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metodologia-manutencao-1.pdf
Metodologia da 
Manutenção
Andrew Schaedler e 
Giselly Mendes
Unidade 1
Introdução a 
Manutenção
Andrew Schaedler e Giselly Mendes
Metodologia da 
Manutenção
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autores 
ANDREW SCHAEDLER E GISELLY MENDES
Andrew Schaedler
Eu, Andrew, sou formado em Engenharia Mecânica, com uma 
experiência técnico-profissional na área de engenharia de processos e 
usinagem de precisão, de mais de 8 anos. Passei por empresas como a 
TDK multinacional Japonesa produtora de componentes eletrônicos, John 
Deere multinacional Americana produtora de equipamentos agrícolas 
e hoje sou sócio proprietário de uma metalúrgica especializada em 
usinagem de precisão atendendo empresas de grande porte do ramo 
automotivo.
Giselly Mendes
Eu, Giselly, sou Mestra em Qualidade Ambiental, Tecnóloga em 
Polímeros, Administradora, Educadora com uma experiência técnico-
profissional na área de Processos Gerenciais e Educacionais de mais de 
12 anos.
Somos apaixonados pelo que fazemos e adoramos transmitir nossa 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por 
isso fomos convidados pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco 
de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!
OS AUTORES
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda 
vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Conceitos e definições da manutenção ............................................10
O que é manutenção? ............................................................................................................... 11
Manutenção industrial ............................................................................................................... 13
Manutenção predial ..................................................................................................................... 16
Manutenção elétrica ................................................................................................................... 18
Gestão da manutenção ............................................................................21
Classificação de bens ativos ................................................................................................. 23
Manutenção corretiva e aplicações ....................................................30
Manutenção preventiva e aplicações ................................................37
Vantagens da manutenção preventiva ......................................................................... 39
Implantação da manutenção preventiva ..................................................................... 40
Metodologia da Manutenção 7
INTRODUÇÃO A MANUTENÇÃO
UNIDADE
01
Metodologia da Manutenção8
Você sabia que a área da manutenção é uma das maiores 
demandas na indústria? A manutenção também está presente em nosso 
dia a dia praticamente em todo lugar que frequentamos. Essa área de 
atuação profissional existe em todas as regiões do mundo. Nesta unidade 
vamos iniciar nossos estudos nesta área de conhecimento tão utilizada 
pela sociedade atual. Iremos aprender sobre os conceitos e definições da 
manutenção.
Veremos como a gestão da manutenção é realizada e o impacto 
que ela tem no ramo industrial predial e elétrico.
Ainda entenderemos o que é uma manutenção corretiva, o que é 
uma manutenção preventiva, suas diferenças, quando e como utilizá-las.
Ficou empolgado? Ótimo! Então seguimos aprendendo sobre essa 
vasta área de conhecimento!
INTRODUÇÃO
Metodologia da Manutenção 9
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade Unidade 1. Nosso 
propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de 
aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
1 . Entender os conceitos básicos e definições da manutenção; 
2. Aplicar técnicas de gestão da manutenção;
3. Compreender e aplicar a manutenção corretiva nas situações 
apropriadas;
4. Estudar os modelos de financiamento com métodos avançados.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Metodologia da Manutenção10
Conceitos e definições da manutenção
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo você entenderá os conceitos de manutenção e 
suas definições. Dividiremos a manutenção em três áreas para 
melhor entendermos suas aplicações. Serão elas manutenção 
industrial, manutenção predial e manutenção elétrica.
E então? Motivado para desenvolver esta competência? Vamos em 
frente!
Em nosso tempo os serviços básicos e necessidades da sociedade 
tem exigido cada vez mais de instalações sofisticadas, métodos de 
produções com maiores tecnologias e serviços mais capazes e eficientes. 
Dentro deste cenário exigente e competitivo é extremamente importante 
que a área de conhecimento e atuação da manutenção acompanhe com 
velocidade e qualidade compatíveis as exigências demandadas. Vamos 
tomar por exemplo, a internet, que hoje está constantemente conosco, em 
nossos bolsos, fones de ouvido, televisão e muitas funções de trabalho 
dependem da internet para poderem produzir. 
Sobre a quantidade de profissionais da manutenção especializados 
nas mais diversas áreas estão atuando neste momento para que a rede de 
internet esteja funcionando para todos. Essa manutenção passa pela área 
industrial, onde está sendo produzido equipamentos prediais onde temos 
as instalações elétricas e de redes de comunicação e pela manutenção 
elétrica provendo-nos energia para nossas casas.
Após essa reflexão e estendendo este exemplo para demais objetos 
ou sistemas que utilizamos, é possível ter uma ideia da necessidade 
importância e dependência, que todos temos, dos profissionais e 
conhecimentos da área de manutenção.
Metodologia da Manutenção 11
O que é manutenção?
Sabemos o que significa manutenção! 
Sempre associamos a palavra manutenção com “consertar as 
coisas”, ou no caso de nossos carros quando falamos em manutenção 
pensamos em troca de óleo, pastilha de freios e outros itens que sofrem 
desgastes ou deteriorações e necessitam ser trocados antes que o carro 
estrague ou deixe de funcionar.
Segundo Almeida (2017), a manutenção, de maneira geral, engloba 
todos os procedimentos necessários para manter instalações, máquinas, 
equipamentos e todos os recursos de infraestrutura requeridos.
Figura 1: Ilustração de manutenção.
Fonte: Pixabay”
Vamos usar como definição uma citação da NBR (norma técnica).
NBR 5462/1994 item 2.81, manutenção é a combinação de todas as 
ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas 
a manter ou recolocar um item em um estado
no qual ele possa 
desempenhar uma função requerida.
Se formos analisar definições elaboradas por órgãos normalizadores 
ou dicionário, a manutenção pode ser definida como o conjunto de 
cuidados e procedimentos técnicos necessários ao bom funcionamento 
Metodologia da Manutenção12
ou ainda ao reparo de máquinas, equipamentos, peças, veículos, 
instalações prediais e elétricas. A palavra derivada do latim manus tenere, 
que significa “manter o que se tem”, é definida de diversas formas (EN 
13306, ABNT NBR 15154). 
SAIBA MAIS:
NBR é uma sigla usada para representar a expressão 
Norma Técnica. É um conjunto de normas e regras técnicas 
relacionadas a documentos, procedimentos ou processos 
aplicados a empresas ou determinadas situações.
Uma NBR é criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT). Este órgão é responsável pela organização e elaboração de normas 
técnicas que são aplicadas em diferentes áreas, que abrangem desde a 
pesquisa acadêmica até documentos e procedimentos empresariais.
Para que servem as NBR’s?
A NBR, assim como outras normas, serve para padronizar, organizar 
e qualificar a produção de documentos ou procedimentos. A padronização, 
através do cumprimento das normas técnicas facilita a compreensão, já 
que toda documentação é constituída por um mesmo padrão.
Estes padrões podem ser referentes a:
 • Formatação e configuração de documentação;
 • Etapas de realização de procedimentos e processos;
 • Uso adequado de termos, símbolos e classificação pré-
definida para facilitar a compreensão.
 • As NBR não se referem apenas a elaboração de 
documentos e processos. Existem diversas de normas 
técnicas para diversas áreas como:
 • Normas de sistemas de gestão de qualidade.
Metodologia da Manutenção 13
 • Padronização de procedimentos operacionais.
 • Normas de acessibilidades.
 • Gestão ambiental.
 • Segurança ocupacional.
 • Construção, acústica e engenharia.
 • Sistemas de armazenamento de dados e de informação.
 • Métodos de medição.
 • Segurança de alimentos.
 • Gestão de arquivos.
 • Normas para produtos de saúde.
 • Controle de combustíveis.
Então, compreendeu um pouco mais sobre as NBR? Legal não é 
mesmo? O Brasil já tem uma sistemática bem elaborada para diversas 
áreas de trabalho incluindo a manutenção. Vamos em frente.
Manutenção industrial
A indústria atual tem uma alta exigência por qualidade e 
produtividade, sendo assim exige que os processos produtivos estejam 
sempre em seu melhor funcionamento para atender as demandas 
produtivas.
Essa condição exige muito da manutenção industrial, responsável 
por manter as máquinas e linhas de produção em funcionamento e o mais 
importante funcionando dentro dos padrões de qualidade exigidos.
Em busca de competitividade e excelência operacional, a 
manutenção assume cada vez mais uma função estratégica nas 
organizações. Como ela é a responsável direta pelo funcionamento das 
máquinas de uma indústria, acaba tendo uma grande importância nos 
Metodologia da Manutenção14
resultados da empresa, sendo este resultado diretamente relacionado 
com a qualidade da manutenção de realizado dentro da empresa. 
Podemos afirmar que devido ao alto nível de exigência do mercado 
atual, a manutenção industrial é a área da manutenção que mais se 
desenvolveu, tanto em ferramentas para sua realização quanto na 
capacitação de seus profissionais e sistemas de gestão (ALMEIDA, 2017).
Figura 2: Ilustração de manutenção industrial.
Fonte: Freepik
A manutenção industrial tem como objetivo maximizar a vida útil de 
uma máquina ou equipamento aplicando ações necessárias para manter 
ou restaurar um componente, peça ou até mesmo a máquina inteira.
Você pode observar que a manutenção industrial é um “fator-chave” 
na estratégia de qualquer indústria que deseja ter o máximo de eficiência, 
excelência e um bom custo-benefício. Sendo assim podemos subdividi-la 
em quatro categorias, de acordo com Almeida (2017):
 • Manutenção corretiva não planejada – Quando um 
componente ou o equipamento falha ou apresenta uma 
diminuição significativa de desempenho de modo não 
esperado. 
Metodologia da Manutenção 15
Exemplo: O pneu de um carro furou e é necessário realizar a troca.
 • Manutenção corretiva planejada – Neste caso, quando a 
máquina começa a demonstrar os primeiros sinais de que 
seu desempenho está reduzindo, ou que uma falha pode 
vir a ocorrer, há um planejamento para que a manutenção 
seja realizada. 
Exemplo: A lâmpada de um carro queimou e planejamos a troca.
 • Manutenção preventiva – Como o próprio nome diz, visa 
prevenir falhas ao adotar uma série de medidas periódicas. 
Exemplo: A troca de óleo de um carro. O óleo do carro é troca tendo 
como base uma quantidade quilômetros rodados já pré-estabelecido e 
testado, garantindo assim o bom funcionamento do motor sem danos.
 • Manutenção preditiva – Considerada a mais moderna e 
uma das mais eficientes no ramo da manutenção industrial, 
a manutenção preditiva atua na inspeção rotineira de 
equipamentos para identificação de irregularidades que 
podem vir a dar problema. Por essa razão vem o nome 
“preditiva”, de prever, já que é possível prever uma futura 
falha e evitá-la. 
Exemplo: A manutenção de um carro tendo como base itens 
identificados por leitura de sensores presentes no carro. Temos como 
exemplo os scanners de injeção eletrônica. 
Na manutenção industrial, devido à alta demanda por ações, 
correção e reparas, existe algumas classificações para que os profissionais 
saibam como agir diante das atividades a serem realizadas, sendo 
algumas delas:
 • Emergencial: Quando um defeito pode trazer riscos a 
operação ou ao trabalhador, e neste caso deve se aplicar 
a manutenção corretiva imediatamente.
 • Crítico: Um patamar “abaixo” do emergencial, entra o plano 
de manutenção preventiva.
Metodologia da Manutenção16
 • Normal: Utilizada em manutenções a serem planejadas 
sem grande urgência. Neste caso, a manutenção preditiva.
Após definida a prioridade, é necessário avaliar a ordem de trabalho 
a ser executado, podendo ser, segundo Baptista (2017):
 • Corretiva: Utilizada para serviços emergenciais onde a 
execução precisa ser imediata. Não há planejamento.
 • Planejada: Parte do plano da já citada manutenção 
preventiva ou quando o serviço é solicitado pelo cliente.
 • Rota: Utilizada somente para planos de manutenção.
 • Parada Geral: Semelhante a ordem planejada, essa é 
utilizada para serviços a serem realizados em paradas 
setoriais ou totalmente. 
Você aluno, já pode perceber a abrangência de conhecimento 
necessário para uma execução adequado da manutenção industrial não 
é mesmo? 
Seguimos em frente para aprendermos um pouco sobre a 
manutenção predial.
Manutenção predial
Estamos habituados com pequenas manutenções em nossas casas 
ou apartamentos, até mesmo em nosso local de trabalho. A manutenção 
predial faz parte dos nossos dias e sabemos da importância dela. Alguns 
desses reparos até nós mesmos sabemos executar, como uma pequena 
pintura ou um pequeno vazamento.
Agora imagine a manutenção necessária em shoppings center, 
hipermercados ou em grandes condomínios com mais de 1000 
apartamentos. A necessidade de uma manutenção rápida e eficaz é 
crucial para o bem estar das pessoas que utilizam estes estabelecimentos 
Metodologia da Manutenção 17
e a complexidade da gestão passa a ser um ponto ao qual os profissionais 
de manutenção precisam estar atentos.
Quando pensamos em manutenção predial normalmente se 
pensa em contratar alguém para consertar problemas grandes, ou fazer 
pequenas reformas, quando necessário. Porém, a esta atividade começa 
muito antes disso, e envolve todo o cuidado com a infraestrutura do 
prédio, bem como de seus equipamentos.
Isso significa
que dentro do escopo da manutenção predial 
podemos incluir, de acordo com Baptista (2017):
 • Inspeções de rotina para checar as condições de cada 
elemento do imóvel;
 • Pequenos reparos elétricos, hidráulicos e de outras 
naturezas dentro do prédio;
 • Bom uso dos equipamentos e instalações para prevenir 
problemas com o tempo;.
 • Revisão periódica de elevadores, ar-condicionado, caixas 
da água
Figura 3 - Ilustração de manutenção predial.
Metodologia da Manutenção18
Equipe multidisciplinar
Quanto ao trabalho profissional a equipe que irá executar a 
manutenção precisa ser multidisciplinar, para que cada especialidade 
seja cuidada por pessoas preparadas e especializadas em sua função. 
Segue alguns exemplos de como essa equipe deve ser composta, de 
acordo com Baptista (2017):
 • engenheiros;
 • eletricistas;
 • encanadores;
 • pintores;
 • pedreiros;
 • vidraceiros;
 • faxineiros;
 • técnicos especializados em manutenção de equipamentos 
específicos, como elevadores, instalação de gás e ar-
condicionado.
A manutenção predial ainda não é encarada pela maioria dos 
administradores de edificações como prioridade, pelo menos quando se 
trata da opção preventiva. 
Isso significa que existe oportunidade de negócio para quem souber 
vender os benefícios que esse tipo de cuidado oferece. 
Manutenção elétrica
A manutenção elétrica está muito presente em diferentes campos 
das organizações de todos os setores, desde as instalações prediais que 
possibilitam a alimentação de iluminação, e leva energia até as indústrias 
com máquinas de produção em massa que necessitam de energia 
elétrica.
Metodologia da Manutenção 19
Por ser invisível, a energia elétrica torna as operações de 
manutenção não extremamente perigosas, mas com necessidade da 
adoção de medidas de segurança adequadas a cada tipo de máquina, 
instalação industrial ou residencial (ALMEIDA, 2017).
Figura 4 - Ilustração de manutenção elétrica.
Fonte: Pixabay
Estamos acostumados com quedas de luz, ou equipamentos que 
param de funcionar e até pequenos curto-circuito em nossas casas ou 
eletrodomésticos.
Esses pequenos problemas fazem parte do nosso cotidiano e são 
prevenidos ou arrumados com a manutenção elétrica.
Com certeza temos manutenção elétrica acontecendo dentro da 
indústria e dentro de nossas residências também. Mas essa área necessita 
de profissionais qualificados e normas de segurança específicas para ela.
A energia elétrica é uma tecnologia complexa e com elevado risco 
a saúde de um ser humano quando manipulada de forma errada ou com 
displicência. 
Metodologia da Manutenção20
Sendo assim, a manutenção elétrica tornou-se uma área de 
conhecimento complexa e com diversas normas técnicas que precisam 
ser seguidas. 
RESUMINDO:
E então? Deu pra ter uma boa noção da amplitude da 
manutenção não é mesmo? Aposto que você ver um 
trabalhador desta área exercendo sua função irá gastar alguns 
minutos para refletir sobre o que ele está fazendo o impacto 
de seu trabalho certo?
Vimos neste capítulo as definições de manutenção. Foi 
possível discernir as três áreas de manutenção as quais 
estamos estudando, manutenção industrial, predial e elétrica. 
Também foi possível entender a importância de cada uma das 
áreas, um pouco de suas aplicações e diferenciá-las entre si.
Conseguimos ter uma visão ampla do que é a manutenção e 
a importância dela para a sociedade atual.
Bastante coisa não foi mesmo? Ficou curioso gostaria de 
aprender mais sobre manutenção? Ótimo! Então seguimos 
em frente!
Metodologia da Manutenção 21
Gestão da manutenção
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo você entenderá os conceitos e a importância 
sobre a gestão da manutenção. Será possível observar 
a importância da gestão nos casos em que as ações de 
manutenção envolvem equipes multidisciplinares e inúmeras 
ações. 
Ainda veremos como os processos pré-definidos e metodologias 
específicas garantem a rapidez e a eficácia nas ações dos profissionais 
envolvidos na manutenção, seja ela industrial, predial ou elétrica.
E então? Motivado para desenvolver esta competência? Vamos em 
frente!
Figura 5 - Ilustração de gestão da manutenção.
Fonte: Pixabay
O que você entende por gestão? Aposto que pensa logo em 
organização e administração certo? Pois quando falamos em gestão da 
manutenção é exatamente isso que significa, a organização dos recursos 
humanos e materiais, insumos e o planejamento estratégico necessário 
que as máquinas, equipamentos e instalações elétricas ou prediais 
Metodologia da Manutenção22
estejam em boas condições de funcionamento e supram as necessidades 
produtivas ou demandas por seus usuários.
O gestor de manutenção deve controlar os recursos disponíveis tanto 
de entrada como de saída de modo a manter o perfeito funcionamento 
dos equipamentos ou sistemas que estão sobre sua responsabilidade, 
operacionalizando as demandas de trabalho com o nível de importância 
na produção e com os profissionais de manutenção em número necessário 
para executar o trabalho (ALMEIDA, 2017).
Agora iremos ver alguns pontos importantes que são de 
responsabilidade do gestor de manutenção:
 • Deterioração de peças sem utilização por longo tempo: 
Algumas peças ou sistemas podem degradar por ficarem 
muito tempo paradas sem utilização. Um bom exemplo 
disso é a bateria de um carro que não é ligado durante 
vários dias. A bateria tem grande chance de precisar 
receber uma carga para voltar ao seu estado de trabalho 
normal. Esse tipo problema é evitado seguindo as 
especificações técnicas do equipamento, normalmente 
fornecidas pelo fabricante.
 • Excesso de gastos: Quando se adquire peças de reposição 
que não estão no cronograma planejado da manutenção 
e que não serão utilizadas para nenhuma emergência 
ou parada imprevista de equipamentos ou sistemas, a 
verba financeira do mês ou do período em questão pode 
ser afetada e impactar outra área da manutenção. Esses 
gastos extras refletem no orçamento da organização, esse 
gasto não planejado interfere em todos demais processos, 
comprometendo a competitividade da empresa ou em 
caso de ser um prédio ou condomínio pode implicar em 
um aumento no valor mensal pagos pelos moradores a 
administração do condomínio.
 •
Metodologia da Manutenção 23
 • Desperdício de espaço físico: grandes estoques 
desnecessários de peças de reposição representam 
desperdício devido a ocupação de um espaço que poderia 
ser utilizado para produção no caso de uma empresa. É 
possível evitar esse desperdício se a compra de peças de 
reposição for planejada para serem utilizadas assim que 
compradas (ALMEIDA, 2017).
Após analisarmos as informações acima, você pode concluir que 
uma das fases mais importantes da manutenção é o planejamento e 
que os insumos ou peças utilizados diariamente na manutenção de uma 
organização devem ser adquiridos de forma planejada, sempre com o 
objetivo de ter o melhor aproveitamento e o mínimo de desperdício para 
empresa, prédio ou condomínio.
Classificação de bens ativos
Como você cuida os itens que você possuiu em sua casa?
Com certeza tem um lugar para cada coisa e mantém tudo limpo e 
organizado certo?
Pois bem, a gestão de ativos de uma organização é bem parecida, 
ela consiste em classificar máquinas, equipamentos, sistemas e peças em 
função de sua importância no sistema produtivo do caso de indústrias e 
no caso de prédios temos a classificação de acordo com a necessidade 
de utilização do usuário.
Uma gestão eficiente dos bens ativos de uma organização inicia-se 
com uma avaliação da necessidade ou utilização em se manter a máquina, 
equipamento ou sistema em funcionamento ou a necessidade de troca 
por outro mais moderno devido a maior produtividade, conforto ao 
usuário ou até mesmo a facilidade de manutenção.
Por essas vantagens, 
se é decidido como utilizar o investimento disponível e o ciclo de vida dos 
equipamentos definido.
Ciclo de vida de um equipamento representa o tempo de utilização 
do mesmo até ele ser substituído por outro equipamento novo. O ciclo de 
Metodologia da Manutenção24
vida de um equipamento contempla o período de aquisição do mesmo 
período de utilização e o período de desativação (BAPTISTA, 2017).
Os bens ativos compreendem os bens materiais, utilizados para 
atender a capacidade produtiva das organizações em todas as fases dos 
processos da organização. Sendo assim, é necessário ter uma classificação 
que define o nível de importância dos equipamentos e sistemas para a 
gestão da manutenção planejar a execução das operações necessárias. 
Para analisarmos a importância de cada equipamento, utiliza-se a 
classificação descrita seguir:
 • Equipamentos classe “A”: os equipamentos classificados 
aqui, pertencem ao grupo que em caso de parada, 
interrompem o processo produtivo ou atendem a principal 
atividade econômica da organização. Temos como 
exemplo uma máquina em uma linha de produção ou um 
elevador de um condomínio com vários andares.
Temos agora uma lista com equipamentos classe “A” para uma 
indústria.
Quadro 1 - Exemplos de ativos classe “A”
Metodologia da Manutenção 25
Fonte: Almeida (2017, s.p. –Kindle)
Tornou-se CNC para indústrias, elevadores e sistemas de gás para 
prédios e condomínios, são exemplos de equipamentos classe “A”.
Figura 6- Ilustração de equipamento classe “A” em um prédio.
Fonte: Pixabay
 • Equipamentos classe “B”: quando um equipamento 
classe “B” para devido problemas, ele causa uma 
interrupção parcial da produção, sendo assim não causa 
perda significativa da produção ou ganhos da empresa.
Metodologia da Manutenção26
Quadro 2- Exemplos de ativos classe “B”
Fonte: Almeida (2017, s.p. –Kindle)
Quando pensamos em manutenção predial, podemos citar itens do 
grupo “B”, sendo eles: janelas, uma prateleira quebrada, fechadura que 
não está fechando.
Figura 7: Ilustração de equipamento classe “B”. Furadeira de bancada.
Fonte: Almeida (2017, s.p. –Kindle
Metodologia da Manutenção 27
 • Equipamentos classe “C”: são ativos que não pertencem 
ao meio produtivo ou itens não essenciais para utilização 
do usuário. Sua parada não causa prejuízo financeiro a 
empresa em razão de existirem outros meios que possam 
substituí-lo. Mas como qualquer item em uma gestão, sua 
manutenção deve ser controlada. Podemos citar como 
exemplo de equipamentos do grupo “C” nas indústrias 
sendo: ferramentas, as quais existem outros itens iguais. 
Já em um prédio poderíamos citar: um piso quebrado 
(que não exponha o usuário em risco), uma pintura que 
necessita retoque (ALMEIDA, 2017).
Figura 8: Ilustração de equipamento classe “C”. morsa de bancada.
Fonte: Almeida (2017, s.p. –Kindle)]].)
Conseguiu entender um pouco a importância de termos nossos 
ativos classificados certos?
Essa organização de ativos nos ajuda a tomar decisões rápidas sem 
termos gastos desnecessários. 
Almeida (2017) mostra que a organização de ativos condizente 
com a necessidade da organização, não só facilita o planejamento das 
operações de manutenção, mas também possui vantagens importantes 
dentro da gestão, sendo elas:
Metodologia da Manutenção28
 • Eficiência financeira: a administração do planejamento 
e execução de operações de manutenção preventiva e 
preditiva, quando possuiu uma classificação de ativos, 
oferece economia financeira em termos de matéria-prima, 
insumos e mão de obra.
 • Aumento da confiança do cliente: por consequência da 
diminuição de paradas imprevistas de manutenção.
 • Gestão eficaz dos custos de curto e longo prazo: o 
planejamento das operações de manutenção facilita o 
cálculo e o controle de gastos que vão compor o custo 
das organizações.
SAIBA MAIS:
O PAS 55 é um procedimento técnico com 28 requisitos. 
Tem como objetivo uma gestão abrangente e aperfeiçoar 
a gestão de ativos das empresas. Define a gestão de ativos 
como atividades sistemáticas e coordenadas, por meio da 
qual uma organização realiza a gestão, de forma otimizada e 
sustentável. Desde março de 2014, a ISO aprovou as normas 
ISO 55000 para manutenção e gestão de ativos.
Link: https://bit.ly/2Dpq1GI. (Acesso em 11/07/2020).
É possível ver como uma gestão da manutenção bem implementada 
e bem executada consegue impactar nos custos e na efetividade das 
ações de manutenção não mesmo? Esse área relacionada a manutenção 
é muitas vezes deixada de lado e esquecida. Apenas quando vemos um 
caso de sucesso de gestão da manutenção que nos damos contas da 
importância e do impacto que ela tem em uma operação.
Metodologia da Manutenção 29
RESUMINDO:
Você tinha ideia da quantidade de informação que essa área 
de conhecimento possui? A manutenção é um campo muito 
vasto e essencial para sociedade atualmente.
Neste capítulo foi possível aprender a importância de uma 
boa gestão da manutenção, o quanto ela impacta nos custos 
de manutenção, produção de um ambiente fabril e até 
mesmo na percepção do usuário quando estamos falados de 
manutenção predial.
Também aprendemos como classificar os bens ativos por 
grupos de importância e impacto que eles causam em caso 
de falha.
Vimos ainda que o planejamento das ações de manutenção 
deve ser embasado na classificação de ativos, assim 
priorizando a manutenção de certos equipamentos devido 
seu nível de importância.
Como estamos até aqui? Assimilando bem os conhecimentos 
sobre manutenção? Podemos seguir em frente aprendendo 
mais? Ótimo! Vamos em frente!
Metodologia da Manutenção30
Manutenção corretiva e aplicações
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo você entenderá os conceitos e a importância 
da manutenção corretiva. Saberá discernir o que é uma 
manutenção corretiva de uma preventiva. Também iremos 
passar alguns casos de manutenção corretiva como exemplo. 
