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Semana 1 – 30/09 a 06/10suas diversas abordagens
Língua, norma, gramática e 
Língua, norma, gramática e 
O que se entende por língua?
De imediato é importante dizer que não há um conceito único de língua, de gramática e nem mesmo de norma. No âmbito das humanidades, é muito comum nos depararmos com várias acepções de um mesmo termo. Isso depende muito do ponto de vista adotado nas abordagens gramaticais.
LÍNGUA 
Ferdinand de Saussure considerava a língua um bem social à disposição de seus falantes. 
preexiste e subsiste a cada um de seus falantes individualmente. 
tem caráter abstrato e dispõe de um sistema de sons. É sistematizada. 
é exterior ao indivíduo, que, por si só, não consegue modificá-la. 
A língua
Quando nascemos, cada um de nós já encontra a língua que deverá falar em pleno funcionamento. Trata-se de um bem social, de um contrato coletivo. 
A sociedade nos impõe sua língua como se fosse um código do qual somos obrigados a nos servir se desejarmos ser compreendidos. 
Saussure compara a língua a um dicionário, cujos exemplares tivessem sido distribuídos a todos os membros de uma dada sociedade. Cada indivíduo escolhe o que melhor se ajusta aos seus propósitos imediatos. 
A concretização individual de cada falantes corresponde à fala. 
“Como instituição social, ela (a língua) não é absolutamente um ato, escapa a qualquer premeditação; é parte social da linguagem; o indivíduo não pode, sozinho, nem criá-la nem modificá-la. Trata-se essencialmente de um contrato coletivo ao qual temos de submeter-nos em bloco se quisermos comunicar; além disto, este produto social é autônomo, à maneira de um jogo com suas regras, pois só se pode manejá-lo depois de uma aprendizagem.” (BARTHES, p. 7) 
LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA. 
Enquanto a linguagem, como faculdade natural, é um todo heterogêneo, a língua é de natureza homogênea – Sistema de signos (códigos) convencionais. A fala é individual; a língua, potencial. A fala é caracterizada pela liberdade das combinações dos elementos da língua. 
A fala, ao contrário da língua, é um ato intencional, em nível individual, de vontade e de inteligência. 
Língua: abordagens Segundo Castilho (p. 42), o estudo de uma língua natural, como o Português, poderá ter vários enfoques, a depender dos interesses de quem a estuda: 
• “A língua poderá ser contemplada como um conjunto de produtos” – e sua gramática será descritiva.
• “A língua poderá ser contemplada como um conjunto de processos mentais, estruturantes.” – e sua gramática será funcionalista-cognitiva. 
• “A língua poderá ser contemplada como um conjunto de processos e de produtos que mudam ao longo do tempo” – e sua gramática será histórica.
• “A língua poderá ser contemplada como um conjunto de ‘usos bons’” – e sua gramática será prescritiva.
Compreendendo a noção de norma
De imediato é importante dizer que não há um conceito único de língua, de gramática e nem mesmo de norma. No âmbito das humanidades, é muito comum nos depararmos com várias acepções de um mesmo termo. Isso depende muito do ponto de vista adotado nas abordagens gramaticais. 
Definição:
· Uma norma é uma convenção 
· Uma norma implica numa ação do grupo a que pertence os falantes de uma dada língua e pode, assim, divergir das demais normas seguidas por outros grupos da mesma comunidade linguística • Trata-se de um sistema único e uniforme 
· Determinado conjunto de fenômenos linguísticos que são recorrentes, habituais numa dada comunidade de fala 
· “O termo norma tem duas significações básicas (...)” (NEVES, p. 43) 
A primeira entende “norma como a modalidade linguística “normal”, “comum”. Essa modalidade seria estabelecida pela frequência do uso. A ressalva é que pode tratar-se de uma língua idealizada como “normal”, “comum”, e, então, a noção é de uma única modalidade, aquela concebida e tida como usual, como “média dos falantes”, abstraindo-se, por aí, a frequência e a modalidade de uso.” (NEVES, p. 43) 
A segunda entende o termo norma “como o uso regrado, como modalidade “sabida” por alguns, mas não por outros. Também neste caso, se se contempla a real inserção de tal modalidade “padrão” no uso linguístico, a noção de norma se reparte diastrática, diacrônica e diatopicamente, entretanto com juízo de valor sobre as modalidades, em cada zona de variação: umas são mais prestigiadas que outras.” (NEVES, p. 43) 
“No sentido geral, norma cobre o como se diz numa determinada comunidade de fala (ou seja, o conjunto dos traços característicos, sejam eles fonéticos-fonológicos, morfossintáticos, léxico-semânticos ou discursivos); no sentido específico, norma se refere ao como se deve dizer em determinados contextos (as pronúncias, as estruturas morfossintáticas e o léxico tomados sócio-historicamente como modelares).” (FARACO; ZILLES, p. 12.) 
