Logo Passei Direto
Buscar

Embelezamento dos Anexos Cutâneos

User badge image
Keize Santos

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

2019
EmbElEzamEnto dos 
anExos CutânEos
Profa. Liliani Carolini Thiesen
Profa. Fernanda Blasius Monte Nevo
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profa. Liliani Carolini Thiesen
Profa. Fernanda Blasius Monte Nevo
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
T439e
 Thiesen, Liliani Carolini
 Embelezamento dos anexos cutâneos. / Liliani Carolini Thiesen; 
Fernanda Blasius Monte Nevo. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 179 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0274-7
 1. Estética – Brasil. I. Nevo, Fernanda Blasius Monte. II. Centro 
Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 640
III
aprEsEntação
Caro acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Embelezamento dos 
Anexos Cutâneos, do curso de Estética e Imagem Pessoal. Neste módulo, 
você iniciará seus estudos na área de anexos cutâneos, tornando-se apto para 
avaliar os diferentes tipos de pelo e pele.
Você poderá conhecer técnicas de visagismo e epilação para atuar com 
as melhores opções para cada cliente, identificar patologias que impeçam 
um trabalho com segurança e, assim, se destacando com um atendimento 
completo, seguro e eficaz. 
Ainda, você realizará práticas epilatórias com cera, fio egípcio, design 
de sobrancelha, protocolos de coloração e descoloração de pelos. Na área 
da estética, há uma infinidade de procedimentos e também de profissionais 
capacitados na atuação multidisciplinar. 
Atuam em diferentes áreas, tornando-se profissionais integrais para o 
cliente, facilitando a vida e a rotina dele. Assim, neste módulo, abordaremos 
sobre distintos procedimentos não só com um olhar estético, mas também 
com abordagens clínicas e biológicas.
Desejamos para você um ótimo período de estudos!
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS ...........................................................1
TÓPICO 1 – FISIOLOGIA DA PELE .....................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 FISIOLOGIA DA PELE..........................................................................................................................4
3 EPIDERME ...............................................................................................................................................5
4 DERME......................................................................................................................................................8
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 11
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 13
TÓPICO 2 – FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS ................................................................. 15
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 15
2 PELOS ..................................................................................................................................................... 15
3 GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ......................................................................................................... 19
4 GLÂNDULAS SEBÁCEAS ................................................................................................................. 20
5 UNHAS ................................................................................................................................................... 21
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 27
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 33
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 34
TÓPICO 3 –PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS ............................. 35
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 35
2 ACNE ....................................................................................................................................................... 35
3 ROSÁCEA .............................................................................................................................................. 37
4 DERMATITE SEBORREICA .............................................................................................................. 38
5 VITILIGO ............................................................................................................................................... 38
6 ALOPECIA ............................................................................................................................................. 39
7 TRICOTILOMANIA ........................................................................................................................... 42
8 PSORÍASE .............................................................................................................................................. 42
9 TÍNEA CAPITIS ................................................................................................................................... 45
10 PITIRÍASE RÓSEA ............................................................................................................................ 45
11 FOLICULITE ....................................................................................................................................... 45
12 HIPERTRICOSE .................................................................................................................................. 46
13 HIRSUTISMO .....................................................................................................................................47
14 CISTO QUERATINOSO ................................................................................................................... 48
15 ABSCESSO ........................................................................................................................................... 48
16 MÍLIO .................................................................................................................................................... 49
17 ONICOCRIPTOSE ............................................................................................................................. 49
18 UNHAS E DOENÇAS SISTÊMICAS ............................................................................................. 50
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 52
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 54
sumário
VIII
UNIDADE 2 – BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO ............................................... 55
TÓPICO 1 – BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO ........................................................ 57
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 57
2 O QUE É BIOSSEGURANÇA? .......................................................................................................... 57
2.1 BIOSSEGURANÇA NA ÁREA DA ESTÉTICA .......................................................................... 58
3 NORMAS DA ANVISA....................................................................................................................... 58
4 ESTABELECIMENTO DE ESTÉTICA .............................................................................................. 59
5 DESCARTE E ESGOTAMENTO SANITÁRIO (ANVISA) .......................................................... 60
6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI ............................................................ 60
7 CUIDADOS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA .............................................................................. 63
7.1 PROCEDIMENTOS ......................................................................................................................... 64
7.2 NORMALIZAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS ............................................................................. 64
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 73
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 75
TÓPICO 2 – EPILAÇÃO ........................................................................................................................ 77
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 77
2 EPILAÇÃO X DEPILAÇÃO ................................................................................................................ 77
3 MÉTODOS EPILATÓRIOS NA ESTÉTICA .................................................................................... 78
3.1 CERA (MELLO, 2013) ..................................................................................................................... 78
3.2 FIO EGÍPCIO (MELLO, 2013) ........................................................................................................ 79
3.3 PINÇA (MELLO, 2013) ................................................................................................................... 80
3.4 LASER (COELHO, 2006) ................................................................................................................. 81
3.5 LUZ INTENSA PULSADA (COELHO, 2006) .............................................................................. 82
3.6 ELETRÓLISE..................................................................................................................................... 83
3.7 FOLICULITE NA DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO ........................................................................... 83
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 88
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 90
TÓPICO 3 – EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS .................................................................. 91
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 91
2 AXILA ...................................................................................................................................................... 91
3 ROSTO .................................................................................................................................................... 93
4 VIRILHA ................................................................................................................................................. 97
5 PERNA E COXA .................................................................................................................................... 99
6 PEITO E ABDÔMEN ..........................................................................................................................102
7 COSTAS ................................................................................................................................................106
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................107
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................110
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................111
UNIDADE 3 – EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA
 BANHO DE LUA ........................................................................................................113
TÓPICO 1 – SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN .......................................115
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................115
2 COLORIMETRIA – CLASSIFICAÇÃO DAS CORES NATURAIS ........................................115
3 VISAGISMO ........................................................................................................................................119
4 FORMATOS DE ROSTO ..................................................................................................................120
5 DESIGN SOBRANCELHA – PRÁTICA .........................................................................................123
6 HENNA .................................................................................................................................................125
IX
7 TINTURA DE SOBRANCELHAS ..................................................................................................128
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................131
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................133
TÓPICO 2 – MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS ...................................................135
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................1352 MICROPIGMENTAÇÃO ..................................................................................................................135
2.1 DERMÓGRAFO .............................................................................................................................138
2.2 TÉCNICA TEBORI (MICROBLANDING) ..................................................................................140
3 CORREÇÕES E CAMUFLAGEM DE SOBRANCELHAS ..........................................................141
3.1 CUIDADOS APÓS O PROCEDIMENTO ...................................................................................142
3.2 CONTRAINDICAÇÕES ...............................................................................................................143
4 DESIGN DE CÍLIOS ..........................................................................................................................144
5 ALONGAMENTO DE CÍLIOS .......................................................................................................145
5.1 FIO A FIO ........................................................................................................................................147
5.2 VOLUME RUSSO ..........................................................................................................................148
5.3 MEGAVOLUME .............................................................................................................................149
5.4 HÍBRIDO .........................................................................................................................................150
6 PRÁTICA DE ALONGAMENTO DE CÍLIOS ..............................................................................150
7 PERMANENTE DE CÍLIOS .............................................................................................................152
8 LASH LIFTING ....................................................................................................................................155
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................158
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................160
TÓPICO 3 – BANHO DE LUA, ÉTICA PROFISSIONAL E EMPREENDEDORISMO ...........161
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................161
2 BANHO DE LUA ................................................................................................................................161
2.1 PRÁTICA BANHO DE LUA ........................................................................................................162
2.2 RECOMENDAÇÕES APÓS O PROCEDIMENTO ...................................................................164
3 ÉTICA PROFISSIONAL ....................................................................................................................165
3.1 BENEFÍCIOS DA ÉTICA NO TRABALHO ...............................................................................166
4 EMPREENDEDORISMO ..................................................................................................................167
5 MARKETING PESSOAL ...................................................................................................................168
6 APRENDA A VENDER ......................................................................................................................169
7 CONCLUSÃO ......................................................................................................................................171
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................172
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................174
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................176
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................177
X
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO AOS ANEXOS 
CUTÂNEOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
• compreender quais são os anexos cutâneos;
• refletir sobre como se formam desde a origem epidérmica;
• entender quais suas funções e funcionamento;
• conhecer as patologias relacionadas.
Esta unidade está dividida em três tópicos e, no final de cada um deles, você 
encontrará atividades que o ajudarão a ampliar os conhecimentos adquiridos.
TÓPICO 1 – FISIOLOGIA DA PELE
TÓPICO 2 – FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
TÓPICO 3 – PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
FISIOLOGIA DA PELE
1 INTRODUÇÃO
Muitas pessoas, quando escutam o termo “anexos cutâneos” pela primeira 
vez, não fazem ideia de que este abrange partes do corpo que usamos e cuidamos 
diariamente. Protegem contra lesões externas, químicas, físicas e microbiológicas. 
Ainda, fazem regulação corporal, equilibram a hidratação e a flexibilidade da 
pele, dentre outras funções importantes para o bom funcionamento do organismo. 
Compreender a importância e conhecer os detalhes sobre a constituição 
dos anexos cutâneos e os procedimentos corretos são pontos essenciais para um 
atendimento seguro. Ainda, ter essa capacitação profissional não só permite 
aplicar tratamentos estéticos com conhecimento e segurança, mas também 
gera conforto e reconhecimento. Incluímos, dentro dos anexos cutâneos, pelos, 
glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e as unhas. 
Os pelos são estruturas queratinizadas e exercem diversas funções, como 
proteção, principalmente nas regiões que ficam expostas ao meio ambiente. Já as 
glândulas sebáceas são as estruturas que secretam o sebo, um emoliente natural 
da pele que contribui no equilíbrio da textura e flexibilidade da pele e que protege 
da exposição externa ambiental. 
Ainda, as glândulas sudoríparas são as estruturas responsáveis pela 
produção do suor, componente importante no mecanismo da regulação corporal 
e eliminação de secreções resultantes do metabolismo celular. 
Por último, temos as unhas, que são as placas de células altamente 
queratinizadas e compactadas (mais que os pelos). Crescem nas superfícies 
dorsais das falanges terminais dos dedos. Elas têm como principal função a 
manipulação de pequenos objetos e proteção.
Juntamente com os anexos cutâneos, veremos uma formação e apoio 
de outras estruturas de vários sistemas: sistema circulatório, sistema nervoso, 
sistema muscular e sistema endócrino.
Determinadas estruturas são denominadas como anexos pois são 
originadas por uma invaginação da epiderme na derme (AZULAY; AZULAY, 
1999). Para melhor entender como cada uma exerce suas funções e a importância 
delas, veremos a seguir a parte fisiológica da pele. Na imagem a seguir, temos as 
divisões das camadas da pele e é possível identificar três anexos (pelo, glândula 
sebácea e glândula sudorípara):
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
4
FIGURA 1 – TEGUMENTO E ANEXOS CUTÂNEOS
FONTE: <https://www.auladeanatomia.com>. Acesso em: 15 ago. 2018.
Terminações
nervosas
livres
Estrato
basal
Estrato
córneo
Epiderme
Poro
Derme
Tela
subcutânea
Nervo (dor)
Glândula sudorífera
Tecido conjuntivoTecido
adiposo
Veia
Artéria
Receptor
de pressão
Terminação
nervosa
Glândula
sebácea
Receptor
de tato
Eixo do pêlo
2 FISIOLOGIA DA PELE
A pele é o maior órgão do corpo, atingindo cerca de 12 a 15% do peso 
corporal e com funções fundamentais: proteção, sensorial,regulação, excreção, 
absorção, comunicação com o ambiente, reação imunológica (através das células 
Langherans) e metabólica (sintetiza a vitamina D mediante exposição solar e 
ajuda no processo de fixação de cálcio e fósforo nos ossos e dentes). 
No caso de proteção, atua como uma barreira física/química, protegendo 
dos raios ultravioleta, de traumas físicos e contra a penetração de microrganismos. 
Já a regulação ocorre através da vasoconstrição/dilatação dos poros, diminuindo 
ou aumentando o calibre dos vasos sanguíneos, que irrigam a pele e recebem 
comando das células nervosas.
 A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. Na palma das 
mãos e na planta dos pés há um atrito maior. Há uma epiderme constituída por 
várias camadas celulares e por uma camada superficial de queratina mais espessa 
(AZULAY; AZULAY, 1999). 
Determinado tipo de pele é denominado pele grossa (ou espessa), não 
possui pelos e glândulas sebáceas, mas as glândulas sudoríparas são abundantes. 
Já a pele do restante do corpo tem uma epiderme com poucas camadas celulares 
e uma camada de queratina delgada, designada pele fina (ou delgada).
TÓPICO 1 | FISIOLOGIA DA PELE
5
Ela é composta por duas camadas aderidas uma a outra e cada uma com 
determinadas formações celulares anexadas. Estas são a epiderme e derme, 
posicionadas logo acima da hipoderme ou tela subcutânea, que não é mais 
considerada parte da pele, somente uma camada complementar. Antes de entrar 
nos detalhes fisiológicos, vamos analisar a imagem anterior e identificar as três 
camadas citadas aqui.
3 EPIDERME
Epi = acima, ou seja, é a camada mais superficial, aquela que faz o 
contato direto com o ambiente. Também é encontrada a nomenclatura de epitélio 
estratificado pavimentoso queratinizado:
• epitélio: formado por tecido epitelial;
• estratificado: tecido com mais de uma camada de células;
• pavimentoso: constituição de células achatadas, principalmente no estrato córneo;
• queratinizado: há proteína queratina, ocorrendo a queratinização (ALBERTS, 
2006).
 
As células que constituem o tecido epitelial são justapostas e ausentes de 
vascularização. São compactas e com pouco espaço intercelular. A nutrição e a 
vascularização do tecido são feitas pelo tecido conjuntivo subjacente (derme). É 
dividida em cinco partes, sendo o estrato basal, o estrato espinhoso, o estrato 
granuloso, estrato lúcido e o estrato córneo (AZULAY; AZULAY; AZULAY, 2013). 
Veja a seguir:
FIGURA 2 – ESTRATOS DA EPIDERM
FONTE: <https://www.mundoestetica.com.br/wp-content/uploads/2018/01/epiderme-
min.jpeg>. Acesso em: 20 set. 2018.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
6
O estrato basal contém as células-tronco da epiderme e é também denominado 
germinativo, pela sua atividade mitótica (uma célula dá origem às células chamadas 
células-filhas). As células-filhas são os queratinócitos, que vão se agrupando nas 
camadas superiores até formarem o estrato córneo (GENESER, 2003). 
As células do estrato basal estão aderidas com a membrana basal ou matriz 
extracelular através dos hemidesmossomos. Estes são constituídos por placas de 
ligação intracelular (ou disco citoplasmático interno). Ancoram-se aos filamentos 
intermediários, que se ligam aos elementos da lâmina basal e às células vizinhas 
através dos desmossomos (ALBERTS, 2006). 
São placas de proteína presentes na membrana celular. Assim, partem 
filamentos de proteínas que atravessam a membrana plasmática e se associam 
aos filamentos de proteínas da placa da célula ao lado. 
No estrato basal, há também os melanócitos e as células de Merkel. Os 
melanócitos são células arredondadas com longos prolongamentos. Os grãos de 
melanina são introduzidos nas células do estrato basal e do estrato espinhoso. As 
células de Merkel são semelhantes aos melanócitos para o microscópio de luz, mas, 
por serem mais escassas, são mais difíceis de serem observadas (GENESER, 2003). 
Possuem processos curtos, os quais podem se ligar aos queratinócitos por 
desmossomos. Na base da célula, formam junções sinápticas com terminações 
nervosas sensitivas. Essas células são receptoras táteis (mecanorreceptores) e 
são abundantes nas pontas dos dedos e na base dos folículos pilosos (AZULAY; 
AZULAY; AZULAY, 2013).
IMPORTANT
E
Devido à grande quantidade de células de Merkel na base dos folículos pilosos, 
a epilação se torna sensível e, às vezes, dolorida. Assim, é importante ter cuidado nos 
procedimentos que envolvem os pelos, principalmente o ato de arrancar. Entenda como 
acontece a produção da melanina:
TÓPICO 1 | FISIOLOGIA DA PELE
7
FIGURA 3 – BIOSSÍNTESE DE MELANINA
FONTE: <http://osfilhosdalua-albinismo.blogspot.com>. Acesso em: 19 jul. 2018.
Já o estrato espinhoso é uma camada formada pelos queratinócitos 
originados do estrato basal (células-filhas). Como as pressões adjacentes são mais 
uniformes, os queratinócitos têm formato poliédrico. Contêm muitos filamentos 
de citoqueratina e exibem projeções curtas ligadas por desmossomos nas células 
vizinhas, o que contribui para a resistência da epiderme ao atrito (ALBERTS, 2006). 
No corte histológico, essas pontes intercelulares parecem espinhos e, por 
isso, o estrato é denominado espinhoso. Nos queratinócitos ocorre a síntese de 
colesterol, de ácidos graxos livres, ceramidas e do glicolipídio acilglicosilceramida. 
São acondicionados em corpos lamelares e envoltos por membrana. No 
estrato espinhoso também são encontradas as células de Langerhans. Apresentam 
antígenos, ou seja, fagocitam e processam os antígenos estranhos na pele. 
Ainda, apresentam os linfócitos T (leucócitos responsáveis pela defesa 
do organismo) na própria epiderme ou nos linfonodos regionais e estes iniciam 
a resposta imunológica do organismo. Tais células participam nas dermatites 
alérgicas por contato e na rejeição de transplantes cutâneos, identificando e 
sinalizando agentes estranhos na pele (GENESER, 2003). 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
8
No estrato granuloso, os queratinócitos modificam a expressão genética, 
sintetizando citoqueratinas de maior peso molecular e produzindo outras proteínas 
envolvidas na queratinização, como a involucrina, a loricrina e a filagrina. 
Os precursores da proteína filagrina formam grânulos. Esses grânulos são 
constituídos de querato-hialina, que se agrupa e forma um envelope proteico sob 
a membrana das células, gerando mais acima o estrato lúcido.
Em relação ao estrato lúcido, em alguns materiais não há registros desse 
estrato, mas é aqui que acontece a transição das células do estrato granuloso para 
o estrato córneo. Como na camada há uma pressão maior da superfície externa, 
as células são pavimentosas. 
Os corpos lamelares cheios de lipídios, originados no estrato espinhoso e 
pela pressão, são liberados para o espaço intercelular. Essa barreira intercelular 
formada pelos lipídios impede a passagem de nutrientes e as células degeneram. 
O núcleo e as outras organelas são digeridos pelas enzimas lisossômicas e essas 
células mortas formam o estrato córneo (GENESER, 2003).
Finalizando com o estrato córneo, os queratinócitos se chamam corneócitos 
e as células são pavimentosas e anucleadas. Não possuem desmossomos e são 
descamadas com a abrasão. O estrato confere proteção contra o atrito, a invasão 
de microrganismos e a perda de água, mantendo a hidratação da pele (AZULAY; 
AZULAY; AZULAY, 2013).
 
Sua espessura varia, sendo maior na pele grossa e submetida a uma maior 
fricção do que a pele fina. O tempo total de vida dos queratinócitos varia de 40 a 
50 dias na pele fina e de 25 a 30 dias na pele grossa.
IMPORTANT
E
Como as citoqueratinas são constituintes do citoesqueleto das células epiteliais, 
são também denominadas queratinas moles. Devem ser diferenciadas das tricoqueratinas, as 
chamadas queratinas duras, as quais formama haste do cabelo e a unha.
4 DERME
A derme é a camada logo abaixo da epiderme. As duas são ancoradas 
através da junção dermoepidérmica, ou seja, são unidas pelo estrato basal, 
conferindo a nutrição e aderência da epiderme. A derme é subdividida em:
• derme papilar;
• derme reticular.
TÓPICO 1 | FISIOLOGIA DA PELE
9
FIGURA 4 – SUBDIVISÃO DA DERME
FONTE: <https://www.todamateria.com.br/pele-humana/>. Acesso em: 14 ago. 2018.
A derme papilar corresponde às papilas dérmicas, constituídas por tecido 
conjuntivo frouxo e é responsável pela junção derme e epiderme, fazendo conexão 
com o estrato basal. É altamente vascularizada e podemos encontrar a formação 
dos pelos e glândulas sebáceas (GENESER, 2003).
Já a derme reticular, que constitui a maior parte da camada, é formada 
de tecido conjuntivo denso não modelado e responsável pela elasticidade e 
resistência da pele. O tecido é formado, principalmente, por fibroblastos, que 
são as células responsáveis pela formação das fibras colágenas (constituídas de 
tropocolágeno = moléculas de colágeno) e das fibras elásticas (constituídas de 
moléculas de elastina). As fibras se dispõem em diferentes sentidos, conferindo a 
elasticidade, firmeza e resistência. 
Na camada acontece a formação dos anexos cutâneos e uma invaginação da 
epiderme, que veremos no próximo tópico desta unidade. Também encontramos 
na derme os nervos e as terminações nervosas sensoriais, que podem ser livres 
ou encapsuladas. Funcionam como mecanorreceptores (receptor sensorial ao 
estímulo mecânico, pressão, vibração, frio e calor) e nociceptores (receptores para 
dor) (AZULAY; AZULAY, 1999).
O suprimento sanguíneo da pele vem desde os vasos do tecido muscular e 
gordura subcutânea. A maioria do fluxo sanguíneo é direcionada aos componentes 
mais ativos ou com maior necessidade metabólica, principalmente para a 
epiderme, papila capilar e estruturas anexas. As papilas dérmicas são ricamente 
vascularizadas e nenhum folículo piloso receberá irrigação por difusão. 
Epiderme
Derme
Papilar
Derme
Reticular
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
10
Dos vasos subcutâneos aparecem dois plexos vasculares interligados 
por vasos intercomunicantes. O plexo vascular profundo repousa na região 
de interface entre a derme e gordura subcutânea. O plexo vascular superficial 
repousa na posição superficial da derme reticular e supre a derme papilar com 
seu sistema de canais como um candelabro. 
Os vasos da papila dérmica englobam arteríolas terminais, capilares 
venosos e artérias e veias pós-capilares. Já no plexo vascular profundo encontramos 
pequenas artérias musculares que se erguem até arteríolas para poderem suprir 
o plexo vascular superficial.
Ainda como complemento da pele, temos o tecido subcutâneo, também 
conhecido como hipoderme ou tela subcutânea, constituído de tecido conjuntivo 
frouxo. As principais células são os fibroblastos, os adipócitos e os macrófagos. 
Serve como base para a pele e faz a junção com as estruturas subjacentes (músculos, 
ossos etc.) (GENESER, 2003). 
Os adipócitos têm uma aparência bolhosa e com núcleos localizados 
em direção ao centro celular. A gordura subcutânea está envolvida em 
termorregulação, isolamento, proteção e suporte, além da função de estocar 
energia e amortecer contra impactos físicos.
Concluindo, a pele tem uma vasta subdivisão de estruturas e camadas. 
Cada uma tem sua função e aporte necessário para o bom funcionamento e 
equilíbrio cutâneo, suprindo a síntese natural de cada anexo cutâneo. 
A importância de conhecer as camadas, estruturas e formação da pele gera 
o diferencial no atendimento. A partir desse aprendizado, o profissional saberá 
direcionar cada caso para o melhor serviço, reconhecendo como está a saúde da 
pele e a funcionalidade de cada anexo cutâneo. 
Muitos profissionais não se aprofundam no conhecimento fisiológico da 
pele. Não são apenas informações extras, mas sim uma questão de segurança, 
tanto para o profissional como para o cliente.
11
Neste tópico, você aprendeu que:
• Anexos cutâneos são estruturas que fazem parte do nosso cotidiano: pelos, 
unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas.
• Os pelos são estruturas queratinizadas que exercem diversas funções, como 
proteção.
• A pele é formada por duas camadas principais: epiderme e derme.
• A epiderme é formada basicamente por queratinócitos e é subdividida em 
estratos: córneo, lúcido, granuloso, espinhoso e basal.
• No estrato córneo está a camada mais externa, a que vemos a olho nu. O estrato 
é formado por células altamente queratinizadas e anucleadas.
• Regiões que sofrem mais atrito desenvolvem um estrato córneo mais espesso.
• O estrato lúcido é uma camada logo abaixo do estrato córneo e que faz a 
transição das células para a superfície.
• O estrato granuloso é composto de células queratinizadas compostas por 
substâncias que se assemelham a grânulos.
• No estrato espinhoso, as células do tecido basal continuam se multiplicando e 
há o aumento do processo de queratinização.
• O estrato basal, também conhecido como germinativo, é a camada que dá vida à 
epiderme. Está localizado nas papilas dérmicas e é constituído pelas células basais. 
• Os queratinócitos são células altamente queratinizadas. São eliminados 
continuamente pela descamação da pele e substituídos por novas células, 
desde o estrato basal até a superfície.
• A derme está logo abaixo da epiderme. São conectadas pela junção 
dermoepidérmica.
• A derme é subdividida em: derme papilar e derme reticular.
RESUMO DO TÓPICO 1
12
• A derme papilar corresponde às papilas dérmicas, constituídas por tecido 
conjuntivo frouxo.
• A derme reticular é a maior parte da derme e é formada principalmente por 
fibroblastos.
• Os fibroblastos são responsáveis pela formação das fibras colágenas e fibras 
elásticas.
13
1 Em qual camada da pele encontramos cada anexo cutâneo?
2 Quais as subdivisões que compõem a epiderme e a derme?
3 Cite duas funções da pele e explique-as.
4 Marque V (verdadeiro) ou F (falso):
a) ( ) Os corneócitos são células anucleadas presentes na última camada 
epidérmica: o estrato córneo.
b) ( ) Na palma das mãos e na planta dos pés a camada epidérmica é mais fina 
devido ao maior atrito externo.
c) ( ) Os mecanorreceptores (receptores sensoriais) são encontrados na 
epiderme.
d) ( ) A vascularização e a nutrição da epiderme são feitas pela derme.
e) ( ) Os melanócitos são responsáveis pela síntese de melanina na pele e 
estão localizados no estrato basal.
AUTOATIVIDADE
14
15
TÓPICO 2
FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Como vimos no Tópico 1, os anexos cutâneos são estruturas inseridas na 
derme, mas que se constituem em invaginações da epiderme, com envolvimento 
dos queratinócitos. São formados por: pelos, glândulas sebáceas, glândulas 
sudoríparas e unhas.
 
