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ENEM 1 Dia (16 de março)

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Eder Farias

em

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em geral, de menor importância no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa valorização é expressa por meio da linguagem

a) denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos da natureza e da modernidade.
b) rebuscada de neologismos que depreciam elementos próprios do mundo moderno.
c) hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignificantes.
d) simples, porém expressiva no uso de metáforas para definir o fazer poético do eu-lírico poeta.
e) referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o pragmatismo da era da informação digital.

O texto é o relato de uma enfermeira no cuidado de gestantes e mães soropositivas. Nesse relato, em meio ao drama de mães que não devem amamentar seus recém-nascidos, observa-se um recurso da língua portuguesa, presente no uso da palavra “mamadeirar”, que consiste


a. na manifestação do preconceito linguístico.
b. na recorrência a um neologismo.
c. no registro coloquial da linguagem.
d. na expressividade da ambiguidade lexical.
e. na contribuição da justaposição na formação de palavras.

Ao trazer as novas perspectivas acionadas pelos sujeitos na escrita de suas histórias, o texto apresenta uma visão positiva sobre a presença da(s):


a) economia na formação cultural dos sujeitos.
b) manifestações isoladas nos processos de migração.
c) narrações oficiais sobre os novos fluxos migratórios.
d) abordagens midiáticas no tratamento das informações.
e) tecnologias digitais nas formas de construção da realidade.

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Questões resolvidas

É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em geral, de menor importância no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa valorização é expressa por meio da linguagem

a) denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos da natureza e da modernidade.
b) rebuscada de neologismos que depreciam elementos próprios do mundo moderno.
c) hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignificantes.
d) simples, porém expressiva no uso de metáforas para definir o fazer poético do eu-lírico poeta.
e) referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o pragmatismo da era da informação digital.

O texto é o relato de uma enfermeira no cuidado de gestantes e mães soropositivas. Nesse relato, em meio ao drama de mães que não devem amamentar seus recém-nascidos, observa-se um recurso da língua portuguesa, presente no uso da palavra “mamadeirar”, que consiste


a. na manifestação do preconceito linguístico.
b. na recorrência a um neologismo.
c. no registro coloquial da linguagem.
d. na expressividade da ambiguidade lexical.
e. na contribuição da justaposição na formação de palavras.

Ao trazer as novas perspectivas acionadas pelos sujeitos na escrita de suas histórias, o texto apresenta uma visão positiva sobre a presença da(s):


a) economia na formação cultural dos sujeitos.
b) manifestações isoladas nos processos de migração.
c) narrações oficiais sobre os novos fluxos migratórios.
d) abordagens midiáticas no tratamento das informações.
e) tecnologias digitais nas formas de construção da realidade.

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SIMULADO ENEM 1° DIA 
 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS 
 
1) 
 
A emissão de gases tóxicos na atmosfera traz diversas 
consequências para nosso planeta. De acordo com o 
gráfico, retirado do texto Global warming is an 
international issue, observa-se que: 
A. as queimadas poluem um pouco mais do que 
os combustíveis usados nos meios de 
transporte. 
B. as residências e comércios são os menores 
emissores de gases de efeito estufa na 
atmosfera. 
C. o processo de tratamento de água contribui 
para a emissão de gases poluentes no planeta. 
D. os combustíveis utilizados nos meios de 
transportes poluem mais do que as indústrias. 
E. os maiores emissores de gases de efeito estufa 
na atmosfera são as usinas elétricas. 
 
2) 36 hours in Buenos Aires 
Contemporary Argentine history is a roller coaster of 
financial booms and cracks, set to gripping political 
soap operas. But through all the highs and lows, one 
thing has remained constant: Buenos Aires’s graceful 
elegance and cosmopolitan cool. This attractive city 
continues to draw food lovers, design buffs and party 
people with its riotous night life, fashion-forward styling 
and a favorable exchange rate. Even with the uncertain 
economy, the creative energy and enterprising spirit of 
Porteños, as residents are called, prevail — just look to 
the growing ranks of art spaces, boutiques, restaurants 
and hotel. 
SINGER, P. Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 
30 jul. 2012. 
 
Nesse artigo de jornal, Buenos Aires é apresentada 
como a capital argentina, que: 
A. foi objeto de novelas televisivas baseadas em 
sua vida noturna e artística. 
B. manteve sua elegância e espírito cosmopolita, 
apesar das crises econômicas. 
C. teve sua energia e aspecto empreendedor 
ofuscados pela incerteza da economia. 
D. foi marcada historicamente por uma vida 
financeira estável, com repercussão na arte. 
E. parou de atrair apreciadores da gastronomia, 
devido ao alto valor de sua moeda. 
3) 
 
Uma campanha pode ter por objetivo conscientizar a 
população sobre determinada questão social. Na 
campanha realizada no Reino Unido, a frase “A third of 
the food we buy in the UK ends up being thrown away" 
foi utilizada para enfatizar o(a): 
A. desigualdade social. 
B. escassez de plantações. 
C. reeducação alimentar. 
D. desperdício de comida. 
E. custo dos alimentos. 
 
4) Hunger Games Review: Family Film Guide 
Parent Concerns: There is definitely violence in this film. 
The central Hunger Games may not be as bloody and 
brutal as author Suzanne Collins describes in the novel, 
but there’s a visceral reaction to seeing the kid-on-kid 
violence ratherthanconjuring it inyourown imagination. 
The tributes kill each other in a host of ways, from spear, 
knife and arrow wounds to hand-to-hand battles that 
leave teens with their heads smashed in or necks 
snapped. The editing is quick and the shots never linger 
on anything overly graphic, but there is blood and 
twenty-two adolescents, aged 12-18, die in the annual 
blood sport pageant. Immature teens, even if they’ve 
read the books, may not be ready to handle to the film 
just yet. A good rule of thumb: if they’re not old enough 
to be reaped into the Hunger Games, theyYe probably 
not mature enough to see it. 
ANGULO-CHEN, S. Disponível em: 
http://news.moviefone.com. Acesso em: 28jun. 2012. 
Produções literárias e cinematográficas estão, muitas 
vezes, articuladas. No caso do filme Hunger Games, a 
autora da resenha chama a atenção para a questão da 
violência, que é mais: 
A. detalhada do que a autora do livro gostaria que 
fosse. 
B. brutal do que os pais permitiriam para seus 
filhos. 
C. amena do que os adolescentes imaginavam. 
D. superficial do que o público poderia esperar. 
E. impactante do que a representada no livro. 
 
5) On the Meaning of Being Chinese 
Ethnically speaking, I feel I am complicated to classify, 
but who isn’t, right? To me, being Chinese-Brazilian in 
America means a history of living in three opposite 
cultures, and sometimes feeling that I did not belong in 
neither, a constant struggle that immigrants, and 
national citizens, face when their appearance is foreign 
to natives in the country. Jokingly, I say that I am Asian 
in America, Brazilian in China, and a “gringa” in Brazil. 
Nevertheless, 1 believe that dealing with these hard to 
reconcile extremes have somehow helped me to 
become more comfortable with my identity. 
BELEZA LI. Disponível em: www.aiisf.org. Acesso em: 28 
mar. 2014. 
Nesse fragmento, Beleza Li resume sua experiência de 
vida ao descrever a complexidade em: 
A. viver como imigrante em um país asiático. 
B. definir quem ela é no que concerne à etnia. 
C. compreender as culturas que a constituem. 
D. lidar com brincadeiras sobre sua aparência. 
E. lutar contra a discriminação nos Estados 
Unidos. 
 
6) OLHOS DE RESSACA 
"Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. 
Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero 
daquele lance consternou a todos. Muitos homens 
choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, 
amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. 
Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão 
era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes 
para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que 
não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e 
caladas... As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as 
dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para 
a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para 
a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a 
retinha também. Momentos houve que os olhos de 
Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o 
pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, 
como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar 
também o nadador da manhã." 
(Machado de Assis) 
"Capitu parece vencer-se a si mesma" 
A SI MESMA é redundância da palavra SE - figura a que 
chamamos: 
A. metáfora 
B. anacoluto 
C. pleonasmo 
D. silepse 
E. hipérbato 
7) Leia o trecho a seguir: 
4 Graus 
Céu de vidro azul fumaça 
Quatro Graus de latitude 
Rua estreita, praia e praça 
Minha arena e ataúde 
Não permita Deus que eu morra 
Sem sair desse lugar 
Sem que um dia eu vá embora 
Pra depois poder voltar 
Quero um dia ter saudade 
Desse canto que eu cantei 
E chorar se der vontade 
De voltar pra quem deixei 
De voltar pra quem deixei. 
 
Fonte: 
http://fagner.letras.terra.com.br/letras/253766/, 
em 10 de março de 2024. 
No primeiro verso da canção, um recurso de estilo se 
destaca. Trata-se da: 
A. Metáfora 
B. Metonímia 
C. Sinédoque 
D. Catacrese 
E. Antonomásia 
 
8) 
 
“Fiquei sabendo que mais da metade da população 
mundial somos crianças.” Ocorre, neste fragmento, um 
exemplo de: 
A. inversão na mudança da ordem natural dos 
termos no enunciado. 
B. omissão de um termo que já apareceu antes. 
C. concordância não com o que vem expresso, 
mas com o que se entende, com a ideia que 
está implícita. 
D. aproximação de termos contrários, que se 
opõem pelo sentido. 
E. exagero na colocação da ideia com finalidade 
expressiva. 
 
9) Leia o poema abaixo, de Cecília Meireles: 
Reinvenção 
A vida só é possível 
Reinventada. 
Anda o sol pelas Campinas 
E passeia a mão dourada 
Pelas águas, pelas folhas... 
Ah! Tudo bolhas 
Que vêm de fundas piscinas 
De ilusionismo... - mais nada. 
Mas a vida, a vida, a vida, 
A vida só é possível 
Reinventada. 
Vem a lua, vem, retira 
As algemas dos meus braços. 
Projeto-me por espaços 
Cheios da tua Figura. 
Tudo mentira! Mentira 
Da lua, na noite escura. 
Não te encontro, não te alcanço... 
Só - no tempo equilibrada, 
Desprendo-me do balanço 
Que além do tempo me leva. 
Só - na treva, 
Fico: recebida e dada. 
Porque a vida, a vida, 
A vida só é possível 
Reinventada. 
 
Nesse poema aparece expressa a seguinte oposição 
fundamental: 
A. Vida versus Morte 
B. Realidade versus Ficção 
C. Presença versus Ausência 
D. Dia versus Noite 
E. LiberdadeD. a integração regional supõe a livre circulação 
de pessoas e mercadorias. 
E. expulsão das forças navais ocidentais 
garantiria a soberania nacional. 
 
68) As dinâmicas da Guerra Fria proporcionaram 
oportunidades de crescimento magníficas para países 
periféricos, com economias agrárias e de baixa 
industrialização. O simples fato de se alinhar com 
alguma das ideologias antagônicas significava, na 
maioria das vezes, apoio econômico e militar. Quatro 
países asiáticos souberam aproveitar as tensões da 
época para, a partir da década de 60, atingirem níveis 
de industrialização e crescimento sem precedentes. 
Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura 
passaram, então, a ser conhecidos pela alcunha de 
“Tigres Asiáticos”. 
 
Dentre os motivos que levaram os países supracitados 
a um acelerado crescimento durante a segunda metade 
do século XX estão: 
A. A presença de recursos minerais abundantes, 
o que enriqueceu os países através das 
exportações. 
B. Uma política de investimentos por parte da 
China, que transformou esses países em 
Zonas de Livre Comércio. 
C. Incentivos monetários estrangeiros, que, 
combinados com uma política de sério 
investimento em educação, aumentaram 
imensamente a competitividade desses países 
no cenário mundial. 
D. O estabelecimento de Zonas de Livre Comércio 
em seus litorais, criando o modelo econômico 
conhecido como “socialismo de mercado”. 
E. O investimento em uma indústria de 
substituição de importações, fazendo com que 
esses países deixassem de depender de 
produtos oriundos da China, o que contribui 
grandemente para seus crescimentos 
econômicos. 
 
69) Após uma longa guerra civil, em meados do século 
XX, o movimento revolucionário liderado por Mao Tsé-
Tung conseguiu assumir o poder na China, derrotando 
as tropas do governo de Chiang Kai-Shek. A partir daí, 
Mao desenvolveu uma série de mudanças e 
transformações na economia e cultura chinesa. 
 