A gramática normativa, procura estabelecer, entre vários, um determinado uso, que se convencionou denominar de padrão ou culto, não mostra a língua como ela é, mas sim como deveria ser. (TERRA, 1997, p. 38) 
NORMA CULTA: A gramática normativa apresenta características semelhantes aos códigos de natureza ética ou moral, que nos impõem o que devemos ou não fazer. As normas que (esse tipo de gramática) prescreve têm caráter imperativo, isto é, obrigam (...). (TERRA, p. 38)
Para que serve uma gramática?
De imediato é importante dizer que não há um conceito único de língua, de gramática e nem mesmo de norma. No âmbito das humanidades, é muito comum nos depararmos com várias acepções de um mesmo termo. Isso depende muito do ponto de vista adotado nas abordagens gramaticais. Uma gramática serve para sistematizar e descrever o funcionamento dos fatos linguísticos A gramática estuda as leis que regulam uma língua. Há vários tipos de gramáticas: descritiva, normativa, gerativa, histórica etc. 
TIPOS DE GRAMÁTICA
1. Gramática descritiva: procura apresentar as línguas como elas são usadas pelos falantes. Esse tipo de gramática não prescreve regras que determinam o que é “certo” ou “errado”, apenas descreve.
2. Gramática normativa: também conhecida “como Gramática prescritiva”, ocupa-se unicamente com a variedade culta da língua, retratando como as pessoas escolarizadas falam e escrevem. No âmbito da Gramática Normativa, “somente a variedade padrão é considerada. Acredita-se que a promoção da cidadania assenta em seu domínio do padrão privilegiado socialmente.” (CASTILHO; ELIAS, p. 43) 
3. Gramática gerativa: criada por Noam Chomsky, também chamada de gramática transformacional, procura explicar os fatos linguísticos como são engendrados, visando estabelecer um modelo geral, baseado em princípios universais, do qual derivam as gramáticas de cada língua em particular. (TERRA, p. 58) 
4. Gramática histórica: estuda a evolução de uma dada língua no decorrer do tempo, seu enfoque é o diacrônico. Interessa-se pelos fatos da língua desde sua origem até a época atual. 
5. Gramática comparativa: trata do estudo das relações entre as línguas, geralmente de uma mesma família ou tronco linguístico. Busca sobretudo determinar as semelhanças e as diferenças entre determinadas línguas. 
Segundo Castilho (p. 42), o estudo de uma língua natural, como o português, poderá ter vários enfoques, a depender dos interesses de quem a estuda. 
· “A língua poderá ser contemplada como um conjunto de produtos” – e sua Gramática será descritiva.” 
· “A língua poderá ser contemplada como um conjunto de processos mentais, estruturantes.” – e sua Gramática será funcionalista-cognitiva.” 
· “A língua poderá ser contemplada como um conjunto de processos e de produtos que mudam ao longo do tempo”– e sua Gramática será histórica.” 