Os anexos cutâneos possuem diferentes propriedades e funções, sendo 
seu funcionamento vital para a manutenção das propriedades funcionais e para 
a recuperação da sua estrutura, no caso de lesões. Como o próprio nome diz, são 
'agregados' que possuem a função de auxiliar a pele.
Os pelos, por exemplo, contribuem para o isolamento térmico e possuem 
a função de proteção; as glândulas sudoríparas ajudam a regular a temperatura 
corporal; as glândulas sebáceas correspondem à lubrificação da pele e proteção 
contra microrganismos e, as unhas, protegem as extremidades dos dedos das 
mãos e dos pés, bem como auxiliam na manipulação de pequenos objetos
Dada a importância das estruturas, neste tópico, vamos estudar a síntese 
de cada uma.
2 PELOS
Encontrados em quase toda a superfície do corpo, os pelos têm a função de 
proteger e manter a temperatura constante no corpo. Existem duas classificações 
de pelos: velosou lanugem, que são finos, pouco pigmentados e frágeis; e os 
terminais, que são mais longos, espessos e pigmentados e crescem em locais 
como o couro cabeludo, axila e área genital. 
Desenvolvem-se a partir dos folículos pilosos, que são invaginações da 
epiderme na derme. São constituídos por uma bainha radicular epitelial interna e 
por uma bainha radicular epitelial externa, derivadas da membrana basal. Ainda, 
há a bainha dérmica, com condensação de fibras colágenas. A bainha radicular 
externa corresponde aos estratos basal e espinhoso da epiderme, e a bainha 
radicular interna, aos estratos granuloso e córneo (GENESER, 2003). 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
16
Há o músculo eretor do pelo, fixado na bainha dérmica e na derme papilar 
e de músculo liso (feixe de fibras musculares lisas), que se origina na porção 
superficial da derme. Seu movimento de contração e descontração faz o pelo 
assumir uma posição mais vertical ou relaxada. É acionado através de impulsos 
conduzidos pelo sistema nervoso ou por sensações como frio e calor.
FIGURA 5 – FISIOLOGIA DO PELO
FONTE: <https://anatomychartpad.com>. Acesso em: 23 ago. 2018.
Eretor
do pelo
(músculo
liso)
Folículo
piloso
Bainha radicular
epitelial interna
Bainha radicular
epitelial externa
Bainha radicular
dérmica
Glândula
sebácea
Bulbo capilar
(base da
raiz capilar)
Raiz capilar (abaixo
da superfície da pele)
Haste capilar
(acima da
superfície
da pele)
Curticula
Medula
Córtex Pelo
Papila capilar
Matriz
Tecido
adiposo
Veia
Artéria
No folículo do pelo em fase de crescimento, a porção terminal expandida 
corresponde ao bulbo piloso ou bulbo capilar, constituído pela papila dérmica e 
pela matriz. A proliferação das células origina as bainhas radiculares e o pelo. Um 
corte transversal do pelo mostra três camadas centrais de células queratinizadas: 
a medula, o córtex e a cutícula. Veja a seguir:
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
17
FIGURA 6 – ESTRUTURA INTERNA DO PELO
FONTE: <https://anatomychartpad.com>. Acesso em: 23 ago. 2018.
Folículo piloso
Pelo
Membrana basal
Estrato basal
Melanócito
Bainha radicular
epitelial interna
Bainha radicular
epitelial externa
Bainha radicular dérmica
Cutícula
Medula
Córtex
Matriz
(zona de
crescimento)
Papila
capilar
A medula consiste em queratina mole e o córtex e a cutícula contêm 
queratina dura. Esta apresenta mais ligações de cistina e dissulfeto, é compacta e 
não descama. Pelos mais finos não possuem a medula, apenas córtex e cutícula. 
O córtex é a maior parte do pelo, simbolizando o corpo. É constituído por 
um feixe de proteínas fibrosas dispostas de forma compacta ao redor da medula. 
Confere numerosas propriedades físicas e mecânicas ao pelo, como solidez, 
elasticidade e permeabilidade.
 O córtex também é responsável pelo formato do pelo ser liso, ondulado 
ou cacheado e, além disso, a cor do pelo é resultante da melanina depositada nas 
células do córtex. É fornecida pelos melanócitos direto para a matriz.
A cutícula é a porção externa e se refere à parte que enxergamos do 
pelo. A função dela é proteger o córtex através de uma barreira de proteção das 
células sobrepostas em formação de escama. Quanto melhor for a hidratação dos 
pelos, mais alinhadas estarão essas escamas e, assim, mais saudável e macia se 
apresentará a haste capilar. 
Quanto ao crescimento do pelo, dividimos em três fases: anágena, catágena 
e telógena. Na fase anágena (crescimento), os queratinócitos germinam no bulbo 
capilar e formam a haste. A cor do pelo é definida pela pigmentação através da ação 
dos melanócitos localizados no estrato basal da papila capilar. Também é nesta fase 
que se define o tempo de duração do pelo, variando de dois até cinco anos. 
Conforme a diminuição da geminação dos queratinócitos, o folículo inicia 
um processo de involução, entrando na fase catágena, que dura em torno de duas 
até três semanas. Junto com o folículo, o tecido epitelial proximal também passa 
pelo processo de involução, formando uma bolsa ao redor da matriz do pelo, 
desprendendo-se da papila dérmica. Então, será geminado um novo pelo.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
18
Assim, entramos na terceira e última etapa do pelo, a telógena, também 
chamada fase de repouso. A fase tem duração de aproximadamente três meses. 
Ocorre o processo de queda natural do pelo através da expulsão por outro pelo 
que está geminando logo abaixo. Em condições saudáveis de um couro cabeludo, 
as seguintes proporções são encontradas: 85% na fase anágena, 1% na catágena e 
14% na telógena.
FIGURA 7 – FASES DE CRESCIMENTO DO PELO
FONTE: <https://www.mundoestetica.com.br>. Acesso em: 23 ago. 2018.
PapílaMembrana basal Pêlo novo
AnágenaTelógenaCatágenaAnágena tardia
IMPORTANT
E
Sabendo que há de 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo e que 10% destes 
estão em fase de repouso por aproximadamente 100 dias, considera-se normal a eliminação 
média de até 100 cabelos por dia.
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
19
3 GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
A principal função das glândulas é a secreção de suor por toda a superfície 
corporal, exceto os lábios, o clitóris, os pequenos lábios, a glande e a superfície interna 
do prepúcio. São glândulas exócrinas tubulares simples enoveladas merócrinas, ou 
seja, estão localizadas na sua maior parte na derme. A extremidade profunda se 
enrola em formato de novelo e sobe para a superfície como tubos longos e delgados, 
abrindo-se para o exterior por um orifício ou poro, eliminando o suor.
FIGURA 8 – GLÂNDULA SUDORÍPARA
FONTE: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/>. Acesso em: 22 ago. 2018.
Glândula
Sudoripara
O suor é uma solução aquosa, hipotônica, com pH neutro ou levemente 
ácido, contendo íons de sódio, potássio e cloro, ureia, ácido úrico e amônia. Além 
da função excretora, as glândulas sudoríparas regulam a temperatura corporal 
pelo resfriamento em consequência da evaporação do suor. 
A quantidade de suor varia muito, sendo influenciada por circunstâncias 
externas (temperatura, exercícios, umidade do ar) e por circunstâncias internas 
(alterações hormonais, emoções), mas a média em um dia é de 700 gramas.
Como uma subclassificação temos as glândulas sudoríparas odoríferas, 
que são encontradas nas axilas, nas aréolas mamárias e na região anogenital. 
Assim como as glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas odoríferas são 
estimuladas pelos hormônios sexuais e se tornam funcionais na puberdade. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
20
Estão localizadas profundamente na derme ou na região superior da 
hipoderme. A secreção contém proteínas, carboidratos, lipídios, amônia e 
feromônios envolvidos na atração sexual. Inicialmente inodora, adquire um odor 
acre ou almiscarado em resposta à decomposição por bactérias.
4 GLÂNDULAS SEBÁCEAS
Também conhecidas como glândulas exócrinas, encontram-se na derme, 
possuindo um ducto curto que desemboca no folículo piloso. As glândulas 
sebáceas são estruturas lobuladas, consistindo em vários lóbulos formados por 
uma camada externa de pequenas células cuboides germinativas. 
As secreções drenam para dentro do ducto sebáceo, que se exterioriza 
na pele juntamente com o folículo piloso. O ducto sebáceo é revestido por um 
epitélio escamoso estratificado queratinizado e é contínuo com a parte externa da 
raiz do pelo.
Nas áreas do corpo sem pelos, abrem-se diretamente na superfície 
epidérmica, com exceção da face palmar das mãos e da face plantar dos pés. 
São glândulas acinosas, ou seja, apresentam uma porção secretora com formato 
arredondado. Ainda, são holócrinas, uma vez que a secreção é eliminada levando 
juntamente toda a célula, ou seja, a própria célula constitui a secreção.
FIGURA 9 – GLÂNDULA SEBÁCEA
FONTE: <http://www.biogreen.com.ar>.Acesso em: 28 ago. 2018.
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
21
O mecanismo de controle da atividade sebácea não é completamente 
conhecido, mas a secreção parece respeitar um ritmo circadiano, altamente 
dependente da secreção de andrógenos (testosterona) e provavelmente inibido 
pelos estrógenos. Pode explicar o fato de as glândulas sebáceas serem maiores e 
metabolicamente mais ativas nos homens do que nas mulheres. 
São estimuladas pelos hormônios e produzindo o sebo, que é uma 
secreção constituída pelas próprias células, além de ácidos graxos, ésteres de cera 
e esqualeno, tornando oleoso. 
O sebo produzido chega na superfície através do ducto pilossebáceo, 
misturando-se com o suor entre os espaços do estrato córneo e na haste 
capilar. A ligação entre o sebo e o suor forma uma fina camada chamada 
película hidrolipídica. Esta lubrifica a superfície da pele e do pelo, aumenta as 
características hidrofóbicas da queratina e forma uma película protetora.
 A secreção não apresenta cheiro, porém, na proliferação de bactérias, 
pode levar à produção de odores. A síntese de sebo tende a diminuir em mulheres 
após a menopausa e nos homens não ocorre nenhuma alteração significativa até 
os 80 anos de idade.
5 UNHAS
São formadas pela compactação de células escamosas altamente 
queratinizadas (queratina dura). Estão localizadas nas extremidades dos dedos, 
mais precisamente nas falanges distais das mãos e pés. 
Atuam como proteção e também na manipulação de pequenos objetos. A 
formação da unha se inicia na nona semana do desenvolvimento embrionário. 
Assim, ao nascermos, já possuímos determinada placa protetora. A anatomia 
ungueal é subdividida em três partes:
• Corpo: lâmina (ou lâmina ungueal) é a parte visível que se estende desde a raiz 
ao bordo livre.
• Raiz: inserida na pele e sempre com tecido fixado em crescimento, que é 
chamado de matriz.
• Bordo livre: parte da lâmina externa final até o hiponíquio.
Em seguida, conheceremos cada parte que envolve esse anexo tão utilizado 
por nós e que, muitas vezes, nem percebemos a existência e funcionalidade. Para 
compreendermos melhor, observe a figura a seguir:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
22
FIGURA 10 – ESTRUTURA DA UNHA
FONTE: <https://cosmeticaemfoco.com.br/>. Acesso em: 22 ago. 2018.
Como você pode perceber, a unha não é apenas uma lâmina dura nas 
pontas dos dedos. Ela compreende um conjunto anatômico completo com várias 
estruturas internas e que fazem seu crescimento externo ser integral e contínuo. 
Assim, é importante compreender a relevância de cada estrutura com suas funções:
• Matriz: é responsável pela produção da lâmina ungueal, constituída por uma 
quantidade de células córneas organizadas em um extrato compacto e duro. 
A matriz se divide em duas porções: a proximal e a distal. A matriz proximal 
é responsável pela produção das camadas superiores da lâmina ungueal, 
enquanto a distal produz as inferiores.
• Lúnula: é a região branca em formato de meia-lua na parte proximal da unha 
e com convexidade voltada para a extremidade distal, sendo a porção visível 
da matriz. Está presente em todas as unhas, mas é mais visível nos polegares e 
dedões dos pés.
• Lâmina (lâmina ungueal): é composta por três camadas: uma camada interna 
macia (a unha ventral), uma camada intermediária de queratina dura e 
a camada mais externa (unha dorsal). Assim, o que parece simples para os 
olhos pode ter uma estrutura microscópica complexa. As camadas da lâmina 
da unha são achatadas e compostas por uma massa elástica de células 
paralelas queratinizadas e fundidas, os chamados onicócitos. Ao contrário dos 
corneócitos da epiderme, as células das unhas não descamam.
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
23
• Bordo livre: é a parte da lâmina que cresce além do dedo. Abaixo dessa 
região livre, há um excelente local para proliferação de bactérias e outros 
microrganismos. Assim, é importante manter as unhas limpas e, dependendo 
do trabalho que exerce, mantê-las curtas, além de lavar diariamente.
• Sulcos periungueais: são as regiões da extremidade da unha, quando ela ainda 
tem contato com a epiderme. Os sulcos são nomeados conforme a localização 
em relação à lâmina da unha. Temos dois sulcos ungueais laterais (nas bordas 
laterais): o sulco ungueal proximal (próximo da matriz) e o sulco ungueal distal 
(na ponta dos dedos).
• Eponíquio: mais conhecido como cutícula, é uma camada fina de células 
epiteliais e que adere na superfície da unha. Atua como vedação entre a placa 
da unha e o sulco ungueal proximal. A remoção da cutícula possibilita a entrada 
de água, corpos estranhos, fungos e bactérias, favorecendo a inflamação. Pode 
ocasionar a perda da unha. 
• Leito: inicia onde a matriz proximal termina. A lâmina cresce e se apoia na base. 
Formado de epitélio fino e com poucas camadas celulares. Ainda, se queratiniza 
sem nenhuma camada de células granulares. É uma região altamente irrigada 
por vasos sanguíneos e pode ser visto através da unha. Também no leito, os 
melanócitos são raros ou até mesmo ausentes. 
• Hiponíquio: a lâmina tem contato com a epiderme, ou seja, a lâmina se afasta 
do leito. É formado por uma fina camada epidérmica e, por conter terminações 
nervosas, é uma região sensível.
• Banda onicodermal: é um halo levemente alaranjado presente na região distal 
da unha. Trata-se de uma região de fixação entre o leito ungueal e a lâmina da 
unha. Com pressão, a banda onicodermal pode ficar branca ou avermelhada, 
pois há aumento da irrigação sanguínea local.
Estudos mostram que 80% da lâmina ungueal é produzida pela matriz e 
20% da lâmina produzida pelo leito ungueal. Assim, a unha tem a sua formação 
da matriz para as pontas dos dedos e do leito para a superfície externa da unha.
 A flexibilidade da lâmina ungueal é dada pela grande quantidade de 
fosfolipídeos. Ela é rica em cálcio, que é encontrado em forma de fosfato em 
cristais de hidoxiapatita. São encontrados ainda cobre, manganês, zinco e ferro. 
Ainda, é preciso lembrar que o cálcio não é o responsável pela dureza da unha, 
embora sua concentração aqui seja dez vezes maior. 
A dureza surge pela grande quantidade de matriz proteica (altamente 
rica em queratina) e juntamente com alto teor de enxofre, que contrasta com a 
queratina mais suave da epiderme. Assim, é resistente aos traumatismos que 
sofre diariamente e possui propriedade de barreira semipermeável.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
24
A estrutura proteica também contém uma menor proporção de outros 
aminoácidos, como a metionina, tirosina, lisina e histidina. O enxofre representa 
10% do peso seco da unha, enquanto o cálcio representa de 0,1 a 0,2%. Comparada 
ao estrato córneo da pele, a unha possui menos lipídeos (0,1 a 1% contra 10%) e 
menos água (7 a 12% contra 15 a 25%). 
É importante lembrar que a unha é altamente permeável em relação 
à água. Assim, quando o nível de hidratação aumenta, ela fica macia e opaca. 
Quando a hidratação diminui, ela fica seca e quebradiça. 
É preciso cuidar com o uso de produtos destinados aos cuidados com as 
unhas. Eles não devem remover as substâncias naturais da lâmina, pois o uso 
prolongado pode acabar promovendo rachaduras ou até mesmo a quebra das 
unhas, dentre outras patologias.
IMPORTANT
E
A idade, o frio, doenças que afetam a circulação sanguínea e má nutrição são 
fatores que reduzem a taxa de crescimento das unhas.
Muitos fatores determinam o crescimento das unhas e a unha de cada pessoa 
cresce de forma diferente. A hereditariedade e os hábitos de vida determinam como 
ela crescerá, embora o crescimento diminua muito com o envelhecimento. Ela é um 
anexo que se desenvolve diferente do pelo, pois não possui a fase de repouso, ou 
seja, suas camadas germinativas estão em atividade constante.
Unhas com boa saúde têma lâmina com aspecto liso e brilhante, com o 
eponíquio fino e a borda livre sem escamas. Os sulcos laterais são macios, sem 
descamações, infecções ou feridas aparentes. Apresentam crescimento normal 
de, aproximadamente, 0,1 mm por dia. 
Quando alguma lesão ou impacto faz com que a unha seja descolada do 
leito ungueal, necessitamos de quatro até cinco meses para que ela se regenere 
por completo após sua remoção. Ainda, as alterações ungueais são classificadas 
em: Linhas de Beau, Linhas de Muehrcke, Pittings e Leuconíquias. 
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
25
IMPORTANT
E
Linhas de Beau
 
A lesão é uma depressão linear transversa na lâmina ungueal e significa alteração temporária 
no crescimento ungueal. Sabe-se que as unhas crescem em torno de 0,10-0,15 mm/dia. 
Assim, podemos estimar quando a doença iniciou ao medirmos a distância entre a prega 
ungueal proximal e a linha de Beau. 
A causa mais comum é o trauma local. As linhas de Beau também podem refletir estado 
nutricional pobre, hipersensibilidade a drogas, doenças febris e exposição a temperaturas 
frias nos pacientes com fenômeno de Raynaud.
Linhas de Muehrcke
 
São linhas brancas transversas paralelas em relação à lúnula. Surgem aos pares, atravessando 
por toda a unha. Representam anormalidade vascular do leito ungueal e, assim, não se 
movimentam com o crescimento da unha. 
Surgem nos pacientes com hipoalbuminemia (albumina < que 2 g/dL) e desaparecem 
quando as proteínas se normalizam. Também podem estar presentes em pacientes com 
síndrome nefrótica, doenças hepáticas, má nutrição, uso de drogas quimioterápicas, 
síndrome de Peutz-Jeghers, bem como nos transplantados renais.
Pittings
 
São pequenas depressões disseminadas na unha normal. Ocorrem devido a focos de 
paraceratose na matriz ungueal. Em geral, pitting está associado à psoríase. Podem ocorrer 
na dermatite atópica, líquen plano, sarcoidose, pênfigo vulgar, alopecia areata, incontinência 
pigmentar e síndrome de Reiter.
Leuconíquias
 
Crianças e adultos apresentam máculas ou linhas esbranquiçadas na lâmina ungueal em 
uma ou mais unhas. A leuconíquia pode ser estriada, puntata, parcial e total. A puntata é o 
padrão mais comum e ocorre em consequência de pequenos traumas locais. A leuconíquia 
estriada pode ter caráter hereditário, trauma local ou originada por doença sistêmica quando 
múltiplas unhas estão envolvidas. 
Ainda, a parcial foi encontrada na tuberculose, nefrite, doença de Hodgkin, metástases 
de carcinomas, hanseníase, perniose etc. A leuconíquia total pode ser hereditária ou por 
doenças sistêmicas, como a febre tifoide, colite ulcerativa, cirrose e hanseníase.
FONTE: BARBOSA, M. L.; BRITO, E. D.; TEIXEIRA, I. A.; NASSIF, P. W. Uma lição de clínica médica 
através das unhas: lesões ungueais relacionadas a doenças sistêmicas. Brazilian Journal of 
Surgery and Clinical Research, v. 4, p. 75-78, 2013. FONTE: <https://www.mastereditora.com.
br/periodico/20130731_225255.pdf>. Acesso em: 21 set. 2018.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
26
Fazer um procedimento com um profissional que conhece as estruturas 
do pelo é totalmente diferente daquele que desconhece. É preciso levar em 
consideração não só a segurança, mas também a postura ética. Assim, ter o 
conhecimento aprofundado de cada estrutura traz uma valorização ainda 
maior ao profissional, diferenciando o atendimento quando o cliente recebe as 
informações completas em relação ao que busca no serviço.
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
27
LEITURA COMPLEMENTAR
CARACTERIZAÇÃO DO FOLÍCULO PILOSO COMO NICHO DE CÉLULAS 
PROGENITORAS NEURAIS E EPIDERMAIS EM CAMUNDONGOS
Ricardo Mueller Cesario Pereira
FOLÍCULO PILOSO
O folículo piloso é uma estrutura exclusiva de mamíferos e é considerado 
um anexo dérmico. Em camundongos, sua formação inicia com o surgimento do 
placoide no décimo terceiro dia de gestação. 
A estrutura possui uma composição complexa. Destacam-se outras 
estruturas, como glândula sebácea, a saliência do bulge, haste do cabelo (que se 
projeta externamente da epiderme) e a papila dermal. Com exceção da última, 
que possui origem mesodérmica, as demais são provenientes da ectoderme e da 
mesma forma que o tecido epidermal (BLANPAIN; HORSLEY et al., 2007).
 
Assim como outros tecidos adultos, o folículo piloso também dispõe de 
células-tronco residentes no bulge, que é um discreto microambiente também 
conhecido como saliência do folículo piloso. O bulge é localizado na região medial 
do folículo, estabelecida durante a morfogênese e que não degenera durante o 
ciclo do cabelo. 
A estrutura do bulge foi primeiramente descrita em 1903 pelo anatomista 
alemão Philipp Stöhr, da Universidade de Wurzburg, na Alemanha. A estrutura 
possui células-tronco com capacidade de diferenciação em múltiplos tipos 
celulares e também de renovação (BLANPAIN; HORSLEY et al., 2007).
 As células-tronco do bulge são mais quiescentes do que as outras células do 
folículo. No entanto, durante o ciclo do cabelo, devem sair do seu nicho, proliferar 
e diferenciar, formando os tipos celulares maduros do folículo piloso. As células 
do bulge correspondem a um reservatório de células-tronco multipotentes e que 
podem ser recrutadas durante o reparo e regeneração da epiderme. 
A sinalização para que as células se mantenham indiferenciadas ou iniciem 
sua diferenciação é proveniente de outras regiões do folículo piloso. Faz com que 
as células assumam diferentes 26 rotas de migração depois de diferenciadas, 
formando um fluxo celular bidirecional (BLANPAIN; HORSLEY et al., 2007). 
Determinado fluxo pode ser utilizado para manutenção e crescimento do folículo 
ou ainda diferenciar células em resposta a uma lesão no epitélio.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
28
CICLO DE CRESCIMENTO DO FOLÍCULO PILOSO 
O ciclo de crescimento do folículo piloso pode ser dividido em três fases: 
a telogenia ou fase de repouso, a anagenia ou fase de crescimento ou de expansão 
do folículo e a catagenia, ocorrendo a degeneração da porção inferior do folículo. 
O bulge se mantém íntegro na última fase e as células-tronco são ativadas e 
iniciam a nova fase de crescimento. As células-tronco do bulge recebem estímulos 
provenientes da papila dermal (OHYAMA; TERUNUMA et al., 2006). 
As células perdem o contato com seu nicho no bulge e migram repovoando 
a papila e contribuindo para o crescimento do cabelo. O ciclo possui duração 
média de quatro semanas, tendo início com a fase de anagênese e finalizando com 
a fase de catagênese (LEGUÉ; NICOLAS, 2005).
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
29
TelogeniaCatagenia
Anagenia
DESENVOLVIMENTO DO FOLÍCULO PILOSO 
Durante seu processo de formação, o folículo piloso desenvolve estruturas 
provenientes da epiderme (onde se localiza a saliência do bulge) e derme (onde 
se localiza a papila dermal). A interação das estruturas possui um importante 
papel tanto na morfogênese quanto no crescimento do folículo piloso (YANG; 
COTSARELIS, 2010). 
 
A formação do folículo piloso é precedida por um condensamento da 
derme, resultado de uma onda de sinalização indutiva. A onda se propaga ao 
longo da epiderme e que, em resposta, forma o placoide e, posteriormente, o 
broto do folículo. 
Os brotos se arranjam em uma conformação específica. Ocorre uma 
sinalização mútua e polarizada e que segue a linha do eixo ântero-posterior do 
desenvolvimento. Funciona como uma região sinalizadora para a formação do 
folículo (HOUGHTON; LINDON et al., 2005). 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
30
O ponto de partida para o início da onda sinalizadora do placoide é a 
estabilização da β-catenina, a qual é mediadora da via de sinalização Wnt. A 
β-catenina adentra o núcleo, ativando o fator de transcrição LEF-1/TCF. Este, 
por sua vez, estimula a expressãode fatores morfogenéticos responsáveis pelo 
desenvolvimento do folículo. 
Tais fatores podem ter caráter inibitório em relação à formação do folículo, 
como fator de crescimento epidermal (EGF) e as proteínas morfogenéticas 
ósseas (BMPs). Ainda, caráter de ativação, como os fatores de crescimento 28 29 
fibroblasto (FGFs), Sonic headhog (SHH), Notch-1 e seu receptor Delta-1. 
De uma forma geral, os fatores apresentam sinalização antagônica em 
relação à diferenciação das células do folículo piloso para a linhagem epidermal. 
Como exemplo, os BMPs e EGF ativam a diferenciação das células para linhagens 
epidermais, enquanto SHH e FGF bloqueiam a diferenciação (BLANPAIN; 
HORSLEY et al., 2007). 
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DOS ANEXOS CUTÂNEOS
31
CÉLULAS-TRONCO EPIDERMAIS DE FOLÍCULO PILOSO
Estudos de análise de expressão de RNA mensageiro e em partes 
específicas do folículo piloso seccionado por microdissecção a laser revelaram 
regiões distintas em relação à expressão de diferentes marcadores moleculares 
no folículo 30 piloso. É o caso da expressão de marcadores de células-tronco de 
melanócitos e epidermais, que apresentam expressão heterogênea ao longo do 
folículo (YAMADA; AKAMATSU et al., 2010).
As células-tronco epidermais encontradas no bulge são identificadas 
principalmente pela expressão de CD34 e das citoqueratinas 15 e 19 (KRT 15 e 19), 
marcadores de superfície celular e citoplasmáticos, respectivamente. Tais marcadores 
caracterizam as células mais indiferenciadas (JAKS; BARKER et al., 2008).
 
Em contrapartida, também são encontradas células que apresentam as 
citoqueratinas 5 e 14 (KRT 5 e 14). Formam os filamentos intermediários das 
células estratificadas do tecido epitelial, caracterizando células no estágio final de 
diferenciação da linhagem epidermal (BLANPAIN; FUCHS, 2009). 
As células do bulge positivas para CD34 podem ainda ser divididas 
em três grupos: com alta e baixa expressão de integrina α6 e com expressão do 
marcador Lgr5, esta última com potencialidade para diferenciação de todas as 
linhagens epidermais. Outro importante marcador encontrado em células do 
bulge é o CD200, o qual é caracterizado como marcador de célula indiferenciada 
com uma alta capacidade proliferativa (WATT; JENSEN, 2009; OHYAMA, 2007).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
32
Além das populações celulares mencionadas, foi descrita, no folículo 
piloso, mais precisamente na região da papila, uma subpopulação de células 
derivadas de crista neural denominadas progenitores derivados de pele (Skin 
derivated progenitors ou SKPs). 
Expressam fatores de transcrição característicos de crista neural, como Sox 
2, Snail, Slug, Twist e apresentam potencialidade para diferenciação em células 
dermais e neurais (BLANPAIN; FUCHS, 2009). 
Toda a gama de marcadores para células progenitoras ou mesmo de 
células-tronco confirma que o folículo piloso possui uma população celular bem 
heterogênea, capaz de gerar células epidermais in vitro ou in vivo (SIEBER-
BLUM; GRIM et al., 2004). 
FONTE: PEREIRA, Ricardo Mueller Cesario. Caracterização do folículo piloso como nicho 
de células progenitoras neurais e epidermais em camundongos. Dissertação (Mestrado 
em Biologia Celular e do Desenvolvimento) – Programa de Pós-Graduação em Biologia 
Celular e do Desenvolvimento, Universidade Regional de Santa Catarina. Florianópolis, 2011. 
Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/95806/295105.
pdf?sequence=1&isAllowed=>. Acesso em: 17 ago. 2018.
33
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os pelos são formados a partir do folículo piloso, localizado na papila dérmica.
• Os velos ou lanugem são os pelos finos, pouco pigmentados e frágeis.
• Os pelos terminais são mais longos, espessos, pigmentados e crescem em locais 
como o couro cabeludo, axila e área genital.
• Pelos são divididos em três partes principais: medula, córtex e cutícula. 
• A função principal dos pelos é proteção e o equilíbrio da temperatura corporal.
• O crescimento do pelo é dividido em: anágena, catágena e telógena.
• As glândulas sudoríparas são responsáveis pela formação de suor (substâncias 
do metabolismo celular).
• Além da função excretora, as glândulas sudoríparas regulam a temperatura 
corporal pelo resfriamento e em consequência da evaporação do suor.
• O sebo é uma secreção constituída pelas próprias células, além de ácidos 
graxos, ésteres de cera e esqualeno. 
• Lubrificando a superfície da pele e do pelo, o sebo forma uma película protetora.
• As unhas são formadas pela compactação de células escamosas altamente 
queratinizadas.
• A anatomia ungueal é dividida em três partes: raiz (matriz), lâmina ungueal e 
bordo livre.
• A lâmina é composta por três camadas: uma camada interna macia, uma 
camada intermediária de queratina dura e a camada mais externa.
• A matriz da unha é o local onde acontece o processo da formação da lâmina e 
é dividida em proximal e distal.
• No bordo livre, a lâmina cresce além do dedo.
• O leito ungueal é a base do dedo. A lâmina cresce e se apoia neste.
• A cutícula da unha, chamada de eponíquio, é uma camada fina de células 
epiteliais. Adere na superfície da unha e atua como vedação entre a placa da 
unha e o sulco ungueal proximal.
34
1 Os pelos passam por três fases durante seu desenvolvimento. Descreva o 
processo.
2 Quais são as funções das glândulas sebáceas e das glândulas sudoríparas?
3 Quais são as três subdivisões principais da anatomia ungueal?
AUTOATIVIDADE
35
TÓPICO 3
PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Muitas das patologias cutâneas têm relação com os anexos cutâneos. É 
importante para nós, esteticistas e profissionais da beleza, sabermos distinguir ou 
pelo menos reconhecer as principais delas. 
Nunca sugira qualquer tratamento, seja medicamentoso ou não. Mesmo 
que você conheça profundamente a patologia, é importante lembrar que a 
responsabilidade será sua, mesmo que o cliente venha a agir com imprudência. 
Então, quando perceber alguma disfunção na região, recomende uma 
consulta ao médico especializado, podendo ser dermatologista, endocrinologista 
ou até mesmo ginecologista/urologista, dependendo do caso. 
Neste tópico, veremos sobre as principais patologias e alguns sintomas, 
mas não abordaremos sobre tratamentos específicos, pois não é o propósito da 
nossa formação e também pelos motivos citados anteriormente. Então, vamos lá!
2 ACNE
Segundo Sabatovich (2004), é uma doença inflamatória comum da glândula 
sebácea e caracterizada por comedões, pápulas, pústulas, nódulos inflamados, 
cistos purulentos superficiais e, em casos extremos, lesões intercomunicantes 
profundas inflamadas e às vezes purulentas. Geralmente, é uma patologia ligada 
à puberdade, mas também existem os casos de acne adulta. 
O processo inicia quando a quantidade de androgênio causa um aumento no 
tamanho e na atividade das glândulas pilossebáceas. A interação entre hormônios, 
queratina, sebo e bactérias determina a evolução e a gravidade da doença.
A hiperqueratinização intrafolicular leva à obstrução e ao bloqueio 
do folículo sebáceo, gerando a formação de comedões, compostos de sebo, 
queratina e microrganismos, principalmente a bactéria Propionibacterium acnes. 
As lipases de P. acnes degradam os triglicerídeos do sebo em ácidos graxos livres, 
que irritam a parede do folículo. 
36
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
Então, ocorre uma retenção da secreção sebácea, que dilata o folículo e 
forma as pústulas, podendo levar à formação de cistos. Quando o folículo se 
rompe, liberando os ácidos graxos livres, produtos bacterianos e queratina para 
o tecido, ocorre uma reação inflamatória, que usualmente resulta em abscessos. 
Na cicatrização, podem ocorrer marcas nos casos graves(SABATOVICH, 2004). 
IMPORTANT
E
Nas mulheres, a acne pode ter picos nos ciclos menstruais e durante a gestação. 
Também pode se desenvolver em contato com cosméticos que obstruem os folículos, 
embora seja menos comum.
A acne pode ser subdividida em duas fases: acne superficial e acne profunda. 
A acne superficial é denominada quando há a presença de comedões abertos (pretos) 
ou fechados (brancos), pápulas inflamadas, cistos superficiais e pústulas. 
Raramente pode existir a presença de cistos maiores, e estes serão 
decorrentes de manipulação errônea ou trauma de um comedão aberto 
previamente não inflamado. Os tratamentos são mais tranquilos e é raro o 
surgimento de cicatriz se seguirmos as orientações corretas.
Já a acne profunda é caracterizada pela mesma formação da acne 
superficial, porém com nódulos inflamatórios profundos e cistos purulentos que 
usualmente formam abscessos. Alguns dos abscessos se abrem para a superfície 
cutânea e secretam seus conteúdos, gerando ainda mais inflamações. 
A pele fica sensível, dolorida e com aparência estética nada agradável. 
Geralmente as lesões deixam cicatriz e são mais comuns na região facial, mas 
também podem acometer pescoço, tórax, costas e ombros. 
FIGURA 11 – PROCESSO EVOLUTIVO DA ACNE
FONTE: <https://www.tudoela.com>. Acesso em: 24 ago. 2018.
TÓPICO 3 | PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
37
3 ROSÁCEA
Também conhecida como acne rosácea, é um distúrbio inflamatório crônico 
que tem início em geral na meia-idade. Há o surgimento de telangiectasias, aumento 
de eritema local e formação de pápulas e pústulas, acometendo principalmente as 
áreas centrais da face. Como consequência, pode ocorrer hipertrofia dos tecidos, 
principalmente no nariz (SABATOVICH, 2004).
A causa é desconhecida, mas a doença ocorre com maior frequência 
em pacientes de pele clara. A rosácea é muito confundida, no início, com a 
acne. Assim, é importante estar atento aos sinais que a pele mostra. Dentre os 
diagnósticos diferenciais estão erupções, granulomas da pele, lúpus eritematoso 
cutâneo e dermatite perioral (AZULAY; AZULAY; AZULAY, 2013).
FIGURA 12 – ROSÁCEA
FONTE: <http://www.dermaenvy.com/rosacea-treatments/>. Acesso em: 24 ago. 2018.
A rosácea afeta apenas o rosto e o couro cabeludo e pode ser subdividida 
em quatro fases (SABATOVICH, 2004):
• Fase pré-rosácea: a pele nas bochechas e no nariz fica ruborizada por períodos 
longos. A pessoa pode sentir coceiras ou pinicões.
• Fase vascular: além do rubor, início de retenção do líquido. Aparência da pele 
inchada e com pequenos vasos sanguíneos visíveis próximos à superfície, que 
são as telangiectasias.
• Fase inflamatória: aparência da pele mais grossa, com poros dilatados e o 
aparecimento de pápulas e pústulas.
• Fase tardia: na maioria dos casos, a pele ao redor do nariz engrossa, ocorrendo 
a hipertrofia cutânea, com aparência vermelha e bulbosa (rinofima).
Acompanhando alguns casos, há a presença da rosácea ocular (afeta os 
olhos). Os sintomas podem incluir inflamação das pálpebras, membrana conjuntiva, 
íris, esclera e córnea ou uma combinação que provoca coceira, uma sensação de 
algo no olho (sensação de corpo estranho), vermelhidão e inchaço do olho.
38
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
4 DERMATITE SEBORREICA
Conhecida popularmente como caspa, está diretamente relacionada com a 
alteração na produção de sebo pelas glândulas sebáceas, gerando uma oleosidade 
excessiva no couro cabeludo. Há o desequilíbrio na colonização de espécies de 
fungos e bactérias, gerando uma resposta inflamatória desregulada. 
A inflamação gera uma irritação com vermelhidão, coceira e sensibilidade. 
Ainda, há uma descamação que forma crostas, muitas vezes aderidas à pele e 
que, ao serem removidas, deixam feridas a ponto de sangrar. 
FIGURA 13 – FORMAÇÃO DA CASPA
FONTE: <www.tratamentocapilar.net.br>. Acesso em: 24 ago. 2018.
É uma doença crônica que oscila entre períodos de crise e controle. 
Alguns fatores podem agravar o caso, como a genética, agentes externos, alergias, 
situações de fadiga ou estresse emocional, baixa temperatura, álcool, alguns 
medicamentos e excesso de oleosidade. A causa não é totalmente conhecida, mas 
a proliferação do fungo Pityrosporum ovale também pode desencadear a doença. 
5 VITILIGO
É uma doença caracterizada pela perda de pigmento na pele em 
determinadas regiões devido à destruição, diminuição ou ausência de melanócitos. 
A maioria dos pacientes não manifesta qualquer sintoma além do surgimento das 
manchas brancas na pele. Há o segmentar (unilateral), que aparece apenas de um 
lado do corpo, e o não segmentar (bilateral), que se manifesta nos dois lados do 
corpo, como as duas mãos, pés e joelhos (SABATOVICH, 2004).
Em geral, o vitiligo surge primeiro nas extremidades, como mãos, pés e 
boca. Apresenta fases: ciclos de perda de cor, depois a doença se desenvolve em 
mais áreas e em proporção maior e, por fim, o período de estagnação.
TÓPICO 3 | PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
39
FIGURA 14 – VITILIGO
FONTE: <https://www.vitiligotreatment.co.za>. Acesso em: 24 ago. 2018.
Atinge cerca de 0,5% da população mundial e a causa não é esclarecida, 
mas há três teorias que se dedicam na explicação do motivo:
 
• Imunológica: uma doença autoimune pela formação de anticorpos 
antimelanócitos. 
• Cititóxica: é possível que os metabólitos intermediários (dopaquinona e indóis), 
formados durante a síntese da melanina, possam destruir os próprios melanócitos.
• Neural: um mediador neuroquímico inibiria a produção de melanina ou até 
mesmo a destruição de melanócitos.
6 ALOPECIA
Mais popularmente conhecida por calvície, é a perda completa ou parcial 
dos cabelos. Geralmente resulta de fatores genéticos, envelhecimento, doenças 
autoimunes, dermatites, efeitos colaterais de medicamentos etc. A psoríase e 
a dermatite seborreica são as duas dermatoses que mais acometem o couro 
cabeludo, muito raramente causam alopecia. A alopecia é subdividida em:
• alopecia areata;
• alopecia androgenética;
• alopecia cicatricial;
• alopecia tóxica (SABATOVICH, 2004).
A alopecia areata é uma afecção crônica dos folículos pilosos e de causa 
ainda não especificada. A queda dos pelos é caracterizada pela interrupção da sua 
síntese, mesmo que os folículos estejam íntegros e sem lesões. Assim, a reversão 
do quadro é possível, pois não há destruição ou atrofia do folículo. 
40
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
FIGURA 15 – ALOPECIA AREATA
FONTE: <http://revistasimbolo.com.br/alopecia-areata>. Acesso em: 25 ago. 2018.
É determinada pela perda abrupta dos pelos de uma área normalmente 
circular. A pele se apresenta lisa, de coloração cutânea normal e ocorre em pessoas 
sem quaisquer disfunções cutâneas ou doença sistêmica. 
Qualquer área pilosa pode ser acometida, mas o couro cabeludo e a barba 
são as mais frequentes. Raras vezes, todos os pelos do corpo são afetados, caso 
que chamamos de alopecia universal, e ocorre em 5% dos casos. 
É a única alopecia que pode agredir a unha, caracterizada por sulcos 
longitudinais e paralelos, depressões pontuais e rugosidade. Ela pode estar 
relacionada a doenças como tireoide, vitiligo, lúpus eritematoso, artrite 
reumatoide, anemia perniciosa, dentre outras. 
FIGURA 16 – ALOPECIA AREATA UNGUEAL
FONTE: <https://www.mymedfarma.com/>. Acesso em: 25 ago. 2018.
TÓPICO 3 | PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
41
A alopecia androgenética acontece quando há diminuição do folículo com 
o passar dos anos, sendo influenciado pelos androgênios. Os folículos terminais se 
transformam em velos. A alopecia de padrão masculino é extremamente comum 
e inicia na puberdade, quando percebemos um recuo acentuado na linha frontal 
do couro cabeludo e uma diminuição da quantidade de pelos.
FIGURA 17 –ALOPECIA ANDROGENÉTICA
FONTE: <www.sbd.org.br>. Acesso em: 25 ago. 2018.
A ação dos androgênios na miniaturização do folículo é através de uma 
enzina presente no folículo piloso, chamada 5 alfa-redutase tipo II. Esta diminui 
a papila dérmica e a matriz do pelo novo (fase anágena), fazendo com que o pelo 
fique mais fino e claro. Com o tempo, não se desenvolve mais. Além das alterações 
hormonais, também há influência genética na maioria dos casos, principalmente 
nas mulheres. 
A alopecia cicatricial resulta em doenças que agridem o tecido cutâneo 
em nível de cicatriz, destruindo o folículo piloso. A possibilidade de crescer 
novamente é muito baixa. Há duas classificações: primária e secundária.
A primária é determinada por qualquer doença da pele que afeta 
diretamente os folículos pilosos, como lúpus eritematoso cutâneo benigno, líquen 
plano pilar e foliculite decalvante. Habitualmente, são doenças inflamatórias que 
destroem o reservatório de células existentes na parte superficial do folículo. 
 