Em relação ao “Grande Salto Para Frente” e a 
“Revolução Cultural”, assinale a alternativa correta. 
A. A “Revolução Cultural” foi uma campanha 
pacifista implementada pelo governo chinês 
que buscava seguir os ensinamentos de 
Mahatma Ghandi, a fim de frear a 
ocidentalização do povo chinês. 
B. O programa de comunização da agricultura, 
estabelecido pelo “Grande Salto”, atingiu logo 
seu objetivo, organizando a produção agrícola. 
Entre os anos de 1958 e 1960, o Partido 
Comunista praticamente dobrou a produção de 
alimentos se comparado ao ano de 1957. 
C. Apesar de ter conquistado êxito, o “Grande 
Salto Para Frente” se resumiu ao setor 
agropecuário, deixando de lado a produção 
industrial. Isso fez com que a China maoísta se 
tornasse uma grande potência 
agroexportadora, mas dependente 
industrialmente das outras nações. 
D. Apesar da reforma agrária conduzida de 
maneira forçada pelo Partido Comunista no 
âmbito do “Grande Salto Para Frente” ter sido 
um desastre humanitário, com milhões de 
mortos pela escassez de alimentos, a 
industrialização urbana estabeleceu o alicerce 
para o grande crescimento chinês nas décadas 
seguintes. 
E. A “Revolução Cultural” tinha como um de seus 
principais objetivos a preservação do passado. 
Era preciso inaugurar uma “Nova China”, 
baseada no Maoísmo, que tinha como 
fundamento as práticas e os pensamentos 
antigos, notadamente do Confucionismo. 
 
70) "Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada 
pela posição geográfica do país, próximo às ilhas do 
Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia da 
época, era importante contar com correntes marítimas 
favoráveis, e elas começavam exatamente nos portos 
portugueses.... Mas há outros fatores da história 
portuguesa tão ou mais importantes." 
 
Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da 
participação portuguesa na expansão marítima e 
comercial europeia, além da posição geográfica: 
A. O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação 
do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à 
expansão econômica quanto à religiosa, que a 
expansão marítima iria concretizar. 
B. Para o grupo mercantil, a expansão marítima 
era comercial e aumentava os negócios, 
superando a crise do século. Para o Estado, 
trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos 
e pensões; para a Igreja Católica, maior 
cristianização dos "povos bárbaros". 
C. O pioneirismo português deve-se mais ao 
atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas 
dinásticas, do que a fatores próprios do 
processo histórico, econômico, político e social 
de Portugal. 
D. Desde o seu início, a expansão marítima, 
embora contasse com o apoio entusiasmado 
do grupo mercantil, recebeu o combate dos 
proprietários agrícolas, para quem os 
dispêndios com o comércio eram perdulários. 
E. Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, 
a burguesia manteve a independência de 
Portugal, centralizou o poder e impôs ao 
Estado o seu interesse específico na 
expansão. 
 
71) As grandes mudanças que se verificam na arte 
náutica durante a segunda metade do século XV levam 
a crer na possibilidade de chegar-se, contornando o 
continente africano, às terras do Oriente. Não se pode 
afirmar, contudo, que a ambição de atingir por via 
marítima esses países de fábula presidissem as 
navegações do período henriquino, animada por 
objetivos estritamente mercantis. (...) Com a expedição 
de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico 
negreiro para o Reino (...) Da mesma viagem procede 
o primeiro ouro em pó, ainda que escasso, resgatado 
naquelas partes. O marfim, cujo comércio se achava 
até então em mãos de mercadores árabes, começam a 
transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de 1447." 
(Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos 
descobrimentos portugueses.) 
 
Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo 
do trecho acima: 
A. A descoberta do continente americano por 
espanhóis, e depois, por portugueses, revela o 
grande anseio dos navegadores ibéricos por 
chegar às riquezas do Oriente através de uma 
rota pelo Ocidente. 
B. Os portugueses logo abandonaram as viagens 
de descoberta para o Oriente através do 
Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas 
alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e 
escravos. 
C. Embora a descoberta de uma rota africana 
para o Oriente fosse para os portugueses, algo 
cada vez mais realizável em razão dos avanços 
técnicos, foi a exploração comercial da costa 
africana o que, de fato, impulsionou as viagens 
do período. 
D. As navegações portuguesas, à época de D. 
Henrique, eram motivadas, acima de tudo, pelo 
exotismo fabuloso do Oriente; 
secundariamente, contudo, dedicavam-se os 
portugueses ao comércio de escravos, ouro e 
marfim, sobretudo na costa africana. 
E. Durante o período henriquino, os grandes 
aperfeiçoamentos técnicos na arte náutica 
permitiram aos portugueses chegar ao Oriente 
contornando o continente africano. 
 
72) As primeiras expedições na costa africana a partir 
da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de 
povos berberes, foram registrando a geografia, as 
condições de navegação e de ancoragem. Nas 
paradas, os portugueses negociavam com as 
populações locais e sequestravam pessoas que 
chegavam às praias, levando-as para os navios para 
serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado 
pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das 
leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto 
podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo 
guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os 
povos encontrados não eram islamizados, portanto não 
eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes das leis 
de Deus, e no entender dos portugueses da época 
também podiam ser escravizados, pois ao se 
converterem ao cristianismo teriam uma chance de 
salvar suas almas na vida além desta. 
(Marina de Mello e Souza. África e 
Brasil africano, 2007.) 
 
De acordo com o texto, 
A. a motivação da conquista europeia da África foi 
essencialmente religiosa, destituída de caráter 
econômico. 
B. os líderes políticos africanos apoiavam a 
catequizaçãodos povos nativos pelos 
conquistadores europeus. 
C. os africanos aceitavam a escravização e não 
resistiam à presença europeia no continente. 
D. os povos africanos reconheciam a ação 
europeia no continente como uma cruzada 
religiosa e moral. 
E. a escravização foi muitas vezes justificada 
pelos europeus como uma forma de redimir e 
salvar os africanos. 
 
73) Todo homem de bom juízo, depois que tiver 
realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre 
manifesto ter podido escapar de todos os perigos que 
se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que há 
tantos outros acidentes que diariamente podem aí 
ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí 
navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando 
querem empreender suas viagens. 
J. PT. “Histoire de plusieurs voyages aventureux”. 
1600. In: DELUMEAU, J. História do medo no 
Ocidente: 1300- 1800. São Paulo Cia. das Letras. 
2009 (adaptado). 
 
Esse relato, associado ao imaginário das viagens 
marítimas da época moderna, expressa um sentimento 
de 
A. gosto pela aventura. 
B. fascínio pelo fantástico. 
C. temor do desconhecido. 
D. interesse pela natureza. 
E. purgação dos pecados 
 
74) Em geral, os nossos tupinambás ficaram admirados 
ao ver os franceses e os outros dos países longínquos 
terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, 
pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me 
fez esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e 
pêros (franceses e portugueses), buscar lenha de tão 
longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa 
terra? ” 
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: 
FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil. 
São Paulo: Difel, 1974. 
 
O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz 
um diálogo travado, em 1557, com um ancião 
tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a 
sociedade europeia e a indígena no sentido 
A. do destino dado ao produto do trabalho nos 
seus sistemas culturais. 
B. da preocupação com a preservação dos 
recursos ambientais. 
C. do interesse de ambas em uma exploração 
comercial mais lucrativa do pau-brasil. 
D. da curiosidade, reverência e abertura cultural 
recíprocas. 
E. da preocupação com o armazenamento de 
madeira para os períodos de inverno. 
75) Publicado em Veneza, em 1556, o mapa abaixo é 
um dos primeiros a mostrar o Brasil individualmente. 
Raro, ele faz parte de uma obra italiana, Atlas dele 
navigazione e Viaggi (Atlas de navegação e Viagens), 
de Giovanni Battista Ramusio. 
 
Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual 
revela pouca preocupação geográfica, mas que nos 
mostra: 
A. uma terra de riquezas: a exuberância das 
matas, a fartura de peixes nos mares e a 
existência de povoadores fortes, sadios e 
trabalhadores. 
B. indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, 
depois, eram empilhados nas feitorias. 
Chegando os portugueses, os nativos eram 
recompensados através de um escambo com 
produtos europeus. 
C. o início da colonização do Brasil: os indígenas 
estão derrubando as árvores para formar os 
campos onde seria feito o plantio da cana-de-
açúcar e a construção dos engenhos. 
D. o medo dos nativos brasileiros com a chegada 
das naus portuguesas: eles estão abatendo 
árvores para construção de fortificações e 
defesa da ameaça europeia. 
E. homens nus, selvagens, que conviviam 
pacificamente com animais de grande porte, o 
que causava grande espanto e medo aos 
colonizadores. 
 
76) Texto I 
 
TEXTO 2 
“A ciência e a arte, dentro de um processo intrincado, 
fabricavam realidades mitológicas que tiveram, e ainda 
têm vida prolongada e persistente”. 
COLI, Jorge. A invenção da descoberta. In: Como 
estudar arte brasileira no século XIX? São Paulo: 
Senac, 2005, p. 23. 
 
Sobre os documentos referentes ao Descobrimento do 
Brasil e à arte produzida no século XIX, é correto 
afirmar que 
A. ignoram a participação dos indígenas no 
processo de formação da identidade nacional. 
B. derrubam uma imagem hierarquizada do 
encontro das etnias que formaram a nação 
brasileira. 
C. consolidam uma visão da colonização marcada 
pela exploração portuguesa das matérias-
primas. 
D. constroem uma memória pacífica do 
nascimento da nação fundada sob a égide do 
catolicismo. 
E. constroem uma memória brutal do nascimento 
da nação fundada sob a tutela dos jesuítas e 
bandeirantes. 
 
77) A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é 
chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente 
que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de 
nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar 
uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas 
da tribo não têm nenhum dever de obediência. O 
espaço da chefia não é o lugar do poder. 
Essencialmente encarregado de eliminar conflitos que 
podem surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o 
chefe só dispõe, para restabelecer a ordem e a 
concórdia, do prestígio que lhe reconhece a sociedade. 
Mas evidentemente prestígio não significa poder, e os 
meios que o chefe detém para realizar sua tarefa de 
pacificador limitam-se ao uso exclusivo da palavra. 
CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio 
de Janeiro. Francisco Alves, 1982 (adaptado). 
 
O modelo político das sociedades discutidas no texto 
contrasta com o do Estado liberal burguês porque se 
baseia em: 
A. Imposição ideológica e normas hierárquicas. 
B. Determinação divina e soberania monárquica. 
C. Intervenção consensual e autonomia 
comunitária. 
D. Mediação jurídica e regras contratualistas. 
E. Gestão coletiva e obrigações tributárias. 
 
78) Quanto mais complicada se tornou a produção 
industrial, mais numerosos passaram a ser os 
elementos da indústria que exigiam garantia de 
fornecimento. Três deles eram de importância 
fundamental: o trabalho, a terra e o dinheiro. Numa 
sociedade comercial, esse fornecimento só poderia ser 
organizado de uma forma: tornando-os disponíveis à 
compra. Agora eles tinham que ser organizados para a 
venda no mercado. Isso estava de acordo com a 
exigência de um sistema de mercado. Sabemos que 
em um sistema como esse, os lucros só podem ser 
assegurados se se garante a autorregulação por meios 
de mercados competitivos interdependentes. 
POLANYI, K. A grande transformação: As origens 
de nossa época. Rio de Janeiro: Campus, 2000 
(Adaptado). 
 
A consequência do processo de transformação 
socioeconômica abordada no texto é a 
A. expansão das terras comunais. 
B. limitação do mercado como meio de 
especulação. 
C. consolidação da força de trabalho como 
mercadoria. 
D. diminuição do comércio como efeito da 
industrialização. 
E. adequação do dinheiro como elemento padrão 
das transações. 
 
79) Hoje, a indústria cultural assumiu a herança 
civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, 
que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido 
para os desvios espirituais. Todos são livres para 
dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde 
a neutralização histórica da religião, são livres para 
entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a 
liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a 
coerção econômica, revela-se em todos os setores 
como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma 
coisa. 
ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do 
esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1985. 
 
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de 
acordo com a análise do texto, é um(a) 
A. legado social. 
B. patrimônio político. 
C. produto da moralidade. 
D. conquista da humanidade. 
E. ilusão da contemporaneidade. 
 
80) A sociologia ainda não ultrapassou a era das 
construções e das sínteses filosóficas. Em vez de 
assumir a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita 
do campo social, ela prefere buscar as brilhantes 
generalidades em que todas as questões são 
levantadas sem que nenhuma seja expressamente 
tratada. Não é com exames sumários e por meio de 
intuições rápidas que se pode chegar a descobrir as leis 
de uma realidade tão complexa. Sobretudo, 
generalizaçõesàs vezes tão amplas e tão apressadas 
não são suscetíveis de nenhum tipo de prova. 
DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. 
São Paulo: Martins Fontes, 2000. 
 
O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em 
construir uma sociologia com base na 
A. vinculação com a filosofia como saber 
unificado. 
B. reunião de percepções intuitivas para 
demonstração. 
C. formulação de hipóteses subjetivas sobre a 
vida social. 
D. adesão aos padrões de investigação típicos 
das ciências naturais. 
E. incorporação de um conhecimento alimentado 
pelo engajamento político. 
 
81) A maior parte das agressões e manifestações 
discriminatórias contra as religiões de matrizes 
africanas ocorrem em locais públicos (57%). É na rua, 
na via pública, que tiveram lugar mais de 2/3 das 
agressões, geralmente em locais próximos às casas de 
culto dessas religiões. O transporte público também é 
apontado como um local em que os adeptos das 
religiões de matrizes africanas são discriminados, 
geralmente quando se encontram paramentados por 
conta dos preceitos religiosos. 
REGO, L. F.; FONSECA, D. P. R.; GIACOMINI, S. 
M.. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2014. 
 