· “A língua poderá ser contemplada como um conjunto de ‘usos bons’” – e sua Gramática será prescritiva
TEXTO-BASE: QUE GRAMÁTICA ESTUDAR NA ESCOLA? (LEIA AS PÁGINAS 17-26) 
O TRATAMENTO ESCOLAR DA GRAMÁTICA / MARIA HELENA DE MOURA NEVES 
Neste texto, Maria Helena de Moura Neves reflete sobre o ensino tradicional de gramática em sala de aula, que muitas vezes tem se reduzido puramente à prescrição, à explicitação irrefletidade normas e padrões. Também apresenta proposições de uma gramática que possa ser operacionalizada na sala de aula.
O documento analisa a problemática do ensino da gramática da língua portuguesa nas escolas, propondo uma abordagem mais reflexiva e fundamentada. A seguir, estão as principais ideias apresentadas, organizadas de forma detalhada:
1. Reflexão sobre a Gramática: O documento propõe que a gramática deve ser abordada de forma reflexiva, permitindo que os alunos compreendam o funcionamento da linguagem em vez de apenas memorizar regras. Exemplos de temas e atividades que poderiam ser incluídos em projetos escolares são sugeridos, enfatizando a importância de uma abordagem crítica e contextualizada.
2. Competência Linguística: É destacado que os falantes de uma língua natural são capazes de produzir enunciados sem a necessidade de um estudo prévio de regras gramaticais. A ênfase deve estar na reflexão sobre o uso da língua, que é historicamente inserida em contextos sociais. Isso sugere que a educação deve focar na explicitagem do uso da língua, promovendo uma compreensão mais profunda do seu funcionamento.
3. Variabilidade Linguística: O texto ressalta que a linguagem não é um sistema fixo, mas sim um conjunto de variantes que deve ser reconhecido e respeitado no ambiente escolar. A variação não deve ser vista como um "defeito" ou "desvio", mas como uma característica natural da língua. Essa perspectiva é fundamental para evitar preconceitos linguísticos e promover uma educação mais inclusiva.
4. Crítica ao Ensino Tradicional: A crítica se concentra na abordagem tradicional da gramática nas escolas, que muitas vezes ignora a complexidade e a dinâmica da linguagem. A proposta é que a gramática escolar não se reduza a uma mera taxonomia, mas que considere a produção linguística efetiva. Isso implica uma mudança na forma como a gramática é ensinada, buscando uma compreensão mais holística da língua.
5. Importância da Linguística: O documento defende que a ciência linguística deve fundamentar o tratamento escolar da gramática, evitando o diletantismo e promovendo uma renovação efetiva das práticas educacionais. Essa abordagem deve beneficiar tanto a teoria linguística quanto a prática escolar, criando um ciclo de feedback positivo entre teoria e aplicação 5.
6. Desafios Sociais e Culturais: Os conflitos no tratamento da gramática nas escolas estão ligados à inserção sociocultural das línguas naturais, especialmente no Brasil. Há uma relação entre qualificação social e desempenho linguístico, o que torna essencial que a escola seja um espaço de reflexão sobre a língua materna, considerando as relações entre uso e análise linguística.
7. Norma Linguística e Preconceito: O texto enfatiza a necessidade de distinguir entre norma linguística e preconceito linguístico. Embora exista uma norma ideal ou culta, é importante evitar a avaliação dos usos linguísticos com base em preconceitos sociais. Isso sugere que a educação deve promover uma visão mais inclusiva e respeitosa da diversidade linguística.
8. Regência Verbal: Um exemplo específico discutido é a regência verbal, onde a variação é frequentemente tratada como "incorreta". O texto critica a falta de reflexão sobre a naturalidade das construções linguísticas e a rigidez das normas apresentadas nos livros didáticos. Essa crítica aponta para a necessidade de uma abordagem mais flexível e contextualizada no ensino da gramática.
9. Tratamento Escolar da Linguagem: O documento propõe que o tratamento escolar da linguagem deve evitar a simples proposição de moldes de desempenho e a submissão estrita a normas linguísticas. A gramática deve ser vista como parte integrante do uso da linguagem, promovendo a competência comunicativa dos alunos em diferentes contextos sociais.
