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Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I AULA 11: DOENÇAS DO ESTÔMAGO FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA Aula 08: Doenças do TGI Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I (STENSON, 2003; BEYER, 2011) Manifestações clínicas • Pirose (azia) - sensação de queimação retroesternal que geralmente ocorre dentro de 30 minutos a 2 horas após as refeições; • Disfagia - dificuldade de deglutição; • Odinofagia - deglutição dolorosa; • Regurgitação Ácida - retorno de conteúdo ácido ou alimentos para a cavidade oral. Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Diagnóstico • Endoscopia Digestiva Alta (EDA) com Biópsia Esofágica; • Exame Radiológico Contrastado do Esôfago; • Cintilografia Esofágica; • pHmetria 24h. EDA com Biópsia Esofágica • Método de escolha para avaliar a mucosa do esôfago e detectar anomalias estruturais; • Inspeção visual: fissuras, úlceras, estenoses, lesões da mucosa (esôfago de Barrett e hérnia hiatal). Fonte: Clínica Médica, 2009 (MORAES-FILHO et al.,2010) Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Doenças do esôfago Etiologia: condição que geralmente envolve um processo que afeta o revestimento esofagiano (mucosa) ou o componente muscular do esôfago. • Disfagia Orofaríngea; • Disfagia Esofágica (Acalasia); • Hérnia Hiatal; • Doença do Refluxo Gastresofágico e Esofagite; • Câncer de Esôfago. Fonte: www.cancer.org.br (DELLEGE, 2016) http://www.cancer.org.br/ Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I 1Grau de Disfagia e Dieta Sugerida/ 2Assistência Fonoaudiológica e Nutricional Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Sugestão para adaptação da consistência conforme o grau de disfagia (CARVALHO & SALES, 2014) Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Disfagia esofágica (acalasia) Também chamada de dissinergia esofágica, é um distúrbio de motilidade do esôfago inferior. O número diminuído de células ganglionares no plexo de Auerbach falência do EEI para relaxar e abrir durante a deglutição disfagia ou dificuldade de deglutição. Etiologia • Idiopática; • Infecção pelo Tripanosoma cruzi (Doença de Chagas). Sintomas/ • Disfagia, regurgitação, dor, pirose, sialorreia, perda ponderal. • Dieta hipercalórica, hiperproteica, normoglicídica e normolipídica. Fonte: A.D.A.M (CARUSO, 2014) Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Doença do refluxo gastroesofágico Afecção crônica, decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago ou órgãos adajcentes ao mesmo, acarretando variável espectro de sintomas e/ou sinais esofágicos e/ou extraesofágicos, associados ou não a lesões teciduais. Sintomas • Refluxo de secreção ácida; • Episódios de azia com dor subesternal; • Eructações; • Espasmos esofagianos. (MORAES-FILHO et al., 2010) Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I (MORAES-FILHO et al., 2010) Doença do refluxo gastroesofágico Etiologia • Hérnia hiatal (funcionamento inadequado da barreira antirrefluxo); • Distensão gástrica; • Aumento da pressão intra-abdominal (obesidade, inspiração profunda, tosse, exercício físico, manobra de Vasalva, constipação); • Postura (predominante em decúbito supino ou lateral direito). Complicação - Esôfago de Barrett* *Chance 30 a 40 vezes maior de ter câncer de esôfago do que a população normal Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I (MORAES-FILHO et al.,2010) Doenças do esôfago Medidas Comportamentais no Tratamento da Doença do Refluxo Gastroesofágico Fármacos de excelência: Inibidores da Bomba de Prótons Fonte: Folha de SãoPaulo Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Doença do refluxo gastroesofágico e esofagite (CARUSO, 2014) Características Recomendação Nutricional Valor Energético Total Suficiente para manter o peso ideal. Se necessário promover a perda de peso. Lipídios Hipolipídica (de dispepsia com cítricos Leite Puro ▪ Estímulo à secreção ácida. Cálcio e proteína ocasionam o rebote ácido (20 a 40 minutos após ingestão). Usar