Você já deve ter passado por situações inesperadas devido a um 
equipamento ou sistema que parou de funcionar de forma inesperada 
certo? Podemos citar como exemplo seu carro particular, ar-condicionado, 
televisão, celular entre outros. Todos esses itens citados são usados 
quase que diariamente e quando estragados é necessário consertá-los 
quase de imediato. Temos aí uma situação de manutenção corretiva a ser 
executada.
Figura 9: Ilustração de ferramentas.
Fonte: Pexels
Na indústria a manutenção corretiva acontece em equipamentos 
com paradas imprevistas. A máquina que está em produção é 
responsável por garantir os prazos de entrega acordados, a qualidade e 
confiabilidade dos produtos produzidos, contribuindo com a produção 
de recursos financeiros da organização. Sendo assim, nesta manutenção 
Metodologia da Manutenção 31
a ação tomada é imediata, assim que o equipamento para a equipe de 
manutenção começa seu trabalho.
Segundo a NBR 5462/1994, manutenção corretiva é a manutenção 
efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item 
em condições de executar uma função requerida.
Em nosso dia-a-dia podemos observar as manutenções corretivas 
acontecendo, sendo em casa ao trocar uma lâmpada, ou uma privada 
entupida, na rua ao trocarmos um pneu furado. Algo quebrado ou 
danificado é consertado ou substituído imediatamente para que volte 
a funcionar o mais rápido possível. Esses exemplos de manutenção 
executadas após ocorrência de quebras ou falhas imprevistas, são eles 
exemplos de manutenção corretiva (ALMEIDA, 2017).
Figura 10: Ilustração de manutenção corretiva. Trocando lâmpada.
Fonte: Rawpexel
Com certeza você já está com vários exemplos de manutenções 
corretiva em mente certo? Também já consegue imaginar como pode 
ser desastroso uma parada inesperada de um equipamento em uma 
empresa. 
Pois então,
em uma manutenção corretiva, a equipe de manutenção 
age imediatamente para que o equipamento ou sistema em questão volte 
a funcionar o mais rápido possível. Porém, nem sempre essa atuação, 
Metodologia da Manutenção32
mesmo sendo rápida, consegue evitar prejuízos devido a uma parada de 
equipamento imprevista. Podemos ter prejuízos causados por funcionário 
parado, atrasos na produção, gastos com reposição de materiais sem 
o tempo para pesquisar os melhores preços de compra, entre outros 
possíveis custos.
A manutenção corretiva pode ser planejada ou não planejada 
dependendo da situação do equipamento ou sistema e de como foi 
identificado o problema.
Podemos entender que a manutenção corretiva pode ser planejada 
ou não de acordo com a forma como achamos o problema. A manutenção 
corretiva pode ser evitada se tivermos uma boa manutenção preventiva 
dos equipamentos ou sistemas certos. 
Vamos usar por exemplo nossos carros, que acredito ser o sistema 
de manutenção preventiva mais bem implementado dentro da sociedade 
atual.
Quase todos levam seus carros para a revisão conforme as 
especificações das montadoras certo?
E você sabe o por que também, não sabe? Pelo simples fatos de 
que não queremos que eles quebram, e sim durem o máximo de tempo 
possível.
Quando as revisões (manutenções preventivas) são bem executadas 
em nossos carros, apenas teremos manutenções corretivas por desgaste 
excessivo em alguma peça após vários mil quilômetros, ou por um 
acidente, podendo ser ele um buraco na estrada ou algo mais grave.
Interessante pensarmos dessa forma não é mesmo? Já aplicamos 
manutenção preventiva e corretiva muito antes de sabermos mais sobre 
elas.
Quando uma falha acontece, a manutenção corretiva pode ou não 
ser planejada. Vamos ver um exemplo: algumas empresas que possuem 
implantado sistemas de manutenção autônoma e planejada, possuem 
rotinas de atividades de inspeção, manutenção preditiva ou mesmo um 
sistema de relatos de falhas pelos operadores, assim ajudando a identificar 
Metodologia da Manutenção 33
possíveis pontos de paradas de equipamentos ou sistemas. Sendo assim 
em alguns casos, é possível detectar problemas antecipadamente, a 
manutenção corretiva pode então ser planejada tendo o objetivo de não 
comprometer o cronograma de produção (BAPTIST, 2017). 
Também temos as situações que a parada de um equipamento 
devido à falta de manutenção ou a quebra devido a manutenção 
preventiva mal executada, ocasiona a manutenção corretiva não planejada 
que em alguns casos precisa ser executada imediatamente. Esta sim é a 
manutenção mais cara que temos na indústria e o motivo é óbvio: se você 
precisa produzir e a sua máquina quebra, você está com um problema que 
irá interferir nos lucros da organização. Você tinha uma programação que 
não será cumprida até que o equipamento seja consertado, a empresa 
estará perdendo dinheiro e deixando de lucrar (BAPTIST, 2017). 
Figura 12: Ilustração de manutenção corretiva na indústria.
Fonte: Pexels
As manutenções realizadas com monitoramento ou as que foram 
detectadas e identificadas as causas raízes antecipadamente, podem ser 
planejadas e executadas em horários que não irá afetar o cronograma da 
produção, não interferindo nas entregas e preservando a lucratividade da 
empresa, diferentemente do que ocorre quando o equipamento quebra 
inesperadamente e necessita de reparo imediato.
Metodologia da Manutenção34
Uma atividade que geralmente as empresas ignoram e que é de 
extrema importância para a qualidade da manutenção é o fato de que 
após a realização da manutenção corretiva, as pessoas devem inspecionar 
e investigar os motivos de parada, levantando a causa raiz da falha, 
assim sendo necessário implementar medidas para eliminar ou reduzir a 
frequência de futuras falhas. As medidas podem ser a revisão dos planos 
de inspeção, lubrificação, manutenção preventiva e planos de preditiva 
(BAPTIST, 2017). 
Para se ampliar ainda mais seus conhecimentos de manutenção, 
vamos aprender um pouco sobre Downtime.
Downtime, é uma expressão originada da TI – Tecnologia de 
informação, que indica o tempo em que um sistema, processo ou 
atividade não está em operação.
Isso quer dizer, quando um serviço específico prestado pela TI, é 
temporariamente interrompido, paralisado ou fica fora do ar.
Essas interrupções podem ser planejadas, ocorrendo durante uma 
atualização ou manutenção do equipamento, ou não planejadas.
Similar as falhas que a manutenção corretiva vem a ser necessária 
que estávamos vendo a pouco não é mesmo?
São justamente as paradas não planejadas que trazem grandes 
prejuízos e devem ser evitadas. 
Downtime no conceito produtivo é basicamente o mesmo conceito 
que para TI. Ele é o tempo em que um sistema, processo ou equipamento 
está indisponível. O que muda aqui são as causas dessa indisponibilidade.
Mas antes vamos aprender mais sobre esse conceito baseado na 
estabilidade de um processo produtivo segundo o STP – Sistema Toyota 
de Produção.
Segundo a Toyota, a estabilidade de um processo produtivo é uma 
necessidade mínima e importante para atender as demandas conforme o 
cronograma de produção vai sendo criado.
Metodologia da Manutenção 35
Essa estabilidade nada mais é que manter o processo de produção 
dentro de limites de especificações aceitáveis de acordo com a 
necessidade dos clientes atendidos.
SAIBA MAIS:
Para você se aprofundar mais nesses conceitos e termos 
relacionados a manutenção industrial e a processos 
produtivos. Acesse o link e leio o artigo completo. Link: https://
bit.ly/3bnBenP. (Acesso em 11/07/2020).
As manutenções corretivas são quase intuitivas se pararmos para 
pensar. Desde pequenos quando quebramos algo a primeira reação 
é tentar consertar ou pedir ajuda para que alguém conserte. É muito 
interessante observar como a manutenção corretiva está presente em 
nossas vidas e como elas podem ser geridas e executadas de maneiras 
cada vez mais efetivas.
RESUMINDO:
Já está perito em manutenção corretiva? Aposto que você 
nem sabia como a manutenção está tão próxima de você 
certo?
Pois então, nesse capítulo vimos como a manutenção 
corretiva atua dentro e fora na indústria. Foi possível entender 
o porquê uma manutenção corretiva, na maioria, das vezes é 
tão temida dentro de um sistema produtivo certo? Os gastos e 
danos que uma manutenção corretiva pode causar para uma 
organização podem ser astronômicos.
Os profissionais da manutenção tentam a todo custo evitar 
uma parada de equipamento ou sistema devido aos riscos 
que ele representa.
Metodologia da Manutenção36
RESUMINDO:
Também vimos que uma manutenção corretiva no ramo 
da manutenção predial elétrica não é nada bom. Ela pode 
representar a insatisfação de um cliente e até mesmo a perda 
do cliente devido ao incômodo causado.
Devido a esses riscos que os profissionais de manutenção 
devem usar da gestão para estarem planejados e prontos 
para evitar ao máximo uma manutenção corretiva e caso não 
seja possível executá-la da melhor forma possível.
Metodologia da Manutenção 37
Manutenção preventiva e aplicações
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo você entenderá os conceitos e a importância 
da manutenção preventiva. Saberá discernir o que é uma 
manutenção corretiva de uma preventiva. Também iremos 
passar alguns casos de manutenção preventiva como 
exemplo. 
Agora que você já tem um bom conhecimento sobre manutenção, 
com certeza você é capaz de perceber que já vem fazendo algumas 
manutenções preventivas sem nem mesmo para refletir sobre elas.
Podemos citar como exemplo a revisão do seu carro onde óleo, 
pastilhas freios e outras peças de desgaste são trocadas antes que o caro 
estrague. Também realizamos limpezas em nosso ar condicionado. Caso 
você tenha tido uma bicicleta deve ter passa graxa na
correia para que ela 
não rompesse ou até mesmo reapertado alguns parafusos que soltaram 
com tempo.
Figura 13: Ilustração de manutenção preventiva em uma bicicleta.
Fonte: Pexels
Metodologia da Manutenção38
Pois é isso mesmo as manutenções preventivas já fazem parte de 
nossas vidas.
Segundo Almeida (2017), a evolução nos processos de 
industrialização, exigiu o surgimento de processos de processos 
capazes de evitar os diversos problemas causados pelas falhas e 
paradas inesperadas de máquinas. O estudo da frequência de falhas 
de manutenções corretivas executadas, as informações sobre vida útil 
das peças fornecidas pelo fabricante e um diagnóstico das máquinas 
possibilitaram o desenvolvimento de um método baseado na construção 
e um cronograma que possibilita realizar paradas programadas para trocas 
de peças, reparos e até operações de lubrificação de maneira planejada, 
assim eliminando boa parte das paradas inesperadas.
A manutenção preventiva é a manutenção planejada e controlada, 
executada em datas predeterminadas, com o objetivo de manter a máquina, 
equipamento ou sistema m condições adequadas de funcionamento e 
conservação, de modo a evitar paradas imprevistas. O planejamento é 
possível quando se documentam as operações de manutenção corretiva 
realizadas (ficha de execução de operações de manutenção corretiva) 
com informações sobre a vida útil das peças, fornecidas pelo fabricante. 
Outro fator relevante são as condições do local de trabalho em que o 
equipamento ou sistema está sendo utilizado (ALMEIDA, 2017).
Agora você pode observar que a manutenção preventiva precisa 
de informações que provêm das manutenções corretivas. A existências 
das duas manutenções não só coexistem dentro de uma gestão de 
manutenção, como também se comunicam.
Vamos ver agora um exemplo de aplicação de manutenção 
preventiva. Um mecânico de manutenção recebeu a missão de implantar 
um programa de manutenção preventivo em um torno mecânico 
horizontal universal utilizado na fabricação seriada de eixos no setor de 
usinagem de uma empresa de autopeças.
Para a criação do cronograma de execução de manutenção 
preventiva, o mecânico analisou as fichas de manutenção corretiva e 
Metodologia da Manutenção 39
constatou a frequência das trocas de correias que executam o acionamento 
da máquina e o alinhamento entre partes móveis da máquina.
Ao observar o histórico das manutenções, foi possível verificar que 
a troca das correias e das polias onde elas trabalham, é realizada em uma 
mesma manutenção, dentro de uma periodicidade de 18 meses. Além 
dessa informação, o fabricante informa a vida útil de aproximadamente 
24 meses. Portanto, na elaboração do cronograma de manutenção 
preventiva, a periodicidade da troca das polias e correia e também do 
alinhamento é de dezesseis meses, ou seja, um prazo menor do que a 
ocorrência das trocas emergenciais, porém aproveitando ao máximo a 
vida útil das peças a fim de evitar gastos desnecessários. 
Vantagens da manutenção preventiva
Vejamos a ilustração de planejamento de manutenção preventiva. 
Figura 14- Ilustração de planejamento de manutenção preventiva.
Fonte: Pexels
A implantação de um sistema de manutenção preventiva é a 
implantação de práticas e documentos que irão focar a atuação da 
manutenção na origem do problema, evitando, assim, diversos problemas 
causados por paradas inesperadas, podemos citar as seguintes vantagens:
Metodologia da Manutenção40
 • Equilibra a utilização de recursos humanos: com o 
planejamento das operações de manutenção, é possível 
prever a quantidade de mecânicos e profissionais 
necessários para executar a demanda de trabalho.
 • Eliminar tempo de espera para a compra de peças: com 
um cronograma de manutenção preventiva, é possível 
fazer uma boa estimativa de consumo de peças de 
reposição ou insumos, assim podendo ser programado 
a compra de materiais pouco antes de sua utilização, 
dispensando desta forma estoques desnecessários. 
 • Confiabilidade de prazos no sistema de produção: a 
manutenção preventiva permite o bom funcionamento 
das máquinas utilizadas no sistema produtivo de uma 
empresa, o que evita atrasos ou esperas por quebras 
máquinas.
 • Satisfação do cliente ou usuário: a manutenção 
preventiva contribui a respeitar os prazos de entrega e 
qualidade das peças produzidas (ALMEIDA, 2017).
Implantação da manutenção preventiva
A implantação da manutenção preventiva é uma atividade que toma 
tempo, é necessário mudar a cultura de trabalho do setor. Normalmente, 
o ambiente de trabalho está acostumado a trabalhar apenas com 
manutenção corretiva famoso “apaga incêndio”, para a implementação da 
cultura de manutenção preventiva, os profissionais devem estar atentos 
as variações de funcionamento dos equipamentos ou sistemas, antes 
mesmo de eles falharem. 
Serão necessários os seguintes procedimentos para a 
implementação de um sistema de manutenção preventiva, de acordo 
com Almeida (2017):
 • Diagnóstico e verificação da vida útil das peças fornecidas 
pelo fabricante e das condições em que se encontram, 
Metodologia da Manutenção 41
bem como dos registros de manutenção corretiva das 
máquinas, equipamentos e sistemas;
 • Elaboração do plano e do registro de manutenção 
preventiva;
 • Elaboração da ficha de lubrificação (aqui vamos criar um 
exemplo de uma ação necessário em um caso específico 
para facilitar o entendimento).
Para facilitar o entendimento e controlar as ações necessárias para 
a execução correta da manutenção preventiva e garantir que cronograma 
seja cumprido, é essencial elaborar uma ficha de controle de execução 
das ações de manutenção preventiva, contendo as datas previstas para 
a realização da operação com um campo para anotar a data em que foi 
efetuada acompanhada da assinatura do responsável por ela.
O roteiro ou descrição do processo de execução de manutenção 
preventiva é um documento que contém as orientações de como a 
manutenção deve ser executada, as vezes acompanha um passo-a-
passo, também as informações do equipamento ou sistema em questão. 
Vejamos abaixo de acordo com Almeida (2017):
 • O roteiro ou descrição do processo de execução de 
manutenção preventiva: é um documento que contém as 
orientações de como a manutenção deve ser executada, 
as vezes acompanha um passo da ficha de lubrificação 
(aqui vamos criar um exemplo de uma ação necessário 
em um caso específico para facilitar o entendimento).
 • O plano de manutenção preventiva: contém a numeração 
de todas as operações descritas no cronograma de 
execução da manutenção preventiva, com espaços para 
registrar a data e o nome do responsável pela realização 
da operação ou conjunto de operações de manutenção 
preventiva. 
Metodologia da Manutenção42
 • O plano de lubrificação (aqui vamos criar um exemplo 
de uma ação necessário em um caso específico para 
facilitar o entendimento): Este documento tem a 
finalidade de registrar todas as máquinas que devem ser 
lubrificadas, assim facilitando o controle da manutenção 
preventiva destas máquinas. Este documento é obrigatório 
e extremamente útil pois permite o planejamento da 
execução de lubrificação das máquinas e garante para que 
isso aconteça. Também indica a periodicidade necessária 
e o lubrificante que deve ser aplicado. 
Com o plano de manutenção corretiva pronto é possível elaborar o 
cronograma de controle da manutenção preventiva.
SAIBA MAIS:
A manutenção preventiva voltada para manutenção predial 
necessita atenção constante e cuidados à infraestrutura 
total do prédio: parte elétrica, hidráulica, estrutural, funcional, 
sistemas contra incêndio entre outros. É nessa rotina de 
serviços de manutenção que consiste na manutenção 
predial preventiva. Fonte: https://bit.ly/3jJiS3s (Acesso
em 
26/07/2020). 
Figura 15: Exemplo de plano de manutenção preventiva predial.
Fonte: Pexels
Metodologia da Manutenção 43
O objetivo é a conservação e recuperação de todos os itens 
responsáveis pela funcionalidade do prédio, prevenir danos e garantir a 
eficiência e segurança das instalações.
Empresas de pequeno, médio ou grande porte, centros comerciais 
ou de convenções, escolas, hotéis, prédios comerciais ou residenciais. 
É grande a lista de edificações em que os serviços manutenção predial 
preventiva podem ser o detalhe que separa a segurança de uma situação 
trágica, como a ocorrida com o Museu Nacional em setembro de 2018.
Na ocasião, um incêndio – que as investigações apontam que 
pode ter sido causado por problemas na instalação elétrica – destruiu 
grande parte do prédio e cerca de 90% do acervo do museu. O prejuízo 
é incalculável, e poderia ter sido evitado com uma rotina consistente de 
manutenção. 
SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre a manutenção predial preventiva 
acesse um dos links a seguir e amplie seus conhecimentos 
sobre o assunto.
Fullconnection. Link: https://bit.ly/3jJiS3s. Acesso em 
11/07/2020.
Unifesp. Link: https://bit.ly/32RcqAR. (Acesso em 11/07/2020).
A implantação da manutenção preventiva pode ser desafiadora 
no início. Mas uma vez tendo a cultura e os processos implementados 
fica muito difícil seguir a operação sem este tipo de manutenção. Os 
ganhos lucrativos e a efetividade das ações de manutenção preventivas 
corretamente geridas são de suma importância para qualquer organização.
Metodologia da Manutenção44
RESUMINDO:
Conseguindo absorver todo conteúdo até agora? Bastante 
coisa não é mesmo? Mas isso é bom seguimos aprendendo 
dentro dessa área de conhecimento tão vasta que é a 
manutenção.
Neste capítulo aprendemos sobre a gestão e a aplicação 
da manutenção preventiva. Foi possível ver como ela está 
intimamente ligada a manutenção corretiva. Vimos que a 
manutenção preventiva precisa dos conhecimentos de uma 
manutenção corretiva bem executada para poder ser criada.
Também repassamos os procedimentos e processos de 
implementação da manutenção preventiva. Foi possível 
entender como gerar os cronogramas necessários para que 
ela acontece, onde conseguir as informações de vida útil qual 
material ou peças a ser trocados e controlados.
Não podemos esquecer da importância dos documentos 
exigidos, o roteiro de execução, o plano de manutenção 
preventiva, lista das máquinas e das peças de reposição que 
também estão presentes na lista de ativos da empresa.
Bom seguimos em frente, agora já com uma boa base de 
conhecimento sobre a manutenção, mas com a certeza de 
que temos muito mais a aprender.
Metodologia da Manutenção 45
REFERÊNCIAS
ABRAMAN. Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de 
Ativos. Disponível em: <https://www.abramanoficial.org.br>. Acesso em 11 
jul 2020.
ABRAMAN. Gestão de Ativos e Pas 55. ABRAMAN. Disponível 
em:<https://abramanoficial.org.br/page/gestao_de_ativos>. Acesso em: 
11 de jul. 2020.
ALMEIDA, Paulo Samuel de. Gestão da Manutenção Aplicada as 
Áreas Industrial Predial e Elétrica – 2017, Editora Saraiva.
BAPTISTA, José Antônio. Manutenção Industrial: Técnicas, Contos e 
Causos – 2017.
CYRINO, Luis. Downtime, o peso da manutenção. Manutenção em 
foco, 2019. Disponível em:<https://www.manutencaoemfoco.com.br/
downtime-o-peso-da-manutencao/>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
LAASCH, Conaway. Fundamentos da gestão responsável: 
sustentabilidade, responsabilidade e ética. São Paulo: Cengage Learning, 
2015.
NBR. SIGNIFICADOS, 2018. Disponível em:<http://significados.com.
br/nbr/>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
Metodologia da 
Manutenção
Andrew Schaedler e Giselly Mendes
Andrew Schaedler e Giselly Mendes
Metodologia da Manutenção
metodologia-manutencao-2.pdf
Unidade 2
As áreas da 
manutenção
Andrew Schaedler e Giselly Mendes
Metodologia da 
Manutenção
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autores 
ANDREW SCHAEDLER E GISELLY MENDES
Andrew Schaedler
Eu, Andrew, sou formado em Engenharia Mecânica, com uma 
experiência técnico-profissional na área de engenharia de processos e 
usinagem de precisão, de mais de 8 anos. Passei por empresas como a 
TDK multinacional Japonesa produtora de componentes eletrônicos, John 
Deere multinacional Americana produtora de equipamentos agrícolas 
e hoje sou sócio proprietário de uma metalúrgica especializada em 
usinagem de precisão atendendo empresas de grande porte do ramo 
automotivo.
Giselly Mendes
Eu, Giselly, sou Mestra em Qualidade Ambiental, Tecnóloga em 
Polímeros, Administradora, Educadora com uma experiência técnico-
profissional na área de Processos Gerenciais e Educacionais de mais de 
12 anos.
Somos apaixonados pelo que fazemos e adoramos transmitir nossa 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por 
isso fomos convidados pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco 
de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!
OS AUTORES
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda 
vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Macroprocessos da manutenção mecânica ............................................ 10
Processos da manutenção mecânica ........................................................................... 10
Ferramentas para manutenção .......................................................................... 11
Técnicas de montagem e desmontagem de equipamentos ...... 15
Fundamentos de usinagem ...................................................................................17
Manutenção predial civil ..................................................................................21
Conhecendo a manutenção predial ................................................................................21
Inspeção Predial ............................................................................................................24
Manutenção predial x Inspeção Predial ......................................................27
Classificação de falhas .............................................................................................28
Manutenção elétrica predial ..........................................................................31
Entendendo a Manutenção Elétrica Predial ............................................................. 31
Periodicidade da manutenção elétrica predial ......................................34
Verificação de rotina em manutenção preventiva ...............................34
Processos da manutenção elétrica predial ...............................................................36
Normas regulamentadoras aos processos de manutenção ............. 40
O que são as Normas? ............................................................................................................ 40
Normas Técnicas Brasileiras ................................................................................................42
Metodologia da Manutenção 7
AS ÁREAS DA MANUTENÇÃO
UNIDADE
02
Metodologia da Manutenção8
Você sabia que a área da manutenção é uma das maiores 
demandas na indústria? A manutenção também está presente em nosso 
dia a dia praticamente em todo lugar que frequentamos. Essa área de 
atuação profissional existe em todas as regiões do mundo. Nesta unidade 
vamos iniciar nossos estudos nesta área de conhecimento tão utilizada 
pela sociedade atual. Iremos aprender sobre os conceitos e definições da 
manutenção.
Veremos como a gestão da manutenção é realizada e o impacto 
que ela tem no ramo industrial predial e elétrico.
Ainda entenderemos o que é uma manutenção corretiva, o que é 
uma manutenção preventiva, suas diferenças, quando e como utilizá-las.
Ficou empolgado? Ótimo! Então seguimos aprendendo sobre essa 
vasta área de conhecimento!
INTRODUÇÃO
Metodologia da Manutenção 9
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 02 – As áreas da manutenção. 
Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes 
competências profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Compreender o macroprocesso da manutenção mecânica;
2. Entender como se processa a manutenção predial civil;
3. Discernir sobre as especificidades da manutenção elétrica predial;
4. Aplicar as normas regulamentadoras ao processo de manutenção..
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Metodologia da Manutenção10
Macroprocessos da manutenção 
mecânica
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo iremos conhecer um pouco mais sobre 
manutenção mecânica. Entenderemos onde ela é aplicada, 
como os profissionais de manutenção trabalham.
Também iremos conhecer um pouco sobre processos e 
equipamentos utilizados para a execução de manutenção mecânica, 
reparo de peças quebradas ou desgastadas e até mesmo a confecção de 
novas peças para reposição.
Ficou curioso não é mesmo? Ótimo, vamos em frente!
Processos da manutenção mecânica
Podemos entender como manutenção mecânica o conjunto de 
reparos e cuidados técnicos para o bom funcionamento e reparo de 
máquinas, equipamentos, peças, moldes ou ferramentas.
A manutenção não atua exclusivamente em máquinas e 
equipamentos que estão em operação, mas também na concepção 
de um projeto, a acessibilidade dos conjuntos pelo mecânico ou o 
dimensionamento de peças e dos componentes devem atender a 
critérios para facilitar as operações de manutenção que serão executadas 
no futuro.
Assim como as máquinas, as ferramentas, os materiais e a tecnologia 
evoluíram desde o surgimento da mecanização, industrialização e 
automatização, a mecânica também evoluiu, não só no que se refere 
aos procedimentos práticos de montagem, desmontagem, substituição 
de peças e alinhamento, a parte de gestão da manutenção evoluiu 
significativamente (ALMEIDA, 2018).
Metodologia da Manutenção 11
Figura 1 – Exemplo de manutenção mecânica.
Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle).
Vamos agora conhecer sobre as ferramentas utilizadas nos 
processos de manutenção montagem e desmontagem por exemplo, 
processos de usinagem e soldagem.
Ferramentas para manutenção
Para que o mecânico de manutenção efetue as operações de 
manutenção necessárias garantindo o bom funcionamento de máquinas 
e equipamentos é essencial que ele conheça as ferramentas que podem 
ser empregadas nos procedimentos que ele irá executar. 
1. Chaves fixas de montagem e desmontagem: 
 • Chave de boca é utilizada para apertar e desapertar porcas 
e parafusos com perfil quadrado e sextavado.
 • Chave estrela possui o mesmo campo de atuação que 
a chave de boca, porém possibilita maior quantidade de 
posições de trabalho.
Metodologia da Manutenção12
Figura 2 – Exemplo de chaves de boca (esquerda) e de estrela (direita).
Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle).
 • Chave combinada possui em uma de suas extremidades 
uma chave de boa e uma chave de estrela, sendo assim 
extremamente prática.