Já a secundária é quando se tem um fator que não está diretamente ligado 
ao folículo. Dentre as diversas situações que podem determinar áreas de alopecia 
irreversível estão: traumatismo, queimadura química, tração repetida, exposição 
a agentes radioativos usados com finalidade terapêutica, tumores, infecções 
bacterianas, virais ou fúngica. Em lesões (queimaduras, traumas físicos, atrofia 
por raios X), a causa da cicatrização é geralmente aparente ou deve ser pesquisada.
42
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
A alopecia tóxica, em geral, ocorre de três até quatro meses após uma doença 
grave ou uma febre alta. Também é ocasionada por substâncias tóxicas, como 
acontece em pacientes de quimioterapia e em pessoas que foram medicadas com 
doses excessivas de algumas drogas compostas de tálio e superdose de vitamina 
A ou retinoides. Determinado tipo de calvície é caracterizado pela perda de cabelo 
temporária e o cabelo volta a crescer quando o corpo estiver novamente saudável.
IMPORTANT
E
Existe um exame microscópico de pelos arrancados que permite uma contagem 
de anágenos e telógenos. Pode diferenciar algumas formas de alopecia não cicatricial. Para 
realizar o exame, são arrancados todos os pelos de uma área definida do couro cabeludo 
(cerca de 40 a 60 fios de cabelo).
7 TRICOTILOMANIA 
É o hábito neurótico de puxar os cabelos, mais observado em crianças. O 
diagnóstico pode acontecer tardiamente, até mesmo erroneamente, porque muitas 
vezes é difícil diferenciar da alopecia. A tricotilomania não tem origem específica. 
Ela serve como um escape para regular estados emocionais desagradáveis. Os 
pacientes, muitas vezes, não se dão conta claramente.
O transtorno inicia devido a tensões dentro da família, problemas na 
escola ou dificuldades de relacionamento com outras crianças, juntamente com 
sentimentos depressivos, estresse e problemas envolvendo raiva. O arrancar 
de cabelos é sentido então como uma distração e capaz de minimizar a tensão, 
tornando-se um hábito diário.
8 PSORÍASE
É uma doença de caráter crônico, não contagiosa e cíclica. Os sintomas 
desaparecem e reaparecem periodicamente. Embora a sua causa não esteja bem 
esclarecida, acredita-se que pode estar relacionada ao sistema imunológico, às 
interações com o meio ambiente e à genética. 
As manifestações mais comuns são as formações de placas secas, 
avermelhadas e com escamas prateadas ou esbranquiçadas. As placas coçam e, 
algumas vezes, doem, podendo atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais 
(SABATOVICH, 2004). 
TÓPICO 3 | PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
43
Em casos graves, a pele em torno das articulações pode rachar e sangrar. 
Como a patologia aparece em várias regiões do corpo e é caracterizada de 
maneiras diferentes, tem algumas classificações:
• Psoríase gutata.
• Psoríase do couro cabeludo.
• Psoríase invertida.
• Psoríase pustulosa. 
• Psoríase ungueal.
• Psoríase eritodérmica.
• Psoríase artropática. 
• Psoríase gutata: é desencadeada por infecções bacterianas. Caracterizada por 
pequenas feridas em forma de gota no tronco, nos braços, nas pernas e no 
couro cabeludo. As feridas são cobertas por uma fina escama, diferentemente 
das placas típicas da psoríase, que são grossas. Acomete mais crianças e jovens 
antes dos 30 anos.
• Psoríase do couro cabeludo: surgem áreas avermelhadas com escamas espessas 
brancas e prateadas, principalmente após coçar. O paciente pode perceber os 
flocos de pele morta em seus cabelos ou em seus ombros, especialmente depois 
de coçar o couro cabeludo. Assemelha-se à caspa.
FIGURA 18 – PSORÍASE
FONTE: <https://www.cbsnews.com>. Acesso em: 25 ago. 2018.
44
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
• Psoríase invertida: atinge principalmente áreas úmidas, como axilas, virilhas, 
embaixo dos seios e ao redor dos genitais. Pode acontecer agravamento em 
pessoas obesas ou quando há sudorese excessiva (alta produtividade da 
glândula sudorípara) e atrito na região.
• Psoríase pustulosa: é o tipo de psoríase que, além das manchas e escamas, apresenta 
bolhas e pústulas. Pode causar febre, calafrios, coceira intensa e fadiga se acometer 
todas as partes do corpo, mas é mais comum em áreas específicas, como mãos, pés 
ou dedos. Geralmente se desenvolve rápido, com bolhas que aparecem poucas 
horas depois de a pele se tornar vermelha, secando dentro de poucos dias.
• Psoríase ungueal: afeta tanto as unhas das mãos como dos pés. Faz com que a 
unha cresça de forma irregular, engrosse, escame, mude de cor e até se deforme. 
Em alguns casos, a unha chega a descolar por inteira do leito ungueal. Veja a 
seguir um caso de psoríase ungueal em forte crise:
FIGURA 19 – PSORÍASE UNGUEAL
FONTE: <http://www.sbd.org.br/>. Acesso em: 25 ago. 2018.
• Psoríase eritodérmica: é o tipo menos comum. Acomete todo o corpo com 
manchas vermelhas que podem coçar ou arder intensamente, levando a 
manifestações sistêmicas. Pode ser desencadeada por queimaduras graves, 
tratamentos inapropriados, infecções ou, até mesmo, por outro tipo de psoríase.
• Psoríase artropática: também conhecida como artrite psoriática pois, além 
da inflamação na pele e da descamação, causa fortes dores nas articulações. 
Geralmente afeta as articulações dos dedos dos pés e mãos, coluna e juntas dos 
quadris. Pode causar rigidez progressiva das articulações e até deformidades 
locais permanentes.
TÓPICO 3 | PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
45
9 TÍNEA CAPITIS 
É uma micose causada por fungos, principalmente pelo fungo Trichophyton, 
no couro cabeludo. Identificamos quebra de cabelos e alopecia parcial, 
caracterizada por coceira com descamação. Como tais microrganismos fazem 
parte da microbiota do couro cabeludo, podem ser ativados por fatores como 
estresse, sudorese excessiva, alteração do pH do couro cabeludo etc.
10 PITIRÍASE RÓSEA 
É uma patologia que se apresenta como uma erupção escamosa aguda 
e autolimitada, com uma duração média de seis até oito semanas. Geralmente 
começa com uma lesão maior, chamada de medalhão (AZULAY; AZULAY; 
AZULAY, 2013). Em poucos dias, ocorrem erupções sequenciais de outras lesões 
semelhantes, mas menores.
 
A erupção secundária ocorre por volta de duas semanas, persiste aparecendo 
por mais 15 dias e clareia, lentamente, por outras duas semanas. Muito comum em 
crianças e costuma ser assintomática ou apenas levemente pruriginosa.
FIGURA 20 – PITIRÍASE RÓSEA
FONTE: <http://www.leituracorporal.com.br>. Acesso em: 29 ago. 2018.
11 FOLICULITE 
É a inflamação de um ou mais folículos pilosos, formando um abscesso que 
pode ocorrer em qualquer lugar do corpo, inclusive no couro cabeludo, sendo mais 
comum nos procedimentos epilatórios ou depilatórios com lâmina. Na maioria dos 
casos, é causada por uma infecção viral, bacteriana ou fúngica,geralmente como a 
infecção pela bactéria Staphylococcus aureus (estafilococos), por exemplo. 
46
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
Os principais sintomas são coceira, pele avermelhada e inflamada 
na região da lesão e até mesmo pequenas bolhinhas de pus. Quando os pelos 
infectados caem ou são removidos, novas espinhas tendem a surgir. Às vezes, 
os pelos duros da zona da barba e virilha se retorcem e voltam a entrar na pele, 
provocando uma irritação e inflamação leve (SABATOVICH, 2004).
FIGURA 21 – FORMAÇÃO DE FOLICULITE
FONTE: <https://www.tuasaude.com>. Acesso em: 26 ago. 2018.
Foliculo Piloso
Inflamado
(Foliculite)
Foliculo Piloso
Normal
12 HIPERTRICOSE
É uma condição caracterizada por crescimento excessivo de pelos em 
qualquer lugar do corpo (AZULAY; AZULAY, 1999). Pode afetar mulheres e 
homens, com causa ainda não bem conhecida. Contudo, acredita-se que ela ocorra 
em virtude de uma mutação genética. É extremamente rara e mais frequente em 
pessoas do Mediterrâneo. Dentro da hipertricose há uma subdivisão: 
• Hipertricose lanuginosa congênita: quando o cabelo é relativamente fino e 
felpudo. Pode chegar até 25cm de comprimento.
• Síndrome de Abras: outra variação congênita, quando o cabelo é mais grosso, 
pigmentado e cresce durante toda a vida.
• Hipertricose adquirida: provocada por anorexia nervosa ou problemas 
metabólicos, como a porfiria cutânea, que comumente surge apenas no rosto e 
no indivíduo adulto.
TÓPICO 3 | PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
47
IMPORTANT
E
a maioria das pessoas tem se tornado famosa ao longo da história. Devido ao 
aspecto chamativo, muitos foram trabalhar em circos. Um caso ocorreu em Tenerife. Pedro 
Gonçalvez era exibido por sua família no castelo de Ambras, fato que deu origem ao nome 
de uma das variantes do distúrbio: a síndrome de Abras.
13 HIRSUTISMO
É um aumento de pelos na mulher em locais comuns para o homem, como 
queixo, buço, abdômen inferior, ao redor de mamilos, entre as mamas, glúteos 
e na parte interna das coxas. Embora seja raro, costuma afetar as mulheres 
durante os anos férteis e após a menopausa. Geralmente, está associado às causas 
genéticas, uso de medicamentos e distúrbios glandulares (alterações hormonais), 
como veremos a seguir:
FIGURA 22 – HIRSUTISMO
FONTE: <http://ccci.pt/wp-content/uploads/2017/03/hirsutismo.jpg>.
Acesso em: 27 ago. 2018.
O primeiro caso é quando há excesso de hormônios masculinos, ou seja, 
uma produção alterada de androgênios (hormônios masculinos) pelas glândulas 
adrenais e ovários. Em geral, ocorre um surgimento dos pelos progressivamente. 
É importante investigar, pois, raramente, pode haver a presença de tumores nos 
ovários ou nas glândulas (SABATOVICH, 2004).
No hirsutismo familiar o crescimento de pelos ocorre, mas não por 
alterações hormonais predominantemente androgênicas. A condição é antiga e 
genética e também pode estar associada a um grupo ético específico.
48
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
Finalizando, temos a síndrome dos ovários policísticos, que é associada ao 
conjunto de mudanças que a mulher sofre no seu ciclo menstrual. Causa excesso 
de oleosidade, acne e infertilidade. Devido à alteração hormonal, o hirsutismo 
também pode se manifestar em decorrência da síndrome.
14 CISTO QUERATINOSO
Também conhecido como esteatoma, é um cisto benigno da pele, de 
crescimento lento, contendo material folicular, queratinócitos e secreção sebácea. 
Frequentemente se desenvolve no couro cabeludo, orelhas, face, região lombar 
ou bolsa escrotal. 
Forma-se uma massa firme, globular, móvel e não dolorosa para palpação 
(exceto quando infectada). Na punção dos cistos há liberação de material de 
aspecto gorduroso e, em geral, com odor nada agradável. Há a formação por 
restos epiteliais e sebo, mesmo que sua maior quantidade seja de queratina mole 
e, às vezes, também depósitos de cálcio. Se ocorrer uma infecção bacteriana 
secundária, o cisto se transforma em abscesso. 
15 ABSCESSO
São formados a partir do acúmulo de pus e da proliferação de bactérias. 
São dolorosos, vistos facilmente, endurecidos, sensíveis ao toque e geralmente 
eritematosos. O tamanho varia de 1 a 3 cm, podendo ser maior. Inicialmente, 
não há tanta sensibilidade e há consistência de edema mais firme, mas, quando a 
inflamação aumenta, a pele subjacente se torna fina e com sensação de flutuação 
ao toque, aumentando o grau de dor e incômodo. 
Há casos em que o abscesso pode drenar de forma espontânea, 
rompendo a pele. Contudo, na maioria dos casos, há necessidade de incisão e 
drenagem manual. Os abscessos cutâneos tendem a se formar em pacientes com 
superpopulação bacteriana e alteração circulatória ou imunológica.
FIGURA 23 – ABSCESSO
FONTE: <http://www.sbd.org.br/dermatologia>. Acesso em: 28 ago. 2018.
TÓPICO 3 | PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
49
16 MÍLIO
Também conhecido como milium sebáceo. Ele é um pequeno cisto 
epidérmico com 1 a 2 mm. Está localizado na região superficial da pele, 
frequentemente no rosto e em áreas íntimas. Apesar do nome, não é formado por 
sebo, mas por queratina. 
Na maioria das vezes, são encontrados vários agrupados na mesma região 
da pele, mas também podem ser únicos. A sua formação é resultante da obstrução 
do ducto pilossebáceo ou sudoríparo, ou seja, quando a pele não consegue 
remover as células mortas da própria formação do ducto. 
O mílio é classificado em primário ou secundário, conforme surgimento 
e fisiopatologia. A forma primária está localizada na face e genitália e é comum 
em bebês. Já a secundária pode surgir depois de um trauma que prejudique o 
escoamento dos ductos de suor, como áreas de cicatrizes após uma cirurgia ou 
após uma dermoabrasão.
17 ONICOCRIPTOSE
Popularmente conhecida como unha encravada, é uma inflamação 
causada a partir do crescimento da parte lateral da lâmina em direção à pele, 
provocando lesão. Costuma surgir no primeiro dedo, o conhecido dedão do pé, e 
pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é muito mais frequente dos 10 aos 30 
anos. Atividades que causam trauma nas unhas dos pés podem contribuir para o 
surgimento do problema.
A forma correta de cortar as unhas ajuda a não desenvolver a onicocriptose. 
É importante frequentar um especialista (podólogo) para o corte reto, sem 
arredondar os cantos. Ainda, já nascem com alguma anormalidade no formato 
da unha, o que pode favorecer o encravamento. 
Outro fator é o uso de sapatos apertados e meias sintéticas que ajudam no 
aparecimento do quadro. Também há o excesso de suor nos pés e que gera um 
ambiente úmido propício para a proliferação de fungos e bactérias, contribuindo 
na inflamação local. O tratamento da unha encravada pode ser feito sem cirurgia, 
como nos casos mais simples. 
Uma das complicações da onicocriptose é o granuloma piogênico, mais 
conhecido como carne esponjosa. A patologia é mais grave e deve ser tratada 
por um médico especialista. Além de provocar dor, a lesão sangra facilmente, 
necessitando de uma cirurgia em alguns casos.
50
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AOS ANEXOS CUTÂNEOS
18 UNHAS E DOENÇAS SISTÊMICAS
As unhas podem evidenciar vários distúrbios ou alterações sistêmicas, 
como alterações simples até doenças graves como as pulmonares, que são 
irreversíveis e preocupantes para todos.
Alterações ungueais nas doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como 
enfisema pulmonar e fibrose cística, provocam abaulamento das unhas, além de 
produzirem coloração azulada (cianose) devido à baixa oxigenação do tecido 
conectivo. Outra manifestação denominada “síndrome da unha amarela” é 
relacionada à doença pulmonar e em consequência de uma anomalia linfática, 
que se manifesta como uma bronquite recorrente. 
As doenças gastrointestinais provocam alterações na cor das unhas, como 
a doença de Crohn.Em casos críticos, altera a vascularização do leito ungueal e 
gera edema. Já nas doenças renais, os pacientes em hemodiálise apresentam as 
chamadas “unhas meio a meio”. Acontece a ausência de lúnula e hemorragia em 
estrias. As unhas ficam de cor metade branca e metade vermelha.
FIGURA 24 – ALTERAÇÕES UNGUEAIS
FONTE: <https://naturalmentebonita.bioextratus.com.br>. Acesso em: 30 ago. 2018.
TÓPICO 3 | PATOLOGIAS RELACIONADAS AOS ANEXOS CUTÂNEOS
51
Existem diversas patologias relacionadas aos anexos cutâneos. Diversas 
delas são comuns em muitas pessoas. Em algum momento, surgirá algum cliente 
sem informar antecipadamente um quadro patológico ou sem mesmo saber que 
tem alguma alteração em seu organismo. 
Assim, ter o conhecimento das principais patologias permitirá uma 
boa avaliação para que o procedimento seja realizado com segurança. Lembre-
se sempre: não efetue procedimentos em áreas lesionadas e, nos casos clínicos 
graves, recomende uma visita a um especialista na área.
52
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Grande parte das patologias cutâneas tem relação com os anexos cutâneos.
• A acne é uma doença inflamatória comum da glândula sebácea e é caracterizada, 
principalmente, por comedões, pápulas, pústulas e nódulos inflamados.
• A acne é dividida em superficial e profunda. Diferenciam-se pelo grau de 
inflamação e formações pustulentas.
• A rosácea é um distúrbio inflamatório crônico que afeta apenas o rosto e o 
couro cabeludo.
• A primeira característica identificada da rosácea é o surgimento de telangiectasias. 
Ainda, há o aumento de eritema local e formação de pápulas e pústulas.
• O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda de pigmento na pele em 
determinadas regiões e em consequência da destruição, diminuição ou ausência 
de melanócitos.
• A alopecia (calvície) é a perda completa ou parcial dos cabelos. Ela é subdividida 
em: alopecia areata, alopecia androgenética, alopecia cicatricial e alopecia tóxica.
• A psoríase é uma doença de caráter crônico, não contagiosa e cíclica. Os 
sintomas desaparecem e reaparecem periodicamente.
• As manifestações mais comuns da psoríase são as formações de placas secas e 
avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas.
• A foliculite é a inflamação de um ou mais folículos pilosos. É comum nos 
procedimentos epilatórios ou depilatórios com lâmina, podendo se tornar um 
abscesso se não for tratado.
• O hirsutismo é o aumento de pelos na mulher em locais comuns para o homem, 
como queixo, buço, abdômen inferior, ao redor de mamilos, entre as mamas, 
glúteos e na parte interna das coxas.
• O abscesso é formado a partir do acúmulo de pus juntamente da proliferação 
de bactérias. É endurecido, sensível ao toque e geralmente eritematoso.
• O mílio é resultante da obstrução do ducto pilossebáceo ou sudoríparo, 
ou seja, quando a pele não consegue remover as células mortas da própria 
formação do ducto. 
53
• A onicocriptose, mais conhecida como unha encravada, é uma inflamação 
causada a partir do crescimento da parte lateral da lâmina em direção à pele, 
provocando lesão.
• As unhas podem evidenciar vários distúrbios ou alterações sistêmicas, como 
alterações simples até doenças graves, como as pulmonares.
54
1 Quais são as diferenças entre acne e a rosácea?
2 Existem quatro tipos de alopecia. Escreva, a seguir, uma característica 
fundamental de cada um.
3 O hirsutismo é o aumento de pelos na mulher em locais comuns para o 
homem. Por que acontece?
AUTOATIVIDADE
55
UNIDADE 2
BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS
DE EPILAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
• identificar quais são as normas de biossegurança na estética;
• fazer uma ficha de avaliação para os anexos cutâneos;
• observar a diferença entre depilação e epilação;
• estudar os métodos de epilação;
• descrever passo a passo para epilar cada região corporal.
Esta unidade está dividida em três tópicos e, no final de cada um deles, você 
encontrará atividades que o ajudarão a ampliar os conhecimentos adquiridos
TÓPICO 1 – BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO
TÓPICO 2 – EPILAÇÃO
TÓPICO 3 – EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
56
57
TÓPICO 1
BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo tem sido 
frequentemente consultado em relação aos riscos de transmissão de agentes 
infecciosos nos estabelecimentos de embelezamento. Justificam a relevância do 
tema as solicitações de pareceres demandadas por parte dos profissionais da área 
de embelezamento e, sobretudo, as evidências científicas que apontam para a 
possibilidade de alguma infecção.
No ambiente de embelezamento existe o risco de contaminação de algumas 
doenças causadas por fungos, bactérias e vírus e por meio do uso de pinças, 
espátulas, ceras, macas e outros artigos que possam estar contaminados. Assim, 
deve existir uma estrutura que assegure o desenvolvimento correto das atividades 
ali desenvolvidas e que vise à segurança e à saúde do cliente e do profissional.
IMPORTANT
E
Os serviços de estética e embelezamento não poderão utilizar suas 
dependências para outros fins. Ainda, são proibidos de servir de passagem para outro local.
2 O QUE É BIOSSEGURANÇA? 
São ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de 
riscos em relação às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento 
tecnológico e prestação de serviços. Tais riscos podem comprometer a saúde dos 
seres, do meio ambiente ou o desempenho dos profissionais envolvidos.
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
58
As medidas de biossegurança devem ser seguidas e associadas a um 
plano de educação, com base nas normas nacionais e internacionais de transporte, 
conservação e manipulação de microrganismos patogênicos, garantindo a 
segurança e integridade dos seres envolvidos. 
 
Tais medidas também podem ser entendidas como métodos de união 
de ações no que diz respeito à prevenção e à segurança da vida, incluindo 
procedimentos de armazenamento, esterilização, proteção individual e coletiva 
e normas para evitar acidentes.
2.1 BIOSSEGURANÇA NA ÁREA DA ESTÉTICA
Com o amplo crescimento do mercado de embelezamento, foram 
necessárias algumas mudanças. A abolição do termo “clínica” foi uma delas, 
pois se remete ao tratamento estético médico, como cirurgias plásticas e outros 
procedimentos, tendo seu registro em órgão específico. A correta utilização 
da nomenclatura, registrada pela ANVISA, é Centro de Estética, onde atua o 
profissional técnico em estética e tecnólogo em estética.
 
Não existem normas de fiscalização específicas para centros de estética. 
Mesmo assim, os profissionais da estética precisam se preocupar com a legalidade 
de suas ações. Por tal motivo, a vigilância sanitária utiliza, na fiscalização da área 
da beleza, todas as informações e diretrizes criadas para fiscalizar as empresas.
3 NORMAS DA ANVISA
Antes de iniciarmos os estudos sobre as ações de biossegurança e normas, 
é importante reconhecer o registro sobre a profissão de esteticista, a Lei nº 12.592, 
de 18 de janeiro de 2012:
Art. 1o É reconhecido, em todo o território nacional, o exercício 
das atividades profissionais de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, 
manicure, pedicure, depilador e maquiador nos termos desta Lei. 
Parágrafo único. Cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, 
depilador e maquiador são profissionais que exercem atividades de 
higiene e embelezamento capilar, estético, facial e corporal dos indivíduos.
Art. 2o (VETADO). 
Art. 3o (VETADO). 
Art. 4o Os profissionais deverão obedecer às normas sanitárias, 
efetuando a esterilização de materiais e utensílios utilizados no 
atendimento aos seusclientes. 
Art. 5o É instituído o Dia Nacional do Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, 
Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador. É comemorado em todo o 
país, a cada ano, no dia e mês coincidentes com a data da promulgação 
da Lei (18 de janeiro). 
No dia 3 de abril de 2018, o Governo do Brasil regulamentou as profissões, 
ou seja, o esteticista, cosmetólogo e técnico em estética.
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO
59
IMPORTANT
E
Antes da promulgação da Lei nº 12.592, o Dia do Esteticista era comemorado 
em 20 de novembro. Por determinada razão, muitos profissionais confundem as datas, mas 
desde 2012 a data oficial é dia 18 de janeiro.
4 ESTABELECIMENTO DE ESTÉTICA
O estabelecimento de estética deve ser devidamente planejado. 
Preferencialmente, fazer um projeto arquitetônico que leve em consideração as 
normas e práticas de biossegurança, trazendo bem-estar para seus funcionários 
e clientes (SCHMIDLIM, 2012). Seguem algumas características arquitetônicas e 
estruturais básicas de um centro de estética:
• Cabine de atendimento devidamente planejada e com todos os acessórios 
necessários.
• O piso deve ser liso, impermeável, lavável e resistente.
• As paredes deverão ser revestidas de material liso, resistente, impermeável e 
lavável.
• O estabelecimento deve ser bem iluminado e ventilado.
• O sistema elétrico deve ser planejado para suprir a demanda de equipamentos 
a serem instalados.
• Nos sanitários, definidos separadamente para clientes e funcionários, deverão 
existir lixeiras com tampa e pedal, pia com água corrente, sabão líquido e toalha 
descartável. Devem estar sempre em bom estado de conservação, organização 
e limpeza e, em centros comerciais, pode ser utilizado o sanitário destinado ao 
público, desde que esteja localizado nas proximidades.
• Deve haver um local apropriado para limpeza, desinfecção ou esterilização 
de artigos como alicates, espátulas, escovas de cabelo, pentes, bacias, cubetas 
etc., provido de pia exclusiva e equipamento para esterilização (autoclave) de 
alicates, espátulas de metal, pinças, tebori etc.
• Lixeiras com tampa e acionamento por pedal e saco plástico, sinalizadas 
adequadamente, identificadas com os resíduos gerados.
• A instalação de extintores de incêndio nos locais indicados pelos bombeiros.
• As salas destinadas para atendimento direto ao cliente deverão disponibilizar 
pia para higienização de mãos provida de dispensador de sabão líquido e 
suporte para papel-toalha.
• O estabelecimento deverá disponibilizar local adequado para refeições e não 
poderá ter comunicação direta com postos de trabalho, instalações sanitárias ou 
locais insalubres. Deve ter, no mínimo, piso revestido com material resistente, 
liso e impermeável, pia com bancada, armário para guarda de alimentos e 
utensílios, geladeira exclusiva e equipamento para aquecimento de alimentos.
• Deverá ser garantida a privacidade do cliente durante os procedimentos, 
devendo haver sala ou box individual.
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
60
5 DESCARTE E ESGOTAMENTO SANITÁRIO (ANVISA)
Segundo Conceição (2009), todos os resíduos sólidos produzidos no 
estabelecimento deverão ser acondicionados em sacos plásticos. Deverá haver 
uma simbologia de substância infectante quando existir lixo contaminado, 
materiais recicláveis em sacos com simbologia para materiais recicláveis, e sacos 
sem simbologia para lixo comum. O acondicionamento se dará em recipientes 
coletores providos de tampa, de material liso e resistente, sem arestas, permitindo 
a adequada lavagem diária.
FIGURA 1 – SIMBOLOGIA PARA SACOS DE DESCARTE
FONTE: Adaptado de: <https://residuoall.com.br>. Acesso em: 10 set. 2018.
Sobras de ceras para depilação e outros produtos químicos deverão ser 
descartados de acordo com a legislação específica. Ainda, os resíduos perfurantes 
ou cortantes deverão ser acondicionados em recipiente rígido, vedado e 
identificado pela simbologia do produto infectante.
Conceição (2009) ainda afirma que os resíduos sólidos deverão ser 
depositados, após embalados, em local apropriado, protegidos contra acesso 
de roedores e outros animais, fora da área de atendimento, enquanto aguardam 
o recolhimento. Se o material for reciclável, que esteja limpo (sem resíduos 
orgânicos), e buscar o dia de coleta de sua cidade.
6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
Segundo Schmidlim (2012), os EPIs para a área da estética são:
 
• Óculos: Devem ser usados para a proteção dos olhos durante a manipulação 
de produtos químicos. Exemplo: ao manipular tinturas e químicas para 
alisamentos ou banho de lua.
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO
61
FIGURA 2 – ÓCULOS PARA EPI
FONTE: <www.superepi.com.br>. Acesso em: 10 set. 2018.
• Máscaras: Devem ser usadas contra gases durante a manipulação de produtos 
químicos. Evitam a inalação e quando o trabalho é feito na proximidade do 
rosto dos clientes.
FIGURA 3 – MÁSCARAS PARA EPI
FONTE: <www.contrisul.com.br>. Acesso em: 10 set. 2018.
• Luvas: Uso obrigatório nos procedimentos potencialmente invasivos, ou 
seja, quando existe risco de contato com o sangue. Utilizadas nas atividades 
desempenhadas por depiladores, manicures etc., devendo ser desprezadas 
após o uso de cada cliente. Devem ser usadas, também, no contato com produtos 
químicos de ação corrosiva, cáustica, alergênica, tóxica e térmica (como as 
tinturas e as composições químicas para alisamento de cabelos, banho de lua).
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
62
FIGURA 4 – LUVA LÁTEX PARA EPI
FONTE: <www.superepi.com.br>. Acesso em: 10 set. 2018.
• Avental ou jaleco: Devem ser usados de materiais impermeáveis, resistentes 
aos produtos químicos e ao calor. Outras opções são capas e vestimentas para 
situações em que haja risco de lesões provocadas por agentes químicos (ex.: 
amônia, cloro, água oxigenada). 
FIGURA 5 – MODELO DE AVENTAL PARA EPI
FONTE: <www.superepi.com.br>. Acesso em: 10 set. 2018.
• Sapatos: Para maior proteção contra quedas de materiais, queimaduras ou 
descargas elétricas de aparelhos, sempre utilize sapatos fechados com solado 
de borracha e antiderrapante.
• Gorro: Promove proteção diante da exposição dos cabelos e couro cabeludo. 
Existem vários modelos, mas os confeccionados em TNT com elástico são os 
mais indicados, pois protegem os cabelos e as orelhas com conforto. 
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO
63
FIGURA 6 – GORRO (TOUCA DESCARTÁVEL) PARA EPI
FONTE: <https://comercialaustral.cl/project/gorros-desechables-clip/>.
Acesso em: 11 mar. 2019.
7 CUIDADOS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA
Os profissionais que realizam procedimentos com materiais 
perfurocortantes devem ser vacinados contra hepatite B e tétano. Ainda, devem 
ser os responsáveis pelo seu descarte.
Os EPIs devem ser disponibilizados aos profissionais (óculos, máscaras, 
luvas, gorro e jalecos) de acordo com as funções e procedimento prestado. O jaleco 
deve ser utilizado somente nas áreas de atendimento, sendo que em outros locais 
deve ser retirado para não haver contaminação externa (SCHMIDLIM, 2012).
Todos os produtos em uso e armazenados no estabelecimento deverão 
obrigatoriamente estar dentro do prazo de validade e seguir a legislação específica 
quanto ao registro no órgão competente.
Os produtos que forem fracionados em recipientes menores ou diluídos 
deverão ser acondicionados com identificação, de forma legível, por etiqueta com 
o nome do produto, sua concentração, data de validade e nome do responsável 
pela manipulação ou fracionamento.
 
As ceras para depilação devem ser fracionadas em porções suficientes 
para cada cliente, sendo totalmente proibida a reutilização de sobras de ceras ou 
de qualquer outro produto químico envolvido nos procedimentos.
Todos os equipamentos deverão possuir registro noórgão competente, 
sendo observadas suas restrições de uso. Todo ano devem ser feitas as manutenções 
preventivas e corretivas de equipamentos, mantendo os registros atualizados. 
Ainda, devem existir equipamentos de proteção contra incêndio, dentro do prazo 
de validade e de acordo com as normas dos bombeiros (CONCEIÇÃO, 2009).
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
64
7.1 PROCEDIMENTOS
Os instrumentos deverão ser higienizados, desinfetados ou esterilizados 
de acordo com as finalidades propostas e a legislação pertinente. As cadeiras, 
armários, macas, colchões, travesseiros e almofadas deverão ser revestidos de 
material impermeável, resistente, de fácil limpeza e desinfecção, mantidos em 
bom estado de conservação e higiene (ANVISA, 2009). 
Após os processos de limpeza, desinfecção e esterilização, os artigos deverão 
ser acondicionados em recipiente limpo e protegido. No processo de esterilização 
é obrigatório o acondicionamento dos artigos em invólucros adequados à técnica 
empregada, devendo constar na embalagem a data de esterilização.
De acordo com Schmidlim (2012), é obrigatória a utilização de material 
descartável para a proteção de macas, balcões e luminárias. Também são 
considerados, de uso único, lixas para unhas, palitos de madeira, espátulas de 
madeira e esponjas para higienização ou esfoliação da pele.
7.2 NORMALIZAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS
A ANVISA tem como objetivo evitar que equipamentos irregulares circulem 
no mercado, resguardando qualquer risco à saúde. O uso dos equipamentos de 
eletroterapia é muito comum em centros de embelezamento, e serão mais seguros 
e livres de riscos quando há registro normalizado junto à ANVISA.
Como profissionais, precisamos zelar pela ética, seguindo as normas da 
ANVISA e obtendo segurança para nossos clientes e para nós mesmos. Então, 
pesquise! Todo profissional da área deve saber que o fabricante ou importador de 
produtos médicos deve cadastrar seus produtos na agência.
Se o produto não for registrado, deve ser, pelo menos, cadastrado. Assim, 
todo produto médico deve ser reconhecido pela ANVISA. Os equipamentos com 
liberação terão as seguintes informações de rotulagem:
• Identificações do fabricante (nome ou marca).
• Identificações do equipamento (nome e modelo comercial).
• Número de série do equipamento.
• Número de registro do equipamento na ANVISA.
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO
65
NOTA
Os serviços de estética e embelezamento dominam os pedidos do 4º 
Relatório de Denúncias em Serviços de Interesse para a Saúde. Divididos entre salões de 
beleza e clínicas de estética, os serviços concentram 52% das denúncias recebidas e 80% 
das demandas avaliadas. Dentre os maiores registros estão: uso de formol, não esterilização 
dos materiais de trabalho, reutilização de cera de depilação e ausência de equipamentos de 
proteção individual (EPI).
Todo estabelecimento deve possuir um guia de procedimentos disponível 
a todos os profissionais. Trata-se de um roteiro que descreve cada serviço prestado 
e as recomendações sobre as atividades executadas, como um manual.
Precisamos ter disponíveis os cuidados com os instrumentos de trabalho, 
como: toalhas, pentes, escovas, esterilização de alicates e orientações relativas à 
higienização do ambiente de trabalho. Na elaboração do manual, é importante 
focarmos nos procedimentos a seguir:
• Higienização do ambiente: pisos e paredes, mobiliários e banheiros.
• Produtos em geral: cosméticos, toalhas, alicates, espátulas etc.
• Processos de esterilização: tipos e equipamentos. 
• Serviços prestados: manicure, pedicure, cabeleireiro, banho de lua, depilação, 
micropigmentação etc.
Postura profissional e normas técnicas (SEBRAE – 2010), por Adriany Rosa de 
Matos Carvalho.
DICAS
BELEZA COM SEGURANÇA
Todos os instrumentos utilizados por cabeleireiros, manicures, 
pedicures, depiladores e esteticistas deverão ser previamente limpos, 
desinfetados e esterilizados, conforme indicação para cada tipo de material, 
com a finalidade de propiciar maior segurança ao cliente e evitar a propagação 
de doenças infectocontagiosas, tais como:
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
66
• Aids ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida: Doença resultante da 
infecção pelo HIV, vírus da imunodeficiência humana, que ataca e destrói as 
defesas do corpo, levando a pessoa à morte. É importante saber que pessoas 
infectadas pelo HIV podem ter um aspecto sadio.
• Hepatite C: Inflamação do fígado causada pela infecção do vírus HCV. Tal 
inflamação ocorre na maioria das pessoas que adquire o vírus e, dependendo da 
intensidade e do tempo de duração, pode ocasionar cirrose e câncer de fígado. 
• Hepatite B: Inflamação do fígado causada pelo vírus HBV. No Brasil, 15% dos 
seus habitantes já foram contaminados e 1% é portador crônico da doença. 
Os portadores crônicos apresentam maior risco de morte por complicações 
relacionadas com a hepatite crônica, como cirrose e carcinoma hepatocelular.
MEIOS DE TRANSMISSÃO
 
Através de materiais perfurocortantes contaminados, utilizados nos 
serviços de manicures, pedicures, cabeleireiros e barbeiros (alicates, tesouras, 
navalhas e lâminas de barbear), na aplicação de micropigmentação etc., 
compartilhando agulhas e seringas contaminadas.
PRECAUÇÕES
• Evitar contato com objetos perfurocortantes não esterilizados.
• Vacinar todos os profissionais da área.
 