As práticas descritas no texto são incompatíveis com a 
dinâmica de uma sociedade laica e democrática porque 
A. asseguram as expressões multiculturais. 
B. promovem a diversidade de etnias. 
C. falseiam os dogmas teológicos. 
D. estimulam os rituais sincréticos. 
E. restringem a liberdade de credo. 
 
82) A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) como 
uma política para todos constitui-se uma das mais 
importantes conquistas da sociedade brasileira no 
século XX. O SUS deve ser valorizado e defendido 
como um marco para a cidadania e o avanço 
civilizatório. A democracia envolve um modelo de 
Estado no qual políticas protegem os cidadãos e 
reduzem as desigualdades. O SUS é uma diretriz que 
fortalece a cidadania e contribui para assegurar o 
exercício de direitos, o pluralismo político e o bem-estar 
como valores de uma sociedade fraterna, pluralista e 
sem preconceitos, conforme prevê a Constituição 
Federal de 1988. 
RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, 
democracia com direitos sociais e saúde: a luta 
do Cebes. Revista Saúde em Debate, n. 116, 
jan.-mar. 2018 (adaptado). 
 
Segundo o texto, duas características da concepção da 
política pública analisada são: 
A. Paternalismo e filantropia. 
B. Liberalismo e meritocracia. 
C. Universalismo e igualitarismo. 
D. Nacionalismo e individualismo. 
E. Revolucionarismo e coparticipação. 
 
83) Ao mesmo tempo que as novas tecnologias 
inseridas no universo do trabalho estão provocando 
profundas transformações nos modos de produção, 
tornam cada vez mais plausível a possibilidade de 
liberação do homem do trabalho mecânico e repetitivo. 
JORGE, M. T. S. Será o ensino escolar 
supérfluo no mundo das novas 
tecnologias? Educação e Sociedade, v. 
19, n. 65, dez. 1998 (adaptado). 
 
O paradoxo da relação entre as novas tecnologias e o 
mundo do trabalho, demonstrado no texto, pode ser 
exemplificado pelo(a) 
A. utilização das redes sociais como ferramenta 
de recrutamento e seleção. 
B. transferência de fábricas para locais onde 
estas desfrutem de benefícios fiscais. 
C. necessidade de trabalhadores flexíveis para se 
adequarem ao mercado de trabalho. 
D. fenômeno do desemprego que aflige milhões 
de pessoas no mundo contemporâneo. 
E. conflito entre trabalhadores e empresários por 
conta da exigência de qualificação profissional 
 
84) Espaço geográfico é formado por um conjunto 
indissociável, solidário e também contraditório de 
sistemas de objetos e sistemas de ações, não 
considerados isoladamente, mas como um quadro 
único no qual a história se dá. No começo era a 
natureza selvagem, formada por objetos naturais, que 
ao longo da história vão sendo substituídos por 
objetos fabricados, objetos técnicos, mecanizados e, 
depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza 
artificial tenda a funcionar como uma máquina. 
SANTOS, M. A Natureza do Espaço. Técnica e 
Tempo. Razão e Emoção. 2º Edição. São Paulo: 
Editora Hucitec, l997. 
 
O texto acima indica que o conceito de espaço 
geográfico está relacionado ao 
A. processo de modificação da natureza por meio 
das atividades produtivas realizadas pelo 
homem. 
B. papel das empresas na transformação de bens 
primários em produtos de alto valor agregado. 
C. emprego de técnicas rudimentares de 
produção na fabricação de bens tecnológicos. 
D. protagonismo do Estado no controle das 
atividades de produção desenvolvidas pelo 
homem. 
E. sistema de produção capitalista empregado na 
maior parte dos países do globo. 
 
85) O homem também vai impondo à natureza suas 
próprias formas, a que podemos chamar de formas ou 
objetos culturais, artificiais, históricos. Estas formas 
históricas não são as mesmas através dos tempos; 
aqueles acréscimos dos tempos primitivos são 
diferentes dos atuais. Hoje, as formas impostas à 
natureza são muito mais complexas, resultado também 
de uma série de heranças. A natureza conhece um 
processo de humanização cada vez maior, ganhando a 
cada passo elementos que são resultado da cultura. 
Torna-se cada dia mais culturalizada, mais 
artificializada, mais humanizada. [...]. No processo de 
desenvolvimento humano, não há uma separação do 
homem e da natureza. A natureza se socializa e o 
homem se naturaliza. 
(Milton Santos. Metamorfoses do espaço 
habitado, 1997.) 
De acordo com o autor, é correto afirmar que: 
A. o homem e a natureza constituem elementos 
opostos e dissociados, já que mantêm poucas 
relações entre si, evoluindo, do ponto de vista 
da organização e funcionamento, 
paralelamente. 
B. a natureza, hoje, subordina o homem às suas 
“leis” e “regras”, restando às sociedades 
adaptar suas atividades econômicas e culturais 
aos ritmos e condicionamentos impostos pelos 
fenômenos naturais. 
C. as transformações do espaço geográfico 
realizadas pelo homem produziram uma “nova 
natureza”, caracterizada, cada vez mais, pela 
presença de formas e objetos artificiais e 
culturais. 
D. os objetos artificiais instalados no espaço 
geográfico pelo homem caracterizam-se, hoje, 
pela sua baixa sofisticação, diferentemente 
daqueles acréscimos dos tempos primitivos, 
caracterizados pela alta complexidade. 
E. a natureza, através dos tempos, mantém-se 
como um obstáculo intransponível a todo tipo 
de ação transformadora do espaço geográfico 
intentada pelo homem. 
 
86) O atual espaço geográfico mundial, nos últimos 
anos, tem passado por um acelerado processo de 
reestruturação, fruto da revolução tecnológica e da 
abertura dos mercados nacionais. Sobre a referida 
reestruturação do espaço geográfico mundial, é correto 
afirmar que: 
A. há uma crescente interdependência dos 
mercados, fruto da abertura das economias 
nacionais e do avanço tecnológico dos meios 
de transportes e comunicações, o que tornou a 
circulação mais rápida, intensificando os fluxos 
de mercadorias, capitais e informações. 
B. o novo espaço industrial se caracteriza por 
funcionar em rede e, embora a gestão 
empresarial seja mantida nas principais 
metrópoles globais, a produção está cada vez 
mais desconcentrada, direcionando-se às 
grandes cidades 
C. a dimensão cultural da globalização provoca a 
padronização dos costumes, tendo como 
referência os hábitos dos países centrais, 
sobretudo dos Estados Unidos. Essa tendência 
enfrenta resistência em algumas regiões do 
mundo, como o Oriente Médio, porque grande 
parte da população dessa região busca um 
modo de vida mais consumista. 
D. a reestruturação da economia mundial altera o 
mundo do trabalho, o que provoca a expansão 
do desemprego estrutural. Esse novo tipo de 
desemprego ocorre nos países periféricos e é 
fruto de mudanças irreversíveis, como a 
automação das atividades e a 
desconcentração produtiva. 
E. há um fortalecimento das transnacionais, pois 
estas assumem várias funções que antes eram 
exercidas pelos Estados, como o controle dos 
meios de comunicaçõese energia. Além disso, 
essas corporações vêm expandindo suas 
áreas de influência, por meio de processos de 
fusões e aquisições, o que tem eliminado as 
fronteiras políticas e econômicas dos Estados 
Nacionais. 
 
87) Leia atentamente a seguinte descrição de um 
conceito geográfico: 
“É um conjunto de formas que, em um dado período, 
revela as heranças que representam as relações 
espacializadas entre homem e natureza, ou sociedade 
e espaço. Dotada de aspectos naturais e culturais do 
mundo, revela os aspectos perceptíveis do espaço 
geográfico possíveis de serem percebidos, 
contemplados e conhecidos a partir dos órgãos dos 
sentidos”. 
 
O enunciado acima descreve o conceito geográfico de 
A. lugar. 
B. meio. 
C. território. 
D. paisagem. 
E. região. 
 
88) No final do século XX e em razão dos avanços da 
ciência, produziu-se um sistema presidido pelas 
técnicas da informação, que passaram a exercer um 
papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando 
ao novo sistema uma presença planetária. Um mercado 
que utiliza esse sistema de técnicas avançadas resulta 
nessa globalização perversa. 
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de 
Janeiro: Record, 2008 (adaptado). 
 
Uma consequência para o setor produtivo e outra para 
o mundo do trabalho advindas das transformações 
citadas no texto estão presentes, respectivamente, em: 
A. Eliminação das vantagens locacionais e 
ampliação da legislação laboral. 
B. Limitação dos fluxos logísticos e fortalecimento 
de associações sindicais. 
C. Diminuição dos investimentos industriais e 
desvalorização dos postos qualificados. 
D. Concentração das áreas manufatureiras e 
redução da jornada semanal. 
E. Automatização dos processos fabris e aumento 
dos níveis de desemprego 
 
89) Populações inteiras, nas cidades e na zona rural, 
dispõem da parafernália digital global como fonte de 
educação e de formação cultural. Essa simultaneidade 
de cultura e informação eletrônica com as formas 
tradicionais e orais é um desafio que necessita ser 
discutido. A exposição, via mídia eletrônica, com estilos 
e valores culturais de outras sociedades, pode inspirar 
apreço, mas também distorções e ressentimentos. 
Tanto quanto há necessidade de uma cultura tradicional 
de posse da educação letrada, também é necessário 
criar estratégias de alfabetização eletrônica, que 
passam a ser o grande canal de informação das 
culturas segmentadas no interior dos grandes centros 
urbanos e das zonas rurais. Um novo modelo de 
educação. 
BRIGAGÃO, C. E.; RODRIGUES, G. A 
globalização a olho nu: o mundo conectado. São 
Paulo: Moderna, 1998 (adaptado). 
 
Com base no texto e considerando os impactos 
culturais da difusão das tecnologias de informação no 
marco da globalização, depreende-se que 
A. ampla difusão das tecnologias de informação 
nos centros urbanos e no meio rural suscita o 
contato entre diferentes culturas e, ao mesmo 
tempo, traz a necessidade de reformular as 
concepções tradicionais de educação. 
B. a apropriação, por parte de um grupo social, de 
valores e ideias de outras culturas para 
benefício próprio é fonte de conflitos e 
ressentimentos. 
C. as mudanças sociais e culturais que 
acompanham o processo de globalização, ao 
mesmo tempo em que refletem a 
preponderância da cultura urbana, tornam 
obsoletas as formas de educação tradicionais 
próprias do meio rural. 
D. as populações nos grandes centros urbanos e 
no meio rural recorrem aos instrumentos e 
tecnologias de informação basicamente como 
meio de comunicação mútua, e não os veem 
como fontes de educação e cultura. 
E. a intensificação do fluxo de comunicação por 
meios eletrônicos, característica do processo 
de globalização, está dissociada do 
desenvolvimento social e cultural que ocorre no 
meio rural 
 
90) Um dos grandes debates da Geografia, desde que 
esta alcançou o status de ciência, entre o final do séc. 
XVIII e início do séc. XIX, tem sido alusivo ao seu objeto 
de estudo. Na atualidade, tomando como referência 
argumentos de geógrafos como Milton Santos e 
Roberto Lobato Corrêa, entende-se que a Geografia 
tem como objeto de estudo o espaço geográfico. Dessa 
forma, definimo-la como “ciência da organização 
espacial”. 
 
Sobre o conceito de espaço geográfico e sua 
abrangência no estudo da Geografia, assinale a 
alternativa incorreta. 
A. O espaço geográfico não constitui uma 
totalidade homogênea, uma vez que reflete as 
diferentes singularidades da natureza e das 
dimensões do trabalho humano. 
B. O espaço geográfico abrange, além dos 
elementos naturais e artefatos humanos, a 
rede de relações criada por fluxo de pessoas, 
mercadorias, capitais e informações. 
C. O espaço geográfico constitui uma totalidade 
homogênea, uma vez que reflete o resultado 
das interações do trabalho humano e suas 
interações com a natureza. 
D. O espaço geográfico é o produto material da 
interação, mediada pelas técnicas, entre as 
sociedades e a superfície terrestre em que 
estão inseridas. 
E. O espaço geográfico é dinâmico e está, ao 
mesmo tempo, organizando-se e 
reorganizando-se. Nesse sentido é que se 
pode dizer que a Geografia analisa a 
organização espacial. 
 
RASCUNHO PARA REDAÇÃO 
 
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____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________versus Prisão 
 
10) Canção do Exílio (...) 
 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
 
Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar - sozinho, à noite - 
Mais prazer encontro eu lá; 
 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu’inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
(Antônio Gonçalves Dias, Primeiros 
Cantos) 
 
Entre as figuras de sintaxe, como recursos que um 
autor emprega para obter maior expressividade, existe 
a zeugma. Uma das formas de elipse, a zeugma 
consiste na supressão de um vocábulo, já enunciado 
em frase anterior, por estar subentendido. No poema de 
Gonçalves Dias, a zeugma ocorre apenas em: 
A. Sem qu’inda aviste as palmeiras. 
B. Em cismar, sozinho, à noite. 
C. As aves, que aqui gorjeiam. 
D. Nossa vida mais amores. 
E. Nosso céu tem mais estrelas. 
 