Figura 3 – Exemplo de chaves combinada.
Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle).
2. Chave de soquete: entre as chaves intercambiáveis, a 
chave de soquete é o tipo mais comum e versátil, devido 
à ampla gama de acessórios fornecidos, esse tipo de 
chave se torna uma ferramenta extremamente prática. Os 
Metodologia da Manutenção 13
soquetes podem ter o perfil sextavado ou estriado. A chave 
de soquete possibilita o acesso a porcas ou parafusos 
em locais onde outros tipos de chaves não conseguem 
alcançar, além de permitir o acoplamento em catracas que 
possibilitam o aperto dos parafusos sem a retirada da chave.
Figura 4 – Exemplo de jogo de chaves de soquete com catraca.
Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle).
3. Chave hexagonal tipo Allen: A chave allen é utilizada para 
fixar ou soltar parafusos com sextavados internos, com ou 
sem cabeça. O tipo de chave Allen mais utilizado possui 
perfil “L”, o que possibilita o efeito alavanca durante o 
aperto ou desaperto de parafusos.
Figura 5 – Exemplo de jogo de chaves allen.
Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle).
Metodologia da Manutenção14
4. Chave para canos e tubos: também conhecida como 
grifo é uma ferramenta específica para a instalação e 
manutenção de tubulações.
5. Chave de boca ajustável: conhecida como chave inglesa, é 
muita utilizada na mecânica, também podendo ser usada 
em trabalhos de manutenção predial como montagem 
de tubulações ou eletrodutos com elementos de fixação 
rosqueáveis.
Figura 6 – Exemplo de chaves de canos (esquerda) e chave inglesa (direita).
Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle).
6. Alicate universal: Ferramenta manual destinada a segurar, 
puxar ou dobrar objetos possui a função de uma morsa.
7. Alicate de pressão: tem a mesma função que o alicate 
universal porém o alicate de pressão, possui regulagem 
de abertura das garras.
Figura 7 – Exemplo de alicate de pressão.
Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle).
Metodologia da Manutenção 15
8. Martelo: ferramentas utilizadas na conformação de chapas, 
pregos, peças entre outras. Utilizado nas diversas áreas da 
mecânica, caldeiraria, funilaria, marcenaria e construção 
civil. Apesar de ter uma construção simples, o tipo martelo 
deve ser selecionado corretamente assim evitando danos 
a peça que estão sendo utilizadas (ALMEIDA, 2018).
Figura 8 – Exemplo de martelos, de cima para baixo: martelo de borracha, martelo para 
pregos, martelo bola, martelo de pena.
Fonte: adaptado de Almeida (2018, s.p. – Kindle).
Bastante ferramentas não é mesmo? Imagine como esse número 
aumenta quando começamos utilizar ferramentas especiais ou com 
tamanhos variáveis. 
É fundamental para o profissional de manutenção conhecer e saber 
escolher as ferramentas que irá utilizar.
Técnicas de montagem e desmontagem de 
equipamentos
Quando pensamos em manutenção de máquinas qual a imagem 
que vem a sua imaginação? Aposto que é uma máquina desmontada com 
um profissional de manutenção segurando uma ferramenta certo?
Montar e desmontar equipamentos está diretamente ligado a 
manutenção dos mesmos. E para esses processos existem normas 
e boas práticas a fim de assegurar a melhor execução da atividade de 
manutenção.
Metodologia da Manutenção16
Durante a desmontagem de equipamentos é necessário assegurar 
a integridade das peças e dos componentes, além de garantir que a 
montagem não comprometa a eficiência do equipamento. 
Vamos aprender
sobre os procedimentos que visam reduzir o risco de 
problemas na desmontagem e montagem de máquinas e equipamentos, 
sempre usando as técnicas de manutenção e os requisitos da norma 
ABNT 15154 (Requisitos para mecânico de manutenção) (ALMEIDA, 2018).
 • Procedimento para a correta desmontagem de máquinas:
1. Desligar a chave geral da máquina;
2. Sinalizar com placas ou faixas de atenção a área de 
manutenção;
3. Organizar as ferramentas necessárias para a desmontagem 
do equipamento;
4. Elaborar a sequência de procedimento em folha de 
execução;
5. Quando disponível, ter em mãos o desenho explodido da 
máquina em que será executada a manutenção;
6. Limpar a máquina e drenar lubrificantes ou fluidos de 
corte;
7. Remover alavancas, mangueiras, tubulações, ou cabos 
existentes sempre identificando-os para posterior 
montagem;
8. Os conjuntos mecânicos pesados devem ser calçados 
para evitara queda ou desequilíbrio do equipamento.
9. Separar as peças em lotes levando em conta o estado em 
que elas se encontram, sendo eles:
Lote 1 – peças em perfeito estado;
Lote 2 – Peças que precisam recondicionamento ou troca 
de reparos;
Metodologia da Manutenção 17
Lote 3 – peças danificadas que devem ser substituídas ou 
fabricadas;
Lote 4 – peças a serem examinadas em laboratório.
Após o conserto das partes identificadas segue-se com a montagem 
do equipamento (ALMEIDA, 2018).
 • Procedimento para a correta montagem de máquinas:
1. Consultar os manuais e desenhos técnicos disponíveis;
2. Verificar os elementos e peças a serem montados;
3. Verificar as ferramentas e instrumentos de aferição que 
serão utilizados e organizá-los de maneira que facilite o 
manuseio;
4. Iniciar a operação de montagem de acordo com o 
planejado, sempre cuidando para que não haja impurezas 
ou fragmentos que possam contaminar as peças e 
componentes;
5. Após a finalização das operações de montagem, testar o 
equipamento montado.
É fundamental que o profissional de manutenção esteja habilitado e 
treinado para a tarefa que vá exercer. Na montagem e desmontagem não 
é diferente, o profissional precisa estar preparado para executar a função 
e não ter problemas inesperados devido à falta de conhecimento.
Fundamentos de usinagem
Você certamente já ouviu falar em usinagem de peças certo? 
Com certeza já viu peças metálicas com design complexo e ficou se 
perguntando como elas foram fabricadas. Normalmente é usado o 
processo de usinagem para essas situações.
Usinagem é o processo de fabricação mecânica que consiste na 
remoção de material por corte ou abrasão visando a fabricação ou reparo 
de peças de material metálico e não metálicos, obedecendo a medidas, 
geometria e normas de desenho técnico.
Metodologia da Manutenção18
A maneira como a peça será usinada, como a peça será fixada, 
a ferramenta de corte a ser utilizada, as condições de manutenção da 
máquina em que a operação será realizada e principalmente a competência 
técnica do profissional que irá executar a usinagem impactam diretamente 
no processo de usinagem e resultado final.
O processo de usinagem é dividido nas seguintes etapas:
 • Desbaste: retirada do excesso de material, deixando-se 
uma pequena quantidade dele, chamada de sobremetal 
que será retirado na fase de acabamento.
 • Acabamento: retirada do sobremetal, respeitando as 
medidas dimensionais e geométricas exigidas no desenho 
técnico da peça.
 • Controle: processo de inspeções das dimensões e 
requisitos solicitados da peça que foi usinada.
É possível realizar a usinagem com ferramentas manuais, como 
limas ou com auxílio de máquinas operatrizes.
Entre as máquinas operatrizes de usinagem presentes no cotidiano 
mecânico de manutenção temos:
 • Torno mecânico;
 • Fresadora mecânica;
 • Retifica plana e cilíndrica.
1. Torno mecânico: é uma das máquinas mais comuns 
da indústria metalomecânica e também uma das mais 
antigas. O Torno mecânico possui inúmeras variações 
e tipos sendo eles utilizados em diversos processos de 
fabricação. Ele é uma máquina usada com frequência 
na realização de manutenção de peças ou ferramentas 
(ALMEIDA, 2018).
Metodologia da Manutenção 19
Figura 9 – Exemplo de torno mecânico universal.
Fonte: Almeida (2018, s.p. – Kindle).
2. Fresadora mecânica: é uma máquina de usinagem 
destinada a usinagem de peças com diversas faces, 
geometrias, canais, rasgos, engrenagens, rebaixo, 
furações entre outras formas. As fresadoras são máquinas 
versáteis e muito comuns nas empresas devido à grande 
variedade de peças que é possível produzir utilizando-as. 
A ferramenta e corte utilizada na fresadora recebe o nome 
de fresa, podendo ser ela de aço rápido ou metal duro.
Figura 10 – Exemplo de fresadora mecânica universal.
Fonte: Almeida (2017, s.p. – Kindle). 
Metodologia da Manutenção20
3. Retifica plana e cilíndrica: As retíficas são máquinas com 
mesa magnética que executa movimentos longitudinais 
ou transversais para retificar uma superfície, e movimentos 
verticais, são controlados pelo operador manualmente, 
assim posicionando o rebolo e controlando a quantidade 
de material que irá ser retirado em cada passe na peça 
(ALMEIDA, 2018).
A usinagem está sempre presente na manutenção mecânico 
devido a necessidade de confeccionar ou reparar peças metálicas. É de 
suma importância que o profissional de manutenção mecânica tenha 
conhecimentos técnicos em usinagem.
RESUMINDO:
Pois então bastante informação não mesmo? Garanto que 
você nunca mais irá olhar para suas ferramentas da mesma 
maneira não mesmo? 
Também aposto que você nunca tinha visto a desmontagem 
e montagem de equipamentos como um dos processos 
de manutenção certo? E ainda mais com complexidade e 
importância tão significantes não é mesmo?
Pois então neste capítulo vimos alguns dos processos de 
manutenção e suas ferramentas.
Aprendemos sobre o processo de usinagem tão utilizado no reparo 
e confecção de peças de reposição. Vimos ainda modelos de máquinas 
operatrizes.
Também aprendemos sobre as principais ferramentas utilizadas em 
montagem e desmontagem nas operações de manutenção.
E entendemos a importância e as etapas dos processos de 
desmontagem e montagem executados durante as manutenções 
mecânicas.
Metodologia da Manutenção 21
Manutenção predial civil
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo vamos estudar sobre manutenção predial, 
entender um pouco como os profissionais da área a 
executam.
Também vamos aprender sobre os processos utilizados para realizar 
a manutenção predial, quais são os problemas mais comuns e como eles 
podem ser resolvidos.
Acredito que tenha despertado seu interesse não é mesmo? 
Seguimos em frente!
A manutenção predial é regida pela NBR 5674 da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas ABNT, mas na prática temos poucos edifícios 
que possuem um sistema ou cultura de manutenção implementado. O 
que acontece na prática é a simples correção dos problemas que surgem 
com o tempo, ou como nós já vimos, apenas a manutenção corretiva 
é efetuada, é difícil encontrarmos um edifício ou condomínio com uma 
gestão da manutenção preventiva em funcionamento. Esse fato muitas 
vezes acaba expondo o edifício e suas estruturas a certos riscos.
Vamos usar aqui a definição utilizada pela Norma de Inspeção Predial 
do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape): a 
manutenção predial é o conjunto de atividades e recursos que garanta 
o melhor desempenho da edificação para atender as necessidades dos 
usuários, com confiabilidade e disponibilidade, ao menos custo possível 
(GOMIDE, 2014).
Conhecendo a manutenção predial
Você com certeza já se deparou com manutenções em sua casa, 
edifício ou condomínio certo?
Com certeza alguns pequenos reparos você mesmo teve que 
executar ou chamou um
profissional para fazê-lo não é mesmo?
Metodologia da Manutenção22
Pois pensando na gestão da manutenção e nos nas manutenções 
corretivas, preventivas e preditivas que vimos serem tão eficientes no 
mundo industrial, podemos trazer esses conceitos para a manutenção 
predial.
É comum nos depararmos com manutenções corretivas sendo 
feitas em edifícios, porém a manutenção preventiva e até mesmo a 
preditivo já é mais difícil de enxergarmos não é mesmo.
Claro que a maioria dos edifícios possuem uma boa durabilidade, 
mas será que não precisam de um olhar mais cauteloso no quesito de 
manutenção?
Não só para identificar e corrigir problemas serve a manutenção 
predial, ela ajuda a prevenir falhas para manter a funcionalidade das 
construções, atender exigências de segurança e garantir vida longa às 
edificações.
Toda construção deve ser monitorada por profissionais de 
manutenção predial ao longo de sua vida útil. Quando a manutenção é 
ignorada, o edifício corre o risco de perder sua capacidade funcional, e 
expor os usuários a situações de risco e insegurança, além de desvalorizar 
o patrimônio.
Figura 11 – Exemplo de manutenção predial em fachada.
Fonte: Pexels
Metodologia da Manutenção 23
Em condomínios, ignorar a manutenção pode resultar em 
responsabilização civil de proprietários, síndicos e administradores. Para 
evitar problemas, é necessário que um plano de gestão da manutenção 
seja implantado, começando com a realização da inspeção predial.
A partir daí o administrador passa a ter um laudo com as informações 
do edifício o qual mostra a situação real do prédio no que diz respeito à 
funcionalidade, atendimento às normas técnicas, presença de falhas e/
ou falhas. A inspeção predial funciona como uma revisão de um carro, ela 
aponta os problemas já existente e alguns problemas que irão surgir com 
o tempo. Todos os sistemas que compõem a edificação são analisados, 
da cobertura ao subsolo.
SAIBA MAIS:
A Câmara de Inspeção Predial do IBAPE/SP no ano de 2009, 
preocupada com a relação “causa x efeito” dos acidentes 
e sua forte correlação com a Manutenção Predial, realizou 
um estudo sobre acidentes ocorridos em edificações 
com mais de 30 anos. O estudo considerou dados de 
conhecimento comum, publicados pela imprensa, e 
informações cadastradas no banco de dados do Corpo 
de Bombeiros do Estado de São Paulo. Nesse estudo, os 
acidentes prediais analisados ocorreram, exclusivamente, 
em edificações na sua fase de uso. Excluídos dessa análise, 
portanto, acidentes ocorridos na fase de obras e em 
edificações com menos de 10 anos. 
Dos resultados obtidos, 66% das prováveis causas e origens dos 
acidentes são relacionadas à deficiência ou a falta de manutenção, 
perda precoce de desempenho e deterioração acentuada. Apenas 34% 
dos acidentes possuem causa e origem relacionada a problemas de 
construção dos edifícios (IBAPE SP, 2015).
A figura abaixo ilustra os resultados:
Metodologia da Manutenção24
Figura 12 – Gráfico com resultado sobre a pesquisa de falhas em edifícios.
Fonte: Adaptado pelo editorial Telesapiens
Os dados acabam apontando para uma conclusão: há meios de se 
diminuir o colapso e a deterioração precoce das edificações. É necessário 
implementar sistemas de gestão da manutenção predial e realizar 
avaliações periódicas das condições técnicas, de uso e de manutenção 
dos edifícios.
O termo utilizado para essa avaliação da edificação é denominado 
Inspeção Predial ou Vistoria de Check-up. Essa avaliação é uma 
manutenção preventiva, sendo assim, diminui o risco de acidentes 
prediais e auxilia no direcionamento de investimentos na edificação e nas 
adequações do plano de manutenção.
A inspeção predial é uma atividade que possui normas e métodos 
já pré-estabelecidos, classifica as deficiências constatadas na edificação 
com uma visão sistêmica e gera uma lista de prioridades técnicas com 
orientações ou recomendações para a sua correção, o resultado dessa 
avaliação corresponde a ações do plano de manutenção do edifício 
(IBAPE SP, 2015).
Inspeção Predial
Como podemos ver a inspeção predial é parte fundamental da 
gestão da manutenção predial. É a partir da inspeção predial que temos a 
análise da situação do edifício em avaliação e com ela podemos definir as 
Metodologia da Manutenção 25
ações de correção que será preciso executar. Também usamos o laudo da 
inspeção predial para montar o plano de manutenção e planejar os custos 
envolvidos para executar a manutenção.
DEFINIÇÃO:
De acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP, 
é a “análise isolada ou combinada das condições técnicas, 
de uso e de manutenção da edificação”.
Outras normas técnicas definem Inspeção Predial. Temos como 
exemplo:
 • Avaliação do estado da edificação e de suas partes 
constituintes, realizada para orientar as atividades de 
manutenção (ABNT NBR 5674).
 • Verificação, através de metodologia técnica, das 
condições de uso e de manutenção preventiva e corretiva 
da edificação (ABNT NBR 15575-1).
O que acontece na prática, é uma avaliação com o objetivo de 
identificar o estado geral da edificação e se seus sistemas construtivos, 
observados os aspectos de desempenho, funcionalidade, vida útil, 
segurança, estado de conservação, manutenção, utilização e operação, 
sempre visando o bem estar dos usuários.
Vamos agora analisar o método dessa avaliação técnica e suas 
etapas, de acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP:
Figura 13 – Etapas da inspeção predial.
Metodologia da Manutenção26
Fonte: Adaptado pelos autores
Metodologia da Manutenção 27
As etapas da inspeção predial seguem uma ordem lógica para 
ajudar na classificação e na solução dos problemas encontrados nas 
edificações.
É importam que as etapas sejam seguidas e bem executadas só 
assim o a inspeção predial será eficiente.
O profissional de manutenção predial deve saber ler e interpretar o 
documento de inspeção predial, assim ele poderá executar as ações de 
manutenção de forma correta e eficaz.
Manutenção predial x Inspeção Predial
É importante entendermos que a inspeção predial não é manutenção 
da edificação. 
A inspeção predial é uma das ferramentas que auxiliam na 
elaboração ou na revisão do plano de manutenção e na gestão predial.
Manutenção, por definição, é o conjunto de atividade que garante 
e recupera os desempenhos de elementos e sistemas construtivos, 
conforme previsto em projeto e dentro do prazo de vida útil. Trata-se de 
atividade técnica de Engenharia ou outro profissional qualificado.
Conforme a ABNT NBR 5674, as responsabilidades técnicas de 
quem realiza a Manutenção são:
1. Assessorar o proprietário na tomada de decisão sobre a 
manutenção e sua organização;
2. Providenciar e manter atualizados os registros da 
manutenção;
3. Realizar rondas de manutenção e contratar inspeções 
técnicas periódicas;
4. Preparar previsões orçamentárias para os serviços de 
manutenção;
5. Supervisionar as atividades de manutenção;
Metodologia da Manutenção28
6. Planejar as atividades e reavaliar a programação;
7. Orçar serviços de manutenção terceirizados ou próprios;
8. Realizar ou assessorar o proprietário na contratação de 
serviços;
9. Definir e implementar sistema de gestão da manutenção 
predial;
10. Orientar os usuários sobre o uso adequado da edificação;
11. Assessorar o proprietário em situações de emergência;
12. Acompanhar o valor dos investimentos, bem como o 
valor do imóvel ao longo de sua vida útil, em função das 
atividades de manutenção executadas.
A falta de Manutenção nos edifícios causa a falha ou parada nas 
funcionalidades que o edifício possui e redução do prazo de vida útil. 
Logo, quando não se faz Manutenção, os gastos com reparos corretivos 
e reformas são maiores e ocorrem de forma mais acentuada e precoce.
É 
importante observar, ainda, que a Manutenção garante a funcionalidade 
e, principalmente, a segurança do uso das instalações e dos sistemas da 
edificação.
Se realizada sem critério técnico, a manutenção pode causar 
problemas, gastos indevidos sem os benefícios esperados, danos 
materiais, físicos e gerar preocupações desnecessárias aos usuários, 
além da desvalorização acentuada do imóvel, indenizações por acidentes, 
condenações jurídicas por negligência, impedimento ao uso, interdições 
entre outros problemas.
Classificação de falhas
As falhas de manutenção podem ter diversas causas. Quando se 
realiza a Inspeção Predial, elas são analisadas para a classificação do grau 
de prioridade. Podem ter origem em execução de atividades inadequadas, 
mau planejamento, uso indevido de materiais, deficiências com mão de 
obra, problemas com ausência de registros, contratos de terceirizadas 
incompatíveis com a realidade operacional das instalações, dentre outras.
Metodologia da Manutenção 29
As falhas podem ser:
 • Críticas – Implicam em danos à saúde e à segurança dos 
usuários, perda excessiva de desempenho causando 
possíveis paralisações, comprometimento sensível de 
vida útil e desvalorização acentuada. Esse tipo de falha 
exige intervenção imediata.
Exemplo: parada dos elevadores, trincas que comprometam a 
estrutura do prédio.
 • Regulares – Promovem perda de funcionalidade 
sem prejuízo à operação direta de sistemas, redução 
pontual de desempenho, deterioração precoce e 
pequena desvalorização. Esse tipo de problema requer 
programação e intervenção em curto prazo.
Exemplo: Fachada do edifício está descascando. Degraus da escada 
estão perdendo o revestimento.
 • Mínimas – Causam pequenos prejuízos à estética ou à 
atividade programável e planejada, sem incidência ou 
sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e 
regulares.
Exemplo: Bolhas na pintura no hall de entrada.
A deficiência no diagnóstico das falhas causa retrabalho e gastos 
desnecessários, sem contar que o problema poderá ressurgir, agravando 
a situação e causando prejuízo ainda maior (IBAPE SP, 2015).
Outro ponto que precisamos saber diferenciar é que a manutenção 
não é Reforma, Modernização e/ou Retrofit. Essas atividades alteram as 
características originais dos sistemas construtivos, o que não ocorre na 
manutenção predial.
De acordo com a recente ABNT NBR 16280:2014 – Norma de Reforma 
em Edificações – Sistemas de Gestão de Reformas – Requisitos, tem-se 
como definição para reforma de edificação: “Alteração nas condições da 
edificação existente com ou sem mudança de função, visando a recuperar, 
Metodologia da Manutenção30
melhorar ou ampliar suas condições de habitabilidade, uso ou segurança, 
e que não seja manutenção”.
As reformas em geral podem ocorrer nas edificações para repor 
sistemas que já se encontram com vida útil ultrapassada, como também 
para alterar características.
As reformas, tanto quanto as atividades de manutenção, necessitam 
de profissionais habilitados para sua execução, porque envolvem 
prestações de serviços de engenharia e arquitetura. Logo, é importante 
existirem responsáveis técnicos.
RESUMINDO:
E aí conseguindo absorver toda a informação?
Bastante coisa não é mesmo? Aquelas obras que vemos 
sendo realizadas nas fachadas dos edifícios quando 
caminhamos nas ruas não serão mais as mesmas para você 
certo? Eu gosto de pensar como o conhecimento muda a 
forma como olhamos para o mundo e as coisas que nos 
cercam!
Pois bem nesta unidade aprendemos sobre a manutenção 
predial, como a gestão da manutenção interfere na 
qualidade e custos das manutenções prediais. Também foi 
possível observar a importância de manter uma boa cultura 
de manutenção predial sempre visando a segurança e bem 
estar dos usuários.
Conhecemos como é complexo uma inspeção predial 
o laudo que ela gera e como utilizamos esse laudo para 
alimentar o plano de manutenção do edifício que está 
sendo analisado.
Foi possível observar também que manutenção predial, 
por tratar da segurança das pessoas, possui várias normas 
regulamentadoras para garantir a qualidade da manutenção 
e a responsabilidade das ações executadas.
Vamos em frente aprendendo cada vez mais sobre essa 
área de conhecimento que é a manutenção.
Metodologia da Manutenção 31
Manutenção elétrica predial
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo vamos estudar sobre manutenção elétrica 
predial, entender um pouco como os profissionais da área 
a executam.
Também vamos aprender sobre os processos utilizados para realizar 
a manutenção elétrica predial, quais são os problemas mais comuns e 
como eles podem ser resolvidos.
Acredito que tenha despertado seu interesse não é mesmo? 
Seguimos em frente!
Entendendo a Manutenção Elétrica Predial
Vamos rever o conceito de manutenção, mas agora focando a 
manutenção elétrica predial, vamos pensar em coisas que fazemos 
habitualmente. Por exemplo: pegar o ônibus, ou o metrô, para ir à escola 
ou ao trabalho. Ou, então, passear no shopping; fazer um exame médico; 
pesquisar um assunto qualquer na internet; abastecer o tanque da 
motocicleta; tomar sorvete; comprar carne para um churrasco; fritar um 
ovo entre outras coisas. 
Com certeza você se lembra de que a falta de manutenção faz com 
que o ônibus quebre, o ar-condicionado do vagão do metrô não funcione, 
a escada rolante do shopping pare, não se pode fazer um exame médico 
porque o aparelho está quebrado, não se consegue acessar a internet 
devido à pane no provedor, a bomba de combustível está parada, não é 
possível tomar sorvete nem comprar carne porque não há fornecimento 
de energia no seu bairro. 
Vamos supor a seguinte situação. Bem, seu fogão tem acendimento 
(elétrico) automático e seu bairro não tem energia! Na sua casa, não há 
uma caixa de fósforos sequer no armário. Resultado: sem energia elétrica, 
você não pode nem fritar um ovo!
Metodologia da Manutenção32
Analisando e refletindo sobre esses exemplos, fica fácil entender 
o conceito de manutenção: um processo que se destina à conservação 
das instalações ou equipamentos, mantendo suas características 
técnicas, funcionais e de segurança. Isto é, um conjunto de cuidados 
técnicos indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de 
máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações. Os defeitos e falhas 
comprometem o funcionamento dos componentes elétricos, reduzindo a 
sua vida útil e provocando as paradas não programadas.
O objetivo do serviço de manutenção elétrica predial é garantir a 
continuidade e funcionamento do sistema elétrico e evitar que defeitos 
e falhas, caracterizados pelo funcionamento irregular ou até mesmo pela 
própria interrupção do funcionamento normal do sistema, venham ocorrer. 
As causas mais frequentes de defeitos e falhas são provocadas por:
 • falta de cuidados na execução da instalação;
 • má qualidade no fornecimento da energia elétrica;
 • falta de qualidade da manutenção realizada;
 • sistema elétrico sobrecarregado;
 • temperatura ambiente, produtos abrasivos ou químicos 
presentes no ambiente do sistema elétrico, não previstas 
em projeto. (SILVA, 2014).
O profissional de manutenção elétrica predial, é responsável por 
fazer com que a energia elétrica chegue a todos os componentes dos 
circuitos das instalações, a fim de manter o funcionamento das máquinas 
e equipamentos a eles conectados.
Figura 13 – Exemplo de profissional de manutenção elétrica predial.
Fonte: Silva (2014, locais do Kindle 126).
Metodologia da Manutenção 33
Sabemos que a gestão da manutenção divide a manutenção em 
corretiva, preventiva e preditiva. Vamos agora ver a descrição desses três 
tipos de manutenção com o foco na manutenção elétrica predial.
Manutenção corretiva: é realizada quando o equipamento ou 
a instalação apresenta
falhas ou danos, mesmo que a manutenção 
preventiva tenha sido realizada. A manutenção corretiva tem o objetivo 
de consertar o defeito apresentado e colocar novamente o equipamento 
ou a instalação em operação, assim reduzindo os prejuízos causados por 
sua paralisação. 