MICOSES CUTÂNEAS SUPERFICIAIS DE PELE
As micoses cutâneas superficiais de pele (ou doenças de pele), também 
chamadas de tineas, são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as 
unhas e os cabelos. A queratina existente na superfície cutânea alimenta tais 
fungos. Havendo condições favoráveis (calor, umidade, baixa de imunidade 
etc.), os fungos se reproduzem e passam a causar doenças. Alguns dos tipos 
mais frequentes:
 
• Tinea do couro cabeludo: É caracterizada pelo aparecimento de placas 
escamocrostosas de cor amarelada em forma de favo e com um “cheiro 
característico”. Leva à queda do cabelo. 
• Tinea dos pés: Causa descamação e coceira na planta dos pés, subindo pelas 
laterais da pele mais fina. 
• Tinea interdigital (frieira): Causa descamação, maceração (pele esbranquiçada 
e mole), fissuras e coceira entre os dedos dos pés.
• Tinea das unhas (onicomicose) Apresenta-se de várias formas: descolamento, 
espessamento, manchas brancas na superfície ou deformação da unha. 
Quando a micose atinge a pele em volta da unha, causa a paroníquia, o 
chamado unheiro.
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO
67
PROCESSOS DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO 
DOS INSTRUMENTOS
 
Todos os instrumentos de metais cortantes ou perfurocortantes 
metálicos (alicates, tesouras, navalhas, afastadores, palitos de metal, pinças 
de sobrancelha etc.) deverão passar pelo processo de limpeza, desinfecção e 
esterilização.
 Realizamos a limpeza quando há a remoção da sujeira e do odor, feita 
com água, sabão ou detergente. Desinfecção é a destruição de microrganismos 
diante da aplicação de agentes antimicrobianos. Por fim, a esterilização é o 
processo de destruição de todas as formas de microrganismos causadoras de 
doenças, através de estufas ou autoclaves.
LIMPEZA DOS INSTRUMENTOS 
 
Todos os materiais metálicos devem ser lavados e escovados com 
sabão líquido, em água corrente abundante ou lavadora ultrassônica, a cada 
procedimento. Em seguida, devemos enxaguar, secar e acomodar o material 
em embalagem apropriada para o processo de esterilização e, na embalagem, 
deve constar a data de esterilização. Após a esterilização de alicates, espátulas 
e outros instrumentos, guarde-os em local limpo e seco e a embalagem deve ser 
sempre aberta na frente do cliente.
 
Recomendamos que cada profissional tenha, no mínimo, seis conjuntos de 
materiais metálicos (alicate,tesoura, etc.), garantindo sua saúde e a do seu cliente. 
Importante: Colocar os materiais a serem esterilizados em invólucros 
adequados (filme poliamida entre 50 e 100 micras de espessura, papel kraft 
com pH 5-8, papel cirúrgico, caixa inox ou de alumínio, filme). 
VAPOR SATURADO (AUTOCLAVE)
Os materiais de metal, depois de lavados, devem ser passados em 
solução de Germekil ou álcool a 70%, objetivando a sua desinfecção, além de 
colocados em embalagens que permitam a passagem de vapor. No caso, já 
que o calor é úmido, a temperatura deve ficar entre 121º e 137ºC e o tempo de 
exposição dos instrumentos é de apenas 30 minutos.
Importante: Os aparelhos usados para esterilização devem ser revisados 
a cada seis meses. Como mostrar ao cliente que o salão faz a manutenção? 
Mantendo, ao lado do equipamento, uma planilha com as datas de manutenção 
e o nome da empresa responsável pelo serviço. 
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
68
MANICURE, PEDICURE E PODÓLOGO
 
É proibido o uso de bacias de água para mãos e pés. Você pode passar 
o creme amolecedor de cutícula e borrifar água nas unhas do cliente. Ainda, 
utilizar luvas ou botinhas descartáveis, de acordo com as regras da Anvisa, 
pois são materiais higiênicos e protegem de contaminações.
RECOMENDAÇÕES
 
• Usar uniformes limpos (preferencialmente brancos) com a identificação do 
salão, crachá, sapatos fechados, luvas e máscara.
• Lavar as mãos antes de cada cliente.
• Esterilizar alicates, espátulas e outros instrumentos de metal. 
• Abrir a embalagem de alicates, espátulas e outros instrumentos de metal na 
frente do cliente. 
• Retirar as toalhas da embalagem plástica também na frente do cliente. 
• O material de trabalho (algodão, esmaltes, removedor etc.) e os materiais 
descartáveis devem ser organizados em maletas ou gavetas. 
• Manter o algodão em pote com tampa, sem contato com os materiais. 
• Os produtos para hidratação e esfoliação de mãos e pés devem estar em 
bisnagas. Assim, só há contato com a quantidade a ser utilizada. 
• Perguntar ao cliente se ele possui alguma alergia diante do produto que 
será utilizado. 
• Jogar no lixo os materiais descartáveis ou de uso único, tais como algodão, 
lixas de unha, protetor de cuba e bacia, lâminas etc.
PRECAUÇÕES 
É preciso o uso de luvas descartáveis e só retire quando concluir o 
serviço. Borrife álcool (70%) nas unhas do cliente antes do procedimento, 
para evitar infecções. Lave as mãos após o atendimento de cada cliente. 
Coloque os instrumentos utilizados em caixa plástica lavável, com a seguinte 
sinalização: “Instrumentos contaminados”. Em seguida, prepare-os para o 
processo de esterilização.
Não é recomendado o uso de lixa de unha, lixa de pé e palito de madeira, 
pelo fato de não ser possível uma limpeza adequada, além da desinfecção. 
Portanto, quando usá-los, descarte-os imediatamente após o uso. 
 
As toalhas devem ser lavadas com água e sabão, e imersas em hipoclorito 
por 30 minutos. Depois, elas devem ser penduradas em local arejado ou secadas 
em secadora. Passe ferro antes de usá-las, de preferência. Devem ser embaladas 
individualmente e em sacos plásticos.
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO
69
Guarde-as em local limpo, seco e arejado (prateleiras ou armários). Use 
uma para cada procedimento, independentemente de ser o mesmo cliente. As 
toalhas sujas devem ser colocadas em local diferente das limpas, para evitar 
contaminação. Evite deixá-las molhadas e em baldes abertos no espaço do salão. 
Dica: Crie o Clube do Alicate, fazendo com que os clientes deixem seu 
próprio material (alicates, espátulas, lixas de pé e unha) guardado em local 
seguro. Personalize e disponibilize, para cada cliente, uma nécessaire com o 
nome da empresa, garantindo um diferencial no atendimento. 
DEPILAÇÃO
PRIORIDADES
 
• Maca com superfície lisa e lavável que permita uma higienização adequada. 
• Lençol de papel descartável que deverá ser trocado a cada cliente. 
• Mesa auxiliar com superfície lisa ou lavável, para colocação de produtos 
usados na depilação (loções, óleos, talco e cera). 
• Pinça descartável ou esterilizada para cada cliente. 
• Lixeira com saco plástico e tampa para descarte da cera usada. 
RECOMENDAÇÕES
• Usar uniforme, crachá de identificação, sapatos fechados, luvas e máscara.
• Possuir unhas limpas e aparadas, sem adornos nas mãos. 
• Lavar as mãos antes e depois do atendimento de cada cliente. 
• Usar apenas cera de depilação que traga no rótulo a identificação do produto, 
a procedência, a validade e o número de registro no Ministério da Saúde. 
• Descartar espátulas e sobras de cera utilizada com cada cliente, pois junto 
estão pequenos fragmentos da camada superficial da pele. Existem bactérias 
que, passadas de uma pessoa para outra, podem causar doenças como 
foliculites, piodermites e inflamações purulentas. 
FICHA DE ANAMNESE E FREQUÊNCIA 
Para uma maior segurança e também rotina dos clientes, é 
imprescindível o uso das fichas de avaliação e frequência, que podem ser em 
papel ou computador. Já existem programas on-line nos quais você consegue 
colocar todos os dados dos clientes, profissionais do espaço, além de controlar 
a agenda e fluxo de caixa.
É importante ressaltar que a ficha de anamnese é muito mais do que 
uma ficha de cadastro dos dados pessoais dos clientes. Além de o profissional 
ter uma visão geral dos procedimentos já realizados, a ficha permite conhecer 
mais profundamente os seus clientes, oferecendo, de maneira mais assertiva e 
eficaz, os tratamentos para cada um.
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
70
MONTANDO UMA FICHA DE ANAMNESE 
Segundo Luciana Marques, diretora da Academia Internacional de 
Terapias Complementares e Estética do Brasil, a primeira parte de uma ficha 
de anamnese consiste em cadastrar os dados completos do cliente, pois com 
os dados poderá identificá-lo e ter o necessário para oferecer promoções e 
novidades através de e-mail marketing e WhatsApp, por exemplo. Na parte 
dos dados pessoais, deixe sempre um espaço para anotar como o cliente te 
conheceu e se teve alguma indicação.
Em seguida entra a parte dos hábitos diários e procedimentos que 
foram realizados anteriormente, e o que gostou ou não gostou. Ter determinado 
conhecimento ajudará a dar um direcionamento, de forma a atender melhor às 
expectativas dos seus clientes. Alguns pontos importantes para analisar são:
• Uso de cosméticos.
• Exposição ao Sol.
• Uso de lentes de contato.
• Funcionamento intestinal.
• Água e alimentação.
• Qualidade do sono.
• Prática de atividades físicas.
• Ciclo menstrual e uso de anticoncepcional.
Ainda, é importante perguntar se o cliente sofre com alergias, doenças 
anteriores e atuais, se já passou por algum tipo de cirurgia ou internação e se 
possui doenças preexistentes na família, já que existem doenças com predisposição 
genética que devem ser levadas em conta, como hipertensão e diabetes.
A ficha de frequência é colocada junto com a ficha de anamnese. Estarão 
descritos todos os serviços utilizados, datas e observações extras, como o 
desenho da sobrancelha ou o tipo de cera utilizado, assim como se teve alguma 
reação ou algo que o cliente pediu em específico.
Confira, a seguir, nas próximas duas páginas, um exemplo de Ficha de 
Anamnese com anexo de Frequência e serviços prestados que você pode usar 
nos seus atendimentos com seus clientes.
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E FICHA DE AVALIAÇÃO
71
Procedimentos propostos
________________________
________________________
________________________
________________________
FICHA ANAMNESE – ANEXOS CUTÂNEOS
Nome completo 
Endereço: 
Estado civil: Data nascimento: 
E-mail: Profissão: 
Celular:Tel. comercial:
Indicado por: 
Motivo da sessão: 
Já fez o procedimento anteriormente? 
Gostou do resultado?
Cirurgias anteriores: Alergia: 
Uso de medicamentos: Uso lentes de contato: 
Produtos cosméticos: 
Ciclo menstrual: 
Prática de atividades físicas: Exposição solar: 
Alimentação: 
Funcionamento intestinal: Qtd. água diária:
Observações:
______________ ________________________ 
 Data Assinatura cliente
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
72
FREQUÊNCIA
Data Procedimento Data Procedimento
CONCLUSÃO
Sabemos de toda a importância dos cuidados em relação à biossegurança 
na estética e sempre procuramos tomá-los. Tais cuidados são tão importantes 
quanto ter excelentes equipamentos e aparelhos para trabalharmos. 
São diferenciais que fazem com que sejamos reconhecidos e valorizados 
em todo o mercado. O risco de agravos à saúde pode ser variado e cumulativo 
tanto para os trabalhadores como para os clientes. Portanto, é essencial 
que todos os profissionais da equipe conheçam e adotem os conceitos de 
biossegurança a fim de se obter um ambiente profissional livre de riscos para 
todos que frequentam o local.
FONTE: CARVALHO, Adriany Rosa de Matos. Postura profissional e normas técnicas 
(SEBRAE – 2010). 2010. Disponível em: <https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/
ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/6E4121F67B0DF6978325783400495136/$File/
NT0004535A.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2019.
73
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou 
eliminação de riscos para profissionais e clientes de qualquer estabelecimento 
da área da saúde.
• A vigilância sanitária utiliza, na fiscalização da área da beleza, todas as 
informações e diretrizes criadas para fiscalizar as empresas.
• O estabelecimento de estética deve ser devidamente planejado, levando em 
consideração as normas e práticas de biossegurança.
• Os resíduos sólidos produzidos no estabelecimento deverão ser acondicionados 
em sacos plásticos com simbologia de substância infectante (quando se tratar 
de lixo contaminado).
• Os materiais recicláveis em sacos com simbologia de materiais recicláveis. Para 
lixo comum, utilizar sacos sem simbologia.
• Os EPIs são dispositivos de uso individual destinados à proteção, à saúde e à 
integridade física do trabalhador no local de trabalho.
• EPIs usados nos procedimentos de estética variam de acordo com cada função: 
luvas, máscaras, gorros, jalecos (ou avental), sapatos fechados e óculos em 
casos químicos de maior risco.
• Os profissionais que realizam procedimentos com materiais perfurocortantes 
devem ser vacinados contra hepatite B e tétano, e devem ser os responsáveis 
pelo seu descarte.
• O jaleco ou avental sempre será utilizado dentro das áreas de atendimento. 
Nunca saia para fora do local de trabalho para não ter contaminação externa.
• Todos os produtos em uso e armazenados no estabelecimento deverão estar 
dentro do prazo de validade e seguir a legislação específica quanto ao registro 
no órgão competente.
• Os produtos que forem fracionados em recipientes menores ou diluídos 
deverão ser acondicionados com identificação.
• Após os processos de limpeza, desinfecção e esterilização, os materiais deverão 
ser acondicionados em recipiente limpo e protegido. 
74
• O passo a passo para o procedimento de esterilização é: limpeza, enxágue, 
secagem, esterilização e estocagem.
• No processo de esterilização é obrigatório o acondicionamento dos artigos em 
invólucros adequados, devendo constar, na embalagem, a data de esterilização.
• É obrigatória a utilização de material descartável para proteção de macas, 
balcões e luminárias. 
• Também são considerados de uso único lixas para unhas, palitos, espátulas de 
madeira e esponjas, para higienização ou esfoliação da pele.
• Para mais segurança e também rotina dos clientes, é imprescindível o uso das 
fichas de avaliação e frequência.
• Com a ficha, além de o profissional ter uma visão geral dos procedimentos 
já realizados, permite conhecer mais os seus clientes, oferecendo, de maneira 
mais eficaz, os procedimentos para cada um.
• Todo estabelecimento deve possuir um guia de procedimentos disponível a 
todos os profissionais.
75
AUTOATIVIDADE
1 O que é biossegurança e quais EPIs são utilizados na área de estética?
2 Qual o fluxo sobre o processo de esterilização de materiais? 
3 Explique a diferença entre limpeza, desinfecção e esterilização.
4 Qual a importância da ficha de anamnese na área de anexos cutâneos?
76
77
TÓPICO 2
EPILAÇÃO
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
O hábito de eliminar os pelos das pernas, virilha, axilas, buço é uma 
atividade constante de muitos homens e da maioria das mulheres. Existem 
registros da prática desde a época de Cleópatra, no antigo Egito. As mulheres 
utilizavam argila, extrato de sândalo e cera de abelha, que são compostos 
utilizados até hoje em dia. Contudo, o que muitos profissionais não sabem é que 
existem dois modos de remoção: a epilação e a depilação.
2 EPILAÇÃO X DEPILAÇÃO
Basicamente, o que acontece é que as duas técnicas são efetivas para a 
retirada de pelos, só que uma é voltada para os pelos superficiais, enquanto a 
outra é para a extração mais profunda, diretamente na raiz.
Segundo estudiosos, a epilação é a remoção por extração dos pelos 
inteiros, diretamente da raiz, incluindo as porções abaixo da pele, como parte do 
bulbo piloso. É o método mais procurado nos centros de beleza, principalmente 
por sua maior durabilidade. Pinças, ceras, aparelhos elétricos que arrancam os 
pelos, fio egípcio, laser, luz intensa pulsada, eletrólise etc. são os métodos usados.
Já a depilação é a remoção de pelos na superfície da pele, ou seja, apenas 
a haste do pelo é retirada e as porções internas dos folículos pilosos não são 
atingidas. Os recursos mais utilizados para a depilação são os cremes depilatórios 
e a lâmina. O que acontece é que, em pouco tempo, é necessário repetir o 
procedimento, pois de um dia para o outro os pelos já aparecem novamente.
A epilação é a opção que a maioria das pessoas escolhe. Independentemente 
do método optado, se pensarmos a longo prazo, é a melhor opção, pois a remoção 
de toda a haste do pelo tem maior durabilidade e a pele fica com o toque suave e 
liso. A opção com cera, frequentemente, arranca o bulbo, alguns pelos demoram 
muito para crescer e, às vezes, não voltam a nascer e não há necessidade de ficar 
repetindo por um período de tempo.
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
78
3 MÉTODOS EPILATÓRIOS NA ESTÉTICA
Existe uma grande variedade de métodos epilatórios e cada profissional 
pode se especializar para um melhor atendimento.
 
Agora, vamos estudar os principais métodos epilatórios utilizados nos 
centros de estética, aprendendo a aplicação por região e passo a passo para 
práticas em clientes.
3.1 CERA (MELLO, 2013)
Um dos métodos mais utilizados pela sua rapidez e baixo custo. Existem 
vários tipos de cera, específicos para o uso em determinadas regiões do corpo, e a 
maioria utiliza ceras de abelha ou resinas sintéticas. As ceras de mel caseiras são 
proibidas, então é importante certificar os registros do produto que você for utilizar.
No método, existem duas opções para escolher: cera quente ou cera fria. 
A cera fria é apenas utilizada em clientes que possuem regiões muito sensíveis ao 
calor, pois é mais dolorida e pode causar irritação local e ressecamento da pele. 
Logo, a maioriaopta pela cera quente devido ao maior conforto. Assim, quando 
há calor ocorre uma vasodilatação, o que apoia na saída das hastes.
A cera é aquecida em torno de, aproximadamente, 40 ºC, e é aplicada na 
pele a ser depilada no sentido de crescimento do pelo, podendo ser com espátula 
ou um rolo. Após, são aplicadas faixas que são removidas em sentido contrário 
ao crescimento, retirando os pelos da região.
FIGURA 7 – PANELA PARA CERA QUENTE E EQUIPAMENTO ROLL-ON
FONTE: <www.shopfisio.com.br>. Acesso em: 12 set. 2018.
TÓPICO 2 | EPILAÇÃO
79
Passo a passo inicial de preparação da pele para depilação com cera:
• Coloque um lençol descartável ou papel para maca na maca e, em seguida, 
coloque as luvas.
• Limpe a região a ser epilada com tônico adstringente, pois este irá remover 
qualquer sujidade e material graxo na pele, o que impediria a aderência da cera 
nos pelos.
• Aplique talco (pode ser infantil) em toda a região a ser epilada. O talco é 
utilizado no procedimento por duas funções: ele deixa a região seca, tornando-
se perfeita para aderência da cera, e forma uma camada protetora para a pele.
IMPORTANT
E
Deve-se ter extremo cuidado com a temperatura da cera, para não causar 
queimaduras na pele. O pelo deve estar com comprimento suficiente para ser removido por 
completo, cerca de 0,5 cm. A duração do efeito é de, aproximadamente, 21 dias.
3.2 FIO EGÍPCIO (MELLO, 2013)
Também conhecido por fio a fio ou método com linha, é indicado 
principalmente na região do rosto, pois a técnica é capaz de eliminar pelos mais 
finos (lanugens) que são mais comuns no rosto e difíceis de serem removidos. O 
procedimento é realizado com uma linha fina de costura 100% algodão e é mais 
dolorido que a cera, pois tem a capacidade de remover os pelos pela raiz, por 
meio do entrelaçamento das linhas com o pelo.
As vantagens do método são muitas: ativa a circulação do rosto, elimina 
células mortas, preserva a queratina natural da pele, é 100% higiênico e natural, 
retira os pelos mais fininhos e curtos, eliminando toda lanugem e deixando a pele 
lisa, evita pelos encravados e alergias, não agride a pele e tem baixo custo.
É uma técnica fácil, segura e você precisa somente de um par de luvas, um 
tônico adstringente para limpar a pele, um gel calmante para a pós-extração dos 
pelos e a linha 100% algodão. Segue um passo a passo para você praticar o método:
• Pegue 40 cm de linha 100% algodão e una as pontas com um nó.
• Posicione os dedos polegares e indicadores dentro da linha, posicionados 
para baixo.
• Com uma das mãos, enrole o fio por sete vezes ou mais, até ser formado um 
espaço, como na figura a seguir:
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
80
FIGURA 8 – PREPARANDO A LINHA
FONTE: <https://pt.wikihow.com/>. Acesso em: 12 set. 2018.
• Agora você vai testar, no ar, o movimento de vem e vai com os dedos. Quando 
os dois dedos da mão direita se afastam, os da mão esquerda se juntam, e vice-
versa. Assim, percebe-se que a parte enrolada do fio anda de um lado para o 
outro. Ainda, quando estiver com habilidade prática no movimento, posicione 
a parte enrolada do fio próxima à raiz do pelo. 
• O movimento será contra o crescimento dos pelos, ou seja, o fio vai enroscar 
próximo à raiz do pelo e puxá-lo no sentido contrário ao seu crescimento.
NOTA
Devido ao uso da luva, é raro acontecer de os dedos cortarem por onde passa 
a linha no movimento de vai e volta. Contudo, caso a situação aconteça, você pode enfaixar 
com uma camada de micropore para proteger a pele dos seus dedos.
3.3 PINÇA (MELLO, 2013)
Por ser um instrumento de extração pontual (fio por fio), é usado, 
principalmente, no delineamento das sobrancelhas. É um procedimento delicado, 
trabalhoso e deve ser realizado por profissionais habilitados, que conheçam os 
conceitos de visagismo para a melhor harmonização do rosto do cliente.
É uma técnica relativamente dolorosa e seu efeito dura, aproximadamente, 
um mês. Ainda, é também usada na remoção de pelos de áreas com foliculite ou 
retirada das sobras de pelos resultantes de outras técnicas epilatórias.
TÓPICO 2 | EPILAÇÃO
81
As pinças devem ser descartáveis ou esterilizadas a cada uso. Uma dica é cada 
cliente ter seu kit de materiais (pinças, tesoura, escovinha).
DICAS
3.4 LASER (COELHO, 2006)
É um tratamento progressivo e obtém um ótimo resultado se as sessões 
forem feitas corretamente. Com o passar do tratamento, os pelos vão ficando mais 
finos e menos resistentes, e cerca de 80% deles não crescem.
 
Quando o laser atinge a pele, a maior parte da energia emitida é absorvida 
pela melanina do pelo, que transforma a energia em calor, atingindo toda haste 
do pelo até o bulbo. O processo chama-se Fototermólise Seletiva.
O processo somente será eficaz quando atingir o bulbo e com uma 
potência que produz uma temperatura em torno de 60 ºC. Assim, quanto mais 
pelos externos estiverem na fase anágena, mais bulbos serão alcançados. Ainda, 
para uma maior concentração de energia no bulbo e não na haste, precisamos 
raspar com lâmina de barbear um dia antes.
Os resultados dependerão muito do tipo da pele e do pelo. Devido ao fato 
do laser atuar na melanina, obtemos melhores respostas em peles mais claras com 
pelos escuros, pois a única melanina captada será a do pelo.
 
Assim, peles morenas devem ser atendidas com um cuidado maior, 
devido ao fato de riscos de queimaduras na pele, além de uma quantidade menor 
de energia ser direcionada ao pelo, influenciando no resultado do tratamento.
 
Outro cuidado são as peles bronzeadas de sol, pois o processo aumenta 
a quantidade de melanina na pele, fazendo com que o contraste entre a pele e o 
pelo fique menor, aumentando o risco de queimaduras. A área que está sendo 
tratada com o laser não deve ficar exposta ao Sol, e o uso do filtro solar de 30 FPS 
é essencial durante todo o tratamento.
 
Além das peles bronzeadas, outras contraindicações são pacientes que 
usam isotretinoína oral para tratamento da acne e pessoas que apresentam 
vitiligo. Pacientes com hipotensão devem ser tratados com cuidados especiais, 
pois a dilatação dos vasos pode causar uma queda na pressão. Os olhos devem 
estar sempre protegidos com óculos especiais, pois a radiação passa até pelas 
pálpebras fechadas, e não deve ser aplicado em feridas e hematomas.
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
82
Muitas pessoas reclamam da dor provocada pelo método e, realmente, 
algumas regiões podem apresentar um grande desconforto, como a parte interna 
da virilha. A sensibilidade varia de pessoa para pessoa, e alguns aparelhos (como 
o de laser de diodo) possuem um sistema de resfriamento que ajuda a evitar 
incômodos e dores mais intensas.
O lado bom é que a quantidade de sessões no tratamento completo é de, 
em média, oito, e o intervalo entre elas varia de um até dois meses, dependendo 
da região e aparelho utilizado. O tempo é necessário para que o pelo volte a 
crescer e fique na fase ideal para que o laser tenha influência.
Um cuidado importante no intervalo das sessões é o de não arrancar o pelo 
pela raiz, pois irá impedir que o laser atue no folículo piloso. Assim, entre uma 
sessão de laser e outra, não devemos depilar a área com cera, pinça ou máquinas 
que arranquem o pelo. Relembre sempre seu cliente: apenas a utilização de lâmina 
é permitida e recomendada.
NOTA
Pelos brancos, por não terem melanina, não são afetados pelo laser.
3.5 LUZ INTENSA PULSADA (COELHO, 2006)
Assim como o laser, a luz pulsada (ILP – Intense Pulsed Light) utiliza a 
melanina como guia de condução de energia até as células germinativas. A 
diferença é que o laser emite apenas luz vermelha e a ILP possui comprimento de 
200 a 1.800nm, liberando cores azuis, verdes, amarelas e vermelhas.
 
A técnica de seleção de cores torna o tratamento maisseguro, pois diminui 
as chances de queimaduras e danos na pele. Contudo, devido à potência mais 
baixa, apenas 25% a 50% dos pelos são eliminados.
Alguns cuidados durante as sessões: os pelos devem estar com, 
aproximadamente, 1 a 2mm de comprimento; não fazer epilação durante todo o 
tratamento (apenas uso de lâmina); usar filtro solar nas áreas expostas ao Sol e 
evitar banhos muito quentes.
TÓPICO 2 | EPILAÇÃO
83
3.6 ELETRÓLISE
Pode ser chamado de o método mais eficaz, e chamam de depilação 
permanente. Utiliza uma corrente elétrica através de um eletrodo com aplicação 
na haste capilar até o folículo piloso.
Existem três técnicas diferentes: eletrólise galvânica, termólise e a 
combinação das duas. Todas utilizam uma agulha, que deve ser inserida 
paralelamente à raiz do pelo e retirada no sentido de crescimento do pelo.
A eletrólise galvânica transmite uma corrente direta (contínua) através de 
uma agulha de aço inoxidável inserida no folículo piloso. Causa a destruição do 
folículo através de reações químicas com íons de sódio, cloreto e hidróxido.
Já a termólise emite uma corrente alternada e atinge o folículo piloso por 
dano térmico, através de uma agulha inserida na saída do pelo. A agulha age 
como um eletrodo, produz uma vibração das moléculas de água que estão ao 
redor, gerando um calor que destrói o bulbo piloso. 
Por fim, temos a combinação das duas técnicas. Acontece a transmissão da 
corrente direta e alternada ao mesmo tempo, através da mesma agulha. Segundo 
estudos, de tal maneira o procedimento se torna mais rápido e menos doloroso.
É importante fazer o teste depois da aplicação do método: se o pelo for puxado 
e sair sem esforço, a sessão atingiu o objetivo, mas se o pelo ainda tiver resistência na 
extração, então a eficácia não será garantida, pois o pelo pode voltar a crescer.
O método é aplicado por dermatologistas e, como é feito fio por fio, cada 
sessão faz em torno de 25 a 100 pelos. Por tal razão, apenas áreas pequenas são 
feitas. A eletrólise raramente é procurada, pois, além do alto custo, é dolorosa e 
demorada, então os clientes acabam buscando os métodos de laser ou IPL.
3.7 FOLICULITE NA DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO
Segundo Mazzambani(2007), a foliculite é uma inflamação do folículo 
piloso que se desenvolve a partir de um desequilíbrio da flora natural da pele. 
É muito comum e pode ser superficial ou profunda. Assim, é importante se 
aprofundar sobre o assunto diante de algum cliente ter reações após o atendimento.
Na foliculite superficial, a inflamação se restringe à parte superior do folículo 
e se manifesta como uma pústula indolor que, na maioria das vezes, cura sem deixar 
cicatriz. É causada pela bactéria Staphylococus aureus ou Staphylococus pyogenes.
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
84
FIGURA 9 – FOLICULITE APÓS DEPILAÇÃO NA AXILA
FONTE: <http://leticiavalim.com.br>. Acesso em: 12 set. 2018.
A situação pode ocorrer na depilação com lâmina e com cera. 
Aparecem pústulas brancas ou amareladas, hiperemia leve e local e 
com pelo central (pode ter mais de um pelo). Os pelos mais grossos 
ocasionalmente curvam-se e penetram na pele, provocando irritação. 
Pode se tornar crônica nas regiões em que os pelos são mais enraizados, 
como a barba. Fatores que intensificam o aparecimento da foliculite superficial: 
excesso de suor, fricção, falta de higiene, roupas apertadas ou de material sintético, 
e alterações imunológicas.
É mais comum em adultos devido aos pelos mais grossos, mas pode atingir 
crianças também, pois ocorre em qualquer região que tenha pelos. Pacientes com 
diabetes têm mais tendência a desenvolver foliculite e, no geral, os locais mais 
frequentes são: barba e virilha.
Mazzambani(2007) afirma que, na foliculite profunda (pseudofoliculite), 
mais conhecida como pelo encravado, o pelo nasce e não cresce de forma reta, 
fazendo uma curva e voltando para o folículo, gerando o processo inflamatório. 
Desenvolve-se em qualquer pele e tipo de pelo, independentemente da técnica 
(cera, pinça, fio egípcio etc.). É muito comum ocorrer na região de virilha e axila. 
É mais raro, mas pode acontecer na depilação com lâmina quando a ponta do 
pelo fica afiada, perfurando a pele até o folículo. 
Um fator que interfere em qualquer tipo de foliculite são alterações na 
espessura da pele. A esfoliação, por exemplo, é ótima opção para não deixar que 
isso aconteça, mas, ao mesmo tempo, devemos indicar aos clientes a frequência 
necessária para que não agridam a pele, fazendo, assim, um efeito rebote, pois 
a pele produzirá ainda mais corneócitos para uma proteção externa. A situação 
acontece também no uso de roupas muito apertadas, principalmente jeans e meia-
calça (MODESTI; HABITZREUTER; GALLAS, 2007).
TÓPICO 2 | EPILAÇÃO
85
Nos casos mais brandos, são recomendados os peelings, pois além de 
refinarem a pele, renovando a camada celular, também apoiarão a remoção das 
pústulas, hipercromia e cicatrizes mais profundas. Podemos usar os peelings físico 
e químico nas sessões, e recomendar um antisséptico cicatrizante para usar em casa.
Os ativos mais indicados são: óleo essencial de melaleuca, ácido glicirrízico, 
Beta-Glucan, ácido glicólico, ácido salicílico, argila branca e verde. Já para os casos 
mais graves, existem tratamentos que variam de loções, compressas, sabonetes e 
peelings mais profundos. Nos casos, os pacientes são indicados ao dermatologista.
Além dos produtos citados, também podemos utilizar a Alta Frequência, a 
mesma que usamos na limpeza de pele. Lembrando que ela tem ação bactericida, 
devido à formação de ozônio na superfície da pele. Então, pode-se utilizar logo 
após a extração do pelo, em torno de 10 min, nas regiões de histórico de foliculite 
(MODESTI; HABITZREUTER; GALLAS, 2007).
Técnica inventada no Egito e na Grécia antiga, a depilação hoje é questionada 
pelo movimento feminista, por Marina Cohen
 
 Apesar de só ter se popularizado no início do século XX, o hábito de se depilar já 
existia nas civilizações antigas. Existem relatos de que a rainha Cleópatra, do Egito, usava tiras 
de tecido ou de pele de animal, banhadas em cera quente de abelha, para arrancar seus pelos. 
 Na Grécia, onde os pelos eram arrancados com as mãos, era comum que as moças 
bebessem muitos goles de vinho para poderem aguentar a dor. Já as romanas usavam 
pastas depiladoras e uma vareta curva, chamada “estrigil”, para raspar a solução junto com 
os pelos depois. No Oriente Médio, a depilação com linha também era praticada.
 Durante séculos, no entanto, o costume de extrair os pelos ficou “adormecido”. 
Por muito tempo, os pelos pubianos e das axilas eram muito valorizados, como um símbolo 
máximo da feminilidade, segundo a historiadora Mary Del Priore. Os pelos das axilas 
tinham um potencial erótico enorme e jamais eram tirados, pois permitiam que os homens 
vislumbrassem a coloração na região pubiana da mulher. Os pelos púbicos, por exemplo, 
eram usados em todo tipo de feitiçaria amorosa, para “amarrar” os homens, como mostram 
documentos da Inquisição.
 Contudo, com a inserção da mulher no mercado de trabalho, tudo mudou. As 
tarefas nas fábricas exigiam movimentos com os braços e, assim, os vestidos perderam as 
mangas. Deixar os pelos das axilas aparecerem, tais elementos tão erotizados, seria então 
uma indecência sem tamanho. Portanto, a remoção deles começou a ser aconselhada às 
moças “de família”, primeiro nos Estados Unidos e, depois, em outras partes do mundo. No 
Brasil, os primeiros anúncios de serviços de depilação, em salões de beleza das capitais, 
começaram a circular nas revistas femininas por volta de 1915.
DICAS
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
86
MENOS ROUPA, MENOS PELO
 Os pelos das sobrancelhas, do buço e das axilas foram os primeiros que começaram 
a sumir. Nos anos 30, apareceram, nas farmácias,cremes depilatórios químicos e aparelhos 
específicos para a extração de pelos. A depilação passou a ser tratada como uma questão de 
higiene e uma exigência estética para as mulheres “elegantes”. Foi naquele momento que a 
higienização do corpo feminino começou a ser vendida como sinônimo de beleza.
 A noção de que a mulher precisa estar sempre perfumada e limpa começou na 
época. Até então, o odor da fêmea era considerado o máximo. Napoleão Bonaparte, por 
exemplo, escrevia para sua mulher, Josefina de Beauharnais, pedindo: “Estou voltando para 
casa, por favor, não se lave nos próximos dias” - conta Mary Del Priore, autora dos livros 
“Histórias e conversas de mulher” e “Histórias íntimas”. Com a obsessão pela perfeição da 
pele da mulher, como algo que não suja, não amarrota e não tem odor, perdeu-se uma 
enorme carga erótica.
 A evolução da depilação acompanhou a da moda. À medida que as saias foram 
ficando mais curtas e a meia-calça mais fina, os pelos das pernas foram desaparecendo. A 
libertação das grossas meias de náilon foi considerada uma vitória, mas veio acompanhada 
da exigência de depilar as pernas.
 Uma reportagem de agosto de 1955 do GLOBO destaca logo no título: “O verão exige 
pernas lisas”, e avisa que “toda mulher elegante tem o dever de apresentá-las impecáveis”. 
Um ano antes, a revista “Fon-Fon” publicou a reportagem “Pernas bonitas”, afirmando que 
“pelos supérfluos são desgraciosos” e listando os tipos de depilação existentes na época: 
cera, pasta, lâmina e aparelho elétrico. O clímax da trajetória se deu nos anos 60, com o 
surgimento do biquíni e, é claro, de sua maior companheira: a depilação íntima.
 Aqui no Brasil, um país onde é verão durante nove meses do ano, o hábito se 
espalhou rapidamente. Não é à toa que somos conhecidos internacionalmente pela Brazilian 
Wax, ou seja, a depilação total do órgão reprodutor feminino - aponta Denise Bernuzzi de 
Sant’Anna, professora da PUC-SP e autora do recém-publicado “História da beleza no Brasil”. 
Especialmente depois dos anos 80, ter pelos se tornou sinônimo de sujeira e descuido. Para 
a mulher, principalmente, mostrar desatenção com o corpo virou um pecado.
INDÚSTRIA DA BELEZA
 O boom da remoção dos pelos nasceu a partir do mercado masculino - afirma Selma 
Felerico, professora de Comunicação da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo.
 Quando marcas como Gillette, Bic e Bozzano perceberam que as moças estavam 
“roubando” as lâminas de barbear dos maridos para poderem raspar as pernas, nos anos 50, 
as empresas enxergaram ali um grande mercado ainda não explorado. Precisaram apenas 
colorir a haste da lâmina e veicular campanhas publicitárias direcionadas às damas.
 