10. Papel da Escola: A escola é reconhecida como o espaço institucional para a orientação do "bom uso" linguístico, devendo ativar uma constante reflexão sobre a língua materna. O texto critica a sistematização mecânica que tem sido oferecida, que muitas vezes leva os alunos a "desaprender" a pensar sobre a língua. Isso sugere que a educação deve ser mais do que a simples memorização de regras, mas sim um processo de descoberta e reflexão.
O documento defende uma reavaliação do ensino da gramática, propondo uma abordagem que valorize a variabilidade linguística, a reflexão crítica e a fundamentação científica. A proposta é que a gramática escolar seja operacionalizada de forma a refletir o uso real da língua, promovendo a competência comunicativa dos alunos e sua capacidade de interagir de forma eficaz em diferentes contextos sociais.
TEXTO-BASE: QUE GRAMÁTICA ESTUDAR NA ESCOLA? (LEIA AS PÁGINAS 29-42) 
A NATUREZA DA DISCIPLINA GRAMÁTICA - VISÃO HISTÓRICA / MARIA HELENA DE MOURA NEVES
O texto oferece uma análise abrangente da disciplina gramatical, abordando sua evolução, suas definições e a percepção social que a envolve. A seguir, um resumo mais detalhado dos principais assuntos centrais discutidos:
1. Reflexão sobre a Gramática: O autor inicia com uma reflexão crítica sobre a gramática, destacando que tanto leigos quanto estudiosos têm dificuldades em avaliar a disciplina. A gramática, que historicamente foi vista como um fardo ou algo negativo, agora é buscada e respeitada como um recurso valioso. Essa mudança de percepção é um ponto central da discussão.
2. Distinção entre Gramática Normativa e Descritiva: O texto critica a gramática tradicional, frequentemente chamada de gramática normativa. Essa abordagem é considerada simplista e não reflete a realidade da língua em uso. O autor argumenta que a gramática normativa tende a impor regras rígidas que não consideram a diversidade e a variação linguística. Em contraste, a gramática descritiva é apresentada como uma abordagem mais adequada, que busca entender e descrever a língua como ela realmente é utilizada pelos falantes.
3. Influência da Linguística Moderna: O papel da linguística na reavaliação da gramática é destacado, com ênfase em dois marcos importantes: os estudos variacionistas e os estudos sobre oralidade. Os estudos variacionistas conectam padrões linguísticos a usos e registros específicos, mostrando que a variação é uma característica intrínseca da linguagem. Os estudos sobre oralidade, por sua vez, relativizam o padrão linguístico, reconhecendo que a língua falada possui suas próprias regras e lógicas.
4. Variação Linguística e Comunicação: O texto enfatiza a relação entre a variabilidade linguística e a eficiência comunicativa. A variação é vista como um aspecto central do funcionamento da linguagem, e a compreensão das razões por trás das escolhas linguísticas é fundamental para entender como a comunicação ocorre de maneira eficaz. O autor sugere que a gramática deve ser vista como um sistema dinâmico, em constante evolução, que se adapta às necessidades dos falantes.
5. Norma Linguística e Percepção Social: O autor discute como a norma linguística é percebida socialmente, especialmente em contextos como o Brasil, onde o acesso à cultura e à educação está frequentemente ligado à posição socioeconômica. Essa relação implica que o valor social atribuído a certos padrões linguísticos pode influenciar a forma como as pessoas se veem e se comunicam. O autor argumenta que essa percepção social deve ser considerada ao discutir a gramática e sua aplicação.
6. Crítica à Prescritividade: O texto critica a abordagem prescritiva da gramática, que muitas vezes não fornece diretrizes claras sobre o uso da língua. O autor observa que as gramáticas tradicionais frequentemente falham em oferecer instruções práticas e úteis para os falantes. Em vez disso, sugere que a gramática deve ser entendida como uma disciplina que classifica e analisa a linguagem em suas condições de uso, permitindo uma compreensão mais rica e contextualizada.
7. Importância da Gramática na Educação: O autor menciona a necessidade de uma abordagem mais prática e inclusiva na educação gramatical. Ele argumenta que a educação deve considerar a diversidade linguísticae a realidade dos falantes, promovendo uma compreensão mais ampla da língua. Isso implica que os manuais de gramática e os currículos escolares devem ser adaptados para refletir a realidade linguística dos alunos, em vez de impor um padrão único e rígido.