Manutenção preventiva: trata das inspeções periódicas nos 
equipamentos ou nas instalações. Essas inspeções permitem que 
sejam verificadas as condições de funcionamento, segurança e o nível 
de deterioração de equipamentos e instalações e podem indicar a 
necessidade de limpeza, lubrificação, ajustes, adequações ou substituição 
de componentes.
Portanto, os objetivos da manutenção preventiva são:
1. Prolongar a vida útil de equipamentos e instalações;
2. Evitar paradas não programadas;
3. Reduzir os riscos de acidentes.
Manutenção preditiva: tem a finalidade de indicar as reais condições 
de funcionamento da maquinaria e instalações. É baseada em dados de 
manuais de fabricantes, que informam desgaste, fadiga ou deterioração 
dos componentes de um equipamento ou de uma instalação. Desse 
modo, podemos prever o tempo de utilização dos componentes bem 
como as condições necessárias para o seu máximo aproveitamento.
Os três tipos de manutenção que acabamos de ver podem ser 
divididos em dois grupos: o da manutenção planejada, no qual se 
enquadram a preventiva e a preditiva, e o da manutenção não planejada, 
no qual se enquadra a corretiva (SILVA, 2014).
Metodologia da Manutenção34
Periodicidade da manutenção elétrica predial
Com certeza você já passou por uma situação em que algo não 
funcionou corretamente em sua casa ou edifício, podemos assumir que 
nenhum usuário de uma instalação elétrica predial fica feliz quando algo 
não funciona. Reflita sobre seu dia a dia e em como a eletricidade tem 
uma presença tão forte que, simplesmente, não conseguimos viver sem 
ela.
Agora, imagine uma sala de cirurgia. Nela, nada pode falhar, 
porque isso ameaça a vida de uma pessoa. Esse exemplo demonstra a 
necessidade da manutenção preventiva, pois não podemos esperar que 
algo falhe no meio de uma cirurgia para tentar consertar, não é? Assim, 
o intervalo de tempo em que deve ocorrer a manutenção tem que ser 
adequado a cada tipo de instalação. Quanto mais complexa e diversificada 
for a instalação e seu uso, menor deverá ser o intervalo em que são 
realizadas as intervenções. Por isso, uma sala de cirurgia é o típico local 
em que uma falha de fornecimento de energia jamais poderá ocorrer.
Portanto, ao estabelecer a periodicidade da manutenção, o mais 
importante é levar em consideração a complexidade das atividades 
desenvolvidas e as influências externas existentes no local (SILVA, 2014).
Para definir a periodicidade o profissional de manutenção deve 
utilizar as informações sobre vida útil discriminadas nos manuais dos 
fornecedores. Também é possível utilizar o laudo da inspeção predial 
ou o histórico de falhas consecutivas, assim estimando qual o tempo 
necessário para a manutenção entre falhas.
O importante na hora de estipular a periodicidade da manutenção 
em um plano de manutenção é ter em mente que o objetivo é trocar ou 
realizar reparos em componentes antes que eles falhem, assim garantindo 
a segurança e a satisfação do usuário.
Verificação de rotina em manutenção preventiva
A manutenção preventiva deve ser uma rotina em instalações que 
não podem falhar, já que isso significaria prejuízos tanto materiais quanto 
Metodologia da Manutenção 35
para a utilização do usuário. Imagine um shopping sem ar-condicionado! 
Pense, também, em uma incubadora que mantém vivo um bebê 
prematuro e que fique, mesmo que momentaneamente, em um ambiente 
sem energia elétrica! São prejuízos que não podem ser resgatados! Por 
esses motivos, a manutenção preventiva deve fazer parte da rotina de 
manutenção da instalação elétrica predial. 
Essa periodicidade da manutenção preventiva é composta por 
verificações frequentes que são feitas em condutores, dispositivos de 
conexão e de manobra, quadros de distribuição e painéis.
1. Condutores: A instalação, a isolação e os elementos de 
conexão dos condutores, incluindo os que alimentam os 
equipamentos móveis, devem ser inspecionados com o 
objetivo de verificar se: 
 • estão em boas condições de utilização e limpeza; 
 • estão devidamente identificados; 
 • não apresentam sinais de sobreaquecimentos.
2. Quadros e distribuição de painéis: Os quadros de 
distribuição e painéis devem ser inspecionados tanto em 
sua estrutura quanto em seus componentes. Na estrutura 
de quadros e painéis, devemos verificar o estado geral 
quanto à fixação, à integridade mecânica, à pintura, à 
presença de corrosão, ao funcionamento de fechaduras 
e dobradiças. Devemos, também, avaliar a condição dos 
condutores e das cordoalhas de aterramento. Em relação 
aos componentes dos quadros de distribuição e painéis, 
devemos verificar as condições de funcionamento de 
contatores, relés, chaves seccionadoras, disjuntores entre 
outros componentes. A fixação, os ajustes e as calibrações 
devem ser realizados de acordo com as características 
técnicas de cada componente. (SILVA, 2014).
Metodologia da Manutenção36
Processos da manutenção elétrica predial
Como estamos aprendendo, o principal objetivo da manutenção de 
um sistema elétrico conservar suas condições técnicas, funcionais e de 
segurança. A realização do serviço de manutenção exige a execução de 
procedimentos específicos, que garantam a segurança dos profissionais 
envolvidos nas intervenções e a confiabilidade dos trabalhos realizados. 
Podemos citar como exemplos:
1. Testes de funcionamento de componentes de uma 
instalação elétrica;
2. Inspeção visual dos componentes de uma instalação 
elétrica; 
3. Ensaios possíveis de componentes de uma instalação 
elétrica.
Durante a execução de qualquer manutenção elétrica predial, antes 
da substituição de um componente elétrico, você precisa garantir de que 
este realmente deva ser substituído. Isso é feito por meio de inspeção, 
testes e ensaio. É primordial que antes de iniciar a manutenção, você deve 
realizar procedimentos de desligar a energia dos circuitos atendendo às 
seguintes prescrições da NR 10:
1. Seccionar o circuito; 
2. Impedir sua reenergização por meio de bloqueios 
mecânicos;
3. Constatar a ausência de tensão; 
4. Instalar aterramento temporário;
5. Proteger os elementos energizados existentes na zona 
controlada;
6. Instalar a sinalização de impedimento de reenergização 
(SILVA, 2014).
Metodologia da Manutenção 37
Exemplo: Agora vamos analisar o exemplo de um procedimento de 
inspeção de tomadas.
Você já utilizou uma tomada portanto já sabe que as conexões entre 
os aparelhos elétricos portáteis e a rede elétrica são realizadas por meio 
de plugues e tomadas. O desgaste desses dispositivos é resultado da 
corrente que circula por eles e de sua elevada utilização. Também é de 
seu conhecimento que as conexões deficientes podem ocasionar queda 
de tensão, aquecimento e instabilidade na rede elétrica. Constatado o 
defeito, devemos efetuar a troca dos dispositivos. Veja, no quadro a seguir, 
os procedimentos de teste de uma tomada (SILVA, 2014).
Quadro 1 –Exemplo de procedimento de inspeção de tomadas.
Itens a ser verificado Como testar / Verificar
Pressão de contato Verificar se a pressão de contato 
nos polos da tomada é suficiente 
para manter conexão com o plugue 
nela inserido.
Bornes de ligação Avaliar conexão do condutor com 
borne de ligação da tomada.
Sinais de aquecimento Verificar se a tomada apresenta 
sinais de deformação por 
aquecimento resultante de 
sobrecarga ou mau contato.
Tensão Constatar presença de tensão nos 
bornes da tomada
Fonte: Silva (2014, locais do Kindle 986).
Após o profissional de manutenção ter verificado
todo o sistema 
elétrico trocado os componentes e reparos necessários, ele precisa 
validar seu trabalho e emitir o relatório final de suas atividades.
Após a conclusão da manutenção de um sistema elétrico e antes 
de ser liberado para o cliente, é necessário realizar a validação do serviço. 
Afinal, na manutenção também deve-se garantir a funcionalidade, 
Metodologia da Manutenção38
segurança e conformidade com as normas, assim como a integridade das 
pessoas, do imóvel e dos equipamentos presentes.
Para a validação final da manutenção executada é necessário:
1. Verificar a conformidade com os parâmetros do projeto 
com a ajuda da leitura e interpretação do projeto da 
instalação elétrica;
2. Realizar as rotinas de teste de funcionamento do sistema 
e de medição das grandezas envolvidas; 
3. Preencher o formulário para liberação do sistema; 
4. Encerrar a Ordem de Serviço (OS).
Após todas as etapas acima serem executadas e a ordem de serviço 
assinada e aceito pela pessoa que solicitou a manutenção, o serviço está 
concluído e o profissional pronto para o próximo trabalho (SILVA, 2014). 
Como vimos a manutenção elétrica predial é uma área de grande 
complexidade e com alguns risco também. O profissional de manutenção 
elétrica predial deve estar devidamente habilitado dentro das normas de 
segurança e com o conhecimento sobre a profissão em dia, caso contrário 
a execução das atividades não sairá conforme o esperado e ainda poderá 
apresentar risco desnecessários.
RESUMINDO:
Cada área que nos aprofundamos da manutenção parece 
um mundo novo não é mesmo?
A manutenção elétrica predial não seria diferente, é uma 
área muito importante por tratar da segurança e bem estar 
das pessoas e exige um nível técnico elevado de seus 
profissionais.
Vimos como ela é executada no dia a dia e como definidos a 
periodicidade das ações de manutenção preventiva.
Metodologia da Manutenção 39
Foi possível entender a importância da manutenção preventiva e 
preditiva nessa área da manutenção. Pois o impacto de um edifício ficar 
sem energia elétrica muito grande para o usuário, certo?
Também vimos o exemplo de um procedimento de inspeção 
e entendemos a necessidade de procedimentos para este tipo de 
manutenção.
Ainda temos muito a aprender sobre essa fantástica área de 
conhecimento que é a manutenção. Seguimos em frente!
Metodologia da Manutenção40
Normas regulamentadoras aos processos 
de manutenção
INTRODUÇÃO:
Agora vamos conhecer as normas regulamentadoras que 
regem a atividade de manutenção.
Teremos as normas de segurança, legislações sobre a construção 
civil e algumas boas práticas a serem seguidas.
É muito importante conhecer as normas técnicas e legislações 
sobre a atividade que você desempenha, além de funcionarem como 
um guia que irá te ajudar também servem para garantir que o profissional 
e as pessoas ao seu redor estejam seguras durante a execução de sua 
atividade.
Interessante não é mesmo? Seguimos aprendendo sobre a 
manutenção!
Teremos as normas de segurança, legislações sobre a construção 
civil e algumas boas práticas a serem seguidas.
É muito importante conhecer as normas técnicas e legislações 
sobre a atividade que você desempenha, além de funcionarem como 
um guia que irá te ajudar também servem para garantir que o profissional 
e as pessoas ao seu redor estejam seguras durante a execução de sua 
atividade.
Interessante não é mesmo? Seguimos aprendendo sobre a 
manutenção!
O que são as Normas?
Se alguém convidar você para participar de um jogo o qual você 
nunca jogou, a primeira coisa que você irá pedir é como funciona o jogo 
e quais suas regras, certo? Você faz essa pergunta, pois sabe que se não 
conhecer as regras, não terá chance de ganhar o jogo.
Metodologia da Manutenção 41
Pois na manutenção é a mesma coisa é necessário saber as regras, 
normas técnicas e boas práticas da manutenção para melhor aplicá-la no 
dia a dia.
Vamos começar entendendo o que é a normalização.
Nos dias atuais estamos cercados por normas: de convivência, de 
linguagem, de padrões de comportamento. Afinal, dizer “bom dia!”, “por 
favor!”, “muito obrigado!” são expressões que devemos sempre usar e que 
fazem parte das normas da boa educação. Viver em comunidade exigiu 
de nós, seres humanos, o estabelecimento desses tipos de regras.
A industrialização, atividade econômica que mudou totalmente 
nossas vidas nos últimos duzentos anos, exigiu o uso de critérios 
de padronização para facilitar a fabricação, o armazenamento e a 
comercialização dos produtos. Imagine como seria se cada fabricante 
resolvesse fabricar o conector de celular diferente para cada modelo de 
celular? Seria muito difícil.
A padronização foi o primeiro passo para a normalização, e está 
nada mais é do que um conjunto de critérios estabelecidos entre as partes 
interessadas, ou seja, técnicos, engenheiros, fabricantes, consumidores e 
instituições. As finalidades da normalização são:
 • Padronizar o produto;
 • Simplificar processos produtivos; 
 • Garantir produtos e serviços confiáveis para o usuário.
Do processo de normalização surgem as normas, sendo estes 
documentos com informações técnicas para uso de fabricantes e 
consumidores. As normas são elaboradas com base nas experiências e 
nos avanços tecnológicos da indústria. As normas englobam assuntos 
referentes à terminologia, aos glossários de termos técnicos, aos símbolos 
e aos regulamentos de segurança (SENAI SP, 2015).
Atualmente o objetivo das normas técnicas são:
Metodologia da Manutenção42
 • Simplificação – limitar e reduzir a fabricação de variedades 
desnecessárias de um produto; 
 • Comunicação – estabelecer linguagens comuns que 
facilitem o processo de comunicação entre fabricantes, 
fornecedores e consumidores; 
 • Economia global – criar normas técnicas internacionais 
que permitam o comércio de produtos entre países; 
 • Segurança – proteger a saúde e a vida humana; 
 • Proteção dos direitos do consumidor – garantir a qualidade 
do produto comercializado e do serviço prestado.
Normas Técnicas Brasileiras
Como você já deve ter ouvido falar no Brasil temos inúmeros 
normas técnicas, e com certeza algumas delas normalizam o setor de 
manutenção industrial, predial e elétrica. Sendo assim vamos estudar 
sobre essas normas.
Figura 15 –Logo da ABNT
Fonte: ABNT
O atual modelo brasileiro de normalização foi implementado a 
partir de 1992 e tem o objetivo de descentralizar e tornar mais rápida a 
elaboração de normas técnicas. Para isso, foram criados:
 • O Comitê Nacional de Normalização (CNN), que tem a 
função de estruturar o sistema de normalização; 
Metodologia da Manutenção 43
 • O Organismo de Normalização Setorial (ONS), que tem 
como objetivo agilizar a criação de normas específicas 
para setores. Para que um ONS possa elaborar normas de 
âmbito nacional, deve se credenciar e ser supervisionado 
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A ABNT é uma entidade privada sem fins lucrativos. Sua 
responsabilidade é coordenar, orientar e supervisionar o processo de 
elaboração de normas no Brasil, bem como editar e registrar as normas 
existentes (NBRs).
Para que os produtos brasileiros sejam aceitos no mercado 
internacional, as normas da ABNT são elaboradas, de preferência, segundo 
diretrizes e instruções de associações internacionais de normalização, 
como estas: 
 • International Standard Organization (ISO), com sede em 
Genebra, na Suíça, que significa Organização Internacional 
para Padronização; 
 • International Eletrotechnical Commission (IEC) ou, em 
português, Comissão Internacional de Eletrotécnica. 
A ABNT é responsável pela elaboração de normas de procedimento, 
especificação, padronização, terminologia, classificação, métodos de 
ensaio e simbologia
em diversas áreas de atuação (SENAI SP, 2015). mas 
técnicas brasileiras entre no Site na ABNT. Link: <http:// www.abnt.org.br>. 
(Acesso em: 25/07/2020).
Também vale visitar o site do Instituo Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). No INMETRO, a norma 
recebe uma classificação e é oficialmente registrada. A norma pode ser 
uma:
 • NBR1, o que a torna obrigatória; 
 • NBR2, chamada de “referendada” e obrigatória para 
órgãos públicos; 
http:// www.abnt.org.br
Metodologia da Manutenção44
 • NBR3, chamada de “registrada” e que pode ou não ser 
seguida tanto por órgãos públicos como por empresas 
privadas.
Periodicamente as normas devem ser revistas. Em geral, a revisão 
deve ocorrer em intervalos de cinco anos. Todavia, o avanço tecnológico 
pode determinar que algumas normas sejam.
Link: <http:// www.inmetro.gov.br>. (Acesso em 25/07/2020).
A seguir vamos ver uma lista das normas regulamentadores e seus 
títulos. A lista serve para orientar o profissional a procurar pela norma 
completa de acordo com o trabalho que será realizado.
Quadro 2 –Lista de NR’s
Norma Descrição
NR 01 Disposições gerais.
NR 02 Inspeção prévia.
NR 03 Embargo ou Interdição.
NR 04 SESMT − Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho.
NR 05 Cipa − Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
NR 06 EPI − Equipamento de Proteção Individual.
NR 07 PCMSO − Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional.
NR 08 Edificações.
NR 09 PPRA − Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
NR 10 Segurança em instalações e serviços em eletricidade.
NR 11 Transporte, movimentação e manuseio de materiais.
NR 12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.
NR 13 Caldeiras e vasos sob pressão.
NR 14 Fornos.
NR 15 Atividades e operações insalubres.
NR 16 Atividades e operações perigosas.
NR 17 Ergonomia.
http:// www.inmetro.gov.br
Metodologia da Manutenção 45
NR 18 Condições do meio ambiente de trabalho da Indústria da 
construção civil.
NR 19 Explosivos.
NR 20 Líquidos combustíveis e inflamáveis.
NR 21 Trabalho a céu aberto.
NR 22 Segurança e saúde ocupacional na mineração.
NR 23 Prevenção contra incêndios.
NR 24 Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho.
NR 25 Resíduos industriais.
NR 26 Sinalização de segurança.
NR 27 Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no 
Ministério do Trabalho
NR 28 Fiscalização e penalidades.
NR 29 Segurança e saúde no trabalho portuário.
NR 30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário.
NR 31 Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, 
silvicultura, exploração florestal e aquicultura.
NR 32 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde.
NR 33 Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados.
NR 34 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da 
construção e reparação naval.
NR 35 Segurança e saúde no trabalho em altura.
NR 36 Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e 
processamento de carnes e derivados.
Fonte: Os autores
É bastante comum no mundo da manutenção você encontrar 
no currículo dos profissionais treinamentos, por exemplo em NR10 - 
Segurança em instalações e serviços em eletricidade ou em NR 35- 
Segurança e saúde no trabalho em altura, isso significa que o profissional 
está apto para trabalhar de acordo com as normas da NR em questão.
Metodologia da Manutenção46
Figura 16 –Exemplo de profissional capacitado para o trabalho.
Fonte: SENAI SP (2014, locais kindle 161).
Diversos trabalho exigem o treinamento das NR’s necessárias para 
a contratação do profissional.
 • ABNT NBR 15154: Vamos comentar aqui sobre a norma de 
qualificação e certificação de mecânico de manutenção 
e seus requisitos. A norma tem como objetivo estabelece 
os requisitos e a sistemática para a qualificação e 
certificação de mecânico de manutenção e define as 
atribuições, atitudes e atividades para o nível descrito. 
Esta Norma aplica-se à qualificação e certificação de 
profissionais executantes de serviços de manutenção, em 
equipamentos mecânicos, sistemas hidropneumáticos, 
sistemas de lubrificação e máquinas.
Você certamente já ouviu falar ISO 9001 não é mesmo?
Pois bem a ISO (Organização Internacional de normalização), é 
uma organização internacional, que reúne mais de uma centena de 
organismos nacionais de normalização. Representando países que 
respondem por cerca de 95% do PIB mundial, tem por objetivo promover 
o desenvolvimento da padronização de atividades correlacionadas, de 
Metodologia da Manutenção 47
forma a possibilitar o intercâmbio econômico, científico e tecnológico 
entre países.
Para saber mais sobre como a ISSO funciona e entender como ela 
impacta na área de manutenção acesse o site.
É importante que o profissional de manutenção tenha conhecimento 
sobre as normas regulamentadores da sua área de atuação, não apenas 
para se manter seguro e executar as boas práticas necessárias da sua 
profissão. Mas também para se manter dentro da legislação.
RESUMINDO:
Interessante não é mesmo? Podemos ver que a bagagem 
de conhecimento já conhecido e normalizado é grande 
na área de manutenção, não poderia ser diferente não é 
mesmo? A humanidade pratica a manutenção desde os 
surgimentos das primeiras ferramentas.
Nesta unidade foi possível entender como as normas 
técnicas funcionam e atuam no Brasil, também vimos os 
órgãos responsáveis por emiti-las.
Foi possível entender como as normas técnicas interagem 
com p profissional de manutenção e conseguimos nos 
aprofundar um pouquinho nas normas que mais impactam 
a manutenção, como a NR10 e NR35.
Interessante não é mesmo? A frase de conheça as regras 
do jogo para vencê-lo se aplica muito bem quando falamos 
das normas técnicas e da manutenção.
Seguimos em gente aprendendo sobre essa área de 
conhecimento tão fantástica que é a manutenção!
Metodologia da Manutenção48
REFERÊNCIAS
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Disponível em: 
<http://www.abnt.org.br>. Acesso em: 27 de jul. 2020.
ABRAMAN. Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de 
Ativos. Disponível em: <https://www.abramanoficial.org.br>. Acesso em: 11 
jul. 2020.
BAPTISTA, José Antônio. Manutenção Industrial: Técnicas, Contos e 
Causos – 2017.
CYRINO, Luis. Downtime, o peso da manutenção. Manutenção em 
foco, 2019. Disponível em: <https://www.manutencaoemfoco.com.br/
downtime-o-peso-da-manutencao/>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
DE ALMEIDA, Paulo Samuel. Gestão da Manutenção Aplicada as 
Áreas Industrial Predial e Elétrica – 2017, Editora Saraiva.
DE ALMEIDA, Paulo Samuel. Manutenção Mecânica Industrial 
Conceitos Básicos e Tecnologia Aplicada – 2018, Editora Érica.
FERREIRA GOMIDE, Tito Livio, CABRAL P. FAGUNDES NETO, 
Jrônimo, GULLO, Marco Antonio. Inspeção Predial Total Diretrizes e 
Laudos no Enfoque da Qualidade Total e da Engenharia Diagnóstica – 
2014, Editora PINI.
Gestão de Ativos e Pas 55. ABRAMAN. Disponível em: <https://
abramanoficial.org.br/page/gestao_de_ativos>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
IBAPE SP. Inspeção Predial “a Saúde dos Edifícios”. 2° edição. 
Disponivel em: <https://www.ibape-sp.org.br/adm/upload/
uploads/1541781803-Cartilha-Inspecao_Predial_a_Saude_dos_Edificios.
pdf>. Acesso em: 25/07/2020.
ISO. International Organization for Standardization. Disponível em: 
<https://www.iso.org/home.html>. Acesso em: 25 de jul. 2020.
Metodologia da Manutenção 49
LAASCH, Conaway. Fundamentos da gestão responsável: 
sustentabilidade, responsabilidade e ética. São Paulo: Cengage Learning, 
2015.
Manutenção Predial Preventiva. Fullconnection, 2019. Disponível 
em: <http://fullconnection.com.br/manutencao-preventiva-por-que-e-
indispensavel/>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
Plano de Manutenção Predial Preventiva e Corretiva. Unifesp, 2016. 
Disponível
em:<https://www.unifesp.br/campus/osa2/images/PDF/
Infraestrutura/ANEXO%202.pdf>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
PORTAL. Inmetro. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br>. 
Acesso em: 25 de jul. 2020.
Significado de NBR. SIGNIFICADOS, 2018. Disponível em:<http://
significados.com.br/nbr/>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
Sistemas Elétricos Prediais Instalações. SENAI-SP Editora. 2015.
SILVA, Rodrigo de Faria. Sistemas Elétricos Prediais Manutenção. 
SENAI-SP Editora. 2014.
Andrew Schaedler e Giselly Mendes
Metodologia da Manutenção
		Macroprocessos da manutenção mecânica
		Processos da manutenção mecânica
		Ferramentas para manutenção
		Técnicas de montagem e desmontagem de equipamentos
		Fundamentos de usinagem
		Manutenção predial civil
		Conhecendo a manutenção predial
		Inspeção Predial
		Manutenção predial x Inspeção Predial
		Classificação de falhas
		Manutenção elétrica predial
		Entendendo a Manutenção Elétrica Predial
		Periodicidade da manutenção elétrica predial
		Verificação de rotina em manutenção preventiva
		Processos da manutenção elétrica predial
		Normas regulamentadoras aos processos de manutenção
		O que são as Normas?
		Normas Técnicas Brasileiras
metodologia-manutencao-3.pdf
Metodologia da 
Manutenção
Andrew Schaedler e 
Giselly Mendes
Unidade 3
Introdução a 
Manutenção
Andrew Schaedler e Giselly Mendes
Metodologia da 
Manutenção
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autores 
ANDREW SCHAEDLER E GISELLY MENDES
Andrew Schaedler
Eu, Andrew, sou formado em Engenharia Mecânica, com uma 
experiência técnico-profissional na área de engenharia de processos e 
usinagem de precisão, de mais de 8 anos. Passei por empresas como a 
TDK multinacional Japonesa produtora de componentes eletrônicos, John 
Deere multinacional Americana produtora de equipamentos agrícolas 
e hoje sou sócio proprietário de uma metalúrgica especializada em 
usinagem de precisão atendendo empresas de grande porte do ramo 
automotivo.
Giselly Mendes
Eu, Giselly, sou Mestra em Qualidade Ambiental, Tecnóloga em 
Polímeros, Administradora, Educadora com uma experiência técnico-
profissional na área de Processos Gerenciais e Educacionais de mais de 
12 anos.
Somos apaixonados pelo que fazemos e adoramos transmitir nossa 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por 
isso fomos convidados pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco 
de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!
OS AUTORES
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda 
vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Processos da manutenção corretiva e preditiva ..........................10
Conceitos de manutenção corretiva e preventiva ............................................. 10
Gestão da manutenção corretiva ..................................................................................... 12
Vantagens e implementação da manutenção preventiva. ............................ 13
Executando a gestão da manutenção corretiva e preventiva .................... 13
Implantando a manutenção preventiva .................................................... 14
Processos e práticas da manutenção preditiva ............................19
Objetivos da manutenção preditiva ................................................................................ 20
Processos da manutenção preditiva .............................................................................. 21
Implantando a manutenção preventiva e o ciclo PDCA ............26
O que é o ciclo PDCA? ............................................................................................................. 26
Ciclo PDCA na Manutenção ................................................................................................. 29
PDCA criando o pensamento crítico ........................................................... 30
Gestão de pessoas e informação na manutenção .......................34
Gestão de pessoas ...................................................................................................................... 34
Pilares da gestão de pessoas .......................................................................... 35
Gestão de pessoas na manutenção............................................................ 40
Gestão da informação ............................................................................................................... 40
Metodologia da Manutenção 7
INTRODUÇÃO A MANUTENÇÃO
UNIDADE
03
Metodologia da Manutenção8
Você sabia que a área da manutenção é uma das maiores 
demandas na indústria? A manutenção também está presente em nosso 
dia a dia praticamente em todo lugar que frequentamos. Essa área de 
atuação profissional existe em todas as regiões do mundo. Nesta unidade 
vamos iniciar nossos estudos nesta área de conhecimento tão utilizada 
pela sociedade atual. Iremos aprender sobre os conceitos e definições da 
manutenção.