 As agências publicitárias que começaram a se estabelecer no Brasil naquela época 
criaram anúncios que valorizavam a pele “lisinha” da mulher. As atrizes de Hollywood 
também contribuíram para solidificar a imagem nas décadas de 1940 e 1950.
 A mídia não criou o hábito da depilação, mas reforçou, comenta Selma. É um 
mercado interessante para a indústria, com dezenas de cremes que removem pelos, loções 
após a depilação, lâminas, ceras, aparelhos elétricos, produtos antialérgicos... São gôndolas 
e mais gôndolas de cosméticos nas farmácias e muito dinheiro circulando.
TÓPICO 2 | EPILAÇÃO
87
CONTRACULTURA
 Na contramão da lógica, estão alguns grupos feministas que não concordam com 
a exigência estética. O documentário “My body, my hair” (“Meu corpo, meus pelos”, em 
tradução livre), filmado em Londres, mostra o dia a dia de seis mulheres que optaram por 
não se depilar. Já o site brasileiro “Pelos pelos” traz dezenas de fotos de corpos femininos “ao 
natural”, com a intenção de provocar uma reflexão sobre “a naturalidade dos pelos”. Algumas 
meninas têm até pintado os pelos das axilas com cores chamativas (verde, azul, rosa).
 Há uma explosão de tendências, muitas delas tentam reforçar a ideia de que toda 
mulher tem o direito de fazer o que quiser com seu corpo - observa Mary Del Priore. Em 
uma época em que até os homens estão se depilando, a mulher não é mais obrigada a 
passar por esse ritual, se não quiser. Hoje, não há regras. Tudo é uma questão de escolher 
de qual tribo você quer fazer parte.
 
 A professora de História Denise Bernuzzi de Sant’Anna, porém, faz questão de separar 
a moda do tingimento dos pelos do movimento de contracultura da década de 1970, quando 
as hippies se recusavam a depilar-se, tanto nas axilas quanto na virilha. Na época, a liberdade 
era o valor mais prezado, e as exigências estéticas foram totalmente rejeitadas.
 Nos anos 70, as mulheres hippies não tinham qualquer cuidado cosmético com os 
pelos, e isso foi um fenômeno totalmente fora da curva. 
 Já as meninas de hoje raramente conseguem escapar da exigência estética. 
Mesmo as que colorem os pelos, para poderem afirmar a libertação do corpo feminino, 
estão demonstrando um cuidado, até bem grande, com os padrões de beleza.
CONCLUSÃO
 A epilação é o processo de remoção por extração dos pelos inteiros, incluindo as 
porções abaixo da pele, como parte do bulbo piloso. Entre as técnicas estão: cera quente e 
fria (um dos métodos mais utilizados pela sua rapidez e baixo custo), aparelhos tecnológicos 
de laser e luz pulsada que promovem um resultado quase definitivo, a pinça (usada mais para 
retoques na depilação e epilação, e também no delineamento das sobrancelhas) e a eletrólise.
FONTE: <https://oglobo.globo.com/sociedade/historia/tecnica-inventada-no-egito-na-grecia-
antiga-depilacao-hoje-questionada-pelo-movimento-feminista-15531359#ixzz5SDArZDu1>. 
Acesso em: 20 fev. 2019. 
88
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A epilação é a remoção por extração dos pelos inteiros, incluindo as porções 
abaixo da pele, como parte do bulbo piloso.
• A depilação é a remoção de pelos na superfície da pele, ou seja, apenas a haste 
do pelo é retirada e as porções internas dos folículos pilosos não são atingidas.
• Métodos epilatórios utilizados em centros de estética: pinças, ceras, fio egípcio, 
laser, luz intensa pulsada e eletrólise.
• A cera, que pode ser quente ou fria, é um dos métodos mais utilizados pela sua 
rapidez e baixo custo.
• A cera fria é apenas utilizada em clientes que possuem regiões muito sensíveis ao 
calor, pois é mais dolorida e pode causar irritação local e ressecamento da pele. 
• A maioria opta pela cera quente devido ao maior conforto ao cliente. Ocorre 
uma vasodilatação, o que apoia a saída das hastes.
• A cera quente é aquecida em torno de 40 °C, e é indicada para todas as regiões 
que estejam com a pele íntegra.
• O método fio egípcio (com linha) é indicado para regiões menores, 
principalmente o rosto.
• As vantagens do método com linha são: ativação da circulação do rosto, 
eliminação das células mortas e preservação da queratina natural da pele. 
Ainda, é 100% natural e retira até os pelos mais finos e curtos.
• A pinça é um instrumento usado no delineamento de sobrancelhas e na 
finalização das epilações com cera.
• A procura pelo laser e pela luz pulsada vem crescendo cada vez mais, devido 
ao fato de eliminarem boa parte dos pelos. Ainda, são métodos apoiados pelos 
clientes que têm problema de foliculite.
• O laser é um procedimento progressivo. Os pelos vão ficando mais finos e 
menos resistentes, e cerca de 80% deles não crescem mais.
• A Luz Intensa Pulsada emite uma intensidade mais baixa. Por tal razão, apenas 
25% a 50% dos pelos são eliminados após o fim do tratamento.
89
• Outro método, pouco conhecido, é a eletrólise, que utiliza uma corrente elétrica 
através de um eletrodo. É aplicado na haste capilar até o folículo piloso.
• Existem três técnicas diferentes para a eletrólise: galvânica, termólise e a 
combinação das duas. Todas utilizam uma agulha que deve ser inserida 
paralelamente à raiz do pelo.
• Aeletrólise é pouco divulgada e procurada devido à demora da sessão e por 
ser muito dolorida e cara.
90
AUTOATIVIDADE
1 Qual a diferença entre depilação e epilação?
2 Quais foram os métodos de epilação estudados? Descreva dois.
3 Existem dois tipos de cera: quente e fria. Explique-os.
91
TÓPICO 3
EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Como vimos, existem vários métodos epilatórios que podemos oferecer aos 
nossos clientes. Neste tópico, vamos aprender sobre os métodos de cera quente e fio 
egípcio. Se você optar por alguma outra alternativa, procure se especializar antes de 
realizar qualquer procedimento. Por exemplo, se decidir trabalhar com IPL, poderá 
fazer o treinamento com a própria empresa que irá vender ou locar o aparelho.
É importante sempre lembrar as normas de biossegurança e preencher a 
ficha de anamnese antes de qualquer procedimento.
 
A cera utilizada nas práticas mostradas a seguir é a cera de mel, com uso de 
espátula e roll-on, e os materiais utilizados são: luva, máscara, tônico adstringente, 
algodão, talco, papel para epilação, espátula de madeira descartável, panela para 
aquecer cera ou micro-ondas, cubeta, óleo pós-depilatório e gel pós-depilatório.
2 AXILA
Método utilizado: cera quente
Passo a passo:
• Antes do cliente chegar, organize a sala com os materiais que serão utilizados 
e prepare a maca.
• Aqueça a cera na panelinha própria ou no micro-ondas.
• Limpe a região com tônico adstringente.
• Passe o talco em toda a área que será atingida pela cera.
• Separe, em uma cubeta pequena, a quantidade de cera que irá utilizar.
• Peça para o cliente levantar os braços, colocando a mão atrás da cabeça.
• Com a espátula, pegue uma pequena quantidade e passe no sentido de 
crescimento dos pelos. Preste atenção, pois algumas pessoas têm os pelos da 
região que crescem em vários sentidos. Assim, você irá fazer por partes.
92
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
FIGURA 10 – AXILA COM APLICAÇÃO DE CERA QUENTE
FONTE: A autora
• Em seguida, coloque a faixa de papel sobre a cera e pressione sempre no sentido 
de crescimento dos pelos.
• Segure a pele de maneira firme e puxe o papel com a outra mão no sentido 
contrário dos pelos.
FIGURA 11 – AXILA COM PAPEL APLICADO SOBRE CERA
FONTE: A autora
TÓPICO 3 | EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
93
• Repita os passos 6, 7 e 8 até extrair todos os pelos. Se algum pelo não sair, você 
pode finalizar retirando com a pinça.
FIGURA 12 – AXILA EPILADA
FONTE: A autora
• Passe uma camada final de gel calmante pós-depilação e está pronto. 
Você pode fazer a região da axila com o método fio egípcio também.
DICAS
3 ROSTO
É uma região sensível que fica exposta diariamente. Então, são importantes 
alguns cuidados, principalmente se você for utilizar o método de cera quente. Na 
prática, vamos aprender a técnica do fio egípcio devido à maior segurança.
94
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
IMPORTANT
E
Se o cliente for muito sensível em relação ao método fio egípcio, você pode 
recomendar que passe, 20 min antes da sessão, uma pomada anestésica, que encontrará 
facilmente na farmácia.
Método utilizado: fio egípcio
Passo a passo
• Antes do cliente chegar, organize a sala com os materiais que serão utilizados 
e prepare a maca. Não esqueça luva e máscara!
• Limpe a região com tônico adstringente. Se houver maquiagem, passe um 
demaquilante antes do tônico.
• Separe em torno de 40 cm de fio, amarre e enrole no centro, como ensinado 
anteriormente.
• Peça para virar o rosto de lado e comece pela lateral.
FIGURA 13 – EPILAÇÃO FACIAL FIO EGÍPCIO
FONTE: <http://picbear.xyz/emanuele.rodriguesmakeup>. Acesso em: 19 fev. 2019.
• Faça a parte das maçãs do rosto, contornando pelo queixo até o outro lado.
TÓPICO 3 | EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
95
FIGURA 14 – QUEIXO MÉTODO FIO EGÍPCIO
FONTE: <https://amosobrancelhas.com.br>. Acesso em: 25 set. 2018.
• Alguns clientes têm pelo também na região da testa e têmporas. Se sim, você 
pode também extrair tais pelos.
• Finalizando o contorno do rosto, vamos para o buço.
• Peça para a cliente posicionar a língua internamente no canto do lábio para 
esticar a pele. Assim, esta apoiará você no procedimento. Além de ser mais 
rápido, vai evitar que o fio “belisque” a pele.
• Ainda, na região abaixo do nariz, peça para esticar o lábio superior para baixo, 
como na figura a seguir:
FIGURA 15 – BUÇO FIO EGÍPCIO
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=cQsqKHHt8eM>.
Acesso em: 25 set. 2018.
96
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
• Após terminar todo o rosto, você pode aplicar um gel calmante pós-depilação 
ou loção calmante facial.
• Finalize com o filtro solar.
O buço é procurado com maior frequência. Geralmente, são os pelos 
que mais incomodam quando crescem, pois estão mais aparentes. Então, vamos 
aprender como fazer o buço também com cera de mel.
• Aqueça a cera na panelinha própria ou no micro-ondas.
• Limpe a região com tônico adstringente.
• Passe o talco em toda a área que será atingida pela cera.
• Separe, em uma cubeta pequena, a quantidade de cera que irá utilizar.
• Assim como no método anterior, peça para a cliente esticar a pele com a 
língua por dentro, ou então você pode segurar a pele no sentido contrário do 
crescimento dos pelos. 
• Com a espátula, passe uma pequena quantidade de cera no sentido de 
crescimento dos pelos.
FIGURA 16 – BUÇO COM CERA QUENTE DE MEL
FONTE: <https://www.dicasdemenina.com.br>. Acesso em: 28 set. 2018.
• Aplique uma tira de papel sobre a cera (você pode cortar, ao meio, as faixas para 
usar em regiões menores) e pressione algumas vezes no sentido de crescimento 
dos pelos.
TÓPICO 3 | EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
97
FIGURA 17 – APLICAÇÃO DE PAPEL SOBRE CERA QUENTE
FONTE: <https://www.vix.com>. Acesso em: 28 set. 2018.
• Segure a pele de maneira firme e puxe o papel com a outra mão no sentido 
contrário dos pelos. 
• Repita os passos 5, 6 e 7 até extrair todos os pelos. Se algum pelo não sair, você 
pode finalizar retirando com a pinça ou com o método fio egípcio.
• Passe uma camada final de gel calmante pós-depilação.
• Finalize com o filtro solar facial (mínimo FPS30).
4 VIRILHA
É o local mais procurado pelas mulheres e, por se tratar de uma região 
íntima, devemos tomar alguns cuidados a mais, como preservação do ambiente e 
não permitir o acesso de outras pessoas no ambiente enquanto estiver trabalhando. 
Quando mulher, se a cliente se sentir desconfortável em ficar sem calcinha, 
você pode oferecer uma calcinha descartável. Ainda, sempre perguntar como a 
cliente quer que faça o procedimento, se deseja retirar tudo ou não ou apenas 
limpar as laterais.
Método utilizado: cera quente.
Passo a passo:
• Antes de o cliente chegar, organize a sala com os materiais que serão utilizados 
e prepare a maca.
• Aqueça a cera na panelinha própria ou no micro-ondas.
• Limpe a região com tônico adstringente.
• Passe o talco em toda a área que será atingida pela cera.
98
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
• Separe, em uma cubeta média, a quantidade de cera que irá utilizar.
• Com a espátula, pegue uma pequena quantidade e passe no sentido de 
crescimento dos pelos. Preste atenção, pois algumas pessoas têm os pelos da 
região que crescem em vários sentidos. Assim, você irá fazer por partes. 
• Em seguida, coloque a faixa de papel sobre a cera e pressione sempre no sentido 
de crescimento dos pelos.
• Segure a pele de maneira firme e puxe o papel com a outra mão no sentido 
contrário dos pelos. 
• Repita os passos 5, 6 e 7 até extrair todos os pelos. Se algum pelo não sair, você 
pode finalizar retirando com a pinça.
• Para fazer a extração dos pelos dos lábios vaginais,peça para a cliente flexionar 
a perna rente à maca com o joelho para fora. Assim, você terá uma visão melhor 
da região e mais acesso aos pelos internos.
• Para a epilação fio, pede-se para o cliente deitar de lado e segurar a nádega 
superior. Assim, você poderá retirar todos os pelos com facilidade.
• Para finalizar, passe uma camada de gel calmante pós-depilação e está pronto.
FIGURA 18 – VIRILHA COM CERA QUENTE E PAPEL SOBRE A CERA
FONTE: < https://www.vix.com/pt/bdm/beleza/como-depilar-a-virilha-em-casa-
testamos-e-ensinamos-tudo-o-que-voce-precisa-saber>. Acesso em: 13 mar. 2019.
TÓPICO 3 | EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
99
5 PERNA E COXA
Método utilizado: Roll-on (cera de mel)
Passo a passo:
• Antes de o cliente chegar, organize a sala com os materiais que serão utilizados 
e prepare a maca.
• Ligue o aparelho roll-on com o refil colocado, pelo menos, 20 min antes.
• Limpe a região com tônico adstringente.
• Passe o talco em toda a área que será atingida pela cera.
• Você tem duas opções: passar o roll-on diretamente na pele e descartar após o 
uso ou passar no papel e sobre a pele do cliente.
• Opção aqui escolhida: diretamente na pele. 
• Deslize o roll-on no sentido de crescimento dos pelos.
FIGURA 19 – PERNA COM CERA DE MEL ROLL-ON
FONTE: A autora
100
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
• Em seguida, coloque a faixa de papel sobre a cera e pressione sempre no sentido 
de crescimento dos pelos.
FIGURA 20 – PERNA COM PAPEL SOBRE CERA DE MEL ROLL-ON
FONTE: A autora
• Segure a pele de maneira firme e puxe o papel com a outra mão no sentido 
contrário dos pelos. 
FIGURA 21 – PERNA APÓS EXTRAÇÃO DE PELOS
FONTE: A autora
TÓPICO 3 | EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
101
• Repita os passos 5, 6 e 7 até extrair todos os pelos. Peça para a cliente virar 
de costas para extrair os pelos posteriores. Se algum pelo não sair, você pode 
finalizar retirando com a pinça.
• Agora, vamos para a coxa: repita os procedimentos feitos na perna.
• O único cuidado a mais será quando chegar nas regiões internas da coxa e 
nas nádegas. Devido à existência de flacidez, que é muito comum nas regiões, 
pode machucar a pele se não segurar com firmeza. Se o cliente tiver muita 
sensibilidade cutânea, você pode optar por fazer com a cera de mel de panela.
• Passe uma camada final de óleo pós-depilação e pronto!
FIGURA 22 – PERNA FINALIZADA
FONTE: A autora
IMPORTANT
E
Na depilação roll-on, sempre passamos pós-depilatório à base de óleo, pois a 
cera é constituída de uma base que tem substâncias graxas que não saem com o gel.
102
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
6 PEITO E ABDÔMEN
Método utilizado: cera quente.
Passo a passo:
• Antes de o cliente chegar, organize a sala com os materiais que serão utilizados 
e prepare a maca.
• Aqueça a cera na panelinha própria ou no micro-ondas.
• Começamos pelo peito: limpe a região com tônico adstringente.
• Passe o talco em toda a área que será atingida pela cera.
• Separe, em uma pequena cubeta, a quantidade de cera que irá utilizar.
• Com a espátula, pegue uma pequena quantidade e passe no sentido de 
crescimento dos pelos. Preste atenção, pois algumas pessoas têm os pelos que 
crescem em vários sentidos. Assim, você irá fazer por partes.
FIGURA 23 – PEITO COM CERA QUENTE DE MEL
FONTE: A autora
• Em seguida, coloque a faixa de papel sobre a cera e pressione sempre no sentido 
de crescimento dos pelos.
• Segure a pele de maneira firme e puxe o papel com a outra mão no sentido 
contrário dos pelos.
TÓPICO 3 | EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
103
FIGURA 24 – PEITO APÓS EXTRAÇÃO
FONTE: A autora
• Repita os passos 5, 6 e 7 até extrair todos os pelos. Se algum pelo não sair, você 
pode finalizar retirando com a pinça.
FIGURA 25 – PEITO FINALIZADO
FONTE: A autora
104
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
• Agora vamos para o Abdômen: repita os passos 2, 3 e 4.
• Separe, em uma cubeta, a quantidade de cera que irá utilizar.
• Com a espátula, pegue uma quantidade maior que o peito e passe no sentido 
de crescimento dos pelos. Preste atenção, pois algumas pessoas têm os pelos 
que crescem em vários sentidos. Assim, você irá fazer por partes. 
FIGURA 26 – ABDÔMEN COM CERA QUENTE MEL
FONTE: A autora
• Em seguida, coloque a faixa de papel sobre a cera e pressione sempre no sentido 
de crescimento dos pelos.
• Segure a pele de maneira firme e puxe o papel com a outra mão no sentido 
contrário dos pelos. 
FIGURA 27 – ABDÔMEN COM PAPEL SOBRE CERA QUENTE MEL
FONTE: A autora
TÓPICO 3 | EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
105
• Repita os passos 5, 6 e 7 até extrair todos os pelos. Se algum pelo não sair, você 
pode finalizar retirando com a pinça.
• Passe uma camada final de gel calmante pós-depilação e pronto!
FIGURA 28 – ABDÔMEN FINALIZADO
FONTE: A autora
106
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
7 COSTAS
Método utilizado: cera quente.
Passo a passo:
• Antes do cliente chegar, organize a sala com os materiais que serão utilizados 
e prepare a maca.
• Aqueça a cera na panelinha própria ou no micro-ondas.
• Limpe a região com tônico adstringente.
• Passe o talco em toda a área que será atingida pela cera. (Veja imagens na seção 
PEITO E ABDÔMEN).
• Separe, em uma pequena cubeta, a quantidade de cera que irá utilizar.
• Com a espátula, pegue a quantidade e passe no sentido de crescimento dos 
pelos. Preste atenção, pois algumas pessoas têm os pelos que crescem em 
vários sentidos. Assim, você irá fazer por partes. 
• Em seguida, coloque a faixa de papel sobre a cera e pressione sempre no sentido 
de crescimento dos pelos.
• Segure a pele de maneira firme e puxe o papel com a outra mão no sentido 
contrário dos pelos. 
• Repita os passos 5, 6 e 7 até extrair todos os pelos. Se algum pelo não sair, você 
pode finalizar retirando com a pinça.
• Passe uma camada final de gel calmante pós-depilação e pronto! 
TÓPICO 3 | EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
107
LEITURA COMPLEMENTAR
VAIDADE MASCULINA: PELOS, POR QUE TÊ-LOS?
André Porto
O costume de depilar o corpo não é algo que surgiu agora, atletas praticantes 
de natação e fisiculturistas sempre se depilaram, independentemente de ser algum 
modismo ou por pura vaidade. Na natação, um corpo sem pelos desliza melhor na 
água e no fisiculturismo realça os músculos para as apresentações. Atletas como 
David Beckham e Cristiano Ronaldo aderiram ao costume, levaram a tendência 
para o futebol e terminaram virando ícones da prática. Raspar os pelos, aos olhos 
de alguns machões mais conservadores, pode ser sinal de menos masculinidade e 
coisa de metrossexual, coisa que já foi ultrapassada há muito tempo. 
Aparar ou raspar os pelos, antes de tudo, é um ato de higiene e cuidado 
pessoal. Por serem mais peludos que as mulheres, os homens terminam tendo um 
acúmulo maior de suor devido à composição genética e hormônios masculinos. 
Para muitos homens, a masculinidade ainda se encontra na quantidade de pelos 
que se carrega. Pensamento antigo que hoje em dia está indo literalmente para o 
ralo, junto com os pelos. Aparar os pelos não afeta a masculinidade de ninguém, 
muito pelo contrário, até atiça a libido e desperta a atenção feminina. Sem falar no 
aspecto de higiene e bem-estar.
Pelos retêm calor e dificultam a evaporação do suor, já que a função da 
transpiração é a de baixar a temperatura do corpo e evitar o superaquecimento, 
segundo o dermatologista Roberto Mattos, especialista em depilação e 
coordenador do departamento de laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 
Aparentemente, vencer o preconceito é uma dificuldade maior que vencer 
a dor de encarar uma sessão de depilação. Contudo, o panorama está mudando e 
agregando cada vez mais adeptos, os que estãodepilando o corpo todo. 
Os números comprovam a tendência. Uma pesquisa encomendada pela 
Philips comprovou que 72% dos brasileiros fazem algum tipo de intervenção 
nos pelos do corpo. Ainda mostrou que os homens estão aparando, raspando 
ou depilando pelos, inclusive (principalmente), da área íntima. Por exemplo, a 
depilação dos pelos pubianos foi aprovada por 90% das leitoras da revista NOVA. 
Clínicas estéticas cada vez se preparam para o novo público e empresas investem 
em novos produtos.
Ainda, com a chegada do verão, a tendência aumenta e se torna ainda 
mais indicada para homens muito peludos. Para os muito peludos, ou para quem 
não gosta do visual “pelado”, o mais indicado é aparar os pelos com máquinas. 
Uma forma prática para quem quer eliminar aquela camada espessa de pelos do 
corpo. “Quanto mais grosso seu casaco de pele, mais suado você fica”.
108
UNIDADE 2 | BIOSSEGURANÇA E TÉCNICAS DE EPILAÇÃO
Mesmo entre os mais conservadores dos homens, uma coisa é consenso: 
é necessário aparar os pelos do nariz e orelhas e, para tais situações, existem 
aparelhos indicados. Se você quer outra indicação, é aparar os pelos na região 
pubiana. A maioria da população feminina do planeta se sente pouco atraída por 
homens com excesso de pelos e apreciam a tendência. 
Segundo relato feito à revista masculina VIP por uma proprietária de 
clínica estética, a tendência só aumenta: “atendo de dez a quinze clientes por dia. 
E a cada dez, quatro ou cinco depilam a virilha”. Ainda acrescentou: “Geralmente, 
é a mulher ou a namorada que os trazem aqui”. Segundo o proprietário de outra 
clínica, os motivos que levam os homens à depilação íntima são higiene e estética.
PELO
PELO
LÂMINA
FOLÍCULO
GLÂNDULA
SEBÁCEA
TÓPICO 3 | EPILAÇÃO NAS REGIÕES CORPORAIS
109
Os métodos de epilação são variados, por isso a importância de escolher 
um deles e se aprofundar através das práticas. Somente a experiência irá entregar 
confiança e melhor performance ao profissional. Assim, pratique!
Muitas vezes pode parecer mais fácil do que é, e realmente não é 
complicado, mas o que muda de um profissional para outro é que aquele que foca 
em sempre melhorar, e quem tem mais experiência, oferece a diferença, fazendo 
com que o seu cliente tenha a intenção de voltar. Muita prática fará de você um 
profissional excelente. Então, escolha o método que quer trabalhar, especialize-
se, e nunca esqueça as normas de biossegurança, pois estas serão fundamentais 
para um serviço completo.
FONTE: PORTO, André. Vaidade masculina: pelos, por que tê-los? 2012. Disponível em: <http://
revistamensch.com.br/vaidade-pelos-por-que-te-los-depilar-ou/>. Acesso em: 11 mar. 2019.
110
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existe um método prático de passo a passo de depilação com cera de mel na 
axila, virilha, abdômen, peito, costas e buço.
• Há um método prático de passo a passo de depilação roll-on na perna e coxa. 
• Há um método prático de passo a passo de fio egípcio no rosto.
• Os materiais utilizados são: luva, máscara, tônico adstringente, algodão, talco, 
papel para epilação, espátula de madeira descartável, panela para aquecer cera 
ou micro-ondas, cubeta, óleo pós-depilatório e gel pós-depilatório.
111
1 Quais as vantagens de utilizar o método fio egípcio no rosto?
2 Descreva o passo a passo de epilação com cera quente de mel na virilha (não 
esqueça das normas de biossegurança).
3 Cite os materiais utilizados na epilação da perna de acordo com o método 
descrito no Tópico 3.
AUTOATIVIDADE
112
113
UNIDADE 3
EMBELEZAMENTO DE 
SOBRANCELHAS, CÍLIOS E
TÉCNICA BANHO DE LUA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
• identificar a classificação e a aplicação da colorimetria;
• estudar o visagismo: consciência da simetria facial;
• observar o design de sobrancelhas com coloração;
• visualizar a micropigmentação (dermógrafo e tebori);
• observar os alongamentos e o permanente de cílios;
• conhecer os banhos de lua;
• refletir sobre a ética profissional, empreendedorismo e marketing pessoal.
Esta unidade está dividida em três tópicos e, no final de cada um deles, você 
encontrará atividades que o ajudarão a ampliar os conhecimentos adquiridos.
TÓPICO 1 – SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN
TÓPICO 2 – MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
TÓPICO 3 – BANHO DE LUA, ÉTICA PROFISSIONAL E 
 EMPREENDEDORISMO
114
115
TÓPICO 1
SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
As sobrancelhas, por um bom tempo, tinham como objetivo apenas ser 
um órgão de proteção para a área dos olhos. No entanto, a partir da década de XX 
e até os dias atuais, se tornou evidente a finalidade do seu uso para a melhora da 
estética facial. As tendências da moda ditam como as sobrancelhas se comportam 
a cada década, desde mais finas ou grossas, raspadas, retas e arqueadas.
Transmitem um estado emocional e indicam o relacionamento com 
outras pessoas. Através dos movimentos do tecido muscular elas se movem, 
demonstrando, por exemplo, sentimento de superioridade ou desconfiança 
quando apenas uma erguida, de susto ou admiração quando as duas erguem ao 
mesmo tempo, ou de atenção, quando franzidas.
Na época em que estamos, as mulheres vêm buscando muito o ar de 
naturalidade. As sobrancelhas, mesmo que feitas em centros de embelezamento, 
devem ter a aparência natural de acordo com seu tipo de pele e coloração dos 
pelos. Assim, é importante o profissional estar atento às novas técnicas, recursos 
disponíveis no mercado, ao estilo e informações biológicas do cliente para um 
melhor resultado.
Assim, antes de iniciar a parte prática deste tópico, vamos estudar sobre 
colorimetria e visagismo. Então, vamos lá!
2 COLORIMETRIA – CLASSIFICAÇÃO DAS CORES NATURAIS 
Os pigmentos contidos na fibra capilar determinam a cor natural do cabelo, 
variando do preto intenso ao louro claríssimo. Existem dois tipos de pigmentos:
 
• Difusos: Com tons que vão do amarelo claro ao avermelhado.
• Granulosos: Com tons que variam do avermelhado ao preto intenso. Quando 
predomina o pigmento granuloso, temos cores mais escuras. 
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
116
Para compreendermos como chegamos até as cores naturais dos pelos, 
vamos entender qual o processo químico e divisão das cores. Temos cores 
acromáticas (preto, cinza e branco) e cromáticas (qualquer cor distinta das 
acromáticas, denominadas também coloridas).
 
O instrumento principal que utilizamos para classificar as cores é a Estrela 
de Oswald, criada pelo físico e químico Friedrich Wilhelm Oswald (1858-1932).
IMPORTANT
E
A Estrela de Oswald é o princípio básico quando for fazer atendimentos de 
coloração de sobrancelha, micropigmentação e microblanding. Mantenha sempre por 
perto no seu local de atendimento.
FIGURA 1– ESTRELA DE OSWALD
FONTE: <www.pinterest.com>. Acesso em: 10 dez. 2018.
Veja que temos as cores primárias ou puras, denominadas assim pois não 
são obtidas por meio de misturas, e são elas: azul, vermelha e amarela. Pela mistura 
das cores primárias, temos as secundárias: verde, violeta e laranja. Dentre elas, 
subdividimos em cores frias (violeta, azul e verde) e em cores quentes (amarelo, 
laranja e vermelho). Ainda, misturando as cores primárias com as secundárias, 
temos as cores terciárias, sempre determinadas nos triângulos menores da estrela.
TÓPICO 1 | SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN
117
Juntando todas elas, chegamos ao marrom, que é a cor principal que 
vamos trabalhar utilizando as outras cores para clarear, escurecer ou neutralizar 
os tons de acordo com a melanina do cliente. Para clarear ou escurecer, utilizamos 
as cores acromáticas e, paraneutralizar, utilizamos as cromáticas, baseando-se na 
Estrela de Oswald.
Na neutralização, existe uma regra fundamental: uma cor secundária irá 
neutralizar uma cor primária e vice-versa. No caso, se analisarmos a Estrela de 
Oswald, será sempre a cor oposta à posição: azul neutraliza laranja, vermelho 
neutraliza verde e amarelo neutraliza violeta. Será uma cor fria neutralizando 
uma cor quente. Assim, quando selecionarmos o pigmento na coloração do 
pelo do cliente, precisamos analisar sua melanina. Em clientes de melanina 
fria utilizamos pigmento com base quente, e em clientes de melanina quente 
utilizamos pigmento de base fria.
Para identificarmos o tipo de melanina do cliente, também chamado de 
subtom, precisamos analisar algumas características pessoais. Primeiramente, 
vamos aprender sobre os fototipos. Fitzpatrick, em 1976, classificou a pele em seis 
fototipos e especificou quanto ao bronzeado, à sensibilidade e à frequência com 
que a pele fica com a coloração avermelhada.
FIGURA 2 – TABELA DE FITZPATRICK
FONTE: <http://esteticaliacapez.blogspot.com>. Acesso em: 22 fev. 2019.
É importante conhecermos a tabela de Fitzpatrick, pois teremos uma noção 
básica sobre os tipos de melanina. Além da tabela, também existem características 
físicas de cada fototipo:
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
118
• Fototipo I: Cabelos loiros ou ruivos, olhos azuis ou verdes, presença de sardas 
ou pintas.
• Fototipo II: Cabelos claros, olhos geralmente claros, mas existem casos de olhos 
escuros, porém a pele será muito clara. Na idade adulta, apresentam pintas em 
grande quantidade.
• Fototipo III: Representa a maioria dos brasileiros. São pessoas de cabelo 
castanho claro e castanho médio, pele de coloração marrom clara e apresentam 
pequena quantidade de pintas na idade madura.
• Fototipo IV: Cabelo castanho (escuro) ou preto, olhos castanhos (escuros). 
• Fototipo V: Cabelos pretos e olhos totalmente escuros.
• Fototipo VI: Cabelos crespos e pretos, olhos totalmente escuros. 
Agora, conhecendo sobre os fototipos, conseguiremos classificar facilmente 
o tipo de melanina de cada cliente, determinando o subtom a ser trabalhado, pois 
este é determinado pela melanina predominante.
Uma pessoa morena ou negra tem o subtom azulado ou esverdeado, ou 
seja, predominância de melanina fria. Já as pessoas claras, em sua maioria, são 
determinadas por melanina quente, por possuírem subtom avermelhado ou 
rosado. Ainda, é importante estarmos atentos aos clientes de origem oriental. 
Embora sejam de raça amarela (quente), também encontramos casos de subtom 
esverdeado (frio). Na tabela a seguir, percebemos as diferenças entre a melanina 
fria e a melanina quente:
FIGURA 3 – DIFERENÇA DE PELE
FONTE: A autora
TÓPICO 1 | SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN
119
3 VISAGISMO
Segundo Hallawell (2009), “o pai do visagismo”, o conceito surgiu nos 
anos 30 para valorizar cada ser desde a sua beleza individual, acentuando as 
melhores características. O termo visagismo foi criado pelo cabeleireiro francês 
Fernand Aubry, em 1936. Ele dizia que o visagismo é uma arte e o visagista é o 
artista escultor do rosto humano.
Hallawell (2009) diz que algo é bonito quando seus elementos são 
dispostos de tal maneira que criam sensações de equilíbrio, harmonia, saúde 
e vigor e estão em sintonia. São qualidades apreciadas por todos e que fazem 
com que a pessoa seja aceita. O contrário cria a rejeição e é visto como sendo 
feio. O belo vai além: atrai. De acordo com Falafeiro (2004), o estudo das linhas 
geométricas traz grandes vantagens técnicas aos profissionais, mesmo após anos 
de trabalho e experiência.
IMPORTANT
E
Estude cada fisionomia, formato de olhos, boca e sobrancelha, pois mudam de 
formato, e sempre leve em consideração os principais pontos: as linhas externas do rosto, 
tipos de orelha, testa, pescoço e nariz.
Um bom visagista não deve seguir um padrão de regras e dizer que tal 
rosto só combina com tal sobrancelha ou cabelo. Deve colocar a criatividade em 
prática e aprender técnicas novas, novos saberes e mudar procedimentos, além 
de analisar a personalidade e as características pessoais de cada indivíduo.
Falafeiro (2004) também afirma que, quando se entende que todas as 
linhas e formas possuem expressões, sensações, emoções e conceitos, consegue-se 
ter uma maior autonomia da própria imagem na prática. Por meio da consultoria 
ou muitas vezes em conversas informais, o bom profissional visagista consegue 
identificar o que o cliente em potencial deseja.
IMPORTANT
E
A sobrancelha tem grande importância, pois forma a moldura dos olhos. Um 
dos mais importantes itens do visagismo é o design de sobrancelhas, podendo modificar a 
expressão de uma pessoa radicalmente (HALLAWELL, 2009).
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
120
4 FORMATOS DE ROSTO
Dentro do visagismo, o formato do rosto é um aspecto fundamental 
para o profissional avaliar antes de determinados procedimentos. No caso das 
sobrancelhas, decidir a melhor angulação e espessura será de total importância, 
para não deixar o cliente com expressão de tristeza ou de raiva.
Hallawell (2006) relata que o formato da sobrancelha é definido pelo 
formato do osso frontal. Elas podem ter os seguintes formatos: retas, curtas, 
longas, caídas ou levantadas. Ainda, é importante ressaltar que o profissional 
visagista deve também analisar o comportamento que revelará a personalidade e 
as características pessoais de cada indivíduo.
Os principais formatos de rosto, apontados por Hallawell, são:
FIGURA 4 – FORMATOS DE ROSTO
FONTE: <http://visagismoartedatransformacao.blogspot.com>. Acesso em: 10 out. 2018.
• Oval: Formado por linhas totalmente arredondadas e lateral curva. A linha 
de largura é ⅔ da linha de comprimento e não possui ângulos proeminentes, 
pois os cantos são suaves e delicados. O rosto oval é um pouco mais estreito 
na mandíbula que nas têmporas e a linha do cabelo é, geralmente, mais 
arredondada. Até o século XX, o formato foi considerado como o ideal feminino 
do Renascimento e ainda hoje é usado como parâmetro para correções na 
maquiagem ou cirurgia plástica.
• Redondo: Encontrado com mais frequência em raças orientais e indígenas, 
sendo pouco comum entre os ocidentais. Pode ser confundido com o oval, por 
ter a linha do cabelo também arredondada. Contudo, a grande diferença está 
na testa, que é pequena, além da distância entre a parte de baixo do nariz e o 
queixo ser menor que o comprimento de todo o nariz. No geral, as maçãs do 
rosto são mais largas, enquanto testa e queixo são mais finos.
TÓPICO 1 | SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN
121
• Retangular: Tem a mesma proporção do rosto oval, ou seja, a linha de largura 
é proporcional à linha de comprimento. As laterais, assim como testa e queixo, 
são retas. O rosto retangular é mais longo que largo e a testa possui a mesma 
largura da mandíbula.
• Quadrado: Também equivale às proporções do rosto oval. O rosto quadrado tem 
suas proporções iguais às do rosto redondo, porém com linhas extremamente 
retas e duras. A testa, mandíbula e maçãs do rosto possuem a mesma largura. Seu 
contorno não é alto, mas largo em todos os pontos e apresenta um queixo angular.
• Triangular: No rosto triangular, a parte inferior (mandíbula) é mais larga do 
que a testa, bem como a lateral é levemente inclinada. É um formato de rosto 
com cantos em ângulos retos, localizados abaixo da linha do centro da boca.
• Triângulo invertido: Também conhecido como rosto no formato coração, é um tipo 
de rosto com a fisionomia mais larga na parte superior e mais afinada na parte 
inferior. Se observada de frente, a testa é mais larga, além do queixo mais fino. A 
diferença é que o crescimento do cabelo no meio da testa faz o formatocoração.
• Hexagonal: A lateral do rosto é uma linha inclinada, mas o queixo tem uma 
linha reta horizontal. A testa também é, geralmente, reta no topo, e possui 
bochechas salientes. Pode ser confundido com o quadrado, por ter as laterais 
e ângulos retos, porém, a diferença é que os ângulos da mandíbula estão 
alinhados na linha do centro da boca.
IMPORTANT
E
Se você ainda não tem um olhar crítico e experiente de visagismo, vai precisar 
testar seu olhar da seguinte maneira: imprima fotos de familiares ou artistas, tiradas de frente, 
sem estarem com o rosto abaixado ou levantado, com um semblante natural. Com a foto e 
um lápis em mãos, trace linhas em volta do contorno do rosto e então você encontra um 
dos formatos citados anteriormente. Com o tempo, você conseguirá fazer automaticamente 
ao olhar o rosto do cliente.
Agora que aprendemos a identificar os formatos de rosto, vamos para a 
parte de medidas.
 