11) "O pregar há-de ser como quem semeia, e não 
como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como 
as estrelas. (...) Todas as estrelas estão por sua ordem; 
mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça 
lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como 
os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. 
Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de 
estar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de 
estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de 
dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra 
hão-de dizer subiu. Basta que não havemos de ver num 
sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar 
sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos 
do céu o estilo da disposição, e também o das 
palavras." 
(Vieira, Sermão da Sexagésima.) 
 
A metáfora do xadrez é explicada, no texto, com a 
seguinte figura de linguagem: 
A. hipérbole 
B. antítese 
C. repetição 
D. rima 
E. metonímia 
 
12) Texto I: 
Perante a Morte empalidece e treme, 
Treme perante a Morte, empalidece. 
Coroa-te de lágrimas, esquece 
O Mal cruel que nos abismos geme. 
(Cruz e Souza, Perante a morte.) 
 
Texto II: 
Tu choraste em presença da morte? 
Na presença de estranhos choraste? 
Não descende o cobarde do forte; 
Pois choraste, meu filho não és! 
(Gonçalves Dias, I Juca Pirama.) 
 
Texto III: 
Corrente, que do peito destilada, 
Sois por dous belos olhos despedida; 
E por carmim correndo dividida, 
Deixais o ser, levais a cor mudada. 
(Gregório de Matos, Aos mesmos 
sentimentos.) 
 
Texto IV: 
Chora, irmão pequeno, chora, 
Porque chegou o momento da dor. 
A própria dor é uma felicidade... 
(Mário de Andrade, Rito do irmão pequeno.) 
 
Texto V: 
Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira é esta, 
Que impudente na gávea tripudia?!... 
Silêncio! ...Musa! Chora, chora tanto 
Que o pavilhão se lave no teu pranto... 
(Castro Alves, O navio negreiro.) 
 
Em apenas dois dos textos apresentados, as lágrimas 
são caracterizadas ou configuradas por meio da 
hipérbole. Os dois textos são: 
A. I e II. 
B. II e III. 
C. II e V. 
D. III e IV. 
E. III e V. 
 
13) " Pedro cumprira sua missão me devolvendo ao 
seio da família; foi um longo percurso marcado por um 
duro recolhimento, os dois permanecemos trancados 
durante toda a viagem que realizamos juntos, e na qual, 
feito menino, me deixei conduzir por ele o tempo inteiro; 
era já noite quando chegamos, a fazenda dormia num 
silêncio recluso, a casa estava de luto, as luzes 
apagadas, salvo a clareira pálida no pátio dos fundos 
que se devia à expansão da luz da copa, pois a família 
se encontrava ainda em volta da mesa; entramos pela 
varanda da frente, e assim que meu irmão abriu a porta, 
o ruído de um garfo repousando no prato, seguido, 
embora abafado, de um murmúrio intenso, precedeu a 
expectativa angustiante que se instalou na casa inteira; 
me separei de Pedro ali mesmo na sala, entrando para 
o meu antigo quarto, enquanto ele, fazendo vibrar a 
cristaleira sob os passos, afundava no corredor em 
direção à copa, onde a família o aguardava; largado na 
beira de minha velha cama, a bagagem jogada entre 
meus pés, fui envolvido pelos cheiros caseiros que eu 
respirava, me despertando imagens torpes, mutiladas, 
me fazendo cair logo em confusos pensamentos; na 
sucessão de tantas idéias, me passava também pela 
cabeça o esforço de Pedro para esconder de todos a 
sua dor, disfarçada quem sabe pelo cansaço da 
viagem; ele não poderia deixar transparecer, ao 
anunciar a minha volta, que era um possuído que 
retornava com ele a casa; ele precisaria dissimular 
muito para não estragar a alegria e o júbilo nos olhos 
de meu pai, que dali a pouco haveria de proclamar para 
os que o cercavam que “aquele que tinha se perdido 
tornou ao lar, aquele pelo qual chorávamos nos foi 
devolvido”. 
NASSAR, Raduan. Lavoura Arcaica. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1989. 
 
 “… a fazenda dormia num silêncio recluso, a casa 
estava de luto…”. A figura de linguagem empregada 
pelo autor neste trecho é 
A. a metonímia. 
B. a antítese. 
C. a hipérbole. 
D. a metáfora. 
E. a prosopopéia ou a personificação. 
 
14) IRACEMA 
"Além, muito além daquela serra que ainda azula no 
horizonte, nasceu Iracema. 
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os 
cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos 
que seu talhe de palmeira. 
O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a 
baunilha recendia no bosque como seu hálito 
perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena 
virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde 
campeava sua guerreira tribo, da grande nação 
tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas 
a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras 
águas." 
(José de Alencar) 
 
O segundo parágrafo do texto começa com a palavra 
que encerra o primeiro: "Iracema". Temos um recurso 
de repetição, conhecido como anadiplose, que, no texto 
em estudo, 
I. contribui para acentuar o ritmo 
II. ajuda o leitor a perceber Iracema como a figura 
central da descrição 
III. produz uma espécie de eco, por meio do qual 
a figura da protagonista se destaca 
É correto o que se afirma 
A. apenas em I 
B. apenas em II 
C. apenas em III 
D. em II e III 
E. em I, II e III 
 
15) MAR PORTUGUÊS 
 
Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram! 
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar! 
 
Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena. 
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu. 
Fernando Pessoa, Obra poética, Rio de Janeiro, 
Nova Aguilar, 1990. 
 
No 1º verso do poema, há a interpelação direta a um 
ser inanimado a quem são atribuídos traços humanos. 
Assinale a alternativa que designe adequadamente as 
figuras de linguagem que expressam esses conceitos. 
A. Metáfora e prosopopéia. 
B. Metonímia e apóstrofe. 
C. Apóstofre e prosopopéia. 
D. Redundância e metáfora. 
E. Redundância e prosopopéia. 
 
16) Considere os seguintes trechos de "A Hora da 
Estrela", de Clarice Lispector: 
"Embora a moça anônima da história seja tão antiga 
que podia ser uma figura bíblica. Ela era subterrânea e 
nunca tinha tido floração. Minto: ela era capim." 
"Se a moça soubesse que minha alegria também vem 
de minha mais profunda tristeza e que a tristeza era 
uma alegria falhada. Sim, ela era alegrezinha dentro de 
sua neurose. Neurose de guerra." 
Neles predominam, respectivamente, as seguintes 
figuras de linguagem: 
A. inversão e hipérbole. 
B. pleonasmo e oxímoro. 
C. metáfora e antítese.D. metonímia e metáfora. 
E. eufemismo e antítese. 
 
17) Morrer — isso não se faz a um gato. Pois o que há 
de fazer um gato 
num apartamento vazio. 
Trepar pelas paredes. 
Esfregar-se nos móveis. 
Nada aqui parece mudado 
e no entanto algo mudou. 
Nada parece mexido 
e no entanto está diferente. 
E à noite a lâmpada já não se acende. 
Algo aqui não começa na hora costumeira. Algo não 
acontece como deve. 
Alguém esteve aqui e esteve, e de repente 
desapareceu 
e teima em não aparecer. 
Que mais se pode fazer. 
Dormir e esperar. 
Espera só ele voltar, espera ele aparecer. Vai aprender 
que isso não se faz a um gato. 
Para junto dele 
como quem não quer nada 
devagarinho 
sobre patas muito ofendidas. 
E nada de pular miar no princípio. 
(Wislawa Szymorska) 
 
Considerada a norma-padrão, comenta-se com 
correção: 
A. O conteúdo dos versos Nada aqui parece 
mudado / e no entanto algo mudou estaria 
preservado, em formulação clara e correta, 
assim “Algo mudou, a não ser que nada aqui 
pareça mudado”. 
B. A determinação de gato, em – isso não se faz 
a um gato −, exemplifica o emprego do artigo 
indefinido que, por sua força generalizadora, 
pode atribuir a um substantivo no singular a 
representação de toda a espécie. 
C. Em E à noite a lâmpada já não se acende, o 
pronome se pode ser considerado indicativo de 
voz passiva, e a frase, na forma analítica, seria: 
“E à noite a lâmpada já não foi acendida”. 
D. A conjunção destacada em Pois o que há de 
fazer um gato / num apartamento vazio 
estabelece, no contexto, relação do mesmo 
tipo da vista em “Todos estão aqui, tratemos, 
pois, de dar início aos trabalhos”. 
E. Em E à noite a lâmpada já não se acende, o 
sinal indicativo da crase está empregado 
corretamente, mas é um equívoco sua 
presença em “Àquela hora da noite, todos já 
estavam recolhidos”. 
 
18) O apanhador de desperdícios 
Uso a palavra para compor meus silêncios. 
Não gosto das palavras 
fatigadas de informar. 
Dou mais respeito 
às que vivem de barriga no chão 
tipo água pedra sapo. 
Entendo bem o sotaque das águas 
Dou respeito às coisas desimportantes 
e aos seres desimportantes. 
Prezo insetos mais que aviões. 
Prezo a velocidade 
das tartarugas mais que a dos mísseis. 
Tenho em mim um atraso de nascença. 
Eu fui aparelhado 
para gostar de passarinhos. 
Tenho abundância de ser feliz por isso. 
Meu quintal é maior do que o mundo. 
Sou um apanhador de desperdícios: 
Amo os restos 
como as boas moscas. 
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto. 
Porque eu não sou da informática: 
eu sou da invencionática. 
Só uso a palavra para compor meus silêncios. 
BARROS, Manoel de. O apanhador de 
desperdícios. In. PINTO, Manuel da Costa. 
Antologia comentada da poesia brasileira do 
século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74. 
 
É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres 
e coisas considerados, em geral, de menor importância 
no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, 
essa valorização é expressa por meio da linguagem 
A. denotativa, para evidenciar a oposição entre 
elementos da natureza e da modernidade. 
B. rebuscada de neologismos que depreciam 
elementos próprios do mundo moderno. 
C. hiperbólica, para elevar o mundo dos seres 
insignificantes. 
D. simples, porém expressiva no uso de 
metáforas para definir o fazer poético do eu 
lírico poeta. 
E. referencial, para criticar o instrumentalismo 
técnico e o pragmatismo da era da informação 
digital. 
 
19) Devemos dar apoio emocional específico, 
trabalhando o sentimento de culpa que as mães têm 
de infectar o filho. O principal problema que 
vivenciamos é quanto ao aleitamento materno. Além 
do sentimento muito forte manifestado pelas gestantes 
de amamentar seus filhos, existem as cobranças da 
família, que exige explicações pela recusa em 
amamentar, sem falar nas companheiras na 
maternidade que estão amamentando. Esses conflitos 
constituem nosso maior desafio. Assim, criamos a 
técnica de mamadeirar. O que é isso? É substituir o 
seio materno por amor, oferecendo a mamadeira, e 
não o peito! 
PADOIN, S. M. M. et al. (Org.) Experiências 
interdisciplinares em Aids: interfaces de uma 
epidemia. Santa Maria: UFSM, 2006 (adaptado). 
 
O texto é o relato de uma enfermeira no cuidado de 
gestantes e mães soropositivas. Nesse relato, em meio 
ao drama de mães que não devem amamentar seus 
recém-nascidos, observa-se um recurso da língua 
portuguesa, presente no uso da palavra “mamadeirar”, 
que consiste 
A. na manifestação do preconceito linguístico. 
B. na recorrência a um neologismo. 
C. no registro coloquial da linguagem. 
D. na expressividade da ambiguidade lexical. 
E. na contribuição da justaposição na formação 
de palavras. 
 
20) Mandioca, macaxeira, aipim e castelinha são 
nomes diferentes da mesma planta. Semáforo, sinaleiro 
e farol também significam a mesma coisa. O que muda 
é só o hábito cultural de cada região. A mesma coisa 
acontece com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). 
Embora ela seja a comunicação oficial da comunidade 
surda no Brasil, existem sinais que variam em relação 
à região, à idade e até ao gênero de quem se comunica. 
A cor verde, por exemplo, possui sinais diferentes no 
Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. São os 
regionalismos na língua de sinais. 
Essas variações são um dos temas da disciplina 
Linguística na língua de sinais, oferecida pela 
Universidade Estadual Paulista (Unesp) ao longo do 
segundo semestre. “Muitas pessoas pensam que a 
língua de sinais é universal, o que não é verdade”, 
explica a professora e chefe do Departamento de 
Linguística, Literatura e Letras Clássicas da Unesp. 
“Mesmo dentro de um mesmo país, ela sofre variação 
em relação à localização geográfica, à faixa etária e até 
ao gênero dos usuários”, completa a especialista. 
Os surdos podem criar sinais diferentes para identificar 
lugares, objetos e conceitos. Em São Paulo, o sinal de 
“cerveja” é feito com um giro do punho como uma meia-
volta. Em Minas, a bebida é citada quando os dedos 
indicador e médio batem no lado do rosto. Também 
ocorrem mudanças históricas. Um sinal pode sofrer 
alterações decorrentes dos costumes da geração que o 
utiliza. 
Disponível em: www.educacao.sp.gov.br. Acesso 
em: 1 nov. 2021 (adaptado). 
 