Veremos como a gestão da manutenção é realizada e o impacto 
que ela tem no ramo industrial predial e elétrico.
Ainda entenderemos como é gerenciar os processos da manutenção 
corretiva e preditiva.
Nos aprofundaremos na parte prática da gestão da manutenção 
preditiva e veremos como funciona o ciclo PDCA.
Além disso vamos aprender sobre a gestão das pessoas nos 
processos de manutenção.
Bastante coisa não é mesmo? Seguimos aprendendo sobre esta 
ampla área de conhecimento! Vamos em frente!
INTRODUÇÃO
Metodologia da Manutenção 9
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade Unidade 3 - Gestão da 
Manutenção. Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das 
seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de 
estudos:
1 . Gerenciar os processos de manutenção corretiva e preditiva; 
2. Executar, na prática, os processos de manutenção preditiva;
3. Implantar a metodologia de manutenção preventiva nas 
organizações utilizando o ciclo PDCA como ferramenta fundamental;
4. Compreender a gestão de informações e das pessoas nos 
processos de manutenção.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Metodologia da Manutenção10
Processos da manutenção corretiva e 
preditiva
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo vamos entender mais sobre a manutenção 
corretiva e preventiva.
Como funciona os processos de gestão de cada uma dessas 
manutenções.
Também será muito importante entendermos como esses 
dois tipos de manutenção estão ligados e caminham juntos, 
visando a eficiência da gestão da manutenção.
Fique atento e observe como a manutenção corretiva e 
preventiva
se complementam e sempre buscam evitar que 
máquinas ou sistemas falhem, assim aumentando a eficiência 
da organização e reduzindo custos em manutenção ou por 
paradas na linha produtiva.
Vamos em frente aumentar nossos conhecimentos!
Conceitos de manutenção corretiva e 
preventiva 
Agora vamos revisar os conceitos de manutenção corretiva e 
preventiva. Fique atento para entender como uma manutenção está 
relacionada com a outra.
Manutenção corretiva é um conjunto de procedimentos e ações que 
são executados com a finalidade de atender imediatamente a máquina, 
equipamento ou sistema que parou de funcionar. A equipe de manutenção 
age imediatamente para restabelecer seu funcionamento o mais rápido 
possível. O fato é que nem sempre o “mais rápido possível” ocorre em 
tempo de se evitar os prejuízos causados por uma parada de máquina 
Metodologia da Manutenção 11
imprevista, que podem ser funcionário parado, atrasos de produção, 
compra de peças sem tempo de pesquisar preços adequadamente, 
mecânico trabalhando sob pressão, o que gera risco de acidentes entre 
outros possíveis problemas. (ALMEIDA, 2018).
Exemplo: Temos como exemplo da manutenção corretiva a 
resistência de um chuveiro elétrico. Ela pode falhar devido a problemas 
na rede de energia elétrica ou hidráulica de uma casa. Acredito que quase 
todo mundo já tenha passado pela situação de estar tomando banho 
no inverno e a resistência do chuveiro queimar necessitando assim ser 
trocada. A perda de capacidade de aquecer água do chuveiro elétrico 
devido à resistência elétrica estar estragado é um clássico exemplo de 
manutenção corretiva. O chuveiro só voltará a funcionar quando a peça 
que falhou for substituída.
Manutenção preventiva é a manutenção planejada e controlada, 
tendo como objetivo a manter a máquina, equipamento ou sistema em 
certas condições de funcionamento e conservação, evitando paradas 
imprevistas. O planejamento é possível utilizando-se a documentação e 
informações das ações de manutenção corretiva já realizadas (Ficha de 
Execução de Operações de Manutenção Corretiva) e informações sobre a 
vida útil das peças, fornecidas pelo fabricante. (ALMEIDA, 2018).
Figura 1 – Exemplo de manutenção em carro.
Fonte: Pixabay
Metodologia da Manutenção12
Exemplo: Acredito que o exemplo mais comum de manutenção 
preventiva que temos é a revisão de nossos carros. O fabricante do carro 
já tem odo plano de manutenção preventiva elaborado para nós, quando 
o carro atinge uma certa quantia de km rodados precisamos executar 
uma série de ações pré-estipuladas, tendo como objetivo manter o carro 
em funcionamento sem nenhuma parada imprevista.
Gestão da manutenção corretiva
A gestão da manutenção deve contemplar desde as operações 
necessárias para o funcionamento correto de máquinas, equipamentos e 
sistemas até os processos administrativos que envolvem a aquisição de 
peças, componentes, insumos, máquinas e ferramentas. 
Além disso, deve contar com um estudo dos custos de mão de obra 
direta e indireta e da relação dos custos de manutenção e os benefícios 
conferidos aos diversos tipos de máquinas e equipamentos em função de 
sua aplicação. Essa análise permite identificar a manutenção correta para 
cada tipo de aplicação.
Exemplo: Em um caso de desgaste excessivo em decorrência 
do tempo de trabalho, a equipe de manutenção para o sistema apenas 
durante o tempo necessário para trocar as correias de posição para o 
motor reserva instalado em paralelo e aciona novamente o equipamento, 
cujo funcionamento foi interrompido por um tempo bem menor do 
que se houvesse a necessidade de executar reparos no motor em uso. 
Após o reinício do funcionamento do motor reserva, o motor que estava 
em funcionamento é retirado para que se execute nele a manutenção 
corretiva e só é recolocado e religado quando o motor reserva apresentar 
defeitos por desgaste excessivo. No exemplo apresentado, é possível 
ter uma ideia da atuação estratégica da gestão da manutenção, que é 
responsável pelos cálculos financeiros e de viabilidade de execução das 
operações de manutenção em uma organização. 
Tais cálculos possibilitam prever se a execução de ações propostas 
para solucionar os problemas nos processos industriais é economicamente 
viável. (ALMEIDA, 2017).
Metodologia da Manutenção 13
Vantagens e implementação da 
manutenção preventiva.
Vamos analisar agora as vantagens de se ter uma manutenção 
preventiva funcionando corretamente:
 • Equilibrar a utilização de recursos humanos: quando as 
operações de manutenção são planejadas, é possível criar 
um ritmo de trabalho constante e prever com precisão 
a quantidade de mecânicos no setor de manutenção, 
eliminando tempos ociosos e excesso ou falta de 
profissionais. 
 • Eliminar tempos de espera para compra de peças: com 
o cronograma de manutenção preventiva é possível fazer 
uma previsão da utilização de peças e insumos que serão 
utilizados nas operações de manutenção, assim evitando 
estoques desnecessários ou falta de peças que causam a 
parada da máquina até a compra e recebimento da peça.
 • Confiabilidade de prazos no sistema de produção: a 
manutenção preventiva permite o bom funcionamento 
das máquinas ou sistemas utilizados em uma organização, 
o que evita atrasos ou esperas paradas imprevistas. 
 • Satisfação do cliente: a manutenção preventiva contribui 
para o respeito a prazos de entrega das peças e para a 
qualidade das peças produzidas pelas máquinas mantidas 
em perfeito estado de funcionamento, contribuindo 
assim para a satisfação dos clientes da organização. 
(ALMEIDA,2018).
Executando a gestão da manutenção 
corretiva e preventiva
Na gestão da manutenção, a manutenção corretiva e preventiva 
anda lado a lado.
Metodologia da Manutenção14
Quando executamos uma manutenção corretiva além de colocar 
o equipamento que apresenta defeito o mais rápido possível, temos que 
preencher a documentação solicitada para gerar registros e informações. 
Esse histórico de informações são a base para o planejamento da 
manutenção preventiva.
Implantando a manutenção preventiva
Na implantação de um sistema de manutenção preventiva é 
necessário desenvolver procedimentos específicos, sendo eles:
 • diagnóstico, verificação das condições de peças, registros 
de Manutenção Corretiva das máquinas, equipamentos, 
ferramentas e instalações, além da vida útil das peças, 
que é fornecida pelo fabricante; 
 • elaboração do plano de manutenção preventiva; 
 • elaboração do registro de manutenção preventiva;
 • elaboração da ficha de lubrificação.
Como vimos é muito importante o registro e o cumprimento dos 
procedimentos da gestão da manutenção.
Fazem parte dessa gestão uma gama de documentos os quais 
servem como banco de informações.
Vamos analisar alguns documentos utilizados na manutenção 
preventiva:
 • Roteiro de execução de manutenção preventiva.
 • Plano de manutenção preventiva.
 • Plano de lubrificação (aqui estamos usando como exemplo 
a tarefa de lubrificação).
 • Fichas de lubrificação (aqui estamos usando como 
exemplo a tarefa de lubrificação).
Metodologia da Manutenção 15
O roteiro de execução de manutenção preventiva é o documento 
que possui as informações de identificação e localização da máquina, com 
a descrição dos itens a serem executados na manutenção em uma ordem 
numérica, com os respectivos prazos de execução. (ALMEIDA, 2018)
Figura 2 – Exemplo de roteiro de manutenção preventiva.
Fonte: Almeida (2018), s.p. - Kindle
O plano de manutenção preventiva contém a lista das operações 
descritas no cronograma de execução da manutenção preventiva, 
com espaços para registrar a data e o responsável pela operação de 
Manutenção Preventiva, evidenciando sua execução.
Metodologia da Manutenção16
Figura 3
– Exemplo de ficha de execução da manutenção preventiva.
Fonte: Almeida (2018), s.p. - Kindle
O plano de lubrificação tem como finalidade registrar todas 
as máquinas que devem ser lubrificadas para controle da gestão 
Manutenção Preventiva. Este documento, além de ser obrigatório, é 
extremamente útil na prática da manutenção preventiva, pois permite 
o controle e o planejamento das máquinas e dos equipamentos que 
devem ser lubrificados, bem como a periodicidade dos procedimentos 
de lubrificação. (ALMEIDA, 2018).
Metodologia da Manutenção 17
As fichas de lubrificação têm como finalidade registrar a data, o 
código do lubrificante, os pontos de lubrificação e o responsável pela 
lubrificação executada nas máquinas e nos equipamentos, conforme o 
plano de lubrificação. 
Figura 4 – Exemplo de ficha de execução da manutenção preventiva.
Fonte: Almeida (2018), s.p. - Kindle
Esses são alguns exemplos de documentos utilizados na gestão da 
manutenção preventiva. Ainda existem outros documentos e ferramentas 
que podem ser empregados na gestão da manutenção.
Metodologia da Manutenção18
RESUMINDO:
Neste capítulo vimos os conceitos de manutenção corretiva 
e preventiva assim como exemplos desses dois tipos de 
manutenção. Foi possível entender a relação das duas 
manutenções em uma gestão da manutenção e como é 
fundamental seguir os processos pré estabelecidos em 
ordem de arquivar informações pertinentes.
Vimos que a manutenção preventiva utiliza o histórico 
fornecido pela manutenção corretiva para realizar o 
planejamento das ações.
Também foi possível entender a relação dos procedimentos 
de gestão da manutenção e os documentos necessários para 
que ela ocorra de forma eficiente.
Interessante como a gestão da manutenção tem um 
impacto na organização das ações e redução dos custos de 
manutenção não é mesmo? Vamos em frente aprendendo 
mais sobre essa área de conhecimento tão interessante que 
é a manutenção!
Metodologia da Manutenção 19
Processos e práticas da manutenção 
preditiva
INTRODUÇÃO:
Agora vamos aprender mais sobre a manutenção preditiva.
Este tipo de manutenção também está interligado com a 
manutenção corretiva e preventiva.
A manutenção preditiva é onde se encontra as técnicas mais 
avançadas de análise de máquinas e modos de falha.
Popularmente os profissionais utilizam a frase “escutar a 
máquina” para se referir a técnicas de manutenção preditiva, 
e em alguns casos isso realmente acontece, por exemplo 
monitorar o som que certo equipamento faz em condições 
normais de trabalho, em caso deste som sofrer mudanças 
isto indica que o equipamento não está mais em condições 
normais e pode apresentar falhas. 
Seguimos aprendendo mais sobre a manutenção preditiva e 
suas aplicações!
A manutenção preditiva busca indicar as condições reais de 
funcionamento de uma máquina de acordo com informações obtidas 
utilizando como base fenômenos apresentados por ela quando alguma 
peça começa a se desgastar ou alguma regulagem se faz necessária. 
Este tipo de manutenção baseia-se em inspeções periódicas, durante as 
quais fenômenos como temperatura, vibração, ruídos excessivos entre 
outros são observados por meio de instrumentos e técnicas específicas. 
Essa análise permite verificar as condições efetivas do equipamento e 
acompanhar a evolução de um defeito, possibilitando o planejamento em 
curto prazo para uma ação de manutenção com a troca de peças e a 
correção do defeito. Também permite indicar a vida útil dos componentes 
Metodologia da Manutenção20
das máquinas e equipamentos e as condições para que esse tempo seja 
bem aproveitado. (ALMEIDA, 2017).
Agora vamos aprender o significado da palavra preditiva, vamos 
usar como base o Dicionário online Michaelis.
Preditivo: 
1. Relativo à predição.
2. Que produz ou afirma de antemão antes que se presenteie 
a verdade por meio de adução de prova(s).
3. Que usa de dedução no raciocínio, ou que permite tal uso 
a partir de informações prévias.
Fonte: Dicionário online Michaelis. Link: https://bit.ly/31VkyRx Lendo 
atentamente ao significado da palavra vemos que a manutenção preditiva, 
podemos ver que o significa de número três, descreve com precisão o 
que é a manutenção preditiva.
Objetivos da manutenção preditiva
A manutenção preditiva pode ser implantada para monitorar 
a evolução dos efeitos causados por um defeito em uma máquina, 
equipamento ou sistema. Este tipo de manutenção agrega diversas 
vantagens para a empresa ou organização. Ao implantar a manutenção 
preditiva a empresa ou organização poderá buscar os objetivos a seguir: 
 • Determinar antecipadamente a necessidade de serviços 
de manutenção em uma peça específica da máquina, 
possibilitando seu máximo aproveitamento.
 • Analisar fenômenos com instrumentos específicos, 
eliminando desmontagens desnecessárias para inspeção. 
 • Aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos, 
acompanhando a evolução do defeito.
 • Evitar emergências e transtornos causados por paradas 
imprevistas em decorrência de defeitos que já haviam sido 
identificados, mas que ficaram sem acompanhamento.
Metodologia da Manutenção 21
 • Impedir que o defeito agrave os danos e se estenda a 
outros componentes da máquina ou sistema. 
 • Reduzir custos e garantir a qualidade dos produtos ou 
serviços da empresa. (ALMEIDA, 2017).
Processos da manutenção preditiva
Você pode observar até agora que a manutenção preditiva trata-se 
de uma manutenção com alto nível de conhecimento técnico, utilizando 
técnicas específicas para cada caso. 
Figura 6 – Exemplo de manutenção preditiva, inspeção de folgas em Pós-Combustor.
Fonte: Pixabay
Para a implantação da manutenção preditiva, são necessários 
instrumentos e equipamentos específicos, além de treinamento 
apropriado para os mecânicos que irão executar os procedimentos para 
análise e avaliação de fenômenos como: 
 • Vibração excessiva e evolução da vibração; 
 • Temperatura acima do normal; 
 • Ruído excessivo; 
 • Falta de precisão nas peças produzidas. 
Metodologia da Manutenção22
Utilizando como base a análise dos fenômenos, é possível indicar 
e apontar, com antecedência, os defeitos ou falhas nas máquinas, 
equipamentos e sistemas que estão sendo monitorados. A manutenção 
preditiva, após a análise dos fenômenos, adota dois procedimentos para 
atacar os problemas detectados: estabelece um diagnóstico e efetua 
uma análise de tendências. (ALMEIDA,2017).
De acordo com o tipo de máquina, equipamento ou sistema a coleta 
de dados e informações é determinada assim como a periodicidade das 
inspeções, sempre com o objetivo de manter o equipamento em condições 
normais de funcionamento sem que o defeito possa interferir na qualidade 
e principalmente na operação segura da máquina ou do equipamento. 
As informações recolhidas são registradas em um documento. Essas 
informações são utilizadas pelo responsável da manutenção preditiva 
para realizar o planejamento e execução de ações de manutenção.
Figura 7 – Exemplo análise de informações.
Fonte: Pixabay
O estudo destas informações é de extrema importância nos 
diversos segmentos de atuação das organizações. Os gestores da área 
de manutenção devem ter contato direto com as falhas detectadas nos 
diversos tipos de máquinas e equipamentos ou sistemas, bem como 
com os efeitos causados por elas, e procurar entender o porquê eles 
acontecem. Com esse tipo de análise é possível chegar a conclusões 
Metodologia da Manutenção 23
sobre o que pode ser feito para evitar danos sérios aos equipamentos. 
De maneira simplificada, pode-se dizer que a falha de um equipamento 
é verificada quando ele não executa corretamente a atividade para a qual 
ele foi concebido em razão de um ou mais motivos. As falhas podem ser 
resultantes do final da vida útil de um ou mais
componentes do conjunto 
ou de motivos específicos. (ALMEIDA, 2017).
Além de possibilitar o gerenciamento do processo de manutenção 
e a antecipação das falhas de máquinas, equipamentos e sistemas, a 
implantação da manutenção preditiva apresenta as seguintes vantagens: 
 • Aproveitamento da vida útil da máquina ou do equipamento.
 • Planejamento e controle da aquisição e do estoque de 
peças de reposição.
 • Diminuição dos custos com reparos, pois estes podem ser 
executados de maneira planejada.
 • Aumento da eficiência das máquinas e consequentemente 
da produtividade da organização.
 • Melhoria das condições de segurança no trabalho.
 • Maior credibilidade dos produtos ou serviços ofertados 
pela empresa.
A manutenção preditiva está relacionada com o gerenciamento, 
pois prediz o momento mais adequado de se realizar uma ação de 
manutenção. Portanto, pode-se dizer que a manutenção preditiva não 
conserta, mas indica o melhor momento para consertar. (ALMEIDA, 2018).
Já conseguimos compreender melhor a interação entre a 
manutenção preventiva e preditiva não mesmo?
Vamos analisar um exemplo prático o qual está presente em nossos 
dias.
Exemplo: Agora vamos ver dois exemplos práticos de manutenção 
preventiva e preditiva que estão presentes em nosso cotidiano.
Metodologia da Manutenção24
Como já comentamos a revisão do carro que é pré-estabelecida 
pela montadora trata-se de uma manutenção preventiva, o óleo que 
trocamos antes que ele perca a funcionalidade, o filtro da gasolina que 
trocamos antes que ele pare de filtrar corretamente. 
Trocamos esses itens do carro baseado em dados já analisados 
pelo fabricante que afirma a falha do carro em caso de a manutenção não 
ser feita corretamente.
Figura 7 – Exemplo revisão de um carro.
Fonte: Freepik
Agora vamos ver uma manutenção preditiva. Várias revendas de 
automóveis no momento da revisão utilizam um scanner o qual mostra 
informações sobre a utilização do carro que são coletadas por sensores 
e ficam armazenadas na central do carro. A leitura dessas informações é 
interpretada e em caso de o mecânico ver a necessidade será feito a troca 
de uma peça específica.
Temos, por exemplo as informações coletadas pela sonda lambda, 
este sensor realiza a medição dos gases emitidos pelo veículo, e 
esses dados são utilizados pelo módulo da injeção para obter o ponto 
estequiométrico. Ou seja, a mistura ideal entre a gasolina, etanol ou diesel 
e o oxigênio. Caso a mecânica percebe que a leitura do sensor mostra algo 
fora do normal ele irá inspecionar o sistema de injeção de combustível.
Metodologia da Manutenção 25
Então está entendendo como funciona a manutenção preditiva? 
Aposto que você já consegue enxergar como ela traz um ganho enorme 
para as organizações quando aplicada corretamente não é mesmo?
Uma gestão de manutenção contemplando a manutenção 
corretiva, preventiva e preditiva se torna uma ferramenta fundamental e 
grande importância para qualquer empresa ou organização.
RESUMINDO:
E então? Bastante conteúdo não e mesmo? A interação entre 
a manutenção preventiva e corretiva é mesmo fantástica, 
não é? O potencial destas duas manutenções andando 
lado a lado realmente é surpreendente. Neste capítulo 
vimos como é feito a execução na prática dos processos de 
manutenção preditiva. Foi possível entender o conceito deste 
tipo de manutenção e como funciona a atuação das ações de 
manutenção preditiva. Utilizamos a frase “ouvir a máquina” para 
explicar que a preditiva tem seu foco em evitar que as falhas 
aconteçam, normalmente utilizando técnicas de leitura de 
fenômenos tais quais como a vibração, ruído e temperatura de 
equipamentos e sistemas. Quando essa informação é cruzada 
com as informações das manutenções corretiva e preventiva 
é possível prever que uma falha vá acontecer, assim dando 
tempo para planejar a correção necessária antes de uma 
parada inesperada. Este tipo de manutenção proporciona 
uma economia e confiabilidade de suma importância para 
o ambiente competitivo que as empresas e organizações se 
encontram nos dias de hoje.
Metodologia da Manutenção26
Implantando a manutenção preventiva e 
o ciclo PDCA
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo você vai conhecer uma das ferramentas da 
qualidade utilizadas na gestão da manutenção. Você verá 
como o PDCA e suas fases podem impactar na eficiência e 
qualidade da manutenção. O PDCA quando implementado e 
consolidado funciona como uma cultura que guia todos os 
profissionais da manutenção para o mesmo foco e objetivo, 
assim obtendo resultados extremamente satisfatórios.
O que é o ciclo PDCA?
O ciclo PDCA foi promovido por Deming a partir dos anos 1950, no 
Japão, e caracteriza-se pelo modo simples e sistemático com que orienta 
as pessoas na implementação de ações que visam a mudança e a solução 
de problemas ou a implementação de processos, todas essas situações 
sendo aplicáveis à manutenção.
O PDCA é um método de gestão que propõe uma abordagem 
organizada e lógica para a resolução de problemas ou o acompanhamento 
de um processo. Tem o propósito de orientar de forma simples e 
com segurança as etapas de preparação e execução de atividades 
predeterminadas, para atingir o sucesso no aprimoramento, na implantação 
de um processo ou solução de problemas. O ciclo de aprimoramento 
contínuo do processo é composto por quatro etapas, associadas à sigla 
PDCA, que vem do inglês, como se vê a seguir: 
 • P (Plan): planejar;
 • D (Do): executar; 
 • C (Check): verificar/controlar; 
 • A (Act): agir/aprimorar.
Metodologia da Manutenção 27
PLAN - A etapa de planejar tem por objetivo criar um plano, que 
pode ser um cronograma, um gráfico ou um conjunto de padrões. Essa 
etapa subdivide-se em alguns passos, descritos abaixo. 
1. Definir metas (o que fazer), as metas devem ser: 
 • claras, ou seja, entendidas da mesma forma por todos; 
 • exequíveis, isto é, algo cuja execução seja possível; 
 • mensuráveis, isto é, algo que pode ser medido 
(mensurado).
2. Definir o método (como fazer) neste passo, é necessário 
definir também quem vai fazer, quando, onde, quanto e 
por quê (método 5W1H). 
3. Executar, as tarefas devem ser executadas exatamente 
como o previsto na fase de planejamento, assim como a 
coleta de dados para verificação do processo. 
Nesta etapa, é essencial que os profissionais estejam treinados 
e aptos a executarem as tarefas pré-estabelecidas e coletarem 
os dados de forma correta.
4. Verificar ou controlar, momento em que se comparam os 
dados coletados na fase de execução, com os resultados 
obtidos a partir da meta planejada. 
5. Agir ou aprimorar, nesta etapa, o responsável pela gestão 
da manutenção deve cuidar para que os resultados sejam 
consolidados, caso estejam em acordo com o planejado, 
se algum problema tiver sido localizado durante o passo 
anterior, ações corretivas devem ser propostas. 
DO – Executar: Educar e treinar as pessoas envolvidas nos métodos 
a serem utilizados e colocar o plano em prática.
CHECK – Verificar: Observar a situação e verificar se os resultados 
do trabalho executado estão progredindo em direção à meta, consiste 
na avaliação da eficácia do gerenciamento da manutenção através de 
controle.
Metodologia da Manutenção28
ACT – Agir: Se os resultados não estão progredimento em direção à 
meta, atuar no processo em função dos resultados obtidos ou se possível 
aprimorar, melhorar os resultados.
Quando os resultados obtidos estão de acordo com o planejado e 
se deseja consolidá-los, surge o ciclo SDCA (Standardize, Do, Check, Act 
[Padronizar, Executar, Verificar/Controlar, Agir/Aprimorar]). A constante 
interação do ciclo PDCA com o ciclo SDCA possibilita a chamada melhoria 
contínua (Kaizen). (ALMEIDA, 2018).
Agora vamos ver um pouco sobre o que é a cultura Kaizen e como 
ela atua dentro
de uma empresa ou organização, A palavra Kaizen, tem 
origem japonesa, ela é dividida em duas partes: 
 • Kai, que significa mudar; 
 • Zen, que significa melhor. 
Assim, em tradução literal, podemos dizer que a palavra significa 
“Mudar para melhor”. Com o tempo, a palavra acabou adquirindo o 
significado de uma expressão bastante utilizada na indústria: “Melhoria 
contínua”.
O Kaizen, assim como grande parte dos conceitos presentes na 
Gestão da Qualidade, foi criado nas fábricas do Japão pós-guerra. Quando 
a eficiência e a produtividade eram essenciais para a sobrevivência da 
indústria japonesa.
O Kaizen, propõe uma mudança de mentalidade e comportamento 
em todos os níveis, desde o pessoal até o profissional. Sendo assim, está 
centrado nas pessoas, uma vez que são elas que executam as ações da 
organização.
Os principais objetivos da metodologia são:
 • aumentar a produtividade;
 • eliminar os desperdícios de recursos;
 • reduzir o setup da produção;
 • reduzir os estoques;
Metodologia da Manutenção 29
 • envolver todas as pessoas na melhoria dos processos;
 • incentivar a gestão à vista.
Para aprender mais sobre o Kaizen acesse os links a seguir:
https://bit.ly/3lN702h
https://bit.ly/2Z62uSG
Acesso em: 06/08/2020.
Ciclo PDCA na Manutenção
Agora que você entendeu como funciona o ciclo PDCA vamos 
aplicá-lo a gestão da manutenção.
O ciclo PDCA está inserido na manutenção já na criação do plano 
de manutenção. 
O plano seguirá as etapas do ciclo PDCA (planejar, executar, checar 
e agir), desta forma teremos a metodologia PDCA atuando dentro da 
gestão da manutenção.
Tabela 1 – Tabela do Ciclo PDCA na gestão da manutenção.
Metodologia da Manutenção30
Fonte: O Autor.
Analisando a tabela 1 podemos enxergar as etapas do ciclo PDCA 
servindo como base para a gestão da manutenção. 