8. Conclusão e Propostas: O texto conclui com a proposta de que a gramática deve ser vista como uma ferramenta que pode ajudar os falantes a navegar em um mundo linguístico complexo. O autor defende uma abordagem que valorize a diversidade e a variação, permitindo que os falantes desenvolvam suas habilidades linguísticas de maneira mais autêntica e eficaz.
Em suma, o texto propõe uma reavaliação da gramática, defendendo uma visão mais inclusiva e descritiva que reconheça a complexidade da linguagem e sua variação, ao invés de uma abordagem normativa e prescritiva. Essa mudança de perspectiva é vista como essencial para a compreensão e o ensino da língua em contextos contemporâneos.
TEXTO-BASE: QUE GRAMÁTICA ESTUDAR NA ESCOLA? (LEIA AS PÁGINAS 128-152) 
A GRAMÁTICA – CONHECIMENTO E ENSINO / MARIA HELENA DE MOURA NEVES 
O texto aborda a relevância do ensino da gramática nas escolas, propondo uma visão que vai além da simples memorização de regras e normas. A seguir, são detalhados os principais temas discutidos:
1. Interação Verbal e Comunicação: O autor enfatiza que a gramática deve ser ensinada em um contexto de interação verbal. Isso significa que os alunos devem ser levados a refletir sobre como se comunicam e como constroem enunciados. A compreensão do circuito de comunicação é fundamental, pois permite que os alunos reconheçam a intenção do falante e a resposta do ouvinte, promovendo uma comunicação mais eficaz.
2. Processos de Constituição do Enunciado: Um dos focos centrais do texto é a análise dos processos que constituem um enunciado, com destaque para a referência. O autor argumenta que, ao estudar a linguagem, é essencial entender como os diferentes elementos se organizam para expressar significados. Isso implica que a gramática não é apenas um conjunto de regras, mas um sistema que permite a construção de sentido.
3. Crítica ao Ensino Tradicional de Gramática: O autor critica a abordagem tradicional do ensino de gramática, que frequentemente se limita a identificar partes do discurso, como substantivos e adjetivos, sem considerar o contexto em que essas palavras são usadas. Essa prática pode levar a uma compreensão superficial da linguagem, onde os alunos não conseguem aplicar o conhecimento gramatical em situações reais de comunicação.
4. Importância da Semântica e Contexto: O texto destaca a importância de considerar a semântica e o contexto ao ensinar gramática. O autor sugere que os alunos devem ser incentivados a analisar como as escolhas linguísticas impactam o significado e a intenção do autor. Isso envolve uma reflexão crítica sobre como a linguagem é usada em diferentes contextos, ajudando os alunos a se tornarem leitores e escritores mais conscientes.
5. Exercícios e Materiais Didáticos: O autor critica a utilização de exercícios que se concentram apenas na identificação de pronomes ou outras partes do discurso, sem considerar seu uso em contextos reais. Ele sugere que os materiais didáticos devem incluir atividades que promovam a produção de sentido e a reflexão sobre a linguagem, como a análise de textos e a criação de enunciados que considerem a intenção comunicativa.
6. Reflexão sobre a Prática Linguística: O texto conclui que o ensino de gramática deve ser integrado à prática da língua, ajudando os alunos a desenvolver uma compreensão crítica e reflexiva sobre como a linguagem funciona em diferentes contextos. O autor defende que estudar gramática é, na verdade, refletir sobre o uso linguístico e o exercício da linguagem, o que é fundamental para a formação de comunicadores eficazes.
Em suma, o texto propõe uma abordagem mais holística e contextualizada do ensino da gramática, que valorize a interação verbal e a produção de sentido. O objetivo é que os alunos se tornem mais conscientes e críticos em relação ao uso da linguagem, desenvolvendo habilidades que vão além da simples aplicação de regras gramaticais. Essa perspectiva é essencial para preparar os alunos para se comunicarem de forma eficaz em diversas situações da vida cotidiana.
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