Nesse texto, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) 
A. passa por fenômenos de variação linguística 
como qualquer outra língua. 
B. apresenta variações regionais, assumindo 
novo sentido para algumas palavras. 
C. sofre mudança estrutural motivada pelo uso de 
sinais diferentes para algumas palavras. 
D. diferencia-se em todo o Brasil, desenvolvendo 
cada região a sua própria língua de sinais. 
E. é ininteligível para parte dos usuários em razão 
das mudanças de sinais motivadas 
geograficamente. 
 
21) Defensoria Pública reconhece visão monocular 
como deficiência e garante reserva de vagas em 
concursos 
 
A discussão sobre o assunto corre na Justiça também 
por meio do Projeto de Lei n° 1645, de 2019, que busca 
assegurar aos cidadãos com visão monocular os 
mesmos direitos previstos na legislação da pessoa com 
deficiência. Caso seja aprovado, esse grupo passaria a 
ter acesso, entre outros: 
• a serviços do SUS que promovam políticas 
públicas de acessibilidade; 
• à educação inclusiva (vedada a cobrança de 
mensalidade extra); 
• a provas acessíveis em universidades (se 
comprovada a necessidade); 
• à prioridade em serviços de socorro e proteção; 
• à disponibilização de recursos que garantam 
igualdade [...]. 
(TENENTE, Luiza. G1, 23 maio 2019) 
 
Para compreender as informações oferecidas por um 
texto, é importante atentar para a ligação entre as 
ideias expostas nele. No texto anterior, a oração em 
destaque no período tem por objetivo informar sobre 
um(a) 
A. causa do que o referido projeto de lei procura 
combater. 
B. consequência do projeto de lei para a 
sociedade como um todo. 
C. tempo em que os direitos expostos serão 
conferidos às pessoas. 
D. condição paraque os direitos expostos sejam 
conferidos às pessoas citadas. 
E. comparação entre o projeto de lei e os direitos 
de que ele deveria tratar. 
 
22) Leia o “print” que vazou de uma conversa da ex-
professora de sociologia do CP do ano passado com o 
lindo professor de gramática desse mesmo cursinho. 
 
Os aplicativos de mensagens instantâneas se tornaram 
muito populares e se caracterizam por uma 
aproximação entre linguagem escrita e falada, embora 
não se deva ignorar algumas convenções da escrita 
para uma boa comunicação. Na conversa apresentada, 
a segunda interlocutora dá uma resposta inesperada, 
porque a primeira 
A. perguntou sobre o horário, mas, ao utilizar o 
termo “linda”, conferiu excesso de polidez à 
linguagem. 
B. optou por chamá-la de “linda”, o que foi 
interpretado como uma ironia e gerou um atrito 
desnecessário. 
C. atribuiu à outra o adjetivo “linda”, revelando que 
não compreende o ambiente formal em que se 
encontra. 
D. utilizou um ponto de interrogação após a 
palavra “linda”, o que tornou a sentença 
ambígua. 
E. esqueceu a vírgula no vocativo, dando a 
entender que “linda” é uma caraterística. 
 
23) E assim as coisas continuaram acontecendo entre 
os dois, em quase sustos, um grande por acaso com 
cacoetes de gestos definitivos. Com o Nunca Mais se 
oferecendo o tempo todo, bastaria dizer foi um prazer 
ter te conhecido, bastaria não trocar telefones nem e-
mails e enterrar a casualidade com a cal da sabedoria 
— nada poderia ser definitivo, os encontros duravam 
duas horas ou duas décadas ou duas vezes isso, mas 
em algum momento necessariamente seria o fim. De 
todos os grandes amores. De todos os pequenos. De 
todas as juras, das promessas, de todos os na-alegria-
e-na-tristeza. De todos os não amores, os desamores, 
os casamentos para sempre, os rancores para sempre, 
de todas as paralelas que só se viabilizam na abstração 
da geometria, de todas as pequenas paixões e de todas 
as grandes paixões, de tudo que para na antessala da 
paixão, de todos os vínculos não experimentados, de 
todos. 
LISBOA, A. Rakushisha. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2014. 
 
O recurso que promove a progressão textual, 
contribuindo para a construção da ideia de que as 
relações amorosas têm um enredo comum, é a 
A. repetição do pronome indefinido “todos”. 
B. utilização do travessão na marcação do aposto. 
C. retomada do antecedente pelo pronome “isso”. 
D. contraposição de ideias marcada pela 
conjunção “mas”. 
E. substantivação de expressões pela 
anteposição do artigo. 
 
24) Sabemos que substantivo é a palavra que nomeia 
os seres em geral e que podem ser classificados em 
comum ou próprio, concreto ou abstrato, primitivo ou 
derivado, simples ou composto. Assinale a alternativa 
que identifica e classifica corretamente algumas 
palavras do trecho abaixo: 
Se as galas, as joias e as baixelas, ou no Reino, ou fora 
dele, foram adquiridas com tanta injustiça ou crueldade, 
que o ouro e a prata derretidos, e as sedas se se 
espremeram, haviam de verter sangue, como se há de 
ver a fé nessa falsa riqueza? 
A. As palavras “injustiça” e “crueldade” são 
substantivos abstratos e derivados. 
B. As palavras “derretidos” e “falsas” são 
substantivos comuns e abstratos. 
C. As palavras “joias” e “baixelas” são 
substantivos simples e derivados. 
D. As palavras “sangue” e “fé” são substantivos 
comuns e concretos. 
E. As palavras “joias” e “injustiça” são adjetivos. 
 
25) PALAVRA – As gramáticas classificam as palavras 
em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção, 
pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas 
classificam as palavras pela alma porque gostam de 
brincar com elas, e para brincar com elas é preciso ter 
intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, 
explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante 
e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às 
coisas, fazer sentido. A palavra nuvem chove. A palavra 
triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo 
passa. A palavra fogo queima. A palavra faca corta. A 
palavra carro corre. A palavra “palavra” diz. O que quer. 
E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma, 
mas são diferentes das pessoas em vários pontos. As 
palavras dizem o que querem, está dito, e pronto. 
FALCÃO, A. Pequeno dicionário de palavras ao 
vento. São Paulo: Salamandra, 2013 (adaptado). 
 
Esse texto, que simula um verbete para a palavra 
“palavra’’, constitui-se como um poema porque 
A. tematiza o fazer poético, como em “Os poetas 
classificam as palavras pela alma”. 
B. utiliza o recurso expressivo da metáfora, como 
em “As palavras têm corpo e alma”. 
C. valoriza a gramática da língua, como em 
“substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, 
conjunção”. 
D. estabelece comparações, como em “As 
palavras têm corpo e alma, mas são diferentes 
das pessoas”. 
E. apresenta informações pertinentes acerca do 
conceito de “palavra”, como em “As gramáticas 
classificam as palavras”. 
 
26) Notas 
Soluços, lágrimas, casa armada, veludo preto nos 
portais, um homem que veio vestir o cadáver, outro que 
tomou a medida do caixão, caixão, essa, tocheiros, 
convites, convidados que entravam, lentamente, a 
passo surdo, e apertavam a mão à família, alguns 
tristes, todos sérios e calados, padre e sacristão, rezas, 
aspersões d’água benta, o fechar do caixão, a prego e 
martelo, seis pessoas que o tomam da essa, e o 
levantam, e o descem a custo pela escada, não 
obstante os gritos, soluços e novas lágrimas da família, 
e vão até o coche fúnebre, e o colocam em cima e 
traspassam e apertam as correias, o rodar do coche, o 
rodar dos carros, um a um... Isto que parece um simples 
inventário eram notas que eu havia tomado para um 
capítulo triste e vulgar que não escrevo. 
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. 
Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 25 jul. 2022. 
 
O recurso linguístico que permite a Machado de Assis 
considerar um capítulo de Memórias póstumas de Brás 
Cubas como inventário é a 
A. enumeração de objetos e fatos. 
B. predominância de linguagem objetiva. 
C. ocorrência de período longo no trecho. 
D. combinação de verbos no presente e no 
pretérito. 
E. presença de léxico do campo semântico de 
funerais. 
 
27) MORUMBI PRÓXIMA AO COL. PIO XII 
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Folha de S. Paulo. Classificados, 27 fev. 2012 
(adaptado). 
 
Os gêneros textuais nascem emparelhados a 
necessidades e atividades da vida sociocultural. Por 
isso, caracterizam-se por uma função social específica, 
um contexto de uso, um objetivo comunicativo e por 
peculiaridades linguísticas e estruturais que lhes 
conferem determinado formato. Esse classificado 
procura convencer o leitor a comprar um imóvel e, para 
isso, utiliza-se 
A. da predominância das formas imperativas dos 
verbos e de abundância de substantivos. 
B. de uma riqueza de adjetivos que modificam os 
substantivos, revelando as qualidades do 
produto. 
C. de uma enumeração de vocábulos, que visam 
conferir ao texto um efeito de certeza. 
D. do emprego de numerais, quantificando as 
características e aspectos positivos do produto. 
E. da exposição de opiniões de corretores de 
imóveis no que se refere à qualidade do 
produto. 
 
28) Qual a influência da comunicação nos fluxos 
migratórios? 
Denise Cogo, doutora em comunicação, discute a 
relação entre as tecnologias digitais e as migrações no 
mundo. 
Para a especialista, grande parte das representações e 
das experiências que conhecemos dos imigrantes 
chega pela mídia. “A mídia é mediadora das relações”, 
explica. 
O imigrante não é só um sujeito econômico, mas, 
explica Cogo, um sujeito sociocultural. Portanto, a 
comunicação integra a trajetória das migrações dentro 
de um processo histórico. “Desde o planejamento e o 
estudo das políticasmigratórias para o país de destino 
até o contato com amigos e familiares, o encontro dos 
fluxos migratórios com as tecnologias digitais traz 
novas perspectivas para os sujeitos. Também se abre a 
possibilidade para que, com um celular na mão, os 
próprios imigrantes possam narrar suas histórias, 
construindo novos caminhos”, analisa. 
Disponível em: 
http://operamundi.uol.com.br. Acesso 
em: 6 dez. 2017 (adaptado). 
 
Ao trazer as novas perspectivas acionadas pelos 
sujeitos na escrita de suas histórias, o texto apresenta 
uma visão positiva sobre a presença da(s): 
A. economia na formação cultural dos sujeitos. 
B. manifestações isoladas nos processos de 
migração. 
C. narrações oficiais sobre os novos fluxos 
migratórios. 
D. abordagens midiáticas no tratamento das 
informações. 
E. tecnologias digitais nas formas de construção 
da realidade. 
 
29) 
 
Arte de “João Montanaro”. Disponível em: 
. Acesso em 23 jul. 2021. 
 
O humor na charge é provocado porque a personagem 
comete um deslize referente a um dos fatores 
pragmáticos do texto, sendo ele: 
A. a intencionalidade, considerando que o deslize 
cometido pela personagem foi proposital. 
B. a informatividade, pois a personagem 
desconhece a figura de um pássaro, assim 
como desconhece o símbolo da rede social 
mencionada. 
C. a situacionalidade, já que a situação 
comunicativa permite facilmente que um 
pássaro seja confundido com o símbolo de uma 
conhecida rede social. 
D. a informatividade, uma vez que o humor 
decorre do fato de que ele não conhece o 
pássaro e faz referência ao símbolo do Twitter 
devido ao seu desconhecimento de mundo e 
conhecimento de mídias sociais. 
E. a intertextualidade, visto que a personagem 
propositalmente menciona a rede social Twitter 
com a única intenção de que o diálogo entre os 
textos desperte o humor na narrativa. 
 
30) Leia os versos da canção “Tenho sede”, composta 
por Anastácia e Dominguinhos. 
Traga-me um copo d’água, tenho sede 
E essa sede pode me matar 
Minha garganta pede um pouco d’água 
E os meus olhos pedem o teu olhar 
A planta pede chuva quando quer brotar 
O céu logo escurece quando vai chover 
Meu coração só pede o teu amor 
Se não me deres, posso até morrer 
 
A canção menciona a escassez de água, que pode 
afetar tanto os animais quanto as plantas. Um hormônio 
humano e um hormônio vegetal que atuam para a 
economia de água nesses organismos e uma figura de 
linguagem que aparece nesses versos são, 
respectivamente, 
A. vasopressina, ácido abscísico e pleonasmo. 
B. vasopressina, ácido abscísico e hipérbole. 
C. tiroxina, giberelina e hipérbole. 
D. tiroxina, giberelina e pleonasmo. 
E. vasopressina, giberelina e pleonasmo. 
 
31) Analise o cartum de Quino. 
 