É muito importante ter os profissionais de manutenção treinados na 
metodologia PDCA assim o responsável pela gestão da manutenção terá 
todo o time caminhando para o mesmo objetivo e usando as mesmas 
ferramentas. Quando temos as quatro etapas do ciclo PDCA bem 
assimilados pela equipe de trabalho a comunicação e a forma de solução 
dos problemas passa a funcionar de forma mais ágil e eficiente.
Em busca de estruturar um sistema de manutenção, que tem como 
objetivo manter os equipamentos e sistemas sempre em condições 
de operação, precisamos estabelecer as etapas necessárias dentro 
da metodologia. Assim a utilização do ciclo PDCA proporciona para a 
organização a previsibilidade dos processos, devido à padronização. 
Como pode ser utilizado em qualquer processo, de qualquer porte, 
portanto é a ferramenta bastante eficaz para gestão de manutenção, com 
ênfase em elaboração de programações de manutenções em máquinas, 
equipamentos e sistemas.
PDCA criando o pensamento crítico
O ciclo PDCA é uma metodologia para que ajuda na solução de 
problemas, além disso, ao se utilizar a metodologia do ciclo PDCA ela 
ajuda a desenvolver o pensamento crítico. Na empresa japonesa Toyota 
e em outras empresas, normalmente os profissionais envolvidos em 
um grupo de trabalho utilizando o ciclo PDCA, apresentam soluções 
inovadoras o que ajuda ficar à frente da concorrência através, isso graças 
ao rigoroso método de solução de problemas. Isso proporciona a criar 
Metodologia da Manutenção 31
uma cultura de solucionadores de problemas utilizando o ciclo PDCA e 
uma cultura de pensadores críticos. 
E vamos concordar, o profissional da manutenção nada mais é que 
um solucionador de problemas, se conseguirmos criar essa cultura em 
um time de manutenção teremos resultados surpreendentes.
Agora vamos aprender um pouco mais sobre o ciclo PDCA. É 
importante conhecer bem a ferramenta que se está usando. Então vamos 
descobri-la melhor.
Quando utilizar?
O ciclo PDCA funciona como uma ferramenta bastante útil 
podendo ser utilizada nas mais diversas situações. Quando pensamos nas 
organizações o PDCA é muito utilizado para:
 • Melhoria de processos: organizar e melhorar um processo 
e suas atividades;
 • Ações buscando a solução de não conformidades: organizar 
as ações que buscam solucionar as não conformidades, 
melhorando o processo e consequentemente tornando-o 
mais eficiente;
 • Criação de um novo produto: as etapas do PDCA também 
podem servir como base para criar de forma sistematizada 
um novo produto. Utilizando o PDCA durante a criação de 
um novo produto, facilita identificar o que é necessário 
para que o produto atenda padrões de qualidade;
 • Implantação de padrões: a utilização do PDCA ajuda na 
padronização e organização de padrões, utilizando as 
etapas do ciclo é possível, saber se a implantação de um 
padrão foi eficaz ou é necessário retornar ao início do ciclo 
e realizar mudanças para que se atinja o objetivo esperado.
Como fazer?
Para utilizar a metodologia PDCA, é necessário seguir as quatro 
etapas do ciclo PDCA (planejamento, execução, verificação e atuar/agir) 
Metodologia da Manutenção32
de forma sistêmica, assim se ao chegar no final do ciclo, o objetivo não for 
atingido, o ciclo deve ser executado novamente. Não há restrições quanto 
a quantidade de vezes que o ciclo pode ser executado, porém durante 
a condução do ciclo é essencial que existe ao menos uma evolução em 
direção ao objetivo.
O maior desafio durante o uso da metodologia PDCA é não permitir 
que a rotina de trabalho acabe banalizando a ferramenta, por exemplo, 
a etapa de planejamento ser executada com pressa devido a falta de 
tempo. O problema nessas situações é que se alguma das etapas falhar, 
a ferramenta 
Erros mais cometidos na aplicação do PDCA
Por mais simples que pareça, aplicar o PDCA não é uma tarefa 
trivial. Alguns erros são comumente cometidos durante a aplicação do 
método. São eles:
 • Análise superficial: é comum durante a etapa de 
planejamento que a ansiedade por resolver rapidamente 
o problema ou a vontade de colocar em prática as ideias 
atrapalhe na hora de analisar o problema. O melhor a 
fazer nesse cenário é contar o com ferramentas de apoio 
(5 Porquês, Diagrama de Ishikawa e 5W2H) e realizar o 
planejamento em grupo, envolvendo pessoas que têm 
contato direto com o problema abordado, assim diferentes 
percepções serão levantadas e poderão ser consideradas.
 • Falta de qualificação: é importante que seja checado se 
há a necessidade de alguma qualificação para a execução 
do que foi planejado. Não adianta idealizar um plano de 
ação incrível sendo que as pessoas que irão executar as 
ações não têm o conhecimento necessário ou experiência 
para executá-las. Então, é importante considerar os pré-
requisitos e a necessidade de capacitação da equipe 
durante a construção do planejamento.
 • Verificação imprecisa: ao avaliar e verificar os resultados 
do que foi executado é importante que os critérios 
Metodologia da Manutenção 33
escolhidos sejam realísticos e muito claros. Muitas vezes, 
os resultados (tanto positivos quanto negativos) ficam 
mascarados porque os controles e formas de avaliação 
não são escolhidos adequadamente. Quando isso 
acontece, a aplicação do PDCA falha, pois os resultados 
da etapa de verificação são a entrada para etapa posterior, 
o agir/atuar.
Saiba mais sobre o ciclo PDCA acessando Ferramentas da Qualidade 
no link: https://bit.ly/2Gv1ukR. Acesso em: 06/08/2020.
RESUMINDO:
Pois então? Incrível como uma única ferramenta pode causar 
um impacto tão grande na forma como executamos a gestão 
da manutenção não é mesmo? É importante que consigamos 
executar a manutenção com qualidade e eficiência, a gestão 
da manutenção é o que irá definir se o profissional vai ser 
um “bombeiro apagador de incêndios” (pessoa que só atua 
quando as máquinas falham sem nenhuma análise crítica 
sobre os defeitos) ou
um profissional realmente eficaz que 
soluciona e evita problemas.
Neste capítulo entendemos o que é a metodologia PDCA 
e suas quatro etapas (planejar, executar, verificar e agir). 
Também foi possível entender como utilizar a metodologia 
PDCA na gestão da manutenção.
Fica muito claro como ferramentas que criam uma cultura 
de solucionar os problemas e já possuem etapas pré-
estabelecidas ajudam a otimizar a gestão da manutenção 
proporcionando resultados satisfatórios.
Vamos em frente na nossa caminha em busca de 
conhecimento na área da manutenção.
Metodologia da Manutenção34
Gestão de pessoas e informação na 
manutenção
INTRODUÇÃO:
Ao estudar este capítulo você irá aprender sobre a gestão do 
recurso mais importante de toda a manutenção o profissional 
da manutenção. Saber gerir as pessoas com o intuito de 
aproveitar o tempo e proporcionar organização para que 
os profissionais de manutenção executem suas tarefas 
adequadamente é ponto chave na Gestão da manutenção. 
Além disso, vamos aprender sobre a gestão da informação a 
qual anda lado a lado com a gestão de pessoas.
Gestão de pessoas
Administrar os recursos humanos de uma empresa, de um projeto 
ou organização, é o objetivo da gestão de pessoas. Não é uma tarefa fácil, 
o importante é levar em conta o perfil de cada colaborador de forma a 
aproveitar ao máximo suas competências, de forma que ele, e sua equipe, 
executem com êxito as ações de acordo com o planejamento estratégico 
da empresa. Além disso, a gestão de pessoas é a área que se preocupa em 
manter o engajamento e a motivação de cada colaborador e equipe, ou 
seja, preocupa-se com o desenvolvimento contínuo de suas qualidades e 
com a satisfação dos mesmos.
Agora amos ver os objetivos da gestão estratégica de pessoas:
 • Estar alinhado com a organização e suas metas, 
desenvolvendo e implementando ações, junto aos 
recursos humanos, que estejam integradas com a 
estratégia de negócios;
 • Contribuir no desenvolvimento de uma cultura de alto 
desempenho;
 • Garantir que a organização os profissionais adequados, 
qualificadas e engajadas que precisa;
Metodologia da Manutenção 35
 • Criar uma relação de emprego que possua harmonia entre 
o gestor e os funcionários além de um clima de confiança 
mútua;
 • Incentivar a aplicação de uma abordagem ética à gestão 
de pessoas. (BAUMOTTE, 2013). 
O engajamento da equipe com o plano de manutenção e a cultura 
de trabalho do gestor ou organização é fundamental para o andamento 
dos trabalhos.
A relação de confiança entre o gestor de manutenção e os 
profissionais de seu time irão fazer a diferença durante o cotidiano do 
trabalho, facilitando a comunicação e a solução de problemas.
Figura 7 – Imagem motivacional: Engajamento.
Fonte: Pixabay
Pilares da gestão de pessoas
Agora que você entendeu a importância gestão de pessoas, com 
certeza já percebeu como é fundamental investir nos recursos humanos.
Mas para uma gestão eficiente, é necessário estar atento as 
necessidades dos profissionais que fazem parte do time de manutenção, 
e tomar medidas a fim de garantir a evolução e o crescimento dos 
integrantes.
Metodologia da Manutenção36
Assim é importante você embasar seu trabalho nos pilares da 
gestão de pessoas, que possibilitam uma atuação ainda mais estratégica 
e eficaz. Veja quais são:
1. Motivação
A motivação é a base para que gestão de pessoas tenha os 
resultados esperados, pois profissionais motivadas irão produzir mais, 
com certeza eles conseguem manter o clima no ambiente de trabalho e a 
comunicação da equipe em harmonia e ainda recebem novas atividades 
com maior facilidade. 
É normal funcionários ficarem desmotivados, os motivos mais 
comuns podem ser a falta de objetivo no trabalho, gestores com posturas 
inflexíveis, cultura organizacional desagradável e até mesmo ferramentas 
ineficientes.
É necessário que o gestor e a organização combatam os motivos de 
desmotivação da equipe.
Outra tarefa importante é estar atento para localizar os profissionais 
desmotivados ou desengajados, antes que eles comecem a influenciar a 
equipe.
Criar maneiras para engajar os colaboradores tornou-se uma 
necessidade para que a organização produza resultados. A motivação 
está diretamente ligada ao engajamento.
É importante lembrar que a motivação é sentimento individual e é 
tarefa do gestor estar atento e entender o que estimula cada profissional, 
criando estratégias que atinjam os efeitos esperados.
As principais formas de motivar os colaboradores são:
 • Conhecer os colaboradores:
As pessoas são impulsionadas por salários elevadas, bônus por 
for interessado pelo que os profissionais de sua equipe desejam, a 
probabilidade de sucesso aumenta substancialmente.
 • Metas bem estabelecidas:
Metodologia da Manutenção 37
Um bom gestor precisa ter controle e conhecimento sobre as metas 
que a equipe está recebendo e a partir dai, estabelecer novos objetivos 
aos profissionais da equipe. Metas desafiadoras são uma ferramenta 
poderosa para tirar as pessoas de sua zona de conforto e estimular seu 
desenvolvimento.
 • Levar o processo seletivo a sério
É necessário encontrar os profissionais mais alinhados à cultura 
organizacional. As pessoas são as responsáveis pelo sucesso e pelo 
fracasso do negócio, portanto, a equipe de recrutamento deve olhar não 
apenas para o currículo, mas o perfil do profissional.
 • Cultura de feedback
Manter uma cultura de feedback é uma forma de reconhecer 
o trabalho do profissional. Ele sabe que seu gestor está atento ao seu 
desempenho e focado em seu desenvolvimento. 
O gestor deve ter como foco o desenvolvimento dos profissionais 
de sua equipe e de seus pontos fortes. Já os pontos que necessitam 
serem aprimorados devem ser tratados de forma gradativa, a fim de não 
desmotivar o colaborador.
2. Liderança
Bons líderes são a base de uma equipe e o time de profissionais vai 
trabalhar mais motivado e engajado se for liderado por alguém que sirva 
a equipe. 
A capacitação de um gestor vai muito além das habilidades técnicas. 
Deve-se valorizar também a comunicação, o relacionamento interpessoal 
e uma visão humanizada sobre a equipe.
3. Comunicação
Um gestor deve ter uma comunicação segura e transparente, 
eliminando qualquer ruído que possa atrapalhar os processos e as 
relações. 
Profissionais querem ser ouvidos por seus gestores e, quando eles 
não conseguem se comunicar, tendem a ficar desmotivados.
Metodologia da Manutenção38
Sendo assim, é preciso que o gestor trabalhe para quebrar as 
barreiras de comunicação e diminuir os problemas que ela pode criar. 
Diversas metodologias e ferramentas tecnológicas estão disponíveis 
para que a gestão proporcione mais interação, troca de conhecimento e 
sugestões entre todos os níveis da equipe.
4. Capacitação
É necessário que a capacitação dos profissionais seja um dos focos 
da gestão de pessoas. Esse é um ponto que tem sido cada vez mais 
exigido pelo mercado de trabalho, proporcionar para o profissional formas 
de desenvolvimento pessoal, é uma forma clara de valorização do capital 
humano. Profissionais mais capacitados serão inovadores e engajados.
Como no desenvolvimento de líderes, a capacitação de equipes 
precisa ir além de treinamentos esporádicos e relacionados apenas às 
habilidades técnicas.
É possível implementar diversas metodologias de aprendizado 
constante para que os colaboradores estejam em constante crescimento 
profissional.
5. Trabalho em equipe
Nesse pilar, o gestor deve mostrar o que há de melhor em cada 
um de seus profissionais. Também é muito importante mostrar para os 
profissionais de que em equipe, eles tem um poder de ação maior do que 
sozinhos.
É importante fortalecer a interação entre os membros da equipe 
para que as relações de parceria e crescimento
entre si sejam parte 
normal do trabalho. Incentivar o trabalho coletivo sempre gera melhores 
resultados.
6. Treinamento e desenvolvimento
Equipes com bons resultados, possuem em seu ambiente de 
trabalho treinamentos por meio de cursos online, que são tão eficazes 
quanto cursos presenciais, com a vantagem de serem realizados conforme 
o tempo disponível do funcionário.
Metodologia da Manutenção 39
7. Competência
Quais são os pontos fortes e fracos dos profissionais da sua equipe? 
Como medir o potencial de cada um e aplicar no ambiente de trabalho? 
Cada profissional tem algo a aprender e a ensinar. Muitos 
desconhecem suas capacidades que podem ser usadas a favor da equipe 
e deixam de investir no autoconhecimento.
 Sabendo dessa situação, a gestão de pessoas será bastante 
eficiente se utilizar as características individuais positivas, para exercita-
las em grupo, propondo atividades coletivas e colaborativas.
A avaliação de desempenho analisando a competência de cada 
um, é uma ferramenta útil que pode medir da capacidade produtiva e 
verificar o perfil de cada funcionário. 
A recolocação interno, em muitos casos irá motivar o profissional, 
ele se sente incentivado a produzir mais na nova função como se estivesse 
começando um novo trabalho.
8. Participação
Quanto mais participativo um funcionário ou grupo de funcionários, 
maiores as chances de inseri-los na cultura organizacional. As empresas 
tornam-se mais competitivas quando possibilitam que seus funcionários 
participem de perto das decisões.
Todos os projetos e objetivos organizacionais devem ser 
apresentados aos funcionários, pois a participação deles, mesmo 
que alguns tenham atuação mais acentuada que outros, melhora a 
produtividade e aumenta o engajamento da equipe.
9. Envolvimento
O engajamento começa quando a gestão tem como foco os 
profissionais da organização, pois é deles que vem todo potencial de criar 
e solucionar problemas.
A gestão de pessoas é a base desse processo, pois para conseguir 
aliar participação e envolvimento será necessário cultivar nos funcionários 
o desejo de contribuir. 
Metodologia da Manutenção40
Agora que você tem o conhecimento dos pilares da gestão de 
pessoas, é importante tê-los sempre em mente na hora de criar um 
planejamento novo ou encara um desafio.
Cada vez mais, a valorização dos recursos humanos é responsável 
pelo sucesso dos negócios e projetos, essa afirmação deve ser praticada 
pelo gestor, que precisa ter foco em criar um ambiente produtivo e com 
qualidade de vida, onde os profissionais se sintam felizes e realizados ao 
exercerem suas funções.
Sendo assim, investir no treinamento e desenvolvimento dos 
gestores é necessário para a evolução das equipes, sempre buscando 
que seu desempenho seja compatível com os objetivos da organização.
Aplicar a gestão de pessoas nas organizações resulta em um 
melhor aproveitamento dos recursos humanos, aumentando os lucros, 
contribuindo para os índices de produtividade e auxiliando no alcance de 
metas. (BAUMOTTE, 2013). 
Gestão de pessoas na manutenção
Agora que entendemos o que é a gestão de pessoas fica fácil ver 
ela atuando na gestão da manutenção não é mesmo? 
A Gestão de pessoas atua desde a hora de montar a equipe de 
manutenção para atender a um plano de manutenção específico.
Imagine como funciona bem a execução de um plano de 
manutenção junto com seus cronogramas e atividades específicas quando 
a equipe está engajada e a comunicação flui de forma fácil e eficaz.
Os resultados da execução das atividades da manutenção, quando 
a gestão de pessoas funciona corretamente, são bem expressivos. 
Gestão da informação
A administração com foco na gestão da informação é definida 
como tendo processos utilizados pela empresa ou organização visando 
manter seus dados organizados e com fácil acesso. Isso inclui processos 
Metodologia da Manutenção 41
de armazenamento, classificação, identificação e compartilhamento de 
dados, sendo eles digitais ou físicos. 
O objetivo da gestão da informação é assegurar que todos os dados 
cheguem aos profissionais certos sem que ocorram erros ou problemas 
neste trajeto. Sendo assim, ela inclui documentos eletrônicos (como 
o plano de manutenção, manual de equipamentos, check list) e físicos 
(como check list de manutenção já preenchidos). 
Uma gestão da informação bem organizada e de fácil acesso a 
todos os profissionais gera na gestão de manutenção a capacidade de 
melhorar e otimizar as tomadas de decisões e assim maior sucesso nas 
ações executadas.
Ter a informação correta no momento em que ela se é necessária, 
faz muita diferença na execução das ações de manutenção. 
Em outras palavras, as informações que um gestor de manutenção 
tem acesso podem ser um dos seus principais ativos. Basta ver o impacto 
causado pelas ferramentas de gerenciamento da informação hoje 
disponíveis no mercado. (DA SILVEIRA NETO, 2013).
Um plano de manutenção bem executado com as informações 
necessárias disponíveis para todos os profissionais da equipe com certeza 
é fator decisivo para o sucesso das ações a serem executadas.
RESUMINDO:
Eai? Interessante não é mesmo? Neste capítulo vimos a 
importância dos profissionais da área de gestão da manutenção. 
Conhecemos os conceitos da gestão de pessoas e como ela 
pode ser influente na gestão da manutenção. Entendemos a 
importância de uma equipe engajada e os benefícios que isso 
pode trazer para os resultados dos trabalhos. Também vimos 
os pilares da gestão de pessoas e como aplicá-los durante 
a execução de um plano de manutenção. Aprendemos com 
o gestor de manutenção deve influenciar positivamente os 
profissionais de sua equipe e estar atento as necessidades 
os mesmos para mantê-los motivados. Além disso, vimos 
a necessidade da gestão de informações e como ela pode 
ajudar o time de manutenção a ser mais eficiente produtivo no 
cumprimento de sua atividade.
Metodologia da Manutenção42
REFERÊNCIAS
 ABRAMAN. Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de 
Ativos. Disponível em: <https://www.abramanoficial.org.br>. Acesso em 11 
jul 2020.
 BAPTISTA, José Antônio. Manutenção Industrial: Técnicas, Contos 
e Causos – 2017.
 BAUMOTTE, Ana Cláudia Trintenaro, D’ALINCOURT FONSECA, 
Doris Pereira, DA SILVA, Lauro Henrique De Carvalho M, RAJ, Paulo 
Pavarini. Gerenciamento de pessoas em projetos – 2013, Editora FGV.
 CYRINO, Luis. Downtime, o peso da manutenção. Manutenção 
em foco - 2019. Disponível em:<https://www.manutencaoemfoco.com.br/
downtime-o-peso-da-manutencao/>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
 DA SILVEIRA NETO, Fernando Henrique, PECH, Gerson, CHAVES, 
Lucio Edi, DOS SANTOS CARNEIRO, Margareth Fabíola. Gerenciamento da 
Comunicação em projetos – 2013, Editora FGV.
 DE ALMEIDA, Paulo Samuel. Gestão da Manutenção Aplicada as 
Áreas Industrial Predial e Elétrica – 2018, Editora Saraiva.
 DE ALMEIDA, Paulo Samuel. Manutenção Mecânica Industrial – 
Princípios técnicos e operações – 2017, Editora Saraiva.
 KAIZEN INSTITUTE. Definition of KAIZEN™. Disponível 
e m : < h t t p s : // w w w. k a i z e n . c o m / w h a t - i s - k a i z e n . h t m l ? u t m _
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Acesso em: 10 de agost. 2020.
 Gestão de Ativos e Pas 55. ABRAMAN. Disponível em:<https://
abramanoficial.org.br/page/gestao_de_ativos>. Acesso em: 11 de jul. 
2020.
 LAASCH, Conaway. Fundamentos da gestão responsável: 
sustentabilidade, responsabilidade e ética. São Paulo: Cengage Learning, 
2015.
Metodologia da Manutenção 43
 Manutenção Predial Preventiva. Fullconnection, 2019. Disponível 
em:<http://fullconnection.com.br/manutencao-preventiva-por-que-e-
indispensavel/>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
 NAPOLEÃO, Bianca Minetto. PDCA. Ferramentas de qualidade, 
2018. Disponível em:<https://ferramentasdaqualidade.org/pdca/>.
Acesso em: 10 de agost. 2020.
 Plano de Manutenção Predial Preventiva e Corretiva. Unifesp, 
2016. Disponível em:<https://www.unifesp.br/campus/osa2/images/
PDF/Infraestrutura/ANEXO%202.pdf>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
 RAMOS, D.; RAMOS, M. Kaizen – muito mais que Melhoria Contínua. 
Blog da qualidade, 2019. Disponível em:<https://blogdaqualidade.com.
br/kaizen/>. Acesso em: 10 de agost. 2020.
 Significado de NBR. SIGNIFICADOS, 2018. Disponível em:<http://
significados.com.br/nbr/>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
Metodologia da 
Manutenção
Andrew Schaedler e Giselly Mendes
Andrew Schaedler e Giselly Mendes
Metodologia da Manutenção
metodologia-manutencao-4.pdf
Unidade 4
Titulo da unidade 
Ferramentas 
e Indicadores 
da Gestão da 
Manutenção
AuAndrew Schaedler e Giselly Mendesor
Metodologia da 
Manutenção
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autor 
ANDREW SCHAEDLER E GISELLY MENDES
Andrew Schaedler
Olá. Somos Andrew Schaedler e Giselly Mendes. 
Eu, Andrew, sou formado em Engenharia Mecânica, com uma 
experiência técnico-profissional na área de engenharia de processos e 
usinagem de precisão, de mais de 8 anos. Passei por empresas como a 
TDK multinacional Japonesa produtora de componentes eletrônicos, John 
Deere multinacional Americana produtora de equipamentos agrícolas 
e hoje sou sócio proprietário de uma metalúrgica especializada em 
usinagem de precisão atendendo empresas de grande porte do ramo 
automotivo. 
Giselly Mendes
Eu, Giselly, sou Mestra em Qualidade Ambiental, Tecnóloga em 
Polímeros, Administradora, Educadora com uma experiência técnico-
profissional na área de Processos Gerenciais e Educacionais de mais de 
12 anos.
Somos apaixonados pelo que fazemos e gostamos muito de 
transmitir nossa experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas 
profissões. Por isso, fomos convidados pela Editora Telesapiens a integrar 
seu elenco de autores independentes. Estamos muito felizes em poder 
ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!
OS AUTORES
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda 
vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Utilizando o diagrama de causa e efeito e o checklist ....................... 10
Diagrama de causa e efeito (espinha de peixe) .................................................... 10
Construindo o diagrama de causa e efeito ............................................... 13
Checklist .............................................................................................................................................15
Construindo um checklist ...................................................................................... 17
Matriz Swot e Método 5W2H..........................................................................20
Matriz Swot....................................................................................................................................... 20
Criando a matriz SWOT ............................................................................................ 21
Método 5W2H ................................................................................................................................ 23
Aplicando o 5W2H ...................................................................................................... 26
Indicadores de desempenho de manutenção ........................................28
Conhecendo os indicadores de manutenção ........................................................ 29
Indicadores OEE, MTBF, MTTR .........................................................................30
Perfil técnico e comportamental do profissional de manutenção . 37
Perfil técnico comportamental dos profissionais de manutenção .......... 38
Perfil comportamental do gestor ou líder de manutenção ..........................40
Metodologia da Manutenção 7
FERRAMENTAS E INDICADORES DA GESTÃO DA MANUTENÇÃO
UNIDADE
04
Metodologia da Manutenção8
 Você sabia que a área da manutenção é uma das maiores 
demandas na indústria? A manutenção também está presente em nosso 
dia a dia praticamente em todo lugar que frequentamos. Essa área de 
atuação profissional existe em todas as regiões do mundo. Nesta unidade 
vamos ampliar nossos estudos nesta área de conhecimento tão utilizada 
pela sociedade atual. Iremos aprender sobre ferramentas e indicadores 
de gestão da manutenção.
Aprenderemos utilizar algumas ferramentas para facilitar o processo 
de tomada de decisões que a gestão da manutenção exige.
Também vamos conhecer indicadores de gestão da manutenção e 
aprende-los como interpretá-los.
Ficou empolgado? Ótimo! Então seguimos aprendendo sobre essa 
vasta área de conhecimento!
INTRODUÇÃO
Metodologia da Manutenção 9
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 04 - Ferramentas e 
Indicadores da Gestão da Manutenção. Nosso objetivo é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término 
desta etapa de estudos:
1. Aplicar as técnicas do checklist e do diagrama de causa e efeito 
para tratar não-conformidades no processo de manutenção;
2. Aplicar a matriz SWOT e o método 5W2H no processo de 
manutenção;
3. Medir e interpretar os indicadores de desempenho na manutenção;
4. Compreender e refletir sobre o perfil e requisitos técnicos e 
comportamentais de um profissional de manutenção.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Metodologia da Manutenção10
Utilizando o diagrama de causa e efeito e 
o checklist
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo vamos conhecer duas ferramentas 
muito importantes na gestão da manutenção. São elas o 
diagrama de causa e efeito, também conhecido como 
espinha de peixe devido a sua forma e o checklist. As duas 
ferramentas ajudam a estruturarmos nossos pensamentos 
e organizar a as nossas ações. Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
Diagrama de causa e efeito (espinha de 
peixe)
O diagrama de causa e efeito foi criado na década de 40, por 
Kaoru Ishikawa, assim também é chamado de diagrama de Ishikawa, 
este diagrama tem como objetivo ser uma ferramenta de identificação e 
análise de problemas de fácil aplicação. Muitas décadas depois, a espinha 
de peixe ainda é uma das ferramentas mais utilizadas por empresas no 
mundo todo. 
