esta bagagem? A filosofiadoTQCpregaque o treinamento deveser dadona própriaárea de trabalho. Deve ser dado pela supiervisâo imediata que se prepara para isto e, em conjunto, com os profissionais mais antigos fazer manuaisdetreinamento, dedescrição derotinas detrabalho eas práticaspadrãoatualizadasparadar o treinamentoaosmaisnovos. Apesardagrande quantidade decursos profissionalizantes disponíveis noBrasil, pouquíssimos são voltados para a área de manutenção. Ou melhor, a maioria dos cursos não enfatiza que máquinas que são projetadas para um bom desempenho devem ter,noprojeto, facilidades paramanutenção. Devem ter facilidades paraa realidadedaaltadisponibilidadeparaaoperação,ecomoconseqUênciaimediata,maisfaturamento para a empresa (que é o que todos desejam). 11.7 - Treinar o Profissional de Execução de Tarefas. Umprofissional denível deexecução, especialista, quetrabalhaemgrandes máquinas, deveráter formação adequadaaoseunível deatuação, umaforte eseguraorientaçãodeseus superiores para o problema da qualidade dos serviços que presta. Ainda assim,este profissionaldevereceber treinamentoem outrasespecialidadese nãoapenas naqueladeManutenção Padrão 205 22.7 - Passos namontagem deuma Instração deManutenção 207 22.8- A Análise Prevencionista de Tarefas 214 22.9 - Recomend^ões 215 22.10- Conclusão 216 Capítulo 23- AProgramação dos trabalhos aperiódicos 217 23.1 - OUso deProgramas especialistas em programação aperiódica 217 Capítulo 24-0 Programa Mestre deManutenção Preventiva 219 24.1 - Resumo 219 24.2 - Introdução 219 Sumário XVil 24.3 - Os formulários 220 24.4 - Os mapas de planejamento 220 24.5 - Os passos básicos da montagem do programa 224 24.6 - Considerações 232 Capítulo 25 - Modos de Programação de Manutenção Preventiva 233 25.1 - Resumo 233 25.2 - Introdução 233 25.3 - Alternativas jde Periodicidade 234 25.4 - Alternativa de preenchimento de mapa 236 25.5 - Programas de programação com Hierarquia e sem Hierarquia. 237 25.6 - Programações em função da característica operacional 240 25.7 - Outros modos de programar 243 25.8 - Programas com relação entre O.S 244 Capítulo 26-0 Controle do Desempenho da Manutenção 245 26.1 - Resumo 245 26.2 - Considerações iniciais 245 26.3 - Recordando conceitos 246 26.4 - Tipos de Sistemas de Controle de Manutenção 246 26.5 - Controle de Desempenho Manual 247 26.6 —O controle de Desempenho Semi informatizado 249 26.7 - O Controle de Desempenho Informatizado 250 26.8 - Considerações finais 254 Capítulo 27 - Bibliografia e Obras de Referência 255 Capítulo 1 \ Gerência de Manutenção 1.1 - Resumo Esta parte deste trabalho discute etrata sobre os diversos tip>os de organizações de manutenção, do ponto de vista físico e do administrativo. Trata também sobre como fazer com que amanutenção produza trabalhos ereparos confiáveis, atempoeahoranecessária, usandoumaorganizaçãocorreta, umplanejamentoadequadoemedido eavaliado porindicadores certos para omomento daempresa. Após consultaadiversasobraseespecialistaseste resumo foi efetuado. Longedepretenderestar comaúnicavisãosobreoassunto,éanossaintençãoapenas alertarparaalgunsdos pontosbásicos aqui expostos. Com osconhecimentosdestes pontos pioderemosmelhordecidirsobreeles, dentro das váriasnuançasemque se apresentarão. Como no mundo atual, tudo gira em função de finanças, este assunto étratado adiante edepois repetido nolivrosobre Indicadores deManutenção. SegueocapitulosobreoManual de OrganizaçãodaManutenção, esobreoque deve constarnele e examinamosos assuntosnecessários nestemanual,um a um. Depois entramos no assunto PlanejamentoeControle das Atividades de Manutenção, conhecido também como Planejamento eControle deManutenção, ouapenas "PCM". Para facilidade do leitor, incluímos um capítulo com definições sobre o que certas palavras e algumasexpressões significam neste trabalho. ConvidamosaadquiriroDicionáriodeTermosde Manutenção, QualidadeeConfiabilidade,pois neleexiste umagrandequantidadedeverbetessobre nossa área, bem discutidos eexemplificados, com palavras em inglês ecom sua tradução parao português. Anexamos um pouco de história, com algumas notas sobre a evolução das organizações de manutenção ao longodo tempo, com alguns dados históricos. Aevoluçãoéanalisadasoboponto de vista das instalações de manutenção, do ponto de vista da administração da manutenção, de subordinação hierárquica da manutenção na empresa, bem como evolução do ponto de vista gerencial. OTgãnizãção oPlãnsjãmento eoContrõlê^a'̂ íãiiiít6íí^ü~ Em seguida chegamos às Organizações Atuais, eexaminamos não só do ponto de vista d^ instalações como dos típos de administrações, verificando as vantagensedesvantagens de cada um dos tipos de instalações bem como de administrações.FazemoscomentáriossobreasdiversaspossibUidadesdesubordinaçâohierárquicadamanutenção dentro de uma empresa, discutindo alternativas, suas vantagens edesvantagens. Tratamos sobre afunção Planejamento eControle na Gerência de Manutenção. Sobre a suafinalidade, dentrodapolíÜcaempresarial.bemcomotratamos sobrealgunsreqmsitosehabihdades dos componentes daequipe. ohomememsi.ohomemcomo encarregado, supervisorou gerenteesobreoconjuntodehomensque.atuandojuntosdeformaorganizadaeplanejada.formamaequipe de colaboradores de manutenção.Depois.oassunto"Treinamento"paraosprofissionaisdemanutenção.poistreinamento sempre deve ser feito. Aobservação pessoal deve influirna escolha dos cursos para todo opessoal que trabalhaem manutenção. Aobservação eavaliações de desempenho devem ser usadas como base para solicitação de treinamento e cursos parao seupessoal. No andamento trata-se sobre sintomas típicos de gerenciamento inadequado em Manutenção, e algumas considerações sobre as vantagens de um bom gerenciamento, sobreopnsma que deve ser encarado qualquer investimento em melhorar odesempenho da manutenção como um todo. seja de qualquer ponto de vista: de pessoal, de métodos, de gerenciamento, etc. Em todo ocaso. deve-se estar sempre alerta paraofato de que nenhuma situação épermanente.equeesquemasque funcionamemumlocalpoderâo não funcionarem outros.porproblemas que aspessoastrazemeadicionam.DificilmenteexistemduassituaçÕesiguais.masexistiremsitu^oes semelhantesébastantecomum. Comhabilidadeas diferenças serão localizadaseumaboasolução seráencontrada, eumbom atendimento garantido. Como "bomatendimento" nós queremosdizerque teremosqualidadedeserviços, ouseja: ocustofinalomelhorpossível. trabalhoscomdatadeinícioecomprazoparaterminar.umaeqmpetremad^ com moral elevada executando tarefas de modo seguro. QUALIDADE TOTAL é: aqualidade intrínseca, custo, atendimento, moral esegurança (Falconi. 1989). Devemos atender bem ena hora certa, otrabalho deve ser executado com amelhor qualidade possível,ocusto final deveseromenorpossível, amoral daequipeeseuposicionamentoperanteosdemaisdeveserperfeitoe, finalmente. deveexistirtrabalhoemsegurança.nãosóparaeles. mas também para os demais (aqueles para os quais prestamos serviços). Pedidos de serviços que possam serexecutados fora de normasepadrões de segurançanão devem seraceitos. Segurança é para todos. Seguimos montando um sistema de Planejamento eControle de Manutenção, supondo que sua empresa vá usar este recurso como estratégia de melhoria de produtividade eredução de custos da empresa. Favor não confundir redução de custos na empresa com redução de custos em manutenção,poisnemsemprereduzirdespesasemmanutençãotrarámenorcustooperacional final. Já vivenciamos casos em que oaumento de produtividade foi muito grande, com apenas um pequeno aumento nas despesas efetuadas em manutenção. Capítulo 1—Gerênda de Manutenção j 3 1.2 - Pontos a considerar. Conforme as empresas crescem, a possibilidade de uma atuação empírica fica reduzida. A necessidadedeaumentodalucratividade, acompetição industrial, alutapelasobrevivênciaobriga a aumento de produtividade e de lucratividade. Énecessário que nos diversos escalões da empresa existam pessoas com conhecimentos para organizar, prever, planejar, estabelecerprioridades,reunir recursos necessários no momento oportuno e na quantidade adequada, e medir os diversos custos resultantes dos diversos fatores e decidir pelo melhor. Planejarcomvisão total éumatarefadaqual dependeaprodutividadedaempresacomoumtodo. e a manutençãoé umadas responsáveis naobtençãodesteobjetivo. Ohomem demanutenção prudente antevê asdificuldades esepreparaparaelas; osimplório vai aoencontrodelas cegamenteeaempresasofreasconseqüências. Ohomemsábiovêlonge. Otolo tenta enganar a si próprio, não enfrenta a realidade. Em Manutenção existe uma série dedesafios edecisões antecipadas, apardeconhecimentos de técnicas próprias para que sejapossível minorar asconseqüências do inevitável: odesgaste dos equipamentos easfalhas. ' AManutenção existe porque serviços dereparo devem serprestados. Estes serviços devem ser de umaformaeficiente,produtiva,eficaze ordenada. Ordenadaparaque sesaibaoque sedeve fazer. Ordenadaparaquesesaibaoque sedeve esperar daequipeeoqueaequipedeveesperar. OrdenadaparaqueaequipedeOperaçãosaibaoqueesperar das máquinas, saiba quando asmáquinas deverão parar para manutenção e quando retomarão disponíveis para operação, e como retomarão. Isto sóé possívelem que ele trabalha. Istofacilitaráacompreensãodediversosproblemasnaáreacinzentadainterfacedasespecialidades e realizará o homem como um todo. Particularmente, ohomemdemanutençãoqueexecutatrabalhosemmáquinascompactas,ouonde a coexistência de várias disciplinas (eletricidade, hidráulica, pneumática, eletrônica, técnicas digitais,etc.)égrandeereal, ficarámaissegurodesi secontarcomoconhecimentodestasoutras disciplinasemelhorfaráainter-relaçãodesuaprofissãocomasdemais,namáquinaondeprestará serviços. Comojá dissemosa filosofiadoTQCpregaqueistodeveserdadonoprópriotrabalhoe ser feito pela supervisão imediata que deve ser treinada para a tarefa de treinar. 11.8 - Treinar os Encarregados. Se um profissional for promovido a nível de Encarregado, além dos requisitos anteriores, deverá receber treinamentoparaa suanovafunção, com noções de supervisão e seus assuntos correlatos. A empresadeve fornecero treinamento que o encarregado necessita. Isto para evitarque um bom profissional, um líder, tome-se um mau encarregado, simplesmente por nunca haver sido um encarregado, e por não saber exatamente o que a empresa espera dele na função. O que normalmente acontece é que o profissional que é promovido de executante a supervisor, ou a encarregado, aprendeu por observação direta, durante algum tempo o modo como o seu encarregado trabalhava, e como ele (profissional) "acha" que poderia ser. ção''o'Planejamento e o Controle da Manutenção Istoéumrisco, pois seoprofissional recém promovido teve umencarregado que entendiado seu trabalho, entãotemoschancedeteroutrobomencarregado naseção. Casocontrário,seoantigoencarregadofoi transferidooudispensadoporserum mauencarregado, onovo encarregado não fará oque lhe for indicado como errado, mas levará algum tempo até entenderotododesuasobrigaçõeselevarámais tempoaindaparaíqirenderamaneiramaiseficiente de conduzirum assunto, a contornarou resolverum problema. Lógico que com um treinamento correto onosso novo encarregado acertará melhor nas suas decisões. Domesmo modo, a menos devícios arraigados, qualquer encarregado renderá mais se souber algumas técnicas de supervisão ede liderança. Como sabemos, émais fácil acertar um alvo se soubermos onde ele está. 11.9 - Treinar os Profissionais de Supervisão. Se Oprofissional está em um nível de supervisão, deve ter mais conhecimento de técnicas de supervisãodo que os esperadosemum encarregado, bemcomodePCM paramelhordesempenhar as suas funções. 11.10 - Treinar os Engenheiros e Técnicos. Os engenheiros e técnicos quando começam a trabalhar, principalmente durante o estágio, normalmente, nãoconhecemosproblemasdemanutenção, tendoemsuamaioria, conhecimento específicopara a sua áreade formação. Estesprofissionais deveriam receberda empresa, cursos naáreaespecíficade suaespecialidade, para técnicas de reparo de detecção de falhas, bem como noções de planejamento econtrole de manutenção. Noções dePERT-CPM e seu uso deveriam seruma das exigências nos trabalhos. Para osprofissionais com formação em nível superior, aprender Pesquisa Operacional e suas aplicaçõesnaáreade manutençãoéumoutroconhecimentoque deveriaserfornecido pelaempresa com a indicação delocais onde fazer ocurso, bemcomo auxílio financeiro. Sei que um Engenheiro Mecânico deveria saber aplicar os seus conhecimentos de eletricidade e oEngenheiro Eletricistadeveria melhorares seus conhecimentosnaáreademecânicaparaqueo diálogoentreeles sejamaissimples. 11.11 - Treinamento adicional aos Gerentes. Profissionais que atingem níveis degerenciamento deveriam possuir conhecimento sólido de PlanejamentoeControledeManutençM), comtodas assuasinterdisciplinas, alémdeconhecimento deoutras matérias, queatéentão eram secundárias eagora sãonecessárias, taiscomo: Técnicas deAdministração, Noções deEconomia, Técnicas deLiderança, AprimoramentodoRelaciona mento Interpessoal, etc. 11.12 - Os eventuais problemas. Aqui existem sériosproblemas quenãoposso deixarde mencionar. Capítulo —ACap;icitaçãn do^rofíssional de Manutenção 107 Freqüentementeescutamoso seguinte: "Não tenho o menor interesse em aprender isto." "O curso não adicionará nada ao meu salário." "Seaempresaquerqueeufaçaocurso,entãoquemeliberedoexpedienteparaqueeupossaestudar, pois duas coisas ao mesmo tempo não há quem agüente." 'Tenho direito ao meu horário de folga, não sou escravo." Existem várias histórias e desculpas parecidas, se bem que com algum fundamento. Pessoasquefizeramumafaculdade trabalhando dediaeestudando anoite,porcontaprópria,se deparadascom a novasituação, às vezes,se negamou se esquivam a maisumoutroesforço. Masporque,seantesporcontaprópriafaziamtudo,eagoraque,eventualmente, podemfazerpor contadaempresa,senegam,ouqueremajudamaiorqueaprópriagratuidadedo treinamento,ou ainda, só durante o expediente? Umaboa políticadepessoalnãopermitiráqueaconteçam casoscomoos queestãocitadosacima, pois o empregadoestará sabendoque ao recebertreinamento adicionalvalerá mais e terá mais oportunidades de progresso. Conheço empresas americanas que incentivam seus empregados a fazerem cursos externos, e pagamenquantooempregadopermanecernaempresaumpequenoadicionalporcursoexterno feito, em área de interesse comum. 11.13 - Quem deverá fornecer este treinamento. Aempresa nãodeveesperarqueseusprofissionaissaibamtudoesetomemauto-suficientes,dentro das necessidades da empresa, mas deve fornecer treinamento adicional para que as metas empresariaissejammaisfacilmente atingidas. Foumierséenfáticoqueumdosmotivospeloqual o subordinado não faz o que dele se espera é porque não sabe fazer. Ninguém perguntou a ele se ele sabia. Apenas pedimos que ele faça a tarefa e pronto. Entendemos que a empresa deveria fornecer este treinamento para que um nível de qualidade conveniente seja atingido,principalmente nosserviçosde Pós-venda,e como é lógico, na própria equipe de manutenção industrial. Não é adequado esperar obter, na praça, sempre, pessoal de formação multidisciplinar. O que se pode fazer, é obter um bom especialista e fornecer o conhecimento restante para que o homem possa atingira metaeconômicadaorganizaçãoe,sobretudo,realizar-seprofissionalmente seguro que está de seus conhecimentos. 11.14 - A ação do Gerente de Manutenção no treinamento. Os Gerentes ou Superintendentes de Manutenção possuem responsabilidades com o treinamento de sua equipe e o seu treinamento próprio. O Gerente mantém a empresa alerta para a necessidade de treinamento adicional e reciclagem periódica de seu pessoal? O treinamento e adivulgação de conhecimentos é uma forma de fazer com que a equipe seja coesa e mais eficiente. Isto poderáafastaro fantasmada rotatividade de mão de obra, que em manutenção -j -A-Organização^o-Planejamento eoControleManutenção éaltamenteprejudicial pelaperdadepessoas experientesefamiliarizadas comos problemasecom as máquinas da empresa. Faça com que circule entre seus empregados ecolaboradores revistas epublicações de matérias pertinentes à profissão e assuntos afins. Estimule oregistro interno deinovações edemelhorias técnicas, para que oganho decultura na empresa seja registrado, seja conservado e,sobretudo, faça com que amemória daempresa, a tradição, ohistórico das máquinas fique adequadamente registrado. Participe e faça com que participem de Seminários e Congressos e Encontros de assuntos de interesse da empresa. Assinerevistas técnicas e quedevem circular em todos os escalões. Promova cursosem sua empresaou incentive seus profissionais afazerem cursos fora daempresa, aindaque em horário noturno. No final, tudo retomará paraasuaempresa, em melhores serviços eem umaequipe hábil emais capaz e maisunida. 11.15 - Comentários. Toda a empresa que valoriza seu quadro profissional deve fornecer treinamento adicional e sistemático aoseupessoal, sempre, eemqualquer nível, aindaque através deentidades externas de treinamento. Atenção especial deve ser dada ao pessoal de manutenção, que tem funções especiais epor isso. por ser uma equipe prestadora de serviço dentro daempresa, nem sempre élembrada. Sabemosqueédeverdeumencarregadopedirtreinamentoecolaborarnaformaçãodos executantes de manutenção de sua turma, bem como que deve comunicaraseus supervisores imediatos toda a necessidade de treinamento que ele detecta na sua turma. Do mesmomodoossupervisoresdevemprocedercomosseussubordinadospedindoefornecendo mais paraque asuaequipe recebatreinamento ecursos deaperfeiçoamento, qualquerque sejam estes cursos,e qualquer que seja o nível de supervisãona empresa. Engenheiros, que iniciamnaáreade manutençãodevemreceberinformaçãoadicional parasuanova função, poisnas Faculdadesaprende-semuitacoisa, eemmanutençãoexisteum mundodiferente do mundo dos projetos. PessoasaníveldeGerenciamentodevempreocupar-secomaeficiênciadaequipequecomandam detodos osmodos, principalmentedopontodevista treinamento, paraque suaequiperendamais, e dar recursos aosescalões menores paraqueo treinamento ocorradentrode um programa de incentivos eaperfeiçoamento daequipe queele.Gerente, lidera. AEmpresa, enfim, deve fornecer recursos para queseu quadro seja competente e treinado. Alguém poderáretrucar: é maisbaratonãofazernada! Ou ainda:paraque treinar,sepossorecrutarpessoaljá experiente? Sim, contratarpessoal com osconhecimentosque queremos podesermais baratoemais simples paraprojetos a curtoprazo,e apenas poralgum tempo. Conhecemos ahistóriado Diretorde umamontadoradeveículosnos anos30, nos Estados Unidos, quecomenmucomoproprietáriodaempresaqueestavacomdificuldadeparacontratarumGerente. Capítulo'H—A-Gapadtaçào-do Profíssional de Manutenção | 109 O dono da empresa mostrou um empregado que passava, creio que da equipe de limpeza e disse: "eis aí o seu Gerente. Treine ele e depois conversaremos". Depois de treinado o empregado, o problema da admissão do Gerente estava resolvido com a promoção do empregado. Mas retomando ao assunto, será mais barata e fácil a política de contratar, sem treinar, apenas enquanto as outras empresas concorrentes não tiverem uma políticade pessoal adequadapara que seus profissionais não queiram trocar de emprego. Depois disto, só pagando salário muito alto, inflacionando o mercado de trabalho, ou então, ajudando na formação de seus profissionais e investindo neles. Todo o bom Gerente de Manutenção sabe dos problemas que a rotatividade de mão de obra traz para a empresa, principalmente anível deencarregados, supervisores e de empregados experientes. Capítulo 12 Sintomas de Gerenciamento de Manutenção Inadequado 12.1 - Resumo. Nestaparte tratamos sobre alguns sintomasencontradosem empresas, equequandoencontrados revelam a necessidade de mudar a estratégia da manutenção, ou seja, mudar o modo como a manutenção esta deslocando recursos financeiros edepessoal para cumprirasua fiinção. 12.2 - Introdução. Quando existem problemas demanutenção numa empresa, sempre notamos que existe uma separação entre os departamentos que produzem eosque devem manter as máquinas em boas condiçõespara a produçãodos bens. Usualmente aoperação deseja fazer mais sem considerar ascondições das máquinas. Usualmente amanutenção deseja mais tempos demáquina parada para cumprir asrotinas que acreditam seja necessária. 12.3 - Problemas típicos de gerenciamento Inadequado de manutenção. Os problemas típicos que trazem àtonaanecessidadederefazerou reorganizarumaGerênciade Manutenção, PCM e demais envolvidos são: 12.4 - Tempo de parada de equipamento multo grande. Otempo de paradadeequipamento émuito grande.ecomconseqüências maléficas aos custos de produção. —142 -| Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Normalmente quando istoacontece, édevido àfaltadeprogramas demanutenção, programas de manutençãoinadequados, sejaporfaltademanutençãopreventiva,sejapelamanutenção preventiva executadaem demasia. Deve-senotarqueseaequipedemanutenção nãopossuirferramentas adequadas, algtunas tarefas demanutenção quepoderiam serfeitas empouco tempo podelevarmuitomaisqueonecessário. Noentanto, seo tempo deparada é grande, nemsempre é devido a programas de manutenção inadequados. Jáencontramoscasosemqueaparadadosequipamentos e linhaseraumaconseqüênciadafalta de planejamento de produção, ou seja,de PCPe nãode PCM. OsGerentes de Operação não aceitavam programasdemanutençãoesemprepediamparapostergarasparadas, queaconteciam nofinal dacampanha. Nãoconfiavamnaqualidadedemãodeobraesópermitiamqueamanutenção fossefeitadepoisde vencidoo contratodeentregado produto. AsituaçãofoiresolvidacomtreinamentodaequipedeOperação,emparalelocomrevisãodeantigos programas de manutençãoque pediamas máquinasem demasia. 12.5 - Níveis de produção fracos devido à falhas. Osníveis deprodução sãofracos devido àsfalhas constantes nosequipamentos. Falhas constantes em equipamentostem a ver, normalmente, com vários fatores: a - Uso de sobressalentes de má qualidade. b - Uso de sobressalentes recuperados pelaprópria equipe de manutenção semcontrole de qualidade adequado,ousem controlede qualidade nenhum. Este problemaéresolvido através demedidas detreinamentooudecontrataçãodeserviços deequipes especializadas,externamente. c - MãodeobradeManutenção semsupervisãoadequada, que,emconseqüência, executaseus trabalhoscomqualidadeinadequada. d - Mão deobradeOperação quenãocuidadosequipamentos e introduz avarias e falhas por desmazelo. Ainda, como vistoacima, é umproblema desupervisão. e- Falta de conhecimento técnico da equipe de manutenção para efetuar reparos deboa qualidade. Problema a ser resolvido com treinamento. 12.6 - Baixa confiabilidade dos equipamentos. o Planejamento daProduçãoéineficiente devido àbaixaconfiabilidade dos equipamentos Isto resulta como conseqüência deassuntos citados acima, mas nem sempre é apenas isto. Jáverificamos casos emque pordesconhecimento das especificações, oequipamento eraposto afimcionaracimadesuaspossibilidades. Porexemplo,estivemosemumaindústriaque trabalhava com uma DobradeiradeChapas, quequebravacomfreqüência, após anosdebons serviços. Uma pesquisa nos manuais mostrou que a máquina deveria trabalhar com chapas denomáximo 9,5 milímetros eestava operando háseis meses com chapas de12,7 milímetros deespessura. Ao ser questionado o responsável pela Operação do equipamento informou não saber desta limitação. OsupervisordaUnidadede Produção informouquesabia, massótinhaaquelamáquina eque iria produzir assim mesmo, amenos que aempresa desse uma máquina mais adequada. 'W Capítulo 12 - SintomasuieJCerendamento-de Manutenção Inadequado | 113 Conforme falou: "Seos"homens"querem queeufaça com esta,eufaço. Sefosse parafazer com outra,teriam planejado antesesaberiam denossas limitações". OEngenheiroresponsável pelaUnidadeeranovonaempresaenãohaviaparticipadodaformulação deprojetoedo novocontrato (enemqueria). Aempresaestavaaalgum tempo trabalhando apenas com aquelesupervisornachefiada unidade. Em outra ocasião encontramos equipamentos que deveriam parar para manutenção a um determinado númerodehoras, pornecessidademomentâneafoi colocadoemrotinas mais longas. Amanutenção não mais foi feita nos intervalos regulares, ea médio prazo aconfíabilidade do sistemafoi comprometida. Note ainda que seo pessoal demanutenção não possuir treinamento adequado e ferramentas necessárias, aqualidadedo reparopodeficarcomprometidaecomistoaconfiabilidadeserámenor que a mínimanecessáriae desejada. 12.7 - Os custos de manutenção estão aumentando. "Oscustos demanutenção estão aumentando e asrazões do aumento são desconhecidas ou negadas". Asituação acimaécomplexa edeveseranalisada casoa caso. Diversas vezes já verificamos empresas onde não são feitos orçamentos prevendo pequenas despesas ou investimentos em melhorias de equipamentos ou de processo, eas despesas destes títulos recaem normalmente sobre aequipe demanutenção. Nestes casos, asrazões doaumento dedespesas são conhecidas, mas, normalmente são esquecidas eàsvezes escondidas. Algumas vezes são negadas. Seoaumentoérecente, devesertestado sefoidevidoaalgumamodificaçãonaManutenção,como admissão de um novo Gerente. As possibilidades são muitas, para aumento de despesas isoladamente, pois o novo Gerente pode estar acertando a casa e colocando os níveis de sobressalentesempontos seguros paraa empresa como umtodo. 