Contribuí para o efeito de humor do cartum o recurso: 
A. à antítese 
B. ao eufemismo 
C. à personificação 
D. à hipérbole 
E. ao paradoxo 
 
32) Isaac Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643, no 
condado de Lincolnshire, Inglaterra. Filho de 
fazendeiros, o cientista, físico e matemático nunca 
conheceu seu pai, morto três meses antes de o filho 
nascer. 
Estudou na escola King’s School, onde era um aluno 
mediano. Entretanto, depois de uma briga com um 
colega de classe, começou a se esforçar mais nos 
estudos. Passou então a ser um dos melhores alunos 
da escola. O sucesso nos estudos levou Newton a 
entrar na Faculdade Trinity, em Cambridge, onde 
auxiliava outros alunos em troca de uma bolsa de 
estudos paga pela faculdade. 
Newton se interessava pelos pioneiros da ciência, 
como o filósofo Descartes e os astrônomos Copérnico, 
Galileu e Kepler. Depois de formado, fez estudos em 
matemática e foi eleito professor da matéria em 1669. 
Em 1670, começou a dar aulas de ótica. Nessa época, 
demonstrou como, através de um prisma, é possível 
separar a luz branca nas cores do arco-íris. 
Em 1679, o cientista inglês voltou-se para mecânica e 
os efeitos da gravitação sobre as órbitas dos planetas. 
Em 1687, publicou o livro Principia mathematica, em 
que demonstrou as três leis universais do movimento. 
Com esse livro, Newton ganhou reconhecimento 
mundial. 
Disponível em: www.invivo.fiocruz.br. Acesso 
em: 1 dez. 2017 (adaptado). 
 
A análise dos elementos constitutivos desse texto, 
como forma de composição, tema e estilo de 
linguagem, permite identificá-lo como: 
A. didático, já que explica a importância das 
contribuições de Isaac Newton. 
B. jornalístico, pois dá a conhecer fatos 
relacionados a Isaac Newton. 
C. científico, pois investiga informações sobre 
Isaac Newton. 
D. ensaístico, já que discute fatos da vida de Isaac 
Newton. 
E. biográfico, pois narra a trajetória de vida de 
Isaac Newton. 
 
33) Texto I 
 
Texto II 
As ações “Meninas Internacionais no Dia das TIC” são 
comemoradas todos os anos no mundo todo. O evento 
tem como objetivo criar um ambiente global que 
capacita e incentiva mulheres jovens a considerar a 
área crescente de TIC (Tecnologias de Informação e 
Comunicação), permitindo que tanto as profissionais 
quanto as empresas de tecnologia colham os 
benefícios de uma maior participação feminina nesse 
setor. 
Segundo a União Internacional de Telecomunicações 
(UIT), atualmente existem cerca de 260 milhões de 
usuárias de internet a menos na comparação com os 
homens conectados. E, para reverter esse cenário, o 
evento busca proporcionar atividades de capacitação, 
além de discutir assuntos factuais sobre o mercado de 
trabalho. 
Disponível em: www.em.com.br. Acesso em: 21 
maio 2018. 
 
Em ambos os textos, constata-se que a participação 
das mulheres nas diferentes áreas de conhecimento 
A. apresenta taxas de crescimento significativas 
em relação à dos homens. 
B. superou a produção masculina na construção 
de projetos ao longo dos anos. 
C. vem sendo estimulada por meio de ações 
educativas em diferentes setores. 
D. tem se transformado, seja pela iniciativa 
feminina, seja pelo incentivo de organizações. 
E. dobrou em relação à atuação de pesquisadores 
do outro gênero, no intervalo de 16 anos. 
 
34) A masculinidade, assim como a feminilidade, é uma 
construção histórica e cultural. Em nossa cultura, a 
dança caracteriza-se, no sentido geral, como um 
universo predominantemente feminino. Homens que 
dançam são geralmente considerados homossexuais, 
por não se enquadrarem dentro das normas culturais 
hegemônicas de gênero e sexualidade. Por outro lado, 
demonstram a não existência de um único tipo de 
masculinidade, enfatizando que as identidades 
humanas são múltiplas e plurais. No contexto da dança, 
as representações hegemônicas de gênero e as 
regulações sociais que essas impõem não se 
manifestam deforma igual em todas as modalidades de 
dança. Persiste essa forte representação cultural 
ocidental que associa o balé à feminilidade e à 
homossexualidade. Em outras danças, ela não se 
revela tão forte, e os homens não aparecem em menor 
número, como nas tradicionais danças folclóricas ou no 
moderno hip hop. 
ANDREOLI, G. S. Representações de 
masculinidade na dança contemporânea. 
Movimento, n. 1, 2011 (adaptado). 
 
No que tange à identidade de gênero masculina, a 
dança e suas modalidades expressam o(a) 
A. padronização da inserção dos homens nessas 
manifestações corporais. 
B. identificação de como essas práticas regulam 
uma única masculinidade. 
C. reconhecimento das diferentes 
masculinidades. 
D. contestação das normas sociais pelo balé. 
E. reforço de uma feminilidade hegemônica. 
 
35) 
 
Disponível em: http://arquivo-x.webnode.com. Acesso em: 
5 dez. 2012. 
 
Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi-lo, 
recorrendo à estratégia argumentativa de: 
A. mostrar que um bom trabalho como pai implica 
a valorização por parte do filho. 
B. apelar para a necessidade que o pai demonstra 
de ser bem-visto pela família. 
C. explorar a preocupação do pai com a própria 
imagem e popularidade. 
D. atribuirseu ponto de vista a terceiros para 
respaldar suas intenções. 
E. gerar um conflito entre a solicitação da mãe e 
os interesses do pai. 
 
36) 
 
No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em 
diferentes linguagens, o cartum produz humor 
brincando com a: 
A. caracterização da linguagem utilizada em uma 
esfera de comunicação específica. 
B. deterioração do conhecimento científico na 
sociedade contemporânea. 
C. impossibilidade de duas cobras conversarem 
sobre o universo. 
D. dificuldade inerente aos textos produzidos por 
cientistas. 
E. complexidade da reflexão presente no diálogo. 
 
37) 
 
Disponível em: 
www.facebook.com/omeusegredinho.Acesso 
em: 9 dez. 2017 (adaptado) 
 
Essa imagem ilustra a reação dos celíacos (pessoas 
sensíveis ao glúten) ao ler rótulos de alimentos sem 
glúten. Essas reações indicam que, em geral, os rótulos 
desses produtos 
A. trazem informações explícitas sobre a 
presença do glúten. 
B. oferecem várias opções de sabor para esses 
consumidores. 
C. classificam o produto como adequado para o 
consumidor celíaco. 
D. influenciam o consumo de alimentos especiais 
para esses consumidores. 
E. variam na forma de apresentação de 
informações relevantes para esse público. 
 
38) Apesar de muitas crianças e adolescentes terem a 
Barbie como um exemplo de beleza, um infográfico 
feito pelo site Rehabs.com comprovou que, caso uma 
mulher tivesse as medidas da boneca de plástico, ela 
nem estaria viva. 
Não é exatamente uma novidade que as proporções da 
boneca mais famosa do mundo são absurdas para o 
mundo real. Ativistas que lutam pela construção de uma 
autoimagem mais saudável, pesquisadores de 
distúrbios alimentares e pessoas que se preocupam 
com o impacto da indústria cultural na psique humana 
apontam, há anos, a influência de modelos como a 
Barbie na distorção do corpo feminino. 
Pescoço 
Com um pescoço duas vezes mais longo e 15 
centímetros mais fino do que o de uma mulher, a Barbie 
seria incapaz de manter sua cabeça levantada. 
Cintura 
Com uma cintura de 40 centímetros (menor do que a 
sua cabeça), a Barbie da vida real só teria espaço em 
seu corpo para acomodar metade de um rim e alguns 
centímetros de intestino. 
Quadril 
O índice que mede a relação entre a cintura e o quadril 
da Barbie é de 0,56, o que significa que a medida da 
sua cintura representa 56% da circunferência de seu 
quadril. Esse mesmo índice, em uma mulher americana 
média, é de 0,8. 
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 2 maio 
2015. 
 
Ao abordar as possíveis influências da indústria de 
brinquedos sobre a representação do corpo feminino, o 
texto analisa a 
A. noção de beleza globalizada veiculada pela 
indústria cultural. 
B. influência da mídia para a adoção de um estilo 
de vida salutar pelas mulheres. 
C. relação entre a alimentação saudável e o 
padrão de corpo instituído pela boneca. 
D. proporcionalidade entre a representação do 
corpo da boneca e a do corpo humano. 
E. influência mercadológica na construção de 
uma auto imagem positiva do corpo feminino 
 
39) Texto I 
 
Texto II 
Stephen Lund, artista canadense, morador em Victoria, 
capital da Colúmbia Britânica (Canadá), transformou-se 
em fenômeno mundial produzindo obras de arte virtuais 
pedalando sua bike. Seguindo rotas traçadas com o 
auxílio de um dispositivo de GPS, ele calcula ter 
percorrido mais de 10 mil quilômetros. 
 
Os textos destacam a inovação artística proposta por 
Stephen Lund a partir do(a): 
A. deslocamento das tecnologias de suas funções 
habituais. 
B. perspectiva de funcionamento do dispositivo de 
GPS. 
C. ato de guiar sua bicicleta pelas ruas da cidade. 
D. análise dos problemas de mobilidade urbana. 
E. foco na promoção cultural da sua cidade. 
 
40) 
 
As duas imagens são produções que têm a cerâmica 
como matéria-prima. A obra Estrutura vertical dupla se 
distingue da urna funerária marajoara ao 
A. evidenciar a simetria na disposição das peças. 
B. materializar a técnica sem função utilitária. 
C. abandonar a regularidade na composição. 
D. anular possibilidades de leituras afetivas. 
E. integrar o suporte em sua constituição. 
 
41) 
 
A instalação Dengo transformou a sala do MAM-SP em 
um ambiente singular, explorando como principal 
característica artística a: 
A. participação do público na interação lúdica com 
a obra. 
B. distribuição de obstáculos no espaço da 
exposição. 
C. representação simbólica de objetos oníricos. 
D. interpretação subjetiva da lei da gravidade 
E. valorização de técnicas de artesanato. 
 
42) Para que a passagem da produção ininterrupta de 
novidade a seu consumo seja feita continuamente, há 
necessidade de mecanismos, de engrenagens. 
Uma espécie de grande máquina industrial, incitante, 
tentacular, entra em ação. Mas bem depressa a simples 
lei da oferta e da procura segundo as necessidades não 
vale mais: é preciso excitar a demanda, excitar o 
acontecimento, provocá-lo, espicaçá-lo, fabricá-lo, pois 
a modernidade se alimenta disso. 
CAUQUELIN, A. Arte contemporânea: uma 
introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2005 
(adaptado). 
 
No contexto da arte contemporânea, o texto da autora 
Anne Cauquelin reflete ações que explicitam: 
A. métodos utilizados pelo mercado de arte. 
B. investimentos realizados por mecenas. 
C. interesses do consumidor de arte. 
D. práticas cotidianas do artista. 
E. fomentos públicos à cultura 
 
43) Na exposição “A Artista Está Presente”, no MoMa, 
em Nova Iorque, a performer Marina Abramovic fez 
uma retrospectiva de sua carreira. No meio desta, 
protagonizou uma performance marcante. Em 2010, de 
14 de março a 31 de maio, seis dias por semana, num 
total de 736 horas, ela repetia a mesma postura. 
Sentada numa sala, recebia os visitantes, um a um, e 
trocava com cada um deles um longo olhar sem 
palavras. Ao redor, o público assistia a essas cenas 
recorrentes. 
ZANIN, L. Marina Abramovic, ou a força do olhar. 
Disponível em: http://blogs.estadao.com.br. 
Acesso em: 4 nov. 2013. 
 
O texto apresenta uma obra da artista Marina 
Abramovic, cuja performance se alinha a tendências 
contemporâneas e se caracteriza pela: 
A. inovação de uma proposta de arte relacional 
que adentra um museu. 
B. abordagem educacional estabelecida na 
relação da artista com o público. 
C. redistribuição do espaço do museu, que integra 
diversas linguagens artísticas. 
D. Negociação colaborativa de sentidos entre a 
artista e a pessoa com quem interage 
E. aproximação entre artista e público, o que 
rompe com a elitização dessa forma de arte. 
 
44) Em 1866, tendo encerrado seus estudos na Escola 
de Belas Artes, em Paris, Pedro Américo ofereceu a tela 
A Carioca ao imperador Pedro II, em reconhecimento 
ao seu mecenas. O nu feminino obedecia aos cânones 
da grande arte e pretendia ser uma alegoria feminina 
da nacionalidade. A tela, entretanto, foi recusada por 
imoral e licenciosa: mesmo não fugindo à regra 
oitocentista relativa à nudez na obra de arte, A Carioca 
não pôde, portanto, ser absorvida de imediato. A 
sensualidade tangível da figura feminina, próxima do 
orientalismo tão em voga na Europa, confrontou-se não 
somente com os limites morais, mas também com a 
orientação estética e cultural do Império. O que chocara 
mais: a nudez frontal ou um nu tão descolado do que 
se desejava como nudez nacional aceitável, por 
exemplo, aquela das românticas figuras indígenas? A 
Carioca oferecia um corpo simultaneamente ideal e 
obsceno: o alto – uma beleza imaterial – e o baixo – 
uma carnalidade excessiva. Sugeria uma mistura de 
estilos que, sem romper com a regra do decoro 
artístico, insinuava na tela algo inadequado ao 
repertório simbólico oficial. A exótica morena, que não 
é índia – nem mulata ou negra – poderia representar 
uma visualidade feminina brasileira e desfrutar de um 
lugar de destaque no imaginário da nossa “monarquia 
tropical”? 
OLIVEIRA, C. Disponível em: http://anpuh.org.br. 
Acesso em: 20 maio 2015. 
 