O rosto humano está dividido em partes que proporcionam construir as 
feições principais de cada indivíduo com harmonia e simetria. Designou Regra 
das Metades, e funciona da seguinte maneira:
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
122
FIGURA 5 – REGRA DAS METADES
FONTE: <http://ulbravisagismo1.blogspot.com>. Acesso em: 11 out. 2018.
• Os olhos estão colocados na linha que divide o rosto ao meio, horizontalmente.
• As sobrancelhas são posicionadas ligeiramente acima da linha.
• A parte inferior do nariz está sobre a linha média, entre a linha dos olhos e a 
linha do queixo. É a mesma linha que passa pelo lóbulo da orelha.
• As orelhas alinham-se superiormente com a linha dos olhos e, inferiormente, 
com a linha do nariz.
• A parte inferior do lábio fica em uma linha na metade, entre a linha do queixo 
e a do nariz.
O padrão de medidas é uma base para alcançar o melhor alinhamento 
facial. Sempre contamos que os rostos não são simétricos, então terá uma diferença 
natural de um lado para o outro. Assim, tire as medidas, mas também utilize o 
bom senso visual e o que ficará melhor para o cliente.
Para criar o senso visual, experimente aplicar a técnica em várias pessoas antes 
de começar seu atendimento profissional.
DICAS
TÓPICO 1 | SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN
123
5 DESIGN SOBRANCELHA – PRÁTICA
Para o atendimento de design de sobrancelhas, você irá precisar de:
• algodão; 
• loção adstringente;
• lápis de olho (para marcações);
• paquímetro; 
• 1 pinça ponta reta;
• 1 pinça ponta diagonal;
• 1 pinça ponta fina;
• tesourinha;
• escovinha de sobrancelhas;
• 1 lápis 6b ou lápis de sobrancelhas.
Além da técnica de visagismo facial, utilizamos um método específico de 
medidas. Veja, a seguir, as definições segundo Lima (2009):
FIGURA 6 – TRAÇANDO PONTOS A, B, C
FONTE: <www.institutoembelleze.wordpress.com>. Acesso em: 20 out. 2018.
Na imagem, notamos que existem duas maneiras de medidas. Ambas têm 
como referência o canto externo da aba do nariz e são utilizados lápis e paquímetro 
para a delimitação das áreas:
• Ponto A: Marca o início do corpo sobrancelha. Uma referência vertical com o lápis 
ou paquímetro, formando uma linha no canto externo da aba do nariz, passando 
pela glândula lacrimal dos olhos e chegando até às sobrancelhas (LIMA, 2009).
• Ponto B: Marca o ápice ou ponto alto da sobrancelha, a divisão do corpo com a 
cauda. É muito importante que o cliente mantenha o olhar focado em um ponto fixo 
sinalizado pelo profissional para manter centralizada a íris. Na primeira imagem é 
utilizada uma referência vertical com o canto externo da íris. Na segunda imagem 
temos como referência uma linha reta saindo do canto externo do nariz e passando 
pela extremidade externa da pupila, até alcançar a sobrancelha (LIMA, 2009).
• Ponto C: Marca o ponto final da cauda, iniciando pela extremidade externa 
do nariz e passando pelo canto externo dos olhos, até alcançar a sobrancelha 
(LIMA, 2009).
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
124
Primeiramente, iniciamos limpando as sobrancelhas com loção 
adstringente. Caso tenha maquiagem, você pode aplicar demaquilante antes da 
loção. Em seguida, com o apoio do lápis de olho e do paquímetro, começamos 
a marcar os pontos A, B e C, que acabamos de aprender. Após, traçar os pontos 
principais e medir com um paquímetro, verificando se as medidas das duas 
sobrancelhas estão iguais:
FIGURA 7 – DELIMITANDO PONTOS A, B E C
FONTE: <www.institutoembelleze.wordpress.com>. Acesso em: 20 out. 2018.
Então, delimite o desenho da sobrancelha. É através do desenho que 
vamos fazer a retirada de pelos e a aplicação de outros procedimetos solicitados 
pelo cliente. É importante fazer a marcação completa em todos os clientes até que 
você tenha experiência visual e segurança para executar os procedimentos com 
excelência. Veja a próxima imagem:
FIGURA 8 – DELIMITANDO A SOBRANCELHA
FONTE: <https://www.carreirabeauty.com>. Acesso em: 22 out. 2018.
TÓPICO 1 | SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN
125
Após, iniciamos a retirada de pelos, penteando os fios e cortando os 
excessos. Muitas vezes, alguns pelos não se encaixam no desenho devido ao seu 
comprimento e não por sua posição. Assim, alguns profissionais provocam falhas 
na sobrancelha fazendo a retirada de tais pelos.
Você pode utilizar as pinças quadrada e diagonal para retirar os pelos 
entre sobrancelhas, e os excessos mais afastados. Já a pinça de ponta fina é 
utilizada para a retirada dos pelos mais próximos ao desenho. Assim, teremos 
uma melhor precisão de cada pelo, sem causar falhas indesejadas.
Quando finalizar todos os pelos, você limpará as marcações com a loção 
adstringente. Então, penteie novamente as sobrancelhas e visualize de frente se 
estão harmônicas ou se ainda há a necessidade de retirar algum pelo. 
Feito, você pode fazer a aplicação de coloração com método escolhido 
pelo cliente ou, caso opte apenas pelo design, você utilizará o lápis 6B ou de 
sobrancelhas, fazendo um esfumado para que realce seu trabalho final.
 
O designer de sobrancelhas pode contar com várias técnicas para entregar 
um serviço especial para cada cliente, trabalhando medidas exatas para deixá-las 
simétricas e buscando a harmonia perfeita.
Veremos, a seguir, como podemos corrigir as falhas de pelos de maneira 
simples e através de duas técnicas: usando a henna (coloração que pinta a pele e 
esfuma levemente o pelo) ou a tinta para tingir pelos. Além disso, outra técnica 
em que também podemos nos especializar, sendo mais complexa e permanente, 
é a micropigmentação.
6 HENNA
A história da origem da henna é difícil de traçar, com séculos de migração 
e interação cultural, e é difícil determinar onde a tradição particular começou. 
Contudo, há uma evidência muito convincente do povo neolítico em Catal 
Huyuk, no 7º milênio a.C., onde a henna foi usada para ornamentar mãos em 
conexão com a deusa da fertilidade.
As mulheres, na Índia, são tradicionalmente pintadas de henna nas mãos 
e nos pés, interior de seus braços e até as canelas, para um casamento ou outra 
ocasião especial. Às vezes, o peito, pescoço e garganta. O assunto é muito abstrato 
e, muitas vezes, incorpora símbolos religiosos e auspiciosos (RODRIGUES, 2010).
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
126
FIGURA 9 – ARTE DE HENNA EM CERIMÔNIA
FONTE: <https://lvsitania.wordpress.com/2010/08/20/henna/>. Acesso em: 1 nov. 2018.
A henna tem sua origem na palavra árabe Al-Hinna. Em termos botânicos, 
é Lawsonia Enermis, uma planta que cresce de 4-8 pés de altura em climas quentes, 
encontrada no Irã, Paquistão, Síria, Pérsia, Marrocos, Palestina, Iêmen, Egito, 
Uganda, Tanzânia, Afeganistão, Senegal, Quênia, Etiópia, Eritreia e na Índia.
 
As folhas, flores e galhos da planta são triturados até sobrarum pó fino 
com propriedades naturais. No ramo estético, ela é usada para coloração de 
cabelos e pintura na pele e, na sobrancelha, é usada para fazer correção de falhas.
Na sobrancelha, tem uma durabilidade que varia de sete a 21 dias, sendo 
que em peles oleosas pode durar apenas sete dias, dependendo dos cuidados 
do cliente. É importante compreender que a henna não pigmenta os pelos e 
sim a pele, então o resultado do procedimento é de pelos esfumados e, por não 
pigmentar o pelo, a técnica não cobre os pelos brancos da sobrancelha. Nesses 
casos, utilizamos a técnica com tinta.
Pode-se encontrar a henna na forma de pó ou de creme. O produto já pronto 
em creme pode facilitar a sua aplicação, mas não é tão recomendado, pois, em geral, é 
misturado com outras plantas e agentes. É importante ficar atento à composição, pois 
algumas marcas possuem aditivos e corantes químicos em sua formulação.
 
A vantagem da henna é que, por ser um cosmético natural e não penetrar 
a estrutura dos fios, dificilmente causará alergia, garantindo a integridade e 
saúde dos pelos. Mesmo assim, é recomendado fazer um teste de contato antes 
do procedimento. Com o tempo e o uso frequente, a utilização da henna na 
sobrancelha vai tornando os fios mais volumosos e estimulando o crescimento de 
novos fios. Sobre as contraindicações: pessoas alérgicas à planta e também não é 
recomendado seu uso por gestantes ou lactantes.
TÓPICO 1 | SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN
127
Como é um método de pouca duração, sempre lembre seus clientes dos 
cuidados após a aplicação:
• Não lavar a sobrancelha no primeiro dia, peça que utilize lenços de limpeza 
para o rosto, sem que haja contato com as sobrancelhas.
• Não esfregar as sobrancelhas com toalhas após o banho. A ação faz com que 
a henna seja removida rapidamente, pois promove uma esfoliação local e, 
consequentemente, durando menos tempo.
• Não passar lápis por cima das sobrancelhas enquanto elas estiverem com 
henna, pois o atrito do lápis na pele pigmentada retira o pigmento.
• Não passar cremes hidratantes no rosto durante os primeiros três dias, ou ter 
muita cautela na região das sobrancelhas. A oleosidade de cremes e loções 
provoca uma emoliência na pele, promovendo a pouca fixação do pigmento.
• Não ficar passando a mão nas sobrancelhas, pois a umidade faz com que o 
pigmento saia mais rápido.
IMPORTANT
E
O pó de henna é utilizado há mais de mil anos como corante (para cabelo, pele, 
unhas e tecidos), conservante e antifúngico. As flores de henna são utilizadas em perfumes 
e óleos essenciais na Medicina Ayurvédica, devido ao seu efeito calmante e relaxante, 
promovendo paz mental e a redução da fadiga.
Agora, vamos para a prática da henna. Primeiramente, você irá fazer o 
design. Em seguida, escolha a cor que melhor se encaixa para o biotipo de pele e 
pelo. Após a escolha, siga o passo a passo descrito nas instruções do fabricante.
FIGURA 10 – TÉCNICA DE HENNA
FONTE: <http://sobrancelha.eco.br>. Acesso em: 1 nov. 2018.
ANTES
RESULTADO FINAL
DURANTE AÇÃO
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
128
Passo a passo do método de henna:
• Hidratar duas medidas (use o medidor que vem junto na embalagem) de henna 
em oito gotas de água mineral ou soro fisiológico, juntamente com quatro gotas 
de fixador de henna.
• Aplique sobre a sobrancelha com um pincel fino e usando a técnica adequada, 
de preferência seguindo o desenho natural das sobrancelhas do cliente.
• Deixe agir de cinco a 20 minutos. O tempo de aplicação depende da intensidade 
da cor final que você deseja (nunca ultrapasse o tempo de 20 min, pois a henna 
resseca e pode causar quebras nos pelos).
• Retire com algodão úmido em água ou soro fisiológico.
7 TINTURA DE SOBRANCELHAS 
Já para mudar a cor dos pelos das sobrancelhas, existem, no mercado, 
tinturas específicas para a área dos olhos (cílios e sobrancelhas). As tinturas 
especiais, além de terem a função de mudar a cor dos pelos, cobrem os fios 
brancos e até mesmo descolorem quando for necessário.
Temos clientes que preferem o uso da henna utilizando sombreado mais 
marcado, porém outros alegam seu gosto pela tintura devido ao fato de, ao 
colorirmos apenas os fios, não ficam com a pele marcada. Então, sempre converse 
com o cliente para entender qual resultado está buscando. Inclusive, você pode 
mostrar fotos do seu serviço para os clientes entenderem a diferença dos métodos 
e perceberem o quão natural o realce das colorações, seja com henna ou tintura.
Entre as tinturas, a linha mais conhecida e utilizada pelos profissionais é 
a RefectoCil, mas também existem outras marcas que você pode testar. De forma 
diferente da henna, como falamos, a técnica não pigmenta a pele, mas apenas os 
pelos, e a durabilidade é de até três meses, que é o tempo no qual ocorre a troca 
natural dos fios por novos.
 
Na linha RefectoCil, a cor do produto é categorizada por um número e 
uma descrição, como o "Nº 2, Preto Azulado" ou "Nº 3, Castanho Natural". Além 
da tintura, você precisará do Oxidante 3%, que é uma água oxigenada feita 
especialmente para auxiliar na coloração dos pelos.
TÓPICO 1 | SOBRANCELHAS: DA COLORIMETRIA AO DESIGN
129
FIGURA 11 – NUMERAÇÃO DE CORES DA LINHA REFECTOCIL
FONTE: <https://academiarefectocil.com.br>. Acesso em: 2 nov. 2018.
1.0 Preto Profundo
1.1 Grafite
2.0 Preto Azulado
2.1 Azul Profundo
3.0 Castanho Natural
3.1 Castanho Claro
4.0 Acaju (Castanho avermelhado)
4.1 Vermelho
5.0 Púrpura
BlondBrown é um despigmentante capaz de
clarear até três tons.
Agora vamos para a prática! Sempre faça o teste de contato para 
saber se a cliente tem alergia ou não, e lembre-se de que não é indicado para 
gestantes e lactantes.
 
A seguir temos um passo a passo, mas você também pode seguir as 
instruções de uso de cada fabricante.
• Primeiramente, limpe a área com loção adstringente.
• Em seguida, para realizar a coloração das sobrancelhas, é necessário escolher a 
cor da tintura, sempre observando o biotipo do cliente. 
• Misture a tinta com o oxidante. A medida indica usar um centímetro de tinta 
com, no máximo, duas gotas de oxidante (da mesma linha).
• A tinta e o oxidante devem ser misturados criando uma solução pastosa, que 
será aplicada diretamente na sobrancelha. 
• Aplique com um pincel, sempre seguindo a direção do crescimento dos pelos, 
limpando os excessos com cotonete.
• Após a aplicação, o produto deve permanecer agindo de 5 a 10 minutos. 
• Ao fim do tempo, é necessário limpar a área de aplicação com algodão e água, 
removendo toda tinta em excesso.
FIGURA 12 – ANTES E DEPOIS TINTURA SOBRANCELHAS
FONTE: A autora
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
130
Anatomicamente, as sobrancelhas são um elemento do grupo de proteção 
do globo ocular. Contudo, elas expressam a personalidade tanto através de reações 
pelos sentimentos, como por seu formato no rosto. Outro ponto importante é que 
um olhar marcante, com contornos em harmonia, valorizando e evidenciando 
a beleza natural, eleva a autoestima de qualquer pessoa. Assim, as técnicas de 
design de sobrancelha vêm sendo buscadas cada vez mais nos centros de beleza, e 
os profissionais que se especializam com as novas técnicas acabam se destacando 
no mercado com sucesso. 
A beleza nunca foi tão valorizada, principalmente a beleza natural, e 
muitos clientes buscam serviços que não só irão suprir uma falha ou valorizar o 
que já está belo, mas que o procedimento demonstre o maior nível de naturalidade 
possível para que não percam a identidade visual. Assim, sempre conversem com 
o cliente antes de realizarem qualquer serviço, compreendam o que ele busca, 
gerando um espaço de confiança e fidelização garantida.
131
 Neste tópico você viu que:
• O instrumentoprincipal que utilizamos para classificar as cores é a Estrela de 
Oswald, criada pelo físico e químico Friedrich Wilhelm Oswald (1858-1932).
 
• As cores primárias são: amarelo, azul e vermelho. As secundárias são: verde, 
laranja e violeta.
• Os pigmentos contidos na fibra capilar determinam a cor natural do cabelo. 
São divididos em difusos (do amarelo claro ao avermelhado) e granulosos (do 
avermelhado ao preto intenso).
• A junção de todas as cores forma o marrom.
• Dentre as cores, subdividimos em cores frias (violeta, azul e verde) e em cores 
quentes (amarelo, laranja e vermelho).
• Na neutralização das cores existe uma regra fundamental: sempre uma 
cor secundária irá neutralizar uma cor primária e vice-versa. No caso, se 
analisarmos a Estrela de Oswald, será sempre a cor oposta à posição: azul 
neutraliza laranja, vermelho neutraliza verde e amarelo neutraliza violeta.
• Para identificarmos o tipo de melanina do cliente, também chamado de subtom, 
precisamos analisar algumas características pessoais através da tabela criada 
por Fitzpatrick.
• Além da tabela, também é importante conhecer as características físicas dos 
seis fototipos.
• Uma pessoa morena ou negra tem o subtom azulado ou esverdeado, com 
predominância de melanina fria. Já as pessoas claras, em sua maioria, são 
determinadas melanina quente, por possuírem subtom avermelhado ou rosado.
• O visagismo visa valorizar cada ser desde sua beleza individual, acentuando as 
melhores características.
• É importante estudar cada fisionomia, formato de olhos, boca e sobrancelha, 
pois mudam de formato em cada rosto.
• Os tipos de rosto são: oval, redondo, retangular, triangular ou pera, triangular 
invertido, hexagonal, coração e quadrado.
RESUMO DO TÓPICO 1
132
• No design de sobrancelhas, além da técnica de visagismo facial, utilizamos 
um método específico de medidas. A referência principal é o canto externo da 
aba do nariz.
• Delimitamos os pontos A, B e C com o apoio de paquímetro e lápis de 
sobrancelha.
• Podemos corrigir as falhas de pelos de maneira simples e através de duas 
técnicas: usando a henna (coloração que pinta a pele e esfuma levemente o 
pelo) ou a tinta para tingir pelos.
• A henna dura de sete a 21 dias, sendo que, em peles oleosas, pode durar apenas 
sete dias, dependendo dos cuidados do cliente.
• A vantagem da henna é que, por ser um cosmético natural e não penetrar a 
estrutura dos fios, dificilmente causará alergia, garantindo a integridade e 
saúde dos pelos.
 
• Sempre avisar o cliente que a henna colore a pele, e não o pelo.
• Para mudar a cor das sobrancelhas, existem no mercado tinturas específicas 
para a área dos olhos (cílios e sobrancelhas).
 
• As tinturas especiais, além de terem a função de mudar a cor dos pelos, cobrem 
os fios brancos e até mesmo descolorem, quando for necessário.
133
1 Cite quatro diferenças da melanina quente e melanina fria.
2 Quais as cores primárias e quais neutralizam?
3 Qual a importância do visagismo no design de sobrancelhas?
4 Quais recursos básicos temos para corrigir falhas nas sobrancelhas? Cite 
três características de cada.
AUTOATIVIDADE
134
135
TÓPICO 2
MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
As técnicas de embelezamento do olhar são muito diversificadas. Agora 
que aprendemos toda a parte teórica e prática de colorimetria, visagismo e a 
prática de design de sobrancelhas, podemos entrar em conhecimentos mais 
especializados, desde a própria sobrancelha com a micropigmentação, como 
também a parte de design de cílios, incluindo o permanente e o alongamento.
Neste tópico, aprenderemos a parte teórica dos procedimentos, além da 
prática, com o passo a passo. Como são técnicas mais especializadas e complexas, 
é indicado fazer um curso de especialização, caso você se interesse em investir na 
área, que vem cada vez mais ganhando espaço e valorização.
2 MICROPIGMENTAÇÃO
Também conhecida como dermopigmentação, a técnica que tem se 
destacado entre os tratamentos estéticos e reparadores está inteiramente ligada ao 
bem-estar e à autoestima dos clientes. Por tal razão, evoluiu e evolui tão rápido.
 
Quando feita com o profissional qualificado, o resultado sempre acaba 
surpreendendo os clientes, que se sentem mais seguros e felizes com a sua 
aparência. Ainda, sem contar que a micropigmentação é também de grande ajuda 
na área paramédica.
A técnica ocupa um lugar importante, pois está diretamente ligada à 
recuperação da autoestima. Por consequências do tratamento do câncer, muitos 
pacientes acabaram tendo perda total de pelos da face. Ainda, é destaque na 
recuperação da aréola após a cirurgia de mastectomia.
A micropigmentação é o depósito de pigmentos ou corantes na camada 
externa da pele, a epiderme. A micropigmentação trata-se de uma técnica de 
duração temporária da pigmentação, que varia de acordo com o tipo, a textura e 
com a coloração da pele. 
O pigmento é depositado na camada epidérmica da pele com o auxílio de um 
demógrafo e agulhas apropriadas, ou com o uso do tebori com lâminas de agulhas.
136
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
FIGURA 13 – INSTRUMENTOS DE MICROPIGMENTAÇÃO
FONTE: A autora
Ribeiro (2006) afirma que a micropigmentação é diferente da tatuagem, 
pois tem o objetivo de colorir apenas a epiderme, com pigmentos de natureza 
vegetal, mineral ou orgânica.
 
O profissional que realiza o serviço deve estar sempre atento ao tipo de 
pele, idade do cliente e se certificar de que o pigmento usado pode ser retirado 
com algum produto ou procedimento, como o raio laser.
Ao aplicar o pigmento na epiderme, ocorre uma lesão de primeiro grau, o 
que causa uma pequena cicatriz, que não aumenta após o retoque. A realização é 
prevista em até 30 dias após a primeira aplicação do pigmento.
Os pigmentos marrons são os mais utilizados, uma vez que todo tom de 
pele é marrom. Há uma variedade de marrons, dos tons quentes ou frios, até 
claros ou escuros, mas é importante conhecer as cores que neutralizam os tons 
como laranja e verde.
Ribeiro (2006) cita que, para a realização do procedimento ou de qualquer 
outro que envolva a imagem pessoal, é essencial conhecer como as cores 
funcionam e saber usá-las para conseguir o efeito desejado sobre a cor da pele e 
a satisfação do cliente.
Os pigmentos foram elaborados para serem usados nas camadas 
superficiais da pele. Existem vários pigmentos para trabalharmos no mercado, 
divididos em dois tipos: Base de água (mais indicada para Dermógrafo) e 
Base Glicerinada (mais indicada para Tebori). Todos os pigmentos brasileiros 
possuem, em comum, os metais: Cu, Fe, Zn (Cobre, Ferro e Zinco), sendo o Cobre 
o componente mais utilizado.
Tebori com lâminasDermógrafo com agulha
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
137
Os pigmentos da Iron Works Pigmento são com base de água, servindo 
bem para o tebori, mas há uma melhor fixação de cor no uso em dermógrafo. 
A linha possui três modificadores ou neutralizadores: pH esverdeado, taupe 
e mandarine. Com tais pigmentos é possível aquecer ou esfriar o pigmento, 
dependendo da necessidade da melanina da pele.
 • PH esverdeado: Pigmento frio, usado para neutralizar sobrancelhas 
avermelhadas e esfriar pigmentos quentes.
• Taupe: Pigmento quente, usado para neutralizar sobrancelhas azuladas/
esverdeadas desde que sejam muito claras ou desbotadas. 
• Mandarine: Corretivo para pigmentos de cores frias.
• Blondie: Pigmento frio, usado em sobrancelhas louras que apresentam a pele 
avermelhada (misturar com castanho claro para neutralizar). 
 • Castanho médio: Como é um pigmento neutro, pode ser usado puro em 
qualquer tipo de sobrancelha. Também podemos utilizar em misturas como 
base para clarear ou escurecer tons.
• Castanhoclaro: Pigmento quente, utilizado para pessoas claras e deve ser 
usado com o pH esverdeado. 
• Castanho intermediário: Pigmento quente usado para peles pardas até negras, 
usado puro em melaninas frias.
• Castanho escuro: Pigmento frio, usado para pardas até negras, e sempre 
aquecido por algum pigmento de base quente. 
• Castanho avermelhado: Pigmento quente, de tonalidade terracota escura, 
usado para pardas até negras com cabelos avermelhados. É muito usado para 
dar base ao preto.
• Marrom café: Pigmento frio, usado em peles negras. 
• Branco: Deve ser usado com extremo cuidado e por profissionais experientes 
para contornos de iluminação. 
• Cinza: Somente utilizado em sobrancelhas alaranjadas e para neutralizar tons 
muito quentes de pigmentos.
A duração do pigmento varia de um até dez anos, dependendo da técnica 
que foi utilizada, da base e intensidade dos pigmentos aplicados e do grupo de 
agulhas usadas durante a pigmentação.
 
Outros fatores também influenciam no tempo de duração do pigmento, 
como os hábitos do indivíduo. Muito tempo de exposição ao Sol e uso de 
cosméticos à base de ácidos e esfoliantes prejudicam a permanência e a intensidade 
do pigmento. Sobre os tipos de procedimento, temos dois métodos que podem 
ser utilizados: dermógrafo e tebori.
138
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
2.1 DERMÓGRAFO
É o método mais antigo utilizado no Brasil desde os anos 90. O 
equipamento tem um motor que gera movimentos contínuos, composto por 
um conjunto de uma a 14 agulhas conectadas à ponteira de aço inoxidável 
(esterilizável). Estas são selecionadas dependendo da técnica utilizada. Então, 
o pigmento predefinido é depositado na segunda camada da pele através do 
contato com pele de forma superficial.
Para a realização da técnica, o profissional dermopigmentador não pode 
esquecer do uso de luvas, touca e máscara. Antes de iniciar, é importante que toda a 
área a ser utilizada com os materiais esteja higienizada para minimização do risco de 
infecção, uma vez que o procedimento não é completamente estéril.
 
A prática de movimentação, posicionamento e firmeza das mãos e punhos no 
desenvolvimento da técnica permite diversos efeitos ópticos de pigmentação artificial 
da pele, evitando lesões desnecessárias e melhores resultados. Assim, especialize-se!
Existem sete técnicas de dermopigmentação nas sobrancelhas. São elas:
• Esfumada ou compacta: É a primeira técnica apresentada ao profissional. 
É indicada para quem tem muitas falhas ou ausência total de pelos. Para a 
realização da técnica, deve ser utilizada agulha de três ou cinco pontas, 
posicionada de 90 a 60° em relação à pele.
FIGURA 14 – TÉCNICA ESFUMADA
FONTE: <http://www.pictame.com/tag/Esfumada/>. Acesso em: 3 nov. 2018.
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
139
• Tridimensional: Técnica parecida com a anterior, difere-se por não ser tão 
marcada, e são utilizadas agulhas de três a cinco pontas circulares, posicionadas 
a 60º. Os traços são realizados a partir de uma linha horizontal no meio das 
sobrancelhas, e são feitos a partir da linha para a parte superior e do centro até 
a parte inferior. Sua desvantagem para o cliente é que dura menos tempo.
• Tridimensional esfumada: É indicada para sobrancelhas largas e falhadas, 
principalmente em rostos largos e grandes. Utilizam-se agulhas de cinco 
pontas lineares, posicionadas a 45°. 
• Fio a fio: A técnica mais utilizada e preferida dos clientes, por conferir maior 
naturalidade. É utilizada agulha monoponta, posicionada a 60°, realizando 
traços ascendentes, no sentido de crescimento dos pelos.
FIGURA 15 – TÉCNICA FIO A FIO
FONTE: <https://sobrancelhas.net.br/>. Acesso em: 17 nov. 2018.
• Fio a fio com efeito dégradé: Indicada para quem tem pouquíssimos fios e 
deseja um efeito mais marcado. Mescla as técnicas de traçado e pintura, assim, 
é necessário utilizar dois tipos de agulha: circular e linear. Para a realização da 
técnica, utiliza-se a mesma técnica de fio a fio e, depois, com a agulha linear 
de cinco pontas posicionada a 45°, realiza-se um movimento de pintura, como 
se fosse um pincel. O resultado é um traçado natural, sem marcações, como 
acontece na técnica fio a fio, porém com sombreado ao fundo.
• Fio a fio com agulhas do tipo pincel diagonal: É como a técnica de fio a fio, 
porém utiliza agulhas lineares, que são menos agressivas. A agulha deve ser 
posicionada a 60°, realizando-se um único traço com início e fim do pelo, tendo 
a base inferior como referência. Para se ter volume, sugerimos utilizar três cores 
de pigmento, partindo do mais escuro até o mais claro. 
• Iluminadores de sobrancelhas: É um contorno de tom claro na parte inferior do 
desenho da sobrancelha já micropigmentada. O procedimento é indicado para 
demarcar e iluminar a sobrancelha. Para a realização da técnica, sugere-se a técnica 
fio a fio com tinta branca ou pérola, com um posicionamento de 45° do dermógrafo. 
140
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
2.2 TÉCNICA TEBORI (MICROBLANDING)
O instrumento japonês vem ganhando espaço no ramo da beleza, devido 
ao resultado natural que o procedimento permite executar. O tebori, que em 
japonês significa tatuar com as mãos, é uma pequena caneta com lâminas de 
tamanhos diferenciados das agulhas e também diferenciando sua flexibilidade 
(lâmina hard ou lâmina flex). A caneta não tem motor, e nenhum tipo de conexão 
com energia elétrica. Com movimentos manuais, aplica- se a lâmina com pressão 
suficiente para cortar a pele com a ponta do tebori.
É preciso molhar a ponta no pigmento. O tebori, em ângulo de 90°C, 
é puxado de forma precisa, até formar um fio longo ou curto dependendo da 
localização. A lâmina deverá estar com todas as agulhas passando na pele, com 
o tebori em pé, e a lâmina apontada para o lado esquerdo, levemente inclinada. 
Como não tem barulho de motor ligado como o dermógrafo, é possível ouvir 
o som da agulha cortando a pele. Assim, sempre deixe um som no ambiente 
para o cliente não ficar focado no som da lâmina na pele e correr o risco de se 
movimentar, causando um corte indesejado fora do desenho da sobrancelha.
A pressão da mão vai variar de acordo com a pele e lâmina utilizada. 
Para peles finas e sensíveis, mistas ou secas, deve-se pressionar levemente, se 
necessário poderá repassar até 2x no mesmo fio. Já em peles oleosas e grossas, 
a pressão é um pouco mais forte, mas na medida em que não saia tanto sangue, 
pois o fio pode saturar após 30 dias, podendo ficar azulado e grosso.
Como são feitos cortes na pele, alguns clientes sentem desconforto e 
pessoas mais sensíveis sentem dor. Então, o anestésico que pode ser aplicado 
com a pele ainda fechada (antes do procedimento) é o EMLA (5% Lidocaína + 
Prilocaína). Podemos aplicar na pele e ocluir com filme plástico, ou com protetor 
que vem junto na caixa, e aguardar de 30 a 45 minutos.
 