12.8 - Comentários As situaçõesacimaindicamqueamanutenção nãoestásendo convenientementeexecutadaeque oplanejamentoecontroledamanutençãonãosãoeficientesepodemtambémindicarqueoGerente deManutenção não entende doassunto ounão está seenvolvendo com osproblemas. EvidentementeaestratégiausadapeloGerentedeManutençãonãoémaisaadequadaparaaempresa e isto pode trazer os problemas citados. Ver aparte deEstratégias deGerenciamento deManutenção noprincípio deste trabalho. Poroutro lado, podeseramaisadequadaeogerente nãoconsegue implementar. Nãovou analisar oseventuaismotivos, mas podemserproblemaspolíticos,problemasfinanceiros, eetc. Arealidade é quecomos sintomas apontados a situação nãoestáboa. Quandonãoexisteumgerenciamentodemanutençãoadequado,adireçãodafábricanormalmente relutasobreasstimiroscustosdamudançadeestratégia: custos detreinamento ecapacitaçãodo pessoal, custosdeaquisiçãodepeçaseferramentas adequadas; custosdeimplantaçãodeum novo +!4 I o Controle daManutenção sistemadeplanejamentoecontrole;custosdecomputadorese "soft";e,entãoa administraçãoda empresaerradamente se pergunta quanta despesa pode suportar para montar um novo sistemaou modificar o atual. Erradamente: "seráque possogastaremPlanejamento eControledeManutenção"? "Será que o que vou gastar é muito"? "Será que a Diretoria vai aprovar estas despesas"? Na realidade a questão deveria ser vista e feita por outro ângulo: Quanto prejuízo a empresa suportará porque não tem um bom sistema de manutenção? Heintzlman informa, com base em estudose levantamentosque efetuou que o retomo é de cinco para um, ou seja, uma quantia despendida em um bom sistema de planejamento e controle de manutenção retoma multiplicada por cinco nos desembolsos de manutenção que serão feitos a seguir. Emalgunscasosoretomo foiemalgunsmeses,emoutrocaso retomouem umanomultiplicado por vinte. Nopiorcasoretomounosdoisprimeirosanosdefuncionamento dosistemamultiplicado porcinco. Evidentemente o retomodecapitalserátãomaiore tãomaisrápidoquantomaisinadequadofor osistemaa sersubstituído,indoavaloressurpreendentestodaavezqueumaempresanão possui um sistema de PCM ou apesar de existir, ele não funciona bem. NapublicaçãodaONU,citadanabibliografiaencontramos valoresdeaumentodeprodutividade de até 60%, no Departamento de Manutenção,depois de adequadamente implantado um bom sistema de Planejamento e Controle de Manutenção. Odocumento refere-sea valoresdaordemde400milhõesa550milhõesde librasesterlinasque poderiamserpoupadosanualmentenaInglaterrasehouvesse,naquelaépoca,umcontroleeficiente de manutenção. 111 - ,!3ia. Capítulo 13 Introdução ao Planejamento da Manutenção A manutenção é umatarefaquedeveser executada emtodas as atividades. Nesteestudo nos referimos especialmente àstarefas demanutenção deativos fixos, sejam elesindustriais ounão. Como sabemos, afunção manutençãoexige organização, planejamento, programação, alocação de recursos físicos e financeiros, treinamento e qualidade. Estastarefas podem serexecutadas dediversas maneiras corretas, masésemprenecessário que existam preparações e métodos paraumaharmonia entre aexecução, aexpectativa docliente e critérios de economia. Os melhores resultados, normalmente são obtidos com o uso de programas de computador dedicados a esta especialidade da engenharia, que é a manutenção. 13.1 - Porque planejar. Planejarparaqueoseventosocorramdentrodeparâmetrosaceitáveisedesejados, tantoemtempo, como em risco de acidentes quanto no uso de recursos e seu custo. Paraaexecução destaparte(PCM - Planejamento e Controle deManutenção) é necessário que existampessoas treinadas paraatarefa. SeoPCM formanual, apessoadeveráestartreinadapara preencherosformulários emuso,arquivá-los deformaadequadaelidarcomapapeladanecessária para a apuração de dados e de resultados. Istosempreserámaisfácil seforusado umprogramadocomputadorquefaçadeformamaissimples estas tarefas rotineiras e aborrecidas de processar a informação, arquivá-las sempre da mesma formae permitir umacessofácile rápidoà informação quejá foiarquivada. Paraistovocêdevepossuirumprogramadecomputadorfeitoparaestafinalidade: planejamento e controle das tarefas e rotinas de manutenção. Não esqueça que um programa de computador é uma ferramenta para ser usada por pessoas treinadas.Domesmomodoquevocêdeveaprenderausarumaferramenta,vocêprecisaráaprender a usar o programa de computador que eventualmente você vai adquirir. ^•f6—I -^-Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Vejaoseguinte: uma chave defenda éumachave defenda feita paraapertarouafrouxarparafusos defenda.Vocêsabequeexistemuitagentequeusaa chavede fendacomotalhadeira,outrosausam como alavancae outras finalidades. Mas achave de fenda continuasendo umachave de fenda. Um formão é outra ferramenta para outra finalidade. 13.2-0 que espera de um programa especialista. Um programadeplanejamentoecontrole (soft) dificilmente fará tudo oquevocê queroudeseja, enamaneiraquevocê queroudeseja. Você deverá aprenderausá-lodamaneira maisadequada, dentrodoque foi idealizadopeloanalistae peloprogramador. Elógico quevocêpoderácontrataralguém parafazerumprograma exatamente comoéacultura desuaempresaeassimoprogramafará tudooquevocêdesejaecomo vocêquer. Mas fará apenas o que você soube pedir ao analista ou programador na ocasião. Umdosproblemasdestapolíticaé nãoverificaro queexistede novoede modernonomundoao redor e não evoluir por que: "nós sempre fizemos assim e está dano certo". Mas, e as melhorias que os outros estão implementando quando serão incorporadas? Logo a seguir nós discutiremos isto, sobre informatizar ou não, comprar ou desenvolver programas, sobreoqueanalisardurante aseleção, ecuidados durante aseleçãoeostreinamentos necessários. Discutiremosaindatodasasetapasbásicasdaimplantação, sejaimplantaçãomanualouinformatizada, oslevantamentosdasatribuiçõesdamanutenção, ascodificações deequipamentosesuasinterfaces com a codificação e apropriação decustos naempresa; como cadastrar equipamentos e porque cadastrá-los; quais os requisitos a serem atendidos pelos documentos; quais os requisitos de formulários própriosdaadministraçãodamanutenção; comodefinirasprioridadesdeatendimento; comogerarprogramas demanutençãocomaperiodicidade necessáriaparaatenderasdemandas deproduçãoedecustos: como gerarprocedimentosaserem executados durante asexecuções das tarefas; comoprogramarostrabalhos comastécnicas disponíveis (manuais ouinformatizadas); como avaliar e como medir os resultados dostrabalhos demanutenção; como comparar estes resultados medidos comos resultados deoutrasempresassimilares. Capítulo 14 Sistemas de Controle Manual ou Informatizado 14.1 - Resumo. Nestaparte faremosum estudosobre a melhormaneirade montarumcontrolede manutenção, citando as vantagens de cada um e suas desvantagens. 14.2 - Introdução. Umamanutençãoparasereficientedeveterseustrabalhos planejadosecontrolados. Deveráhaver quem tomecontadoque deveser feito; quemtomecontado queestá sendo feito equem, ao final da tarefa, compare os resultados para poder verificar se está de acordo com o planejado. Se tudo estiver dentro do estimado ou do planejado deveremos então verificar se o que foi feito (dentro do planejado) poderia ser feito de uma forma mais eficiente. Deveremos introduzir melhorias no sistema sempre que possível. Como emmanutençãoexiste sempreumaseqüênciamuitograndede pequenosreparos, corremos o risco de prestar atenção apenas às pequenas coisas do dia a dia e o risco de esquecer o conjunto que está funcionando bem. Iremos lembrar-nos dele somente quando falhar. Para evitar que istoocorra devemos ter umprograma, um planode manutenção, que será seguido e cumprido,dentrodoprogramadoe doplanejado.Quedeveráaindapossuirummeiodecomparar o que foi feito com oque sepretendia fazer, que deverá ter metas estabelecidas e valores mínimos de performance de equipamentos. Éimportantequenoiníciodoplanejamentoseestabeleçametas mínimasdeperformanceeíndices paraque seja possível comparar resultados. Pode parecer pretensioso estabelecerestasmetas no inicio, devido falta de dados, mas é melhor estabelecer a meta, ainda que com base em outras instalações, do que chegar a um resultado e não saber se o que cumprimos é bom, se é razoável ou se é excelente. Deverá haver um Plano Mestre de Manutenção para a maioria dos equipamentos da empresa, e se possível, para a sua totalidade, considerando a classe de importância do equipamento. —ftí -j -A-OrganieBçào-o Planejamento-e o-Contro]e da Manutenção O planopoderá ser feito e executado de várias maneiras como veremos mais tarde, considerando aclasse operacional dos equipamentos, como vimos naparte das definições. 14.3 - Tipos de Sistemas de Controle de Manutenção. o Planejamentoe o Controlede Manutençãopodemser feitos basicamentede três maneiras:de modomanual.de modo semi informatizadoe totalmente informatizado. 14.3.1 - O Planejamento e Controle Manual. o planejamento e Controle de Manutenção Manual é aquele em que todas as atividades de manutenção sãoplanejadas, controladas eanalisadas atravésdeformulários emapasdecontrole, preenchidosmanualmente,guardadosem pastase em gavetas de armários. Deveser criado um processo organizado dearquivo eordenação dedocumentos (porsemana, porequipamento, por sistema.etc.j.afimde possibilitaraobtençãodedados deforma mais rápidapossíveleevitar perda de informação. 14.3.2 - O Planejamento e Controle Semi Informatizado. o Planejamenloe ControledeManutenção Semi Informatizadoé aquele emque asmanutenções preventivas sãocontroladas com auxílio decomputador, enquanto asmanutenções corretivas são controladasa analisadas através de formulários e mapas preenchidosmanualmente.Devemser considerados dentro deste critério oscálculos auxiliares demanutenções corretivas feitos pelo computador, comoos índicesde manutenção, de performance de equipamentos com os dados levantados manualmente. 14.3.3 - O Planejamento e Controle de Manutenção Informatizado. Eaquele emqueasinformações relativas àsmanutenções preventivas ecorretivas sãotransferidas aocomputador, deonde são emitidas todas asOrdens deServiço (OS) eparaonde convergem todos osdados coletados durante aexecução das tarefas. Para isto énecessáriaa criação deprogramas, deformulários próprios, decódigos, que permitam a transferência deinformação, sempre que possível, entre osmódulos depessoal, dematerial, demanutenção, deprodução, deoperação, de controle de custos, etc.. Em continuação, devemos lembrar que este tipo de Controle pode ser efetuado por diversos tipos de computadores: em microcomputador, cm minicomputadores, em computadores de grandeporte com terminais comuns, em computadores degrande porte com microcomputadores instalados como terminais, em rede de microcomputadores, ediversas outras montagens possíveis. Oacesso aos terminais pode serem ligação direta porcabos dentro daempresa e porcabos usando arede telefônica pública, usando linhas diretas ou cabos de fibra óticaeem alguns casos até interligados por satélite com uso de antenas especiais. Manual ou Informatizado 14.4 - Porque Informatizar a Manutenção. Deummodogeral, os custos de operação sâobastante conhecidos. São basicamente: matériaprima emão de obra. Oprimeiro componente do custo, amatériaprima, depende do mercado eosegundocomponente de custoédefmidopelaquantidadede tarefas necessáriasaobtenção do produto final. Hábitos de fabricação arraigados nem sempre permitem modificação na rotina de produçãoeuma conseqüente otimização de custos, onde geralmente alguma melhoria pode ser feita. Via de regra, na manutenção, sempre épossível reduzir eotimizar os gastos com materiais, sobressalentes e mão de obra. Diversos novos métodos detrabalhos sãooferecidos enovos métodos detrabalho existem para os profissionais. Novas técnicas de gerenciamento e novas estratégias de trabalho, como a Manutenção Centrada em Confiabilidade, a Manutenção Produtiva Total, Engenharia da Confiabilidade, etc. Assiménatural que amanutenção passeasercobrada para reduziros seus custoseem conseqüência os custos da empresa, onde deva usar melhores métodos de trabalho emelhores técnicas. Ela pode responderpositivamenteaessasolicitaçâode diversos métodoseprincipalmeniecom planejamento eficiente. Quando amanutenção éplanejada de forma adequada com aexecução de tarefas emão de obra de boa qualidade, leremos um aumento da disponibilidade dos equipamentos, maior vida útil e menor custo específico. Como existe uma grande massa de dados a ser manuseada, o computador com programasadequados tomaoplanejamento da manutenção maisrápido, ágil eeficienteetraráredução no custo específico da manutenção porque irá tomar possível amelhor utilização dos recursos humanos, financeiros e materiais da empresa. 14.5 - Vantagens de cada tipo de Controle. Comojávimos existem três tipos de PlanejamentoeControle de Manutenção: oque pode ser feito completamente manual, um pouco manual eum pouco no computador, ecompletamentecom um computador. 14.5.1 - Controle Manual. 14.5.1.1 - As Vantagens de um Sistema de Controle Manual. OConlrole Manual deManutenção éomais baratoefácil deserexecutado, em empresas depequeno porte, mas em tese não deveria serutilizado por ninguém, nos dias de hoje. A Informatização do Planejamento e Controle de Manutenção possui muitas vantagens e desvantagens se comparadacom um controle manual. Atualmente todas as empresas deveriam usar sistemas dePlanejamentoeControle deManutenção informatizado, por menor que sejaempresa. 14.5.1.2 -As desvantagens do Sistema de Controle Manual. OSistema de Planejamento eControle manual tem como desvantagem amorosidade, adispersão de dados e a necessidade de muita gente para obter pequenos resultados. -"taO- -I- ^ Organização oPlanejamento e o Controle daManutenção 14.5.2 - Controle informatizado. 14.5.2.1 - As vantagens de um sistema Informatizado de PCM. Nos dias dehoje édifícil entender como uma empresa pode ter um sistema deplanejamento e controle demanutenção quenãouseumbom programa dedicado aestastarefas. Como existe uma grande massa de dados a ser manuseada, o computador com programas adequados tomaoplanejamentodamanutençãomais rápido, ágil eeficienteetraráreduçãonocusto específicodamanutenção porque irátomarpossível amelhorutilizaçãodos recursos financeiros, humanose de materiaisda empresa. Ouso do computadorintegraamanutençãoeseu diaadia no diaadiadaempresa. Os programas corporativos permitem um levantamentoatualizadoeintegradodoqueestáacontecendoequanto estácustando. Olevantamentodedados deengenhariadaconfiabilidade éusual. Consultaspodemserfeitas de qualquer lugar, seobancodedados foi bem projetadoeoprogramaespecialistapossui as rotinas corret^. 14.5.2.2 - As desvantagens de um sistema Informatizado de PCM. Um sistema de Planejamento e Controle de Manutenção informatizado pode ter algumas desvantagens. Citamos alguns problemas que devem ser equacionados: número maior depessoas envolvidas durante aparametrização; duranteaimplantação, treinamentoatodososenvolvidose,principal mente no período de entrada em marcha do sistema. Seo soft não for bem planejadoenão houver um treinamento correto, podeexistirdificuldade naimplantaçãodealgumas rotinas, rejeiçãodelas edificuldade em alteraro"soft"; efinalmente umimportantíssimocomoplanejamentoecontrole feito porcomputadorcorremosoriscodeperder avisualização global damanutenção preventiva, aperdadanoção deconjunto doplano. OPlanejador eaGerência só conseguem ver asemana em curso eum pouco dapróxima. 14,6 - "Soft" de PCM —Desenvolvedor ou Comprar Desde que tenhamos conseguido convencer a direção de nossa empresa a informatizar o planejamentodamanutenção, podemos nos questionar: o"soft"deveserdesenvolvidoespecial menteparaminha manutençãooudeverei procurarum produtojáexistenteeavendanomercado? Nãoexiste resp>ostaúnica para todos os casos. Cada umdeve analisaros prósecontras dasopções einclinar-se pelaquemelhor atender suas condições específicas. Vamos analisar algumas vantagens edesvantagens dasduas alternativas. 14.6.1 - Desenvolvimento de "Soft" de PCM na empresa. Os Programas de PlanejamentoeControle podem ser desenvolvidos na empresa. -ÍÁ - fíiistfmas de Controle Manual ou Informatizado | 121 14.6.1.1 - Vantagens do desenvolvimento de"soft"de PCM na empresa. As vantagens que citamos são: comprometimento da equipe; que durante a fase de projeto e confecçãodo "soft"jáficaparcialmente treinada;ecomoprogramadonaempresaéfácil corrigir "bugs"eenganosdeprogramação;efinalmente, os procedimentosadministrativoscolocados no "soft"sãoos procedimentos já conhecidos e usados naempresa; 14.6.1.2 -Desvantagens dodesenvolvimento do"soft de PCM na empresa. As prováveis desvantagens quecitamossão: incorporação de "vícios"administrativosno soft ; otempo de desenvolvimento deste "soft"; maior possibilidade de interpretações errôneas de solicitações dos usuáriosede colocaçãode "bugs" no "soft"; desvio de mãode obradaequipe de TI para o desenvolvimento do "soft" ou contratação de pessoal externo e maior custo em desenvolverdo que adquirir. Comoregrageral,odesenvolvimento, mesmo que feito porpessoal daprópriaempresa, serámaisoneroso. 14.6.2 - A Compra de "Softs" de PCM pela empresa. Os Programas de Planejamento eControle de Manutenção podem ser adquiridos prontos. 14.6.2.1 - Vantagens da compra de "Soft" de PCM pela empresa. a - Programajá testado compoucos "bugs". Um produto, de origem reconhecidamente tradicional, antes de ser colocado no mercado, passaporumabateriade testes. Mesmo assim, épossível queoprimeirocomprador, venha a encontrar problemas. Uma "softhouse" idônea procurará sanar os "bugs" encontrados e, junto com ocliente, desenvolvere aprimoraro seu produto. Segundoessafilosofia, afirmamos que,onível de problemas que osprogram^ adquiridos em"pacote" serão sempremenoresedarão sempre menores "doresde cabeça ao usuário, na sua implantação do que um "soft" feito especialmente porprogramadores internos que não possuem experiênciaprévia neste tipo deatividade. b - Implantação maisrápida. Éevidenteque, pornão termosafase de desenvolvimento, apesarda maior necessidade de treinamento, aoperacionalizaçâodo sistemaocorreráem menor período de tempo. c - Introdução denovas políticas eprocedimentos. Éevidente que, ao selecionarmos um "soft", devemos verificar os conceitos que eles embutem. Algumas vezessomossurpreendidos com filosofia de trabalhoque, aprimeiravisita, parece dedifícil práticaeseanalisadasem profundidade,verifica-se seremviáveisesimplificadoras deprocedimentos. Normalmente, "quem ousa, vence", d - Nenhumamãode obra deTI desviadaparadesenvolvimento. Este item, porseróbvio, não requer maiores justificativas, e - Menor custo. Jádebatido anteriormente. —452^ -|—A^Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção 14.6.2.2 -Desvantagens dacompra de"Soft" dePCM pela empresa. a- Equipemenoscomprometida. Com muitoesforço poderemos tentaratingiromesmo nível de motivação que obteríamos se desenvolvêssemos o "soft", com a participação de toda equipe. Com treinamento adequado, comexplanações sobre as vantagens queosistematraráaos envolvidos (Chefias, Planejadores eSupervisores), poderemos melhorar ograu de interesse. Faltará, porém, aquelesentimento muito humano de posse, de cumplicidade, aquelesentimento de paterni dadequea participação nacriaçãonostrás. b - Necessidade de treinamento totalnosistema. Alguns fornecedores afirmam que seu produto éde uma "simplicidade franciscana" eque qualquer pessoadeinteligência média aprenderá rapidamente osistema. Por mms simples que ele pareça, com rodapés explicativos, "helps", etc., para um aproveitamento global, muito treinamentoserádespendido. Os pacotes irão mudarrotinas eprocedimentos e,será necessário "convencer"osusuários aalterarem sua forma de trabalhar. Toda pressa éavessa amudanças eaelas resiste. Se tentarmos impor, seguramente irão acharproblemas ecomplicaçõesdetodasorte, mesmo onde não existiam. c - Dificuldadesde corrigir"bugs"oualterarrotinas Contrariamenteao que ocorrequandodesenvolvemos nosso "soft",não teremos em mãos, as informações necessárias para "entrarmos" no programa, visto que nenhum fornecedor abre sua "caixapreta". Assim, nossos analistas de sistemas, se os tivermos, terão enormes dificuldades parafazeralteraçõesoucorreções,tendoque"tatearnoescuro",podendoainda, causar mais problemas doqueencontrar soluções. Desse modo, dependeremos dadisponibilidade do fornecedor, suadisposição paraalterar oproduto e,evidentemente, pagarmos oque forpedido. 14.7 - Compra do "Soft"de PCM —O que Analisar. Definido que iremos informatizar nosso planejamento, comprando um programa no mercado, resta-nos agoraavaliaros produtos a nossadisposição. Existemquestionários que tratam de mais de 400 itens que devem serobservados, onde paracada empresadeveser dadamaioratenção a cadaumdeles. Vejamos, então,algunstópicosa seremabordados: 14.7.1 - Operacionalidade do Programa. Entendemos poroperacionalidade do programaoelencode facilidades que elepoderápropiciar. Como exemplo, um programaque paraselecionarsobressalente parauma O.S. numa tela e, após isso, tivermosque navegarporvárias telas paravoltaraO.S. não será muito funcional. Damesma forma, julgamoso"soft" que, não permite consultaro"status"de uma O.S., via telade consulta. Será, por outro lado, bem mais adequado que osistema seja em tempo real do que "batch", isso porque, no primeiro caso, as informações assim que "entram" na máquina, jáestão disponíveis, enquanto que no sistema "batch" há necessidade de atualização dos arquivos. Capítulo 14 - Sistemas-de ControleJdanual ou Informatizado | 123 14.7.2 - Navegação. oprogramadeveorientarousuário, do modo mais simpleseclaro sobrecomo navegarpelas telas. Principalmente, no início daoperação, quando aindanão se temodomínio sobreosistenia, muito tempo poderá ser perdido, procurando-se as telas desejadas. Indicações de rodapé auxiliam em muito a navegação. Oprograma também deverá ser concebido de modo que, aseqüência das telas seja ordenada segundoofluxo normal das tarefas ou, permitindo"saltar" telas indesejadas. quando necessário. Éainda importante que o"help" esteja disponível com oassunto referente àtela que se está consultando, de forma anão termos necessidade de localizar, após procura no menu do "help , o assunto em dúvida. 14.7.3 - Segurança do Sistema. o sistemadeve serprojetado de forma apermitir que, somente as pessoas autorizadas aexecutar determinadas tarefas o possam fazê-la. Assim, se definido que apenas os planejadores devem cadastrar equipanientos. somente eles. através de senhas,poderão acessaratelade manutenção e, os demais poderão apenas utilizartela de consulta. 14.7.4 - Manutenção do sistema. Antes de adquirirmos um "soft", devemos acordar com ofornecedor, as fases eas bases de manutenção do programa. É absolutamente necessário, e deverá constar do contrato de compra, o limite de tempo de atendimento, pelo fornecedor, parachamadas quando solicitado. Deveremos tambématentarparaasuadisposiçãoem alterarrotinas. Não éincomum, após algum tempo de operação, verificarque énecessáriomelhoraralgumas rotinaseincrementaroprograma. Ajustá-lo acondições específicas denossaempresa. Alguns fornecedores podem recusar-se amodificar oseu produto e, nesse caso, ficaremos com um "soft" que não nos atende naplenitude desejada erequerida. 14.7.5- Adequação do "hardware" disponível. Caso jápossuirmos ocomputador, éimprescindível verificar se o"software écompatível com o"hardware", tanto em termos de capacidade de armazenamento de dados, como em ^ linguagem de programação do sistema operacional. Como exemplo, tentar rodar um soft de geração atual num antigo PC-XT de"clock" 4,7 MHz. 14.7.6 - Compatibilidade com os demais programas da empresa. Épossível que, no futuro, desejamos fazer um "link" entre nosso sistema de planejamento eo sistema decontrole deestoques (almoxarifado), porexemplo. Para isso énecessário que haja compatibilidade entre os dois sistemas. Se não tivermos tido o cuidado emobservaresseaspecto, estaremos inviabilizandoaintegraçãodossistemase,perdendo aoportunidade demelhorar bastante odesempenho denosso programa. —.j—AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção Aquicabe aressalva: nos "Softs" corporativosesteproblemajávemresolvido.Oque deveremos lembrar é que alguns "Softs" corporativos não tratam a função manutenção dentro dos critérios necessários à Engenharia de Manutenção, Engenharia da Confiabilidade, etc. Algunsfazem apenas a contabilidade da Manutençãoe não nos permitemir além. 14.7.7 - Informações gerenciais disponíveis. Outroaspecto importante, acompararentreos produtos ofertados, é aqualidade das informações gerenciais que os sistemas oferecem, seja sob a forma de relatórios impressos, seja sob a forma de consulta em telas. Devemos analisar as informações disponíveis relativas aogerenciamento de equipamentos, mão de obra e custos. Cada programaexistente no mercado possui relatórios pré-defínidos que podem, porém, não nos atender totalmente. O ideal seriao programaquepermitisse ao própriousuário, a formatação do relatório desejado. 14.7.8 - Políticas e procedimentos adotados. Todo programa de computador trás em si uma série de políticas e procedimentos que expressam a forma com que os autores encaram o planejamento da manutenção. Mostram a maneiracomo as atividades de manutenção deve se desenvolver, no ponto de vista dos programadores. Alguns autores encaram que os dados da manutenção só à manutenção pertencem e, outros que o acesso é livre para qualquer órgão da empresa. Essa é a política da transparência. Outrapolíticaaserobservadaé adadelegação. Quem pode fazero quee até quais limites. Como exemplo, citamos o da emissão de Ordens de Serviço. Somente o Planejador pode emiti-las? Também o Supervisor? Verificandoo que cada soft nos oferece; o que praticamosno momento; oque pretendemos atingir; e o que a empresa nos permite teremos condições de definirquais os "Softs" que nos atendem ou não. 14.7.9-Custos. o custo final do produto será a soma das parcelas do custo do produto em si, mais o custo de treinamento e mais o custo de sua manutenção. Éuma tarefa árdua, adesefazer obalanço ocusto e asvantagens de cada sistema. Viaderegra, o mais barato é o mais simples e, portanto, aquele que nos trará menores benefícios. Portanto, o balanço custo X benefício é muito particular a cada empresa. 