O Diagrama de Ishikawa apresenta a relação existente entre o 
resultado falho ou não conforme de um processo, esse resultado é 
chamado de efeito, e os diversos fatores, denominados causa, que podem 
influenciar para que esse resultado tenha ocorrido. Sua semelhança com 
a imagem de uma espinha de peixe se dá devido ao fato que podemos
considerar suas espinhas as causas dos problemas levantados, que 
contribuirão para a descoberta de seu efeito, além do formato gráfico que 
é bastante parecido ao desenho de um esqueleto de peixe.
Metodologia da Manutenção 11
Figura 1 – Exemplo de diagrama de causa e efeito
Fonte: Os autores
Quando procuramos a solução para um efeito, um resultado ou 
uma conclusão, ela não depende somente de uma causa, mas também 
de um conjunto de fatores que influenciam o processo desde a parte 
relativa à mão de obra até as condições de funcionamento de máquinas 
ou sistemas, que competem à área de manutenção. Sendo assim, quando 
for possível é interessante que o grupo responsável por desenvolver o 
diagrama de Ishikawa deve ter como integrantes responsáveis pelas áreas 
de recursos humanos, produção, manutenção entre outras. 
Para iniciar a execução desse diagrama, o primeiro passo consiste 
em organizar o grupo de trabalho com os representantes dos setores 
envolvidos no processo em questão ou na operação de manutenção, 
para que participem da construção do gráfico e do levantamento das 
possíveis causas para o problema. Esse grupo também será responsável 
pela execução das ações propostas e a validação das mesmas.
 As sugestões das possíveis causas do problema são registradas 
no diagrama, sem serem discutidas ou analisadas. Depois do registro, as 
Metodologia da Manutenção12
ideias são validadas, analisadas e executadas de acordo com o setor a que 
estão relacionadas. Quando utilizamos o diagrama de causa e, precisamos 
classificar as possíveis causas do efeito que estamos analisando em 
dentro dos 6M. São eles:
 • Método: analisa as causas que podem ser originadas pelo 
planejamento inadequado do processo de fabricação ou 
operação realizada; 
 • Máquina: analisa fatores relacionados ao estado de 
conservação ou manutenção de uma máquina e seus 
equipamentos;
 • Mão de obra: são as prováveis causas de problemas 
que podem ser originados pelo operador ou preparador, 
dependendo da máquina, decorrentes de fatores técnicos 
ou emocionais ou de problemas pessoais do colaborador 
ou do grupo de colaboradores envolvidos no processo;
 • Meio Ambiente: além dos fatores climáticos, agrega 
também situações políticas e de mercado que podem 
causar problemas;
 • Medição: avaliações feitas de forma incorreta e 
levantamento de dados impreciso;
 • Material: são os problemas originados pelos materiais 
envolvidos no processo ou pelos serviços executados. 
Contemplam desde os insumos até a matéria-prima 
utilizada. As causas dos problemas podem residir na 
dificuldade de usinar um material ou na especificação 
de um material que não é adequado para determinada 
aplicação. Nesta etapa consideram-se também as 
ferramentas de corte, fluidos de corte ou lubrificantes. 
(ALMEIDA, 2018).
É possível utilizar o diagrama de causa e efeito em diferentes 
situações e de diferentes maneiras, podemos ressaltar a utilização para:
Metodologia da Manutenção 13
 • Melhor visibilidade dos problemas;
 • Identificação das possíveis causas de forma ágil e assertiva;
 • Hierarquização e priorização das causas encontradas;
 • Registro visual intuitivo que facilita futuras análises;
 • Aperfeiçoamento dos processos e melhoria contínua;
 • Exploração dos desdobramentos do problema na 
empresa;
 • Organização das ideias do grupo, com foco e objetividade.
Construindo o diagrama de causa e efeito
Para realizar a análise de causas utilizando o Diagrama de Ishikawa, 
é necessário seguir os passos a seguir:
 • Defina o problema ou efeito a ser analisado;
 • Desenhe uma seta horizontal apontando para a direita e 
escreva o problema no interior de um retângulo localizado 
na ponta da seta;
 • Faça uma discussão em grupo para identificar as possíveis 
causas que possam estar gerando o problema. Pergunte-
se o por que isto está acontecendo;
 • Divida as causas identificadas entre as 6 categorias “6M”;
 • Defina os fatores que levaram aquela causa a acontecer.
Para construir o diagrama de causa e efeito são propostas 6 
categorias pelo método, sendo elas: Máquina, Materiais, Mão de obra, 
Meio-ambiente, Método e Medidas (os 6Ms). Mas acontece, que nem 
todos os processos ou problemas contenham todos esses fatores, assim 
é preciso avaliar quais deles estão presentes ou são importantes para que 
o processo ou efeito aconteça.
Durante a criação do diagrama é necessário realizar uma série de 
questionamentos, analise as perguntas a seguir para a criação de um 
diagrama 6M:
Metodologia da Manutenção14
 • Método: como a forma de desenvolver o trabalho influencia 
o problema?
 • Máquina: como os equipamentos utilizados no processo 
influenciam o problema?
 • Mão de obra: como as pessoas envolvidas na atividade 
influenciam o problema?
 • Meio ambiente: como o meio em que a atividade está 
sendo executada influencia o problema?
 • Medição: como as métricas utilizadas para medir o 
desenvolvimento da atividade influenciam o problema?
 • Material: como a qualidade e o tipo dos materiais utilizados 
influenciam o problema?
É possível que você só identifique 4, deles. Não tem problema, 
desde que a análise seja feita com base em fatos e dados e todos os 
aspectos importantes sejam contemplados na análise. (LOBO, 2018)
Exemplo: Agora vamos ver um diagrama de causa e efeito já 
preenchido com as possíveis causas para solução do problema.
O problema em questão é o atraso para chegar ao trabalho.
Figura 2 – Exemplo de diagrama de causa do problema: atraso para chegar ao trabalho.
Fonte: Os autores
Metodologia da Manutenção 15
Podemos analisar 12 possíveis causas para o atraso ao trabalho e 2 
suas causas.
Após o diagrama de causa e efeito realizado a equipe deve elencar 
dentro das causas encontradas uma ordem de prioridade, ou seja, as 
causas com maiores probabilidades de terem ocasionado o problema e 
executar uma lista de ações para eliminar essas causas. Assim o problema 
deverá ser solucionado. (LOBO, 2018).
Um dos erros mais comuns dos gestores de manutenção é deixar 
com que seus processos sejam interferidos por pequenos problemas 
e falhas, sem agir em cima das causas que levam a acontecer estes 
problemas. Isso acaba atrapalhando sua rotina, o que leva a prejuízos e 
tira o foco dos problemas de manutenção.
Sendo assim, o uso do Diagrama de Ishikawa ajuda a manter essas 
atividades em constante aprimoramento e facilita a solução dos seus 
problemas, desde os mais simples até os mais complexos.
SAIBA MAIS:
Aprenda mais sobre o diagrama de Ishikawa assistindo um 
vídeo aula sobre o assunto. Aqui você verá mais da teoria de 
como aplicar essa metodologia na solução de problemas 
além de ver um exemplo de como executar o Ishikawa para 
solução de problemas.
Acesso o link a seguir e aperfeiçoe seus conhecimentos.
Link: https://bit.ly/2Zh1JGG. Acesso em 20/08/2020.
Checklist
Checklist, também conhecido como lista de controle ou lista de 
verificação, são documentos utilizados para realizar atividades repetitivas, 
para verificar uma lista de itens, requisitos e ações ou para coletar 
dados de maneira ordenada e sistemática. Eles são usados para fazer 
 https://bit.ly/2Zh1JGG.
Metodologia da Manutenção16
verificações, de forma organizada, de atividades ou produtos, garantindo 
que o profissional não se esqueça de nada importante.
Na manutenção é bastante comum vermos checklist no plano de 
manutenção onde consta as tarefas que o profissional deve executar e 
campos para a anotar a data da execução e o responsável pela ação.
É importante que seus checklists sejam escritos de forma clara 
e que contenham todas as informações que serão utilizadas durante a 
execução das atividades.
Vamos analisar uma lista de itens necessários que os checklists 
devem possuir:
• Itens que devem ser controlados, medidos ou verificados.
 • Critérios de conformidade e não conformidades (o que é 
certo e o que está errado).
 • Quantidade de vezes que o item deve ser inspecionado: 
frequência da verificação.
 • Responsável pelas tarefas ou as verificações.
 • Procedimentos, especificações e regras a serem aplicadas 
nas atividades verificadas.
Também devemos incluir espaço para escrever observações, a fim 
de possibilitar que o trabalhador descreva qualquer informação sobre 
possíveis razões que causaram qualquer problema ou irregularidade.
Também podemos usar os checklists para aquisição de dados, para 
construir gráficos, histogramas ou diagramas, para controlar a evolução 
de um recurso ou atividade. Eles também podem ser usados para conferir 
diariamente o status das operações. (LOBOS, 2018).
Podemos separar o checklist em diferentes tipos para facilitar o 
entendimento e sua utilização.
Vamos analisar a seguir diferentes tipos e utilizações de checklists:
 • Lista de tarefas ou procedimento operacional padrão: são 
o tipo mais comum de lista de verificação. Eles são usados 
Metodologia da Manutenção 17
para indicar um conjunto de etapas necessárias para 
alcançar um resultado. Sua utilização tem como objetivo 
garantir que cada etapa seja concluída em sucessão. 
Geralmente utilizados em situações críticas de tempo.
 • Lista de solução de problemas: Uma lista de solução de 
problemas é usada para ajudar a identificar e resolver 
um problema. Tido o problema identificado, a lista nos 
fornece ações seguras de coisas a fazer para maximizar 
as chances de sucesso. Ela fornece um conjunto 
claro de instruções para serem executadas durante 
uma situação com pouco tempo para ser resolvida. 
Como exemplo, temos os checklists utilizados na 
aviação para responder a situações de emergência.
 • Lista de coordenação: são utilizadas para situações 
complexas que exigem pontos de contato entre várias 
pessoas, equipes ou empresas. Eles atuam como 
um ponto central para um projeto ou conjunto de 
tarefas quando o resultado depende de muitas partes. 
Normalmente essas listas não dependem do tempo.
Lista de disciplinas: são compostas para evitar que você tome 
decisões ruins no calor do momento. São utilizadas para registrar e 
responsabilizar os profissionais de acordo com as ações executadas.
Lista de afazeres (to do list): São utilizadas de forma rápida para 
registro, normalmente de uso pessoal, de coisas que precisam ser feitas.
Utilizamos checklists desde que aprendemos a escrever não é 
mesmo? Somos acostumados a fazer listas de tarefas ou de coisas que 
queremos comprar e planos para o futuro não é mesmo?
Pois quando aplicamos um pouco de metodologia na tarefa temos 
uma forte ferramenta para utilizar em nosso dia-a-dia.
Construindo um checklist
Agora vamos aprender como construir um checklist que seja útil e 
ajude na execução das atividades.
Metodologia da Manutenção18
Vamos dividir a confecção do checklist em um processo de seis 
etapas que ajuda a simplificar a criação de um checklist. 
É importante prestarmos atenção durante a etapa de criação para 
que o checklist seja eficaz e o mais simples possível, não irá ajudar criar 
um checklist complexo com várias etapas. O Objetivo do checklist só será 
atendido se ele for usado. 
Etapas para criar um checklist
 • Etapa 1: Identifique os pequenos erros na execução das 
atividades que causam falhas. É importante entender 
as causas significativas dessas falhas, esse é o primeiro 
passo para criar um checklist útil. 
 • Etapa 2: buscar informações junto à outros profissionais. 
Pergunte a outros profissionais ou membros de sua 
equipe, sobre as causas comuns de falha. Muitas pessoas 
estão dispostas a ajudar com reflexões e observações, 
especialmente se forem afetadas pelos problemas em 
seu trabalho.
 • Etapa 3: criar etapas simples de serem executadas. O 
objetivo do checklist é criar um passo à passo para a 
execução de uma ação específica. 
 • Etapa 4: criar etapas simples de troca de informações. 
No contexto de gestão de atividades, as etapas de troca 
de informações são importantes. As etapas de troca de 
informações que irão constar no checklist são projetadas 
para evitar as principais causas de falha. Podemos ter 
como exemplo em uma ação de manutenção uma etapa 
que peça para o profissional verificar uma informação 
no manual da máquina, antes de executar a atividade 
planejada
 • Etapa 5: testar o checklist. Seguindo os passos acima, 
você finalmente terá a chance de colocar seu checklist em 
ação. É normal que o checklist precise de ajustes. Anote 
Metodologia da Manutenção 19
os pontos de melhora e continue trabalhando até o fim da 
atividade. 
 • Etapa 6: melhorar ou refinar o checklist. Utilizando as 
informações coletadas na etapa 5, é hora de refinar e 
melhorar o checklist. Melhoria contínua faz parte em 
uma gestão que utiliza listas de verificação. Ao melhorar 
a qualidade do seu trabalho com listas de verificação, 
compartilhe suas descobertas com outros profissionais. 
(LOBOS, 2018).
Checklists, podem ser facilmente integrados em fluxos de trabalho, 
representando um guia passo a passo para concluir tarefas e projetos. 
Eles devem estar acessíveis a todos os profissionais envolvidos no projeto. 
A maneira mais eficaz de fazer isso é usar um sistema centralizado 
para que todos tenham acesso e possam usá-lo. A implementação de um 
sistema de gerenciamento de tarefas permite que sua equipe colabore 
em projetos usando checklists, modelos, processos e muito mais. 
Isso irá ajudar a garantir a execução das atividades e o atingimento 
das metas e premissas as quais o projeto tem como objetivo.
RESUMINDO:
E aí? Preparado para gerir suas manutenções ou da sua 
equipe? Fica mais fácil quando conhecemos ferramentas 
que ajudam nesse processo certo? Neste capítulo vimos 
o que é o diagrama de causa e efeito também conhecido 
como diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe. Foi possível 
entender para que serve e como funciona sua metodologia 
além de vermos um exemplo do diagrama para a solução 
de problemas. Também aprendemos sobre a metodologia 
de checklist e sua utilização na gestão da produção. Vimos 
que o checklist ajuda escrutar as atividades e organizá-las 
em sequência e facilitando a memorização das mesmas.
Animado com o crescimento do seu conhecimento? Então 
vamos em frente ampliando nossas habilidades no mundo 
da manutenção!
Metodologia da Manutenção20
Matriz Swot e Método 5W2H
INTRODUÇÃO:
Quando finalizarmos este capítulo você terá conhecimento 
sobre a matriz SWOT, como essa ferramenta funciona e 
como ela é aplicada, além de uma visão geral de como a 
matriz SWOT pode ser uma ferramenta muito útil na gestão 
da manutenção.
Também vamos aprender utilizar a ferramenta 5W2H, veremos 
como ela pode ajudar na tomada de decisões na gestão da manutenção 
e sua importância na tomada de decisões.
Matriz Swot
A matriz swot é um importante método desenvolvido durante 
a década de 1960. Seu nome A matriz swot é um importante método 
desenvolvido durante a década de 1960. Seu nome constitui a primeira 
letra de cada uma das palavras Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), 
Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Também chamada de 
Fofa (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), a matriz swot permite 
ao gestor de manutenção uma visão das características positivas de seu 
setor ou projeto e das ameaças as quais as atividades estão expostas, 
resumindo o gestor da manutenção terá uma visão ampla do potencial de 
sua equipe, dos recursos materiais e das variáveis que podem impedir ou 
atrapalhar o andamento das atividades.
Figura 3 – Ilustração sobre a matriz SWOT.
Fonte: As autoras
Metodologia da Manutenção 21
A análise utilizando a
matriz swot é realizado na fase mais importante 
da manutenção, durante o planejamento, esse método também é 
utilizado em todas as áreas das mais variadas organizações em função de 
sua simplicidade de elaboração e dos resultados que apresenta.
Criando a matriz SWOT
Durante sua criação a matriz swot exige do gestor de manutenção 
ou da pessoa responsável por essa tarefa a realização de procedimentos 
sendo estes mais eficazes quando houver o envolvimento de outros 
membros da equipe. Esse envolvimento gera um maior número de 
informações, pois tudo o que for apontado na matriz vai surgir no decorrer 
da execução das atividades. 
Seguindo com criação da matriz swot, vamos ver os quatro passos 
que devem ser seguidos: 
 • Strengh (forças): Levantamento dos itens internos 
considerando seus potenciais ou forças, com a elaboração 
de uma lista de tudo que contribui positivamente para sua 
atividade. Nesta fase é importante fazer a análise do perfil 
da equipe envolvida nas atividades que serão realizadas 
e dos recursos disponíveis, por exemplo: ferramentas, 
dispositivos, veículo, computadores, software entre outros. 
 • Weaknesses (fraquezas): Continuando na análise interna 
do setor, levantar as ameaças e fraquezas, considerando 
a equipe de colaboradores e os recursos levantados 
na primeira análise de forças. Na área de mecânica de 
manutenção, citando esta como exemplo, é necessário 
certificar-se de que os profissionais que irão realizar 
as atividades estejam devidamente treinados para a 
execução das operações envolvidas. Quanto aos recursos 
disponíveis, é necessário verificar se o material, ferramental 
e equipamentos disponíveis são suficientes e adequados 
para a realização das atividades.
Metodologia da Manutenção22
 • Opportunity (oportunidades): A análise das oportunidades 
é feita considerando os potenciais externos que não 
dependem do setor de manutenção, mas podem 
influenciar positivamente na realização das atividades e 
ajudar a equipe a cumprir os objetivos propostos no plano 
de manutenção.
 • Threat (ameaças): Ainda analisando o ambiente externo 
à empresa ou ao setor, deve levantar as ameaças ou 
problemas que podem surgir e que não dependem da 
organização ou do setor de manutenção e que podem 
prejudicar o andamento ou a conclusão das atividades 
planejadas.
As duas primeiras fases da matriz SWOT, Strenghts (forças) e 
Weaknesses (fraquezas), são dedicadas à análise interna da equipe ou 
setor de manutenção, e as outras duas, Opportunities (oportunidades) e 
Threats (ameaças), à análise do cenário externo à organização. (ALMEIDA, 
2018).
Vamos analisar agora como ficaria a tabela da matriz SWOT 
preenchida, levando em conta que nesse exemplo a equipe de manutenção 
irá atender a um edifício, assim, é uma equipe de manutenção predial.
Figura 4 – Exemplo de matriz SWOT em um planejamento de manutenção predial.
itens que favorecem itens que desfavorecem
Interno Strengh (forças)
-Prédio possuiu memorial 
descritivo
-Equipe já conhece o edifício
Weaknesses (fraquezas)
-O edifício está 
deteriorado
-Ausência do 
especialista em 
hidráulica
Externo Opportunity (oportunidades)
-Quadro de funcionários do 
prédio possui experiência 
técnica em manutenção
Threat (ameaças)
-Dificuldade de 
comunicação com os 
inquilinos
Fonte: Os autores
Metodologia da Manutenção 23
Possuindo a matriz SWOT preenchida com informações pertinentes, 
ajuda a prever os riscos da operação de manutenção. A matriz nas mostras 
pontos favoráveis e desfavoráveis sobre o plano de manutenção que será 
executado.
Quando essas informações são passadas aos profissionais de 
manutenção o resultado é uma equipe bem preparada para os possíveis 
problemas que irão surgir no decorrer das atividades.
SAIBA MAIS:
É grandioso o potencial da ferramenta da matriz SWOT não 
é mesmo? Com a matriz SWOT bem elaborada e rica em 
informações teremos o gestor de manutenção e toda sua 
equipe preparada para os possíveis riscos e problemas que 
irão surgir durante a execução do plano de manutenção.
Para se aprofundar ainda mais neste assunto assista o vídeo 
no link a seguir.
Link: https://bit.ly/3ifc2T6 Acesso em 20/08/2020.
Método 5W2H
A ferramenta 5W2H é utilizada para a solução de problemas ou 
falhas, as letras W e H correspondem a uma pergunta que irá se reverter 
em ações, prazos e atividades que devem ser realizadas para atender 
necessidades ou resolver problemas em um processo de manutenção.
Criado na indústria automobilística japonesa, hoje o 5W2H é 
considerado uma ferramenta administrativa que pode ser aplicada 
em várias áreas de um negócio e em diferentes contextos dentro de 
uma organização, como no planejamento estratégico para organizar a 
execução de ações dentro da empresa ou organização.
O 5W2H tem como objetivo principal assessorar no planejamento 
de ações, pois ele aponta para questionamentos necessários de um 
problema facilitando a tomada de decisões. Assim, seu uso traz facilidade 
https://bit.ly/3ifc2T6 
Metodologia da Manutenção24
na compreensão de fatos e esclarecimento das informações. Isso 
acontece pois o 5W2H ajuda a obter respostas que possibilitam visualizar 
cenários e ajudam a organizar e sistematizar ideias. (ALMEIDA, 2018).
Tabela 1 – Exemplo de tabela da ferramenta 5W2H com suas perguntas.
Pergunta Tradução Descrição
Who? Quem? As datas de início e término da ação, com o 
cronograma das ações que serão efetuadas 
para o cumprimento das metas.
When? Quando? As datas de início e término da ação, com o 
cronograma das ações que serão efetuadas 
para o cumprimento das metas.
Where? Onde? O local onde serão feitas as ações, incluindo 
informações de setores ou fornecedores 
externos, se necessário.
What? O que? Aqui deve-se determinar a intenção do que se 
pretende realizar, ou seja, definir e descrever o 
que será feito de fato.
Why? Por quê? O motivo ou as justificativas das ações que 
estão sendo realizadas.
How? Como? Os meios, isto é, os processos, serviços, 
métodos, serão envolvidos na resolução dos 
problemas ou ações que serão realizadas.
How 
much?
Quanto 
custa?
Os custos das ações que serão executadas, 
incluindo mão de obra interna ou externa, 
matéria-prima, insumos entre outros.
Fonte: A daptado de ALMEIDA, 2018.
A ferramenta pode ser utilizada de algumas formas diferentes para 
melhor atender as situações em que o profissional se encontra. Assim a 
ferramenta pode ser apresentada como: o 5W1H e o 5W3H. O 5W1H é 
idêntico ao 5W2H, porém sem a pergunta How much? (quanto custará?). 
Essa diferença se torna interessante em casos em que o custo do que foi 
definido é muito baixo ou irrelevante.
Metodologia da Manutenção 25
Já o 5W3H inclui a pergunta How many? (quantos, no sentido de 
quantidade) como um complemento à ferramenta. Essa variação pode 
ser utilizada em cenários onde é importante quantificar quaisquer outros 
elementos além de custos, como por exemplo para responder perguntas 
como: Quantos equipamentos vou precisar substituir? Quantas pessoas 
serão impactadas? Entre outras.
Sendo o 5W2H uma ferramenta simples e prática, ele pode ser 
utilizado em diferentes situações, inclusive em questões pessoais como 
planejar uma viagem. A ferramenta pode ser utilizada em qualquer 
situação, pois seu objetivo é aprimorar o planejamento de uma atividade. 
Porém, as atividades mais comuns nas quais a ferramenta é aplicada são:
 • Criar um plano de ação: o 5W2H facilita e esclarece o 
processo de criação de um plano de ação focado em 
resolver um problema ou atingir um objetivo ou meta. Um 
exemplo do uso de plano de ação com a ferramenta 5W2H 
é na tratativa de não conformidades. Após identificar a 
causa raiz de uma não conformidade, o 5W2H pode ser 
utilizado para a elaboração de um plano de ação que seja
efetivo para eliminar a causa raiz do problema.
 • Definir um processo ou projeto: o 5W2H funciona como um 
guia para identificar e orientar a definição das atividades 
de um processo ou projeto. A ferramenta ajuda a definir as 
atividades que o processo ou projeto deveriam ter, o motivo 
de cada uma das atividades precisar ser executada, onde 
e quando devem ser executadas, quem é o responsável 
pelas atividades e pelo processo ou projeto e como deve 
ser a execução destas atividades.
 • Elaborar o planejamento estratégico: o planejamento 
estratégico trata da definição de objetivos e estratégias 
da organização, o 5W2H deve ser empregado para 
planejar e guiar ações estratégicas dentro da empresa 
que possibilitem o aumento da competitividade da 
organização e o alcance das metas estabelecidas.
Metodologia da Manutenção26
Os questionamentos que a ferramenta apresenta respondem 
pontos fundamentais da execução e auxiliam a garantir que nenhuma 
etapa ou atividade seja deixada de lado. É importante ressaltar que toda 
atenção é necessária durante a execução da ferramenta, pois por se tratar 
de perguntas relativamente simples, enganos ou até mesmo a falta de 
informações relevantes podem acontecer, assim os resultados esperados 
não serão alcançados. (JUNIOR, 2010).
Aplicando o 5W2H
Para facilitar a aplicação da ferramenta 5W2H, vamos descrever sua 
utilização em 3 passos: 
 • Definir aonde a metodologia será utilizada, por exemplo: 
projeto, processo, plano de manutenção;
 • Utilizar o apoio de uma planilha modelo, software, 
aplicativo ou um formulário em papel, que contenha as 7 
perguntas do 5W2H;
 • Refletir sobre o assunto e responder todas as perguntas 
de maneira simples, objetiva e detalhada o suficiente para 
que cada resposta fique compreensível e clara.
É importante que você procure ter em mente o objetivo final, aquilo 
que você deseja alcançar usando o 5W2H enquanto estiver respondendo 
os questionamentos. Manter o foco no objetivo é primordial para que a 
ação planejada atinja o seu propósito. (JUNIOR, 2010).
Uma abordagem interessante é passar o planejamento feito por meio 
da ferramenta para a revisão de um colega, ou construir o planejamento 
executando o questionário com sua equipe. Assim, as informações e 
objetivos serão de conhecimento de todos facilitando a criação de ações.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar na ferramenta 5W2H? Recomendamos 
assistir o vídeo a seguir: Link: https://bit.ly/2FcWBwf Acesso 
em 20/08/2020.
https://bit.ly/2FcWBwf
Metodologia da Manutenção 27
RESUMINDO:
Acabamos de aprender sobre duas ferramentas de extrema 
utilidade para a gestão da manutenção.
Vimos a matriz swot no é possível identificarmos pontos 
fortes e pontos fracos internos e externos à equipe de 
manutenção. Esta ferramenta nos antecipa alguns riscos 
possíveis de acontecer durante a execução das atividades 
de manutenção. Uma matriz SWOT bem executada deixa a 
equipe de manutenção muito bem preparada para resolver 
empecilhos durante os trabalhos.
Também vimos a ferramenta 5W2H que possibilita a criação 
de ações focadas no objetivo. As ações são criadas através 
de uma metodologia que questiona de forma sistemática 
como o que será feito para o atingimento das metas e 
objetivos.