Quando o procedimento está sendo feito, um ligeiro sangramento é normal. 
A proporção do sangramento pode variar de pele para pele. Em peles finas, maduras 
e em pessoas muito claras, ocorre maior sangramento. A indicação é fazer menos 
pressão do ponto alto até o fim da cauda, pois a pele é mais sensível na região.
Após a finalização de todo o procedimento, é feita a saturação do 
pigmento, para que este não seja expulso da pele durante o sangramento. É 
aplicado o pigmento cobrindo toda a sobrancelha e durante 10 minutos. Após, é 
retirado com algodão e água.
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
141
FIGURA 16 – MICROBLANDING
FONTE: <https://institutodasobrancelha.com.br>. Acesso em: 17 nov. 2018.
3 CORREÇÕES E CAMUFLAGEM DE SOBRANCELHAS
Para a correção de uma micropigmentação assimétrica, precisamos neutralizar, 
simetralizar e/ou camuflar. É preciso verificaras cores da estrela cromática e perceber 
que, para mudar a cor existente, sempre usamos uma cor complementar.
 
As cores complementares são sempre opostas e se neutralizam entre si. 
Caso haja um erro durante o procedimento, temos a opção de uso do pigmento 
Nude, da Bioutoch, para peles brancas, ou o Magic, para mulatas e negras.
 
Se estivermos fazendo microblanding, devemos passar o tebori na tinta e, 
com o fio inverso, aplicar três vezes. Para corrigirmos uma sobrancelha através da 
despigmentação, podemos usar o método salina ou despigmentação com ácidos. 
Ainda, é importante deixar claro para o cliente que o resultado do procedimento 
de correção não é cem por cento. São necessários retoques anuais, pois a cor que 
predomina ao longo do tempo sempre será a camuflada. 
A camuflagem é indicada para pequenas assimetrias e sem saturação. 
Utilizamos os pigmentos à base de dióxido de titânio (branco ou bege) e devem 
ser aplicados com técnica de sobreposição, para que não ocorra sua pigmentação. 
Necessitamos somente do fundamento da cor para a obtenção de um efeito mais 
suave da cor da assimetria. 
142
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
Ainda, é indicada quando a cor presente se apresenta alterada e indesejada, 
com aspecto não impregnado e saturado. Normalmente, a neutralização é utilizada em 
trabalhos não assimétricos e após despigmentações, obtida a diminuição da saturação 
do pigmento inicial. A neutralização é realizada com a técnica de compactação.
Por fim, a cobertura é sugerida quando a cor presente está saturada 
e impregnada. É realizada com pigmentos à base de dióxido de titânio e que 
garantem fixação e cobertura, inibindo a estabilidade da cor. Lembrando que 
não se trata de uma remoção, uma vez que não há pigmentos que removam 
pigmentos. Outro ponto é que a técnica de cobertura pode ser complementada 
com a técnica de neutralização.
3.1 CUIDADOS APÓS O PROCEDIMENTO
É de extrema importância informar o cliente sobre os cuidados no período 
de cicatrização. Uma recuperação inadequada pode provocar alteração na cor do 
pigmento, má cicatrização, queloide e até a retirada do pigmento por completo.
A seguir, temos as recomendações necessárias para o sucesso final do 
procedimento:
• Durante os dez dias seguintes após a implantação do pigmento, deverá haver 
uma limpeza diária com antisséptico, soro fisiológico ou água mineral.
• Evitar exposição solar nos cinco dias antes e 21 dias após a implantação do 
pigmento. 
• Evitar qualquer tratamento facial durante os 14 dias posteriores. Se houver 
alguma aplicação de ácido, aguardar 30 dias. 
• Se a implantação de pigmento se realizará em diferentes sessões, estas se 
realizarão a cada 15 dias. 
• Evitar mergulhar em piscina e mar durante uma semana. 
• Aplicar, sobre a zona pigmentada, pomada prescrita ou produto cicatrizante 
recomendado, ao menos duas vezes ao dia, durante duas semanas. 
• Não utilizar produtos com álcool ou oleosos, pois prejudicam a fixação do 
pigmento. 
• Não coçar nem tentar arrancar a descamação prematuramente, pois uma 
eliminação não natural pode resultar em falhas.
• Não frequentar sauna ou praticar atividades físicas intensas ao ponto de suar o 
rosto durante 10 dias após o procedimento.
Após a aplicação, o organismo desencadeia uma reação de um corpo 
estranho na derme. Podem ser observados alguns casos de inflamação, como 
hiperemia, o edema e extravasamento de líquidos intersticiais.
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
143
A assimilação dos pigmentos é feita por macrófagos, e como há uma reação 
inflamatória, ocorre um aumento da produção fibrosa local. As fibras se instalam ao 
redor dos macrófagos e fazem com que não migrem, garantindo a estabilidade do 
desenho. Em casos graves de reação alérgica granulomatosa, o uso de corticoides 
(tópicos ou sistêmicos) pode auxiliar na reversão do quadro (VAGEFI, 2006).
A técnica de micropigmentação não tem uma regulamentação oficial para 
seu desempenho profissional, mas pela importância que envolve. Sabendo dos 
riscos que o cliente pode passar, é indispensável ter conhecimentos profundos em 
anatomia, fisiologia e patologias da pele facial. 
3.2 CONTRAINDICAÇÕES
A micropigmentação é contraindicada em casos de acne, verrugas de 
gestação, diabetes, herpes, alergia, telangectasias, pressão alta e por opção por 
parte do paciente em fazer aplicações estéticas futuras como peeling, toxina 
botulínica e lifting facial. A técnica pode alterar o formato e a cor da sobrancelha.
 
Os principais riscos da técnica são as infecções por bactérias e vírus. 
Tais infecções são agravadas pelo Streptococcus pyogenes, causador de impetigo e 
erisipela, e podem acontecer, principalmente, em casos de cuidados inadequados 
do cliente após o procedimento.
Para a realização da técnica existem algumas contraindicações relativas, 
como cicatrizes, dermatites, feridas no local da aplicação e hipersensibilidade. Em 
relação às contraindicações absolutas, citamos a diabetes, a leucemia, a epilepsia, 
a hipertensão, a hemofilia, o uso de marca-passo e a imunodeficiência (AIDS).
FIGURA 17 – ALERGIA APÓS MICROPIGMENTAÇÃO
FONTE: <https://vilamulher.com.br>. Acesso em: 18 nov. 2018.
144
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
Assim, é importante sempre realizar a ficha de anamnese por precaução 
de riscos e registro das cores de pigmento e tipo de técnica, para quando o 
cliente voltar no retoque e manutenção. Ainda, durante todo o procedimento de 
micropigmentação, deve ser priorizado o cuidado com relação à biossegurança, o 
uso correto de EPI e, especialmente, quanto ao uso de agulhas e tintas descartáveis, 
garantindo a segurança do cliente e do profissional.
Caso o profissional se furar durante o procedimento, deve parar no 
mesmo instante, lavar o ferimento com água e sabão, colocar uma compressa de 
álcool 70% e, então, trocar todo o material usado no procedimento para que possa 
finalizar o trabalho.
Após finalizar, recomenda-se procurar um posto de saúde para fazer 
exames de sangue, para detecção de doenças infectocontagiosas. Se necessário, 
tomar o coquetel para prevenção da AIDS (este é recomendado em até 12h).
Assim, sempre tenha cautela. Micropigmentação é um procedimento de 
risco, então tenha paciência sempre que fizer um atendimento. Caso não tenha 
segurança, é necessário treinar com pele falsa até que obtenha experiência e base 
suficiente para atender com qualidade e profissionalismo.
4 DESIGN DE CÍLIOS
Os cílios são pelos curtos e resistentes que crescem desde a extremidade 
das pálpebras. Os cílios da pálpebra superior são maiores e mais numerosos que 
os da pálpebra inferior. Ainda, estão virados para cima, enquanto os inferiores 
são virados para baixo.
Têm determinado formato para deixar insetos e partículas afastados dos 
olhos. Agem como uma barreira física e também fazem com que os olhos fechem, 
piscando diante de qualquer sensação externa ou provocação estranha na região.
Segundo vários registros da história da beleza, os cílios postiços foram 
inventados em 1916, por D. W. Griffith. Ele era diretor do cinema americano 
e, em seu filme Intolerance, desejou que a atriz Seena Owen exibisse cílios 
suficientemente longos que chegassem a encostar nas bochechas quando ela 
piscasse ou olhasse para baixo.
Um peruqueiro foi o encarregado de elaborar o artifício. Ele usou cabelos 
humanos, uma gaze fina, e teceu o primeiro par de cílios postiços. Este par 
seria grudado à pálpebra de Seena. Por sinal, foi um sucesso em cena, mas não 
repercutiu na tendência de moda na época. Apenas na década de 50 os cílios 
postiços começaram a se popularizar, quando grandes empresas de cosméticos 
passaram a comercializá-los.
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
145Ao longo dos tempos até os dias atuais, algumas celebridades femininas, 
como Marylin Monroe, Twiggy, Liza Minneli, Lady Gaga, Kate Perry criaram 
looks exclusivos e dramáticos com seus cílios postiços.
5 ALONGAMENTO DE CÍLIOS 
O alongamento de cílios inovou na Ásia no início do milênio, e tornou-
se popular em 2004. Transformados e modificados para poderem proporcionar 
melhor qualidade e um efeito natural, tornaram-se queridos e muito procurados 
nos centros de estética.
Ao contrário dos cílios postiços, os alongamentos de cílios atuais são 
muito mais precisos, compostos de pelos isolados e ligados aos cílios naturais 
existentes com uma cola desenvolvida especificamente para o procedimento.
FIGURA 18 – APLICAÇÃO CORRETA DA COLA NO CÍLIO SINTÉTICO
FONTE: A autora
CILÍOS FALSO
CILÍOS REALCOLA
COLA
CORRETO
Os alongamentos vêm em uma ampla variedade de estilos, cores e 
materiais. Em relação aos materiais, temos mink, seda sintética, poliéster e visom, 
fazendo com que sejam leves, confortáveis e muito superiores aos primeiros 
métodos utilizados.
O alongamento de cílios chegou com tudo. Sua principal procura é para 
realçar o olhar, podendo dar a sensação de aumentar, abrir, diminuir e alongar 
os olhos, dependendo de como é realizado o procedimento. Olhos grandes, olhos 
pequenos, olhos asiáticos, olhos juntos, olhos separados etc. são alguns formatos 
de olhos, e para cada um deles existe um formato de “mapping”.
 
O mapping define o desenho que o cílio vai ter, podendo ser estilo natural, 
olhos abertos, gatinho, esquilo e boneca. Ainda, avaliamos o formato do olho da 
cliente e escolhemos os tamanhos, curvaturas e espessuras de pelos ideais.
Os tipos de pelos variam de acordo com a espessura, comprimento e 
formato. Os mais utilizados são no formato B, C e D. Os comprimentos mais 
usados no mercado nacional são 08,10,12 e 14 milímetros e as espessuras 0.07, 
0.15 e 0.20. A seguir, temos uma imagem para compreendermos melhor:
146
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
FIGURA 19 – FORMATOS, ESPESSURAS E COMPRIMENTOS
FONTE: A autora
Existem quatro técnicas de alongamento de cílios: fio a fio, volume russo, 
híbrido e megavolume. O método é escolhido de acordo com o resultado que o 
cliente deseja e também com a opinião e bom senso do profissional em relação às 
técnicas de visagismo. 
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
147
FIGURA 20 – TÉCNICAS DE ALONGAMENTO DE CÍLIOS
FONTE: A autora
É importante lembrar que nem sempre o que o cliente deseja ou a referência 
que traz em fotos de internet é o que irá ficar melhor para ele. Analise sempre os 
traços do rosto, formato de olhos e sobrancelhas. A seguir, vamos conhecer cada 
técnica, suas indicações e prática de aplicação.
5.1 FIO A FIO
São utilizados fios sintéticos nos cílios naturais das clientes. Isolamos o fio 
natural com o auxílio de uma pinça e, então, colamos o cílio sintético no próprio 
comprimento do fio natural. Assim, esperamos a curagem da cola, e isolamos o 
próximo fio para a próxima colagem, até finalizar o procedimento.
É importante ter cautela para que o fio sintético cole em apenas um fio 
natural por vez. Se o fio natural não for isolado corretamente, falhas futuras nos 
cílios naturais poderão aparecer. 
Por tal razão, existe o mito de que os fios naturais caem após a aplicação 
do alongamento de cílios. Na verdade, é apenas um procedimento mal realizado. 
Então, não tenha pressa, deixe tempo vago na agenda e sempre informe o cliente 
para que se organize também.
 
O procedimento leva até duas horas para a aplicação, dependendo da 
quantidade de fios colocados. Tem a durabilidade de até três meses, fazendo 
sempre manutenção durante o período.
148
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
O fio a fio é o método de alongamento de cílios que tem o resultado 
mais natural. Ele é indicado para iniciantes que querem volume nos cílios, pois 
a adaptação é rápida e não ficará agressivo. Além disso, é recomendado para 
pessoas que buscam realce discreto e leveza para o olhar.
FIGURA 21 – RESULTADO TÉCNICA FIO A FIO
FONTE: A autora
5.2 VOLUME RUSSO
Como o próprio nome já diz, o objetivo é dar volume aos cílios. A aplicação 
é igual à do fio a fio, porém muda a espessura do fio sintético e a quantidade que 
é colocada em cada fio natural do cliente.
 
Chamamos de fans o leque que formamos com os fios de volume russo. 
Podem existir de três até sete fios, sendo definida a quantidade a ser aplicada ao 
analisarmos os cílios do cliente. Os fans são produzidos na hora da colocação e 
personalizados para cada procedimento.
Assim como no fio a fio, isola-se o fio natural da cliente e cola-se o fan. O 
volume russo demora cerca de três horas e meia para ser aplicado, e a durabilidade 
dele é igual à do fio a fio.
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
149
FIGURA 22 – RESULTADO TÉCNICA VOLUME RUSSO
FONTE: <www.capricho.com.br/beleza>. Acesso em: 20 nov. 2018.
5.3 MEGAVOLUME
Nessa técnica, a maior diferença é a espessura dos fans, enquanto no 
volume russo o fan é formado com até sete fios, neste método pode chegar a até 
17 fios por fan, o que causa o megavolume nos cílios dos clientes.
Devido ao fato de utilizar muito mais fios, se torna uma aplicação mais 
demorada que as outras, podendo levar até cinco horas. Já a sua durabilidade é 
igual às demais técnicas.
FIGURA 23 – RESULTADO TÉCNICA MEGAVOLUME
FONTE: A autora
150
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
5.4 HÍBRIDO
É a junção das técnicas de fio a fio e volume russo. É utilizada quando o 
cliente não quer tanto volume, mas também não quer a naturalidade somente do 
fio a fio. Levamos, em média, três horas para a aplicação. Ainda, com durabilidade 
de três meses em média, com os retoques mensais.
FIGURA 24 – RESULTADO TÉCNICA HÍBRIDO
FONTE: A autora
6 PRÁTICA DE ALONGAMENTO DE CÍLIOS
É a mesma para todas as quatro técnicas. A seguir, temos um passo a 
passo geral que você irá seguir:
• Preencha a ficha de anamnese, saiba o que a cliente busca com o procedimento.
• Acomode o cliente na cadeira ou na maca, analise os cílios, defina o método 
que será utilizado.
• Faça a higienização de toda a área dos olhos, lateral do nariz e sobrancelha, 
utilizando sabonete líquido para o rosto. Nos cílios, você pode aplicar um 
tônico adstringente com cotonete para retirar qualquer oleosidade.
• Em seguida, faça o isolamento dos cílios inferiores usando um protetor de 
pálpebra ou micropore para peles sensíveis.
• Faça a divisória dos olhos para iniciar o mapping ideal.
• Faça o isolamento do primeiro fio saudável do canto externo da cliente, retire 
o fio ou faça o fan, mergulhe no adesivo (cola) e cole no comprimento do fio 
isolado da cliente. Espere os segundos de curagem da cola e repita o processo 
em todos os fios. 
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
151
• Após o término da colagem dos fios, utilize o Nano mister (miniventilador) 
para acelerar o processo de curagem da cola, o que evitará a ardência quando 
a cliente abrir os olhos.
• Retire o protetor de pálpebra e finalize penteando a extensão de cílios.
• Oriente a cliente sobre os cuidados após a extensão de cílios.
IMPORTANT
E
O ideal é trabalhar os dois olhos ao mesmo tempo, colocando a mesma 
quantidade e tamanho de fio em cada olho. A ação ajudará o seu mapping a ficar perfeito.
Em relação aos cuidados, temos:
• Não molhar por 12 horas, pois a cola ainda está em processo de curagem.
• Não usar máscara para cílios ou curvex.
• Não usar demaquilante à base de óleo.
• Evitar expor a temperaturas muito quentes (secador de cabelo, sauna, vapor 
quente).
• Quando lavar os cabelos, evitar que a água quente escorranos olhos, de 
preferência tomar banhos mais mornos para não gerar tanto vapor.
• Não secar com toalhas ou usar gaze nos olhos. Use um lenço de papel para 
secar os olhos de forma delicada.
• Não dormir com o rosto apoiado no travesseiro. O atrito do travesseiro e olho 
pode causar quebras, entortar os fios e até causar queda da extensão.
• Deverá ser feita, diariamente, a higienização da extensão, com pincel macio e 
xampu neutro infantil, para evitar blefarite e outras alergias e infecções.
 
O volume russo não pode ser feito por pessoas com câncer, distúrbios 
oculares contagiosos ou infecciosos como conjuntivite bacteriana ou viral, inchaço 
na área dos olhos, tricotilomania, e por quem fez maquiagem definitiva nos olhos 
(aguardar quatro semanas após o procedimento). Gestantes também não são 
indicadas e, após o parto, devem consultar um médico.
 
As extensões de cílios são proibidas para quem tem alergia ao componente 
cianoacrilato (composto da cola), alergia grave em contato com micropore e que 
estão em tratamento quimioterápico.
Outros fatores não proibitivos que deverão ser avaliados caso a caso: pele 
extremamente oleosa, blefarite crônica, doenças metabólicas ou qualquer outra 
doença que tenha como resultado a queda de cabelos e pelos.
152
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
É importante lembrar que os cílios têm uma função de proteção dos 
olhos, além da questão da beleza. Não existe uma normativa para recomendação 
ou não do procedimento. Pelos riscos, é recomendado que a ação seja feita por 
profissionais especializados e que todo material seja regulamentado pela Anvisa.
 É importante ter o máximo de cuidado possível. Faça uma avaliação 
geral do seu cliente, use a ficha de anamnese, pois além de dar mais segurança ao 
cliente, ela é muito importante, garantindo a defesa do profissional, caso ocorra 
algum problema durante ou após o procedimento. Por fim, qualifique-se e se 
atualize o tempo todo.
7 PERMANENTE DE CÍLIOS 
Em busca de realçar o olhar e dar uma turbinada nos cílios sem o uso 
do curvex e máscaras de cílios, o permanente de cílios foi desenvolvido. Seu 
princípio ativo é o tiogliconato, o que amolece as cutículas do fio, facilitando a 
entrada do neutralizador, responsável por dar a estrutura final dos cílios.
É uma técnica de curvamento dos pelos, que pode ser com ou sem coloração 
dos cílios superiores (efeito máscara de cílios). É indicada tanto para pessoas com 
cílios muito pequenos ou retos, como também para renovar pálpebras caídas, 
pois o resultado final dá um aspecto de olhar mais aberto e levantado.
Ainda, o procedimento promove uma renovação no olhar, como se os 
cílios tivessem sido alongados e mais volumosos. A diferença, com alongamento, 
é que no permanente ocorre somente a curvatura e coloração dos fios naturais.
É um procedimento simples, indolor e pode ser feito em torno de 
50 minutos até 1h15min. Ainda que simples, é importante o profissional ser 
qualificado e ter confiança, pois a área dos olhos é sensível e é um procedimento 
que deve ser feito com cuidado.
Apesar do nome permanente, o procedimento dura, em média, de um 
a três meses, dependendo da rotina e do tipo de cílios de cada cliente. Pode ser 
necessária manutenção logo por volta do 20º dia após a aplicação, porque os pelos 
dos cílios se renovam. Então, dependendo da fase, o efeito curvadinho diminuirá.
Não existem cuidados que possam aumentar o tempo útil da aplicação. 
Então, o cliente pode lavar o rosto, usar maquiagens, passar demaquilante, fazer 
tudo normalmente.
Existe um mito de que permanente em cílios causa queda e quebra dos fios, 
mas não é verdade. Os produtos corretos, registrados pela Anvisa, que são usados 
para o permanente, não são agressivos e não causam tais efeitos posteriormente.
Além disso, produtos apropriados não causam alergias, irritações ou 
ardores nos olhos. Confira, a seguir, como o permanente de cílios é feito na prática:
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
153
• Primeiramente, o profissional faz uma limpeza na área, com demaquilante e/
ou tônico adstringente, para remoção de sujeiras ou maquiagens na região.
• Em seguida, o profissional posicionará uma superfície de apoio para os cílios 
colarem, os chamados microbobs ou bigudin, em tamanho específico para o local.
• Passa-se uma solução, como se fosse uma colinha para os cílios aderirem e 
fazerem curvatura. Com a ajuda de um palito ou pinça, cole os fios nos bobs. 
A técnica com os tubinhos é a mais tradicional, mas hoje em dia os centros 
estéticos contam com vários outros suportes para curvar os cílios.
FIGURA 25 – APLICAÇÃO DO MICROBOB
FONTE: <https://karinabelarmino.com.br/permanente-de-cilios-eu-fiz>.
Acesso em: 21 dez. 2018.
• Então, o profissional coloca sob os cílios e faz os ajustes necessários, colando 
bem os fios na superfície, deixando bem uniforme. O passo é muito importante 
para não deixar os cílios grudados e com acabamento mal feito. 
• Em seguida, aplique o agente permanente e cubra com alumínio e uma toalha. 
É ideal deixar o produto nos cílios agindo por 25 minutos.
FIGURA 26 – APLICAÇÃO DO AGENTE PERMANENTE
FONTE: <https://karinabelarmino.com.br/permanente-de-cilios-eu-fiz>.
Acesso em: 21 dez. 2018.
154
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
• Em seguida, retire o produto usando hastes de algodão e água.
• Após a retirada total do produto, aplique o passo 2, com o agente de fixação 
(neutralizante). Siga o mesmo tempo de ação do passo 1. Em seguida, retire 
todo o produto usando hastes de algodão e água.
• O último passo é a coloração nos cílios. Sempre recomendamos finalizar com a 
coloração, pois realça ainda mais o resultado final.
• Então, depois de retirar o agente fixador com algodão e água, retire o bob e 
aplique tintura RefectoCil da cor desejada e aguarde agir por cinco minutos.
FIGURA 27 – APLICAÇÃO DE TINTA REFECTOCIL 
FONTE: <https://karinabelarmino.com.br/permanente-de-cilios-eu-fiz>.
Acesso em: 21 dez. 2018.
• Por fim, uma última higienização é feita e finalizamos com cílios curvados e 
pigmentados.
FIGURA 28 – RESULTADO PERMANENTE DE CÍLIOS
FONTE: <https://karinabelarmino.com.br/permanente-de-cilios-eu-fiz>.
Acesso em: 21 dez. 2018.
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
155
8 LASH LIFTING
Novidade entre os centros de estética, o lash lifting é o permanente de 
cílios da nova geração. Além de curvar e tingir os cílios, tem a função de hidratar 
e recuperar fios danificados por maquiagens, medicamentos, dietas e estresse.
O lash lifting chegou para revolucionar, porque deixa os fios com aspecto 
natural e sem ressecá-los, como acontecia em alguns casos do permanente de cílios.
FIGURA 29 – CÍLIOS POSICIONADOS NO SHIELD
FONTE: <https://beautyblog.com.br/permanente-de-cilios>. Acesso em: 22 dez. 2018.
A maioria dos profissionais utiliza um produto importado com registro 
na Anvisa. É feito com molde diferente, em um formato mais natural, e os fios se 
fortalecem cada vez mais conforme o procedimento for feito.
Geralmente são vendidos em kits prontos para o procedimento, e incluem:
• Agente permanente.
• Agente fixador.
• Agente de nutrição e colágeno.
• Agente de limpeza.
• Cola.
• Shields (bobs de silicone).
• Pente para fixar os cílios
• Em alguns kits importados, há um kit botóx para cílios.
• Faça a higienização da área dos olhos, inclusive sobrancelha e lateral do nariz.
• Isole os cílios inferiores, passe a cola e aplique os shields nas pálpebras e na 
proximidade da raiz dos cílios.
• Aplique cola nos shields e aguarde cerca de três segundos para que esta fique 
liguenta. Com a ajuda de um palito ou pinça, fixe os cílios nos shields.
• Aplique o agente permanente no comprimento dos cílios, nunca nas pontas. 
Espere o tempoadequado para cada tipo de fio e fornecedor.
156
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
FIGURA 30 – APLICAÇÃO DE AGENTE PERMANENTE
FONTE: A autora
• Retire com água e haste de algodão. Em seguida, aplique o agente de fixação e 
espere o tempo de ação necessário (é importante ser o mesmo tempo do agente 
permanente).
• Em seguida, retire o produto com haste de algodão e água, e aplique o agente 
de nutrição e colágeno. Deixe agir e, então, retire o produto com haste de 
algodão e água.
• Por último, aplique o agente de limpeza, para que possa soltar os cílios dos 
shields. Ainda, passe nas pálpebras para poder remover os shields.
• Retirados os shields, o próximo passo é a coloração dos cílios com RefectoCil, 
por cinco minutos.
• Para finalizar o procedimento, é indicado aplicar óleo de rícino nos cílios, ou 
fazer o botóx, caso contenha no seu kit.
FIGURA 31 – RESULTADO FINAL LASH LIFTING
FONTE: <https://maisbonitapormenos.com.br>. Acesso em: 22 dez. 2018.
TÓPICO 2 | MICROPIGMENTAÇÃO E DESIGN DE CÍLIOS
157
Os olhos são a característica central do nosso rosto e a ferramenta mais 
importante para expressar nossas emoções e carisma. Com cílios e sobrancelhas 
individualmente enfatizados, você pode oferecer a moldura perfeita para os 
olhos. As técnicas aprendidas neste tópico são procuradas pela maioria dos 
frequentadores de centros de beleza. 
Elas encantam os clientes, pois mudam, realçam e corrigem os pequenos 
detalhes que incomodam, ou seja, quando atuamos na área com eficiência, 
entregamos a solução do problema do cliente, agregando muito valor e fidelização 
ao profissional. Um cliente satisfeito eleva sua autoestima, confiança pessoal e, 
além de voltar ao seu espaço, irá recomendar aos seus conhecidos. 
Agora que conhecemos mais as técnicas de micropigmentação e de design 
de cílios, podemos compreender o porquê da importância de se especializar e 
praticar antes de realizar o procedimento em clientes. Então, tenha confiança 
quando for realizar um procedimento na área.
158
 Neste tópico você viu:
• Micropigmentação é o depósito de pigmentos ou corantes na camada externa 
da pele, a epiderme.
• O pigmento é depositado na camada epidérmica da pele com o auxílio de 
um dermógrafo e agulhas apropriadas, ou com o uso do tebori com lâminas 
de agulhas.
• Trata-se de uma técnica de duração temporária da pigmentação. Varia de 
acordo com o tipo, a textura e com a coloração da pele.
 
• É indispensável uma especialização para executar o procedimento.
• Existem vários pigmentos e divididos em dois tipos: Base de água (mais 
indicada para dermógrafo) e Base Glicerinada (mais indicada para tebori).
• A duração do pigmento varia de um a dez anos, dependendo da técnica que 
foi utilizada, da base e intensidade dos pigmentos aplicados e do grupo de 
agulhas usadas durante a pigmentação, além dos hábitos do cliente.
• Existem sete técnicas de dermopigmentação nas sobrancelhas: esfumada, 
tridimensional, tridimensional esfumada, fio a fio, fio a fio com efeito dégradé, 
fio a fio com agulhas do tipo pincel diagonal e iluminador.
• A micropigmentação é contraindicada em casos de acne, verrugas de gestação, 
diabetes, herpes, alergia, telangectasias e pressão alta.
• O alongamento de cílios foi inovado na Ásia no início do milênio. Tornou-se 
popular em 2004. A técnica abrange pelos isolados de materiais distintos, ligados 
aos cílios naturais existentes com uma cola desenvolvida especificamente para 
o procedimento.
• São quatro as técnicas de alongamento de cílios: fio a fio, volume russo, híbrido 
e megavolume.
• Os tipos de pelos variam de acordo com a espessura, comprimento e formato. 
Os mais utilizados são no formato B, C e D. 
• Os comprimentos mais usados no mercado nacional são 08,10,12 e 14 milímetros 
e as espessuras 0.07, 0.15 e 0.20.
RESUMO DO TÓPICO 2
159
• Analise sempre os traços do rosto, formato de olhos e sobrancelhas para decidir 
qual a melhor técnica para o cliente.
• O permanente de cílios é uma técnica de curvamento dos pelos. Pode ser com 
ou sem coloração dos cílios superiores (efeito máscara de cílios). Seu princípio 
ativo é o tiogliconato, o que amolece as cutículas do fio, facilitando a entrada 
do neutralizador, responsável por dar a estrutura final dos cílios.
• Os produtos corretos, registrados pela Anvisa, que são usados para o permanente, 
não são agressivos e não causam quebra nem queda dos fios naturais.
• Apesar do nome permanente, o procedimento dura, em média, de um a três 
meses, dependendo da rotina e do tipo de cílio de cada cliente.
• Existe uma técnica de permanente atualizada chamada Lash Lifting. Promove, 
além do resultado do permanente, uma hidratação profunda e recuperação de fios 
danificados. Alguns profissionais trabalham com o exclusivo botóx dos pelos.
160
AUTOATIVIDADE
1 Qual a função biológica dos cílios?
2 Cite quatro diferenças entre micropigmentação com dermógrafo e tebori.
3 Quais são as quatro técnicas de alongamento de cílios e suas diferenças nos 
pelos? 
4 Descreva o procedimento permanente de cílios.
161
TÓPICO 3
BANHO DE LUA, ÉTICA PROFISSIONAL E 
EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, vamos finalizar a parte prática de procedimentos de 
Embelezamento dos Anexos Cutâneos. Aprenderemos, na teoria e na prática, 
como fazer o banho de Lua, técnica muito procurada nos centros de estética por 
deixar a pele mais bonita, iluminada e com toque suave.
Ainda, vamos compreender como colocar em ação nossos atendimentos, 
pois nos vemos em uma área de atuação em que a maioria dos profissionais 
trabalha de forma autônoma. Assim, precisamos e queremos nos desenvolver no 
mercado de trabalho com dignidade e expansão.
Outro ponto importante é compreender sobre vendas e marketing pessoal, 
pois teremos que organizar um tempo para os recursos e ferramentas, fidelizando 
clientes antigos e atraindo novos.
2 BANHO DE LUA
O banho de Lua é um procedimento estético que tem como objetivo o 
clareamento dos pelos, associado à hidratação da pele com esfoliação, visando 
eliminar células mortas, proporcionando maciez, brilho, suavidade na pele e 
relaxamento corporal durante a sessão. 
Pode ser realizado o ano inteiro, mas como proporciona uma aparência 
mais bonita e atraente à pele e ao pelo, é mais procurado no verão, quando as 
pessoas estão mais expostas.
 
Como promove uma melhor nutrição e hidratação, é procurado também 
no pré-tratamento de procedimentos estéticos com função de potencializar o 
efeito e favorecer a penetração dos princípios ativos. Os produtos utilizados são:
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
162
• Pó descolorante. 
• Água oxigenada (30 vol.).
• Esfoliante corporal.
• Hidratante corporal.
• Creme parafinado ou óleo de amêndoas.
Para compreendermos como agem os produtos na descoloração dos pelos, 
vamos relembrar algumas estruturas já estudadas no Tópico 1. As estruturas 
responsáveis pela cor dos cabelos são as proteínas chamadas de melaninas, que 
ficam no córtex dos fios.
 
A água oxigenada é o peróxido de hidrogênio (H2O2) em solução aquosa. 
No processo, ela é dissolvida em uma solução de amônia com pH maior do que 
9. Sendo uma substância instável, a água oxigenada se decompõe facilmente e, 
conforme mostra a reação a seguir, formam-se água e oxigênio nascente, ou seja, 
um átomo de oxigênio que não está combinado com outro átomo:
H2O2 → H2O + [O]
O átomo de oxigênio livre é responsável por degradar as moléculas da 
melanina do cabelo, que são quebradas, originando moléculas de baixa massa 
molecular e que apresentam coloração menos intensa. Entretanto, um fator muito 
importante que deve ser considerado antes da descoloração dos pelos é que, 
paralelamenteà quebra da melanina, ocorre também a quebra de proteínas do pelo. 
Por tal razão, quando realizamos o procedimento de clareamento, é necessário 
finalizar com a hidratação. Ainda, o cliente precisa sempre hidratar a pele e os pelos 
em casa e com produtos específicos, repondo as proteínas perdidas na sessão.
O procedimento leva em torno de 1h com hidratação e tem algumas 
contraindicações, como: dermatite, foliculite, gestantes, alterações cutâneas e 
alergia a algum dos componentes aplicados no tratamento.
2.1 PRÁTICA BANHO DE LUA
• Inicie com uma limpeza e esfoliação em toda a região. Sempre em movimentos 
circulares, até a absorção do produto.
• Retire totalmente os grânulos do esfoliante. A esfoliação irá retirar as células 
mortas e evitar possíveis pelos encravados, além de deixar a pele mais 
receptiva à hidratação.
• Aplique o creme de parafina ou óleo de amêndoas nas regiões onde irá 
descolorir os pelos. O creme parafinado ou o óleo de amêndoas serve como 
uma proteção para isolar a pele da mistura da água oxigenada com o pó 
descolorante, amenizando a sensação de coceira e irritação.
• Prepare a mistura de água oxigenada com pó descolorante até formar uma 
pasta espumosa. A medida recomendada, geralmente, é de 2 para 1, ou seja, 
duas medidas de água oxigenada para uma medida de pó descolorante. 
• Aplique, com um pincel corporal, a mistura nas regiões com a parafina ou o 
óleo de amêndoas.
TÓPICO 3 | BANHO DE LUA, ÉTICA PROFISSIONAL E EMPREENDEDORISMO
163
FIGURA 32 – APLICAÇÃO MISTURA DESCOLORANTE
FONTE: A autora
• É importante encontrar o ponto ideal. Quanto mais consistente for a mistura, 
mais difícil de aplicar sobre a pele. Se for líquida, correrá o risco de ficar 
escorrendo e não terá o efeito esperado.
• O tempo de ação do descolorante pode variar entre 10 a 20 minutos, dependendo 
da grossura dos pelos. Assim, sempre comece aplicando a mistura nas regiões 
onde os pelos são mais grossos e, depois, nas regiões com os pelos mais finos.
• Vá controlando o tempo, de cinco em cinco minutos com uma espátula. Retire 
a mistura de uma pequena área do corpo e verifique se clareou a região.
• Caso tenha clareado, com a espátula, retire o excesso do produto e depois lave 
com água abundante, retirando qualquer resíduo. Se houver chuveiro no seu 
espaço, é recomendado que o cliente tome uma ducha antes da hidratação.
• Faça uma hidratação em todo o corpo com o produto hidratante mais indicado 
para o seu cliente.
FIGURA 33 – RESULTADO BANHO DE LUA
FONTE: <www.blogmaquilagem.com>. Acesso em: 23 dez. 2018.
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
164
Com o cliente em pé, espalhar uma loção cremosa revitalizante no corpo 
todo ou uma máscara corporal para hidratação profunda, nutrição e revitalização 
da pele. Em seguida, envelopar o cliente, envolvendo-o completamente com filme 
PVC para oclusão da máscara.
FIGURA 34 – ENVELOPANDO COM FILME PVC
FONTE: <https://www.mundoestetica.com.br>. Acesso em: 23 dez. 2018.
Peça para o cliente deitar na maca novamente, então o cubra com lençol 
comum e, por cima, sobrepor o lençol térmico ou manta térmica. Aplique 
hidratante com parafina nos pés e envolvê-los em filme PVC também. Então, 
aguarde cerca de 15 a 20 minutos e, depois, retire o filme PVC de todo o corpo. 
Espalhe, com movimentos de massagem, o creme restante no corpo para a sua 
completa absorção.
 