14.8 - Implantação do Sistema de PCM Informatizado. Umavezdefinida a compra dosofl,deveremosestarpreocupados em comoimplantá-lo de um modo mais eficiente e rápido possível. Segundo nossa experiência, as atividades básicas para a implantação de um sistema são as seguintes: T Capítulo 14 - Sistemas de Controle Manual ou Iníormatizado | 125 14.8.1 - Treinamento da equipe básica. Chamamos de equipe básica ao grupo que deverá difundir osistema para toda aempresa. Esse grupo deverá ser composto por funcionários da manutenção, cobrindo todos os níveis hierárquicos de chefia existentes. São duas as razões para isso: aprimeira édemonstrar que o sistemaafetará todos os níveis, que achefia, qualquerque sejasuaposiçãonaescalahierárquica, irá participar. Osegundo motivo éode formar instrutores capacitados, em todos os níveis hierárquicos, oque facilitaráo relacionamento instrutor/treinando. Estaequipe deverásertreinadaexaustivamente pelo fornecedor de produto, de modoaconhecer todas as facilidades dosistema. Apósessetreinamentodeverão, no próprio local de trabalho, fazer testes e simulações no programa. 14.8.2 - Formação do Banco de Dados. Será da competência da equipe básica, aelaboração de procedimentos gerais do sistema edos procedimentos para aformação do banco de dados. Esses últimos deverão detalhar como será feito ocadastramento de equipamentos, os planos de manutenção easlistagens desobressalentes. Terminados os procedimentos, cada área da fábrica deverá fornecer aquantidade de pessoas necessárias para apreparação do cadastro dos equipamentos edos planos. Éconveniente que essa equipe seja formada pelo supervisorealguns inecânicos/eletricistas de melhor nível. Eles serão treinados para essa tarefa pelo pessoal da equipe básica que, também, supervisionarão seustrabalhos. 14.8.3 - Elaboração de procedimentos gerais. Outra tarefa da equipe básicaéade preparar todos os procedimentos do sistema, com vistas as treinamento dos usuários em geral epara registro do "modus operandi . 14.8.3.1 - Treinamento do usuário externo. Evidentementeeste passo sóseránecessárioquandoa"transparência" dosistemaextrapolaraárea de manutenção ou. quando os procedimentos da manutenção, de interface com outras áreas, sofreremmodificaçõespelaimplantaçãodosistema. 14.8.3.2- Treinamento de pianejadores e supervisores. Cada um, em sua função dentro do sistema, deverá ter um treinamento aprofundado, tanto na operação das funções específicas, como nos procedimentos. Éconveniente que os supervisores conheçam aforma como os planejadores desempenharâo suas tarefas. 14.8.4 - Operação do Sistema. Emrada área,osistemadeveráentraremopers^ãodepoisdecompletadas todas asetapasjácitadas. Não éconveniente operarmos parcialmente osistemaemuma área. 19fi I AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção 14.9 - Dificuldades na Impiantaçâo de um Sistema Informatizado. Emqualqueratividadehumana, alterações narotinaexistentegeramreações. Omesmosedaráao implantarmos o sistema de planejamento computadorizado. Deveremosestarpreparadosparaelase,determinadosa fazercomqueosistemafuncioneemsua plenitude. Paraisso,necessitaremos demuitapaciência, tato,energiaecapacidade demotivação. Nossa experiência, na implantação do sistema em empresas, mostrou uma séria de dificuldades que cremos serem universais: 14.9.1 - Retirada do Pessoal de campo. Ao necessitarmos criar as equipes para formação do banco de dados sentimos a resistência dos chefesdemanutençãoparaceder seupessoal,unscom maior,outroscommenorintensidade. Neste caso temosque fazer prevalecer uma necessidadeda implantação do sistema, mesmo com certo sacrifício da manutenção. 14.9.2 - Aversão do pessoal de campo em fazer "trabalhos de mesa". Normalmente, supervisores, mecânicoseeletricistas, nãosedispõemcomboavontadedeexecutar tarefas ditas "burocráticas". Por isso, ou tentam livrar-se do serviço rapidamente, ou ficam "marcando passo". Neste caso, a seleção cuidadosa do pessoal é fundamental. 14.9.3 - Dificuldades de expressão escrita. Paraapreparaçãodeplanosénecessárioescrevê-los, obviamente. Deumaforma geral, hágrande dificuldadedaspessoaspassaremparaopapelseuspensamentos. Daidecorremosplanosàsvezes ininteligíveis,havendonecessidadede alguémque faça a revisão dos textos. 14.9.4 - Manutenção do moral face à demora dos resultados. Mesmo nãohavendograndedemoraosresultados da implantação dosistemacomputadorizado, levará um tempo para aparecer. Nesse período os"abutres" virãotentando minar omoral dosdemais membros damanutenção e outrosórgãosdaempresa. Paraevitarmosqueelestenhamsucesso, deveremos mantertodaaequipe informadadas dificuldadesexistentes ereprimirenergicamente manifestaçõesderrotistas. 14.9.5 - Conflitos entre planejadores e supervisores. Principalmente, setivermos adotado apolíticadefortaleceroplanejamentocompessoalexperiente, fatal menteocorrerãochoques deopiniãoentreeleseossupervisoresque, normalmente, imaginam oplanejadorcomo umintruso emsuaáreaealguém quelheestá"roubando" aliberdade deação. Esse problema nãoselimita àfase deimplantação, mas, entrafundo nadeoperação dosistema. Paraqueoplanejamentosefirme, énecessáriodarapoio irrestritoaoplanejador, mesmoqueisso sacrifique algum bom supervisor. Capítulo 14 - Sistemas dejCOMtrole Manual ou Informatizado j 127 14.9.6 - Falta de Informação. Durante a preparação do banco de dados, além da ex[>eriência pessoal dos envolvidos na sua elaboração, teremosquecontarcominformaçõesdosistemamanual(seexistente),de manuaisdos fabricantes, catálogos, desenhos, etc. Verificaremos que, na grande maioria dos casos, essas informaçõesalicontidassãomuitofalhaseque,abase paraosplanos,seráaexperiênciadopessoal jáadquirida no equipamento. 14.9.7 - Auto proteção de supervisores em estimativa de tempo. Énatural que,asestimar ostempos paraosserviços planejados,o supervisor, parasuagarantia, os superestimem. Com isso, na fase de execução, ele estará protegido contra algum imprevisto. Se o planejador for experiente, isso poderá ser atenuado, mas, será mais uma razão para oconflito entre eles. Épreferível subdimensionar porque com o tempo iremos ajustando os valores reais, enquanto que se superestimarmos o tempo, a tendência será a de "gastar" todo o tempo previsto que foi sobre estimado. 14.9.8 - Coordenação para treinamento. Em projetos de sistemas complexos, nos quais o número de treinandos é muito grande, a coordenação dos treinamentos deve ser perfeita ou correremos o risco de reciclar parte dos treinandos devido ao tempo transcorrido entre o treinamento e a operacionalização da área. 14.9.9 - Medo do computador. Muitas pessoas, principalmente a nível de chefia, parecem temer o teclado de um terminal ou microcomputador. Mais conhecido como "microfobia". Provavelmente, o atode operar umterminal faz com que eles sintam-serelegados a uma tarefa não intelectual, contraria ao "status" de chefe. Muitos se escudam na "perda de tempo" ou no "custo de sua hora", devido a não saberem datilografia. Essaatitude que écontráriaà filosofiadeagilizaçãodosistema,fazcomque inúteis relatóriossejam impressos, quando uma simples consultaresolveria suas necessidades e, ocupa outros funcioná rios que poderiam estar realizando tarefas mais úteis. 14.10 - Conclusão. Em síntese podemos afirmar que: O controle manual permite visão global, é de implantação mais econômica e aceita menor envolvimento do pessoalpara implwtação. Massóuse se asuaempresa for muito pequena. Poucas máquinas. Ainda assim se a empresa crescer, você deverá informatizar. Porque não iniciar já? O controle informatizadopermite simplicidade operacional, permite levantamento de dados para uso na empresa como um todo, é muito mais confiável e acima de tudo, é de uso mais amplo na empresa, pois integra diversas áreas da empresa. Capítulo 15 Seqüência de Implantação da Manutenção Preventiva 15.1 - Resumo. Nestecapítulo faremos umestudo sobre aseqüênciadeeventosquenormalmenteocorremquando sepretende montar umsistema dePlanejamento eControle deManutenção, sejaelemanual ou informatizado. 15.2 - introdução. Sevocêdecidiu implantarumsistemadePlanejamentoeControledeManutenção acomputador, você poderá seguir a seqüência abaixo: 15.3 - Definição de suas atribuições. Estabeleça e documente o quea empresa esperaoudesejaquevocêe suaequipefaçam. Defina o seu dia a dia e que fará periodicamente e esporadicamente. Isto deve ser feito cuidadosamente. Naparte de codificaçãoe montagens de tabelas deverá haver umcódigoparacadatipodeatividadequevocêdesejadocumentareapurareveriücarcomoequanto está sendo feito cada atividade, Você deve indicar na O.S. tudoo que está sendofeitoe as atividadesdiferentes de sua função principal,ouseja,parafazerumbomcontroledemanutenção, todasastarefasdemanutençãodevem ser cuidadosamente apuradas. Defina aqui, também,as tarefas terceirizadaspara facilitaro controle, maisadiante. 15.4 - Procedimento para com os equipamentos. Aqui trataremos rapidamente sobre o que fazer e como proceder com os equipamentos. 130 I ^ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção 15.4.1 - Identificação dos equipamentos. Aidentificação dosequipamentos é partefundamental da montagem deumSistemade Planeja mentoe Controlede Manutenção,sejaele manualou automatizado em qualquer grau, para que o sistemareconheçasobreoquenósestamos trabalhando. Paratantodeveremosestabeleceralguns critérios para esta identificação. 15.4.2 - Estabelecimento de critérios de codificação. Enquanto osdados estãosendo levantados eenquanto asfichas estãosendo projetadas eantesde serempreenchidas, deve-se paralelamenteprojetarumsistemadecódigos paraqueosdadossejam devidamente colocados no banco de dados do computador. Devehaverprevisão decódigos paratodas asatividades demanutenção; códigos paratodosos equipamentos queserãoatendidos, códigos paraasInstruções deManutençãoouProcedimentos deManutenção, paraos locais atendidos, paraapropriação contábil, etc. Este assunto está bem detalhado no capítulo referente à codificação. 15.4.3 - Montar um sistema de cadastramento de equipamentos. Este item está bem discutido mais adiante em capítulo a parte, sobre cadastro, onde também discutimoso assunto decadastramentodeequipes,pessoas, seções, dasPMP,das atividades que não são manutenção, e etc. Eistotudoparaqueocomputador, comcadacódigobemplanejadoemontado, possareconhecer cada um destes diferentes itens. 15.4.4 - Levantamento de dados e montagem do cadastro. Depois dopassoacima, osistemadeveráseralimentadocomdadosdosequipamentosquedeverão ser recolhidos na área, em fichas apropriadas que deverão ser projetadas no passo anterior, e que deverãoser preenchidasnas áreaspelopessoalde PCMou da própriaárea. 15.4.5 - Levantamento dos dados de sobressalentes. Umapesquisanoalmoxarifado, umabuscanosmanuaisdosequipamentos deverámostraro que existe e o que falta para que as tarefasde manutenção sejam executadas com todo o material necessário, com qualidade e conforme planejado. Os materiais e sobressalentesaqui encontrados deverão ser inter-relacionadoscom os equipamen tos existentese com as Instruçõesde Manutençãoque serão criadasem uma etapa posterior. 15.5 - Implantação da Manutenção Preventiva. Como você já montou as tabelas básicas, agora é preciso iniciar a programação das tarefas sistemáticas que devem ser cumpridaspara a correta preservação dosequipamentos. Capítvdo 15 —Seqüênáa de Implantação üa-Manutenção Preventiva 131 A isto chamamos montar o Programa de Manutenção Preventiva Sistemática. Para que um programa de manutenção preventiva sistemática seja implantado deve-se definir a seguinte seqüência: 15.5.1 - Classificação dos equipamentos. Os equipamentos deverão ser classificados dentro de sua importânciaoperacional. Será usado o critériode prioridadena implantação para os equipamentos mais importantes no processo. Aqueles que não podem falhar ou onde a falha ou a indisponibilidade causará maiores problemas, e em seqüênciaestender o estudo para todos os demais que existirem, usando o critériode importânci a da função que ele desempenha, como ensinado pela RCM ou pela Manutenção Centrada em Confiabilidade. Naparteonde estudamos as prioridadesde atendimento, está colocadaumaanálise bastante grande sobre como classificar os equipamentos dentro de sua importância no sistema produtivo. 15.5.2 - Criação dos Procedimentos de Manutenção. Os Procedimentosde Manutenção deverão ser elaborados sempre que necessário e a descrição das tarefas nos auxiliará no levantando da necessidade de sobressalentes para o correto aprovisiona- mento e alocação de recursos financeiros, materiais e de espaço para a guarda. O assunto sobre a elaboração do Procedimento de Manutenção estábem documentado adiante no capítulo sobre Procedimentos de Manutenção, onde chamaremos atenção as necessidades e dados mínimos para a elaboração do PMP. 15.5.3 - Criação do Programa Mestre de Manutenção Preventiva. o programa Mestre de Manutenção Preventiva é o passo seguinte e deverá sempre ser iniciado pelos equipamentos classe "A" ou equipamentos com Impacto Direto na Produção ou "Dl", seja em qualidade sejaem quantidade, ou seja, aqueles equipamentos que possuem grande reflexo no desempenho do sistema. 15.5.4 - Adequação ou Projeto do documento "Ordem de Serviço". Neste passo espera-se que você verifique se os impressos em uso como Ordem de Serviço poderão ser usados, mantidos ou refeitos. Existe um capítulo adiante que trata sobre Ordens de Serviço. -^32—I—y^rgaitização oPlanejamento eoControle da Manutenção 15.6 - Procedimento para com os clientes. Além dedefinira seqüência dosprocedimentos paracomosequipamentos, vocêdeverádefinir procedimentosparacomseusclientes. 15.6.1 - Definição de treinamento dos usuários do PCM informatizado. Aqui você definiráeexplicitará quais ascompetências mínimas necessárias para osusuários do sistemademanutenção,emconcordânciacomoquefoiestabelecidonoseuManualdeOrganização da Manutenção. 15.6.2 - Definição de Relatórios. Neste passo, vocêdefinirácomosseusclientescomo serão osrelatóriosquevocê fornecerá, quais asinformaçõesqueseusclientesnecessitam, bemcomo,dequemodoseus trabalhosserãomedidos eavaliados, nãosósobreopontodevistadeCustos,mastambémsobretodososdemaisparâmetros queforem julgadosadequados pelaempresa paramedira performance damanutenção. Você e os usuários do sistema informatizado de manutenção deverão definir como serão formatados estesrelatórios, seserãoporescritos, emdocumentos físicos, ouseestarâodisponíveis apenas emtelasdecomputador, seestarão disponíveis paratodos ouapenas paraalguns escalões mediante senhas adequadas. EmnossolivrosobreIndicadores e índicesdeManutenção estudamos os critériosde avaliação dodesempenho das equipes,da mãodeobraedaperformancedosequipamentos, combase nas modernas teoriasdaqualidade,comalgumarecomendação sobrequetipodeinformaçãodeveser enviado para cada cliente ou usuário do sistema. 15.7 - Implantação do Registro das Manutenções Corretivas. Nestafasevocêdeverá estabeleceros procedimentosque serãousadospara registro de pedidos de manutenções corretivas. Estabeleceros procedimentos de registro de outras tarefas que não estejam dentro do programa demanutençãopreventivaqueestádentrodosistema, masquetratamsobreequipamentosqueestão ali dentro do banco de dados e já cadastrados e codificados. Você deverá estabelecer como será a interface com eventual prestador de serviços. 15.8 - Definição dos Controles. Nestaetapa você definirá quais serão as ferramentasque o sistema viabilizará para cada usuário e comoele poderá interferir nos procedimentosem curso se é que poderá, para que as metas sejam atingidas, e sobre quais resultados, você, como Gerente ou Supervisor, é responsável. •3^ Capítulo 15 - Seqüênda de Implantação da Manutenção Preventiva | 133 15.8.1 - Implantação do Registro de retorno de informação. Nesta etapa será definida qual a informação deverá retomar para o sistema de processamento de dados e como ela será retomada; definidos quais os códigos que serão usados e como serão introduzidas no sistema de processamento de dados; definido quem será responsável pela digitação de retomo. Aqui será defínido se será usado cartão de tempo ou se haverá a indicação do Hh usado em cada uma das O.S. no próprio corpo da O.S. Este retomo será definido para todas as Ordens de Serviço que forem abertas, pois, por hipótese, todos os trabalhos apenas serão executados por Ordens de Serviço já abertas. Aceite que ocorrências de atendimentos de emergência serão iniciadas imediatamenteenquanto a O.S. está sendo aberta ou que na pior situação será registrada após o atendimento. Isto quer dizer que sempre haverá uma O.S. para registrar e documentar cada serviço executado. 15.9 - Definição dos responsáveis. Aqui serão definidos os responsáveis pelos procedimentos para que o sistema de manutenção e a manutenção atinjam suas metas. Serãodefinidos os responsáveis pelas ações corretivas que deverão ser tomadas em casode desvios de valores estabelecidos de índices e de metas. 15.10 - Revisão das Atribuições da Manutenção. Éfundamental queagora você verifique eredefinaquais sãoastarefas aexecutarparatercerteza do que será controlado e o que não será controlado. Não se esqueça de incluir um modo de controle de tarefas terceirizadas. 15.11 - Adequação do Organograma. Usualmente ao se fazer um estudo e em casos de mudanças na estrutura da empresa deveremos sempre verificarse paratomara implantaçãoefetiva^veremos fazer alguns ajustes no organograma para que tudo fique bem definido. Agora, jádeflnimos as atribuições da manutenção, jásabemos quem fará algumas tarefas e quem deverá controlar, jásabemos se vamos ter uma Seçãode PCM ou as tarefas serão distribuídas pelos encarregados, etc. Verifique se o organogramada manutenção é compatível com as atividades a serem executadas. 15.12 - Comentários. Não existe receita de bolo para esta parte. Os ajustes deverão ser feitos conforme aparece a necessidade. Estejaatento. Capítulo 16 Atribuições da Manutenção 16.1 - Resumo. Nestapartedesteestudo convidamos vocêadocumentarquaisastarefas eatribuições queaequipe demanutenção executa, paraqueesteestudo sejausado nodetalhamento enodimensionamento dos quadros e descrição das tarefas da manutenção. Todasas atribuições e expectativas dosclientes, aprovadas pelaadministração deverão estar descritas com seus códigos no Manual de Organização da Manutenção. 16.2 - Introdução Emtodaaimidade fabrilaManutenção é umaprestadoradeserviços,edeveprestarseusserviços de uma maneira ordenada e eficiente. Mas nem tudo o que se faz é propriamente manutenção industrial e existem muitas atividades que devem estardefinidas, se pretendemos estabelecer um bom programa de Planejamento Programação e Controle de Manutenção. Conformejá vimos,o Dicionáriodo Auréliocita: "manutenção-(1) ato ouefeitode manter-se; (2) as medidasnecessárias para a conservarão ou a permanência de alguma coisa ou de uma situação: (3) os cuidados técnicos indispensáveis aofuncionamento regular e permanente de motores e máquinas". Aurélio (1999). Ou ainda: "todas as ações, tanto técnicascomo administrativas, que visempreservar o estado funcionalde umequipamentoousistema,oupararecolocaroequipamentoousistemaderetomo a um estado funcional no qual ele possa cumprir a sua função". Mas,alémde tudo,existemoutrasatividadesquedevemserefetuadasecoordenadaspelaequipe de manutençãoque não estão descritasacima, mas que não podemos esquecer. Nãoesqueça: cadaumadesuasatividadesoudesuasatribuiçõesdeveterumcódigopararegistro destaatividadenocomputador.Deveser feitoassimparaque,senecessário,seconsigalevantar aqualquerépoca,pelocódigo, quantodecadaatividadefoi efetuadanoanoouemqualquerperíodo. Pode-se levantar ainda o custo de cada uma delas. 136 I ^ Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Estescódigos, comoaqui indicado, devemestarregistradosno seuManualde Organizaçãoda Manutenção na parte "PCM". Os indicadores aserem calculados em conseqüência, devem estar descritos na parte "Avaliação da Manutenção" com suas fórmulas registradas e modos de cálculo. 16.3 - Atribuições básicas. AsatribuiçõesbásicasdaManutenção, listadasnaordemcmqueapareceramnahistóriaequeforam registradas, são; 16.3.1 - Fazer Manutenção Corretiva. ManutençãoCorretivaé aquelaquedeveser feitaquando o equipamentojá não mais executa a sua função ou suas funções. Ocorreu uma falha e o equipamento está em pane. 16.3.2 - Fazer Manutenção Preventiva. ManutençãoPreventivaéaquelamanutençãoquefazemosnoequipamentoque aindaexecutaa sua função ouassuasfunções. Oequipamentopodeestarcompequenodesviodesuacondiçãoótima, mas está dentro de suas especificações. 16.3.3 - Fazer Manutenção Preditiva. Manutençãopreditivaéatarefademedirparâmetrosnasmáquinas,deinspecionar, deacompanhar, de verificar seus ajustes, tanto por meio dos cinco sentidos como por meio de instrumentos auxiliaresquepodemestarmontados permanentementenosequipamentos ouseremportáteispara leituras periódicas dentro da necessidade do momento ou de uma programação prévia, em rotas predeterminadase executadas. 16.3.4 - Minimizar o custo destas manutenções. o custodos trabalhosde manutençãoéumaconseqüênciade como^sãoexecutados ede como são planejados e control^os, executados na melhor época, e etc. ODicionárioAurélio(2003)informaque"Custoéo quedeveserdespendidopara seobteraleo". O que queremos obter é o retomo da máquina para as condições em que pode desempenhar sua função No nosso caso o custo é o de recolocar a máquina de retomo à sua função. 16.4 - Atribuições compiementares. Aqui vamos tratar de outras atividades que executamos no dia a dia. Foram registradas com a colaboração de diversas pessoas em sala de aula: 1 —-Atíbuições da Manutenção 137 16.4.1 - Serviços de apoio. Sãoserviços feitos pelopessoal demanutenção visando melhoriadascondições desegurança; de trabalho, atendimento a outros setores não ligados à produção (redes de iluminação intema, confecçãodeplacas,montagemdeequipamentos parafestas natalinaseoutras solenidades, apoio a programas de segurança, etc.). 16.4.2 - Novas instalações. São os serviços feitos pelo pessoal de manutenção para instalação de novos equipamentos; modificaçãodeequipamentos, substituiçãodeequipamentos poroutros mais modemos; testes de aceitação deequipamentos, e alterações dadisposição física dosequipamentos nasofícinas. 16.4.3 - Treinamento interno. São atividades que o pessoal de manutenção executa, dá, fomeceou recebe,com o uso de instrutores selecionados entre os empregados oucontratados externamente para vir ao local de trabalho. Nãodeveser considerado treinamento internoaqueleque é fornecidocom oempregado afastado do local de trabalho, porque o empregado não está disponível de imediato para a instalação fabril. 16.4.4 - Trânsito de pessoal. Éotempo despendido pelopessoal demanutenção com odeslocamento depessoal próprio para atendermanutençõesemlocaldistantedabasedamanutenção. Istoaconteceemalgumasempresas, comonavegação marítima, empresas ferroviárias ourodoviárias, etc. Énecessáriodefinireste tipo deatividadeparaqueaoserlevantadoocustodamanutenção asdespesasdedeslocamentosejam alocadas comotal e se saibaoque é maisbarato: terpessoalpróprio oucontratar, alémde permitir comparação com equipes diferentes que não se desloquem. 16.5 - Outras tarefas. Além do que foi descrito nos itens anteriores a equipe de manutenção,a depender da empresa, conforme nos tem sido relatado repetidamente em sala, é também solicitada a fazer: 16.5.1 - Especificar e selecionar novos equipamentos: Entre as diversas equipes existentes numa unidade industrial, fabril, predial, ou outra qualquer, normalmente a equipe de manutenção é a que tem a melhor vivência com equipamentos e conhecem os pontos fracos e fortes dos equipamentos instalados, problemas de sobressalentes e de atendimentospós-venda. Comistoa empresa teráoportunidadede incluir nas especificações pequenos detalhes que mais tarde farão uma grande diferença na disponibilidade, na manutenibilidadee na confiabilidade do equipamento, como por exemplo, facilidades para manutenção, modularização, etc.. -f38—I—^-Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção 16.5.2 - Acompanhar as construções e montagens de equipamentos. Usualmente quem efetua a montagem de equipamentos são empresas externas. Embora a montagem nãosejaumaatividade demanutenção, semprequepossível deveremos usaraequipe demanutenção paratercertezadequeoequipamentoqueestásendomontadoeconstruído dentro dos critérios vigentes da empresa. Este procedimento de acompanhamento reduzirá as probabilidades de futuros problemas de manutenção por deficiências de montagem, pormáinterpretação dospadrões de qualidade da empresa e outros. 16.5.3 - Modificar os equipamentos existentes. Com aevolução da tecnologia, com problemas de fabricantes saindo do comércio enão m^s fornecendo sobressalentes; alteração na linha de produtos da empresa; para melhoria de confiabilidade, de disponibilidade e da manutenabilidade pode ser que exista necessidadede modificarum equipamento. A manutenção deveser chamadaparaopinare ajudara desenvolver a modificação. Em muitas ocasiões a melhor executante será a própria equipe de manutenção. Dentrodos critérios vigentesde parceria,o operadordo equipamento deverá ser chamado a informarcomoa máquinaserámelhorparao operadore usuário,participarda tarefae trabalhar junto,poisistolhedaráummelhorconhecimento donovoconjuntocomresultados maispositivos no futuro. Sepossível, evitequeooperadorsejadeslocado paraoutrastarefasnaunidade enquanto amáquina está sedo modificada. Faça com que ele participe. 16.5.4 - Efetuar inspeções reguiares sobre o funcionamento dos equipamentos. As inspeções que em alguns casos são chamadas de "SURVEY", que devem ser feitas sempre emconjuntocomo pessoaldeoperação.Todaa rotinae todasas tarefasexecutadasdurante uma "SURVEY"devemsercombinadasedocumentadasem manuaisouprocedimentosdocumentados conforme os padrões de qualidade e certificação existente na empresa. Se houver equipe de garantia da qualidade, um membro da qualidade deverá estar presente como umaespéciedeauditorpararegistrar, documentardentrodoexigidopelasnormas,certificareemitir documento de certifícação e validação do serviçoexecutado e do estado do equipamento. Não confundir esta inspeção com as inspeções de manutenção. 