O texto revelaque a aceitação da representação do 
belo na obra de arte está condicionada à 
A. incorporação de grandes correntes teóricas de 
uma época, conferindo legitimidade ao trabalho 
do artista. 
B. atemporalidade do tema abordado pelo artista, 
garantindo perenidade ao objeto de arte então 
elaborado. 
C. inserção da produção artística em um projeto 
estético e ideológico determinado por fatores 
externos. 
D. assimilação de técnicas e recursos já utilizados 
por movimentos anteriores que trataram da 
temática. 
E. apropriação que o pintor faz dos grandes temas 
universais já recorrentes em uma vertente 
artística. 
 
45) 
 
A perplexidade causada pela catástrofe da Primeira 
Guerra Mundial fez surgir um movimento de vanguarda 
denominado Dadaísmo, que rejeitava os valores 
tradicionais e rompia com a estética clássica. 
 
A imagem da obra O gigante acéfalo 
A. explora elementos sensoriais para explicar a 
racionalidade do pós-guerra. 
B. recria a realidade para combater os padrões 
estéticos da época. 
C. organiza as formas geométricas para inovar as 
artes visuais. 
D. representa as experiências individuais de 
exaltação. 
E. utiliza a sensibilidade para retratar o drama 
humano.
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
TEXTO I 
LEI Nº 14.821, DE 16 DE JANEIRO DE 2024 
Art. 1º É instituída a Política Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para a População em Situação de Rua (PNTC 
PopRua), destinada a promover os direitos humanos de pessoas em situação de rua ao trabalho, à renda, à qualificação 
profissional e à elevação da escolaridade. 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, considera-se população em situação de rua o grupo populacional heterogêneo 
que tem em comum a falta de moradia e utiliza os logradouros públicos como espaço de moradia e de sustento, bem 
como as unidades de acolhimento institucional para pernoite eventual ou provisório, podendo tal condição estar 
associada a outras vulnerabilidades como a pobreza e os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados. 
Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20232026/2024/lei/L14821.htm#:~:text=LEI%20Nº%
2014.821%2C%20DE%2016,Art. 
TEXTO II 
 
 
TEXTO III 
Entre os principais motivos para se tornarem moradores de rua, os entrevistados apontaram problemas econômicos 
relacionados à insegurança alimentar, desemprego e conflitos familiares. Questões de saúde também disparam entre 
as motivações, sobretudo relacionadas à saúde mental: metade daqueles que destacaram que a saúde é o motivo de 
morar na rua também apontam conflitos familiares como segunda motivação. 44% deles destacavam problemas 
econômicos em conjunto. 
Mais de 47% dos entrevistados também priorizou conflitos familiares como principal motivação para morar nas ruas, 
contabilizando família e companheiros. Logo em seguida vem o desemprego, apontado por 40,5%. 30,4% 
mencionaram uso de drogas ou alcoolismo. Por fim, 26,1% declararam perda de moradia. 
Disponível em: https://exame.com/brasil/populacao-de-rua-e-mais-de-10-vezes-maior-
em-2023-do-que-em-2013-diz-ipea/ 
TEXTO IV 
Embora o acesso aos serviços públicos de saúde seja muitas vezes difícil para qualquer cidadão, no caso da população em 
situação de rua, há agravantes. Para se conseguir atendimento é preciso chegar muito cedo ao posto e esperar várias horas. O 
morador de rua com frequência precisa sair para pegar o almoço, senão, só vai comer de noite. E a lógica da sobrevivência. 
Comida primeiro, médico depois. Em segundo lugar, é comum que o morador de rua esteja com roupas sujas e/ou não tenha 
tomado banho, o que faz com que ele seja mal recebido na sala de espera de um posto de saúde ou mesmo de um hospital. 
Muitas vezes ele é discriminado e sofre preconceitos de usuários e/ou funcionários dos serviços de saúde. A falta de documentação 
também apresenta-se como problema frequente para o acesso do morador de rua aos serviços públicos. O resultado final de 
tantas dificuldades é a busca por ajuda apenas em último caso. Assim, muitas questões de saúde tornam-se crônicas e por isso 
mais difíceis de resolver. 
Disponível em: https://www.msf.org.br/noticias/o-morador-de-rua-nao-se-ve-como-cidadao-
como-alguem-que-tem-direitos/ 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
um texto dissertativo-argumentativo em modalidade formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para a 
cidadania e dignidade de pessoas em situação de rua no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite 
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de 
seu ponto de vista. 
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS 
TECNOLOGIAS 
 
46) No início de janeiro, um médico começa na cidade 
de São Paulo, no horário local de 09h, uma reunião via 
internet com pesquisadores localizados em uma 
faculdade europeia. Nela, o horário registrado é 12h. 
Considerando que no momento da reunião vigora o 
horário de verão no Brasil, a cidade dos pesquisadores 
na Europa está localizada no fuso de meridiano central 
A. 15º Norte. 
B. 15º Leste. 
C. 30º Leste. 
D. 45º Oeste. 
E. 90º Oeste. 
 
47) Saga da Amazônia 
Mas o dragão continua a floresta devorar. 
E quem habita essa mata, pra onde vai se mudar? 
Corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá. 
Tartaruga, pé ligeiro, corre, corre tribo dos Kamaiurá. 
FARIAS, V. Disponível em: www.letras.com.br. 
Acesso em: 15 out. 2021 (fragmento). 
 
Para solucionar o problema apresentado no texto, qual 
medida governamental é necessária? 
A. Ampliação do número de terras devolutas. 
B. Proibição do extrativismo local sustentável. 
C. Regulação de pesquisas de origem 
estrangeira. 
D. Contenção do tráfego das embarcações 
fluviais. 
E. Fiscalização da exploração dos recursos 
naturais 
 
48) Txai Suruí, liderança da Juventude Indígena, 
profere seu discurso na abertura da COP-26 
“O clima está esquentando, os animais estão 
desaparecendo, os rios estão morrendo e nossas 
plantações não florescem como no passado. A Terra 
está falando: ela nos diz que não temos mais tempo.” 
VICK, M. Quais são as conquistas do movimento 
indígena na COP-26. Disponível em: 
www.nexojornal.com.br. Acesso em: 10 nov. 
2021 (adaptado). 
 
O discurso da líder indígena explicita um problema 
global relacionado ao(à) 
A. manejo tradicional. 
B. reciclagem residual. 
C. consumo consciente. 
D. exploração predatória. 
E. reaproveitamento energético. 
49) Em Goiás e Mato Grosso, as modificações 
dependeram fundamentalmente de novos manejos 
aplicados às terras. Acima de tudo, porém, o 
desenvolvimento regional deveu-se a uma articulada 
transformação dos meios urbanos e rurais, a serviço da 
produção tanto de alimentos básicos, como o arroz, por 
exemplo, quanto de grãos para consumo interno e 
exportação, como a soja. 
AB’SABER, A. N. Os domínios de natureza no 
Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: 
Ateliê, 2003. 
 
A realidade descrita no texto se estabelece sobre qual 
domínio morfoclimático? 
A. Pradaria. 
B. Cerrado. 
C. Caatinga. 
D. Araucária. 
E. Atlântico. 
 
50) Belém é cercada por rios. Mas é a água que vem lá 
de cima que altera o ritmo na cidade. Quem vive na 
capital paraense sempre sai de casa com uma dúvida 
e uma certeza: sabe que vai chover, mas não sabe 
quando. “No Pará é assim. Ou você marca o encontro 
antes ou depois da chuva”, conta um morador. É quase 
sempre assim o ano inteiro, os moradores costumam 
dizer que só existem duas estações do ano na região 
— a que chove pouco e a que chove muito. “Não tem 
hora para chover”, constata uma moradora. “Trabalho, 
escola... Atrasa tudo. Tem que ficar esperando passar 
a chuva, na verdade”, diz outra moradora. 
Antes e depois da chuva. Disponível em: 
http://g1.globo.com. Acesso em: 6 nov. 2021 
(adaptado). 
 
Qual fator geográfico favorece a condição climática da 
cidade citada no texto? 
A. Baixa latitude. 
B. Elevada altitude. 
C. Fraca insolação. 
D. Forte continentalidade.E. Acentuada refletividade. 
 
51) Um geógrafo está viajando do Ponto A (175° Oeste 
- um local latitudinalmente próximo ao Alasca), onde 
são 10h da manhã de quarta-feira, em direção ao Ponto 
B (165° Leste - um local na Sibéria). 
Em que dia da semana e horário, nesse percurso, ele 
cruzará a Linha Internacional de Mudança de Data? 
A. Terça-feira às 09h. 
B. Quarta-feira às 11h. 
C. Quarta-feira às 09h. 
D. Quinta-feira às 24h. 
E. Quinta-feira às 10h. 
 
52) O eixo de rotação da Terra apresenta uma 
inclinação em relação ao plano de sua órbita em torno 
do Sol, interferindo na duração do dia e da noite ao 
longo do ano. 
 
Uma pessoa instala em sua residência uma placa 
fotovoltaica, que transforma energia solar em elétrica. 
Ela monitora a energia total produzida por essa placa 
em 4 dias do ano, ensolarados e sem nuvens, e lança 
os resultados no gráfico. 
 
Próximo a que região se situa a residência onde as 
placas foram instaladas? 
A. Trópico de Capricórnio. 
B. Trópico de Câncer. 
C. Polo Norte. 
D. Polo Sul. 
E. Equador. 
 
53) 
 
A pintura mostrada na figura anterior é típica de um 
período da história do ser humano. Identifique qual o 
período contemplado e qual o objetivo desse tipo de 
pintura realizado na época: 
A. Civilizações mesopotâmicas; agradecer ao 
deus Marduk, deus da Babilônia, pelas 
caçadas bem-sucedidas 
B. Civilização hebraica; representar histórias 
religiosas para ensinamento da religião à 
população 
C. Pré-história; representar histórias religiosas 
para ensinamento da religião à população 
D. Civilizações mesopotâmicas; esse tipo de 
pintura tinha fins apenas estéticos 
E. Pré-história; registrar o cotidiano e integrar 
rituais mágico-religiosos 
 
54) “A história da Antiguidade Clássica é a história das 
cidades, porém, de cidades baseadas na propriedade 
da terra e na agricultura” 
K. Marx. Formações econômicas pré-
capitalistas. 
 
Baseando-se na frase acima e considerando o modo de 
produção das cidades-Estado gregas, assinale o 
correto: 
A. O modo de produção se baseava em 
trabalhadores livres, em especial os 
comerciantes 
B. A vassalagem era o sistema de produção 
predominante e o acúmulo de artigos agrícolas 
era essencial para ascendência social 
C. O modo de produção que imperava era a 
escravidão e os cidadãos privilegiados eram 
aqueles que possuíam propriedades rurais 
D. Não existiam classes sociais na Grécia Antiga, 
sendo que a terra era propriedade coletiva 
E. O comércio era o setor que predominava nas 
cidades-Estado gregas, porém dependia dos 
sistema de vassalagem para obter insumos 
comerciais 
 
55) “Mas, já que estamos a examinar qual é a 
constituição política perfeita, sendo essa constituição 
a que mais contribui para a felicidade da cidade... os 
cidadãos não devem exercer as artes mecânicas nem 
as profissões mercantis; porque este gênero de vida 
tem qualquer coisa de vil, e é contrário à virtude. É 
preciso mesmo, para que sejam verdadeiros cidadãos, 
que eles não se façam lavradores; porque o descanso 
lhes é necessário para fazer nascer a virtude em sua 
alma, e para executar os deveres civis” 
Aristóteles. A política. Livro IV, cap. VIII 
 
A partir da citação identifique qual a alternativa correta 
sobre a cidadania na Grécia Antiga: 
A. A cidadania era uma forma de distinção social, 
sendo que esse título não era permitido para 
profissões consideradas inferiores na Grécia 
Antiga 
B. A cidadania era universal na Grécia Antiga, o 
que ia de acordo com a democracia grega 
recém-instaurada 
C. A agricultura era considerada um trabalho 
nobre, visto que a economia grega dependia 
dessa profissão. Portanto, todos os agricultores 
gregos possuíam direito ao voto 
D. Os direitos e deveres eram iguais para todos os 
cidadãos gregos, sendo considerada uma 
sociedade revolucionária por permitir a 
cidadania de mulheres 
E. Todos as profissões eram igualmente 
valorizadas na Grécia Antiga, sendo, por isso, 
esse modelo de democracia tido como ideal até 
os dias atuais 
 
56) “Após a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos pela ONU, em 1948, a Unesco publicou 
estudos de cientistas de todo o mundo que 
desqualificaram as doutrinas racistas e demonstraram 
a unidade do gênero humano.” 
R. Silveira. Os selvagens e a massa: papel do 
racismo científico na montagem da hegemonia 
ocidental. Afro-Ásia, n. 23, 1999. (Adapt.). 
 