Se necessário, retirar o excesso com uma toalha seca ou toalha descartável. 
Também existem algumas empresas de cosméticos que vendem kits prontos para 
o banho de Lua. No caso, siga sempre a orientação do fabricante.
2.2 RECOMENDAÇÕES APÓS O PROCEDIMENTO
• O ideal é fazer o banho de Lua uma vez por mês ou mais tempo de intervalo. 
Caso contrário, pode manchar a pele.
• Após o banho de Lua não tome Sol, aguarde pelo menos 48h. A recomendação 
deve ser seguida, pois o Sol na pele pode causar manchas.
• Hidrate a pele todos os dias com cosméticos com aminoácidos de hidratação 
profunda e óleos naturais.
TÓPICO 3 | BANHO DE LUA, ÉTICA PROFISSIONAL E EMPREENDEDORISMO
165
3 ÉTICA PROFISSIONAL
A ética profissional é um dos critérios mais valorizados no mercado de 
trabalho. Ter uma boa conduta no ambiente de trabalho abre muitas portas, além 
de gerar um espaço de confiança com outros profissionais e clientes.
 
A vida em sociedade, que preza e respeita o bem-estar do outro, requer 
alguns comportamentos que estão associados à conduta ética de cada indivíduo. 
Assim, a ética profissional é composta pelos padrões e valores da sociedade e 
do ambiente de trabalho em que a pessoa convive.
No meio corporativo, a ética profissional traz mais produtividade e 
integração dos colaboradores e, para o profissional, agrega credibilidade, 
confiança e respeito ao trabalho. Um profissional com habilidades de liderança e 
relacionamento difunde valores éticos, preza pela harmonia no ambiente de 
trabalho, colocando em primeiro lugar o respeito às pessoas e o comprometimento 
com o trabalho.
A palavra ética é derivada do grego e apresenta uma transliteração de 
duas grafias distintas: Êthos, que significa “hábito”, “costumes”, e ethos, que 
significa “morada”, “abrigo protetor”.
 
Alguns conceitos são fundamentais para constituir o comportamento 
ético. São eles:
• Altruísmo: A preocupação com os interesses do outro de uma forma espontânea 
e positivista.
• Moralidade: Conjunto de valores que conduz o comportamento, as escolhas, 
decisões e ações.
• Virtude: A característica pode ser definida como a “excelência humana” ou 
aquilo que faz com que sejamos plenos e autênticos.
• Solidariedade: Princípios que orientam a vivência e convívio em harmonia do 
indivíduo com os demais.
• Consciência: Capacidade ou percepção em distinguir o que é certo ou errado 
de acordo com as virtudes ou moralidade.
• Responsabilidade ética: Consenso entre responsabilidade (assumir 
consequências dos atos praticados) pessoal e coletiva.
No meio profissional, é um conjunto de normas de comportamento. É 
quando uma pessoa realiza o seu trabalho com profissionalismo, tanto em benefício 
da sua reputação quanto dos seus clientes. Sem ética, não é possível ser um 
verdadeiro profissional. Como bom profissional, deverá seguir algumas normas:
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
166
• Tratar todos os clientes com a mesma simpatia, cortesia e dedicação.
• Proporcionar a todos os clientes um serviço de máxima qualidade. 
• Manter o sigilo de informação. 
• Respeitar- se e respeitar os outros.
• Proporcionar aos clientes todas as informações quando solicitadas, desde que 
relacionadas com a qualidade e procedimentos.
• Respeitar e cooperar com outros profissionais de saúde, a fim de promover o 
bem-estar do cliente.
• Ser correto e honesto na publicidade ou em outro tipo de divulgação dos 
seus serviços.
• Não discriminar os colegas ou outros profissionais que trabalhem na mesma área. 
• Organizar- se a fim de manter o seu bem-estar físico, mental, emocional e social, 
acreditando que é um bom profissional. 
• Participar de associações profissionais ou de outras organizações de natureza 
profissional, tais como seminários, congressos, palestras, workshops, se 
mantendo atualizado em termos profissionais.
• Conhecer e cumprir as leis laborais e todas as outras relacionadas com a nossa 
profissão. O profissional da beleza deve seguir alguns padrões referentes à 
conduta com o cliente, como: a postura do profissional e a higiene são importantes 
para adquirir sua confiança; manter as unhas curtas e limpas; sempre lavar as 
mãos ao iniciar, reiniciar ou terminar qualquer trabalho; utilizar luvas novas 
na frente do cliente e descartá-las a cada finalização de procedimento; antes de 
iniciar um procedimento, retirar relógio,anel, pulseiras; usar roupas limpas 
(preferencialmente aventais/jalecos brancos); tirar as dúvidas antes do início do 
trabalho e informar todos os pontos e recomendações ao cliente e não executar 
o serviço se não estiver sentindo- se bem, seja com fome, dor ou insegurança.
3.1 BENEFÍCIOS DA ÉTICA NO TRABALHO
O profissional ético é, naturalmente, admirado, pois o respeito pelos colegas 
e pelos clientes é o que dá destaque e faz o profissional se tornar de confiança. A 
ética seria uma espécie de filtro que não permite a passagem da fofoca, da mentira, 
do desejo de prejudicar um colaborador, entre outros aspectos negativos.
É necessário ressaltar que os líderes são profissionais éticos, ou devem 
ser, principalmente por serem o exemplo para sua equipe e por desenvolverem 
as competências do cargo com excelência. Os que optam pela ética preferem 
oferecer feedbacks e são honestos quanto às próprias condições, ou seja, não 
inventam mentiras para se ausentar das falhas, nem fazem fofocas que carregam 
negativamente a energia do local.
Cultivar a ética profissional no ambiente de trabalho traz benefícios e 
vantagens a todos, uma vez que proporciona crescimento para a empresa e a todos 
os envolvidos. Com uma conduta ética bem estruturada, é possível contribuir 
para a melhora do clima organizacional, do trabalho em equipe e respeito mútuo 
entre todos os colaboradores.
TÓPICO 3 | BANHO DE LUA, ÉTICA PROFISSIONAL E EMPREENDEDORISMO
167
Com um ambiente de trabalho mais leve, prazeroso e com uma boa 
energia, temos profissionais mais engajados, motivados e satisfeitos, que entregam 
mais resultado e que compartilham suas ideias para a melhora e crescimento geral.
4 EMPREENDEDORISMO
O ramo de empreendedores não para de crescer e, da mesma maneira, 
o segmento de estética. Assim, é preciso investir em estratégias e ações que vão 
diferenciar a atuação e presença no mercado.
Existem várias definições que caracterizam o empreendedorismo, mas, de 
uma forma geral, podemos dizer que uma pessoa empreendedora é vista como 
alguém que enxerga além do seu tempo, que se antecipa à realização dos seus 
objetivos, saindo da área do sonho, partindo logo para a ação. Ser empreendedor 
é ser, acima de tudo, um realizador.
A atitude empreendedora costuma surgir por duas vertentes: pela 
necessidade e pela oportunidade. O primeiro caso é quando a pessoa decide investir 
em um negócio próprio, pois está passando por atribulações, sejam pessoais ou 
profissionais, e precisa de uma solução rápida. Em muitos casos, inclusive, o que 
atrapalha é o fato de não encontrar no mercado outras alternativas de trabalho. É 
nesse momento que o empreendedor percebe uma oportunidade de mudança.
Já o empreendedor por oportunidade é aquela pessoa que opta por iniciar 
um negócio próprio porque vislumbra no mercado uma possibilidade de sucesso, 
mesmo quando possui outras possibilidades de emprego.
É possível desenvolver e aprimorar o espírito empreendedor. 
Primeiramente, analise o que te levou a ingressar na área de estética e com qual 
função tem mais afinidade. O mercado está aberto para todos e com diversas 
oportunidades. Basta saber o que quer e onde deseja chegar.
Você pode direcionar seu foco para o suporte de atendimento tanto na 
venda de produtos e equipamentos quanto em treinamentos de capacitação e 
atualização para que outros profissionais de estética se mantenham sempre 
atualizados. Você pode, ainda, fazer uma prospecção de mercado, oferecendo 
atendimento especializado e direcionado também a médicos, nutricionistas e a 
outros profissionais que trabalham ligados à estética.
Para os profissionais que optarem pelo atendimento final ao cliente, o 
desafio será sempre atingir as expectativas, proporcionando resultados rápidos e 
seguros. Para potencializar a ação dos tratamentos, uma sugestão é a venda dos 
produtos home care para manutenção diária.
 
Por fim, um campo de atuação sempre aberto são as próprias indústrias 
de cosméticos, as quais podem se beneficiar do estudo teórico e da experiência 
prática trazida pelos profissionais.
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
168
5 MARKETING PESSOAL
A impressão revelada por você e pelo conjunto (imagem, atitudes, 
conhecimento e comportamento), no primeiro contato com o cliente, é, para ele, o 
reflexo da experiência do que está por vir. Assim, você, profissional, naquele momento, 
é a extensão da missão, visão e valores da clínica e dos serviços que representa. 
Tenha atenção com a imagem e com o marketing pessoal, aspectos 
trabalhados nas formações e fatores decisivos na fidelização de clientes. Os 
profissionais da saúde e da estética utilizam roupas brancas, acessórios discretos, 
maquiagem neutra, esmalte claro, entre outras exigências nos atendimentos. 
Todos os fatores são associados à limpeza e à higiene, elementos fundamentais 
na área da saúde.
Além de limpeza e higiene, o branco sugere tranquilidade, calma, pureza 
e transparência. Assim, dependendo do que desejamos transmitir e obter como 
resultado do relacionamento, a forma como nos apresentamos é de extrema 
importância para um feedback positivo no serviço prestado.
A maneira como nos vestimos é uma mensagem, que comunica quem 
somos e qual é o nosso propósito. Nos primeiros segundos de conversa com o 
cliente, o propósito fica evidente. Assim, você se vende pelo que você faz, por 
sua aparência, pelo que fala e, principalmente, pelo modo como fala. Os gestos, 
as expressões faciais e o tom de voz falam muito mais do que as palavras em si.
Em um atendimento presencial, a comunicação verbal (o que você diz, o 
conteúdo em si) tem impacto de 7% no receptor da mensagem e a forma como 
você diz (que inclui toda a comunicação não verbal, gestos, postura, tom de voz, 
expressões faciais, volume, intensidade e entonação da mensagem) representa 
93% do impacto para o receptor.
Um profissional preparado e capacitado é atualizado sobre seu segmento, 
tem domínio sobre o que está vendendo, exerce a empatia, se colocando no lugar 
do cliente, que tem consciência da importância da comunicação não verbal e do 
poder da imagem pessoal. Assim, todo profissional que trabalha com pessoas e 
vende serviços e soluções precisa ser um excelente comunicador, ter a capacidade 
de encantar, ser persuasivo e envolvente.
 
Seguem algumas dicas, reflexões e ações para a construção da sua marca:
• Entenda qual o seu propósito enquanto profissional, e o que te levou a ser um 
profissional de estética.
• Sobre sua personalidade, defina: Quem sou? Em que sou bom? Quais minhas 
habilidades? Como quero ser reconhecido? Qual conhecimento técnico? Por 
que alguém me escolheria? Quais as minhas atitudes?
• Liste suas fraquezas e forças pessoais, e como você gostaria que seus clientes 
ou consumidores em potencial percebessem você através do seu talento.
TÓPICO 3 | BANHO DE LUA, ÉTICA PROFISSIONAL E EMPREENDEDORISMO
169
• Defina seus objetivos: O que eu quero conquistar escolhendo a profissão?
• Comunique sua marca. Busque canais, ferramentas e estratégias para divulgar 
sua marca (seja on-line ou não). Tudo o que você publica nas redes sociais, no 
perfil do WhatsApp cria uma imagem e marca.
• Tenha claro o que você deseja transmitir. Faça as pessoas falarem positivamente 
de você e o que representa na vida delas.
• Um fator muito importante: Quem é o seu público e o que ele espera em relação 
ao seu trabalho? Qual a principal “dor” (problema) que você irá solucionar?
• Pratique a escuta ativa, tenha sempre atenção focada no cliente e no que é 
importante para ele. Assim, fica mais fácil encontrar uma solução assertiva.
• Exercite a empatia. Coloque-se no lugar do cliente e entenda a forma como 
ele interpreta, se comunica e decide. Entendendo o cliente e se conectando 
verdadeiramente com o que é importantepara ele, conseguirá fidelização facilmente.
• Domine o assunto do seu segmento, seja a referência de atualização do cliente. 
Participe de grupos de estudos nas redes sociais, inscreva-se em canais de 
conteúdo, revistas virtuais, participe de fóruns, congressos.
• Compartilhe informações e dicas com seus clientes através das redes sociais.
6 APRENDA A VENDER
Vender é, antes de mais nada, entender pessoas e como funciona o 
seu sistema de escolhas. A compra é uma experiência, um processo subjetivo 
e individual. Assim, estamos falando de comportamento, pessoas e estilos, 
convicções, crenças e valores diferentes.
 
Somos, sentimos, enxergamos e processamos a realidade de forma 
diferente. O que acredito sobre a vida, sobre você e eu mesmo é construído de 
acordo com minhas experiências pessoais, interpretações e educação.
Segundo Terra (2018), é importante entender que a leitura do mundo 
de uma pessoa será única. As experiências que aprendemos ditam os nossos 
comportamentos, escolhas, atitudes atuais e com base naquele aprendizado do 
passado, armazenado no nosso inconsciente (nossa caixinha de memórias, vivências, 
traumas, recordações). Assim, pensamos, interpretamos e usamos linguagens e 
padrões para expressar nossas ideias. O que pode parecer um problema limitante 
para um, para outro pode ser percebido como uma grande oportunidade.
Terra (2018) afirma que levamos em consideração fatores muito subjetivos. 
Cada um age e reage de acordo com o seu mapa. No entanto, apesar de pensarmos 
e agirmos de forma única, ainda possuímos um fator em comum que nos iguala 
no processo de tomada de decisões: todos nós percebemos, processamos e 
interpretamos as informações através dos nossos sentidos. 
O que vemos, ouvimos e sentimos estrutura nossa experiência individual, 
e fica registrado no nosso inconsciente como base de dados para futuras decisões. 
Assim, nosso inconsciente avalia para nós o que é emocionalmente melhor 
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
170
naquele momento. Estudos mostram que 95% das nossas decisões de compra 
são inconscientes, decididas pela emoção, e quem avalia o que é emocionalmente 
aceitável para a minha sobrevivência é o inconsciente.
 
Sabendo disso, concluímos que, para vendas de sucesso, precisamos nos 
comunicar com o inconsciente do cliente, utilizando uma linguagem que faça 
sentido para ele, tocando emocionalmente e motivando para que a ação de compra 
aconteça naturalmente. Assim, necessitamos nos conectar verdadeiramente 
e profundamente com o cliente. É preciso entender e respeitar, descobrindo a 
verdadeira motivação que levou ele até você, trabalhando o emocional através de 
dados e informações que façam sentido (TERRA, 2018).
É preciso dar razões suficientes para que o inconsciente do cliente 
perceba os ganhos emocionais que terá, criando vínculo de confiança, empatia, 
identificação e, por fim, falando a mesma linguagem inconsciente.
É necessário autoconhecimento, entendimento da comunicação atual, 
utilizando todos os canais sensoriais, comunicação verbal e não verbal, 
comportamentos, ativando uma comunicação poderosa que desperta a emoção 
e mais do que a razão. Comunicar não é apenas falar, e sim impactar, gerando 
emoção e ação. O sucesso em negócios, atendimentos e vendas depende de 
conexão, comunicação e linguagem. É o resultado dessa associação que define o 
sucesso de uma relação.
O primeiro desafio é entender e tomar consciência de que somos todos 
comunicadores e que, consciente ou inconscientemente, estamos o tempo 
todo informando e vendendo algo para o outro. É se tornar responsável pela 
comunicação, desenvolver e treinar as habilidades essenciais e exercer com 
maestria e excelência uma comunicação eficaz, que informe, conecte, encante e 
conquiste genuinamente o outro.
Terra (2018) afirma que a ferramenta mais importante que temos é a 
capacidade sensorial e a habilidade de ver, ouvir e sentir o outro verdadeiramente. 
Um excelente comunicador tem a consciência sensorial aguçada e ativa em 
tempo integral.
 
As pessoas podem não lembrar do que você fez, ou o que você disse, porém 
jamais esquecerão o seu tratamento. É perceber cada respiração, gesto, emoção, 
expressão e trabalhar a sua linguagem para criar sintonia e conexão profunda. Um 
excelente comunicador vê, ouve, sente e toca a emoção das pessoas com maestria.
 
Todo relacionamento é uma venda e toda venda trabalha com emoção. 
Então, todo comportamento está relacionado a algum tipo de emoção e precisamos 
aprender a lidar e trabalhar com ela.
 
Estudos científicos asseguram que somos conduzidos por duas grandes 
motivações o tempo todo, e nosso inconsciente tem papel fundamental: minimizar 
TÓPICO 3 | BANHO DE LUA, ÉTICA PROFISSIONAL E EMPREENDEDORISMO
171
o perigo e maximizar a recompensa. Tomamos nossas decisões para que possamos 
evitar a dor e buscar o prazer.
Como profissional da área, tudo o que você fala e tudo o que você não fala 
comunicam e revelam muito sobre você e sua missão como profissional. Tudo 
informa, motiva ou desmotiva o cliente que está na sua frente. Ter consciência é 
se tornar responsável pela sua comunicação e resultados a partir de agora. Todos 
os resultados que você obtém são respostas da sua comunicação (TERRA, 2018).
Sempre pare para refletir sobre sua comunicação todos os dias, quais as 
ferramentas, práticas e técnicas pode utilizar, a fim de criar melhores resultados 
tanto nos atendimentos como nas vendas.
Existem diversos caminhos que ajudam a estabelecer a conexão com o 
cliente. Estude e compreenda, aprenda a mapear os diversos tipos de clientes 
que chegam até você. Assim, descubra os canais sensoriais mais explorados 
pelo cliente no momento da escolha e tomada de decisão de compra, além do 
entendimento sobre como o cérebro processa e toma decisões.
A importância de estar em sintonia e trabalhar a consciência sensorial 
ensinam a utilizar a linguagem e a tirar benefícios da mente para a nossa vida 
pessoal e profissional.
7 CONCLUSÃO
A área de embelezamento do olhar vem ganhando cada vez mais espaço, 
e é nítido que os profissionais que se sobressaem são aqueles que estão sempre 
em busca de algo novo para oferecer. Como vimos neste tópico, não precisa ser 
necessariamente um produto ou serviço novo.
Vimos, pelas técnicas, que aprender a relacionar-se com seus clientes faz 
com que aumente em 93% a fidelização. Ainda, quase mais importante do que 
atrair novos clientes é conseguir manter os antigos, pois quando voltam é porque 
já estabeleceram um espaço de confiança, e se tornam canais para atrair outras 
pessoas. Qualquer relação agradável faz com que o cliente se sinta importante e 
não queira cortar o vínculo com o profissional.
Busque técnicas e ferramentas. O importante é que você não pare, porque 
o mercado nunca para de crescer e abrir novas portas, e quem está por dentro 
consegue as melhores oportunidades.
UNIDADE 3 | EMBELEZAMENTO DE SOBRANCELHAS, CÍLIOS E TÉCNICA BANHO DE LUA
172
LEITURA COMPLEMENTAR
SAIBA COMO UMA EMPREENDEDORA SAIU DO ZERO PARA CRIAR 
UMA FRANQUIA COM MAIS DE 200 UNIDADES
Em palestra durante o Festival de Cultura Empreendedora, Luzia Costa, 
fundadora da rede Sobrancelhas, contou sua história.
Marisa Adán Gil
“Sempre me esforcei para ser a melhor nos cursos, nos negócios, na vida. 
Se você conhece a qualidade do seu trabalho e vende seus produtos com muito 
mais convicção, sempre vai ter clientes”. A afirmação foi feita por Luzia Costa, 
fundadora do Grupo Cetro - composto pelas franquias Sóbrancelhas e Cuticularia 
Beryllos - durante o segundo dia do Festival de Cultura Empreendedora, que 
prossegue até amanhã, no C.O.W. Berrini, em São Paulo.
Na visão de Luzia, a maior qualidade do empreendedor é a perseverança. 
“Muitos donos de negócios deixam de sergrandes porque desistem logo no 
começo. Eu sou a prova de que vale a pena insistir, sempre”. Durante a palestra, 
ela contou quais foram as lições que aprendeu em 13 anos de empreendedorismo, 
desde a época em que vendia biscoitos de porta em porta em Taubaté, no interior 
de São Paulo, até o momento atual, quando comanda uma rede com mais de 200 
unidades espalhadas pelo Brasil.
1. Comece com o que você tem: Há 13 anos, Luzia vivia uma situação difícil. 
O salário do marido não dava para as despesas, e ela sofria por não poder 
sequer comprar um saquinho de pipoca para o filho. Até que resolveu usar 
seus conhecimentos de culinária para começar a fazer biscoitos e vender de 
porta em porta, na cidade de Taubaté (SP). O negócio deu tão certo que a 
empreendedora abriu uma lanchonete de sucesso e, mais tarde, uma pizzaria.
2. Cuide muito bem das finanças: Como Luzia não tinha nenhuma experiência 
em gestão, cometeu alguns erros básicos em seu maior negócio até então. 
Como a pizzaria estava dando dinheiro, ela começou a gastar: comprou carro, 
frequentava o melhor salão, pagava a melhor escola para o filho. “Até descobrir 
que estava mergulhada em dívidas com os fornecedores. Quebrei e fui morar 
em uma casa muito simples, no meio do nada”.
3. Não desista diante das dificuldades: Depois do fracasso da pizzaria, todo mundo 
aconselhou Luzia a pedir emprego. “Cheguei a trabalhar como assistente 
de cozinha, mas logo vi que aquilo não era para mim”. Deixou o emprego, 
comprou uma caixa de tomate e começou a fazer tomate seco em conserva. 
Colocava em uns potes de vidro e vendia para armazéns da região. “Consegui 
juntar algum dinheiro, sair daquele buraco e me mudar para Roseira”.
4. Seja sempre o melhor no que faz: Em Roseira, a empreendedora ficou sabendo 
que a prefeitura estava oferecendo um curso de estética gratuito. “Resolvi que 
aquela era a minha chance. Acabei me destacando no curso, porque eu queria 
TÓPICO 3 | BANHO DE LUA, ÉTICA PROFISSIONAL E EMPREENDEDORISMO
173
ser a melhor. Eu sempre sou assim, em tudo o que eu faço. Se você faz o melhor, 
e sabe que é a melhor, vai vender seu produto ou serviço com mais convicção”. 
Quando terminou o curso, já estava atendendo freguesas em casa.
5. Valorize o seu trabalho: Depois do curso de estética, Luzia foi fazer aulas de 
massagem. Já formada, decidiu se mudar para Ubatuba e dar massagens na 
praia, cobrando R$ 50. Uma vez, surgiu uma freguesa querendo pagar R$ 10. 
“Não aceitei. Em vez disso, falei que faria de graça, e que ela ia gostar tanto 
que pagaria R$ 50 na próxima vez”. Segundo ela, o empreendedor jamais deve 
vender por menos. É fundamental valorizar o que está oferecendo.
6. Procure especialização: Luzia continuou fazendo diferentes cursos, até achar 
uma especialidade. “Na época, ninguém oferecia serviços mais sofisticados 
de sobrancelhas, então resolvi me aprimorar na área”. Alugou uma sala para 
atender clientes e viu sua clientela aumentar. Em pouco tempo, passou a ser 
procurada não só para fazer o serviço, mas para ensinar como era feito. “Meu 
negócio virou um centro de treinamento”.
7. Não tenha medo de dar o próximo salto: Os maiores clientes de Luzia eram 
salões que tinham muitas unidades, e mandavam as funcionárias até seu centro 
de treinamento para serem capacitadas. “Decidi que não queria mais engordar 
o boi do vizinho. Em vez de capacitar pessoas para outras empresas, ia criar a 
minha rede”. A primeira loja foi aberta em um shopping de Taubaté.
8. Procure a expansão de baixo custo: Em vez de abrir mais lojas de 25 metros 
quadrados, como era a primeira, Luzia decidiu expandir usando o formato de 
quiosque. “Foi uma das maiores sacadas do negócio. Em um espaço de sete 
metros quadrados, conseguíamos o mesmo lucro da loja”. O passo seguinte 
foi criar uma unidade móvel, capaz de levar os serviços para comunidades 
mais afastadas. “Ver a alegria daquelas mulheres era incrível. Não estávamos 
levando beleza, estávamos levando autoestima”.
9. Diversifique os negócios: Para abrir novas frentes, Luzia fundou a Beryllos, 
outra rede ligada à estética, em 2016. Dessa vez, apostou no segmento de 
manicure. “Queria atender mulheres que não gostam de tirar a cutícula, 
preferem um tratamento mais saudável. Então, criei uma broca especial, 
inspirada no instrumento do dentista, para desgastar a cutícula”.
FONTE: GIL, M. A. Saiba como uma empreendedora saiu do zero para criar uma franquia com 
mais de 200 unidades. 2017. Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Festival-de-Cultura-
Empreendedora/noticia/2017/10/saiba-como-uma-empreendedora-saiu-do-zero-para-criar-uma-
franquia-com-mais-de-200-unidades.html>. Acesso em: 22 dez. 2018.
174
Neste tópico, vimos que:
• O banho de Lua é um procedimento que tem como objetivo principal o 
clareamento dos pelos e está associado à hidratação da pele com esfoliação, 
também visando eliminar células mortas, proporcionando maciez, brilho e 
suavidade na pele.
• Pode ser realizado o ano inteiro, mas é mais procurado no verão, quando as 
pessoas estão mais expostas ao Sol.
• A água oxigenada e o pó descolorante promovem a quebra da melanina. Ao mesmo 
tempo, ocorre também a quebra de proteínas do pelo. Assim, quando realizamos o 
procedimento de clareamento, é necessário finalizar com a hidratação.
 
• Também é importante o cliente hidratar a pele e os pelos em casa com produtos 
específicos, repondo as proteínas perdidas na sessão.
• O procedimento leva em torno de 1h com hidratação e tem algumas 
contraindicações: dermatite, foliculite, gestantes, alterações cutâneas e alergia 
a algum dos componentes aplicados no tratamento.
• A ética profissional é um dos critérios mais valorizados no mercado de trabalho.
 
• Ter uma boa conduta no ambiente de trabalho abre muitas portas, além de 
gerar um espaço de confiança.
 
• Conceitos fundamentais para constituir um comportamento ético: altruísmo, 
moralidade, virtude, solidariedade, consciência e responsabilidade.
• Para que seu negócio aconteça e alavanque sua carreira, é preciso investir em 
estratégias e ações que vão diferenciar a sua atuação e presença no mercado.
• Uma pessoa empreendedora é vista como alguém que enxerga além do seu 
tempo.
• Sempre busque qual será seu próximo passo.
• No primeiro contato com o cliente, o profissional é a extensão da missão, visão 
e valores da clínica e dos serviços que representa.
• Os profissionais da saúde e estética utilizam roupas brancas, acessórios discretos, 
maquiagem neutra, esmalte claro, entre outras exigências nos atendimentos.
RESUMO DO TÓPICO 3
175
• Além da limpeza e higiene, o branco sugere tranquilidade, calma, pureza e 
transparência.
• Você se vende pelo que você faz, por sua aparência, pelo que fala e, 
principalmente, pelo modo como fala.
• Todo profissional que trabalha com pessoas e vende serviços e soluções 
precisa ser um excelente comunicador, ter a capacidade de encantar, ser 
persuasivo e envolvente.
176
AUTOATIVIDADE
1 Quais os produtos utilizados no procedimento banho de Lua? Qual a 
importância de cada um?
2 Cite os seis conceitos fundamentais para constituir um comportamento ético.
3 Na sua opinião, quais as dificuldades e os benefícios de empreender no 
ramo da beleza?
4 “Todo comportamento está relacionado a algum tipo de emoção”. Explique 
como a afirmação influencia no processo de venda de um serviço estético.
177
REFERÊNCIAS
ALBERTS, B. Fundamentos da biologia celular: uma introdução à biologia 
molecular da célula. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ANVISA. Referência técnica para o funcionamento dos serviços de estética e 
embelezamento sem responsabilidade médica. 2009. Disponível em: <http://
portal.anvisa.gov.br/documents/33856/2054354/r%C3%AAncia+t%C3%A9cni
ca+para+o+funcionamento+dos+servi%C3%A7os+de+est%C3%A9tica+e+emb
elezamento+sem+responsabilidade+m%C3%A9dica/e37a023b-91c0-4f07-993a-393d041156ab>. Acesso em: 15 set. 2018.
AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R. Dermatologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 1999.
AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R.; AZULAY, L. Dermatologia. 6. ed. Rio de 
Janeiro, 2013.
BAUMANN, L. Dermatologia cosmética: princípios e prática. Rio de Janeiro: 
Revinter, 2004.
BRASIL. Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012. Dispõe sobre o exercício 
das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, 
Pedicure, Depilador e Maquiador. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12592.htm>. Acesso em: 11 mar. 2019.
CARLSON, B. M. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.
COELHO, P. C. A. Depilação com luz intensa pulsada. São Paulo: Ed. Up to 
Date, 2006.
CONCEIÇÃO, M. A. S. Técnica para o funcionamento dos serviços de estética 
e embelezamento sem responsabilidade médica. Brasília: Anvisa, 2009.
DOURADO, T. Sobrancelhas. Rio de Janeiro: Jornal da Estácio, 2016.
DUARTE, M. A evolução das sobrancelhas. São Paulo: Original, 2008.
______. A história da sobrancelha ao longo do tempo. São Paulo: Original, 2009.
FALAFEIRO, N. Visagismo: começando a entender. 2004. Disponível em: 
<https://blog.carreirabeauty.com>. Acesso em: 30 set. 2018.
178
GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de histologia. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2007.
GENESER, F. Histologia: com bases moleculares. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2003.
GOLEMAN, D. O cérebro e a inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 
2012.
GOOSSENS, J. Beleza: um conjunto em harmonia. 1. ed. São Paulo: Harbra, 
2005.
HALLAWELL, P. Visagismo: harmonia e estética. São Paulo: Senac, 2006. 
______. Visagismo integrado: personalidade e estilo. São Paulo: Senac, 2009.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1999.
______. Histologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara, 2004.
______. Histologia básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2008.
KIERSZENBAUM, A. L. Histologia e biologia celular: uma introdução à 
patologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
KÜHNEL, W. Atlas de citologia, histologia e anatomia microscópica para 
teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
LIMA, H. A. Importância da análise investigativa das linhas que compõem 
os formatos geométricos do rosto. 2009. Monografia (Curso de Técnico em 
Visagismo e Terapia Capilar) – Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo.
MAIO, M.; SALLES, A. G. Tratado de medicina estética. 1. ed. São Paulo: 
Editora Roca, 2004. 
MARQUES, L. Fichas de anamnese. 2017. Disponível em: <https://
bylucianamarques.com/fichas-de-anamnese-2/>. Acesso em: 15 set. 2018.
MARTINS, A.; MARTINS, M. B.; MARTINS, M. Micropigmentação: a beleza 
feita com arte. 3. ed. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2009.
MAZZAMBANI, L. Medicamentos que atuam nas infecções bacterianas. 2007. 
Disponível em: <www.farmaefarma.com.br>. Acesso em: 23 set. 2018.
MELLO, J. Técnicas de depilação. 2013. Disponível em: <https://pt.scribd.com/
doc/127966041/Tecnicas-de-Depilacao-pdf>. Acesso em: 20 set. 2018.
179
MODESTI, F.; HABITZREUTER, M.; GALLAS, J. Ação da alta frequência no 
processo pós-depilatório para o tratamento da foliculite. UNIVALI: Balneário 
Camboriú, 2007.
RIBEIRO, C. Cosmetologia aplicada e dermoestética. São Paulo: Pharmabooks, 
2006.
RODRIGUES, C. Henna. 2010. Disponível em: <https://lvsitania.wordpress.
com/2010/08/20/henna/>. Acesso em: 1 nov. 2018.
RZEZINSKI, V. L. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 
São Paulo: São Paulo, 2004.
SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004.
SAMPAIO, S.; RIVITTI, E. Dermatologia. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2007.
SCHMIDLIM, K. C. S. Biossegurança na estética: equipamentos de proteção 
individual – E. P. I. São Paulo: Personalité, 2012.
SOUZA, N. Alongamento de cílios – a história. 2006. Disponível em: <https://
www.prosadeumaesteticista.net>. Acesso em: 1 nov. 2018.
TERRA, M. Consultoria de atendimento, marketing e vendas na estética. 2018. 
Disponível em: <https://negocioestetica.com.br>. Acesso em: 23 dez. 2018.
VAGEFI, R. Adverses reactions to permanent eyeliner tattoo. 2006. Disponível 
em: <http://journals.lww.com>. Acesso em: 25 out. 2018.

Mais conteúdos dessa disciplina