16.5.5 - Inspeção técnica no recebimento de sobressalentes. Em diversos casos, sobressalentes de difícil obtenção devem ser aceitos pelo órgão de material apenas após a verifícação e aceite do usuário, que na maioria das vezes é a manutenção, para evitar que algum detalhe importante seja esquecido. da Manutenção 139 Emempresas de grandeporte isto nãoserápossíveldevidoà existênciadeequipes especializadas, mas em empresas de pequenoe médio porte isto não só é possível como é um item mandatório. 16.5.6 - Previsão de consumo de sobressaientes. Emempresas de pequenoe médioportee emempresasem fasede instalaçãoé desejável que quem for indicar aquantidadedesobressalentese, indiretamente,aquantidadedecapital empatado, seja quem tem vivência com o assunto. No casode sobressalentes de manutenção, quem deverásabero que é necessário na empresaé quem normalmente os utiliza e retira do almoxarifado. Em empresas de pequeno porte, existe apenas o almoxarifado da manutenção, onde se estoca os materiais de uso diário. Neste caso o pessoal de manutenção deverá estar treinado para estabelecer níveis de reposição adequados e controlar as ordens de compra e de reposição. Em empresas grandes,onde existemequipesespecializadas,normalmentequem toma conta destes níveiséa própriaequipede Material,quedeveriasolicitar,emalgunscasos, àequipede manutenção para estabelecer ou sugerir os níveis seguros, dentro da exfieriênciade cada equipe. 16.5.7 - Especificação para compra de novos sobressalentes. Em conseqüênciada necessidade de prever oconsumo de sobressalente, a equipe é freqüentemente solicitadaaespecificaros sobressalentes, principalmente no início de funcionamento daempresa. 16.5.8 - Fabricar sobressaientes e peças. Isto acontece em empresas que tem dificuldade de obter algumas peças e possuem oficinas com capacidade de fabricar. Normalmente as oficinas de manutenção possuem máquinas operatrizes para ajustes finais de peças. Quando existe alguma deficiência de previsão de consumo de sobressalenteselas são resolvidas com a fabricação de peças no local, com todos os inconvenientes e vantagens que isto pode ter. 16.5.9 - Manutenção e conservação de sobressaientes guardados em aimoxarifado. o usual é que os sobressalentes sejam guardados em locais adequados e mantidos por equipes próprias. A equipe de manutenção deveriacuidar apenas de manter a unidade funcionando. Mas, assistir sobressalente sendo avariado devido guarda inadequada, devido à estocagem indevida é muito difícil, sem se envolver e ajudar na melhoria de métodos de estocagem. 16.5.10 - Reparar componentes e peças. Dentro do mesmo critério estabelecido acima, é adequado que alguns sobressalentes reparáveis sejam reparados ao invés de serem descartados. O melhor, devido a controle de qualidade é que este reparo seja feito por equipe externa, mas por controle de custo ou por ser a única alternativa, o reparo às vezes é efetuado por equipe interna. —j 'A~Organização oPlanejamento eoContmle da Manutenção 16.5.11 - Especificação para compra de sobressalentes de máquinas novas. Emconseqüênciadaatividade deespecificarmáquinas novas edanecessidade defazer previsão ou estimativa do consumo de sobressalentes. 16.5.12 - Estudo de padronização de materiais e sobressalentes. Em conseqüência danecessidade deeconomiaedas obrigações deespecificar máquinas novas, amanutenção 6solicitada aescolherepadronizar alguns sobressalentes edeestimar consumo. 16.5.13 - Execução de obras novas. Como aequipe demanutenção normalmente 6aprimeira aserlembradapararesolver pequenos problemas,elanormalmenteéaprimeiraaserlembradaechamadapararesolverproblemasde obras novas e até instalaçõesnovas. Dependendodo tamanhodaempresa, melhorseriaterceirizarestapartedo serviço,mas comalguém damanutençãofiscalizando. Sefortrabalhodeparceria, melhorentãoéentregartudoaocontratadoeaofinal receber tudo (tum- key), incluindootreinamentosobre aunidade, mas sempre com inspeçãodepessoas experientes que trabalhem na empresa. 16.5.14 - Instalação de equipamentos novos. Ainstalação de equipamentos novos deveria ser feita pelo fornecedor, mas em diversos casos é feita pelaequipede manutenção. Normalmente, nestes casos ocusto de instalaçãonão éapurado enãosesabequanto maisbaratooumaiscaro ficou ainstalação, comparandocomousodepessoal externo paraamesma tarefade instalação. De positivo sempre sobraotreinamento daequipe de manutençãoque efetuou a montagem. 16.5.15 - Estudos de novos métodos de manutenção. Esteitemdeveria serobrigatório emtodaaequipe demanutenção, aindaqueapóstreinamento externoe comconsultoria externa, paraevitarquesecaiaemumarotinapoucoprodutivae que nãoacrescente nadadenovo.Novosmétodosdevemsempreserbuscados.Novasidéiasdevem sertestadas. Novos procedimentos analisados. Não estagnardeve sempre seroideal eumameta de melhoriassempredefinidae buscada. 16.5.16 - Seleção e recrutamento de pessoal próprio e contratado. Comistoestamos dizendo queo pessoal demanutenção devesempre opinarsobrequemvaiser admitido para aequipe. Élógicoque oDepartamento dePessoal deve serresponsável pelaparte legaleburocráticadaadmissãoemsi,mas apalavra final sobre"quem seráadmitido" deve serda equipe onde o que estásendo admitido irá trabalhar, neste caso, a equipe de manutenção. A entrevistacomos supervisores deveser itemobrigatório emumprocessode admissão. Capítulo~36—Aiabuições da Manutenção 141 16.5.17 - Operação de serviços de utilidades. Em diversas unidades fabris, prediais, hospitalares, e na maioriadas empresas de médio e pequeno porte, por questões de custo e de limitações de quadro não se cria uma equipe especial para isto, mas atribui-se à equipe de manutenção a tarefa de executar estes trabalhos. Afinalé apenasmaisumaatribuiçãoparaa equipe,masquedeveráterocustoapuradoemseparado para que se possa saber o custo real desta operação, da manutenção destes equipamentos, e de suas outras tarefas relacionadas. Custodemanutençãoéumacoisaecustosdeoperaçãodeequipamentosporpessoalde manutenção é outra coisa. 16.5.18 - Transporte e manuseio de matérias primas da empresa. Em algumas empresas em que a matéria prima chega por bateladas e é necessário operar equipamentos especiais, pode-seatribuira tarefade operaçãodestesequipamentosà manutenção e após as tarefas de operação, destinar à mesmaequipe as tarefas de manutenção. Isto quer dizer que para a própriaequipe que fará amanutenção deve-se atribuir a tarefa de operar, ]X)rquese evita a contratação de mão de obra especializada paraoperar esporadicamente equipamentos. 16.5.19 - Descrever e documentar as instruções de Manutenção e as Rotinas. Dentro das novas filosofias de trabalho e de envolvimento em tarefas, o melhor e mais habilitado paradescreveras tarefasdemanutenção eoscuidados quesedeveterparaexecutá-laéo próprio executante de manutenção assistido pelo seu supervisor. Istofarácomquesedescrevamastarefasparaquesejamexecutadasde ummodoseguroeeficiente, para que novos contratados possam saber com facilidadeo que era feito e como sempre foi feito. Serve de treinamento para o executanteque descrevea tarefa e base de execução para os novos trabalhos.Usualmenteosexecutantesnãogostamdedescrever,maséalgoquedevesertrabalhado. 16.5.20 - Acompanhamento e melhoria de métodos de trabalho na segurança do trabalho. Tarefaquedeveriaser obrigatóriaparatodoo profissional, nãoapenaso de manutenção. Todos deveriamparticipardejornadassobrecomotrabalharcommaissegurança e produzirmelhor. 16.5.21 - E mais algumas outras atividades que sempre aparecerão. Evidentemente para tudo isto a manutenção deve estar organizada e preparada. Na parte Organização da Manutenção discutiremos o assunto sobre como organizar-se para ser mais eficiente. ~Í42 I A-Orgamzação oPlanejamento eoControle da Manutenção 16.6 - Indique quem fará as atividades de pianejamento e controie. Estatarefapodeedeveserfeitapelamanutenção aindaquesejacriandoumórgãoespecial dentro dela própria, órgão este que chamaremos de PCM, ou seja. Planejamento e Controle da Manutenção, ondealguns preferemchamardePPCM (Planejamento, ProgramaçãoeControleda Manutenção). O uso da informática tomou mais simples esta tarefa e é possível que até os executantes, devidamente treinados façam arealimentaçãodedados. Se vocêentenderqueas tarefasde planejamento devamserexecutadaspelossupervisores,faça a adequação do organograma. Se as tarefasde PCM serãoexecutadasporpessoalespecializado numaseção especializada, então retireestas tarefasdas tarefasdosencarregadose supervisores.Estasatribuiçõesdevemestar bem definidas e corretamente atribuídas dentro de sua empresa. Emalgumas empresas astarefas dePCM sãoexecutadas emambiente externo à manutenção, às vezesemconjuntocomo PCP(Planejamento eControledaProdução). Ouseja,existeumórgão dePlanejamentoeControlequeefetuaoplanejamentoecontroledasatividades daproduçãoeda manutenção aomesmotempo. Istoajudaadisciplinar asequipesparaquecadaumcumpracom sua parte,e comistoos objetivos e metasda empresasejamatingidos. 16.7 - Conclusão. Aequipedemanutenção motivadapodeserusadaparaqualquertipodetrabalhodentrodaempresa, comoosdescritosacimae paraoutrosqueeventualmente apareçam. Bastapara istoque lheseja fornecido treinamento eorientação. Masnãoesqueçadequeexisteumcomponente motivacional que deverá sempre ser usado. • Il-U Capítulo 17 Cadastro 17.1 - Resumo. Nestapartediscutiremos sobreolevantamento que deve serefetuado, sobreorecenseamentoque deveserexecutado. Ocadastramentoéefetuadocomoconseqüênciadestelevantamento, paraque sepossa saber em quais osequipamentos deveremos prestar nossos serviços. 17.2 - Introdução. Paraque saibamos oque devemos fazer em umaempresaou organização épreciso que saibamos dequais osrecursos dispomos equais são astarefas que devemos fazer. Paramontar um bom programadePlanejamentoeControledeManutenção, sãonecessários que sesaibamquaisosequipamentosqueexistemnaempresa. Sevocêjátrabalhanaempresaháalgum tempo, provavelmente jáconhece amaioria dos equipamentos existentes. Neste caso você já conhece opessoal de manutenção, oorganogramadaempresaequem éque éresponsável pelas máquinasnaprodução. Comcerteza, vocêjásabequaisosequipamentosqueexistemnaempresa evocênãoprecisaresolverquais equipamentosdevemtertratamentoprioritáno. Vocêjásabequais são os equipamentos mais importantes. Senós formos usarumcomputadorequeremosqueoprogramaconsidere todososequipamentos importantesénecessárioquese listemtodos osequipamentosexistentesedeveremos, comomelhor solução, fazer um levantamento geral de todos osequipamentosexistentesnaempresa, paramais tarde indicaraoprogramado computadorquaisosque sãomais importantesparaque recebam um tratamentodiferente: darmais atençãoaeles. Vocêdeverárelacionarastarefas etrabalhosque são importantes equedevem serexecutados nestes equipamentos. Vocêdeveráfazerestelevantamento detalhado dosequipamentos existentese formar umbanco ded^os emfichas ounocomputadorparaque, quandooprogramademanutenção forcolocado emfuncionamento sejapossível relacionarastarefasaseremexecutadas com osequipamentosa serem mantidos ecom asperiodicidades necessárias. Sefor com ouso deum computador, isto será mais fácil, pois ocomputador inter-relacionará com mais facilidade estes dados. 144 AJDtgaiúzação o Planejamento e o Controle da Manutenção Assim, com este levantamento, você terá então uma listagem de todos os locais físicos onde os equipamentos estão instalados e ainda mais, uma listagem de todas as Seções que usam os equipamentos ou que são responsáveis pela produção que eles devem entregar. Você deverá juntar a isto à listagem de todo o seu pessoal e de suas especialidades. Você deverá ainda listaras tarefas quedevemserexecutadasedescrevê-lasdamelhor formapossível.Depossedainformação,"qualcom uma equipe capacitada (treinadaeequipadacom ferramental adequado), planejada, controladaeparticipativa. A Manutenção deveprestarseus serviços comqualidade. Suasrotinasde trabalhodevemser previamente analisadas, redigidas, aprovadas eentão seguidas. 1.3 - O Que é a Gerência de Manutenção na Empresa AGerência deManutenção é uma parte integrante daempresa e tem como finalidade gerira manutençãono sentidomaisamplopossívelda palavra. Conformeovemáculo"Gerenciar"éoatodegerir, e"gerir"éoatodedirigir, deadministrar, de govemar, (Aurélio 1999). "Gerência de Manutenção" é um conjunto de atos. normas e instruções de procedimentos pertinentes aum sistemade manutenção, quedáo objetivoparaaequipede manutenção como um todo.e para a organizaçãoa que ela serve. 1.4 - Afinalidade da Gerência de Manutenção Afinalidade daGerênciadeManutenção emuma empresa: Definir metas eobjetivos através de normas de procedimento ede trabalho para que seobtenha um melhoraproveitamento depessoal, máquinas emateriais em uma organização. Raras são as empresas que podem operar fora depontos ótimos, nos dias dehoje. ^ j ÃlDr^aniy^çãn nFlaíiejámento eoCõJTtfOlcda MaiiuteUÇüu Paraque ametasejaatingidaéfundamental queestespontos sejam definidos. Éfundamental que existaumaestruturaadequada, eque existaumaequipecomalguns requisitos adequadosqueserão comentados no decorrer do trabalho. Comojácitamos,competeàGerênciadeManutenção: definir suasestratégias (comoresolveremos os problemas de manutenção); compete aela. Gerênciade Manutenção, definir as competências mínimasdeseuscolaboradoresbemcomoaquantidade eespecialidades; definirotreinamentoe retreinamento deseuscolaboradores; definirasnecessidades materiais e financeiras parasuas tarefas, definiroque será controlado ecomo será controlado; compete aGerência definir quem deveráagirequando, sempreque os resultados não forem os adequados ao momentodaempresa. Capítulo 2 Estratégias de Gerenciamento de Manutenção Pararesolver osproblema que irão acontecer, oGerente de Manutenção deverá pensareplanejar comantecedência como iráequacionar e resolver oseventos nasuaárea. Para começar vamos fazer algumas definições. 2.1 - Definições. Aseguiralgumas definições como usaremos nestaobra. Estratégias: Artede aplicaros meiosdisponíveis com vistaàconsecuçãode objetivos específicos. Planejamento: Processo que leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações visando àconsecução dedeterminados objetivos. Programação: Oplano de trabalho de uma empresa ou organização para ser cumprido ou executado dentro deum determinado período detempo. Controle: Fiscalização exercida sobre atividades de pessoas ou departamentos para que não se desviem de normas preestabelecidas. Deve incluir atividades de correção de eventual desvio. Manutenção: Todas as ações técnicas eadministrativas que visem preservar oestado de um equipamento ou sistema, ou para recolocar oequipamento ou sistemade retomo aum estado no qualelepossacumprir a função. PlanejamentoeControledeManutenção: Conjuntodeações parapreparar, programar, verificar oresultadodaexecuçãodas tarefas demanutençãocontravalores preestabelecidoseadotarmedidas de correção de desvios paraaconsecução dos objetivoseda missão da empresa, usando os meios disponíveis. 2.2- Estratégias usadas em manutenção. Diversas são as maneiras de aplicar recursos para obter as suas metas. Aseguir descreveremos as mais usadas, que devidamente combinadas trarão os resultados esperados eplanejados (com base nadefinição fornecida). Estratégiasdeuso deManutençãoCorretiva, de ManutençãoPreventiva,deManutençãoPreditiva, deCapacitação das Equipes, de Capacitação das Instalações, denovas Técnicas eMelhorias na Manutenção, deIntrodução deProgramas deQualidade, deReengenharia, etc. Analisaremos uma a uma e suas eventuais conseqüências, se aplicadas sozinhas. Omelhorrendimento é aaplicação detodas elas, devidamente balanceadas paracadacaso, para cada empresa, onde asensibilidade doadministrador éque deverá dosar adequadamente. 2.3 - Estratégia de Uso da Manutenção Corretiva. 2.3.1 - Definição de MC. Manutenção Corretiva - Todo o trabalho de manutenção realizado emmáquinas que estejam em falha, para reparar a falha. Oreparo de umafalha pode ser feito logoque aconteceou ser feito emdataposterior. Sefeito em dataposterior,elapoderáserprogramadaeplanejadaparaumadataposterior. Assimamanutenção corretivapode serprogramadaeplanejadaparauma data posterior afalha. AsManutençõesCorretivasProgramadas, então, sãotarefasderemoçãodefalhas emdataposterior aoeventofalha,ficandoa máquina emestadodepane,atéa datadoreparo. As tarefasdemanntençãnbaseadanacondição,ouseja, deficiênciasencontradasemmáquinasque não estão em falha não são manutenções corretivas.Existem muitasempresasque usam esta terminologia, quenospareceinadequada. Asdefiniçõesqueestamosexpondo possuem, todaselas, base em normas nacionais e internacionais. Aquela manutenção que não puder ser adiada para data posterior, ou programada, deve ser consideradaManutenção CorretivadeEmergência (aconteceu agorae preciso fazer agora). As definições que você usarnasuaempresa, deverão estarbem estabelecidas ebem claras, com exemplos, noseu Manual deOrganização deManutenção, naparte "definições" ouna parte "significado das palavras". 2.3.2 - Conseqüências de apenas MC. Ouso daestratégia Manutenção Corretiva, apenas, leva auma contínua elenta degradação das máquinas e dainstalação onde poderá acontecer perda de produção, risco à integridade das instalações, liscosdedegradação do meioambienteeainda, oqueémais grave, trazerriscos àvida humana, nãoSÓdosempregados, mas também dos clienteseusuáriosdosprodutos. Internamente, oambienteétenso,aspessoas trabalhampordemaispreocupadascomopróximoproblemaemuitas vezes fazendo improvisações. Assim,normalmenteosacidentesocorremcommais freqüências eosníveis deacidentes sãomais elevados que em outras estratégias. Existe maior perda deproduto. A matéria prima não é otimamenteusada. Existemsempreos"salvadoresdasituação"paraqueaproduçãosejaentregue a tempoe com qualidadeduvidosa. Aparecementão, as tradicionaisdesculpassobreacausadomaufuncionamento eporqueotrabalho não foi concluído. O eterno conflito entre manutenção e operação. 2.3.3 - Onde é aceitável apenas MC. Ouso deapenas manutençãocorretivaéaceitável onde não existem assituações acima citadas e onde for o modo mais barato de conduzir a manutenção dos ativos. w Capítulo 2 - Estratégias de Gerenciamento de Manutenção A manutenção corretiva seria usada onde é mais barato reparar depois da falha do que usar programas de inspeção ou de revisões periódicas. Em algumasindústriaspodeser amelhormaneiradefuncionar. Nãosãonecessáriospadrõesde qualidade altos, e as demandas de produção são pequenas. 2.3.4 - Onde não é aceitável apenas MC. Não é aceitável o uso, não deve ser aceita e não deve acontecer principalmente em: unidades nucleares, em aviação, unidades aeroespaciais, indústrias farmacêuticas, indústria de alimentos, etc. Genericamente, em locais onde a eventual falha trará risco à vida e ao meio ambiente. 2.3.5 - Comentários sobre apenas MC. Usualmente algumas indústrias começam pelamanutençãocorretiva. O uso de apenas manutenção corretiva é uma conseqüência do desconhecimento de melhores técnicas de gerenciamentoe administraçãoda manutençãoe da conseqüênciade não existir um acompanhamento dos custosda manutenção e suasconseqüências sobreo processoprodutivo, o 2.4 - Estratégia de Uso da Manutenção Preventiva. 2.4.1 - Definição de MP. ManutençãoPreventiva- Todoo trabalhodemanutençãorealizadoemmáquinasqueestejamem condições operacionais, ainda que com algum defeito. Ver norma ABNT - 5462-94. As definições que você usar na sua empresa, deverão estar bem estabelecidas e bem claras, com exemplos,no seu Manualde Organização de Manutenção, na parte "definições"ou na parte "significadodas palavras". 2.4.2 - Conseqüências do uso de apenas MP. A maiorconseqüênciade usar apenas manutençãopreventivaé financeira. Éumamanutençãoquepodesermuitocaraequeexigeparadasdemáquinasgrandesparacumprirmáquina", "onde ela está", "qual a seção responsável por ela", "qual o serviço deverá ser feito", e de quem deverá executá-lo, você possui bastante informação sobre para iniciar sua tarefa de manutenção. Onomedetodaestainformaçãoassimcoletadaéumcadastroqueéumbancodedados e é coletada dentro de um processo chamado cadastramento. 17.3 - Definições de cadastro: Conforme o Dicionário do Aurélio "Cadastro é um censo, um recenseamento", no significado 2.lá existente. Devemos supor que este censo ou recenseamento seja feito de forma organizada e metódica e convenientemente registrada, catalogado e arquivado. Como já dissemos, vamoscadastrar (fazer o censo, o recenseamento), relacionar todas as variáveis queprecisaremosparaquesepossatrabalharbemeorganizadosemnossotrabalhode manutenção. Vamosmontaronossocadastrodetudooqueinteressaàmanutenção: osequipamentos; aspessoas queali trabalham; as tarefasaseremexecutadas; as seçõesondeprestaremos serviços;asnossas seções; os códigos de custos porventura já existentes e o que mais o nosso "soft" especialista necessitar para seu correto funcionamento. Coloco aseguira definição existente noDicionário deTermos deManutenção; CADASTRO —(1) - Ato ou efeito de cadastrar. (2) - Registro de informações relativas a determinadas áreas. Cadastro bancário, cadastro de clientes, cadastro de automóveis, etc. 17.3.1 - Cadastro de equipamentos. Nocasodeequipamentos,nonosso mundodemanutenção, vamos usaradefinição aseguir,que, por ser mais completa e voltada para nosso meio nos ajuda a entender melhor: "CadastrodeEquipamentosdeManutençãoéumbancodedadoscomosregistrosda maior quantidadede dadossobreoequipamento,através de formulário padronizadoe arquivado de forma conveniente,possibiliteo acessorápido a qualquer informação necessária para manter, comparareanalisarcondiçõesoperativas,sem queseja necessário recorrer a fontes diversificadas de consulta" A definiçãoé do ProfessorLourival Tavares, em 1987,usadacom permissão. Este cadastro deverá reunir em um documento, em um banco de dados, todas as diversas informações sobre os equipamentos, tais como: dados de construção, códigos de manuais, catálogos, desenhos; dados deaquisição (ordem decompra, datadeaquisição, preço pago etc.); dados dofabricante como alocalização, razão social, ano devenda; dados deoperação, detalhes dearmazenagem; principais sobressalentes, dados demanutenção, lubrificantes, valorescaracte rísticosdeprodução, tensãodealimentação,etc.,istosemquesejanecessário recorreraosmanuais Capítulo 17 —Cadastro | 145 para obter as informações mais usuais ecorriqueiras, ou seja, os dados que necessitamos no dia adiaequeeventualmenteserãonecessários parauso em um programade planejamentoecontrole de manutenção por computador. Lembre que adquirirum "soft" você deverá verificarquais as necessidadesdo "soft" paraque ele funcione a contento, ou seja, quais os dados dos equipamentos deverão ser fornecidos ao computadorparaqueo programa possafuncionar. Deveremos, então, para efetuar o levantamento detodas asmáquinas existentes naempresa, concentraralgumtempo noplanejamentode como seráefetuadoonossobancodedados, de como será desenhada a ficha ouo formulário onde serão anotados osdados e valores que julgamos importantes. 17.3.2 - Cadastro de pessoal. Nn cflsnde nessoas nue trabalham em manutenção, vamos usar uma adaptação da definição acima:" ''Cadastrodepessoal demanutençãoéum bancodedadoscom oregistro detodos osdados necessários sobre as pessoas quetrabalham namanutenção, paraquesepossa saber, de modo rápido, todas asinformações que eventualmente senecessite". Este cadastrode pessoal deverá reunirtoda ainformação sobreoseupessoal que você necessite, como por exemplo: nome, endereço, telefone, data de nascimento, outros dados familiares, formação escolar,datade«imissão, tipodamãodeobra,especialidade, cursosetreinamento,dados salariais, etc. Se for paraumprogramade PlanejamentoeControlede Manutenção, algunsdosdadosacimaserão desnecessários para que oprograma funcione bem, mas você deverá verificar oque épossível colocar neste tipo debanco de dados para que, com rapidez sepossa saber oque eventualmente se necessite. Neste cadastro deverá aindaconstarquem poderá atualizar dados nosdemais cadastros, através desenhas, quempoderálançardados emordensdeserviço,quempoderáalteraroProgramaMestre de Manutenção, etc. 17.3.3 - Cadastro de tarefas de Manutenção. No caso de tarefa.s a serem executadas, vamos definir do seguinte modo: Cadastro de tarefas deManutençãoé umbancodedados,ouum conjuntode folhas, onde estãodescritas as tarefas que a manutenção deve executar durante o cumprimento de Ordens de Serviço, sem quesejanecessário recorrer aos manuais na maior partedos trabalhos dodiaa dia.EstetipodecadastroéconhecidocomoCadastrodeProcedimentos Padrão de Manutenção. Maisadiante, descreveremos de modobastante extenso comose deveredigire documentar as tarefas demanutenção, naparte deProcedimentos Padrão deManutenção. 17.3.4 - Cadastro das Seções da Empresa. NnfasndeSeções da Emnresa. vamos definir, com a mesma filosofia usada atéagora: Cadastro de Seções da Empresa, para efeito dePCM, é umbanco de dados onde estão indicadastodasas Seções e Departamentosda empresa,comseuscódigos, siglas,centros -446- A Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção de custo, centro de responsabilidade, etc, com todas as suas características necessárias para um controle efetivo para quem se está trabalhando. Normalmente a derinição dos códigos acima citados é feito em área externa à manutenção. Aqui deveremos indicar ao computador quais as seções que existem na empresa, quais as suas siglas, quais os seus códigos de centro de custo e de centro de responsabilidade. Vale lembrar, aqui, que mais tarde, no computador, deveremos interligar os códigos de cadastro de equipamentos, com as siglasdos Departamentos, dos Centros de Custo, para evitar indicações erradas no processamento dos dados. 