Essas publicações realizadas pela ONU e pela Unesco, 
foram motivadas pelo(a): 
A. Guerra Fria, que deixou o mundo chocado com 
as atrocidades cometidas tanto pela Rússia 
quanto pelos EUA 
B. Rebelião Taiping, ocorrida na China na década 
de 1940 e que deixou mais de 20 mil mortos 
C. Apartheid, regime de segregação racial 
imposto pelo Partido Nacional na África do Sul 
D. Segunda Guerra Mundial, em que judeus foram 
presos, torturados e mortos no Holocausto 
E. Guerra do Vietnã, em que foi utilizado gás 
mostarda para extermínio de soldados e civis 
 
57) Os Estados Nacionais Modernos surgiram após a 
crise do feudalismo, trazendo consigo novos aspectos 
sociais, econômicos e políticos. Dentre essas 
mudanças, originaram-se as monarquias absolutistas, 
sobre as quais é correto afirmar: 
A. Os reis tinham seu poder sustentado pela 
teoria do direito divino, formulada a partir de 
ideias de Jean Bodin e Jacques Bossuet, que 
afirmava que o poder real tem origem divina 
B. As monarquias absolutistas permitiram a 
criação de fronteiras nacionais bem definidas e, 
com isso, a redução de guerras e redução do 
investimento em estruturas militares 
C. Nos Estados Modernos, o monarca era 
instituído a partir de eleições entre a nobreza 
da época, o que muitas vezes resultou em 
sacerdotes assumindo a função de monarcas, 
visto que a Igreja Católica possuía extremo 
poder 
D. “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, é uma 
crítica ferrenha as monarquias absolutistas dos 
Estados Modernos, visto que, conforme 
Maquiavel, existem limites que o monarca não 
pode ultrapassar, independentemente do fim 
desejado, pois os fins não justificam os meios 
E. Os Estados Modernos preconizavam a 
igualdade da população, sendo a monarquia 
absolutista uma forma de garantir os direitos 
absolutos dos cidadãos e a não distinção de 
classes sociais 
 
58) 
 
A imagem acima corresponde ao mapa das Treze 
Colônias inglesas na América do Norte, fundadas entre 
os séculos XVII e XVIII. Quanto a essas colônias 
assinale o correto: 
A. As Treze Colônias eram uma grande unidade, 
com ideais e modos de produção semelhantes 
B. As Treze Colônias surgiram por iniciativa 
pública da Coroa Inglesa no século XVII, época 
do expansionismo marítimo e monarquias 
absolutistas, não sendo permitido que a 
iniciativa particular participasse da criação das 
Colônias 
C. A relação entre a Coroa Inglesa e as Treze 
Colônias se manteve de forma pacífica e 
satisfatória até o século XIX. Isso foi possível 
pelos incentivos financeiro ingleses às Treze 
Colônias e a não cobrança de impostos pelos 
ingleses durante esse período 
D. O modo de produção das colônias do sul era o 
plantation, isso é, baseava-se nos latifúndios, 
trabalho escravo, monoculturas e exportação 
E. A Festa do Chá de Boston foi uma celebração 
promovida pela indústria de chás britânica para 
comemorar a bem-sucedida instalação dos 
ingleses nas Treze Colônias após 50 anos do 
início da migração de ingleses para a América 
 
59) 
 
Considerando a charge acima e o contexto da década 
de 1960, assinale o correto: 
A. Na charge, o homem representa os países da 
Europa Ocidental, que tentavam, na época, 
impulsionar os ideais socialistas na América 
Latina, buscando isolar esses países e garantir 
sua hegemonia na economia capitalista 
B. A charge demonstra a insatisfação 
estadunidense com a indústria de charutos 
cubanos, que estava em seu auge na década 
de 1960, dominando o mercado latino-
americano e fazendo com que os EUA 
adotassem medidas para tentar frear essa 
dominância e reestabelecer seupoder nessa 
indústria 
C. A charge faz uma representação da Aliança 
para o Progresso, projeto político do governo 
de John F. Kennedy que visava acelerar o 
desenvolvimento econômico e social da 
América Latina, ao mesmo tempo que frear o 
avanço da influência socialista na região 
D. A charge mostra como os EUA, com seus 
ideais socialistas, estava buscando incentivar a 
difusão dessas ideias, através de Cuba, para 
toda a América Latina 
E. A charge não possui relação histórica com a 
década de 1960 e, sim, com o período da 2ª 
Guerra Mundial, em que os EUA tentaram 
evitar a participação de Cuba na Guerra 
 
60) Não tinha outra filosofia. Nem eu. Não digo que a 
Universidade me não tivesse ensinado alguma; mas eu 
decorei-lhe só as fórmulas, o vocabulário, o esqueleto. 
Tratei-a como tratei o latim; embolsei três versos de 
Virgílio, dois de Horácio, uma dúzia de locuções morais 
e políticas, para as despesas da conversação. Tratei-os 
como tratei a história e a jurisprudência. Colhi de todas 
as cousas a fraseologia, a casca, a ornamentação. 
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. 
Belo Horizonte: Autêntica, 1999. 
 
A descrição crítica do personagem de Machado de 
Assis assemelha-se às características dos sofistas, 
contestados pelos filósofos gregos da Antiguidade, 
porque se mostra alinhada à 
A. elaboração conceitual de entendimentos. 
B. utilização persuasiva do discurso. 
C. narração alegórica dos rapsodos. 
D. investigação empírica da physis. 
E. expressão pictográfica da pólis. 
 
61) TEXTO I 
Gerineldo dorme porque já está conformado com o seu 
mundo. Porque já sabe tudo o que lhe pode acontecer 
após haver submetido todos os objetos que o rodeiam 
a um minucioso inventário de possibilidades. Seu 
apartamento, mais que um apartamento, é uma teoria 
de sorte e de azar. Melhor que ninguém, Gerineldo 
conhece o coeficiente da dilatação de suas janelas e 
mantém marcado no termômetro, com uma linha 
vermelha, o ponto em que se quebrarão os vidros, 
despedaçados em estilhaços de morte. Sabe que os 
arquitetos e os engenheiros já previram tudo, menos o 
que nunca já aconteceu. 
MÁRQUEZ, G. G. O pessimista. In: Textos do 
Caribe. Rio de Janeiro: Record, 1981. 
 
TEXTO II 
A situação é o sujeito inteiro (ele não é nada a não ser 
a sua situação) e é também a coisa inteira (nunca há 
mais nada senão as coisas). É o sujeito a elucidar as 
coisas pela sua própria superação, se assim 
quisermos; ou são as coisas a reenviar ao sujeito a 
imagem dele. É a total facticidade, a contingência 
absoluta do mundo, do meu nascimento, do meu lugar, 
do meu passado, dos meus redores — e é a minha 
liberdade sem limites que faz com que haja para mim 
uma facticidade. 
SARTRE, J.-P. O ser e o nada: ensaio de 
ontologia fenomenológica. Petrópolis: Vozes, 
1997 (adaptado). 
 
A postura determinista adotada pelo personagem 
Gerineldo contrasta com a ideia existencialista contida 
no pensamento filosófico de Sartre porque 
A. evidencia a manifestação do inconsciente. 
B. nega a possibilidade de transcendência. 
C. contraria o conhecimento difuso. 
D. sustenta a fugacidade da vida. 
E. refuta a evolução biológica. 
 
62) Advento da Polis, nascimento da filosofia: entre as 
duas ordens de fenômenos, os vínculos são demasiado 
estreitos para que o pensamento racional não apareça, 
em suas origens, solidário das estruturas sociais e 
mentais próprias da cidade grega. Assim recolocada na 
história, a filosofia despoja-se desse caráter de 
revelação absoluta que às vezes lhe foi atribuído, 
saudando, na jovem ciência dos jônios, a razão 
intemporal que veio encarnar-se no Tempo. A escola de 
Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu uma 
Razão, uma primeira forma de racionalidade. Essa 
razão grega não é a razão experimental da ciência 
contemporânea. 
VERNANT, J. P. Origens do pensamento grego. 
Rio de Janeiro: Difel, 2002. 
 
Os vínculos entre os fenômenos indicados no trecho 
foram fortalecidos pelo surgimento de uma categoria de 
pensadores, a saber: 
A. os epicuristas, envolvidos com o ideal de vida 
feliz. 
B. os estoicos, dedicados à superação dos 
infortúnios. 
C. os sofistas, comprometidos com o ensino da 
retórica. 
D. os peripatéticos, empenhados na dinâmica do 
ensino. 
E. os poetas rapsodos, responsáveis pela 
narrativa do mito. 
 
63) TEXTO I 
Uma filosofia da percepção que queira reaprender a ver 
o mundo restituirá à pintura e às artes em geral seu 
lugar verdadeiro. 
MERLEAU-PONTY, M. Conversas: 1948. São 
Paulo: Martins Fontes, 2004. 
 
TEXTO II 
Os grandes autores de cinema nos pareceram 
confrontáveis não apenas com pintores, arquitetos, 
músicos, mas também com pensadores. Eles pensam 
com imagens, em vez de conceitos. 
DELEUZE, G. Cinema 1: a imagem-movimento. 
São Paulo: Brasiliense, 1983 (adaptado). 
 
De que modo os textos sustentam a existência de um 
saber ancorado na sensibilidade? 
A. admitindo o belo como fenômeno 
transcendental. 
B. reafirmando a vivência estética como juízo de 
gosto. 
C. considerando o olhar como experiência de 
conhecimento. 
D. apontando as formas de expressão como 
auxiliares da razão. 
E. estabelecendo a inteligência como implicação 
das representações. 
 
64) Empédocles estabelece quatro elementos corporais 
– fogo, ar, água e terra –, que são eternos e que mudam 
aumentando e diminuindo mediante mistura e 
separação; mas os princípios propriamente ditos, pelos 
quais são movidos, são o Amor e o Ódio. Pois é preciso 
que os elementos permaneçam alternadamente em 
movimento, sendo ora misturados pelo Amor, ora 
separados pelo Ódio. 
SIMPLÍCIO. Física, 25, 21. In: Os pré-socráticos. 
São Paulo: Nova Cultural, 1996. 
 
O texto propõe uma reflexão sobre o entendimento de 
Empédocles acerca da arché, uma preocupação típica 
do pensamento pré-socrático, porque 
A. exalta a investigação filosófica. 
B. transcende ao mundo sensível. 
C. evoca a discussão cosmogônica. 
D. fundamenta as paixões humanas. 
E. corresponde à explicação mitológica. 
 
65) Entretanto, nosso amigo Basso tem o ânimo alegre. 
Isso resulta da filosofia: estar alegre diante da morte, 
forte e contente qualquer que seja o estado do corpo, 
sem desfalecer, ainda que desfaleça. 
Sêneca, L. Cartas morais. Lisboa: Calouste 
Gulbenkian, 1990. 
 
O excerto refere-se a uma carta de Sêneca na qual se 
apresenta como um bem fundamental da filosofia 
promover a 
A. valorização de disputas dialógicas. 
B. rejeição das convenções sociais. 
C. inspiração de natureza religiosa. 
D. exaltação do sofrimento. 
E. moderação das paixões. 
 
66) Sócrates: "Quem não sabe o que uma coisa é, 
como poderia saber de que tipo de coisa ele é? Ou te 
parece ser possível alguém que não conhece 
absolutamente quem é Mênon, esse alguém saber se 
ele é belo, se é rico e ainda se é nobre? Parece-te ser 
isso possível? Assim, Mênon, que coisa afirmas ser a 
virtude?". 
PLATÃO. Mênon. Rio de Janeiro: PUC-Rio; São 
Paulo: Loyola, 2001 (adaptado). 
 
A atitude apresentada na interlocução do filósofo com 
Mênon é um exemplo da utilização do(a) 
A. escrita epistolar. 
B. método dialético. 
C. linguagem trágica. 
D. explicação fisicalista. 
E. suspensão judicativa. 
 
67) Colegas, na mente e no coração do povo, a Crimeia 
sempre foi uma porção inseparável da Rússia. Essa 
firme convicção se baseia na verdade e na justiça e foi 
passada de geração em geração, ao longo do tempo, 
sob quaisquer circunstâncias, apesar de todas as 
drásticas mudanças que nosso país atravessou durante 
todo o século XX. 
 
Considerando a dinâmica geopolítica subjacente ao 
texto, a justificativa utilizada por Vladimir Putin, em 
2014, para anexação dessa península apela para o 
argumento de que 
A. as populações com cultura e idioma russos 
devem estar submetidas à mesma autoridade 
estatal. 
B. o imperialismo soviético havia se acomodado 
às pretensões das potências vizinhas. 
C. os organismos transnacionais são incapazes 
de solucionar disputas territoriais.

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