como parte integrante da dieta Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Sintomas comuns de disfunção intestinal (CHEMIM, 2007) Diarreia • Evacuação frequente de fezes líquidas (geralmente acima de 3 evacuações/dia, excedendo 300mL), acompanhada de perda excessiva de líquidos e eletrólitos (sódio e potássio). Etiologia • Doenças inflamatórias; infecções por fungos, bactérias ou agentes virais; medicamentos; consumo excessivo de açúcares; superfície absortiva de mucosa lesada; ressecção gastrointestinal; desnutrição. AULA 13: DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Sintomas comuns de disfunção intestinal (BEYER, 2010) Classificação da Diarreia segundo o Mecanismo Fisiopatológico AULA 13: DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Conduta nutricional na diarreia (Adaptado da CHEMIM,2007) AULA 13: DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO Fisiopatologia da nutrição e dietoterapiaI Sintomas comuns de disfunção intestinal AULA 14: DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO (BEYER, 2010) Esteatorreia: Consequência da má absorção na qual a gordura não absorvida permanece nas fezes. O limite superior de gordura fecal normal é de 7%. A esteatorreia pode resultar: • Insuficiência biliar secundária à hepatopatia, obstrução biliar, síndrome da alça cega ou ressecção ileal; • Insuficiência pancreática; • Falha de absorção normal devido ao dano da mucosa (doença celíaca, doença de Crohn); • Reesterificação de gordura diminuída. A esteatorreia é um sintoma. A causa subjacente de má-absorção deve ser determinada e tratada. Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I AULA 14: DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO Síndrome da alça cega (LEITE & BRANCO, 2016) Crescimento bacteriano excessivo resultante de estase noTGI Etiologia: da secreção ácida pelo estômago (gastrite atrófica, antiácidos, cirurgias gástricas); da motilidade intestinal (diabetes ou esclerodermia); condições anatômicas e pós-cirúrgicas; Crescimento bacteriano (interfere): ação dos sais biliares, integridade das microvilosidades, absorção de nutrientes (vit. B12 e ácido fólico); Recomendação Nutricional; • Dieta sem lactose; • Uso de TCM; • Vit. B12 parenteral. TGI-trato gastrointestinal; vit.- vitamina; TCM- triglicerídeo de cadeia média Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Constipação (AZEVEDO et al.,2016) Critério de Roma IIIEscala de Bristol AULA 14: DOENÇAS DO INTESTINO GROSSO Tipos 1 e 2- relacionados com a constipação. No entanto, o hábito intestinal é variável para cada indivíduo Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Constipação AULA 14: DOENÇAS DO INTESTINO GROSSO (CHEMIM, 2007) ICC- insuficiência cardíaca congestiva; IRC- insuficiência renal crônica Recomendação Nutricional • Aumento da ingestão de fibras - 30g (introdução gradativa); • Frutas cruas - ricas em ácidos orgânicos que estimulam a peristalse; • Gordura emulsionada (azeite) - absorvido lentamente na última porção do íleo, tendo ação estimulante sobre a peristalse; • Ingestão de 2 litros de água. Não recomendável para ICC e IRC. Coquetel Nutricional Laxativo - Nelzir TrindadeReis • 5 ameixas (diihidroxifenilisatina); • 1 colher de sopa de creme de leite (gordura emulsionada); • 1 laranja -± 150 g (ácido orgânico + celulose); • 1 fatia média de mamão (papaína + ácido orgânico); • 1 copo de água - 200 a 250 mL (gelada); • 1 colher de sopa de farelo de aveia. Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Doença hemorroidária Dilatação das veias dos plexos hemorroidários* Epidemiologia: • Discreta predominância no gênero masculino, entre 25 e 40 anos. Etiologia e Fisiopatologia • Pouco conhecida; • Fatores de risco: hereditariedade, idade, constipação, diarreia, abuso de laxantes ou lavagens, obesidade, gravidez, hipertensão portal; • Enfraquecimento dos tecidos de sustentação, permitindo deslizamento, prolapso e ingurgitamento dos plexos venosos. *Estruturas anatômicas presentes no canal anal que protegem suas paredes do traumatismo decorrente da evacuação. (WERNECK & BARROS, 2016) Fonte: Clínica Médica, 2016 AULA 14: DOENÇAS DO INTESTINO GROSSO Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Doença hemorroidária (WERNECK & BARROS, 2016) Diagnóstico • Exame proctológico (mamilos hemorroidários no canal anal; plicoma, processo inflamatório local, trombose); Tratamento Médico • Higiene anal; pomadas anestésicas e anti-inflamatórias; • Banho de assento com água morna - alívio da dor anal; Recomendação Nutricional• Dieta com fibras; • Ingestão de 2 litros de água ; • Após hemorroidectomia - dieta com resíduo mínimo (reduzir a frequência das fezes e favorecer a cicatrização). Fonte: Clínica Médica, 2016 AULA 14: DOENÇAS DO INTESTINO GROSSO Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Doença inflamatória intestinal (SIPAHI et al.,2016) Qualquer processo inflamatório crônico envolvendo o trato gastrointestinal, em que 80 a 90% dos casos englobam a retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn(DC). • RCU- conhecida desde o século XIX; • DC- descrita pela primeira vez como ileíte regional e em 1932 por Crohn e colaboradores. DC- Envolvimento Colônico RCU- Mucosa Inflamada AULA 16: DOENÇAS DO INTESTINO GROSSO Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Recomendação nutricional- Doença inflamatória intestinal AGCC- ácido graxo de cadeia curta; DIIs- doenças inflamatórias intestinais; DC- doença de Crohn; RCU- retocolite ulcerativa CHEMIN, S. M. & MURA, J. D. P. Tratado de Alimentação, Nutrição & Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2010. Capítulo: 33 (págs.: 598-599). MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Cap.: 26 (págs.: 660-665). MARTINI, F. H.; OBER, W. C.; BARTHOLOMEW, E.F.; NATH, J. L. Anatomia e Fisiologia Humana: uma abordagem visual. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Cap.: 15 (págs.: 534-537). ROSS, A. C.; CABALLERO, B.; COUSINS, R.; TUCKER, K. L.; ZIEGLER, T. R. Nutrição Moderna de Shils na Saúde e na Doença. 11. ed. Rio de Janeiro: Manole, 2016. Capítulo: 74 (págs.: 1047-1053). STANFIELD, C. L. Fisiologia Humana. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. Cap.: 20 (págs.: 684-690). WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. Rio de Janeiro: Editora Atheneu, 2009. Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Bibliografia complementar Slide 1 Slide 2: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Slide 3: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Slide 4: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Slide 5 Slide 6 Slide 7: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Slide 8 Slide 9: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Slide 10: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Slide 11: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Slide 12: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Slide 13: Gastrite crônica Slide 14: Úlcera péptica Slide 15: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Características da úlcera gástrica e da úlcera duodenal Slide 16: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Recomendação nutricional-gastrite e úlcera Slide 17: Sintomas comuns de disfunção intestinal Slide 18: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Sintomas comuns de disfunção intestinal Slide 19: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Conduta nutricional na diarreia Slide 20: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Sintomas comuns de disfunção intestinal Slide 21: Síndrome da alça cega Slide 22: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Constipação Slide 23: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Constipação Slide 24: Doença hemorroidária Slide 25: Doença hemorroidária Slide 26: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Doença inflamatória intestinal Slide 27: Fisiopatologiada nutrição e dietoterapia I Recomendação nutricional- Doença inflamatória intestinal Slide 28: Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Bibliografia complementar