17.4 - Tipos de Dados que compõem o Cadastro. Os dados que irão compor os bancos de dados de diversos equipamentos, das pessoas, das Instruções de Manutenção, cm tese, são todos diferentes. Mas dentro de cada conjunto existem dados ou valores ou informação que todos eles possuem e que são comuns entre si. Como você reparou ps dados sumariados na parte anteriorpossuem dois tipos de informação: um tipo de dados ou informação que todosos grupos, sejam quais forem, possuem, eque chamaremos de dados gerais da cada grupo, e alguns outros dados e valores que chamaremos de dados específicos de cada grupo. Assim um arquivo de cadastro de equipamentos possui, basicamente, duas partes: os dados genéricos de equipamentos e os dados particulares de cada equipamento. 17.4.1 - Dados geraiis ou genéricos do grupo a ser cadastrado. Dados gerais ou genéricos do grupo: Nocasodeequipamentos, todososequipamentospossuem data de aquisição, possuem um documento chainado "Ordem de Compra" ou "Autorização de Fomeciniento", possuem fabricante, fornecedor, revendedor, representante, pais de origem, manuais, desenhos, etc. Estes dados são chamados de Dados Gerais de Equipamentos, ou seja, todosos equipamentospossuemestes dados.Aocadastrar umequipamento deveremos começar preferivelmente por estes dados. 17.4.2 - Dados particulares ou específicos do grupo a ser cadastrado. Dados particularesou específicosdo grupo: Nocasodeequipamentos,sãoalgunsoutrosdados dos equipamentosque pertencema apeiiasestesequipamentosou família deequipamentos.Por exemplo,microcomputadores possuem CPU,pontesrolantespossuemparâmetros comocarga máximade elevação,aparelhos de ar condicionado possuemuma determinadacapacidadede refrigeração e aquecimento, etc. A estes tiposde dados chamaremos de dados específicosde equipamentos. Nãoconfundircomo próximo título,de formulários específicos. 17.5 - Formulários para Cadastramento. Existembasicamente doistiposdeformulários paracadastramento: formulários dotipogenérico e do tipo específico. C^ítulo 17 - Cadastro j 147 17.5.1 - Os formulários para cadastramento do tipogenérico 0.«; formulários dotipooenérico sãoaqueles emque éusado umtipo deformulário paratodos ostipos deequipamentos. Ousodeste tipodeformulário deveserfeito porquemconheçaoassunto, poisosdados serão todos colocados em um único tipo de fichaou formulário, onde até um cartão embrancopodeserusado como formulário. Exige muitaatençãoparaqueosdadossejamdispostos emseqUência(parafacilitarabuscafutura), éde implantação mais simples, porémnecessitade mão deobraespecializadaparaopreenchimento. No uso deste tipodeformulário nãodevemosesquecer de listar os dados como: Fabricantes, Ordens de compra. Manuais, Fornecedor, Endereços, Desenhos, etc. 17.5.2 - Os formulários para cadastramento do tipo específico. O-s formulários dotino esnecíficosãoaquelesdesenhados paracadatipodeequipamento,ouseja, énecessário que seutilize um tipodeformulário diferente paracadatipodeequipamentodiferente. São depreenchimento mais simples que oanterior, normalmente mais completos epodem ser preenchidos porpessoasemespecializaçãono assunto. Paratantoénecessárioqueexistaumaficha previamentedesenhadaequecontenhaos camposqueserãopreenchidos. Exige um planejamento prévio. Exige umestudopréviodamontagemedadistribuiçãodos dadosnaficha, ouformulário, quejádeveráconteroscamposdimensionadoseespaçadosparaqueasletras sejamcolocadas nos locais corretos. Ficaclaroqueparacadatipodeequipamento deverá haverumtipode ficha ou formulário. O formulário deve ser auto-explicativo, masaindaassimdeveremos dar treinamento paraque qualquer pessoa que vá preencher tenha treinado e preenchido no mínimo um tipo de cada formulário. Éconveniente queaodesenhar umformulário deste tipo alguns dados sejam colocados sempre nomesmo local.Assimdados genéricos oucomuns (Ordem deCompra, Fabricantes, Manuais, Fornecedor, Endereços, Desenhos, Preço deAquisição, eoutros) devemserdispostosemordem e no início dn documento. Todas as fichas e formulários deverão ter a mesma parte inicial com os dados comuns a todos os equipamentos. 17.6 - Critérios de cadastramento. Osdados deequipamentos cadastrados podem serreunidos dediversas maneiras. Osarquivosdecadastrospodemseragrupados porlinhas deprodução; portipodeequipamento; poráreageográfica; porunidadedeprodução;porimportânciafuncional; porunidade móvel; por família deequipamentos;porsistemaoperacional eetc.. Cadaumcomumafinalidade edeacordo com a necessidade do usuário. Usualmente em sistemasinformatizados o arquivoé um só e ficamcampospara a procurada informaçãopelas variáveis que forem necessárias, desde que isto sejapreviamenteestabelecido. O fornecedordo "soft" normalmente possuiexperiêncianesteassuntoe lhe ajudarámuito. Nãosimplifiqueemdemasiaseucadastro esuasvariáveis, nemcomplique desnecessariamente. A seguir algumas variáveis a serem consideradas. -Tpjg—^ ' -A-OrgãnizBção OPlanejamento eoControle da Manutenção 17.6.1 - Cadastramento por tipo de equipamento. Neste tipo de arquivo será usada uma ficha por tipo deequipamento, eoarquivo será ordenado por tipo de equipamento. Haverá,neste tipodecadastro, umaseçãoparatransformadores (de todas asfábricas daempresa, detodos osprédios,detodos ostamanhos, edetodos osfabricantes); outraseção doarquivo para veículos (idem); outra seção doarquivo para máquinas operatrizes; outra seção dearquivo para painéis de força; outraseçãode arquivoparaaparelhos de arcondicionado. Etantas outras seções quantoforemos tiposde equipamentos. Seforinformatízado.ocampotípodeequipamentopennitiráaprocurapelo tipoqueeventualmente se deseje. Evite usar a classificação "equipamentos diversos", pois será possível colocar neste tipo de classifícaçãotudooque apreguiçaoudesconhecimentonãoqueiraprocuraraclassificaçãoprópria. 17.6.2 - Cadastramento por área geográfica. Çflriflstramento noráreageográfica: osdados serão arquivados por área geográfica, edentro daáreageográfica sei^odispostos porfábricas, portiposdeequipamentos, etc. Seusarmos fichas, teremos ummontedefichas. Seusarmos cadastro informatizado serãoalguns camposa maisdentrode cadaregistro. 17.6.3 - Cadastramento por Importância funcional. PgHaisfrflniftntn nnr importânciafuncional: osdados oufichas serãoarquivados porimpor tância funcional, ouseja,grupados conformeaclassificaçãoque for usadanas fábricas. Seusada aquesugerimos serãogrupados porTipo"A", tipo "B"ou"C"ouqualqueroutroque suaempresa adote. Na partededefinições sugerimos algumas maneiras declassificarosequipamentos, informação esta que deverá constar nos registros decada equipamento enocadastro informatizado. Diversos critérios deimportância funcional sãodados naparte deprioridades deatendimento. 17.6.4 - Cadastramento por família de equipamentos. Cadastramento por família deequipamentos: osdados serão agrupados portipo oufamília deequipamentos. Depende decomo seiâo divididas asfamílias deequipamentos. Por exemplo: família deequipamentos detransporte poderá incluir tudo oqueéusado paratransporte decarga (caminhão, utilitários, guindastes, empilhadeiras, pontes rolantes). Poderemos usarocritériode dividiremoutrafamília, "famíliadeelevaçãodecarga"(guindastes, pontesrolantes,gruas,talhas, empilhadeiras, etc.).Transformadores serãodeoutrafamília. Evidentemente,dentrodecadafamíliapoderemossubdividirainda: Ostransformadores p>oder^ ser divididosem de alta tensão, demédiae debaixatensão. Masnão seesqueça, transformadores são sempre transformadores. Nocadastramentoinformatizadoseráumcampooualguns campos amais noregistrodoarquivo de cada um dos equipamentos. Capítulo 17 —Cadastro 149 17.6.5 - Cadastramento por fábricas ou Instalações. Cadastramentoporfábrica.»;: útil quando aempresapossui diversas fábricas equersaberquais unidadespossuem quaisequipamentos. Isto éadequado paraque sepossafazer um planejamento integrado para todas as fábricas, quando existem equipamentos especiais enão sedeseja todos paradosao mesmotempoou na mesmaocasião. Nocadastramentoinformatizado seráumcampooualgunscamposamais noregistrodoarquivo de cada um dos equipamentos. 17.6.6 - Cadastramento por Unha de produção. Cadastrflmpntn porlinhadenroducão: Útil quando aempresaquer saber quais equipamentos estãomontados emcadalinhadeprodução, paraefeitodecontrole deparada oudemanutenção de um sistema inteiro. Nocadastramento informatizado seráumcampooualgunscamposamaisnoregistrodecadaum dos equipamentosedeve-se tercuidados especiaisparaequipamentosqueeventualmentemudem de linha de produção. 17.6.7 - Comentários. Comentários .sobre cadastro de conjuntos ou componentes: motores elétricos, embora componentes, poderão sercadastrados elistados nas listas dealmoxarifado como tais epoderão ser todos divididos em uma só família ou subdivididos em "de alta tensão e de baixa tensão", ou acima e abaixo de 150 KW, ou qualquer outra divisão. Mas istojáéoutra coisa: écontrole deestoques esobressalentes, onde osespecialistas poderão usar os mesmos procedimentos aqui descritos paracadastramento de equipamentos ou outro procedimentoquejulguemadequado. 17.7 - Cadastro Manual e informatizado Modernamente podemos fazer doistipos básicos dearquivos decadastro. Osarquivos defichas físicas, que chamaremos de cadastro manual e o arquivo de fichas em computadores, que chamaremosdearquivoinformatizadoouautomatizado. 17.7.1 - Cadastro Manual No Cadastro Manual será feito um cadastramento, cada item com sua ficha ou formulário, guardados em gavetas ou armários. Poderá ser necessárioque para cada tipo de arrumaçãode fichas (tipo de cadastramento) seja necessáriousarumarquivofísicodiferente e fichasem duplicata, arquivadas emcadaarquivo. Assim, seforusadoumarquivo ordenadoportipodeequipamento esehouveroutroporunidade deprodução usaremos sempre duas fichas decadastro, onde umaficará arquivada noprimeiro ordenada portipodeequipamentoeaoutranosegundo arquivo queestaráordenado porunidade de produção. Semaistardequisermos fazeroutroarquivoporimportância funcional deveremos montaroutro arquivo, com outras gavetas e outras fichas. —T50~~j—A Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção Poderemos usar uma terceira cópia de fichas queentãoserão ordenadas pela importância funcional do equipamento, e dentro deste arquivo devemos ordenar por equipamentos, etc. 17.7.2 - Cadastro Informatizado. Cadastros Informatizados Existe uma maneira mais fácil de fazer um cadastro do que a que está descrita acima. Com um computador. Montaremos apenas um arquivo, com os códigos adequados para obter listagens ordenadas por diversas variáveis. Precisaremos usar códigos de áreas geográficas se quisermos obter as dadospor ordem geográfica. Deveremos usarcódigos deequipamentos para equipamentos diferentes se quisermos usar listagens por equipamentos. Deveremos usar códigos de famílias de equipamentos se quisermos listagens por família de equipamentos. Notamos com isto que o uso do computador nos obriga a sermos ordenados e organizados, e que deveremos sempre planejar as tarefas para atingirmos a meta. 17.7.3 - Vantagens do cadastramento manual e automatizado. Vantagensdo cadastramentomanual e automatizado. Como vimos, paraobtero cadastramento de equipamentos poderemos usar uma ficha que será arquivada em um arquivo físico, ou então será digitada em umcomputadore arquivadadentro dele, em disquetes, discos rígidos, etc. Existem vantagens para o uso do computador. 17.7.3.1 - Vantagens de um arquivo manual. Vantagens de um arquivo manual: o uso de arquivo de fíchas é mais fácil de ser feito e mais rápido de ser completado, embora de uso mais difícil e mais complexo. A implantação do cadastro manual é mais barata, mas é valida apenas para muito poucos itens cadastrados. No entanto é de operação muito mais trabalhosa. 17.7.3.2 - Vantagens do uso de arquivos Informatizados. Vantagens do uso de arquivos informatizados: umavez montado, o uso dearquivos informatizados édeoperação mais simples; é maisconfiável;os arquivos ficamcentralizados; arespostaaconsultas é mais rápida; pode ser usado por todos os órgãos da empresa; podem-se obter listagens por qualquerdas variáveis de arquivo; e é pouco provável que desapareçaum equipamento (ficha) ou fichas; é pouco provável que os dados sejam alterados por pessoal não autorizado. Sempre que possível deveremos usar o computador para este tipo de trabalho. Lembre-se: não existe arquivo pequeno demais que não valha a pena ser informatizado. Isto jáé o primeiro passo para implantar um sistema de PPCM a computador. 17.8 - Exemplo de Documentos. Aseguirestão vários exemplos de fichasde cadastrode equipamentos. Noteque estão desenhadas e espacejadas para que os campos tenhamo mesmotamanho de dados (mesmaquantidade de letras) ^\\tii>li33KOOT [tfKOisa itNtobeeríl aidentificados ou codificados. Este código que será montado deverá terprevisão suficiente, semexageros, paraque todas as máquinas eequipamentos caibam dentro do número possíveis decombinações que asposições possíveis podem suportar, não esquecendo futuras ampliações.e aquisição deequipamento. 456 eo Contiole-da Manutenção Porexemplo, setivermosdois mil equipamentos para identificaresesópudermosusartrês dígitos éerrado pensar emcódigos numéricos simples porque códigos numéricos com três posições só alcançamnovecentos enoventaenoveequipamentos enãoalcançariam osdoismil.Poderíamos codificarcomletras apenas (26x26x26=17576)oucombinarletrasenúmerosdentrodeumaregra predefinida, sejauma letra e dois números para todo o sistema (26x9x9=2106). Sem exageros estaríamos atendendo aosolicitado. Mas, como ficará ocrescimento daempresas nofuturo, se houver?A nova quantidade de equipamentosestaria atendida? Usando-seoexemplodeumaletraedois números parece-nosmuitoarriscadoentrarcom um código queatendaetenhaapenas 106posições vaziasdereserva, ouseja,já tenho2000eusarei umcódigo que atende apenas 2106. Ésuficiente? Isto é algo quedeve serlevado emconta. Não esqueça: alterar umcódigo ésempre problemático, como verificaremos adiante, é sempre trabalhoso e sempre inconveniente para o usuário. 18.7 - Identificação das fábricas. Asfábricas, quando existirem maisdeuma, devem terumcódigo paraseremidentificadas. Épraxe que as fábricas sejam chamadas por nome, como por exemplo. Unidade daCidade de Ternura. Ou simplesmente Fábrica de Ternura. Tambémencontramos, quandoexisteumaporestado,a referênciadoestadoondeestámontada, aindaqueomaisencontradosejaonomedacidade. Nestecasoseria,porexemplo: FabricadeMato Grosso. No entanto, paraidentificarasfábricas oufábrica, deummodocoerenteaoprogramadePCM que será usado deveremos usar um código coerente. Usualmente letras ou números. Mais adiante discutiremosestas opções. 18.8 - identificação de Diretorias, Departamentos, Seções e outros. Todos oslocais ondeamanutenção iráprestarseus serviços ouatuardeverão terum código para poderser indicado,no "sofl" aondedespendemosmão de obra e material. Isto quer dizer: todos os clientes deverão estar identificados. Usualmenteestes códigos fazempartedaestruturahierárquicadaempresaesãodefinidos emárea extemaà manutenção. Capítulo 18 —Codifícação em Manutenção | 157 Emvárias empresas encontramos códigos com osacima ecomentados abaixo. Diretorias comtrêsletras, começando por"D". Assim a Diretoria Industrial seria "DIN",a de RecursosHumanos "DRH",a DiretoriaFinanceirapoderiaser DIF, a de Produção"DIP" ou qualquer outro código coerente. Gerente da Unidade A GEPAP Unidade da Operação A DIPAP Unidade de Manutenção A NMAP O Gfl Braoco Filho Um organograma de uma empresa Gerente da Unidade B GEPBP Unidade de Operação B DIPBP Unidade de Manutenção B IMMBP Diração Geral DIG Gerente da Unidade C GEPCP Unidade de Operação C DIPCP Unidade de Manutenção C IXMCP Gerente da Unidade D GEPDP Unidade de Operação D DIPDP Unidade de Manutenção D DIMDP Gerente de Manutenção GEMAN Oficinas Centrais DIOCM Obras Especiais DIOEM Engenharia DiENM Apoio DIAPM Figura 18.01 - Organograma básico AsGerencias usa-secolocar"GE"paraindicaristo.Assim umaGerência deManutenção seria GEMAN. Uma Gerência de Produção poderia ser GEPOD ou qualquer outrasiglajulgada adequada JáencontramoscódigosdeGerênciacomeçadosporoutras letras, poisosgerenteseram Gerentes de Divisão. OsDepartamentos sãocodificados comquatrooucincoletras começandopor"DE". Destemodo oDepartamento deManutenção poderia ser"DEMAN" ouqualqueroutro código que sedeseje. AsDivisõespoderiam sercodificadas comquatrooucinco letras, usualmente começandoporDl. DestemodoumaDivisãodeManutençãoseriachamadade"DIMAN"easdemaisdentrodocritério estabelecido na empresa, ao ser montado o organograma. As demais subdivisõesdeste organogramadeveriam ter seus códigos montados na mesma sistemática. 158 ^ ^ Oi'ganização oPlanejamento eoControle da Manutenção 18.9 - Identificação de Equipamentos para Manutenção. 18.9.1 - Porque identificar. Seconsiderarmos aempresa como um todo, verificáremos que todos osobjetos existentes são conhecidos e identificados pelos seusdonos ouusuários, Paraefeito deconucle intemo.existem diversos sistemas deídentifícação paraomesmo item. Porexemplo,paracontroledepatrimônio todos osbenssãonumeradosetodossãodiferentesentre si,ouseja, duas cadeiras idênticas possuem números depatrimônio diferentes. Mas não é possível saber se um determinado número é pertencente a umacadeira ou a uma escrivaninha. Apesar de que as duas cadeiras possuam um código diferente no controle de patrimônio, paraefeito decontroledealmoxarifadodevam teromesmocódigo. Notequeparaefeito dealmoxarifado asduas cadeiras possuem omesmo código. OSistemadeMaterial usa um código que varia paracadaempresaeque permiteusarum"nome" paracada item diferente. Itens iguais possuem sempre o mesmo "nome". Aoserremovido do almoxarifado acabou aimportância donúmero para ocomponente. ODepartamento de Pessoal u^a, normalmente, um código numérico para cada empregado. ODepartamento Financeiro ou contábil usa um tipo decódigo para cada tipo degasto que éfeito e que normalmente é chamado de Centro de Custo. Como éque aManutenção chama seus equipamentos, como éque amanittenção conhece quais osequipamentos em que deverá prestar serviços demanutenção? Existe umcódigo próprio? Senãoexistir, adependerdaempresa poderáserpreciso montarum códigoprópriopara identificar osequipamentos no sistema demanutenção. Monte um códigodeequipamentos paracorrelacioná-loscomoscódigosdepeçasdoalmoxarifado; parainterligá-loscomasinstruçõesde manutençãoquedeverãoserescritas;paraidentificá-loscom osistema decustos; para que se saiba quanto custou um reparo e quem é o responsável pelas despesas; quanto custa cada Departamento ouDivisão funcionando. 18.9.2 - Como identificar. Aidentificaçãode equipamentos paraosistemade Manutenção deverá ser feito sempre que não exista um sistema interno naempresa que possaseraproveitado. Em algumas empresas existem códigosque identiricam os equipamentos internamentenas oficinaseque podem serusados com acolocação demais um oudois algarismos neste códigojá existente. Em empresas onde não existe nenhum sistema de códigos deveremos criarum sistema de codificação consistente que sirva à empresa, que respeite, a cultura interna e que atenda as necessidades dqsistema demanutenção que será criado. 18.9.3 - A inter-relação com o nome das máquinas. Paraquesejamais fácil classificaras máquinas, às vezes devemos Usarobrigatoriamentecódigos alfabéticos. Capítulo 18 - Codificação em Manutenção j 159 Assimé maisfácillembrarqueumequipamento éumabombaseemseucódigohouveras letras BC, ou lembraque é um compressorse houveremas letras CO no código. Nestecaso,ousodeletrasparaidentificaro tipodeequipamentosédesejável, masnãoobrigatório. 18.9.4 - A interligação com os locais onde estão instalados. Para que se possamais facilmente lembraronde a máquina ou equipamento está instalado, deveremos incluir no código, sempre que possível,o local onde ele está instalado. Assim,seo compressorestiverinstaladona linhadeprodução2 (dois)deveremosincluiristono código da máquina ou equipamento. Seexistiremváriaslinhasdeproduçãoe váriosprédiostenhaistoemconsideraçãoparaefeitode amplitude do código. Se existirem várias fábricas, situadas em locais diferentes ou não, devemos fazer com que o código indique em qual fábrica o equipamento está instalado. Duasfábricasapenaspodemser identificadascomos números"1"e "2", a menosque motivos depolíticainternadaempresaou motivosafetivostenhamconsagradooutramaneiradechamar as unidades. Isto deve ser levado em conta. Se pudermos montarum sistema fácil de ser usado e lembrado isto deve ser feito. Emalgunscasosbemsofisticadososcódigos sãomontadoscomtalcuidadoquepermitemlocalizar oprédioondeoequipamento estábemcomooandar,asalae, emcasodeequipamentos montados em gabinetes, até qual parte do armário e qual gaveta.18.9.5 - A hierarquia do código. Oscódigosdevemsermontadossegundoumadeterminadaregra,dopontodevistadecolocação seqüencial de códigos. Explicomelhor:sevocêpretendeidentificarumequipamentodentrode umafábrica,eesta fábrica entre outras várias, espera-se que você coloque primeiro o código da fábrica, depois o código da unidadefabrilondeoequipamentoestá instaladoe apósvocêcolocaráo conjuntode símbolosque indicaráo equipamento. Por exemplo: existem três fábricas, dentro de cada fábrica várias unidades diferentes e dentro de cada unidade vários equipamentos, espera-se que o código seja montado como segue: UNIDADE PRÉDIO EQTO SEQUEN. Figura 18.02 - Exemplo de máscara para codificação (fabrica)+(unidade)+(tipode equipamento)+(seqüencial) o que faria um código para uma fábrica instalada na Bahia, com uma Unidade de Utilidades para identificar a Prensa Hidráulica desta unidade e com número "um" usar o código a seguir: Ol-AD-PR-01. Assim o código do equipamento seguindo o estabelecido acima, poderia ser: 1B0 j AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção UNIDADE PRÉDIO EQTO SEQUEN. .1 . A1 D P 1 R 0 1 1 Figura 18.03 - Máscara de codificação preenchida Nãoé recomendável,por exemplo,queocódigosejaPR-01-AD-01,poisnestecaso ahierarquia, não foi respeitada. Isto dificultará, mais tarde, as pesquisas e buscade dados, conforme veremos adiante, no capítulo próprio. Devemos entender que se existe apenas uma fábrica na empresa o código da fábrica pode ser dispensável, mas se existe a possibilidadedeser construída outra fábrica,não custa fazer este tipo de previsão no código. 18.9.6 - Outra maneira de montar e visualizar o Código. Existem váriosestudos para montaroscódigose facilitar avisualização.Aseguir mostro uma delas: lldenlIficBção da Unidado FabriT lldentificação do Sotorou Soçãõ" IIdentificação do Tipo de Equipamento h {Identificação do Equipamento (seqüencial) |- XXX AAA AAA NN Figura 18.04 - Outra máscara de codificação Deve-se notar que é praxe, quando se desenha um código como o acima, detalhar se o campo é numérico ou se é alfabético ou se é alfanumérico. Note que no exemplo acima "xxx" quer dizer campo alfanumérico, "AAA" quer dizer campo alfabético e "NN" campo numérico. 18.10 - Identificação para Custos. Para que se saiba onde foi despendida mão de obra; material; sobressalentes e outros eventuais usados; deveremos ter uma codificação. Estacodificação,normalmente numérica, associadaaoorganograma, quedefíne,paraefeitode custos, onde gastamos o que foi gasto. Haverá desdobramentos para os diversos órgãos atendidos. Se os órgãos forem a seis níveis hierárquicos, a estrutura montada deverá ser com seis números. JCa^tulo 18—Codificação em Manutenção 18.10.1 - Um organograma para exemplo. Um organograma de uma empresa IDIuçâo Gtral | Gcrantt da Garanta da Garanta da Garanta da Garanta da UnIdadaA UnidadaB Uniiiada C Unidade D ManutançSo Unidade de Operação A Unidade de Manutenção A O Gil Branco Filho Unidade de OperaçSo B Unidade de Manutenção B Unidade de Operação C Unidade de Manutenção C Unidade de OperaçSo O Unidade de Manutenção D Oficinas Centrab Obres Especiais Engenharia Apelo Figura 18.05 - Outro organograma básico. 