Fica interessante a criação e cumprimento do plano de 
manutenção quando temos ferramentas claras e objetivas 
para nos auxiliares nas atividades propostas, não é mesmo?
Seguimos em frente ampliando nossos conhecimentos na 
área da manutenção!
Metodologia da Manutenção28
Indicadores de desempenho de 
manutenção
INTRODUÇÃO:
Ao concluirmos este capítulo vamos ter um conhecimento 
sobre os principais indicadores de manutenção e como 
utilizados. Também vamos entender como os indicadores 
nos auxiliam na gestão da manutenção e clareiam o 
entendimento sobre o cumprimento de nossas metas e 
objetivos.
Figura 5 – Ilustração sobre indicadores.
Fonte: Os autores
Interessado não é mesmo? Pois é verdade indicadores são uma 
ferramenta de forte ajuda na realização das atividades de manutenção. 
Vamos em frente!
Metodologia da Manutenção 29
Conhecendo os indicadores de manutenção
Os indicadores de desempenho do setor de manutenção têm 
o objetivo de mostrar com clareza os dados específicos e de grande 
importância do setor de manutenção para que durante o acompanhamento 
e o controle desses serviços sejam possíveis aplicar correções ou ações 
de melhoria. Esses serviços podem ser internos (para os setores da própria 
organização) ou externos (com a prestação de serviços de manutenção a 
terceiros).
É importante ter o controle efetivo sobre as operações de 
manutenção e, quando for o caso, um plano de reação aos problemas 
que podem surgir durante seu exercício, os quais vão impactar nos custos 
e no cumprimento de metas. O controle utilizando indicadores permite 
que o gestor de manutenção controle com eficiência o desenvolvimento 
das operações de manutenção e o planejamento das operações 
de manutenção preventiva, além de diminuir consideravelmente a 
possibilidade de uma parada imprevista dos equipamentos ou sistemas.
É complexo tratar sobre a qualidade de serviços, pois são muitas 
as variáveis que interagem com a percepção dos clientes e com os 
resultados mensuráveis, devido as cinco dimensões inerentes a serviços: 
confiabilidade, receptividade, segurança, empatia, aspectos tangíveis.
Ao longo da realização de um serviço, em especial os de 
manutenção, a avaliação da qualidade é efetuada pelo cliente externo ou 
interno, uma vez que, a cada contato entre organização e cliente, ocorre 
uma avaliação de expectativas, o que pode gerar uma sensação de 
satisfação ou insatisfação. A satisfação será fruto da percepção do cliente, 
que provém, da comparação entre o serviço prestado e as expectativas 
relativas a ele.
Em geral, o cliente toma como ponto de inicial seu conhecimento 
técnico sobre o serviço e também sua avaliação pessoal, que leva em 
conta aspectos não relacionados exclusivamente ao serviço técnico 
prestado. É o caso da empatia do profissional de manutenção em relação 
ao cliente, sua cordialidade e a realização de algo à mais que o esperado, 
como, por exemplo, uma verificação do nível de fluido lubrificante não 
Metodologia da Manutenção30
cobrável. Quando as expectativas do serviço são excedidas, o cliente 
considera que recebeu um serviço de grande qualidade, porém, quando 
elas não são atingidas, o serviço tende a ser visto como inaceitável. As 
expectativas no serviço também podem estar dentro do esperado, caso 
em que a qualidade é vista como satisfatória.
A qualidade em serviços pode se apresentar como um diferencial 
competitivo para empresas que adotam padrões de qualidade em seus 
processos ou no atendimento ao cliente. A qualidade percebida em um 
processo de serviço está aliada à qualidade técnica de seus resultados. 
Para mensurar os níveis aceitáveis de qualidade na prestação de 
serviços, deve-se verificar a percepção dos clientes com o resultado. 
Esta proporcionará aos gestores informações importantes, que tornarão 
possível identificar se as estratégias que estão sendo implantadas para a 
execução do processo são realmente eficazes, portanto, confirmando se 
os resultados apresentados possuem a qualidade esperada.
Na visão do cliente, é mais grave uma falha relacionada ao produto 
em si do que à prestação do serviço. Essa representação demonstra 
que, se a qualidade técnica falhar, a qualidade total, aliada à prestação 
do serviço, também falhará. Além das normas de qualidade, como a ISO 
9001/2015, existem normas específicas para a área de manutenção e 
também para a área da gestão da produção e administração da produção 
industrial. (ALMEIDA, 2018).
Indicadores OEE, MTBF, MTTR
Agora vamos analisar os indicadores de manutenção industrial
que 
podem ser aplicados a qualquer equipamento ou sistema.
 • Indicador de OEE (Overall Equipment Effectiveness ou 
Overall Equipment Efficiency): Esse indicador monitora 
à eficiência global do equipamento, ele leva em conta a 
disponibilidade total do equipamento, incluindo parâmetros 
relativos ao desempenho da produção e à qualidade dos 
produtos fabricados pelas máquinas e equipamentos que 
integram o gerenciamento da manutenção, seja qual for o 
Metodologia da Manutenção 31
tipo aplicado no setor ou na organização. A disponibilidade 
do equipamento é diretamente influenciada de maneira 
prejudicial por paradas não planejadas que geram 
atividades de manutenção corretiva emergencial, 
manutenção preventiva e operações de preparação de 
máquinas. Muito importante no cálculo de disponibilidade 
de máquinas e equipamentos é o fator humano, ou 
seja, falhas inerentes devida falta de conhecimento ou 
treinamento, necessidade de atualização profissional 
e problemas pessoais de colaboradores impactam 
diretamente na eficiência da produção. A relação entre 
o tempo programado de produção e o tempo total 
disponível é denominado índice de utilização, empregado 
para analisar a ociosidade de um equipamento ou linha 
de produção. Normalmente é medido à parte do OEE, ou 
multiplicado por ele como um quarto fator de efetividade. 
(ALMEIDA, 2018).
 • Tempo Médio Entre Falhas – MTBF (Mean Time Between 
Failure): O indicador de Tempo Médio Entre Falhas ou MTBF 
(Mean Time Between Failure) monitora e controla o tempo 
médio entre as ocorrências de manutenção corretiva 
executadas em um determinado período de tempo. Este 
pode ser de 30 dias ou o período determinado de acordo 
com o planejamento do plano de manutenção. Os períodos 
compreendidos entre as operações de manutenção 
corretiva indicam a disponibilidade das máquinas e 
equipamentos, o que permite executará programação de 
utilização das máquinas, contribuindo com o fornecimento 
de dados mais seguros para o setor de Planejamento e 
Controle da Produção (PCP), esse setor possuindo os 
dados do indicador de MTBF, consegue prever com maior 
exatidão as entregas de pedidos dos clientes. Obtém-se o 
MTBF por meio da seguinte expressão:
Metodologia da Manutenção32
MTBF=
MTBF=
 (Tempo total disponiel – Tempo perdido)
Total de tempo de reparo
Número de paradas
Número de paradas
Exemplo: Durante um dia de produção de uma máquina, foi 
percebido:
 • Período integral disponível para operar = 24 horas;
 • Aconteceram 3 paradas, cada uma delas: 1 hora, 3 horas e 
30 minutos (0,5 horas).
Sendo assim o cálculo de MTBF fica:
MTBF = [24 – (1 + 3 + 0,5)] / 3 = 6,5 horas ou 390 minutos
Esse resultado significa que em média a cada 6,5 horas trabalhadas 
a máquina terá uma parada para manutenção. (ALMEIDA, 2018).
 • Tempo Médio de Reparo – MTTR (Mean Time To Repair): 
Indicador de desempenho que tem o objetivo de 
controlar o tempo médio para a execução de operações 
de manutenção corretiva, as quais visam colocar um 
equipamento ou sistema em perfeitas condições de 
funcionamento para o sistema produtivo, em um período 
de tempo determinado. Um exemplo é dado pelo tempo 
médio das operações de manutenção corretiva realizadas 
no setor de usinagem de uma empresa no intervalo de 30 
dias ou dentro do mês contábil da empresa. Obtém-se o 
MTTR por meio da seguinte expressão:
Exemplo: Utilizando o mesmo exemplo anterior onde durante um 
dia de produção de uma máquina, foi percebido:
 • Período integral disponível para operar = 24 horas;
 • Aconteceram 3 paradas, cada uma delas: 1 hora, 3 horas e 
30 minutos (0,5 horas).
Sendo assim o cálculo de MTTR fica:
Metodologia da Manutenção 33
Disponibilidade=
MTBF
MTBF(MTBF+MTTR)
MTTR = (1 + 3 + 0,5) / 3 = 1,5 horas ou 90 minutos
Esse resultado significa que em média cada parada de manutenção, 
demoram 1,5 horas para corrigir os problemas. (ALMEIDA, 2018).
Cálculo do tempo de disponibilidade: O cálculo da disponibilidade 
envolve MTTR e MTBF. Podemos chegar ao tempo de disponibilidade de 
um sistema, por exemplo, utilizando esses 2 indicadores. Vamos à fórmula:
Exemplo: Vamos ver um exemplo, imagine a seguinte situação:
A. Tempo em que o sistema deveria trabalhar: 36 horas;
B. Tempo total em que o sistema não está funcionando: 24 horas;
C. Tempo no qual o sistema esteve disponível: 12 horas;
D. Ao total ocorreram 4 falhas no sistema.
Disponibilidade: 
[(A-B/D) / [(A-B/D) + (B/D)] 
= (36-24/4) / [(36-24/4) + (24/4)] 
= 3 / 9 = 33%
Assim chegamos à conclusão que a disponibilidade do equipamento 
foi de 33%. (ALMEIDA, 2018).
O MTBF e MTTR são indicadores usados por mais de 60 anos como 
referência para a tomada de decisões. O MTBF mede a confiabilidade de 
uma máquina ou sistema, o MTTR aponta a eficácia da ação de conserto 
ou reparo. Possuindo o controle dos dois indicadores e mantendo o 
monitoramento, é possível identificar os pontos com necessidade de 
atenção.
Se o MTBF aumentou após um processo de manutenção preventiva, 
isso indica uma clara melhora na qualidade de seus processos e, 
possivelmente, em seu produto ou serviço, o que trará maior credibilidade 
e confiança aos seus produtos. O aumento do MTBF que mostrará que 
Metodologia da Manutenção34
seus métodos de manutenção ou reparo estão sendo bem executados, 
um verdadeiro guia para sua equipe.
No caso do MTTR, o esforço deve ser no sentido de reduzi-lo ao 
máximo para evitar a perda de produtividade por indisponibilidade de 
máquinas e sistemas. Um menor tempo médio de reparo indica que 
sua equipa está tendo respostas rápidas para os problemas em seus 
processos, o que demonstra alto grau de eficiência.
Mantendo o acompanhamento dos indicadores de tempo médio 
entre as falhas (MTBF) e tempo médio para reparo (MTTR) é possível 
aumentar a cultura da empresa ou equipe sobre seus procedimentos. 
Isso é extremamente importante em um cenário em que as equipes 
de manutenção necessitam se manter reduzidas e são formadas por 
profissionais que se atendem a várias áreas simultaneamente.
Durante o monitoramento utilizando indicadores de desempenho, é 
interessante adotar algumas ações que tragam informações relevantes e 
confiáveis em tempo real. Vamos verificar algumas dessas ações:
 • Identificação da falha: com o relatório de falhas, é possível 
identificar as ocorrências por padrão de falha e o impacto 
em tempo de parada para esses casos. Dessa forma, 
consegue-se classificar os tipos de problema e facilitar as 
ações para resolvê-los;
 • Diminuição do downtime (tempo de parada): com as 
informações dos indicadores, você sabe qual componente 
ou sistema traz irá necessitar de maior atenção ou ações 
para impedir sua falha;
 • Gestão da manutenção preventiva: o próximo passo para a 
excelência em manutenção é sistematizar esse processo. 
Com as informações adquiridas em manutenções 
corretivas é possível criar um plano de manutenção 
preventiva;
 • Eliminação da causa raiz e recorrência: com os dados 
em um relatório durante o período observado, o número 
Metodologia da Manutenção 35
de ocorrências por tipo de falha e o impacto em tempo 
de parada para essas ocorrências, o gestor tem a 
oportunidade de analisar o problema e separá-lo em um 
grupo de causas e depois até a um componente que está 
causando todo o problema;
 • Elabore um processo de manutenção preditiva: não 
pratique a falha de sempre executar manutenções 
corretivas sem conseguir compreender a razão do 
problema.
Classificar as condições de seus equipamentos ou sistemas, é 
uma tarefa complexa de análise e coleta de informações dos setores 
monitorados, introduzindo nesse contexto a manutenção preditiva como 
instrumento de suma importância.
Como você já percebeu, MTTR e MTBF são
dois indicadores 
de performance poderosos e que devem ser utilizados para ampliar o 
conhecimento da organização visando reduzir perdas de produtividade 
ou qualidade nos produtos ou serviços oferecidos.
Em resumo, os indicadores de performance (MTTR e MTBF) devem 
servir como referência para tomada de decisão. O papel como gestor é de 
olhar para essas informações padronizadas e perceber a razão de estarem 
sendo expostos, a partir daí tomar as decisões necessárias.
O MTBF refere-se essencialmente à credibilidade de um sistema, e 
o MTTR à efetividade nas operações corretivas do sistema. Por exemplo, 
se o MTBF está despencando após uma operação, isso deve apontar 
alguma falha no processo de manutenção. A nossa meta é transformar o 
MTBF o maior possível.
Já com o MTTR, o estímulo deve ser completamente o contrário, 
minimizando-o o máximo possível. Isso significa que a sua empresa 
tem soluções e intervenções rápidas, levando o sistema a ter mais 
produtividade.
Metodologia da Manutenção36
RESUMINDO:
E então? Gostou do que você aprendeu? Esse mundo de 
indicadores de desempenho no início pode parecer algo um 
pouco difícil e complexo, mas uma vez você monitorando 
sua atividade de manutenção com esses indicadores é 
impossível olhar atrás. A clareza nas informações utilizando 
os indicadores de desempenho como referência fazem toda 
a diferença para a gestão das atividades de manutenção.
Vimos nesse capítulo os indicadores de desempenho 
MTBF, MTTR e OEE. São esses os 3 principais indicadores 
de desempenho utilizado na indústria para medir a eficácia 
das ações de manutenção. 
Com certeza esses indicadores podem ser usados em 
todos os setores da manutenção.
É de suma importância que todo o profissional de 
manutenção entenda e saiba ler esses indicadores seja 
ele o gestor de manutenção ou não. Esses indicadores são 
uma forma de comunicação entre os integrantes de uma 
equipe de manutenção.
E aí, achou interessante? Quase que uma língua não é 
mesmo?
Continuamos construindo e ampliando nossos 
conhecimentos sobre manutenção.
Metodologia da Manutenção 37
Perfil técnico e comportamental do 
profissional de manutenção
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você terá aprendido sobre 
as características necessárias para os profissionais da 
manutenção. Entenderemos mais sobre a necessidade 
de uma formação técnica apropriada assim como um 
perfil comportamental especifico para os profissionais e 
manutenção. Interessante não é mesmo? É importante que 
o profissional esteja bem preparado para executar com 
eficiência sua tarefa.
Quando se fala em profissionais para a área de manutenção as 
competências técnicas são extremamente importantes, mas até que 
ponto elas podem se sobrepor as competências comportamentais?
Quando falamos de competências técnicas estamos nos referindo 
a inteligência intelectual (QI), já as competências comportamentais nos 
referimos a inteligência emocional (QE). Nem sempre uma pessoa que 
possui bons conhecimentos técnicos, pode ser a pessoa adequada para 
fazer parte de um quadro de funcionários de manutenção. Durante muito 
tempo somente o conhecimento técnico era mais que necessários, porém 
atualmente as competências comportamentais possuem um grande peso 
na análise de um bom profissional.
Figura 5 – Ilustração sobre competências e habilidades.
Fonte: Freepik
Metodologia da Manutenção38
Muitas empresas contratam seus funcionários observando as 
competências técnicas e acabam os demitindo devido problemas 
comportamentais. O profissional de manutenção presta serviços 
em equipamentos e instalações, mas também atende à clientes da 
manutenção, que são os solicitantes dos serviços. O comportamento do 
técnico que efetua um serviço de manutenção é levado em consideração 
para avaliar a qualidade do serviço.
Perfil técnico comportamental dos 
profissionais de manutenção
Agora vamos analisar algumas caracterizações comportamentais 
necessárias para um profissional de manutenção.
Sempre é válido lembrar que as caracterizações comportamentais 
são habilidades que podemos desenvolver em nosso perfil profissional.
 • Adaptabilidade e equilíbrio emocional
Não é segredo para ninguém que nas situações de manutenção 
corretiva sempre está presente uma certa tensão durante a execução 
dos serviços. O profissional normalmente está em uma situação contra 
o tempo por exemplo, uma linha de produção parada com funcionários 
aguardando e o supervisor ao lado da máquina esperando o profissional 
de manutenção resolve o problema para a produção voltar à normalidade, 
tem abem é comum encontrarmos em uma manutenção predial o cliente 
está nervoso devido a situação indesejada pela qual está passando e 
acabar descontando no profissional de manutenção.
É necessário que o profissional de manutenção consiga trabalhar 
sobre pressão, muitas vezes com uma situação de alta complexidade 
técnica.
 • Criatividade e capacidade de análise
O profissional necessita estar preparado para se deparar com 
situação onde terá que usar de sua criatividade para encontrar a solução. 
Muitas vezes irá faltar a ferramenta adequada para a situação ou a peça 
de reposição não é exatamente a correta, porém o problema necessita 
Metodologia da Manutenção 39
ser resolvido. Sendo assim, sempre com base no conhecimento técnico 
o profissional de manutenção precisa analisar a situação e criar a solução 
do problema que se encontra em sua frente.
 • Comunicação e trabalho em equipe
Durante a execução dos trabalhos o profissional de manutenção 
necessita se comunicar, e muito. É necessário a comunicação com seu 
superior, cliente, outras colegas, fornecedores entre outros.
A pessoa que está trabalhando em manutenção, não consegue 
informações sobre o problema sem uma comunicação efetiva.
Muitas vezes o profissional irá fazer parte de uma equipe de 
manutenção com colegas de diferentes áreas de atuação e todos 
precisam ter uma comunicação intensa para solucionar os problemas que 
irão aparecer. (ALMEIDA, 2018).
Agora vamos analisar algumas competências técnicas necessárias 
para o profissional de manutenção. Os níveis desses conhecimentos 
técnicos é que determina as reais possibilidades de atuação do 
profissional. São níveis que vão desde os mais elementares e básicos até 
os mais complexos.
 • Base técnica na área de atuação (mecânica, elétrica ou 
predial)
É necessário que o profissional tenha formação técnica na sua 
área de atuação. Como todo trabalho é necessário que a pessoas saiba 
e entenda sobre a tarefa que está executando. O conhecimento técnico 
também faz parte da linguagem técnica utilizada na comunicação entre 
profissionais.
 • Base técnica para leitura de desenho técnico, diagramas, 
esquemas elétricos (de acordo com a área de atuação)
Boa parte da informação utilizada pelos profissionais de manutenção 
vem de manuais técnicos, projetos técnicos, relatórios de análise inspeção 
ou atividades anteriores e o profissional é responsável por ler e entender 
essas informações.
Metodologia da Manutenção40
 • Capacitação nas normas de segurança de sua área
É essencial que o profissional esteja capacitado nas normas de 
segurança necessárias para a execução da sua atividade. Ele precisa 
conhecer sobre os riscos a que está exposto para tomar as devidas 
precauções. Por exemplo um trabalho em altura, é necessário que o 
profissional esteja treinado e habilitado na NR35 – Trabalho em Altura.
Perfil comportamental do gestor ou líder 
de manutenção
Agora vamos analisar as competências necessárias para o gestor de 
manutenção ou a pessoa responsável por fazer o plano de manutenção e 
gerenciá-lo junto ao time.
Figura 5 – Ilustração sobre o líder.
Fonte: Freepik
 • Liderança
O gestor de manutenção deve administrar todos os recursos 
necessários para garantir
que o setor de manutenção mantenha os 
equipamentos e as instalações em condições de funcionamento. Nesse 
conjunto encontram-se os recursos humanos do setor de manutenção. 
Metodologia da Manutenção 41
Apesar de as empresas manterem um setor específico para essa finalidade, 
o gestor de manutenção é o responsável por monitorar a eficiência de 
sua equipe desde a avaliação técnica e pessoal do profissional até o seu 
desempenho no exercício de suas atividades profissionais.
Como líder, o gestor de manutenção deve exercer a liderança em 
sua equipe de modo a acompanhar o desempenho de cada membro. 
Também depende dele o desempenho dos recursos da empresa que 
são apoiados pelo setor de manutenção. Os tipos de liderança variam em 
função do próprio gestor e do perfil pessoal de sua equipe. 
Qualidades pessoais, como empatia, senso de justiça e humanidade 
contribuem para a motivação da equipe, mas estratégias administrativas, 
como o planejamento das atividades dos membros da equipe, também 
é importante existir um plano de carreira levando em consideração as 
aptidões profissionais e o interesse de crescimento profissional dos 
colaboradores, criam uma cultura de trabalho muito positiva para o 
ambiente de trabalho.
O líder deve atuar como facilitador da equipe de colaboradores, 
ele deve estar atento às necessidades pessoais e profissionais dos 
profissionais que compõem a equipe. 
 • Motivação da equipe e administração de conflitos 
A ciência tem mostrado por meio de pesquisas realizadas por 
renomados estudiosos, como o psicólogo Abraham Maslow (1908-
1970), que o ser humano vivencia diversos sentimentos que impactam 
diretamente em sua motivação, assim, por consequência seu desempenho 
profissional. Quando um profissional de manutenção enfrenta problemas 
pessoais é possível que ele apresente no trabalho alguma distração que 
interfira negativamente sua atividade.
O gestor de manutenção deve estar sempre atento a variações 
comportamentais dos integrantes de sua equipe e executar mudanças 
na rotina do profissional tendo como o objetivo aumentar o engajamento 
e foco.
Metodologia da Manutenção42
 • Gestão Conflitos
No ambiente organizacional, as metas e objetivos impostos 
diariamente, os problemas hierárquicos provenientes de discussões 
profissionais e as dificuldades e problemas técnicas podem acarretar em 
situações de conflito devido a divergência de opiniões. 
Os profissionais de manutenção se deparam muitas vezes com 
dificuldades técnicas de diferentes tipos de equipamentos e sistemas 
os quais necessitam de conhecimentos bem específicos. Além das 
dificuldades técnicas e organizacionais, os profissionais enfrentam 
situações pessoais que influenciam em seu comportamento e motivação 
profissional. 
Por esses motivos é preciso agir de forma a incentivar e motivar 
os profissionais utilizando todas as formas de incentivo e recompensa 
disponíveis, incluindo o direcionamento a ações específicas no trabalho, 
treinamentos e reconhecimento pelo cumprimento de metas.
 • Técnicas de gestão de rotinas de trabalho
O gerenciamento e controle de processos na gestão de rotinas 
acontece na análise das relações entre as causas ou inputs, e os fins 
ou outputs. O monitoramento dos inputs e outputs corrigindo quando 
necessário é o que garante bom andamento das atividades e o 
cumprimento dos objetivos.
Vamos agora dividir o gerenciamento de rotinas em 3 etapas:
 • Primeira etapa: Monitorar o desempenho, riscos e a 
qualidade das atividades executadas. As informações 
coletadas são colocadas em relatórios ou informativos 
com o objetivo de mostrar possíveis pontos de melhoria 
ou correções.
 • Segunda etapa: Análise crítica dos processos e métodos 
que estão sendo executados. Essa análise crítica gera três 
tipos de ações: ações corretivas e preventivas, melhoria 
contínua e demanda de novos projetos.
Metodologia da Manutenção 43
 • Terceira etapa: Planos de ação e padronização. É 
importante o entendimento de que o plano de ação pode 
ser considerado um projeto por isso deve ser planejado, 
monitorado, executado e conferido.
Em geral o gestor deve estar atento todas mudanças de rotina de 
trabalho que afetam negativamente o cumprimento de metas e corrigir 
quando necessário.
RESUMINDO:
Bastante conteúdo apenas na área de perfil do profissional 
de manutenção não mesmo? As vezes essa área é deixada 
de lado devido à complexidade de problemas técnicos 
que encontramos na manutenção, mas uma boa gestão 
dos profissionais de manutenção é imprescindível para a 
execução e cumprimento das metas impostas nesse ramo 
de atividade.
Vimos neste capítulo sobre as competências técnicas e 
comportamentais dos profissionais de manutenção. Foi 
possível entender como um profissional bem equilibrado 
entre suas habilidades comportamentais e técnicas pode 
se sobressair sobre outros profissionais.
Aprendemos sobre motivação da equipe de manutenção e 
sua importância.
Foi possível entender do impacto na gestão quando o 
gestor de manutenção atua com foco e atenção na rotina 
de trabalho de sua equipe.
A área de manutenção é muita vasta e com diversos 
campos de atuação e muitas possibilidades de melhorias, 
cabe a você profissional de manutenção se aperfeiçoar e 
crescer nesse campo de conhecimento.
Metodologia da Manutenção44
REFERÊNCIAS
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Ativos. Disponível em: <https://www.abramanoficial.org.br>. Acesso em 11 
jul 2020.
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Gerenciamento de pessoas em projetos – 2013, Editora FGV.
CYRINO, Luis. Downtime, o peso da manutenção. Manutenção em 
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DA SILVEIRA NETO, Fernando Henrique, PECH, Gerson, CHAVES, 
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Comunicação em projetos – 2013, Editora FGV.
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JUNIOR, Isnard Marshall, CIERCO, Agliberto Alves, ROCHA, 
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Qualidade. 2010, Editora FGV.
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Metodologia da Manutenção 45
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funciona a Matriz SWOT?. YouTube. Disponível em:<https://www.youtube.
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MONTANARI, Instituto. 5W2H - Plano de Ação. YouTube. Disponível 
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Disponível em:<https://www.unifesp.br/campus/osa2/images/PDF/
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Significado de NBR. SIGNIFICADOS,
2018. Disponível em:<http://
significados.com.br/nbr/>. Acesso em: 11 de jul. 2020.
Joana Áurea Cordeiro Barbosa e Aline Pedro 
Feza
Organização do trabalho 
pedagógico na educação 
infantil
		Utilizando o diagrama de causa e efeito e o checklist
		Diagrama de causa e efeito (espinha de peixe)
		Construindo o diagrama de causa e efeito
		Checklist
		Construindo um checklist
		Matriz Swot e Método 5W2H
		Matriz Swot
		Criando a matriz SWOT
		Método 5W2H
		Aplicando o 5W2H
		Indicadores de desempenho de manutenção
		Conhecendo os indicadores de manutenção
		Indicadores OEE, MTBF, MTTR
		Perfil técnico e comportamental do profissional de manutenção
		Perfil técnico comportamental dos profissionais de manutenção
		Perfil comportamental do gestor ou líder de manutenção

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