161 18.10.2 - Uma montagem de códigos de custo para o organograma. o código para a caixinha do organogramaé chamado de Centro de Responsabi lidade, pois é a parte do organogramaque é responsável pela máquina. Algumas empresas chamam de Centro de Custo, outras de Centros de Gastos, e etc. Ocódigoqueestánacaixinha"máquina"nósvamoschamarde"CentrodeCusto". ÉnesteCentro de Custo que nós iremos apropriare somar as despesas efetuadas durante uma manutenção. Note que algumas empresas chamam a isto de Centro de Despesas, Centro de Gastos e etc. •112 C Gâ Branco niho maquinai •111 MÁQUINA 4 •tll mAquma a maquwa » MÁQUINA t MÁQUINA 4 -1 oneât%m 1 1*10 1 J MAQUINA 1| i 1 jMAQUtNA2| 1 1 JmaquinaiI 1 . J JmAouinaaI i éin 1 J OtaTM CwmIM* I 1 1 BnpwiHwla j tno 1 _r APOIO n l IMO 1 Figura 18.06 - Organograma com códigos de custo 1^ I A-Qrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção Use uma nomenclatura adequada edefina esta nomenclatura noseu Manual deOrganização da Manutenção. ComoestadefiniçãoédadapelaGerênciaFinanceiraouContabilidade,érecomen dável que você use a nomenclatura fornecida pela Gerência Financeira. Paracadaumadasunidadesdeproduçãodoorganogramaanteriorusaremosocódigo decadauma delas paraindicar dequem é a máquina ondetrabalhamos, ondefizemos o reparo. Destemodoparaefeitoderegistro dedadosdequalquercoisaqueinteresse paraonossosistema decustousaremos sempreocódigodeCR"1100" paraindicarasdespesasefetuadasnaunida-de "A". E assim por diante. Seexistiremsubunidades,vamosusaroCR 1110paraindicara primeirasubunidadedaUnidade CR 1100 e o CR 1120 para a segun-da subunidade do CR 1100. EmseguidaasdespesasefetuadasnoCR 11lOenoCR 1120serãosomadasnoCR lOOOepode- se saber, com este código, quanto custou o que lá foi feito. Asmáquinas, paraefeitodecustos,sãochamadasdeCentrodeCusto.AsmáquinascomCC6118, 6114, 6116 e 6116 somarão o que foi gasto nelas para o CR 1110. Mas, o que anotamos que gastamos no Centro de Custo? Anotamoso material e mão de obra, sobressalentes e outros, em cada uma OS, e o computador é que somaráos valorespara a obtençãodo custoda OSe de todasas OS,o computadorsomará seusvalores para indicaro quefoigastoemcadaCC,quesomados irãoindicaro gastonoCR. No final ficaríamos com algo mais ou menos assim: Unidade Industrial - CR 1000 para seus custos e custos totais Unidade Operacional "A" CR 1100, para seus custos e custo total. Subunidade Operacional "Al" CR 1110,para o custo próprio. Subunidade Manutenção "AM" CR 1120,para o custo próprio. Unidade Operacional "B" CR 1200, para seus custos e o custo total. Subunidade Operacional "BI" CR 1210,para o custo próprio. Subunidade Manutenção "BM" CR 1220,para o custo próprio. Unidade Operacional "C" CR 1300, para seus custos e o custo total. Subunidade Operacional "Cl" CR 1310,para o custo próprio. Subunidade Manutenção "CM" CR 1320,para o custo próprio. Unidade Operacional "D" CR 1400, para seus custos e o custo total. SubunidadeOperacional"Dl" CR 1410,parao custo próprio. Subunidade Manutenção "DM"CR 1420, parao custo próprio. Unidade de Manutenção "UM" CR 1800, para o seu custo e o custo total. SubunidadeOficinas FM CR 1810,para o custo próprio. Subunidade Obras OM CR 1820,para o custo próprio. SubunidadeEngenhariaEM CR 1830,para o custo próprio. Subunidade Apoio PM CR 1840, para o custo próprio. Unidade Almoxarifado AL CR 1900, para o custo total. SubunidadeAdm. AB CR 1910,para o custo próprio. Subunidade Adm. AC CR 1920,para o custopróprio. íasx. —Capíiulo^fS-^^-Codifícação em Manutenção 163 Como vemos neste sistemadecódigos poderemos terno máximo nove diretorias, noventa unidades e novecentas subunidades. Com um sistema destes e um pequeno computador poderemos saber tudo o que cada unidade gasta, a qualquer título, bastando para isto que nos documentos em uso exista um local para que seja indicado o CR. Se desejarmos mais desdobramentos e mais níveis, usaremos mais números. A praxe é usar seis números e com isto poder codificar até seis níveis hierárquicos. Não esqueça: os exemplos dados acima são meramente para uso didático neste trabalho. 18.11 - Códigos para controle de Histórico. Aqui nós vamos mostrar rapidamente como montar um sistema de códigos para facilitar a busca da informação e de dados pertinentes no Histórico de Equipamentos. Emboranestetrabalhomontarumsistemadecódigosparacontroledehistórico atéoníveldepeças esteja um pouco além do que pretendemos, vamos esboçar um. Existem diversos exemplos na literatura, mas vamosabordarum pouco mais este assunto. Oorganogramamontadona partede definiçõesestá repetidoabaixo.Logoa seguirdetalhoum código para estudos de confiabilidadee de registrode falhase sua localizaçãoa nível de peça. Neste caso você pode numerar o sistema para obter o alcance necessário. Suponha que na sua empresa:Existem três fábricas. Existem 22 prédios ou áreas em cada fábrica. Existem no máximo 16 sistemas por área. Existem no máximo 150 tipos de equipamentos por área de trabalho. Existem no máximo 190 equipamentos por sistema. Existem no máximo 20 conjuntos por equipamento. Existem no máximo 25 componentes por conjunto. Existem no máximo 110 peças por conjunto. Como você faria o código para indicar a peça que falhou? Pródios Pródios Pródios Pródios ou Aroas ou Áreas ou Áreas ou Áreas ou Áreas I sist. 1 I I Slat.2 I I Sist. 3 I I Slat. ... | | Sist. n | I Eqto. A 1 I Eqto. B ] | Eqto. C ] | Eqto. ••• | | Eqto. Z ] I Conj. 1~} I Conj. 2~| | Conj. 3~] [ Conj. ...~j | Conj. n~] IComp. Ãj ICotnp. | Comp. |Comp. .T] | Comp. IPaça 1 I IPeça 2 | | Peça 3 | [Peça ••• | | Peça n [ O CU Branco Pilho Figura 18.07- Uma estruturapara códigos de qual itemfalhou. 164 j AOrganização oPlanejamento eoControle da Manutenção " 18.11.1 - Os códigos alfanuméricos de peças que falharam. No caso acima citado, a máscara para codificação poderia ser como segue usando um código alfanumérico de diversos campos. A-22-14-PR-Ol -EL-ME-010. Estecódigoquerdizerquena fábrica "A",naárea22,nosistema 14,naPonte Rolante 01,oconjunto deelevação (EL)teveomotorelétrico(ME) avariado e trocouapeça010.Seapeça010forum rolamento, poderemos ainda descrever qual o modo de falha desta peça. Lembre queistoé apenas umasugestão, poisalgunsprogramas especialistas já trazemsoluções algumas mais elaboradas e outras mais simples, mastodas adequadas aoquese necessita. Dependedo que você necessitapara a sua pesquisa. 18.11.2 - Os códigos numéricos de peças que falharam. o código, paraindicar atéa peça quefalhou, poderá sermontado doseguinte modo: a • campo fábrica com um número, b- campo sistemas com dois números, c - campo equipamentos com três números, d- campo conjunto com dois números, e - campo componente com dois números, f - campo peça com três números. Assim o código, para efeito de controle de quem falhou, seria 1.12.051.21.12.132. Evidentemente com as tabelas, colocadas no computador, ao ser digitado o código da peça que falhouo"soft"faráaparecerapartedemaiornívelhierárquicojápreenchida. Ficaacargodequem digitar oretomo dainformação, preencher o menor nível. Istoficaamarrado coma OS e com o TAG do equipamento. Comumcódigo assim montado você poderá, aqualquermomento,sabero tempodefuncionamento e o que parou a máquina ou o sistema. Você poderá calcularcom facilidade oMTBF; oMMTFeoutros indicadores quedeseje dequalquer peça. componente ouitem que sedeseje desde quevocê tenha feito odesdobramento atéonível desejado. Você não saberá por que falhou. Não saberá como e nem qual foi a falha. Para saber por que falhou deverá ser acrescentado um código de falha. 18.11.3 - Os códigos do tipo de falha. Ocódigodafalha,oumelhor,domododefalhaedacausadafalhapoderásermontadodo seguinte modo,conformerecomendadopelaliteratura, principalmentenaMCC,paracontroledeperdade função. Recomenda-seque para estudos de confiabilidadevocê defina até que nível de manutençãoé recomendável uma ação de manutenção na área. Gapítull/ 18 —Cudíftcaçao em 'Manutenção | 165 Se a manutenção troca os componentes de um equipamento na área, a descrição irá até a peça que ocasionou a perda de função com o código do modo de falha. Se a manutenção trocar o equipamento a descrição irá até o conjunto. Lembra que nós definimos: peças formam componentes que formam conjuntos que formam equipamentos quecompõem osistema? Lembra que isto deveria estar definido no seu Manual de Organização da Manutenção? Codifique ao níveladequado e indiquea falha funcional, indiqueo modo de falhae indique acausa da falha. Para cada tipo de informação existirá um código adequado e comum para cada modo de falha. 18.12 - Problemas de alteração de códigos. Aomontarocódigovocêdeveprevereantecipartudooqueforpossívele viável paraevitarqualquer alteração futura de códigos. Publique e divulgue pesadamente ocódigo. Masse ele não forbem projetado vocêterá problemas. Estes problemas poderão ser: 18.12.1 - Problemas de alterações de códigos em Sistema de Controle de Manutenção Manual. Se você precisar alterar um código em sistemas manuais terá que corrigir o código em todas as fichas, em todos os históricos anotados em todas as fichas de cadastro e treinar as pessoa no novo código. 18.12.2 - Alterações de códigos em sistemas com controle informatizado. Quando são alterados códigos de equipamentos em sistemas informatizados, alguns tipos de problemas que podem acontecer são citados a seguir. 18.12.2.1 - Para o sistema Informatizado. Problemas na inter-relação de codificações antigos para os códigos novos. Criação de novos arquivos detransição paraa mudança. Mudanças nosprogramas paraaceitarem onovocódigo. Reprocessamento de todos os arquivos existentes para que fiquem com os códigos atualizados. De todos os problemas o que parece mais grave é uma das conseqüências do reprocessamento: a perda de dados do sistema de manutenção. Se for código de equipamento, prejudicará o Histórico. Se for código de custo perdem-se as informações. Se for código de falhas perde-se o estudo de melhoria dos sistemas e equipamentos. Seoprogramadornãoencontrarumamaneirafácildefazcrocompuladortrataroarquivoecodincar dentro do novo código, é mais certo que o arquivo será abandonado com todas as conseqüências danosas para o histórico de manutenção. 166 Io Planejamento e o Controle da Manutenção 18.12.2.2 - Para o usuário. Treinamento de pessoal:O pessoaldeverásertreinado paraassimilaro novocódigobem como acostumar com as novas telas e novos nomes. 18.13 - Alterações prováveis de códigos. Asalterações mais prováveisdeocorrerem, quando umsistemadecódigoprecisa sermodificado, porqualquermotivo, sãoosseguintes: ampliação,redução, mudançadesistema, desmembramento, compactação,substituiçãoe outrasalteraçõesquecombinamduasou maisacima. 18.13.1 - Ampliação do código. Quando o código devepassarde,porexemplo, três paraquatro letras paramelhorinter-relação comequipamentos. Istofarácomqueastelasdeprograma tenhamqueserrefeitas; osformulários reimpressos; os relatórios modificados,etc. 18.13.2 - Redução de código. o opostoao casoacimaexposto, nemsempre com asmesmas conseqüências, pois asposições abandonadas podem ficar vazias. 18.13.3 - Mudança de sistema de código. Quando umcampo foidefínidocomonuméricoepassaaseralfabético, comomesmo número de posições. Paraousuáriopodesertransparente, masparaocomputadornãoé.Todososprogramas deverão serrefeitos ouadaptados paraanovasituação. Dentro docomputador, letrasenúmeros sãotratadosdemododiferente.Paranósé intuitivo quenãosesoma"m+n".Massehouveruma rotina que verifique a validade do campo que era numérico, isto ocasionará um erro que normalmente farácomqueosprogramasabortem(paremdefuncionar). Esabemosqueadepender da hora é intolerável. 18.13.4 - Desmembramento. Ocorre quando, por exemplo, estamos com um código em uso para equipamentos e queremos mudaraidentificaçãodeseusprincipaiscomponentes. Porexemplo,umcódigoparacompressores dear, identificados comotal,deverãopassaraseridentificados nocódigocomCompressoresde Arde Parafuso,de Pistão,de Palheta,etc.Ocódigodeveráser desmembrado para tal. 18.13.5 - Compactação. É o caso inverso do descrito acima, em desmembramento. 18.13.6-Misto. Que é o caso em que duas ou mais alterações acima acontecem ao mesmo tempo. —Caf^tuIo-18—Codificação em Manutenção 167 18.14 - Conclusão e recomendação. Quando for desenhar umsistema de códigos, para uso em qualquer lugar, estude profundamente todo o conjunto que deve ser codificado; examine e obtenha dados sobre a evolução do sistema (se irá reduzir ou se irá ser ampliado); se já existe um código que pode ser usado ou adaptado; se o códigoqueserá propostonãoiráentrar emchoquecomacultura local;coraos hábitos vigentes na empresa e acima de tudo se este sistema de códigos pode ser montadoe processado. Quando for montado o código, divulgue e treine aspessoas para que entendam o código e ajudem adivulgar e saibam usá-lo. Evite, sempre que possível, o exagero de códigos com posições em demasia ou códigos super compactos que difícilmente serão entendidos. A possibilidade de memorização é um grande fator de aceitação de códigos. Atenção especialdeve dedicadapara saber se o"soft" que será adquiridoaceita modificações nos códigosde ummodogerale sejá possuemfacilidadeparaprocessarestasalteraçõesinternamente. Capítulo 19 Príorídades de Atendimento 19.1 - Resumo. No dia a dia da manutenção, alguns serviços devem ser executados antes de outros. Nesta parte de nosso estudo avaliamos diversos critérios para determinar quais serviços devem ser executados antes e porque devem ser executados antes de outros serviços. 19.2 - Introdução. Quando as Ordens de Serviço chegam à manutenção, a situação ideal, do ponto de vista do Cliente (solicitante) é que sejamatendidas semprena hora em que chegam. No entanto, sabemos que isto não é economicamente viável, devido à grande aporte de mão de obra necessária para que nunca houvesse fíla de espera. Os estudiosos da Teoria das Filas comprovam isto com facilidade. Assim, é de se esperar que algimsserviços sejam feitos imediatamentee outrosserviços esperarão a conclusão do que foi iniciado. Em outras ocasiões algum serviçopoderá ser interrompido para que outro sej a imediatamente iniciado e executado. Poucas coisas irritam umapessoa mais do que esperar por um serviçoque pediram e que não está sendo feito. Às vezes entendem que ooutro trabalho também énecessário, mas simplesmente gostariamque as pessoas que estão ocupadasfazendooutro serviço,fizessemo trabalho que solicitaram antes do outro. Paraevitarque isto aconteça deveráexistirum Usi.stema de critérios nara atendimento! 1.Pode ser do tipo: "quem chegou antes é atendidos antes", ou do tipo "quem grita mais alto será atendido antes", ouainda"os conhecidosserãoatendidosantesdosestranhos",ouqualqueroutrocritério. Mas deverá haver um critério. Emmanutenção, devemosusarcritériosdiferentesdosqueciteiacima. Estescritériospodematé assemelharem-se ao sistema de atendimentos usados em hospitais: casos mais graves serão atendidos antes. I A-Orgarüzação OPlanejamento eoControle da Manutenção AGerênciadeManutençãodeverámontarumesquemadeatendimentoqueindiqueequecontemple aoscasosmaisgravesatendimentoantesdoscasosmenosgraves.Aestesistemade atendimento chamaremos de atendimento por critérios de prioridadeem função da gravidade da avaria, ou em funçãoda importância operacionalda máquinaavariada. Ao ser montado o sistema de prioridades devemos estabelecer claramente como é que o usuário deve referir-se à prioridade que necessita, para que todos entendam a mesmacoisa. Éimportante quequando definirmososcritérios deprioridadeosclientesestejamjuntos conosco e aceitem ou concordem com os critérios. Os clientes internos devem participar da definição destes critérios. 19.3 - Convenções de prioridades. A seguir descrevemos algumas das convenções mais usadas para determinar prioridades e atendimento: a • O sistema numérico: a.1- o sistema numérico simples, b- O sistema alfa numérico: a.2 - o sistema numérico combinado com letras, c - O sistema de palavras, d - O sistema de importãncia do equipamento. e - O sistema que combina importância do equipamento e o perigo da falha. 19.4 - Os sistemas numéricos. 19.4.1 - Os sistemas numéricos simpies: Os sistemas de prioridades que usam sistemasnuméricos consistem em designar com números quenormalmente variamde"1" até3 ou4 astarefas,ondeasprioridades maiorescorrespondem aos números mais baixos. Deste modo um serviço de prioridade "1" deverá sempre ser executado antes dos serviços com prioridade 2. Prioridade "1" é a de maior importância. Prioridade "2" é a seguinte. Prioridade "3". Prioridade "4" é a penúltima. Prioridade "5" é a menor. Não pode ser aceito, num sistema como este, a colocação de prioridades "zero" ou prioridades "-1" (menos um), pois a maior prioridade é a "1". rapfhiin 1Q- PrínríHaHt>c de Atendimento 171 19.4.2 - Os sistemas alfa numéricos: Neste sistema os números aparecem combinados com letras para dar uma prioridade diferente dentro de um mesmo número. Assim usam-se as letras "1"para indicarque a não execução de serviço prejudicaa Operação, ou seja, "Interfere"com aprodução. Usa-se a letra "N" para indicarque não interfere e às vezes a letra "P" para indicar que é Parcialmente interferente. Deste modo ficamos com os níveis de prioridades conforme indicado abaixo: Maiorprioridade P -1 -1 (prioridade "1" que interfere com a produção) P-1 -P P -1 - N (prioridade "1" que não interfere com a produção) P - 2 -1 (prioridade "2" que interfere com a produção) P-2-P P - 2 - N (prioridade "2" que não interfere com a produção) P-3-I P-3-P Menor Prioridade P - 3 - N As desvantagens de um sistema assim é permitira sobreposição entre PINe P2I por não se saber exatamente qual é a maior prioridade, se a "1" sem perda de produção ou a "2" com perda de produção. Se o leitor acha que prioridade 2 com perda de produção deve ser atendida antes que prioridade "1" sem perda há de concordar, em tese, que algo está errado neste sistema de codificação de prioridades. Para nós, prioridade " 1"sempre é maiorque prioridade "2". Assim, a prioridade "2" será sempre atendida depois da prioridade "1". Naprática, ao visitar um local onde está instalado um sistema assim, não obtivemos esclarecimentos sobre diversos casos e maior explicação que obtivemos foi: "depende dahora". Àsvezes uma prioridade era mais importante, às vezes era a outra. 19.5 - Códigos de Prioridades de Atendimento por Paiavras; Oscódigos de prioridade de atendimentopor sistemas de palavras devem ser estabelecidossomente após a definição das palavras e pleno conhecimento do signifícado que terão no sistema de manutenção por todos os usuários e pelos componentes da equipe. Recomenda-sequese dêàspalavrasomesmosignificadoquenormalmenteestasmesmaspalavras possuem em um hospital e em um pronto-socorro para as de maior prioridade. As palavras que recomendamos que sejam usadas são: Emergência, Urgência, Necessária, Desejável e Prorrogável. Usar as palavras que definem prioridades com o seguinte significado: -172 I ^A-Organização oPlanejamento eoControle da Manutenção 19.5.1 - Emergência Éusada em pronto socorro para designar situações em que existe risco de vida do paciente. Estaprioridadedeveráserusadaemmanutenção apenasquando anãoexecução doserviçotrará riscodevidadepessoas, oucolocará emriscoopatrimônio daempresa, outrata-se demáquina vitalouemprocessodeprodução debensquepossuem datacomprometida deentrega,e poderá atrasarecomprometeraentrega. Sãomanutenções quedevemserfeitasimediatamente. Casonão sejamexecutadasas máquinasfalham,oucontinuarãoparadas.Poderáhavergrave comprome timento do patrimônio(ex.: vazamentodeinflamável),ouda segurançae vida das pessoas (Ex.: Produtos químicos ou tóxicos, etc.). Estas últimassituações são situações que poderão comprometer o bom nome da empresa e eventualmente perdasdenovasencomendas,enquadrando-se, então,nasituaçãodecomprometer o futuro da empresa, e indiretamenteo seu faturamento futuro e seu patrimônio. Isto querdizer: Unare tudo o aue você está farfitido e vá aeora atendereste trabalhoU que agora é quem tem maior prioridade e maior necessidade de atendimento, neste momento. Porexemplo,umafalhaem equipamento prioritário, classe"A", ou a iminênciade falhagrave constatadapormediçõesou controlepreditivo. Em tese a maioria das O.S. de preventivanão deve levar esta prioridade. AsO.S.depreventiva pertencem aotipodeserviço queé previamente programado. AsO.S.de manutençãopreventivanãodeveriamlevaraunidadeIndustrialumasituaçãocomoadescrita acima. Os serviços de manutenção preventivapodemser críticos, mas não tão críticos e podem tolerar pequenos atrasos e ter datas alteradas para atender imprevistos em entrega de produtos. Nãoconsigo entenderumamáquinaque, previamente analisada, comseqüência detrabalhos de manutenção detalhadapossa,hoje, estarprogramadaparaamanhãcomprioridadeque"ponhaemriscoavidahumanasenãoforfeita".Massóamanhã. Hojenãoexistenadaerradoemprogramar paraamanhã. Masamanhãvira"emergência". Algoestáerrado. 19.5.2- Urgência Prioridadedeatendimento usadaparadesignarserviços quedevemserfeitos imediatamente, mas nãocolocamemriscovidashumanas nemo patrimônio daEmpresa comodefinidoacima,em "emergência". Isto quer dizer: ütermine n aue vocêestá farendo e vá atendereste trabalhoU que neste momento é o mais importantee aguardaa execução. Porexemplo,defeitosemequipamentosprioritáriosquepoderãolevaramáquinaàindisponibilidade empoucotempo; perdadecaracterísticasprópriasdeumequipamento (qualidade),detectadaantes de sair da faixade aceitação; pequena alteração nascaracterísticas de equipamento de apoioa máquinasvitais do processo,que se continuar, provocaráa parada do processo ou perda da qualidade do produto, etc. Estetipodeprioridade quando solicitada ouquando concedida subentende queexisteperdade produção até que seja atendida, porémnão existe risco de vida, de incêndio, de entregas fora de datasjá acertadaseconfirmadas, quenãoimpedirá aempresadecontinuarvendendo. Otrabalho poderáser feitoem horasextrasounormaise serárecuperadaa produção. ~19 —-Prioridades de Atendimento 173 19.5.3 - Necessária Critériode prioridademais alto para as O.S. normais e para as manutenções preventivas em situaçõesnormais. Estaterminologia temsidoadotadaporváriasempresas, queinclusivefazem programasdePlanejamentoeControledeManutençãoparausoemsistemas demicrocomputador ou máquinas maiores. Exemplos:defeitosemmáquinaseequipamentosquenãoprejudicamoprocesso, massenãoforem reparados, amédioelongoprazooriginarão tunafalha; manutençõespreventivasdeequipamentos fundamentais àprodução;proximidadede manutenções preditivasdetectadasatravésde instru mentos ou da experiência dos técnicos de manutenção c operação; manutenções preventivas executadas conforme plano indicadopelo fabricante,etc. 19.5.4- Desejável Palavraparadefinirtrabalhos queprecisamserfeitos, masnãoestãonastrêsprioridades maiores. Podem ser feitos dentro de algum tempo que pode ser até semanas. Porexemplo: manutenções preventivas emequipamentos auxiliares; dosquaisnãodependem os equipamentosclasse "A" e que não afetama linhade produção. 19.5.5 - Prorrogável o mais baixonível deprioridades, quando definidos porpalavras, comoaqui, usado paraserviços quepodemserexecutadosounão,semqueexistamproblemasparaafábrica ouUnidade Industrial. Porexemplo, serviçosaseremfeitos emequipamentos quenãopossuem ligaçãocomaprodução, trabalhosparamelhoriadasinstalações, etc. Comentários:do pontodevistado solicitante, nossocliente, todosos pedidos sãono mínimo urgentes. Em alguns casos se aceita que podem ser "necessários". Umgrandeproblemaemcodificarprioridades deatendimentoemumaunidadeindustrial équando sedeveatenderpedidosdemanutenção predial,residencial, tomadasem escritórios,extensões, arcondicionadoeoutros trabalhos queapesardenãoafetaremaproduçãoficam nocamposubjetivo oudo"desejo"esãomuitodifíceisdeseremcatalogados. Existemproblemas deordemhierárquica, políticos, etc. que podem subverter completamente as necessidades de atendimento de uma instalação fabril. Numsistemacomoeste,ousodeUrgência Urgentíssimaéimpossível, poiscomoforamdefinidas as palavrassobrapoucoespaçoparainventaroutrasprioridades. 19.5.6 - Outro código de palavras, conri letras e números. Existeoutramaneira dedefinirocódigo depalavras. Vejaaseguir: As palavras são: Emergência, Urgência, T48, T96 e ROT. Emergênciae Urgência sãocritérios usados dentro decritérios já defínidos anteriormente. T48significaquedeveseratendido em48 horas nomáximo. Ouseja,doisdias. T96 significaque oatendimentodeveráserefetuadoem96horas nomáximo, ouseja,quatro dias de espera, no máximo. 174 AOrganização oPlanejamento eo Controle daManutenção Eaabreviatura"ROT"significaserviçosderotina, quepodem aguardarmais que 96hhoras (quatro dias) entra nafila deespera e nobacklog.Estaspalavraspodemserinterligadascomoscritériosdeimportânciadeequipamemoseentãodesu interligação se obtêm uma matriz de onde saem as prioridades. Esta matriz está descrita mais adiante. 19.6-0 sistema de prioridades por importância de equipamentos. Este sistema, além do quejáfoi definido antes, pode ser interligado com qualquer dos sistemas de prioridades anteriores, usando um critério seletivo, onde os equipamentos mais importantes receberão tratamento preferencial, dentro de uma mesmaprioridade, ou até se sobrepondo aela, enquadrando-se emprioridades maiores, ou como eventualmente oprojetista quiser definir. Pararelembrar,vamosredefinirábaixoumadasdefiniçõesdeclasses deequipamentosoperacionais, doponto devista operacional. Napartedefinições, no princípiofizemos vários tipos dedefinições. Vamos aqui repetiralgumas definições parafacilidade doleitor. 19.6.1 - Importância do ponto de vista de Manutenção. -Equipamentos Classe "A"- Manutenção Preventivaexecutadana periodicidade. -Equipamentos Classe "B" -Manutenção preventiva pode atrasar um pouco -Equipamentos Classe "C" - Manutenção só corretiva. 19.6.2 - importância do ponto de vista de Produção. -Equipamentos Classe "A" - Vitais ao Processo eÚnicos. -Equipamentos Classe "B" - Vitais ao Processo eem duplicata. -Equipamentos Classe "C" —Não Vital ao Processo eÚnicos. -Equipamentos Classe "D" - Não Vital ao Processo eem duplicata -Equipamentos Classe "E"- Improdutivos. 19.6.3 - Importância do pontode vista da Quaiidade. -Equipamentos Classe "A" os que afetam aqualidade do produto. -Equipamento Classe "B" os que não afetam aqualidade. 19.6.4 - Importância do ponto de vista da Segurança. - Equipamentos Classe "A"osqueafetam asegurança. - Equipamentos Classe "B"osque não afetam asegurança. de Atendimento 175 19.6.5 - Não esqueça. Todas asdefinições aqui usadas deverão estar registradas em seu Manual de Organização da Manutenção, parte Definições. 19.7 - Uso do Sistema Matricial para as definições anteriores. Considerando asdefinições anteriores, monte uma matriz para análise dos diversos parâmetros queencontrou apriorizeas atividades eprovidências sobre os mais importantes, ou seja, aqueles queocupem, na matriz, a áreademaiorrisco. 19.7.1 - O uso de matriz para definir a prioridade. Dacombinação expostanaclassificação dos equipamentos, podemos combinar aqueles valores com asconseqüências das falhas eobter um outro critério deprioridades. Algumas variações estão expostas a seguir. Noentanto,sevocêusaraclassificaçãodeimportânciafuncional doequipamento,eatribuirpontos aos equipamentos, ou melhor, àclassificação do equipamento, (Classe Asão os vitais eúnicos) eassim pordiante, diversos outros critérios poderão ser montados. Neste caso você pode usar uma combinação de conseqüências dafalha etipo deação solicitada. 19.7.2 - Graduação da importância do Equipamento. Conforme exposta anteriormente, podemos graduardoseguinte modo: a- Equipamentos Vitais eÚnicos b - Equipamentos Vitaiseemduplicata. c- Equipamentos não Vitais eÚnicos. d - Equipamentos nãoVitais eemduplicata. e - Equipamentos Improdutivos. 19.7.3 - A graduação da ação solicitada. As ações solicitadas podem sen a - Ações demanutenção corretiva (eliminação defalhas), b - Ações demanutenção preventiva(eliminaçãodedefeitos) c - Ações demanutenção preventiva sistemática, com suas rotinas, d - Açõesde manutenção preditivaou inspeção. e- Ações demelhorias emodificações em equipamentos existentes; ajustes eregulagens em equipamentos existentes (quando não são partes deuma rotinademanutenção preventiva sistemáticaoudemanutenção preventivanãosistemáticacomo asqueacontecememfunção deum acompanhamento preditivo); instalaçãodenovosequipamentos, incluindoseus testes, seucomissionamentoeacolocaçãoemcargaouemfuncionamento; testesemequipamentos existentes; 176 j ÁJQiganizaçào oPlanejamento e-o Controle da Manutenção f - Açõesdelimpezadeequipamentos edelocais detrabalho; arrumação delocais detrabalho eoutras arrumações quando solicitadas (house keeping); serviços depintura; remoção de equipamentos emdesuso; trabalhos depreservação de ruase jardins(quandoa cargoda manutenção); etc. 19.7.4 - A graduação da conseqüência da falha, do defeito ou do não atendimento. Asdiversasconseqüências quepodemadvirdafalhaoudodefeitooudanãoaçãoestãoexpostas as seguir: 1- Uma eventual falha trará risco às pessoas. 2 - Uma eventual falha trará risco ao meio ambiente. 3 - A eventual falha provocaráparada total da produção. 4 - Umaeventualfalhaprejudicará a qualidade do produto ou prejudicaráo atendimentoao cliente. 5 - A eventual falha provocará reduçãode produção. 6 - Uma eventual falha não causa nenhum dos efeitos acima citados. Como é lógico, vocêpoderá graduar asconseqüências dafalha oudodefeito dequalquer modo diferentedeste,e não deve esquecerde qualquer graduação que usardeveráser consensadana empresa. 19.7.5 - Uma matriz peia importância do equipamento. Vamos a um exemplo. 19.7.5.1 - A montagem da matriz e da tabela de prioridade. Aseguirestáumamatrizondeestácontempladaaimportânciadoequipamentoeasconseqüências dafalha, eo usodestamatrizpodesercombinado coma tabelaexposta apósa matriz. ViUiaidoUnlco MloVllilaUnteo NtoVIUUnloUnteo Improdutivo CoitulaASTREn ConwU*nclnl» Tabela de Priorização Código DcscriçSo Faixa EME Emergência la6 URG Urgênda 7 a 15 T48 Progmmávd com 48h 16 a 25 T96 Programável com 96b 26a34 ROT Rotina 35a 40 CoilMlaAstreln Figura 19.01 • Matrizdeprioridade e ação resultante.. — Prínridarlfs de Atendimento 177 19.7.5.2 - Uso da tabela de prioridade e seus resultados. ConaoqUóncU da Falha CIMM do EauitMtmoflta 1 > § S 1 1 1 i >1 •8 1 0 1 «• 1 S 1 1 8 1 1 1 1 o Viui e Único 1 2'!* r 11 16 21 26 yitel onacúnica 3 5 1T\ 12 17 22 27 31 > UoVital • Único G oJNe ie 23 2a 32 33 Wo Vital e-nteúdco 10 1« 24 29 33 3S 38 mpnduUvo 1S 25 L30 34 37 38 40 o tnkaUm isUdtods é cn 'cqaljpamcote 'líltil c bSo Anlco. .Tabela de Priorização Código Descrição Faixa EME Emergência Ia 6 URGC --7a 15 T48 Programóvei com 48hy ''^16825 T96 Programável comjfdí 26 a 34 ROT Rotina ^ 35 a 40 A' nfl* cxecoffis ds tnPaUio alcta a qaaU- dadcdopradsto. O coBpBUdor vctUIca o niiaero t muíama a número ,no código coobl. nado t Imprime na O.S. Figura 19.02 - Matrizde prioridade coma ação resultante. 19.7.6 - Uma matriz aiternativa. A seguirestámontadaumamatrizquepoderáser usadanestecaso. Notequenós graduamos conformedetalhamos anteriormente, mas vocêpoderáusarasgraduações que melhor lheconvier para obter o efeito nagraduação deprioridade mais adequada à sua instalação. Nocaso graduamos comapenas doisdígitos paraindicar aprioridade. Agoravocê deve associar aos números databela apalavra que deverá serimpressanaOrdem de Serviço ouusaros36níveis deprioridades definidos, onde "36" seria omaior nível. 1^3—j -A-Ofganizaçâo-o-Fianejamento^o^^ntrole da Manutenção MATRIZ DE PRIORIDADESPARA A MANUTENÇÃO Ação solidtada ou necessária -Graduação , -'dafnlha MaautcnfAo Corretiva MC Buc«I«in CèMlitia BC .ManalençAo Preventiva MP Mtsauiiflo Trtditiva ou UípcClo MD Caminloumcoto Novas iaxttlaçtscs Testae ensaiosque deverá ser feito antes. Se você atende a dois ou mais clientes intemos, e chegar ao mesmo tempo, duas solicitações de atendimento, com a prioridade máxima e só puder atender a uma delas, você deveráresolver este assunto com os solicitantes, pois eles são seus clientes e quem, porhipótese, sabem onde o sapato deles está apertando. Você deve demonstrar as limitações epotenciais das equipes de manutenção e pedir, no caso de nova ocorrência, que eles aceitem esperar e quem esperará. Se for tudo feito de acordo, não haverá problemas neste campo. Pessoalmente já tive tuna situação destas, quenão foi resolvida anível de gerência, pois os gerentes não queriam esperar. Havia apenas umaequipe de turno (luneletricista e um mecânico) e a segunda falha devia sempre esperar o término do atendimento da falha anterior. Nenhum dos dois se conformavaem esperar. Indo aoescalão superior, que era quem mandavanos dois, ficou definido quem e quais máquinas seriam atendidaseem qualseqüência, numapouco provável falha conjunta. No mais, se você atende a dois ou mais clientes intemos, faça o possível para atender a todos e atenderbem. Capítulo 20 Ordens de Serviço 20.1 - Resumo. Nestaparte tratamossobre odocumentochamadoOrdemdeServiço,quais seuscampose que tipo de informação deve constar neste documento. 20.2 - Introdução AOrdemdeServiçoéodocumentobásicoparao registrodaprestaçãodosserviçosdemanutenção. Nenhum serviço, em condições normais, deveria ser executado sem uma Ordem de Serviços previamente emitidae aprovada. A Ordem de Serviço é onde se descreve as tarefas que devem ser executadas pelo pessoal de manutenção, sejamelas oriundas de programas de manutençãopreventiva ou de solicitações de usuários para manutenções corretivas ou modificações. Este tópico será examinado dentro da ótica da Qualidade Total, usando a ferramenta chamada "5W1H", onde os 5W significam: "why" (porque), "where" (onde), "who" (quem), "what" (o que) e "when" (quando), e onde o "H" significa "how" (como). Destemodo,paracumpriroquefoiescritoacima,umaordemdeserviçosdeveráexplicitar,sempre, oquedeveserfeito(what);ondeseráfeito(where);comoseráfeito(how);quandoseráfeito(when) e por quem será feito (who). 20.3 - Projeto da Ordem de Serviço. A ordem de serviço deve ser projetada, desenhada e personalizada para a sua empresa. Usualmente nocanto superior esquerdo deve estaro logotipo daempiresa. O maior aliado neste tipo de tarefa é o fornecedor do "soft" que lhe auxiliará e lhe orientará, considerando a experiênciadele, na implementação do sistema. 182 AOrganização oPlanejamento eo Controle da Manutenção No entanto, você deve estar alerta para que ele respeite acultura de sua empresa enão lhe traga problemas novos. Ao final deste capítulo estão exemplos de O.S. de diversos formatos epara diversas situações. Consulte edecida oque você necessita. Considere qual otipo de informação que deve constar, lembrando quais suas metas dentro do Planejamento eControle da Manutenção, dentro de su^necessidadesnaEngenhariadaManutenção,dentrode suarealidadenaEngenhariadaConfiabilidade e da contabilidade de sua empresa. Não complique demasiadamente edesnecessariamente sua Ordem de Serviço. Analise com cuidado qual otipo de informação deve ser fornecida ao executante eque tipo de informaçãooexecutantedeve fornecerderetomo ao sistemadecontrole paraque asmetaseamissão damanutenção sejamcumpridas. Em seguida detalhamos umpouco mais esteassunto. 20.4 - Ordem de Serviço que chega até o PCM para execução. Nestaparte, vamosanalisarodocumeiito"O.S.",que. aochegaraléoPCM, paraserprogramada. deve atender alguns requisitos. Deve ter diversos campos ediversas informações para quem recebe aO.S. paraexecução epara quando devolve, após aexecução. 20.4.1 - O QUE deverá ser feito. Na Ordem de Serviços deverá constar título do trabalho eoque deverá ser feito. Haverá indicação clara de qual obra etipo de trabalho que deverá ser executado. Se for uma Ordem de Serviço de Manutenção PreventivaSistemática deverá ter informação da periodicidade,porexemplo, •'RevisãoSemestral"ouqualqueroutraperiodicidade,semprequefor o caso. Se for uma máquinaque tenhaseu período controlado por"horade funcionamento" deveráestar umaindicação.porexemplo, de "Revisãode 500horas" ouseocontrole for porquilômetro rodado, aindicação de"Revisão de25000 km". Istoéimportanteparaqueoexecutante fique informado destaperiodicidadee, sobre tudo,ousuário da máquina saibapor que oequipamento ficará fora deserviço. 20.4.2 - ONDE o trabalho será executado. AOrdem de Serviço (O.S.) deverá indicar claramente onde oserviço deverá ser executado. Para isto deverão estar claramente definidos os locais onde serão anotados os códigos dos equipamentos, ou ainda, onome pelo qual oequipamentoéconhecidonaunidade industrial, com seu código ou seu "TAG". AO.S. deverá possuir um local para indicar onde amáquina está situada. Seexistirem várias máquinas evários locais, aindicação feita nesta O.S. deveráser tão claraque impossibiliteerrosde localização. Deverásertãoclaraque impeçaque sejaefetuadamanutenção emuma erradaetãoclara que evite perda detempo nalocalização doequipamento. Xlapítülo 20 - Ordens de Serviço | 183 20.4.3 - COMO o trabalho será executado. Na O.S. existirá uma descrição sobre como executar as tarefas, passo apasso, bem como quais parâmetros são importantes na tarefa, principalmente nos trabalhos de manutenção preventiva. Em tese, toda aseqüência de trabalhos está descrita na Ordem de Serviço. Quando arotina forextensa, indiquenaprópriaO.S. qual oProcedimento de Manutenção Padrão (l.M.) quedeverá serusado e seguido. Se houver um computadorparaaprogramação das tarefas de manutenção, equando aseqüência de trabalhos foremitidapelocomputador, deveráhaverumafacilidadenoprogramaparaqueal.M. seja impressajunto com a O.S. Istopodeserentendido de duasformas: a- Ocomputadoréprogramado para incluirna própria O.S. todaaInstrução de Manutenção, b- Ocomputadoréprogramadopara imprimiraO.S. emencionarnelaqual al.M. que descreve comdetalhesatarefaeemseguidaimprimiral.M. toda. Cite no inícioqual aO.S. aque aquela l.M. se refere. Se a seqüência dos trabalhos for muito longa haverá, preferivelmente a indicação de qual Procedimento deManutenção Padrão deverá serusada durante o trabalho. A l.M.estaráimpressa logoa seguire anexaà O.S. Isto deve ser feito deste modo porque, sempre que houver uma modificação na seqüência dos trabalhos descritos naI.M.. napróxima vez em que a l.M. impressa para for execução, jáserá impressa junto com apróxima O.S. ejáestará com as modificações incluídas. Sempre que umsistemaassim for usado nãopermitaque sejausadaumal.M. antiga. Elapode estar desatualizada esermotivo deinsegurança, deacidentes edetrabalhos imperfeitos. No mais. oretomo dainformação parabancodedados de históricoeparaanálise, serásempre no corpo da O.S. Numa O.S.. fisicamente pequena, oslocais para osdados de retomo, deverão ser sempre bem projetados econcisos, para que quando aO.S. que retomar ao PCM, ele possa fazer oexame dos dados eadigitação das informações para histórico seja adequada. Na Procedimento de Manutenção Padrão que apoia aO.S. estará descrito oscuidados aserem tomados pelo executante; qual aseqüência de trabalho; quais as rotinas aserem seguidas; quais as ferramentas necessárias; quais os sobressalentes epeçasde trocaobrigatória; quais os valores limites mínimos emáximos para peças em desgastes; mídos eoutras variáveis. Areferência do controledequalidade não deve ficar namão do executante. Por melhorque seja otreinamentodesuaequipe, semprehaverárotatividadede mão de obra. Um próximocolaborador deverá terumachancedefazer umbom trabalho. Paraaempresa, aregularidade deexecução ea qualidadedos trabalhosde manutençãosãofundamentais paraum bomdesempenhodeprodução. APMP deverá citar quais os equipamentos de proteção individual ecoletiva devem ser usados e instalados no local onde será efetuada a manutenção. Faça de conta que opróximo executante não foi treinado em Segurança do Trabalho. Oconjunto será mais segurosuasrotinasque,usualmente,podemsercoihplexaseonerosasemuitasdasv^es desnecessárias. Ver os estudos sobre Manutenção Centrada em Confiabilidade. Normalmente as rotinas de manutenção preventiva não consideram a carga de trabalho das máquinas,não dãoum tratamentoespecialparaefetuaras tarefasde manutençãoe as rotinasde mododiferenteemlocaisdiferentese,muitasvezes, usamsobressalentesemdemasia. Estasituação é, normalmente, evitada com o uso de outras técnicas, como a Manutenção Centrada em Confiabilidade(MCC), ManutençãoProdutivaTotal (MPT), etc. 2.4.3 - Onde é aceitável apenas MP. Ousodeapenas manutençãopreventivaéaceitável ondesedesejamanterasituaçãoatual porque seestásatisfeitocomela.Julga-sequemelhoriassãodesnecessáriasequeocustodasmanutenções estábom. Normalmenteexiste oparadigma: "timeque estábemnãosemexe". Oproblemaéque os outros times estão melhorando e logo estaremos ultrapassados. Vocêdesejaser ultrapassadona competiçãoindustrial? 8 2.4.4 - Onde não é aceitável apenas MP. Nãoéaceitável usarapenas amanutenção preventivasistemáticaquando vocêdevetomarmedidas paraaumentar a vidaútil dosequipamentos, onde aempresa precisa aumentar a lucratividade e precisa reduzir seus custos. Isto é uma realidade na maioria das empresas. 2.4.5 - Comentários sobre apenas MP. Freqtlentemente usa-se aManutençãoPreventivaSistemática,dentrodoscritérios preconizados pelosfabricantes, oquejá é umagrande evolução sobreo usodeapenas manutenção corretiva. Como sabemos, o fabricante entende muito do equipamento que ele fabrica e sabe muito bem o queé necessário paraqueo equipamento funcione bem. Oproblema équeele,o fabricante, aoproporrotinas demanutenção preventivasistemáticanem sempreconsideraacargadetrabalhodoequipamento,nãoconsideraascaracterísticasdolocal onde eleestáinstaladoe nemasinteraçõesdoequipamento comoutrosequipamentos ousistemas.As vezesa cargade trabalhoé maior quea esperada. Conformeregistrado porautoressobreManutençãoCentradaemConfiabilidade, emalgunscasos, oprogramademanutenção preventivaécompostoderecomendaçõesdofabricante pararessalvar os interesses dele, o fabricante, durante o período de garantia. Tenhaem mente que muitos fabricantes, atualmente, já estão mandando recomendações de manutençãodentrodasmelhores técnicaseestratégiasparaaumentaravidadoequipamento, para produzircomqualidadeesemcolocaremrisco vidas, meioambienteeasaúdefinanceira daempresa usuária do equipamento. Muitos fabricantes já mandam recomendações para que os gastos em manutenção sejam os mínimos,permitindoassimmaiorprodutividadee segurança. /2.5 - Estratégia de Uso da Manutenção Preditiva. -2.5.1 - Definição de MD. Manutenção Preditiva - Todo o trabalho deacompanhamento e monitoração dascondições da máquina,de seus parâmetros operacionaise sua eventual degradação. Nocontextoqueestamosdefinindo, tarefas resultantes deMonitoraçãoPreditivaseiãotarefas de Manutenção corretiva ouManutenção Baseada naCondição ouManutenção porEstado, como queiramdefíniro queresultadeumapreditiva. Asdefínições que vocêusarna suaempresa,deverãoestarbemestabelecidase bemclaras,com exemplos, no seu Manual de Organizaçãode Manutenção, na parte "definições" ou na parte "significadodas palavras". 2.5.2 - Conseqüências desta definição. Como acima definido, as conseqüências das ações de preditiva são apenas três: Ounão é necessário fazer nada, pois a máquina está embom estado; ou se fará uma manutenção preventiva, antesdafalha,oufinalmente, sefaráumamanutenção corretiva, casoamáquinaseja encontrada já em estado de pane, ou seja: esteja em falha. • T 1 § Capítulo 2 - Estrat^as de Gerenciamento de Manutenção A estas tarefas de manutenção preventiva, detectadas como necessárias, antes da falha, vamos chamar de "Manutenção Preventiva Baseada na Condição" ou "Manutenção Preventiva por Estado". Isto deverá estar bem definido e bem claro no seu Manual de Organização de Manutenção. 2.5.3 - Onde é aceitável a MD. Onde o custo da falha é grande. Onde as despesas com esta técnica são menores que as eventuais despesas e gastos com reparos, custos de indenizações e custos de perda de produção. ^2.5.4 - Onde não é aceitável a MD. Onde o custo desta técnica não trará vantagem financeira para a empresa. Em locais onde se faz MD apenas por fazer. Apenas para poder dizer: temos monitoração preditiva. Por absurdo, não faz sentido montar um sistema de monitoração de ruídos e vibraçãQ,-^e acompanhamentoinstrumentadodavidade umrolamentodeumabombade filtragemde^gua de uma piscina residencial, com bomba de reserva instalada. Umproblemacomestabombadefiltragemfarácomqueabombadereservasejaacionadaeabomba quesaiudecargapoderáserreparada. Iremosgastarmaiscomestesprocedimentoseequipamentos de monitoração do que com o reparo do item. 2.5.5 - Comentários sobre o uso de MD. Amonitoraçãoeosprocedimentosdemanutençãodeterminadosemconseqüênciada monitoração são uma das formas mais eficientes e mais baratas de estratégia de manutenção, em unidades industriais onde o custo da falha é grande. Noteque asprovidênciasdeterminadasemconseqüênciadeumainspeçãoou monitoraçãopreditiva serão ordens de serviço de manutenção preventiva ou manutenção corretiva se a falha já estiver instalada. Algumas empresas, erroneamente no nosso entender, chamam de manutenção corretiva progra madaas tarefas de Manutenção Baseadana Condição ou se preferirem. ManutençãoporEstado. Se o item aindadesempenhaafunção, todo e qualquertrabalhorealizado nele não pode ser chamado de corretiva. Se indevidamente chamado de "corretiva" fará com que os indicadores de tipos de manutenção sejam desnecessariamente distorcidos. Neste caso, a quantidade de manutenção corretivaserá falsamente maiorque a real, o que dará um percentual maiorde manutençãocorretiva apontado. No exemplo da bomba da piscina, uma inspeção periódica detectará o problema. Estamos enquadrando a inspeção não instrumentada como uma das técnicas de manutenção preditiva. As inspeções não instrumentadas (com os seus cinco sentidos), as inspeções instrumentadas para aumentar a sensibilidade dos sentidos e constatar outras variáveis, a monitoração "on line", as técnicas de análise de óleo lubrificante, de termografia, de medição de ruídos e de vibração em equipamentos, testes e ensaios não destrutivos e periódicos são um modo de aumentar a vida do equipamento e de fazer menor quantidade de preventiva sistemática, ou melhor, fazer apenas quando for necessário. to Para facilidade deentendimento, colocamos a seguir, sob forma deorganograma, ostipos de manutenções devidamente aberto para transmitiroque usamos erecomendamos. Note que este exemplo anterior éapenas uma maneira de separar atividades. Outros autores usamdefinições diferentes. Estaé nossapercepção nestemomento. Outros autores usamdefinições diferentes. Estaénossapercepção nestemomento. MANUTENÇÃO Tipos PREVENTIVA (tnUiiia filha} sempre planejada CORRETIVA Jipóaaralha} pode ser planejada Sistemática bdanMUzada «U COMTOtt ffltnuil pordtM porprsduçlo par hora d* fundoiunMitto por ciclo8, ate, ReconstruçSes {qumdo amáquinaaalda'; carga para modtflcatto) LubrlTicaçao .(lodaaastaralat) Sistemática Incorporada notam Por Oportunidade Oaqua a máquina «sU parada «amoafazai) Grandes reparos (quando amtqiiina aalda , carga para larrafalta) Baseada na CondiçSo (confoim* datactadoam rotInaadaptadUV*) Prosramada (Quabrau agora ma* ou poaao faiar *m outra daia) NSo Programada (Quabrou agora a praclao fazaragor^ PREDITIVA (tantaravBaraWha) sempre planejada acompanhamento por método* .Estatísticos monitoração dotam Local Remota. inediçSo de parimairo* -Inspeções (ailMdadad* InmaalBeá'} tnstrumentada Náo Instrummrtada Figura 02-01 - Organograma demonstrativo deTipos deManutenção. 2.6 - Estratégia de Capacitação de Equipes. 2.b.1 - Definições. Capaz -Que tem competência ou aptidão. Oque tem capacidade. Oque tem habilidade. Capacitação de Equipes • Seqüência de eventos que inclui conscientização, treinamento, fdiiraçã" efilosofia de vida. para proporcionar conhecimentos ehabilidadesse não se esquecer nada sobre segurança eprevenção de acidentes. Émelhor repetir um aviso de segurança do que constatar, após um acidente grave, que amedida desegurança foi esquecida oueraignorada oudesconhecida. -t84 -|- eo Controle^da Manutenção Se a O.S.não citar estes cuidados, aProcedimentode Manutenção Padrão devecitar ainda: quais oscuidadosparainterdiçãodeáreaequaisprocedimentos quedevemsertomados ao términodo trabalho para liberação do local. Isto inclui testes e procedimentos de limpeza e eventual descontaminação; inspeções de órgãosde segurança(internose externos);órgãos de proteção ambiental; desaúdepública;dogrupodeprevençãodeacidentesinternosbemcomodeengenheiros de segurança e técnicos. 20.4.4 - QUEM fará o trabalho. Éparte obrigatória deuma O.S. programada, aindicação dequem iráexecutar o trabalho. Esta indicação será a Divisão, a Seção,aTurma, o Grupo, e se necessário, poderá ter até o nome do empregado, a matrícula, e, em sistemas informatizados. Assim, na O.S. deverá constar o tipodemão de obra (eletricista, mecânico), qual a seção; turma; supervisão; e ainda os demais dados que possam facilitar a obtenção de dados numa pesquisa posterior. Em sistemas não informatizados, ao indicar a equipe que executará a obra, normalmente, está implícito o tipo de mão de obra. Pensamosem empresas muito pequenas. Seexisteapossibilidadede queoserviçosejacumpridoporsubcontratanteou porterceiros,deverá estar incluída uma parte que descreva a classificação mínima e conhecimentos mínimos que o executante possua; níveis de escolaridade; treinamento prévio e etc. Note que, em alguns casos, esta informação deve estar incluída também no início da Instrução de Manutenção, além, é lógico, de estar bem detalhada no contrato de prestação de serviços. NaO.S.haveráumcampoparaquesejaindicadoo tempoprováveldeexecuçãoda tarefa.Ao lado desde campo deverá haver um outro para anotaro tempo real de execução. Em sistemas de CMMS isto pode ser desnecessário, pois o lançamento diário dos trabalhos executados no dia trará a soma do que foi gasto em Hh até então. 20.4.5 - QUANDO o trabalho será executado. Com a indicação de quando será feita aobra, estamos fazendo com que exista uma programação prévia. Isto é particularmente importantequando existem trabalhos que afetam muitas áreas, ou que exigem cuidados especiais com mobilização de muitos recursos. A O.S.poderá ter um campo que indiqueo tempomáximo deexecuçãoe ainda,em alguns casos, deveráestarestabelecidoqualahoramaiscedoe maistardequeo trabalhodeveráser iniciadobem como qual a hora mais cedo e mais tarde que deverá estar concluído. A O.S. indicará ainda o "por que" desteprocedimento e informará o que deve ser feito caso não seja possível cumprir, e quem deverá ser informado da impossibilidade. Deveráhaver umcampo onde será indicada a prioridade do serviço, com aspalavras ou códigos de prioridade que a empresa usar. rapfhiln 20 —Ordens de Serviço | 185 20.5 - RETORNO da O.S. do exfecutante ao PCWI após executada. AO.S. além deservirpararegistro detodo oserviço executado, serviráaindapararegistrodoque foi executado, quando foi executado,comofoi executado,quando, porquem, equais osproblemas encontrados. Estes dados sãofundamentais paraaconstrução deumHistórico deManutenção. As Ordens deServiçoaoretomarem aoPCMdeverão indicar: 20.5.1 - ONDE o trabalho foi executado. Noretomo, a Ordem deServiço (O.S.) indicará onde oserviço foi executado. Normalmenteoserviço éem máquinas estacionárias ou eminstalações fixas, eesta solicitação é satisfeitaapenas pela indicação do local onde amáquina estainstalada. Em casos deatendimento deequipamentos móveis esefor desejado um controle sobre oslocms de execução, deveráser feita umaprevisãopara indicarolocal real daexecução,jáquepodevari^ em muito otempo real de execução comamudançade locais. Ainformaçãoéparticularmente útil paraestimativas futuras, neste mesmo equipamento, equipamentos semelhanteseem local onde as tarefas foram executadas. 20.5.2 - O QUE foi feito. Aprevisão de espaço para indicar oque foi feito deve ser dentro da necessidade de registro de histórico de cadaempresa. Quem usahistórico codificado deve colocar espaço paratal. Emqualquercaso,haverásempreespaçoparaqueoexecutante façaadescriçãoemlinguagemclara (não codificada) ecom suas próprias palavras registre oevento. Este espaço, dentro do interesse daempresa, deveráregistraraspeças trocadas, omaterialgastoealgunsoutrosdados que poderão serutilizados nofuturo ounapróxima vezqueo serviço forprogramado. Com isto aumentar-se-á a eficiência da equipe. 20.5.3 - COMO o trabalho foi executado. NaO.S. existirá campo para indicar se a informação queveio foisuficiente ousedeveria ser completada. Este campo indicará seoProcedimento de Manutenção Padrão deve ser refeito ou complementado. Quando a seqüência dos trabalhos for muito longa, haverá, então, um acompanhamento e entendimento entreexecutantes, seussupervisores eo PCM paraanálise e melhordesempenho daequipe executante napróxima vez emque otrabalho for executado. Não seesqueça de que quase todos ostrabalhos de Manutenção Preventiva são repetitivos. 20.5.4 - POR QUEM o trabalho foi executado. DeveserobrigatórianumaO.S. programada, indicaçãodequemexecutouotrabalho. Usualmente quem executou éaquele profissional que foi programado para atarefa. ^^86 p Planejamento e o Controle da Manutenção Esta indicação de retomo deve ser pelo código do empregado em sistemas informatizados e, em sistemas manuais o nome e o tipo de mão de obra (eletricista; mecânico; qual a seção; turma; supervisão); e demais dados que possam facilitar uma pesquisa posterior. Além disto, próximo do campo que indicou o tempo provável de execução da tarefa, haverá um outro campo que será usado com a indicação do tempo real de execução da tarefa, para uso de apropriação de mão de obra. Em sistemas informatizados a indicação do código do executante com a parcela de cada dia fará a soma no próprio computador das parcelas usadas em vários dias e dará o total de mão de obra quefoiusadana tarefa. Istoé importanteparacontrolede serviços em atrasoeem execução. Pode- se saber o que existe por fazer. Umestudo do índice de equipe conhecidocomo Backlogé importante paragerenciar a mão deobra. Este estudo está completo no livro sobre Indicadores. 20.5.5 - QUANDO o trabalho foi executado. Comaindicaçãodequandofoiexecutadaa obra,estamosfazendocomqueexista umvínculopara controle entre a programação prévia e a execução. Istoé muito importante quando existem trabalhos que afetam muitas áreas, ou que exigem cuidados especiais com mobilização de muitos recursos. Se houve necessidade de alterar a programação o PCM deve, previamente, estar a par e proceder às alterações que sejam cabíveis na próxima vez em que o trabalho for executado. 20.6 - Arquivamento de Ordens de Serviço. Após conclusão das tarefas os dados, pertinentes ao sistema de informações montado, deverão ser apontadas e lançadas em local adequado. Os lançamentos em sistemas de controle manual e informatizado são feitos de modo diferente. 20.6.1 - Em controle manual. Emcontrole manual, estes d^os são lançados na Ficha de Histórico do Equipamento. A ficha de históricode equipamentos é um documento especialmente desenhado para receberesta informação. Para cada equipamento importante haverá uma ficha onde serão anotados os dados importantes, para que estes dados, no futuro, sejam as informações para a análise do que aconteceu no equipamento. Após a leitura e análise do que conste na fícha, a pessoa que leu os dados, baseada na informação lida e em seus conhecimentos, possa tomar uma decisão sobre o que deve ser feito para evitarrepetição de problemas. Nestepontoé adequadoressaltarqueseas anotaçõesnão foram feitasde formaadequada,quem lera Fichade Histórico,não terá comosabero querealmente aconteceu.Mais adiante, na parte de Histórico de Equipamentos retomaremos a este assunto. |- rffpfhiln 20 - Ordens de Serviço | 187 20.6.2 - Em controle Informatizado. Em controle informatizado, osauma equipe deprofissionaisparaqueelaestejaaptaaexercerumconjuntode tarefasnaespecialidadeouprofissão, dentro de preceitos eespecificações que atendam arequisitos de qualidade do processo ou do prestador de serviços. CapacitaçãoPessoa!-Seqüênciadeeventos que inclui conscientização, treinamento, educação efilosofia devida, para proporcionar conhecimentos ehabilidades aum profissional ouauma pessoa para que ela esteja apta a exercer uma determinada profissão, dentro de preceitos e especificações que atendam arequisitos de qualidade do processo ou do prestador de serviços. T Capítido 2 - Estratégias de Gerenciamento de Manutenção 11 Capacitação Profissional - Conjunto de conhecimentos e habilidades obtidas através de formação, treinamento e/ouexperiência,que tomam um indivíduoaptoa exercer uma ocupação. Asdefiniçõesquevocêusarnasuaempresa,deverãoestarbemestabelecidas e bemclaras, com exemplos, no seu Manual de Organização de Manutenção, na parte "definições" ou na parte "significadodas palavras". 2.6.2 - Quando usar. Quando for necessário dotar a equipe de manutenção e seus executantes de conhecimentos adequados para que eles executemos reparos no menor tempo possível e com os melhores resultados. Quando um dos indicadoresde qualidadedos serviços,conhecidocomo "Retrabalho" for a um nível não aceitável e atribuídoà má qualidadeou despreparoda mãode obra. 2.6.3 - Como detectar a necessidade. Procurando, verificando, testando os colaboradores que nos auxiliam no dia a dia. A maioria dos colaboradores procura fazer as tarefas do melhor modo que eles sabem. Pouquíssimos terão coragem de dizer: isto eu não sei direito. Assim, muitahabilidadeénecessáriaparaencontrarestanecessidade. Existem treinamentos que devem ser feitos periodicamente, por exemplo, capacitação em rolamentos, hidráulica básica, noções de pneumática, curso de lubrificaçãoindustrial,curso de solda, etc. Digoperiodicamente,poisexistearotatividadedemãodeobraeosnovosprofissionaisquechegam à empresa devem ser treinados. Quanto mais os seus colaboradores souberem, melhor se desempenharão em suas tarefas. Oriente-ospara buscaremcertificação no PNQCda Abraman. Lá existeum teste para diversas especialidades muito bem feito que lhe informará sobre o nível de conhecimento de seus colaboradores. Este testejáestádisponível para váriasespecialidades. Existem apostilas gravadas em CD para diversas especialidades. Nãoesqueça: treine-os,comaajudadofabricantedosequipamentos,nassuasmáquinasvitaisou nas que mais estão dando problemas. Se a sua empresa tiver umbombancode dados,umapesquisade falhasusandoaDistribuiçãode WeibuU,se o beta encontrado for "menor que um" é um sintoma de que pode haver deficiência deconhecimento, entreoutrascausapossíveis. 2.6.4 - Quem deve executar a capacitação das pessoas. Aárea de Recursos Humanos é responsávelpor implantare executaros treinamentos identificados comonecessários para a corretaexecuçãodas tarefas;estabelecerprocedimentospara a realização de cursos internos e externos; cadastramento de instrutores internos e externos. 2.6.5 - Comentários sobre o treinamento. É da responsabilidade do Gerente e da supervisão da sua equipe detectar necessidades de treinamento, colocarnoorçamentoefazercumpriresteorçamentoparaquesuaequipesejatreinada e capacitada. Para recordar colocamos a definição de Manutenabilidade: 12 AO Probabilidadede quelunItemavariado possasercolocadonovamente emseuestado operacional, emumperíodo de tempo predefmido, quando aManutençãoérealizadaemcondiçõesdetermina das, eTT^ pfptuada rnm na meio^ pprnrpdimentOS eStabelecidOSU. (O grifO énOSSO) Note que não grifamos "tempo predefmido" porque tudo éuma conseqüência do nível de conhecimentoedaexperiência, dacapacitação de seu pessoalede suainstalação de manutenção. Oprogramadorpoderádefinirumtempo demasiado paraumatarefa. Os executantesconseguirão fazer dentro deste tempo que poderá ser maior que otempo necessário. 2.7 - Estratégiade Capacitação das Instalações. 2.7.1 - Definição. CapacitaçãodasInstalações-Conjuntode medidaseplanosparaobteráreaeespaçonecessário bemcomoseqüênciade aquisições de materiaiseferramentas paradotarumaequipeou umaseção de recursos necessários para que possam executar um reparo dentro dos padrões aceitos como corretos. Capaz-Que tem competência ou aptidão. Oque tem capacidade. Oque tem habilidade. Capacitação de Instalações: conjunto de medidas para dotar as instalações com ferramentas,instrumentoseequipamentosparaquesejapossívelexecutardeterminadas tarefascommãodeobra qualificadaecapacitada. As definições que você usar na sua empresa, deverão estarbem estabelecidasebem claras, com exemplos, no seu Manual de Organização de Manutenção, na parte "definições" ou na parte "significadodaspalavras". 2.7.2-Quando Usar. Quando forem notadas improvisações ereparos, quando feitos acima do tempo médio que se esperavafazer efor resultado de instalações inadequadas ou de má qualidade. Quando um dos indicadores de qualidade dos serviços, conhecido como "Retrabalho" for aum nível não aceitável eatribuído àmáqualidade ou inadequação das instalações. 2.7.3 - Quem deve detectar a necessidade. Os gerentes, os engenheiros, supervisores eencarregados, eisto, antes dos clientes 2.7.4 - Comentários. Este pontoéumpoucodifícil. Estamos falando de material necessário enão dedesejosde técnicas super sofisticadas que, às vezes, não encontram respaldo técnico ou financeiro. Jáencontramos casos em que odesejo do supervisornão se justificava. Aferramenta só poderia ser usada com ganho de 10% no prazo de execução, financeiramente injustificável para uma projeção de quinze anos. Atarefa eraexecutada com eficiênciaesegurança com as ferramentas disponíveis. •1 4 Capíttdo 2 - Estratégias de Gerenciamento de Manutenção 13 Parareforço relembro adefinição deManutenabilidade: Probabilidade dequeumItemavariado possasercolocado novamente emseuestado operacional, emumperíodo detempo predefinido, quando a Manutenção é realizada Vem condições determinadas, eé efetuada comos meiosU e procedimentos estabelecidos, (grifo é nosso). Comofizemosnotar antes,nãogrifei"tempopredefinido"porquetudoé umaconseqüênciada capacitação depessoal edeinstalação. Vocêpodedefinirumtempodemasiado econseguir fazer notempo demasiado definido, masestetempo pode serodobro ouo triplo dotempo necessário. 2.8 - Estratégia de Melhorias na Manutenção. 2.8.1 - Definição. Melhorias na Manutenção-Ousoe introduçãodenovosmétodose novastécnicaspara tomar as atitudes e os métodos de trabalho mais eficientes e produtivos. 2.8.2 - Quando usar. Quando você precisa melhorar e não sabe o que fazer e nem como. Usadaparamudaro tipodosreparos eo modo daspessoas agirem paraqueosproblemas sejam resolvidos adequadamente e não mais se repitam. Fazero reparo resolvendoo problemade modoqueele não voltea ocorrer. A busca contínua da melhoria usando novas técnicas e novas descobertas em métodos de gerenciamento, novosmétodos deavaliação deprogramas demanutenção. Exemplosquecitamos: ousodatécnicadaManutençãoProdutivaTotalcomseusquestionamentos sobre comodeveser tratadoo equipamento, quemdevecuidare comodeveser cuidado. Outro exemploé o uso da metodologia da Manutenção Centrada em Confiabilidade com seu questionamento de"UporqueestatarefaestásendofeitaU?"ou"Uporque estatarefanãoé feita deoutromodoU?".ou"Uporque estaoutratarefanãoé feitaU?"ouainda"Uporqueesta tarefa é feita nesta periodicidadeU?". A MCCaindaquestiona:porqueesta falhaocorre?O que fazerpara queesta falha não ocorra? Nada como fazer um bom estudo de FMEA. Emconseqüência: o quedeveremos mudar emnossoplanodemanutenção preventiva paraque esta falha nuncamais aconteça? Istoé válidoparafalhas degravesconseqüências e quedevem serevitadas, poispodemcausar mortes, ferimentosou gravesdanosao meioambiente,à propriedadeou às finançasda empresa, casoaconteçam. Lógicoqueexistemdezenasdetécnicaseferramentas dequalidadequemelhoramo desempenho da equipe e reduzem custos. 2.9 - Por que selecionar alternativas ou mudar de estratégias? Paraobterinstalaçõesproduzindopormaistempo,commáquinasmaisconfiáveisemseusciclosde trabalhos e com o menor custo necessário. 14 e o Controle da Manutenção Paraobternas instalações: aumentode disponibilidade, aumento de confiabilidadeeminimização de despesas. Para que seu trabalho ede seus colaboradores seja gratificante ecompensador. Paraquesuaempresasejamais forte. 2.10 - Uma sugestão para estabelecimento de estratégias. Paramaximizar a eficiência desuamanutenção, a seguir sugerimos umprocedimento quenos parece adequado, entre os diversos procedimentos que podem ser usados. Mais ou menos dentro do seguinte: A—Classifiqueseus equipamentosdentro dos critérios colocados naparte"Definições adiante. B- Divida osequipamentos separados pelos critérios emgrupos. C- Tratecadagrupocomprocedimentos diferentes. Exemplo: Sem perda de generalidade, vamos supor que você encontrou equipamentos que se falharem colocamemriscoavidahumana, podendo trazeratérisco de morte. Duranteamanutenção, existem riscos graves para os manutentores. IgualmentevocêpoderáencontrarequipamentosquedaiSoparadatotal deprodução, poissãovitais e únicos. Outros equipamentos darão apenas pequena perda de produção. Em alguns outros, ocusto do reparo éapenas ocusto de reparar. Não trazem risco àvida enem param produção. Você classifica em, porexemplo, três ouquatro grupos. Vamos usar aqui apenas três grupos. Grupo 1: grande risco de acidentes (risco àvidaepoluição ambiental) egrandes perdas em casò de eventual falha. Grupo 2: pequenos risco de acidentes epequenas perdas em caso de eventual falha. Grupo 3: nenhum risco de acidentes eapenas ocusto do reparo em caso de eventual falha. Lógico que estamosreduzindoestaclassificaçãobastanteesimplificando do mesmo modo, por serapenasum exemplo. Assim, osprocedimentos resultantes poderiam ser: Grupo1-Oficinacomferramentas einstrumentos adequados; mãodeobratreinadaecapacitada; equipamentoseitenscommonitoraçãoepreditiva;programas de manutençãorevistos dentrodos critérios da Manutenção Centrada em Confiabilidade; análise preliminar de risco efetuada; Procedin^ntosdeManutenç&)Padrãodisponíveiscomriscos incluídoseAPT; manutençõescom basenacondição epreventivas sistemáticas; programas de procurade perda de funções ocultas, falhas ocultas(verMCC);eeventuaiscorretivasemprioridadesurgênciaeemergênciaenecessário programas de treinamento necessários ereciclagemperiódicas. Manutentores com profvmdos e sólidosconhecimentosdesuaespecialidade. Fundamental mão de obraqualificadaecertificada. Recomendamos ver o programaPNQCda Abraman. Garantir que os operadores sejam bem treinados ebem capacitados. Que estejam cientes das conseqüênciasdeeventualoperaçãoinadequada. Grupo2-Mesmaoficinaeirtôsmamãode obra; equipamentosprovavelmente semmonitoração esempreditiva,poisocustodeeventual falhaé pequeno,podenctoterprogramasdeinspeçãovisual; manutenções preventivas sistemáticas edentro da experiência adquirida pelo seu pessoal, bem como recomendações do fabricante; corretivas atendidas omais rápido possível. Programa de w Capítulo2 - Estratégias de Gerenciamento de Manutenção 15 treinamento desejável ereciclagem. Manutentores comsólidos conhecimentosdesuaespeciali dade. Necessáriaoudesejávelmãodeobraqualificadaecertificada. Recomendamos veroprograma PNQC da Abraman. Grupo 3- Mesma oficina e mão deobra; parece-nos desnecessários programas depreditiva e monitoração; podeserdesnecessáriaaPreventivaSistemática, podendo terprogramasdeinspeção visual; podeserque sejamaiseconômicofazer apenas amanutençãocorretiva. Manutentores com conhecimentos médios emsuaespecialidade. Desejável mãodeobraqualificada e certificada. Recomendamos ver o programa PNQC da Abraman. Concluindo: esteseriaumesboçobásicoparamontarsuasestratégiasdemanutenção,considerando aempresa, olocal das instalações, osriscos envolvidos easeventuaisperdas financeiras emcaso de falha. 2.11 - O fluxograma resultante. A seguir um fluxograma que pode ser usado: Grupo 1: Providênelai: 1 -MBode obtatnlnada, testada e certificada. 2-Sobrestalemee certificados de fetnecedor certificada 3-.onelna> com todos os rscuisoseartificados. 4-Outros como necassiito. Classificar os Equipamentos Separar em grupos Grupo'2: Providenciar 1 • Mfio de Obra treinada e testada. 2 • Sobressalentes com qualidade de fomecedor certificada 3 - Oficinas coin todos es recursos necessiUos. 4- Outros como necessária Grupo 3: Providenciar: 1 - Mão ds Obra treinada. 2 5 Sobrostalentea com qualidade. 3 -Oflcltuncom todos os rccuraos suflcicntéi. 4-Outros como necessária Figura 02.02 - Fluxograma de Decisão de Estratégias A figuraacimaé apenasumexemplobemsimplesdemontagem. Usamostrês grupos. Narealidadedesuaempresapodeserquevocêdevaabiiremmais grupos edeterminardiferentes tipos de abordagens ou de estratégiascomoaquicolocamos. Vocêpodesepararequipamentosesistemascríticosemsegurançaparaa fábricíi, paraaspessoas eparaomeioambiente; equipamentoscríticos quanto àqualidadedeseuproduto; equipamentos deproduçãonãocríticos; equipamentos quenãosãodeprodução; equipamentosdeconfortoebem estar e etc. 16 2.12 - Comentários sobre estratégias. Comooleitorpodenotar,existeumanecessidadeconstantedeestaratentoaoqueestáacontecendo e uma necessidade de se encontrar uma melhor maneira de gerenciar. Demodogeral,amelhormaneiraderesolverosproblemas demanutenção deumaempre.preocupaçãodequalquergerente. Nenhumaaçãodemanutençãodevesertomadasenãoestiverfinanceiramente respaldada. Nãosó ocusto doreparo. Devem serconsideradososcustos deperda deprodução, deperdas dematéria prima, de indenizações poracidentes, poluição ambiental (sonora, luminosa e doecossistema), perturbação davidadevizinhos e dacomunidade, perdas devidas decolaboradores e usuários. Nãoesqueçaquealgimscustos deindenizaçãopodemlevarumaempresaàfalência, alémdeseus responsáveis a processos bastante complicados na justiça. 3.2 - A Formação da Empresa Umaempresaparaserformadaprecisadecapital (dinheiro) paraseinstalar,paraadquirirmáquinas, e limaáreafísica. Tudooqueégastonasinstalaçõesdeumafábricadivide-sebasicamenteemtrês parcelas: asdespesas deinstalação, oequipamento instalado ea tecnologia ouo conhecimento adequadopara fazero equipamentooperarde modocorreto. Agora,tudoestandocorreto,faltaapenasobtera mãodeobra,treinada,e a matériaprima. Masparapennaticrcei emfimcionamentoaindústriaprecisarádemais matériaprimaedemáquinas funcionando i tnanuienção). Nestecapftu1o vamos tratardocustodamanutenção naindústriaou,dequantoumamanutenção podeonerar umaempresaouserfatordemelhoriadeprodução, dereduçãodedespesas, deperda de matéria prima como rejeito (refugo ou sucata). 3.3 - O censo de 1968 dos Estados Unidos o censo de 1968 nos Estados Unidos fez um estudo em 20 grandes grupos industriais e encontrou queovalormédio,gastoemmanutençãoeracercade8%(oitoporcento)dovalorcontábildoativo fíxo de cada grupo industrial. Verifícou-se tambémque a distribuiçãoera bem concentrada em tomo deste valor, ou seja: 16 entre os vinte grupos estavam entre 6 e 10% 12 entre os vinte grupos estavam entre 7 e 9% do valor. Arelaçãoentreasdespesascompessoaldemanutenção eo materialgastoemmanutenção erada ordem de 53% em mão de obra e de 47% em material. Noentanto, aautomatização industrial eaproduçãodebensemsériealteraramesteperfil.Em1975 a revista americana "Modem Manufacturing" publicou um resultado de uma pesquisa onde encontrou que a relação havia se alterado para 60% em mão de obra e 40% em material. Em 1981,em visitaa umgrandegmpo industrialnos EstadosUnidosencontramosque, naquele ano, naquela empresa, a relação haviase modificado para 63,47% em mão de obra e 36,53% em material. Os dados sobre oBrasilsãode50%para a mão de obra e 50 %para material, conformeo Documento Nacionaleditado bienalmentepela Abraman,chegando, em alguns casos, aos 70% de mão obra e 30% de material. Uma boa visão de conjunto é colocada adiante, usando como base as respostas dadas aos questionários enviados durante as pesquisas efetuadas pela Abraman. 3.4 - Os custos de Manutenção na Inglaterra Conforme dados publicados pela ONU (UNIDO 1971 e 1975), e alguns outros livros a partir daquelapublicação,asdespesasemmanutençãoemmilhõesde librasporano,foram,comoabaixo: Custos de Engenharia de Manutenção em Indústrias manufatureiras britânicas 1.100 Custosde todaa manutençãoemtodasas indústriasbritânicas 4.000 Economias estimadas em custos diretos de manutenção (mão de obra e material) que seriam possíveis, seum planejamentoeumcontroleadequadode manutençãofossemintroduzidos, sem perda ou prejuízos de produção 200 a 250 Economiaspossíveis em custosindiretos,comoperda de produção,etc 200a300 Melhoriaspossíveis emprodutividadenosDepartamentosdemanutenção, liberandopessoas para trabalhos de produção, ou para projetos de capital 60% 3.5 - Fatores adversos no custo e na eficiência da Manutenção o mesmo documentoda ONU relacionasete fatores que influem negativamentena eficiênciae nos custos da manutenção: £i Capítulo 3 - Os Custos em Manutenção 19 "Pesquisa inadequada na confiabilidade e no equipamento vida do durante afase de projeto da instalação, ou de aquisição de novos equipamentos". "Procura da proposta mais barata, na aquisição, sem dar ênfase aos custos de manutenção durante a vida do equipamento". "Procura sem detalhamento das especificações e sem reforçar a necessidade de suporte adequado à manutenção, como Manuais, Listas de Sobressalentes, Desenhos, Auxílio em treinamento, Programasde Manutençãosugeridospelofabricante, Orientaçãoemcomomelhor instalar o equipamento, etc.". "Deficiências Gerênciasna avaliação correta do trabalhoda manutenção ede sua importância nofuturo das instalações". "Falhas em planejamento de manutenção e orçamentos inadequados". "Treinamento inadequado para o pessoal de manutenção, que deve serfornecido em comple mento às habilidades básicas". "Treinamento insuficiente para os Gerentes de Manutenção". O documento cita ainda alguns fatores que aumentam os efeitos dos itens acima, como conside rações gerenciais feitas apenas para eventos em curto prazo, aumento do custo de sobressalentes, introdução de conceitos obsoletos em projetos das máquinas, etc. 3.6 - O custo na indústria química americana A revista Chemical Weeks de julho de 1986 publicou a página 36 informações sobre trinta e oito companhias americanas da área química, onde o total de despesas estava na ordem de 5.2 bilhões de dólares. A mesma revista, em 1987, à página 45 publicou dados atualizados informando que as despesas de cerca de 5.2 bilhões do ano anterior aumentaram em 1,6 %. A revistanão informase houve aumento de produçãoou se as despesas aumentaram com a mesma produção. 3.7 - O Custo de manutenção na indústria espanhola. AAssociação Espanhola de Manutenção divulga, em publicação qüinqüenal, onde informa sobre os custos e sobre diversos dados da manutenção na Espanha, dentro do mesmo formato básico que é usado pela Abraman, aqui no Brasil. É importante verificar que, oformato dos dados lápublicados pelaAEM, passou aservir como base para o formato que passaria a ser usado, mais tarde, pela Abraman, como veremos adiante. Apesquisa efetuada aquino Brasilinfluenciou de algummodoàentidade irmã, pois os dados sobre custos sobre o faturamento bruto só foram incluídos pela primeira vez em 1995 foi de 3,56%. O dado não foi mais publicado. A publicação da AEM possui diversas questões abrangentes e dão uma muito boa idéia sobre a manutenção e seu desempenho, na Espanha. -A-Qrganização o PlQrt^mertto^o-GeRti6ie-da44aiUitenção 3.8 - O custo de manutenção nas indústrias brasileiras Muito antesdodocumento espanhol eporiniciativadeAldoZuccaexistemdadossobreaindústria brasileira, em seus vários segmentos. Foram publicados em1984, no24°Seminário deManutenção doIBP, atualizados de 1985 por ocasião do25°SemináriodeManutenção doIBP. Em1986porocasião do1°Congresso Brasileiro de Manutenção. Atualizados em 1987 porocasião do4° Congresso IberoAmericano e 2°Congresso Brasileiro, parao5°Congresso Brasileiro, que coincidiu com aXXI Convenção daUPADI emWashington, nas datas de 19 até 24 de agosto de 1990. Nova atualização foifeitaem1991,1993,1995,1997,1999,2001,2003,2005 e agora em2007 noXXII Congresso Brasileiro de Manutenção, queé a edição atualizada do Situação da Manutenção no Brasil -Documento Nacional". Estedocumento,editadobienalmentenosanos ímpares desde 1991. Am.ais recente edição, 2007, possui dentro dela um resumo detodas as pesquisas anteriores, emforma de tabelas e gráficos. A aquisição da edição 2007é altamente recomendada. 3.8.1 - Custo sobre o faturamento e sobre o patrimônio. Abaixo está ura gráfico paramelhor entendimento e visualização do percentual ae custode manutenção sobre ofaturamento bruto das empresas e sobre o valordopatrimônio dasmesmas empresas. Ográfico foiobtido a partirdosDocumentos Nacionais, conforme publicado pelaAssociação Brasileirade Manutenção,entre os anos de 1993até 2007, com permissão da Abraman. Vfl Patrim. Figura 03.01 - Acompanhamento de custos. ^a0ti^o 3 ~ Os Custos em Manutenção . Custo Totat da Manutenção / Patrimônio Imobilizado.. . 2007 4,18% 2005 3,03 % 2003 3.27% ãÕÕi; 3.25% 1999^ 3.25% 11987- 3,19% 3.44% o .'Vbranmii - Documento Nacional 3007. ComPermUiOo. . Custo Total da Manutenção I Faturamento Bruto 2007 3,89 % 2005 4,10% 2003^ 427% 2001 4,47 % f1999 3.58 % j1997 4,39 % Í199$, 4,26 % ^ Abraman- Dootimealo Nouioxidl 2007. Com Ponniuio. Figuras 03.02 e 03.03 - Quadros do documento Nacional de 2007cortesiaAbraman 3,9 - Empresas com Manutenção com Previsão Orçamentária Veja a seguir osdados sobre previsão orçamentária extraído doDocumento Nacional 2007. 3.9.1 - Empresas Brasileiras com Manutenções que possuem orçamento. A seguir dois quadros que nos mostramquanto de nossas manutenções possuem orçamento. Conforme constatamos, empesquisas emoutrospaíses, umagrande maioria dasmanutenções que possuem orçamento, elaspróprias fazem osseusorçamentos easrestantes possuem umorçamento queéfeito porárea externa àmanutenção, normalmente a financeira ouacontabilidade. Manutenções com Previsão Orçamentaria 86,30%86.23% Figura 03.04—GráficoManutenções comPrevisão Orçamentária Fonte —Abraman —Doe. Nacional —2007 22 I A-Organàaçào-o PÍane}ament&-e-0-G0RtPoIe da Manutenção PrwvfsSo OrcamantAria Anual para ManutançSo*? araorientarogerenciamentoeopessoal damanuten çãoe serve como base para uma melhor interação entre executantes e gerenciamento da qual usualmenteresulta maior satisfaçãopara todos. w ã -íi rapíHtln ã-n Manual de Organização da Manutenção | 25 4.5.2 - Desvantagens da existência. As maioresdesvantagens paraousodeumManual de OrganizaçãodaManutenção,quepoderemos ter, são: inibição das iniciativas dos colaboradores na introdução de melhorias einovações ea necessidade derevisões periódicas necessárias para que omanual sejaefetivo. 4.6 - Preparação do Manual. Aseguir comentários sobre amontagem domanual 4.6.1 - Quem fará o manual. o manual deve serfeito naManutenção, com apoio das áreas externas envolvidas, coino, por exemplo, aGarantia da Qualidade ou olocal na empresa onde os documentos são padronizados emseu formato e seuscamposmínimosobrigatórios. Apreparação deste manual não deve ser feita como tarefa adicional de algum colaborador na manutenção. Apreparação eamontagem deste manual devem serexecutadas poralguém que se dedique emtempo integral com apoio total dogerenciamento. 4.6.2 - Flexibilidade do manual. o manual deverásermontado paraquesejaflexível paraocasodeeventuaismudançasnapolítica daempresaoudeseusobjetivos;queexistammeios de